Teorias do Envelhecimento 2018/2019
“Os anos não fazem sábios, fazem velhos”
A velhice faz o homem prudente
"A velhice é a segunda meninice"
A velhice é a depositária da experiência Burro velho não aprende línguas
Seguindo a noção de representação social, gera-se uma forma de pensamento na sociedade que reflete um conjunto de crenças, produtoras de comportamentos e modeladoras da conduta dos idosos. Os provérbios são um exemplo destes tipos de crenças (característicos da sabedoria popular, traduzem estereótipos que correspondem a representações construídas).
A Velhice é habitualmente concebida sob dois pontos de vista: como algo positivo, associada à sabedoria,…
como algo negativo, associada à doença, à dependência,…
Em 2002 a OMS declarava que em todos os países, e nos países desenvolvidos em particular, as medidas para ajudar as pessoas idosas a permanecerem saudáveis e ativas eram uma necessidade e não um privilégio.
O envelhecimento ativo considera que, independentemente do envelhecimento estar associado a situações de dependência, de fragilidade social ou de risco, a velhice deve ser concebida como uma fase da vida potenciadora de novas oportunidades e, em
O último autorretrato feito por Picasso foi terminado em 1972.
Picasso trabalhou até o dia da sua morte, com 91 anos de idade. O artista faleceu em 8 de abril de 1972, horas depois de pintar sua última obra.
Imagens dominantes sobre a velhice Sistema de práticas e de representações que veiculam estereótipos negativos sobre a velhice desencadeiam processos sociais de marginalização e discriminação.
Construção orientada para uma imagem positiva do envelhecimento, normalmente associada a capacidades mediadas pela posição de classe, os níveis de escolarização ou a situação socioeconómica.
Ageism / Idadismo
Gerontofobia
E nvelhecimento S audável B em S ucedido
Teorias do envelhecimento Porque se envelhece ? Como se envelhece? Porque estamos destinados a morrer?
Historia da Humanidade
Evolução Histórica das teorias do envelhecimento Aristóteles : observou as consequências do envelhecimento no ser humano e estudou a diferença existente da longevidade em diferentes espécies. Cícero (106-42 antes de Cristo), cidadão e filósofo grego, no manuscrito Senectude aborda “diversos problemas do envelhecimento como a memória, a perda da capacidade funcional, as alterações dos órgãos dos sentidos, a perda da capacidade de trabalho” ( que atualmente continuam a ser debatidos pelos). Idade Média : tema abandonado; unicamente vinculado ao aspecto religioso; envelhecimento, doença e morte considerados castigos divinos.
Renascença: teorias relacionadas com a observação; Leonardo da Vinci relaciona envelhecimento com o engrossamento das veias provocando degeneração na circulação sanguínea ( dissecação de cadáveres).
Evolução Histórica das teorias do envelhecimento Época dos Descobrimentos : o factor “ mágico” “… a procura do “elixir da juventude”. Séc XIX : As ciências experimentais ; Charles Darwin com o desenvolvimento da Genética e da Teoria celular. Séc XX o estudo de temas relacionados ao curso de vida, desenvolvimento e inteligência evoluiu de forma contínua e gradual. A partir de 1950, a teoria de ciclos de vida proposta por Erik Erikson forneceu as bases para teorias que versavam sobre o desenvolvimento ao longo do curso de vida (life-span).
http://www.mmclip.com/viewmedia.aspx?ref=G7eiW7LK1ye%2bpKhQIlvSnXtbgz 6Br7pA7A2XFPNaXeZLaZW9Qe3s%2bBHmB%2fCCCWt%2fG6tDWJpaemAn2 PMdiys%2bR6EneiYLmAw36YtYG1uRr6Tw9mNZpH6QVV4BQXQsewPh
Teorias do Envelhecimento Das diversas teorias do envelhecimento muitas delas estão obsoletas, sendo as restantes ainda demasiado numerosas para serem abordadas individualmente. Explicar e sistematizar os fenómenos que observamos e levantar hipóteses ou fundamentar intervenções – desenvolvimento científico.
Teorias Fisiológicas, genéticas, bioquímicas e metabólicas e Psicossociais.
Teorias do Envelhecimento As alterações dos mecanismos fisiológicos e da homeostasia incapacitam o organismo na resposta às alterações meio ambiente :
Teoria do stress oxidativo
( o stress oxidativo conduz a mutações no DNA mitocondrial responsáveis pelas alterações na senescência)
Teoria desgaste imunitário
sistema
(aborda as alterações nas respostas imunológicas associadas à idade)
O envelhecimento é consequência direta de um programa genético, sendo o genoma um tipo de relógio molecular, biológico.
Teoria de acumulação de erros
(erros na síntese enzimática principalmente de polimerases, responsáveis pela síntese de RNA a partir da transcrição do DNA)
Teoria da Genética
Programação
Teorias do Envelhecimento O envelhecimento é consequência de alterações nas moléculas e nos elementos estruturais das células que conduzem à disfunção celular
Teoria dos radicais livres
(Os radicais livres - subprodutos das reações
metabólicas)
são
altamente
instáveis
e
produzem alterações bioquímicas em cadeia levando à destruição das estruturas celulares e daí resultam perdas funcionais e, mesmo, doenças graves.
Teoria dos Telómeros
(O rápido encurtamento dos telómeros será devido à redução progressiva de telomerase à medida que a idade avança)
Nesta doença rara ocorre um envelhecimento prematuro em jovens nos quais os cromossomas apresentam os telómeros curtos
Teorias do Envelhecimento
Teoria da Atividade (Havighurst e Albrecht, 1959)
Teoria do Desligamento (Cumming e Henry, 1961)
Teorias psicossociais
Teoria da Atividade
Com base nesta teoria o idoso que envelhece bem é o que permanece ativo e mantendo uma imagem positiva de si mesmo.
Esta teoria constitui o modelo básico para a elaboração de programas e políticas administrativas das instituições de idosos .
Teorias psicossociais
Teoria do desligamento
Segundo esta teoria o idoso aceita ou deseja a redução da interação com a sociedade, centrandose mais em si próprio.
Biologia do Envelhecimento O envelhecimento:
Problema biológico suscetível de ser abordado com métodos científicos e consolidou-se como objeto de estudo importante da agenda científica internacional Causa fragilidade dos organismos e suscetibilidade às doenças que determinam a causa de morte dos indivíduos Não tem causa genética, mas a longevidade é influenciada por caracteres geneticamente determinados Os modelos experimentais mostram que a taxa de utilização das calorias ( o metabolismo genericamente referido) contribui de modo relevante para a duração da vida dos organismos A pesquisa atual da Biogerontologia tem como objetivo central melhorar a saúde no envelhecimento e não meramente prolongar a vida Atualmente não existe terapia anti envelhecimento, mas é provável que no futuro próximo se melhore o armamento terapêutico destinado a mitigar sintomas e sinais associados
Concluindo….
Para além do nascimento e da morte, uma das certezas da vida é que todas as pessoas envelhecem.
No entanto, a manifestação do fenómeno de envelhecimento ao longo da vida é variável entre os indivíduos da mesma espécie e entre indivíduos de espécies diferentes.
O Envelhecimento é encarado como um processo interativo entre o indivíduo, a sua função cognitiva e ambiente físico e social. O envelhecimento no indivíduo não se processa só a nível biológico, também a nível psicológico, e principalmente a nível social (Roach, 2003).
ENVELHECIMENTO HUMANO
Processo Complexo, que se estende ao longo de toda a vida e em que a história individual se constrói progressivamente e se materializa em resultados profundamente heterogéneos e idiossincráticos – Envelhecimento Diferencial A velocidade de progressão do envelhecimento depende de fatores: -Genéticos e Biológicos (não modificáveis) -Ambientais, psicológicos, sociais e estilo de vida (modificáveis)
Bibliografia e Webgrafia
Tack Tackliling ng Agei Ageism sm and and Disc Discri rimi mina natition on An Equi Equine nett Pers Perspe pect ctiv ive e in the the cont contex extt of the the European Year for Active Ageing and Solidarity between Generations 2012 Septembe September. r. ISBN 978-92-9 978-92-95067 5067-56-56-1 1
info@equ info@equinet ineteuro europe.o pe.org rg | www.equineteurope.org
essoas Ido Idosas sas – uma abordagem BERGER L., MAILLOUX-POIRIER D- Pess global. Lisboa, Lisboa, Lusodidac Lusodidacta, ta, 1995.IS 1995.ISBN:9 BN:972-9 72-95399 5399-8-7 -8-7
CARVALHO FILHO, E.T. NETTO, M. P. – Geria eriatr tria ia:: fund funda ament mentos os,, clíni línicca e tera terapê pêut utic ica. a. S.Pa S.Paul ulo: o: Edit Editor ora a Athe Athene neu, u, 2000 2000..
ntrodu duç ção à Enfe Enferrmagem gem Geron eronttológ lógica ica . Rio de Janeiro: ROACH, Sally,S.- Intro
Editor Editora a Guana Guanabar bara a Kooga Koogan n S.A,2 S.A,200 003. 3. ISBN85 ISBN85-27 -277-0 7-0860 860-4. -4.
VIOLÊNCIA NA PESSOA IDOSA 2018/2019
O modo negativo de olhar o envelhecimento faz emergir novos fenómenos que discriminam e anulam a cidadania da pessoa idosa. Os maus tratos constituem um exemplo clarificador da construção negativa da representação e do papel social dos idosos.
A violência contra a pessoa idosa é um acontecimento antigo, mas com notoriedade recente na realidade mundial
Violência na pessoa idosa : mau trato
1996 – 49ª Assembleia Mundial de Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS) – a violência é declarada o maior problema de saúde publica Maior consciencialização em relação aos valores da vida, dos direitos de cidadania e as mudanças no perfil da morbilidade no mundo
1997 – XVII Congresso Mundial de Gerontologia (IAG) ao ser fundada a organização não governamental INPEA – Internacional Network for the Prevention on Elder Abuse
fomentar a consciência e o conhecimento do público em geral acerca do problema; promover a formação de profissionais na identificação, tratamento e prevenção; defender os idosos vítimas de abuso e negligência; estimular a pesquisa (causas, consequências, prevalência, prevenção e tratamento de maus-tratos aos idoso)
2002 – II Assembleia Mundial do Envelhecimento ( Madrid): A prova Plano de A ção Internacional para
o Envelhecimento e Declaração Política. Governos afirmam Conceito de ‘Sociedade para Todas as Idades ’
É aos governos que compete, primordialmente, aplicar o Plano de Ação, mas as parcerias entre governo, sociedade civil, setor privado e as próprias pessoas idosas são também importantes. Foram definidas medidas concretas para que o Plano seja posto em prática, em função de três prioridades: as pessoas idosas e o desenvolvimento, promover a saúde e o bem-estar na velhice, e ambientes propícios e favoráveis.
"Em Portugal é já possível aferir um aumento do número das vítimas idosas, apresentando agora 1.009 pessoas idosas vítimas de crime (em média três por dia e 19 por semana). Das 1.009 vítimas registadas em 2016, contra 774 em 2013, 679 tinham idades entre os 65 e os 79 anos (67,4%) e 330 tinham entre 80 e mais de 90 anos (32,6%)", O estudo revela que praticamente metade (45,5%) dos participantes dos sete países referiu ter tido pelo menos uma experiência de violência. A agressão psicológica é a mais comum, com uma média de 34,5%, seguida da violência financeira (18,5), física (11,5%).
A APAV registou um aumento de 30% de crimes contra idosos entre 2013 e 2016, sendo as mulheres as principais vítimas, muitas delas a sofrerem em silêncio há mais de 40 anos. Os agressores são na maioria os filhos (39,6%), o cônjuge (26,5%), mas também há casos em que são os vizinhos (4,4%) e os netos (36%). Na maioria, as vítimas são mulheres (79,5%), com idades entre os 65 e 69 anos (26,8%), casadas (42,8%) e a viverem numa família nuclear com filhos (31,7%), o que faz com que a maioria das situações de violência aconteça em casa (48,9%).
http://www
.pt/intranet16/images/manuais/manuais_intranet/Manual_Titono.pdf
Mau Trato
Ação única ou repetida, ou ainda a ausência de resposta apropriada, que ocorre numa relação onde existe expectativa de confiança e que causa sofrimento e angustia à pessoa idosa.
Rede Internacional de Prevenção dos Maus tratos aos Idosos
(OMS
2002 Declaração de Toronto)
Manifestações de Mau Trato Familiar : ABUSO Físico
Empurrar, Esbofetear, queimar; Contenção física ou química; Lesões inexplicáveis pela vitima (por exemplo fraturas).
Manifestações de Mau Trato Familiar: ABUSO Psicológico Difíceis de detetar
Angustia Dor Medo Terror ou Pânico
Ameaças, humilhação, isolamento, insultos, ignorar Privação do poder de decisão Depressão, baixa auto estima, medo de falar, confusão… Alteração de atitude quando o cuidador / agressor está presente
Manifestações de Mau Trato Familiar: ABUSO Económico
Uso ilegal ou inapropriado de fundos, propriedades ou bens do idoso; Falsificação de assinatura; Estilo de vida da vítima inapropriado em relação ao seu rendimento económico
Manifestações de Mau Trato Familiar: Violação dos direitos Privação ou violação dos direitos fundamentais:
Dignidade Intimidade Confidencialidade Respeito Direito a ser cuidado
Manifestações de Mau Trato Familiar: Abandono
Desamparo do idoso; Abandono em instituições assistenciais : hospitais, residências, lares; Abandono em centros comerciais, locais públicos ou via pública.
Manifestações de Mau Trato Familiar: Negligência
Higiene deficitária, malnutrição, desidratação….; Más condições de vida, barreiras arquitetónicas em casa; Incumprimento do regime terapêutico.
Mau Trato Familiar O abuso de idosos é um assunto subreferenciado, sobretudo pelas próprias vítimas que temem as seguintes ocorrências: A perda do cuidador; Ficar só sem ter ninguém que o cuide; Ser colocado numa instituição; Perda de privacidade e de relações familiares; Recriminações pelo alegado abusador; Exposição pública e intervenção exterior; Ninguém acreditar no abuso.
Manifestações de Mau Trato Familiar Os laços existentes entre o idoso e o abusador fazem com que a incidência e prevalência do abuso de idosos em contexto familiar possa ser difícil de detetar. (são escassos os estudos sobre esta temática)
A maioria das situações apenas consegue ser devidamente detetada quando o idoso recorre aos serviços de saúde.
É essencial que os profissionais de saúde estejam atentos e preparados para sinalizar estas situações.
Indicadores de Maus tratos: na Pessoa Idosa
Desnutrição, desidratação; Quedas repetidas sem motivo aparente; Medo evidente do cuidador; Ansiedade e depressão; É acompanhado ao serviços de saúde por outra pessoa que não é o cuidador principal; Versão contraditória de como ocorreu o acidente; Evita o contacto visual; Falta de comunicação da vitima com os profissionais quando o cuidador está presente; História prévia de episódios suscetíveis de maus tratos.
Indicadores de Maus tratos: no cuidador agressor
Preocupação excessiva com os custos;
Situação económica difícil, dependente da pessoa idosa;
Agressividade manifestada face à pessoa idosa; Stress ou depressão; Abuso de drogas e/ou álcool; Explicações contraditórias dos factos.
Fatores de risco associados a maustratos de pessoas mais velhas
Idade avançada;
Nível socioeconómico baixo, com escassos recursos económicos e sociais e/ou do cuidador abusador
Psicopatologia do idoso (depressão, demência, abuso de substâncias, …);
Psicopatologia do cuidador (por abuso de substâncias, alterações psicológicas e personalidade patológica);
Nível elevado de dependência do idoso que causa frustração ou exaustão no prestador de cuidados;
Isolamento social do idoso;
Relação do idoso com o cuidador de baixa qualidade (atual e remota). Redondo, Firmino, Pereira e Correia (2016)
Tipos de violência de nível macr o (perspectivam uma atitude geral que actualmente as sociedades manifestam (A International Network for the Prevention of Elder Abuse (INPEA)
1) Violência Estrutural e Social - Trata-se de qualquer comportamento político praticado por partidos, governos ou outras instituições que promova ou facilite a discriminação negativa dos mais velhos na vida social, cultural, política e económica, Exemplo : quando a falta de recursos para apoiar as pessoas idosas, a falta de rendimentos (reformas ou subsídios); de acolhimento (inexistência de subsídios para a habitação ou de equipamentos específicos) está na origem de uma marginalização instituída das pessoas idosas numa determinada sociedade; 2) Falta de Respeito e Preconceito contra as Pessoas Idosas - Trata-se de qualquer comportamento que signifique desrespeito e discriminação negativa em relação aos mais velhos. Exemplo : a veiculação de certas mensagens na Publicidade e na Comunicação Social, mas também por instituições, e que tendam a ser miserabilistas ou ridicularizantes
Mau Trato Institucional
O risco de abuso de idosos também existe em instituições como Hospitais e Lares de Idosos.
https://youtu.be/YzxTSzaCZMo https://youtu.be/akyUL9o7mCA
Mau Trato Institucional
Infantilização;
Despersonalização dos cuidados;
Desumanização;
Vitimização.
Tratar os idosos sem atender à sua singularidade e individualidade e sem considerar a sua vontade é um comportamento inaceitável, revelando desrespeito pelos seus direitos, necessidades e sensibilidades.
Fatores de Risco Institucionais e Estruturais
Barreiras arquitetónicas; Espaços frios; Escassez de pessoal; Mobiliário/ decoração em mau estado de conservação; Ausência de programas de reabilitação. Terapia ocupacional, exercício físico, oficinas, etc; Cuidados pouco individualizados; Menus pouco variados e horários não adequados aos ritmos biológicos; Supervisão noturna inadequada ou ausente; Falta de supervisão adequada; Falta de recursos.
Perfil do profissional agressor
Deficiente preparação / formação;
Baixos salários;
Sobrecarga de trabalho;
Falta de controlo e valorização;
Falta de auto controlo;
História prévia de maus tratos;
Conflito não resolvido com os progenitores;
Falta de habilidades sociais.
INTERVENÇÃO
MANUAL SARAR - Sinalizar, Apoiar, Registar, Avaliar, Referenciar Uma proposta de manual para profissionais de saúde
A avaliação de um idoso com suspeita de abuso é composta por vários passos:
História pessoal do idoso; História do (potencial)abusador; Exame físico da pessoa idosa; Testes confirmatórios.
Redondo, Firmino, Pereira e Correia (201 6)
Técnicas de comunicação perante situações de violência e maus tratos
Ouvir o idoso e confirmar com ele toda a informação;
Fazer perguntas ao idoso que lhe permitam relatar tudo o que aconteceu, evitando questões cuja resposta seja sim ou não, no sentido de obter uma perspetiva global dos acontecimentos;
Mostrar interesse pela situação e que acredita nos factos;
Explicar ao idoso que, provavelmente, mais pessoas terão que tomar conhecimento da situação, mas que apenas as indispensáveis para garantir a sua segurança;
Assegurar ao idoso que tudo o que ouviu será tratado de forma confidencial e com todo o respeito e que será dado e encaminhamento necessário.
Negação, culpa, vergonha, medo, crenças religiosas, deterioração cognitiva, dependência física, falta de reconhecimento do mau trato, aceitação como algo normal
Negação, não aceitar a intervenção de profissionais
Falta de consciencialização, idadismo, excessiva valorização da juventude
vitima
agressor
sociedade
Barreiras na deteção de maus tratos Desconhecimento a quem recorrer ou o que fazer, falta de motivação para se envolver, a própria vitima pede para não intervir
família / amigos
profissionais
Falta de conhecimentos, ausência de protocolos de atuação, dificuldades na identificação dos sintomas, medo das consequências, não querer intervir em ações legais
Prevenção dos maus tratos Primária
• Educação • Politica Laboral • Programas de apoio socio sanitária • Avaliação global de saúde (física, psicológica e socioeconómica) do
idoso
• Avaliação do cuidador
Secundária
• Protocolos de atuação : Identificação, Avaliação e Acão • Formação e Apoio aos Cuidadores • Princípios éticos de beneficência e autonomia
• Integrar a vitima num ambiente seguro e supervisionado • Reabilitação do cuidador
Terciária
Escolas, Associações, Meios de Comunicação, Centros de Saúde, Poder Local, etc
Onde pode ser apresentada queixa?
No Ministério Público (Agente, Procurador Adjunto, Procurador da República), junto do Tribunal da área onde o crime foi praticado, ou no DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) em Lisboa, Porto e Coimbra; Nas autoridades que tenham a obrigação legal de transmitir a queixa ao Ministério Público, que são: PSP GNR Polícia Judiciária (crimes com pena superior a 3 anos). Institutos de Medicina Legal de Lisboa, Porto e Coimbra, Gabinetes Médico-legais e nos Hospitais onde haja peritos médico-legais).
https://youtu.be/OEGhbbpel30
INSTRUMENTOS de avaliação
Conflict Tactics S cale (CTS -1)
O CTS-1 (Straus, 1979), e um questionario de 19 itens que avaliam o abuso fisico e psicologico. Avalia a vitima idosa ou em potencial risco assim como o cuidador ou potencial agressor. E xis te validação desta
escala no B rasil. Carer A bus e A s s es s ment Protocol for Nurses (DAVIE S ) O DAVIES (Davies, 1997), e um questionário de 41 itens que avaliam o abuso físico, psicológico, financeiro, sexual e a negligencia. Faz uma avaliação do cuidador ou potencial agressor.
E lder Abus e A s s es s ment Protocol for Nurses (EA A PN )
O EAAPN (Davies, 1997), e um questionário de 80 itens que avaliam o abuso físico, psicológico, financeiro e negligencia. Avalia a vitima ou o idoso em risco.
INSTRUMENTOS de avaliação
A kron G eneral Medical C enter G eriatric (Abuse Protocol: AKRON)
O AKRON (Jones, 1988), e um questionário de 46 itens que avaliam o abuso fisico, psicologico, financeiro, sexual e negligencia, na vitima idosa ou em potencial.
B rief A buse Screen for the E lderly (B A S E )
O BASE (Reis, 1997), e um questionario de apenas 5 itens que avaliam o abuso fisico, psicologico, financeiro e negligencia, na vitima idosa ou em potencial.
Careg iver Abus e S creen (CA S E )
O CASE (Reis, 1995), e um questionário de 8 itens que avaliam o abuso físico, psicológico, financeiro, e negligencia. Este instrumento avalia o cuidador do idoso ou potencial agressor.
INSTRUMENTOS de avaliação
Indicators of Abus e Screen (IOA )
O IOA (Reis, 1998), e um questionário de 22 itens que avaliam o abuso físico, psicológico, financeiro e negligencia. Este instrumento avalia as vitimas assim como potenciais vitimas.
Health S tatus R is k A s s es s ment (J OHNS ON)
O JOHNSON (Johnson, 1991), e um questionário de 60 itens que pretende avaliar o abuso físico, psicológico, financeiro, sexual, o abandono assim como a negligencia. Este instrumento avalia as vitimas assim como idosos em risco.
Escalas de avaliação
QUALCA R E Scale (QUALCA R E )
O QUALCARE (Phillips, 1990), avalia o abuso físico, psicológico e financeiro. E constituído por 40 itens que avaliam as vitimas idosas ou em potencial assim como os cuidadores ou potenciais agressores.
R is k of E lder A buse in the Home (R E A H)
O REAH (Hamilton, 1989), e um questionário constituído por 34 itens e que se encontra dividido em duas secções de avaliação, uma para o idoso e outra para o cuidador. Pretende avaliar riscos gerais de violência, como a vulnerabilidade do idoso e sobrecarga do cuidador mas não dimensões especificas de violência.
INSTRUMENTOS de avaliação
S creening Protocol for Identification of A bus e and Neg lect (SCREENPROT)
O SCREENPROT (Johnson, 1981), esta dividido em 38 itens que avaliam a vitima idosa ou em potencial, o cuidador do idoso ou potencial agressor. Este instrumento pretende avaliar o abuso físico, psicológico, financeiro e negligencia.
Vulnerability to Abus e S creening S cale (VA S S )
O VASS (Schofield, 2002), e um questionário de 12 itens que avaliam o abuso físico, psicológico, financeiro e negligencia. Este instrumento avalia as vitimas assim como idosos em potencial risco.
Referencias Bibliográficas
Apav. (2016). Estatística Apav 2016. Bureau Veritas . http:// apav.pt/apav_v2/images/pdf/Clipping_Maio_2013.pdf
Gil, A. P. M., Kislaya, I., Santos, A. J., Nunes, B., Nicolau, R., & Fernandes, A. A. (2015). Elder abuse in portugal: findings from the first national prevalence study. Journal of elder abuse & neglect , 27 (3), 174-195. OMS (2002) Declaração de Toronto : Red Internacional de Prevencíon del Abuso y Maltrato en la Vejez.
http://www.who.int/ageing/projects/elder_abuse/alc_toronto_declaration_es .pdf Redondo , J. , Pimentel, I & Correia A.(coord.) (2012). Manual Sarar: Sinalizar, Apoiar, Registar, Avaliar, Referenciar. Uma proposta de Manual para profissionais de saúde na aérea da violência familiar/entre parceiros íntimos.
Coimbra: Administraçao Regional de Saúde do Centro. Recuperado dehttp://material.violencia.online.pt//CONTEUDOS/SARAR/Manual%20SARA R%20site.pdf