UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
JÉSSICA SILVA LANNES
IMAGEM DO ABDOME: AULA COMENTADA
FORTALEZA – CEARÁ CEARÁ 2017
A divisão anatômica clássica não tem muito uso prático. Segmentação hepática (Couinaud
– 1957): - oito segmentos que funcionam de forma independente. Importante para ressecção cirúrgica; - No centro de cada segmento: Ramo portal, ramo arterial e ducto biliar; - Na periferia: v. hepática.
V. hepática direita
V. hepática média
V. hepática
Os ramos das vv. hepáticas fazem a delimitação periférica dos segmentos.
esquerda Bifurcação ortal.
Ponto de referência para divisão superior e inferior do fígado: bifurcação portal. Após achar esse ponto de referência, observa-se a divisão dos seguimentos feitos pelas vv. hepáticas: A v. hepática média divide o lobo hepático direito e o lobo hepático esquerdo. A v. hepática esquerda faz a divisão medial e lateral do lobo hepático esquerdo. A v. hepática direita divide o lobo hepático direito em seguimentos anteriores e posteriores.
Seguimentos hepáticos - por que é importante saber identifica-los? Porque quando encontra-se um nódulo, por exemplo, deve-se informar exatamente onde ele se localiza (p. ex. lesão de 2 cm em seguimento 8), pois o tipo de abordagem cirúrgica dependerá de sua localização.
Corte transversal acima da bifurcação portal. 1. Localizar vv. hepáticas. Como? Achar a v. cava inferior e para ela confluirão as vv. Hepáticas. 2. A principal a ser encontrada é a v. hepática média, pois a partir dela identificamos o lobo direito clássico e o lobo esquerdo clássico.
Corte transversal mais baixo, ele é mais difícil para encontrar as vv. Hepáticas, elas aparecem mais arredondadas e não alongadas como no anterior.
TC de abdome, sem contraste venoso, corte axial. Fígado com hepatopatia crônica (observa-se contornos serrilhados, bordas rombas e lobo esquerdo e caudado muito aumentado, lobo direito diminuído) No diafragma observa-se impressões costais, comum em idosos. Vasos epigástricos; Aorta (transição tóraco-abdominal); Estômago com alimento e gás; Porção superior do baço; Vasos colaterais aumentados (possível hipertensão portal). Obs: a parte mais escura inferiormente são os lobos inferiores do pulmão.
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2
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Site para consulta
1. 2.
Ultrassonografia; TC com contraste
3.
RM
4.
Reconstrução MIC de TC
V. porta
RM, ponderação T1, com contraste.
Junção esplenomesentérica. Em casa de tumor de pâncreas por exemplo, se há infiltração nessa região há pior prognóstico
Divisão entre seguimentos superior e inferior do fígado
Plano axial mostrando os segmentos hepáticos da divisão hepática superior.
1
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1. TC Tumor metastático 2. RM hemangioma 3. RMCarcinoma invasivo com infiltrações em seguimento 3 (é 3 e não 2 porque aparece o ligamento falciforme e ele está em uma localização mais
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baixa).
Ultrassonografia de vesícula biliar, visão longitudinal. Observa-se focos hiperecogênicos com sombra acústica.
Colangiorressonância magnética: usada na avaliação da vesícula biliar para cálculo e estenose, ponderação em T2 com supressão de todas as estruturas sólidas (a própria bili é o contraste).
Conlangeopancreatografia Retrógada (CPRE): do ponto de vista operacional faz-se primeiramente Colangiorressonância primeiro e se necessário CPRE por ser incômoda ao paciente, é utilizada mais como método terapêutico do que diagnóstico. Dilatação das vias biliares por interrupção do fluxo no ducto colédoco. CPRE mostrando Colangiocarcionoma causando interrupção do fluxo no ducto colédoco
Parênquima pancreático apresentando várias calcificações (processo crônico) Intenso processo inflamatório sem calcificações (processo agudo)
Afilamento da porção inicial do tronco portal devido a tumor que envolve o tronco portal.
Neoplasias mais comuns: linfoma e metástase. Intima relação com a cauda do pâncreas (leões tumorais podem infiltrar o baço)
Baço acessório: Lesão benigna. Quando um paciente que tem um baço acessório passa por uma esplenectomia, o baço acessório pode crescer, processo chamado de esplenose.
Baço com calcificações, elas são muito comuns em processos inflamatórios e não geram sequelas, por isso, deve-se evitar fazer outros exames, quando não há clínica presente que os justifique.
Esplenomegalia