Fichamento de citação da obra "A ordem do discurso", de Michel Foucault.Descrição completa
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Fichamento a Poetica Do Espaco
Fichamento do cap36: homeostasia e coagulação.Tratado de fisiologia médicaDescrição completa
ação dos ventos nas estruturas
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Fichamento – As estruturas elementares do parentesco – Levi Srauss Capitulo 1 Natureza e Cultura “ Se é relativamente fácil estabelecer a distin!o de princ"pio# a difi culdade comea $uando se $uer realizar analise% &sta dificuldade é dupla# de um lado podendo tentar'se definir# para cada atitude# uma causa de ordem biol()ica ou social# e# de outro lado# procurado por $ue mecanismo atitudes de ori)em cultural podem en*ertar'se em comportamentos $ue s!o de natureza biol()ica# e conse)uir inte)rá'los a si% Ne)ar ou subestimar a oposi!o é privar'se de toda compreens!o dos fen+menos sociais# e ao lhe darmos seu inteiro al cance metodol()ico corremos o risco de converter em mistério insol,vel o problema da passa)em entre as duas ordens% -nde acaba a natureza. -nde comea a cultura. / poss"vel conceber vários meios de responder a esta dupla $uest!o% 0as todos mostraram'se até a)ora sin)ularmente decepcionantes% “ p% 2 “ Assim# é poss"vel esperar ver um animal domestico# por e*emplo# um )ato# um cachorro ou uma ave de )alinheiro# $uando se acha perdido ou isolado# voltar ao comportamento natural $ue era o da espécie antes da interven!o e*terior da domestica!o% 0as nada de semelhante pode se produzir com o homem# por$ue no caso deste ultimo n!o e*iste comportamento natural da epsecie% Ao Ao $ual o individuo isolado possa voltar mediante re)ress!o% 3 p% 4 “ 5ueremos dizer $ue é imposs"vel tirar ti rar conclus6es )erais da e*peri7ncia% A vida social dos macacos n!o se presta a formula!o de nenhuma norma% &m presena de macho ou f7mea# do animal vivo ou morto# do 8ovem e do velho# do parente ou do estranho# o macaco comporta'se com surpreendente versatilidade% “ p% 9 “ :udo parece passar'se como se os )randes macacos# 8á capazes de se libertarem de um comportamento especifico# n!o pudessem che)ar a estabelecer uma norma num plano novo% - comportamento instintivo perde a nitidez e a precis!o $ue encontramos na maioria dos mam"feros# mas a diferena é puramente ne)ativa e o dom"nio abandonado pela natureza permanece sendo um territ(rio n!o ocupado% “ p% ;< “ &ssa aus7ncia de de re)ra parece oferecer o critério mais se)uro se)uro $ue permita distin)uir um processo natural de um cultural% Nada há de mais su)estivo a este respeito do $ue a oposi!o entre a atitude da criana# mesmo muito 8ovem# para $uem todos os problemas problemas s!o re)ulados re)ulados por n"tidas distin6es# mais n"tidas e as vezes imperiosas entre os adultas# e as rela6es entre os membros de um )rupo simiesco inteiramente abandonadas ao acaso e do encontros nos $uais o comportamento um su8eito nada informa sobre o de seu con)7nere# nas $uais a conduta do mesmo indiv"duo ho8e n!o )arante em nada seu comportamento no dia se)uinte% & $ue# com efeito# há um circulo vicioso ao se procurar na natureza a ori)em das re)ras institucionais $ue sup6em –
mais ainda# $ue s!o 8á – a cultura# e cu8a instaura!o no interior de um )rupo dificilmente pode ser concebida sem a interven!o da lin)ua)em% A const=ncia e a re)ularidade e*istem# a bem dizer# tanto na natureza $uanto na cultura% 0as na primeira parecem precisamente no dom"nio em $ue na se)unda se manifestam mais fracamente# e vice'versa% &m um caso# é o dom"nio da herana biol()ica> em outro# o da tradi!o e*terna% N!o se poderia pedir a uma ilus(ria continuidade entre as duas ordens $ue e*plicasse os pontos em $ue se op6em% “p% < “ por conse)uinte# nenhuma análise real permite apreender o ponto de passa)em entre os fatos da natureza e os fatos da cultura# além do mecanismo da articula!o deles% 0as a discuss!o precedente n!o nos ofereceu apenas este resultado ne)ativo% Forneceu# com a presena ou a aus7ncia de re)ra nos comportamentos n!o su8eitos as determina6es instintivas# o critério mas validos das atitudes sociais% “ p% < “ &stabeleamos# pois# $ue tudo $uanto é universal no homeme depende da ordem da natureza e se caracteriza pela espontaneidade# e $ue tudo $uanto es ?ta liado a uma norma pertece a cultura e apresenta os atributos do relativo e do particular% &ncontramo'nos assim em face de um fato# ou antes de um con8unto de fatos# $ue n!o está lon)e# á luz das defini6es precedentes# de aparecer como um esc=ndalo# a saber# este con8unto comple*o de crenas# costumes# estipula6es e institui6es $ue desi)namos sumariamente pelo nome de proibi!o do incesto% @or$ue a proibi!o do incerto apresenta# sem o menor e$uivoco e indissoluvelmente reunidos# os dos caracteres os $uais reconhecemos os atributos contradit(rios de duas ordens e*clusivas# isto é# constituem uma re)ra# mas uma re)ra $ue# ,nica entre todas as re)ras socais# possui ao mesmo tempo caráter de universalidade% “ p% “ A $uest!o consiste portanto em saber se e*istem )rupos $ue permitem casamentos $ue s!o e*clu"dos em outros# mas# em vez disso# em saber se há )rupos nos $uais nenhum tipo de casamento é proibido% A resposta deve ser ent!o absolutamente ne)ativa# e por dois motivos% @rimeiramente# por$ue o casamento nunca é autorizado entre todos os parentes pr(*imos# as somente entre al)umas cate)orias% &m se)undo lu)ar# por$ue estas uni6es consan)u"neas ou tem caráter temporário e ritual ou caráter oficial e permanente# mas neste ultimo caso s!o privile)io de uma cate)oria social muito restrita% “ p% “ &is a$ui# pois# um fen+meno $ue apresenta simultaneamente o caráter distintivo dos fatos da natureza e o caráter distintivo – teoricamente contradit(rio do precedente – dos fatos da cultura% A proibi!o do incesto possui ao mesmo tempo a universalidade das tend7ncias e dos instintos e o caráter coercitivo das leis e das institui6es% “ p% B Capitulo ' o problema do incesto
“ -ra# a vida se*ual é duplamente e*terior ao )rupo% &*prime no mais alto )rau a natureza animal do homeme# e atesta# no pr(prio seio da humanidade# a sobreviv7ncia mais caracter"sticas dos instintos% &m se)undo lu)ar# seus fins s!o transcedentes# novamente de duas maneiras# pois visam a satisfazer os dese8os individuais# $ue se sabe suficientemente constarem entre os menos respeitosos das conven6es socais# ou tedencias especificas $ue ultrapassam i)ualmente# embora em outro sentido# os fins pr(prios da sociedade% “ p% D Capitulo 9 – - Eniverso das e)ras “ Considerada do ponto de vista mais )eral# a proibi!o do incesto e*prime a passa)em do fato natural da consan)uinidade ao fato cultuo real da aliana% Gá a natureza atua# por si mesma# se)unda o duplo ritmo de receber e dar# traduzido na oposi!o entre casamento e filia!o%H @% B2 0as os dese$uil"brios biol()icos s( aparecem como tais em sua rela!o com o mundo f"sico% Comparados aos fen+menos culturais mostram'se# ao contrário# sob as espécies da estabilidade# ao passo $ue o privilé)io da s"ntese din=mica passa aos fen+menos da nova ordem% Considerado desse ponto de vista# o problema da passa)em da natureza I cultura reduz#se# portanto# ao problema da ntrodu!o de processos de acumula!o no Jnterior de processos de repeti!o% @% B2 - problema esclarece'se $uando admitimos a indiferena da natureza ' corroborada por todo o estudo da vida animal ' Is modalidades das rela6es entre os se*os% @or$ue é precisamente a aliana $ue fornece a dobradia# ou mais e*atamente o corte# onde a dobradia pode fi*ar'se% A natureza imp6e a aliana sem determiná'a# e a cultura s( a recebe para definir'lhe imediatamente as modalidades% @% B1 Certas formas de racionamento s!o novas para nossa sociedade e criam uma mpress!o de surpresa em esp"ritos formados nas tradi6es do liberalismo econ+mico% @or isso somos levados a ver na interven!o coletiva# $ue se manifesta com rela!o a comodidades $ue desempenham um papel essencial no )7nero de vida pr(prio de nossa cultura# uma inova!o ousada e um tanto escandalosa% @% B4 Assim# o Kre)ime do produto escassoK# tal como se e*prime nas medidas de controle coletivo# é muito menos uma inova!o devida Is condi6es da )uerra moderna e ao caráter mundial de nossa economia do $ue o ressur)imento de um con8unto de processos familiares Is sociedades primitivas# sem os $uais a coes!o do )rupo estaria a todo o instante comprometida% @% B4 - alimento é a fonte das emo6es mais intensas# fornece a base de al)umas das no6es mais abstratas e das metáforas do pensamento reli)ioso%%% para o primitivo# o alimento pode tornar se o s"mbolo das e*peri7ncias espirituais mais altas e a e*press!o das rela6es sociais mais essenciaisK p% BB
A observa!o social e biol()ica concorre para su)erir $ue estas tend7ncias s!o naturais e universais #no homem% e $ue somente as limita6es nascidas do meio e da cultura s!o responsáveis pelo recalcamento delas% @% BB A situa!o é inteiramente diversa nos )rupos onde a satisfa!o das necessidades econ+micas repousa inteiramente sobre a sociedade con8u)al e sobre a divis!o do trabalho entre os se*os% N!o somente o homem e a mulher n!o t7m a mesma especializa!o técnica# dependendo portanto um do outro para a fabrica!o dos ob8etos necessários Is tarefas cotidianas# mas dedicam' se I produ!o de tipos diferentes de alimentos% Ema alimenta!o completa# e sobretudo re)ular# depende por conse)uinte desta verdadeira Kcooperativa de produ!oK $ue constitui uma fam"lia% K5uanto mais mulheres há# mais há o $ue comerK% dizem os pi)meus# $ue consideram Kas mulheres e as crianas como a parte mais preciosa do ativo do )rupo familiarK% )ualmente as mulheres otentote# durante a cerim+nia do casamento# celebram em coro o noivo e os homens $ue# como ele# Kprocuram mulher# embora ho8e tenham o suficiente para comerK p% BD N!o é# portanto# e*a)erado dizer $ue nessas sociedades o casamento apresenta uma import=ncia vital para cada individuo% @or$ue cada indiv"duo está duplamente interessado n!o somente em encontrar para si um c+n8u)e# mas também em prevenir a ocorr7ncia# em seu )rupo# dessas duas calamidades da sociedade primitiva a saber# o solteiro e o (rf!o% “@% BD 5ue aconteceria# com efeito# se o principio da interven!o coletiva# afirmado do ponto de vista puramente formal pela re)ra $ue pro"be o incesto# sem considera!o de conte,do# n!o e*istisse. Seria poss"vel esperar $ue se formassem privilé)ios no interior dessa a)lomera!o natural constitu"da pela fam"lia# em virtude da maior intimidade $ue devem apresentar a" os contatos interindividuais# como na aus7ncia de toda re)ra social $ue tende a e$uilibrá'la e a limitá'laM p% 1