Manifesto do Partido Comunista Introd Introduçã ução: o: contex contexto to histór histórico ico da Europa Europa da primei primeira ra metade metade do século século XIX: o medo medo do comunismo e a luta contra este.
I Burgueses e Proletários Marx coloca a luta de classes como ponto constante na história. “A história de todas as sociedades até o presente é a história da luta de classes” (p. 7). A luta sempre “terminava com uma reconf reconfigu iguraç ração ão revolu revolucio cionár nária ia de toda toda a socied sociedade ade ou com a derroc derrocada ada comum comum das classes em luta” (p. 8) A sociedade burguesa não acabou com os antagonismos entre as classes, apenas recriou as classes e as condições de opressão e simplificou os antagonismos. “A sociedadetoda cinde-se (...) em duas grandes classes diretamente confrontadas: burguesia e proletariado” (p. 8) A própria burguesia é resultado de várias revoluções, como o fim do feudalismo, a Revolução Industrial e a então recém-iniciada globalização. “O poder estatal moderno é apenas uma comissão que administra os negócios comuns do conjunto da classe burguesa.” (p. 9) A burguesia é uma classe revolucionária: pôs fim ao feudalismo, tanto no que diz respeito à estrutura da sociedade como no que se refere aos valores vigentes, e promove continuamente a revolução nos instrumentos de produção e, assim, as relações sociais. Marx Marx também também fala fala da tendên tendência cia globali globalizan zante te da socied sociedade ade burgue burguesa. sa. “(...) “(...) a burgue burguesia sia configurou de maneira cosmopoluta a produção e o consumo de todos os países.” (p. 11) “Ela obriga todas as nações que não queira desmoronar a apropriar-se do modo de produção da burguesia.” (p. 12) Aind Ainda a com com rela relaçã ção o à glob global aliz izaç ação ão (ain (ainda da que que não não dê esse esse nome nome), ), Marx Marx fala fala sobr sobre e a dependência dos países “bárbaros” aos “civilizados” e da dependência do campo à cidade. As forças produtivas burguesas não foram mais comportadas pelas relações sociais feudais. O modo de produção da sociedade burguesa funciona em ciclos de superprodução e pobreza: “As relações burguesas tornam-se demasiado estreitas para abarcar a riqueza gerada por elas.” (p. 14) A sociedade burguesa também criou uma nova classe social, o proletaria proletariado, do, que é o embrião embrião da sua própria destruição. Ele é obrigado a vender sua força de trabalho, que perdeu seu caráter autônomo, ficando totalmente dependente da divisão do trabalho e dass máquinas.
O desenvolvimento da sociedade burguesa obrigaria uma dualidade burguesia-proletariado, onde todos os estratos médios decairiam fatalmente na classe mais baixa, já que o baixo capital nas pequenas atividades comerciais, artesanais ou agrícolas não teria como competir com o grande capital da indústria. Além disso, a burguesia depende da união do proletariado, que, num primeiro momento, acabam auxiliando no combate de todos os resquícios da monarquia e do feudalismo. A burguesia se encontra em luta constante, seja contra a aristocracia, seja contra a burguesia de outros países, e convoca o proletariado para lutar junto com ela, dando a ele armas contra si mesma. Marx prevê que uma parcela da burguesia se desprenderia de sua classe para unir-se ao proletariado no momento de decisão da luta de classes. A sociedade burguesa despojou os operários de qualquer caráter nacional ou moral. Tudo que resta é a exploração. A burguesia é incapaz de assegurar condições básicas de vida ao proletariado.
II Proletários e Comunistas Os partidos comunistas se distinguem do resto do partidos proletários pela defesa do conjunto dos interesses do proletariado independente de sua nacionalidade. “O que distingue o comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas sim a abolição da propriedade burguesa.” (p. 21) Marx reafirma que as propriedades das classes médias são abolidas pelo desenvolvimento da indústria. O trabalho assalariado não gera propriedade para o trabalhador, mas sim capital, a propriedade que explora o trabalho assalariado. “O capital é um produto coletivo e só pode ser posto em movimento mediante a atividade comum de muitos membros. (...) O capital, portanto, não é uma potência pessoal, ele é uma potência social.” (p. 22) Coletivizar o capital não é transformar propriedade pessoal em coletiva. “Transforma-se apenas o carátar social da propriedade. Ele perde o seu caráter de classe.” (p. 22) O salário do trabalho do operário é “suficiente tão-somente para reproduzir a sua vida pura e simples. (...) Na sociedade comunicsta o trabalho acumulado é apenas um meio para ampliar, enriquecer, fomentar o processo”. (p. 23) Marx critica duramente a desigualdade da sociedade burguesa: “a propriedade privada está abolida para nove décimos de seus membros; ela existe exatamente por não existir para nove décimos.” (p. 23-24)
“O comunismo não tira ninguém o poder de apropriar-se de produtos sociais, ele apenas tira o poder de subjugar trabalho alheio mediante essa apropriação.” (p. 24) Marx afirma categoricamente que o direito, a moral e o ideário da sociedade burguesa são apenas a manifestação da vontade da burguesia. Marx rebate as críticas à proposta comunista de educação. “Os comunistas não inventam o influxo da sociedade sobre a educação; eles apenas modificam o seu caráter, eles subtraem a educação à influência da classe dominante.” (p. 25) Ele ainda acusa a indústria de romper as relações entre pais e filhos, transformando ambos em meros artigos de comércio e instrumentos de trabalho. Projeto político para o proletariado: “O proletariado utilizará o seu domínio político para subrtrair pouco a pouco à burguesia todo o capital, para centralizar todos os intrumentos de produção nas mãos do Estado, isto é, do proletariado organizado como classe dominante, e para multiplicar o mais rapidamente possível a massa das forças produtivas.” (p. 29) “No lugar da velha sociedade burguesa com as suas classes e antagonismos de classes surge uma associação na qual o lire desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos.” (p. 30)
III Literatura socialista e comunista 1. O socialismo reacionário a) O socialismo feudal Tentativa de reestabelecimento da ordem feudal.
b) Socialismo pequeno-burguês Socialismo pela ótica pequeno-burguesa. “esse socialismo quer, ou reestabelecer os velhos meio de produção e de circulação, e, com estes, as velhas relações de propriedade e a velha sociedade, ou então forçar os modernos meios de produção e de circulação a entrar novamente no quadro das velhas relações de propriedade (...) Em ambos os casos, ele é reacionário e utópico ao mesmo tempo.” (p. 33)
c) O socialismo alemão ou o “verdadeiro” Suposta universalização do socialismo francês. Vários literatos alemães “importaram” as teorias socialistas francesas. No entanto, essas teorias foram produzidas sob a pressão de uma burguesia, enquanto a sociedade alemã ainda estava no início da luta contra o absolutismo feudal. O resultado foi uma teoria utópica, que punha os interesses do proletariado como interesses do ser humano de um modo geral.
2. O socialismo conservador ou burguês
“Uma parcela da burguesia deseja corrigir as mazelas sociais para assegurar a continuidade da sociedade burguesa.” (p. 36) “Os burgueses socialistas querem as condições de vida da moderna sociedade sem as lutas e os perigos que necessariamente decorrem delas. eles querem a sociedade vigente, mas subrtraindo os elementos que a revolucionam e a dissolvem. Eles querem a burguesia sem o proletariado.” (p. 37) “(...) por transformação das relações materiais de vida, esse socialismo não entende de maneira alguma a abolição das relações burguesas de produção, (...) mas sim melhorias administrativas, que se processem no terreno dessas relações de produção, e portanto nada alteram na relação entre capital e trabalho assalariado” (p. 37)
3. O socialismo e o comunismo crítico-utópico Ignora a luta de classes e propõe uma melhora das condições de vida de toda a sociedade de maneira indistinta, sem deixar clara qual seria a ação prática a ser tomada. “Querem melhorar a situação de vida de todos os membros da sociedade, mesmo a dos mais bem situados. Por isso apaelam continuamente ao conjunto da sociedade, sem distinção, de preferência, inclusive, à classe dominante.” (p. 39) “Rejeitam por isso toda ação política, notadamente toda ação revolucionária, querem alcançar a sua meta por via pacífica” (p. 39)
IV Posição dos comunistas em relação aos diversos partidos oposicionistas Relações dos comunistas: ● Inglaterra: cartistas; ● América do Norte: reformadores agrários; ● França: partido social-democrata; ● Suíça: radicais; ● Polônia: partido que faz de uma revolução agrária condição de libertação nacional; Situação dos comunistas na Alemanha: no início, lutam junto com a burguesia contra a monarquia absoluta e a propriedade rural feudal, mas não deixam de esclarecer os operários acerca da luta de classes.