HIRSCHMAN, Albert O. De consumidor a cidadão: atividades privadas e participaão na vida p!blica. São "aulo: #rasiliense, $%%&. p. '()$*% +caps. , - e /.
O autor desenvolve os conceitos de ação coletiva e suas difculdades de eetivação, apontando os altos custos de participação como exemplo de obstáculo obstáculo ao engajame engajamento nto social. social. Servindo-s Servindo-se e de teorias teorias econômi econômicas, cas, o auto autorr atri atribu buii ao ato ato do dese desenc ncor oraj ajam amen ento to ante ante ação ação soci social al como como resul esulta tado do do desc desco onten ntenta tame ment nto o pess pessoa oal, l, vist visto o !ue !ue os indi indiv" v"du duos os naturalmente procurariam o seu bem estar pessoal, em detrimento do bem p#blico, mesmo !ue se servindo deste, como resultado da ação de um grup grupo, o, ao !ue !ue o auto autorr c$am c$ama a de %car %caron ona& a&,, ou seja seja,, os indi indiv" v"du duos os se bene benefc fcia iari riam am dos dos resul esulta tado dos s gan$ gan$os os pelo pelo grup grupo o soci social al,, não não pela pela participação eetiva na ação, mas simplesmente por estarem envolvidos no grupo grupo.. 'ssas 'ssas %caro %caronas nas& & ele reput reputa a como como despr despre(" e("ve vel, l, uma ve( !ue não representam o grupo e não avorecem mudanças em )mbito coletivo. *s ideias de se ter bene"cio ou não por tal ato social, implicaria diretamente na participação coletiva, e essa estaria associada s !uest+es subjetivas de pra(er e elicidade, como numa transerncia da realidade pessoal para a realidade p#blica. * ação coletiva seria resultado de um despertamento cognit cognitivo ivo numa numa percep percepção ção s#bita s#bita da reali realidad dade e e tambm tambm ruto ruto de uma experincia agradável !ue atribuiria ao indiv"duo, mediante o trabal$o uma sensação de pra(er de oro "ntimo, !ue apontasse para sua capacidade e seu desenvolvimento pessoal. * %carona&, estaria apenas relacionada ao con conor orto to,, resul esulta tado do fna fnal, e desp desprre(ar e(aria ia o pra( pra(er er prom promov ovid ido o pelo pelo engajamento no processo social. O aproundamento da !uestão da participação na vida p#blica, passa a ser discutida no )mbito das rustraç+es. O autor cita ernard S$a/ !uando ala de duas duas trag tragd dia ias s da vida vida00 a não não reali( eali(aç ação ão dos dos noss nossos os dese desejo jos s e a reali reali(aç (ação ão dos mesmo mesmos. s. 1ese 1esenvo nvolve lve então então a ideia ideia de !ue não ter seus seus anseio anseios s corre correspo spondid ndidos os cumula cumularia ria numa numa insati insatisa sação ção progr progress essiva iva !ue desestimularia a participação da vida p#blica. 2or outro lado, a reali(ação dos desejos p#blicos poria fm necessidade de continuação da atividade coletiva. 3uando 3uando se trata trata da coisa coisa p#blic p#blica, a, da con!ui con!uista sta de certa certas s bene beneito itoria rias s coletiva coletivas, s, o autor autor tambm tambm considera considera o ator ator imaginaçã imaginação-r o-realid ealidade ade como desencadeador desencadeador de aç+es e compreende a limitação da imaginação $umana, usando at mesmo a expressão %pobre(a da ima imaginação& !ue parado paradoxalm xalmente ente,, produ( produ( imagens imagens exagera exageradas, das, %totais& %totais&,, ao invs de uma perspectiva mais moderada. 4sso posto, entende-se o ácil descontentamento com os resultados alcançados. Outro aspecto preponderante !uando da permanncia e est"mulo5desest"mulo na execução da atividade p#blica o !uanto de tempo será será despen despendido dido ace ace o tempo tempo gasto gasto em ativi atividad dades es partic particula ulare res. s. 'sse 'sse aspe aspect cto o !uan !uando do sube subest stim imad ado, o, igno ignora rado do,, gera gerará rá uma uma insa insati tis saç ação ão do partic participa ipante nte das aç+e aç+es s p#blic p#blicas as !ue está está submet submetido ido uma dedica dedicação ção excessiva ação coletiva. *lm do aspecto aspecto acima mencionado mencionado,, os moviment movimentos os p#blicos p#blicos assumem assumem uma orça pr6pria e tomam rumos inesperados !ue acabarão por exigir mais dedica dedicação ção e tempo tempo dos autor autores es da ação7 ação7 bem bem como, como, são são imbu"do imbu"dos s de
idealismo, !ue com o passar do tempo, vai-se contrapondo realidade !ue muitas ve(es orça os elementos envolvidos na ação a assumirem posturas %antiticas&, relaç+es de poder não imaginadas !uando nas aç+es de ordem particular. * participação p#blica apresentada sob os ol$ares da dedicação excessiva e da dependncia. 1ois momentos !ue guardam relação, mas !ue, tambm, se contrap+e. * primeira revela um erro de projeção !ue promove o excesso de tempo despendido e o comprometimento de outras atividades como resultados não intencionais. * segunda, por sua ve(, implica tambm numa extrapolação do tempo e esorço despendidos, mas se undamenta no sentimento de reali(ação !ue a atividade envolve, a(endo com !ue intencionalmente as demais atividades sejam diminu"das. O autor prolonga a discussão, ao afrmar !ue, não apenas a participação excessiva tem re8exos na vida p#blica, mas, tambm a limitação da atividade p#blica, pode gerar decepç+es. 2ara exemplifcar essa declaração, o autor cita o voto secreto, como ato limitador da atividade social, uma ve( !ue, por exemplo, não permite ao eleitor expressar a intensidade de suas decis+es. O autor explicita a ideia do %paradoxo do eleitor& para responder pergunta0 por !ue, apesar da t"mida participação, !ue envolve gasto de tempo, dentre outros aspectos, as pessoas ainda participam dos processos eleitorais9 1eende ainda a experimentação de outras ormas mais intensas de participação nas decis+es de !uest+es p#blicas. 2or fm, o autor re#ne as ideias anteriormente discutidas, e estabelece a polaridade na participação social, ora excessiva, ora extremamente limitada, cabendo s duas situaç+es o sentimento de decepção. * obra contribui para uma re8exão cr"tica a respeito da participação social como orma de transormação da realidade.