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P-026)
DUELO DE MUTANTES Everton Autor
CLARK DARLTON Tradu\u00e7\u00e3o
RICHARD PAUL NETO
Os primeiros ataques do Supercr\u00e2nio foram repelidos. A Te Pot\u00eancia provou sua solidez. Mas o pavoroso inimigo continua de posse de seu quartel-general, de onde pode lan\u00e7ar novos ataques contra a Terceira Pot\u00eanci Estados. A tarefa mais urgente de Perry Rhodan consiste em localizar essa central e arrebatar as armas do Supercr\u00e2nio, pois s\u00f3 ass conseguir\u00e1 evitar o caos. Perry Rhodan coloca em campo os seus mutantes, que se defrontam com inimigos que nada lhes ficam a dever em capacidade. Duelo de Mutantes \u00e9 deflagrado.
= = = = = = = Personagens Principais: = = = = = = = Perry Rhodan \ u 2 0 1 4
Chefe supremo da Terceira Pot\u00eancia.
Reginald Bell \ u 2 0 1 4
Ministro da seguran\u00e7a da Terceira Pot\u00ean
Clifford Monterny \ u 2 0 1 4
Apelidado de Supercr\u00e2nio.
Julian Tifflor e Klaus Eberhardt \ u 2 0 1 4 Tatiana Michalovna \ u 2 0 1 4
Dois cadetes da Academia Espacial.
Uma jovem muito perigosa.
Andr\u00e9 Noir, John Marshall, Betty Toufry \ u 2 0 1 4
Os membros mais import do Ex\u00e9rcito de Mutantes da Terceira Pot\u00eancia.
Gucky \ u 2 0 1 4
Uma criatura vinda do planeta Vagabundo.
1
A menos de quinhentos metros de altura, a nave-escola em forma de torped Academia Espacial corria vertiginosamente sobre a superf\u00edcie vermelha Marte, desviando-se agilmente dos cumes da longa cadeia de montanhas. O ca um dos instrutores mais competentes, estava sentado diante de seus controles alunos que mesmo uma nave de grandes dimens\u00f5es, habilmente manejad desviar de qualquer obst\u00e1culo. A nave-escola Z-82 tinha cerca de trinta metros de comprimento e o apenas para tr\u00eas tripulantes. Era capaz de alcan\u00e7ar a velocidade O cadete Klaus Eberhardt estava sentado \u00e0 esquerda do observador e memorizar as in\u00fameras manipula\u00e7\u00f5es dos instrumentos. N\u0 possu\u00eda um elevado grau de intelig\u00eancia. Mas ele mesmo n\u00e3o dificuldade em compreender. Isso n\u00e3o acontecia sempre; de forma algum acontecia nos momentos mais inoportunos. Era esse seu \u00fanico defeito. \u00c0 direita do instrutor, estava sentado outro cadete. Ao contr\u00e1rio esbelto, quase magro. Uma cabeleira castanho-escura encimava o rosto oval, o olhos castanhos esbo\u00e7avam um sorriso meigo, um pouco t\u00edmido. S cadete Julian Tifflor, que seus amigos e colegas chamavam apenas de Tiff, enga o cercavam. Atr\u00e1s daqueles olhos sonhadores escondia-se a energia de u at\u00f4mica. Apesar dos seus vinte anos, Tiff era um g\u00eanio matem\u00e coragem e resolu\u00e7\u00e3o. Era um dos melhores alunos da institui\u00 O capit\u00e3o Hawk apontou obliquamente para a frente. \u2014 Est\u00e3o vendo aquela montanha? Chegarei o mais pr\u00f3xim a nave. Observem o poder de rea\u00e7\u00e3o da Z-82. \u00c9 claro que no e pouco menor, porque nas proximidades da superf\u00edcie a resist\u00eancia dire\u00e7\u00e3o. \u2014 Ah! \u2014 disse o cadete Eberhardt e acenou a cabe\u00e7a para T sil\u00eancio, colocou as m\u00e3os sobre os controles simulados, para tentar mesmo instante em que o instrutor o fizesse. Os instrumentos eletr\u00f4nicos registrariam qualquer movimento que executasse. Eberhardt seguiu o exemplo do colega. O cume da montanha aproximou-se a uma velocidade vertiginosa. Realmen que a nave iria bater em cheio na rocha nua e avermelhada. No entanto, literalm \u00faltimo segundo, entrou numa curva quase impercept\u00edvel, passou ju subiu para o c\u00e9u azul-escuro, onde j\u00e1 se viam as primeiras estrela \u2014 Foi por pouco \u2014 disse o cadete Eberhardt, reclinando-se n eu nunca tentaria uma manobra dessas, a n\u00e3o ser que isso fosse absolu \u2014 Devemos estar em condi\u00e7\u00f5es de enfrentar qualquer s Hawk, olhando para o rel\u00f3gio. \u2014 Est\u00e1 na hora de voltarmos \ \u2014 \u00c9 mesmo \u2014 disse Tiff em tom pensativo. \u2014 Pedi li Hawk lan\u00e7ou-lhe um olhar de recrimina\u00e7\u00e3o. \u2014 Nas horas de servi\u00e7o n\u00e3o se deve pensar no prazer diante de n\u00f3s um v\u00f4o de regresso bastante cansativo. \u2014 Esse trechinho? \u2014 respondeu Tiff em tom de desprezo.
levaremos mais de uma hora. — Não pretendo acelerar até atingir a velocidade da luz, embora perfeitamente possível. Dentro de três horas pousaremos em Terrânia. Desta vez o capitão Hawk estava muito enganado, mas não poderia mesmo Porém, se tivesse levado em consideração a folga noturna de Tifflor, possivelme teria sido diferente e os acontecimentos do dia seguinte seriam completame — Já fez os cálculos? — perguntou Hawk. — Suponhamos que nosso piloto robotizado falhou, e que o senhor tem de encontrar o curso que mais rapidame de volta à Terra. E isso sem instrumentos, partindo do lugar em que nos encont Quanto tempo levará? Tiff suspirou e olhou para trás. Na escotilha viu Marte, cujo tamanho di vistos. Na escotilha dianteira, a Terra apareceu como uma pequenina estrela Era perfeitamente reconhecível. Tiff soltou um suspiro desanimado e sacudiu — É claro que o cálculo da rota não é fácil, mas pode ser feito. Mas, na minh é totalmente supérfluo. Com a velocidade que estamos desenvolvendo podemo perfeitamente realizar um vôo visual. O capitão Hawk começou a agitar os braços. — Cadete Tifflor, não se esqueça de que se encontra numa nave-escola. Sei perfeitamente que podemos realizar um vôo visual, mas não é disso que se trat saber se o senhor é capaz de se orientar sem instrumentos num espaço descon Portanto, comece logo a calcular. Tiff lançou um olhar melancólico em direção ao planeta Marte, que se desv repente viu que o quadro que se oferecia pela escotilha estava modificado. Tam deslocou-se lateralmente, saindo do campo de visão. Hawk havia deixado que a corresse sem rumo, para dificultar a tarefa que Tiff tinha de cumprir. Não devia ter feito isso. Mas, quem é que conhece o futuro? O capitão Haw menos, não o conhecia. A Z-82 deslocava-se a uma velocidade vertiginosa, acel constantemente. Não se sentia qualquer pressão, pois os campos gravitaciona compensavam qualquer modificação da rota ou da velocidade. Numa expressão de compaixão, Eberhardt contemplou Tiff quando este se algarismos numa folha de papel. Confortavelmente reclinado em sua poltrona, Hawk deixou que a nave disparasse pelo espaço afora, sem se preocupar com a Dali a pouco seu aluno teria de recolocar a Z-82 na rota correta e, mais tarde, fa em segurança. Ninguém se preocupou com os instrumentos. Ninguém, com exceção de Eberhardt. Mas, infelizmente, foi mais uma vez sua lentidão que lhe causou problemas comparadas com as de um cidadão normal do planeta Terra — e convém que ist claro — suas reações ainda eram bem rápidas. Apenas, era muito lento para pr qualidades de um bom piloto espacial. E foi por isso que levou dez segundos vitais para perceber a reação do rastr Tratava-se de um instrumento que emitia constantemente ondas de radar em t direções, registrando os reflexos que ocorressem. O alcance do instrumento er relativamente reduzido, e por isso tais reflexos se tornavam bastante raros no e Só surgiam quando um asteróide ou um meteorito de grandes dimensões passa proximidades da nave; ou quando outra nave se encontrava nas vizinhanças. O cadete Eberhardt estendeu o braço, apontando para a minúscula tela
cima da escala do rastreador. — Apareceu alguma coisa — disse. — Parece ser bem grande. O capitão Hawk levantou-se preguiçosamente e, perplexo, fitou o instrume pequenina tela viu-se uma mancha quase redonda, que crescia rapidamente. O em sua direção. De um salto, Hawk pôs-se de pé. Seus olhos correram velozmente so projetados na escala; depois sacudiu a cabeça. — Um destróier? Não é possível! Nosso destróier é o único que se encontra Marte e Terra. Se não modificarmos nossa rota, estará aqui dentro de poucos s Vejam, está desacelerando. Que coisa estranha! A figura esguia da nave gêmea já se tornara visível mesmo a olho nu. D curva bem ampla e voltou a se aproximar, vinda da frente. — Quem sabe se a Terceira Potência... — principiou Tiff, mas o capitão H a cabeça. — Segundo o último comunicado do rádio, transmitido pela academia, não nenhuma nave de Perry Rhodan no espaço. Somos os únicos. Se não conhecess esse tipo de nave... Não chegou a prosseguir. Uma luz ofuscante surgiu pela frente. Um raio quase alaranjado saiu da destróier e, tão rápido que o olho humano não poderia segui-lo, aproximou-s O capitão Hawk não reagiu com a necessária rapidez, e também para Tiff o ataque foi rápido demais. Inclinou-se para a esquerda e bateu com o punho fec chave, mas o envoltório energético formou-se com o atraso de uma fração de A pontaria do artilheiro da outra nave era péssima; foi uma sorte. Foi um Z-82, mas de nada valeu ao capitão Hawk. O raio energético disparado pelo inimigo não chegou a penetrar na capa pr proa da Z-82; mas parecia que a nave havia batido contra uma muralha sólida. tamanho que mesmo os neutralizadores de pressão revelaram-se praticamente força do impacto fez com que o capitão Hawk fosse arrancado do assento e pro toda força e de cabeça, contra o painel de controle do cérebro eletrônico encar navegação. Tiff foi atirado para a frente, mas conseguiu amortizar o impacto, estend rapidamente as mãos. Destrancou ambos os pulsos, o que nem chegou a per momento. O cadete Eberhardt teve mais sorte. Foi o único que colocara e afivelara o c segurança, que geralmente não costumava ser usado. O cinto quase o corta em evitou que tivesse destino idêntico ao de Hawk. Evidentemente Eberhardt teria segundo e meio para lembrar-se de pôr as mãos à frente do corpo, o que ser Um olhar bastou para que Tiff visse que seu instrutor estava morto. Os inst do painel haviam esfacelado seu crânio. Mas não teve tempo para cuidar do mo coisa mais importante a fazer. Depois do ataque aparentemente frustrado, a nave inimiga descreveu uma voltou a se aproximar em vôo frontal. Com um salto, Tiff colocou-se na poltrona instrutor, agora vazia, e assumiu os controles. Desviou-se numa curva fechada acelerou e lançou-se ao ataque contra o desconhecido. Enquanto fazia isso, as fantasiosas passavam pela sua mente. Quem seria o piloto do destróier que os estava atacando? Não podia se Academia Espacial; a hipótese era totalmente inconcebível. E também era i
uma nave da Terceira Potência se pusesse a derrubar suas próprias naves. Mas quem seria? Tiff não sabia que o maior inimigo de Perry Rhodan havia roubado três dest que estavam sendo tripulados por homens transformados em simples instrume destituídos de vontade própria, que haviam recebido ordem para atirar contra que trouxesse alguma indicação de pertencer à Terceira Potência. Tiff ignorava tudo isso. Sabia apenas que um desconhecido o havia atacado nave muito conhecida e quase chegara a dar cabo dele. Seria totalmente inútil pois o inimigo poderia desenvolver a mesma velocidade da Z-82. Além disso, a possibilidade de fugir e deixar para trás um enigma sem solução não agradava temperamento de Tiff. A reação da nave inimiga não foi muito rápida. Numa curva que quase cheg elegante, Tiff conseguiu colocar a Z-82 numa posição tal que a proa apontava d para a popa flamejante da nave tripulada pelo desconhecido. Conforme souber ensinamento teórico, ali ficava o único ponto vulnerável do destróier. Naquele campo protetor tinha uma espécie de furo, pois de outra maneira os raios propu refletidos sobre o campo. Os olhos de Tiff procuraram e encontraram a chave vermelha do canhão ne que se tornara célebre em tantas horas de vôo. Nunca pudera tocar nessa chav menos acioná-la. Em caso de necessidade, sempre fizera questão de ressaltar o Hawk, essa chave põe a funcionar uma arma mortífera, cujos efeitos... Surgira o caso de necessidade. O cadete Julian Tifflor não mais se sentia preso a qualquer regulamento. em legítima defesa. À medida que a velocidade da Z-82 aumentava, a popa do outro destróier ia aproximando. Tiff colocou a mão sobre a chave vermelha e, num movimento ins puxou-a para fora. Um segundo. Dois segundos. O raio energético alaranjado precipitou-se para fora da proa e rompeu os c raios propulsores do inimigo. Com uma velocidade próxima à da luz, penetrou dos jatos e roeu o maquinismo, até atingir a sala de máquinas, onde se situava arcônida. Depois de três segundos, Tiff soltou a chave vermelha e descreveu uma cur com a Z-82. Numa velocidade vertiginosa, embora parecesse que ambas as nav paradas, passou rente ao destróier atingido. Fascinado, Tiff observou os efeitos do disparo. De início, um vazamento formara-se na popa do destróier; nas bordas do m fogo começou a se espalhar. Surgiu uma coroa de fogo que, subitamente, foi ap impacto de uma explosão silenciosa. A popa se esfacelou e uma força invisível a destroços em todas as direções. A parte interior da nave parecia se desprender uma tendência a se tornar independente. O envoltório externo rompeu-se. As f metálicas deformaram-se, como se fossem feitas de lata. O destróier quebrou no meio. O inimigo estava praticamente destruído. Tiff respirou aliviado. Só depois disso teve tempo para cuidar do instr colega. O capitão Hawk jazia contorcido entre o assento do piloto e a parede
cabina. Não havia a menor dúvida de que estava morto. Apesar disso Tiff não de examiná-lo, mas o resultado apenas confirmou suas suposições. O cadete Eber estivera sentado bem quieto perto de Tiff, sem poder fazer nada, foi se recuper choque. A primeira observação que soltou foi típica de seu temperamento. — Agora estamos sem professor. Como faremos para voltar? Tiff reprimiu a contrariedade. — Até parece que se esqueceu de que já temos algumas horas de vôo. Além calculei a rota. Dentro de duas horas pousaremos na Terra. Apenas lhe peço qu levar o capitão Hawk ao camarote. Colocaram o instrutor morto sobre a cama e cobriram-no. Encontraria seu descanso em sua cidadezinha natal. Mas seus alunos nunca o esqueceriam qua comandando orgulhosamente as naves espaciais, vagassem pelas amplidões d cósmico. Deviam tudo aquilo que eram e que sabiam fazer a um homem, o capit Nesse meio tempo a proa desgovernada só se desviara ligeiramente par pouco penetraria no círculo de asteróides. Tiff contemplou os destroços com os olhos semicerrados. A proa estava intacta, não apresentando qualquer vestígio de destruição. E compensação, o lado oposto assemelhava-se a um campo de destroços. Peças d cabina e placas de envoltório semi-gaseificadas emergiam por entre as bordas Ao lado dela, certas peças avulsas, cuja finalidade não mais podia ser reconhec acompanhavam a trajetória da nave. Em meio a esses destroços devia haver uma cabina intacta, na qual os inim desconhecidos estariam encerrados em situação desesperadora. Talvez possuí manuais, mas elas só poderiam ser usadas se alguém se aproximasse deles. Era exatamente o que Tiff pretendia fazer. Dirigindo-se a Eberhardt, diss — Vamos dar uma olhada nesses camaradas que queriam nos mandar pa Enquanto proferia estas palavras, aproximou a trajetória da Z-82 dos destr outra nave. Lançou um olhar bastante expressivo para o armário de parede, exa controles remotos e murmurou: — Um de nós deve enfiar um traje pressurizado, sair pela comporta de dar uma olhada no que está se passando por lá. — É verdade — confirmou Eberhardt em tom sério. — Um de nós deve fa Tiff esperou. Mas esperou em vão. Eberhardt não tinha mais nada a assunto. E o que dissera fora bem pouco. Suspirou. Tudo ficaria por conta de — Quem vai fazer isso é você, cadete Eberhardt. Vamos logo! Enfie seu tern baldeação. Leve um radiador portátil, para estar prevenido se do lado de lá a po emperrada. — Eu? — o cadete Eberhardt arregalou os olhos. — Quer que eu saia sozinh e prenda aqueles bandidos? Escute aí, cadete Tifflor, eu sou um piloto espacial; pertenço ao F.B.I. — Comandante Tifflor, por obséquio — retificou Tiff e deu uma expressã ao seu rosto. — E procure se apressar, nem que seja só desta vez. Eberhardt sacudiu os ombros, levantou-se preguiçosamente e tirou um rad impulsos do armário de armamentos. Todas as naves de treinamento da academ equipadas com essa arma mortal, que funcionava segundo princípios arcônida último olhar de desespero para Tiff, à espera de um gesto de compaixão, balanç nervosamente o corpo e saiu. Parou na porta. — Matarei esses bandidos para vingar Hawk — disse em tom triunfal. —
E você, o que vai fazer? — Farei com que nada de mal lhe aconteça — asseverou Tiff tranq apontando para a chave vermelha do canhão neutrônico. — Ao menos tentar Eberhardt engoliu seco e deixou a cabina sem mais comentários. Tiff esp verde se iluminasse, antes de pôr a funcionar a comporta. A Z-82 estava flutuando, aparentemente imóvel, a menos de dez metros do Num certo instante Tiff acreditou ter percebido um movimento atrás de uma da do que restava da nave inimiga. Mas talvez fosse engano. Não, ali estava de nov Reconheceu perfeitamente os contornos de uma figura humana. Uma luz débil mesmo lugar. Naturalmente aquela gente já não dispunha de eletricidade, e po se contentar com o suprimento das pilhas. Se é que dispunham de alguma, além lanternas de bolso. A instalação de rádio também havia sido destruída pela e Uma luz vermelha surgiu diante de Tiff. A comporta de ar estava vazia, e Eb abrira a escotilha externa. As manobras em pleno espaço haviam sido treinada mas desta vez era para valer. Além disso, ninguém sabia o que os esperaria naq destroços. Era bem possível que os piratas — Tiff acreditava que os desconheci exatamente isso — tivessem os trajes pressurizados na cabina. Eberhardt entrou no seu campo de visão. Preso a um cabo fino, flutuava pe aproximou-se lentamente dos destroços, que descreviam um movimento de rot sombra atrás da escotilha da proa enrijeceu. Devia ter notado a pessoa que se a Eberhardt absorveu o leve impacto que sofreu ao pousar no envoltório da n destruída. Moveu-se lentamente até atingir a escotilha. Olhou bem no rosto de que o encarava com os olhos arregalados. O estranho envergava um traje espacial, mas não estava com o capacete fe pele escura, parecia um mestiço, mas Eberhardt não tinha certeza. De qualque sentiu-se satisfeito ao ler no rosto do outro o susto e o pavor. Acenou a cabeça para o estranho, com uma expressão de raiva no rosto; po medida de cautela mostrou-lhe seu radiador e deslocou-se cautelosamente em parte destroçada da proa. Ao primeiro relance de olhos, percebeu que tinha dia do corredor que levava aos camarotes. Como por milagre a porta da sala de com havia sido danificada. E agora? Era claro que pretendia pegar o estranho vivo, pois a morte do mesmo não ninguém. Afinal, era necessário descobrir quem era ele e qual era a pessoa que encontrava atrás desse ataque inexplicável. Eberhardt segurou seu radiador p com a pesada coronha contra a porta. Três vezes. Evidentemente não ouviu nada, pois não havia nenhuma atmosfera conduzir o som. Mas a pessoa que se encontrava na cabina ouviria as pancad Eberhardt encostou o capacete à porta e pôs-se a escutar. Se o desconheci respondesse às batidas, as vibrações se transmitiriam ao ar que se encontrava capacete. Não demorou dez segundos e ouviu três batidas. O sujeito estava dis negociar. Eberhardt agradeceu ao destino por ter prestado muita atenção nas aulas Lembrou-se da observação irônica de que muitos dos cadetes não puderam se a tiveram de aprender o alfabeto Morse. Para que servia esse alfabeto numa era comunicações audiovisuais cobriam trajetos interplanetários? Subitamente descobriu para que tinha aprendido aquilo. Respondeu às batidas de forma quase automática:
— Feche o capacete e abra a porta apenas um pedacinho. Saia de costa Estou esperando. Não houve qualquer resposta. Mas dali a um minuto a porta se abriu. Por p que escapou do recinto não arrasta Eberhardt, mas ele se segurou num suport mão direita empunhava o radiador de impulsos, engatilhado e apontado para a porta. Viu em primeiro lugar um braço, que tateou cuidadosamente para trás; surgiu a parte traseira de um traje espacial. Era do mesmo tipo usado p academia. Logo, também devia ser... Eberhardt praguejou por não ter se lembrado logo dessa possibilidade. rápido ligou o radiofone. Talvez o outro já estivesse pronto para receber sua Estava. — ...bom, se me levasse de volta para Marte. Eberhardt aguçou o ouvido. O homem queria ir para Marte? Teria vindo estaria acontecendo naquele planeta? — Vire-se de frente e levante as mãos. O desconhecido obedeceu. Só ag pôde examinar melhor o rosto. Não se enganara. Era um mestiço. Falava um — Onde estão os outros tripulantes? A resposta surpreendeu Eberhardt: — Estou sozinho. O mestiço estava desarmado; via-se ao primeiro relance de olhos. Eberhar lhe que o deixasse passar e aguardasse. Foi à sala de comando da nave destroç certificou-se de que estava vazia. Realmente; o rapaz devia ter pilotado a nave estranho. Saiu da sala de comando e, satisfeito, notou que o outro não saíra do lug — Vamos embora. Voe na minha frente. Está vendo a comporta abert entrar; mas não pense em tolices. Mantenho a arma apontada para você. O desconhecido não respondeu; afastou-se com um ligeiro empurrão. Livre força gravitacional, passou sobre a fresta e pousou um pouco ao lado da compo da Z-82. Com um ligeiro movimento colocou-se no interior da comporta; ficou a Eberhardt seguiu-o; não sabia o que pensar. Tinha a impressão de que a coi demais. Aquele sujeito devia saber que para ele as perspectivas não eram nada Por que havia deixado que o aprisionassem sem esboçar a menor resistência Tiff aguardou o prisioneiro na sala de comando. Esperou pacientemente at mestiço tirasse o capacete; estudou seu rosto. Ficou surpreso com a sinceridad no mesmo. Nos olhos lia-se um ligeiro espanto, aliado a um pouco de medo e ind bem verdade que também se notava uma certa teimosia. Os lábios estavam firm cerrados. O queixo enérgico e proeminente dava testemunho de uma dose elev coragem e energia, o que era contrariado pela maneira pela qual o homem se e seu destino. — Você fala inglês? — perguntou Tiff, enquanto fazia sinal para que fechasse a porta que dava para o corredor. O mestiço confirmou com um aceno de cabeça, mas não pronunciou uma — Quem é você? Ainda desta vez não houve resposta. — Você nos atacou sem motivo — prosseguiu Tiff, enquanto seu espírito com ferver. Lembrou-se do capitão Hawk, que acabara de morrer. — Quero saber qu mandou fazer isso, e por que fez.
— Não posso falar — murmurou o mestiço e logo cerrou os lábios, como impedir que alguma palavra irrefletida saísse de sua boca. — Então não pode falar? — disse Tiff espantado, enquanto os pensamentos atropelavam em seu cérebro. Quem sabe se o acaso não os levara a se defronta acontecimento muito importante? Já não acreditava que se tratasse de um simp pirataria. Ninguém pensaria em encontrar tesouros numa nave-escola da Acad — Está bem. Outra gente o fará falar. Cadete Eberhardt, tranque o prisione tire seu capacete. Tire todo o ar da sala de acesso à cela, para que toda e qualqu de fuga seja ilusória. Estreitou os olhos e viu que o prisioneiro se deixava levar, indiferente, c tivesse nada a ver com aquilo. Aguardou ate que Eberhardt voltasse e o informasse de que o pirata trancafiado. — Seguiremos rumo à Terra — decidiu Tiff. — Estabeleça contato com comando e informe-a sobre o incidente. Acredito que estarão interessados em Enquanto a Z-82, numa aceleração louca, se precipitava para o espaço, de destroços da outra nave entregues ao seu destino, as ondas de rádio adiantara Eberhardt relatou todos os detalhes do ataque, deu informações sobre a mort Hawk e sentiu-se muito surpreendido quando, subitamente, foi interrompido p emissora muito forte. Uma voz um tanto nervosa perguntou: — Como era a nave que atacou a sua? Eberhardt reagiu com uma rapidez surpreendente. — Foi um destróier do mesmo tipo do nosso. Não sabemos como explicar — Capturaram um prisioneiro? — Isso mesmo. Afinal, quem é o senhor? — Sou do setor de segurança da Terceira Potência. Reginald Bell. — Só podia ser — disse Eberhardt em tom resignado. — O setor de se suas orelhas em toda parte. — Graças a Deus! — retrucou Bell e acrescentou: — Continue ligado para a Terei que transmitir a informação a outra pessoa. E possível que Perry R hodan em contato com você. Ouviu-se um estalo no alto-falante; depois só restou um zumbido. Um tan Eberhardt dirigiu-se a Tiff: — Esse Reginald Bell! Tem que meter o nariz em tudo. Tiff provou que também sabia reagir rapidamente. Lançando um último olh fileira de instrumentos, ligou o piloto automático, que manteria o destróier na r Levantou-se e aproximou-se de Eberhardt. — Tomarei conta disso — disse em tom indiferente. — Veremos o que estão de nós. Fique de olho no rastreador, para que não nos peguem de surpresa mais Tenho a impressão de que há algo de errado em tudo isso. Nem desconfiava de que essa afirmativa era totalmente correta. ** *
Anos atrás, o primeiro foguete espacial tripulado decolou com destino à Lu no satélite. Naquela oportunidade ninguém desconfiava de que com isso teria nova época da história da Humanidade. O major Rhodan, comandante da expe encontrou na Lua alguns representantes dos arcônidas, uma raça humanóide
império estelar situado a 34.000 anos-luz de distância. Prestou ajuda à expediç esta o recompensou com o extenso saber de sua raça, que há milênios conhecia da navegação espacial. Com o auxílio dos arcônidas, Perry Rhodan instalou na Terceira Potência, impediu a guerra nuclear e, nessa altura dos acontecimento para alcançar a união definitiva do mundo. Seu quartel-general achava-se instalado na cidade de Terrânia, situada em deserto de Gobi. Terrânia era a metrópole mais moderna do mundo e encerrava o saber e a tecnologia de milênios. Em caso de necessidade a cidade e as instala existentes podiam ser isoladas do mundo exterior por meio de uma abóbada en exército formado por dez mil soldados e robôs cuidava da segurança da Terceir Reginald Bell, ministro da segurança e um dos homens que haviam acompa Perry Rhodan na primeira viagem à Lua, aguardou pacientemente até que a tel dois metros de altura se iluminasse. Uma escrivaninha surgiu na mesma. Atrás sentado um homem. Quase chegava a ser magro, seu cabelo castanho-escuro e estava penteado para trás; possuía um par de olhos cinza-azulados que parecia fogo. Embora já não fosse tão jovem, Perry Rhodan não aparentava mais de trin conservaria esse aspecto para sempre, pois o saber inconcebível de uma raça h desaparecida tornara-o quase imortal. A cada sessenta e dois anos teria que vis da vida eterna, onde estava instalada a misteriosa ducha celular que lhe confer juventude por mais seis decênios. Também Reginald Bell estivera no planeta Peregrino e, tal qual Rhodan tratamento da conservação celular. — Um dos destróieres roubados apareceu, Rhodan — disse Bell. S chispavam de nervosismo contido. — Atacou uma nave-escola da academia. Perry Rhodan ergueu as sobrancelhas. — Onde? — Nas proximidades de Marte. Felizmente um dos cadetes teve bastante p espírito para destruir a nave atacante, depois que o instrutor tinha sido morto. prisioneiro. De repente Rhodan demonstrou bastante interesse. — Um prisioneiro? — Foi por isso que me comuniquei com você. Pensei que gostaria de da no sujeito. — Onde está o prisioneiro? — No momento está na cela da nave-escola Z-82. Aguarde um momento. Eu colocarei em contato com o destróier. Assim você poderá falar pessoalmente co A nave está a caminho da Terra. Alguns segundos depois, o cadete Julian Tifflor anunciou-se pelo rádio. R uma vez em palavras lacônicas, mas precisas, o incidente pelo qual havia passa aguardou. Perry Rhodan refletiu sobre o que acabara de ouvir e disse: — Como é mesmo seu nome? — Cadete Julian Tifflor. — Muito bem. Você pousará no espaçoporto de Terrânia e me apresentará pessoal. Sua base será avisada. Cuide bem do prisioneiro; é muito importante p cadáver do capitão Hawk será trasladado para sua terra natal. Quando podere sua chegada? — Dentro de oitenta minutos. Na voz de Tiff havia respeito e veneração. Para ele Perry Rhodan não
chefe supremo da Academia Espacial; era principalmente uma figura lendária Onde estaria a Terra hoje se Perry Rhodan não tivesse conseguido utilizar o pod arcônidas? Talvez os homens já tivessem se destruído uns aos outros. Talvez no nem existisse mais. — Está bem, cadete Tifflor. Fico à sua espera. Bell interrompeu a comunicação e instruiu os postos militares para que den oitenta minutos facultassem o pouso do destróier Z-82 e fizessem conduzir os tr imediatamente ao edifício do ministério da segurança. Depois voltou-se a R hod imagem em tamanho natural ainda era projetada na tela. — Então, o que acha? — Não tenho a menor dúvida; trata-se de um dos três destróieres que nos roubou. — Supercrânio; sempre ouço falar nele — resmungou Bell, assustado. — Qu que soubéssemos quem se esconde atrás desse apelido. Supercrânio, Supercab não passe de uma cabeça d’água. — Não acredito — disse Rhodan. — O Supercrânio é um sujeito muito inteli que resolveu se transformar na Quarta Potência do planeta Terra. Não será fác de realizar seu intento. Até hoje não conseguimos estabelecer a identidade do g desconhecido. Só sabemos que nos defrontamos com um inimigo dotado de um inteligência e falta de escrúpulos, que não recua nem mesmo diante de um assa Interrogaremos o prisioneiro até descobrir tudo que desejamos saber a respeit desconhecido. Depois disso saberá quem eu sou. Se é que o prisioneiro vai pres declarações — objetou Rhodan, enfatizando o se. Bell soltou uma risada fria. — Ele vai prestar declarações; nem tenha a menor dúvida. Afinal, pa André Noir? — Não me refiro a qualquer resistência da parte dele — disse Perry Rhodan bem possível que o Supercrânio tenha adotado certas providências que o impe declarações, mesmo que se encontre sob influência hipnótica. — Veremos — disse Bell para espantar as preocupações que surgiram e mente. ** *
Para Tiff o primeiro encontro com Perry Rhodan foi um dos grandes momen vida. Então era este o salvador da Humanidade e o herói da juventude moderna Perry Rhodan, que repelira a invasão dos deformadores individuais, expulsara do sistema Vega e salvara a Humanidade da destruição. E esse homem estava sorrindo. Para Tiff talvez fosse a maior surpresa de toda a vida, e mais tard reconheceu que, no primeiro instante, aquele sorriso o decepcionara um pou Perto de Rhodan havia outro homem, que já conhecia de muitas fotos e tele Reginald Bell, ministro da segurança da Terceira Potência e o melhor amigo de Tiff sabia que Bell estava sorrindo, mas era um sorriso impaciente e insisten Tiff ficou em posição de sentido. — O cadete Tifflor e o cadete Eberhardt estão de volta de um vôo de treinam Ocorrências especiais: ataque de um destróier, o capitão Hawk morto, inimigo prisioneiro capturado.
De repente Rhodan não estava sorrindo mais. Dirigiu-se a Tiff e estendeu — Agradeço-lhe por sua atuação decidida, cadete Tifflor. Você vingou o cap Hawk e nos prestou um grande serviço. Se não fosse você não saberíamos quem insegurança pelo espaço com nossos destróieres roubados. O prisioneiro é e Eberhardt e o mestiço estavam um pouco atrás de Tiff. Além da cor da pele a menor diferença entre os mesmos, pois ambos continuavam a envergar o leve pressurizado, embora sem o capacete. E na academia dos espaçonautas não ex diferenças raciais. Por isso não era de admirar que Rhodan apontasse para Eberhardt, que ao lado do prisioneiro, ligeiramente embaraçado. Tiff se esforçou para reprim — Perdão, este é o cadete Eberhardt, que aprisionou o sobrevivente. Rhodan apertou a mão de Eberhardt. — Então é este? — disse, examinando atentamente o mestiço. Aproximo Quem é você? E qual é a pessoa que lhe dá ordens? Nenhuma resposta. Bell, que também cumprimentara os dois cadetes, franziu a testa, bastan — Para que tudo isso? — perguntou. — Para que servem nossos mutantes Marshall logo descobrirá o que há com ele. Esse sujeito não conseguirá esco pensamentos. Rhodan confirmou com um aceno de cabeça. — Cuide disso, Bell. Enquanto isso converso com os nossos hóspedes assim que ele falar. Bell aproximou-se do prisioneiro, fitou os olhos inexpressivos do mesmo, sa cabeça, perplexo, e deu-lhe o braço. E de braços dados, como se fossem grande dois homens saíram da sala. Rhodan seguiu-os com os olhos; parecia pensativo algum tempo voltou a se dirigir a Tiff. — Agora você vai contar minuciosamente o que aconteceu. Quero conhece detalhes, mesmo os que pareçam não ter a menor importância. Devemos enco indício. Tiff começou a contar. ** *
As emanações radiativas, cuja presença na atmosfera terrestre data de 194 produziram um efeito mais rápido do que os cientistas haviam admitido. Quase nascera um mutante, sem que ninguém tivesse percebido qualquer coisa dessa paulatina. Só muitos anos mais tarde começaram a ser descobertas faculdades extraordinárias em pessoas aparentemente normais. De uma hora para outra s telepatas e os telecinetas. Um homem desapareceu na África e apareceu no me a três mil quilômetros de distância; atravessara essa distância por teleportação pessoa que captou emissões de rádio sem possuir qualquer aparelho receptor. cérebro humano demonstrou capacidades que nunca possuíra antes. Os mutan a surgir em todos os cantos da Terra, se bem que poucos deles apresentassem a positivas. Isoladamente não representavam qualquer perigo, mas se fossem re uma disciplina rígida poderiam se transformar numa força combatente bastan Rhodan não demorara a perceber o fato. Enviara comandos de busca a toda do mundo, especialmente ao Japão. Dentro de poucos meses foi formado o Exér Mutantes. Esse exército formava a espinha dorsal das forças armadas de R
Um desses mutantes era John Marshall. Suas capacidades telepáticas perm dispensar qualquer detector de mentiras, por mais sofisticado que fosse. Nenh pensamento lhe ficava oculto, e a experiência ensinara que Marshall sabia man telepático até mesmo com seres extraterrenos. O prisioneiro que tinham diante de si era um homem normal; ao menos à pr vista parecia sê-lo. Quando John Marshall penetrou nos seus pensamentos, não com qualquer obstáculo. Mas Marshall só conseguiu captar os pensamentos su — Quem lhe deu ordem para atacar a nave-escola Z-82? — perguntou Jo fitou os olhos do mestiço. Bell estava a seu lado e procurou dar-se um ar de muito zangado. Mas o pri nem parecia perceber. Dispôs-se a falar, mas acabou ficando calado. Alguma co impedia de responder. Talvez quisesse, mas evidentemente não podia. Ishi Matsu, a telepata japonesa, concentrara-se mais intensamente, desconfiasse de que haveria dificuldades. — Está sofrendo um bloqueio hipnótico — cochichou. — Suas record mergulhadas num campo energético hipnótico. Não conseguiremos rompê-lo — Que tal um contra bloqueio? — sugeriu Bell. Ishi sacudiu a cabeça. — Não acredito que adiante alguma coisa, mas podemos tentar. André homem indicado para isso. Poucos minutos depois, Noir, filho de franceses radicados no Japão, entrou parou junto à porta. Com um ar indiferente contemplou o prisioneiro. Era o cha do Exército de Mutantes. Tinha a maior facilidade em penetrar na consciência ser vivo e obrigá-lo a submeter-se à sua vontade. Ninguém desconfiaria de que que parecia tão descansado, fosse um dos hipnotizadores mais eficazes do m André Noir se aproximou lentamente. Seus olhos pensativos desca prisioneiro. Sem olhar para Marshall ou Bell, disse: — Pode dizer seu nome, pois está entre amigos. E diga também o nome dá ordens. Sei que está submetido a coação, mas o senhor tem de me ajuda coação, senão nunca será um homem livre. — Antes viver sob coação que deixar de viver — disse o mestiço em tom Todos sentiram que alguém lhe colocara essas palavras na boca. — Uma vida livre é melhor — disse Noir em tom insistente. O prisioneiro não demonstrou a menor reação. Noir empenhou suas imensas energias espirituais para romper o anel que a colocara em torno da consciência do prisioneiro. John Marshall e Bell mantiver atitude de muda expectativa. A japonesinha delicada tinha o rosto transformad máscara; acompanhava o fenômeno em todos os detalhes. Mais alguém entrou na sala semi-obscurecida, quase sem ser percebido à porta. Perry Rhodan. Subitamente o encanto foi quebrado. O prisioneiro arregalou os olhos, en interlocutor, perplexo, e abriu a boca. Dela saiu uma série de palavras inintel pronunciadas às pressas, como se aquele homem estivesse com medo e tivess apressar. De repente passou a falar em inglês: — ...atacar e destruir tudo... Ódio, um ódio terrível... Domínio mundial. eu também... o Supercrânio...
— Quem é o Supercrânio? — gritou Rhodan, que continuava parado junto à Aproximou-se e fitou os olhos do prisioneiro. Noir sacudiu a cabeça, desespera gesto como se quisesse deter Rhodan. — Supercrânio... — balbuciou o prisioneiro. — O Supercrânio é... Seu rosto se modificou numa rapidez apavorante. Parecia que de repente o estava vendo alguma coisa horrorosa e incompreensível. A dor parecia fustigar As pernas começaram a se dobrar. Rhodan deu um salto e segurou-o na queda. veio em seu auxílio. André não fez nada disso; recuou alguns passos. — É tarde — murmurou. — O bloqueio hipnótico foi muito forte. Mas bloqueio hipnótico que o matou. Foi um comando hipnótico superpotente. Colocaram o corpo imóvel do mestiço num sofá. John Marshall inclin examiná-lo. — Um comando hipnótico? — perguntou Rhodan, olhando para Noir. — esse comando? — Não sei. Deve ter sido o tal do Supercrânio. — E qual foi o comando que transmitiu ao nosso prisioneiro? — Um comando de morrer. Ordenou-lhe simplesmente que morresse. E morreu. — Uma coisa dessas é possível? André Noir confirmou com um ar sério. — Acredito que encontrei alguém que é capaz de medir-se comigo — d sombrio. Saiu sem aguardar resposta. Bell, que se mantivera totalmente passivo aproximou-se de Rhodan. — Sempre esse Supercrânio. Aí está a prova. Nas últimas duas horas, a pessoas, o capitão Hawk, e este aqui, que afinal era um elemento do seu gru — Ele comanda os mutantes que domina — disse Marshall, que ainda se en junto ao sofá. — No instante em que o prisioneiro morreu, consegui penetrar p segundo em seu espírito. Era um mutante fraco e possuía memória fotográfica capaz de pilotar o destróier sozinho. Sem dúvida poderia ter contado alguma c interessante. — Sem dúvida — confirmou Rhodan. — Foi por isso que teve de morrer. Franziu a testa e olhou para Marshall. — Não conseguiu descobrir de que direção vinham as emanaçõ influenciaram? — De que direção? O que quer dizer com isso? — É simples. Se o Supercrânio exercia uma vigilância telepática sobre os impulsos hipnóticos por ele emitidos devem ter vindo da mesma direção. Talvez você possa me esclarecer a este respeito. — Noir pensou nisso enquanto deixava a sala. Estava admirado porque vinham de duas direções diversas: exatamente do leste e do oeste. Rhodan estacou. — De duas direções ao mesmo tempo?! — exclamou, espantado. — É estran Talvez não seja, pois afinal a Terra é redonda. Mas quase chegaria a apostar qu exclusivamente de uma direção. De cima. Ou será que Marte ainda se encontra linha do horizonte? John Marshall seguiu-o com os olhos, silencioso, quando deixou a sala. Bell apontou para o prisioneiro, que jazia imóvel.
— Quer dizer que está morto? — Isso mesmo — confirmou Marshall.
2
O Tenente Becker comandava o posto de fronteira leste, formado de dez po combate, próximos uns aos outros, equipados com canhões arcônidas de nêutr estavam constantemente guarnecidos. A companhia de guardas ficava a pouca distância dali, numa área plana. Um cinema, um bar e uma piscina constituíam as únicas distrações para os homens que estes preferissem usar o ônibus, que trafegava regularmente, para irem à encontrariam oportunidade para se divertir ao gosto de cada um. O sargento Harras acabara de anunciar a Becker o regresso de seu grupo e que os homens se dirigissem aos alojamentos. Tinham oito horas livres diante d noite voltariam a montar guarda. Um sol escaldante brilhava no céu. Não se via qualquer nuvem. A melhor co Harras pôde imaginar foi tirar quanto antes o uniforme suado e dar um salto na ficaria até que a fome o tangesse para a cantina. Vestindo apenas um calção, saiu do quarto que compartilhava com dois out sargentos, andou tranqüilamente por cima do gramado ralo e parou à beira da Respirou o cheiro vivificante da água em que trinta homens se debatiam alegre esquecidos de que se encontravam num deserto quase totalmente ressequido. piadas uns para os outros e não pouparam Harras. — Está com medo? — berrou alguém perto dele e bateu contra a água, verdadeiro esguicho que atingiu Harras. — Entre, seu sapo. Subitamente o sargento Harras hesitou. Ainda há um instante a perspectiv líquido frio o alegrara, mas agora alguma coisa parecia segurá-lo. Mas o desejo refrescar era mais forte que todos os pressentimentos sombrios. Deu um passo e deixou que seu corpo robusto caísse na água. — A piscina está transbordando! — gritou alguém ironicamente. Harras não o ouviu mais. Deixou-se afundar e se sentiu feliz por não o voz. Por um instante agradeceu ao destino pelo instante de solidão. Pensamentos e desejos estranhos se apoderaram dele, afastando seu eu no uma pressão estranha em algum ponto da cabeça. Uma estranha ansiedade se coração. Talvez tivesse segurado a respiração por muito tempo. Deu um empurrão no fundo e subiu à tona. O quadro com que se deparou pa confirmar suas suposições mais inconcebíveis. Seus companheiros dirigiam-se para a beira da piscina e saíam da água. Ninguém dizia uma palavra. Parecia qu instantes em que estivera embaixo da água alguém lhes dera um comando. Um para que saíssem imediatamente da piscina. O tenente Becker surgiu na saída do edifício. Agitava os braços e gritava que Harras não entendia. Mas sabia o que Becker havia gritado... — Alarma! Entrar em forma. Equipar-se para a luta. O sargento Harras correu para o quarto, envergou o uniforme, afivelou o ra portátil e correu para a praça de reuniões. Metade da companhia já se encontra dos postos de fronteira vieram os veículos de esteira. Espantado, Harras const radiadores de nêutrons haviam sido retirados dos postos de combate e montad
veículos. A fronteira estava desguarnecida. Talvez os robôs arcônidas se in vigilância. O tenente Becker não se preocupou com o fato de que a companhia não est reunida. Uma inquietação nervosa parecia dominá-lo. Insistiu para que os ofici subalternos se apressassem. Mal os dez carros com os canhões entraram em fo ordem para iniciar a marcha. O sargento Harras percebeu que alguma coisa não estava certa, porém, po esforçasse, não conseguia concentrar seus pensamentos sobre aquilo que esta acontecendo. A pressão na cabeça não diminuíra, mas se tornara ainda mais fo coisa o obrigava a pôr-se em marcha com gestos mecânicos. O tenente Becker deslocou sua unidade em direção aos estaleiros da Terce situados no interior da área interditada, a menos de dois quilômetros do lugar e encontravam. Os canhões de radiação neutrônica iam à frente, com os canos ap horizontalmente. Os artilheiros estavam sentados atrás dos controles, prontos qualquer momento. Por um instante, Harras teve idéia de perguntar ao homem que ia a seu lad havia acontecido, mas, quando viu os lábios estreitados do mesmo, desistiu do Devia ser uma coisa horrível. Mas tudo isso era uma tolice rematada... Teve sua atenção desviada. Três veículos, vindos dos estaleiros, aproximar coluna, levantando uma espessa nuvem de poeira. Pararam e deixaram descer combate dos arcônidas. “São reforços”, pensou Harras aliviado, mas ainda preocupado. Tal qual seus companheiros, havia-se acostumado com a idéia de ver nesse mecânicos sofisticados seus amigos e aliados. Ajudavam-nos a proteger a Terce contra qualquer atacante. O tenente Becker fez uma coisa totalmente incompreensível. Deu ordens p robôs fossem destruídos. Os veículos com os canhões formaram um semicírcul foco estavam os robôs. Harras não conseguiu pegar sua arma manual. Sabia que a ordem dada po absurda, mas não tinha forças para se opor à mesma. Manteve-se em atitude pa máximo que conseguiu fazer. Pelos cantos dos olhos viu que com outros soldados se passava coisa Hesitavam em cumprir as ordens de Becker. “Isso é um motim declarado”, pensou o sargento Harras tomado de pavor. “ Um m contra Perry Rhodan e contra os arcônidas. Um motim contra o exército o robôs.” O primeiro canhão emitiu um raio de energia concentrada contra os robôs desprevenidos, dando início à batalha absurda. Quatro dos nove homens mecâ semiderretidos, permanecendo imóveis, estendidos na areia escaldante do des esboçaram uma reação instantânea; o pensamento positrônico não conhecia o pavor. Foram atacados, e pouco lhes importava quem era o atacante. Seus braços levantaram-se e assumiram uma posição horizontal. O relê embutido em seus v um estalo, liberando a ligação de emergência, através da qual lhes era concedi para disparar contra seres humanos. O braço esquerdo transformou-se num ca radiação em miniatura. Antes que os canhões de Becker pudessem disparar a segunda salva, fo
pelas descargas energéticas dos robôs. Os canos de dois dos canhões torceram de uma hora para outra, tivessem se transformado em cera. Um terceiro canhã desmanchou numa chuva de faíscas. Os outros encontravam-se fora da zona de destruição. Apesar da reação robôs não tinham a menor chance. Foram destruídos antes que pudessem se O tenente Becker, empunhando o radiador neutrônico que trazia consigo, d aos três carros, que se mantinham à espera. Os três motoristas aguardavam-no inexpressivos e não esboçaram qualquer defesa. — Os senhores estão submetidos ao meu comando — gritou Becker. Os motoristas, mesmo sentados, assumiram posição de sentido e fizeram O sargento Harras, que se mantinha a distância, não compreendera quase havia acontecido; mas sabia que algo de horrível se passava. Becker devia ter e de uma hora para outra. Mas será que ele mesmo não enlouquecera também? P cumpria ordens absurdas como essas? O que o obrigara a fazê-lo? Que dor de cabeça! Não queria parar. Devia ser aquele calor insuportável. em posição vertical, dardejava seus raios sobre o deserto. Os estaleiros tremel aquecido. Subitamente teve a impressão de que dedos delicados tateavam seu cérebr sondavam. Mas de uma hora para outra esses dedos já não eram delicados; com pressionavam. Eliminavam sua vontade e anulavam seu raciocínio normal. Tal qual seus companheiros, voltou a pôr-se em movimento. Passou imóveis, estendidos na areia, e pelos veículos com os canhões destroçados. Viu um movimento junto aos estaleiros. Homens saíram de seus abrigos mãos. Um turbomóvel em disparada surgiu da direita e parou perto de um e desceram. Um deles segurava alguma coisa na mão, uma caixinha quadrada O tenente Becker levantou o braço. — Espalhem-se! Vamos atacar os estaleiros. Num movimento resoluto e automático, o sargento Harras puxou a arma ** *
Perry Rhodan levantou os olhos quando a porta foi aberta com violência precipitou. Era Bell; mas tinha diante de si um Bell que ainda não conhecia. Os cabelos desgrenhados, e no rosto, geralmente corado, via-se uma palidez cadavérica. O chamejavam nervosamente, e Rhodan percebeu que as mãos do amigo tremi — Viu o demônio por aí? — perguntou, espantado. — Dentro de pouco estará aqui mesmo — fungou Bell. — O diabo está companhia de vigilância do tenente Becker está atacando nossos estaleiros. — O que aconteceu? — perguntou Rhodan e lançou um olhar atento para B se temesse pelas faculdades mentais do mesmo. — Becker está atacando os est que isso só pode ser uma piada de mau gosto. Comigo pode-se fazer muita coisa mas... — É verdade. Aquela gente ficou louca. O Supercrânio deve estar atrás — O Supercrânio — murmurou Rhodan, enquanto se levantava lentamen O que aconteceu? — Há poucos instantes recebi aviso de alarma do setor sete. Becker e s marchando em direção ao estaleiro e destruiu nove robôs de combate. A gua
assumiu seus postos. Está aguardando novas ordens. O que devem faz realmente se lançar ao ataque? Deve ter enlouquecido. Naquele instante Rhodan pareceu ver diante de si o mestiço que havia mor virtude de um comando do inimigo desconhecido. Se o Supercrânio era capaz d dessas, ele também estaria em condições de dar a uma companhia inteira a ord marchar para sua própria destruição. Subitamente sentiu-se sacudido por um susto. Deu-se conta do que poderia se realmente o tal do Supercrânio dispusesse de qualidades inconcebíveis, face mesmo as forças dos mutantes não passassem de brincadeira. Com uma frieza idéia de que se defrontava com um inimigo igual em forças, que seria capaz de agisse com bastante inteligência, impôs-se ao seu cérebro. — Não podemos perder tempo — com essa observação Bell interrompeu as de Rhodan. — Os homens aguardam nossas instruções. Não é nada fácil atirar c amigos que enlouqueceram. — Vamos até lá — respondeu Rhodan em tom decidido. — Arranje um mental e um neutralizador gravitacional pequeno. Ande depressa. Espero no Bell não perdeu tempo com perguntas. Girou nos calcanhares e saiu apress Dois minutos depois, quando Rhodan chegou ao seu carro, Bell já o esperava. N esquerda segurava uma caixinha metálica, que não parecia ser muito pesada. N trazia um bastão prateado. — Não vamos levar mais ninguém? — Se não dermos conta disso sozinhos, ninguém mais dará — respondeu R entrou no carro. As turbinas uivaram e o pequeno veículo acelerou loucamente precipitando-se sobre a superfície lisa de concreto. Tomou a direção do estaleir espaciais, situado a cinco quilômetros das instalações centrais de Terrânia. A hora não era de muito movimento. Vez por outra um pedestre solitá olhava atrás do veículo tresloucado, cujo motorista devia ter perdido o juízo. Bell respirava com dificuldade. — O que será que aconteceu? — Trata-se de influência hipnótica; nem poderia ser outra coisa. O Supercr apoderou-se da companhia de Becker e submeteu-a ao seu comando. Devemos compensar esse comando por meio do projetor mental. O projetor mental era uma arma arcônida. Através dele podia-se penet de outra pessoa e dirigi-la. Até se podiam transmitir comandos pós-hipnótico — O que será de nós? — perguntou Bell. — Será que o Supercrânio co impor sua vontade? — Sabemos que ele já o tentou com Crest, o arcônida, mas não teve êxito. P suponho que sua força não é capaz de influenciar um cérebro arcônida. E atrav treinamento hipnótico arcônida. Talvez ele tenha deixado seus reflexos em nos Ao menos faço votos de que seja assim. — Eu também — disse Bell, respirando profundamente. O veículo disparava pelo deserto. A pista de concreto, lisa como um espelho metros de largura. Era encimada pelo ar tremeluzente, que tinha o aspecto de gás que escapava de algum lugar. Mais adiante erguiam-se os edifícios alongad estaleiro, onde diariamente surgiam novas naves espaciais do tipo dos destróie percebeu os contornos pouco nítidos de figuras que corriam de um lado para ou fechavam enormes portões. Veículos blindados assumiam suas posições. Mais à esquerda, em pleno deserto, uma nuvem de poeira erguia-se a
Embaixo dela, marchavam soldados. Eram os homens de Becker! Rhodan não compreendia por que o inimigo desconhecido não utilizava sua faculdades num empreendimento que possuísse maiores chances de êxito. Se e condições de submeter uma companhia inteira à sua influência, poderia orden das naves de Rhodan que decolassem e atacassem Terrânia. Por que não fazia i se contentava com uma ação relativamente inofensiva, da qual devia saber de a não levaria a nada? Será que pretendia desgastar os nervos de Rhodan? Bem, ao que parece já o havia conseguido com Bell. O ministro da seguranç Terceira Potência transformara-se num modelo de insegurança. Se John Marsh presente àquela hora, sem dúvida o teria apelidado de ministro da insegurança nervosamente o projetor mental e escorregava nervosamente em seu assent — Será que você não sabe mais ficar quieto? — indagou Rhodan. — Não Supercrânio se contentará com este ensaio. É só o começo. — O começo? — disse Bell com um gemido de pavor. — Nossos home contra nós e você diz que isso é só o começo? Rhodan não respondeu. Conhecia o amigo e sabia que sua aparente desorie era externa. Passou pelos primeiros robôs de vigilância e deixou para trás os ca radiações que se encontravam em posição de combate. Parou junto a um abrigo onde havia alguns oficiais que envergavam o uniforme da divisão de vigilância. correndo quando reconheceram Rhodan. Bell não permitiu que falassem. — Saiam do caminho! — gritou-lhes. Saltou do carro e levantou a caixa projetor mental. — Vamos mostrar a essa gente como se comanda um exérci Rhodan tirou a caixa metálica de suas mãos e colocou-a no chão. Ao qu estava confiando no efeito do projetor. Deu um aceno de cabeça em direção — Tente. Transmita um comando para que regressem imediatamen alojamentos. Depois disso dirigiu-se aos oficiais, que pareciam desorientados. — Mantenham seus homens reunidos. Mas só dêem ordem de fogo autorizar. Não queremos matar nossa gente. — Eles destruíram nove robôs — disse um capitão. — Isso é muito lamentável, mas robôs não são gente. E acontece que contra a vontade. — Contra a vontade? — perguntou o capitão, esticando as palavras, mas outras perguntas. Nem teria tempo para isso, pois Bell entrou em ação. Evidentemente o alcance do projetor mental era limitado. Mas as forças do Becker já haviam se aproximado bastante. Era inexplicável que ocupassem pos lugar tão próximo, pois com seus canhões poderiam ter bombardeado o estalei quilômetros de distância. Mas Becker mandou que sua coluna parasse a quinhe das linhas do comando de vigilância e colocasse as peças de artilharia em posiç Bell ajoelhou-se lentamente e dirigiu o bastão prateado sobre o inimigo Comprimiu um botão para acionar o aparelho. Falando em voz alta, disse: — Tenente Becker, ordeno ao senhor e aos seus subordinados que voltem imediatamente aos seus alojamentos. Qualquer ordem em contrário que lhes te é revogada. Os oficiais — neste meio tempo um total de cinco se reunira no local —
Bell como se fosse algum bicho milagroso. Sabiam que os arcônidas possuíam a lendárias, mas nunca tinham visto nenhuma delas em ação. Ao menos o projeto ainda lhes era desconhecido. Infelizmente ainda dessa vez não tiveram sorte O tenente Becker não deu a menor atenção às ordens de Bell. O primeiro disparo passou a pequena altura acima do grupo, derreten vigilância desprevenido que se encontrava a alguma distância. — O poder do Supercrânio é maior que o de nosso projetor mental — em tom tranqüilo. Terminara seus preparativos e estava agachado junto ao abrigo, pronto pa ação. Ali poderia desaparecer de um momento para outro, quando isso se torna necessário. Os cinco oficiais abrigaram-se atrás da cúpula de concreto. Utilizan rádios, instruíram os subordinados, espalhados por vários lugares, para que ag novas instruções e em hipótese alguma abrissem fogo contra as tropas amot Bell voltou a dirigir o raio hipnótico contra os homens de Becker e transmit segundo comando que, tal qual o primeiro, não foi obedecido. Pelo contrário, tr canhões dirigiram seus raios neutrônicos contra os pavilhões do estaleiro que s encontravam mais próximos. Rhodan percebeu que não poderia opor-se à atuação do Supercrânio por m exclusivamente psíquicos. Só a violência resolveria. Dirigiu a objetiva do neutr gravitacional sobre as tropas de Becker e acionou o aparelho. O campo de atuação abria-se em forma de leque; começava junto à caixa m espalhando-se em direção ao inimigo e diminuindo de intensidade. Mas a regul a efeito por Rhodan foi suficiente para fazer com que Becker e seus homens não tivessem peso. O sargento Harras, contrariado, estava dando um passo para a frente, sem quê, quando subitamente perdeu o apoio dos pés. Foi subindo lentamente, gira de seu próprio eixo. Assustado, soltou a arma de radiação, mas o objeto não cai permaneceu na mesma altura. O que aconteceu com Harras também aconteceu com os outros homens do Becker. Este, que pretendia se deslocar com um salto para junto de um dos can atingido com maior intensidade pela súbita ausência de gravidade. Subiu inclin como se fosse uma granada humana e remou desesperadamente com os pés e a procurando se segurar no ar. Infelizmente Rhodan não estava em condições de trajetória. O infeliz logo saiu do campo de atuação do neutralizador e caiu ao so pedra. Transformou-se na única vítima do ataque que lhe fora imposto, além do e artilheiros dos veículos destruídos pelos robôs. Praticamente toda a força do tenente Becker encontrava-se no ar. A terra n conseguia segurá-la. A posição ocupada por cada um dependia dos movimento executara em terra. De qualquer maneira, o alcance do aparelho arcônida não Para evitar maiores perdas, Rhodan teria de agir imediatamente. Dirigindo-se que, perplexos, haviam acompanhado o fenômeno, disse: — Vou reduzir a intensidade do neutralizador. Mandem seus homens para l que aguardem a companhia que vai aterrisar. Devem se mover com muita caute submetida à ação do aparelho a gravidade foi reduzida a um décimo. Cuidem d combate de Becker. Se necessário, os artilheiros devem ser reduzidos à inati Foi espantosa a rapidez com que os oficiais se recuperaram do susto. Leva minutos para mobilizar seus homens. Os soldados moveram-se com estranhos rastejantes sob os corpos que desciam lentamente, remando desesperadamen
procurando se recuperar da surpresa. A maior parte deles havia largado a não poderia mais causar qualquer dano. Aos poucos Rhodan fez com que a gravidade voltasse ao nível normal e esp que a companhia amotinada fosse dominada. Tirou o projetor mental das mãos procurou proteger os soldados contra novos comandos hipnóticos. Supunha qu proteção seria perfeitamente possível, muito embora não houvesse condições bloqueio depois de instalado. Menos de cinco minutos depois disso, o Supercrânio retirou sua influênc De repente o sargento Harras sentiu que a pressão em sua cabeça diminuía primeiro instante não compreendeu de que se tratava. Pensou que ainda se enc fundo da piscina e ficou espantado ao ver-se ameaçado por armas apontadas em O próprio Rhodan explicou o acontecimento inconcebível a ele e seus companh ressaltou que o fenômeno poderia se repetir a qualquer instante. No momento motivo para recear qualquer ataque armado vindo de fora; por isso determinou armamento da companhia de vigilância fosse reduzido a um mínimo. Próximo dali, o corpo imóvel do tenente Becker jazia sob um cobertor. B olhar na direção do mesmo e disse em tom sombrio: — Só hoje foram nove vítimas, Rhodan. Está na hora de darmos um passo Rhodan não respondeu. Sem dizer uma palavra, regressaram a Terrânia, o de outra calamidade os aguardava. O coronel Freyt em pessoa trouxera a notíc Iorque, onde ficava o quartel-general de Homer G. Adams, o financista da Terce Potência. Dali, o mutante de memória fotográfica tecia sua rede e dominava a e mundial. Homer parecia infalível e nunca tomava uma decisão errada. Ou melh tomara enquanto o Supercrânio não existia. Os primeiros ataques do personag monstruoso foram repelidos. A mutante Betty Toufry foi enviada a Nova Iorque proteger o gênio das finanças. Betty era a telepata mais potente do Exército de ao mesmo tempo era uma telecineta. E foi Betty que deu o alarma. Mais uma vez Homer G. Adams parecia ter sido submetido à influência nefa Supercrânio. As últimas instruções dadas por ele não correspondiam às vindas inteligência normal e teriam levado a General Cosmic Company à beira da ruín No último instante Betty conseguiu anular essas instruções por meio de um mental. Enquanto se encontrasse nas proximidades de Adams, nada poderia ac não poderia segui-lo a cada passo. Imediatamente Rhodan pôs-se em contato com a G.C.C. A tela retratou o ro embaraçado de Adams, que era um pouco pequeno. Seu cabelo ralo estava mal a aparência de quem passara algumas noites sem dormir. No fundo via-se Betty parecia bastante cansada. — Olá, Adams — disse Rhodan, como se Nova Iorque ficasse a poucos q dali, não na extremidade oposta da esfera terrestre. — Pelo que ouvi, voltou Adams ia dizer alguma coisa, mas Rhodan não permitiu que ele o interro — Adams, não há necessidade de se desculpar. Aqui estamos enfrentando o problemas. O poder de nosso pavoroso inimigo estende-se por todo mundo. Go que me dissesse se não consegue sentir o início da influência exercida pelo Sup Adams confirmou com um gesto hesitante. — Sinto uma pressão no cérebro, mas quando isso acontece já é tarde. Não teria acontecido se Betty não estivesse perto de mim. Sinto muito, R hodan, mas confiar mais em mim.
— Que tolice, Adams! Não diga uma coisa dessas. Mantenha-se numa atitud até receber novas instruções. Evite nos próximos dias qualquer ação de maior e pois vou precisar de Betty Toufry. De uma hora para outra o inimigo vai se expor golpearemos imediatamente. — Tomara que isso aconteça logo. Não é nada agradável sabermos que donos de nós mesmos. Rhodan esboçou um sorriso tranqüilizador e interrompeu o contato. No instante em que a imagem de Adams desapareceu, o sorriso desapa lábios. ** *
Para quem não prestasse atenção à sua pele morena e se deixasse enganar modos fleumáticos, Fellmer Lloyd parecia ser um tipo absolutamente normal e Trabalhara durante anos numa usina atômica americana, onde exercia as funç do diretor científico, mas a equipe de Perry Rhodan acabou por localizá-lo. Fellmer Lloyd era um mutante natural. Não poderia ser designado propriamente um telepata, mas suas faculdade aproximavam-se das de um mutante desse tipo. Certo setor de seu cérebro for pelas emanações radiativas a que seus pais estiveram expostos, a tal ponto qu condições de, a qualquer momento, absorver os modelos cerebrais de seus sem classificá-los e analisá-los. Não sabia captar os pensamentos, mas os sentimen fundamentais do próximo, e com isso também suas prováveis intenções. Ao fal alguém, sabia imediatamente se o interlocutor tinha uma disposição amistosa com ele. Suas faculdades transformaram-no num tipo de localizador do Exérci Mutantes. Fellmer Lloyd estava parado junto à barreira do aeroporto de Moscou; sem atenção de ninguém, observava os passageiros que desembarcavam e embarca de carreira. Era um dos aviões das linhas regulares que, por incumbência da Te Potência, estabeleciam ligação entre os continentes. Na semana anterior dois aviões desse tipo haviam sido destruídos no ar, po sabotagem. O ministério da segurança da Terceira Potência recorrera aos mut para esse tipo de ação, a fim de impedir a repetição desse tipo de incidente. E foi assim que Fellmer Lloyd passou a voar de um continente para outr passageiros e tomando cuidado para que nenhum sabotador subisse a bordo Ainda estava indeciso sobre se devia tomar esse avião e deixar a capital do Oriental. Gostava de Moscou, onde travara relações bastante agradáveis. O po muito amável e gentil, motivo por que sentia bastante ter que deixar essa cid Fez um exame quase superficial de um casal elegante que atravessou a bar atravessando a faixa de concreto, dirigiu-se ao avião. Provavelmente seriam re em viagem de núpcias. De qualquer maneira eram inofensivos. Mais ao longe os telhados da cidade brilhavam sob os raios do sol que se pu Gigantescos arranha-céus erguiam-se para o alto, num esforço de concentrar s últimos raios do sol no poente. A larga via de acesso que ligava o aeroporto à ci os raios do sol em cheio; mal conseguia dar vazão ao tráfego. Subitamente Fellmer Lloyd estremeceu. Alguma coisa má, vinda não se sabe de onde, que não combinava com o paz, penetrou em seu espírito. Alguém pensava em violência e em cautela,
assassínio. O raio de ação de sua faculdade não era muito extenso, só atingia algumas metros. Mas a intensidade das ondas cerebrais que o atingiam era tamanha qu emissor devia se encontrar nas imediações. Num movimento apressado lançou os olhos em torno de si. Grupos de pessoas conversavam. Alguns se despediam, separavam-se, ain com as mãos. Uma dama jovem, com pernas lindíssimas, atravessou a barreira resolutos e dirigiu-se ao avião. Carregava uma grande pasta marrom. Mais à es Lloyd viu um policial, cujos olhos atentos fitavam as pessoas que passavam p Os olhos de Lloyd voltaram a pousar na jovem dama. As impressões causad mesma fortaleceram-se em seu cérebro. Realmente. As idéias de violência prov não havia a menor dúvida. Por um instante o mutante pensou que se tivesse eng podia confiar em seu senso de orientação. Cautelosamente movimentou seu corpo musculoso e seguiu a dama. Trajav vestido moderno e dava a impressão de que praticava muito esporte. Seu anda quase macio. Faltavam três minutos para a decolagem. Quando subiu a escada do avião, a dama apresentou sua ficha de embarque número da poltrona, trocou algumas palavras com a aeromoça e entrou no aviã seguiu-a. Sua identidade bastou para que fosse admitido no avião. Recebeu um próximo ao da dama. As idéias que se ocupavam com alguma coisa terrível enfraqueceram um p lugar a uma sensação de tranqüilidade e segurança temporária. Lloyd tinha ce de que no momento não havia o menor perigo. Mas também sabia que não devi olhos daquela bela dama, enquanto ela se encontrasse no avião. Devia ter uns vinte e cinco anos, era esbelta e tinha cabelos castanho-escur olhos, um pouco estreitos, davam um encanto extraordinário ao seu rosto oval. podia se conformar com a idéia de que se tratava de uma agente daquele perso desconhecido, o Supercrânio. Talvez tudo não passasse de coincidência. O avião decolou e seguiu o sol que se punha. Sua velocidade era tama ainda se encontrava na mesma altura quando pousou no aeroporto de Tempelh Lloyd sentiu-se atingido por uma onda de excitação quando a moça se levan dirigiu à porta. O avião acabara de taxiar na pista e encontrava-se diante das sa inspeção alfandegária. O mutante também se levantou e apressou-se para não perder de vista sua ondas cerebrais da mesma eram tão intensas que Lloyd mal conseguia se prote elas. Quase chegavam a provocar dor ao penetrarem em sua consciência, desp sensação de uma ameaça imediata. Descera e caminhava a passos rápidos e decididos em direção à barrei passagem na mão. Ao que parecia não tinha bagagem. Nenhuma bagagem? Lloyd teve a impressão de que alguém derramara uma tina de água esca costas. E a bagagem? De supetão percebeu a realidade. A dama não trazia nada na mão. Deix couro no avião. Lloyd girou sobre os calcanhares, correu em direção ao avião, forçou passa lado dos passageiros que desciam, não deu a menor atenção aos protestos enfu um salto, colocou-se junto à poltrona que havia sido ocupada pela suspeita.
A pasta de couro, aparentemente inofensiva, estava embaixo da poltrona Pegou-a num movimento rápido e voltou correndo pelo mesmo caminho. Po instante acreditou ter perdido a pista da possuidora da pasta. Mas descobriu-a entrada do aeroporto onde se esforçava para conseguir um táxi. Lloyd captou o confuso de suas idéias, nas quais voltara a se introduzir a insegurança. Não est convencida do acerto daquilo que acabara de fazer? Chegou no momento exato em que ela ia entrando num táxi. Com alguns sa enormes, alcançou o veículo, abriu a porta e entrou. Fitou diretamente os olhos arregalados de pavor. O olhar dela não se fixava nele, mas na pasta de couro qu despreocupadamente embaixo do braço. — Meu Deus — disse Lloyd, exausto. — Para que tanta pressa? A senho esta pasta no avião. A desconhecida fitou-o com os olhos perscrutadores. Depois disso uma exp pavor passou pelo seu rosto. Enfiou a mão no bolso do vestido e retirou com um revolverzinho. Mas Lloyd fora prevenido por um modelo dos sentimentos do ou Com um gesto tirou a arma da moça. — Não faça isso, minha bela amiga — advertiu em tom suave. — Minh são as melhores possíveis. — Esta mentindo — disse a dama, sacudindo a cabeça. Falava um inglê com um ligeiro sotaque russo. — O senhor vem me perseguindo desde Mos não percebi? — Quer dizer que lê pensamentos. A dama hesitou por um instante; depois confirmou com um aceno de cab — Sim, sou telepata. No primeiro instante Lloyd ficou decepcionado e mesmo assustado. Como alguém que adivinhava seus pensamentos mais secretos? Mas depois de algum sacudiu os ombros. — Está bem. Nesse caso podemos usar de franqueza. A senhora foi incum Supercrânio de sabotar as linhas aéreas da Terceira Potência. Uma carga exp tiquetaqueando nesta pasta. A senhora ajustou o detonador e deixou a pasta n explodiria na viagem daqui para Londres. Minhas suposições não são correta Ela o mediu com o olhar. — E se fosse assim? — Nesse caso Perry Rhodan estaria muito interessado em conversar com Uma sombra passou pelo lindo rosto da dama. — Não tenho nenhum interesse em conversar com o homem que traiu a Hu Diga-lhe isto da minha parte. Aliás, se fosse o senhor, procuraria me livrar dest quanto antes. A carga explosiva tem potência suficiente para nos atirar até as n única pessoa que conhece o momento da detonação sou eu. — Enquanto a senhora estiver comigo e não demonstrar nenhuma inquieta poderá me acontecer — observou Lloyd com uma lógica irrepreensível. Inclino frente e abriu o vidro que os separava do motorista. — Leve-nos de volta ao aer voltou a fechar o vidro e dirigiu-se à prisioneira. — Seria bonito se nos apresent conhece meu nome. Como posso chamar a senhora? — Tatiana Michalovna — respondeu a dama em tom obstinado. Lloyd se mentia. — Em hipótese alguma descobrirá mais que isto. — Perry Rhodan e seus mutantes descobrirão — prometeu Lloyd em tom ficou satisfeito ao constatar que sua interlocutora se assustou. — Tenho um
aeroporto. Daqui a algumas horas poderemos estar em Terrânia. A dama não respondeu. Seus olhos pensativos estavam pousados na p que estava de pé junto a Lloyd. Este percebeu o olhar e sorriu. — Não se preocupe, madame. Na Sibéria encontraremos um lugar e pequena explosão não fará mal a ninguém. Por lá já houve explosões bem ma A dama manteve-se num silêncio obstinado. ** *
O duelo espiritual entre Marshall e Tatiana Michalovna não durou muito. A percebeu que não adiantaria ocultar a verdade. E houve outro fator com que nã Perry Rhodan. Começou a falar com a voz hesitante. — Tal qual todos os seres humanos, mantive uma atitude de ceticismo face Potência. Para mim o senhor, Sr. Rhodan, era um traidor pois aliou-se a seres ex que aspiravam ao domínio mundial. É bem verdade que impediu a guerra atôm Oriente e o Ocidente. Mas nem por isso tinha o direito de nos forçar a ingressar processo evolutivo que avança com rapidez excessiva, atirando-nos para fora d nos foi prescrita. Também teríamos alcançado a união mundial sem o senhor — Não tenho a menor dúvida — admitiu Rhodan sorrindo e piscou o olho. — conseguido à sua maneira, naturalmente. Acontece que eu fiz à minha maneira objeção contra isto? — Há algumas. O fato é que um belo dia me encontrei com um homem cujas coincidiam com as minhas. Também ele condenava a Terceira Potência e deseja Nossa paz. Entrei em contato com ele. Como nem desconfiasse das minhas cap telepáticas, descobri tudo. Uma quarta potência está sendo formada; será uma puramente humana, que nada terá que ver com os arcônidas e raças da Via Lác política do Supercrânio é terrena, não galáctica. — Não é nada inteligente — disse Rhodan. — Prossiga, Michalovna. — Resolvi me unir ao grupo do Supercrânio — disse a moça com a maior naturalidade. — A luta dele é uma luta justa, pois dirige-se contra uma coisa qu será estranha à nossa natureza. — Já houve um tempo em que as pequenas nações da Europa julgavam vizinhas estranhas à sua natureza — objetou Rhodan. — Hoje formam uma u — Trata-se de uma evolução natural, não artificial... — Não diga isso. Deram um empurrão. — Apesar de tudo... — Não vejo a menor diferença. A Humanidade teve de se convencer de que única raça inteligente que existe no Universo. Deve se manter isolada, para ser belo dia por uma agressão? Não será muito melhor que nos adaptemos ao ambi vivemos? Não podemos fazer mais que isso. Só uma Terra unida sob uma mão f perderá a oportunidade de se integrar na civilização galáctica. Há alguns anos julgava que essa evolução dos acontecimentos se situava num futuro muito dis o sonho de um alucinado. Hoje ingressou no mundo da realidade. Devemos tom decisão, e muita gente já o fez. Nem mesmo um Supercrânio pode modificar — Nem pretende fazê-lo. Apenas opõe-se ao domínio exclusivo que o exercer. Rhodan sorriu e lançou um olhar rápido para John Marshall.
— Se aspirasse ao domínio exclusivo, já o teria alcançado. A senhora n reconhecer isso. A moça hesitou. — É verdade. Por que ainda não o conquistou? — Porque não faço a menor questão disso. A polícia deve cuidar da ordem deve governar. — Então acha que lhe cabe o papel de polícia mundial? — Talvez, mas isso não deve ser levado ao pé da letra. Prefiro que me desbravador de caminhos. A moça não respondeu, mas seu rosto revelava que refletia intensamen John Marshall, o telepata, disse: — Michalovna, por que será que não consigo captar claramente todos os s pensamentos? Nunca encontrei uma pessoa que conseguisse ocultar seus pen mim. — Pois desta vez o senhor acaba de encontrar uma pessoa destas — disse T um sorriso de superioridade. — Além da telepatia possuo outra faculdade, que aparentemente ainda não se tornou tão corriqueira como supus. Posso instalar volitivo contra qualquer tipo de influência estranha. É bem possível que esse bl também isole meus pensamentos do mundo exterior, impedindo que sejam cap telepata. — A senhora sabe se resguardar contra qualquer influência estranha? Rhodan bastante interessado. — Será que há necessidade disso? Os hipnos s — O Supercrânio é um hipno — disse Tatiana, enfatizando as palavras. Rhodan contemplou-a por algum tempo; depois acenou lentamente com — Quer dizer que a senhora sabe se defender de uma influência hipnót distância? Esperou até que a moça confirmasse com um aceno de cabeça e prosseg — Mesmo neste instante estaria em condições de agir contra vontade do A moça voltou a confirmar com um aceno de cabeça. — Já sabe que costuma ordenar a qualquer colaborador aprisionado morra? Tatiana empalideceu. — E daí? — perguntou, assustada. — A pessoa obedece e morre — respondeu Rhodan em tom brutal. — Por iss recomendo-lhe que tome cuidado para que seu bloqueio volitivo resista. Provav único ser humano sobre o qual o Supercrânio não consegue exercer qualquer i com exceção de nós, evidentemente. É possível que possa haver certa influênc o comando dirigido ao nosso coração, de suspender sua atividade. — Isso é uma coisa horrível! — exclamou Tatiana. Não podia se conforma de que seu chefe era um homem sem escrúpulos. Rhodan tirou proveito da s — O Supercrânio fez com que uma das nossas companhias se amotina contra seus companheiros. Felizmente conseguimos evitar o pior. Tatiana cobriu o rosto com as mãos. — E eu estava tão cega que quase chego a assassinar cem pessoas ino bomba... — Não pense mais nisso — disse Rhodan baixinho e em tom insistente. — J gente que fez coisa muito pior, de boa fé. A senhora agiu de acordo com suas c Assim que estiver recuperada do susto, Lloyd a levará de volta para Moscou. N
obrigará a ficar conosco. A moça olhou-o, espantada. — Vai me colocar em liberdade? — Por que iria segurá-la? Não acredito que a senhora caia mais uma vez na se deixar levar por simples frases. O Supercrânio não é apenas um nacionalista mas também um criminoso ávido de poder. Ainda vou descobrir quem se oculta máscara do Supercrânio. Tatiana levantou a cabeça e encarou Rhodan, um tanto espantada. De re — Não sabe quem é o Supercrânio? — perguntou em tom perscrutador. Rhodan sacudiu a cabeça. Subitamente seus olhos cinza-azulados torna emitiram um brilho enérgico. Inclinou-se para a frente. — Será que a senhora sabe? Tatiana acenou com a cabeça e saboreou seu triunfo. — Sei; até o conheço pessoalmente.
3
Nas imediações da região onde em 1.945 foi detonada a primeira bomba at reator experimental entrou em pane em fins de 1944. As radiações liberadas pe mataram muitos cientistas e trabalhadores, mas outros tantos escaparam co Um deles foi o físico Monterny, que casou pouco depois. Foi um casamento mas feliz. Em 1.945 sua mulher presenteou-o com um filho, Clifford Monterny. um mutante de primeiro grau, um hipno de potência inacreditável. Seguindo o exemplo do pai, estudou física. Sua inteligência extraordinária conquistar posições importantes e uma fortuna apreciável, mas quase chegou antes que descobrisse suas capacidades anômalas. Não tinha a menor dificulda sua vontade a outras pessoas. Levou dois anos para descobrir que a distância n qualquer limitação à influência por ele exercida. Depois de ter visto um homem vez, conseguiria localizá-lo do outro lado do mundo e submetê-lo à sua influê Clifford Monterny era gordo e flácido; não tinha um aspecto muito atraente mulheres evitavam-no, e essa circunstância talvez tivesse exercido alguma infl seu caráter. A expressão de seus olhos pequenos e afundados nas órbitas semp inveja e desconfiança. Com trinta e dois anos já tinha a cabeça completamente sempre andava de chapéu. Sua inteligência extraordinária formava um contra com seu aspecto desagradável. Teve sua atenção despertada pela formação da Terceira Potência e pelos êx alcançados por Perry Rhodan. Acompanhou a formação do Exército de Mutant de uma vez tomou a decisão de se colocar ao dispor de Rhodan. Mas nunca o Não era ele mesmo um mutante? Não poderia dirigir os destinos da Human desejasse? Não estaria em condições de reunir um poder maior do que jamais u teve em suas mãos? Não poderia formar seu próprio exército de mutantes? Foi assim que Clifford Monterny começou a reunir, às escondidas, seu p de mutantes. Clifford Monterny transformou-se no Supercrânio, um homem que quase n conhecia e que parecia estar em todos os lugares, ou em lugar nenhum. Sua for permitiu-lhe construir um verdadeiro castelo nas Montanhas Rochosas de Utah cem quilômetros ao leste do grande lago salgado, ao pé do Emmons Peak com s mil e noventa metros de altura, ficava sua fazenda de nove quilômetros quadra ali construída parecia uma verdadeira fortaleza, que poderia ser considerada i As conquistas da técnica moderna permitiam-lhe detectar e vigiar qualquer vis o defenderiam eficazmente contra qualquer ataque. Quando atingiu a idade de trinta e cinco anos, suas capacidades telepáticas totalmente amadurecidas. Além de seus dons hipnóticos, sabia dominar qualqu com quem se tivesse encontrado uma vez que fosse, captando o modelo de suas cerebrais. Para um homem desses não haveria escapatória: o Supercrânio sabe onde quer que ele se escondesse. Num trabalho silencioso, o quartel-general de uma nova potência foi instal montanhas rochosas de Utah; tratava-se de uma potência que poderia represe mesmo para Perry Rhodan. O primeiro ataque, de natureza econômica, desfec Terceira Potência, foi rechaçado por Rhodan. Mas o Supercrânio passou a utili
mais diretos. Foi nesse estágio dos acontecimentos que Perry Rhodan teve conhe identidade daquele homem, até então desconhecido. ** *
Todos os serviços secretos do mundo se haviam reunido na Federação Terra, F.D.T. O secretário-geral da importante organização era Allan D. Merc Mercant, ligeiramente perturbado, estava arrumando a escassa coroa d que cercava sua cabeça quando o visitante foi anunciado. — Rhodan em pessoa? — procurou se certificar, como se não acreditasse no acabara de ouvir. Quanto tempo já se fazia que falara com Rhodan pela última v que fica parado aí? Faça-o entrar. O jovem oficial quase tropeça ao girar sobre os calcanhares e por pouco nã Rhodan, que entrou com um sorriso no lábio e cumprimentou Mercant com alg palavras cordiais. — Como vai, meu velho? Sempre alegre e bem disposto? — Que nem um peixe velho — resmungou Mercant com a voz amargurada e cabelos que lhe cobriam as têmporas. Já estavam mais grisalhos, mas o tom lou de cabelos mantinha-se obstinadamente. — O que me dá a honra dessa visita — Não é nada de agradável — explicou Rhodan, enquanto se acomo poltrona. — Preciso do seu auxílio. — Do meu auxílio? — perguntou Mercant, enquanto seus olhos se tornav — Quer que eu o ajude? — Desta vez quero — disse Rhodan com um sorriso. — É uma situação exce Não quero saber de dificuldades políticas. Você sabe perfeitamente como hoje homens são sensíveis neste ponto. — É verdade — confirmou Mercant num tom de profundo interesse. — não temos o governo mundial. Rhodan se inclinou para a frente e lançou um olhar perscrutador sobre M — Conhece Clifford Monterny? No rosto de seu interlocutor desenharam-se as marcas de uma profu Finalmente esboçou um gesto hesitante de cabeça. — Já ouvi falar nele, mas não o conheço pessoalmente. — Sorte sua — interrompeu-o Rhodan. Mercant não lhe deu atenção. — Houve um físico muito conhecido, de nome Monterny, mas este m explosão. Já faz bastante tempo. — É o pai. Refiro-me ao filho, Clifford. — Não é também um físico? Rhodan confirmou com um aceno de cabeça e Mercant prosseguiu: — É autor de algumas invenções, mas nunca despertou a atenção da F.D.T. muito dinheiro. Possui uma fazenda ou coisa que o valha em algum lugar no Oe com os mil demônios, por que me faz essa pergunta? Será que sou o Departame Registro de Moradores? — Quero que me dê permissão para penetrar no território dos Estados Unid uma esquadrilha de destróieres espaciais e arrasar essa fazenda de Monterny. concordar comigo que, para isso, preciso de um certo tipo de autorização.
— Quer o quê?! Acho que... — exclamou Mercant exaltado. — É melhor que não ache coisa alguma, Mercant. Clifford Monterny é o mis Supercrânio. Está agindo no intuito de abalar a ordem mundial. É um hipno e e condições de ainda hoje levar qualquer estadista do mundo a despejar as provi nucleares de que seu país disponha no território de um país vizinho. Se já existi inimigo mundial número um, este é Clifford Monterny. O único meio de evitar u de maiores proporções é destruí-lo. Foi por isso que resolvi falar com você. Mercant já estava falando num telefone de mesa. Por intermédio do F todos os dados sobre Monterny. Depois levantou os olhos. — Conte com toda ajuda que esteja ao meu alcance, Rhodan. O contato com presidente dos Estados Unidos é uma questão de minutos. Mais uma pergunta: seus destróieres neste momento? Rhodan esboçou um sorriso gentil. — Encontram-se numa altitude de trinta mil metros, exatamente acima que nos encontramos. Isto o surpreende? ** *
O cadete Julian Tifflor viu bem ao longe a lâmina redonda formada pela Ter curvatura da mesma era acompanhada por uma camada leitosa formada pelas densas da atmosfera; dali em diante o céu, passando pelo violeta, tornava-se ne grandes estrelas brilhavam, mas não cintilavam, muito embora o sol estivess Perry Rhodan o admitira sem maiores formalidades na frota da Terceira Po Confiou-lhe o comando de um destróier. Juntamente com Ray Gall e Pete Maros encontrava-se no Z-82, trinta mil metros acima do quartel-general da F.D.T., on estava conferenciando com Mercant. Mais oito destróieres flutuavam nas proximidades, sustentados pelos neut gravitacionais. Mais acima, numa posição em que não podia ser alcançada pela tripulantes dos destróieres, a imensa nave Stardust-III estava estacionada no e pessoa estava no comando, enquanto Rhodan se encontrava em terra. A Tercei passara ao ataque contra o Supercrânio. Mercant transmitira as necessárias instruções; ninguém pensaria em inco nove destróieres que aguardavam sobre o território submetido à soberania am Quanto à Stardust-III, uma nave esférica de oitocentos metros de diâmetro, de maneira não existia arma capaz de afetá-la. Tiff respirou aliviado quando a tela se iluminou diante dele, exibindo o rost conhecido de Bell. Sabia que no mesmo instante os comandantes dos outros de grupo estavam entrando em contato com a Stardust-III. — Atenção, todos os destróieres. Dentro de alguns minutos a nave auxiliar Rhodan chegará à Stardust-III. A ação planejada será levada avante. Basta que instruções permanentes. Fim. A tela continuou iluminada, mas o rosto de Bell desapareceu. O contato acú interrompido. Essa situação perdurou por dez minutos, após os quais veio uma rota. A voz tranqüila de Bell conduzia os nove destróieres ao destino. ** *
O posto de comando militar de Clifford Monterny ficava bem abaixo do n Cercado de inúmeras telas e outros instrumentos de comunicação, o
estava sentado nessa central, igual a uma aranha em sua rede. Era para ali qu todos os fios, era dali que o monstro dirigia suas batalhas que geralmente pass despercebidas. Uma das telas se iluminou. Exibiu um rosto asiático. A imagem tremia, detalhes. A transmissão devia passar por muitos postos de relê. — O que houve, S-7? — perguntou Clifford. — No âmbito das novas tentativas, a Usina Syntak foi destruída na noite na Austrália e sessenta e cinco por cento de seu capital pertencem à G.C .C — Obrigado, S-7. Remeterei o cheque. O quadro se apagou. Outro rosto tela diferente. Era de um negro. — Aqui fala M-3, meu senhor. Hoje de manhã o governador de Sirãpolis num acidente de trânsito. O condutor do veículo que causou o acidente e identificado. — Obrigado, M-3. Já conhece sua próxima tarefa? — Perfeitamente. Recebi as instruções por intermédio... — Está bem, M-3. Aguardo aviso de que a tarefa foi cumprida. Fim. Ainda outra tela se iluminou. — Alô, chefe. Aqui fala SP-6. Há uma freqüência extraordinária de vôos no da F.D.T. A presença da nave esférica foi observada. O F.B.I. recebeu solicitaçõe sobre a pessoa de Clifford Monterny. — O quê? — o Supercrânio se inclinou para a frente. — Sobre minha pes — Não há dúvida sobre a autenticidade da informação, chefe. Apenas solicitou os dados. — Que diabo! Não é possível! Ninguém sabe quem sou. A não ser que... Como uma alucinação, o rosto oval de uma linda mulher surgiu diante d Há dias não tinha contato com ela. Tatiana Michalovna! Perdera-a no instante em que ela deixou de executar sua última tarefa. Sab Tatiana era uma telepata de elevada potência, tal qual ele mesmo. Além disso, p dispunha da faculdade de isolar seu cérebro, subtraindo-se a qualquer tipo de i Inclusive de qualquer influência partida dele. Será que Tatiana poderia ter se atrevido a traí-lo? Por que teria agido assim uma das suas adeptas mais convictas? Sempre tivera de se controlar quando se nas proximidades dela, para não pensar alguma coisa que não devia. — Deve ter sido um dos membros da nossa equipe — soou a voz do agente S Assim que descobrir quem solicitou as informações do F.B.I., voltarei a entrar e com o senhor. Fim. Por alguns minutos Clifford interrompeu a recepção e refletiu intensament supercérebro expandiu-se, procurando localizar seus homens em todas as part Às vezes isso não era fácil, motivo por que para as mensagens rotineiras mantin equipamento de comunicações. Todavia, se necessário, poderia vigiar seus agentes independentem equipamento. Havia treze mutantes submetidos ao seu comando. Um dos grandes mutan acusar o recebimento da mensagem telepática, visto que não se encontrava na deles responderam e receberam instruções para regressar imediatamente. Um não atendeu ao chamado de Clifford: era Tatiana Michalovna. O Supercrânio não perdeu tempo. Deu o alarma preventivo. Os prime
estavam chegando. A fortaleza foi colocada em condições de se defender. Os minúsculos aviões-foguetes foram pousando na área imensa da fazenda atores principais, os mutantes, que haviam abandonado seus postos para regre quartel-general, onde lhes seriam ministradas instruções diretas. Uma ativida começou a se desenvolver nas galerias subterrâneas da antiga mina. Peças de a moderna subiram em elevadores, entrando em posição de defesa pouco abaixo Tudo se processou automaticamente, obedecendo a comandos eletrônicos. Sentado na sala de comando, o Supercrânio controlava o desenrolar dos acontecimentos. As telas mostravam todos os detalhes das áreas adjacentes à s fazenda. Mas, por mais que se esforçasse, não viu nada de suspeito. Não se via nada de um eventual atacante. Talvez o agente SP-6 se tivesse enganado; era possível que a solicitação for F.B.I. não passasse de um ato de rotina. Mas, para um homem que ocupava sua cautela nunca seria demais. Quem dera que o elemento que tinha em Terrânia vida. Clifford Monterny não sabia que esse homem nunca mais daria sinal de vid nunca mais estaria em condições de fazê-lo. Por mais que seu espírito perscrut procurasse, não conseguiria entrar em contato com um cérebro morto. Tatiana providências para que esse tipo de traição se tornasse impossível. Ao ser preso Clifford foi morto em legítima defesa. Conforme já foi dito, o Supercrânio não conhecia esse detalhe. Aguardava um contato vindo de Terrânia. E, como esse contato não chegava, não podia ter Perry Rhodan descobrira sua identidade. Por enquanto tudo continuava quieto. Mas, ao menor sinal de um ataque, a fazenda inofensiva do genero Monterny se transformaria numa fortaleza a cuspir fogo. O Supercrânio estava preparado para a luta. ** *
Perry Rhodan e Bell não se apressaram. A Stardust-III e os nove destróieres subiram às camadas extremas da atmo afastar qualquer possibilidade de serem detectados pelas instalações de radar Supercrânio. E ali realizaram o último conselho de guerra. — Os mutantes fizeram um serviço perfeito — relatou Bell, lançando um olh advertência para Gucky, que estava agachado num canto. — Conseguimos aga alguns agentes do Supercrânio. Não descobrimos nenhum dos seus mutantes. Tatiana, tinha doze além dela. Tatiana conhece onze; não conhece um deles. De de um exemplar dotado de capacidade extraordinária. — Será que a capacidade dele é maior que a minha? — perguntou Gucky Isso seria difícil de imaginar. Pelo menos no que diz respeito ao aspecto ext Gucky não poderia ser superado por qualquer ser humano. É que Gucky não er humano. Quando por ocasião de sua viagem em busca do imortal do planeta Pe Rhodan fizera um pouso no planeta Vagabundo, o rato-castor entrara sorrateir bordo da Stardust-III e dali em diante nunca mais se afastara de Rhodan e Bell. pêlo marrom-avermelhado; sua cabeça era a de um camundongo e o corpo de c maior orgulho era a cauda larga, sobre a qual costumava se apoiar quando and patas traseiras. Sua inteligência extraordinária permitira-lhe aprender rapida
dos bípedes. A essa inteligência aliava-se o domínio perfeito da telecinésia e da teleportação. Já chegara a fazer com que uma frota inteira de pequenas naves e realizasse os exercícios que lhe dessem na cabeça, muito embora os pilotos pro energicamente contra essa espécie de tutela. Era esse Gucky, um dos grandes amigos de Rhodan, que estava agachado n cantos da sala de comando, fazendo o papel de uma criatura inofensiva. Assim agir quando grandes coisas estavam para acontecer. Pertencia ao Exército de M igualdade de condições com os demais membros. Bell lançou-lhe um olhar perscrutador. — É possível que em certo ponto seja superior a você, Gucky. O fato, porém não sabemos. Mas pare de nos incomodar. Devemos tomar algumas decisões im fungou, bastante nervoso, e olhou para Rhodan. — Onde estávamos? — Nos mutantes — disse Rhodan com um sorriso. — Já conseguiram contato. — É verdade. Tanaka Seiko, o goniômetro, conseguiu captar a mensagem m Supercrânio, e posteriormente também sua transmissão televisada. Localizou estações e fez um croqui. Aqui está. Rhodan pegou a folha de papel e examinou o desenho. Lembrava uma teia d O Supercrânio encontrava-se no centro da mesma. Dali partiam os fios que se d todo o mundo. As extremidades desses fios correspondiam à localização de um homens de Rhodan já se dirigiam a esses pontos. — Excelente! — elogiou Rhodan. — Acho que com isso conseguiremo Supercrânio. Já não poderá contar com qualquer auxílio vindo de fora. — Não acredito que ele se importe com isso. Não se esqueça do que Tifflor contou. O prisioneiro que capturou aludiu ao planeta Marte. Receio que tenha base em Marte. — Por enquanto continua na Terra, e é aqui mesmo que vamos liquid estive tão decidido a exterminar totalmente um inimigo. A voz de Rhodan adquirira um tom duro. — O Supercrânio é um inimigo de toda a Humanidade. Quer a união da Terr nós, mas quer realizar essa união para impor seu domínio. Diria que é o exempl do ditador mundial. — Vamos lhe estragar a festa — disse Bell e olhou para o relógio. — Acho qu tropas de choque já devem se encontrar nas proximidades da fazenda. Por que ainda não entraram em contato conosco? — Talvez tenha surgido algum problema. De qualquer maneira não va muito; logo iniciaremos a ação. Se possível, quero o Supercrânio vivo. Bell arregalou os olhos. — Para quê? Quer prendê-lo? Ele nos escapará, e a caçada terá de come que resolvemos atacar, devemos destruí-lo. — Estou pensando nos seus mutantes — ponderou Rhodan. — Estou co que sabem tanto do procedimento vergonhoso de seu senhor quanto Tatiana — Acontece que eles mesmos têm praticado crimes. — Porque têm sido obrigados a isso, Bell. E ainda porque estão conve encontrarem a serviço de uma boa causa. Bem, não demoraremos a descobr A porta da sala de comando se abriu. — Há um chamado de Utah — disse o telegrafista com a voz nervosa. falar com o senhor Rhodan.
Bell chegou à sala de telegrafia antes de Rhodan. Gucky seguiu-os lenta andar balouçante. — Aqui fala Wuriu Sengu — soou a voz do alto-falante, assim que Rhodan tr a senha. Sengu era o espia japonês do Exército de Mutantes. Podia ver qualque mesmo que este se encontrasse atrás de grossas paredes de aço. — Estou deita três quilômetros da casa de Monterny. Consegui aterrisar e me aproximar sem Na casa tudo está quieto; não descobri ninguém. Mas embaixo da terra o movim grande. Há um conjunto incrível de equipamento de defesa. São corredores ex galerias laterais e inúmeros recintos que servem de depósito de munições e ma salas de estar, salas de armas, etc. Ainda há elevadores para canhões de tiro rá Supercrânio está sentado numa espécie de sala de comando e prepara a defesa Alguém o deve ter prevenido. — Quem? — Talvez Seiko possa informar. Está escutando as palestras radiofônica nenhum contato com ele. Rhodan refletiu por alguns segundos. — Está bem, Sengu. Continue a obse Procure entrar em contato com os outros mutantes, especialmente com Seiko. que houver alguma novidade. Atacaremos exatamente daqui a trinta minutos. afastado e só intervenha quando o maior perigo tiver passado. Entendido? — Entendido. Rhodan se levantou. — Dirigirei o ataque a bordo da Good Hope-V. Bell, espantado, ergueu as sobrancelhas. — A bordo do girino?! — disse espantado. — E o que é que eu vou fa Stardust-III? — Você ficará de olhos abertos para que tudo dê certo, meu caro — consolo Rhodan. — Você ficará num lugar afastado, cuidando para que o patife não nos se esqueça de que dispõe ao menos de dois destróieres capazes de atingir a vel luz. Roubou três, e um deles foi destruído. É possível que um se encontre em M dizer que sobra um. É desse que você terá de cuidar. — Eu também? — perguntou Gucky com sua voz de grilo. Não parecia nada satisfeito. — Você também! — confirmou Rhodan, enquanto dava uma pancada no om Bell. — Estou satisfeito que hoje os arcônidas não estão conosco. Thora e C rest de atos de beligerância. Acham que é um procedimento bárbaro, uma demonst violência. — E não deixam de ter sua razão. Rhodan deu de ombros. — Você conhece uma solução melhor? Bell imitou o gesto de Rhodan, mas não respondeu. Os dois homens volta comando, acompanhados do inseparável Gucky. Bell assumiu o comando da Sta Rhodan tomou o elevador antigravitacional e dirigiu-se apressadamente aos gr hangares, a fim de preparar a Good Hope-V para a decolagem. Dali a cinco minutos a nave esférica, que media sessenta metros de diâmet bojo gigantesco da Stardust-III e mergulhou rapidamente na atmosfera terrest destróieres acompanharam-na em formação militar. E assim teve início o ataque ao quartel-general do Supercrânio.
4
Mal os instrumentos de Clifford Monterny registraram a presença da nave desencadearam o alarma, Rhodan já havia pousado. A queda vertiginosa só foi no último instante. Quando a Good Hope-V ainda vibrava sobre os suportes tele menos de duzentos metros do edifício-sede da fazenda, o Supercrânio abriu Mais de vinte canos expeliam chamas de vários metros de comprimento e d cargas explosivas mortais. Os projéteis tomaram uma trajetória retilínea em di Hope-V, mas detonaram no campo protetor instalado nesse meio tempo. Esse c sua energia dos inesgotáveis reatores arcônidas. O espetáculo era um fogo de a visto na área tranqüila das montanhas rochosas desde que o homem andava so Indiferente a tudo, a esfera manteve-se imóvel atrás do campo protetor, agua O dispositivo automático de defesa do Supercrânio disparou uns quinhento antes que o cérebro eletrônico compreendesse que esse procedimento era tota As transportadoras mecânicas mudaram as cargas explosivas. O cérebro eletrô Supercrânio decidiu recorrer às armas atômicas. Rhodan contara com isso. Sabia que o campo protetor seria capaz de supor neutralizar essa carga. Todavia, o bombardeio atômico representava o sinal de Supercrânio já não dispunha de outros recursos. Era o princípio do fim. Rhodan aguardou por uns três ou quatro minutos, até que surgisse uma li no bombardeio. Tivera tempo de sobra para determinar a posição dos vinte ca canos saíam diretamente da rocha natural e dali a pouco desapareceriam emb onde estariam a salvo de qualquer ataque. Se quisesse inutilizar os canhões, t depressa. Os robôs de combate estavam preparados. Os soldados da Terceira Potênc muito bem treinados, esperavam ansiosamente na grande comporta de carga d V. O resto do Exército de Mutantes aguardava febrilmente a entrada em ação. S sabiam que a luta decisiva poderia ser travada num plano exclusivamente es Seria uma luta de mutantes contra mutantes. Todas as peças da artilharia de desintegração da nave apontavam para os a conhecidos. Também aguardavam. No mesmo instante em que Rhodan desativ energético, expeliriam a torrente mortífera de raios gaseificantes que destruir e qualquer estrutura cristalina se desmancharia por completo e deixaria de e Rhodan esperara justamente essa breve pausa no bombardeio. Uma das de de um conjunto de peças de artilharia comandado por meios mecânicos consist que as mesmas não podiam receber um tratamento individual. Quando silencia quando havia uma troca de munições, não havia uma única que continuasse em de disparar. O campo energético que protegia a Good Hope-V se desfez. No mesmo instante uns oito ou nove raios da grossura de um dedo, quase in saíram do envoltório côncavo e alcançaram seu objetivo. Numa fração de segun a rocha transformaram-se numa massa borbulhante e fumegante, na qual os ca flutuavam e se derretiam como se fossem de manteiga. Os feixes de raios deslocaram-se em direção aos próximos objetivos. cérebro eletrônico do complexo defensivo do Supercrânio registrasse a des
canhões, com exceção de dois, haviam sido colocados fora de combate. Esses d afundaram nas galerias. Mas isso apenas evitou sua destruição. Os raios energ expelidos pela Good Hope-V derreteram a boca das galerias a tal ponto que um vitrificada as fechava hermeticamente. Dessa forma não havia mais qualquer p artilharia que pudesse ser utilizada na luta contra Rhodan. Era exatamente isso que Rhodan aguardava. O alarma ressoou pela nave. Escotilhas abriram-se. De uma delas, uma ram inclinada estendeu-se em direção ao solo. Dentro de poucos segundos vinte rob combate marcharam em direção à casa, que jazia tranqüilamente em meio a al solitárias. Nessa casa devia se encontrar a entrada da fortaleza subterrânea do Os braços esquerdos estendiam-se em ângulo. As mãos estavam ausentes. No l havia uma abertura em forma de cone. Foram seguidos pelos soldados, armados com radiadores de impulsos po automáticas. As granadas de gás estavam presas aos cintos. Rhodan permaneceu na sala de comando; acompanhou os acontecimentos imagens projetadas na tela. Por enquanto achou mais prudente não fazer pleno mutantes. Formariam uma espécie de reserva. As telas estavam coordenadas de tal forma que Rhodan parecia se encontr de paredes de vidro. Nada poderia lhe escapar. Por isso foi o primeiro a notar as defensivas do Supercrânio, cujos efeitos desastrosos logo se fizeram sentir. ** *
Numa fúria desesperada, Clifford Monterny fitou os controles das peças de automaticamente dirigidas. O cérebro eletrônico não reagia mais. As escalas in marcação zero. Os canhões haviam sido colocados fora de ação. Mas, se Rhodan acreditava que só por isso já ganhara a batalha, estava enganado. Era bem verdade que Clifford supusera que conseguiria liquidar qualquer algumas salvas rápidas de suas vinte peças de artilharia; no entanto, não deixa outras possibilidades. Não foi à toa que formou um pequeno exército de mutan dispensava uma cega dedicação. Seus dedos giraram um botão. Uma tela se iluminou, e nela surgiu a homem branco. Os cabelos cortados rente faziam concluir que se tratava de — Roster Deegan — disse o Supercrânio — ponha seus homens em ação. Especialmente os telecinetas. Rhodan está atacando com robôs. Em hipótese a alcançar a casa. O senhor comparecerá à sala de comando para dirigir o con Dois minutos depois dessa palestra, os telecinetas de Monterny entraram ** *
Os robôs marchavam inexoravelmente, seguidos pelos soldados. Deviam ter percorrido mais ou menos metade dos duzentos metros que se nave da casa. Menos de cem metros deviam faltar até chegarem à casa; eram c formados por grama ressequida e algumas árvores. Entre elas havia um monte muito bem empilhadas junto a um monte de lenha. Tudo recendia a uma pacífi agrária. Talvez essa impressão tivesse sido enfatizada demais.
Rhodan, sentado atrás dos controles da sala de comando da Good Hope-V, e que alguma coisa acontecesse. Embora os canhões do Supercrânio tivessem si inutilizados, ele não estava liquidado. Um homem que pretendia conquistar o m contentaria com uma única chance; iria no seguro. Restava saber qual seria o próximo recurso de que lançaria mão. Bem ficaria na ignorância por muito tempo. Subitamente a primeira fila de robôs parou, como se tivesse esbarrado num invisível. Um deles cambaleou, perdeu o equilíbrio e caiu de costas, permanece estendido no solo. Os outros — Rhodan mal acreditava no que via — foram leva solo e subiram ao ar num movimento lento e irregular. Lá em cima começaram torno de seu eixo e derivaram para o lado. Alguns começaram a disparar insensatamente. O recuo das armas de impu lhes um movimento em sentido contrário. Giraram que nem rodas de fogo em d superfície, expelindo raios mortíferos. Alguns deles foram reduzidos à inativid soldados, numa luta corpo a corpo. A segunda fila de robôs foi alvo de uma operação já treinada. Os mutantes d Supercrânio aprendiam depressa. As cinco obras de arte da eletrônica foram a por uma força invisível e bateram com toda força contra o campo energético da V, ativado às pressas. Caíram ao solo sem forças e permaneceram imóveis. Sua ultra-sensíveis não haviam sido feitas para resistir a tamanha provação. Antes que a terceira fila de robôs pudesse ser colocada fora de comb mesma manobra, houve um outro acontecimento com o qual Rhodan, no íntim Os soldados de seu pequeno exército passaram a adotar um comportament estranho. Alguns dos homens sentaram na grama, largaram as perigosas arma e passaram a desembrulhar seus mantimentos de reserva. Ao que parecia pret um piquenique antes de se lançarem ao ataque. “São telecinetas e hipnos”, pensou Rhodan com certa dose de desespero. De qualquer maneira os mutantes de Monterny tinham um certo humor assim, teriam ordenado aos soldados que se matassem uns aos outros. O contragolpe de Rhodan não se fez esperar. O êxito de tudo dependia da circunstância de que o Supercrânio tivesse entrado em ação pessoalmente ou t tudo por conta de seus mutantes. Pelo que se concluía das experiências feitas a Supercrânio era o único mutante que sabia impor sua vontade contra os efeitos mental. O telepata John Marshall fez um sinal para Tatiana. A jovem russa, ansiosa redimir-se dos erros do passado, saltou pela escotilha da Good Hope-V e correu rampa. Sua mão segurava um bastão prateado. Apontou-o numa direção que de conhecer ela perfeitamente a posição do quartel-general subterrâneo. O bastã para a superfície da terra, num ponto situado à esquerda da casa. A imagem de Tatiana estava na tela de Rhodan. Este aumentou o quadro e p seus pensamentos na testa. John Marshall saberia identificar os comandos tran através de seus pensamentos. O resultado de seus esforços surgiu dentro de um minuto. Na verdade, e Os robôs que ainda se encontravam no ar perderam seu suporte invisível e solo. Alguns poucos caíram de tal forma que logo conseguiram se erguer. Pross marcha em direção à casa, como se não tivesse acontecido nada; atiraram por t braços, transformando a sede da fazenda num montão de destroços fumegan Os soldados, tão entretidos na agradável atividade de lanchar, inter
subitamente. Por uma fração de segundo olharam espantados para as lat abertas e as facas de cortar pão; logo deixaram cair tudo e correram atrás d Tatiana permaneceu no mesmo lugar, cuidando para que os mutantes de M pudessem mais exercer qualquer influência sobre os homens de Rhodan. Mas s parte mais difícil de sua tarefa ainda se encontrava pela frente. Evidentemente todos os detalhes do quartel-general; não sabia quantos homens se encontrava nas galerias de rocha, bem embaixo da terra. Mas imaginava que o Supercrâni guardar outras surpresas em seu arsenal. Tinha que encontrar um meio de convencer um dos mutantes a abrir entrada. O projetor mental devia oferecer uma possibilidade para isso. Os robôs e os soldados pararam diante dos destroços fumegantes da casa. havia mais nada a fazer. Se a entrada para o labirinto subterrâneo ficava na cas inutilizada. Ninguém poderia penetrar na terra ou dela emergir por ali. Tatiana reduziu ligeiramente a intensidade do bloqueio defensivo que cerc cérebro, para poder absorver alguns pensamentos vindos de fora. Concentrou já conhecido das ondas cerebrais do Supercrânio e procurou estabelecer conta Teve cuidado para que o projetor mental apontasse constantemente para a sala da fortaleza subterrânea, e manteve-se preparada para, a qualquer momento, bloqueio defensivo. De repente a voz do Supercrânio, debilitada pelo bloqueio defensivo, s cérebro. “Tatiana, você agiu de modo contrário às minhas ordens e traiu nossa boa causa. Você passou para o lado dos traidores da Humanidade e...” “Basta de frases vazias”, pensou Tatiana concentradamente em resposta à do Supercrânio. Sentiu-se fortalecida pela certeza de que John Marshall poder transmitiria o conteúdo da palestra diretamente a Rhodan. “Sua obra é feita ex de frases vazias e violência oculta atrás das mesmas. Descobri suas ma Monterny! Você abusou do meu idealismo.” “Não diga bobagens!”, retrucou o Supercrânio, sem fazer qualquer tentativa d uma influência hipnótica sobre ela. Conhecia suas faculdades. “Contra os meu você não tem a menor chance.” “As armas de Rhodan são superiores às suas, Monterny. E os mutantes dele são mais numerosos e capazes. Desista.” Uma risada silenciosa de deboche atravessou o cérebro de Tatiana e de M “Desistir?”, ironizou o Supercrânio. “Se eu desistir, o mundo acabará comigo. Se Rhodan tiver que dominar, ele o fará sobre uma terra despovoada.” “Obrigada”, pensou Tatiana tranqüilamente. “Você acaba de proferir sua sentença de morte. Tente dar uma ordem aos seus mutantes. Veremos quem é mais forte “Espere mais um pouco”, pediu o Supercrânio em tom de deboche. “Você só po levar vantagem se esperar. Talvez consiga influenciar meus mutantes. Acontec do projetor mental não tem qualquer efeito sobre mim. E ninguém me impedir instante transmitir instruções aos meus agentes, que aguardam em todos os ca mundo, para que executem as ações para as quais estão preparados há long “É possível”, reconheceu Tatiana. “Mas acontece que de nada lhe adiantará transmitir essas ordens, pois você não conseguirá entrar em contato com seus agentes. E presos pelos serviços de segurança da Terceira Potência. Estão reduzidos à ina Até parece que você se esquece de que Rhodan também tem um Exército de A maldição apenas pensada por Supercrânio foi mais terrível que quais
Traiu sua impotência. Naquele instante Rhodan soube que o poder de seu ini rompido. Se conseguisse penetrar na fortaleza subterrânea... Tatiana não perdeu tempo. Seus pensamentos tatearam e localizaram Roster Deegan. Com o apoi mental transmitiu-lhe uma ordem insistente: — Roster, abra a saída de emergência. ***
O Supercrânio sentiu que Tatiana se afastou dele e estabeleceu contato co telecineta. Imaginava o que desejava dele e decidiu aproveitar a oportunidade prova. Como telepata que era, compreendeu a ordem que Tatiana transmitiu atra pensamentos. Acontece que não era apenas um telepata, mas também um hip contra-ordem. Roster parou indeciso em meio ao movimento que ia executar; lentamente sentar. O Supercrânio era mais forte que o projetor mental. Monterny começou mas Roster voltou a se levantar. A passos lentos dirigiu-se para a porta e foi ao c Por um instante, Supercrânio, perplexo, seguiu-o com os olhos. Mas logo p voltou a ativar seus dons hipnóticos com uma intensidade ainda maior. Mas per que uma resistência tremenda se lhe opunha, uma resistência que não consegu sabia que nesse meio tempo André Noir, o hipno de Rhodan, havia entrado em a Reunindo suas forças às do projetor mental manipulado por Tatiana, era mais p Supercrânio. O fracasso deixou Monterny arrasado. O fato de não poder enfrentar Rhod terreno da técnica não lhe ofendia o orgulho; mas não podia se conformar em s inimigo também no terreno espiritual. Poderia matar Roster, mas preferiu não fazê-lo. No mesmo instante em que tal ato, todos os mutantes se voltariam contra ele, e isso poderia se tornar perig situação em que se encontrava. Se estivesse só, talvez conseguisse dominá-los; mas com o reforço e mutantes de Rhodan seriam mais fortes que ele. A fuga? O Supercrânio cerrou os lábios. Evidentemente também pensara nessa pos providenciara tudo que com ela se relacionasse. No hangar subterrâneo, o terc estava à sua disposição. Estaria em condições de dirigir essa nave, que tinha ap metros de comprimento. As provisões de mantimentos que se encontravam a b suficientes para muitos anos. O armamento era suficiente. O destróier poderia velocidade da luz. E, em Marte, o último e o mais terrível dos mutantes aguarda momento de entrar em ação. Por que esperar até que ficasse encurralado e não tivesse nenhuma saíd Clifford Monterny fez mais uma tentativa para recuperar sua influência sob Deegan, mas logo se deu conta da inutilidade dos seus esforços. Apesar disso n Quis dificultar as coisas ao máximo para Rhodan. Enquanto Roster abria a saída de emergência da fortaleza e a atenção de T concentrava na nova tarefa, o Supercrânio transmitiu comandos pós-hipnótico mutantes e fechou-lhes o cérebro por meio de um bloqueio psicológico. Sabia q desses bloqueios era apenas uma questão de tempo, mas isso aumentaria sua v
fuga. E bem que precisaria dessa vantagem. Não hesitou mais. Fechou-se psiquicamente do mundo exterior e providenciou para que nenh pudesse seguir sua pista. Era bem verdade que assim perderia toda orientação já não estava interessado no que acontecesse dali em diante no seu reino. Tinh bem maior à sua frente. Saiu da sala de comando em passos apressados e andou rapidamente pelo Ouviu passos e gritos atrás de si. Tiros soaram nos corredores, e alguém berrou comando. Em meio a tudo isso, ouvia-se o andar ritmado dos robôs arcônidas. A Rhodan haviam penetrado na fortaleza do Supercrânio. Clifford Monterny, tomado de raiva e desespero, cerrou o punho, soltou um continuou a correr. Entrou numa estreita passagem lateral e aumentou a veloc corrida. Devia ter pensado em algum meio de transporte subterrâneo. Mas que imaginar que seu esconderijo aparentemente inexpugnável viesse a cair diante ataque? O Supercrânio não podia deixar de reconhecer que, depois de ter alcan primeiras vitórias, subestimara o inimigo. O corredor parecia não ter fim. Tal qual em todos os outros, as luzes de teto de espaço em espaço, espalhavam uma débil luminosidade. Havia dezenas de c desse tipo, e os homens de Rhodan levariam bastante tempo em descobrir es Uma curva. Mais uma. Depois prosseguiu em linha reta. O Supercrânio tivera bastante inteligência para instalar seu hangar a boa d sala de comando. Se esta fosse destruída numa ação bélica, o hangar permanec Além disso, ninguém desconfiaria de que sua saída de emergência se encontrav dois quilômetros da entrada principal. O barulho atrás dele já havia cessado. Os passos do Supercrânio se tornara lentos. Grossos pingos de suor reluziam em sua calva. Os traços contorcidos do e nada belo alisaram-se. Nos olhos assustados voltou a brilhar aquela fria supe Apesar disso, Monterny estava satisfeito em saber que ninguém o via. Ele, o gr desconhecido, que era superior a qualquer mortal, estava fugindo. O corredor terminou diante de uma parede lisa. Os dedos trêmulos do Supercrânio apalparam a parede e encontraram uma elevação. Uma ligeira pressão, e a parede deslizou para cima, deixando livre a Prosseguiu. A parede se fechou atrás dele. Encontrava-se num pavilhão não muito grande, mas bastante alto. Quase le poço de uma mina. As paredes eram de rocha nua, cujas saliências haviam sido às pressas. O teto de rocha, que tinha uns cem metros de altura, parecia fec Bem no meio do gigantesco poço, o destróier roubado de Rhodan descan suportes telescópicos. Clifford Monterny suspirou aliviado. Agora nem mesmo Rhodan conseguir sua fuga. Se logo após a decolagem imprimisse à nave a aceleração máxima, n alcançaria. Num pensamento fugaz, lembrou-se dos cientistas seqüestrados, que seria encontrados e libertados por Rhodan. Isso pouco lhe importava, pois já se apod saber. Foi graças a eles que conseguiu alcançar o controle perfeito da nave esp tinha diante de si. Deu alguns passos, alcançou os suportes telescópicos e acionou o botão de comporta de entrada. No mesmo instante a escotilha se abriu muitos metros ac escada deslizou em sua direção.
Enquanto isso acontecia, correu de volta e comprimiu outro botão, embutido na parede de rocha. Lançou um olhar ansioso para o alto. A parede de rocha maciça começou a se mover lá em cima. Deslocou-se par deixando livre o caminho da fuga. A luz do dia penetrou no hangar, fazendo com empalidecessem as luzes que ali se encontravam acesas. Clifford Monterny não perdeu mais nenhum segundo. Com alguns saltos, colocou-se junto da escada que já havia completado seu movimento em direção ao solo, subiu por ela e desapareceu no interior da nave se fechou com um baque surdo. Mais alguns segundos se passaram. Esses segundos transformaram-se em minutos. Na sala de máquinas da nave, os geradores de energia e os transformadore começaram a ressoar. O fluxo de partículas atravessou condutos de consideráv espessuras, foi submetido a um processo de compressão e de aceleração nos pr saiu dos bocais de popa sob a forma de impulso ultraluminosos com a velocidad A rocha embaixo do destróier começou a ferver, enquanto os suportes eram recolhidos. A nave disparou para o alto. A energia que escapava para todos os lados com uma pressão tremen paredes do hangar e derreteu a rocha. A porta secreta foi destruída. Era evidente que o Supercrânio pretendia utilizar esse caminho de fuga Com uma aceleração louca, a nave subiu na vertical e, qual um gigantesco saiu do cano de cem metros. Dentro de poucos segundos, mergulhou e desapar do céu.
5
Rhodan saiu da Good Hope-V, também conhecida por G-5, no momento exa Roster Deegan surgiu na superfície e, com os olhos inexpressivos, caminhou na Tatiana, que se aproximou dele e procurou lhe restituir aos poucos sua próp O Exército de Mutantes substituiu os robôs e os soldados e assumiu a telepata John Marshall permaneceu ao lado de Rhodan. — Tatiana avisa que além de Deegan ainda há dez mutantes no interior da f Um comando pós-hipnótico os obriga a cumprir as instruções do Supercrânio. libertados individualmente da vontade de Monterny. — E os prisioneiros do Supercrânio? Tatiana não descobriu nada? — Descobriu sim, mas não tem certeza. Ao que parece, encontram-se n Monterny. — Está bem — Rhodan lançou os olhos em torno. — Podemos iniciar a lu mutantes. Eu mesmo cuidarei de Monterny. Pegou o projetor mental e dirigiu-se a Tatiana e Deegan, que se defrontavam duelo mudo. Perto deles a entrada do labirinto estava aberta. Havia degraus qu para baixo. — Irei com você — disse Marshall, permanecendo ao lado de Rhodan. — Se Anne Sloane e Betty Toufry também. Sengu poderá nos prevenir quando surgir perigo, enquanto os dois telecinetas poderão deter qualquer atacante até que c romper o bloqueio hipnótico. Foi exatamente o que aconteceu nesse instante com Roster Deegan. O americano sacudiu a cabeça, como se acabasse de emergir das profu e se sentisse livre da pressão. Pegou a mão de Tatiana. — Ainda não compreendi tudo, mas começo a imaginar o que acont comigo. E liberte os outros. Rhodan se aproximou. — Venha, Tatiana. Não podemos perder tempo. Ninguém sabe que Supercrânio estará preparando. Roster lançou um olhar perscrutador para Rhodan. Fitou-o prolongadam e estendeu-lhe a mão. — O senhor é Rhodan; conheço-o pelos retratos. Deve estar interessado em os efetivos de seu Exército de Mutantes. Se for assim, saiba que no interior da dez homens que aguardam a hora de poder se considerar seus amigos. Mas ain livres. Tatiana apontou para os projetores mentais que ela e Rhodan traziam na — Logo estarão. Enquanto se dirigia para a sala de comando, encontrou-se com o primeir Subitamente Rhodan sentiu-se atirado para o lado. Teve que estender as evitar que sua cabeça batesse contra a parede. Deixou-se escorregar para o c subtrair-se por um instante à atenção daquele defensor da fortaleza. Depois d calmamente o projetor para a figura apagada que mal se destacava na luz do Martelou insistentemente seus comandos contrários ao bloqueio hipnótico, q menção de ceder à resistência que subitamente lhe era oposta. Só quando An
acorreu às pressas e utilizou sua potência hipnótica para romper a bar implantar seus comandos no cérebro do mutante que o poder do Supercrâni Rhodan teve a cautela de lhe transmitir um comando pós-hipnótico atrav mental. Não havia tempo para explicações. Continuaram a penetrar passo a passo no reino abandonado do Supercrân mutantes ainda dominados pelo mesmo opunham-lhe uma resistência encarniç mesma acabou sendo vencida. Incluindo Roster Deegan, dez mutantes haviam mudado de dono. Mas de onze. Onde estava o outro? Onde estava o Supercrânio? Rhodan lançou os olhos em torno. — Ras Tshubai. A figura gigantesca do africano se aproximou. — Sim. — Deu busca em toda a fortaleza? O teleportador levantou a mão, num gesto de insegurança. — Não sei. Nesta toca de raposa há tantos corredores e salas que nunca se certeza de ter estado em todos os lugares. De qualquer maneira, encontrei a sa comando. Está vazia. Não encontrei a menor pista do careca. — E os cientistas? Antes que Ras pudesse responder, Sengu, o espia, disse: — Estão presos num calabouço. Trata-se de um complexo com com residenciais. Há um elevador no qual se pode descer ao lugar em que se enc O japonês olhou em direção inclinada para o chão. Quem imaginasse q perfeitamente através das massas rochosas não conseguiria evitar um calafr — Alguém deve tê-los encontrado. Vejo um vulto que está mexendo na dos prisioneiros. Não o reconheço. Betty Toufry, que era telepata e telecineta ao mesmo tempo, se aproximo — Estou captando os pensamentos de um homem — cochichou, lançan inseguro na mesma direção de Sengu. — São débeis e confusos. Quer matar. Ras Tshubai se dirigiu a Sengu. — Descreva a situação do calabouço, para que possa interceptar o hom faça alguma tolice. Vamos logo! Rhodan manteve-se imóvel, pois não podia fazer nada. Deixou livres as mão telepatas. Não via nada, não ouvia nada, não sentia nada. Não era um mutante, um homem perfeitamente normal, se o abstrairmos de certas qualidades que n ver com qualquer modificação da estrutura cerebral. Ras Tshubai prestou atenção às breves indicações de posição fornecid acenou com a cabeça... e desapareceu. Os que ficaram sentiram o ligeiro deslocamento de ar provocado pela mass penetrou no vácuo formado subitamente com a desmaterialização do teleporta mesmo instante o corpo de Ras Tshubai lhe era restituído no lugar desejado; el materializar. Rhodan resolveu aproveitar a pausa forçada. — Tatiana e Marshall, venham comigo. Precisamos descobrir o que é feito d Supercrânio. Não posso imaginar que esteja escondido em algum canto e fique que o encontremos.
— Nesta fortaleza há dezenas de corredores, e ninguém de nós viu todos el ponderou a russa. — Só sei que um deles leva a um hangar aberto na rocha, ond guardado um dos destróieres roubados. Quem sabe... — É claro que só pode ser isso — disse Rhodan com certa impaciência. — Vo ter dito logo. Tenho certeza de que o Supercrânio é bastante inteligente para p derrota no momento adequado. Você diz que o hangar foi aberto na rocha? — Isso mesmo. — Só pode ficar a oeste daqui. Não deve ser difícil encontrar o corredor lá. Venha comigo. A iluminação ainda estava funcionando. Rhodan correu a frente pelos corre vazios; Tatiana e Marshall seguiram-no de perto. As paredes de rocha refletiam abafado e cavo de seus passos. Atingiram um ponto em que o corredor se bifurcava. Rhodan lançou um para a bússola embutida em seu relógio e escolheu o caminho que seguia pe — Este corredor leva exatamente para o oeste. Talvez seja ele. Não esperou a resposta, mas continuou a correr. De repente a rocha começou a vibrar mais à frente. O chão tremia sob s se os efeitos de um terremoto distante se fizessem sentir até ali. Rhodan parou assustado e Marshall empalideceu. Tatiana baixou a mão o projetor mental. — O que foi isso? — cochichou com a voz quase inaudível. Rhodan cerrou o punho. — Foi o destróier. De qualquer maneira já sabemos que o corredor é este m Chegamos tarde. Talvez o pessoal que está lá em cima cuide melhor. Vamos ao m uma olhada naquilo. A dez metros do ponto em que o corredor terminava, foram atingidos, subit uma onda de calor seco, que os impediu de prosseguir. À luz das lâmpadas do te viu pingos de rocha endurecidos. A idéia atingiu-o com a força de um raio: o han atrás dessa parede. — O calor liberado pela decolagem do destróier não pôde se espalhar paredes. Não acredito que possamos atingir o hangar por aqui. Refletiu por alguns segundos e disse em tom resignado: — Isso não nos adiantaria nada. A esta hora o Supercrânio já está c espaço. Só podemos fazer votos de que alguém tenha percebido sua fuga. — Devíamos avisar a Stardust-III — sugeriu Marshall. Um sorriso amargo se esboçou no rosto de Rhodan. — Mesmo para isso seria tarde, Marshall. Mas não se preocupe. O Su nos escapará por muito tempo. Afinal, temos algumas pistas. Diante dos olhos de Rhodan surgiu o quadro de solidão, formado por um vermelho atravessado por largas faixas de verde e aquecido escassamente po distante.
6
Pete Maros era mexicano, mas não tinha quase nada em comum antepassados. Mas herdara uma coisa desses antepassados: seu temperamento impulsivo formava um contraste marcante com a atitude fleumática do inglês Ray Gall. A principal de Ray era a de telegrafista do destróier Z-82 que, depois de reparado utilizado por Rhodan. O comandante da nave era Julian Tifflor, que, por enquanto, ainda ocup cadete da Academia Espacial. O grupo de nove destróieres se espalhara e se mantinha a menos de trinta m de altura sobre o Estado de Utah. Cinqüenta mil metros acima dele, Bell procur consolar com o fato de que era de certa forma o quartel-general de Perry Rhoda podia colocar a Stardust-III em perigo. As idéias de Tiff eram semelhantes às de Bell. — Aqui estamos nós pendurados acima das nuvens, e nem podemos ver o q acontecendo lá embaixo. Até mesmo o contato pelo rádio foi interrompido. Co alguma coisa, Pete? O mecânico apontou para a porta da cabina de rádio. — Quem está de serviço é Ray. Posso dar uma olhada. O inglês mantinha-se imóvel diante do aparelho mudo e parecia coch através da qual se estabelecia contato direto com a Stardust-III, estava apag — Tudo tranqüilo? — perguntou Pete, demonstrando uma preocupação e Ray levantou a cabeça. — Quando houver alguma novidade, não deixarei de avisar — resmung fechar os olhos. Pete sentiu-se aliviado ao constatar que o telegrafista ficava, ao me ouvidos abertos e voltou à sala de comando. Nesse meio tempo, Tiff havia ligado o ampliador de imagem e dirigiu a câm superfície da Terra. Não havia nuvens que impedissem a visão, e poucos segun Estado de Utah surgiu na tela como um mapa. A ampliação começou a aumenta automaticamente. O mapa se desmanchou, e quando a imagem voltou a se torn apresentava um setor menor em igual dimensão. O jogo repetiu-se até que a ma redonda, que representava a G-5 pousada, surgisse nitidamente ao lado da cas Tiff lembrou-se das instruções de Rhodan. Não deviam se preocupar com o acontecimentos que se desenrolassem em redor da G-5. Cabia-lhes cuidar das adjacentes e do espaço aéreo que cobria o Estado de Utah. Tiff suspirou. Paciência, não lhe restava outra coisa, embora ningu controlar o que fazia. De qualquer maneira... Fez a objetiva da câmera deslizar sobre o terreno. Deslocou-a para o oeste, à cadeia de montanhas. Foi uma paisagem nada agradável que se estendeu dia olhos. Nenhum homem sensato pensaria em fixar sua residência por ali. Rocha sobressaíam por entre matas ralas, formando grotas íngremes e profundas. O formato regular da montanha logo lhe chamou a atenção. Num platô relativamente baixo, coberto por uma vegetação rasteira
rochas íngremes, havia uma pequena montanha solitária. Parecia ter chegado Era feita em grande parte de pedras soltas, mas em certos lugares aflorava a te Apesar disso nenhuma árvore crescia em sua superfície. Apenas alguns vestígi rala davam mostras da fertilidade daquele solo. O pé da montanha tinha o formato de meia-lua; o lado oposto era côncav Alguma coisa dava a impressão de se tratar de uma montanha artificial sido formada com os materiais retirados da escavação de uma galeria. Subitamente Tiff despertou, esquecendo-se do que significava o tédio e a d Durante a conferência realizada antes do ataque, Rhodan afirmara que a área fazenda do Supercrânio era desabitada. E agora descobria, a menos de dois qu casa destruída, os vestígios de uma escavação recente. Pete aproximou-se e olhou por cima de seu ombro. — Alguém andou procurando minério por aí — constatou. — E tirou toda essa sujeira da terra? — perguntou Tiff. — Naturalmente. Acredito que se trate de uma galeria secundária da mi existido por ali. — Quando foi isso? — As últimas escavações neste local foram realizadas há vinte anos — disse lembrando-se das aulas recebidas em Terrânia. — Mas não foram compensador decidiu-se suspendê-las. — Ah! — disse Tiff em tom de triunfo. Viu suas suposições se confirmarem. alguma explicação para o fato de que nesses dois decênios nem uma moita cres montão de resíduos? Pete calou-se, perplexo, e examinou mais detidamente a imagem proje Depois acenou com a cabeça. — Isso é estranho. — Acha que é? Pois também sou da mesma opinião. Tenho certeza de q tempo... Subitamente calou-se. Enquanto falava não tirara os olhos do estranho mo entulho. Como que por acaso seu olhar caiu sobre o platô que o cercava e regi alteração. — Veja! A parte interna da montanha. A rocha natural moveu-se junto à montanha suspeita. Um pedaço circular d trinta metros de diâmetro deslizou lentamente. Por baixo dele surgiu uma aber cujo fundo brilhava uma luz mortiça. Era uma nave espacial! Um destróier do mesmo tipo do seu, e idênt atacara junto a Marte. A aceleração da nave era tamanha que dentro de poucos segundos ati altura da de Tiff e desapareceu vertiginosamente no céu. Mas finalmente Tiff reagiu. — Ray, entre em contato com a Stardust-III e avise Reginald Bell. Vamo essa nave. Deu uma pancada na chave de partida, colocando-a na aceleração máxim gravitacionais foram ativados automaticamente para neutralizar a súbita pre — Pete, ocupe o canhão neutrônico. Ray ficará, por cautela, junto ao ca assim que tiver transmitido sua mensagem. A nave fugitiva já havia mergulhado entre as estrelas. Tiff procurou uns com o binóculo antes de localizá-la. Como fosse do mesmo tipo da Z-82, a dis
duas naves dificilmente poderia ser reduzida. Mas era perfeitamente possível p destróier e conservar o mesmo intervalo, assim que ambas as naves tivessem a velocidade máxima. A Terra foi recuando depressa, transformando-se num globo verde-azul da sala de telegrafia e sentou na poltrona junto a Tiff. — Que surpresa! — exclamou. — Reginald Bell praguejou terrivelmente. M procurássemos descobrir o destino da nave. Talvez seja o Supercrânio que está Assim que Rhodan confirmar sua suspeita, ele nos seguirá. Pediu que mantivés rádio ligado para recepção. Tiff não tirou os olhos da tela. A mancha conservava o mesmo tamanho. Os números projetados na parte tela indicavam que o fugitivo se encontrava a menos de dois mil quilômetros da Continuava a acelerar e dali a pouco atingiria um quarto da velocidade da lu Tiff olhou pela janela. Mais uma vez tinha diante de si o espaço infini maravilhas e perigos. E lá adiante um pequenino ponto luminoso corria ve por entre os milhares de estrelas, em busca de um destino longínquo e desco Sentiu um choque quando voltou a olhar para a tela. O tamanho da mancha aumentara. A outra nave encontrava-se a apenas quinhentos quilômetros. Reduzira a aceleração. ** *
Ras Tshubai materializou-se a menos de um metro do mutante desconh virou assustado, encarando o recém-vindo como se o mesmo fosse um fantas Era um japonês; Ras percebeu-o à primeira vista. Tratava-se de um homem jovem; empunhava uma pistola automática na mão direita, que pendia moleme do corpo. Ras teve a impressão de que o homem que se encontrava a seu lado estava novas instruções, que não chegavam. Encontrava-se sob influência hipnótica, e privava-o da liberdade de movimentos e de decisão. A dois metros dali havia uma porta, resguardada por fechaduras magné que atrás dela ficava a residência dos cientistas aprisionados. Ras deu dois passos rápidos e tirou a arma do japonês. Só a surpresa in livrou-o do uso de violência. Depois de se apoderar da pistola automática, Ras enfiou-a entre o cinto e — Abra a porta que leva ao alojamento dos cientistas — ordenou ao japo Nesse instante ouviu um ruído às suas costas. Passos e vozes. Olhou para tr débil das lâmpadas, reconheceu Rhodan e Tatiana. Deviam ter encontrado o el descido por ele. Ras suspirou aliviado. Levantou o braço e fez sinal para que se aproximass instante, o comando pós-hipnótico do Supercrânio venceu a barreira que se op Ras viu que Rhodan e Tatiana levantaram os projetores mentais e dirigiram-no Recebeu uma ordem absurda, a de não realizar qualquer ataque contra Ras Tsh contra si mesmo. É claro que esse comando era dirigido ao japonês, que se dispunha a inves africano. Estacou em meio ao movimento, pôs a mão na cabeça num gesto de p depois, vencido pelo esforço excessivo do cérebro martirizado, caiu lentament
desmaiado. Quando a pressão na cabeça de Ras Tshubai cessou, ele se virou; viu q jazia imóvel. Rhodan e Tatiana se aproximaram. — Dois projetores mentais de uma só vez são uma dose um pouco forte — e Rhodan em tom indiferente. — Se nos tivéssemos lembrado disso antes, talvez Supercrânio não tivesse escapado. Onde estão os prisioneiros? Ras apontou para a pesada porta de ferro. — Ali. E... desapareceu. Ressurgiu em menos de dez segundos. Sorriu; pare confuso. Rhodan lançou-lhe um olhar ansioso e perguntou em tom preocupad — O que é isso, Ras? Os prisioneiros não estão mais lá? — Estão, sim — tranqüilizou-o o africano e sacudiu a cabeça. — Mas esses c são gente muito estranha. Materializei-me no laboratório de um físico. Acredit sujeito se assustou quando surgi ao lado dele que nem um fantasma? Nada diss levantou os olhos quando, de uma hora para outra, apareci perto dele, olhando estudava seus projetos. Limitou-se a fazer um gesto com a mão, como se quises espantar, e resmungou, dizendo que voltasse dentro de dez minutos. Rhodan sorriu e dirigiu-se a Tatiana. — Aposto que foi Glenner, o físico de fama mundial. Deu um aceno de cabeça em direção a Ras. — Abra a porta. Não temos tempo para esperar por Glenner. Poderá c trabalhos em Terrânia. Ras se dirigiu à porta. ** *
A distância entre o destróier Z-82 e a nave fugitiva foi diminuindo com uma rapidez. Já se encontravam a mais de treze milhões de quilômetros da Terra, e a crescia constantemente. A velocidade permanecia inalterada. Uma mensagem informou-os de que a Stardust-III recebera ordem para também iniciar a perse menos, deviam constatar para onde o Supercrânio pretendia fugir. Pete parecia pensativo. — Se quisermos liquidar o monstro sozinhos, devemos nos apressar. Se passará para trás, e a glória será dele. Eu o conheço. Tiff lançou um olhar de censura para o mexicano. — Se eu fosse você, teria vergonha de conceber uma idéia dessas. O Sup inimigo do mundo, e pouco importa quem o liquide; o importante é que seja procure entrar em contato com a nave que está à nossa frente. — Há uma ligação direta com a sala de telegrafia. O senhor pode tentar, Tiff, satisfeito, efetuou as respectivas ligações. Chamou o Supercrânio pela de telecomunicação e passou à recepção intensiva. Menos de dez segundos dep inimigo do mundo surgiu na tela. A calva reluzia fortemente e cheia de satisfaç que pareciam acolchoados em meio à gordura, emitiam um brilho traiçoeiro e a Demonstrou um interesse visível por seus perseguidores. Com toda calma exam por um, como se quisesse gravar seus rostos para todos os tempos. Tiff sentiu que aquele olhar gelado lhe provocava um calafrio na espin que com seus companheiros estaria acontecendo a mesma coisa. — O que deseja? — perguntou o Supercrânio com uma calma apavorant
se poderia deduzir que se considerava derrotado. Tiff procurou se controlar. — Desista da luta, Clifford Monterny — disse. — Sua fortaleza em Utah caiu mutantes se encontram sob o poder de Rhodan. Não tem a menor chance. A qu momento poderá surgir o couraçado da Terceira Potência. Os olhos gelados pareciam esboçar um sorriso ameaçador. — Você é um idiota, meu jovem. Acha que deixei que se aproximasse para o sermão? Acreditou realmente que iria me entregar a você? Subestima minha p minhas intenções, meu caro. É possível que ainda não saiba, mas vou lhe revela segredo. A comunicação visual que estamos mantendo permitiu que eu captass de suas ondas cerebrais. Seu nome é Julian Tifflor, não é? E seus companheiros Maros e Ray Gall. Pois bem; já devem ter uma idéia do que lhes acontecerá. Pre de uma pequena vantagem. Vocês vão deter o couraçado por algum tempo. Isso para encontrar um esconderijo no sistema solar. Peço-lhe que dê um recado a R belo dia voltarei; e não voltarei sozinho. A mão de Tiff projetou-se para a frente. A tela se apagou de repente. No mesmo instante um punho de ferro parecia demolir sua consciência. ** *
Bell e o major Nyssen, comandante dos caças espaciais estacionados a bor Stardust-III, encontravam-se na sala de comando da gigantesca nave esférica, atentamente para a tela amplificadora. Nyssen disse com a voz rouca: — Esse Supercrânio é um sujeito estranho. Por que está desacelerando? Bell não tirou os olhos da tela, que registrava ocorrências bastante estranh do Supercrânio voltou a acelerar e disparou pelo espaço. A proa apontava para asteróides, ignorando o planeta Marte, que se encontrava à sua direita. Enquanto isso o destróier Z-82 continuava a desacelerar e, descreven ampla, tomou o rumo contrário. A proa apontava para a Stardust-III, que vin — Será que Tifflor desistiu? — resmungou Bell, espantado e estreitou Isso não combina com a idéia que faço dele. E o Supercrânio não pode estar atrás dele. Não conhece Tifflor, nem outros dois homens que se encontram a bordo da Z-82. A Stardust-III não teria a menor dificuldade em efetuar um pequeno salto e alcançar o Supercrânio. Acontece que num trajeto curto não havia possibilidad com precisão a distância que seria percorrida. E no espaço normal o couraçado arcônidas também não ultrapassava a velocidade da luz. Mas Bell acreditava q conhecia o lugar para onde o Supercrânio pretendia fugir, e isso tranqüilizou-o Por enquanto suas preocupações diziam respeito à Z-82 e aos seus tripu O destróier se aproximou da Stardust-III numa velocidade vertiginosa e, a distância de cinqüenta quilômetros, abriu fogo com o canhão de impulsos. Bell velocidade de sua nave, para ter melhores possibilidades de manobra. O campo foi ativado. Os raios despejados pelo canhão do destróier bateram no campo energétic desviados para o lado, perdendo-se no espaço. Foram refletidos no mesmo ângu verificou o impacto. Pouco antes de atingir a Stardust-III, a Z-82 subiu e, depois descrever uma curva ampla, repetiu a manobra absurda.
Bell sacudiu a cabeça e, dirigindo-se ao major Nyssen, disse: — É claro que temos de nos livrar deles, pois do contrário não teremos soss posso imaginar como o Supercrânio conseguiu submetê-los ao seu controle, m dúvida de que conseguiu. Enquanto não houver um choque que liberte Tifflor d a que está sujeito, ele representará um perigo constante. Se o deixarmos, volta atacará qualquer nave nossa que se coloque à sua frente. É bem possível que al não desconfiasse de nada fosse atingido pela desgraça. O Supercrânio contou c mesmo. Sabe que não deixaremos Tiff na mão, e com isso daremos a ele mesmo Monterny, a oportunidade de se colocar em segurança. Até aí muito bem. Só go saber como poderemos fazer com que Tiff volte a agir razoavelmente. — O projetor mental — resmungou Nyssen. — Tente. — Teremos poucas probabilidades de êxito, meu caro. Mesmo a uma distân reduzida torna-se difícil libertar alguém de um bloqueio hipnótico. E, no nosso raios teriam de atravessar as paredes de duas naves espaciais e dois campos en Será inútil; não tenha menor dúvida. — Que tal se déssemos um tiro na sua popa? — sugeriu Nyssen. — Enquant permanecer na sala de comando, nada poderá lhe acontecer. Mas ficará privad energia de que precisa para nos atacar. Bell acenou lentamente com a cabeç — Nada mau para um caso de emergência — reconheceu e refletiu desespe para encontrar uma solução melhor. Não havia dúvida de que a destruição de u não representava uma perda irreparável e compensava amplamente a vida de t humanos. Mas se isso pudesse ser evitado, seria bem melhor. Bell cocou a cabeça. — Quando é que você se lembrará de pedir auxílio a mim? — piou uma v chegava a ser encantadora. O rato-castor estava sentado sobre as patas traseiras, apoiando-se no r fiéis do animal havia tanta expectativa e dedicação que Bell teve vontade afagar o bichinho. Mas controlou seus impulsos. Seu rosto assumiu a expressão severa de um superior. — Que auxílio poderíamos esperar de você? — perguntou. Num gesto de lástima, Gucky sacudiu a cabeça e sorriu. — Poderia brincar um pouco. Bell sabia qual era a brincadeira de Gucky. O rato-castor era um telecineta brincadeira consistia no uso das capacidades sobrenaturais que possuía. Nas f sua amizade, isso levou a muitos equívocos e, segundo uma recordação instant até mesmo os controles direcionais da Stardust-III tornaram-se vítimas da paix Gucky: a nave foi atirada por alguns anos-luz através do hiperespaço. — Brincar? — resmungou Bell. Parecia pensativo. Um plano ainda vago com despontar em seu cérebro. — Se você soubesse respeitar as regras do jogo, pod a respeito. Você sabe perfeitamente que Rhodan lhe proibiu que, quando não e autorizado expressamente... — Sei disso! — Gucky levantou a pata num gesto dramático. — Acontece qu único mutante que se encontra a bordo da nave; sou telecineta e teleportador a tempo. Sou a única pessoa que pode reduzir o destróier à inatividade sem de Nyssen acenou animadamente com a cabeça. — Gucky tem razão; não há dúvida — acudiu ao rato-castor. — Devia i reator. — Está bem — disse Bell. — Gucky, peça ao major Nyssen que expliqu
imobiliza um reator. — No fundo é bastante simples — disse o comandante dos caças espaciais. que introduzamos a parede isolatória entre os dois elementos ativadores. O fen ser dirigido e regulado a partir da sala de comando. Portanto, não nos adiantar simplesmente a comunicação entre o reator e a sala de comando. Tifflor é muit saberá corrigir o defeito em pouco tempo. Mas se realizarmos uma modificação que não possa ser influenciada do lado de fora, estará reduzido à impotência. O de energia do destróier terá sido eliminado. A nave não poderá ser manobra — E as baterias de emergência? — interveio Bell. — Dão apenas para a iluminação e para as comunicações radiofônicas lhe servirão para muita coisa. Gucky aproximou-se e, olhando pela escotilha, viu o destróier que mais um aproximava vertiginosamente, antecedido pelos raios mortais despejados pelo impulsos. Sacudiu a cabecinha, num gesto que quase chegava a ser humano — Preciso conhecer a situação exata do reator — chiou. Nyssen pegou uma folha de papel e um lápis e esboçou um desenho. Dele s que o reator ficava no terço traseiro da nave. Pegou uma segunda folha para de reator e sua estrutura. — Neste compartimento ficam os dois elementos, Gucky. Aqui está a pared Ela é sustentada por meio de campos magnéticos pequenos, mas muito intenso forças sejam suficientes, você poderá isolá-la desses campos. Depois disso bas quebrar um dos pólos. E não haverá força do mundo que consiga levantar a par para ativar o reator. Gucky exibiu seu dente roedor. — A não ser eu — chiou confiante de si mesmo e acrescentou: — Hei de con Deixem-me algum tempo para que possa me concentrar. Não quero que ningu perturbe. Bell reprimiu uma resposta. Seus olhos estavam presos à tela, onde s imagem da Z-82, bastante ampliada. Tiff estava lançando outro ataque; aproximava-se numa velocidade treslo ** *
Uma idéia martelava continuamente o cérebro de Tiff: aquela esfera de oit metros de diâmetro era sua inimiga. Teria que atacá-la sem cessar, devia detê-l Supercrânio se encontrasse em segurança. Tiff raciocinava perfeitamente e, às vezes, chegava a refletir sobre o motivo de uma hora para outra, Rhodan se transformara em seu inimigo e o Supercrân aliado. Mas não encontrou nenhuma resposta, e prosseguiu nos seus ataque Com uma obediência mecânica Pete e Ray controlavam as armas de bordo, raios do desintegrador e do canhão de impulsos contra a Stardust-III, que se m tranqüila na imensidão do espaço. Não se deram conta do fato de que um único energético despejado pela nave poderia romper seus campos protetores e de Passaram ao vigésimo ataque. A Z-82 descreveu uma curva e, sem diminuir a velocidade, precipitou-se s inimigo. Sentado em sua torre, Pete comprimiu os botões que acionavam as pe artilharia. Ray, sentado junto ao radiador de popa, aguardava que o destróier afastar.
Mas dessa vez não aconteceu nada. A Z-82 prosseguiu em linha reta em direção à Stardust-III, sem que os c ativados. Tiff demorou um pouco a perceber a alteração, pois sua atenção estava con totalmente na tarefa de se aproximar o mais possível da nave esférica, para aum efeito dos raios mortíferos. No último instante procurou ativar os jatos direcion passar o mais perto possível da Stardust-III, dando oportunidade a Ray para de de seu canhão sobre o inimigo. Empurrou a alavanca para a direita, mas a Z-82 manteve o mesmo curso A nave esguia penetrou no campo energético do couraçado, atingiu-o num bastante aberto e prosseguiu quase sem nenhuma alteração de rota. O impacto um ligeiro movimento. O suprimento de energia fora eliminado por completo. Os campos gravitac destinados à neutralização de pressões deixaram de existir. O impacto contra o energético atirou Tiff para fora do assento. Seu corpo cruzou o ar da sala de com conseguiu impedir que sua cabeça batesse contra um suporte. Por um instante consciência, mas ainda pôde constatar, espantado, que perdera o peso. Pete e Ray tiveram um destino semelhante. De uma hora para outra o mexi pendurado no teto, de cabeça para baixo, e tentou em vão se aproximar dos con canhão, para prosseguir no bombardeio insensato. Ray teve menos sorte. Ca bateu com a cabeça contra o painel de controle do radiador de nêutrons. Logo consciência. ** *
Bell seguiu a nave de Tifflor com os olhos. Depois se dirigiu ao rato-ca havia regressado. Nada revelava o esforço que tivera que fazer, muito embora se tivesse te a sala do reator da Z-82 e exercido uma atividade telecinética. O animal passou a mão pelo nariz e bocejou. De repente soltou um c satisfeito e exibiu seu único dente roedor. — Não foi nada fácil. Gostaria de saber quem inventou esse dispositivo Mal consegui movê-lo. — Mas conseguiu — exultou Bell e abaixou-se para afagar o pêlo de seu peq amigo. — Nosso colega Tiff ficou sem energia. Se não o pescarmos no espaço, a visitando o planeta Plutão. O major Nyssen apontou para a tela; parecia preocupado. — Está na hora. — Vamos ancorar a nave, tirar os pobres-diabos de lá e submetê-los ao Dr. Manoli. Este lhes ensinará quem é seu mestre e amigo. Acelerando ao máximo, a nave esférica saiu em disparada atrás d desgovernado.
7
Allan D. Mercant não gostava de sair de seu quartel-general. Mas o convite Terrânia, formulado por Rhodan, tinha um tom oficial e insistente. Além disso, não era o único convidado; mais tarde tal suposição se confirmaria. Em poucas horas o avião a jato levou-o para a Ásia. Quando, no aeroporto d saía do avião com as pernas endurecidas e percorria a distância que o separava outro avião pousou. Cinco minutos depois, reconheceu o passageiro solitário: e presidente da Federação Asiática. Também ele não foi recepcionado por qualq delegação. Só e um pouco espantado, caminhou em direção a Mercant. — O senhor por aqui? — murmurou, enquanto seu espanto crescia. Estr e estendeu a mão para o chefe da Federação de Defesa da Terra. — Também — Sem isso não teria vindo — respondeu Mercant e apertou a mão de se — Não quis perder as revelações importantes que Rhodan deverá fazer. O presidente da Federação Asiática, um chinês alto, robusto e de traço sacudiu a cabeça. — Nem se deram ao trabalho de nos receber. Será que teremos que anda — Lá fora não faltam táxis — observou Mercant, recordando um fato que ob por ocasião de sua última visita à capital da Terceira Potência. — É possível que não queira chamar a atenção de ninguém. O chinês sacudiu os ombros, apertou a estreita pasta de diplomata emb caminhou em direção à saída. — Pois venha comigo. Espero que tenha dinheiro trocado para pagar o tá — Aqui os táxis não custam nada — tranqüilizou-o Mercant e esboçou um s condescendente. — O que mais me impressiona é que, em comparação com as o movimento no aeroporto é bastante reduzido. Não se vê quase ninguém. Na barreira estava sentado um robô arcônida de serviço, que os deixou pas submetê-los a qualquer controle. Mercant supôs que o modelo de ondas cerebr homens estivesse registrado em sua memória positrônica. Isso significava que detalhes de sua recepção haviam sido preparados. Se fosse assim, por que não haveria nenhuma delegação para recepcion usual nas visitas de estadistas? Resolveu não pensar mais no assunto. Rhodan nunca agia sem um motivo. conduta devia inspirar-se em razões poderosas. Enquanto atravessava a praça aeroporto, em direção aos táxis, rememorou o texto do convite recebido de R concebido em termos bastante lacônicos: Allan D. Mercant, chefe da F.D.T., é convidado a participar de uma sessão extraordinária dos representantes da Terceira Potência e dos outros blocos da do esclarecimento de questões de importância vital para todos. Perry Rhodan Presidente da Terceira Potência. Um africano abriu a porta do táxi, esperou até que tivessem entrado e levou caminho mais rápido à metrópole moderna. As tentativas de Mercant, que pret em conversa com o motorista, falharam diante do mutismo crônico deste. Além motorista fez de conta que nem sabia que estava transportando passageiros tã Mercant logo esqueceu seus problemas. Tinha debaixo de seus pés a
moderna do mundo, com os arranha-céus que pareciam tocar as nuvens, as rua imensas áreas verdes. O táxi voador passou a pequena altura por cima da praç no centro da cidade, em torno da qual se agrupavam as repartições do governo Potência. A praça não estava vazia. Mercant ficou perplexo ao notar que um verdadeiro exército estava formad mesma. Lá de cima não podia reconhecer os detalhes, mas percebeu alguma co não era um simples desfile de soldados. Viam-se peças de artilharia pesada mo respectivos veículos. Os blindados com o revestimento impenetrável de arconi por entre elas. O presidente da Federação Asiática estreitou os olhos e contemplou militar. Pigarreou e, dirigindo-se a Mercant, disse: — Será que isso tem alguma coisa a ver com nossa conferência? Mercant deu de ombros. — Não sei, mas talvez Rhodan tenha a gentileza de explicar a finalidade do espetáculo. Talvez se trate de um simples desfile em homenagem aos homens q derrotaram o Supercrânio. O chinês esboçou um ar incrédulo. — Pelo que sei, o Supercrânio conseguiu fugir. Rhodan apenas consegu de seus esconderijos. Mercant sentiu que o aborrecimento ameaçava tomar conta de seu espír — Por que diz apenas? Afinal, Rhodan conseguiu libertar doze mutantes da desse homem terrível. Até chego a recear que o senhor não conheça o perigo em encontrávamos. Devemos ser muito gratos a Rhodan, porque ele conseguiu qu do Supercrânio. — Acho que, no fundo, o tal do Supercrânio foi inimigo de Rhodan, nã ponderou o presidente da Federação Asiática. Mercant percebeu que o táxi descia e preparava-se para pousar. Resol assunto. — É bem possível que daqui a pouco saibamos mais alguma coisa. Pelo que estamos pousando no heliporto do governo. Isso demonstra que o piloto sabe p quem são os passageiros que está transportando. Deixemos que eles nos sur Pousaram numa pequena área circular coberta de areia branca. Ali se torn que estavam sendo esperados. Reginald Bell, acompanhado de dois oficiais, ap em atitude quase solene. Cumprimentou em primeiro lugar o presidente da Fe Asiática, e depois, com um olhar que suplicava compreensão, dirigiu-se a Me — Cavalheiros, os senhores estão atrasados. Os outros hóspedes já estão sua espera. Queiram me acompanhar. Não era uma pergunta, mas uma intimação. Antes que Mercant pudesse di coisa, Bell girou sobre os calcanhares e pôs-se a caminhar à sua frente. Cada um colocou-se de um lado dos hóspedes e depois seguiram seu ministro da segu Mercant não deixou de lançar um rápido olhar para as tropas forma central. Seria difícil deixar de notar essa demonstração de poderio. Sentiu um choque ao perceber que os soldados na verdade não eram solda robôs reluzentes, armados com pesados radiadores de impulsos. Também as pe artilharia estavam ocupadas por robôs. Não se via uma única pessoa. O estranho silêncio e a imobilidade daquele exército invencível imp Mercant a tal ponto que seguiu o homem que caminhava à sua frente com u
desamparo. Fazia votos de que também o presidente da Federação Asiá ameaça implícita que havia em tudo aquilo. Mas logo se corrigiu. Era uma advertência, pensou. ** *
Encontraram-se numa sala pequena e simples. Uma das paredes era forma tela superdimensionada, que no momento não se encontrava em atividade. Qu estavam reunidos em torno de uma mesa semicircular: Mercant, os presidente do Bloco Oriental e da Federação Asiática. A sua frente, num plano um pouco mais elevado, estavam cinco pessoas. N encontrava-se Perry Rhodan, à sua direita seu representante, o coronel Freyt, deste, Bell. À sua esquerda Crest e Thora, os dois arcônidas, exibiam-se de rost As mãos de Rhodan estavam pousadas sobre uma caixinha, na qual se viam vermelhos. Ao lado dos botões encontravam-se pequenas placas, nas quais esta alguma coisa. Levantou a cabeça e lançou um olhar de expectativa para os homens que o contemplavam. Em seus olhos havia um sorriso sutil, mas também um brilho fr parecia advertir de alguma coisa. — Cavalheiros — principiou Perry Rhodan com uma amabilidade que forma contraste marcante com a atmosfera que o cercava — devem ter ficado admira convite para uma conferência em Terrânia. Têm todos os motivos para isso. Ma deixarei na incerteza por muito tempo. Permitam que lhes dê algumas explicaç formular minhas exigências. O presidente da Federação Asiática se inclinou para a frente. — Exigências? — disse, entre espantado e incrédulo. Bell deu-lhe um sorriso amável de lado. Rhodan acenou com a cabeç continuou impassível. — Exigências, sim; o senhor compreendeu perfeitamente, senhor presiden peço-lhe que, por enquanto, não se preocupe com isso. Há outras coisas que de interessá-lo muito mais. Ou melhor, que devem interessar a todos. Lançou os olhos para a caixinha e apertou um dos botões. A enorme tela estava ao alcance da vista de todos; parecia uma tela de c Não havia muita iluminação na sala, motivo por que as imagens colo formadas pareciam ter muita vida. Os espectadores deram sinais de espanto quando viram o que Rhodan pret apresentar. Eram filmes que já conheciam. Parte dos acontecimentos retratado passara-se nos territórios submetidos à sua soberania, e ainda guardavam uma nítida dos mesmos. Greve dos operários de Detroit, Estados Unidos da América. Atentado contra os delegados do Bloco Oriental por ocasião de sua visit complicações diplomáticas resultantes do incidente. Revolta de trabalhadores na Sibéria. Perseguições raciais nos Estados Unidos. Aumento da criminalidade no Japão. Fome na China em virtude do fracasso dos nutricionistas. Os acontecimentos desfilaram numa seqüência incessante, sem come Com isso a impressão tornou-se mais realista.
Subitamente a tela se apagou. Os quatro homens lançaram um olhar i Rhodan. Depois de algum tempo o presidente da OTAN pigarreou. — Qual é a finalidade disso? Já conhecemos esses fatos retratados no Tenho certeza de que o senhor não nos pediu que fizéssemos a viagem para — Correto! — confirmou Rhodan e colocou o dedo no outro botão. — Olhe Seguiram-se cenas de filmes mais velhos, sobre as guerras de 1914-1918, 1 a breve guerra atômica que fora reprimida no nascedouro graças à intervenção Também essas cenas desfilaram sem qualquer comentário. Quando a tela escureceu, Rhodan tirou a mão de cima da caixinha. Fit homens: — Os senhores acabam de ver as causas e os efeitos. Toda guerra tem suas c acreditamos que já eliminamos essas causas, estamos enganados. O registro ci das causas constitui prova cabal disso. As revoluções, as greves, o descontenta confrontos violentos continuam a ocorrer. A desconfiança ainda lavra entre os m uma raça que já ultrapassou o limiar de uma nova era. Os senhores sabem de tu não sabem que a um só homem cabe boa parte da responsabilidade por esses fa Refiro-me ao Supercrânio. Os ouvintes se movimentaram. Mercant se inclinou para a frente e fito Rhodan. Uma ruga vertical surgiu em sua testa, mas a boca já aberta perman — O Supercrânio? — perguntou o presidente do Bloco Oriental em tom i — É responsável por grande parte dos acontecimentos — confirmou Rhoda sorriso frio. — O resto é culpa dos senhores. Isso mesmo, é culpa dos senhores. dificuldade em superar o passado. De qualquer maneira o exemplo do Supercrâ que um mundo desunido sempre pode ser submetido à vontade de um indivídu esse indivíduo seja um mutante positivo revestido de traços de caráter negativ Destruí o quartel-general do Supercrânio; mas nem por isso o perigo foi elimin que ele estivesse morto, não poderíamos pensar assim. Os Supercrânios voltar sempre e sempre. Apertou outro botão. Na tela surgiu uma reprodução fiel do Universo. No p instante os espectadores não conseguiram identificar o setor do espaço que es projetado na tela. Mas logo reconheceram uma estrela chamejante, chamada — Isso — disse Rhodan com uma calma apavorante — já foi um sistema sola ao nosso. Também nele havia um único planeta habitado. Seus habitantes eram inteligente e ativa, mas também eram ambiciosos e de mentalidade estreita em cósmico. Construíram as armas mais eficientes, e utilizaram-nas para se ameaç outros. Um belo dia, quando os tópsidas, uma raça de seres inteligentes em for crocodilo, encontraram o sistema, eles o atacaram e destruíram. Não encontra resistência, pois seus habitantes estavam ocupados em dificultar a vida uns do de uma hora para outra ficaram livres de suas preocupações. Rhodan apontou para a nova flamejante. — O que restou de seu sol e dos onze planetas foi só isso. O quadro se apagou. Um silêncio ansioso reinava na sala. Rhodan pigarreou. — Pelo que vejo, entenderam o sentido das minhas palavras. Pois bem. Eu l pergunto: querem que um belo dia nosso sol também seja transformado numa n flamejante, incendiada pelas forças terríveis de uma inteligência extraterren — Temos força suficiente para repelir qualquer ataque — objetou o p
Federação Asiática. — Os senhores dispõem de armas — disse Rhodan com um gesto zombeteir um olhar com Mercant que, segundo sabia, estava de seu lado. — Mas para que essas armas? Para defender sua Federação Asiática. Essas armas só terão um s forem construídas no intuito de servirem à defesa da Terra. Mas voltemos ao Su Seus mutantes revelaram que ele fomentava a desunião entre os homens, insti causava greves e preparava guerras. É um hipno, cavalheiros. Impôs-se à vont políticos influentes e dirigiu-a segundo seu arbítrio. É possível que tenha exerc até sobre os senhores. Recomendo-lhes que aproveitem a pausa que nos foi pro Reflitam seriamente sobre a maneira de amalgamar a Federação Asiática, o B e o Ocidente sob um único governo. Minha exigência é esta. Hão de reconhecer constitui nenhuma novidade. A novidade é o prazo que agora lhes fixo. Se dentr o governo mundial não se tiver transformado em realidade, eu o imporei com a que disponho. Mercant contemplou a tela vazia; seu rosto permaneceu inalterado. Os três presidentes levantaram-se e encararam Rhodan. Defrontaram-se c frio do mesmo e voltaram a cair nas suas poltronas. Os rostos dos arcônidas con inexpressivos. O coronel Freyt e Bell esforçaram-se para reprimir o riso. — Poderemos realizar algumas conferências preparatórias — disse o presid OTAN, falando com esforço. Lançou um olhar de desespero aos colegas. — A or de um governo mundial... — Não é tão difícil — interrompeu-o Rhodan. — Façam de conta que um per terrível ameaça a Terra. Ficarão admirados com a rapidez da solução. Aliás, po assegurar que esse perigo não existe apenas na imaginação. O Supercrânio con ainda não se deu por vencido. — Pensaremos no assunto — disse o presidente do Bloco Oriental. Rhodan sacudiu a cabeça. — Não pensem, ajam! — exigiu. — E isso aplica-se a todos. Acostumem-se c idéia de que um belo dia terão que conviver pacificamente com lagartos, aranh lá quais forem as inteligências do cosmos. Cavalheiros, a decisão final sobre a m constituição e a finalidade do governo mundial pertence aos senhores. A decisã formação ou não deste governo cabe a mim. Pela primeira vez Rhodan voltou a sorrir. — E, acreditem ou não, essa decisão já foi tomada. Deu um aceno de cabeça em direção a Bell. O ministro da segurança da Terceira Potência se levantou. — A conferência está encerrada, senhores. Permitam que os convide a assi uma parada militar que será realizada em sua honra. Depois disso programamo recepção do corpo diplomático. Ainda hoje de noite nossos aviões os levarão de sua pátria. Queiram me acompanhar. Os presidentes seguiram-no em silêncio. Ao que parecia nenhum d percebendo que Mercant ficara para trás, tendo sido levado a uma sala cont ** *
— ...portanto, é imperioso que não descansemos enquanto o Supercrânio n definitivamente liquidado, Mercant. Eu ficarei na Terra, enquanto Bell persegu Já formamos uma pequena frota.
O chefe dos serviços secretos reunidos da Terra fez um gesto de aprov ocultou seu ceticismo. — O sistema solar é muito grande, Rhodan. Como encontrar um home nenhuma pista, nenhum indício, absolutamente nada. — Está enganado — disse Rhodan com um sorriso e levantou os olhos quan Bell entrar. — Temos um indício. Além disso, também aqui a velha regra de que criminoso comete algum engano encontrará sua confirmação. O Supercrânio n homem que se recolhe à inatividade enquanto dispuser de um trunfo. — Um trunfo? Mercant levantou a cabeça e lançou um olhar indagador para Rhodan. — Isso mesmo, um trunfo. Trata-se de um mutante ainda desconhecido, qu faculdades que também não conhecemos. Foi o que conseguimos saber dos mu libertados. Ninguém sabe exatamente do que se trata, mas deve ser uma coisa convencido de que o Supercrânio não demorará em lançar mão desse trunfo. A nossa chance, se tivermos sorte. Bell torceu o rosto e sentou perto dos dois. — Mais uma vez a cobaia serei eu. Quando devo decolar? — Dentro de uma semana — disse Rhodan. — Então, o que acharam os p parada realizada em sua honra? — Estão muito impressionados — disse Bell, rindo com satisfação. — Acho apresentarão uma sugestão para que as negociações tenham início na semana Assim você terá que fazer alguma coisa enquanto eu estiver percorrendo o sist busca daquele cabeça de estouro. — Cabeça de estouro?! — perguntou Mercant, estupefato. — Supercrânio... Supercabeça — explicou Rhodan. — Bell gosta de dar pessoas. Assim, por exemplo, costuma chamar o senhor de... — Não conte! — pediu Bell e se levantou. Retirou-se até a porta, entrea e, quando se encontrava quase em segurança, disse: — Agora pode contar, s E fechou a porta. Mercant piscou para Rhodan. — Então? — Ele o chama de Sherlock Holmes Terrano, se não estou enganado. Mercant sacudiu a cabeça; estava radiante. — Ora, ele não precisaria ter fugido por causa disso. O apelido até bastante. Perry Rhodan, como que casualmente, contemplou suas unhas. — Há outro detalhe, meu caro Mercant. Para certas pessoas, Bell apelidos, porque um só não lhe parece suficiente. — Dois apelidos? — perguntou Mercant cheio de pressentimentos, pas pela calva cercada da coroa de cabelos louros. Parecia pensativo. — Será também tenho outro apelido? Rhodan fez que sim. Procurava se manter sério. — Qual é o outro? — insistiu Mercant, cheio de curiosidade. — Cabeça de luar. Parecia que alguém havia derramado uma tina de água sobre a cabeç Mercant. Este lançou um breve olhar para a porta fechada, suspirou resigna — Vamos falar sobre coisas mais importantes. Dali a dois minutos haviam esquecido Bell...
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O duelo dos mutantes foi decidido. A grande maioria dos homens que o Supercrânio quis submeter ao seu domínio hipnótico foi libertada e, uma vez submetidos a um processo de reorientação, poderão se transformar em valorosos combatentes da Terceira Potência. Mas o Supercrânio não foi capturado, e é ali que está o maior perigo. Enquanto ainda existirem pessoas submetidas ao domínio do hipno, a ameaça continuará de pé. O Domínio do Hipno, este é o título do próximo volume da série Perry Rhodan.