(P-406)
NOTÍCIAS DO FUTURO Autor
CLARK DARLTON Tradução
RICHARD PAUL BISNETO Revisão
ARLINDO_SAN (De acordo, dentro do possível , com o Acordo Ortográfico válido desde 01/01/2009)
Os calendários registram os primeiros dias do mês de abril do ano 2.432. Faz cerca de dezoito meses que foi executado o projeto Laurin. Para as pessoas estranhas e não informadas, a Terra e os outtros ou ros plan planet etas as do sist sistem emaa de orig origem em da hu hum mani anidade dade desapareceram, juntamente com o Sol, numa tremenda erupção energética. Mas as pessoas que vivem no Sistema Solar sabem que não não foi foi nada nada disso disso.. Fo Fora ram m trans transfe feri rido doss exat exatam ament entee cinco cinco minutos para o futuro, fazendo com que as frotas da Coalizão Anti-solar não encontrassem nada, para que se evitasse a luta fratricida entre os homens. Perry Rhodan, Administrador do Império Solar, realizou espo espont ntan anea eame ment ntee um umaa reti retira rada da espe espeta tacu cula lar, r, para para evit evitar ar derramamento de sangue. Trata-se de um lance cósmico que faz parte do Plano Solar dos Quinhentos Anos. A Terra desaparece, para agir com mais eficiência no anonimato. E isto constitui uma necessidade amarga para garantir a sobre sobrevi vivên vênci ciaa da hu huma mani nida dade de galá galáct ctic ica, a, um umaa vez que os governantes de certos reinos estelares, e outros grupos, muito mais misteriosos, levam avante uma brutal política de força, não recuando diante de nada. Além disso, a presença dos acalauries agita os ânimos em toda parte. Além de tudo isso ainda chega uma notícia urgente de um agente solar. Segundo ela, o esconderijo da humanidade corre perigo de ser descoberto. As medidas tomadas para proteger o Sistema Ghost foram habilmente contornadas — e as Notícias do Futuro chegam ao presente...
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Personagens Principais: = = = = = = =
— Um ertrusiano disposto a levar seu segredo para o túmulo.
Tont Tatre
Derek Kalbor Kalbor — Adversário de Tont Tatre. Galbraith
Dei ghton ghton — Chefe da Segurança Solar.
— Admi Admini nist stra rado dorr do Impé Impéri rioo So Sola larr da humanidade.
Perry Rhodan
Gucky e Fellmer Lloyd Lloyd — Velhos amigos de Perry Rhodan. Ken Albrich Ken Albrich
— Agente star da Segurança Solar.
e Kalim Afanch — Fun Funcio cionár nários ios importantes de uma indústria químico-médica.
Jordan Peynchester
1 O Dr. Tont Tatre caminhava nervosamente de um lado para outro em seu escritório. Não sabia qual era a incerteza que o martirizava tanto, há semanas, e ficando cada vez pior. Não tinha motivos para ficar preocupado. Ocupava um emprego bem pago na clínica central da capital Baretus, tinha certa influência nos meios médicos e... Talvez fosse justamente o que lhe causava tantas dores de cabeça. Tont sentou numa confortável poltrona anatômica e olhou para a tela apagada do vídeo. Havia outro aparelho num n um canto, à sua direita, absolutamente idêntico ao primeiro. Mas só de fora. Na verdade era formado por um potente transmissor com o respectivo receptor. O Dr. Tont Tatre era um agente muito hábil da Segurança Solar de Rhodan. O doutor olhou para o calendário automático. Era o dia 2 de abril do ano 3.432, tempo normal terrano antigo. O calendário continuava a ser observado no planeta Ertrus, mundo de origem dos ertrusianos. Tratava-se de terranos adaptados ao novo ambiente que já tinham sido dos melhores aliados do Império Solar. Mas depois que o Sistema Solar deixou de existir, os ertrusianos tiveram motivo para sentir-se ainda mais livres e independentes que antes. Era verdade que a chamada Liga Carsualense já existira há vários séculos, e Rhodan nunca tentara interferir nos assuntos que diziam respeito aos ertrusianos livres. Mas bastou sua simples presença para que o triunvirato que exercia o governo criasse um excelente serviço secreto. Tont Tatre sabia disso, e foi este o motivo verdadeiro que o levou a aceitar a oferta do serviço secreto terrano. Além disso, era bisneto de Melbar Kasom, um ertrusiano muito conhecido em seu tempo, que era considerado um dos melhores amigos de Rhodan. O triunvirato...! Tont Tont Tatr Tatree foi foi obrig obrigad adoo a sorri sorrirr ao lemb lembra rarr-se se do doss três três ho home mens ns que tinh tinham am construído construído um imenso império império estelar. Fazia quinhentos quinhentos anos que três portadores portadores de um ativador de células, Nos Vigeland, Terser Frascati e Runeme Shifter tinham assumido o poder pela força. Graças a uma gigantesca gigantesca frota espacial espacial conseguiram subjugar subjugar mais de novecentos sistemas solares, que passaram a formar a Liga Carsualense. O planeta principal era Ertrus, o terceiro do sol Kreit, que ficava a seis mil cento e trinta e seis anos-luz da Terra, que tinha desaparecido. Ertrus era um planeta gigantesco. Tinha mais de sessenta e nove mil quilômetros de diâmetro. A atmosfera de oxigênio era sustentada por uma gravitação de 3,4 gravos. Como o tempo de rotação do planeta não chegava a quatorze horas, seus polos eram bastante achatados. Para sobreviver em Ertrus, um homem normal precisaria de um traje pressurizado cujo dispositivo antigravitacional fosse capaz de neutralizar a tremenda gravitação. Mas os ertrusianos não precisavam disso. Seu corpo gigantesco, cuja altura chegava a dois metros e meio, com uma largura equivalente, tinha-se adaptado às condições reinantes no planeta. Tinham-se acostumado a isso, mas não às Chagas da Podridão. Era uma epidemia maldita, conhecida como a doença das chagas da podridão.
Foi por causa dela que Ertrus voltou a depender da Terra, já que os cientistas terranos tinham sido os únicos que conseguiram criar um antídoto para a doença. Foram celebrados tratados especiais nos quais a Terra se ofereceu a fornecer regularmente as respectivas vacinas, desde que a outra parte cumprisse determinadas condições. Os ertrusianos não conseguiram analisar o medicamento para fabricá-lo eles mesmos. As chagas da podridão podridão só existiam existiam em Ertrus. Eram provocadas provocadas por um germe que se introduzia no metabolismo através de feridas insignificantes, contaminando todo o corpo. E a enfermidade era muito contagiosa. Nem mesmo as tentativas de criar um soro contra a doença, realizadas pelos médicos galácticos, os aras, foram bem-sucedidas. E as chagas da podridão eram uma doença absolutamente mortal. O desfecho fatal verificava-se invariavelmente dentro de seis semanas. A droga misteriosa inventada pelos terranos para enfrentar a enfermidade era conhecida como ertru-cosmobim. Matava os germes, permitindo que a pessoa atacada sarasse. sarasse. Naturalmente Naturalmente o ertru-cosm ertru-cosmobim obim passou a ser o principal principal produto de exportação exportação da Terra para o planeta Ertrus. Contribuiu para manter a situação de destaque econômica que a Terra mantinha na galáxia. Se não fosse o ertru-cosmobim, os ertrusianos estariam perdidos. Mas fazia quase dezoito meses que a Terra tinha desaparecido, juntamente com o resto do Sistema Solar. Ninguém sabia o que era feito do Sol e seus nove planetas. Pouca gente acreditava que Rhodan não estivesse morto, ao menos fora do Sistema Solar e dentro do tempo normal. Uma destas pessoas era o Dr. Tont Tatre. Tont voltou a sentar. As chagas da podridão já lhe tinham causado muita dor de cabeça, e isso não acontecia somente com ele. Em Ertrus não havia um único médico que não se interessasse pelo problema. Sem dúvida aquele que conseguisse produzir um antídoto transformar-se-ia em herói nacional. Mas mesmo quando se dispunha do ertru-cosmobim, a cura não era nada fácil. Os germes patogênicos só atacavam seres humanos adaptados ao ambiente, e entre estes apenas os ertrusianos. As experiências revelavam que os terranos e outros seres humanóides eram imunes. Não podiam ser contagiados nem mesmo por um ertrusiano que tivesse contraído a doença. As chagas da podridão eram uma das chamadas doenças planetárias. Como já se disse, o tratamento da doença era extremamente complicado. Só havia um lugar em que esse tratamento podia ser feito: a Clínica Central de Baretus. Esta clínica ficava na periferia norte da cidade e era protegida por medidas de segurança extremamente rigorosas. Seria uma catástrofe horrível para os ertrusianos se algum agente inimigo conseguisse destruir os preciosos aparelhos usados no combate da epidemia, que eram praticamente insubstituíveis. Qualquer ertrusiano que contraísse a doença morria dentro d entro de seis semanas em meio a terríveis sofrimentos, a não ser que lhe fosse dispensado o tratamento. Seu corpo literalmente apodrecia. O ertru-cosmo ertru-cosmobim bim vinha da Terra em pequenas pequenas ampolas ampolas cilí cilíndrica ndricas. s. Naturalment Naturalmentee estas ampolas eram perfeitamente vedadas para não deixar entrar o ar e em sua fabricação usava-se um material que protegia o conteúdo contra as emanações radioativas. Em cada uma delas havia cerca de dez centímetros cúbicos do medicamento. O ertru-cosmobim propriamente dito consistia em cristais prateados brilhantes do tamanho de uma cabeça de alfinete. Havia uns poucos maiores. Chegavam a cerca de três
milímetros. milímetro s. Cada cristal emitia emitia radiações radiações de pequena pequena intensidade intensidade,, às quais quais era devido o efeito curativo. Mas havia um detalhe que tornava mais difícil o tratamento. Se a ampola era aberta sem as devidas precauções, os cristais se evaporavam gerando calor e fazendo com que a temperatura se elevasse a cerca de sessenta e cinco graus centígrados. O medicamento perdia o efeito. Por isso o tratamento dos ertrusianos que tinham contraído a moléstia exigia aparelhos complicados, tão caros que só havia uma clínica especializada no tratamento da doença em todo o planeta. Era a Clínica Central de Baretus. Tont Tatre suspirou ao recordar o dia. Cuidara de dez pacientes. Não era muito, mas ele não era o único médico. Era apenas um entre muitos. Nas circunstâncias circunstâncias em que se encontravam encontravam evidentement evidentementee não era possível aplicar aplicar umaa inje um injeçã çãoo norma normall do medi medica came ment nto. o. Este Este tinh tinhaa de ser ser coloc colocado ado em proj projet etor ores es pressurizados especiais, antes que se volatilizasse em suas câmaras de evaporação, transformand transformando-se o-se em vapor. Era um vapor radioativo radioativo enriquecido enriquecido com o princípio princípio ativo do medicamento, que era introduzido sob a pele do paciente por meio de jatos de projeção pressurizadas. Tudo era feito numa câmara de baixa pressão, adaptada às dimensões do planeta Ertrus. As paredes eram de aço maciço, permitindo que se estabelecesse o vácuo no interior da câmara. O ertru-cosmobim só podia ser usado na Clínica Central de Baretus, motivo por que era depositado exclusivamente nesse lugar. Depois do misterioso desaparecimento do Sistema Solar, o medicamento vital passou a ser entregue ao planeta comercial Olimpo. Um sorriso ligeiro espalhou-se pelo rosto de Tont Tatre, agente secreto da Terra. Não estava muito bem informado, mas imaginava o que acontecia. Tinha certeza de que Rhodan estava vivo, pois os oficiais mais importantes da Segurança Solar estavam. Tirara a informação das notícias codificadas transmitidas por seu elemento de ligação; ao menos, ela podia ser claramente deduzida nestas notícias. Mas não tinha a menor ideia do motivo e da finalidade do segredo que se fazia em torno do desaparecimento de Rhodan. Antes assim. Quer dizer que Tont Tatre sabia de certas coisas. Mas outras coisas ele apenas imaginava. Finalmente havia coisas que ignorava completamente. Há cerca de dezoito meses fora realizada uma conferência dos oficiais mais importantes do serviço secreto ertrusiano. Esta conferência se realizara no palácio do Triunvirato. O chefe supremo em pessoa participou participou da conferência conferência,, embora não dissesse quase nada. Limitou-se Limitou-se a ouvir o que os outros diziam, e justamente isto o tornava tão perigoso para seus inimigos. Naquele tempo a Terra ainda existia, bem como o Sistema Solar, o Império Solar — de Perry Rhodan, o Administrador-Geral eleito pelo povo. As relações que a Liga Carsualense mantinha com o Império Solar eram boas, quase chegando a ser amistosas, embora a Liga praticamente fosse uma ditadura. O Triunvirato agia exclusivamente segundo seu arbítrio e não podia ser substituído no governo. Os três homens que o compunham eram imortais. Mas apesar das boas relações, a desconfiança mútua lavrava embaixo da superfície. Eram principalmente os três homens do Triunvirato que temiam o meio de pressão que a Terra poderia usar — o medicamento capaz de curar as chagas da podridão. Por isso não era de admirar que fizessem tudo que estava ao seu alcance para conseguir a fórmula deste medicamento. Mas não era só. O ertru-cosmobim era fornecido sempre, mesmo que as relações entre as duas potências esfriassem por algum tempo. A ideia de usar um medicamento vital para fazer
pressão nunca passara pela cabeça de Rhodan. Mas o Triunvirato esperava que isso acontecesse. Se estivesse no lugar de Rhodan, agiria assim. — Precisamos de um elemento de confiança na Terra — disse um jovem oficial, que não era muito grande e parecia pouco robusto em comparação com os ertrusianos. — Se possível deve atuar diretamente no Fosser, em Sydney. — O senhor enlouqueceu, Derek Kalbor — exclamou um ertrusiano idoso, um verdadeiro gigante. — Como acha que poderíamos conseguir isso? — Acha Acha mesm mesmoo qu quee é im impo poss ssív ível el,, Munr Munruu Drab Drabel el?? — Fo Foii um umaa das das po pouc ucas as oportunidades em que o chefe do serviço secreto participou dos debates. Estava sentado na cabeceira cabeceira da mesa, com a cabeça cabeça apoiada nas mãos, sem chamar muito a atenção. — Não se esqueça de que temos nossas ligações. Havemos de encontrar um terrano disposto a fazer o serviço, desde que paguemos bem. — Não é uma questão de dinheiro — disse Derek Kalbor sem abalar-se. — Temos de descobrir alguém que tenha um motivo muito forte para odiar Rhodan e o resto da humanidade. Acho que conheço alguém nestas condições. Como sabem, fiz parte da última missão comercial, há seis meses. Não nos deram muita liberdade de movimentos na Terra, mas tive oportunidade de visitar a Usina Fosser em Sydney com um grupo de médicos. Fomos mantidos distantes das instalações mais importantes, mas permitiram que tivéssemos uma ideia do processo de fabricação. Aproveitei a oportunidade para estabelecer contato com alguns cientistas importantes. — Ótimo. — Munru Drabel não parecia muito feliz. — Acha que isso serve para alguma coisa? Não me diga que pensa que desse jeito vai descobrir como é feito o ertru-cosmobim. — Por enquanto nem queremos — respondeu Derek Kalbor nervoso. — Estamos discutindo para descobrir um meio de o Serviço Secreto fazer chegar notícias da Terra para cá sem que isso seja notado. — E o que a Usina Fosser tem a ver com isso? — Muita coisa, Drabel. Pelo que me consta, o medicamento é a única mercadoria que passa por todas as barreiras sem ser controlada. Ninguém se atreveria a retirar uma amostra para examiná-la. É neste fato, que ninguém pode contestar, que se baseia meu plano. O chefe do Serviço Secreto fez um gesto de aprovação. — Fale, Derek Kalbor. Munru Drabel calou-se. Parecia amargurado. Derek Kalbor prosseguiu. — No fundo é bem simples. Primeiro precisamos encontrar o homem certo, na Usina Fosser. A única coisa que este homem terá de fazer é introduzir as informações em uma das ampolas de ertru-cosmobim. Feito isso e fechada a ampola, ela chegará às nossas mãos sem que tenhamos de fazer mais nada. O medicamento é remetido exclusivamente à nossa clínica. Logo, não poderá haver nenhuma falha. O importante será que nosso agente na Terra assinale a respectiva ampola. O chefe do Serviço Secreto sorriu s orriu satisfeito. — É um bom plano, Derek Kalbor, justamente por ser simples. Só falta encontrar o homem certo na Terra. Pode dar alguma indicação? O senhor acaba de dizer... — Sei quem é o homem de que precisamos. Será que existe a possibilidade de eu ir à Terra dentro em breve, bem discretamente? Ouvi dizer que nossa missão econômica deverá retribuir uma visita...
— Isso mesmo. A missão deverá partir amanhã. Providenciarei para que o senhor seja um dos seus membros. Terá plenos poderes, Derek Kalbor. Espero receber seu relatório imediatamente após o regresso, dentro de dez dias aproximadamente... Os respectivos documentos foram entregues ao agente, juntamente com o emissor de impulsos de identificação, cuja frequência tinha sido adaptada à do aparelho de controle. Dali a quarenta e oito horas a nave ertrusiana atravessou o anel de bloqueio do Sistem Sistemaa Sol Solar ar e pousou pousou na Terra. Terra. Visito Visitouu imp import ortant antes es instal instalaçõ ações es ind indust ustria riais. is. Uma delegação formada por especialistas terranos acompanhou os visitantes em suas viagens. A visita à Usina Fosser de Radioquímica estava programada para o quarto dia. Sydney ainda era considerada uma das mais belas capitais da Terra. Os navios de luxo entravam e saíam do porto, para levar os passageiros às ilhas ou cidades submarinas mais próximas, próximas, de onde eram feitas feitas excursões excursões de mergulho mergulho para os recifes. recifes. Ainda havia muitas pessoas que tinham tempo para esse tipo de viagem repousante. Depois que a delegação tinha visitado a cidade, um planador a jato a levou à usina. Era bem natural que um grupo de ertrusianos que visitasse a Terra conhecesse o lugar em que era fabricado o ertru-cosmobim. Isso era automaticamente incluído no programa. O grup grupoo teve teve ampl amplaa li libe berd rdad adee de mo movi vime ment ntos os,, um umaa vez vez qu quee o proc proces esso so de fabricação propriamente dito era protegido a ponto de não se poderem reconhecer os detalhes. As fitas rolantes e instalações fabris, o setor de embalagem automática e o posto de controle, tudo isso era protegido por placas de vidro blindado. Havia uma proteção comp comple leta ta cont contra ra radi radiaç açõe ões. s. O proc proces esso so era era auto automá máti tico co,, send sendoo cont contro rola lado do po por r computadores positrônicos. Dere Derekk Kalb Kalbor or não não deu deu mu muit itaa aten atençã çãoo aos aos deta detalh lhes es técn técnic icos os.. Inte Intere ress ssou ou-s -see ppri rinc ncip ipal alme ment ntee pela pelass pesso pessoas as qu quee o vigi vigiav avam am e cont contro rola lavam vam.. Só no fim fim da tard tardee encontrou-se com o homem que queria. Não sabia qual era seu nome, mas conhecia o rosto — e foi reconhecido. — O senhor por aqui? — admirou-se o cientista terrano. — Bem que eu deveria ter imaginado. — Preciso falar com o senhor, a sós. É urgente — disse Derek Kalbor, indo diretamente ao assunto. — E é importante. — Se quiser, venha visitar-me em minha casa. Moro num lugar afastado, perto do mar. Um momento. Aqui está meu endereço. Estarei lá a partir das seis horas. Aperte três vezes o botão que fica embaixo da lâmpada. Até lá... Derek Kalbor não conseguiu dissimular o espanto que lhe causara o comportamento do terrano. Esperava que ele ao menos fizesse algumas perguntas, se surpreendesse com o desejo estranho. Mas ele nem sequer parecia curioso. Era estranho. Estranho mesmo. Mas a maior surpresa ainda estava para vir. Pelas seis horas Derek Kalbor desceu do táxi aéreo que o levara ao endereço indi indica cado do.. Ol Olho houu em vol volta ta,, perp perple lexo. xo. Espe Espera rara ra enco encont ntra rarr um bair bairro ro luxuo luxuoso so,, com com residências confortáveis e jardins floridos estendendo-se até o mar. Mas não foi nada disso. Só havia algumas construções pequenas, do tamanho de uma tela de videofone, regularmente dispostas do lado da estrada que dava para o mar. Estavam numeradas. Kalbor tratou de certificar-se. O número conferia. Chegou mais perto e descobriu o botão embaixo da lâmpada, que ainda não estava acesa. Ao lado do botão havia uma pequena tela de imagem. Aper Aperto touu o bot botão ão três três veze vezes, s, conf confor orme me fora fora comb combin inad ado. o. Em meno menoss de cinco cinco segundos a tela se iluminou. A cabeça do desconhecido apareceu nela. Sorria um tanto embaraçado.
— Pode abrir a porta, amigo. Mal e mal terá lugar no elevador, que não foi construído para ertrusianos. Não se preocupe; trata-se de um elevador de cabine. — O senhor mora embaixo da Terra? — perguntou Kalbor espantado. — É claro que não. Moro embaixo da água. Venha logo. Kalbor sentiu que estava descendo. A cabine prosseguiu na horizontal e parou. Kalbor seria incapaz de dizer quantos metros tinha percorrido. Devia ser um quilômetro no máximo. A porta abriu-se e o conhecido estendeu a mão, satisfeito. — Deveria tê-lo informado de que sou dono de uma casa subaquática, mas assim o senhor pelo menos teve a vantagem da surpresa. Está gostando? Derek Kalbor ficou calado de tão surpreso que estava. Estava no hall de teto abaulado, de vidro blindado transparente. Em cima dele estendia-se o mar, claro e banhado pelo sol. A lâmina de água não devia ter mais de dez metros de espessura. Em torno da cúpula estendia-se uma área parecida com um jardim florido, no qual brincavam cardumes cardumes de peixes. peixes. A água era muito limpa. Só a cem metros metros de profundidade profundidade passava passava para o verde-azulado que parecia anunciar o infinito. — Bonito, não acha? Derek Kalbor teve a impressão de que estava despertando de um sonho. — Maravilhoso. O senhor vive aqui? Por quê? O terrano levou o visitante à sala de estar, uma de cujas paredes também era de vidro blindado, permitindo que se visse a paisagem subaquática de cores vivas. O terrano descia suavemente, mas de ambos os lados do espectador erguiam-se corais vermelho brilhantes, formando figuras fantásticas que se estendiam até a superfície. — Não acha que isto é uma resposta à sua pergunta? Kalbor acenou com a cabeça. Estava preocupado. — De fato. É o silêncio. — É mais um motivo. — O homem apontou para duas poltronas largas que ficavam bem em frente à janela, com uma mesa no meio. — Acho que não são pequenas demais. Desculpe se neste ponto não estou preparado para recebê-lo. A propósito. Aqui podemos ficar à vontade. Ninguém nos ouvirá. Alguém o viu entrar em minha casa? — Não. Tenho certeza. — Muito bem. Qual é a novidade? Derek Kalbor, que como ertrusiano era muito pequeno e magro, enfiou-se entre as almofadas almofadas elásticas elásticas da poltrona. poltrona. Dissimulou Dissimulou com muita habilidade habilidade a estranheza estranheza que lhe causava o comportamento do anfitrião, que fez como se já tivesse esperado a visita. Talvez fosse preferível falar sem muitos rodeios, dizendo logo do que se tratava. Parecia que era exatamente o que o cientista terrano esperava. — Serei sincero, amigo. Vamos diretamente ao assunto. Mas antes disso gostaria de fazer algumas perguntas. — Pois não. O que prefere tomar? Quer comer alguma coisa? Kalbor olhou em volta. — Pensei que morasse sozinho. — Moro mesmo. O senhor certamente não vai pensar que Marta é uma pessoa no verdadeiro sentido da palavra. — Marta? O terrano apertou um botão. Dali a instantes entrou uma jovem muito bonita, perguntando com a voz clara e agradável o que desejavam os cavalheiros. Ouviu os pedidos, trouxe o que tinha sido encomendado e foi embora. — É um robô...?
— Que mais poderia ser? Um ser sociável e serviçal, conforme queira. E de uma discrição absoluta. Então...? Derek Kalbor inclinou-se e recolocou o copo sobre a mesa. Sabia que chegara a hora de falar. Dentro de alguns minutos o terrano seria seu elemento de confiança, ou ele estaria morto. — Como deve estar lembrado, já nos encontramos antes. Na oportunidade tive a impressão de que podia deduzir de suas palavras... bem, como direi sem melindrá-lo...? Bem, que o senhor não simpatiza muito com Rhodan e seus amigos. Será que estou enganado? — Não está, não. Prossiga. — Gostaria de fazer uma proposta. Se aceitar, conseguirá duas coisas: vingar-se do que lhe fizeram e ganhar dinheiro. Muito dinheiro. O cientista olhou para o jardim subaquático. Um sorriso irônico brincava em torno de seus lábios. — Como sabe o que me fizeram? — Eu sei. Temos nossos informantes. — O senhor não parece ser muito bom, amigo. — O terrano colocou a mão discretamente sobre a borda da mesa. O dedo polegar desapareceu embaixo dela. — Quem é o senhor? Para quem trabalha? Derek Kalbor percebera que o terrano era um homem cuidadoso, que não estava disposto a assumir nenhum risco. Devia haver um botão de alarme embaixo da borda da mesa. Apertando-o podiam acontecer coisas contra as quais a gente não tinha como defender-se. Era preferível dizer a verdade. Além de tudo, assim chegaria mais depressa onde queria. E seria mais seguro. — Sou um agente do Serviço Secreto ertrusiano. Vim para fazer-lhe uma proposta. — Pode apresentar alguma prova? — Não. Seria muito perigoso carregar provas por aí. — Diga pelo menos o nome de seu chefe. Derek Kalbor abanou a cabeça. — Seu nome deve permanecer em segredo. Pouca gente sabe quem é ele e como se chama. — Conhece o nome? — Conheço. O terrano suspirou e tirou a mão de cima da mesa. — Se eu disser o nome, o senhor acreditará em mim? Foi a vez de Derek Kalbor ficar espantado. — Quer dizer...? Não compreendo... — Faz um ano que trabalho para seu chefe, amigo. Não sabia? Derek Kalbor encarou seu interlocutor durante dez segundos e irrompeu numa estrondosa gargalhada. — É o que acontece quando se faz segredo demais. Não sabia mesmo! Recebi ordem de contratar um agente entre as pessoas que trabalham nas Usinas Fosser. Há quanto tempo trabalha aqui? — Quando nos encontramos da primeira vez ainda era um novato. Acabava de fazer um período de férias e resolvi trabalhar para os senhores. O senhor sabe por que tomei essa decisão. Acho que seu chefe ainda não sabe onde estou trabalhando. — Se soubesse teria dito. Faz tempo que não mantém contato?
— Bastante tempo. Torna-se cada vez mais difícil enviar informações. Muitas vezes considero algum material útil, mas não tenho como encaminhá-lo. — Foi por isso que vim. Acho que encontramos um meio. Aliás, é o único meio. Vou explicar. Derek Kalbor expôs seu plano. O terrano ouviu com muita atenção. — Acho que é possível — disse. No dia seguinte, quando saiu de Sydney, o agente secreto ertrusiano estava convicto de ter cumprido seu dever. O resto seria um trabalho de rotina dos elementos de ligação. Não era seu problema. Dali a uma semana o cientista terrano recebeu suas instruções e os recursos de que precisava. Depois disso desapareceu juntamente com o Sistema Solar. *** Dali a um ano e meio. A mesma sala, as mesmas pessoas. O chefe do Serviço Secreto parecia contrariado. co ntrariado. — Neste meio tempo recebemos uma remessa de cosmobim. É uma prova de que a Terra ainda existe, não se sabe onde. Além disso é uma prova de que os terranos não têm a intenção de deixar de cumprir suas obrigações. Acontece que nossas reservas estão quase no fim. Se não chegar nova remessa, a doença fará novas vítimas. E não podemos fazer nada para evitar que isso aconteça. — Nosso elemento de ligação nas Usinas Fosser não tem dado notícias? — perguntou Derek Kalbor. — Não. As Usinas Fosser não existem mais, ao menos oficialmente. Mas o cosmobim ainda existe. Qual é a conclusão? A Terra não existe mais. Acontece que recebemos uma remessa de cosmobim que, como sabemos, só é produzido na Terra. Então...? — Talvez seja um estoque antigo — ponderou Munru Drabel. — Chegou aqui depois de passar pelo planeta Olimpo. É uma explicação bem simples. — Simples demais — disse o chefe em tom sarcástico. — O que diria por exemplo se eu lhe contasse que outro lote de cosmobim vem vindo de Olimpo? É uma informação segura, fornecida por um dos nossos agentes que trabalham em Olimpo. Ele não soube informar como o remédio chegou a este planeta. Derek Kalbor, cuja tentativa de contratar um terrano que já trabalhava para o Serviço Secreto ertrusiano divertira os outros, disse: — Quem sabe se desta vez não vem alguma mensagem? Se de fato está para chegar um lote de Olimpo, deveríamos examiná-lo cuidadosamente. Não sei o que há atrás do desa desapa pare reci cim ment ento do Si Sist stem emaa So Sollar, ar, mas não não me admi admira rare reii nem nem um po pouc ucoo se descobrirmos que é mais um dos truques espertos de Rhodan. Não devemos esquecer que a Terra continua a fornecer-nos o remédio vital chamado cosmobim. — Amanhã saberemos — disse o chefe do Serviço Secreto. — Se nosso elemento de ligação conseguiu introduzir suas informações no lote, é porque este foi produzido nas Usinas Fosser, na Terra. O simples fato de ele ter feito isto seria uma prova de que o Sistema Solar de Rhodan ainda existe. Os ertrusianos que participavam da reunião compreenderam todo o alcance da afirmação do chefe. Ninguém imaginava como os terrenos poderiam ter desaparecido
com seu sol e os nove planetas, mas era possível que o acaso proporcionasse alguma informação. Um acaso que ninguém mais esperara. — Para quando é esperada a nave cargueira vinda de Olimpo? — perguntou alguém. — Para amanhã. — Que precauções serão tomadas? O chefe do Serviço Secreto sacudiu a cabeça. — Nenhuma. Se de repente chegar uma nova remessa de cosmobim, então é provável que haja agentes da Segurança Solar por perto. Não somente em Olimpo ou na nave, mas também em Ertrus. Se for assim, eles não deverão desconfiar de que há algo de errado com o cosmobim. Se dessa forma conseguirmos restabelecer o contato com a Terra, isso terá de ficar rigorosamente em segredo. Apesar disso tomaremos nossas providênci providências, as, é claro. claro. Mas não se esqueçam esqueçam de que pode haver um agente da Segurança Segurança em toda parte, inclusive neste palácio e até na Clínica Central. Derek Kalbor, entre imediatamente em serviço na clínica e providencie para que os sensores de radiações nela instalados façam o rastreamento da carga que deverá chegar amanhã. Se os impulsos acusarem a frequência combinada, avise imediatamente. Tentaremos tirar a respectiva ampola da clínica sem chamar a atenção. Ninguém deve d eve desconfiar. Entendido? — Confie em mim. O chefe do Serviço Secreto fez um sinal para os outros. — Está bem, senhores. Para hoje é só. *** É claro que o Dr. Tont Tatre não sabia destes acontecimentos. Sabia que o Serviço Secreto ertrusiano desenvolvia uma atividade especial na Clínica Central, mas isso lhe parecia bem natural. Se algum inimigo conseguisse destruir a clínica, milhares ou até milhões de ertrusianos encontrariam a morte. Tatre até tinha certeza de que conhecia alguns dos agentes. Como por exemplo o tal do Dr. Kalbor, que sem dúvida era um médico e cientista muito competente, mas que em sua opinião se interessava muito pouco pelos processos mórbidos propriamente ditos. Costumava Costumava aparecer onde não era esperado, esperado, para desaparecer desaparecer em seguida. seguida. Muitas vezes ficava semanas sem aparecer na clínica. Diziam que estava viajando. Tatre e Kalbor mal se conheciam. Trocavam algumas palavras de vez em quando, ao encontrar-se por acaso, e era só. Não era que não simpatizassem um com o outro, mas a simpatia não bastava para cimentar uma relação amistosa. Tatre não conseguia livrar-se da impressão de que Kalbor não conseguia agir desinibidamente. Foi justamente por isso que não acreditara que se tratasse de um agente ertrusiano. Naquela noite foi dormir tarde e não conseguiu conciliar o sono. Estava na hora de ter mais um encontro com seu elemento de ligação, que talvez tivesse outras informações sobre o desaparecimento de Rhodan. Ao amanhecer tomou um comprimido e finalmente adormeceu. Foi à clínica em seu planador antigravitacional particular. particular. Atravessou sem problema os rigorosos controles e estacionou o veículo na cobertura do edifício. Costumava instalar uma barreira positrônica, mas naquele dia uma sensação esquisita o alertou para que não o fizesse. Estendeu a mão em direção à fechadura, mas não tocou nela. Nem mesmo Tatre sabia por que estava hesitando. Ninguém pensaria em roubar seu planador. Pelo menos na clínica. Por uma simples questão de hábito costumava usar os equipamentos de proteção
contra o roubo. Mas se a gente quisesse partir depressa, acabaria perdendo alguns preciosos segundos para abrir a barreira. Tatre fez recuar a mão. Resolveu dar ouvido à sua voz interior. Passou por mais três controles e entrou no edifício principal propriamente dito, form formad adoo po porr um comp comple lexo xo enor enorme me da aço aço e conc concre reto to,, um umaa verd verdad adei eira ra cida cidade de independente. Encontrou Derek Kalbor perto do elevador. Os dois apertaram-se as mãos. — Novamente por aqui? — perguntou em tom amável. — Faz alguns dias que não o vejo. — Foi por causa das inspeções escolares, doutor. O senhor sabe como são as coisas lá no campo. Uma criança não se preocupa com um princípio de doença quando pensa nas nas brin brinca cade deir iras. as. Desc Descobr obrim imos os algun algunss casos casos qu quee poder poderia iam m ter ter caus causado ado mais mais um umaa epidemia. Geralmente foram crianças. Serão internadas hoje. — Estou muito preocupado, Kalbor — disse Tatre. — Nosso estoque de cosmobim está terminando. Se houver uma epidemia, dificilmente teremos como controlá-la. Temos de encontrar logo um meio de produzir o remédio aqui. — Temos um contrato com a Terra... — A Terra! — respondeu Tatre com uma risada amarga. — O que adianta um tratado com um planeta que não existe mais? Derek Kalbor preferiu não olhar para o médico. O tema não era de seu agrado. — O governo certamente tomará as medidas necessárias antes que seja tarde — diss dissee e fez fez um gest gestoo de cump cumpri rime ment nto, o, — At Atéé logo logo mais mais,, Dr. Dr. Tatr Tatre. e. Vai Vai apli aplica car r tratamentos hoje? — Naturalmente. Até lá. Tatre saiu andando e depois de uma longa viagem pelos corredores rolantes entrou em sua seção, onde já estava sendo esperado. Seu assistente tirou-lhe a capa. — Nenhum tratamento para hoje — disse a título de cumprimento. Tont Tatre estacou. — Por quê? Ontem se dizia... — São instruções superiores. Ninguém sabe por quê. O chefe de seção acaba de passar por aqui. Diz que é esperada , uma remessa de cosmobim. Então, que me diz, doutor? — Uma remessa da Terra? — perguntou Tatre em tom simplório. — É claro que não. A Terra não existe mais. A remessa vem de Olimpo. Foi de onde veio o último lote. É estranho, não acha? Onde é produzido o remédio? Tatre deu de ombros e foi ao seu escritório. Fechou a porta. Não lhe cabia controlar os medicamentos que chegavam, mas leve uma ideia esquisita. Há tempo os contatos com a Segurança Solar se tinham tornado tão difíceis que ele mesmo quase chegava a acreditar que o Sistema Solar desaparecera. Teve impressão de que devia ter muito cuidado. Mal se arriscava a estabelecer contato, ao menos da forma usual. Em tempos antigos acontecera mais de uma vez as cápsulas com as notícias chegarem numa remessa inocente de mercadorias. Em geral essas cápsulas continham um emissor de impulsos siganês, muito pequeno, que facilitava sua localização por um agente. Tatre dispunha de um microequipamento para este caso. Passou a mão discretamente pela travessa da gaveta superior da escrivaninha. Ertru-cosmobim...! Pensando bem, a ideia nem chegava a ser tão estranha. Nenhuma Nenhu ma mercadoria terrana chegava a Ertrus com a regularidade desse medicamento, a não ser nos últimos dezoito
meses. meses. Se não era possível possível estabelecer estabelecer contato de outra forma, por que não haveriam haveriam de tentar encaminhar-lhe informações com o cosmobim? A ideia deixou-o alvoroçado. Não poderia imaginar que há mais de um ano e meio justamente seu colega Derek Kalbor iria ter a mesma ideia. Tatre tirou o microrrastreador da gaveta e enfiou-o no bolso. Era um aparelho minúsculo, que captaria imediatamente qualquer impulso e o retransmitiria em forma de um sinal especial. A potência era tão reduzida que o transmissor não podia ficar a mais de dois metros. O receptor, que era mais ou menos do tamanho de um grão de ervilha, podia ser colocado no ouvido de Tatre. Um pedaço de algodão evitava que caísse. Assim equipado, Tatre tinha certeza de não perder uma eventual mensagem da Segurança Solar. Levantou da cadeira mais tranquilo e perguntou aos colegas o que seria feito durante o dia. Ficou sabendo que a nave cargueira vinda de Olimpo descera há alguns minutos no porto espacial de Baretus. *** Apesar de ter motivo para acreditar que encontraria uma notícia secreta no meio da carga de cosmobim, o chefe do Serviço de Segurança de Ertrus não podia correr o risco de confiscar o lote antes que ele saísse do porto espacial. Tinha de contar com a possibilidade de haver agentes terranos entre a tripulação, e estes sem dúvida achariam estranho estranho tal procedimento. procedimento. Qualquer descuido poderia levar à descoberta descoberta do agente agente que trabalhava nas Usinas Radioquímicas Fosser. Por isso resolveu não fazer nada. Derek Kalbor estava à espera na Clínica Central, e era quanto bastava. O lote foi liberado pela alfândega. Do manifesto constava uma carga de mil embalagens de ertru-cosmobim, o que representava um u m total de cinquenta mil ampolas. Era possível que uma delas fosse a que o chefe esperava encontrar. Munru Drabel recebeu instruções de interrogar discretamente os tripulantes da nave. Comparecia na qualidade de funcionário da alfândega. Gozou de uma relativa liberdade de movimentos no interior da nave. Na cantina encontrou-se com o comandante e alguns oficiais. Entabulou uma conversa descontraída, que girou sobre tudo quanto era coisa sem importância, mas acabou conduzindo-o para onde queria. Perguntou da forma mais discreta possível em que lugar de Olimpo fora carregado o cosmobim, cujo tempo de vida útil era bastante limitado. Devia ter chegado lá há pelo menos um ano e meio. O comandante não desconfiou de nada. Garantia que a mercadoria devia ser fresca. Chegara a Olimpo há quinze dias, sem os respectivos conhecimentos de carga e outras formalidades. De algum tempo para cá estavam acostumados a isso e não se incomodava mais. Qualquer consulta só poderia trazer aborrecimentos, talvez até a suspensão dos fornecimentos. — Como se explica isso? — perguntou Drabel diretamente. — As mercadorias vêm da Terra, que não existe mais, e qualquer consulta pode ser motivo para que os fornecimentos sejam suspensos. Até agora ninguém se preocupou em saber o que significava isso? O comandante sacudiu a cabeça. — Não. Pelo menos eu não me preocupei, porque o assunto não me diz respeito. Se o Império Solar, que é nosso parceiro comercial mais importante, prefere não manter mais nenhum contato oficial, oficial, eu respeito respeito esse desejo. desejo. Se não o fizesse, fizesse, teria de procurar procurar
outro patrão. Por isso limito-me a receber minha carga em Olimpo e levá-la aos destinatários. Não posso dizer mais nada. — Não está curioso para saber? — Não. O senhor está? Drabel esboçou um sorriso estúpido. — Sim, um pouco, desculpe. O senhor há de compreender que só podemos estar preocupados. Se não tivermos o cosmobim, estamos perdidos. Se um dia cessarem os fornecimentos... O senhor nem imagina as consequências. O comandante fez um gesto de pouco-caso. — Soube por acaso que foi anunciada mais uma remessa dessa mercadoria. Como vê, não foram esquecidos. Se fosse o senhor não me preocuparia e, o que é mais importante, não faria perguntas inúteis, senão pode acabar mesmo ficando na mão. Drabel encarou o comandante. — O senhor é terrano? — Não. Mas meus antepassados vieram da Terra. Emigraram. Drabel compreendeu que ali não descobriria mais nada de interessante. Despediuse, dizendo que tinha de fazer mais algum trabalho na nave. Saiu dela e ficou de longe, vendo as caixas de cosmobim serem colocadas no planador de carga, que as levou à clínica. Insatisfeito com as pesquisas que não tinham dado resultado, foi procurar o chefe do Serviço Secreto para informá-lo. *** Tont Tatre ficou mais algum tempo em seu gabinete. Finalmente saiu do escritório e foi andando calmamente em direção ao corredor rolante, que o levou ao depósito. Ofic Oficia ialm lmen ente te não não ti tinha nha mo moti tivo vo para para preo preocup cupar ar-s -see com medi medica came ment ntos os qu quee já se encontravam lá ou estavam para chegar, mas, diante da agitação reinante na Clínica Gera Geral, l, julg julgou ou conv conveni enien ente te demo demonst nstra rarr tamb também ém um pouco pouco de entusi entusiasm asmo. o. Afin Afinal al,, discutira-se durante semanas a fio sobre o que poderia acontecer se o estoque de cosmobim se esgotasse. E agora estava chegando nova remessa. Era Era mo moti tivo vo para para qu qual alque querr médi médico co aleg alegra rarr-se se e quere quererr test testem emunh unhar ar o grand grandee acontecimento. No caminho encontrou-se com alguns colegas que compartilhavam sua alegria, embora fosse por motivos diferentes. Discutiam e chegavam a considerar a possibilidade de exterminar a epidemia, o que só poderia ser tentado com alguma chance de sucesso se as remessas voltassem a chegar regularmente e em maior quantidade. — Acho que não há dúvida, Dr. Tatre, de que a incidência da doença diminuiu bastante bastante nos últi últimos mos cinquenta anos. Tornou-se menos frequente, frequente, o que deve ser devido em parte ao fato de que uma pessoa que curamos com o cosmobim não adoece mais. Já não pode ser contaminada. — Conheço casos... — São exceções, colega. Posso garantir que temos uma boa chance de produzir o cosmobim sem precisar da Terra. Mas ainda aqui diria que ainda não foi dita a última palavra. — É possível que um dia acabemos conseguindo, mas não seria tão otimista. Seja como for, não há motivo para ficarmos preocupados. A Terra continua a fornecer o medicamento.
— Isso mesmo. A Terra continua a fazer fornecimentos, apesar de não existir mais. Fico me perguntando o que acontecerá se realmente deixar de existir. Tont Tatre achou que o tema estava esquentando demais. Mudou de assunto. — Dizem que amanhã chegará uma leva do leste. São cerca de dois mil doentes. Teremos muito trabalho. Derek Kalbor veio rolando de um corredor lateral. Encontrou-se com o grupo no cruzamento. Mostrou-se muito calado e retraído. Só se dignou em dar uma resposta quando Tatre lhe dirigiu a palavra: — Sã Sãoo cinq cinque uent ntaa mi mil, l, se fui fui bem bem info inform rmad ado. o. É o sufi sufici cien ente te para para não não no noss preocuparmos com novos abastecimentos por pelo menos seis meses. — Derek olhou para os outros ertrusianos. — Aonde vão? — Ao depósito, Derek — disse um dos médicos. — Não há mais nenhum tratamento marcado para hoje. Temos tempo. E queremos ver com nossos próprios olhos. Afinal, nosso futuro depende desta remessa. Derek Kalbor fez de conta que a resposta o deixara satisfeito, mas isso não acontecera. Não que tivesse uma suspeita definida, mas achou esquisito que metade do corpo médico da clínica se dirigisse ao depósito de medicamentos para presenciar um trab trabal alho ho que semp sempre re fora fora consi conside dera rado do de roti rotina na.. Antig Antigam amen ente te nenhu nenhum m médi médico co se interessava quando chegava alguma remessa. Só queriam saber se chegavam ou não. Era uma diferença sutil, mas importante. — Não há nada para ver — disse finalmente ao avistar a rampa de carga. — As caixas são trazidas pelos planadores, e é só. Mas fiquem à vontade. Cada um perde seu tempo como quer. Havia uma coisa no tom de voz de Kalbor de que Tont Tatre não gostou. Por que se mostrava tão agressivo pelo simples fato de os outros fazerem o que ele mesmo estava fazendo? Afinal, Kalbor tinha tão pouco interesse nisso quanto ele e os outros. Ou será que tinha mais interesse? Tont olhou discretamente para Kalbor, mas não viu nada de extraordinário. Não era de admirar. Se trabalhasse mesmo para o Serviço Secreto, não deixaria perceber. “ É “ É uma ideia maluca”, maluca”, pensou Tatre, “mas “mas não é impossível .” .” Conclu Concluiu iu que precis precisari ariaa ter cuidado. Entraram no pátio em que ficavam as rampas. As primeiras caixas já tinham sido descarregadas. Eram verdadeiros monstros com um revestimento de metal. Só podiam ser movimentadas por meio de campos antigravitacionais. Foram entrando uma após a outra sobre as esteiras transportadoras, sendo colocadas no depósito pelos projetores. O depósito também era à prova de radiações. Era possível que uma das ampolas vazasse, e neste caso as radiações tinham de ser absorvidas e isoladas. Tont Tatre prestou atenção a um eventual sinal que soasse em seu ouvido, mas não percebeu nada. O microrrastreador não acusava nada. Por enquanto. Os médicos conversavam. Tatre notou que Derek Kalbor não estava mais perto deles. Fora até a rampa e entrara no depósito. Não apareceu mais. Talvez tivesse achado aquilo muito monótono e preferisse voltar ao escritório. Tanto melhor. Já estava quase na hora da pausa do meio-dia quando foi completada a descarga de quinhentas caixas. Era exatamente metade do lote, nem uma peça mais ou menos. Teriam
de esperar até o anoitecer para fechar hermeticamente o depósito e dar início ao levantamento do estoque. Quando passou a caixa n o 501, Tont Tatre ouviu um tique-taque no ouvido. O microrreceptor acusava alguma coisa. No interior da caixa n o 501 havia um aparelho que emitia ininterruptamente sinais de identificação que podiam ser detectados por meio de aparelhos especiais. Tont Tatre não teve a menor dúvida de que as informações, que certamente provinham da Terra, só podiam destinar-se a ele. Fez um sinal para os colegas e caminhou tranquilamente para o depósito. Ficou de olho na caixa, que desceu lentamente, indo descansar sobre uma pilha. Os grupos de símbolos emitidos pelo transmissor secreto continuaram com a mesma intensidade e vieram da mesma direção. Tont Tatre refletiu para descobrir um meio de chegar perto da caixa sem que ninguém notasse para abri-la. Neste momento viu Derek Kalbor. *** O ertrusiano já entrara em contato com o chefe através de um microtransmissor. O chefe controlava a operação de uma ala do palácio. — Nada, por enquanto. Talvez estejamos esperando em vão. Mas por enquanto só foi descarregada metade do lote. Mil caixas são uma boa quantidade. — O que queremos só pode estar em uma caixa. Continue atento. Se receber o sinal de identificação, não faça nada. Só não tire os olhos da respectiva caixa. Mais tarde, depois do encerramento do expediente, cuidaremos disso. — Acho melhor assim, chefe. Há alguns médicos vagabundeando junto às rampas. Até parece que não têm o que fazer. — É uma coisa que não pode ser evitada. Suspeita de algum deles? — É claro que não. É bem compreensível que estejam curiosos. — Talvez, mas não se descuide. Se o agente que trabalha na Usina Fosser realmente der der no notí tíci cias as,, ning ningué uém m deve deve sabe saber, r, nem nem mesm mesmoo no noss ssos os agen agente tess qu quee não não este esteja jam m informados sobre isso. — Confie em mim. Preciso voltar a juntar-me aos outros. Derek desligou e foi ao depósito, onde as pilhas de caixas já chegavam ao teto. Estacou ao ver Tont Tatre entrar. O médico olhava para o alto, acompanhando a caixa que trazia o número 502. Derek Kalbor demorara demorara demais em vê-lo. vê-lo. Não podia esconder-se mais e ficou sem saber o que devia admirar, se o sangue-frio de Tatre ou sua ingenuidade. Afinal, Afinal, o próprio próprio Kalbor Kalbor também também era funcionário funcionário da clínica. Oficialment Oficialmentee nem ele nem Tatre deveriam entrar no depósito. Nenhum deles podia acusar o outro. — Já veio a metade — disse Tatre calmamente e apontou para o alto. A caixa número 502 desceu e tocou o chão. Foi um simples acaso a pilha ter chegado ao fim com a caixa número 501. O dispositivo automático do sistema de transporte antigravitacional fora regulado de tal maneira que a nova remessa completou os estoques anteriores. — Isto já começa a cansar. Derek Kalbor aproximou-se. Parecia querer dissecar Tatre com os olhos. — Não devemos deixar que alguém nos pegue. Só se pode entrar no depósito com uma permissão especial do chefe de seção. Mas acho que num dia como hoje ninguém se importa que a gente dê uma olhada. Tatre riu.
— Vamos. Não quero levar um pito... Voltaram a juntar-se aos outros no pátio. “O problema é simples”, simples”, pensou Tont Tatre enquanto via a caixa número 507 sendo levada para dentro do depósito. “Tenho “ Tenho de dar um jeito de entrar no depósito depois que os trabalhos por aqui tenham terminado. Enquanto os outros ficarem parados por perto não posso fazer nada. Ainda bem que a caixa ficou no alto de uma pilha. Quem sabe se hoje de noite consigo...?” consigo...?” Kalbor estava pensando mais ou menos a mesma coisa. *** Não haveria nada mais fácil para o chefe do Serviço Secreto ertrusiano que dar ordem para que seu pessoal entrasse no depósito da clínica para verificar por meio dos instrumentos se com o lote tinha vindo uma notícia da Terra. Mas se o plano de Kalbor realmente estava dando certo, ninguém podia saber. O chefe tinha certeza de que em Ertrus havia agentes da Segurança Solar. Talvez na própria clínica. Assim, como era necessário guardar segredo absoluto, não teve alternativa a não ser dar ordem para que Derek Kalbor fosse ao depósito de noite, sem que ninguém percebesse, para fazer a detecção. Nenhum dos dois podia desconfiar que não tinham dado com a caixa número 501 por uma questão de segundos, porque Tont Tatre aparecera no momento exato. Esta circunstância, resultante de uma coincidência incrível, evitou que o Sistema Solar fosse descoberto. *** No início daquela noite Tont Tatre e Derek Kalbor ficaram na clínica. Não havia nisso nada de anormal, pois era comum os médicos que estavam de folga passarem as noit no ites es no noss labor laborat atór ório ioss de pesqu pesquis isas as.. Kalb Kalbor or tran tranco cou-s u-see em seu seu escr escrit itór ório io e ficou ficou mexendo num armário, abrindo-o com uma chave positrônica. Deixou à mostra uma coisa parecida com os equipamentos de d e um transmissor de potência po tência média. O detector de radiações radiações de Kalbor Kalbor acusara impulsos. Vinham do depósito. depósito. Logo, o agente que trabalhava na Terra realmente introduzira uma cápsula de informações no lote. Devia estar em uma das caixas que traziam os números 501 a 1.000. Para saber exatamente qual era, seria necessária uma complicada operação goniométrica. Kalbor ligou o aparelho e mudou a posição dos sensores goniométricos. A marcação projetada na tela atingiu o ponto máximo e Kalbor leu os números da escala. Transferiu-os para uma tabela de interpretação e alimentou o computador com os dados assim obtidos. Não se surpreendeu com o resultado. “ Então está em uma das caixas de números 480 a 520. São duas pilhas. Bem que eu poderia ter imaginado. Acho que é melhor verificar no próprio local qual é a caixa.” caixa .” Kalbor enfiou o aparelho no bolso e voltou a fechar o armário. Olhou para o relógio. Era meia-noite. O tempo passava depressa em Ertrus. A noite tinha menos de seis horas. Mas Derek Kalbor não se apressou. A chave positrônica noturna que trazia consigo permitia-lhe atravessar livremente todas as barreiras instaladas na clínica, mas não se podia excluir a possibilidade de se encontrar com um dos guardas que controlavam todos os setores em horários variáveis. Não tinha nenhuma explicação plausível para entrar no depósito.
Quando finalmente saiu do escritório, lá fora começava a raiar o dia. Dentro de uma hora ficaria completamente claro. E em duas horas os trabalhos seriam reiniciados na clínica. Estava em cima da hora. Não se encontrou com ninguém e alcançou o corredor que levava ao depósito. Atravessou sem dificuldade as barreiras invisíveis até alcançar a pesada porta de metal que só podia ser aberta com a chave positrônica. Enquanto tentava ajustá-la, sobressaltou-se de repente. Prendeu a respiração e ficou completamente imóvel. Voltou a guardar a chave no bolso. Pegou o rastreador de impulsos com a outra mão e olhou para a escala. O ponteiro permaneceu imóvel. De repente Derek Kalbor começou a mexer-se. Saltou para junto da porta e empurrou-a. Ela se abriu sem oferecer resistência. Kalbor Kalbor correu para dentro dentro do depósito e parou junto às duas pilhas pilhas nas quais devia encontrar-se a caixa que procurava. Mas o detector não acusou mais nada. Dali só se podia concluir que a sonda de informações deixara de transmitir os impulsos. Ou que alguém a tirara dali. Numa pressa tremenda fez rolar a escada pelos trilhos, fazendo-a parar à frente da primeira pilha. Foi para cima da plataforma e ligou o mecanismo do elevador. Subiu devagar junto às caixas, até chegar perto do teto. Estavam todas intactas, com exceção da de número 501, que fora aberta à força. Faltava um dos pacotes menores com dez ampolas. Além disso, faltavam os impulsos de identificação. Derek Kalbor teve certeza de que alguém que não sabia quem era chegara antes dele. Alguém que conhecia o maior segredo da Segurança ertrusiana. Não adiantava refletir sobre isso. Tinha de agir, por mais desagradável que fosse. Era necessário necessário avisar o chefe. chefe. Precisavam Precisavam encontrar encontrar o ladrão, ladrão, o mais depressa possível. Talvez tivesse descoberto a sonda por acaso, mas Kalbor achou que isto era pouco provável. Os símbolos de identificação só podiam ser detectados e localizados com um receptor especial. A caixa número 501...! De repente Derek Kalbor lembrou-se. Encontrara o Dr. Tont Tatre no depósito no momento exato em que a caixa entrara nele. Teria sido por acaso? Kalbor saiu do depósito e correu o mais depressa que pôde no corredor rolante. Por mais que se apressasse, levou dez minutos para chegar ao setor em que trabalhava Tatre. O escritório estava trancado, mas Kalbor não teve nenhuma dificuldade em abrir a fechadura. Não teve tempo para revistar todas as salas, mas o registro do controle de entrada e saída mostrou mostrou que Tatre devia ter estado no escritório escritório há uma hora. Pelo menos já sabia que, se o médico realmente tinha retirado a sonda de comunicações, isso certamente acontecera no momento exato em que Kalbor concluíra a operação goniométrica e se dispunha a ir ao depósito. Seria outro acaso? Antes de avisar seu chefe, Kalbor pegou o elevador e subiu à plataforma de estacionamento da clínica. O guarda-robô informou-o de que há menos de meia hora Tatre saíra às pressas em seu planador. Para Derek Kalbor já não havia a menor dúvida.
Pegou o rádio e entrou em contato com o chefe do Serviço Secreto, informando-o sobre o que tinha acontecido. E a caçada começou. *** Tont Tatre encontrou o que estava procurando. Ainda acreditava que se tratava de uma notícia destinada a ele. Abriu o pacote e descobriu imediatamente a ampola com os cristais de cosmobim que tinham mudado de cor. O detectar de radiações confirmou que não se tratava de cosmobim, mas de uma imitação perfeita. A notícia devia estar em um dos cristais descobertos. Provavelmente tratava-se de um minúsculo gravador de d e fita de fabricação siganesa. Enfiou a ampola no bolso e tratou de sair. Não tinha a menor dúvida de que alguém acabaria descobrindo que uma das caixas fora aberta. Mas tinha certeza de que ninguém desconfiaria dele. Aí estava enganado. Chegou sem incidente ao planador e dali a pouco pousou junto à sua casa. A ampola que trazia no bolso parecia arder que nem fogo. Finalmente tinha notícias da Terra, notícias diretas. Finalmente ficaria sabendo o que acontecera por lá. Se a ampola realmente contivesse o medicamento, este só poderia ser examinado numa câmara pressurizada. Mas no caso isso não era necessário. O dia já estava raiando quando sentou no escritório de sua casa e abriu a ampola. Teve a surpresa de ver que os cristais vermelho-escuros se comportavam mais ou menos como o cosmobim. Evaporaram-se tão depressa que não teve como evitar que isso acontecesse. Só ficou um único cristal, alongado e com cerca de três milímetros. Sem dúvida tratava-se de um gravador de som siganês, do tipo que já tinha visto em outras operações. O aparelho era capaz de guardar uma mensagem de vinte e cinco a trinta mil palavras. Tatre deixou o cristal acústico na ampola, para não perdê-lo. Preparou o aparelho de reprodução, que não era maior que uma caixa de fósforos. Na face dianteira do aparelho via-se o brilho fosco de uma pequena tela de imagem. Tatre colocou cuidadosamente o cristal e acionou a chave microscópica. O amplificador embutido permitiu que a voz do desconhecido que enviara o aparelho aparelho fosse compreendida compreendida perfeitamente. perfeitamente. Um rosto que Tatre não conhecia conhecia apareceu apareceu na tela. Depoi Depoiss de ou ouvi virr as prim primei eira rass pala palavr vras as o agen agente te terr terran anoo comp compre reen ende deuu qu quee a mensagem em que acabara de pôr as mãos não se destinava a ele, mas ao Serviço Secreto ertrusiano. Compreendeu o alcance enorme da descoberta e não teve dúvidas de que o Império Solar ainda existia. Mas também sabia que os inimigos da Terra não podiam saber disso. A microespula que estava ouvindo devia ser a primeira mensagem a atravessar uma barreira até então perfeita. Tatre prestou atenção às palavras do traidor, que não mencionou seu nome. Gravou seu rosto. Forneceria uma descrição precisa ao seu elemento de ligação, que continuava a manter contato com a Segurança Solar. Ficou sabendo o que acontecera há dezoito meses. Quando as frotas dos impérios estelares aliados atacaram o Império Solar, o Sol e seus planetas e satélites foram transferidos cinco minutos para o futuro. E com os astros vinte e cinco bilhões de seres humanos saíram do tempo normal, deixando de existir para o resto do Universo.
Continuavam a viver, completamente isolados e sem serem incomodados pelos inimigos confusos, que só podiam acreditar que o Império Solar fora destruído numa terrível catástrofe cósmica. O locu locuto torr desco desconh nhec ecid idoo ainda ainda info inform rmou ou qu quee no plan planet etaa Merc Mercúr úrio io exis existi tiaa um gigantesco centro de comando, que mantinha constante o campo temporal, evitando sua descoberta. Mas havia uma eclusa do tempo, um corredor que levava do futuro ao presente. presente. Por este corredor corredor os terranos terranos e suas naves mercantes mercantes podiam voltar voltar a qualquer qualquer momento ao universo normal e vice-versa. Nos dezoito meses que se tinham passado depois disso a vida dos seres humanos mudara mudara.. Natura Naturalm lment entee sofria sofriam m restr restriçõ ições es em sua lib liberd erdade ade de locomo locomoção ção,, embora embora tivessem acesso a qualquer um dos nove planetas do Sistema Solar. Mas para sair do sistema — e, portanto, do futuro cercado pelo campo temporal — precisava-se de uma autorização de Rhodan. A econom economia ia experi experimen mentou tou um avanço avanço surpre surpreende endente nte,, embora embora os pessim pessimist istas as previssem exatamente o contrário. O comércio continuava a florescer, embora quase ninguém soubesse de onde vinham as mercadorias. E muito menos se sabia para onde iam as mercadorias fornecidas pelos diversos mundos fora do Sistema Solar. Enquanto isso, informou o agente, a vida dos terranos voltou ao normal, embora seguisse por novas trilhas. Os horizontes infinitos da era cósmica estavam encolhendo. O planeta Terra voltou a tornar-se importante e os homens lembraram-se da tarefa que deviam cumprir, retornando àquilo que em outros tempos costumavam chamar de “ vida”. vida”. O próprio destino lhes apontara os limites traçados pela natureza. O agent agentee passo passouu aos aos detal detalhes hes.. Fa Falo louu nos trab trabal alho hoss desen desenvol volvi vidos dos pela pela Usina Usina Radioquímica Fosser e afirmou ter esperança de em breve conseguir roubar o processo de fabricação do ertru-cosmobim. Mas no momento estava interessado antes de mais nada em revelar o segredo da Terra para obrigar o Império Solar a sair do isolamento. Tont Tatre interrompeu a reprodução e recostou-se na poltrona. Muito pálido, olhou fixamente para o aparelho e a tela que voltara a escurecer. O agente tinha de ser desmascarado antes que pudesse enviar outra mensagem. Era possível que da próxima vez não conseguisse interceptá-la em tempo. Mas o mais urgente era entrar em contato com seu elemento de ligação, que se encontrava em algum lugar de Ertrus, à espera de informações. Tatre ligou o transmissor instalado no aparelho de televisão e aguardou o sinal de identificação. Sabia que suas palavras seriam captadas e armazenadas pela estação receptora que nem mesmo ele conhecia. Nes Neste te inst instan ante te os alar alarme mess da casa casa soar soaram am,, mo most stra rando ndo que algu alguém ém entr entrar araa na residência de Tatre sem autorização. O médico começou a falar às pressas. Sabia que só lhe restavam alguns minutos. Fora descoberto. Sobre isso não podia haver a menor dúvida. Tinham-no seguido e sabiam quais eram suas funções. Isso praticamente representava sua sentença de morte. Mas preferia morrer a trair a Terra. Continuou a falar, enquanto tirava a pistola energética da gaveta da escrivaninha e a contro controlav lava. a. Ouviu Ouviu barulh barulhoo no andar andar inferi inferior. or. Tiros Tiros energé energéti ticos cos foram foram dispar disparados ados.. Provavelmente os intrusos tinham posto fora de ação seu servo robotizado quando ele se recusou a conduzi-los à sua presença. Passos aproximaram-se. — Sou obrigado a terminar — disse Tatre. — Transmita a informação o mais depressa possível à Segurança Solar. Rhodan precisa saber o que está acontecendo para
impedir a ação do traidor que trabalha na Fosser. Passe bem, amigo, e dê lembranças minhas à Terra. Tatre deixou o transmissor ligado. Queria que seu elemento de ligação soubesse como ele tinha morrido. A porta brilhou numa incandescência ofuscante e caiu para dentro da sala. Tatre fez pontaria, destruindo a microespula e o aparelho reprodutor. A escrivaninha começou a arder, pingos de metal derretido caíram ao chão. Tont Tatre ficou de pé na sala, à espera do inimigo. Quando reconheceu Derek Kalbor, seu rosto crispou-se num sorriso irônico. — Está chegando tarde, meu chapa — disse com um aceno de cabeça em direção à escrivaninha. — Nunca saberá o que seu agente na Terra lhe quis comunicar. De mim não arrancará nada. — O senhor é um traidor, Doutor Tatre. Dirá tudo que queremos saber. Temos meios de obrigá-lo. O senhor sabe disso. Jogue fora a arma. — Nada disso. Se acha que matando-me violentamente pode chegar ao setor de memória de meu cérebro para arrancar as informações armazenadas lá, está muito enganado. Sei que o método existe, mas comigo não funciona. Se eu morrer, minhas recordações também morrerão, inclusive o conhecimento adquirido hoje. — Jogue fora a arma! Tont Tatre levantou a pistola energética e fez pontaria para Derek Kalbor. — Não seja ridículo. Lute! Ou quer morrer também? Kalbor atirou-se para o lado. Mal e mal escapou ao fino raio energético que passou perto dele chiando, perfurando um homem do Serviço Secreto. Outro homem abriu fogo contra Tatre, que continuou calmamente de pé, sem tentar proteger-se. Sabia que tudo que estava acontecendo naquela sala era captado pelo transmissor e encaminhado ao elemento de ligação. Finalmente Kalbor atirou. Tatre abaixou-se. O raio energético atingiu-o na cabeça. Tont Tatre teve razão. Com ele morreram suas recordações. Ninguém podia extrair informações de um cérebro morto.
2 O Marechal-Solar Galbraith Deighton devia ter motivos importantes para convocar uma sessão extraordinária, da qual participariam somente os dirigentes mais importante do Império Solar. Não deu explicações, mas fez questão de ressaltar que a manutenção do segredo a respeito da situação atual dependia do resultado da sessão. Rhodan acabara de voltar de Plutão. Foi encontrar Reginald Bell no edifício em que funcionava a administração do porto espacial de Terrânia. O Marechal-de-Estado estivera à sua espera. — Que problemas Deighton vai apresentar desta vez, Bell? Você faz alguma ideia? — Não faço a mínima. Só nos pediu que aparecêssemos hoje. Todo mundo, inclusive os mutantes, ou ao menos os dois telepatas. Atlan também deveria aparecer, mas felizmente não conseguiram entrar em contato com ele. Está fazendo uma inspeção nas bases da USO. — Por que felizmente? — perguntou Rhodan, surpreso. — Felizmente para ele — enfatizou Bell com um sorriso. — Você sabe como Deighton fala quando fica nervoso. E desta vez sua voz parecia bem nervosa. Tifflor acha que deve ser um assunto importante. — Também acho. Fellmer Lloyd e Gucky foram avisados? — Foram, mas não descobriram descob riram nada. Havia uma ligeira recriminação no olhar de Rhodan. — Será que você quis levá-los a espionar? Todo mundo sabe que Deighton explode quando percebe. percebe. Além disso, está em seu escritório, escritório, que está protegido. protegido. Nem mesmo os telepatas conseguem penetrar nele. Vamos indo. Está na hora. Um planador aéreo levou-os à cidade, deixando-os na cobertura do edifício do quartel-general da Segurança Solar. Como ainda faltava um pouco para a conferência, procuraram Julian Tifflor em seu escritório-filial. Tifflor não estava só. Fellmer Lloyd e Gucky estavam em sua companhia. O rato-castor saltou da poltrona, alegre, para cumprimentar os recém-chegados. — Está quase todo mundo junto — disse, para acrescentar com a voz triste: — Infelizmente não sei do que se trata. Deighton quase engasgou de tão nervoso que estava. Deve ter recebido uma notícia desagradável. — Pelo menos uma notícia importante — restringiu Rhodan e deu uma palmadinha no ombro do amiguinho. — Bem, veremos. Bell sentou. — Ficou quieto muito tempo, para não dizer chato. Estava na hora de acontecer alguma coisa. — Isso mesmo — concordou Gucky entusiasmado. — Ficamos sentados na campânula do tempo, deixando que nos procurem. É confortável e divertido, se penso que nos procuram lá fora e não conseguem encontrar-nos. Mas com o tempo... — Vejamos o que Deighton tem a dizer — disse Rhodan. — É possível que alguém lhes receite um pouco de movimento. Quanto a mim, estou disposto a aguentar mais algum tempo. — Olhe que você está engordando — resmungou Gucky. — Seria bom você subir na balança — disse Rhodan com um sorriso.
Quando chegou a hora de se dirigirem ao escritório de Deighton, nenhum deles poderia queixar-se de estar mal-humorado ou nervoso. Fosse qual fosse o assunto que levara o chefe da Segurança Solar a convocar a reunião, saberiam lidar com ele. O tapete rolante levou-os ao elevador e dali a pouco passaram pelo controle de identificação que protegia as salas ocupadas por Deighton. Um robô examinou suas plaquetas de impulsos. Finalmente entraram no escritório em que seria realizada a conferência. Deighton já estava à sua espera. Levantou e foi ao encontro de Rhodan. Os dois apertaram-se as mãos. Galb Galbra rait ithh Deig Deight hton on era era um homem homem alto alto de cabe cabelo loss escu escuro ross e olho olhoss vivos vivos e inte inteli lige gent ntes es.. Se Seus us mo movi vime ment ntos os reve revela lava vam m um cará caráte terr equi equili libr brad adoo e um perf perfei eito to autocontrole. — Fico satisfeito em ver que pôde atender ao meu convite, senhor. Talvez me sentiria melhor se Atlan também tivesse comparecido, mas os outros não são menos bem--vindos. Inclusive você, Gucky. — Obrigado, Galby — disse Gucky em tom insolente e sentou. Bell sorriu. Apertou a mão do chefe do Serviço Secreto e esperou que os outros também sentassem. Estavam separados por uma mesa redonda, sobre a qual se viam alguns aparelhos de comunicação, inclusive um equipamento de reprodução de imagem. — Entã Então, o, Deig Deight hton on!! Qual Qual é a no novi vida dade de?? — perg pergun unto touu Rhod Rhodan an enqu enquan anto to contemplava os aparelhos com muito interesse. — Notícias N otícias desagradáveis? — É uma questão de interpreta interpretação, ção, senhor. Ainda bem que recebemos recebemos a notícia. notícia. É verdade que se não soubéssemos de nada viveríamos mais despreocupados e dormiríamos mais tranquilos, mas pelo menos estamos prevenidos. É bem verdade que nosso agente Tont Tatre, que trabalhava em Ertrus, teve de morrer para que fôssemos alertados. O elemento de ligação desse agente testemunhou sua morte e enviou um relatório. Senhores — Deighton inclinou-se e fitou os presentes um por um — posso apresentar o relatório? Só faz algumas horas que o recebemos. Rhodan fez um gesto afirmativo. Os outros não disseram nada. Gucky resolveu fazer sua espionagem, tentando ler os pensamentos do chefe da Segurança Solar. Mas desta vez não pôde deixar de admirar sua concentração. Pensava em tudo, menos naquilo que Gucky queria saber. Um símbolo apareceu na tela. Era uma espaçonave em forma de torpedo que parecia cair num sol chamejante. Mais nos fundos via-se uma galáxia, vista de cima. Seguiu-se uma voz calma. — Aqui fala Tanor Sete, Tanor Sete. Mensagem para relê três através do código quatorze. Iniciaremos em vinte segundos. Duração dois minutos com condensador. Favor mudar a ligação... Tanor Sete era um nome de guerra. A estação receptora do relê três recebeu a mensa mensagem gem e tran transm smit itiu iu-a -a à Terr Terraa atra atravé véss da ponte ponte de hipe hiperr-rá rádi dio. o. Fi Fina nalm lmen ente te um mensageiro levou-a ao futuro através do corredor do tempo. Acabou parando sobre a escrivaninha de Deighton. Rhodan continuou com o rosto impassível enquanto a voz calma do agente que ele não conhecia relatava o incidente ocorrido na Clínica Central de Ertrus. Sabia o que significava a notícia e imaginava o que se passava na cabeça de Deighton. O fato de os agentes inimigos terem descoberto um meio de levar informações através do corredor do tempo, fazendo-as chegar ao presente normal, poderia levar à descoberta do segredo. Rhodan resolveu tornar ainda mais rigorosos os controles instalados em Mercúrio.
Até a morte de Tont Tatre foi mostrada na tela. O elemento de ligação Tanor Sete fizera uma cópia da respectiva fita de imagem e o remetera. Não havia a menor dúvida de que as informações eram verdadeiras. A tela escureceu. Os homens ficaram calados. Finalmente Deighton falou: — Os senhores sabem o que isso significa. Se existe um agente, talvez até vários, na Usina Radioquímica Fosser, em outros lugares também pode haver. Estes agentes são capazes de fazer passar informações pela eclusa do tempo, informações estas que podem pôr em perigo nosso Plano dos Quinhentos Anos e revelar nosso esconderijo. Devo confessar que é praticamente impossível controlar o medicamento ertru-cosmobim. O máximo que podemos fazer é examinar algumas amostras. Como sabem, as imitações podem ser tão perfeitas que é impossível descobri-las. Além disso sabemos que as microespulas siganesas só passam a irradiar seus impulsos em determinado momento ou depois de certo tempo. Não devem fazer isto antes de atravessar a eclusa do tempo. Em minha opinião não adiantaria fazer qualquer controle junto à eclusa do tempo. — As Usinas Fosser — murmurou Tifflor. — Não ficam em Sydney? — Isso Isso mesmo mesmo.. Só prod produz uzem em cosm cosmob obim im para para Ertr Ertrus us e empr empreg egam am vint vintee mi mill funcionários, inclusive alguns cientistas e pesquisadores de primeira linha. Não sei como pode haver agentes entre eles. Foram todos testados e peneirados inúmeras vezes. O agente deve ter iniciado suas atividades pouco antes da instalação do campo do tempo, senão teria sido desmascarado e preso em tempo. Sobre isso não pode haver a menor dúvida. Qual é sua sugestão, senhor? — O chefe do Serviço Secreto olhou para Rhodan. — Quem podemos mandar para Sydney? — Nosso Nossoss colab colabor orad ador ores es mais mais comp compet eten ente tess — excla exclamo mouu Guck Gucky. y. — Eu, Eu, por exemplo. — Você não irá em hipótese alguma — disse Deighton em tom sarcástico. Não seria reconhecido. Rhodan sorriu ligeiramente. — Precisaremos de telepatas, Deighton. É claro que os agentes contam com isso e se protegerão. Hoje em dia uma rede de proteção pode ser escondida nos cabelos, mas um telepata sempre acaba descobrindo-a. Quem poderia ter um interesse em usar este tipo de rede? Sugiro que dê ordem para que seus funcionários examinem sistematicamente os vint vintee mi mill empr empreg egado adoss das das usina usinas. s. Se Seri riaa estr estran anho ho se não não enco encont ntrá rásse ssemo moss algu alguma ma indicação. Deighton recostou-se na poltrona. — Compreende minhas preocupações, senhor? — Compreendo perfeitamente. — Também acha que temos de dar um jeito de encontrar o traidor, custe o que cust custar ar?? Se fize fizerr out outra ra tent tentat ativ ivaa e cons consegu eguir ir o qu quee quer, quer, as conse consequ quên ênci cias as serã serãoo impr im prev evis isív ívei eis. s. Fique Fiqueii saben sabendo do que dent dentro ro em brev brevee será será form formad adoo ou outr troo lote lote do medicamento. — Sua remessa será suspensa até que tudo seja esclarecido — disse Rhodan. Deighton acenou com a cabeça. — Obrigado, senhor. Fico muito grato pela colaboração, senhores. Reginald Bell e Julian Tifflor providenciarão para que nenhuma nave mercante atravesse a eclusa do tempo sem que seja submetida a um exame minucioso. Mobilizarei meu corpo de funcionários e tratarei de descobrir o traidor. Fellmer Lloyd e Gucky me ajudarão. Talvez seja conveniente que Lloyd use o disfarce de um cientista que prepara juntamente com
Gucky certo medicamento destinado a uma raça amiga. Farei com que um homem competente os acompanhe. — Nós o conhecemos? — perguntou Gucky. — Acho que sim. É Ken Albrich. Foi quem esclareceu o caso do contrabando de halógeno. É um dos melhores colaboradores que tenho e seu rosto nunca apareceu em público. — É uma pena que Tont Tatre não tenha podido dar a descrição do agente que trabalha nas Usinas Fosser — disse Rhodan. — Seria tudo muito mais fácil. — Nós o encontraremos — prometeu Fellmer Lloyd. — Se contarmos com a colaboração de Ken Albrich não precisamos ter a menor dúvida. Já temos uma pista importante. Sabemos onde começar a procurar. É uma diferença tentar identificá-lo no meio de vinte e cinco bilhões ou de vinte mil pessoas. — Muito bem. — Deighton inclinou o corpo e apertou um botão. — Mandarei avisar Ken Albrich. Talvez devêssemos entrar em contato com o diretor da Química Fosser, sem dizer o que estamos procurando. Precisamos de seu apoio. Rhodan sacudiu a cabeça. — Talvez alguém que saiba alguma coisa já seja demais. Não poderíamos tentar fazer nossos homens trabalharem em caráter oficial? Deve haver uma dificuldade de disfarçá-lo disfarçá-loss como membros de uma comissão de pesquisas, talvez uma que trabalhe trabalhe por ordem do governo. — Foi mais ou menos o que pensei, senhor. O Diretor Fosser só será avisado de que dois do is cien cienti tist stas as ajuda ajudado doss pelo pelo rato rato-c -cas asto tor, r, na qu qual alid idad adee de repr repres esen enta tant ntee de um umaa inteligência extraterrena, tentarão desenvolver certo medicamento. Se Fosser concordar, e tratarei de fazê-lo estar de acordo, Albrich, Lloyd e Gucky terão plena liberdade de movimentos em toda a usina. Hoje é o dia 5 de abril. Não sei quanto tempo demorarão as investigações, mas acho que serão concluídas em uma ou duas semanas. — Está bem — disse Fellmer Lloyd em tom seco. — Gostaria de ver o menino-prodígio, Albrich. Já ouvi falar a seu respeito. Sendo recomendado pelo senhor, só pode ser um bom sujeito. — Acho que Albrich já vem vindo para cá — respondeu Galbraith Deighton. *** O videofone videofone emitiu o sinal de chamada. chamada. Albrich colocou o projetor projetor de microlivros microlivros de volta sobre a coberta e ligou o aparelho. Não fazia a menor ideia de quem podia estar chamando no meio da noite. Fazia dois dias que se deleitava sob o céu azul das Bahamas, gozando um curto período de férias. Praticava mergulho, jogava tênis, flertava nos bares dos hotéis e às vezes chegava a esquecer quem era. O videofone trouxe-o de volta à realidade. A tela ficou escura. Era um mau sinal no que dizia respeito a suas férias. — Albrich — disse, respondendo ao chamado. — O chefe quer falar com o senhor — disse uma voz que não conhecia. — Não foi fácil encontrá-lo. Quando poderá chegar aqui? — Amanhã. — Não podemos esperar tanto. Dou-lhe três horas, isto é, até o fim do expediente. — Para mim o expediente nunca termina. O desconhecido pigarreou.
— Pois é. Pegue seu possante e venha o mais depressa que puder. Mesmo que seja depois do fim do expediente. Mandarei avisar o chefe de que baterá à sua porta exatamente dentro de cinco dias. — Está certo — resmungou Ken Albrich e desligou. Em seguida deixou-se cair para trás com um suspiro. Refletiu um pouco, voltou a pegar o projetor e lançou o quadro colorido tridimensional sobre o teto. De forma alguma queria perder a história interessante que estava vendo. Se partisse dentro de duas horas, ainda chegaria a Terrânia em tempo. Um pouco mais tarde reuniu seus pertences, pertences, pagou a conta e saiu do hotel. hotel. Lançou mais um olhar triste para o mar calmo tocado pelo luar. Brilhava que nem prata derretida, convidando para um banho. Mas acabou afastando os sentimentos românticos com um gesto impaciente. Tinha uma tarefa, embora não soubesse do que se tratava. Devia ser uma coisa importante, senão não o teriam arrancado da cama no meio da noite. Em Terrânia era o início da tarde, mas mesmo lá sabiam que q ue a velha e boa Terra continuava a girar. Seu possante, como gostava de chamar seu planador superveloz, estava estacionado embaixo das palmeiras, junto ao hotel. Ken colocou a mala no chão, pôs a mão no bolso e tirou a chave positrônica. Examinou o ajuste do código e apertou um minúsculo botão. Apontou a chave para o planador. O campo energético quase invisível e a porta da cabine pressurizada abriram-se. Ken pegou a mala e entrou na cabine. A porta voltou a fechar-se automaticamente. Dali a alguns minutos o planador subiu levemente e saiu para o céu noturno, em direção à Lua. Ken só ligou o motor a jato depois de certificar-se de que não poderia perturbar ninguém. A nave-miniatura disparou para o leste que nem uma bala. Rara aqueles lados já estava clareando. O Sol saltou do mar, subiu com uma incrível rapidez e foi descendo para o oeste. Quando Ken atravessou a barreira aérea de Terrânia, o Sol já descia no poente. Ken pousou na cobertura de um enorme edifício. Faltavam cinco minutos para terminar o expediente oficial. *** — Deverá chegar daqui a duas horas — disse Deighton e olhou para o relógio. — Que tal um refresco? — As palavras eram dirigidas a Rhodan. — Não precisa esperar aqui, senhor. Já foi tudo combinado. O resto não passa de rotina. Não quero que o senhor, Ken e Tifflor percam tempo sem necessidade. Discutirei a missão com Albrich e os dois telepatas. Amanhã informá-lo-ei sobre o que foi conversado. Rhodan acenou com a cabeça. — Até que faz sentido, Deighton. Ainda tenho de liquidar algumas coisas. Tifflor e Bell também devem ter. Quer dizer que amanhã voltaremos a falar. Vocês vêm comigo? Bell e Tifflor levantaram. — Até amanhã — disse Bell e colocou a mão sobre o ombro de Gucky. — Tenha cuidado com Ken Albrich — recomendou em tom suave. — Como? — Gucky parecia perplexo. — Não compreendo. — Ken é um agente secreto. Um agente secreto de verdade. Esse tipo de gente não gosta de brincadeiras, baixinho. Ele o desmontará se aborrecê-lo ou achar que é mais inteligente que ele. Pelo que sei, também será o chefe da missão. Não que queira ensinar--lhe alguma coisa...
— Nem precisa. Sei como lidar com agentes. Li muito sobre esses caras. Afinal, sou um deles. — Tudo bem. Até amanhã. Deighton esperou que a porta se fechasse e encarou Gucky. — Bell tinha razão, Gucky. Os agentes secretos também têm uma espécie de honra profissional e não gostam que um leigo se intrometa nos assuntos que lhes dizem respeito. Além disso Albrich é uma espécie de estrela entre os agentes. Mas num ponto seu amigo está enganado. Ken Albrich aceita brincadeiras e sabe perfeitamente quem pode brincar com ele e quem não pode. Mas não se espante se ele também se divertir à sua custa. Mas de outro lado pode-se falar sensatamente com ele. Bem, vocês se entenderão. — Seremos obrigados. Um criado criado-ro -robô bô trouxe trouxe refres refrescos. cos. Fel Fellme lmerr e Gucky Gucky ficara ficaram m sentado sentadoss à mesa, mesa, enquanto Deighton conversava com alguns colaboradores. Em seguida incumbiu seu homem de confiança em Sydney a reservar res ervar apartamentos num hotel para três pessoas. Voltou à mesa e sentou. — Deve chegar a qualquer momento. — Olhou para o relógio. — É sua hora de costume... cinco minutos antes do fim do expediente. Dali a instantes Ken Albrich entrou. Sem maiores solenidades deu a mão a seu chefe supremo, que era Deighton, e garantiu que seria um prazer virar a noite. Apontou para Fellmer e Gucky. — Quer dizer que estes são meus colaboradores no caso? — Aproximou-se deles e também os cumprimentou. Antes que Gucky pudesse dizer qualquer coisa, prosseguiu: — Se Gucky está nesta, deve sser er mesmo uma coisa muito importante. De que q ue se trata? Albrich sentou. Gucky fez um sinal para Deighton e disse: — É isso mesmo, Galby. G alby. Albrich é um homem perspicaz e competente. Gosto dele. Neste momento soou uma sereia, anunciando o fim do expediente. Deram início ao trabalho, informando Ken Albrich do que se tratava.
3 O Dr. Harry Fenchel, um dos funcionários mais importantes das Usinas Químicas Fosser, procurou uma nova residência. Deu graças a Deus por encontrar uma casa subaquática. Muitos dos seus colegas ocupavam casas desse tipo, espalhadas por toda a costa. Inclusive o Dr. Jordan Peynchester, o radiobiólogo, com o qual mantinha relações sociais, além de ser amigo da família. Morava umas poucas casas adiante da sua, o que fez com que passassem a encontrar-se mais vezes depois do expediente. Na Na noi noite te daque daquele le dia dia oito oito de abri abrill Pe Peyn ynche chest ster er esta estava va dando dando um umaa fest festin inha ha.. Convidara alguns colegas e amigos com as famílias. Durante o dia todo pensara na festa com alegria. Era a primeira vez que praticariam o mergulho à luz artificial. Havia recifes de coral perto da costa. Era o lugar ao qual se dirigiriam e de onde voltariam. Harry Fenchel era médico. Trabalhava principalmente na pesquisa e produção de medicamentos radiobiológicos. Era parente longínquo do Diretor Fosser, que seria um dos convidados daquela noite. Por acaso ficou sabendo que um grupo de pesquisa chegara à usina. No início não se interessara pela notícia, mas quando lhe falaram de certo rato-castor chamado Gucky teve a atenção despertada. Naturalmente conhecia Gucky pelo nome. Quem não o conh conhec ecia ia?? Pa Pare reci ciaa bem bem razo razoáv ável el qu quee o rato rato-c -cas asto torr foss fossee envi enviad adoo à usin usinaa como como representante das inteligências extraterrenas. No entanto... O Dr. Harry Fenchel não era detetive; exercia a profissão de médico. Não tinha nada a ver com a história, apesar apesar de o chefe do grupa um certo Ken Albrich, ter avisado que visitaria sua seção no dia seguinte. Finalmente teria oportunidade de conhecer pessoalmente o tal do Gucky, que q ue já se transformara numa figura lendária. Pois é. Deixaria para pensar nisso no dia seguinte. Talvez na noite daquele dia pudesse fazer algumas perguntas a Fosser. Será que ele participaria do campeonato de natação? Fenchel teve de sorrir. Logo o velho Fosser, que mal dava um passo e mesmo dent dentro ro da usina usina só se desl desloc ocav avaa em plan planad ador ores es.. Fe Fenc nchel hel fico ficouu sati satisf sfei eito to qu quan ando do finalmente pôde pendurar o jaleco branco e entrar em seu planador. Era o fim do expediente! O médico ligou o piloto automático e deixou que a direção robotizada cuidasse do resto. Dali a pouco sentiu um ligeiro solavanco. O veículo acabara de pousar. Sobressaltou-se, pois estivera cochilando. Estava exausto, sem dúvida. Ultimamente tivera muito trabalho. Demais para seu gosto. Mas apreciava seu trabalho. Harry Fenchel Fenchel trancou o planador planador e desceu desceu para casa no elevador. elevador. A jovem esposa veio ao seu encontro, e depois os filhos exigiram sua atenção. Mais tarde foram entregues ao robô-babá. Fenchel e a esposa, Judy, saíram. Percorreriam a pé a pequena distância que os separava da residência dos Peynchester. Não precisavam preocupar-se com o equipamento de mergulho, que estava guardado na casa dos amigos. Fosser viera só. Cumprimentou jovialmente Judy e Harry. Quase chegou a mostrar-se amistoso. Em seguida voltou ao bar, onde conversava animadamente com uma jovem que Fenchel ainda não conhecia. Devia ser funcionária da usina. Kalim Afanch também viera. Era um solteirão calmo, muito estimado na vizinhança e no trabal trabalho. ho. Também Também ocupav ocupavaa uma casa casa subaqu subaquáti ática ca nas proximi proximidad dades. es. Fenche Fenchell conhecia-o do trabalho, embora quase não mantivesse nenhum contato profissional com
ele. Afanch era engenheiro de expedição e encarregado do transmissor de material da usina. Peynchester segurou o braço de Fenchel. — Vamos tomar alguma coisa para comemorar. Nossas esposas já têm o que conversar, não precisamos preocupar-nos com elas. Vamos ao bar. — Quem é a jovem que está conversando com Fosser? Poderia apresentar-me a ela? — Não conhece Miss Eagle. Miss Helgard Eagle, secretária-chefe do velho. É verdade que só está no emprego há alguns dias. Ainda vieram dois casais. Eram os médicos Grindel e Torow com esposas, dois mergulhadores entusiásticos. Não faltava mais ninguém. Todas as casas subaquáticas possuíam eclusas que funcionavam da mesma forma que as eclusas das espaçonaves. As pessoas colocavam os equipamentos de mergulho numa nu ma ant ante-sal -salaa. Em segu seguiida entr ntravam avam na eclus clusaa prop propri riam amen entte dit dita, qu quee era era hermeticamente fechada para depois ser inundada. Depois disso podia-se sair nadando mar afora. Para muita gente o mergulho era um substituto da ausência de gravidade encontrada no espaço. Depois de um jantar ligeiro, no qual foi servida comida leve, o anfitrião fez um breve discurso. — ...passaremos à finalidade principal do encontro. O Diretor Fosser, nosso amigo, teve a ideia gloriosa de conferir um prêmio ao vencedor da competição de hoje. Não participa participará, rá, mas decidiu decidiu que sua secretári secretáriaa participar participaráá em seu lugar. É uma concorrente concorrente muito forte, amigos. Tenho certeza de que Miss Eagle é uma excelente nadadora. Pediria que me acompanhasse para a eclusa. Está tudo preparado... O Dr. Fenchel preferiu não participar porque nos últimos dias não se sentira muito bem. Aproveitaria a oportunidade para conversar com Fosser. Mas sua esposa Judy deu o braço a Mabel Peynchester e foi atrás dos outros. Fosser pegou seu copo e foi à sala de estar com Fenchel. Era o lugar de onde tinham a melhor visão para o mar. Sentaram à mesa que ficava perto da janela. A iluminação externa fora ligada. Além disso havia holofotes especiais apontando o caminho para os recifes. — Meu caro Fenchel, não queira me dizer que não participou apenas para não ser injusto. Deve ter seus motivos. Diga logo! Não era fácil enganar o velho. Fenchel sorriu embaraçado. — Estou mesmo esgotado, mas poderia perfeitamente ter participado. Mas fico satisfeito por poder conversar com o senhor. Nunca encontro uma oportunidade para isso. Fosser soltou uma estrondosa gargalhada. Devia ter seus oitenta anos e gozava de uma excelente saúde. Não parecia ter mais de quarenta. — Fez alguma descoberta? De que se trata mesmo? — Estou trabalhando num novo medicamento radiobiológico contra as febres dos pântanos de Vênus. Existem muitos remédios para ela, mas quero acabar com a doença de uma vez por todas. — Fenchel olhou pela janela e viu Judy. Nadava por perto e cump cumpri rime ment ntou ou-o -o com com um gest gesto. o. A comp compet etiição ção aind aindaa não não come começa çara ra.. Os ou outr tros os participantes começavam a reunir-se. Fenchel reconheceu Miss Eagle, que se encontrava entre Ferry Grindel e Tatja Torow. Havia nove participantes ao todo. — Qual será mesmo o prêmio? Fosser sorriu ironicamente.
— Que poderia ser? Um cheque. Não me ocorreu mais nada. — O chefe fez um gesto bonachão para os competidores. — Qual é sua opinião sobre o grupo de pesquisa que chegou hoje? Fenchel surpreendeu-se com a coincidência. Ia fazer a mesma pergunta. — Não acho nada. Não sei para que veio. Amanhã farão uma visita ao meu setor. — Ah, é — disse Fosser laconicamente e deixou que o robô lhe servisse mais um copo de bebida. — Acho que é preferível discutirmos o assunto amanhã de noite. — Por quê? Há algo de errado? — Não. O grupo foi anunciado e recomendado por alguém muito importante. Deve ser uma questão de Estado. Senão Gucky não teria vindo. A propósito, deveríamos convidá-lo a participar de uma competição de mergulho. Seria muito divertido. — Sem dúvida — respondeu Fenchel em tom distraído e apontou para a paisagem subaquática fortemente iluminada. — Vai começar. Os mergulhadores entraram em forma e partiram a um sinal de Peynchester. Não se distinguiam os recifes submarinos, mas viam-se perfeitamente os holofotes instalados perto deles. Estavam a trezentos metros. Os trajes de mergulho eram bem diferentes dos usados antigamente. Não havia as pesadas garrafas de ar comprimido, que impediam os movimentos. Um cartucho não maior que uma mão humana continha ar para várias horas. A água estava morna, tornando dispensável o traje de borracha. Cada mergulhador trazia uma pistola energética presa ao cinto. Era uma arma que funcionava funcionava na água e matava matava qualquer peixe perigoso dentro de poucos segundos. Os nadadores saíram se agitando. Fenchel ainda viu sua esposa tomar a dianteira, mas depois não a distinguiu mais entre os outros. — É um esporte formidável — murmurou enquanto se lamentava de não ter participado. — O senhor costuma mergulhar, Fosser? — Rara Rarame ment nte, e, e semp sempre re sozi sozinho nho.. Amo Amo o silê silênc ncio io,, a soli solidão dão,, a ausê ausênc ncia ia de gravidade. Hoje não tive vontade. A conversa terminou aí. Os dois bebiam e olhavam para a água, esperando que os mergulhadores voltassem. Fenchel esforçou-se para enxergar melhor. Viu Miss Eagle, que vinha pelo menos vinte metros à frente dos outros. Sem dúvida ganharia o prêmio. Ganhou mesmo. Fosser fez um ligeiro discurso e entregou-lhe o cheque prometido. Em seguida puxou-a para o bar, onde passaram a conversar sobre coisas corriqueiras. Os outros reuniram-se junto à mesa da sala de estar que ficava perto da janela. De repente Kalim Afanch disse: — Hoje conversei com nosso chefe do pessoal. Diz que um dos membros do grupo de pesquisa que apareceu tão de repente interessou-se pelos documentos relativos aos funcionários. É verdade? Peynchester voltou a colocar o copo sobre a mesa. — Documentos sobre os funcionários? O senhor tem alguma coisa a ver com isso? — Por que não perguntamos a Fosser? Olhe ele ali. Fenchel empurrou Afanch para dentro da poltrona. — Não vê que está ocupado? Afinal, pouco nos importa que alguém se interesse por estes ou aqueles documentos. Sem dúvida procuram o homem certo para ajudar em suas pesquisas. Além disso, não temos nada a temer. Foi Peynchester que se mostrou mais nervoso.
— Esses documentos não são da conta de ninguém. Acho que deveríamos perguntar a Fosser. Talvez não saiba de nada. Peynchester levantou e foi ao bar. Do lugar em que estava, Fenchel podia vê-lo perfeitam perfeitamente. ente. Fosser parecia indignado, falou um tanto nervoso com Peyncheste Peynchesterr e até esqueceu a secretária. Quando voltou à mesa, dali a pouco, o médico parecia um tanto pensativo. — Então. O que foi que ele disse? — perguntou Kalim Afanch. Peynchester deu de ombros. — Disse que os dois têm plenos poderes. Diz que não pode impedi-los de meter o nari narizz onde onde qui quise sere rem, m, mas mas acha acha que podem podemos os fica ficarr tran tranqui quilo los. s. Fe Fench nchel el tem tem razã razão. o. Procuram colaboradores que correspondam ao seu perfil. — Pois então — alegrou-se Ferry Grindel, que alcançara o segundo lugar na competição. — Tudo em ordem. Vamos dançar? Acabou sendo uma ótima festa, mas bem mais tarde, quando Fenchel já estava na cama, ele não podia deixar de pensar no rosto de Peynchester. Teve a impressão de que por um instante surpreendera um verdadeiro estado de pânico em seus olhos. *** Quase ao mesmo tempo Fellmer Lloyd, Gucky e Ken Albrich estavam reunidos no hotel. Já fazia três dias que trabalhavam em Sydney, e as pistas encontradas não tinham dado em nada. Ken suspirou. — Acho que não adianta, se quiserem saber minha opinião. Já descobriu alguma coisa nas fichas do pessoal, Fellmer? — São vinte mil fichas, Ken! Mal comecei. É verdade que trabalho com o comp comput utad ador or.. Mas Mas os po pont ntos os de refe referê rênc ncia ia são são mu muit itoo po pouc ucos os para para faze fazerm rmos os um peneiramento mais rápido. Na verdade, não temos nenhum ponto de referência. — Nenhum fator de suspeita? — Nenhum. — Pois é. — Ken Albrich olhou pela janela, contemplando o oceano de luzes dos arranha-céus. — Deveríamos estabelecer contato com os principais dirigentes. Desta forma talvez consigamos alguma indicação. Do jeito que estamos indo não chegamos a lugar algum. Maldito trabalho miúdo, de rotina. Amanhã Gucky e eu conversaremos com alguns médicos ligados diretamente à produção do cosmobim. É onde começa o caminho que vai ter à Clínica Central de Ertrus. Faremos um trabalho metódico até encontrar alguma dica. O senhor continuará a trabalhar com o fichário. Deve haver alguma coisa que não combina com o resto. — As indicações podem ser formadas — ponderou Fellmer Lloyd. — Tal qual as provas — admitiu Ken e sacudiu a cabeça. — Deve haver alguma coisa na vida de uma das vinte mil pessoas que nos faça avançar um pouco. Talvez seja um detalhe sem importância. Mas deve ter uma ligação com o que aconteceu. Precisamos descobrir, Fellmer. — Nosso trabalho só começou há três dias, Ken. Vamos aguardar. Gucky espreguiçou-se no sofá. — Já tentei a telepatia, mas já estou cheio de passar o dia inteiro sondando o pensamento de pessoas que não conheço. Se vocês soubessem o que alguns deles pensam...!
— Basta que você preste atenção quando entrarmos em contato com alguém — tentou ajudá-lo Ken. — Verifique se alguém leva um susto ou tem a consciência pesada. Todo mundo o conhece e sabe que é telepata. Logo, o indivíduo tratará de pensar somente em coisas que não sejam perigosas. Principalmente o traidor. Eis aí a indicação de que precisamos. — Todo mundo só pensa em coisas inofensivas, Ken. Nos bifes queimados, nas esposas e filhos, no hobby mais recente, nos consertos de que precisa o planador, no próximo aumento de ordenado... e coisas parecidas. Acha que existe algo de suspeito nisso? — Depende de como eles pensam, baixinho. Gucky resmungou alguma coisa e deitou de costas. — Está bem. Quem sabe amanhã descobrimos mais alguma coisa. Se não for amanhã, será depois de amanhã. Ken suspirou. — Você tem assistido a muitos filmes policiais, Gucky. Neles sempre acontece uma porção de coisas. O esclarecimento de um caso exige trabalho, muito trabalho miúdo. As peças vão se juntando que nem num mosaico. Só se sabe que a gente está na pista certa depois que começa a formar um quadro. — Ken bocejou. — Acho que para hoje chega. Ninguém teve qualquer objeção. *** No dia seguinte Ken e Gucky dirigiram-se à seção do Dr. Fenchel, com o qual conversaram animadamente sobre as conquistas mais recentes da pesquisa radiobiológica. Enquanto isso Fellmer alimentou o computador da usina com os dados disponíveis. Reunira certos fatos que talvez pudessem concorrer para fundamentar uma suspeita. Tentou identificar pessoas às quais se aplicasse ao menos um destes fatos. O resultado foi além das perspectivas, o que não deixou Fellmer nem um pouco feliz. Se houvesse um numero excessivo de indícios, voltaria exatamente ao ponto em que estivera há trás dias. Pelo menos cem pessoas tinham saído do Sistema Solar antes que fosse criado o campo do tempo, para passar férias em outros planetas. Um número ainda maior viajara por ordem da direção das Usinas Fosser, e muitos deles ficaram fora durante semanas e até meses. Duzentos membros das equipes científicas tinham viajado nas naves da frota exploradora. Setenta pessoas nem eram da Terra, mas vinham de outros mundos pertencentes ao Império Solar. Exatamente quatro mil e quinhentos funcionários participavam diretamente do processo de fabricação do ertru-cosmobim. Fellmer suspirou. Levaria muito tempo para peneirar o grupo e examinar cada um. O computador não poderia ajudá-lo muito. Chegou à conclusão de que antes de fazer esse trabalho seria conveniente inventar e explorar outros fatores de suspeita. Entre estes incluíam-se principalmente situações familiares anormais, despesas excessivas e férias ou doenças fora do roteiro. Foi justamente o último ponto, que poderia levar a muitas conclusões falhas, que o colocou na primeira pista. Um certo Dr. Jordan Peynchester tinha o hábito de nunca gozar as férias de uma só vez. Distribuía o período por todo o ano, preferindo esticar os fins de semana. Desta forma conseguia gozar férias dez vezes por ano, embora fosse por apenas quatro dias no mínimo, de cada vez. Não era muito suspeito, mas representava um indício. Fellmer resolveu dar uma boa olhada em Peynchester.
*** — Estam Estamos os à proc procur uraa de pesso pessoas as comp compet etent entes es para para cola colabo bora rarr cono conosc sco, o, Dr. Dr. Peynchester, e isto por ordem do governo. Conhecemos sua capacidade, mas existem outros aspectos que devemos considerar. Aspectos sociais, morais... bem, o senhor sabe. Peynchester parecia calmo. Sentado atrás da escrivaninha em seu escritório, tentou recuperar-se da surpresa. — Por que pensaram justamente jus tamente em mim? — perguntou. — Por um motivo muito simples. Como já deve ter percebido, examinamos as fichas dos funcionários para fazer uma seleção prévia. Meus dois colaboradores não se interessaram tanto pelas pessoas, mas principalmente por seu trabalho. A propósito. Por que usa uma rede de proteção contra a telepatia? Desta vez Peynchester estremeceu. Não conseguiu disfarçar a surpresa. — Como soube? O senhor é...? — Eu vejo — disse Fellmer em tom calmo. — Acho estranho o senhor possuir uma rede destas e mais estranho ainda que a use. Tem medo de telepatas? — Não gosto que alguém me espione. Somente isto. — Isso não é um argumento válido. Acha que entre os funcionários da usina não existe nenhum telepata? — Eles podem estar em toda parte. Ninguém sabe exatamente. As capacidades parapsíquicas dos homens aumentaram nos últimos séculos. Quem me garante que por aqui não existem telepatas que ainda não foram descobertos? Eles nem pensarão em contar o que sabem fazer. Já lhe disse que faço questão da minha privacidade. O que eu penso não é da conta de ninguém. — O senhor tem razão, Dr. Peynchester. Sou da mesma opinião. Outra pergunta. O senhor prefere férias curtas. Por quê? — Escute aí! Acho que isto é um assunto que diz respeito exclusivamente a mim. — Sem dúvida, mas insisto na pergunta. Acha que estou sendo muito indiscreto? O Dr. Peynchester hesitou antes de responder. — Sou casado e tenho filhos. Possuímos uma bela casa subaquática em uma das mais lindas paisagens submarinas. São recifes de coral, desfiladeiros, rochas, água morna, peixes. Além disso minha esposa e eu somos mergulhadores apaixonados. Por que haveríamos de tirar férias longas se podemos gozar vários períodos curtos por ano? Não viajamos. Ficamos em casa e praticamos o mergulho. É o verdadeiro descanso. — Peynchester encarou Fellmer. — Mais alguma pergunta? Fellmer levantou. — Não tenho mais nenhuma. Queira desculpar, mas tenho uma tarefa a cumprir. O senhor ajudou-me bastante. Peynchester retribuiu o aperto de mão. Estava com a palma da mão fria e úmida. — Não tem por que agradecer, senhor. Talvez ainda precise de mim... Fellmer não acreditava nisso, mas acenou amavelmente com a cabeça e saiu. Pediu que fosse levado ao hotel. Precisava de calma para refletir. Alguma coisa que Peynchester dissera não combinava com seu esquema. *** O Dr. Harry Fenchel divertia-se a valer com as colaboradoras do sexo feminino, enquanto conversava sobre assuntos sérios com Ken Albrich. Gucky fora ao escritório e
deleitou-se com os gritos de espanto e reconhecimento das secretárias. Ficou de pé, com as pernas afastadas, e disse: — Bom dia, damas. Nunca viram v iram um ilt? — Só nos livros de figuras — sussurrou uma burocrata jovem em tom embaraçado. — Em criança. — Não pode fazer muito tempo — disse Gucky. — Quer dizer que foi em livros de figuras? Certamente me confundiu com um ursinho de pelúcia. — Quer dizer que o senhor é o célebre Gucky? — perguntou outra dama para certificar-se. — É exatamente como eu imaginava. — Fico satisfeito em poder corresponder às suas expectativas — garantiu Gucky em tom bonachão enquanto pesquisava os pensamentos dos funcionários presentes. Não descobri nada de suspeito. — Afinal, sou mais bonito que por exemplo um ertrusiano. A palavra ertrusiano não provocou nenhuma reação, quer fosse acústica, quer mental. O Dr. Fenchel, que estava na sala ao lado, perguntou: — Desculpe a pergunta, Mr. Albrich, mas não é muito comum três pessoas de fora poderem andar livremente pela usina, falando com qualquer pessoa. Não quero ser curioso, mas, como provavelmente já sabe, sou amigo do diretor Fosser. Ontem perguntei a ele por que vieram. Fosser não pôde dar nenhuma resposta satisfatória. Ken contemplou os quadros na parede. — Procuramos colaboradores. É só isto. Além disso, queremos verificar a que ponto chegaram suas pesquisas. É bem possível que um dia Fosser resolva abrir outra usina. Está satisfeito com a resposta, Dr. Fenchel? Fenchel acenou com a cabeça. Parecia surpreso. — Fosser não me disse isso. — Nem poderia — respondeu Ken com um sorriso. sorriso. — Ele mesmo ainda não sabe. Não se admire e, o que é mais importante, não quebre a cabeça. Precisamos de mais centros de pesqui pesquisas sas radiob radiobiol iológi ógicas cas,, e não existe existe lug lugar ar melhor para um cientista trabalhar intensamente e com bons resultados que aquele em que suas ideias são postas em prática. A experiência não lhe ensinou isso? O Dr. Fenchel acenou com a cabeça. Não poderia saber que Gucky, que conversava com as secr secret etár ária ias, s, exam examin inav avaa cuid cuidad adosa osame ment ntee seus seus pensamentos e os classificava. *** No No iníci nícioo da no noiite daqu daquel elee dia dia o Dr. Dr. Peyn Pe ynch ches este terr não não cons conseg egui uiuu alegr alegrar ar-s -see com com a ideia de ir para casa. Teve de dar-se por satisfeito com as explicações de Fellmer Lloyd, mas teve a impressão de que não passavam de subterfúgios. Além disso sentia-se constrangido porque sua rede de proteção contra a espionagem telepática fora descoberta. Já a possuía há vários anos e raramente a usava. Mas desta vez achou que era conveniente. Todo mundo sabia que Gucky era telepata.
Peynchester não trabalharia no dia seguinte. Resolvera aproveitar a folga. Não adiantava adiantava expor-se a um grande risco juntamente juntamente com a família. família. Mais tarde encontrari encontrariaa uma explicação para o que pretendia fazer. Não havia a menor dúvida. Se alguém não se contentasse com estas explicações, haveria de encontrar uma saída. Dispunha de meios para isso. O Dr. Peynchester fez uma volta e estacionou seu planador perto da agência dos correios. Passou um telegrama e aguardou a resposta. Respirou aliviado quando ela chegou. Seu elemento de ligação aprovou a sugestão e prometeu auxílio para mais tarde. Peynchester estava mais tranquilo quando voou para casa. Sua esposa Mabel não ficou nem um pouco entusiasmada. — Tão de repente, e logo para Marte? O que vai fazer lá? — Pesquisas, Mabel. Fosser em pessoa mandou que eu fosse, mas não quer que ninguém saiba. Nem você. Não me deixe mal falando a respeito. Nem mesmo com Fosser, caso se encontre com ele. Fosser fará de conta que não sabe de nada. Não se deixe enganar. Compreendeu? — Quanto mistério! — É muito mais que isso, querida. Só leve as coisas indispensáveis. Enquanto a esposa arrumava as malas, Peynchester despediu-se dos dois filhos. Prometeu voltar logo. Ainda jantou com a família e pediu a Mabel que o levasse ao centro de transporte mais próximo, onde pegou um táxi aéreo que o levou ao porto espacial situado no interior. Havia uma viagem a Marte Marte programada programada para aquela noite e Peynchester Peynchester teve sorte de conseguir passagem. Teve de submeter-se a um exame médico e respondeu a várias perguntas das autoridades espaciais. Felizmente conseguiu convencer os homens de que Fosser não ficaria nada contente se alguém o incomodasse àquela hora. Peynchester sentiu um peso cair de cima dele quando a espaçonave finalmente decolou, levando-o para longe da Terra.
4 Fellmer Lloyd aproveitou o dia em que não se trabalharia nas Usinas Fosser para dar uma olhada nas instalações. Ken Albrich também vasculhou alguns setores, com permissão de Fosser. Estava à procura de pistas e ficou aborrecido por não encontrar nada. Gucky acompanhou o mutante. — Não sei por que suspeita justamente do Peynchester, Fellmer. Vá lá que ele tenha suas manias. Tem complexos e não quer que algum telepata descubra. Acontece que justamente a rede protetora o trai. — Pode ter outros motivos para usá-la — resmungou Fellmer enquanto abria a porta que dava para a seção do pessoal. — Vamos dar mais uma olhada nas fichas. Você poderá ajudar-me. Os dois examinaram o currículo de Peynchester, mas não descobriram nada de suspeito. Uma instrução normal, duas expedições para dois sistemas solares diferentes, algumas viagens aos planetas vizinhos, depois disso conheceu a mulher, casou e assumiu um emprego nas Usinas Radioquímicas Fosser. Avançou rapidamente, criou alguns preparados muito bons e teve dois filhos. Vivia em harmonia com a família e levava vida normal. Nada de especial, nenhum gasto extraordinário que chamasse a atenção, nada de dívidas, poucos hobbies. hobbies. Dificilmente poderia haver alguém menos suspeito que o Dr. Jordan Peynchester. Foi justamente o que incomodou Fellmer. — Não consigo livrar-me da impressão de que há algo de errado — murmurou Fellmer e voltou a guardar as fichas. — Acho que deveríamos interessar-nos por ele. Talvez precisemos dele em casa. Seria uma ideia. — Ele não ficaria nada contente — ponderou Gucky enquanto caminhava com as pernas duras à frente do computador. — Se sua suspeita sus peita tiver fundamento, isto lhe servirá de alerta. Acho que é preferível p referível ficar de olho nele sem que ele perceba. — Perderíamos muito tempo, Gucky. Não podemos examinar cada suspeito por semanas a fio. Deste jeito não terminaremos nem em dez anos. Acho que deveríamos fazer-lhe uma visita. Diremos que é o homem que procuramos. — Sem dúvida vai acreditar logo. Bem, não n ão sei. — É possível que justamente neste momento esteja sem a rede de proteção. Aí talvez descubramos alguma coisa. Ele não sabe que também sou telepata. — Em outras palavras — indignou-se Gucky — você quer ir sozinho. — Adivinhou — reconheceu Lloyd. — Mas você ficará por perto e tentará manter contato comigo. Se houver algo de anormal, chamarei. — Está bem. Vamos logo? — Anotei o endereço. É um lindo dia de sol, feito para uma excursão à beira-mar. Talvez Peynchester me convide para dar um u m mergulho. É seu esporte espo rte predileto. Os dois alugaram um planador e pediram que ele os levasse para fora da cidade. Gucky desceu a alguns quilômetros do conjunto de casas e sentou numa pedra junto ao mar. Contemplou os banhistas, que quase não lhe davam atenção. “ Divirta-se”, Divirta-se”, pensou e captou um “Mui “Muito to obrigado obrigado”” de Fe Fell llme mer. r. A liga ligaçã çãoo telepática estava perfeita.
O táxi prosseguiu e deixou que Fellmer desembarcasse. Este pagou ao piloto e acabou encontrando a entrada do elevador de Peynchester e a campainha. Dali a pouco viu-se diante de uma mulher jovem e bonita, que o fitou um tanto espantada. — Meu marido viajou. É colega dele? Não o conheço... — Meu Meu no nom me é Fellm ellmer er Lloy Lloyd. d. Faço aço par parte du dum ma comi comiss ssão ão qu quee proc procur uraa colabor colaborador adores es para para um trabal trabalho ho cient científi ífico. co. Achamo Achamoss que seu marido marido poderi poderiaa estar estar interessado. Poderia dizer para onde foi? — Infelizmente não sei. Saiu ontem. Fellmer leu a verdade nos pensamentos da mulher, mas nem pensou em mostrar o que sabia. Para Marte? Por ordem de Fosser? Era quase impossível, pois Fosser certamente teria avisado a ele ou Albrich. De repente teve a impressão de que se tratava de uma fuga. — Quando voltará? — Sinto muito, mas também não posso dizer. Nem sei por que meu marido viajou. Ele não me disse. Mais uma mentira, embora fosse apenas meia mentira. Fellmer preferiu não entrar. Só pediu a Mrs. Peynchester que quando o marido voltasse lhe dissesse que queria falar com ele. Despediu-se e voltou à superfície. Dentro de instantes Gucky materializou perto dele. — Então. Que acha? — O que posso achar, Fellmer? Você mostrou que tem bom faro. Fico satisfeito por tê-lo ouvido. Pelo menos sabemos que ele deu o fora. — Não temos tanta certeza. Teremos de perguntar a Fosser se está informado sobre a viagem. Peynchester deverá voltar amanhã, a não ser que tenha pedido férias. Acho isto pouco provável. Ninguém voa para Marte para ficar somente um dia. — O que será que o fez ir para lá? Talvez acredite que em Marte não corre perigo. — Vamos falar com Ken. Está no hotel. Desta vez prefiro dispensar o táxi. Leve-nos para lá, Gucky. Aqui ninguém nos vê. Os dois teleportaram para o apartamento e chamaram Ken, que estava deitado na cama, combinando as peças segundo ele mesmo dizia. Mas ainda não conseguira quase nada. — Onde estiveram metidos? — espantou-se. — Não os encontrei nos apartamentos. — Fizemos visitas — respondeu Fellmer e relatou o que tinha acontecido. — Aposto qualquer coisa como Peynchester é o homem que procuramos. Senão não teria motivo para voar para Marte sem qualquer aviso. Tente entrar em contato com Fosser. Aí teremos certeza. Fosser respondeu ao chamado. — Ah, é o senhor? O que deseja justamente hoje? Também gosto que me deixem sossegado de vez em quando. — Só uma pergunta, Mr. Fosser. O senhor deu férias a Peynchester para que ele possa viajar para Marte por ordem sua? Havia uma expressão de incredulidade no rosto de Fosser projetado na tela do videofone. — Peynchester teria ido a Marte? O que lhe deu essa ideia? Não me consta que ele tenha pedido férias. Feio contrário. Pretendia fazer uma nova série de experiências com Peynchester amanhã. Acho que os senhores desenvolvem uma atividade assustadora. — Tem alguma explicação para o fato de Peynchester desaparecer sem aviso?
— Não tenho, não. Conversaremos sobre isso amanhã. Mas antes disso vou perguntar a sua esposa. — Não pergunte, Mr. Fosser. — Por quê? Conheço pessoalmente os Peynchesters e... — Apesar Apesar disso disso não jul julgo go conveni convenient ente. e. Amanhã Amanhã explic explicare areii tud tudo. o. Descul Desculpe pe o incômodo, Mr. Fosser. A tela apagou-se. Ken Albrich fitou Fellmer e Gucky. — Acho que já não existe a menor dúvida. Precisamos de seu transmissor, Fellmer. Vamos pedir ajuda a Galbraith Deighton. Não estou com vontade de viajar para Marte. *** Peynchester também não teve vontade, mas não havia alternativa. Sabia que corria um grande perigo, pois não estava com a consciência limpa. Há anos trabalhava para o Serviço Secreto ertrusiano, embora no momento parecesse impossível enviar notícias para fora do Sistema Solar. Já tinha certeza de que o rato-castor e os dois homens que alegavam ser cientistas tinham vindo a Sydney por ordem do Serviço de Segurança terrano. E tinham encontrado logo uma pista quente — que era ele. Peynchester conhecia esse tipo de gente. Não desistiriam. Não poderia ficar em Marte, pelo menos não por muito tempo e muito menos como o Dr. Peynchester. Teria de adquirir uma nova personalidade. O veículo pousou sem incidentes, depois de algumas horas de viagem. Peynchester passou pelos controles sem dificuldades; seus documentos estavam em ordem. Tomara suas providências. Deixou que o serviço de transporte de passageiros o levasse ao hotel, de onde se comunicou com um elemento de contato cujo endereço sabia de cor. Nunca vira o homem e não sabia quem era. — Alguém sabe que o senhor fugiu e veio para cá? — perguntou o desconhecido assim que foi feita a ligação. ligação. O sistema de imagem do videofone videofone não foi ligado. — Não se descuidou? — Ninguém sabe. Só minha esposa. — O senhor enlouqueceu? Como posso protegê-lo se não ficar com a boca calada? — Confio em Mabel. Além disso, pensei que pudesse voltar à Terra dentro em breve, com outro nome naturalmente. — Ah, é? E aí o senhor faz uma visita à esposa e espanta-se se for preso ao entrar em sua casa. Não subestime o inimigo. Pode ser um engano fatal, meu chapa. Fique onde está. Terá notícias nossas, mas não posso prometer que será hoje. Apareça o menos possível. Em nome de quem se registrou? — No meu nome, naturalmente. — Será muit muitoo difícil difícil ajudar o senhor — espantou-se espantou-se o desconhecido desconhecido com tamanha leviandade. — Têm um parafuso a menos. Até logo mais... Antes que Peynchester pudesse dizer qualquer coisa, a ligação foi desfeita. Era arriscado falar abertamente pelo videofone, embora os canais de videofone particulares não estivessem sujeitos a controle. Cada comunicação pelos raios direcionais funcionava com com um umaa frequ frequên ênci ciaa dife difere rent nte, e, qu quee era era mo modi difi fica cada da freq freque uent ntem emen ente te.. A escu escuta ta não não autorizada era praticamente impossível. A dúvida de ter agido certo aumentou. Talvez devesse ter ficado em casa, confiando na sorte. Quem poderia provar alguma coisa contra ele? Era bem verdade que ao partir às pressas esquecera o dispositivo de proteção dos pensamentos. Peynchester fez votos de
que não que não reso resolv lves esse sem m envi enviar ar um tele telepa pata ta a Mart Marte. e. Nest Nestee caso caso talv talvez ez acab acabas asse sem m localizando-o. Peyn Pe ynche chest ster er jant jantou ou no ho hote tell e vol volto touu ao apar aparta tame ment nto. o. Ente Entedi diad ado, o, assi assist stiu iu ao programa de vídeo durante uma hora. Esperava encontrar uma indicação no noticiário. Finalmente desligou. Dormiu mal naquela noite. No dia seguinte mandou que o café fosse servido no apartamento. Perguntou ao robô-garçom se alguém tinha perguntado por ele. Dali a alguns minutos recebeu a resposta negativa. O tempo custava a passar. Ao meio-dia arriscou-se a sair do quarto. Foi ao restaurante. Sentou numa mesa de canto, de onde via tudo e dificilmente podia ser visto. Nenhum dos hóspedes parecia suspeito. Passaram-se dois dias sem que acontecesse nada. Peynchester começou a ficar nervoso. Não podia ficar no hotel para sempre, esperando. Não tinha muito dinheiro e dificilmente conseguiria algum com seu banco de Sydney. Estava numa fria. Vivia se perguntando por que cometera a loucura de aceitar a oferta do Serviço Secreto da Liga Carsualense. Devia fornecer a descrição do processo de fabr fabric icaç ação ão do ertr ertruu-co cosm smob obim im.. Em troc trocaa diss dissoo lhe lhe fora foram m prom promet etid idas as verd verdad adei eira rass montanhas de ouro. No terceiro dia alguém lhe dirigiu a palavra. p alavra. Estava sentado à mesa. Acabara de jantar. Um homem à paisana entrou, olhou em volta como quem procura alguma coisa e aproximou-se. Perguntou delicadamente se o lugar ao lado de Peynchester estava desocupado. Mesmo Mesmo a contra contragost gostoo Peynch Peynchest ester er teve teve de reconh reconhece ecerr que estava estava.. De repent repentee lembrou-se de que aquele homem poderia ser o elemento de ligação. Resolveu ser um pouco mais amável e começou a conversar sobre coisas indiferentes. Falaram sobre o tempo e seu controle, que constantemente provocava discussões acirradas, porque parecia impossível satisfazer a todos. De qualquer maneira em Marte já havia mares rasos e inúmeros rios. Era uma consequência da atmosfera parecida com a da Terra e do controle sistemático do tempo. Depois de uma hora Peynchester despediu-se e levantou para ir ao apartamento, mas seu interlocutor levantou a cabeça. — Acho que ainda teremos de conversar sobre outro assunto, Mr. Peynchester. Queríamos ajudá-lo, mas o senhor nos colocou numa situação muito perigosa. Espere um momento. Irei com o senhor. De repente Peynchester sentiu a ameaça escondida nestas palavras e imaginou como pensavam eliminar o pretenso perigo. Simplesmente o matariam. Um morto não falava mais. Peynchester ficou sentado, mas viu o cano minúsculo de uma pistola energética apontado para ele por um segundo. O desconhecido voltou a guardar a arma. — Não crie problemas, Peynchester; não adianta. Não vamos matá-lo, se é o que acredita. O senhor tem de sair de circulação por algum tempo. Quando aparecer de novo, não será mais o Dr. Jordan Peynchester. Vamos andando. Iremos ao seu apartamento, o senhor faz as malas e depois vamos à minha casa. — Onde fica sua casa? — Quando chegar a hora o senhor saberá. Peynchester levantou devagar, com movimentos hesitantes. Não acreditava no que o homem dizia. Sentia que estava mentindo. Queriam matá-lo; não havia nada que o
convencesse do contrário. Precisava ganhar tempo. Talvez a polícia pudesse ajudá-lo; ou os hóspedes. Não seria tão complicado. A polícia estabeleceria sua identidade. O desconhecido caminhava a seu lado. Antes que Peynchester pudesse fazer alguma coisa veio a salvação em forma de um gerente do hotel. — Há visita para o senhor, Mr. Peynchester. São dois cavalheiros. Estão à sua espera na recepção. Posso levá-lo para lá? Peynchester acenou com a cabeça. Estava perplexo. Visita? Ninguém o visitaria, a não ser o representante dos ertrusianos. E este estava a seu lado. Mas pouco importava quem eram os visitantes. Parecia que tinham salvo sua vida. Os dois cavalheiros levantaram da poltrona e fitaram Peynchester enquanto este se aproximava. De repente o médico percebeu que o gerente do hotel era o único que continuava em sua companhia. O elemento de contato que possuía po ssuía uma pistola energética tinha desaparecido. — Dr. Jordan Peynchester? — perguntou um dos homens. Parecia antes uma afirmação. O homem tirou a mão do bolso e exibiu um distintivo prateado brilhante. — Somos da Segurança. Venha conosco. Vamos ao seu apartamento. Gostaríamos de fazer algumas perguntas, caso não tenha nenhuma objeção. Peynchester acompanhou os homens. Não tinha alternativa, pois não estava com vontade de que alguém desse sumiço nele. Antes confessar tudo que morrer. *** — O senhor não poderia ter deixado que isso acontecesse! — disse a mulher em tom tom furi furioso oso.. — Colo Coloco couu-no noss em perig perigoo sem sem nece necessi ssida dade de.. Po Porr qu quee não não liqu liquid idou ou Peynchester quando ainda estava sentado à mesa? — Acha que poderia ter fugido sem que ninguém notasse? — O homem abanou a cabeça. — Pode acreditar, teria sido impossível. Os dois homens da Segurança Solar apar aparec ecer eram am tão de repe repent ntee qu quee não não ti tive ve alte altern rnat ativ iva. a. Fu Fuii ob obri riga gado do a ir embo embora ra discretamente. O rosto da mulher assumiu uma expressão um pouco mais dura. — O senhor poderia ter aproveitado a alternativa, mesmo que no momento pensasse que não havia nenhuma chance. Sempre poderia ter escapado. O senhor nos teria ajudado bastante. O senhor já deve ter compreendido que Peynchester vai falar. — Ele não sabe nada, absolutamente nada. — O simples fato de existirmos representa um dado interessante para o Serviço Secr Se cret etoo sola solar. r. As busca buscass serã serãoo inte intens nsif ific icad adas as.. Po Pois is é, meu meu chap chapa, a, trat tratee de mata matar r Peynchester antes que ele seja levado à Terra. Senão o senhor será morto. O elemento de ligação de Peynchester quis dizer alguma coisa mas deparou-se com o rosto implacável da mulher, que desempenhava um papel importante na organização. Não sabia seu nome mas conhecia o rosto. Nunca o esqueceria. Acenou com a cabeça e levantou. — Cumprirei Cumprirei a tarefa. tarefa. Não tenha a menor dúvida. Peyncheste Peynchesterr ainda deve estar no hotel. Talvez já tenha começado a falar. — Ande depressa. Arrisque sua vida. O senhor não tem alternativa. O elemento de contato retirou-se e dali a dez minutos entrou no hotel em que Peynchester estivera hospedado. Foi diretamente à recepção e perguntou ao robô:
— Procuro um certo Mr. Peynchester. Ele me espera. Encontra-se no apartamento? — Encontra-se, sim, mas tem visita. — Sim, eu sei. São dois cavalheiros. Qual é o número, por favor? — Apartamento quatrocentos e dez, elevador número quatro. — Obrigado. O elemento de ligação pegou o elevador e subiu. Tinha certeza de que não estava send sendoo segu seguid ido. o. Não Não havi haviaa ning ningué uém m no corr corred edor or.. Um po pouc ucoo adia adiant ntee da po port rtaa do apartamento quatrocentos e dez havia um nicho. Entrou nele e ficou esperando. Sua mão segurava a pistola energética destravada. *** Nos primeiros trinta minutos Peynchester tentou negar tudo. Atribuiu a situação em que se encontrava a uma série de coincidências infelizes e garantiu que o Diretor Fosser poderia abonar sua conduta. Mas os dois homens da Segurança Solar não se envolveram em discussões. — Só estamos no seu apartamento por ser o lugar em que o senhor corre menos perigo. O próximo foguete de passageiros parte dentro de três horas. Vamos levá-lo de volta para Sydney, onde nossos colegas conversarão com o senhor. — Se Seus us cole colega gas? s? — perg pergun unto touu Pe Peyn ynch ches estter. er. — Deve Deve ser ser Guck Guckyy e os do dois is bioquímicos. Era o que eu imaginava. Gostaria de saber por que escolheram justamente a mim. — Ninguém respondeu, e Peynchester prosseguiu: — Talvez minha rede anti-telepatia os tenha incomodado...? Será que é proibido usá-la? Os dois homens continuaram com o rosto impassível. Um deles parecia entediado enquanto brincava com uma arma azulada brilhante parecida com uma pistola energética. Peynchester desistiu. Deram permissão para que arrumasse as malas. Finalmente chegou a hora. — Vamos embora. Primeiro eu, depois Peynchester. Você irá no fim. — O homem que segurava a arma acenou com a cabeça. — Tome cuidado. Abriu a porta e saiu para o corredor. Olhou em volta e fez sinal para que os outros o seguissem. A porta fechou-se atrás deles. De repente Peynchester soube que estava novamente em perigo. A organização não permitiria de forma alguma que o levassem vivo. Não sabia muita coisa, mas o pouco que podia dizer já era demais. Enquanto caminhavam em direção ao elevador, Peynchester levou de repente um forte empurrão que o fez cambalear. Foi o que lhe salvou a vida. O raio energético muito fino passou chiando junto ao seu ouvido e penetrou no revestimento de madeira da porta mais próxima. Seguiu-se outro empurrão que o fez cair. Quando conseguiu virar a cabeça, tudo tinha passado. Seu elemento de contato — Peynchester não demorou nem um pouco em reconhecê-lo — olhava para ele com uma expressão de incredulidade e tombou. A arma caiu sobre o tapete forrado. — Vamos embora! Os dois homens ergueram-no e empurraram-no para dentro do elevador. No caminho Peynchester ficou se perguntando se o elemento de contato queria matá-lo ou libertá-lo, mas não encontrou a resposta. Os dois homens o fizeram fizeram pagar a conta e o gerente gerente do hotel foi informado. informado. Olhou para o distintivo prateado e não fez perguntas. Chamaram um táxi aéreo que levou Peynchester e seus companheiros ao porto espacial.
A excursão para Marte terminara. *** Desta vez o Dr. Jordan Peynchester enfrentou Fellmer e Gucky sem a camuflagem mental. Os dois liam seus pensamentos como quem lê um livro, pois o uso da rede o tornara descuidado e destreinado. Certas pessoas com muita força de vontade eram perfe perfeita itamen mente te capaze capazess de engana enganarr até até mesmo mesmo um tel telepa epata. ta. Bastav Bastavaa que pensas pensassem sem constantemente em coisas sem importância. Mas Peynchester não sabia fazer isso. Ken Albrich formulou as perguntas. — O senhor trabalha para a Liga Carsualense, especialmente para Ertrus e o Triunvirato. Há quanto tempo? — Há alguns anos. Faz cerca de um ano e meio que não tenho feito nenhum trabalho. — Por quê? — Por causa do campo temporal. Depois que o Império Solar se recolheu ao futuro, as comu comuni nica caçõe çõess com com Ertr Ertrus us fora foram m inte interr rrom ompi pida das. s. Não Não temo temoss possi possibi bili lida dade de de estabelecer contato. Ken Albrich olhou atentamente para Peynchester. Fellmer acenou com a cabeça. — Quer dizer que não mantém mais contato com os homens que lhe dão ordens? — Só tenho contato com alguns elementos de ligação sem importância. Mais nada. Mas estes também não têm possibilidade de encaminhar as informações. Só seria possível através de Mercúrio e da eclusa do tempo. O senhor sabe perfeitamente que isto não pode ser feito. Ken acenou com a cabeça. — Eu sei. Fale mais sobre sua organização em nosso planeta. Quem são seus elementos de ligação? Como costumava transmitir as informações? De que forma? — Os elementos de ligação apareciam em vários lugares, de forma irregular. Nunca houve um ponto de encontro fixo. Queriam Queriam que eu descobrisse descobrisse o processo processo de fabricação fabricação do cosm cosmob obim im.. Mesm Mesmoo qu quee ti tive vess ssee cons conseg egui uido do,, não não teri teriaa como como pass passar ar adia adiant ntee a informação. Faz um ano e meio que não tenho contato com a organização. Ken achou que já estava na hora de fazer a pergunta decisiva. — Por acaso não lhe ocorreu que poderia encaminhar as informações diretamente para Ertrus, sem a interferência da organização e de seus elementos de ligação? Peyncheste Peynchesterr encarou-o encarou-o como quem não tinha compreendido compreendido.. Fell Fellmer mer e Gucky não deixaram que isso desviasse sua atenção. Concentraram-se nos pensamentos do traidor. — Sem os elementos de ligação? Como? Co mo? Seria impossível! — Seria mesmo? — perguntou Ken em tom de alerta. — Conheço um método formidável. Quer saber qual é? — Para quê? Não estou mais interessado. Gucky, que estava sentado junto à mesa ao lado, pensou: “ Preste atenção, Fellmer. Será que Peynchester realmente é esperto a ponto de enganar-nos? Não sabe mesmo?” mesmo?” “ Parece, Gucky. Fique atento!” atento!” — De qualquer maneira vou dizer — prosseguiu Ken Albrich. Se Peynchester era o traidor que procuravam, ele se trairia pelo menos através de um pensamento descuidado. Seria impossível enganar dois telepatas ao mesmo tempo. — O senhor colocou suas informações numa ampola de cosmobim vazia e fez com que fossem levadas para
Olimpo com o último lote. Lá chegaram automaticamente à Clínica Central de Ertrus. Não é verdade? Fellmer e Gucky surpreenderam-se com a variedade de pensamentos confusos e contraditórios que penetraram em suas mentes. Parecia que Peynchester realmente não sabia de nada. Até se recriminou enraivecido por não ter tido esta ideia formidável. Poderia ter fortalecido sua posição dentro da organização. — Quero saber se é verdade. Peynchester abanou a cabeça. — Não fiz isso. Não fiz mesmo! Juro. — Peynchester respirou profundamente. — Quer dizer que já se sabe o que aconteceu? aconteceu? O esconderijo esconderijo no futuro tornou-se inútil? inútil? — Sacudiu a cabeça. — Mas é claro! É tão simples. Uma ampola cheia de uma substância parecida com o cosmobim, mas que não é cosmobim. Ela fatalmente vai parar na Clínica Central de Baretus. Por que não me lembrei disso? Fellmer sacudiu os ombros ao ver que Ken o fitava com uma expressão indagadora. — Não está mentindo, Ken. De forma alguma. Ken estava furioso de verdade. Tinham agarrado o homem, somente para verificar que devia haver outro. Será que Peynchester sabia quem era? — Quem é o outro homem, Peynchester? Diga seu nome e eu lhe prometo que providenciaremos para que... — Mesmo que me prometa a liberdade, é inútil. Não sei se existe outro elemento de nossa no ssa orga organi niza zaçã çãoo na usina usina.. E esto estouu info inform rmad adoo mu muit itoo meno menoss sobr sobree o méto método do de transmissão de notícias de que acaba de falar. Juro. Gucky levantou e aproximou-se. Bateu com o dedo no braço de Ken. — Ele está dizendo a verdade, Ken. Não sabe mesmo. Já não pode mentir. Tivemos azar. Ken deu uma pancada na mesa. — Azar! É muito mais que isso. Podemos começar tudo de novo, só que desta vez ninguém acreditará que somos um grupo de pesquisa. A notícia da prisão de Peynchester se espalhará. Servirá de alerta ao verdadeiro agente. agen te. Certamente não se exporá. — Então temos de dar outro jeito para encontrá-lo, Ken. Vou dizer que jeito. Será que antes disso você poderia providenciar para que Peynchester fosse levado a um lugar em que esteja seguro? — Já estão à sua espera. Deighton quer conversar com ele. Dali a pouco vieram bus busca carr Pe Peyn ynch ches este ter. r. Como Como não não era era o trai traido dorr qu quee proc procur urav avam am e até até se reve revela lara ra relativamente inofensivo, Deighton até permitiu que a família o acompanhasse. Mas nem por isso escaparia ao castigo. Quando estava novamente a sós, Ken disse: — Muito bem, amigos. A partir de amanhã colaboraremos de uma forma mais estreita, trabalhando segundo um princípio. Não adianta andar procurando ao acaso. Vocês cuidarão das fichas dos funcionários, e eu dos relatórios sobre os negócios. Compararemos todos os fatos de suspeita e tentaremos estabelecer uma ligação entre eles. Terei de informar Fosser, senão ficará ainda mais admirado. Estão de acordo? — Quem manda é você — disse Lloyd e olhou para o relógio. — Não vamos fazer mais nada hoje? Ken sacudiu a cabeça, mas Gucky não era da mesma opinião. — Faremos, sim — disse em tom resoluto e apontou para a cama. — Vamos dormir.
5 No dia seguinte, logo depois do início do expediente, Ken Albrich se fez anunciar ao Diretor Fosser e abriu o jogo. Mostrou as cartas e ressaltou as consequências graves de qualquer indiscrição. Informou-o de que Peynchester fora preso. Fosser ficou muito surpreso. — Justamente Peynchester! Sempre pensei que fosse um homem trabalhador e honesto. Até mantinha relações particulares com ele. Tem uma mulher bonita e duas crianças encantadoras. Não acredito. — Já deve estar em Terrânia, Fosser. Na prisão da Segurança. Fosser fitou Albrich. — E agora? Acho que sua tarefa foi cumprida... — Infelizmente não. Nosso trabalho só vai começar. Procuramos outra coisa. A prisão de Peynchester deve ser considerada um resultado não desejado. Procuramos outro homem entre seus funcionários. Para descobrir uma pista preciso ser informado sobre todos os detalhes que saem da rotina. Peço que me dê permissão de examinar os relatórios de sua empresa. Não se trata tanto dos assuntos comerciais, que não são tão importantes, mas de outros acontecimentos. É possível que um fato insignificante nos coloque na pista certa. Mas para isso precisamos conhecê-lo. — É claro que os relatórios existem. Todos os dias é feito um registro dos acontecimentos. Inclusive dos corriqueiros. O senhor terá de examinar tudo, Mr. Albrich. Só assim poderá encontrar o que está procurando. Pode dispor do computador. O que direi ao meu pessoal se eles se espantarem? A prisão de Peynchester não ficará em segredo para sempre. — Nem a relação entre ela e nosso trabalho. Neste ponto o senhor tem razão. Nada de explicações, eu diria. O senhor nos conferiu plenos poderes, e é quanto basta. O traidor já foi prevenido e deve saber quem somos. Talvez seja bom, pois isto poderá levá--lo a descuidar-se. — Tomara — concluiu Fosser. Designou um técnico para ajudar Ken. — Não é fácil lidar com o banco de dados do computador, Mr. Albrich. O senhor poupará muito tempo aceitando o auxílio de Mr. Glob. — Vamos tentar. Muito obrigado, Mr. Fosser. Albrich fez um gesto de cumprimento para Mr. Glob, um homem de meia-idade, que parecia de confiança. — Vamos. *** Fellmer e Gucky voltaram a vasculhar as fichas dos funcionários. — Já começo a compreender as piadas que se fazem a respeito dos burocratas — gemeu Gucky enquanto sentava num canto e fechava os olhos. — Este trabalho dá sono. — E olhe que ainda somos felizes. O computador faz a maior parte do trabalho. — É verdade, mas temos de ensinar-lhe o que deve fazer. Dá para cansar. Fellmer apertou um botão. — Atenção. Vamos ver um certo Dr. Grindel.
Gucky ficou quase na mesma posição. Voltou a abrir os olhos para ver a tela de imagem, na qual estavam sendo projetados dados e informações. Infâ Infânc ncia ia,, juve juvent ntude ude,, estu estudo dos, s, prof profis issã são, o, viage viagens, ns, vida vida part partic icul ular ar,, epis episódi ódios os amorosos, acontecimentos especiais enfrentados durante a vida, posição na empresa, empregos anteriores, uma eventual condenação, a família... — Este levou uma vida bem chata — resmungou Gucky. — Medíocre e monótona. Nenhum indício, na minha opinião. — Devagar, baixinho. Vamos pelo menos pedir os detalhes das viagens. Nosso robô não levará mais de dez segundos para isso. Basta introduzir o cartão... e aí está. Ora veja... — Beretrixa... Não faz parte da Liga Carsualense? Que coisa interessante! Há sete anos? Foi há muito tempo. No entanto... — E depois disso algumas expedições para realizar tarefas particulares. Nenhum serviço para o governo ou as Usinas Fosser. Acho que devemos ficar de olho no tal do Grindel. Quem sabe se as pesquisas de Ken não revelam mais alguma coisa? Mas vamos continuar. Quem é o próximo...? *** — Ora essa! Todos os dias acontecem coisas extraordinárias. Depende do que se queira entender por isso. — Mr. Glob apontou para o computador. — Ele descobre tudo que o senhor possa desejar. Basta dizer a mim. Ken não sabia muito bem o que fazer. — Não se pode fazer uma classificação? Não adianta muito estudarmos toda a hist histór ória ia da usin usina, a, tent tentan ando do desc descobr obrir ir um indí indíci cio. o. Talv Talvez ez exis exista ta um meio meio de seu computador só apresentar o que há de especial. — Aquilo que não combina com o programa normal da indústria? — Exatamente. Exatamente. Um arrombamen arrombamento, to, por exemplo; exemplo; um furto, furto, um acidente... acidente... Bem, o senhor sabe o que quero dizer. — Sim. Talvez um incêndio ou a demissão de um funcionário. — Isso mesmo. Estas coisas me interessam. Mr. Glob iniciou o trabalho. Preparou o cartão de programação e colocou-o no computador. Pôs a máquina em funcionamento. As horas foram passando. *** — ...Akim Torow, médico. Vejamos o que há com ele. Gucky levantou e caminhou de um lado arrastando os pés, sempre de olho na tela de imagem. Não havia nada que lhe escapasse. — Algumas viagens, mas não foram muitas. O cara ficou quase sempre na Terra. Com a esposa, uma senhora chamada Tarja. É um homem competente e ganha um bom salário. Por que haveria de transformar-se em traidor? — Nem sempre é uma questão de dinheiro — disse Lloyd. — O ser humano também é impelido por motivos ideais. Conflitos de família ou coisa parecida. — Hum — fez Gucky em tom de incredulidade. Fellmer repetiu uma passagem que lhe chamara a atenção. — É estranho, mas conhece Peynchester muito bem. De antigamente. Também conhece o tal do Dr. Grindel. Além de um tal de Fenchel e o chefe da expedição, Afanch. Praticaram mergulho juntos.
— E daí? — Talvez seja uma coincidência sem importância, mas deveríamos investigar. — Não faço nenhuma objeção. — Parecia que Gucky estava mesmo perdendo a vontade. — Será que Ken descobriu alguma coisa? — Vá dar uma olhada, mas não demore. Vamos dar uma conferida em todos os conhecidos de Peynchester. — Uma Uma proc proces essa sada da no comp comput utad ador or,, vo você cê qu quer er dize dizerr — reti retifi fico couu Guck Guckyy e desmaterializou. — ...um incêndio, Mr. Albrich. Temos o registro minucioso. — Mr. Glob introduziu um cartão que retiraria o acontecimento do banco de dados. — Olhe. Foi em 26 de setembro de 3.430, um mês antes do caso Laurin. Ken não respondeu. Exatamente trinta e quatro dias antes do ataque dos antigos colonos contra o Sistema Solar e a passagem deste para o futuro houvera um pequeno incêndio nas Usinas Fosser. As causas nunca tinham sido esclarecidas. Os prejuízos não foram muito grandes. Foi destruído um total de mil ampolas pressurizadas de cosmobim, vazias e recém-fornecidas. De repente Ken acordou. Sabia que era o indício que estivera procurando há horas. Mil ampolas tinham desaparecido! Neste exato momento apareceu Gucky e perguntou em tom seco: — Nada ainda? Conosco acontece a mesma coisa. Que história chata. Ken apontou para a tela de imagem do banco de dados. — Olhe só, baixinho. Houve uma fogueira. Gucky acenou com a cabeça. — Tudo bem. E daí? Não conheço nenhuma fábrica na qual ainda não tenha havido um incêndio. — Pois eu aposto qualquer coisa como foi o primeiro e o último incêndio em que aparentemente foi destruída justamente uma das tais ampolas, na qual a informação sobre o caso Laurin chegou a Ertrus. Como é? Já deu um toque na sua cabeça? Gucky inclinou a cabeça e fez um gesto calmo. — Deu, sim, Ken. Um toque bem forte. E agora? — Fo Fora ram m mi mill ampol ampolas! as! Natu Natura ralm lmen ente te enco encont ntra rara ram m um rest resto, o, mas mas esta estava vam m quebradas e não deu para fazer a contagem. É bem possível que tenham desaparecido umas cem. Uma vez devidamente preparadas e com as informações em seu interior, podiam ser trocadas pelas verdadeiras. Só falta descobrir quem estava em condições de fazer isso, e agarramos nosso homem. — Vamos continuar, Mr. Albrich? — perguntou Mr. Glob. Ken chegou perto dele e colocou-lhe a mão sobre o ombro. — Acho que não é mais necessário. O senhor nos ajudou bastante, Mr. Glob. Não se esqueça de que tudo isto deve ficar em segredo. O senhor deverá guardar sigilo para não prejudicar nosso trabalho. Entendido? — Confie em mim. Ken segurou a mão de Gucky. — Pois é. Vamos ver se Fellmer descobriu alguma coisa. ***
Fellmer espantou-se ao ver Ken chegar com Gucky. Mas o espanto transformou-se em agitação quando ouviu a história do incêndio. — Por enquanto tudo indica que se trata de um incêndio criminoso. Mesmo que novecentas e noventa e nove ampolas tenham sido destruídas, bastou que restasse uma para que o incêndio cumprisse sua finalidade. Naturalmente é possível que as mil ampolas tenham sido uma imitação feita para substituir as outras antes do incêndio, mas acho isso pouco provável. O ladrão incendiário devia contar com a possibilidade de que pelo menos uma ampola resistisse ao incêndio e fosse examinada. Aí tudo teria sido descoberto. — Seja como for, temos de submeter a uma verificação especial todas as pessoas que tiveram oportunidade de aproximar-se das ampolas antes do incêndio. Assim que tivermos os nomes, deixaremos que o computador verifique quais dessas pessoas tiveram a possibilidade de fazer a troca antes da expedição. Se algum nome aparecer duas vezes, teremos avançado um pedaço. Acho que podemos começar. — Enquanto isso vou teleportar para a cantina, se não fizerem nenhuma objeção. Estou com fome e sede. Querem que traga alguma coisa para vocês? — Queremos. Mas não demore. Gucky sorriu e desapareceu. Fellmer e Ken começaram a trabalhar. Houve um único nome que apareceu duas vezes. O de Kalim Afanch, chefe da expedição.
6 Mas houve outra coisa. Ken Albrich descobriu quando pediu que Lloyd apresentasse mais uma vez o currículo de Kalim Afanch. O chefe da expedição só fora admitido na Radioquímica Fosser seis semanas antes do caso Laurin. Antes disso fizera uma viagem de férias para Punta Porta, um planeta pertencente ao Sistema Eyfing, que fazia parte da Liga Carsualense, o que não era motivo para provocar suspeitas, pois havia muitos funcionários das Usinas Fosser que já tinham estado em mundos pertencentes à Liga. Não se podia desconfiar de Afanch só por isso. Seu aspecto exterior também não era motivo para que fosse considerado um agente perigoso. Era considerado como um solteirão calmo, que falava pouco e não chamava a atenção nem pelas vestes, nem pelo comportamento. Os cabelos louros escassos e os movime movimento ntoss desaje desajeit itado adoss tornav tornavamam-no no antes antes um obj objeto eto de compai compaixão xão.. Era gentil gentil,, atencioso e estava sempre disposto a ajudar. Era apreciado pelos amigos e vizinhos, que sempre gostavam de recebê-lo. Quando a tela do banco de dados mencionou seu irmão, Ken Albrich teve a atenção despertada de repente. — Quer dizer que ele tem um u m irmão? — perguntou. O mutante olhou para a tela. — O senhor vai ver que ele tinha um. Seu irmão morreu em combate há vários anos. Servia na Frota Espacial. Ken limitou-se a acenar com a cabeça. O processamento feito pelo computador revelou um complexo doentio em Kalim Afanch, complexo este que tivera origem na morte prematura dos pais. Passara a dedicar seu amor ao irmão mais jovem, para o qual desempenhara o papel de pai e mãe. Criou Mochel Afanch, deu-lhe aulas e ensinou-lhe tudo que numa família boa costuma ser ensinado aos filhos. Quando adoecia, tratava dele com uma dedicação de que poucas mães eram capazes. A simpatia fraternal não foi abalada nem mesmo quando Kalim conheceu e começou a amar uma moça. Kalim renunciou ao direito de viver sua própria vida, desmanchando o noivado. O irmão passou a ser o objetivo de sua vida. Dali Dali a algu alguns ns anos anos Moche Mochell conc conclu luiu iu os estu estudo dos, s, torn tornan ando do-se -se um exce excele lent ntee engenheiro especializado em sistemas de propulsão. Não era de admirar que passasse a interessar-se por outras coisas e acalentasse a ideia de abandonar a Terra para conhecer outros mundos. Kalim resistiu às tentativas de abandoná-lo, manifestadas pelo irmão. Quando este foi foi convo convoca cado do para para o serv serviç içoo da Frot Frotaa durant durantee algum algumas as gu guer erra rass perif perifér éric icas as,, luto lutouu desesperadamente para conseguir a dispensa de Mochel. Teria conseguido mesmo, se este não se tivesse apresentado como voluntário. Foi a maior decepção que Kalim teve em toda a vida. O irmão ainda fez pouco dele, cham chaman ando do-o -o de cova covard rde. e. Kali Kalim m qu quas asee teve teve um cola colaps pso. o. Di Diri rigi giu-s u-see às auto autori rida dade dess cosm cosmon onáu áuti tica cas, s, mas mas a ún únic icaa coisa coisa que cons conseg egui uiuu fora foram m sorri sorrisos sos de comp compai aixã xãoo e incompreensões. Cada um era dono de seu nariz, e se Mochel Afanch, que era maior de idade, queria servir na Frota, ninguém podia p odia impedi-lo, nem mesmo seu irmão. Dali a alguns meses Mochel Afanch encontrou a morte numa batalha espacial.
Mais tarde Kalim candidatou-se a um emprego nas Usinas Fosser. Conseguiu-o graças às excelentes referências. Era só. — É quanto basta — disse Ken em tom indiferente. *** Kalim Afanch se encontrara com Rafel Gordar em Punta Porta. Vira nele um ertrusiano que se mostrava muito compreensivo, ouvindo suas lamentações e tentando consolá-lo. Aos poucos Rafel fora revelando o que queria mesmo. Pedira a Kalim que passasse a trabalhar para ele. Para ele, ou melhor, para o Serviço Secreto Carsualense. Kalim Afanch hesitara bastante, mas o ódio que sentia pelos terranos era mais forte que a razão e a moral. Concordou. Dali a um ano era empregado das Usinas Fosser. Certo dia Derek Kalbor teve a ideia de enviar as informações diretamente para Ertrus Ertrus colocando-a colocando-ass numa ampola. Afanch preparou tudo, inclusive inclusive o incêndio incêndio e o furto de algumas ampolas. Quando ocorreu o caso Laurin e o Sistema Solar foi isolado do resto do Universo, houve um arraso que ele não pôde evitar. evitar. Compreendeu Compreendeu que sua missão se tornara muito importante. Como engenheiro de expedição que era, conseguiu colocar a ampola previamente preparada dentro de um lote. Ela foi enviada para Olimpo e, finalmente, dali a trinta dias, acabou nas mãos vigilantes de Tont Tatre. Kalim Afanch tinha certeza absoluta de que as informações importantes por ele remetidas já haviam chegado ao destino. Não demoraria, e os inimigos da Terra saberiam o que tinha acontecido. Descobririam um meio de localizar Rhodan em seu esconderijo, e Mochel Afanch seria vingado. Era este o objetivo da vida de Kalim Afanch. Pouco lhe importava o que pudesse acontecer depois. *** No início da noite daquela dia estavam sentados no quarto de hotel de Lloyd, recapitulando tudo que tinham descoberto naquele dia. Não era muita coisa, mas para Ken Albrich era o suficiente. su ficiente. — Tenho certeza de que não precisamos procurar mais — disse finalmente. — O Afanch é o homem que procuramos. Não existe a menor dúvida. — Não sei como pode ter tanta certeza — disse Gucky. — Acho que é apenas uma coincidência. É verdade que seu nome saiu do computador, mas isso não prova nada. — É claro que não — reconheceu Ken. — Mas o complexo fraternal deve ser motivo suficiente para ele odiar os seres humanos. Em sua opinião foram eles que mataram seu irmão. Por que não haveria de querer vingar-se? Ainda temos sua passagem por Punta Porta, um planeta conhecido por ser um centro de agentes. As coisas mais incríveis podem ser encontradas por lá. Não podemos fazer nada, porque Punta Porta não nos pertence. Pode ter sido uma simples coincidência Afanch ter passado suas férias justamente nesse planeta, mas se ao voltar ele não se transformara num agente vocês poderão comer meus sapatos. — Você até que ficaria bem, descalço — murmurou Gucky. Ken não tomou conhecimento da brincadeira.
— No setor de expedição, com suas instalações complicadas, o chefe é o único que tem a possibilidade de trocar uma ampola. Será que Afanch se tornou chefe de expedição por acaso? — Ken abanou a cabeça. — Nunca. — O que vamos fazer? — perguntou Fellmer. Ken olhou para o relógio. — Poderíamos visitar Kalim em sua casa subaquática, mas ele talvez desconfiasse. Desta vez também acho que devemos ficar de olho no suspeito. Entrarei imediatamente em contato com o chefe local da Segurança. Não façam nada por enquanto. Esperem-me no hotel. Não temos muito tempo. Fosser informou que dentro de algumas semanas deverá ser enviado mais um lote para Olimpo. O medicamento ainda não foi colocado nas ampolas. — Vá andando — resmungou Gucky, que preferiria entrar em ação logo. — E trate de não demorar, meu chapa. Ken saiu andando. *** Dali a duas horas, quando voltou ao hotel, parecia muito confiante. Lloyd estava dormindo. Gucky assista a uma fita de vídeo, sentado no sofá. Quando Ken sentou à mesa, o rato-castor desligou o aparelho. ap arelho. — Então? — perguntou. O mutante teve a atenção despertada. Fitou Ken por um instante e disse: — Quer dizer que deu certo? Ken fez um gesto afirmativo. — Deu. Um membro do grupo local foi destacado para ajudar-nos; uma mulher, jovem e muito atraente. Seria estranho se Afanch não mordesse a isca. — Meu Deus! — gemeu Gucky. — Vão colocar uma mulher no pelo do coitado? Acham que merece tanta coisa? Ken sorriu debochado. — Não se preocupe. Não é nada do que você pensa. A casa subaquática que fica ao lado da de Afanch está desocupada há algumas semanas e deverá ser alugada. Ou melhor, foi alugada hoje de noite à dama a que acabo de referir-me. Seu nome é Jennifer Corall. Passa por uma jovem viúva cheia do dinheiro e nem um pouco triste com a perda sofrida. Entrará em contato com Afanch, e nós entraremos e sairemos de sua casa à vontade, de um jeito que Afanch não perceba, naturalmente. Oficialmente até nos afastaremos das Usinas Fosser. O dono informará que nossa missão foi cumprida. Se Afanch for o homem que procuramos, ele se sentirá seguro. E nós estaremos bem perto dele, observando. Então? Que acham de meu plano? — Concordamos, Concordamos, Ken. Não temos temos nenhum que seja melhor. Quando a tal da viúva se mudará para aquela casa? — Amanhã, Fellmer. Arranjamos um equipamento de mergulho e daremos uma olhada nos arredores da casa de Afanch. Aposto como ele se encontrará com um elemento de contato junto aos recifes. Não o fará na usina ou em qualquer outro lugar. — Ken levantou e bocejou. — Vou dormir um pouco, se não fizerem nenhuma objeção. Amanhã Amanhã procur procurare areii Fosser Fosser em seu escrit escritóri órioo para para desped despedirir-me. me. Vocês Vocês ficam ficam aqui. aqui. Oficialmente partiremos amanhã. Depois que Ken saiu, Gucky suspirou: — É um cara cheio de vitalidade. Pegará a tal da viúva bem na minha frente e na de Afanch, se ela for mesmo tão bonita como se diz.
— Não fique triste — disse Fellmer Lloyd e fechou os olhos. — Ela não tem dinheiro. Passaram-se Passaram-se três dias nos quais não aconteceu aconteceu nada. A “ viúva rica” rica” mudou-se para a casa ao lado da de Afanch, a “ comissão de investigações” investigações” despediu-se do diretor das Usinas Fosser e alguns membros da equipe que não tinham a consciência muito tranquila respiraram aliviados. Ken, Fellmer e Gucky partiram com um destino desconhecido. Deram algumas voltas, retornaram de noite e se enfiaram na casa de Mrs. Corall sem que nin ningué guém m os visse. visse. Instala Instalaram ram-se -se confort confortave avelme lmente nte no quarto quarto de hóspede hóspedes. s. Começariam a trabalhar no dia seguinte. Mrs. Jennifer fez visitas de cortesia aos vizinhos, mostrando-se muito alegre ao informar que despertara a atenção de Kalim Afanch. Não sabia dizer se a timidez por ele demonstrada era verdadeira ou fingida. — Parece meio desajeitado — disse aos visitantes e colegas. — É só falar em mergulho, e ele acorda. Isto me deu a ideia de pedir-lhe um favor. Amanhã ele me mostrará seu jardim subaquático e os arredores. De tarde, pois pediu que lhe dessem folga amanhã. Diz que foi uma u ma simples coincidência. — Interessante — murmurou Ken em tom de dúvida. — Disse mais alguma coisa? — Pouca coisa. Não tive oportunidade de examinar melhor sua casa, mas aposto qualquer coisa como está equipada com alarmes que denunciam prontamente qualquer invasão. Acho que neste ponto devemos ter muito cuidado. Era mesmo uma mulher bonita, a tal da Mrs. Jennifer. Ken constatou isso com uma indiferença total e resolveu passar oportunamente alguns dias de férias em Sydney. Se fosse possível. — Se ficar em casa amanhã, não poderemos fazer nada. A senhora mergulhará com ele e nós ficaremos aqui, observando. Mais tarde veremos o resto. No dia seguinte Afanch e Mrs. Jennifer mergulharam muito mais longe do que eles tinham previsto, o que os levou a mudar de plano. Nadaram até os recifes. — Se revistarmos a casa agora, ganharemos um dia inteiro — disse Ken aos amigos. — Acho que Gucky deveria ir sozinho. Poderá entrar lá usando a teleportação, locali localizan zando do os alarme alarmes. s. Talvez Talvez possa possa desati desativává-los los tel teleci ecinet netica icamen mente. te. Depois Depois que o ambiente estiver limpo, ele virá buscar-nos ou ao menos a mim. Fellmer ficará aqui, vigiando. Ele nos avisará se Afanch e Jennifer voltarem. — É um bom plano — concordou Gucky entusiasmado. — Já vou. — Cuidado! — ainda conseguiu alertar Ken antes que o rato-castor desaparecesse. Para Gucky não era nenhum problema saltar para dentro da casa de Afanch. Ficava a menos de cem metros e ele já tivera oportunidade de determinar sua localização exata. A disposição dos cômodos era parecida com a da casa vizinha, e o rato-castor resolveu não assumir nenhum risco. Materializou no hall do túnel do elevador. Parou e deu início a um teste de tateamento das fechaduras eletrônicas. Levou apenas alguns minutos para encontrar o que procurava. Desativou as instalações de alarme e só depois disso saltou para dentro da casa. Desco Descobr briu iu em temp tempoo o robôrobô-cr cria iado do,, qu quee esta estava va limp limpan ando do os apos aposent entos os.. Trat Tratou ou de manter--se afastado dele enquanto revistava a residência. Encontrou coisas que não deveriam estar na casa de um cidadão normal e inofensivo. Mas não bastava para lançar suspe suspeit itas as sobre sobre Afanc Afanch, h, mu muit itoo meno menoss prend prendêê-lo lo.. Qual Qualque querr um po podi diaa ter ter alar alarme mess sofisticados em sua casa, mas eles não costumavam fazer parte do cotidiano das pessoas. Gucky desativou-os de tal forma que ninguém pudesse descobrir o motivo da falha.
Não encontrou mais nada de suspeito, o que o deixou tremendamente decepcionado. Se Afanch era mesmo o traidor que procuravam, ele se cuidara muito bem. “ Estão voltando”, voltando”, disse o alerta telepático que Gucky recebeu de Lloyd. O rato-castor fixou a posição de Fellmer Lloyd e teleportou. Juntamente com Fellmer e Ken olhou pela janela da sala de estar, contemplando o verde da paisagem subaquática e reconheceu as duas figuras que se aproximavam nadando. Parecia que Jennifer acompanharia Afanch para dentro da casa. Seus pensamentos confirmaram a suposição. — Nosso solteirão tímido a convidou para tomar um drinque — informou Fellmer. — Está metendo a cara. — Eu o compreendo — disse Ken em tom de inveja. Gucky sorriu. *** Quando voltaram voltaram ao quarto, quarto, na noite daquele dia, encontraram encontraram uma surpresa. Nem mesmo os dois telepatas estavam preparados para ver um visitante que não se anunciara. Era um homem vindo da África. Via-se pela pele escura. Sentado na poltrona, folheava uma revista. Ao ver Ken, que foi o primeiro a entrar, levantou os olhos e sorriu amavelmente. Ken parou abruptamente e esperou que Fellmer e Gucky o alcançassem. Aí teve outra surpresa. Gucky soltou um grito de alegria e saltou para o colo do desconhecido. Abraçou-o e o boxeava constantemente nos quadris. Piava que nem um bebê. Não tinha mais nada do velho rato-castor, todo compenetrado, que gostava gos tava de aparentar. — Ras, meu velho! — disse em tom entusiasmado. — Como veio parar aqui? Que bom vê-lo de novo. — Gucky virou a cabeça. — Não fique com essa cara estúpida, Ken! Não conhece Ras Tschubai? Enviaram-no como reforço, para ajudar-nos. Fellmer Lloyd aproximou-se e estendeu a mão para Ras. Ras levantou e livrou-se de Gucky colocando-o sobre a mesa. Cumprimentou Ken depois que estavam sentados de novo. — Deighton achou conveniente colocar mais um teleportador à sua disposição. Ouvi dizer que já têm uma pista. Poderiam informar como estão as coisas? Ken fez um gesto de pouco-caso. — Suspeitamos do chefe de expedição Akim Afanch, mas não temos nenhuma prova. Estas estão sendo colhidas por nossa agente Jennifer Corall. Vai fazer uma visita a Afanch hoje de noite e tentará descobrir alguma coisa. — De repente Ken fitou Ras com uma expressão de espanto. — Como veio parar aqui? — Foi simples. Apresentei-me a seu chefe local de Sydney, que informou onde estavam. Aí teleportei diretamente para seu quarto. Não quis arriscar nada. Resolvi esperar. O suspeito podia estar justamente nesta casa. — Ah, é? — Ken parecia mais tranquilo. — É que mais ninguém sabe que ainda estamos em Sydney. Preste atenção. Vou contar os detalhes... Ras ficou sabendo tudo que precisava saber. Enquanto isso Gucky e Fellmer acompanharam as conversas que Afanch e Jennifer tiveram na casa vizinha. Eram as conversas que costumavam ser ouvidas num flerte. Isto só mudou quando o videofone de Afanch tocou de repente. Quando Fellmer informou isto, Ken interrompeu seu relatório. — Deve ser Fosser. — Ken dirigiu-se a Ras. — É bom que saiba que pedimos a Fosser que nos ajudasse. Avisará a Afanch que amanhã terá de estar na usina, porque o
lote de ertru-cosmobim será preparado. Se Afanch for o homem que procuramos, do que já não tenho nenhuma dúvida, ele fará alguma coisa. Hoje de noite. Todos ficaram em silêncio, para que os dois telepatas pudessem concentrar-se. Gucky captou com toda nitidez os impulsos mentais de Fosser, embora o diretor se encont encontras rasse se a alguns alguns qui quilôm lômetr etros os dali. dali. Fel Fellme lmerr Lloyd Lloyd encarr encarregou egou-se -se de receber receber os impulsos de Afanch. Desta forma puderam fazer mais tarde a reconstituição completa da palestra. Foi uma conversa curta: Fosser — Escute, Afanch. Preciso do senhor amanhã. O lote que deveria ter sido remetido há tempos sairá amanhã. Mandou preparar tudo? Afanch — Naturalmente, senhor. São mil caixas com um total de cinquenta mil ampolas. Pode confiar em mim. Está tudo em ordem. Fosser — Naturalmente, Afanch. O que andou fazendo hoje? Espreguiçando-se? Espreguiçando-se de verdade? Afanch — Descansei bastante, obrigado. Até amanhã, senhor. Fosser — Boa noite, Afanch. Jennifer, que acompanhara a conversa, despediu-se de Afanch. — Já é tarde. Não quero perturbá-lo mais. Foi uma bela noite, pela qual lhe fico muito grata. Da próxima vez o senhor será meu convidado. — Jennifer olhou Afanch bem nos olhos. — Espero que ainda sejamos bons amigos, Kalim. A timidez de Afanch ia desaparecendo. Levantou e acompanhou Jennifer para a eclusa. Uma vez lá, ela colocou o traje de mergulhador. — Sinto-me muito feliz por tê-la conhecido. Podemos ver-nos amanhã de noite? — Estarei à sua espera — disse Jennifer e entrou na câmara de mergulho. — Isto me deixa feliz. Afanch fechou a escotilha e deixou entrar a água. Foi à sala e certificou-se de que Jennifer nadava para sua casa. Ainda a viu entrar na eclusa. Pela primeira vez não prestou atenção ao que pensava. Descuidou-se, pois achou que não estava sendo observado. Além disso, o nervosismo que o acometera na semana passada o abandonava. Talvez fosse porque a estranha comissão de investigação, da qual sempre desconfiara, tinha ido embora. — Quer dizer que será amanhã — murmurou e pensou ao mesmo tempo, fazendo com que Fellmer e Gucky captassem perfeitamente seus pensamentos. — Está na hora de fazer alguma coisa. Era o que eles esperavam. *** Afanch colocou o equipamento de mergulho e nadou para a escuridão absoluta do mar raso. Parecia conhecer muito bem o caminho. Raramente ligava a luz para orientar-se, o que dava oportunidade a Jennifer, que o seguia discretamente, de não perder contato com a vítima. Jennifer também sabia em que direção ele ia. Afanch nadava para os recifes, no meio da noite. Não devia fazer isso por prazer. Entre a costa e os recifes o mar não tinha mais de vinte ou trinta metros de profundidade. Atrás dos recifes o fundo do mar caía abruptamente. Jennifer não sabia se Afanch estava armado. Tivera o cuidado de levar sua pequena pistola subaquática, arma com a qual sabia lidar muito bem.
Afanch passou por cima dos recifes e desceu. Parou ao atingir a profundidade de cem metros e aproximou-se do íngreme paredão subaquático. Uma única vez acendeu a lanterna por um instante, permitindo que Jennifer se orientasse. Ela também desceu rapidamente. Quando chegou ao lugar em que há pouco vira a luz, Afanch desaparecera. Jennifer esperou meia hora e começou a examinar o paredão de rocha. Não encontrou nada. Esperou mais uma hora e voltou à costa. Gucky e os três homens já estavam à sua espera em trajes de mergulhador. Fellmer e Lloyd tinham-se informado através dos pensamentos da mulher. — Só pode ter entrado no recife — disse Jennifer, furiosa por ter falhado. — Deve ser uma caverna, seu verdadeiro esconderijo. Será que vamos encontrá-lo? — Vamos, sim — disse Ken em tom resoluto. — A senhora fica aqui. Se dentro de uma hora não dermos notícias, avise o quartel-general de Sydney. Entendido? A descrição dada por Jennifer fora tão exata que logo encontraram o recife e o paredão. Quando chegaram a cem metros de profundidade, Gucky captou os impulsos mentais de Afanch. Eram bem fracos. Estavam sendo protegidos pela rocha ou por alguma barreira mecânica. Mas pelo menos tinham localizado o esconderijo escond erijo de Afanch. Comuni Comunicar caramam-se se pelos pelos microt microtran ransmi smissor ssores, es, cujo cujo alcanc alcancee era de apenas apenas alguns alguns metros. — Vamos entrar? — perguntou Ras Tschubai. — Posso levar Ken, Gucky e Fellmer. — Vamos esperar que Afanch saia da caverna e volte à casa — decidiu Ken. — Aí estaremos à sua espera. Aposto que trará provas. O resto encontraremos depois, na caverna. Esperaram meia hora, durante a qual não aconteceu nada. Somente uns cinquenta minutos depois viram de repente uma luz. Atrás do recife Afanch descuidou-se, pois sabia que não poderia ser visto da costa. Trazia uma sacola à prova de água no cinto, subiu e apagou a luz. Nadou rapidamente e com movimentos seguros em direção à casa, seguido pelos agentes. Quando saiu da eclusa de sua casa e entrou na sala, teve uma surpresa desagradável. Três homens, Jennifer e Gucky estavam à sua espera. Ken apontou uma pistola energética para ele. — Coloque a sacola sobre a mesa e nenhum movimento precipitado. O senhor soube proteger muito bem seus pensamentos, mas hoje tem se descuidado. Será que foi por causa de Mrs. Jennifer? Seria uma pena, Mr. Afanch. Agora quero que mostre o que traz nessa sacola. Afanch demonstrou uma calma surpreendente. Continuou com o rosto impassível ao colocar a sacola sobre a mesa. Ras Tschubai abriu-a e derramou o conteúdo sobre a mesa. Foi o suficiente. Afanch apontou para o bar. — Sei qual será meu destino, senhores. Concedem-me um último desejo? — Depende. — Um drinque, uma dose dupla. Ken hesitou. Olhou para Fellmer Lloyd. O telepata sacudiu os ombros. Afanch só pensava no drinque. — Está certo. Mas Jennifer nos dirá de que garrafa o senhor bebeu hoje de tarde. Aí não vejo nada demais.
Vigiado pelo grupo, Afanch encheu um grande copo de uísque. Depois de tomá-lo não continuaria sóbrio, mas isso não importava. Os interrogatórios a serem realizados em Terrânia só começariam no dia seguinte, talvez depois. Afanch bebeu. Depois disso foi colocado num planador policial especialmente chamado, que o levou à prisão do departamento de investigações da Segurança Solar em Sydney. Na manhã do dia seguinte foi encontrado morto em sua cela. *** Dali a três dias Ken Albrich entregou seu relatório em Terrânia. Os três mutantes (Fellmer Lloyd, Ras Tschubai e Gucky) também estavam presentes. Já conheciam o resto da história, mas escutaram com muita atenção. — ...e os médicos constataram que havia um veneno conservado no sangue de Afanch. Já devia estar lá pelo menos há dois anos. O álcool ingerido em doses exageradas exercia a função de catalisador, ativando o veneno, que se tornou mortal. Um copo de uísque foi suficiente. Infelizmente o suicídio não pôde pôd e ser evitado. “Quanto ao conteúdo da sacola que Afanch trazia consigo, encontramos exatamente o que esperávamos. Uma ampola pressurizada preparada, com duas microfitas, uma de som e outra de imagem. Já foram examinadas. Eis aqui o resultado em poucas palavras. O relatório minucioso foi colocado nos autos. “Este relatório contém todas as informações sobre o caso Laurin, até onde ele é do conhe conheci cime ment ntoo do pú públ blic icoo do Si Sist stem emaa So Sola lar. r. At Atéé mesm mesmoo os disc discur ursos sos de Rhoda Rhodann transmitidos pela tevê foram conservados, além de informações sobre a estrada dos containers e a eclusa temporal. Menciona até os rastreadores mentais que usamos para evitar a passagem indevida do tempo normal para o futuro. Afanch devia estar es tar muito bem info inform rmado ado.. Cert Certam amen ente te cont contav avaa com com elem elemen ento toss de liga ligaçã çãoo qu quee ainda ainda terã terãoo de ser descobertos. Com nossa atuação, pelo menos conseguimos evitar que as informações não chegassem lá fora. Já sabemos que precisamos cuidar-nos. “No dia seguinte, depois que Afanch tinha sido recolhido à prisão, examinamos a caverna subaquática. Gucky e Ras Tschubai teleportaram para dentro dela e viram que no recife oco havia uma verdadeira base da Liga Carsualense. Deve ter sido construída bem antes do caso Laurin. Além disso, encontramos trinta e quatro ampolas pressurizadas vazias, maçaricos térmicos para fechá-las, microfitas com os respectivos transmissores, cris crista tais is pare pareci cido doss com o cosm cosmobi obim m e ou outr tras as cois coisas as mais mais,, que cons consti titu tuem em prov provas as esmagadoras. “Tudo isso pode ser encontrado no minucioso relatório, senhor. Ainda peço licença para mencionar que se não fosse o auxílio eficiente dos mutantes Fellmer Lloyd, Ras Tschubai e Gucky dificilmente teria dado conta da tarefa. Só posso exprimir meus maiores elogios por sua colaboração.” Galbraith Deighton acenou com a cabeça. Parecia satisfeito. — Obrigado, Ken Albrich. Acho que não há mais nada que o impeça de continuar suas férias nas Bahamas, iniciadas e interrompidas tão de repente. Quando pretende viajar? Ken sorriu ao ouvir Gucky dizer: — Por mais depressa que ele vá, a dama já deve ter ido embora. Talvez haja outra, não é mesmo, Ken? Ken parou de sorrir. Parecia embaraçado de verdade. — Essa mania maldita de ler os pensamentos! — resmungou zangado.
Bell, que estava sentado perto de Rhodan, inclinou-se. Parecia mais interessado na insinuação que no relatório que acabara de ouvir. — Andou espionando de novo, baixinho? — Bell pigarreou. — Como é o nome da dama? — Jennifer — disse Gucky. Ken contorcia-se que nem uma enguia. — Foi por acaso — tentou defender-se. — Entrou em férias e teve a ideia de conhecer Nassau. Talvez nos encontremos por lá, mas será por acaso. — É claro, é claro. — Gucky fez um gesto paternal e bateu no ombro de Ken. — Também Também foi por acaso que você lhe comunicou comunicou o nome de seu hotel. hotel. Não se pode negar que a série de coincidências não passa de um acaso. Muito bem, Ken. Divirta-se em Nassau. Deighton livrou Ken do aperto. — Cada um passa as férias como quer. Mas voltemos ao caso Afanch. Acho que estamos todos de acordo que não estamos cem por cento seguros em nosso esconderijo no tempo. Um dia algum agente esperto conseguirá fazer a notícia para fora. Devemos fazer o que estiver ao nosso alcance para que isso demore o mais possível. Vamos redob redobra rarr no nossa ssa vigi vigilâ lânc ncia ia.. Os agen agente tess das das dive diversa rsass po potê tênc ncia iass estã estãoo em toda toda part parte. e. Levamo-nos para o futuro e eles perderam o contato com as pessoas para as quais trab trabal alha ham. m. Afan Afanch ch não não conse consegu guiu iu faze fazerr cheg chegar ar sua mens mensag agem em ao Se Serv rviç içoo Se Secr cret etoo Carsualense, isto graças à vigilância de um médico ertrusiano, mas os ertrusianos já têm cert certez ezaa de qu quee aind aindaa exis existi timo mos. s. Fa Farã rãoo tudo tudo para para desc descob obri rirr o rest resto. o. E acab acabar arão ão conseguindo, se não tivermos o máximo de cuidado. Galbraith Deighton levantou. — Senhores, é um prazer ver Mr. Albrich entrar em férias. Sem dúvida não demoraremos a vê-lo de novo. Talvez possa dar um jeito para que participe de sua próxima missão em companhia de nossos velhos mutantes. Depende da missão. — Deighton pigarreou e acrescentou: — Talvez até seja possível deixar participar de novo uma mulher. Pelo que fui informado por nosso escritório de Sydney, uma certa Jennifer pediu sua transferência para Terrânia. Talvez eu concorde. Bom descanso, Mr. Albrich. Ken ficou meio confuso. Finalmente sorriu e disse com uma calma surpreendente: — Muito obrigado, senhor. Vejo que nosso Serviço Secreto ainda funciona muito bem, inclusive no que diz respeito à esfera de privacidade das pessoas. Desta vez não tenho nenhuma objeção. Se precisarem de mim, sabem onde encontrar-me. — Pois é — resmungou Deighton. Deighton. — Também sabemos sabemos em companhia de quem o encontraremos. Depois que a porta voltou a ser fechada, Rhodan dirigiu-se a Gucky em tom preocupado. — Que cara é essa? Até parece que alguém lhe roubou uma cenoura. Aconteceu alguma coisa? Gucky apontou para a porta, com uma expressão acusadora no rosto. — Ora, veja, o Ken Albrich! Sua última mensagem. — O que quer dizer com isso? — Ele sabe que sou telepata. Por isso pensou certas coisas ao sair. Que safado! Rhodan sorriu. — Não poderia dizer...? — É o que estou fazendo. Ele me convidou, só em pensamento. Mas convidou de verdade.
— Para quê? — Para o casamento! — irrompeu Bell com um sorriso largo. — Não é isso? Gucky abanou a cabeça. Parecia perplexo. — Não foi. E é justamente o que me deixa intrigado. — Para que foi então? — perguntou Bell, curioso. Gucky pôs as mãos nos quadris. — Imaginem só! Convidou-me para o batizado. Moleque! Todos riram, enquanto Gucky ainda tentava em vão pôr na devida ordem os acontecimentos que ainda viriam. Enquanto isso Ken Albrich se dirigia ao porto espacial, onde seu planador esperava por ele. Assobiava alegre e descontraído.
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O rato-castor Gucky, que participa pessoalmente da caça aos agentes, consegue um resultado impres impression sionant ante. e. Por enquant enquantoo o segredo segredo do Sistem Sistemaa Ghost parece garantido. O próximo volume da série Perry Rhodan trata de um tema completamente diferente. Apresenta o povo dos mineradores, especialmente um ao qual a humanidade deve conhecimentos importantes. Trata-se de O Novo Elemento... O Novo Elemento — é este o título do próximo volume da série Perry Rhodan.
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