(P-402)
UFOS NA GALÁXIA Autor
CLARK DARLTON Tradução
RICHARD PAUL BISNETO Digitalização
DITACTUS
(De acordo, dentro do possível , com o Acordo Ortográfico válido desde 01/01/2009)
Os calendários registram os últimos dias do mês de set setem embr broo do an anoo 3.43 3.431. 1. Faz Faz cerc cercaa de um an anoo qu quee foi executado o Projeto Laurin. Para os que estão de fora e não estão bem informados, a Terra e os outros planetas do sistema solar da humanidade ffora oram m dest destru ruíd ídos os,, junt juntam amen ente te com com o sol, sol, numa numa trem tremen enda da irrupção energética. Mas os que vivem no Sistema Solar sabem que não é assim. Foram transferidos exatamente cinco minutos para o futuro, futuro, para que as frotas da coalizão anti-solar anti-solar batessem no vazio e não houvesse uma luta fratricida entre os humanos. Para evitar derramamento de sangue, Perry Rhodan, Administrador-Geral do Império Solar, efetuou conscientemente uma retirada espetacular. Trata-se de um lance cósmico que faz parte do Plano Solar de Quinhentos Anos. A Terra aparece, para operar no anonimato. Esta operação tornou-se necessária pela primeira vez em maio do ano 3.431. Um povo que se esqueceu da herança da humanidade precisa de auxílio com urgência, quando um velh velhoo inim inimig igoo do doss terra terrano nos, s, o im impé péri rioo de Dabr Dabrif ifa, a, tent tentaa subjugá-lo. O plano dos dabrifanos foi frustrado pela Intersolar, a nova nave-capitânia de Perry Rhodan, e o povo dos saparos não foi molestado. Mas a Intersolar logo tem de entrar em ação de novo. É por causa da presença surpreendente dos Ufos na Galáxia...
=======
Personagens Principais: = = = = = = =
Perry Rhodan
— O Administrador-Geral que sai para caçar
Ufos. Gucky — O último dos rato-castores. Coronel Korom-Khan Korom-Khan — Comandante da Intersolar. Screw
Howard — Chefe da mina de hogaltan no planeta Salem. — Um homem que se deixa prender pelos acalauries.
Dr. Redskin
Gunnar Helgerson Helgerson — Patriarca de uma nave de mineradores.
— O novo vigilante dos instintos de Perry Rhodan.
Lord Zwiebus Lord Zwiebus
1 A nave pos-bi designada pelo prefixo BOX 23114 aproximava-se do Sistema Solar a uma velocidade correspondente mais ou menos a um décimo da luz. Para sermos mais exatos, aproximava-se do lugar do Universo em que há um ano ficara o Sistema Solar. O sistema não existia mais. Ao menos no espaço normal e no agora. Os seis cérebros de comando vivos, e principalmente o robô-comandante, sabiam disso, pois eram os aliados mais fiéis de Perry Rhodan e dos terranos dirigidos por ele. Para ele não repr represe esent ntav avaa nenh nenhum um probl problem emaa de nave navega gaçã çãoo levar levar o cubo cubo giga gigant ntes esco co,, chei cheioo de protuberâncias bizarras, através da eclusa do tempo, conduzindo-o cinco minutos para o futuro e, portanto, ao Império Solar. A BOX 23114 fazia parte da frota de abastecimentos dos pos-bis, que abastecia o império estelar completamente isolado dos terranos com mercadorias e matérias-primas das mais diversas espécies. A nave cúbica encontrava-se em estado de rigorosa prontidão. Não era a primeira vez que o robô-comandante executava esta missão, e desta vez seu cérebro de plasma orgânico o alertava insistentemente para o perigo. Foi somente o fato de a natureza desse perigo ainda ser desconhecida que o impediu de mudar de rota e tentar mergulhar no espaço linear para escapar aos perseguidores. Ainda havia outro motivo para não fazer isso. O robô-comandante sabia que seria inútil. Tentara a mesma coisa desde que decolara de Salem, onde recebera uma carga de hogaltan, mais precisamente desde a segunda etapa de voo linear. Mas o misterioso perseguidor sempre o tinha seguido através do espaço linear. As esperanças dos pos-bis concentravam-se exclusivamente na última etapa, que foi programada para durar duas vezes mais que as outras. ou tras. Levaria diretamente para perto do Sistema Solar. Parecia que fora uma tática acertada. Depois do retorno ao universo normal já não havia o menor sinal do obstinado perseguidor. O pos-bi resolveu prosseguir em direção ao dest destin ino, o, mesm mesmoo saben sabendo do que isso isso acar acarre reta tava va o perig perigoo de o Impé Impéri rioo So Sola larr ser ser descoberto. Se necessário, caso o desconhecido voltasse a aparecer, poderia seguir adiante. Não havia nada nas telas dos rastreadores. O objeto cintilante que o perseguira por milhares de anos-luz não pôde ser detectado. Mas apesar disso o regime de prontidão rigorosa continuou. Não se arriscava somente a descoberta do sistema solar desaparecido, mas também a perda da preciosa carga da nave pos-bi. O hogaltan era um elemento usado em ligas metálicas importantes. Emitia uma radiação de pequena intensidade. Só era encontrado no planeta gigante com uma pressão atmosférica extremamente elevada. Era o único luga lugarr em qu quee po podi diaa form formar ar-s -se, e, e isto isto mesm mesmoo qu quan ando do a temp temper erat atur uraa médi médiaa não não ultrapassava a marca dos oitenta graus centígrados. Seria um planeta parecido com Júpiter, embora nele nunca tivesse sido descoberto hogaltan. Salem era um planeta deste tipo. Mas ficava a quase vinte e cinco mil anos-luz da Terra. A nave pos-bi continuou a reduzir a velocidade, pois aproximava-se dos postos de observação invisíveis e indetectáveis do Império Solar, situados na proximidade do planeta Mercúrio. Tinha de esperar para estabelecer contato.
Por mais precisas que fossem as medições, elas não permitiam o voo direto para a eclusa do tempo. Até mesmo a rotação relativamente lenta da Via-Láctea fora incluída nos cálculos, uma vez que modificava constantemente a posição geral do Sistema Solar. Mas mesmo assim havia desvios insignificantes, que não podiam ser considerados nos cálculos. Depois Depois de algum tempo a nave imobilizou-s imobilizou-see de vez. O veículo pos-bi permanecia permanecia imóvel no espaço relativamente ao eixo da rotação galáctico, esperando. Os rádios estavam na recepção, mas nenhum sinal saía dos alto-falantes. As telas permaneceram escuras. No centro de rastreamento o serviço de identificação funcionava à velocidade máxima. Não havia nenhum objeto num raio de vários anos-luz que não pudesse ser detectado e identificado. O perseguidor perdera sua pista. Mas depois de terem esperado dois minutos sem que houvesse nada, aconteceram duas coisas ao mesmo tempo. Os cent centro ross de ob obse serv rvaç ação ão temp tempor oral al de Rhod Rhodan an est estabel abelec ecer eram am cont contat ato, o, e o perseguidor medonho apareceu nas telas de rastreamento da BOX 23114. *** Por um simples acaso Perry Rhodan foi a Mercúrio vinte e quatro horas antes que acon aconte tece cesse ssem m esta estass cois coisas as.. Desde Desde qu quee fora fora po post stoo em func funcio iona name ment ntoo o camp campoo de alternância intertemporal, em 10-11-3.430, trazendo consigo o isolamento do Sistema Solar, Rhodan teve a surpresa de verificar que de repente dispunha de mais tempo para cuidar dos problemas internos da Terra e do Sistema. Muitas vezes visitava os planetas e conversava com os representantes eleitos daqueles mundos. Os representant representantes es dos nove planetas eram escolhidos escolhidos pelo povo, em eleição direta, direta, sem que suas candidaturas fossem previamente apresentadas pelos partidos, conforme acontecia nos primórdios da democracia. Desta forma os vinte e cinco bilhões de seres humanos que habitavam o Sistema Solar tinham oportunidade de escolher livremente seu chefe de governo. O mandato do Administrador-Geral tinha de ser confirmado a cada seis anos. As leis de emergência aprovadas pelo Parlamento lhe conferiam plenos poderes em situações extrem extremame amente nte graves graves,, permit permitind indoo que agisse agisse segund segundoo seu critér critério, io, sem consul consultar tar o Parlamento. Mas era obrigado a justificar posteriormente seus atos diante do Parlamento e dos representantes do Império Solar. Era a democracia que funcionava melhor. A liberdade de imprensa e de palavra era uma coisa aceita como natural, e as críticas construtivas eram objetivamente elaboradas e formuladas por instituições especializadas. No passado houvera opiniões segundo as quais o sistema estava errado, o que revelava um desconhecimento total do jogo político. Uma organização como o Império Solar não era fácil de governar e manter. Sempre tem de haver alguém que assume a responsabilidade. Além disso deve ser dada a possibilidade de afastar o responsável se ele falha. E essa possibilidade existia. O camp campoo de alte altern rnân ânci ciaa anti antite temp mpor oral al,, desi design gnado ado pela pela sigl siglaa CAA, CAA, esta estava va em condições de transferir o Sistema Solar cinco minutos para o futuro e mantê-lo lá. O centro de comando principal do CAA ficava no planeta Mercúrio, e o alternador do tempo ficava perto do polo norte, na zona de penumbra. A energia necessária era retirada do sol por meio de um sangrador hipertron, sendo conduzida ao centro de distribuição,
onde era levada aos diversos planetas. E naturalmente também aos satélites exteriores situados dentro do sistema s istema e além da órbita de Plutão. Desta forma o Sistema Solar se encontrava cinco minutos no futuro, embora não tivesse tivesse sofrido sofrido nenhuma nenhuma modificaç modificação ão em sua situação situação espacial. espacial. Era bem verdade verdade que já não não se enco encont ntra rava va no un univ iver erso so eins einste tein iniiano ano no norm rmal al,, mas mas na cham chamad adaa zona zona de instabilidade. Era uma zona comparável com o espaço linear, isto é, o semi-espaço situado entre o universo einsteiniano e o hiperespaço. Mas a zona de instabilidade era considerada como sendo uma parte permanente do hiperespaço. O campo de alternância antitemporal funcionava como uma espécie de bolha paratron, que evitava que os objetos materialmente instáveis se dissolvessem no hiperespaço. No céu da Terra e dos oito planetas restantes não havia mais estrelas, somente o sol e os próprios planetas. Ficava tudo diante de um suave fundo vermelho-brilhante, vindo do hiperespaço. Mas ainda restava uma ligação para o presente e o Universo. Era a eclusa do tempo, também conhecida como eclusa de etapa. A eclusa do tempo. Constituía-se de uma gigantesca galeria formada por energia, redonda e de diâmetro d iâmetro variável. Esta eclusa temporal permitia aos terranos voltarem a qualquer momento ao tempo atual, passando por Mercúrio. No fim do túnel do tempo ficava a janela do tempo, ligada a postos de observação que, embora fixados no tempo normal, ficavam envoltos no fluxo remanescente da eclusa a tal ponto que não podiam ser detectados do lado de fora. Os pequenos satélites transmitiam impressões óticas do futuro, através da eclusa do tempo, permitindo que Rhodan pudesse, a partir de Mercúrio, onde estava cinco minutos no futuro, enxergar o tempo atual, fazendo detecções e identificar os objetos que se aproximassem. Foi o que aconteceu naquele naqu ele momento. — É uma nave pos-bi, senhor. Acaba de estabelecer contato, mas de uma maneira fora do comum. Transmitiu um pedido de socorro. Rhodan olhou para as telas que mostravam tudo que acontecia cinco minutos no passado, mas ao mesmo tempo — ou seja, agora. — Um pedido de socorro, Major Igenberg? Poderia fazer o favor de explicar melhor? — Não é propriamente um pedido de socorro, senhor. Trata-se, antes, de um alerta. O pos-bi informa que durante todo o voo foi seguido por um objeto não identificado. Ainda diz ter-se livrado do perseguidor e pede que lhe mostremos o caminho para entrar na eclusa temporal. Rhodan voltou a olhar para a tela. Via-se perfeitamente o pos-bi. Mas era claro que o robô-comandante da nave fragmentária, com seus excelentes instrumentos, não era capaz de localizar a entrada da eclusa temporal ou ver os postos de observação. — Deu ordem para que nossos postos tentem localizar o objeto misterioso que seguiu a nave pos-bi? — Naturalmente, senhor. Acaba de chegar o resultado. Não há nenhum objeto detectável num raio de dois anos-luz, com exceção do pos-bi.
— Obrigado, Major Igenberg. Quer dizer que o perseguidor ainda se encontra no espa espaço ço li line near ar,, ou então então perd perdeu eu a pist pistaa do veícu veículo lo po pos-b s-bi. i. Acho Acho que deve deverí ríam amos os estabelecer contato. O major confirmou com um gesto e mexeu nos controles. controles. Estando no futuro, futuro, devia estabelecer contato de rádio com um parceiro que se encontrava cinco minutos no passado, e ainda por cima no espaço normal. No momento em que o robô-comandante da nave pos-bi respondeu ao chamado, o per perse segui guidor dor saiu saiu do espa espaço ço li line near ar e desl desloc ocouou-se se em dire direçã çãoo à nave nave frag fragme ment ntár ária ia,, desenvolvendo pouco menos que a velocidade da luz. No mesmo instante o Major Igenberg cortou a ligação. De repente ficou muito pálido. Encarou Perry Rhodan com uma expressão de perplexidade. *** Sempre havia histórias para contar; elas nunca acabariam. Serviam para quebrar a monotonia nas viagens longas através do cosmos, nas horas enfadonhas que os homens ficavam de sentinela — e, naturalmente, à mesa do café e nos postos avançados espalhados pelo Sistema Solar. Mas nos últimos doze meses uma história passara a ocupar um lugar cada vez mais destacado, o que não a tornou menos misteriosa ou interessante; pelo contrário. Há mil e quinhentos anos tinham sido os objetos voadores não identificados, os chamados Ufos, que agitavam a mente dos homens, até que finalmente se chegou à conclusão de que na maior parte não passavam de ilusões. Só restaram alguns objetos, dos quais se acreditavam que se tratava de sondas de observação de extraterrestres, ou em alguns casos até de máquinas do tempo vindas de um futuro distante. Nenhuma das duas hipóteses chegou a ser demonstrada, pois quando a Humanidade se uniu e Rhodan fundou o Império Solar os Ufos deixaram de aparecer no céu do planeta Terra. E agora voltaram a aparecer, há cerca de seis meses, se bem que numa forma bem diferente. Os Ufos do século vinte tinham algumas dezenas de metros de diâmetro, possuíam uma coroa luminosa e eram capazes de realizar manobras-relâmpago. Já os obje ob jeto toss vo voad ador ores es não não iden identi tifi fica cado doss daqu daquel eles es dias dias eram eram bo bolh lhas as ener energé géti tica cass mu muit itoo luminosas, cujo diâmetro às vezes chegava a quatro quilômetros. Saíam de repente do espaço linear e voltavam a desaparecer nele. Os misteriosos objetos luminosos tinham sido vistos em toda parte, mas nunca houvera um contato ou comunicação com eles ou seus ocupantes. Não se tinha a menor dúvida de que as bolhas luminosas daquele tipo eram uma espécie de campo energético defensivo que envolvia um objeto menor — provavelmente uma espaçonave. Ufos na Galáxia! Era um assunto sobre o qual se podia falar sem parar. Alguém inventara um nome para eles. Eram os acalauries. acalauries. *** Só dez seres humanos tinham sobrevivido durante o último milênio, graças aos ativadores de células. Eram, além de Perry Rhodan e Atlan, o Marechal Solar Julian Tifflor, o Marechal de Estado Reginald Bell, o Conselheiro de Finanças Homer G. Adams, o Professor Dr. Geoffry Abel Waringer e os mutantes Ras Tschubai, Fellmer Lloyd, Ivã Ivanovitch Goratchim e o siganês idoso chamado Harl Dephin.
E naturalmente Gucky, o rato-castor. Era o último exemplar da raça dos d os ilts. Havia um indivíduo novo no grupo: Lord Zwiebus, o neandertalense. Sobrevivera a uma experiência nas profundezas do Oceano Pacífico, experiência esta que fora realizada por extraterrestres há duzentos mil anos. Passara a ser o companheiro inseparável de Rhodan e um amigo especial de Gucky. Lord Lord Zwie Zwiebus bus era era um ti tipo po dife difere rent ntee do doss ou outr tros. os. Su Surp rpre reend endeu eu os cien cienti tist stas as,, aprendendo depressa o intercosmo, embora o falasse com sotaque e às vezes de forma incompreensível. Trocava palavras e conceitos, o que provocava muitos mal-entendidos, mas com o tempo conseguia comunicar-se perfeitamente. Seu tórax enorme, tal qual o resto do corpo, estava coberto com um couro marrom-escuro. Seus longos braços de macaco eram enfeitados por grossos feixes de músculos, e atrás da testa inclinada para trás ficava um cérebro potente. Além de amigo de Rhodan, tornou-se aquilo que se chamava de vigilante do instinto, uma vez que possuía todas as qualidades que se supunha existirem nos homens terr terran anos os prim primit itiv ivos. os. Era Era capa capazz de sent sentir ir um perig perigoo ante antess qu quee os homen homenss norma normais is percebessem qualquer coisa. Farejava que nem um cão, enxergava que nem uma águia e ouvia que nem um lince. Estava apoiado numa pesada e grosseira clava de madeira, que preferia às armas modernas, repuxando uma peça de tricô vermelho sustentada apenas com uma faixa que passava sobre o ombro esquerdo. O ombro direito ficou descoberto. — Brrrr...! — fez, zangado, e bateu o pé esquerdo. — Life Life chumado! chumado! Gucky soltou um profundo suspiro e voltou à ocupação anterior. Estava quebrando avelãs, sentado na cama. — O qu quee vem vem a ser ser um li life fe?? — perg pergun unto tou, u, embo embora ra natu natura ralm lmen ente te less lessee os pensamentos do neandertalense e soubesse o que este queria dizer. Era a troca e inversão de letras a que já estava acostumado. — Por que está zangado como um urso das cavernas? — Não só zanga angado do,, eu també ambém m abor aborre reci cido do!! — resm resmun ungo gouu Zwie Zwiebu buss e sent sentou ou cuid cuidado adosam samen ente te nu numa ma cade cadeir ira, a, para não quebrá-la. — Chefe entrando na eclu eclusa sa do temp tempo, o, eu sent sentad adoo vert vertoo de pocê. pocê. — Perto de você — corrigiu Gucky, enquanto mastigava uma avelã. — Você quis dizer nave idiota. Por qu quêê? A Inte Inters rsol olar ar é um umaa nave nave form formid idáv ável el;; não não tem nada de boba. Se alguém for, é você. Lord Zwiebus levantou em atitude amea ameaça çado dora ra e plan planto touu-se se à fren frente te de Gucky. Tinha mais do dobro do tamanho do rato-castor. — Um dia, com minhas mãos, eu o esmago como a um... um... um quê mesmo?
— Um piolho — disse Gucky, vindo em seu auxílio, mas teve o cuidado de segurar telecineticamente telecineticamente a clava antediluviana de Zwiebus para evitar que escorregasse. — Você deve saber o que é. Lord Zwiebus pôs-se a refletir por alguns instantes. Finalmente seu rosto mostrou que sabia. — Ah, sim, pica-pica, coça-coça. Gucky fez uma careta e soltou a clava. — Bem, pode-se pode-se chamá-lo chamá-lo assim. — Apontou para a tela do intercomun intercomunicado icador. r. — Olhe para Korom-Khan, nosso comandante. Vai acordar a tripulação para dizer que pode dormir à vontade; Acha que isso é uma pausa. O Coronel Korom-Khan, comandante da Intersolar, tinha quarenta e oito anos, sendo considerado relativamente jovem. Vinha da região que há mil e quinhentos anos era conhecida como o Paquistão. Tinha os cabelos completamente negros e a pele escura. A fala fria e calma não enganava en ganava a ninguém; era capaz de decisões e ações instantâneas. — Atenção, todos os tripulantes. Pausa terminou. Partiremos daqui a pouco. Os tripulantes de plantão e os oficiais deverão dirigir-se imediatamente aos seus postos. Fim da transmissão. A tela voltou a escurecer. Lord Zwiebus fitou Gucky como quem pede ajuda. — Quele — Quele disse? Gucky sacudiu a cabeça. — Você está me enervando com essa fala arrevesada. Você merece elogios por ser capaz de dizer alguma coisa, mas mesmo que tenha dormido duzentos mil anos na caixa de vida, você já poderia começar a usar uma fala mais civilizada. Compreendeu, homem das cavernas? — Não revesei nada e não sei o que é preender é preender . Gucky entrelaçou os dedos e voltou a sentar. — Por todos os espíritos bons e maus que existem no Cosmos, será que nenhum deles tem pena da gente? — Olhou para Zwiebus. — Comparado com você, um verme é uma fera de inteligência. Felizmente Lord Zwiebus mais uma vez não compreendeu as palavras de Gucky. Limitou-se a fazer um gesto de assentimento e disse com a voz gutural: — Partida. Isto eu compreendi. Quando partida? Gucky não respondeu. Tentara naquele instante estabelecer contato telepático com Rhod Rhodan an,, com com o qu qual al só po podi diaa comu comuni nica carr-se se dest destaa form formaa atra atravé véss de Whis Whispe per. r. A comunicação foi feita, mas Rhodan não respondeu. No momento tinha outros problemas. — Cale a boca! — gritou Gucky para Lord Zwiebus, que ficou perplexo. — Aconteceu Aconteceu alguma coisa na eclusa eclusa do tempo. tempo. Ei, fique aqui! Rhodan não precisa de nós. Além disso vamos partir logo. Quer correr atrás de nós? — Ah! — disse Zwiebus. Era um sinal de que não compreendera uma palavra e faria automaticamente a mesma coisa que Gucky. O rato-castor continuou sentado. *** O fogo claro branco-azulado não poderia deixar de ser visto. Brilhava como um pequeno sol. Considerado o tamanho, seu brilho até era mais forte. Nenhuma espécie de
matéria poderia ter um brilho tão forte. Sem dúvida tratava-se do campo defensivo que isolava completamente a espaçonave protegida por ele. — É um acalaurie! — disse Rhodan, calmo, embora não conseguisse evitar um ligeiro tremor da voz. — Deve ter seguido o pos-bi para saber qual era seu destino. Toma Tomara ra qu quee o robôrobô-co coma manda ndant ntee aind aindaa tenh tenhaa conse consegu guid idoo inte interp rpre reta tarr no nosso sso sina sinall goniométrico e entrar na eclusa do tempo. — Dificilmente — tranquilizou-o o Major Igenberg. — Interrompi imediatamente a transmissão. Só chegou a ser irradiada metade do impulso de identificação. Rhodan acenou com a cabeça. — Muito obrigado, major. Pelo menos evitou o pior. Providencie para que o Coronel Korom-Khan prepare a Intersolar e mais quatro naves. Enquanto o oficial retransmitia a mensagem, Rhodan viu através da janela do tempo o que se passava no universo normal a cinco minutos dentro do passado relativo. A nave pos-bi continuava parada no espaço. Parecia que ainda esperava que fosse conduzida para dentro da eclusa. Até chegara a desligar o campo energético que a protegia. Mas era outra coisa que ocupava exclusivamente a atenção de Rhodan. Apesar das estrelas, que não podiam ser vistas da superfície do planeta, avistou imediatamente o acalaurie, que se aproximava desenvolvendo quase a velocidade da luz. Ainda devia estar bem longe, mas sua luminosidade intensa permitia que fosse visto perfeitamente a milhões de quilômetros. Na verdade, não era tanto a presença misteriosa dos Ufos cósmicos que preocupava Rhodan e a humanidade, mas principalmente um fenômeno inexplicável que parecia ligado a essa presença. Eram Eram as expl explosõ osões es deva devast stado adora rass que se veri verifi fica cavam vam toda toda vez vez qu quee as bo bolh lhas as luminosas pousavam em algum planeta ou tentavam estabelecer contato com outras naves. Não havia dúvida de que eram explosões atômicas. Porr caus Po causaa dess dessaas expl explos osõe õess não pare pareci ciaa have haverr a menor enor dú dúvi vida da de qu quee os desconhecidos, fossem quem fossem eles, não procuravam estabelecer contato pacífico com os terranos ou outros grupos de poder inteligentes da Galáxia. Traziam a morte e a destruição e por isso tinham de ser considerados e tratados como inimigos. Mas alguma coisa no subconsciente de Rhodan o alertava. Alertava-o para que não tirasse conclusões precipitadas nem permitisse que os conceitos enraizados o levassem a cometer erros. Os acalauries podiam ter motivos que não correspondiam à psicologia humana, talvez até a contrariassem. Como das outras vezes, Rhodan ouviu a voz interior. Ficou de olho no ponto ofuscante entre as estrelas, que se aproximava muito depressa, mudando várias vezes de direção — o que sem dúvida era um sinal de que se tratava de um objeto guiado por seres inteligentes. A velocidade diminuía ininterruptamente. O pos-bi percorria vários quilômetros por segundo, afastando-se cada vez mais depressa. Mas não pôde escapar à ágil mancha luminosa que se aproximava numa velocidade alucinante, mudando de rumo com uma velocidade incrível. Até parecia que o acalaurie previa as manobras da nave pos-bi com alguns segundos de antecedência e reagia prontamente a elas. Os dois objetos ainda estavam a dez mil quilômetros um do outro, quando a bolha luminosa formou uma espécie de tentáculo luminoso. O dedo branco-azulado avançou pelo espaço vazio, balançou ligeiramente, e alcançou o veículo pos-bi.
Rhodan e Igenberg fecharam instintivamente os olhos ao verem o relâmpago que transformou a tela numa fonte de luz branca. A claridade foi tão forte que até mesmo a bolha luminosa se tornou invisível. Os dois homens só voltaram a abrir cuidadosamente os olhos olhos qu quan ando do os gase gasess inca incande ndesce scent ntes es come começa çara ram m a expa expand ndir ir-se -se no vácu vácuo, o, as primeiras estrelas voltaram a tornar-se visíveis e os acontecimentos que se verificavam no plano temporal normal puderam ser acompanhados de novo. A nave pos-bi deixara de existir. Uma explosão nuclear transformara-a em átomos, numa nuvem que brilhava ligeiramente, expandindo-se e rarefazendo-se cada vez mais. O acalaurie pôde ser visto de novo. Agora, que conseguira o que queria, voltou a reduzir a velocidade, mudou várias vezes de rumo e retornou na direção da eclusa do tempo, onde primeiro avistara o pos-bi depois que este entrara no universo einsteiniano. Era a primeira vez que Rhodan tinha oportunidade de ver um acalaurie de perto, sem correr um perigo imediato. O Major Igenberg fez o registrador de imagens funcionar ininterruptamente, tirando fotografias. A tela oval, quase redonda, brilhava num fogo claro branco-azulado. Era parecida com uma bolha. Não se sabia se em seu centro havia um objeto sólido que devia dev ia proteger. Visto de longe, o objeto realmente parecia um daqueles ufos a respeito dos quais os homens costumavam quebrar a cabeça há mil e quinhentos anos. O acalaurie reduziu a velocidade, dando a impressão de que procurava alguma coisa. Rhodan sabia que era impossível detectar a eclusa do tempo a partir do presente relativo, do tempo atual. Por isso mesmo continuou calmamente na sala de controle da janela do tempo, esperando. Depois de dez minutos aproximadamente a bolha luminosa energética voltou a acelerar e seguiu em direção à órbita de Plutão. Parecia Parecia que a intenção do acalaurie acalaurie era abandonar o lugar em que ficara ficara o Sistema Sistema Solar. Pelo menos ficara lá no espaço normal. *** — Ambiente carregado — informou Gucky ao seu amigo do peito, que tentava em vão abrir uma conserva de peixe com o tacape de madeira. — Deixe de comer como um idiota, Zwiebus. — Biente Biente regado? regado? — Lord Zwiebus interrompeu sua atividade. — Que isso? — Vire ao contrário e você descobre — disse Gucky laconicamente. — Rhodan acaba de entrar na nave. Vamos partir para seguir atrás de um destes fenômenos luminosos. De um acalaurie, você sabe?... — Zwiebus sabe — afirmou Zwiebus em tom confiante e bateu ruidosamente com o taca tacape pe na lata lata de cons conser erva va,, qu quee mu mudo douu de form forma, a, larg largan ando do seu cont conteú eúdo do.. — Eu conseguir . — Consegui! Consegui! — corrigiu Gucky automaticamente. — Partiremos dentro de dez minutos. Voltaremos ao tempo atual. Acho que vamos ficar aqui até que nos chamem. — O rato-castor virou o rosto para o neandertalense e viu-o sorver ruidosamente o mingau saído da lata. — Você nunca será um homem fino. — Brrr... Brrr... mpff — mpff — fez Lord Zwiebus e lambeu o tacape. Nem mesmo o fato de a tela do intercomunicador se ter acendido o fez interromper o que estava fazendo. Afinal, Gucky estava lá. Poderia prestar atenção à mensagem. Gucky prestou atenção.
— Decolagem de emergência dentro de alguns minutos — informou o comandante. — A partir deste momento a nave fica em estado de prontidão de terceiro grau. Isto significa uma atenção redobrada. As pausas só serão passadas nos camarotes ou nas cantinas setoriais. O Administrador-Geral se encontra a bordo. Fim da transmissão. Gucky fez mais uma tentativa de estabelecer contato direto com Rhodan, mas Whisper, o ser retransmissor telepático do planeta Khusal, que assumira a forma de uma manta para transformar-se no companheiro inseparável de Rhodan, protegeu o dono. Gucky não conseguiu chegar a Rhodan. O rato-castor sentiu um pouco de ciúmes e resmungou: — Deixe para lá. Se precisar de nós, que venha buscar-nos. Pessoalmente. Passe para cá uma lata, cacique... *** Havia a bordo da Intersolar dois emocionautas, o comandante e seu imediato, Coronel Senco Ahrat, nascido na Groenlândia, um continente formado por três ilhas que antigamente ficava sepultado sob o gelo eterno. Os emocionautas possuíam faculdades naturais, que ainda eram reforçadas num treinamento na academia especial da Terra. Graças a este dom eram capazes de, mais ou menos da mesma maneira maneira que os siganeses, siganeses, transmitir transmitir impulsos cerebrais cerebrais direto direto para os controles de suas espaçonaves, por meio de um equipamento especial. Este método lhes proporcionava uma incrível velocidade de reação. Só havia alguns milhares de emocionautas. Todos eles estavam no comando de naves muito importantes. Substituíram os antigos astronautas e cosmonautas. A Inte Inters rsol olar ar era era a ún únic icaa nave nave qu quee dispu dispunha nha de doi doiss emoc emocio iona naut utas as.. Quand Quandoo conduziam a figura imensa de aço, com dois mil e quinhentos metros de diâmetro, através do espaço cósmico, ficavam sentados à frente dos controles, embaixo do capacete-SERT (Simultan Emotion and Reflex Transmission), Transmission), dando a forma de pensamentos às suas ordens. As ordens mentais eram transmitidas automática e positronicamente ao capaceteSERT, que por sua vez as conduzia ao mecanismo de execução. Tudo isto era feito à velocidade dos impulsos nervosos do cérebro, isto é, aproximadamente à velocidade da luz. A consequência era a velocidade de reação já mencionada. Quando movia uma chave, o emocionauta permanecia imóvel em sua poltrona, com o capacete-SERT na cabeça, e pensava que a respectiva chave devia avançar ou recuar. E a chave fazia isso. No mesmo instante. O chefe da Emocio-Academia da Terra era o General Harl Dephin, um siganês de mil anos e quinze centímetros de altura. *** Rhodan sentou ao lado do Coronel Korom-Khan, assim que este concluiu sua transmissão. — Teve oportunidade de acompanhar os acontecimentos na tela, coronel? — Tive. Estive em contato com a janela do tempo através do intercomunicador. Que coisa horrível estes acalauries. E olhe que existem cientistas que afirmam que os coitados não têm a menor culpa. Dá para compreender, senhor? Não têm culpa de destruir nossas naves e transformar planetas inteiros em infernos atômicos! Rhodan fez um sinal em direção è eclusa do hangar que os separava da superfície do planeta Mercúrio.
— Vamos partir, coronel. Atravessaremos o corredor do tempo. Não se preocupe com as quatro naves que nos seguirão. Os comandantes receberam suas instruções. Tentarão ficar perto de nós. O ponto de encontro fica no Sistema Graper, situado no setor Slackmann, a vinte e quatro mil seiscentos e dezoito anos-luz daqui. Mas isto somente se perdermos o contato. Korom-Khan confirmou com um aceno de cabeça, olhou para os controles — e a Intersolar começou a movimentar-se como se estivesse sendo impelida por mão de fantasma. Subiu à superfície superfície de Mercúrio, Mercúrio, uma de cujas faces ficava constantemente constantemente voltada voltada para o sol e estava coberta de oceanos de chumbo derretido. A outra face ficava exposta ao frio do espaço, atualmente de um espaço em que não se viam estrelas. O polo norte ficava na zona da penumbra, entre o dia e a noite. Nesta zona reinavam temperaturas que o ser humano podia suportar. Os campos antigravitacionais sustentaram a nave até que esta pudesse ligar seus próprios campos, tornando dispensáveis as instalações do hangar. A gigantesca tela panorâmica instalada na sala de comando da Intersolar mostrava perfeitamente as outras vigias do hangar. Mais quatro unidades da Frota Solar apareceram na tela e entraram em contato de rádio com o Major Donald Freyer, que nessa fase da decolagem cuidava pessoalmente da sala de rádio da nave de Rhodan. O sol apareceu atrás do horizonte de Mercúrio. Era uma bola de fogo branca ofuscante, com uma luminosidade intensa. Rhodan teve de lembrar-se do acalaurie que pretendia perseguir. Do outro lado via-se o brilho vermelho-vivo da eclusa do tempo, subindo além dos cumes entrecortados de uma cadeia de montanha, que adquirira sua forma graças à ausência de atmosfera no planeta. A Intersolar seguiu nessa direção, seguida pelas outras quatro naves. A nave mergulhou e, passando de uma modalidade de cor à outra, recuou no tempo, até que surgisse uma luminosidade branca que anunciava a chegada ao presente relativo, ao tempo atual. A Intersolar saiu da eclusa temporal em alta velocidade, entrando no espaço normal. O sol e seus nove planetas desapareceram, uma vez que aqui e agora não existiam mais. Em compensação havia milhares de estrelas no céu, que antigamente os homens estavam acostumados a ver, mas que se tinham transformado numa visão rara. Uma das estrelas movimentava-se, tornando-se cada vez menor e menos luminosa. Era o acalaurie. Rhodan apontou para a tela e os rastreadores. — Não devemos perder contato — disse. *** Dali a dez minutos os instrumentos sensíveis do sensor do semi-espaço mostraram que o acalaurie se preparava para o voo linear. Dentro de mais alguns segundos a bolha brilhante saiu da tela panorâmica. — Voo linear! — disse Rhodan e admirou pela centésima vez a velocidade incrível das reações do Coronel Korom-Khan, movendo os controles sem mexer com as mãos. Permanecia praticamente imóvel na poltrona de comando, com o capacete-SERT na cabe cabeça ça,, dando dando suas suas orde ordens ns em silê silênc ncio io.. Esta Estass eram eram retr retran ansmi smiti tidas das e exec execut utada adass positronicamente. — Quem está no rastreamento? — O Major Ataro-Kusumi, senhor. Está cuidando pessoalmente do sensor do semi-espaço. Os dados estão sendo projetados na tela...
As estrelas desapareceram da tela panorâmica. A Intersolar voou pelo espaço linear. A bolha luminosa que representava o acalaurie voltou a ser vista na tela especial do sensor do semi-espaço. Ambos os objetos desenvolviam milhões de vezes a velocidade da luz, num espaço em que as leis do universo einsteiniano não valiam. No universo de Clarke não existiam velocidades inferiores à da luz. Qualquer objeto que se deslocasse mais devagar retornava automaticamente ao universo normal. Rhodan sabia que podia confiar em seus oficiais. Também sabia que dali em diante não precisariam mais dele. Levantou. — Se o acalaurie acalaurie desistir desistir do voo linear deveremos deveremos ter muito cuidado. cuidado. Em hipótese hipótese alguma deverá detectar-nos. Se isso acontecer, volte imediatamente ao espaço linear e tente escapar. Se houver qualquer coisa que quebre a rotina, avise, coronel. — Está bem, senhor. — Poderei ser encontrado em meu camarote. Rhodan retirou-se da enorme sala de comando. Sentiu-se mais aliviado quando chegou ao corredor. O interior da Intersolar era tão espaçoso que havia lugar para mais de cinco mil pessoas. Mas este número era suficiente para controlar a nave, quase toda dirigida automaticamente, e suas instalações positrônicas. O corredor estava vazio. Muitas vezes Rhodan, para fazer um pouco de exercício, dava longos passeios, durante os quais quase nunca se encontrava com alguém. Quando isso acontecia, ele sabia antes. Passou a mão carinhosamente pela manta de seda pendurada em seu ombro, que parecia incrustada de brilhantes. Mas não eram brilhantes que enfeitavam aquilo que parecia ser um tecido de seda. Tratava-se de sensores nervosos supersensíveis, graças aos quais Whisper era capaz de triplicar suas impressões sensoriais e as de seu companheiro. Rhodan salvara Whisper de morrer de fome, pois a estranha criatura não conhecia processo mais complexo que a ingestão de alimentos. Quando morreram os hospedeiros, que tinham entrado numa espécie de simbiose com Whisper e seus irmãos de raça, este também estava condenado à morte. Para absorver alimentos, eram obrigados a reduzir seu tamanho ao de uma bola de pingue-pongue e ficar mergulhados num líquido que continha proteína. Quando foi salvo, Whisper era o último exemplar de sua espécie. Manifestou sua gratidão estabelecendo uma simbiose com Rhodan. Era o companheiro inseparável do Administrador-Geral, em forma de um tecido de seda muito fino, com um metro e vinte de comprimento e setenta centímetros de largura. Whisper alertava Rhodan quando havia algum perigo, que permitia que enxergasse na escuridão completa e reforçava os dons telepáticos que lhe tinham sido conferidos pela natureza. Desta forma Rhodan teve a possibilidade de receber impulsos telepáticos dentro de certos limites. Mas não era capaz de transmiti-los. Mas Gucky, um telepata nato, esta estava va em condi condiçõ ções es de capt captar ar a qualq qualque uerr mo mome ment ntoo os pensa pensame ment ntos os de Rhoda Rhodan, n, mantendo contato com ele. Rhodan comunicava-se com Whisper através de impulsos mentais, transmitidos de cére cérebr broo a cére cérebr broo po porr meio meio de um cont contat atoo dire direto to do doss nerv nervos os da nu nuca ca.. Era Era um umaa comunicação silenciosa, que ninguém mais notava. — Gucky está brigando com Lord Zwiebus — pensou Whisper.
— Será que alguma vez deixa de fazer isso? — respondeu Rhodan em pensamento, seguindo seguindo em direção direção ao elevador elevador antigravit antigravitacion acional al mais próximo. — Precisamos Precisamos cuidar dos dois antes que o tédio os leve a fazer bobagens. Era claro que as pessoas que privavam da intimidade de Rhodan conheciam Whisper e suas faculdades. Era o que acontecia com Gucky e Zwiebus, que estavam fraternalmente sentados na cama do rato-castor, com o rosto mais inocente deste mundo. O tacape estava sobre a mesa. Ao lado dele viam-se algumas latas amassadas e uma garr garraf afaa de águ água. Rhod Rhodan an comp comprreend eendeu eu imedi mediat atam amen entte qu quee Guck Guckyy soub souber eraa telepaticamente telepaticamente de sua vinda e avisara Zwiebus. O Administrador-Geral fechou a porta e sentou à frente dos dois. — Vejo que estão na santa paz. Desde quando enterraram o tacape de guerra? Lord Zwiebus encarou Rhodan com uma expressão de perplexidade e murmurou: — Tacape não enterrado. Ainda preciso p reciso dele. Gucky soltou uma risadinha alegre e apontou para uma cadeira. — Sente, Perry. A bolha luminosa não nos escapará. Acabamos de comer alguma coisa. — Dá para ver — disse Rhodan e sentou enquanto olhava para as latas de conserva abertas à força. — Será que você não pode ensinar a este selvagem como se abre uma lata? Basta apertar a face inferior para que o conteúdo se aqueça enquanto a tampa se abre. Gucky suspirou. — Já viu alguém ensinar um cego a enxergar? — Gucky escorregou para o lado. — Ou idiota a pensar? Felizmente Lord Zwiebus não prestou atenção às suas palavras. O neandertalense não via nada além de Rhodan, ao qual dedicava uma u ma lealdade canina. Seu relacionamento com o Administrador-Geral era diferente do que mantinha com Gucky, mas no fundo do seu coração simples amava os dois e seria capaz de sacrificar a vida por eles. — Você não perde por esperar — exclamou Rhodan e lançou um olhar de recriminação para Gucky. — Ainda há de chegar o dia em que ele será mais inteligente que você. Já não é bobo, só tem dificuldade em aprender a falar. Não usa expressões sofisticadas, por assim dizer. Mas acho que você nunca teve um amigo em que pudesse confiar mais. Gucky ficou envergonhado. Baixou os olhos. — Você tem razão, Perry. É um sujeito formidável. Mas o que seria uma verdadeira amizade se a gente não soubesse que o amigo não fica zangado com o que a gente faz, porque sabe que só estou brincando? Zwiebus sabe. O neandertalense teve a atenção despertada ao ouvir seu nome. — Eu Zwiebus, Lord Zwiebus. Que houve? Rhodan sorriu. — Acabamos de chegar à conclusão de que você é um bom amigo. Lord Zwiebus ficou radiante. — Sou mesmo. Bom amigo. O melhor que existe. — Fez um sinal em direção ao rato-castor. — Também amigo de rato-piolho. Gucky estremeceu, mas conseguiu controlar-se. Esboçou um sorriso azedo. — Rato-castor, Zwiebus, rato-castor. Piolho faz piquenique, é muito pequeno e não existe mais. Então. — Mas existia muito antes de eu dormir muito. Boa noite.
A palavra boa noite não fazia o menor sentido. Não passa de uma associação de ideias que lhe tinha ocorrido naquele momento. Rhodan virou a cabeça ao ouvir o sinal do intercomunicador. A tela iluminou-se e o Terceiro-Oficial, Major Trec Lacuert, chamou. — Sala de comando chamando Perry Rhodan. Favor responder. Rhodan levantou e apertou o botão de transmissão. — Rhodan falando. Que há de novo? O major foi empurrado para o lado e o rosto de Korom-Khan apareceu na tela. O coronel parecia satisfeito. — Continuamos com o acalaurie no rastreador. Mudou sua rota várias vezes e está reduzindo a velocidade. Provavelmente pretende voltar ao espaço normal. Vamos segui-lo? — Só se for numa distância em que não corramos perigo. Se vier em nossa direção entre imediatamente em voo linear. Não vamos arriscar nenhum contato. Como estão as outras quatro naves de nossa frota? — Mantemos contato pelos rastreadores, senhor. — Está Está bem. bem. Po Pode dere reii ser ser encon encontr trad adoo a qualq qualque uerr mo mome ment ntoo aqui aqui ou em meu meu camarote. Siga as diretrizes gerais. O resto fica a seu critério. — Obrigado, senhor. A tela apagou-se. Gucky ficou escorregando de um lado para outro sobre a cama e perguntou: — O que espera conseguir seguindo o acalaurie, Perry? Não podemos arriscar-nos a estabelecer contato; seríamos destruídos. Mas apesar disso corremos atrás deste Zé Foguinho. Por quê? — Precisamos descobrir de onde eles vêm. Talvez consigamos fixar ao menos a direção. Conhecemos os acalauries e sabemos que representam um perigo. É verdade que não constituem nenhuma ameaça ao nosso sistema, mas pelo que vimos hoje podem atrapalhar nossas rotas de abastecimento. Um pos-bi foi destruído; não sabemos se isso aconteceu de propósito. Mas temos certeza de que levava uma carga valiosa: hogaltan do planeta Salem. Precisamos descobrir se o acalaurie seguiu o pos-bi de lá. Nesse caso, nosso pessoal que trabalha no Sistema Graper corre um perigo enorme. Temos de cuidar de sua segurança. Parecia que Lord Zwiebus não tinha compreendido uma palavra. Ouvia suas palavras com atenção, mas provavelmente não conhecia o sentido de muitas delas. Por isso preferiu ficar calado. — Como? As cinco naves de nossa frota não podem... — Sã Sãoo apen apenas as cinqu cinquen enta ta técni técnico coss e espe especi cial alis ista tas. s. É qu quant antoo bast basta. a. Está Está tudo tudo completamente automatizado. — Primeiro vamos seguir o acalaurie? — Isso mesmo. — Pois é — disse Gucky, exprimindo as dúvidas que trazia na mente. Rhodan levantou. — Vou deitar um pouco. Vocês ficam aqui? Gucky olhou ligeiramente para Lord Zwiebus. — Se quiser pode levá-lo. Rhodan sorriu e saiu andando em direção à porta. — Quero dormir, baixinho — disse e retirou-se. Gucky suspirou.
— É o que eu também queria fazer uma hora destas — murmurou enquanto pensava num meio de tirar Zwiebus da cama. *** O acalaurie permaneceu algum tempo no espaço normal. Não realizou nenhuma manobra que revelasse ter notado a presença do obstinado perseguidor. Levou duas horas percorrendo mais ou menos a velocidade da luz, sem mudar de rota ou velocidade. O Coronel Korom-Khan não teve a menor dúvida de que estava fazendo a determinação das posições. Já se encontravam a quatro mil anos-luz do Sistema Solar desaparecido. O imediato, Tenente-Coronel Senco Ahrat, apresentou-se para assumir seu posto. Esforçou-se para dar um aspecto mais ou menos normal à sua figura magra e ligeiramente torta enquanto esfregava o lado direito do nariz com o dedo indicador. Korom-Khan sentiu-se incomodado. — Se continuar assim, imediato, seu nariz acaba quebrando para o lado esquerdo. Já conseguiu entortá-lo. Senco Ahrat sorriu e ocupou seu lugar. — Não se preocupe, comandante. Tenho o nariz torto de nascença. Não me venha outra vez com a sugestão su gestão de corrigir isto. Nem pensar. Certa vez conheci um cara... — Já conheço a história. Num transplante um paciente recebeu um saco de tabaco em vez de fígado. Funcionou muito bem, mas os médicos acabaram se surpreendendo com o teor de nicotina de seu sangue. Acredita mesmo nessa história da carochinha? Senco Ahrat sacudiu a cabeça. — É claro que não acredito, mas nem por isso deixa de ser uma história bonita. O médico deve ter soltado cada palavrão, quando deu pela falta do saco de tabaco. Bem, não demorou a recebê-lo de volta. É que o paciente faleceu. O Coronel Korom-Khan preferiu mudar de assunto. — O acalaurie continua na mesma rota. Talvez nos tenha detectado e esteja esperando para ver o que vamos fazer. Mantenha contato com as outras naves, imediato. Se julgar necessário acordar-me, faça-o. — Quer que interrompa seu sono se o acalaurie entrar no espaço linear? — É claro que não. Seria uma reação normal das inteligências que dirigem o objeto. O mais importante é não perdê-lo de vista. — Perfeitamente, senhor. O Coronel Korom-Khan dirigiu-se à saída depois que vira Senco Ahrat colocar o capacete-SERT e assumir o controle da Intersolar. O Major Freyer, que estava de plantão na sala de rádio, chamou através da tela de comunicação. — Olá, imediato. Quer as informações? — Só se forem interessantes, major. Existe alguma? — Não. — Então continue dormindo. A tela escureceu. O tom das conversas entre os oficiais mais importantes da Intersolar era de uma amistosa rudeza, sem incluir chistes amáveis sobre as fraquezas dos interlocutores. Os psicólogos tinham informado Rhodan que este tipo de comportamento gerava muito menos tensões que uma disciplina muito rígida. O engenheiro-chefe, Nemus Cavaldi, um homem baixo, gordo a ponto de ser quase redondo, calvo e de barba negra que batia no peito, entrou caminhando sobre as pernas
curtas, atravessou a gigantesca sala de comando e espremeu-se junto à poltrona de Senco Ahrat. — Resolveu trabalhar um pouco? — perguntou em tom jovial e retorceu a barba, que já lhe rendera muitas perguntas tolas dos companheiros. — Qual é sua opinião sobre o acalaurie, se me permite a pergunta? Ahrat mal olhou para ele. — Pergunte a Ahaspere, que tem competência para resolver esse tipo de charada. Como físico-chefe deveria saber pelo menos o que estamos perseguindo, se é uma espaçonave ou uma bolha energética brilhante. Cavaldi sorriu. — O senhor vai achar graça, mas acabo de falar com ele. Só queria conhecer também a opinião pessoal do senhor. Ahrat permaneceu imóvel em sua poltrona de comando. — Escute, doutor. Sou o imediato e funciono como emocionauta. Represento o comandante e sigo um objeto voador não identificado. Naturalmente já andei pensando no que pode haver dentro da bolha luminosa, mas não cabe a mim descobrir isso. Mas já que perguntou darei uma resposta. Trata-se de um novo campo defensivo energético que pro prote tege ge um umaa espa espaço çona nave ve bem meno menor, r, qu quee evid eviden ente teme ment ntee é cond conduz uzid idaa por sere seress inteligentes. Mais alguma coisa? — Não. — Qual foi a opinião de nosso amigo Ahaspere, sempre bem-informado? Cavaldi continuava com o sorriso no rosto. — Exatamente a mesma que o senhor acaba de manifestar, imediato. Também penso assim. Acho que já chega de fazer perguntas. Ao menos por enquanto. Até logo mais. Cavaldi teve de fazer um grande esforço para libertar-se do estofamento pneumático e saiu em direção à sala de rádio. Provavelmente também queria arrancar a opinião de Freyer, para ter uma ideia da opinião dos do s tripulantes. Ahrat voltou a dedicar sua atenção às telas de imagens e aos seus instrumentos. Q acalaurie acelerou de novo. Mas pouco antes que pudesse entrar no espaço linear, soou um alarme estridente. Ahrat fez a ligação com a sala de comando sem mover um dedo. Continuava de olho no acalaurie. — Que houve, major? — Pedidos de socorro vindos pela ponte de hiperrádio, senhor. Registrei-os antes que terminassem. Está interessado em ouvir? — Um momento. Já vou até aí. Ahrat entrou em contato com o Major Kusumi, que como chefe do rastreamento era responsável pelo contato com o acalaurie. Enfatizou a necessidade de não permitir que o objeto luminoso saísse dos aparelhos e comunicou que dali a dois minutos a Intersolar também iniciaria o voo linear. Só depois disso abandonou a sala de comando. Correu para a sala de rádio, para examinar em primeira mão os pedidas de socorro. Freyer já preparara tudo. Apontou para a tela instalada acima do banco de dados. — Não temos contato visual, senhor. Só há desenhos coloridos que não significam nada. Talvez sejam superposições ou interferências de imagens. Recebemos o sinal através da ponte. Veio do sistema Graper. Mas é melhor o senhor mesmo ouvir... O rádio-operador apertou um botão.
Por alguns segundos Ahrat não ouviu nada além das interferências a que já se estava acostumando. Provinham das radio-estrelas. Finalmente ouviu-se a voz, mutilada, como que vinda de bem longe, mas forte e nítida graças ao sistema de ampliação da ponte de retransmissão. — ...fala Screw Howard — disse a voz. — Sou o chefe do grupo Salem. Estamos sendo atacados e pedimos auxílio com urgência. Os acalauries estão... Depois disso voltou a reinar o silêncio. Ahrat olhou fixamente para o aparelho. — É só isto? — Infelizmente, senhor. A transmissão foi interrompida de repente. Ahrat não perdeu tempo. Agradeceu e voltou correndo à sala de comando. Desta vez vez nem nem colo coloco couu o capa capace cete te-S -SER ERT. T. Usou Usou as mãos mãos para para esta estabe bele lece cerr cont contat atoo de intercomunicador com o comandante. Informou-o sobre a mensagem que acabara de ser recebida. Antes que a Intersolar pudesse entrar no espaço linear, Rhodan entrou na sala de comando e deu ordem para que a perseguição ao acalaurie fosse interrompida. — Vamos mudar de rota. Nosso destino é o sistema Graper. Já conhecemos as coordenadas. A distância é de vinte mil anos-luz. Acho que temos de andar depressa se ainda quisermos salvar alguma coisa. O Coronel Korom-Khan voltou a assumir o comando. Dali a cinco minutos a Intersolar desapareceu no espaço linear.
2 O planeta Salem era um dos mundos pertencentes ao chamado tipo Júpiter. Era o terceiro planeta do Sistema Graper e tinha 141.632 quilômetros de diâmetro. Levava pouco menos de treze horas e meia para completar um movimento de rotação em torno do próprio eixo. A temperatur temperaturaa média ficava em torno de cem graus abaixo do ponto de congelamento. A gravitação era de 2,49 G. Os componentes de amoníaco que faziam parte da atmosfera de hidrogênio e metano tinham sido liquefeitos, fazendo com que na superfície do planeta existissem amplas áreas que podiam ser designadas como oceanos — ocea oceano noss de amon amonía íaco co,, para para sermo sermoss mais mais prec precis isos os.. Este Estess ocea oceano noss banh banhav avam am os continentes, geralmente livres de gelo e neve por causa das tempestades eternas, de solo rochoso e sem o menor vestígio de vegetação. A pressão atmosférica em Salem era tão forte que só se podia pisar em sua super superfí fíci ciee em traj trajes es blin blinda dado doss espec especia iais is ou nos traj trajes es espa espaci ciai aiss com com os camp campos os energéticos ligados. Cinquenta seres humanos viviam em Salem, dentro de cúpulas de aço, cujas instalações luxuosas os faziam esquecer a solidão infinita daquele mundo vazio. O sistema sistema Graper era relativam relativamente ente pequeno e não fora descoberto descoberto por ninguém, ninguém, a não ser os terranos. Salem era um planeta rico em hogaltan, suprindo boa parte das necessidades dos terranos, embora por enquanto só estivesse sendo explorada uma única mina. A extração do minério que emitia radiações na quinta dimensão, a separação dos materiais inúteis e o carregamento das barras em estado puro, tudo isso era feito automaticamente. Os cinquenta engenheiros realizavam somente trabalhos de supervisão e operações de comunicação. Geralmente só recebiam visitas de naves cargueiras não tripuladas dos pos-bis. Raramente um cruzador da Frota Solar se arriscava a pousar no planeta. O engenheiro de minas Screw Howard tinha cento e trinta anos. Vivia em Salem há cem anos, menos o tempo das férias passadas na Terra e em outros planetas. Usava todas as oportunidades próprias ou impróprias para tentar convencer seus companheiros de que não havia em todo o Universo planeta mais belo que Salem, uma coisa com que ninguém concordava. Mas talvez isso fosse verdade ao menos para ele. Era um velho, com os cabelos completamente brancos, e andava ligeiramente encurvado. Se não fossem os equipamentos antigravitacionais instalados embaixo das cúpulas residenciais, já teria sido esmagado pela atuação constante do planeta gigantesco. Pouca gente suportava uma gravitação superior a dois gravos por mais de meia hora sem equipamentos especiais. Seu substituto Ron Ronald tinha cinquenta anos menos que ele. Era um tipo impetuoso, de cabelos escuros e gestos fortes. Tentava disfarçar a obesidade por meio de uma mobilidade especial, o que só era possível no interior das cúpulas. Do lado de fora, sob a gravitação de dois gravos e meio, isto não era possível nem mesmo com os neutralizadores gravitacionais dos trajes ligados. Dentro dos trajes blindados qualquer movimento parecia desajeitado, quer a pessoa quisesse quer não. Em Salem só ficava claro por algumas horas e a distribuição dos turnos de trabalho e sentinela fora adaptada à rotação mais rápida do planeta. Mas apesar disso ainda naqueles dias, depois de tantos séculos passados, os cálculos ainda se baseavam nos sistemas de medidas terranas. O tempo terrano continuava a valer.
Embora uma nave tivesse pousado em Salem exatamente há um mês, trazendo as últimas novidades. Era claro que este tipo de visita sempre era muito bem recebido, pois quebrava a monotonia dos homens mais solitários do Universo. Mas desta vez as notícias foram preocupantes, quase alarmantes. Os visitantes pertenciam à classe dos chamados prospectores. Tratava-se de um grupo parecido com o dos mercadores galácticos, que se tinham separado do Império Solar, tornando-se independentes. Isto não os impedia de estabelecer constantemente contato com os mundos coloniais para comerciar com eles. Já não possuíam nenhum mundo que pudessem considerar seu, pois geralmente viviam com as famílias e os descendentes em suas naves. Atravessavam o espaço sem parar, à procura de matérias-primas e minerais raros. Scre Sc rew w Howar Howardd rece recebe beuu-os os amav amavel elme ment nte, e, embo embora ra com com cert certaa desc desconf onfia ianç nça. a. Respondendo às suas perguntas, explicou que o hogaltan e todo o planeta Salem pertenciam de direito ao Império Solar, e que um sinal ligeiro bastaria para que metade da frota aparecesse dentro de muito pouco tempo. — Não digo isto para ameaçá-los — acrescentou Howard com um sorriso amável. — Só quero alertá-los. O chefe dos prospectores retribuiu o sorriso com a mesma amabilidade. — Não estamos interessados no hogaltan — disse com um gesto de pouco caso. — Quanto ao Império Solar, tenho a impressão de que faz tempo que o senhor não tem contato com este reino estelar imaginário. O fato é que o Império Solar não existe mais, e Perry Rhodan... bem, Perry Rhodan também deixou de existir. — Tolice! — retrucou Howard em tom enérgico, tentando disfarçar a surpresa. — Faz poucos dias que recebemos notícias pelo hiperrádio. Em nome de Rhodan. Então! Que me diz? O prospector continuou desconfiado. — Não digo nada. O radiooperador devia estar bêbedo. Screw Howard continuou calmo, mas Ron Ronald indignou-se. — Se há alguém bêbedo, é o senhor. Aparece aqui e quer que acreditemos em suas lorotas. É claro que Rhodan existe! Para onde acha que os pos-bis levam as cargas de hogaltan que saem daqui? Para o inferno? O prospector deu de ombros. — Pode ser — disse e não tocou mais no assunto. A nave partiu. No planeta ficaram cinquenta seres humanos que passaram a ser martirizados pela dúvida. Finalmente Howard transmitiu uma mensagem pelo hiperrádio. A resposta, que não demorou muito, deixou-o mais tranquilo. — Continuem com seu trabalho, membros do grupo Salem. Não dêem crédito a boatos. O Império Solar existe e sua conservação dependerá, em parte, da forma pela qual cumprirem seus deveres. Perry Rhodan concordou que os técnicos em Salem sejam revezados, caso desejem. Nin Ningu guém ém,, nem nem mesm mesmoo Sc Scre rew w Howar Howardd sabia sabia qu quee a mensa mensage gem m rece recebi bida da fora fora expedida por uma das naves que cruzavam a galáxia por ordem de Rhodan, para evitar que as ligações com os mundos coloniais fossem interrompidas e observar a evolução de outros grupos interestelares. Para Howard a notícia vinha da Terra, através da ponte retransmissora. Naquela noite ficaram muito tempo na cantina. O calendário marcava o dia 2 de outubro de 3.431, tempo terrano. Ronald se deleitara com o vinho forte, do qual os
prospectores tinham deixado um barril. Falava como uma matraca e ninguém conseguia convencê-lo a ir para a cama. Um dos homens levantou e piscou os olhos para Howard, que parecia desorientado. Não se importava muito com o que estava acontecendo, mas no dia seguinte precisaria de um homem descansado para fazer uma excursão às montanhas próximas. — Que houve, Farrell? O técnico, que não tinha mais de quarenta anos, encostou o dedo aos lábios e cochichou: — Daqui a pouco ele vai sumir. Um instante. Vou trazer sua esposa. Além de bonita, Heddy Ronald era uma mulher decidida. Ninguém a temia tanto quanto seu marido. Mal ouviu e registrou o nome de sua amada no subconsciente, voltou a ficar sóbrio e começou a compreender. Levantou-se de um salto e segurou Farrell pela manga do casaco. — Não vá. Você não pode fazer isso comigo... — Pode, sim — afirmou Howard em tom sério. — Se não for para casa logo, ele vai fazer isso mesmo. Você conhece Heddy. Aí não quero estar no seu lugar. Ron também não queria. — Ela já está dormindo. Quando é acordada fica muito mais zangada. Calma, amig amigos os,, já vo vou. u. Não Não po poss ssoo faze fazerr baru barulh lho, o, senã senãoo ela ela me ou ouve ve.. Está Estáva vamo moss nu numa ma conferência... hip... a respeito do que faremos amanhã. Não é mesmo? Ron foi embora. Algu Al guns ns ho home mens ns rira riram, m, mas logo logo se lemb lembra rara ram m das das espo esposa sass com com as qu quai aiss compartilhavam a vida cheia de privações. Pararam de rir. — Para hoje chega — disse Howard. — Temos um dia cansativo pela frente. Tratem de dormir. Howard não era casado; ou melhor, não era mais. Fazia muito tempo que tivera uma família, mas sua esposa falecera e enviara o filho à Terra pela primeira nave, para que frequentasse a Academia Espacial. Depois disso as notícias que o velho Howard recebia do filho passaram a ser cada vez mais raras e breves. No último ano deixaram de chegar de vez. Quando entrou no alojamento, fez como todas as noites. Olhou para os retratos pendurados na parede, que mostravam a esposa e o filho. Já não trabalhava para eles, apenas para si e para os ideais que há muito pertenciam ao passado. Era fraco demais para parar. Além disso a pequena colônia de Salem precisava de um pulso forte. E Howard achava que seu pulso era forte. Nas montanhas devia haver jazidas abundantes de hogaltan. Quanto a isso Howard tinha certeza. Parecia que as primeiras pesquisas e testes de radiações tinham provado isso. No dia seguinte teria informações mais precisas. Ali teria novamente um motivo para entrar em contato com a hiperestação mais próxima. A velha mina ainda era considerada bastante rentável, mas não se estaria cometendo nenhum erro ao procurar desde logo novas fontes de abastecimento. No futuro o hogaltan se tornaria ainda mais abundante. A noite só durou umas poucas horas. Howard mandou acordar os homens antes do amanhecer e pediu que dentro de trinta minutos comparecessem à eclusa sul, preparados para a caminhada. Nas condições reinantes seria muito cansativo marchar o trecho todo, motivo moti vo por que Howard mandara preparar o planador planador antigravi antigravitacio tacional. nal. Era um veículo veículo que reunia muitas vantagens, além de transporta transportarr seus passageiros passageiros com rapidez. Em seu porão de carga caberiam muitas amostras de minério. Na cabine pressurizada cabiam oito
pessoas. A gravitação reinante em seu interior era automaticamente regulada para um gravo. Os homens entraram. O físico Dr. Palmers sentou junto aos controles. O ar foi retirado da câmara da eclusa e a pesada escotilha externa abriu-se à frente do veículo. Quem pisasse pela primeira vez na superfície de Salem sem ter sido prevenido, seria levado a pensar que se encontrava no reino dos mortos, mesmo que se encontrasse na cabine pressurizada de um planador, onde nada tinha a temer. Uma grossa camada de nuvens circulava constantemente em torno do planeta, felizmente a grande altura. Além disso havia as tempestades climáticas, que não ficavam atrás das tempestades rotacionais. As depressões do solo estavam cheias de neve congelada, enquanto os lugares acessíveis ficavam vazios e descobertos. As montanhas próximas erguiam-se a dez mil metros, enquanto os cumes das montanhas do sul, nas quais se supunha existirem reservas de hogaltan, penetravam nas nuvens, a quinze quilômetros de altura. A mina que estava sendo explorada ficava do outro lado das montanhas conhecidas pelo nome de montanhas do Sul. Na extremidade norte das montanhas do Sul havia um platô que ficava a três quilômetros de altura. Era para onde se dirigiria d irigiria a expedição. — Você já esteve lá várias vezes, Redskin. Palmers terá algum problema em pousar lá? O planador foi atingido por uma rajada de vento que o empurrou em direção às montanhas do Oeste. Palmers foi muito hábil em compensar o deslocamento do ar e subiu mais. — É claro que não, patrão. Será fácil. Em minha opinião só há no platô uma fina camada de rocha cobrindo as jazidas mais abundantes de hogaltan que se possa imaginar. Infelizmente os testes de radiação não fornecem nenhuma indicação sobre o número de quilos ou toneladas dessa droga. Só provam que ela existe. Espero que dentro de algumas horas tenhamos outras informações. Palmers preferiu não sobrevoar as montanhas do Oeste. Como não eram muito extensas, contornou-as e aproximou-se do platô das montanhas do Sul pelo lado noroeste. O platô ficava a vinte e cinco quilômetros em linha reta das cúpulas residenciais, e a uns quinze quilômetros da mina de hogaltan, ho galtan, que ficava em outra direção. As montanhas subiam à frente deles. Parte delas penetrava nas nuvens, e assim tinha-se a impressão de que a cadeia de montanhas bloqueava o planeta para este lado. Howard já estivera do outro lado, e todos acreditavam nele quando dizia que lá se via exatamente a mesma coisa. Ninguém tinha muito interesse em verificar se isso era verdade. — Lá está — disse o Dr. Redskin e apontou para a frente. — Ao pé da montanha, três quilômetros acima da planície gelada. Siga mais para a esquerda, Palmers. Assim está melhor. Do lado direito as irregularidades da rocha produzem muitas turbulências. Tome cuidado. Dentro de mais dez minutos pousaram sem incidentes. O platô não era o lugar mais adequado para a extração de minérios. Quando a velha mina estivesse esgotada, as máquinas automáticas de mineração teriam de ser trazidas para lá sobre campos antigravitacionais. As barras de hogaltan puro poderiam ser levadas por via aérea ao local de pouso das naves pos-bis. Os ho home menns saí saíram pela ela ecl eclusa usa peque equena na.. Os pesad esadoos trajes ajes de prot proteeção ção embaraçavam-nos em seus movimentos, mas eles já estavam acostumados. Também se
tinham acostumado a deixar os campos energéticos constantemente ligados. Sem eles seria impossível compensar a tremenda pressão atmosférica. Redskin e Palmers montaram os aparelhos que tinham trazido. Assim que obtiveram ob tiveram os primeiros resultados, chamaram Howard. — Venha cá e veja! Deve haver toneladas disso nas montanhas. Toda a serra é uma fonte de radiações. — Redskin mal conseguia controlar seu entusiasmo. — Aposto que basta retirar um ou dois metros de rocha para deixar descoberta uma jazida inesgotável de hogaltan. Quem diria? — Vocês — respondeu Howard em tom seco. — Não sei por que estão tão surpresos. — Será que a gente nem pode alegrar-se por ver confirmada uma ideia? É verdade que já tín tínham hamos os feito feito mediçõ medições es e obt obtido ido result resultado adoss positiv positivos, os, mas ainda ainda restava restavam m algumas dúvidas. Podia ser que o hogaltan só existisse em pequenas quantidades. Mas agora já sabemos que existe mais do que poderíamos imaginar. Milhares de toneladas... — O transporte das instalações causará problemas — disse Howard para abafar o entusiasmo dos homens, mas acrescentou: — Vamos dar um jeito. O grupo ficou cinco horas no platô. Começou a escurecer. A rotação rápida do planeta levava-os novamente para a face noturna. Howard insistiu que partissem. Quando saíram já tinha escurecido de vez. Além dos instrumentos de navegação o piloto Palmers dispunha de dois meios de orientação, que naturalmente não deixou de usar. A mina de hogaltan e as cúpulas residenciais estavam fortemente iluminadas, apontando-lhe o caminho através da escuridão. O veículo pousou no hangar sem incidentes. Os homens livraram-se das incômodas vestes protetoras e correram aos alojamentos. Mais tarde encontraram-se com os outros, na cantina, e discutiram o resultado da excursão. As mulheres também estavam presentes. Participavam do trabalho dos maridos e cada uma delas tinha uma tarefa especial na pequena comunidade. Finalmente, quando foram para cima, ainda era o dia 2 de outubro de 3.431, tempo terrano. *** Geralmente Howard dormia bem e profundamente, mas naquela noite demorou muito a adormecer. Sentia uma inquietação para a qual não encontrava explicação. Por mais que o planeta Salem se parecesse com um inferno de gelo, ele e as condições nele reinantes não representavam nenhum perigo para as pessoas que nele viviam, desde que a gente o conhecesse e tomasse suas providências. As cúpulas de aço protegiam contra as intempéries, contra a elevada pressão atmosférica e até mesmo contra um possível tremor de terra. Salem não tinha habitantes que pudessem oferecer qualquer perigo. Os urbas não contavam. O fato ato é qu quee Howa Howarrd não não con onse segu guiia ado dorm rmeecer, cer, po porrqu quee sent sentia ia o per perigo igo desconhecido. Percebeu que se aproximava ap roximava sorrateiramente, aumentando cada vez mais. Mas isto também era uma tolice. Mesmo que uma nave se aproximasse do espaço sem aviso, os rastreadores automáticos a detectariam imediatamente e dariam o alarme. Enquanto isso não acontecia, não havia nenhuma nave estranha por perto Quando Quando vieram vieram os prospec prospector tores, es, o alert alertaa automá automáti tico co funcion funcionara ara.. Anuncia Anunciara ra a presença da nave estranha antes que ela penetrasse nas camadas superiores da atmosfera. Howard virou-se na cama e refletiu se devia tomar um calmante, quando a campainha estridente do alarme atirou-o literalmente para fora da cama. O alarme!
Acontecera mesmo! Saiu correndo, de pijama, e levou pouco menos de um minuto para chegar ao túnel que levava à cúpula em cujo interior ficavam as instalações de rádio e rastreamento. Redskin, que estava saindo de seu alojamento, quase tropeçou nele. Só usava ceroulas. — Uma nave! — disse fora de si. — É claro que não é uma baleia — disse Howard em tom sarcástico e continuou correndo. O túnel que ligava as duas cúpulas tinha quase vinte e cinco metros. O homem idoso tinha certeza de que nunca percorrera este trecho tão depressa. E já vivia nesse lugar há cem anos. Ao entrar na cúpula dos rastreadores viu logo que algumas telas se haviam ligado automaticamente quando soou o alarme. Mostravam as imagens captadas pelas objetivas dos satélites de observações que circulavam a grande altura em torno de Salem. A atmosfera era tão densa que não havia outra possibilidade de alguém que se encontrava na superfície observar o espaço cósmico. Uma das telas mostrava objetos bem estranhos. Howard parou abruptamente ao identificá-los. *** Redskin esbarrou nele. — Caramba, cara, são... Howard saiu andando devagar. Ouviu ruídos de passos vindos de trás. Outros homens tinham acordado e se dirigiam ao centro de rastreamento para descobrir por que fora dado o alarme. — Nada de conclusões precipitadas, Redskin. Parece que são, mas não sabemos se são mesmo. São menores, muito menores. As informações recebidas dizem que as bolhas luminosas têm até quatro quilômetros de diâmetro. — Talvez sejam filhotes de bolhas luminosas — murmurou Farrell. — Não me venha com suas brincadeiras estúpidas! — exclamou Howard, furioso. — Não podemos perder tempo com elas. Rakowski, ligue os aparelhos de registro e guarneça a estação de hiperrádio. Não transmita por enquanto. Talvez a situação não seja tão grave. — Os objetos têm quarenta ou cinquenta metros de diâmetro — disse Palmers. — Nunca ouvi dizer que existissem acalauries tão pequenos. Farrell abriu a boca, mas voltou a fechá-la. Se dissesse que os acalauries eram nuvens energéticas inteligentes que podiam ter filhotes, ninguém acreditaria. Achava absurda a teoria de que se tratava de um novo tipo de campo energético que servia para proteger as naves que se encontravam em seu interior. Howa Howard rd pare pareci ciaa cada cada vez vez mais mais preo preocu cupa pado do.. Pa Pare reci ciaa qu quee ele ele mesm mesmoo já não não acreditava que a situação não era tão grave. Os quatro objetos esquisitos parecidos com pequenos acalauries espalhavam um bri brilh lhoo ofus ofusca cant nte. e. O bril brilho ho dimi diminu nuiu iu po pouc ucoo qu quan ando do pene penetr trar aram am na atmo atmosf sfer eraa e continuaram a descer sem diminuir a velocidade. Fizeram uma ligeira mudança de rumo, mas logo voltaram a estabilizar sua rota. Os satélites perderam-nos de vista. A respectiva tela só mostrava um brilho fosco na atmosfera, que diminuía rapidamente.
Finalmente, depois de alguns segundos que pareciam não ter fim, os quatro objetos lumino lum inosos sos aparec aparecera eram m a qui quinze nze qui quilôm lômetr etros os de alt altura ura,, abaixo abaixo das nuvens nuvens eterna eternas. s. Acabavam de mudar novamente de rumo. Já se sabia qual era seu destino. A mina de hogaltan. De repente Screw Howard começou a mexer-se. Gritou algumas ordens e correu pelo túnel, para a cúpula residencial do lado direito. Os homens o seguiriam, enquanto alguns guardas de emergência guarneciam a cúpula de rastreamento. Howard certificou-se de que os grupos de homens e mulheres compostos para casos de emergência estavam na mesma eclusa que ele e colocavam os trajes ou as blindagens pressurizadas. A notícia de que os outros postos de defesa no interior das cúpulas também tinham sido guarnecidos foi transmitida pelos alto-falantes. Rakowski informou que acab acabar araa de prep prepar arar ar um umaa mensa mensage gem m de hiper hiperrá rádi dioo e só agua aguard rdav avaa inst instru ruçõ ções es para para transmiti-la. Ronald avisou que os quatro objetos luminosos se tinham aproximado a três quilômetros da mina e continuavam a reduzir a velocidade. Howard não perdeu mais tempo. Saiu da eclusa com as nove pessoas que estavam em sua companhia. Os neutra neutrali lizado zadores res antigr antigravi avita tacio cionai naiss tin tinham ham sido sido regula regulados dos de tal forma forma que podia podiam m movime movimenta ntar-s r-see com maior maior facil facilida idade de do que seria seria possíve possívell nas condiç condições ões normalmente reinantes na Terra. Os postos de defesa ficavam em lugares bem protegidos, no caminho que levava à mina. Suas instalações automáticas podiam ser controladas por um único homem, e num caso como este, em Salem as mulheres valiam tanto quanto os homens. Quando se encontravam a cinco quilômetros da mina, só restavam Howard e Heddy Ronald. Alcançaram uma pequena cúpula e entraram pela eclusa. Com uns poucos movimentos Howard ligou as telas e os aparelhos de telecomunicações que o punham em contato com o mundo exterior e os outros postos espalhados pelo planeta. Dois dos quatro objetos luminosos estavam parados obliquamente em cima da mina, a dois quilômetros de altura. Os outros desciam devagar, exatamente em direção ao edifício blindado que servia de alojamento durante as horas de trabalho. Mudaram de rota com frequência, embora ligeiramente, dando a impressão de que tinham dúvidas se deviam pousar. Howard começou a desconfiar de que sua teoria a respeito dos acalauries se tornava cada vez mais sólida, por mais que seus colegas e os cientistas pudessem achar graça. Já conversara muitas vezes sobre ela, mas suas opiniões sempre tinham sido consideradas ilógicas e sem base científica. Chegavam a dizer que ele se entregava a fantasias. O fato é que as duas bolhas luminosas hesitavam antes de pousar, o que só servia para reforçar a teoria de Howard. Conheciam o perigo que as ameaçava. Howard também conhecia. — Quando as duas bolhas tocarem a superfície, fechem as pálpebras e não olhem as telas! — gritou pelo telecomunicador para os companheiros espalhados pelos diversos postos. — O mais importante é que não percam a calma. Enquanto só pousarem perto da mina, nada nos acontecerá. Por enquanto não enviem nenhuma mensagem, Rakowski. Vamos deixar isso para depois. Nem mesmo o furacão foi capaz de afastar as bolhas luminosas do rumo, o que era mais uma prova de que se tratava de objetos dirigíveis e talvez até tripulados. As duas bolhas de cima permaneceram na mesma posição. Até parecia que estavam ancoradas na atmosfera. As outras duas estavam a apenas cem metros de altura.
A velocidade com que desciam ainda era de um metro por segundo. Howard fez um sinal para Heddy Ronald. — Será daqui a pouco: acontecerá o que sempre aconteceu. Para mim isto é uma prova, uma prova cem por cento. — Uma prova? De quê? — De que se trata de antimatéria, Heddy — respondeu Screw Howard. *** Os cem segundos transformaram-se numa eternidade. — Antimatéria? Já ouvi falar nisso, Screw. Sei que a antimatéria pode ser produzia artificialmente, com cuidados especiais. Quer dizer que em sua opinião estes objetos luminosos consistem em antimatéria? — Não são objetos luminosos, Heddy. O objeto formado por antimatéria na minha opinião fica envolto num campo energético que evita qualquer contato com nossa matéria normal. Ao menos sua finalidade é esta. Mas o campo não funciona quando a massa da matéria normal ultrapassa um ponto crítico. Não há dúvida de que em Salem isto deve acontecer. Os acalauries sabem disso, tomam seus cuidados, mas sempre voltam a experimentar. Agem assim por curiosidade, não por maldade. Heddy contemplou a tela e olhou pela vigia da pequena cúpula. Os dois objetos luminosos ainda estavam a cinquenta metros de altura. Continuavam a descer. — Por que nunca as vimos antes? Howard deu de ombros. — Acho que não vêm de nossa galáxia. Se viessem, já nos teríamos encontrado com eles. É possível que exista uma galáxia formada exclusivamente por antimatéria. Sabe o que acontece quando a antimatéria entra em contato com a matéria normal? — Sei. Há uma explosão nuclear. — Talvez não seja bem isso, mas o resultado é mais ou menos este. Cuidado, Heddy. Vai ser daqui a pouco. Não se esqueça de fechar os olhos. Não sei se o sistema antiofuscamento automático será suficiente para proteger-nos. Os dois objetos luminosos estavam a poucos metros do chão rochoso de Salem. Hesitaram, desceram mais um pouco e tocaram a superfície. Mesmo que não tivesse sido alertada, Heddy Ronald teria fechado os olhos. A luminosidade foi tão forte que a noite de Salem se transformou em dia. Os dois objetos detonaram ao mesmo tempo, produzindo um efeito maior que o da explosão de uma bomba atômica comum. A onda de pressão causou grandes devastações nos arredores, mas não afetou os postos de defesa nem as cúpulas residenciais. Mas o alojamento de emer emergê gênc ncia ia junt juntoo à mi mina na ti tinh nhaa desa desapa pare reci cido do qu quan ando do a bo bola la de fogo fogo subi subiuu e foi foi empalidecendo, permitindo que Howard abrisse os olhos e voltasse a enxergar. No lugar em que antes ficavam as instalações da mina só restava uma gigantesca cratera. As duas bolhas luminosas que se tinham mostrado mais cuidadosas não sofreram nada; foram atiradas atiradas para o lado e empurradas empurradas para cima pela onda de pressão. Subiram para o céu noturno, aumentando de velocidade, e desapareceram na espessa camada de nuvens. Dali a pouco apareceram nas telas dos satélites. — Acho que já vimos bastante — disse Howard e parafusou seu capacete. Em seguida ajudou Heddy a fazer o mesmo. — Vamos voltar à cúpula residencial. Aqui na mina nossa presença já não é necessária.
— Acha que a mina poderá ser aproveitada de novo? — Sim, mas só se vierem os necessários suprimentos. Não cabe a nós decidir sobre isto. Terei de informar a Terra. — E se a Terra não existe mais? Howard encarou-a com uma expressão vaga. — Não me venha você também com essa bobagem — resmungou e empurrou-a em direção à eclusa. — Vamos! *** Já era dia, mas ninguém pensava em trabalhar, muito menos em dormir. Estavam todos muito nervosos. Além disso Screw Howard convocara convocara toda a guarnição guarnição à cantina, cantina, para discutirem o assunto e chegarem a uma conclusão. Quando o vozerio diminuiu um pouco, levantou e disse: — Transmiti o pedido de socorro há meia hora. Não recebi a confirmação. Só me rest esta fazer azer vo voto toss de qu quee a men mensage sagem m foi rece recebi bida da po porr um umaa nave ave ou est estação ação retransmissora. Se dentro de uma semana não houver nenhuma reação, repetiremos a mensagem, desta vez em linguagem clara para que possa ser compreendida por qualquer um. Estão todos de acordo? Ninguém fez objeções. Howard acenou com a cabeça. Parecia satisfeito. — Passando ao incidente propriamente dito: bem, vocês sabem aonde quero chegar. É mesmo antimatéria! Foi a primeira vez que tive oportunidade de presenciar o contato direto de um acalaurie com a matéria normal. Não existe a menor dúvida; minha teoria está certa. Qualquer coisa em que um acalaurie toca explode. As partículas nucleares são trocadas, ou ao menos tentam. Há uma reação tão violenta que produz os efeitos de uma explosão. No nosso caso específico acontece que a massa de Salem é maior que a dos dois acalauries. Em virtude disso ambos foram destruídos. Há outro detalhe: acho que os dois objetos luminosos são veículos de desembarque dos acalauries, talvez até esses próprios seres, que se envolveram num campo defensivo para proteger-se contra nossa maté matéri ria, a, isto isto é, para para prot protege egerr sua anti antima maté téri ria. a. Tinha Tinham m espe espera rança nça de não não prov provoc ocar ar nenhuma explosão. Foi um acidente. Mas isto não pode servir-nos de consolo. A mina foi destruída e se os acalauries tiverem a ideia de descer perto das cúpulas residenciais estamos perdidos. As coisas ainda seriam piores se a própria nave tentasse pousar. Os homens reunidos na cantina agitaram-se. ag itaram-se. Alguém pediu a palavra. Howard fez um sinal de assentimento. — Pois não, Palmers. O que é? — Andei pensando em sua teoria. Você sabe disso. Já começo a acreditar que você talvez tenha razão. O que vamos fazer? Precisamos resolver antes que seja tarde. — Não podemos fazer muita coisa, Palmers. Dentro das cúpulas ainda estaremos mais ou menos em segurança. Além disso é o único lugar em que podemos sobreviver por muito tempo. Não sei quanto tempo demorará até que nosso pedido de socorro seja retr retran ansmi smiti tido do,, isto isto se foi foi rece recebi bido do.. Rako Rakowsk wskii cont contin inua uará rá a tran transm smit itir ir.. Cons Consta tato touu interferências fortes. Não se sabe se nossa mensagem foi recebida. Ainda não recebemos nenhuma confirmação, conforme já ressaltei. Mas sugiro que saiamos das cúpulas e nos retiremos para as montanhas do Sul. Mesmo que haja explosões atômicas mais fortes, lá esta estare remo moss sufic suficie ient ntem emen ente te prot proteg egid idos os.. Pe Pegam gamos os os plan planado adore ress e ench enchem emo-l o-los os de pro provi visõ sões es,, par para não não depe depend nder ermo moss do doss qu quee estão stão depo deposi sittados ados aqui aqui.. Acho Acho qu quee aguentaremos algum tempo lá fora. Se não acontecer nada, voltaremos para cá. — Howard respirou profundamente. — Alguém tem uma sugestão melhor?
— Por que não ficamos aqui? — Foi o engenheiro Denver que fez a pergunta. — Mesmo que estejamos estejamos nas montanhas e sobrevivemos sobrevivemos à destruição destruição das cúpulas, isto não adiantará nada. Fora delas morreremos dentro de algumas semanas. — O engenheiro hesitou um pouco antes de acrescentar: — É preferível ficarmos nas cúpulas, que oferecem alguma proteção. Howard sacudiu a cabeça. — Acho que devemos fugir. Você acaba de dizer que nas montanhas poderemos sobreviver por algumas semanas, e é isso mesmo. É possível que dentro deste tempo chegue alguma nave. Mas as cúpulas residenciais poderão ser destruídas hoje ou amanhã. Quer dizer que saindo delas, por enquanto nossas chances de sobrevivência aumentam. Tenho certeza de que os acalauries voltarão. Certamente foram atraídos pelo hogaltan, senão não teriam pousado justamente junto à mina. — Concordo com o plano de Howard — disse o Dr. Palmers em tom calmo. A decisão tinha sido tomada. Mesmo Denver não teve mais nenhuma objeção. — Partiremos dentro de duas horas — decidiu Howard. — Os solteiros podem começar logo a colocar a carga nos planadores. Rakowski, você ficará por enquanto na sala de rádio. Dê o alarme caso os acalauries voltem a aproximar-se. Envie novamente o pedido de socorro, em código. — Howard refletiu um instante. — Não, pode mandá-lo logo em linguagem clara. Você se lembra do texto. Rakowski acenou com a cabeça e saiu. Os outros começaram seu trabalho. *** O Dr. Redskin, que já fizera várias excursões com Howard, conhecia um bom esconderijo nas montanhas do Sul. Tratava-se de uma grande caverna natural, cuja entrada dava para o norte. Para o leste e oeste as rochas salientes ofereciam boa proteção contra as tempestades; à frente da caverna havia um platô no qual os planadores podiam pousar muito bem. Os veículos voaram o mais baixo possível, para não ficarem expostos ao furacão. Rakowski ficara por iniciativa própria na cúpula de rádio, de onde mantinha contato permanente com os planadores. Enviava ininterruptamente o pedido de socorro ao espaço, mas não houve nenhuma confirmação de que seu hipersinal fora recebido por alguém. Era claro que as cabines dos planadores não substituíam as cúpulas residenciais, mas pelo menos dentro delas puderam ser tirados os pesados trajes de proteção. Havia uma pequena eclusa no chão, que permitia a entrada e saída de pessoas isoladas, sem que os outros ocupantes tivessem de colocar os trajes de proteção e fechar os capacetes. Os veículos pousaram sem incidentes à frente do platô. Os planadores foram levados a uma espaçosa antecâmara da caverna principal, p rincipal, onde estavam protegidos contra uma eventual explosão atômica, mesmo que ela se verificasse bem perto. Howard ficou no planador. — Ronald, Farrel, Palmers e Denver irão comigo. Voltaremos à mina. Redskin assumirá o comando na minha ausência. Mantenham sempre contato com Rakowski e avisem assim que este consiga estabelecer contato com uma nave terrana. Ou quando avistar outros acalauries. Durante a viagem Palmers perguntou: — O que pretende fazer? Da caverna veríamos qualquer acalaurie que pousasse perto da mina. A visibilidade é boa. bo a.
— Teria de ser melhor, Palmers. Tive uma ideia, sabe?... Não acha esquisito os acalauries tentarem pousar, embora saibam o perigo que correm? Logo, devem ter descido em outros planetas de nossa galáxia sem que q ue corressem qualquer perigo. Talvez a inesperada reação violenta seja devida ao hogaltan, ou à gravitação muito elevada de Salem. Salem. Se os acalauries acalauries forem seres inteligente inteligentes, s, do que não tenho a menor dúvida, eles tentarão de novo, com mais cuidado. Preciso descobrir que cuidados tomarão. Isso poderia proporcionar indicações muito úteis para futuras ações defensivas. Palmers acenou com a cabeça. — Talvez você tenha razão, Screw. Só me resta esperar que mais tarde tenhamos oportunidade de passar adiante o resultado de nossas experiências. — A Terra não nos abandonará — disse Howard em tom convicto. Ninguém respondeu. O grupo deu uma volta antes de aproximar-se da mina, ou melhor, da cratera em cujas bordas o hogaltan estava à vista. Se os acalauries tinham sido atraídos pelo elemento radioativo, sem dúvida voltariam. — Não seria melhor pousar aqui? — perguntou Palmers, que se encontrava de novo atrás dos controles. — Perto daquela rocha estaríamos mais ou menos seguros. Até poderíamos descer e aproximar-nos da mina sem sermos vistos. Neste instante Rakowski, que continuava na cúpula de rastreamento, chamou. — Howard, você me ouve? — Ouço muito bem. Que houve? — Algumas bolhas luminosas de dois quilômetros de diâmetro contornam Salem em grande altitude. Devem ser as naves-mãe das quais saem as bolhas luminosas menores. É o que está acontecendo neste instante. Não sei se são as mesmas bolhas que estiveram aqui antes, mas parecem iguais. Estão descendo, aproximando-se da atmosfera, enquanto as bolhas luminosas maiores seguem voo. — Obrigado, Rakowski. E o pedido de socorro? — Por enquanto não tivemos resposta. — Continue transmitindo. Palmers conduziu o planador para perto da rocha e o fez descer numa depressão. Em torno dele as paredes íngremes impediam a visão para todos os lados. Se quisessem observar a mina e os acalauries, teriam que descer. Denver pegou o pesado fuzil energético. Howard abanou a cabeça. — O que vai fazer com isso? Será que pretende atacar os acalauries? Não acho conveniente. Seria inútil. Além disso você não deve esquecer que suas intenções não são hostis. Provocam explosões sem querer, expondo-se a um perigo. — Pouco importa — resmungou Denver zangado. — Por que não ficam onde estão? Tentarei acertar um raio energético neles. — E se eu proibir? — Você não pode, Howard. É o chefe aqui, mas ninguém pode proibir que eu me defenda. Há outra coisa. Alguém precisa tentar; por que não posso ser eu? Pelo menos verão o resultado e poderão orientar-se por ele. Howard já não sabia o que objetar. Limitou-se a dizer: — Só atire se tiver certeza de que está sendo atacado, Denver. Assim estará agindo também no nosso interesse. — Não se preocupe. É o que pretendo fazer.
O fuzil energético era pesado. Para carregá-lo, Denver teve de aumentar a potência do projetor antigravitacional embutido em seu traje de combate. Isto também lhe conferia maior liberdade de movimentos. Quase chegava a voar quando escalou os paredões rochosos que cercavam o vale de todos os lados. Neste instante apareceram as duas bolhas luminosas que tinham sido anunciadas. Romperam as nuvens quase exatamente em cima do grupo e continuaram descendo em direção à cratera da mina destruída. O esconderijo não ficava a mais de dois quilômetros do lugar. Era separado por blocos de pedra e uma área cheia de reentrâncias, na qual havia inúmeros esconderijos. Denver, que estava em cima do grupo, acenou com a mão. — Andem depressa. Daqui a pouco vão pousar. Howard não deixou ninguém perto do planador. Achava que seria uma precaução desnecessária. Além disso não tinha a intenção de afastar-se muito. Escalou a rocha juntamente com os companheiros e chegou ao lugar em que estava Denver. Ronald carregava a filmadora e ajustou-a. Viam-se perfeitamente os dois acalauries. Os homens viram uma condensação no meio das bolhas energéticas branco-ofuscantes, mas ela não apresentava formas definidas. Talvez se tratasse de matéria sólida, de antimatéria — ou do próprio acalaurie. Ronald pôs em funcionamento a câmera. Todos os detalhes dos acontecimentos que se seguiriam seriam armazenados no microfilme, que corria ininterruptamente durante três horas. A objetiva especial aproximava a dez metros os objetos que ficavam a dois quilômetros. Howard usou o equipamento de comunicação especial para comunicar-se com as pessoas que tinham ficado na caverna.
— Redskin, diga a Rakowski que deve tentar com os rastreadores. Talvez consiga identificar alguma coisa dentro das bolhas. Estão se preparando para pousar. — Vemo-las daqui. Tenham cuidado. — Teremos. O grupo atravessou um desfiladeiro e chegou a um quilômetro de distância. Dali em diante não havia mais nenhum lugar em que pudessem esconder-se. Estavam numa pequena depressão. Ronald continuou a filmar, enquanto Denver verificava a munição energética de sua arma. O prim primei eiro ro acal acalau auri riee paro parouu junt juntoo à super superfí fíci ciee e passo passouu a form formar ar tent tentác ácul ulos os luminosos que estendeu cuidadosamente. Os tentáculos tocaram o solo, mas não houve nenhuma explosão. Só se tinha a impressão de que se tornavam mais luminosos. — Olhe, Howard! — Farrell ofegava; parecia que não conseguia compreender. — Estão formando verdadeiras mãos com as quais recolhem as amostras de minério, fazendo-as desaparecer no interior da bolha luminosa. Se sua teoria for certa, por que não explodem? — O fato de não explodirem é a melhor prova de minha hipótese de que os acalauries são formados por antimatéria. A bolha energética protege-os. Está certo? — Farrell acenou com a cabeça e Howard prosseguiu. — Quando se fizeram experiências na Terra com antimatéria artificial, o material também teve de ser guardado em recipientes especiais, para evitar que entrasse em contato com qualquer tipo de matéria normal, inclusive o ar. Criaram-se campos energéticos especiais, parecidos com os dos acalauries, apen apenas as com com a po pola lari riza zaçã çãoo inve invert rtid ida. a. É clar claroo qu quee os sere seress desc descon onhe heci cido doss est estão interessados em estabelecer contato conosco, mas para isto têm de encontrar um meio de proteger-se, neutralizando as relações explosivas. É por isso que recolhem as amostras de minério. Os tentáculos luminosos não passam de campos energéticos dentro de um campo energético diferente. Servem para isolar as amostras, evitando a explosão. Parecia que realmente era assim. Os tentáculos energéticos continuavam a estender-se, agarrando cuidadosamente pedaços de pedra espalhados pelo chão e recolhendo-os ao corpo luminoso central. A segunda bolha energética seguiu o exemplo da primeira. Às vezes havia pequenas explos explosões ões,, causad causadas as provave provavelme lmente nte por algum algum descui descuido, do, mas elas elas não provoc provocava avam m nenhum dano aparente. — Não é que o bicho passa a interessar-se pelas peças da máquina destruída? — resmungou Denver, zangado. — Será que querem examinar tudo? — É claro que querem, Denver. Por favor, trate de controlar seus nervos. Denver conseguiu controlá-los, ao menos por enquanto. Mas de repente um urba saiu detrás de uma rocha. Tratava-se de um dos habitantes pri primi miti tivos vos do plane planeta ta Sa Sale lem, m, um umaa laga lagart rtaa blin blinda dada da negra negra de qu quas asee um metr metroo de comprimento, que com o tempo se tinha acostumado à presença dos homens e mantinha com eles relações que quase chegavam a ser amistosas. Tinha certa semelhança com os leões-marinhos terranos; seus movimentos também eram desajeitados. Os urbas apareciam toda vez que viam algum ser humano e até permitiam que estes os acariciassem. Ninguém sabia com que se alimentavam. Em Salem não havia plantas ou outros seres que pudessem servir-lhes de alimento. O urba deslocou-se por meio de movimentos estranhos em direção às duas bolhas luminosas. Denver começou a preocupar-se.
— Se alguma coisa acontecer a este bichinho acabo estourando. É o pequeno Piu-Piu que certa vez tirei debaixo de uma rocha. Depois disso passou a visitar-me regularmente. — São todos iguais — disse Howard para tranquilizá-lo. — Além disso não podemos impedir que ele rasteje para junto dos acalauries. Ou será que você pretende segurá-lo? Denver não respondeu logo. — Fiquem onde estão — alertou Ronald. — Preciso filmar tudo. Principalmente o encontro de um acalaurie com um ser vivo. Podemos aprender muita coisa. O urba continuou rastejando. A distância era tão grande que mal podia ser visto a olho nu, mas o visor da câmera funcionava como um binóculo. Os quatro homens viam na tela o que estava acontecendo a um quilômetro de distância. Um dos acalauries que tinham pousado parecia ter notado um movimento. Subiu um pouco e saiu voando devagar para onde estava o urba. Este parou e, tendo a curiosidade curiosidade despertada despertada,, olhou para o objeto objeto luminoso. Não sabia o que era ter medo, pois em Salem Salem não havia inimigos. Só havia amigos. Foi sua desgraça. O acal acalau auri riee esta estava va para parado do vint vintee metr metros os acim acimaa dele dele.. Estend Estendeu eu um tent tentác ácul uloo energético em cuja extremidade se armou uma pequena bolha energética. A bolha abriu-se de um lado e fechou-se instantaneamente em torno do urba. O tentáculo foi recolhido para dentro do corpo principal. Piu-Piu desapareceu. Denver soltou um grito incompreensível e saiu do esconderijo. Segurou a arma ener energé géti tica ca com com amba ambass as mãos mãos.. A grav gravit itaç ação, ão, redu reduzi zida da pelo pelo seu seu traj traje, e, perm permit itiu iu movimentos tão rápidos que nenhum dos homens conseguiu detê-lo. Howard ergueu-se ligeiramente, mas Palmers empurrou-o de volta para dentro da depressão. — Não adianta, Scre Sc rew. w. Você Você não não o alca alcanç nçaa mais mais.. Arri Arrisc scar aria ia no noss ssas as vida vidas. s. Vamo Vamoss agua aguard rdar ar os acontecimentos. Ronald fez a câmera funcionar ininterruptamente. Denver desceu junto à encosta e aproximou-se dos acalauries em velocidade alucinante. As bolhas luminosas tinham voltado ao trabalho, dando a impressão de que para elas nada de importante tinha acontecido. Denver regulou a arma energética para a potência máxima, mas ainda não atirou. Aproximou-se a cem metros da bolha energética em cujo interior Piu-Piu tinha desaparecido. A bo bolh lhaa no noto touu sua sua pres presen ença ça e subiu subiu.. Aproxi Aproximo mou-s u-see e form formou ou um tent tentác ácul uloo ener energé géti tico co igua iguall ao que capt captur urar araa o urba urba.. Os nerv nervos os de Denve Denverr natu natura ralm lment entee se descontrolaram de vez. Apontou a arma energética para a bolha luminosa e abriu fogo. Houve uma explosão luminosa em uma das extremidades do campo energético estranho. Até parecia que o raio energético detonara ao entrar em contato com a bolha luminosa. Denver não tinha explicação para o fenômeno. Mas compreendeu que seria inútil tentar atacar o acalaurie. Quando percebeu isso, viu o tentáculo energético que se formara em cima dele e se aproximava inexoravelmente. Provavelmente queriam capturá-lo da mesma forma que tinham feito com o urba. Denver largou a arma e saiu correndo. Mas o acalaurie seguiu-o e continuou descendo. Pousou literalmente em cima de Denver. Howard e seus companheiros acompanharam os acontecimentos na tela de imagens da câmera especial. A bolha luminosa caiu sobre Denver, envolvendo-o. Mas parecia que
o acalaurie tinha cometido um erro. Denver transformou-se numa bomba que explodiu numa reação nuclear espontânea. O raio luminoso atirou o acalaurie para o alto, mas o ser feito de antimatéria voltou a estabilizar o voo depois de algumas centenas de metros e voltou ao local do acidente. Howard empalideceu. — Droga, Ronald. Filmou isso? — A câmera funciona sem parar. Que coisa horrível! Mas quem sabe se o filme não será útil aos especialistas? — Denver não morreu em vão — garantiu Howard. — Sugiro que voltemos à caverna. Um momento. Vamos ouvir se Rakowkski tem alguma novidade. A ligação foi completada. — Nosso pedido de socorro foi ouvido, Howard. — Havia um alívio enorme na voz de Rakowski. — Acabo de receber a confirmação de um encouraçado. Recebeu nossa mensa mensagem gem atra atravé véss de um umaa esta estaçã çãoo retr retran ansm smis issor soraa e anunc anuncia ia sua visi visita ta.. Vem Vem em companhia companhia de outras outras quatro unidades. unidades. Sem dúvida estarão estarão em condições condições de enfrentar enfrentar os acalauries. — Eu não tenho tanta certeza, Rakowski. — Pois eu tenho. A nave que anunciou sua visita é a Intersolar. — O quê? — Howard respirou profundamente. — A nova nave-capitânia de Rhodan? — Exatamente. Então, que me diz? — Não digo mais nada. É possível que você tenha razão. Se existe alguém capaz de enfrentar os acalauries é Rhodan. — Ele chegará dentro de vinte e quatro horas. Howard não conseguiu esconder a sensação de alívio; nem tentou. — Graças a Deus! Estamos salvos. Ronald guardou a câmera. — Vamos terminar, Screw! Precisamos sair daqui. Parece que fomos vistos pelos acalauries. Vêm em nossa direção. Howard deu-se conta do perigo e mandou que voltassem ao planador, Passaram pela eclusa e não tiraram os trajes de proteção. Palmers teve bastante presença de espírito para não ir diretamente à caverna das montanhas do Sul. Fez uma volta em torno das montanhas do Oeste. Desta forma os dois acalauries os perderam de vista. Quando estavam estavam voando do outro lado das montanhas montanhas do Oeste, Oeste, vindos do norte, e se aproximaram das montanhas do Sul, viram que a precaução fora inútil. As duas bolhas energéticas luminosas estavam paradas sobre o platô que ficava perto da caverna. Parecia que queriam entrar nela. — Temos de distraí-los — gritou Howard para Palmers. — Chegue bem perto e atraia-os para longe. Tenha cuidado. Evite o contato, senão estamos perdidos. Até parece que possuem rastreadores capazes de detectar os seres humanos. Palmers aumentou a velocidade e seguiu na direção em que estavam os dois acalauries...
3 — O nome é acalauries — disse Gucky, corrigindo pacientemente seu amigo primitivo Zwiebus, que o levara para a cantina dos tripulantes da Intersolar, que não ficava longe. Felizmente estavam sós, com exceção de um jovem cadete, que estava de pé atrás do balcão e parecia morrer de tédio enquanto fazia o trabalho que lhe fora imposto como castigo. — Acalauries. — Foi o que eu disse — espantou-se espantou-se Lord Zwiebus enquanto enquanto sugava o canudo que saía de um copo de refresco. — Halalaurins! Halalaurins! Gucky suspirou e fez de conta que não tinha notado o sorriso de deboche do cadete. — Se tivesse sua idade, provavelmente também estaria com o corpo cheio de cálcio, Zibelus. Zibelus. Mas devo reconhecer que o homem que inventou o nome dos foguetes cósmicos devia ter uma imaginação muito viva. Sem dúvida dúv ida é um individualista. — Indo... idi... o quê? — Desista, nobre lorde. Tome seu refresco. Dentro de cinco horas chegaremos ao destino, e aí as coisas vão esquentar mais uma vez, é o que receio. — Quem vai esquentar, Gucky? O rato-castor fez um sinal para o cadete que estava atrás do balcão. — Diga uma coisa, rapaz. Você tem alguma coisa em suas garrafas que não seja essa droga sintética? Desse jeito a gente acaba morrendo de sede. O cadete lembrou-se das normas a serem observadas. — Caso esteja se referindo a bebidas alcoólicas, senhor, devo dizer que estas só podem ser servidas em ocasiões especiais, com autorização do comandante. Gucky engoliu o tratamento de senhor como se fosse um conhaque nobre. Lançou um olhar de triunfo para Lord Zwiebus e caminhou lentamente para o bar, — Vejo que tem uma excelente educação, meu jovem amigo. Até dá gosto de tomar refresco. Mais um copo, por favor. — Será um prazer, senhor. Gucky pegou o copo cheio e voltou para junto da mesa, onde o neandertalense o fitava com uma expressão de espanto. — Por que anda flutuando de repente? Nada gravidade? Gucky engasgou. — Andar flutuante? Sempre ando assim. — Não, você arrasta os pés. Agora está flutuando de orgulho. — Tolice. — Gucky olhou para a porta. — Veja quem está chegando... O Tenente Goshe Marun, chefe de operações, estava entrando. Quando viu Gucky, ficou radiante. Era um afroterrano e tinha alguma semelhança com Ras Tschubai. Os tripulantes sabiam que amava os animais e muitas vezes se divertiam à sua custa por causa disso. Especialmente por trazer uma higuehague em sua bagagem pessoal. Primeiro ninguém sabia o que vinha a ser um higuehague. Mas um dia o Tenente Marun pôs um fim aos boatos que costumavam a circular, levando o higuehague à cantina dos oficiais e colocando-o sobre a mesa. — Isto é para pararem de fazer perguntas estúpidas — disse. Um ser parecido parecido com um ouriço sem espinhos espinhos enrolou-se sobre a mesa. Quase não se mexia e só mostrava um par de minúsculos olhos desconfiados, com os quais fitava o
ambiente estranho. Mexia o nariz, como se estivesse farejando uma coisa desagradável ou até perigosa. O Capitão Driggus estendeu a mão para acariciar o estranho animal, mas levou uma pancada com a pata esquerda. Apressou-se em retirar a mão. — Pois é — disse em tom fleumático, sem abalar-se. — Quer dizer que é um higuehague. — O capitão inclinou-se para ver melhor a criatura. — Onde arranjou isso, tenente? Prefiro não perguntar como pretende conciliar a presença do animal com as normas do regulamento, mas parece que até o comandante sabe disso. — É verdade, capitão. Sabe e não fez nenhuma objeção. Este higuehague vem da lua de Saturno, mas acho que seu mundo de origem não é este. Sem dúvida sua espécie foi levada para lá, tal qual aconteceu em outros tempos com os ratos terranos. Dorme muito. Seu estranho metabolismo permite que viva em qualquer atmosfera, por mais tóxi tóxica ca qu quee sej seja. No fund fundoo inge ingere re qu qual alqu quer er espé espéci ciee de alim alimen ento to.. É um umaa cria criatu tura ra maravilhosa, capitão. Os presentes admiraram a pequena criatura, que logo se acostumou aos homens e passou a rastejar pela mesa. Não golpeava mais quando alguém queria pôr a mão nele. Sem dúvida possuía alguma inteligência, mas certamente não foi este o único motivo por que logo foi aceito pelos tripulantes e oficiais. Gucky fez um sinal e Goshe Marun sentou. — Vieram matar o tempo? — perguntou. — Logo teremos alguma coisa com que ocupar-nos. Salem. Você conhece, baixinho? Os dois eram considerados bons amigos, por isso o tenente podia tomar esta liberdade. — Já ouvi falar, Goshe. É um mundo venenoso, frio e desagradável. Não gostaria de viver lá. Parece que acaba de ser descoberto pelos acalauries. — Haquemauris! Haquemauris! — rosnou Lord Zwiebus. A mutilação da palavra fez com que Goshe se lembrasse de seu ouriço lanudo. Pôs a mão no bolso, tirou o higuehague e colocou-o sobre a mesa. A pequena criatura certificou-se de que estava num lugar que conhecia — e continuou a dormir. — Se fosse você, deixaria esse cara bem trancadinho no camarote — recomendou Gucky. — Seria uma pena se explodisse. Traga-o quando Lord Zwiebus tiver outros problemas além de visitar-nos constantemente e estragar meus nervos. Um higuehague não faz perguntas. — Um tolo não faz perguntas — filosofou Zwiebus. — Eu faço muitas perguntas. — O que prova — disse Gucky em tom professoral — que ele arrebenta de tanta inteligência que há dentro dele. — Gucky acariciou o higuehague. — Sabe que ele pensa, pensa de verdade? verdade? Sente-se grato porque você é seu amigo. amigo. Tomou a decisão decisão inabalável de salvar sua vida. Infelizmente não possui dons telepáticos, ao menos dons mais acentuados. Acho que compreende alguma coisa quando se fala com ele. — Compreende tudo — afirmou Goshe. — Pelo menos adivinha o que se quer que ele faça. A tela do intercomunicador instalada junto à porta po rta acendeu-se. — Dentro de cinco minutos iniciaremos nova etapa de voo linear. Ela nos levará para perto do Sistema Graper, de onde prosseguiremos à velocidade da luz. O regime de prontidão de segundo grau começará dentro de cinco minutos. Ocupem seus postos. É só. O Tenente Goshe Marun voltou a guardar o higuehague no bolso. — Sinto muito, amigos, mas fui designado para este caso. Mais tarde voltaremos a ver-nos. Lord Zwiebus seguiu-o com os olhos.
— Que bichinho adorável esse pequeno caquechique, caquechique, não é mesmo? — Cuidado para que um dia não o faça em seu colo — exclamou Gucky em tom bonachão e pegou o copo. — Acho que é preferível irmos para nossos camarotes. Você ficará no seu, eu no meu. Não se esqueça do tacape... *** O Major Trec Lacuert substituía o comandante na sala de comando. Não era nenhum emocionauta, mas isso não parecia incomodá-lo nem um pouco. O gigante de dois metros de altura quase sempre parecia aborrecido e indignado, mas quem o conhecia sabia que não podia haver amigo melhor que ele. Não havia nada que Lacuert detestasse mais que a guerra de papéis e a burocracia. Rhodan esperou que o voo linear chegasse ao fim e a Intersolar voltasse a mergulhar no universo normal. Pouco depois disso as quatro naves de escolta chamaram. O Sistema Graper apareceu na tela panorâmica. Salem estava a quatro horas-luz dali. Lacuert apontou para uma das telas dos rastreadores. — Dois acalauries, senhor. Dão voltas em torno de Salem como se fossem satélites. Vamos prosseguir, ou mudamos de rota para aproximar-nos do outro lado? — Não adianta. — Rhodan refletiu por alguns segundos. — Prosseguiremos à velocidade da luz, diretamente para Salem. Quero ver a reação dos acalauries. Talvez dela possamos tirar certas conclusões úteis. Dê ordem para que o centro de artilharia entre em regime de prontidão para o combate. Por um instante teve-se a impressão de que Lacuert não se sentia muito seguro, mas acabou acenando com a cabeça. — Ordem de prontidão para o centro de artilharia, senhor. — Lacuert apertou um botão. — Pronto. — Virou o rosto para Rhodan e passou a mão pelos cabelos escuros curtos. — Pretende atacar essas coisas, senhor? Rhodan fez um gesto afirmativo. — Um dia isso tem de ser feito, não acha? Tenho certeza de que não adiantará, mas pelo menos teremos certeza do que não podemos conseguir. Temos certeza de que as bolhas energéticas e seus ocupantes não têm intenções hostis, mas sua presença nos deixa bastante preocupados para que tentemos descobrir um meio de defender-nos. Foi por isso que resolvi fazer a experiência. Mesmo que dentro do campo temporal não corramos perigo, ou pelo menos o Sistema Solar não corre, o mesmo não pode ser dito do resto da Via-Láctea. E ainda temos nossas obrigações. — Rhodan voltou a olhar para as telas. — Espero que concorde comigo, major. — Naturalmente, senhor. Agiria da mesma forma se estivesse no seu lugar. Não temos alternativa. Além disso, o pessoal de Salem enviou um pedido de socorro, o que significa sem dúvida que estão em perigo. Rhodan acenou com a cabeça, mas não disse mais nada. Tinha suas dúvidas se o que estava fazendo era certo. *** Dali a quatro horas as cinco naves aproximavam-se de Salem. Viam-se perfeitamente os dois acalauries na tela de imagens da Intersolar. Se tinham detectado as naves terranas, seus movimentos não mostravam. Contornavam o planeta gigante numa órbita estável como satélites artificiais. Era a primeira vez que Rhodan tinha oportunidade de observar os estranhos objetos por tanto tempo e de tão
perto. Além do acalaurie que destruíra a nave pos-bi junto à eclusa do tempo, nunca tivera um encontro direto com um antimaterial. Na verdade, Rhodan também era de opinião de que se tratava de inteligência de outra galáxia, feita de matéria antimaterial. — Centro de artilharia preparado — disse e fez um sinal para o Coronel Korom-Khan, que acabara de substituir su bstituir o Major Lacuert. — Quem está de plantão? — O Major Pecho Cuasa, senhor. — Muito bem. Era Era a prim primei eira ra vez vez na hist histór ória ia da hu huma mani nida dade de qu quee Rhod Rhodan an arri arrisc scav avaa um umaa experiência da qual poderia depender a existência de todas as inteligências e dos seres não-inteligentes que viviam na galáxia. Se as novas armas energéticas não eram capazes de destruir um acalaurie ou ao menos expulsá-lo, os especialistas deviam tratar de inventar uma arma mais eficiente. Mesmo que as intenções dos antimateriais não fossem hostis, devia-se convencê-los de que o contato com eles não era desejado enquanto não se descobrisse o meio de evitar que houvesse uma explosão atômica quando os dois objetos se tocassem. Rhodan não teve alternativa: foi obrigado a realizar a experiência. — Temos a confirmação? — Temos, sim senhor. Foi a primeira vez em toda sua vida que Rhodan mandou abrir fogo em primeiro lugar, lugar, sem que fosse em legítima legítima defesa. Mas não havia dúvida de que indiretament indiretamentee se tratava de um ato de legítima defesa. Rhodan sabia que teria que justificar-se perante o parlamento planetário do Império Solar. Tinha certeza de que seu ato seria aprovado a posteriori. posteriori. Sem esta certeza não teria dado ordem o rdem de abrir fogo. Os dois acalaurie acalauriess não voavam juntos. Mantinham Mantinham uma distância distância de cerca de vinte quilômetros, embora suas órbitas fossem idênticas. Rhodan deu ordem para que os comandantes das outras quatro unidades terranas as colocassem em posição de espera, aguardando novas instruções. Só deviam interferir se a Intersolar estivesse num perigo grave. Aproximaram-se do acalaurie que ia atrás desenvolvendo velocidade um pouco maior que ele, aproximando-se cada vez mais da bolha luminosa. Se Rhodan ainda estivesse indeciso, a mensagem que a sala de rádio recebeu de Salem teria afastado todas as dúvidas. Um homem fora morto por um acalaurie em Salem. Os sobreviventes estavam fugindo. O Major Pecho Cuasa disparou o canhão energético. Pouco antes disso o físico-chefe Dr. Renus Ahaspere entrara na sala de comando. Rhodan informou-o sobre suas intenções e pediu que desse sua opinião. O cientista parecia preocupado. — Fisicamente o raio energético de um canhão pode ser considerado uma forma de maté matéri ria. a. Os camp campos os ener energé géti tico coss lumi lumino noso soss do acal acalau auri riee exer exerce cem m cert certaa funç função ão neutralizante, mas tenho minhas dúvidas de que ela se verifique, mesmo quando haja um ataque. As massas energéticas termonucleares vindas daqui terão de ser repelidas pelos antimateriais. Logo, haverá a explosão que já conhecemos. Rhodan temia a mesma coisa. Mas queria q ueria que alguém confirmasse. Quando o Major Cuasa cumpriu a ordem que acabara de ser dada, Rhodan e o Dr. Ahaspere olharam para a tela panorâmica. O feixe energético reluzente atingiu o campo defensivo do acalaurie, foi sugado por ele — para numa fração de segundo ser expelido
em forma de uma reação nuclear espontânea. A explosão ocorreu atrás do acalaurie, que prosseguiu calmamente em sua órbita, como se nada tivesse acontecido. — Que foi isso? — perguntou Rhodan e pediu que o Coronel Korom-Khan reduzisse a velocidade. — Mandei gravar os acontecimentos. Vamos dar uma olhada em câmara lenta. — Rhodan dirigiu-se ao comandante. — Atravesse a atsmofera de Salem e tente estabelecer contato com os sobreviventes. Diga-lhes que devem preparar-se para ser recolhidos. O Administrador-Geral e o Dr. Ahaspere foram para perto dos gravadores de imagens. Acompanharam os acontecimentos com toda calma e num ritmo muito mais lento através de uma grande tela de imagens. Só então deram-se conta do que realmente tinha acontecido e quais foram as reações. O Dr. Ahaspere exprimiu em palavras: — Aí está, senhor! É como eu disse. O campo defensivo dos desconhecidos absorve nossa energia e depois a faz explodir. Nosso raio energético praticamente produz uma reação dupla, dentro de si mesmo. A única explicação do fenômeno é que os acalauries consistem mesmo numa matéria de materialidade estranha: em antimatéria, antiátomos, antiprótons, antieléctrons, bem, o senhor sabe. Acho que o tiro não foi dado em vão. Nossos especialistas hão de tirar algum proveito do filme. Rhodan agradeceu. Sentia-se mais aliviado. Voltou à sala de comando. Neste instante chegou outra mensagem de Salem. Esta mensagem fez Rhodan mudar de ideia. Havia uma expressão resoluta em seu rosto.
4 Howard viu Palmers olhar de lado para os canhões de bordo. O planador só estava equipado com canhões térmicos relativamente pequenos, mas eles eram capazes de enfrentar um inimigo de igual para igual ou derreter algum obstáculo. — Não faça bobagens, Palmers — gritou para ele. — Só vamos distraí-los. Redskin está em contato com Rhodan. É quanto basta. Não vamos arriscar sem necessidade a vida das mulheres, nem a nossa. As duas bolhas energéticas ou seus ocupantes pareciam ter perdido o controle de seus seus mo movi vime ment ntos. os. Const Constan ante teme ment ntee havi haviaa peque pequenas nas expl explosõ osões es,, qu quee não causa causava vam m estr estrag agos, os, mas mas mo most stra rava vam m qu quee o camp campoo ener energé géti tico co isol isolan ante te do doss acal acalau auri ries es não era era absolutamente seguro. Uma das bolhas energéticas parecia ter perdido o interesse na caverna. Desceu obliquament obliquamentee pela encosta, encosta, manteve-se manteve-se pouco acima acima do chão da planície planície e parou várias vezes para recolher amostras de pedras. A operação sempre provocava fenômenos luminosos que não pareciam ter consequências graves. A ou outr traa bo bolh lhaa lumi lumino nosa sa conti continua nuava va a aproxi aproxima marr-se se da entr entrad adaa da cave cavern rna, a, mantendo-se poucos centímetros acima do platô. Se explodisse naquele momento, não haveria sobreviventes. O Dr. Redskin, que ficara ficara para representar representar Howard, assumindo a responsabil responsabilidade idade pelos homens e mulheres, parecia ter pensado a mesma coisa. Agiu sem refletir. Foi uma ação instintiva, e o instinto lhe disse que o acalaurie queria capturar um ser humano. Com isso punha em perigo não uma, mas quarenta pessoas. Howard viu de dentro do planador o Dr. Redskin sair correndo da caverna e aproximar-se do acalaurie. Imaginou quais eram as intenções do cientista. Não podia impedi-lo de agir assim sem expor a si mesmo, aos companheiros e ao planador a um perigo gravíssimo. Palmers agiu rapidamente. Fez subir o veículo para p ara tirá-lo da zona de perigo. O Dr. Redskin ficou parado bem à frente do acalaurie. O pseudomembro feito de uma forma de energia desconhecida surgiu, aproximou-se do terrano e envolveu-o cuidadosa, quase carinhosamente. Howard viu perfeitamente que os conto contorn rnos os do corp corpoo de Redsk Redskin in se mant mantiv iver eram am enqua enquant ntoo merg mergul ulha hava va na bo bolh lhaa luminosa. Finalmente ficou invisível, escondido atrás da cortina branca ofuscante. No mesmo instante o acalaurie mudou de rumo. Seguiu o outro que fora à planície e não demorou a alcançá-lo. Palmers fez pousar o planador. Howard foi o primeiro a sair. Correu para dentro da caverna. — Rápido, uma ligação com Rakowski. Rhodan tem de ser informado. É preciso interceptar o acalaurie antes que alcance sua nave-mãe, senão nunca mais veremos Redskin. A ligação foi completada. Rakowski enviou uma mensagem à Intersolar, com a qual mantinha contato regular. Foi esta mensagem que levou Rhodan a mudar de ideia.
*** — Dois veículos de desembarque de pequeno porte vêm para cá. Saíram da superfície do planeta. Um deles capturou um dos homens de Salem, provavelmente para fazer investigação. Temos de cortar seu caminho e usar as informações dadas por Howard para descobrir em qual das bolhas se encontra o homem sequestrado. E é esta bolha, Coronel Korom-Khan, que atacaremos. O comandante acenou calmamente com a cabeça. Já não se espantava com mais nada. Dali a alguns minutos os dois acalauries apareceram na tela panorâmica. Howard informara Rhodan de que o Dr. Redskin se encontrava no segundo. Deixou passar o primeiro e concentrou sua atenção na bolha energética que voava uns três quilômetros atrás da primeira, seguindo em direção às naves-mãe ainda bem distantes. — Major Cuasa, abra fogo energético cerrado à frente da proa do acalaurie. Não sofrerá nada. Mas talvez consigamos desviá-lo da rota e levá-lo a libertar o homem. Precisamos tentar. — Não vamos usar os canhões conversores, senhor? — De forma alguma. Estamos muito perto da superfície. Poderíamos provocar reações capazes de causar estragos a nós mesmos. Não se esqueça do hogaltan, major. A Intersolar aproximou-se da bolha luminosa em questão vinda do lado, para facilitar a mira do oficial de artilharia. Durante alguns segundos o feixe energético tremeluziu exatamente na rota do acalaurie, que não tomou conhecimento dele, seguindo seu voo. Sem dúvida haveria de chegar o momento em que mergulhasse no campo mortífero. Foi o que fez. Rhodan viu tremendas cargas energéticas envolvendo a nave, sem causar quaisquer estragos. Mas o voo tornou-se pouco seguro, houve desvios de rota. Provavelmente o campo defensivo do pequeno acalaurie não estava em condições de absorver as energias tremendas expelidas pelo canhão e processá-las. O funcionamento do mecanismo de voo foi perturbado. De repe repent ntee form formouou-se se um tent tentác ácul uloo lumi luminos noso. o. Bala Balanç nçava ava por caus causaa do voo retangular, mas Rhodan viu perfeitamente uma mancha escura em sua extremidade. A mancha apresentava os contornos de um ser humano. — Suspender fogo! — ordenou. O raio energético apagou-se. O tentáculo aumentou de tamanho na extremidade, abrindo-se quase em leque. Os contornos do homem aprisionado apareceram ainda mais nitidamente. De repente a figura despr despren ende deu-s u-see do doss braç braços os ener energét gétic icos os e prec precip ipit itouou-se se na turb turbul ulênc ência ia viol violen enta ta da atmosfera, onde desapareceu numa questão de segundos. Mas Rhodan ainda chegou a ver o homem ligar o equipamento de voo para neutralizar a queda. O acalaurie aumentou de velocidade indo atrás do outro, que mergulhara no horizonte horizonte da atmosfera atmosfera carregada carregada de névoas. névoas. Rhodan resolveu não perseguir perseguir o acalaurie acalaurie por enquanto. *** O Dr. Redskin sabia perfeitamente o que estava fazendo ao sacrificar-se. Não esperava ser salvo, mas sabia que se o acalaurie que se aproximava não tivesse a atenção
distraída, todos estariam perdidos. Redskin compreendeu que o ser antimaterial queria uma criatura humana. Uma vez recolhidas as amostras de minérios, era a vez da antimatéria com vida. Redskin não sentiu nada quando o dedo energético o agarrou e levantou. Talvez fosse por causa do traje de proteção, p roteção, mas ele achava mais provável que a bolha energética e seus pseudomembros eram formados por campos isolantes capazes de evitar um contato direto entre a matéria e a antimatéria. Era a única maneira de os acalauries recolherem amostras de minérios e seres vivos de um universo que por sua própria natureza era contrário ao seu. O físico sico foi para pararr nu num m espa espaço ço vazi vazioo de pared aredes es inst nstávei áveis, s, qu quee mud udav avaa constantemente de forma. Não havia dúvida de que era formado por campos energéticos nos quais estavam contidas porções de matéria. Reconheceu amostras de minérios, algumas peças de máquinas e blocos de hogaltan. Estava tudo espalhado ao acaso. Redskin não via o que havia do lado de fora. As comunicações pelo rádio com Howard e os outros tinham sido interrompidas. Não ficou surpreso, pois isso era de esperar. Sentiu uma ligeira pressão quando o acalaurie começou a subir, mas esta foi neutralizada dentro de segundos e acabou desaparecendo. Redskin ainda estava em condições de regular à vontade a ação da gravidade sobre seu corpo, por meio do neutralizador gravitacional. Passaram-se alguns minutos nos quais não aconteceu nada. Redskin seria o primeiro ser humano a defrontar-se com um ser feito de antimatéria, mas a ideia não o deixava muito contente. Pensou no que seria feito dele. O problema de como fariam para evitar uma explosão começou a ocupar seu pensamento. De repente Redskin sentiu que o voo do acalaurie se tornava irregular. Não seria capaz de imaginar que Rhodan mandaria atirar nele para salvá-lo. De repente parte da parede energética abaulou-se para fora, como uma inchação, e uma força invisível impeliu-o para dentro dela. No mesmo instante surgiu outra parede que lhe fechou o caminho de volta. Estava sentado de novo na extremidade mais grossa do tentáculo energético. As paredes pareciam ser mais finas e transparentes. Redskin via vagamente o que havia do lado de fora. Distinguiu imediatamente a esfera gigantesca da Intersolar no espaço. Também viu o raio cintilante do fogo energético. Começou a desconfiar do que acontecera. Mas, antes que pudesse refletir sobre isso, foi libertado. Caiu violentamente. A velocidade do acalaurie era muito reduzida para que pudesse entrar numa órbita estável. A gravidade de Salem era mais forte que a força centrífuga. Redskin ligou o equipamento de voo e desapareceu mergulhando na atmosfera antes que pudesse mudar de rumo. Sabia que a camada de nuvens superior tinha dezenas de quilômetros de espessura. Era obrigado a prosseguir em voo cego. Mas poderia entrar em contato pelo rádio com Rakowski ou seus companheiros, caso não se tivessem afastado demais com o giro de Salem. Redskin teve que tentar três vezes antes que Rakowski respondesse ao chamado. Redskin já viajara centenas de quilômetros para o oeste. Captou um sinal goniométrico e depois de mais dez minutos de voo viu as duas cadeias de montanhas típicas — as montanhas do Oeste e as do Sul. Também distinguiu perfeitamente a cratera, e em seguida o platô onde ficava a caverna. Redskin pousou são e salvo junto aos amigos, que o receberam com entusiasmo. Já o consideravam morto.
*** Rhodan desistiu da perseguição dos barcos acalauries, mas não quis desistir de observá-los. As quatro unidades de escolta receberam ordem de ficar de olhos nas luminosas naves-mãe e segui-las caso se afastassem, mas não se fugissem para o espaço linear. O Coronel Haltenbach, Haltenbach, comandante comandante de uma das quatro unidades, fez sair daí a dez minutos um caça lightning tripulado lightning tripulado com dois homens. Achava que seria muito perigoso aproximar-se com a nave das perigosas bolhas energéticas. Agiu de forma acertada e ponderada. Ninguém poderia acusá-lo por isso. Nem os dois pilotos do caça. Eles se julgaram por muito prudentes ao ligarem o potente campo defensivo para correr atrás dos pequenos barcos espaciais dos acalauries. Graças ao seu sistema de comunicações, o procedimento dos caça pôde ser acompanhado em todos os detalhes nas telas das quatro unidades pesadas. Foi por isso que Rhodan não pousou logo em Salem. A sala de rádio informou-o de que Howard e seus companheiros não corriam perigo. Redskin acabara de pousar no planeta e encontrava-se na caverna. Na opinião de Rhodan não havia motivo para que a ação-resgate fosse iniciada imediatamente. A oportunidade de observar duas naves grandes dos acalauries tão de perto não voltaria tão depressa. Rhodan seguiu as naves-escolta a uma distância considerável, afastando-se cada vez mais do planeta Salem, para ter uma visão melhor. Em silêncio e cheio de dúvidas viu o Coronel Haltenbach colocar um caça na pista p ista dos barcos espaciais. Não sabia quem pilotava o caça, mas concluiu da rota e das manobras que se tratava de um homem corajoso e experiente. Não tomou conhecimento das pequenas bolhas luminosas e avançou em direção d ireção às naves-mãe de quatro quilômetros de diâmetro. Rhodan sentiu mais do que viu que Lord Zwiebus e Gucky estavam entrando na sala sala de coma comand ndo. o. O ho home mem m giga gigant ntes esco co qu quee traj trajav avaa um umaa peça peça de tric tricôô verm vermel elho ho,, carregava Gucky nos braços robustos. Sem dizer uma palavra, sentou numa poltrona. Olhou primeiro para Rhodan e depois acompanhou os acontecimentos na tela. Seus olhos inteligentes mostraram a compreensão progressiva do que se passava. A milhares de quilômetros dali o caça descreveu uma curva e seguiu na direção de uma das bolhas luminosas maiores. Mantinha o campo defensivo ligado. Rhodan sentiu-se mais aliviado ao ver que o piloto não acionava o canhão energético nem o canhão conversor. Mas apesar disso houve a catástrofe. O caça ainda estava a alguns quilômetros do acalaurie, quando de repente parecia esba esbarr rrar ar numa numa pare parede de invi invisí síve vel. l. Na tela tela panor panorâm âmic icaa da Inte Inters rsol olar ar viuviu-se se qu quee fora fora literalmente esmagado e despedaçado. Seguiu-se uma explosão acompanhada de um raio luminoso parecido com o provocado pela explosão de uma bomba de quatro mil gigatons. Um pequeno sol luminoso formou-se no lugar em que as emanações dos dois campos defensivos contrários se tinham tocado, provocando uma tremenda descarga energética. Aos poucos a bola de fogo foi perdendo o brilho enquanto aumentava de tamanho. Rhodan não tinha a menor dúvida de que não se tratava de um ataque proposital dos acalauries. E a destruição do caça terrano não podia ser considerada um ato de legítima defesa. Foi simplesmente um acidente, uma catástrofe da natureza. Nem mais nem menos.
Rhodan deu ordem pelo telecomunicador para que não se aproximassem mais das quatro unidades de grande porte dos acalauries. Além disso proibiu a saída dos caças. As duas bolhas luminosas seriam observadas de uma distância segura. Só seria dado o alarme se houvesse algum sinal de que pretendiam fazer pousar outros barcos espaciais. Uma vez dada esta ordem, Gucky G ucky perdeu a paciência. Escorregou de cima do colo de Lord Zwiebus e foi para perto de Rhodan, que estava sentado junto à tela panorâmica. Plantou-se a seu lado e disse: — Diga e pense o que quiser. O fato é que já estou cheio. Desta forma você nunca descobrirá descobrirá o que está acontecendo acontecendo com essas coisas esquisitas. esquisitas. Vou tel teleporta eportarr bem para dentro de uma das bolhas luminosas. Aí veremos... — Você não vai fazer nada disso, meu chapa — interrompeu Rhodan. — Por que, se me permite? — Ainda precisarei de você — respondeu Rhodan em tom seco. Gucky revirou os olhos para esconder a emoção. — Quer dizer que ainda vai precisar de mim. Não me esquecerei se você quiser que eu participe de uma ridícula ação secundária. Mas, falando sério: acha que alguma coisa me poderia acontecer? Não seria a primeira vez que eu saltaria para dentro de um campo energético desconhecido que não me quer. Fui atirado para trás; mais nada. — Acontece que desta vez se trata de um campo energético pertencente a um universo antimaterial. Além de atirá-lo de volta, ele o transformaria numa bomba atômica de potência média. Isso você não seria capaz de digerir. Lord Zwiebus levantou. Aproximou-se e colocou a pata enorme no ombro de Gucky, de uma forma suave e delicada. — Rhodan tem razão, Gucky. Você não vai saltar. — Ah, é? Por que não? Nem sei por que está entrando numa conversa de gente adulta. — Eu, Lord Zwiebus, tenho duzentos mil anos. Logo, sou uma pessoa adulta. Gucky não teve nenhum argumento contra isso. — Apesar de tudo vou saltar. Senão nunca saberemos o que vêm a ser mesmo os tais dos acalauries. Rhodan encarou Zwiebus ao perguntar: — Sente o perigo, Zwiebus? Sem dúvida não sabe o que vem a ser antimatéria. Talvez não se possa esperar uma reação instintiva num caso destes. Mas apesar disso volto a perguntar: Você sente ou fareja algum perigo? Lord Zwiebus acenou fortemente com a cabeça. — Sinto, sim. Se ele saltar, nunca voltará. O nariz de Gucky ficou um pouco mais afilado e os pelos da nuca eriçaram-se. — Muito bem — resmungou. — Quer dizer que não vou saltar. Mas não quero que ninguém venha acusar-me mais tarde de não ter tentado. Olhem! Os dois objetos luminosos alcançaram a nave grande. Vamos deixá-los entrar? — Em hipótese alguma tentaremos impedi-los. Se além de serem inteligentes os acalauries estiverem dispostos a entrar em entendimento, eles compreenderão nossa atitude. — Talvez pensem que estamos com medo deles — opinou Gucky. — De forma alguma. A melhor prova é a aproximação do caça. Além disso deve ter-lhes mostrado que queremos entrar em contato assim que exista uma possibilidade física para isso. Por enquanto ainda é cedo.
Todos voltaram a olhar para a tela. Estava acontecendo uma coisa capaz de despertar sua atenção. As du duas as bol bolha hass lumi luminos nosas as menor menores es adap adapta tara ram m sua velo veloci cida dade de à do segun segundo do acalaurie e aproximaram-se dele bem devagar. A manobra de recolhimento parecia não ser muito fácil. Rhodan fitou o Dr. Ahaspere com uma expressão indagadora. O físico-chefe fez um gesto afirmativo. — Já sei que informação quer, senhor. O fato é que também não tenho certeza, mas formulei uma hipótese. Mesmo no vácuo do espaço, e principalmente perto de um planeta gigantesco como este, ainda existem partículas de matéria. É claro que os acalauries precisam ter cuidado, prestando atenção para que nenhum átomo alcance sua nave antes quee estej qu estejam am devi devida dame ment ntee prot protegi egido dos. s. Devo Devo conf confes essar sar,, senho senhor, r, qu quee nest nestee ponto ponto os acalauries estão muito mais adiantados que nós. Afinal, descobriram um meio bem eficiente para proteger a antimatéria, o que ainda não aconteceu conosco. Arriscam-se a entrar num universo de matéria. Se fizéssemos a mesma coisa, correríamos perigo de ser destruídos imediatamente. Rhodan não respondeu. Contemplava atentamente o que estava acontecendo com as naves dos acalauries. Os dois barcos espaciais ainda se encontravam a algumas centenas de metros de sua nave-mãe, quando se verificou uma espécie de intercâmbio de energia. Assumiu a forma de fios fios lumi luminos nosos os que li liga gara ram m os obj objet etos os.. De repen repente te os barc barcos os espa espaci ciai aiss fora foram m engolidos. A nave-mãe não interrompeu seu voo. Seguiu as quatro belonaves terranas a uma distância segura. De repente os acalaurie acalauriess aumentaram aumentaram a velocidade velocidade e mudaram mudaram de rumo. Seguiram Seguiram em direção ao espaço livre. Rhodan resolveu verificar quanto tempo levariam para alcançar a velocidade de voo linear. Deu ordem de segui-los e informou Howard pelo rádio de que voltaria quanto antes. *** No Sistema Graper praticamente não havia asteróides. Havia alguns por ocasião da descoberta do sistema, mas eram tão poucos que não representavam nenhum problema para a navegação. Nenhum deles servia para ser colonizado; eram muito pequenos. Um deles circulava em torno do sol Graper a uma distância enorme, bem fora do sistema. Se as condições fossem diferentes, nele se poderia perfeitamente instalar uma base. Tinha vinte quilômetros quilômetros de diâmetro, diâmetro, e sua superfície superfície quase completament completamentee negra só produzia um albedo quase imperceptível. Sem os recursos da técnica quase não se conseguia distingui-lo no espaço. Foi por causa disso que houve a catástrofe. Rhodan levou apenas alguns minutos, que depois de seu ataque de pirata, os acalauries queriam retirar-se do Sistema Graper o mais depressa possível. Não devia ser porque temessem as naves terranas, mas porque não queriam criar mais confusão e faziam questão de mostrar que só tinham vindo para fazer pesquisas. Rhodan sabia que nem todos os oficiais e cientistas da Intersolar pensavam como ele, mas em sua opinião a atitude dos acalauries era a melhor prova de que sua teoria estava certa. Outro ponto que ocupou a mente de Rhodan foi a fuga quase precipitada dos acalauries. Podiam ter uma série de motivos para isso. Em primeiro lugar o hogaltan. Os seres desconhecidos já deviam ter notado que se tratava de um elemento que emitia
radiações hiperdimensionais, extremamente raro, e que por isso talvez poderia fornecer indicações preciosas de como estabelecer contato. Outro motivo eram as cinco naves terranas de grande porte. Se realizassem um ataque para valer, os acalauries poderiam ser obrigados a usar todos os meios ao seu alcance para defender-se, o que por sua vez poderia criar um mal-entendido difícil de reparar. Rhodan tinha certeza de que os acalaurie acalauriess queriam queriam evitar que isso acontecesse. acontecesse. Se sua teoria estava certa, sem dúvida chegaria o dia em que seria possível estabelecer um contato pacífico entre os dois universos. A nave ainda desenvolvia velocidade bem inferior à da luz, quando o Coronel Korom-Khan apontou para as telas dos rastreadores. — Um asteróide, senhor. Fica a quatro milhões de quilômetros de nossa rota. Os acalauries seguem exatamente em sua direção. Se não mudarem de rota dentro de vinte segundos, um deles colidirá. Rhodan não olhou para a tela do rastreador. Continuou de olho na grande tela panorâmic panorâmica, a, onde se viam perfeitamente perfeitamente os acalauries acalauries.. O asteróide asteróide continuou continuou invisível. invisível. Seu albedo era fraco demais para superar a luminosidade das bolhas energéticas. — Eles têm aparelhos — disse Rhodan. — Por que não notaram o asteróide? O comandante limitou-se a dar de ombros. Aí aconteceu. De repente o primeiro acalaurie mudou de direção com uma velocidade incrível, dando a impressão de que reconhecera o obstáculo no último instante. Mas certamente não teve tempo de alertar a nave que o seguia de perto. Além disso, a nave que ia à frente certamente impedia a visão da outra. O campo luminoso lumi noso ofuscante transformav transformavaa o resto do universo num fundo negro. Era até possível que seu brilho abafasse a luz das estrelas. O acalaurie colidiu com o asteróide. Mesmo que tivesse sido uma nave terrana que sofresse um impacto tão violento, haveria uma tremenda explosão. Por maior que fosse a massa de um asteróide de vinte quilômetros de diâmetro, ele seria despedaçado pela força do impacto. A energia dos propulsores da nave seria s eria liberada numa reação atômica espontânea. Mas desta vez foi o acalaurie, uma nave feita de antimatéria cercada por um campo de energia antimaterial, que colidiu com o asteróide. Os efeitos só poderiam ser muito mais terríveis. Rhodan fechou os olhos, uma vez que o dispositivo antiofuscante da tela funcionava com uma pequena demora. Rhodan viu através das pálpebras o que estava acontecendo. Um sol surgiu no espaço vazio, a pouco menos de quinhentos quilômetros de distância da Intersolar, e começou a crescer com uma velocidade louca, tornando-se cada vez mais claro. O Coronel Korom-Kham mudou de rota, de tal maneira que o novo sol passou ao lado da nave. Chamejava Chamejava num tom branco-azulado branco-azulado,, enquanto enquanto produzia produzia feixes de ener energi giaa ultr ultral aluz, uz, que entra entrara ram m no hipe hipere resp spaç açoo no mesm mesmoo inst instan ante te,, vo volt ltan ando do a desaparecer. Rhodan sabia que o perigo de uma ruptura do conjunto espacio-temporal estava presente. Até mesmo o novo sol poderia entrar no hiperespaço, provocando uma catástrofe cósmica. Felizmente isto não aconteceu. O sol continuou no universo normal. No início sua luminosidade não diminuiu, exceto pelo fato de a Intersolar afastar-se rapidamente, causando a impressão de que o brilho era cada vez mais fraco. O Dr. Ahaspere, que estava ao lado de Rhodan, disse:
— Imagine o que aconteceria aconteceria se uma nave de antimatéri antimatériaa descesse na Terra com o campo defensivo desligado, senhor. Receio que haveria uma reação em cadeia que destruiria todo o planeta. É possível que as intenções dos acalauries sejam pacíficas. É até provável. Mas apesar disso são os inimigos mais perigosos e mortais com que já nos encontramos. É o lado trágico do encontro. Rhodan confirmou com o gesto. Não sabia o que responder. — Vamos voltar para Salem, senhor? — perguntou o Coronel Korom-Khan. — Vamos, coronel. Temos de cuidar do pessoal que está lá. As outras naves seguirão o acalaurie que resta numa distância em que não corram perigo, até que entre no espaço linear. A Intersolar mudou de rota, seguindo em direção ao sistema e ao planeta Salem. Ao que tudo indicava, naquele tempo e lugar não havia mais nenhuma porção de antimatéria. Por enquanto o perigo tinha sido afastado.
5 Depois que o Dr. Redskin contara sua aventura várias vezes com minúcias a Howard e aos outros, seu rosto de repente assumiu uma expressão séria, Foi o Dr. Palmers que lhe fez uma pergunta, uma pergunta que lhe lembrou uma coisa que parecia ter esquecido. — As paredes energéticas dos tentáculos?... Sim, Palmers, você tem razão. É realmente esquisito. Talvez trate-se de uma espécie de energia sólida. Tentei apertá-la com a mão. Ela cedeu, mas não consegui atravessá-la. Diria que é elástica. De repente lembrou-se. — Quando a nave de Rhodan cortou o caminho do barco espacial, o acalaurie me soltou, o que é um sinal evidente de que compreendeu exatamente o que o comandante da nave terrana queria. Minha libertação foi uma espécie de proposta de paz. É bem verdade que uma coisa não deu certo para o acalaurie. Comigo foi expelida uma sacola de energia luminosa, em cujo interior se encontravam algumas das amostras de minérios recolhidas em Salem. Fiquei tão nervoso que esqueci. Talvez até tenha provocado uma explosão. — Espere aí — disse o Dr. Palmers, nervoso. — A que altura e com que velocidade mais ou menos aconteceu isso? Você sabe? — É claro que não. Foi acima da atmosfera, e não estávamos desenvolvendo nenhuma velocidade horizontal em relação ao planeta. Caí diretamente em direção ao planeta, embora em forma de uma parábola bem aberta. Felizmente tive possibilidade de influenciar a queda com meu equipamento de voo, mas a mesma coisa não aconteceu com a sacola luminosa. Sem dúvida deu uma volta completa em torno de Salem antes de cair. O Dr. Palmers olhou para o relógio. — Faz três horas. Se suas informações estão certas, a sacola logo deve estar em cima de nós, na atmosfera. Talvez os rastreadores instalados no planeta a tenham detectado. Howard, faça uma ligação com Rakowski. Rápido... O radiooperador compreendeu imediatamente o que estava acontecendo. O Dr. Palmers ainda falava pelo rádio quando ligou o rastreador atmosférico e iniciou as buscas. Levou apenas alguns segundos para encontrar o que Palmers previra. A face exterior da sacola com as amostras de matéria era formada de energia antimaterial. A camada isolante ficava do lado de dentro, evitando que o material entrasse em contato com a antimatéria. A atmosfera de Salem era formada de matéria normal, embora em forma gasosa. A bolha luminosa apresentava uma cauda de fogo como a de uma estrela cadente, mas quase não estava sendo freada. As moléculas de ar que entravam em contato com sua face exterior entravam em reação imediatamente. A massa da bolha era maior. Rakowski concluiu seus cálculos e voltou a entrar em contato com o grupo de Howard. — Mantenham altitude! A coisa está descendo e receio que bata bem perto da mina. Será que é por acaso? Ou o hogaltan ho galtan atrai a antimatéria? — Quanto tempo vai demorar o impacto no solo? — Dois minutos e vinte segundos.
— Droga! Não dá tempo para ir buscá-lo, Rakowski. Tomara que a sacola não caia em cima das cúpulas. Acha que vai haver uma explosão? — Tenho certeza. A bolha luminosa já está provocando reações no ar. Que acha que vai acontecer quando entrar em contato com a superfície do planeta, talvez até com uma massa de hogaltam? Vai ser um belo fogo de artifício. Tratem de proteger-se. Faltam noventa segundos. Na entrada da caverna Howard sentia-se relativamente seguro. Bastava deitar no chão para estar protegido contra qualquer onda de pressão vinda do norte. Levantou os olhos para o céu crepuscular. O meteoro que fora anunciado devia aparecer a qualquer momento ao oeste. De repente ele o viu. Saiu das nuvens traçando uma cauda luminosa branco-azulada, que foi aumentando de largura à medida que aumentava a pressão atmosférica. A queda foi entrando na vertical. Sua extremidade apontava para a área que ficava entre as cúpulas residenciais e as crateras. Pouco antes que a pequena bolha energética tocasse o chão, Howard deitou atrás da rocha e fechou os olhos. Apertou firmemente o braço contra eles, mas teve a impressão de que iria ficar cego, de tão forte que foi a luminosidade provocada pela explosão. Howard não chegou a ver o cogumelo incandescente que subiu lentamente para em seguida ser rasgado pelo furacão. Só teve coragem de levantar depois que a onda de pre press ssão ão ti tinh nhaa pass passad adoo po porr cima cima dele dele,, bate batend ndoo nas nas sali saliên ênci cias as das das mo mont ntan anha hass e espalhando--se para todos os lados. Uma cratera gigantesca abrira-se entre a mina destruída e as cúpulas residenciais. Os arre arredo dore ress aind aindaa esta estava vam m inca incand ndes esce cent ntes es.. A dire direçã çãoo só po podi diaa ser ser aval avalia iada da aproximadamente, mas em sua opinião bastaria que o voo ou a queda tivesse durado um segundo a menos para que as cúpulas residenciais fossem destruídas. Rakowski só chamou daí a onze minutos. — Tive de usar as antenas de emergência, Howard. As outras se fundiram. Deve ter esquentado para valer lá fora. Vejo a cratera na tela. Fica a menos de oito quilômetros. Tive muita sorte. — Teve mesmo, Rakowski. Tem contato com Rhodan? — Estou tentando. Acabam de seguir as naves-mães. Um momento... volto a chamar daqui a pouco. Howard sentou numa caixa. Transpirava, apesar de manter ligada a refrigeração do traje pressurizado. A temperatura externa era de cem graus negativos, mas as antenas que ficavam junto às cúpulas se tinham fundido. Uma quantidade incrível de energia devia ter sido liberada na explosão. E isto quando se s e tratava apenas de uma pequena sacola de antimatéria. O que não aconteceria se uma nave de quatro quilômetros de diâmetro formada de antimatéria pousasse num planeta?... *** — Bem que eu gostaria de explicar minuciosamente o que vem a ser antimatéria, caro Zwiebus, mas você não compreenderia. Eu mesmo não compreendo muito bem. Como é que você poderia compreender o problema? Seria um paradoxo, não acha? Gucky colocou a pata direita no lugar do peito em que pulsava seu ativador de células. Lord Zwiebus não respondeu à observação presunçosa do rato-castor. Apontou para seu peito.
— Sente-se muito orgulhoso por isso? Gucky acenou com a cabeça. — Naturalmente, pois me dá a imortalidade. Se ninguém o tirar de mim, chegarei à sua idade. E olhe que o aparelho já pertenceu à esposa de Rhodan, tia Mory, que foi assassinada. Aí Rhodan o deu a mim, porque era de opinião que eu começava a envelhecer. — O ativador de células... para ele tanto faz onde esteja pulsando? — Tanto faz. Antes de ser meu batia no peito de uma bela mulher e agora bate no meu. — Gucky bateu com o dedo nos pelos, bem no lugar em que ficava o coração. — Qual é a diferença? Lord Zwiebus sorriu. — Coitado do ativador de células! Se pudesse defender-se contra isso!... — Que piada boba, seu homem-macaco! Mas devo confessar que você sabe ser muito delicado quando quer. Por que não faz isso sempre? Embaraçado, o neandertalense repuxou os pelos do peito. — É fácil deixar alegres os homens e você. Basta a gente se fingir de mais bobo do que é. Gucky quase teve um colapso. Finalmente disse: — Repita o que vou dizer. Energia antimaterial numa reação molecular normal. — Energia antiracional numa antiracional numa reação moral nolebukal moral nolebukal . Por quê? Gucky quase arrebentou de rir, mas de repente ficou furioso. Fitou o neandertalense, que estava sentado perto dele com o rosto mais inocente deste mundo. — Então é isso? Você acha engraçado? Lord Zwiebus pegou o tacape e levantou. — Ou será que você riu porque está triste? Saiu com a cabeça orgulhosamente erguida. Gucky seguiu-o com os olhos. Ainda estava furioso. *** A Intersolar rompeu a camada de nuvens que cobria Salem e, seguindo seguindo o conselho conselho de Howard, pousou na grande planície que ficava entre as cúpulas residenciais e as montanhas do Sul. As montanhas do Oeste não ofereciam nenhuma proteção contra as radiações emitidas pelas duas crateras. Os seis planadores do grupo de Howard pousaram junto ao gigantesco couraçado espacial. Os homens e seus equipamentos teriam de ser cuidadosamente examinados por um grupo de cientistas antes que pudessem entrar na nave. Era uma precaução que só costumava ser abandonada numa emergência extrema, e esta já deixara de existir. As quatro naves-escolta de Rhodan circulavam em torno de Salem, para evitar eventuais surpresas. O relógio de bordo indicava o dia 3 de outubro, de tarde. Em Salem estava raiando o dia. Pelo meio-dia a equipe incumbida dos exames informou que não havia mais perigo em que as pessoas entrassem na nave. Não tinham descoberto bactérias ou outros gêmeos patogênicos. A afirmação de Howard, de que dificilmente haveria bactérias em Salem, foi refutada com o argumento de que estas poderiam perfeitamente ter sido introduzidas nas cúpula cúpulass reside residenci nciai ais, s, onde até era possíve possívell que tiv tivesse essem m sofrido sofrido mut mutaçõ ações. es. Isto Isto já acontecera mais de uma vez.
Assim que se soube que não havia perigo, a quarentena foi levantada. Howard designou designou alguns dos seus homens para voltarem voltarem às cúpulas cúpulas residenci residenciais. ais. Viriam depois, com os outros. Para ele só havia duas possibilidades. Rhodan poderia resolver retomar as atividades de mineração em Salem, ou então abandonaria o planeta por enquanto. Na segunda hipótese teria de levar o grupo para a Terra. Howard esperava que dentro de uma hora teria certeza sobre isso. Dali a pouco Rhodan e alguns cientistas lhe pediram que comparecesse a uma conferência, juntamente com o Dr. Redskin e o Dr. Palmers. A conferência foi realizada em um dos recintos da Intersolar. Howard trouxe uma sacola de pano. Colocou-a no chão, sem dar atenção aos olhares curiosos dos companheiros de Rhodan. Isto poderia ficar para depois. Primeiro queria descobrir como seria o futuro para ele e seus companheiros. — Meu pessoal informou — principiou Rhodan depois das apresentações — que a mina propriamente dita foi completamente destruída. A reconstrução exigiria muito tempo, trabalho e recursos. Precisamos saber se vale a pena. — Descobrimos novas jazidas de hogaltan nas montanhas. — Acontece que os acalauries descobriram Salem — disse Rhodan em tom seco. — Acho que vamos abandonar Salem por enquanto. Enquanto não pudermos estabelecer contato com as inteligências antimateriais, sempre haverá conflitos nos quais levaremos a pior. Pedi aos nossos especialistas que cuidem deste problema em primeiro lugar. Para isso precisamos recorrer às suas experiências, Mr. Howard, e mais tarde aos seus conselhos. conselhos. Comunique tudo que observou observou nos últim últimos os dias, mesmo que pareça não ter a menor importância. Qualquer detalhe pode ser vital. v ital. Howard apresentou seu relato, sem esquecer de mencionar a nave de prospectores e o fato de seu comandante ter afirmado que a Terra, o Império Solar e Perry Rhodan não existiam mais. Antes de prosseguir pediu que Rhodan informasse qual era a origem do boato. — Caro Mr. Howard — respondeu Rhodan. — Assim que estivermos informados sobre o que aconteceu com a colônia de Salem e o senhor tiver decidido acompanhar-me com seus companheiros, o senhor saberá. Para mim só importa que todo mundo acredite que o Sistema Solar foi destruído. O senhor certamente teve a impressão de que o prospector acreditava no que estava dizendo, não é? — Certeza absoluta. Tive tanta certeza que eu mesmo cheguei a ter minhas dúvidas. — Excelente. Conseguimos o que queríamos. — Rhodan sorriu gentilmente para Howard, como se quisesse pedir mais um pouco de paciência. — Continue. Estou interessado especialmente nas experiências e observações feitas pelo Dr. Redskin, que os acalauries queriam levar. O Dr. Redskin contou sua aventura com uma calma que deixou espantados até mesmo Rhodan e seus cientistas. Fizeram anotações, para mais tarde poderem fazer perguntas. Depois foi a vez do Dr. Palmers. Apresentou suas hipóteses e teorias, que no essencial combinavam com as dos cientistas terranos. Até o Dr. Ahaspere concordou com ele em quase todos os pontos. Quando terminaram sua exposição, Rhodan olhou para a sacola que Howard tinha trazido. — Vamos! Apresente a surpresa que nos reservou, Mr. Howard. Está ansioso para fazer isso o tempo todo, não é mesmo?
Howard sorriu embaraçado e empurrou a sacola para a frente. Abaixou-se para abri--la. — Acho que não é nada de importante — disse, enquanto derramava o conteúdo no chão. Rhodan e seus companheiros viram imediatamente que se tratava de amostras de minérios e pedras de Salem. — Encontramos isto próximo aos locais das explosões, senhor. Nos lugares que os barcos espaciais dos acalauries recolheram amostras. O que nos chamou a atenção foi a forma. A estrutura física das amostras continua inalterada. A forma das pedras realmente surpreendia. Rhod odaan pego gouu um pedaço de minério e pesousou-oo na mão. Exam xamino nouu-o cuidadosamente de todos os lados antes de entregá-lo ao Dr. Ahaspere. Em seguida examinou outra amostra. Algumas amostras davam a impressão de que tinham sido cortadas ao meio com um bisturi muito afiado. Howard informou que a parte desaparecida se tinha desmanchado numa reação espontânea, enquanto o resto continuava inalterado. As superfícies dos cortes eram completamente lisas. — Tem alguma explicação, Dr. Ahaspere? — perguntou Rhodan ao especialista. Ahaspere sacudiu a cabeça. — Sinto muito, mas não tenho. Por enquanto não existe nenhuma explicação sensata. Talvez se poderia dizer que parte de cada amostra se encontrava no momento da explosão num universo diferente do nosso. Isto explicaria a superfície de corte tão lisa. Nenhum instrumento seria capaz disso, mas o limite entre um universo e outro, uma dimensão temporal e outra, um espaço e outro seria. Sei que pode parecer fantástico e anti-científico, mas é a melhor explicação que posso apresentar. — Acho que compreendi — tranquilizou Rhodan. — Receio que ainda tenhamos de aprender muito antes de pensar em entrar em contato com os acalauries. Em muitas coisas são muito mais adiantados que nós. — O Administrador-Geral olhou para Howard. — Acho que a esta altura o senhor já vai concordar se eu sugerir que volte à Terra conosco. Sei que passou cem anos de sua vida neste planeta. Acho que já está na hora de descansar alguns anos. O senhor merece. — A voz de Rhodan apresentou um tom mais macio. — A propósito. Fiquei sabendo que há um oficial a bordo da Intersolar que gostaria de conversar com o senhor. Gostaria de ter uma conversa bem comprida. — Não conheço ninguém — resmungou Howard, que parecia não gostar nem um pouco da ideia de voltar à Terra. Conseguira realizar-se em Salem. Na Terra não passaria de um homem entre quinze bilhões. — O que quer ele comigo? — Seu nome é Patric, Mr. Howard. How ard. Patric Howard. Howard encarou Perry Rhodan com os olhos apagados. Mas de repente eles brilharam numa lembrança daquilo que já era considerado perdido e esquecido. — Patric! Meu filho! Ele conseguiu! — Conseguiu mesmo, Mr. Howard. Durante a viagem à Terra o senhor poderá ocupar o camarote ao lado do de seu filho. Já providenciei. Talvez queira falar com seu pessoal. Posso pedir aos senhores Palmers e Redskin que continuem mais um pouco comigo? Ainda temos alguns problemas... Rhodan sorriu e seguiu Howard com os olhos até que desaparecesse no corredor. Depois olhou para Redskin. — Repita suas informações, doutor, com todos os detalhes. Não omita nada. Tudo pode ser importante.
*** Depois da última etapa linear a nave dos prospectores aproximava-se do Sistema Graper desenvolvendo a velocidade da luz. O patriarca Gunnar Helgerson estava sentado ao lado do piloto, controlando seu trabalho. O piloto era seu filho Per. A mãe de Per era Maria Helgerson, segunda esposa de Gunnar. Gunnar tinha sete mulheres ao todo, mas tinha de compartilhá-las com o imediato Ken Warren, que só era proprietário de duas mulheres. O excesso de mulheres entre os pro prospe spect ctor ores es torn tornar araa nece necessá ssári riaa um umaa espé espéci ciee de casam casamen ento to grupa grupal, l, que surg surgir iraa automaticamente. — Não há motivo para preocupações, pai — disse Per depois de dar uma olhada na tela. — Há cinquenta seres humanos no máximo nesse planeta. Temos necessidade urgente de hogaltan, se quisermos fazer negócio. A nave era uma antiga corveta da Frota Solar. O veículo esférico de sessenta metros de diâmetro tinha bastante lugar para que o clã de Gunnar Helgerson não precisasse de um planeta. Eram donos da nave e não obedeciam a ninguém. Quando precisavam de mantimentos, poderiam adquiri-los por troca com outros clãs ou povos. Os prospectores eram criaturas honestas e pacatas. Apreciavam o comércio e amavam a liberdade. Por isso mesmo tinham-se separado há tempos do Império Solar e proclamado sua independência. Rhodan nunca fez nada para impedir isso. Quem não quisesse sujeitar-se às leis do Império era obrigado a dispensar sua proteção. Foi exatamente o que fizeram os prospectores. As relações de comércio entre os parceiros desiguais não tinham sido afetadas pela nova situação. Constantemente naves dos prospectores pousavam nos planetas coloniais terranos para trocar minérios raros e preciosos por alimentos ou outras o utras mercadorias. — Não quero aborrecimentos — advertiu o chefe do clã ao filho. — Temos de fazer o possível para ficar em paz com eles. Mas fico me perguntando o que lhes podemos oferecer em troca do hogaltan. Talvez vinho. Durante nossa última visita gostaram muito. Em nossos hangares há muita coisa capaz de alegrar o coração de pessoas solitárias. Tecidos para as mulheres, brinquedos técnicos para os homens. — Você não disse que o Império Solar não existe mais? — perguntou Per em tom indiferente. — Ou será que isso não passa de um sonho acalentado por pessoas que querem cada vez mais poder? Deve ser um boato espalhado pela União Central Galáctica. Eles nunca têm que chega. Gunnar sacudiu a cabeça e viu Salem crescer na tela. — Não sei de onde vem a notícia. O fato é que me certifiquei pessoalmente de que é verdadeira. Você estava doente e por isso o deixei com o clã do tio Sharif. Voei para a Terra mas a Terra não estava mais lá. Todo o Sistema Solar tinha desaparecido. Só restava o espaço vazio, mais nada. Ponho minha mão no fogo de que as coordenadas estavam certas. Ainda estavam armazenadas no banco de dados de nosso computador de bordo. Você tem alguma explicação, meu filho? Per sacudiu a cabeça e fez uma correção de rota. — Se você esteve lá, é porque não existe nenhuma. Mas um sol e seus nove planetas não podem desaparecer sem mais aquela, pelo menos de uma maneira normal. Se não há nenhum feitiço atrás disso, então deve ser um truque técnico do tal do Rhodan. Para mim a resposta só pode ser esta. — Per apontou para a tela. — Ainda falta meia hora-luz.
— Reduza a velocidade, Per. Outro homem aproximou-se. Usava conjunto esfarrapado e botas de pele. A parte inferior do rosto era enfeitada por uma barba escura. Tratava-se do imediato, Ken Warren. — Há algo de errado com os rastreadores, Gunnar. Não apresentam nenhum eco. Vivo dizendo que têm de ser trocados; mas ninguém me ouve. — Para que servem os rastreadores? — perguntou Gunnar em tom irritado. — Mas sej seja feit eita sua sua vo vont ntad adee. Prov Proviidenc dencia iarrei na prim primei eira ra op opor ortu tuni nida dade de.. Fa Falh lhar aram am completamente. — Completamente. Não registram nem mesmo a presença de Salem. E olhe que é um planeta grande. Se um asteróide atravessar nosso caminho, não teremos qualquer aviso. É bom que Per fique de olho sempre na tela panorâmica e vá mais devagar. — Tente entrar em contato de rádio com o pessoal de Salem, Ken. Comunique-lhes que levamos abastecimentos e vinho. É preferível pedir licença para pousar, para dar uma boa impressão. Estas coisas sempre favorecem os negócios. Ken Warren acenou com a cabeça e voltou a entrar na sala dos rastreadores. — Ken vive resmungando, resmungando, pai — disse Per. — Queixa-se Queixa-se principalment principalmentee de mim. Mas quem vai ser o patriarca sou eu, não ele. O assunto era desagradável para Gunnar, que vivia quebrando a cabeça sobre como seriam as coisas depois de sua morte. Era quase certo que haveria guerra dentro da nave, a não ser que Ken desaparecesse antes ou morresse. Mas ele tinha seus amigos no clã, que não podiam ser esquecidos. — Afinal você é meu filho mais velho, Per — disse Gunnar em tom calmo. Dali a alguns minutos Ken Warren voltou à sala de comando. Parecia preocupado. — Howard não responde aos chamados, Gunnar. Ouvi uma voz estranha, cujo dono se comporta de forma estranha. Não deu nenhuma informação e disse que podemos pousar. Mais tarde poderíamos falar com Howard. Aqui estão as coordenadas do local de pouso. — Ken entregou um bilhete a Gunnar. — Levaram bastante tempo para encontrá-las. Gunnar Helgerson examinou os algarismos. — Não me lembro muito bem, mas tenho a impressão de que já conheço os dados. Bem, não custa experimentar. — Gunnar entregou o bilhete a Per. — Deixo por sua conta, filho. Mesmo sem os rastreadores, acabaram descobrindo duas das quatro unidades que circulavam circulavam em torno de Salem, Salem, isolando o planeta planeta do espaço. espaço. Já era tarde para voltar. A nave prospectora recebeu instruções pelo rádio para prosseguir na manobra de pouso. Gunnar rangeu os dentes, mas obedeceu. Sabia que sua pequena nave era muito lenta e tinha poucas armas para enfrentar a força com que se defrontavam. A ideia de que poderia tratar-se de unidades da Frota Solar nem lhe ocorreu. Pensou que as duas naves esféricas pertencessem à Liga Carsuálica ou à União U nião Galáctica Central. Ambas eram perigosas. Quer dizer que também unham descoberto a mina de hogaltan e estragariam os negócios. Podiam, porque eram mais fortes. Isto não contribuiu nem um pouco para deixar Gunnar Helgerson menos aborrecido. Seu filho não se abalou. Continuou reduzindo a velocidade e pediu ao pai que verificasse a posição relativamente ao planeta Salem, com base nos dados disponíveis. Feitas as primeiras medições, o computador de bordo cuidou da tarefa.
— Se andarmos depressa, pousaremos na face diurna — disse Gunnar em tom de espanto. — Mas aposto que não será o lugar junto à mina que já conhecemos. Será que Howard e seu grupo se mudaram? Acho que não. Tomara que não seja uma armadilha... — Não precisamos temer uma armadilha, pois vivemos em paz com todos os povos da galáxia, tranquilizou-o o filho. Ken estava de pé perto deles, com um sorriso de escárnio no rosto. Parecia não acreditar muito na teoria da paz. — Vamos pousar e depois veremos. Se tivéssemos caído nas mãos de piratas, eles não encontrariam nada em nossa nave. Certa vez me encontrei com a velha Tipa Riordan, pai. Não é tão ruim como dizem. Gunnar Gunnar não respond respondeu. eu. Preocu Preocupado pado,, viu Sal Salem em aument aumentar ar rapida rapidamen mente te na tela tela panorâmica. *** — Era só o que faltava — disse Rhodan e deu início à manobra de camuflagem. Mandou chamar Howard e pediu-lhe que acompanhasse o jogo. Concluiu as explicações com as seguintes palavras: — Isto tem de ficar em segredo, Mr. Howard. Ninguém pode saber que nosso Sistema Solar ainda existe. Nem mesmo os prospectores. Fazemos negócios com eles, mas através de intermediários. Está disposto a ajudar? — Com muito prazer, mas não sei como. — Faremos a nave pousar num lugar em que não vejam a Intersolar. Levamos o senhor para lá num planador grande e o senhor conversa com os prospectores. Alguns oficiais oficiais o acompanharã acompanharão. o. Usarão trajes trajes civis. civis. Seria Seria bom que os prospectores prospectores pensassem que pertencemos a outra potência, talvez ao Império de Dabrifa ou à coalizão Ross. Diga--lhes que a mina está sendo abandonada por não compensar mais e que resolvemos abandonar Salem. — Será que eles acreditarão? — Terão de acreditar, quer queiram, quer não. Diga que lamenta sua decisão e deixe entrever que não foi espontânea. Desta forma será mais respeitado por eles. Depois pro provi vide denc ncie ie para para qu quee os prosp prospec ecto tore ress possa possam m part partir ir sem sem ser mo mole lest stad ados os.. Trat Tratee de despertar a impressão que isso acontece graças à sua interferência. Meus oficiais ficarão um pouco afastados. Desta forma o senhor poderá fazer de conta que transmite um terrível segredo aos prospectores e que não fala à vontade quando os oficiais estão por perto. Espero que saiba representar. — Darei um jeito — prometeu o velho grisalho. — É uma pena. Até que não são maus, embora se apresentem um pouco desleixados. — Antes eles que uns macacos enfeitados de mau-caráter — disse Rhodan e levantou-se. — Irei com o senhor. Se eu colar uma barba no rosto dificilmente serei reconhecido. Dali a pouco foram informados de que os prospectores acabavam de pousar. O planador decolou. *** Gunnar Helgerson olhou desconfiado para o blindado voador quando este pousou suavemente ao lado da nave. O primeiro homem a sair da eclusa inferior foi Screw Howard. Foi seguido de alguns homens que trajavam conjuntos sem distintivos. Gunnar não foi capaz de descobrir a que grupo pertenciam. Mandou abrir a eclusa de entrada. Só percebeu que se tratava de seres humanos quando os companheiros de Howard desligaram os campos energéticos e abriram os
capacetes. O velho chefe do clã levou os visitantes a um salão onde as mulheres estavam servindo bebidas e iguarias. Os prospectores davam muito valor à hospitalidade. Gunnar continuou com o rosto impassível quando Howard informou o que tinha sido resolvido. Contemplou atentamente os outros homens e naturalmente não demorou a descobrir que Howard só falava à vontade quando não estavam por perto. A conclusão parecia simples. Então era isso!... — Acha que ainda existe bastante hogaltan para que a exploração se possa tornar lucrativa para nós? — perguntou em voz baixa. — Não precisaria ser muita coisa. Bastariam algumas toneladas. Howard sacudiu a cabeça. — Acho que não, mas não custa tentar. Mais tarde, é claro, quando ninguém deles — Howard virou os olhos em direção aos companheiros — estiver por perto. Mas receio que também tenham a intenção de extrair hogaltan. Seria uma pena se pegassem o senhor, Helgerson. Gunnar estremeceu. Não poderia deixar de perceber a advertência que havia nestas palavras. Viu um dos visitantes ocupar-se intensamente com suas mulheres. Ainda bem, pensou; assim ele se distrai. Uma única vez, quando viu os olhos atentos de um homem de barba branca pousados nele, sentiu um calafrio. Eram olhos resolutos, acostumados a mandar, mas não escondiam a tolerância que brilhava em seu fundo. — São da União Galáctica G aláctica Central? — cochichou para Howard. O engenheiro de minas deu de ombros e tomou um gole de vinho. — Não sei, Helgerson. Não me contaram. Mas gostaria de dar um conselho. Trate de dar o fora antes que eles mudem de ideia. Ainda está em tempo. — Está bem. Obrigado. — Gunnar passou a falar mais alto. — Vamos brindar ao nosso reencontro, Howard. É uma pena que não tenha sido possível estabelecer relações comerciais. Uma pena mesmo! Mas não vamos morrer de fome por isso, conforme deve ter visto. Parecia Parecia mesmo que não morreriam. morreriam. As mesas quase chegavam a vergar sob o peso das iguarias e bebidas. Rhodan já compreendia por que os prospectores tinham preferido proclamar sua independência. Não tinham a ambição de fundar um império. Preferiam viver conforme achavam certo. Mais tarde, quando se despediram, estavam em boa paz. Mas o encontro lançara uma centelha de preocupação no coração de Gunnar Helgerson. Era exatamente o que Rhodan queria. Dali a duas horas os prospectores partiram. Faltava pouco para esquecer. Os rastreadores das naves de vigilância confirmaram que dali a vinte minutos a velha corveta entrou no espaço linear e desapareceu. *** Os membros do grupo de Howard tiraram das cúpulas residenciais não só seus pertences, mas tudo que tinha valor e valia a pena ser levado. Enquanto isso os especialistas colocaram cargas explosivas e as acoplaram a um mecanismo-relógio. A única coisa que podiam fazer era destruir as cúpulas numa explosão atômica. No dia 5 de outubro a Intersolar estava pronta para decolar. As outras quatro unidades aguardaram a nave-capitânia na órbita e receberam os dados sobre a viagem de volta, que foram armazenados nos computadores para ser aproveitados nas etapas lineares que se seguiriam. O Coronel Korom-Khan em pessoa comandou a manobra de decolagem.
Rhodan, Rhodan, Howard, Howard, Pal Palmer mers, s, Redski Redskin, n, o Dr. Ahaspe Ahaspere re e mais mais alguns alguns cienti cientista stass estavam sentados à frente da tela do monitor da cantina dos oficiais. Num lugar mais afastado Lord Zwiebus e Gucky estavam sentados a uma mesa menor, tomando seu copo obrigatório de suco de fruta e prestando atenção no que estava sendo falado por perto. É claro que a conversa con versa girava principalmente em torno dos acalauries. — Tive outra ideia — disse o Dr. Ahaspere enquanto o planeta gigante Salem ia diminuindo na tela de imagens. — Vimos que o campo energético do caça Lightning não Lightning não serve para nada. Fico me perguntando o que teria acontecido se possuísse um campo par parat atro ronn e o ti tive vess ssee li liga gado do.. Talv Talvez ez este este camp campoo seri seriaa capa capazz de evit evitar ar os efei efeito toss devastadores do encontro com a antimatéria. Talvez perdemos a oportunidade de fazer a experiência. — Pensei mais ou menos a mesma coisa, mas não cheguei a nenhum resultado — confessou Rhodan. — Mas não tenho dúvida de que dentro em breve teremos outra oportunidade. Talvez o campo paratron seja capaz de conduzir ao hiperespaço as energias liberadas no encontro, antes que elas possam atuar em nosso universo. — Teoricamente é possível — disse o Dr. Ahaspere e mergulhou num silêncio cheio de meditações. — Brrrr Brrrr ! — fez Lord Zwiebus na mesa ao lado e tirou a mão de cima de um objeto que se encontrava entre os copos. Parecia um ouriço sem espinhos. — Não é que o bicho me mordeu? — O higuehague é um ser pacato p acato — disse Gucky, defendendo o pequeno amigo que lhe fora confiado pelo Tenente Marun. — Estou conversando com ele. Considerando as coisas de um ponto de vista relativista, ele fala melhor e de forma mais compreensível que você. Rhodan levantou e chegou mais perto. — Ora veja! O talismã do Tenente Marun — disse com um sorriso e sentou na mesa de Gucky e Zwiebus. — Parece que não é um caso isolado. O radiooperador Rakowski, que pertence ao grupo de Howard, fez questão de levar um urba de Salem. Jura que se trata de Piu-Piu, o animal de estimação do engenheiro Denver, que foi morto. É um lagarto blindado parecido com um leão-marinho. Por que não abre um zoológico, Gucky? O rato-castor olhou para o neandertalense. — Já tenho três ocupantes. Lorde Zwiebus acariciou o higuehague, que ficou quieto. — Quatro — disse em tom resoluto. resoluto. — E nenhum ocupante ocupante do zoológico pode ser diretor. Gucky engasgou com a limonada e colocou o copo na mesa. Fitou Rhodan com uma expressão recriminadora. — É semp sempre re assi assim, m, Pe Perr rry. y. Este Este mo mons nstr troo não não tem ou outr traa cois coisaa a faze fazerr senã senãoo aborrecer-me, denegrir meus méritos e apresentar-me como um monstro inteligente. Não sabe o que é gratidão! Olhe que fui eu que lhe ensinei a comportar-se e a falar. Se não fosse eu, o que seria dele?... — Seria mais feliz! — resmungou Lord Zwiebus em tom sarcástico. Rhodan colocou o higuehague na mão. O estranho animal desenrolou-se e exibiu o narizinho negro. Os olhos piscaram numa expressão alegre e matreira. Por um instante pôde-se ver a pequena língua rosada. — Para Marun este animal representa um pedaço de sua terra natal — murmurou Rhodan. — Compreendo-o perfeitamente. Cuide bem dele, Gucky. — Rhodan voltou a
colocar o higuehague sobre a mesa. — E não leve a mal as observações de Lord Zwiebus. Ainda anda confundindo as coisas. Gucky quis dar uma resposta, mas preferiu ficar com a boca calada e acenou compreensivamente com a cabeça. — Está bem — disse em tom contemporizador — Talvez ainda se transforme num homem civilizado. — Engula! — disse Lord Zwiebus e colocou o copo vazio na mesa, perto do higuehague. Mas este já adormecera de novo. Na sala de comando o Coronel Korom-Khan permanecia imóvel à frente dos controles, com o capacete-SERT na cabeça. Salem há muito se transformara numa pequena estrela, cujo brilho era pouco mais forte que o do sol Graper. As telas dos rastreadores não mostravam nada além das quatro naves de escolta. A velocidade da Intersolar aumentava a cada instante. Só faltavam alguns minutos para a primeira etapa de voo linear. Num raio de vários anos-luz não havia um único acalaurie. Era uma situação tranquilizadora, inclusive para o Coronel Korom Khan. Mas o comandante sabia que o encontro que tivera com os ufos cósmicos no Sistema Graper não fora o último. Haveria muitos outros. O universo era muito pequeno para manter escondida uma civilização estranha feita de antimatéria. — Faltam trinta segundos — avisou pelo intercomunicador. O Sistema Solar ficava vinte e quatro mil e quinhentos anos-luz à frente da Intersolar. Vinte e quatro mil e quinhentos anos-luz — e cinco minutos no futuro. Lá fora as estrelas desapareceram, sendo substituídas pela escuridão. A Intersolar iniciara definitivamente a viagem de volta.
*** ** *
Quem ou o que vem a ser os acalauries? O segredo que os envolvia não pôde ser resolvido logo, mas mas aq aque uele less qu quee se defr defron onta tara ram m com com o fenôm enômen enoo antimatéria não tinham a menor dúvida de que haveria outros encontros com os misteriosos desconhecidos. No próximo volume da Série Perry Rhodan fala-se sobre outro assunto. Conta alguma coisa sobre uma estra strada da qu quee liga o Sist Sistem emaa Ghos Ghostt com com o rest restoo da galáxia. A Estr Estrad adaa do doss Cont Contai aine ners rs,, títu título lo do próx próxim imoo volume desta série.
Visite o Site Oficial Perry Rhodan: www.perry-rhodan.com.br O Projeto Tradução Perry Rhodan está aberto a novos colaboradores. Não perca a chance de conhecê-lo e/ou se associar: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpp&cmm=66731 http://www.orkut.com.br/M http://www.orkut.com.br/Main#CommMsg ain#CommMsgs.aspx? s.aspx? cmm=66731&tid=52O1628621546184O28&start=1