LÉVI-STRAUSS, Claude. A ciência do concreto. In: O Pensamento Sela!em. Cam"inas: Pa"irus #ditora, $%&%, "". "". $'-'$( Apresentação do texto :
Pu)licado em $%*+ "ela editora Plon, em Paris, O Pensamento Sela!em
se contra"e s deini/es cl0ssicas de totemismo e etnolo!ia. Tendo, dessa orma, reerencial ao liro anterior Lei-straussiano: Lei-straussiano: Le totémisme aujourd’hui aujourd’hui, tam)1m de $%*+. Problemática:
L1i-Strauss a"resentar0 em O Pensamento Selvagem a2uilo considerado como o
reerso do totemismo de 3auss e 4ur56eim, o homem naturalizado . A2ui, na ciência do concreto, o autor a"ro7ima a ciência da ma!ia, da arte e da ilosoia, relacionando estas a um 8nico ei7o de "ensamento 6umano. Isto 1 reali9ado atra1s do a"roundamento da or!ani9a/o do meio social e natural ind;!ena, e o rom"imento "ela alteridade da su"osta 6ierar2ui9a/o entre o "rimitio e o cient;ico moderno. 4ierentemente de 4ur56eim e 3auss, Lei-Strauss no considerar0 uma dis"erso e dilui/o da or!ani9a/o social dos "oos "rimitios na sociedade. O "r<"rio "rimitio 1 desconstru;do, desconstru;do, e o "ensamento 1 constru;do de orma cont;nua. Citações e comentários :
$ A CI=>CIA 4O CO>CR#TO $' -
Inicia o ca";tulo ca";tulo res!atando a no/o entre lin!u;stica e antro"olo!ia, antro"olo!ia, cara ao estruturalismo. estruturalismo.
?oas 1 ento mencionado, airmando a constru/o sint0tica como dierencia/o discursia na l;n!ua c6inu2ue, do noroeste da Am1rica do >orte. $* -
#7"and #7"ande-s e-see a elocu/ elocu/o o "ara "ara o "reenc "reenc6im 6iment entoo das lacunas lacunas do oc oca)u a)ul0r l0rio io se!und se!undoo
determinado !ru"o ind;!ena. É "rimeiramente leantada uma no/o utilit0ria da l;n!ua. @and e Pu5ui B$%'&, Drause B$%'* airmam 2ue 1 nomeado a2uilo 2ue 1 8til, ou at1 mesmo nocio. A l;n!ua se desenoleria dessa orma so)re o entorno. $E -
FComo nas lin!ua!ens "roissionais, "roissionais, a "roliera/o conceitual corres"onde a uma uma aten/o aten/o
mais irme em rela/o s "ro"riedades do real, a um interesse mais des"erto "ara as distin/es 2ue a; "ossam ser introdu9idas. #ssa Gnsia de con6ecimento o)Hetio constitui um dos as"ectos mais ne!li!enciados do "ensamento da2ueles 2ue c6amamos "rimitiosJ. Se ele 1 raramente diri!ido "ara realidades do mesmo n;el da2uelas s 2uais a ciência moderna est0 li!ada, im"lica dili!ências dili!ências intele intelectu ctuais ais e m1todo m1todoss de o)ser o)sera/ a/oo semel6 semel6ant antes. es. >os dois casos casos,, o unier unierso so 1 o o)Heto o)Heto de "ensamento, elo menos como meio de satisa9er a necessidades.K L1i-strauss insere a2ui uma
dimenso de alteridade ao airmar 2ue Fcada ciili9a/o tende a su"erestimar a orienta/o o)Hetia de seu "ensamentoK. $& a + M L1i-Strauss "er"assa e7em"los e etno!raias so)re o oca)ul0rio ind;!ena, atri)uindo ênase ao l17ico e a im"ortGncia associada a2uele !ru"o social. >a "0!ina +N, ele reconta o a"rendi9ado de #. Smit6 ?oen de uma l;n!ua ind;!ena atra1s de es"1cimes )otGnico. Al!o estran6ado inicialmente "ela "es2uisadora 1 o "onto culminante do ar!umento do autor M 1 naturali9ado a esse "oo ensinar atra1s da )otGnica, "ois 1 ela um "onto undamental da sua sociedade. O 6omem e o meio e sua rela/o intr;nseca l;n!ua. >o o)stante, im"osta ao etn
FPode-se o)Hetar 2ue uma tal ciência no dee a)solutamente ser eica9 no "lano
"r0tico. 3as, Hustamente, seu o)Heto "rimeiro no 1 de ordem "r0tica. #la antes corres"onde a e7i!ências intelectuais ao in1s de satisa9er s necessidades.K O 2ue 1 releante na 2uesto l17ica e semGntica da lin!ua!em, a2ui leantada "or Lei-Strauss, 1 o a!ru"amento de coisas e seres e como isso constitui um "rinc;"io de ordem do unierso. FOra, essa e7i!ência de ordem constitui a )ase do "ensamento 2ue denominamos "rimitio, mas unicamente "elo ato de 2ue constitui a )ase de todo "ensamento, "ois 1 so) o Gn!ulo das "ro"riedades comuns 2ue c6e!amos mais acilmente s ormas de "ensamento 2ue no "arecem muito estran6as.K +* M
3en/o aos a9ande e #ans-Pritc6ard acerca da )ru7aria. F4esse "onto de ista, a "rimeira
dieren/a entre ma!ia e ciência seria, "ortanto, 2ue uma "ostula um determinismo !lo)al e inte!ral en2uanto a outra o"era distin!uido n;eis dos 2uais a"enas al!uns admitem ormas de determinismo tidas como ina"lic0eis a outros n;eis.K +E -
#le se olta ordena/o cient;ica e a esti"ula/o de um n8mero inito de estruturas "ara
deinir a estrutura/o como uma "r0tica intr;nseca e m8lti"la M Fa estrutura/o "ossuiria ento uma eic0cia intr;nseca, 2uais2uer 2ue ossem os "rinc;"ios e os m1todos nos 2uais ela se ins"irasse.K Isso 1 eito "ara "ensar uma intersec/o entre cam"os distintos, ainal a 2u;mica dos alimentos e a sensa/o olat
+& -
FO "ensamento m0!ico no 1 uma estr1ia, um come/o, um es)o/o, a "arte de um todo ainda
no reali9ado( ele orma um sistema )em articulado( inde"endente, nesse "onto, desse outro sistema 2ue constitui a ciência, salo a analo!ia ormal 2ue os a"ro7ima e 2ue a9 do "rimeiro uma es"1cie de e7"resso meta
L1i-Strauss e7"lora a ciência do concreto. A a)rica/o de erramentas e materiais, desde o
"er;odo neol;tico e o cultio da sensi)ilidade so airmados como con6ecimentos cient;icos, "r1ios ao seu determinismo. F#ssa ciência do concreto deia ser, "or essência, limitada a outros resultados al1m dos "rometidos s ciências e7atas e naturais, mas ela no oi menos cient;ica, e seus resultados no oram menos reais. Asse!urados de9 mil anos antes dos outros, so sem"re o su)strato de nossa ciili9a/o.K Bricolage, 1 retomada continuamente ao lon!o do te7to. QQ -
Isso 1 reor/ado "ela ideia de si!no e a intermedia/o entre ima!em e conceito, orma/o de
si!niicante e si!niicado. Contra"osto ao conceito, o si!no "ossui um esco"o limitado M seu cam"o de a)stra/o reside no isualima!in0rio e no interm1dio. Somente ao conceito 1 "oss;el a e7tra"ola/o. >o entanto, ele se demonstra essencial rele7o m;tica M situado como m1todo de inter"reta/o no meio-camin6o entre "erce"/o e conceito. Q' -
O"osi/o entre conceito e si!no.