FACULDADE DE ZOOTE ZOOTECNIA, CNIA, VETERINÁRI V ETERINÁRIA A E AGRO A GRONO NOMI MIA A – PUCRS CAMPUS URUGUAI URUGUAIANA ANA OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA
DIAGNÓSTI DIAGNÓSTI CO DA GESTA GESTAÇÃO. ÇÃO.
1) IMPORTÂNCIA: A importância portância de se chegar chegar ao diag diagnósti nóstico co precoce precoce da gesta gestação ção base baseiia-se emum adequado manejo das fêmeas e na detecção de problemas reprodutivos que inviabilizam economicamente o rebanho. 2) MÉTODO MÉTODOS S DE DE DIAGNÓSTICO: DIAGNÓSTICO: 2.1) Clínico – palpação retal, não retorno ao cio, exame radiológico (aplicação no final da gestação nos pequenos animais), ultra-sonografia e laparoscopia. 2.2) Laboratorial – citológico, hormonal (dosagens de progesterona, gonadotrofina coriônica), imunol unológ ógiico. 3) DIAGNÓ DIA GNÓS STICO TI CO DE GES GESTA TAÇÃO ÇÃO NA VACA: VA CA: O ciclo de prenhez nas vacas, detectado por palpação, pode ser dividido segundo Götze em oito fases. semsintom sintomas caracterí característicos sticos – duração de 3 a 4 semanas, o corpo lúteo 3.1) F ase 1, sem é palpado após 21 dias supondo prenhez ipsilateral.
3.2) Fase 2, pequ peque ena bol bolsa sa inici inicial al – entre 4 e 5 semanas, ligeira assimetria dos cornos uterinos, contendo de 30 a 100ml de líquidos fetais. 3.3) Fase 3, pequena bolsa bolsa caracte caracterrística stica – entre 6 e 7 semanas, assimetria dos cornos uteri uterinos nos mais ais evide evidente, nte, inici nicia-se a-se o efeito efeito de parede parede dupla dupla (teste teste do beliscamento), de 80 a 300ml de líquidos fetais. grande ande bolsa ini inici cial al – entre 8 e 10 semanas, assimetria pronunciada 3.4) F ase 4, gr entre os cornos uterinos, o útero não mais permite a sua reunião sob a mão, mas permite contorná-lo, adelgaçamento da parede uterina, flutuação característica, de 300 a 700ml de líquidos fetais.
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3.5) Fase 5, grande bolsa característica – entre 11 e 14 semanas (3 meses), dificuldade em contornar o útero, líquidos fetais entre 700 e 2000ml.
3.6) Fase 6, bolão – entre 15 e 20 semanas (4 meses), o útero não é mais contornável com a mão (tamanho de uma bola de basquete), palpação de alguns placentomas, frêmito da artéria uterina média facilmente sentido nas laterais da pelve, líquidos fetais entre 2 e 7 litros. 3.7) Fase 7, abaixamento – entre 21 e 30 semanas (6 meses), o feto não está mais ao alcance do examinador, eventual palpação de alguns placentomas, frêmito da artéria uterina, presença de movimentos do feto no flanco da mãe. 3.8) Fase8, fase final – mais de 7 meses, subida e palpação direta do feto.
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3.9) Diagnóstico por ultra-som – o diagnóstico é feito através da identificação da vesícula gestacional entre 25 e 28 dias. 4) DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO NA ÉGUA: O ciclo de gestação na égua pode ser dividido em 9 fases. 4.1) Fase 1 – período entre 28 e 30 dias (4 semanas), formação esférica de 2 a 3cm de diâmetro junto ao terço proximal do corno uterino (semelhante a uma bola de tênis). 4.2) Fase2 – período de gestação com 35 dias (5 semanas), presença de aumento de volume entre 3 e 4cm de diâmetro, de forma elíptica. 4.3) Fase 3 – período de gestação entre 42 e 45 dias (6 semanas), formação com 5 a 7cm de comprimento e 5cm de diâmetro (ovo grande), ovários na mesma posição inicial. 4.4) Fase 4 – gestação entre 48 e 50 dias (7 semanas), aumento de volume entre 6 e 7cm de diâmetro (ovo de pata), flutuação perceptível. 4.5) Fase 5 – gestação entre 60 e 65 dias (8 semanas), volume com 12 a 15cm de comprimento e 8 a 10cm de diâmetro. 4.6) Fase 6 – gestação entre 90 e 100 dias (3 meses), volume com 20 a 25cm de comprimento e 12 a 15 de diâmetro, deslocamento do útero para a cavidade abdominal. 4.7) Fase 7 – gestação com 3 a 5 meses, útero na cavidade abdominal, ovário mais ventral, cranial e próximos um do outro. 4.8) Fase 8 – gestação de 5 a 7 meses, completo abaixamento do útero e maior tensão dos ligamentos uterinos, maior deslocamento dos ovários, aproximando-se cerca de 10cm. 4.9) Fase 9 – período de 7 meses até o parto, subida do útero pelo crescimento do feto, fácil palpação do feto. 4.10) Diagnóstico por ultra-som – aos 19 dias de gestação já se pode identificar a vesícula gestacional. 5) DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO NA OVELHA E NA CABRA: 5.1) Clínico – não retorno ao cio. 5.2) Laparoscopia – aos 30 dias consegue-se 100% de eficácia. 3
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5.3) Ultra-sonografia – aos 60 dias de gestação consegue-se 95% de eficácia. 6) DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO NA CADELA E NA GATA: 6.1) Cadela – a palpação abdominal para o diagnóstico na cadela é mais difícil que na gata devido o maior volume abdominal. a) Palpação abdominal – identificação de formações esféricas entre 28 e 30 dias. b) Níveis aumentados de fibrinogênio podem indicar gestação (280-300mg/dl com 28 dias de gestação) c) Ultra-som – com 19-20 dias de gestação já é possível verificar a presença de vesículas anecóicas com mais ou menos um centímetro de diâmetro próximas da bexiga. d) Exame radiológico – a partir de 45 dias inicia a calcificação do sistema ósseo fetal. Para a determinação do número de fetos recomenda-se o exame radiológico, onde deverá ser contado o número de colunas vertebrais ou cabeças.
6.2) Gatas – no terço final da gestação pose-se palpar estruturas arredondadas e uniformemente distribuídas no interior do útero. Em gestações mais adiantadas percebe-se os movimentos fetais. Outros sinais incluem edema de mamas, edema de vulva e alteração de comportamento. 6.3) Diagnóstico diferencial – presença de fezes ressecadas no interior do intestino grosso, piometra (mucometra, hidrometra e hemometra) promovem dilatação e imagem hipoecóicas do útero, morte pré-natal do(s) feto(s) e tumor(es) uterino(s). 7) SINAIS DE VIDA DO FETO: Por meio de alguns testes clínicos podemos perceber se o feto encontra-se vivo no útero da mãe. São eles: a) reflexos podais – ao apertarmos a membrana interdigital o feto responde puxando o membro; b) reflexo de sucção – ao introduzirmos o dedo na boca do feto o mesmo responde com reflexos de sucção. Pode-se também beliscar a língua, promovendo reações 4
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de dor. Em ambos os casos deve ser levado em conta a hipoestesia devido a compressão da região, induzindo ao erro de diagnóstico; c) reflexo ocular – promove reações de dor. Deve ser realizado com cuidado para evitar traumatismo no feto; d) reflexo anal – realizado através da introdução do dedo no esfíncter anal, verificando o reflexo de contração. Quando ocorre a abertura do esfíncter anal é indicativo de trauma (hipóxia cerebral) grave ou morte fetal. e) pulsação das artérias umbilicais – pode-se recorrer a este método para verificar a sobrevivência do feto, entretanto, nem sempre é possível introduzir a mão para a palpação do cordão umbilical. BIBLIOGRAFIAS: http://www.mcguido.vet.br/ NOAKES, D.E. Fertilidade e obstetrícia nos ovinos. São Paulo: Andrei, 1992. 145p.
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