Apostila de Olericultura i

UNIVERSIDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA ESCOLA AGROTÉCNICA DA UFRR CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA AGROPECUÁRIA PROF: Jandiê Araújo da Si!a

OLERICULTURA OLERICULTURA GERAL

"OA VISTA#RR $%&%

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&' INTRODU()O * OLERICULTURA &'&' O CAMPO DA OLERICULTURA  A O+ri,-.-ra é um termo técnico-científico, muito preciso, utililizado no meio agronômico. Derivado do latim ( oleris, hort hortal aliç iça, a, + colere, cultivar, refere-se ! ci"ncia aplicada, #em como ao estudo da agrotecnologia de produç$o das culturas

o+r/,+a0.  A palavra 1or.ai2a refere-se ao grupo de plantas %ue apresentam, em sua maioria, as seguintes características& - consist"ncia tenra, n$o lenhosa' - ciclo #iolgico curto' - e)ig"ncia de tratos culturais

intensivos'

- cultivo em *reas menores, em relaç$o !s

grandes culturas' e

- utilizaç$o na alimentaç$o humana, sem e)igir prévio preparo industrial.

opu opula larm rmen ente te,, as hort hortal aliç iças as ou a sua sua part parte e util utiliz iz*v *vel el s$o cham chamad adas as,, impropriamente, de verduras e legumes. Desse modo, em vez de uma nica palavra correta, as pessoas utilizam duas, am#as imprecisas e incorretas. /#servese %ue, além das plantas vulgarmente conhecidas como legumes e verduras, do ponto ponto de vista vista agronô agronômic mico o tam#ém tam#ém s$o incluí incluídos dos na oleric olericult ultura ura&& #atata #atata-do -doce ce,, melancia, mel$o, milho-verde e morango.  A olericultura, conforme o interesse a %uem a ela se dedica, pode ser vista como atividade agroeconômica, ci"ncia aplicada, recreaç$o educativa, ou como fonte de alimento relevante para a nutriç$o humana. Aos olericultores empresariais, e)ten e)tensio sionis nistas tas rurais, rurais, agent agentes es da assist assist"n "ncia cia técnic técnica a e estud estudant antes es de ci"nci ci"ncias as agr*rias interessaria mais de perto o primeiro enfo%ue' 0* o pes%uisador agrícola optaria pelo segundo' a professora de ensino fundamental consideraria o terceiro' e o nutric nutricion ionist ista, a, ou mesmo mesmo a dona-d dona-de-c e-cas asa a esclare esclarecid cida, a, consid considera eraria ria o ltimo ltimo aspecto. 1 importante notar %ue os termos técnicos o+ri,-.-ra e 1or.i,-.-ra n$o s$o sinônimos, tendo um segundo um significado muito mais a#rangente, n$o devendo su#stituir o primeiro, como ocorre na fala popular. Assim, em países europeus, de 2

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&' INTRODU()O * OLERICULTURA &'&' O CAMPO DA OLERICULTURA  A O+ri,-.-ra é um termo técnico-científico, muito preciso, utililizado no meio agronômico. Derivado do latim ( oleris, hort hortal aliç iça, a, + colere, cultivar, refere-se ! ci"ncia aplicada, #em como ao estudo da agrotecnologia de produç$o das culturas

o+r/,+a0.  A palavra 1or.ai2a refere-se ao grupo de plantas %ue apresentam, em sua maioria, as seguintes características& - consist"ncia tenra, n$o lenhosa' - ciclo #iolgico curto' - e)ig"ncia de tratos culturais

intensivos'

- cultivo em *reas menores, em relaç$o !s

grandes culturas' e

- utilizaç$o na alimentaç$o humana, sem e)igir prévio preparo industrial.

opu opula larm rmen ente te,, as hort hortal aliç iças as ou a sua sua part parte e util utiliz iz*v *vel el s$o cham chamad adas as,, impropriamente, de verduras e legumes. Desse modo, em vez de uma nica palavra correta, as pessoas utilizam duas, am#as imprecisas e incorretas. /#servese %ue, além das plantas vulgarmente conhecidas como legumes e verduras, do ponto ponto de vista vista agronô agronômic mico o tam#ém tam#ém s$o incluí incluídos dos na oleric olericult ultura ura&& #atata #atata-do -doce ce,, melancia, mel$o, milho-verde e morango.  A olericultura, conforme o interesse a %uem a ela se dedica, pode ser vista como atividade agroeconômica, ci"ncia aplicada, recreaç$o educativa, ou como fonte de alimento relevante para a nutriç$o humana. Aos olericultores empresariais, e)ten e)tensio sionis nistas tas rurais, rurais, agent agentes es da assist assist"n "ncia cia técnic técnica a e estud estudant antes es de ci"nci ci"ncias as agr*rias interessaria mais de perto o primeiro enfo%ue' 0* o pes%uisador agrícola optaria pelo segundo' a professora de ensino fundamental consideraria o terceiro' e o nutric nutricion ionist ista, a, ou mesmo mesmo a dona-d dona-de-c e-cas asa a esclare esclarecid cida, a, consid considera eraria ria o ltimo ltimo aspecto. 1 importante notar %ue os termos técnicos o+ri,-.-ra e 1or.i,-.-ra n$o s$o sinônimos, tendo um segundo um significado muito mais a#rangente, n$o devendo su#stituir o primeiro, como ocorre na fala popular. Assim, em países europeus, de 2

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anti%2íssima tradiç$o agrícola, #em como nos 3stados 4nidos, o termo horticultura englo#a a produç$o de plantas muito diversificadas. / tipo de produç$o intensiva de plantas praticado no hortus medieval 5 local murado e pr)imo ! resid"ncia 5 foi denominado horticultura. 3m contraposiç$o havia a agricultura (de agris, campo, campo, referindo-se referindo-se ! produç$o produç$o e)tensiva e)tensiva de trigo e outros cereais. ortanto, inclui-se na horticultura a produç$o de plantas utilizadas na alimentaç$o humana, #em como a%uelas empregadas com finalidade estética, para aprimoramento do sa#or dos alimentos ou para fins medicinais. / termo técnico 3i.o.+,nia  (d (de fiton, plan planta ta é aind ainda a mais mais a#ra a#rang ngen ente te,, referindo-se ! agrotecnologia praticada na produç$o de plantas muito diversificadas  5 teis ao #em-estar humano. 6ais plantas podem ser agrupadas em 7 grandes ramos, por sua vez su#divididos em outros mais particularizados, o#tendo-se o seguinte es%uema did*tico& 8randes culturas& produtoras de gr$os, fi#ras e estimulantes

O+ri,-.-ra& hortaliças 9ruticultura& fruteiras 9loricultura& flores 9:6/63;<:A

>ardinocultura& plantas ornamentais 4or.i,-.-ra ?iveiricultura& mudas em geral ;ultura de plantas condimentares ;ultura de plantas medicinais ;ultura de cogumelos comestíveis =ilvicultura& espécies florestais 9orragicultura& pastagem e forrageiras

;onfor ;onforme me ficou ficou eviden evidencia ciado, do, a o+ri,-.-ra  é o ramo da horticultura %ue a#range o estudo da produç$o das culturas oler*ceas.
&'$' CARACTER5STICAS DO AGRONEG6CIO 3

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a7 A.i!idad+ a.a8+n.+ in.+n0i!a  A característica mais geral e marcante do agronegcio da produç$o de hortaliças é o fato de ser uma atividade agroeconômica altamente intensiva, em seus mais variados aspectos, em contraste com outras atividades, e)tensivas, como a produç$o de gr$os. Desse modo, h* o emprego contínuo do solo de uma gle#a, com v*rios ciclos culturais, %ue se desenvolvem em se%2"ncia.  As atividades de campo s$o realizadas nas 7 estaç@es do ano. 3m olericultura, o chamado ano agrícola 5 termo utilizado por produtores de gr$os 5 se confunde com o ano civil. ;ostuma-se dizer %ue o olericultor é um agricultor %ue n$o tem sossego, em tempo algum, nem direito a feriado e férias.

97 A.o in!+0.i8+n.o  A olericultura e)ige alto investimento por hectare e)plorado, ou se0a, alto input, em termos físicos e econômicos. 3m contrapartida, possi#ilita a o#tenç$o de elevada produç$o física e alta renda (#ruta e lí%uida, por hectare cultivado e por  hectareano, ou se0a, alto output. 1 notria a o#tenç$o de su#stancial volume físico de produç$o, concentrado em pe%uena *rea, inclusive a alta efici"ncia na utilizaç$o do espaço físico #i ou até tridimensional (no caso de culturas tutoradas. Buanto ! produtividade, por hectare ou hectareano, a olericultura destaca-se em relaç$o !s demais opç@es agroeconômicas.

,7 Ci,o ,-r.o / ciclo das culturas oler*ceas é geralmente curto. A maioria das espécies é de ciclo anual' algumas s$o #ienais 5 e)igem um período de frio entre as etapas vegetativa e reprodutiva' e muitas poucas s$o perenes. or e)emplo, uma mesma gle#a, ao longo de um ano civil, pode ser utilizada com C tomatais transplantados, ou  culturas de alface propagadas por mudas, ou ainda EF semeaduras diretas de ra#anete. ;ompare-se isso com as culturas produtoras de gr$os, %ue utilizam o terreno uma s vez, normalmente, ou duas, no m*)imo. A o#tenç$o de mais de uma

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safra, anualmente e na mesma gle#a, eleva o rendimento físico e econômico da olericultura.

d7 Ta8an1o r+d-ido da /r+a 3;0i,a / agronegcio da produç$o de hortaliças tam#ém se identifica pelo tamanho mais reduzido da *rea física ocupada, porém intensivamente utilizada, tanto no espaço como no tempo. / menor tamanho das culturas facilita o aprimoramento nos tratos culturais, %ue s$o intensivos e sofisticados. 3sse aprimoramento se o#serva mesmo em plantios mais e)tensos, como ocorre em culturas com finalidade agroindustrial.

+7 A<-rada a=ro.+,noo=ia  A olericultura re%uer apurada agrotecnologia, sempre em constante evoluç$o. ?ia#iliza e e)ige artifícios tecnolgicos refinados, %ue seriam antieconômicos em outros tipos de agronegcio. 1 o caso de produç$o de mudas em #ande0as, polinizaç$o manual de flores, raleamento de frutinhos, des#aste de plantas em e)cesso, irrigaç$o por gote0amento, fertirrigaç$o (aplicaç$o de nutrientes dissolvidos na *gua, cultura em casa de vegetaç$o e o m*)imo de sofisticaç$o& hidroponia, %ue é a cultura sem utilizaç$o de solo. =$o numerosos os tratos culturais (irrigaç$o, tutoramento, des#aste, poda, capina etc.. 6am#ém é intensiva a utilizaç$o de insumos agrícolas modernos (sementes, defensivos, fertilizantes, agrofilmes etc.  Além disso, torna-se necess*rio o uso de instalaç@es, e%uipamentos e implementos especializados, como galp@es para #eneficiamento, cGmaras frigoríficas, casas de vegetaç$o, tratores semeadeiras, adu#adeiras, transplantadeiras etc.

37 U.iia2>o in.+n0i!a d+ 8>o#d+#o9ra 1 notria a utilizaç$o intensiva de m$o-de-o#ra rural em olericultura, certamente acarretando significativos #enefícios do ponto de vista social, contri#uindo para diminuir o desemprego 5 uma das pragas da economia glo#alizada desse início de século. Desse modo, utiliza-se um nmero elevado de serviços por hectare tra#alhado e por propriedade. 4m serviço corresponde ao 5

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tra#alho desenvolvido por um oper*rio adulto durante sua 0ornada normal de tra#alho, apenas utilizando as m$os e ferramentas manuais.

=7 A
17 A.i!idad+ a=r;,oa d+ ri0,o 9inalmente, h* de se considerar o fato de o agronegcio da produç$o de hortaliças ser uma atividade agrícola de maior risco para o empres*rio rural, em relaç$o a outras opç@es. :sso ocorre em virtude da maior incid"ncia de pro#lemas fitossanit*rios, maior sensi#ilidade !s condiç@es clim*ticas, notria ocorr"ncia de anomalias de origem fisiolgica nas plantas, entre outros pro#lemas.

i7 R+?-+r 8aior ,a
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&'' TIPOS DE EBPLORA()O EM OLERICULTURA ;onforme a finalidade a %ue se prop@e, o nmero de espécies, a localizaç$o da #ase física e a agrotecnologia utilizada, h* alguns tipos característicos de e)ploraç$o em olericultura.

a7 E<ora2>o di!+r0i3i,ada 3sta e)ploraç$o é típica dos chamados cintur@es verdes, culturas localizadas na periferia das cidades e pr)imas aos pontos de comercializaç$o. / olericultor  vende seus produtos aos vare0istas, tais como os donos de #ancas em feiras, mercearias, mercadinhos' ou se transforma, ele prprio, em vare0ista, atingindo diretamente o consumidor. =$o olericultores profissionais e)plorando *reas pe%uenas com espécies diversificadas. 3sse tipo de e)ploraç$o tende a sofrer  deslocamentos, motivados pela valorizaç$o dos terrenos, em *reas ur#anas ou su#ur#anas su0eitas ! especulaç$o imo#ili*ria.  A interiorizaç$o da e)ploraç$o diversificada, desde %ue se disponha de estradas e o transporte n$o se0a por demais oneroso, pode ser uma tend"ncia auspiciosa. Desse modo, o custo de utilizaç$o da gle#a, da *gua necess*ria e da energia elétrica torna-se menor' a m$o-de-o#ra rural é mais a#undante, mais #arata e melhor %ualificada' h* maior possi#ilidade de mecanizaç$o, inclusive com m*%uinas e implementos simples' e tudo contri#ui para reduç$o no custo de produç$o, por hectare e)plorado e por tonelada produzida. Além disso, diminui-se a possi#ilidade de *gua contaminada por agentes causadores de doenças tanto em plantas como em pessoas. 6odavia, perde-se a oportunidade de atingir o vare0ista e, mais ainda, o consumidor diretamente, em raz$o da maior distGncia até os locais de comercializaç$o.

97 E<ora2>o +0<+,iaiada arece ser o tipo de e)ploraç$o para o %ual tende a olericultura nas regi@es mais desenvolvidas, mesmo dentro do Hrasil, e nas regi@es do E o Iundo. Buanto ! *rea cultivada, a e)ploraç$o especializada 0* predomina no centro-sul #rasileiro, onde h* menor nmero de espécies oler*ceas, e é comum haver apenas uma ou 7

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duas sendo produzidas por vez. A agrotecnologia de produç$o torna-se mais sofisticada, inclusive com maior utilizaç$o de m*%uinas e implementos. 6am#ém é intensiva a aplicaç$o de insumos agrícolas modernos. A propriedade rural, geralmente, localiza-se longe dos centros ur#anos, porém a produç$o é escoada por  estradas vicinais ou rodovias. / olericultor especializado !s vezes ocupa grandes *reas com uma s cultura, inclusive utilizando grau de mecanizaç$o compar*vel ao dos produtores de gr$os. J* produtores %ue cultivam centenas de hectares com #atata, ce#ola, cenoura, mel$o e outras hortaliças. 3les concentram-se nas comple)idades da produç$o, no campo, n$o se dedicando ! comercializaç$o. 8eralmente entregam seu produto a atacadistas, fre%2entemente sediados longe do local da produç$o. Karamente vendem a vare0istas e, muito menos, procuram atingir o consumidor diretamente. 3sse tipo de produtor é a%uele %ue adota, mais prontamente, as inovaç@es tecnolgicas, tam#ém valorizando a assist"ncia agronômica. 8raças a sua vis$o empresarial, ao espírito de iniciativa e ! disponi#ilidade de recursos, torna-se capaz de causar grande impacto socioeconômico na regi$o onde atua.

,7 E<ora2>o ,o8 3inaidad+ a=roind-0.ria  A industrializaç$o de hortaliças é uma atividade %ue vem crescendo no Hrasil para a#astecer os mercados interno e e)terno. ara fornecimento da matéria-prima necess*ria ! agroindstria, surgiu um tipo peculiar de e)ploraç$o especializada. =$o e)tensas culturas cu0o grau de mecanizaç$o é elevado, sendo as hortaliças cultivadas de maneira e)tensiva 5 tam#ém a%ui ca#endo analogia com a produç$o de gr$os. /#0etiva-se o#ter consider*vel volume de produç$o, a um custo unit*rio o mais reduzido possível. 3m algumas regi@es #rasileiras, esse tipo de e)ploraç$o vem se e)pandindo, para acompanhar a crescente demanda por alimentos industrializados ou semipreparados, motivada pelo fato de a dona-de-casa tam#ém tra#alhar fora do lar  fre%2entemente e n$o mais dispor de muito tempo para os tra#alhos culin*rios. 3)emplos típicos s$o as culturas rasteiras de tomate para o#tenç$o de massa' de ervilha para produç$o de gr$o seco posteriormente reidratado' de piment$o para o#tenç$o do codimento p*prica' de alho-porr para sopas desidratadas' e de aspargo para enlatamento dos turi@es. 8

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d7 4or.a [email protected],a r+,r+a.i!a o- +d-,a.i!a 1 precisamente nesse tipo de cultura %ue h* certo retorno !s origens da olericultura, pois lem#ra o hortus  latino e medieval. A%ui n$o se trata de uma e)ploraç$o agroeconômica, 0* %ue o o#0etivo primordial é aprimorar a alimentaç$o da família ou da comunidade. Dessa forma, propicia-se a o#tenç$o de hortaliças de alta %ualidade, produzidas com re%uinte artesanal e em pe%uena escala. 6al atividade tem sido desenvolvida nos meios ur#ano, su#ur#ano e rural e até em apartamentos, utilizando-se, neste caso, cai)as com solo ou mesmo cultura hidropônica. / mais comum s$o as hortas tipicamente diversificadas, localizadas em pe%uenas *reas, pr)imas a resid"ncias, clu#es, escolas, hospitais e dentro de %uartéis e de penitenci*rias. /s tra#alhos s$o e)ecutados manualmente, com a0uda de ferramentas simples, por pessoas %ue se dedicam a outras atividades profissionais.
+7 Vi!+iri,-.-ra  A produç$o de mudas de certas espécies oler*ceas, destacando-se tomate, alface e piment$o, tornou-se um tipo particular de e)ploraç$o oler*cea a partir de meados da década de ELMN. J* agrônomos e agrotécnicos %ue se dedicam a essa atividade e fornecem, ao olericultor, mudas com garantia de %ualidade, inclusive fitossanidade. ara o olericultor %ue pretende implantar uma cultura pelo plantio de mudas, h* vantagens ponder*veis em dei)ar essa fase altamente delicada so# os cuidados de um especialista, como ocorreu h* muitas décadas em outros países, como Jolanda e 3stados 4nidos.
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tradicional produç$o de mudas cítricas e de plantas ornamentais, tam#ém produza mudas de hortaliças, pois é uma atividade altamente lucrativa e mais uma opç$o para técnicos agrícolas.

37 Prod-2>o d+ 0+8+n.+0 + +0.r-.-ra0 !+=+.a.i!a0  A produç$o de material propagativo, como a semente, é um tipo de e)ploraç$o %ue e)ige muito mais conhecimento do produtor, em relaç$o ! o#tenç$o de hortaliças para mercado. 8randes empresas produtoras de sementes contratam e orientam culturas especializadas, inclusive fornecendo a semente #*sica necess*ria, #em como a orientaç$o técnica.  As espécies oler*ceas de propagaç$o asse)uada, a e)emplo de #atata, #atata-doce, morango e alho, e)igem o plantio de certas estruturas vegetativas. 3stas devem ser produzidas em culturas especialmente orientadas, o#edecendo-se a rigorosas normas de fitossanidade, pois tais estruturas s$o eficientes veiculadoras de fitopatgenos. Hons e)emplos, no Hrasil, s$o a produç$o de #atata-semente certificada e de mudas vegetativas de morangueiro, isentas ou com #ai)o teor de vírus.

=7 C-.i!o
&'' RUMOS DA OLERICULTURA "RASILEIRA  A evoluç$o da olericultura acompanha o desenvolvimento geral de uma naç$o, sendo mais diretamente influenciada por ele %ue outras atividades agrícolas. Assim, é sensível !s mudanças sociais, econômicas e culturais, decorrentes da elevaç$o do 10

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nível de prosperidade geral, da ur#anizaç$o e da industrializaç$o. / grande olericultor especializado surge como resposta ao desenvolvimento econômico, %ue acarreta incremento na demanda e maior e)ig"ncia na %ualidade dos produtos, %uanto ao aspecto principalmente, mas tam#ém ao sa#or e ! ri%ueza em vitaminas e nutrientes minerais. Buanto mais evoluído um povo, maior e mais diversificado é o consumo de hortaliças, tanto ao natural como em forma industrializada, fato este claramente o#servado nos países desenvolvidos. / nível de consumo relaciona-se n$o s com a renda pessoal, %ue, por sua vez, depende do progresso geral de um país, como tam#ém com o grau de escolaridade e de cultura geral de sua populaç$o. Além disso, a evoluç$o do tra#alho #raçal para um tipo de tra#alho mais leve reduz a necessidade de alimentos energéticos e pode aumentar a demanda de hortaliças. ;ertamente, a evoluç$o da agrotecnologia de produç$o, resultando no aumento da oferta e na reduç$o do preço para o consumidor, tam#ém tende a elevar a demanda interna.  A olericultura evoluiu mais acentuadamente no Hrasil a partir do início da dec. de EL7N, durante a :: 8uerra Iundial.
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3specialmente a partir da dec. de ELON, tam#ém instituiç@es oficiais de pes%uisa e ensino passaram a apoiar a olericultura, surgindo uma retaguarda técnico-científica

composta

por

professores

e

pes%uisadores,

além

de

e)tensionistas. 3sse movimento consolidou-se com a fundaç$o da =ociedade de /lericultura do Hrasil, em ELE. 3ssa entidade, muito dinGmica, congrega profissionais ligados aos variados aspectos da produç$o e da comercializaç$o de hortaliças. / empenho do governo federal na implantaç$o e no efetivo funcionamento das ;entrais de A#astecimento (;3A=APs, ao longo da dec. de ELQN, tam#ém foi decisivo. A racionalizaç$o na comercializaç$o #eneficiou, como era esperado, a produç$o. A dec. de ELMN foi considerada a década perdida 5 %uanto ao desenvolvimento geral e econômico do aís -, n$o porém, para a olericultura, especialmente graças !s atividades da pes%uisa oficial. ?ale assinalar %ue a 3m#rapa Jortaliças foi criada em ELME, no Distrito 9ederal, e vem contri#uindo, desde ent$o, para o aprimoramento da olericultura em Gm#ito nacional.
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$' O UNIVERSO DA OLERICULTURA Dezenas de culturas oler*ceas s$o produzidas no Hrasil, sendo a vastid$o e a comple)idade do universo da olericultura devido ! multiplicidade e !s peculiaridades de cada espécie cultivada como hortaliça. Assim, para um estudo sistematizado da olericultura como ci"ncia aplicada, torna-se necess*ria uma metodologia capaz de evidenciar as similaridades e as dessemelhanças entre as diferentes plantas.
$'&' CLASSIFICA()O POPULAR E TÉCNICA  A dona-de-casa #rasileira típica n$o se impressiona com a grande comple)idade do universo a#rangido pelas culturas oler*ceas. ara ela, as hortaliças podem ser reunidas em C grupos, simplesmente. Desse modo, nessa classificaç$o popular, os legumes constituem as hortaliças %ue e)igem preparaç$o culin*ria mais ela#orada, como cozimento, assamento ou fritura' as verduras, além de apresentarem a típica coloraç$o verde, s$o consumidas ao natural' e os temperos s$o a%uelas utilizadas para dar sa#or especial aos pratos. 4ma classificaç$o técnica das hortaliças foi adaptada pelas ;entrais de  A#astecimento e vem sendo aplicada. De acordo com essa classificaç$o, as hortaliças podem ser reunidas, segundo suas partes utiliz*veis e comerci*veis, em C grupos&

4or.ai2a0#3r-.o  utilizam-se os frutos ou partes deles, como as sementes& tomate, melancia, %uia#o, morango, fei0$o-vagem, etc.

4or.ai2a0 1+r9/,+a0  a%uelas cu0as partes comerci*veis e utiliz*veis localizam-se acima do solo, sendo tenras e suculentas& folhas (alface, repolho, taio#a' talos e hastes (aspargo, aipo, funcho' flores ou infloresc"ncias (couve-flor, #rcolos, alcachofra.

4or.ai2a0 .-9+ro0a0  as partes utiliz*veis desenvolvem-se dentro do solo, sendo ricas em car#oidratos& raízes (cenoura, #eterra#a, #atata-doce, ra#anete e

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mandio%uinha-salsa' tu#érculos (#atata, car*' rizomas (inhame' #ul#os (alho e ce#ola.
$'$' CLASSIFICA()O "OTNICA a7 Cara,.+r;0.i,a0 + !an.a=+n0 d+00a ,a00i3i,a2>o  A maior vantagem da classificaç$o #otGnica é #asear-se em características muito est*veis, en%uanto a agrotecnologia pode variar ao longo do tempo e conforme as tradiç@es regionais. As características #otGnicas definem melhor a localizaç$o de cada espécie oler*cea, dentro da imensa comunidade vegetal, da %ual depende a alimentaç$o e a vida humana.  A classificaç$o #otGnica das espécies vegetais #aseia-se no parentesco, nas similaridades e nas dessemelhanças entre elas, mormente no %ue se refere aos rg$os vegetativos e reprodutivos.
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Ta9+a &  Kelaç$o ta)onômica de N hortaliças cultivadas no Hrasil, com seus nomes populares, científicos e família #otGnica No8+ il =olan*cea Iandio%uinha(#atata-#aroa  Arracacia %anthorrh  Api*cea %anthorrhi(a i(a Ia)i)e ;ucur#it*cea Cucumis anguria Ielancia ;ucur#it*cea Citrullus lanatus Iel$o ;ucur#it*cea Cucumis melo )ea mays Iilho-doce o*cea )ea mays Iilho-verde o*cea Ioranga ;ucur#it*cea Cucurbita m!%ima Iorango (moranguinho Kos*cea 'ragaria ) ananassa Iostarda-de-folha Hrassic*cea Brassica *uncea
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Continua+,o No8+
No8+ ,i+n.;3i,o Ha.i87 ruca sativa $etroselinum crispum  .anthosoma  .anthosoma sagittifolium Lycopersicon esculentum

Fa8;ia Hrassic*cea  Api*cea  Ar*cea =olan*cea

97 Unidad+0 .aon8i,a0 /s #otGnicos agruparam as plantas, segundo suas similaridades, em& divis@es, class classes, es, ordens ordens,, famíli famílias, as, g"nero g"neros, s, espéc espécies ies,, varied variedade adess #otGn #otGnica icas, s, formas formas e indivíduos 5 do geral para o particular. ;onsiderando os aspectos agronômicos das culturas, apenas 7 unidades ta)onômicas podem interessar mais de perto&

# 3a8;ia: reuni$o de g"neros semelhantes' # =ên+ro: agrupamento de espécies afins' # +0<@,i+: unidade ta)onômica englo#ando indivíduos muito similares' e # !ari+dad+ 9o.ni,a:   populaç$o com características peculiares, dentro de certas espécies oler*ceas. Desde os tra#alhos pioneiros do naturalista sueco Rineu (EQNQ-EQQM adotouse um sistema #in*rio de nomenclatura #otGnica, em latim, universalmente aceito.  Assim, utiliza-se o nome do g"nero e o da espécie propriamente dita para designar  uma determinada espécie #otGnica. /s nomes científicos das hortaliças facilitam o intercGm#io entre os estudiosos, evitando-se as dificuldades criadas pelos nomes populares nos diversos idiomas.  As plantas oler*ceas pertencem ! divis$o 3spermatfita 5 plantas %ue produzem sementes, utiliz*veis ou n$o na propagaç$o. A su#divis$o su#divis$o é Iagnoliofitina  5 plantas com vulos encerrados em um ov*rio (angiosperma, %ue originar$o sementes. A grande maioria das plantas oler*ceas é incluída na classe Iagnoliata 5 vegetais cu0as sementes apresentam dois cotilédones (dicotiledôneas (dicotiledôneas -' e a minoria, na classe Riliata 5 plantas com um s cotilédone (monocotiledôneas. Atualmente, essa essa lti ltima ma clas classe se engl englo# o#a a as famí famílilias as&& ali* ali*ce cea a (alh (alho o,, ar*c ar*cea ea (inh (inham ame e,, dioscore*cea (car*, lili*cea (aspargo e po*cea (milho-doce.

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 A relaç$o ta)onômica das hortaliças mais cultivadas no Hrasil, com os nomes científicos atualizados das espécies, inclusive das famílias #otGnicas, é apresentada na 6a#ela 6a#ela E.

,7 Vari+dad+ "o.ni,a + C-.i!ar   A +0<@,i+ tem sido considerada a unidade #*sica de tra#alho dos #otGnicos, sendo a categoria na %ual Rineu #aseou seu genial sistema de nomenclatura. 3ntretanto 3ntretanto,, em casos particulares, particulares, as espécies espécies s$o su#divididas su#divididas em !ari+dad+0

9o.ni,a0 (utilizando-se a a#reviatura var.. :sso se torna necess*rio %uando certa populaç$o de plantas, dentro de determinada espécie, apresenta características not*veis, inclusive de importGncia agronômica e comercial. 4m e)emplo é a espécie a#range e alguma algumass varie variedad dades es #otGn #otGnica icas, s, %ue %ue const constitue ituem m Brassica Brassica oleracea oleracea, %ue a#rang hortal hortaliça içass de import importGnc Gncia ia mundia mundial,l, como como B/ oleracea var. acephala  (cou (couve ve, , B/ oleracea  va oleracea  var. capitata (repolho, B/ oleracea var. Botrytis (couve-flor e H. oleracea

var. italica (couve-#rcolos. / termo variedade 5 utilizado no sentido agronômico 5 tem sido su#stituído pelo pelo termo termo técnic técnico o ,-.i!ar , universal, derivado das palavras inglesas  ,-.ivated ietT (usa-se a a#reviatura cv.. 6rata-se de um grupo de plantas cultivadas !ar ietT semelhantes entre si, %ue se distingue de outros grupos por características de relev relevGnc Gncia ia agronô agronômic mica a e comerc comercial ial.. 6ais caract caracterí erísti sticas cas peculia peculiares res devem devem ser  mantidas inalter*veis, nos ciclos de propagaç$o da cultivar, ao longo dos anos. 4m #om e)emplo da adoç$o oficial desse termo técnico, no Hrasil, é a Rei de roteç$o de ;ultivares, instituída em a#ril de ELLQ.  As cultivares s$o o#tidas por meio de técnicas de melhoramento genético, utilizadas por melhoristas de plantas. 4ma ,-.i!ar , em se tratando de olericultura, pode ser constituída por plantas pertencentes a um dos %uatro seguintes tipos de agrupamento&

Con+: con0unto de plantas geneticamente id"nticas e origin*rias de uma nica planta-matriz propagada asse)uadamente, ou se0a, sem utilizaç$o de sementes #otGnicas. 3)emplos& cultivares propagadas vegetativamente de alho, #atata, couvemanteiga, morango e mandio%uinha-salsa. mandio%uinha-salsa.

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Lin1a=+8: grupo de plantas, com apar"ncia muito uniforme, propagadas por  via se)ual, cu0as características s$o mantidas por seleç$o, tendo um padr$o em vista. /riginariamente, esse tipo de cultivar é o#tido por autofecundaç$o induzida. 3)emplos& cultivares de algumas hortaliças propagadas por sementes.

C-.i!ar n>o#1;9rida: grupo de plantas %ue apresenta pe%uenas diferenças genéticas (gentipo distinto, porém mantendo características agronômicas comuns (fentipo semelhante, pelas %uais o grupo possa ser identificado. 1 o caso do pepino tipo ;aipira, selecionado por olericultores a partir de populaç@es heterog"neas tradicionalmente cultivadas nas propriedades rurais.

4;9rido o- ,-.i!ar 1;9rida: con0unto de plantas altamente uniforme, de modo geral o#tido pelo cruzamento controlado entre duas linhagens compatíveis escolhidas, mantidas por autofecundaç$o induzida. Atualmente h* tend"ncia para o lançamento de hí#ridos de E a geraç$o (sementes de E a geraç$o, aps o cruzamento em #r*ssicas, particularmente em repolho, couve-flor e #rcolos. 6am#ém se nota essa tend"ncia no caso de tomate, pepino e piment$o.
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agentes de comercializaç$o de hortaliças. As em#alagens de sementes, mesmo %uando importadas, devem conter o nome original, inclusive para evitar duplicidade e facilitar o intercGm#io entre pes%uisadores. 4m pro#lema sentido é a multiplicidade de nomes regionais de uma mesma cultivar, fato corri%ueiro no caso de culturas de propagaç$o vegetativa, como alho, car* e #atata-doce. ara #em caracterizar uma cultura oler*cea, deve-se agregar ao nome da espécie o nome da variedade #otGnica, se houver, #em como o nome original da cultivar. or e)emplo, o nome completo e correto da couve-flor #rasileira, pioneira no plantio de ver$o, é Brassica oleracea var. Botrytis cv. iracica#a recoce. 4ma classificaç$o ta)onômica integra e sumariza tudo o %ue se sa#e so#re as plantas oler*ceas, incluindo aspectos morfolgicos, genéticos, ecolgicos ou fisiolgicos. 6al conhecimento possi#ilita antecipar as e)ig"ncias de determinada cultura, au)iliando na escolha e na utilizaç$o da agrotecnologia mais ade%uada.

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' OS FATORES AGROCLIMÁTICOS  As condiç@es am#ientais interferem, decisivamente, no desenvolvimento das plantas e na produç$o das culturas oler*ceas. A compreens$o dos fatores envolvidos, especialmente a%ueles de natureza agroclim*tica, é imprescindível para %uem pretenda se dedicar ao estudo aprofundado ou mesmo ! pr*tica da olericultura comercial, em #ases técnico-científica.

 AM"IENTE GEN6TIPO E FEN6TIPO 3)istem alguns conceitos %ue devem ser #em compreendidos. A89i+n.+, ou meio am#iente 5 e)press$o redundante muito utilizada pela imprensa -, é o con0unto de fatores agroecolgicos e agrotecnolgicos, e)ternos ! planta, mas %ue muito influenciam o desenvolvimento e a produç$o. 1 o caso do clima e do solo, como tam#ém da adu#aç$o, irrigaç$o, pulverizaç$o e outras pr*ticas agrícolas 5 todos incluídos nesse conceito por demais a#rangente denominado am#iente. / =+nK.i
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serve de e)emplo o plantio de pepino 5 uma planta intolerante ao frio 5 em pleno inverno, so# casa de vegetaç$o, sendo #eneficiada pelo efeito estufa. /utros e)emplos s$o a utilizaç$o de adu#aç$o, irrigaç$o e defensivos, %ue tornam o am#iente propício ao cultivo de certas hortaliças. 4m caso notrio é o da adu#aç$o de solos de #ai)a fertilidade natural, %ue passam a produzir hortaliças e)igentes em nutrientes.

'$' INFLUNCIA DA TEMPERATURA  As culturas oler*ceas apresentam com fre%2"ncia ampla adaptaç$o clim*tica, provavelmente por serem cultivadas h* muito tempo e nas mais diversas condiç@es.  As espécies de ciclo curto principalmente 5 %ue s$o a maioria 5 sempre encontram alguns meses com condiç@es propícias, mesmo %uando cultivadas em regi@es de clima distinto da%uele de onde tiveram sua origem. 3nt$o, ao olericultor ca#e conhecer as e)ig"ncias clim*ticas das plantas %ue pretende cultivar, #em como as peculiaridades clim*ticas de sua regi$o ao longo do ano, procurando harmonizar  am#as.
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 As médias das temperaturas m*)imas e mínimas mensais caracterizam #em, m"s a m"s, a variaç$o térmica ao longo do ano. /s dados prim*rios devem ser  o#tidos diariamente, ressaltando-se %ue as temperaturas m*)imas costumam ocorrer durante o dia e, as mínimas, ! noite.
das plGntulas s$o diretamente

condicionados pela temperatura do leito no %ual se efetua a semeadura. As condiç@es timas s$o a%uelas %ue possi#ilitam acelerar a germinaç$o, porém sem diminuiç$o da percentagem de sementes germinadas. Assim, cada espécie oler*cea apresenta suas e)ig"ncias térmicas. =em dvida, a temperatura do solo est* diretamente relacionada com a temperatura do ar, com a duraç$o do período luminoso a %ue foi e)posto tal solo e com algumas características inerentes ao prprio solo. 4m e)emplo pr*tico é o efeito da coloraç$o& solos escuros a%uecem-se muito mais rapidamente %ue a%ueles de coloraç$o clara.

'' ADAPTA()O TERMOCLIMÁTICA DAS CULTURAS 1 possível en%uadrar as numerosas espécies #otGnicas cultivadas como hortaliças em C grandes grupos, inclusive considerando-se as particularidades das modernas cultivares. ara isso, levam-se em consideraç$o as peculiares e)ig"ncias termoclim*ticas de cada cultura durante a maior parte do ciclo cultural. ;om #ase nesse critério, tem-se a seguinte classificaç$o& - Jortaliças de Ci8a -+n.+& a%uelas tipicamente intolerantes ao frio, %ue pre0udica ou mesmo ini#e a produç$o, e)igindo temperaturas elevadas, diurnas e noturnas' s$o todas intolerantes !s geadas, porém algumas toleram temperaturas amenas. 3)emplos& a maioria das cucur#it*ceas, #atata-doce e %uia#o.

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23 -

Jortaliças de Ci8a A8+no& produzem melhor so# temperaturas amenas,

%ue tam#ém s$o a%uelas mais favor*veis ao #em estar humano' toleram temperaturas mais #ai)as, pr)imas e acima de N o;' e podem, inclusive, tolerar  geadas leves. 3)emplos& tomate, #atata, alface e moranga hí#rida. -

Jortaliças de Ci8a Frio& e)igem ou produzem melhor so# #ai)as

temperaturas, tolerando a%uelas situadas ligeiramente a#ai)o de N o;' suportam geadas mais pesadas. 3)emplos& alho, alcachofra e os v*rios tipos de couve. ;om #ase nesse critério, as culturas oler*ceas s$o en%uadradas em C grupos (6a#ela F. A classificaç$o das hortaliças segundo a e)ig"ncia termoclim*tica apresentada certamente é imperfeita e su0eita a alteraç@es. Assim, os fitomelhoristas t"m ampliado a fai)a térmica favor*vel ao cultivo de certas espécies, pela criaç$o de cultivares ditas de ver$o 5 apropriadas para cultivo so# temperatura mais elevada. 3sse termo deve ser compreendido no sentido de %ue dentro de uma espécie típica de clima frio ou ameno foram criadas novas cultivares adaptadas a clima c*lido. Hons e)emplos ocorrem nas culturas de alface, cenoura e couve-flor, entre outros.

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Ta9+a $  ;lassificaç$o das culturas oler*ceas pela e)ig"ncia termo clim*tica ;lima frio ;lima ameno ;lima %uente  Acelga verdadeira A#o#rinha italiana A##ora rasteira  Aipo (sals$o Agri$o dPagua Hatata-doce  Alcachofra AlfaceU Herin0ela  Alho Almeir$o ;ar*  Alho-porr Hatata ;huchu  Aspargo ;enouraU ;oentro Heterra#a ;hicria 3spinafre-neozeland"s ;e#ola Ioranga hí#rida 9ei0$o-de-corda (caupi ;e#olinha Kcula 9ei0$o-de-lima (fava ;ouve-#rcolosU =alsa 9ei0$o-vagem ;ouve-chinesaU 6omate :nhame ;ouve-de-#ru)elas >il ;ouve-florU Ia)i)e ;ouve-folha Ielancia ;ouve-r*#ano Iel$o ;ouve-tronchuda Iilho-doce 3rvilha Iilho-verde 3spinafre-verdadeiro Ioranga 9ava italiana epino 9uncho imenta Iandio%uinha-salsa iment$o Iorango Buia#o Iostarda-de-folha 6aio#a
'' TERMOPERIODICIDADE ESTACIONAL  As culturas oler*ceas est$o su#metidas ! variaç$o estacional da temperatura, ao longo do seu ciclo, sendo essa variaç$o indispens*vel para %ue ocorram processos #iolgicos importantes. / efeito da termoperiodicidade estacional torna-se mais #em evidenciado nas espécies oler*ceas ditas 9i+nai0, como em #r*ssicas (repolho, couve-flor, couve#rcolos, ce#ola, #eterra#a e ra#anete. 6ais plantas e)igem frio para passarem da etapa vegetativa do seu ciclo para a reprodutiva, com a emiss$o do pend$o floral, e posterior desenvolvimento das sementes. <$o se entenda %ue s$o e)igidos dois anos 5 como o nome sugere -, mas dois períodos de tempo separados por um intervalo com temperaturas favoravelmente #ai)as. A e)ig"ncia de frio para o pendoamento certamente depende da espécie, da variedade #otGnica e da cultivar, havendo a%uelas mais e)igentes e outras, menos.
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etapa reprodutiva apenas interessa ao produtor de sementes, sendo desastrosa para o olericultor comum.  As espécies ditas an-ai0 independem de um intervalo de frio para %ue a planta passe da etapa vegetativa para a reprodutiva. 4m e)emplo típico é a alface, %ue e)ige fotoperíodo longo e temperatura elevada para ocorrer o florescimento e a formaç$o de sementes. 9inalmente, h* as espécies <+r+n+0, de ciclo muito dilatado, %ue podem ocupar o terreno por um ou mais anos. 3ssas plantas enfrentam as condiç@es termoclim*ticas decorrentes da passagem das 7 estaç@es. 4m #om e)emplo é o aspargueiro, %ue pode permanecer produtivo durante uma década, no campo. /utro e)emplo, de perenidade menos evidente, é o do tomateiro, %ue se comporta como uma cultura anual, pelo fato de ser afetado por agentes etiolgicos de natureza variada, fungos, #actérias e vírus, além de insetos-praga, %ue a#reviam o ciclo da cultura.

'' TERMOPERIODICIDADE DIÁRIA  A temperatura oscila ao longo de um dia de F7 horas, sendo as noites mais frias, geralmente. 3m algumas espécies oler*ceas, as plantas se desenvolvem e produzem melhor %uando a temperatura noturna é inferior ! diurna 5 uma diferença de O-EN o;. Buando mantidas so# temperatura constante, noite e dia, essas plantas s$o pre0udicadas. / efeito decisivo da termoperiodicidade di*ria tem sido mais #em estudado em tomaticultura, em pes%uisas conduzidas na 3uropa e nos 3stados 4nidos, as %uais demonstram %ue a temperatura noturna e)erce maior efeito no desenvolvimento da planta e na produç$o. 3m altas temperaturas noturnas, o crescimento vegetativo é acelerado, porém s$o pre0udicadas ou até ini#idas a floraç$o e a frutificaç$o. 6em sido demonstrado %ue temperaturas noturnas de EC a EM o; e diurnas de FN a o

FO

; s$o a%uelas mais favor*veis ! produç$o. ;omo comprovaç$o pr*tica da e)ig"ncia termoperidica do tomateiro, é

conhecido o caso de antigos produtores holandeses, por demais cuidadosos, %ue se levantavam em meio ! noite invernal para a%uecerem suas estufas. 3ntretanto, verificavam %ue seus tomateiros apresentavam menor desenvolvimento e produç$o, em relaç$o !s plantas de vizinhos, mais comodistas, %ue dei)avam cair a 25

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temperatura noturna. Assim agindo, eles propiciavam a termoperiodicidade di*ria ade%uada ! cultura.  A e)ig"ncia de termoperiodicidade tam#ém pode e)plicar a inade%uaç$o da tomaticultura a regi@es %ue apresentam temperaturas diurnas e noturnas igualmente elevadas, como ocorre na Amazônia. /utros estudos demonstram %ue as temperaturas diurnas de FN a FO o; e noturnas de EN a E o; s$o as mais favor*veis ! #ataticultura, nas condiç@es européias e norte-americanas. :sso e)plica o mau desempenho dessa cultura em localidades #rasileiras de #ai)a altitude, apresentando temperaturas constantemente elevadas, de dia e de noite. :nversamente, tem sido demonstrado o sucesso da cultura em altitudes acima de MNN m, so# temperaturas diurnas amenas e noturnas favoravelmente menores, como ocorre em planaltos e regi@es serranas do centrosul. /utras culturas, menos estudadas, tam#ém apresentam e)ig"ncia de termoperiodicidade di*ria, devendo a temperatura noturna ser sempre mais #ai)a %ue a diurna, a e)emplo do piment$o, da #eterra#a, da ervilha e do morango.

''

INFLUNCIA DA LU: INTENSIDADE

 A luz solar é um fator clim*tico relevante para o desenvolvimento vegetal, pois promove o processo da fotossíntese 5 sem o %ual a vida humana e animal seria impossível so#re o planeta. Buando se estuda a influ"ncia da luz na olericultura h* de se considerar a intensidade luminosa e a variaç$o fotoperidica, separadamente. 3)perimentalmente se comprova %ue a um aumento na intensidade luminosa corresponde uma elevaç$o na atividade fotossintética, dentro de certos limites, resultando em maior produç$o de matéria seca nas plantas. ;ontrariamente, a defici"ncia luminosa provoca

maior

alongamento

celular, resultando em

estiolamento, isto é, aumento na altura e e)tens$o da parte aérea, porém sem correspondente elevaç$o do teor de matéria seca. Dessa forma, em localidades em %ue prevalece alta intensidade luminosa é estimulada a produtividade, nas culturas oler*ceas. =o# #ai)a luminosidade, ao contr*rio, h* formaç$o de mudas estioladas e de plantas adultas fr*geis, de menor produtividade.  A #ai)a intensidade luminosa tem sido fator limitante ! olericultura no norte da 3uropa. >* em países tropicais, como o Hrasil, a alta luminosidade favorece a 26

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produtividade. ?ale enfatizar serem as hortaliças plantas altamente e)igentes, ao contr*rio do %ue ocorre com plantas ornamentais de interior, %ue re%uerem #ai)a luminosidade.

'Q'

INFLUNCIA DA LU: FOTOPER5ODO

 A duraç$o do período luminoso 5 o chamado fotoperíodo -, dentro de um dia de F7 horas, influencia numerosos processos fisiolgicos nas plantas. 1 o caso do crescimento vegetativo, da floraç$o e frutificaç$o, da produç$o de sementes e da o#tenç$o de produtos para a alimentaç$o humana. / nmero de horas di*rias de luz solar varia conforme a latitude da localidade e a estaç$o do ano. Helém do ar* 5 cidade situada pouco a#ai)o da linha do 3%uador terrestre (latitude de N o ; -, por e)emplo, apresenta EF horas di*rias de luz, portanto a duraç$o do dia é igual ! da noite ao longo das 7 estaç@es. V medida %ue se afasta do e%uador em direç$o ao e)tremo sul, constata-se %ue os dias v$o se tornando, progressivamente, maiores durante o ver$o e menores no inverno. 3ssa variaç$o no período luminoso denomina-se fotoperiodismo, ao %ual algumas hortaliças, especialmente ali*ceas, s$o muito sensíveis. 3m ce#ola e alho, somente ocorre a formaç$o de #ul#os %uando os dias apresentam duraç$o acima de um nmero mínimo de horas de luz 5 fotoperíodo crítico, característico de cada cultivar. De acordo com a e)ig"ncia fotoperidica, h* cultivares precoces e tardias, conforme necessidade de dias menores e maiores, respectivamente, para a #ul#ificaç$o. 3ssa é a principal raz$o pela %ual certas cultivares sulinas de ce#ola e de alho n$o produzem #ul#os se plantadas durante o outono 5 época normal de plantio de tais culturas 5 no centro-sul. =endo cultivares tardias, a e)ig"ncia fotoperidica n$o é satisfeita, motivo pelo %ual as plantas se mant"m vegetativas.  A formaç$o de flores tam#ém depende do fotoperíodo, estritamente, em certas espécies. or isso, cultivares européias e norte-americanas de alface pendoam, precocemente,

%uando cultivadas nos

dias longos do

ver$o

#rasileiro.

;ontrariamente, as cucur#it*ceas produzem maior nmero de flores femininas, com conse%2ente aumento na produtividade, nos dias curtos do inverno. >* o morangueiro somente floresce e frutifica em dias curtos, tornando-se vegetativo durante os dias longos do ver$o.

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Do ponto de vista pr*tico, o fotoperíodo torna-se fator limitante somente na produç$o de poucas espécies oler*ceas, destacando-se o caso peculiar da ce#ola e do alho. 3m outras espécies, o fotoperiodismo afeta menos o desenvolvimento da planta, #em como a produç$o.

''

IMPORTNCIA DA UMIDADE

 A *gua é imprescindível ! vida vegetal e constitui mais de LNW do peso da parte utiliz*vel da maioria das hortaliças, sendo f*cil, portanto, a%uilatar sua importGncia na olericultura. / teor de umidade no solo condiciona a a#sorç$o de *gua e dos nutrientes minerais, essenciais ao desenvolvimento das plantas' a umidade do ar influencia a transpiraç$o (perda de *gua pelas folhas e outros processos %ue afetam a cultura. Dentre os fatores clim*ticos, o teor de umidade no solo é a%uele %ue pode mais facilmente ser controlado pelo olericultor, por meio da irrigaç$o. ;ontrariamente, o controle da umidade do ar é #em mais difícil, a n$o ser pela escolha criteriosa da época de plantio, considerando-se %ue o ar é mais seco no outono-inverno.
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ar' durante o ver$o chuvoso podem tornar-se fator limitante, no caso de culturas suscetíveis.

''

AGROTECNOLOGIA NO CONTROLE CLIMÁTICO

/ olericultor disp@e, atualmente, de alguns artifícios %ue possi#ilitam certo controle so#re as condiç@es clim*ticas, na conduç$o de uma cultura de hortaliças. Buando se pretende diminuir a temperatura do solo ou do leito de semeadura na formaç$o de mudas, podem-se aplicar alguns tipos de co#ertura palhosa, como& capim seco, palha da haste do arroz, palha de trigo, maravalha de madeira, #agacilho de cana, casca de arroz etc. / material deve ser a#undante na regi$o ou na propriedade e de #ai)o custo, devendo sua aplicaç$o ser manual ou, se possível, mecGnica. / principal efeito alme0ado é #ai)ar a temperatura do solo e mant"-la favoravelmente est*vel, alguns graus a#ai)o da temperatura normal do solo desco#erto, mesmo nas horas de maior insolaç$o. 6emperaturas amenas no solo favorecem muito o desenvolvimento das plantas e a produç$o de algumas espécies oler*ceas, como alho e morango, nas %uais é comum o uso dessa pr*tica cultural.  A co#ertura palhosa oferece ainda outros #enefícios para as culturas oler*ceas. 4m deles é manter ade%uado teor de umidade no solo por mais tempo, aps a irrigaç$o ou uma chuva, permitindo dilatar o turno de rega, em relaç$o ao solo desco#erto. Assim, constata-se real economia de *gua e energia, reduzindo-se o custo de produç$o. /utra vantagem desse tipo de co#ertura é o controle das plantas invasoras. A incid"ncia de ervas daninhas é reduzida, dependendo da espécie, podendo-se efetuar o controle integrado com a utilizaç$o de her#icidas, pulverizados so#re o leito em pré-emerg"ncia antes de se aplicar a co#ertura. 3ssas pr*ticas s$o muito utilizadas em alho, por e)emplo.
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 A irrigaç$o constitui um tipo muito utilizado de controle clim*tico, 0* %ue complemente ou su#stitui as chuvas, elevando o teor de *gua til no solo, além de influenciar o microclima formado ao redor da planta irrigada. 4m controle mais efetivo do clima é o#tido certamente, pela chamada plasticultura ou cultivo protegido 5 moderna agrotecnologia #aseada na aplicaç$o de agrofilmes.

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'

SOLO NUTRI()O E ADU"A()O

 As culturas oler*ceas s$o altamente e)igentes em nutrientes, raz$o pela %ual os produtores !s vezes, erram ao adu#arem em e)cesso' outras vezes, a adu#aç$o é dese%uili#rada e, fre%2entemente, sem orientaç$o agronômica.

'&'

SOLO E FORNECIMENTO DE NUTRIENTES

/ solo é o su#strato natural para a produç$o agrícola, servindo como meio para o desenvolvimento das raízes. 3m %ue pese sua relevGncia, entretanto, o solo pode ser profundamente modificado ou até mesmo dispensado, em olericultura, como ocorre no cultivo hidropônico. 6odavia, o %ue acontece fre%2entemente n$o é a su#stituiç$o, mas a modificaç$o do solo promovida pelo olericultor. /#serva-se %ue as propriedades físicas de um solo s$o mais relevantes %ue o teor de nutrientes,  0* %ue este pode ser profundamente modificado. / solo agrícola é uma importante fonte de nutrientes minerais para as raízes.
rincipais

 Nitrogênio (N) Fósforo (P) Potássio (K)

Ma,ron-.ri+n.+0 Cálio (C!) =ecund*rios "!gn#sio ("g) $n%ofr& (')

Mi,ron-.ri+n.+0& #oro (H, zinco (Xn, moli#d"nio (Io, co#re (;u, mangan"s (In, ferro (9e, cloro (;l e ní%uel (
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J* ainda mais C nutrientes 5 silício (=i, sdio (
'$'

EBTRA()O E EBPORTA()O DE NUTRIENTES

 As espécies oler*ceas e)traem do solo e e)portam, em suas partes comerci*veis, maiores %uantidades de nutrientes, por hectare, em relaç$o a outras culturas. :sso ocorre em raz$o de suas e)ig"ncias peculiares e, principalmente, da sua maior capacidade de produç$o.  A fertilidade natural dos solos n$o satisfaz, fre%2entemente, as elevadas e)ig"ncias nutricionais das culturas oler*ceas 5 algo %ue tem sido demonstrado por  pes%uisadores e comprovado, na pr*tica, por olericultores. 3ntretanto, h* toda uma agrotecnologia técnico-científica utilizada para melhorar um solo. 3m certas situaç@es, o solo é naturalmente rico em alguns nutrientes, como Y e <, sendo capaz de suprir parcela su#stancial da e)ig"ncia das culturas. ;ontrariamente, é incomum um solo #rasileiro apresentando teor t$o elevado de  5 em forma utiliz*vel pela planta 5 %ue possa dispensar a adu#aç$o fosfatada.

''

A APLICA()O DE NUTRIENTES

  As culturas oler*ceas s$o mais produtivas e e)igentes, raz$o pela %ual e)traem e e)portam do solo maior %uantidade de nutrientes, em relaç$o !s culturas de gr$os, por e)emplo, e)igindo adu#aç@es mais fartas. A olericultura tam#ém é a atividade agrícola %ue oferece respostas mais su#stanciais ! adu#aç$o, so# o duplo aspecto& agronômico e econômico. Ade%uadamente conduzida, a adu#aç$o resulta 32

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em maior produç$o, o#tida por unidade de tempo e de *rea, além de produtos com maior valor nutricional, aspecto mais atrativo, melhor sa#or e aroma, #em como valor de venda maior. ;ertamente contri#ui para isso o elevado potencial genético das atuais cultivares melhoradas, inclusive mais e)igentes em nutrientes, e toda a moderna agrotecnologia. A irrigaç$o, por e)emplo, favorece a utilizaç$o dos nutrientes pelas raízes' e o controle fitossanit*rio mantém a superfície fotossintetizante ativa por mais tempo, contri#uindo para elevar a produç$o.
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tomate e morango, com conse%2"ncias agronômicas, econômicas e am#ientais negativas.

''

A FILOSOFIA DE CONSTRUIR O SOLO

=alvo raras e)ceç@es, o olericultor #rasileiro preocupa-se em adu#ar a pr)ima cultura a ser implantada 5 um imediatismo até 0ustific*vel, dentro do conte)to socioeconômico em %ue ele vive e la#uta. 1 até compreensível %ue um arrendat*rio n$o cogite em elevar o nível de fertilidade da gle#a por ele tra#alhada, mas sim de satisfazer as e)ig"ncias da cultura. 3ntretanto, essa atitude é irracional e in0ustific*vel no caso de um propriet*rio %ue pretenda manter uma agricultura sustent*vel e produtiva, ao longo do tempo.  A filosofia de se preocupar, apenas, em adu#ar cada cultura é inade%uada. 3ntretanto, a preocupaç$o e)clusiva em melhorar o solo pode conduzir o olericultor  a desastres financeiros. or conseguinte, é mister implantar a filosofia de construir o solo, a médio prazo, paralelamente ! adu#aç$o das culturas 5 imediatismo necess*rio ! so#reviv"ncia do produtor, especialmente da%ueles %ue disp@em de *rea limitada. A construç$o do solo tem sido defendida por estudiosos da agricultura, em solos tropicais de #ai)a fertilidade. 3ntretanto, é necess*rio conciliar  a%uilo %ue é agronomicamente dese0*vel com o economicamente vi*vel ou financeiramente possível.

a7 Caa=+8  A calagem é uma das primeiras pr*ticas ao se cogitar em iniciar um programa de construç$o ou aprimoramento de um solo agrícola.  A %uantidade de calc*rio a aplicar pode ser calculada pelo método de saturaç$o por #ases 5 muito utilizado no 3stado de =$o aulo.
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nesse período pela chuva ou pela irrigaç$o. /#serve-se %ue a cal agrícola é um corretivo de mais r*pida solu#ilizaç$o, %ue pode ser aplicado com anteced"ncia menor, de até CN dias. A fai)a de acidez do solo a ser atingida deve ser de pJ ,N a ,O 5 a mais favor*vel para a maioria das culturas, inclusive por possi#ilitar a a#sorç$o da maioria dos nutrientes.

97 Ad-9a2>o ,orr+.i!a  A adu#aç$o corretiva tem por o#0etivo elevar a disponi#ilidade de certos nutrientes, como o  e o Y, num solo de #ai)a fertilidade natural, ou empo#recido por anos de mane0o inade%uado. ?isa, tam#ém, reduzir as perdas no solo de nutrientes aplicados em formas prontamente solveis. roporciona melhor  disponi#ilidade de certos nutrientes ao sistema radicular, o %ue ocorre num maior  volume de solo a ser e)plorado pelas raízes. 3vita-se, assim, %ue as raízes se concentrem em pe%ueno volume de solo 5 como ocorre %uando a adu#aç$o é localizada em covas.

,7 Ad-9a2>o !+rd+  A incorporaç$o de restos culturais ao solo é um meio eficiente e econômico %ue o agricultor disp@e para elevar o teor de matéria orgGnica, além do enri%uecimento em nutrientes. A chamada adu#aç$o verde é um caso particular da incorporaç$o de plantas her#*ceas ao solo, favorecendo as condiç@es físicas, %uímicas e #iolgicas. ;onsiste em incorporar a massa vegetal produzida no prprio terreno, utilizando-se, para isso, plantas da família das fa#*ceas (antigamente, leguminosas, especialmente cultivadas para essa finalidade. Destacam-se, dentre elas, as crotal*rias e as mucunas, pela produç$o de massa verde e ri%ueza em <. Buando em floraç$o, com as plantas ainda tenras e facilmente decomponíveis, promove-se a incorporaç$o pela araç$o ou gradagem. /s #enefícios dessa pr*tica agrícola ancestral s$o numerosos e not*veis. / mais relevante é a fi)aç$o do < atmosférico pelas raízes, em sim#iose com certas #actérias fi)adoras. Além deste, podem ser citados& a descompactaç$o do solo, provocada pela passagem de m*%uinas' a melhoria na utilizaç$o dos nutrientes pelas culturas' o aumento na capacidade de armazenamento de *gua' a reduç$o na 35

36

populaç$o de nematides daninhos' a reduç$o na infestaç$o de plantas invasoras' e certa proteç$o do solo contra a eros$o provocada pelas chuvas.  A nica desvantagem é dei)ar a gle#a ocupada, durante alguns meses, com uma cultura %ue n$o produzir* renda imediata. 6alvez isso n$o e)pli%ue a falta de tradiç$o no uso dessa utilíssima pr*tica agrícola, mas sim o total desconhecimento por parte dos olericultores. ;ertamente, essa pr*tica pode ser economicamente desvanta0osa para um arrendat*rio, mas n$o para um propriet*rio rural.

''

ADU"A()O MINERAL NO PLANTIO

/ plantio é ocasi$o propícia para o fornecimento de nutrientes !s plantas via sistema radicular. / < constitui e)ceç$o, podendo ou n$o integrar a adu#aç$o de plantio, 0* %ue a maior parcela da dose programada dever* ser aplicada ps-plantio.  A aplicaç$o de Y tam#ém pode ser parcelada, se #em %ue, em muitas situaç@es, a dosagem total possa ser aplicada por ocasi$o do plantio. <$o é tarefa f*cil conciliar os aspectos agronômicos e econômicos e a praticidade na aplicaç$o da adu#aç$o mineral. Assim, usualmente, aplicam-se formulaç@es <Y, o#tidas a partir da mistura de adu#os simples, utilizados como fontes de nutrientes. /s C nmeros, visíveis nas em#alagens, referem-se !s percentagens de <,  F/O e YF/. /#serve-se %ue esses dois )idos s$o uma forma arcaica (porém universal de e)pressar os teores de  e Y disponíveis. 3m olericultura, constata-se %ue os corretivos de acidez n$o constituem fontes totalmente confi*veis de ;a e Ig. J* outro engano generalizado& = n$o é veiculado pelas chuvas em %uantidades ade%uadas !s necessidades de certas culturas, a n$o ser em regi@es industrializadas, em raz$o dos compostos sulfurosos emitidos pelas chaminés 5 nocivos aos moradores e ! natureza.
37

como se faz com < e Y. Além disso, o fornecimento de  e ;a por ocasi$o do plantio favorece a formaç$o de amplo e ativo sistema radicular. 6am#ém tem sido demonstrado %ue a localizaç$o de -solvel diretamente a#ai)o das raízes, ou muito pr)imo, é mais eficiente. Desse modo, a formulaç$o deve apresentar #ai)a percentagem de <, elevada de  F/O e média de Y F/.

''

ADU"A(ES EM CO"ERTURA

or ocasi$o do plantio deve-se, na maioria das situaç@es, aplicar a dosagem total necess*ria de , porém apenas uma parcela mínima da dosagem total de <, e a metade, ou menos, da dosagem total de Y. Aplicar as doses ade%uadas de < é uma arte, %ue depende da e)peri"ncia pessoal com a cultura e o solo tra#alhado. 3m alguns casos, a dose total de Y tam#ém deve ser parcelada, para aumentar a efici"ncia de sua utilizaç$o pela planta.  A condiç$o para %ue um nutriente possa ser utilizado pelas raízes, %uando aplicado em co#ertura, é %ue possua #oa mo#ilidade vertical no solo.
37

38

'Q'

ADU"A()O VIA FOLIAR

3m olericultura, a adu#aç$o foliar 0ustifica-se e é recomendada %uando vista como uma complementaç$o !s aplicaç@es efetuadas no solo e, ainda, %uando se pretende uma resposta r*pida da cultura, em caso de car"ncia de nutrientes, declarada ou iminente.

a7 Ma,ron-.ri+n.+0 /s olericultores v"m utilizando a adu#aç$o foliar. 6rata-se de complementar a adu#aç$o via solo, fornecendo pe%uena parcela da %uantidade necess*ria dos macronutrientes, ou mesmo parcela su#stancial, no caso dos micronutrientes. 3)perimentalmente, tem sido demonstrada a capacidade de as culturas utilizarem nutrientes aplicados em pulverizaç$o. A efici"ncia varia conforme o nutriente, a espécie #otGnica e as condiç@es agroecolgicas. J* situaç@es em %ue a adu#aç$o foliar é o nico meio de corrigir sintomas de defici"ncia mineral, com a presteza necess*ria para %ue a planta retome o desenvolvimento e produza normalmente. A a#sorç$o de nutrientes via foliar é mais r*pida %ue pela via normal, radicular, porém esta ltima a#sorve %uantidades mais elevadas. 3m compensaç$o, aplicados so#re as folhas, os nutrientes sofrem perdas su#stancialmente menores. =ervem de e)emplos a li)iviaç$o do < e a fi)aç$o do , %uando aplicados ao solo. 6odavia, as aplicaç@es foliares n$o podem su#stituir, no caso dos macronutrientes, mas apenas complementar a adu#aç$o foliar.

97 Mi,ron-.ri+n.+0
38

39

''

FERTIRRIGA()O  ADU"A()O NA ÁGUA

4ma alternativa para a adu#aç$o em co#ertura é a fertirrigaç$o 5 dissoluç$o de certos fertilizantes na *gua de irrigaç$o -, sendo a aplicaç$o efetuada por  aspers$o ou gote0amento. 3ntre os fertilizantes solveis mais utilizados est$o& uréia, nitrato de amônio, nitrato de c*lcio, nitrato de magnésio, fosfato de amônio e sulfato de pot*ssio. 6am#ém est$o disponíveis formulaç@es específicas, de alta solu#ilidade, contendo a maioria dos macronutrientes. 6odos os nutrientes podem ser aplicados, em#ora se0a mais comum a aplicaç$o de < e de Y em su#stituiç$o !s adu#aç@es em co#ertura. ;om a generalizaç$o do uso da irrigaç$o por pivô central e a introduç$o da rega por gote0amento, a fertirrigaç$o vem ganhando adeptos. 3m termos e)perimentais, pouco se sa#e so#re essa agrotecnologia nas condiç@es #rasileiras. J* %uest@es %ue devem ser consideradas e pes%uisadas, como nutrientes a aplicar, suas melhores fontes, dosagens ade%uadas e intervalos entre as aplicaç@es. :ndu#itavelmente a fertirrigaç$o, em comparaç$o com os demais métodos de aplicaç$o de fertilizantes, permite grande economia em adu#os' alta precis$o na dosagem e na aplicaç$o' economia de m$o-de-o#ra' maior  efici"ncia da adu#aç$o' e perdas mínimas por percolaç$o, li)iviaç$o, escorrimento e fi)aç$o.

''

4IDROPONIA  CULTIVO NA ÁGUA

 A hidroponia 5 denominado cultivo sem solo 5 vem sendo praticada desde a dec. de ELCN, nos 3stados 4nidos e em outros países' no Hrasil, somente a partir de fins da dec. de ELMN. / solo é su#stituído por outro meio slido (cascalho, areia, vermiculita, pl*stico, l$ de rocha e é #anhado por soluç$o contendo todos os nutrientes necess*rios' ou as raízes desenvolvem-se imersas, sem %ual%uer  su#strato slido.
40

de defensivos' geralmente a %ualidade dos produtos é melhor' e o produto se apresenta limpo. 3ntretanto, tam#ém h* desvantagens, como custo inicial elevado da estrutura e dos e%uipamentos' risco de perda total, por falta de energia elétrica' e)ig"ncia de conhecimentos so#re %uímica e nutriç$o de plantas' e danos severos !s plantas ocasionados pelo #alanço iônico e pela condutividade elétrica da soluç$o inade%uados.  A via#ilidade econômica da hidroponia depende de v*rios fatores, sendo essencial a pro)imidade de um centro consumidor. 3ssa técnica permite, inclusive, %ue se desenvolva a olericultura em situaç@es em %ue a utilizaç$o do solo é invi*vel& em desertos, *ridos ou gelados, e em estaç@es or#itais, por e)emplo, ou ent$o %uando se disp@e de uma *rea diminuta, como no caso de um lote ur#ano. As culturas produzidas t"m sido alface, morango, agri$o e tomate, principalmente. 3m termos agronômicos e econômicos, muitas espécies n$o se adaptam ! hidroponia. ortanto, trata-se de uma opç$o %ue n$o deve ser usada indiscriminadamente.
'&%'

ADU"A()O ORGNCIA

1 dese0*vel %ue o olericultor procure aprimorar as condiç@es físicas e #iolgicas do solo, pela incorporaç$o de materiais orgGnicos, desde %ue este0a ciente de %ue eles s$o #ons condicionadores de solo, porém fontes pouco eficientes de nutrientes. Ali*s, a adu#aç$o orgGnica vem sendo utilizada h* séculos em olericultura. /s #enefícios da adu#aç$o orgGnica t"m sido reconhecidos, ressaltando-se %ue a incorporaç$o de materiais orgGnicos, como o esterco animal, torna o solo um su#strato mais propício ! agricultura. 3la possui algumas características %ue favorecem a agricultura, notadamente& aumenta a capacidade de penetraç$o e retenç$o de *gua' melhora a estrutura, o are0amento e a porosidade' aumenta a vida micro#iana

til, inclusive

com

eliminaç$o

de

fitopatgenos'

favorece

a

disponi#ilidade e a a#sorç$o de nutrientes' e os solos argilosos, pesados e compactos, tornam-se mais favor*veis, assim como os arenosos, leves e sem #oa estrutura.

40

41

?ale enfatizar %ue a adu#aç$o orgGnica provoca antagonismos entre microorganismos do solo, podendo resultar no controle #iolgico de nematides, #actérias e fungos, pre0udiciais ao sistema radicular das culturas. 3m se tratando de gle#a pe%uena, intensivamente cultivada, é vi*vel procurar manter a sanidade do solo, por meio de aplicaç@es pesadas de materiais orgGnicos. 1 o %ue ocorre em estufas, por e)emplo, 0* %ue é inconveniente mudar a estrutura do lugar.

41

42

'

PROPAGA()O E IMPLANTA()O DA CULTURA

 As culturas oler*ceas s$o propagadas por sementes #otGnicas em sua maioria, ou pelo plantio de partes vegetativas. 1 nessa etapa delicada da cultura %ue s$o cometidos pe%uenos e grandes enganos, muitos dos %uais n$o podem ser corrigidos posteriormente. A #em do sucesso de seu agronegcio, em um mundo mais competitivo, distinto e distante da%uele das décadas passadas, o olericultor  empres*rio atual dedica mais atenç$o ! etapa crucial da implantaç$o das culturas.

'&'

PROPAGA()O POR SEMENTES

 A maioria das hortaliças é propagada utilizando-se semente #otGnica. 6odavia, tal insumo agrícola, de importGncia fundamental numa cultura, nem sempre rece#e a atenç$o devida por parte do olericultor.

a7

-aidad+ da 0+8+n.+

6radicionalmente, o olericultor #rasileiro d* maior importGncia aos fertilizantes e defensivos %ue ! %ualidade da semente. Agravando essa situaç$o, em muitas localidades interioranas n$o h* disponi#ilidade de #oas sementes. A relaç$o custo#enefício deveria ser mais #em avaliada pelo olericultor, %ue se mostra muito sensível ao custo elevado de sementes de %ualidade. Além disso, a semente #otGnica é o item %ue menos onera o custo de produç$o de uma cultura.  A semente de alta %ualidade deve conter carga genética (gentipo favor*vel, originando plantas responsivas ! agrotecnologia e produtos com as características e)igidas pelo consumidor. / índice percentual de germinaç$o deve ser elevado, acima do padr$o nacional mínimo e)igido para a%uela espécie, constando na em#alagem, 0untamente com outras informaç@es de interesse. / nome original da cultivar deve ser mantido' empresas idôneas imprimem na em#alagem esse nome, #em como o nome comum da espécie (em portugu"s, ingl"s e espanhol.  A semente inferior, além de n$o ser geneticamente melhorada, pode disseminar fitopatgenos 5 respons*veis por focos iniciais de doenças dentro da cultura. A esse respeito vale ressaltar %ue as empresas produtoras idôneas, %uando

42

43

necess*rio, efetuam tratamentos de natureza física (*gua %uente ou %uímica (fungicidas e anti#iticos para assegurar a sanidade da semente. or ser a umidade capaz de diminuir a longevidade das sementes, estas devem ter o teor de umidade reduzido, previamente ! em#alagem em recipientes herméticos, no caso da maioria das espécies. A em#alagem ade%uada deve assegurar a manutenç$o do #ai)o teor inicial de umidade, n$o permitindo trocas com o am#iente e)terno. As em#alagens atuais s$o de v*rios tipos (latas, #aldes pl*sticos, envelopes e sa%uinhos. /s 3nvelopes e sa%uinhos t"m paredes constituídas por camadas de alumínio, polietileno e outros materiais, sendo mais eficientes na conservaç$o das sementes. :sso ocorre mesmo em umidade e temperatura elevadas 5 condiç@es comuns em climas tropicais 5 e altamente deletérias !s sementes.  Atualmente, o#serva-se sensível evoluç$o na produç$o e comercializaç$o de sementes de hortaliças no Hrasil.
97

E0,o1a da ,-.i!ar 

 Atualmente, h* grande disponi#ilidade de cultivares melhoradas, como se verifica nos cat*logos das firmas produtoras de sementes de hortaliças.
44

da planta, com encurtamento do ciclo cultural. 9inalmente, os fitomelhoristas incorporam, com maior facilidade no caso dos hí#ridos, genes de resist"ncia a doenças.  A ltima inovaç$o na escolha de cultivares é o uso de plantas transg"nicas 5 a%uelas

com

gentipo

modificado,

contendo

genes

de

outra

espécie

transplantados. A pol"mica so#re a utilizaç$o de tais plantas, #em como o efeito so#re o homem e a natureza, levou ! criaç$o da ;omiss$o 6écnica
,7

A?-i0i2>o d+ 0+8+n.+0

 Atualmente, n$o mais se 0ustifica o olericultor ad%uirir sementes retiradas de em#alagens a#ertas, nem mesmo para pe%uenos plantios. 1 %ue houve uma sensível evoluç$o, e ho0e h* em#alagens de v*rias capacidades nos mostru*rios das firmas fornecedoras de insumos agrícolas. :gualmente, a n$o ser %ue o olericultor pretenda atuar como fitomelhorista 5 o %ue pode ser interessante -, n$o mais se 0ustifica produzir sementes na propriedade rural. J* de se considerar esse um ramo comple)o, cada vez mais especializado. 3)emplificando, técnicas de #iotecnologia e os procedimentos para a o#tenç$o de hí#ridos est$o fora do alcance do produtor. <$o é demais, portanto, enfatizar %ue o olericultor deve ad%uirir sementes de alta %ualidade em em#alagem com capacidade capaz de atender ao tamanho da cultura programada. 1 #om ressaltar %ue se vive, ho0e, em um mundo competitivo, no %ual s$o e)igidas mais compet"ncia na produç$o e melhor %ualidade no produto. Rogicamente, a a%uisiç$o de sementes de %ualidade é um dos primeiros passos para se iniciar uma #em sucedida cultura de hortaliças.

44

45

d7

Prod-2>o d+ 8-da0 +8 0+8+n.+ira0

roduç$o de mudas em sementeiras (9otos& Ar%uivos 49RA.


45

46

Buando o solo do local escolhido 0* apresenta a maioria das características dese0*veis, a o#tenç$o de um #om leito é favorecida. * o comprimento pode ser muito vari*vel, porém n$o deve ultrapassar O m, evitando-se perdas de tempo na movimentaç$o dos oper*rios. As sementeiras devem ser separadas por caminhos com CN cm de largura, para movimentaç$o de pessoas, e por outros, mais largos, para passagem de m*%uinas.  A espessura total do leito deve ser de EO-FN cm, sendo EN cm localizados acima do nível normal do terreno, no m*)imo. 3m solos com #oa drenagem, somente h* desvantagem na construç$o de sementeiras muito elevadas, pois o leito torna-se mais rapidamente ressecado. Depois %ue o solo é revolvido, incorporam-se condicionadores de solo (esterco, areia ou vermiculita e procura-se o#ter a altura dese0ada, acertando a superfície com um ancinho. Buanto ! nutriç$o mineral, a pr*tica tem consagrado a aplicaç$o de ENN-EON g de superfosfato simples, 0untamente com CN-7N g de cloreto de pot*ssio, por metro %uadrado, em solos po#res. / < contido na adu#aç$o orgGnica costuma ser  suficiente na fase inicial do desenvolvimento da plGntula, porém um e)cesso origina hastes finas e folhas muito tenras. 3sterco de curral, #em curtido e peneirado, pode ser aplicado a lanço e incorporado EN-EO dias antes da semeadura, 0untamente com os adu#os minerais.
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Iateriais como palha, capim seco ou estopa, podem ser aplicados, porém dever$o ser retirados logo no início da emerg"ncia, prevenindo-se o estiolamento das plGntulas.

+7

Prod-2>o d+ 8-da0 +8 ,o
 A produç$o de mudas em copinhos confeccionados com papel de 0ornal 5 uma invenç$o #rasileira da dec. de ELQN 5 é mais vanta0osa para certas espécies em relaç$o ao uso de sementeiras. 1 o caso das solan*ceas-fruto (tomate, piment$o, pimenta, #erin0ela e 0il e das cucur#it*ceas (pepino, a##ora, moranga, mel$o e melancia, %ue podem ser #eneficiadas. 4ma das vantagens no uso de copinhos é a diminuiç$o do manuseio das mudas, prevenindo-se a disseminaç$o de fitopatgenos por m$os contaminadas. Danos ao sistema radicular s$o evitados, o %ue dificulta a penetraç$o de fitopatgenos de solo. J* reduç$o do tempo necess*rio ! formaç$o da muda, %ue permanece no copinho por FO-CN dias, no m*)imo, aps a semeadura. / ciclo da cultura tam#ém é diminuído, devido ! aus"ncia de danos !s raízes, aumentando-se a precocidade da colheita. Buando s$o utilizados hí#ridos, cu0as sementes s$o de custo mais elevado, h* melhor aproveitamento. 9inalmente, o pegamento da muda, aps o plantio no local definitivo, é favorecido. 4m dos inconvenientes da formaç$o de mudas em copinhos é a utilizaç$o intensiva de m$o-de-o#ra. /utra desvantagem é %ue os copinhos perdem *gua muito rapidamente, e)igindo irrigaç@es a#undantes e fre%2entes durante o dia. ara o su#strato, um #om material é o terriço de mata ou %ual%uer outro solo contendo teor elevado de matéria orgGnica 0* decomposta.
48

crivo fino ou pe%uenos aspersores, uma ou mais vezes ao dia. Des#astam-se as plantinhas em e)cesso, ao apresentarem as duas folhas cotiledonares e surgir a E a folha definitiva, dei)ando-se uma a duas mudas por copinho.

37

Prod-2>o d+ 8-da0 +8 9and+ja

(9otos& Ar%uivos 49RA

- 0 sistema 1speedling2 

3m ELMO, o sistema speedling de produç$o de mudas 5 muito utilizado em outros países 5 foi introduzido entre tomaticultores paulistas. ;onsiste na semeadura em #ande0as de isopor.  As células apresentam o formato de tronco de pirGmide invertido, com a#ertura na parte inferior. ropiciam o direcionamento das raízes e impedem o seu enovelamento 5 defeito comum em outros sistemas de semeadura. =em o enovelamento das raízes, as mudas transplantadas para o campo retomar$o o desenvolvimento com maior rapidez, o %ue reduz o ciclo cultural. =uspensas, as #ande0as facilitam a poda pelo ar, %ue ocorre %uando a raiz principal atinge o fundo das células e cessa o crescimento, havendo estímulo para a emiss$o de raízes 48

49

secund*rias. roporciona-se, assim, maior e%uilí#rio entre a parte aérea e o sistema radicular. -  Substrato

=$o utilizados su#stratos especiais nas #ande0as, isentos de fitopatgenos e de sementes de plantas daninhas, com timas propriedades físicas e teores ade%uados de nutrientes. 3sses su#stratos facilitam, inclusive, a retirada das mudas em ponto de transplante com torr$o. =$o constituídos por vermiculita e)pandida, materiais orgGnicos (turfa, casca de  pinus, carv$o de casca de arroz ou composto orgGnico, fertilizantes e aditivos.  A inclus$o de vermiculita e)pandida é altamente vanta0osa, pois esse material mic*ceo a#sorve até O) o prprio volume em *gua. Além de conter teores favor*veis de Y e Ig disponíveis, apresenta #oa retenç$o de nutrientes, graças ! elevada capacidade de troca catiônica, ali*s, uma propriedade dos #ons solos agrícolas. A vermiculita deve ser utilizada na #ase de CN-7NW em relaç$o ao volume da mistura dos demais materiais. 4m #om su#strato n$o deve conter solo, devido ! presença de fitopatgenos e sementes de plantas daninhas e por dificultar a retirada da muda com torr$o. 3ssa é uma das situaç@es, em olericultura, nas %uais o solo n$o é o melhor suporte para as raízes. J* su#stratos prontos para uso, formulados por firmas idôneas, disponíveis no comércio. A esses su#stratos n$o devem ser adicionados fertilizantes ou %uais%uer  outros materiais. 6am#ém é possível formular #ons su#stratos na propriedade rural. -  nchimento e semeadura nas bande*as

/ su#strato seco deve ser vertido so#re as #ande0as, #em umedecidas, usando-se uma régua para espalha-lo so#re um grupo de #ande0as. As #ande0as devem estar apoiadas so#re uma #ancada, n$o devendo ser erguidas até %ue o su#strato dentro das células este0a umedecido, para n$o haver perda pelo fundo das células. /utra alternativa de enchimento, sem %ue o su#strato se perca, é umedecer  levemente o su#strato. Aps o enchimento, o e)cesso é retirado com o au)ílio de

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50

uma régua. Deve-se evitar a compactaç$o do su#strato, pois pode afetar a vermiculita. ;olocam-se duas ou tr"s sementes pe%uenas no centro das células, na profundidade de C-O mm. J* %uem prefira co#rir as sementes com vermiculita finamente moída ou com areia. Buando se usa semente peletizada, ou semente hí#rida, de custo elevado, pode-se semear apenas uma.  As #ande0as, aps a semeadura, podem ser co#ertas com estopa ou material palhoso, %ue ser$o retirados por ocasi$o da emerg"ncia. 3m#ora as #ande0as possam ser e)postas ao tempo, os olericultores mais tecnificados preferem protegelas dentro de tnel ou casa de vegetaç$o. 3vita-se, desse modo, o indese0*vel impacto da chuva, com li)iviaç$o de nutrientes e deslocamento das sementes. -  Tratos culturais nas bande*as

/ contedo das células, estando as #ande0as suspensas, perde *gua com rapidez, o %ue é minimizado pela inclus$o de vermiculita no su#strato. Iesmo assim, irrigaç@es fre%2entes s$o necess*rias, com pouca intensidade, duas a tr"s vezes ao dia. Deve-se evitar o escoamento de *gua pelo orifício do fundo das células, pois isso provoca a perda de nutrientes por li)iviaç$o. ortanto, aplica-se menor volume de *gua de cada vez, com irrigaç@es fre%2entes, utilizando-se um regador de crivo fino ou microaspersores. Buando as mudas estiverem mais desenvolvidas, a fre%2"ncia da irrigaç$o deve ser diminuída, para %ue ocorra o endurecimento da muda. / des#aste é a eliminaç$o das plantinhas e)cedentes, em cada célula, %uando se utilizou mais de uma semente. Deve ser efetuado entre O e EN dias da semeadura, dependendo da espécie. reviamente, faz-se uma irrigaç$o farta, tra#alhando com o su#strato umedecido, o %ue facilita o arrancamento. J* %uem prefira cortar as plantinhas para n$o a#alar as raízes da muda selecionada. Buando em ponto de transplante, as mudas dever$o e)i#ir um sistema radicular a#undante, muitas vezes co#rindo o torr$o formado. 4ma irrigaç$o prévia favorece o arrancamento das mudas.

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- &antagens da utili(a+,o de bande*as

 A produç$o de mudas em #ande0as vem sendo preferida por olericultores de elevado nível tecnolgico, certamente por ser superior aos demais sistemas. /#serva-se %ue, por suas insofism*veis vantagens de ordem agronômica e econômica, esse sistema de produç$o de mudas tende a su#stituir os demais. / sistema speedling eleva o rendimento operacional, na e)ecuç$o de todas as tarefas' reduz a %uantidade necess*ria de semente, graças ! melhor germinaç$o o#tida' melhora a %ualidade da muda, pelo e%uilí#rio entre a parte aérea e o sistema radicular' aumenta a efici"ncia na produç$o de mudas, pela racionalizaç$o do uso do espaço e do tempo' facilita o manuseio das mudas no campo' permite %ue as mudas se0am transplantadas com um porte menor' aumenta a rapidez no desenvolvimento da planta' e propicia maior precocidade na colheita.

=7

Tran0<an.+ da0 8-da0

Define-se .ran0<an.+ como a operaç$o de retirar a muda e planta-la no local definitivo, geralmente em sulco, ou em cova.
52

/ endurecimento das mudas, previamente ao transplante, o#0etiva adapta-las melhor !s condiç@es do local definitivo, menos favor*veis. ara isso, suspende-se a irrigaç$o !s vésperas do transplante, elevando o teor de matéria seca na planta. A retomada do desenvolvimento da planta, aps o cho%ue provocado pelo transplante, é favorecida %uando h* teor elevado de matéria seca. A diminuiç$o na turgesc"ncia tam#ém facilita o manuseio e reduz os danos mecGnicos, favorecendo o transplante. / endurecimento tam#ém é propiciado pelo fornecimento ade%uado de  e Y, sendo pre0udicado por e)cesso de <.  A profundidade ade%uada, ao se transplantar a muda para o local definitivo, depende da espécie. Dessa forma, as espécies de caule pouco distinto devem ser  plantadas, geralmente, a uma profundidade um pouco maior em relaç$o !%uela em %ue se encontravam, devendo ser enterradas até ! altura de inserç$o das folhas, como no caso de tomate e outras solan*ceas-fruto. ;ontrariamente, as mudas de caule pouco evidente devem ser plantadas na mesma profundidade, como no caso da alface e outras aster*ceas her#*ceas. 3sses cuidados favorecem a retomada do desenvolvimento, aps o inevit*vel estresse ocasionado nas plantas pelo transplante. Buando a %ualidade das mudas produzidas é %uestion*vel, é prudente destruílas e efetuar nova semeadura. 4ma rigorosa seleç$o deve ser efetuada, por ocasi$o do transplante. Desse modo, s$o eliminadas todas as mudas anormais, aproveitando-se apenas a%uelas com as características típicas da cultivar e em timas condiç@es fisiolgicas e fitossanit*rias. ?ale enfatizar %ue as mudas podem constituir e)celente veículo de disseminaç$o de fitopatgenos e %ue a #oa seleç$o é uma medida preventiva. 6am#ém n$o devem ser transplantadas mudas passadas, pois originar$o plantas adultas tardias e menos produtivas. ara via#ilizar uma seleç$o rigorosa, é necess*rio %ue se o#tenha um nmero de mudas teis %ue se0a o do#ro, ou pouco menos, do re%uerido para plantio. 3m#ora se eleve, dessa forma, o custo do material de propagaç$o, essa desvantagem é amplamente compensada pela sanidade e produtividade %ue ser$o o#tidas na cultura. A disponi#ilidade de mudas de reserva tam#ém possi#ilita o replantio de falhas na cultura, o#tendo-se o nmero plane0ado de plantas adultas, por hectare plantado.

52

53

/ plantio de mudas com raízes envoltas por torr$o 5 muito superiores !s mudas com raízes nuas 5 é feito nos sulcos ou nas covas, no espaçamento ade%uado. A adu#aç$o organomineral aplicada, desde %ue #em incorporada ao solo, n$o afeta esse tipo de muda, e a planta retoma o desenvolvimento com rapidez. ;ontrariamente, as mudas de raízes nuas e)igem cuidados maiores, evitando-se o contato direto das raízes com os adu#os. / esterco puro, o#tido em gaiolas de galinhas poedeiras, por e)emplo, é timo adu#o, mas pode danificar  mudas de raízes nuas. / sucesso na operaç$o de transplante traduz-se pelo pegamento elevado das mudas 5 influenciado pelas condiç@es agroecolgicas e agrotecnolgicas.  Assim, a presteza com %ue s$o efetuadas as primeiras irrigaç@es é garantia de sucesso, na aus"ncia de chuvas. A aspers$o é mais eficiente, por molhar a parte aérea da planta e reduzir a perda de *gua por evapotranspiraç$o. 4ma pr*tica favor*vel é a irrigaç$o do terreno pré-plantio, transplantando-se com solo mido. /ptando pela irrigaç$o no sulco, deve-se aplicar a *gua i nicialmente em um sulco de rega tempor*rio, localizado #em pr)imo !s mudas transplantadas' ou irriga-se no prprio sulco de plantio. / gote0amento tam#ém pode ser utilizado, desde %ue as mudas fi%uem localizadas na regi$o mida produzida.  A hora mais favor*vel para se efetuar o transplante é logo antes do crepsculo, %uando a temperatura se torna amena e n$o h* incid"ncia de luz solar intensa e direta. Dias chuvosos ou com céu enco#erto tam#ém favorecem o pegamento das mudas. ;ondiç@es am#ientais desfavor*veis afetam muito mais as mudas de raízes nuas %ue a%uelas com raízes protegidas por torr$o.

17

S+8+ad-ra dir+.a8+n.+ no o,a d+3ini.i!o

 A maioria das espécies propagadas por semente #otGnica pode ser semeada diretamente no local definitivo, evitando-se a tra#alhosa operaç$o de transplante. or e)emplo, em alguns países, repolho, piment$o, alface e ce#ola s$o semeados diretamente no campo, en%uanto no Hrasil eles s$o transplantados. /utros e)emplos& -

Ielancia e outras cucur#it*ceas (apresentam pouca tolerGncia ao

transplante' -

 9ei0$o-vagem e demais fa#*ceas, milho e %uia#o 5 todas intolerantes' 53

54 -

6omate rasteiro para agroindstria (tam#ém pode ser transplantado'

-

 A maioria das hortaliças tu#erosas, como cenoura, ra#anete, r*#ano, na#o e

#eterra#a (tam#ém pode ser transplantada. ;ada cultura apresenta peculiaridades, inclusive %ue afetam a propagaç$o. 1 o caso das cucur#it*ceas e fa#*ceas (leguminosas, %ue, com suas sementes gradas, s$o facilmente semeadas diretamente em covas ou em sulcos' 0* a cenoura e o ra#anete, com suas sementes pe%uenas, s$o semeadas em sulcos superficiais, so#re canteiros definitivos. =ementes diminutas e de formato irregular, como as de alface, ce#ola e cenoura, podem ser peletizadas, ou se0a& rece#em um revestimento %ue transforma cada semente numa pe%uena esfera, favorecendo a semeadura mecGnica. 3ntretanto, a utilizaç$o de sementes peletizadas, em semeadura mecGnica direta, ainda é incipiente no Hrasil. ossivelmente uma das raz@es é o custo mais elevado, em relaç$o ! semente comum, em#ora essa técnica permita eliminar o des#aste das plantinhas em e)cesso 5 ainda efetuado manualmente. :negavelmente, h* algumas vantagens na semeadura direta& su#stancial economia de m$o-de-o#ra' precocidade no desenvolvimento da planta' reduç$o no ciclo até ! colheita' e menor disseminaç$o de fitopatgenos, na parte aérea e nas raízes. 3ntretanto, tam#ém h* pontos negativos& maior %uantidade de sementes re%ueridas por unidade de *rea e maior dificuldade na aplicaç$o dos tratos culturais iniciais, inclusive capina e irrigaç$o.

'$'

PROPAGA()O VEGETATIVA

 A propagaç$o vegetativa ou asse)ual #aseia-se na capacidade 5 inerentes a certas estruturas de algumas espécies 5 de formar um novo indivíduo vegetal, completo e id"ntico ! planta matriz. ara isso, essas estruturas s$o destacadas da planta-m$e e plantadas. Algumas espécies s$o propagadas por esse meio, sendo as principais, em ordem alfa#ética& agri$o, alcachofra, alho, aspargo, #atata, #atatadoce, car*, ce#olinha, couve-manteiga (clones, inhame, mandio%uinha-salsa, morango e taio#a. As estruturas utilizadas s$o de tipos variados& re#entos, ramas, #ul#ilhos, tu#érculos, perfilhos, estolhos, dentre outras. =$o plantadas no local definitivo ou previamente enraizadas em viveiros. J* raz@es ponder*veis para %ue a 54

55

propagaç$o vegetativa se0a utilizada, com e)clusividade, em certas espécies, sendo a ina#ilidade para produzir sementes #otGnicas a principal. /utra raz$o é %ue reproduz, com perfeita e)atid$o, as características da planta-m$e, inclusive a%uelas apreciadas pelo consumidor. 3m propagaç$o vegetativa, assume relevGncia o conceito de ,on+& con0unto de indivíduos origin*rios de uma planta matriz, conse%2entemente possuindo constituiç$o genética (gentipo id"ntica, em relaç$o a ela e entre si. As plantas o#tidas apresentam o mesmo aspecto (fentipo, constituindo uma cultura muito uniforme, por e)emplo, clones de alho, %ue v"m sendo propagados h* mil"nios e mant"m sua identidade. 3ntretanto, mutaç@es som*ticas podem ocorrer, e o mutante pode vir a constituir uma nova cultivar clone, caso apresente #oas características, o %ue, porém, é a e)ceç$o, n$o a regra. J* um grupo de espécies %ue pode ser propagado por via vegetativa ou por  sementes, dependendo da conveni"ncia. 1 o caso da alcachofra, aspargo, ce#olinha e couve.
apresenta

algumas desvantagens, %uando

confrontada com a via se)ual. A principal é a degeneraç$o dos clones ocasionada pelo progressivo acmulo de fitopatgenos ao longo das geraç@es, com a conse%2ente perda de vigor e de produtividade. 1 %ue as estruturas propagativas constituem eficiente meio de perpetuaç$o, n$o apenas das #oas características da planta matriz, mas tam#ém de viroses, por e)emplo. :nclusive, a cultura de tecidos tem sido utilizada para limpar certos clones especialmente valiosos, o#tendo-se plantas isentas de fitopatgenos. 3ssa técnica tem sido praticada, com sucesso, em #atata, morango, alho, #atata-doce e mandio%uinha-salsa, possi#ilitando o re0uvenescimento de cultivares tradicionais. J* uma desvantagem incontorn*vel na propagaç$o vegetativa& o volumoso material propagativo onera demasiadamente o custo de implantaç$o da cultura. or  e)emplo& no caso da #atata, o item #atata-semente é respons*vel por 7NW do custo glo#al da cultura, em certos casos' em cenoura, a semente responde por 7W' e no tomate tutorado o gasto n$o passa de EW, geralmente. 55

56

''

A CONTRI"UI()O DA "IOTECNOLOGIA

 A 9io.+,noo=ia consiste na utilizaç$o de células ou tecidos provenientes de seres vivos, no caso de vegetais, para fins tecnolgicos.
56

57

'

IRRIGA()O

 A *gua constitui mais de LNW do peso de matéria fresca da parte utiliz*vel da maioria das hortaliças, raz$o pela %ual estas se destacam, dentre as culturas de relevGncia, pela elevada e)ig"ncia de *gua. Assim, a irrigaç$o é um dos mais característicos e relevantes tratos culturais, sendo, tam#ém, a%uele de mais difícil e)ecuç$o.

'&'

NO(ES "ÁSICAS SO"RE IRRIGA()O

/ teor de *gua til no solo, ou se0a, o %ue é aproveit*vel pelo sistema radicular  das culturas, varia de N a ENNW. Dentro dessa fai)a, %uanto mais elevado, mais facilmente a *gua ser* utilizada pelas plantas.
58

a produç$o.
59

racionalizaç$o da irrigaç$o, ali*s, é premente na época atual, evitando-se o desperdício de *gua, #em como a m* utilizaç$o da energia.

'$'

IRRIGA()O POR SULCO  A irrigaç$o por sulco 5 antigamente denominada irrigaç$o por 

infiltraç$o 5 ainda é utilizada por pe%uenos olericultores. Kealmente é vanta0osa para produtores %ue disp@em de pe%ueno capital e de propriedade com elevada disponi#ilidade de *gua, especialmente %uando esta se localiza na parte alta do terreno, podendo ser conduzida por gravidade. 3m outros casos, a construç$o de pe%uenas #arragens de terra possi#ilita a elevaç$o necess*ria. 6am#ém podem ser  utilizadas moto#om#as, para elevar a *gua, %uando n$o h* outro m eio. 4m dos relevantes pontos negativos da irrigaç$o por sulco é a elevada utilizaç$o de m$o-de-o#ra especializada na sistematizaç$o do terreno e na a#ertura dos sulcos e canais, #em como na aplicaç$o e no controle da *gua. Iais grave ainda, esse é o método %ue utiliza e desperdiça maior volume de *gua por hectare irrigado. Além disso, a eros$o acelerada pode se tornar altamente destruidora, mormente em gle#as com topografia acidentada. 3ntretanto, em culturas fre%2entemente pulverizadas com defensivos 5 como tomate e outras solan*ceas-fruto 5 a irrigaç$o por sulco é positiva, pois n$o provoca a lavagem dos pesticidas aplicados ! parte aérea, diminuindo, ent$o, a necessidade de pulverizaç@es e facilitando o controle fitossanit*rio. e%uenos olericultores, dispondo de a#undGncia de *gua, na parte alta do terreno %ue pretendam irrigar, podem optar pela rega no sulco, 0* %ue n$o h* depend"ncia de moto#om#as nem gasto com com#ustível ou eletricidade.
60

raízes das plantas dispostas lateralmente, pr)imas ao sulco. 6am#ém pode-se evitar %ue as fileiras do centro de um canteiro n$o rece#am *gua ade%uadamente, pelo fato de as raízes n$o alcançarem a zona mida. 6odavia, mesmo nas melhores condiç@es, o movimento lateral da *gua é pe%ueno, a partir de duas margens de um sulco cheio. 3sse movimento realiza-se por capilaridade, da parte saturada (ENNW de *gua til até a parte mais seca do solo. or apresentarem movimento lateral mais acentuado, os solos argilosos ou ricos em matéria orgGnica s$o mais favor*veis ! rega por sulco, em relaç$o aos arenosos. Iesmo assim, as fileiras de plantas devem ser localizadas o mais pr)imo possível das margens dos sulcos.  A fre%2"ncia da irrigaç$o por sulco 5 o turno de rega 5 depende da espécie cultivada, do tipo de solo e das condiç@es clim*ticas. =olos com maior capacidade de retenç$o de *gua (argilosos ou ricos em matéria orgGnica possi#ilitam turnos de rega maiores. Jortaliças her#*ceas e)igem irrigaç@es mais fre%2entes %ue as tu#erosas, por e)emplo.
''

IRRIGA()O POR ASPERS)O

a7

Cara,.+r;0.i,a0 da a0<+r0>o


61

de solo ou da topografia, inclusive no caso de terrenos planos ou acidentados. A aspers$o, tam#ém, permite timo controle da %uantidade de *gua a ser aplicada, além de re%uerer %uantidade muito menor, em relaç$o ! rega por sulco, para se o#ter resultado similar. A efici"ncia e a uniformidade da irrigaç$o s$o muito maiores mesmo em solos arenosos, nos %uais é pro#lem*tica a i rrigaç$o por sulco.  A superioridade da aspers$o tam#ém é notria, especialmente nos est*dios iniciais do desenvolvimento das culturas, propiciando melhor germinaç$o e emerg"ncia mais uniforme e mais r*pida das plGntulas. :sso se e)plica pelo diminuto tamanho das raízes, dificultando %ue se0a alcançada a zona mida, propiciada pelos sulcos de irrigaç$o.
97

Man+jo da irri=a2>o

 A fre%2"ncia das irrigaç@es depende de v*rios fatores, mas, ao longo do período seco, a maioria das culturas e)ige uma ou tr"s aplicaç@es semanalmente. 3m muitas situaç@es, é mais vanta0oso promover regas espaçadas e a#undantes %ue di*rias e superficiais. 3nt$o, o turno de rega pode variar de C-Q dias, geralmente.
62

ventos %uentes e secos 5 causas de perdas elevadas. 3m culturas delicadas, a irrigaç$o noturna tam#ém previne a ocorr"ncia de %ueima das folhas, #em como de outros distr#ios. 3m#ora se0a uma pr*tica vanta0osa, a irrigaç$o noturna é pouco difundida entre os olericultores.

,7 Pon.o0 n+=a.i!o0 da a0<+r0>o  A aspers$o tam#ém apresenta algumas desvantagens, em relaç$o ! rega por  sulco. A mais notria tem sido a lavagem provocada nos pesticidas pulverizados so#re a parte aérea, dificultando o controle fitossanit*rio. :sso é crucial no caso de culturas altamente suscetíveis ao ata%ue de fungos fitopatog"nicos, como as solan*ceas. 1 por essa raz$o %ue a grande maioria dos produtores de tomate tutorado prefere a rega no sulco. Rogicamente, a dificuldade pode ser contornada pela pulverizaç$o mais fre%2ente, efetuada logo aps o secamento da parte aérea, porém isso aumenta a utilizaç$o de defensivos 5 algo desvanta0oso, so# todos os aspectos. /utro ponto negativo da aspers$o, muito propalado, é a criaç$o de um microclima mido envolvendo a parte aérea da cultura, propício ! atuaç$o de fungos fitopatog"nicos. :sso somente ocorre so# elevada umidade relativa do ar. ;ontrariamente, so# #ai)a umidade no ar a parte aérea torna-se seca muito rapidamente aps a irrigaç$o.  Além disso, por ser a irrigaç$o muito influenciada pelo vento, a uniformidade na aplicaç$o de *gua so#re a cultura é comprometida e nem sempre é possível efetuar  correç@es, como diminuir o espaçamento entre as linhas laterais, nas %uais est$o montados os aspersores.

''

IRRIGA()O POR GOTEJAMENTO

/ gote0amento é um novo método de irrigaç$o, introduzido na olericultura #rasileira durante a década de ELLN. ;onsiste em aplicar *gua, gota a gota, diretamente na zona de maior concentraç$o de raízes. ara isso, a *gua é conduzida, so# pe%uena press$o, dentro de tu#ulaç@es pl*sticas fle)íveis providas de simples perfuraç@es ou de gote0adores. 3sse método foi desenvolvido em :srael, a partir do início da déc. De ELN, para propiciar o m*)imo de efici"ncia na utilizaç$o 62

63

da *gua. ;ulturas em solos arenosos, com #ai)a retenç$o de *gua, e em zonas *ridas, com perdas por evapotranspiraç$o elevadas, s$o mais eficientemente irrigadas por gote0amento. 3m#ora a e)peri"ncia do olericultor #rasileiro com o gote0amento se0a pe%uena, h* situaç@es em %ue esse método se mostra indu#itavelmente superior. 3m culturas semeadas em fileiras muito espaçadas, como mel$o e melancia, aplicar  *gua diretamente nas raízes é mais racional %ue espalha-la so#re o terreno (aspers$o, favorecendo plantas invasoras, ou faze-la correr em sulco, molhando e pre0udicando os frutos em desenvolvimento. 3m tomate tutorado, o gote0amento evita algumas desvantagens dos demais métodos de irrigaç$o, pois n$o molha as folhas, lavando os pesticidas, como na aspers$o, nem provoca eros$o em terrenos acidentados, como na irrigaç$o em sulco. 3m culturas conduzidas em casas de vegetaç$o, o gote0amento tem sido utilizado fre%2entemente. 4m princípio #*sico do gote0amento é fornecer *gua diretamente ao sistema radicular, em %uantidade %ue se apro)ime, o possível, do consumo da planta. Kegase t$o somente o volume de solo %ue contém as raízes. A ta)a de aplicaç$o nunca deve ser superior ! capacidade de retenç$o do solo, evitando-se a perda de *gua gravitacional. Iantém-se, assim, o solo 0unto !s raízes continuamente mido, mas n$o saturado, raz$o pela %ual permanece favoravelmente are0ado.

a7

Van.a=+n0 + d+0!an.a=+n0 do =o.+ja8+n.o

 As principais vantagens do gote0amento, como praticado em :srael e outros países, em relaç$o ! irrigaç$o por sulco ou por aspers$o, podem ser resumidas nos seguintes pontos& -

ropicia not*vel economia de *gua e aumento na efici"ncia da irrigaç$o, 0*

%ue apenas rep@e a *gua evaporada ou a#sorvida pela planta num volume limitado de solo, onde se concentram as raízes. -

9avorece o controle das plantas invasoras, 0* %ue a superfície glo#al do solo

n$o é toda molhada, como na rega por aspers$o, nem #oa parte dela, como na rega por sulco.

63

64 -

ossi#ilita grande economia em m$o-de-o#ra para se efetuar a irrigaç$o, pois

e)ige apenas o controle do funcionamento do e%uipamento 0* instalado, sem movimentaç$o de tu#os. -

9avorece a utilizaç$o da fertirrigaç$o e proporciona alta efici"ncia no

aproveitamento dos nutrientes aplicados, uma vez %ue as raízes se acham envolvidas por solo com teor propício de umidade. - Au)ilia

na conservaç$o do solo, prevenindo o escorrimento superficial da

*gua aplicada e evitando a li)iviaç$o de nutrientes para as camadas mais profundas, longe das raízes. -

9avorece o desenvolvimento da cultura em todas as etapas, tornando-a mais

precoce, inclusive antecipando a colheita. - Aumenta

su#stancialmente a produtividade em diversas culturas oler*ceas,

comparado aos demais métodos. -

Keduz significativamente a necessidade de aplicaç$o de pesticidas, 0* %ue os

pro#lemas fitossanit*rios diminuem.  As desvantagens do gote0amento, comparado aos demais métodos de irrigaç$o, s$o poucas. 4ma delas é %ue as tu#ulaç@es, contendo os gote0adores em#utidos, n$o podem ser t$o longas %uanto a%uelas usadas na aspers$o. 6am#ém é imprescindível a utilizaç$o de moto#om#a, filtro, tu#os e registros 5 o %ue, dependendo da situaç$o, pode e)igir elevado emprego de capital.

97

U.iia2>o do =o.+ja8+n.o

 Atualmente, no Hrasil, 0* n$o h* mais dvidas de %ue o gote0amento possa ser  uma opç$o vanta0osa, em termos agronômicos e econômicos, de irrigar culturas oler*ceas. ;ertamente, ainda h* poucos dados e)perimentais #rasileiros, porém olericultores pioneiros v"m conseguindo #ons resultados. / gote0amento e)ige, mais %ue outros métodos de irrigaç$o, meticuloso plane0amento e instalaç$o cuidadosa. 1 um método de grande precis$o, delicadeza e sensi#ilidade. 4m ponto fundamental é %ue a irrigaç$o deve ser utilizada diariamente ou no m*)imo a cada tr"s dias, aplicando-se pe%uena %uantidade de *gua de cada vez. 4ma das características do gote0amento, ali*s, é manter sempre um nível timo de 64

65

*gua 0unto !s raízes ativas na a#sorç$o, diminuindo a energia gasta pela planta para utiliza-la. /s modernos tu#ogote0adores s$o fa#ricados de modo a atender a %ual%uer  especificaç$o técnica, inclusive com relaç$o ao espaçamento de plantio. ro#lemas como entupimento, verificados no passado, est$o ho0e superados. / custo do e%uipamento, inclusive, vem se tornando competitivo em relaç$o ao de con0untos para irrigaç$o por aspers$o. / gote0amento tende a su#stituir os demais métodos de irrigaç$o em certas situaç@es.
65

66

Q'

CONTROLE FITOSSANITÁRIO

/ controle fitossanit*rio é imprescindível em olericultura 5 essa é a realidade %ue deve ser encarada -, 0* %ue as culturas s$o suscetíveis a numerosos fitopatgenos e outros organismos deletérios. 3ntretanto, pelas implicaç@es na sanidade am#iental e sade humana, as pr*ticas fitossanit*rias constituem um comple)o campo de estudo.

Q'&'

O PRO"LEMA DA FITOSSANIDADE


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produtos& a #atata-frita, o tomate para salada, o e)trato de tomate, a couve-flor 5 apenas para iniciar a lista dos produtos a serem e)cluídos. /utra soluç$o seria n$o promover uma lament*vel e indiscriminada guerra %uímica, mas enfrentar o pro#lema fitossanit*rio utilizando medidas de natureza variada. Desta forma, utilizando-se o conhecimento técnico-científico acumulado, #em como as novas con%uistas %ue v"m ocorrendo a cada ano, é possível introduzir  na olericultura o moderno conceito de 8an+jo in.+=rado da ,-.-ra. 6al mane0o inclui diversas medidas para o controle fitossanit*rio, se0am de natureza %uímica, #iolgica, genética ou de %ual%uer outro tipo.

Q'$'

CONTROLE DAS DOEN(AS

As culturas oler*ceas s$o, seguramente, a%uelas mais afetadas por doenças ocasionadas por microorganismos patog"nicos. 1 preciso considerar %ue somente ocorre uma doença %uando h* interaç$o de um agente fitopatog"nico com condiç@es agroecolgicas propícias, am#os atuando so#re uma planta suscetível. 3nt$o, deve-se ter em mente %ue s$o controladas as doenças e n$o os agentes 5 um ponto importante para se entender o controle integrado. 3ssas doenças contamse !s centenas, podendo, segundo o tipo de agente, ser agrupadas didaticamente em doenças fungicas, #acterioses e viroses.

a7

Con.ro+ d+ do+n2a0 3ún=i,a0

 As doenças 3-n=i,a0 s$o causadas por fungos fitopatog"nicos, %ue s$o seres inferiores, microscpicos, %ue podem afetar todas as partes de uma planta ao longo dos v*rios est*dios de desenvolvimento, inclusive ps-colheita e pré-plantio.
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superfície das plantas. Ao caírem so#re tal película, os esporos s$o destruídos antes %ue a doença se manifeste e se propague para outras plantas. Ao caírem so#re tal película, os esporos s$o destruídos antes %ue a doença se manifeste e se propague para outras plantas. A maioria dos fungicidas apresenta maior efici"ncia na prevenç$o ! doença %ue na erradicaç$o. ;onse%2entemente, as pulverizaç@es devem ser iniciadas logo %ue as condiç@es agroecolgicas se mostrarem favor*veis ao ata%ue, isso no caso de uma cultivar suscetível 5 uma escolha %uestion*vel, havendo disponi#ilidade de cultivares resistentes.  A utilizaç$o de sementes comprovadamente isentas de fitopatgenos s$o um dos meios de evitar a introduç$o de agentes fitopatog"nicos em uma regi$o, uma propriedade ou uma cultura, assim como a introduç$o de cultivares geneticamente melhoradas para resist"ncia a doenças 5 um meio muito mais eficiente do %ue %ual%uer tipo de aplicaç$o de fungicidas. / melhor fungicida é o gene de resist"ncia incorporado a uma #oa cultivar.

97

Con.ro+ d+ 9a,.+rio0+0

 As 9a,.+rio0+0 s$o doenças cu0os agentes s$o #actérias fitopatog"nicas, %ue tam#ém s$o seres microscpicos. =$o disseminadas por sementes #otGnicas, partes vegetativas utilizadas na propagaç$o, m$os contaminadas, implementos agrícolas e *gua de irrigaç$o, dentre outros meios. =$o capazes de afetar todas as partes de uma planta, inclusive a%uelas su#terrGneas, 0* %ue algumas #actérias ha#itam o solo. As #acterioses s$o caracterizadas por podrid@es midas, murchamento da planta, manchas foliares e %ueima marginal nas folhas ou pela presença de pus #acteriano. ;erto controle em #acterioses pode ser o#tido pela pulverizaç$o com fungicidas cpricos 5 de comprovada aç$o ini#idora do desenvolvimento de #actérias. Anti#iticos tam#ém podem ser aplicados em sementes, geralmente por  via mida, mas isso é feito muito mais eficientemente pelas firmas produtoras de sementes. A pulverizaç$o com anti#iticos, cu0o custo é elevado, apresenta resultados duvidosos. Iuitas medidas de controle !s #acterioses s$o de controle integrado. Destacam-se uso de sementes livres de #actérias fitopatog"nicas, rotaç$o com

68

69

culturas n$o suscetíveis e utilizaç$o de cultivares resistentes. /#serve-se %ue o controle de #acterioses é mais difícil, em relaç$o ao o#tido com doenças fngicas.

,7

Con.ro+ d+ !iro0+0

 As  !iro0+0 t"m como agentes etiolgicos seres rudimentares, parecendo situados no limiar entre a matéria viva e a inanimada. =$o t$o diminutos %ue somente s$o perce#idos %uando fotografados por meio de microscpio eletrônico. 8raças ao seu primitivismo na escala #iolgica, a capacidade infecciosa de tais agentes fitopatog"nicos é ainda mais elevada, em relaç$o aos fungos e #actérias.  As viroses podem ser transmitidas pela m$o contaminada do oper*rio, ao transplantar mudas ou efetuar tratos culturais %ue ferem a planta, como a poda' pelos instrumentos cortantes' e até pelo contato entre uma folha afetada e outra sadia. As sementes #otGnicas veiculam um nmero reduzido de vírus, servindo, por  isso mesmo, de filtro para a maioria das viroses. A propagaç$o via vegetativa, contrariamente, é um eficiente meio de disseminaç$o. /utro meio altamente especializado de disseminaç$o de viroses s$o os insetos vetores, %ue ad%uirem o vírus ao se alimentarem so#re uma planta virtica, tornando-se agentes veiculadores %uando sugam plantas anteriormente sadias. Destacam-se, nesse mister, afídeos, tripés, mosca-#ranca e cigarrinhas.  A dificuldade do controle das viroses em plantas é compar*vel ! %ue ocorre na espécie humana, sendo muito mais difícil em relaç$o !s doenças fngicas e #acterianas. =omente é possível %uando efetuado preventivamente' aps a manifestaç$o inicial dos sintomas, a planta virtica dificilmente se recupera.
69

70

Q'' a7

CONTROLE DAS PRAGAS Con,+i.o + .i
 As culturas oler*ceas s$o afetadas por numerosos animais inverte#rados, de pe%ueno porte, popularmente denominados de pragas. 3sses animais minsculos podem ser reunidos em tr"s grandes grupos& insetos, *caros e nematides. Ao contr*rio dos agentes etiolgicos de doenças, microscpicos, a maioria das pragas é o#serv*vel sem au)ílio de instrumentos pticos 5 o %ue muito facilita a sua identificaç$o. /s insetos s$o animais diminutos, %ue se alimentam das diversas partes de uma planta, se0am elas aéreas ou su#terrGneas. ;onforme o tipo de seu aparelho #ucal, podem ser distinguidos insetos sugadores e mastigadores. Assim, afídeos (pulg@es, tripés e mosca #ranca s$o insetos sugadores, %ue formam colônias nas folhas, sugam a seiva vegetal, depauperando a planta, e transmitem viroses. Ragartas, larvas e #esourinhos s$o insetos mastigadores, %ue destroem as partes vegetais situadas acima ou a#ai)o do solo. /s *caros s$o pe%ueníssimos animais sugadores, distintos dos insetos e similares aos carrapatos, %ue se alimentam de seiva vegetal, ocasionando danos ou até erradicando as plantas afetadas. Iuitos *caros formam colônias na face inferior  das folhas, e alguns tecem teias. Algumas espécies s$o o#serv*veis a olho nu' outras somente utilizando-se lupa ou microscpio. /s nematides s$o minsculos vermes %ue parasitam geralmente as partes su#terrGneas das plantas. Algumas espécies s$o o#serv*veis a olho nu, porém a maioria e)ige o au)ílio de microscpio. 3m olericultura, os mais danosos s$o os nematides, %ue ocasionam pe%uenas nodosidades no sistema radicular 5 as chamadas galhas. 3sses integram a microfauna nativa em muitos solos, inclusive em solos virgens. As les@es provocadas nas raízes dificultam o aproveitamento dos nutrientes, tam#ém constituindo uma via de penetraç$o de fungos e #actérias fitopatog"nicos %ue ha#itam o solo.  Alerta aos produtores de hortaliças& muitos insetos encontrados nas culturas n$o s$o insetos-praga. :nclusive, muitos deles constituem inimigos naturais de insetos daninhos, devendo ser preservados, como valiosos aliados.

70

71

97

M+io0 d+ ,on.ro+

/s meios de controle das pragas dependem do grupo zoolgico a %ue elas pertencem, #em como ! espécie envolvida. /s insetos mastigadores, %ue afetam a parte aérea, s$o mais #em controlados pela pulverizaç$o com inseticidas de aç$o por contato e por ingest$o' e os sugadores, por inseticidas sist"micos, %ue penetram e se translocam dentro da planta, e tam#ém por aficidas, com aç$o translaminar, %ue, aplicados numa face da planta, controlam os pulg@es instalados na outra. >* as larvas de insetos mastigadores, de h*#itos su#terrGneos, s$o eficientemente controlados por inseticidas granulados aplicados ao sulco de plantio. / melhor  controle dos *caros é feito com acaricidas específicos ou por inseticidas sist"micos, de aç$o acaricida. /s nematides do solo s$o com#atidos p meio de certas pr*ticas culturais e pela aplicaç$o de nematicidas granulados ao solo.  As culturas oler*ceas s$o a%uelas eu utilizam, mais intensivamente, pulverizaç@es com inseticidas e acaricidas. A incid"ncia de pragas é t$o comum %ue os olericultores consideram essa uma pr*tica normal, aplicada para enfrentar a constante ameaça de destruiç$o das plantas e do produto. /s defensivos devem ser  aplicados nas culturas para as %uais foram registrados, o#servando-se as recomendaç@es dos fa#ricantes, so#retudo a época de aplicaç$o e o período de car"ncia. Ieios de controle n$o %uímicos das pragas e)istem, mas n$o s$o utilizados com a fre%2"ncia dese0*vel, sendo necess*rio maior difus$o.

,7

O-.ra0 8+dida0 no ,on.ro+ 3i.o00ani./rio

 Atualmente, v"m sendo cada vez mais valorizadas as medidas preventivas, particularmente

a%uelas

de

natureza

n$o-%uímica.

;ertamente

%ue

a

conscientizaç$o so#re os perigos do uso a#usivo dos defensivos, a dificuldade de controlar certos agentes fitopatog"nicos, a conscientizaç$o ecolgica e am#iental, #em como o custo elevado do controle estritamente %uímico, influenciam nesse sentido. Dessa forma, algumas medidas pr*ticas s$o a%ui sugeridas& -

 Determinar os locais para produç$o de mudas, #em como os campos para

semeadura direta, o mais afastado possível de culturas oler*ceas adultas ou em 71

72

senesc"ncia. Desse modo, minimiza-se o risco de disseminaç$o de fitopatgenos e de insetos-praga, cu0o foco possa situar-se em tais culturas. 6rata-se de medida preventiva importante, %ue deve ser aplicada nos est*dios iniciais do desenvolvimento das plantas. -

lGntulas, mudas e plantinhas em início de desenvolvimento, estas

origin*rias da semeadura direta, devem ser tocadas o mínimo possível pela m$o dos oper*rios. =e o manuseio for inevit*vel, somente devem ser tocadas por m$os #em lavadas, mormente no caso de solan*ceas-fruto 5 plantas altamente suscetíveis a viroses e #acterioses, %ue podem ser transmitidas por contato. -

 
minimizem o manuseio e n$o ocasionem danos mecGnicos nas partes aérea e su#terrGnea, diminuindo-se a possi#ilidade de inoculaç$o de fitopatgenos. Assim, a formaç$o de mudas em #ande0as de isopor ou em copinhos de papel de 0ornal 5 em su#stituiç$o !s sementeiras 5 é preferível. 6am#ém plantas de outras famílias #otGnicas podem ser #eneficiadas. -

 A utilizaç$o de sementes #otGnicas e de estruturas de propagaç$o vegetativa

de elevada %ualidade fitossanit*ria previne o surgimento de focos iniciais de doenças na cultura. Iaterial de propagaç$o suspeito n$o deve ser plantado. -

;ultivares geneticamente melhoradas para resist"ncia a doenças ou a

pragas devem ser preferidas !%uelas suscetíveis. ?ale ressaltar %ue é possível reduzir, ou até eliminar, a aplicaç$o de defensivos por meio da ade%uada utilizaç$o de cultivares resistentes. -

 A escolha de #oas gle#as (ensolaradas, ventiladas e drenadas au)ilia na

prevenç$o ! ocorr"ncia de muitas doenças. Hai)adas midas devem primeiramente ser drenadas, antes de serem plantadas com hortaliças. Devem-se evitar terrenos som#reados, midos ou mal ventilados 5 condiç@es essas favor*veis ao desenvolvimento de fungos e #actérias fitopatog"nicas. -

 lantas 0ovens, de espécies altamente suscetíveis a viroses veiculadas por 

insetos, devem ser circundadas por fai)as de solo livres de plantas invasoras, com um mínimo de O m de largura. 1 %ue, além de essas ervas daninhas serem hospedeiras de vírus e de vetores, os insetos transmissores utilizam-nas como aeroportos intermedi*rios, em seus vôos, %uando a invas$o parte de fora para dentro da cultura.

72

73 -

 Harreiras vivas, constituídas por plantas de porte elevado 5 milho é a mais

usada -, cercando as culturas oler*ceas oferecem proteç$o contra a invas$o de insetos vetores de viroses. ulverizaç@es com inseticidas, efetuadas apenas nas plantas da #arreira, destroem somente os vetores, sem afetar os inimigos naturais dentro da cultura. -

3mprego de plantas atrativas para insetos-praga. 3)emplo& ca#aças

maduras, 0* em início de apodrecimento, e a#o#rinha italiana, s$o #oas iscas para a va%uinha verde-amarela. ulverizam-se com inseticidas t$o-somente as plantas atrativas, e n$o a cultura. -

 lantas isoladas, apresentando os sintomas iniciais de doenças, em meio a

uma cultura com #om aspecto fitossanit*rio, devem ser erradicadas o mais precocemente possível. Javendo possi#ilidade, devem ser su#stituídas por outras sadias. As plantas erradicadas devem ser enterradas ou %ueimadas em local afastado da cultura. -

 A rotaç$o com espécies cultivadas menos su0eitas !s doenças e pragas, %ue

afetam as culturas oler*ceas 5 como milho e outras po*ceas (gramíneas -, deve ser  efetuada. 3vite-se, por essa forma, %ue culturas altamente suscetíveis, como as solan*ceas, ocupem a mesma gle#a, ano aps ano. Hons e)emplos pr*ticos s$o as rotaç@es #atata-trigo, tomate-milho e piment$o-sorgo. Kotaç@es com po*ceas, %ue ocupam a gle#a por cinco ou mais anos 5 como nos casos de pastagem e cana-deaçcar -, s$o ainda mais efetivas. 6am#ém a rotaç$o com fa#*ceas (leguminosas, como crotal*rias e mucunas 5 conhecidas como adu#os verdes-, controla fitopatgenos de solo. A rotaç$o com cravo-de-defunto ( Tagetes erecta é um meio de controlar os nematides causadores de galhas nas raízes, especificamente. -

 
antes, procurando-se preservar os inimigos naturais. 3m se tratando de doenças fngicas, as pulverizaç@es s$o preventivas e efetuadas sempre %ue as condiç@es clim*ticas forem propícias ao surgimento dos focos iniciais. ?ale enfatizar %ue a doença é um processo resultante da interaç$o entre plantas suscetíveis, agentes fitopatog"nicos e condiç@es propícias. =e um dos tr"s fatores estiver ausente, a doença n$o ocorre. -

 / grau de acidez do solo deve ser mantido na fai)a de pJ ,N a ,O, propícia

ao vigoroso desenvolvimento das culturas e desfavor*vel para alguns fitopatgenos de solo. 6am#ém, a fosfatagem e a potassagem, em solos po#res, predisp@em a 73

74

planta a maior tolerGncia aos ata%ues de fitopatgenos' inversamente, aplicaç@es e)cessivas de < podem favorecer a incid"ncia de doenças fngicas e #acterianas. -

 Dentro do possível, devem-se escolher as épocas de plantio de forma a

favorecer o desenvolvimento da cultura e dificultar a aç$o de fitopatgenos e de insetos-praga. Desse modo, as solan*ceas s$o favorecidas pelas condiç@es do período seco em relaç$o ao chuvoso, período este em %ue a incid"ncia de doenças é maior. 3ntretanto, o ata%ue de pulg@es, #rocas e *caros é mais intenso durante o período seco, pois as chuvas s$o um meio natural de controle. A irrigaç$o por  aspers$o pode ser utilizada, inclusive, com essa finalidade. -

A *gua de irrigaç$o pode constituir eficiente meio de propagaç$o de

#actérias e fungos fitopatog"nicos. / ideal é %ue se0a o#tida em manancial livre de contaminaç@es e %ue, antes da captaç$o, a *gua n$o percorra gle#as plantadas com culturas vizinhas. 6ratamento da *gua somente se 0ustifica no caso da produç$o de mudas %uando apenas se disp@e de *gua poluída. -

Koupas, #otas, ferramentas, implementos, pneus e ma%uinaria agrícola

devem ser mantidos limpos, livres de terra aderida. J* situaç@es em %ue devem ser  lavados com *gua e desinfetados com soluç@es germicidas. 1 fato comprovado %ue os itens citados podem tornar-se eficientes meios de disseminaç$o de fitopatgenos, insetos-praga, nematides e ervas daninhas. ;uidados ainda mais rigorosos com tais e%uipamentos devem ser tomados na produç$o de material de propagaç$o. -

  Adu#aç@es orgGnicas pesadas, da ordem de ON a ENNm Cha de esterco

#ovino n$o curtido, s$o #enéficas para o controle de nematides, fungos e #actérias %ue afetam a parte su#terrGnea das culturas. A aplicaç$o deve ser efetuada co#rindo-se #em o solo e seguida pela incorporaç$o, por meio de gradagem, com anteced"ncia de alguns meses de plantio.
  Aps efetuada a colheita, é dese0*vel %ue os restos de certas culturas,

incluindo hastes e raízes, se0am arrancados, amontoados e %ueimados, se possível fora do terreno. 3ssa medida é praticada por cotonicultores, para com#ater insetospraga' os olericultores tam#ém deveriam adota-la em culturas muito afetadas por  pro#lemas fitossanit*rios. Aps a %ueima dos restos culturais, ara-se em 74

75

profundidade (CO-7N cm, o#0etivando a e)posiç$o das camadas inferiores do solo. Buanto ! incorporaç$o de planta, é mais til efetua-la no caso da rotaç$o com os denominados adu#os verdes 5 crotal*rias e mucunas, por e)emplo. -

 Deve-se promover o chamado al%ueive, efetuando-se araç@es e gradagens

sucessivas, de modo a dei)ar o solo completamente livre de %ual%uer vegetaç$o e e)por as camadas inferiores ! aç$o esterilizante da radiaç$o solar e ao efeito dessecante do vento. A gle#a deve permanecer durante alguns meses sem nenhuma utilizaç$o agrícola e, inclusive, sem a presença de ervas daninhas. 3sse é um meio de reduzir a populaç$o de nematides e de fungos e #actérias fitopatog"nicos %ue ha#itam o solo. -

 ara o controle de nematides, pode-se utilizar a inundaç$o total do terreno

durante alguns dias. ;omo s$o animais aer#ios, a falta de ar promove a erradicaç$o. Rogicamente, a inundaç$o é vi*vel apenas em algumas situaç@es, como %uando se plantam hortaliças em rotaç$o com arroz irrigado por inundaç$o ou em #ai)adas inund*veis.

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'

COMERCIALIA()O

 Aplicando a agrotecnologia moderna e os fatores naturais sendo favor*veis ou ade%uadamente controlados, o olericultor depende de si mesmo para produzir #em. :sso 0* n$o ocorre no momento da comercializaç$o de seus produtos' e é 0ustamente nessa etapa crucial e final de sua atividade %ue o sucesso ou o fracasso econômicos se decidem. / olericultor #rasileiro é mais competente como produtor %ue como comerciante.

'&'

O SISTEMA DE COMERCIALIA()O DE 4ORTALI(AS

 Aps as dificuldades inerentes ! produç$o, eis %ue o olericultor est* com seus produtos colhidos e prontos para a comercializaç$o. Agora é o momento crucial, pois o preço %ue o#tiver afetar* o lucro lí%uido de sua e)ploraç$o, mais %ue os demais fatores. <$o se deve perder de vista o o#0etivo do olericultor& a o#tenç$o do maior  lucro lí%uido possível, %ue o remunere ade%uadamente como empres*rio rural, possi#ilitando-lhe desfrutar de um #om padr$o de vida 0untamente com sua família, além de permitir %ue ele prossiga em sua atividade. 4sualmente, os olericultores entregam sua produç$o aos atacadistas 5 comerciantes %ue compram em larga escala. =$o localizados em ;entrais de  A#astecimento (;3A=As e em depsitos particulares de hortaliças nos centros ur#anos, ou s$o negociantes %ue v"m até a propriedade rural com seu caminh$o #uscar os produtos. / atacadista pode encaminhar a mercadoria a intermedi*rios de outras cidades, ou distri#uí-la aos vare0istas. 3sses comerciantes localizam-se em supermercados, sacol@es, feiras livres, emprios, mercearias e outros tipos de esta#elecimentos. /#serve-se %ue, en%uanto o atacadista ad%uire grandes %uantidades dos produtos, o vare0ista se a#astece comprando algumas em#alagens. 3ste paga por unidade do produto um preço ligeiramente superior !%uele pago pelo atacadista ao olericultor.
77

preços o#tidos ou pagos, para si e para o consumidor. / pe%ueno olericultor  diversificado, %uando disp@e de um esta#elecimento de comercializaç$o prprio 5 um sacol$o, por e)emplo -, pode, inclusive, eliminar todos os intermedi*rios e atingir  o consumidor. =omente nessa situaç$o é %ue o preço pago pelo consumidor é o mesmo rece#ido pelo produtor, favorecendo, so#remaneira, am#as as partes. 6odavia, essa é uma situaç$o particular. Rogicamente, um grande olericultor  especializado n$o tem possi#ilidade de atingir diretamente os consumidores, devido ao seu volume de produç$o. / sistema de comercializaç$o funciona como uma corrente ou cadeia, ligando o olericultor ao consumidor por meio de v*rios elos intermedi*rios 5 os atacadistas e vare0istas -, o#viamente personagens sem os %uais o a#astecimento de uma cidade entraria em colapso. 3videntemente s$o normais os cho%ues de interesses entre %uem vende e %uem compra. 3ntretanto, tam#ém ocorrem inefici"ncias e fraudes da parte dos personagens envolvidos, inclusive do produtor, %ue deveriam ser a#olidas. J* situaç@es nas %uais o produtor comercializa com o vare0ista, ou atinge o consumidor diretamente.

'$'

AS FUN(ES E OS AGENTES DE COMERCIALIA()O

/ sistema de comercializaç$o compreende diversas etapas, e cada uma delas e)ige a atuaç$o de agentes e)ecutando determinadas funç@es ou serviços. 6ais funç@es adicionam utilidades e, conse%2entemente, valor ao produto. Diversas funç@es ou serviços de comercializaç$o s$o necess*rios para %ue as hortaliças componham a refeiç$o di*ria do consumidor, a partir da fonte de produç$o. As principais s$o& compra, venda, coleta, reuni$o, estocagem, transporte, #eneficiamento, padronizaç$o, classificaç$o, em#alagem, financiamento, assunç$o de riscos, informaç$o de mercado, assunç$o de perdas, dentre outras menos evidentes. 6ais funç@es s$o e)ecutadas pelos diversos agentes de comercializaç$o, ressaltando-se %ue algumas delas podem ser assumidas pelo prprio olericultor, evidentemente em seu #enefício. Dessa forma, %uanto maior o nmero de agentes individualizados envolvidos entre os dois e)tremos da cadeia de comercializaç$o, menor a parcela de participaç$o do olericultor no preço final do produto 5 pago pelo consumidor. <$o poderia ser de outro modo, a menos %ue o prprio produtor  assumisse algumas das funç@es ou serviços mencionados. 77

78

 A eliminaç$o do intermedi*rio, ou se0a, a venda direta ao consumidor, somente é vi*vel em situaç@es especiais, como em olericultura localizada na periferia ur#ana.
79

disponi#ilidade de tempo para uma atuaç$o mais eficiente. :sso n$o implica %ue os produtores devam tornar-se alienados em relaç$o ! comercializaç$o, porém %ue se façam su#stituir por representantes capazes de defender seus interesses. 3 tais personagens podem ser seus agentes comerciais ou organizaç@es associativistas.
''

PADRONIA()O EM"ALAGEM E CLASSIFICA()O

4m perfeito entendimento e confiança mtua entre os agentes de comercializaç$o tornam-se necess*rios, para %ue se0am eficientes e agilizadas as transaç@es comerciais. 1 para isso %ue as hortaliças devem ser padronizadas, classificadas e em#aladas, seguindo-se certas normas preesta#elecidas. ;riam-se, desse modo, termos comuns para o entendimento entre os agentes, via#ilizando transaç@es a distGncia, via fa), internet ou telefone, inclusive. 3ntende-se por o o esta#elecimento de padr@es, ou se0a, a fi)aç$o dos limites de cada atri#uto, %ue #em caracterizem e definam certo produto.

Ca00i3i,a2>o é a comparaç$o do produto, em vias de ser comercializado, com os padr@es esta#elecidos. E89aa=+8 é o acondicionamento do produto, de forma a via#ilizar o transporte e o manuseio ao longo das etapas da comercializaç$o. Buando efetuados ade%uadamente, tais serviços de comercializaç$o contri#uem para melhorar a apresentaç$o e a %ualidade do produto, facilitam as transaç@es, d$o maior opç$o de compra, permitem o uso de terminologia comum aos diversos agentes e aumentam a efici"ncia nas etapas sucessivas da comercializaç$o.
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nica vez pelo olericultor, é descart*vel e recicl*vel, além de apresentar v*rias outras vantagens técnicas. 4ma delas, importantíssima, é facilitar o controle fitossanit*rio, 0* %ue evita a disseminaç$o de fitopatgenos e insetos-praga, causada pela atual em#alagem de madeira.  Algumas hortaliças-fruto tam#ém est$o sendo comercializadas em cai)as pl*sticas, retorn*veis, similares aos contentores pl*sticos utilizados na colheita. Dentre essas destaca-se, pelo superior desempenho, a cai)a 3m#rapa. Além de outras vantagens técnicas, essa em#alagem, comparada com a cai)a Y, apresenta reduç$o significativa de perdas ps-colheita, considerando-se a conservaç$o e a integridade de tomate de mesa. /utros tipos de em#alagem tam#ém s$o utilizados, como engradados, para hortaliças her#*ceas, e cai)as especiais, para alho, mel$o e morango. Algumas hortaliças, como alho, #atata, ce#ola e repolho, s$o em#aladas em sacos de malha de fi#ra natural ou sintética. 6am#ém h* hortaliças comercializadas em maços& #eterra#a, couve-#rcolos, cenoura, couve, ra#anete, taio#a, entre outras. Algumas hortaliças-fruto, de peso unit*rio elevado, s$o comercializadas a granel& a##oraseca, moranga e melancia.  As normas oficiais para classificaç$o de hortaliças s$o esta#elecidas pelo Iinistério da Agricultura, ecu*ria e A#astecimento.

''

MEDIDAS PARA APRIMORAR A COMERCIALIA()O

/s técnicos t"m orientado o olericultor na produç$o, porém pouco tem sido feito para orienta-lo tam#ém na comercializaç$o. Assim, nessa etapa final, ele é a#andonado ! prpria sorte, e é 0ustamente nesse momento crucial %ue est* em  0ogo a renta#ilidade de seu agronegcio. /#serve-se %ue as defici"ncias na comercializaç$o tam#ém afetam outras pessoas, incluseive comerciantes e consumidores. =omente a uni$o de esforços entre autoridades, intermedi*rios, olericultores e consumidores minimizaria tais defici"ncias. / olericultor deveria ser orientado para encontrar as alternativas mais favor*veis ! venda de seu produto, muito antes da implantaç$o da cultura e, mais ainda, na pro)imidade da colheita. Algumas dessas alternativas s$o& entrega a cooperativas de produç$o ou outras organizaç@es associativistas' venda diretamente a

consumidores

institucionais,

como

hotéis

e

restaurantes'

venda

a 80

81

esta#elecimentos vare0istas' entrega a atacadistas' e fornecimento a agroindstrias, so# contrato.

a7

Coo<+ra.i!i08o

 A olericultura #rasileira é marcada pelo individualismo e isolacionismo. 3nt$o, o cooperativismo choca-se com essa arraigada tradiç$o 5 possivelmente uma herança cultural da época da colonizaç$o. 3ntretanto, a uni$o de esforços dos produtores é a chave para a soluç$o de numerosos pro#lemas da comercializaç$o. A cooperativa é uma organizaç$o capaz de comercializar os produtos de seus cooperados em condiç@es mais vanta0osas, a médio e longo prazos, do %ue %uando eles agem individualmente.
97

O-.ra0 3or8a0 d+ a00o,ia.i!i08o

 A cooperativa é uma forma associativista comple)a, muitas vezes n$o #em aceita pelos produtores.
,7

Prod-2>o na +n.r+00a3ra

 A moderna agrotecnologia permite %ue o olericultor o#tenha colheita de certos produtos fora da época normal de safra, inclusive em condiç@es adversas. or  e)emplo, plantar cultivares geneticamente melhoradas de cenoura, couve-flor e ce#ola durante o ver$o' cultivar em estufa, para proteç$o contra chuvas e)cessivas' e irrigar por gote0amento no período seco s$o algumas das técnicas capazes de 81

82

regularizar a oferta de certos produtos ao longo do ano, possi#ilitando %ue o olericultor comercialize em épocas de preços mais elevados.

d7

Di!+r0i3i,a2>o da o

 A diversificaç$o de culturas é uma forma eficiente de favorecer a comercializaç$o e possi#ilitar maior segurança econômica para o olericultor em certas situaç@es. / grau de diversificaç$o depende da localizaç$o da propriedade rural, n$o sendo prudente dedicar-se a muitas espécies, caso a propriedade rural se0a muito afastada dos centros ur#anos consumidores. 3ntretanto, a monocultura, %ue se o#serva com espécies como alho, #atata, cenoura e tomate, aumenta o risco de insucesso econômico. Buando a produç$o se localiza pr)imo a um centro consumidor, maior grau de diversificaç$o favorece a comercializaç$o, 0* %ue possi#lita ao olericultor atingir diretamente o vare0ista ou até o consumidor 5 am#os dese0ando produtos diversificados.

+7

E0.a9++,i8+n.o d+ ,in.-r>o !+rd+

3m certas situaç@es é vanta0oso, para a comercializaç$o e o a#astecimento, o esta#elecimento do cl*ssico cintur$o verde. ;onsiste em desenvolver uma regi$o produtora circundando as sedes ur#anas de cada município, com condiç@es de assegurar o fornecimento de hortaliças frescas, especialmente do grupo das her#*ceas. ;ertamente, é mais f*cil a0ustar-se a oferta !s e)ig"ncias da demanda %uando se trata de a#astecer o mercado local. / tra#alho assistencial, nesse caso, deve envolver os pe%uenos olericultores diversificados, com o necess*rio apoio de autoridades municipais, gerentes de #ancos, comerciantes locais e consumidores. /s produtores devem ser estimulados a vender diretamente aos consumidores, atendendo !s suas prefer"ncias ou ! dos vare0istas locais. /s olericultores %ue produzem em estufa en%uadram-se #em na situaç$o focalizada.

37 Prod-2>o +0<+,iaiada 4m tra#alho assistencial com o#0etivos opostos, em relaç$o ao item anterior, é incentivar a produç$o de algumas espécies em larga escala, destinada ! e)portaç$o 82

83

para outras regi@es.
=7

In3or8a2>o d+ 8+r,ado

 A o#tenç$o e a *gil divulgaç$o de informaç@es de mercado, so#re cada hortaliça, incluindo praças alternativas, muito favorecem a efici"ncia na comercializaç$o. 6ais informaç@es referem-se ao movimento di*rio de mercadorias, aos esto%ues disponíveis, aos preços em nível atacadista e !s prefer"ncias de consumidores, entre outros aspectos. 3ssas informaç@es tam#ém evidenciam os períodos de preços mais elevados ou mais #ai)os, as épocas de e)cesso ou escassez de oferta e as épocas de demandas mais elevadas, além de outras evid"ncias capazes de au)iliar na tomada de posiç$o dos produtores. ara isso, é essencial %ue as informaç@es alcancem o produtor diariamente, no meio rural, sendo o r*dio e a televis$o os meios de comunicaç$o mais eficientes.

17

R+d+ !ar+ji0.a

/ eficiente funcionamento de ampla rede de esta#elecimentos vare0istas, distri#uídos pelos #airros, via#iliza o melhor a#astecimento da populaç$o ur#ana, estimulando o consumo de hortaliças e #eneficiando o olericultor. Dessa forma, melhorias na atuaç$o de mercados municipais, tradicionais feiras livres, modernas feiras co#ertas, sacol@es, mercearias, hortomercados, mercadinhos, %uitandas, emprios e supermercados contri#uem para regularizar os preços praticados no vare0o. e%uenos olericultores podem, inclusive, ad%uirir #ancas em tais pontos de comercializaç$o, atingindo o consumidor. >* produtores maiores podem entregar  seus produtos aos vare0istas esta#elecidos, reduzindo o custo total da comercializaç$o e elevando a prpria margem de lucro.

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i7 M+1oria na ?-aidad+ do
 j7 Vaoria2>o do
e vare0istas devem pagar o melhor preço possível, conforme o

permitam as condiç@es do mercado, pelos produtos melhores. :sso por%ue, %uando o olericultor sente %ue h* significativo estímulo econômico, ! medida %ue ele melhora a %ualidade do seu produto, ele responde a essa valorizaç$o. 4m sadio regionalismo deve ser estimulado. Desse modo, procura-se despertar a atenç$o de comerciantes e consumidores para prestigiarem os #ons produtos o#tidos no município. Dessa valorizaç$o resultam um poderoso estímulo para o olericultor local e preços menores para o consumidor. 3sse estímulo evita, inclusive, o turismo das hortaliças, #em conhecido pelos e)tensionistas. Assim, elas s$o produzidas pr)imo !s cidades menores, porém, sendo produtos locais, s$o desvalorizadas pelos comerciantes. 3nt$o, a comercializaç$o é efetuada num centro maior e, depois de passar por alguns intermedi*rios, o mesmo produto volta para ser vendido, a preço ma0orado, aos consumidores do local original.

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7 E0.o,a=+8 d+ 1or.ai2a0 .-9+ro0a0 J* horta hortaliç liças as tu#ero tu#erosas sas com com capaci capacidad dade e de armaze armazena namen mento, to, durant durante e alguns meses, %ue poderiam ser mantidas dentro das propriedades rurais. Assim, evitar-se-iam os e)cedentes de oferta, %ue ocorrem em épocas normais de safra, resultando em aviltamento dos preços pagos ao produtor. ;om a estocagem, a venda poderia ser propositadamente adiada, durante alguns meses, e realizada em plena entressafra, com preços ma0orados. rodutores de #atata, #atata-doce, car*, inhame, alho e ce#ola, por e)emplo, deveriam ser estimulados a realizar estocagem de seus produtos. J* e)emplos de %ue tal pr*tica foi vi*vel e vanta0osa, sendo os cust custos os co#e co#ert rtos os pela pela valor aloriz izaç aç$o $o do prod produt uto. o. ;ria ;riamm-sse, assi assim, m, esto esto%u %ues es regularizadores de oferta e esta#ilizadores de preços, sendo o e)cedente de oferta retirado da circulaç$o, voltando a circular meses aps. ;ertamente, organizaç@es assoc associat iativi ivista stass podem podem sofis sofistic ticar ar a estoc estocage agem, m, inclus inclusive ive utiliz utilizand ando o instal instalaç@ aç@es es providas de ventilaç$o forçada, refrigeraç$o, a%uecimento ou outros meios, de modo a melhor atender !s e)ig"ncias do produto estocado.

87 Lo,aia2>o d+ a=roindú0.ria0 no 8+io r-ra  A localizaç$o de agroindstrias processadoras de hortaliças em pleno meio rura rural, l, na regi regi$o $o prod rodutor utora a da mat matéria éria-p -prrima ima, dev deveria eria ser esti estimu mula lad da. A industrializaç$o contri#ui para a a#sorç$o do e)cesso de oferta de certos produtos, como alho, #atata, ce#ola e cenoura, no período de safra, reduzindo a flutuaç$o estacional nos preços. 6am#ém reduz a conhecida pereci#ilidade dos produtos frescos, via#ilizando a estocagem prolongada de produtos industrializados, com maior concentraç$o e de valor mais elevado por unidade de peso.

n7 A00i0.ên,ia ao ,on0-8idor 
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grave %ue as limitaç@es econômicas -, o consumidor #rasileiro apresenta algumas características negativas, inclusive para si prprio. Dessa forma, ad%uire geralmente os mesmos produtos, n$o se arriscando a inovar. 1 adepto das microcompras, ad%uir ad%uirind indo o pe%uen pe%uenas as %uanti %uantidad dades, es, sufici suficient entes es apena apenass para para seu a#aste a#astecim ciment ento o semanal. 1 altamente e)igente em aspectos cosméticos, valorizando, por e)emplo, tamanho, coloraç$o e #rilho, em detrimento de outras características, como valor  nutricional, sa#or e aroma. / cons consum umid idor or típi típico co,, das das clas classe sess médi média a e alta alta,, incl inclus usiv ive e com com níve níveis is elevad elevados os de escola escolarid ridade ade,, n$o pode pode ser consid considera erado do um #om consu consumid midor or de hortaliças, pois é e)cessivamente tradicionalista em seus h*#itos de consumo, além de n$o valorizar a utilizaç$o di*ria de produtos variados em sua dieta. 3ntretanto, as hortal hortaliça içass consti constitue tuem m a fonte fonte mais mais eficie eficiente nte e menos menos oneros onerosa a da maiori maioria a das vitaminas e sais minerais imprescindíveis ! sade. Assim, maior diversificaç$o nos h*#itos de consumo deveria ser incentivada pelas entidades assistenciais e até pelas empresas %ue produzem ou industrializam hortaliças.

''' '

CEST CESTA DIRET DIRETA A: NOVO EUI EUIPA PAMEN MENTO TO DE DE VA VAREJO  A manipulaç$o manipulaç$o inade%uada, inade%uada, #em como o nmero e)cessivo e)cessivo de intermedi*rios, intermedi*rios,

contri#ui para %ue os produtos cheguem ao consumidor a um preço e)cessivamente elevado e com #ai)a %ualidade, em muitas situaç@es. 6odavia, 6odavia, ao saírem das fontes de produç$o, as hortaliças apresentavam #oa %ualidade e os preços pagos eram muito menores. ara corrigir essa distorç$o, em =anta ;atarina, criou-se a chamada cesta direta. 6rata-se de um original e%uipamento de vare0o, %ue poderia ser  adot adotad ado o em outr outras as regi regi@e @es, s, com com ines inestitim* m*ve veis is vanta antage gens ns para para pe%u pe%uen enos os olericultores diversificados e consumidores.  A cesta direta consiste em um contrato informal entre um grupo de oler oleric icul ulto tore ress e outr outro o de consu onsumi mido dore res. s. 3ste 3stess se comp compro rome mete tem m a rece rece#e #err, seman semanalm alment ente, e, certa certa %uant %uantida idade de de alguns alguns produt produtos, os, a preço preço determ determina inado do de comum acordo com os produtores. /s olericultores o#rigam-se a produzir os itens contratados e a fornece-los, semanalmente, aceitando os preços preesta#elecidos. ara ara cump cumpri rirr seu seu comp compro romis misso so e asse assegu gura rarr a prod produç uç$o $o cont contín ínua ua,, util utiliz izam am a agrotecnologia ade%uada.

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;om a aplicaç$o da cesta direta, tem sido constatado %ue, como a produç$o é direcionada para suprir uma demanda preesta#elecida, n$o ocorrem so#ras nem perdas significativas dos produtos %ue possam onerar o custo de produç$o e, ou, o preço de comercializaç$o. / aperfeiçoamento tecnolgico e)igido dos produtores é mais uma vantagem do sistema. 6am#ém é estimulante o relacionamento direto entr entre e cons consum umid idor ores es e prod produt utor ores es,, prop propic icia iado do pela pelass reun reuni@ i@es es entr entre e seus seus repres represent entant antes, es, %uand %uando o se plane0 plane0am am os itens itens a serem serem produz produzido idoss e oferta ofertados dos.. Iedidas s$o tomadas para ma)imizar a satisfaç$o dos consumidores, e estes asseguram #om nmero de interessados em ad%uirir as cestas semanalmente.  Assim, os consumidores rece#em produtos recém-colhidos, de alta %ualidade, o#tidos so# supervis$o agronômica e com garantia de aus"ncia de resíduos t)icos.  As perdas s$o mínimas em nível de produç$o produç$o e de comercializaç$o, 0* %ue a%uela é dimensionada de acordo com esta. / produto é entregue logo aps a colheita, sendo ade%uadamente manipulado, o %ue assegura a %ualidade. 3sse original e eficiente e%uipamento de vare0o a#re perspectivas para %ue se0am organizados grupos de consumidores em #airros, f*#ricas, colégios etc. or  suas suas not*v not*veis eis caract caracterí erísti sticas cas,, a cesta cesta direta direta merece merece ser mais mais #em estuda estudada, da, aperfe aperfeiço içoada ada e implan implantad tada a em outras outras regi@e regi@es. s.
''' '

PROCES PROCESSA SAMEN MENTO TO M5NIMO M5NIMO NA PROPRI PROPRIEDA EDADE DE RURA RURAL L

/ processamento mínimo de hortaliças na propriedade rural é uma alternativa vi*vel e v*lida para a reduç$o de perdas ps-colheita, #em como a agregaç$o de valor ao produto. :nclui as pr*ticas de seleç$o da matéria-prima, pré-lavagem, processam processamento, ento, sanitizaç sanitizaç$o, $o, en)*g2e, en)*g2e, centrifuga centrifugaç$o, ç$o, em#alagem em#alagem,, estocage estocagem m e comercializaç$o. /#0etiva-se o#ter um produto fresco, de alta %ualidade, pronto para ser consumido ou su#metido ao preparo culin*rio por uma dona-de-casa, %ue tam#ém tra#alha fora do lar e disp@e de pouco tempo para o preparo das refeiç@es. J* #oa aceitaç$o dos consumidores, devido ! praticidade, %ualidade e higiene de tais produtos, principalmente. / consumo de hortaliças minimamente processadas vem aumentando em países desenvolvidos.
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da dec. de ELMN, principalmente em raz$o do interesse de lanchonetes e restaurantes %ue vendem comida a %uilo.
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'

CULTIVO EM AM"IENTE PROTEGIDO

'&'

PLASTICULTURA

Pa0.i,-.-ra é um termo adotado internacionalmente para designar a utilizaç$o de pl*sticos na agricultura, o#0etivando a criaç$o de am#ientes melhorados e control*veis, mais propícios ao desenvolvimento das plantas. Desse modo, favorece-se a potencialidade produtiva e econômica da cultura, protegendo-a de alguns fatores adversos, %ue possam ser limitantes de seu pleno desenvolvimento, caracterizando o cultivo em am#iente protegido.  As hortaliças, nas mais diferentes regi@es do mundo, t"m se #eneficiado da plasticultura. Das *ridas regi@es desérticas !s midas florestas tropicais, do gélido norte ao c*lido e%uador, do nível do mar ao cimo das cordilheiras, da América !  [sia, do pe%ueno ao grande produtor rural, se0a no inverno, se0a no ver$o, a plasticultura est* presente na vida dos mais diversos agricultores em todo o planeta. 1 uma verdade irrefut*vel e irreversível na época atual. / pl*stico surgiu no séc. ZZ, na década de ELCN, com a desco#erta inicial do polietileno, e rapidamente tomou conta do dia-a-dia, podendo-se afirmar %ue se vive a era do pl*stico. A agricultura 0* a#sorve valores significativos da produç$o mundial de pl*stico. 3m alguns países, a plasticultura avançou muito e est* #em implantada' em outros, est* em fase inicial, com muito potencial a ser e)plorado, como é o caso do Hrasil. /s maiores consumidores de pl*stico na agricultura s$o os países mais desenvolvidos, localizados no hemisfério norte, notadamente >ap$o, 3stados 4nidos, países europeus e :srael.
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diminuindo o ")odo rural e gerando empregos' melhoria nas condiç@es do am#iente de tra#alho' e opç$o de aumento da renta#ilidade da empresa agrícola.  A plasticultura tam#ém desempenha funç$o social importante, via#ilizando o desenvolvimento de regi@es po#res, improdutivas e de cultivo limitado, tornando-as produtivas e ricas, a e)emplo do %ue aconteceu em Almeria, ao sul da 3spanha 5 antes uma das regi@es mais po#res do país -, %ue se tornou uma das mais ricas, sendo denominada horta da 3uropa, graças ao efeito direto dos milhares de hectares cultivados em am#iente protegido. 6am#ém, o Hrasil tem tudo para progredir nesse caminho, superando defici"ncias e distorç@es na oferta e no a#astecimento de hortaliças.  A agregaç$o de valores na cadeia produtiva do agronegcio das hortaliças produzidas em am#iente protegido deve ter prioridade ao se estudar a via#ilidade do sistema adotado. / sucesso do empreendimento deve considerar primeiramente,  0unto com os aspectos técnicos, os aspectos econômicos e mercadolgicos. 1 preciso colocar o produto no mercado, de forma rent*vel, atendendo ! demanda do consumidor e con%uistando novos espaços nesse competitivo setor alimentar.  Atenç$o especial deve ser concedida a seleç$o, em#alagem, transporte e e)posiç$o do produto na comercializaç$o, visando melhores preços e atingindo p#licos diferenciados e mais e)igentes. 4ma opç$o promissora é a produç$o de hortaliças orgGnicas em am#iente protegido. 1 importante conhecer #em as condiç@es am#ientais locais, as e)ig"ncias das cultivares e os efeitos do material pl*stico nos fatores de produç$o edafoclim*ticos, a fim de se o#ter o sucesso esperado do cultivo em am#iente protegido. 3ste poder* ter influ"ncia significativa na época e densidade de plantio, no sistema de conduç$o, nos tratos culturais, no controle fitossanit*rio e nos distr#ios fisiolgicos, afetando o desenvolvimento da cultura.

'$'

CO"ERTURA DE SOLO

 A co#ertura do solo (mulching é um sistema de proteç$o, %ue utiliza materiais propícios para co#rir o solo, #uscando oferecer melhores condiç@es ! planta protegida. 9unciona como uma #arreira entre o solo e a atmosfera, caracterizada pelo seu efeito isolante. 1 t$o antiga e natural %uanto as florestas, %ue dei)am uma manta espessa de folhas so#re a superfície. As co#erturas mais 90

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tradicionais s$o de materiais orgGnicos vegetais& capim, palha, #agaço, casca e outros %ue este0am disponíveis. 3)istem tam#ém materiais inertes, como pedra, cascalho, carv$o, papel tratado etc.
6emperatura do solo& a co#ertura tende a reduzir a amplitude térmica,

propiciando maior uniformidade ! temperatura. l*sticos transparentes produzem o efeito estufa no solo, a%uecendo-o' pl*sticos pretos n$o causam esse efeito' e os #rancos ou prateados, %ue refletem a luz solar, tendem a diminuir a temperatura do solo. #

4midade do solo& é favorecida pela co#ertura pl*stica, %ue reduz a

evaporaç$o e diminui o consumo de *gua. c

lantas daninhas& s$o mais #em controladas pelos filmes pretos.

d

;onservaç$o e fertilidade do solo& s$o melhoradas, por%ue ocorrem

menor eros$o e li)iviaç$o dos nutrientes, conferidos pela proteç$o da co#ertura. 6am#ém h* melhor aproveitamento dos adu#os aplicados, inclusive maior  disponi#ilidade de nutrientes para o sistema radicular. e

=alinidade do solo& é minimizada pela diminuiç$o da evaporaç$o, #em

como pela melhoria nos teores hídricos do solo.

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f

;ultura oler*cea& melhora o desenvolvimento da planta, #em como a

produtividade, a precocidade e a %ualidade dos frutos, %ue s$o protegidos do contato direto com o solo. Buanto ! sua colocaç$o, o filme deve ser estendido so#re a linha de plantio ou canteiro devidamente preparado, fi)ando-se as duas e)tremidades e enterrando as #ordas. De conformidade com o espaçamento de plantio, deve ser perfurado, preferencialmente em forma circular.
''

TELADO

 As telas pl*sticas mais utilizadas e produzidas no Hrasil s$o de materiais resistentes e dur*veis, %ue n$o a#sorvem umidade, sendo tolerantes aos fungos, ! salinidade e aos defensivos. 6"m ampla aplicaç$o na agricultura, podendo ser  utilizadas como som#reamento, %ue#ra-vento, fechamento lateral de instalaç@es e cercas. /s som#rites 5 telas para som#reamento 5 apresenta-se em variadas cores, sendo predominante a preta, com dura#ilidade acima de EN anos. 3st$o disponíveis em diferentes espessuras e malhas, propiciando índices variados de som#reamento, sendo utilizados entre FN e ONW de retenç$o de luminosidade, na maior parte dos casos. A porcentagem de som#ra ade%uada varia conforme a radiaç$o solar  rece#ida no local, a época de cultivo e a cultura a ser conduzida so# telado. / telado é adotado, fre%2entemente, na produç$o de mudas oler*ceas. 6am#ém pode ser utilizado ao longo do ciclo da cultura, principalmente em condiç@es tropicais. =o# elevada pluviosidade, o telado tam#ém atua como #arreira ! aç$o direta e danosa das chuvas e de granizo so#re as plantas tenras. As culturas oler*ceas, especialmente as hortaliças her#*ceas, s$o mais sensíveis a tais efeitos, respondendo #em ! proteç$o.

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/ som#reamento diminui a temperatura interna, a evaporaç$o e o consumo de *gua. ;ria-se, assim, um microclima interno mais favor*vel, mesmo so# temperatura e luminosidade elevadas. :sso ocorre, se0a em época seca, se0a so# chuvas intensas, com efeitos positivos na fisiologia da planta, elevando-se a produtividade e a %ualidade das hortaliças.  A utilizaç$o de telas em olericultura é uma técnica funcional, pr*tica e eficiente, de relativa adapta#ilidade !s mais diversas situaç@es, %ue contri#ui para elevar a efici"ncia do produtor.

''

TWNEL PLÁSTICO

/ tradicional tnel de cultivo forçado é constituído por um a#rigo #ai)o, em forma semicircular ou pr)imo a isso, reco#erto com agrofilme so#re os arcos.  A#riga canteiros ou linhas de plantio dos cultivos. / mane0o ade%uado do tnel é fundamental para o desenvolvimento das culturas, pois propicia a a#ertura e o fechamento no tempo correto, visando-se o are0amento e o controle da temperatura e da umidade relativa do ar em seu interior. /utrossim, possi#ilita a visita de insetos polinizadores 5 imprescindíveis para algumas espécies, como as cucur#it*ceas. Durante o ver$o, o tnel pode funcionar como proteç$o contra chuvas e tam#ém como redutor de luminosidade.
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''

CASA DE VEGETA()O

a7

G+n+raidad+0

 A ,a0a d+ !+=+.a2>o 5 uma estrutura popular e erroneamente conhecida no Hrasil como estufa 5 é um a#rigo %ue via#iliza o cultivo de plantas de porte alto e a circulaç$o de pessoas em seu interior. As primeiras surgiram no hemisfério norte, como opç$o para o cultivo de plantas tropicais e)ticas, passando a ser empregadas na produç$o comercial de diversas espécies limitadas pelo inverno rigoroso. =endo o o#0etivo maior o efeito estufa, a estrutura rece#eu o nome de estufa. 3ssa terminologia tornou-se restritiva e inade%uada, devido ! a#rang"ncia dos atuais o#0etivos, 0* %ue a utilizaç$o se tornou universal. ortanto, é preferível adotar o termo casa de vegetaç$o, menos popular, porém mais condizente com a realidade agroclim*tica #rasileira. :nicialmente, as casas de vegetaç$o eram co#ertas de vidro. 3ntretanto, com o advento do agrofilme, houve grande incremento na utilizaç$o dessa técnica, em raz$o da maior versatilidade, disponi#ilidade e leveza, #em como do #ai)o custo desse material, em relaç$o ao vidro. A partir de ent$o, houve possi#ilidade de serem utilizadas estruturas mais simples, leves e #aratas, co#ertas com tipos variados de filmes, %ue s$o adaptados !s mais diferentes necessidades e oferecem maior  facilidade no transporte e mane0o.  A produç$o comercial de hortaliças em casas-de-vegetaç$o, no Hrasil, desenvolveu-se recentemente. 3m meados da dec. de MN, a indstria petro%uímica #rasileira incentivou a divulgaç$o da plasticultura, despertando o interesse de olericultores, e)tensionistas, educadores, pes%uisadores e do p#lico em geral para essa nova modalidade de cultivo. ?erifica-se atualmente %ue a plasticultura se acha difundida por todas as regi@es do aís. 3ntretanto, poderia ter se desenvolvido mais e melhor, n$o fosse a prec*ria con0untura #rasileira, #em como a pouca ética profissional e de mercado manifestada por algumas pessoas. 4ma das vantagens do cultivo de hortaliças em casa de vegetaç$o é propiciar  condiç@es de produç$o ao longo do ano, inclusive na entressafra, com tima %ualidade e e)celente produtividade. 6am#ém favorece a precocidade das colheitas, a proteç$o do solo, o controle fitossanit*rio e a economia de insumos, além de melhorar as condiç@es microclim*ticas no interior das estruturas, #eneficiando o 94

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desenvolvimento das plantas e protegendo-as das intempéries.
falta de agrotecnologia mais #em adaptada !s diferentes regi@es do aís.  Atualmente, e)istem casas de vegetaç$o sofisticadas, dispondo de e%uipamentos modernos, totalmente automatizadas, %ue controlam os principais parGmetros clim*ticos (temperatura, umidade relativa do ar e luminosidade, a umidade do solo, a ventilaç$o, o teor de g*s car#ônico, dentre outros fatores, sendo conhecidas como climatizadas. 6odavia, sua utilizaç$o em olericultura é muito restrita, devido aos custos por demais elevados, sendo mais difundida na produç$o de mudas e de flores de algumas espécies mais e)igentes, tam#ém mais valiosas, comercialmente. :negavelmente, as casas de vegetaç$o n$o-climatizadas est$o #em mais pr)imas da relaidade econômica #rasileira& s$o construç@es mais simples e #aratas, sem sistemas sofisticados para o controle clim*tico interno.
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radiaç@es, %ue pre0udicam o cultivo em campo a#erto. A casa de vegetaç$o protege, tam#ém, da eros$o e li)iviaç$o de nutrientes do solo, do e)cesso de insolaç$o, da lavagem dos defensivos e nutrientes aplicados !s folhas e dos danos mecGnicos causados ! planta, como a %ueda de flores. Diversos s$o os materiais utilizados na construç$o da estrutura, sendo os mais comuns madeira, concreto, ferro, arame e alumínio. ;ada material apresenta vantagens e restriç@es, ressaltando-se %ue os mais ela#orados e resistentes s$o mais caros. A escolha é feita de acordo com a disponi#ilidade do material e a capacidade a%uisitiva do olericultor. 3)istem as estruturas pré-fa#ricadas, montadas por empresas especializadas' ou pode-se dimensionar a estrutura, ad%uirir o material e construí-la. /s cuidados re%ueridos s$o a%ueles e)igidos para a construç$o de um #om galp$o, considerando-se resist"ncia, praticidade, dura#ilidade, conforto, luminosidade, aeraç$o e custos. 3nfim, a estrutura deve ser  construída com muita segurança e #om aca#amento, tendo-se em vista %ue a sua finalidade é favorecer o cultivo das plantas. ;om o decorrer do tempo, principalmente nas ltimas décadas, foram desenvolvidos diversos materiais para co#ertura das estruturas. :nicialmente era o vidro' porém, com o surgimento do pl*stico, as opç@es foram aumentando.
97

Mod+o0 d+ ,a0a d+ !+=+.a2>o

<$o h* modelo ideal de casa de vegetaç$o' o %ue e)iste é a%uele mais adaptado !s condiç@es econômicas, clim*ticas e técnicas do pro0eto. /s modelos est$o diretamente relacionados com o tipo de teto %ue o a#rigo e)i#e, sendo os mais adotados& teto plano, capela, em arco e tnel alto. / .+.o <ano tem sua aplicaç$o limitada pelas elevadas precipitaç@es. = é recomendado para regi@es ou épocas de pouca chuva. =eu custo é #ai)o, porém 96

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seus efeitos, tanto estufa como guarda-chuva, s$o limitados. Apresenta o pro#lema da temperatura e)cessiva em seu interior, nos dias %uentes, devido ! deficiente ventilaç$o.
,7

In0.aa2>o da +0.r-.-ra

?*rios aspectos merecem ser levados em consideraç$o ao se instalar a casa de vegetaç$o. Assim, a escolha do local é fundamental, devendo-se conhecer #em 97

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as condiç@es clim*ticas locais, evitar #ai)adas midas, frias, pouco ensolaradas e de #ai)a ventilaç$o, #em como locais su0eitos a ventos fortes. A construç$o deve ser  orientada no sentido da direç$o dos ventos predominantes, visando-se diminuir o impacto destes' para isso, podem-se, tam#ém, utilizar %ue#ra-ventos. A distGncia entre as estruturas, sua disposiç$o so#re o terreno e a direç$o das linhas de plantio devem favorecer a luminosidade interna, com aus"ncia de som#reamento, #em como a m*)ima circulaç$o de ar, principalmente %uando o o#0etivo for o efeito guarda-chuva.  As dimens@es adotadas devem levar em consideraç$o as finalidades da proteç$o. ara o efeito estufa, %uanto maior o volume de ar a%uecido durante o dia, maior sua capacidade de resistir ! %ueda de temperatura noturna. 3ntretanto, %uanto maior a *rea construída, maiores as dificuldades com a ventilaç$o, provocando e)cesso de umidade nos dias frios e elevada temperatura nos dias %uentes. A casa de vegetaç$o com efeito estufa deve ser ampla o suficiente para armazenar calor e limitada o #astante para favorecer #oa ventilaç$o. ara as condiç@es

#rasileiras,

a

*rea

estaria

situada

entre

7NN

e

E.NNN

m F,

apro)imadamente. ;ertamente, tais valores podem ser %uestionados, devendo-se #uscar melhor dimensionamento em cada situaç$o específica. 6am#ém h* de se considerar %ue uma casa de vegetaç$o mais alta favorece o efeito estufa e a circulaç$o de ar, porém re%uer uma estrutura mais resistente, elevando o culsto. ara o#ter o efeito guarda-chuva, adotando-se o raciocínio inverso, devem-se utilizar *reas menores, inferiores a ONN m F, #uscando-se maior ventilaç$o e menor  a%uecimento possíveis.

d7

Iane0o da casa de vegetaç$o

/s agrofilmes das laterais podem ser colocados na forma de cortinas, %ue se a#rem e fecham, levantando-as ou a#ai)ando-as. 3sse mane0o é importante na ventilaç$o e no efeito estufa. Deve-se a#rir de manh$ e fechar ! tarde, segundo as condiç@es clim*ticas e a necessidade da cultura. / mane0o ade%uado das 0anelas e cortinas é fundamental no are0amento, na troca de g*s car#ônico e no controle da temperatura e da umidade relativa do ar, afetando a fisiologia da planta, a ocorr"ncia de doenças e a visita de insetos polinizadores. ara se o#ter apenas o efeito guarda-chuva, todas as laterais devem permanecer a#ertas, favorecendo ao m*)imo 98

99

de ventilaç$o. Deve-se fazer o monitoramento microclim*tico do am#iente protegido, essencialmente a temperatura e a umidade relativa do ar, durante todo o ciclo da cultura. / mane0o do solo tam#ém é muito importante, destacando-se os seguintes fatores& *gua, nutrientes e microorganismos. 6"m-se o#servado v*rios cultivos, mal instalados e mal mane0ados, %ue, com o decorrer do tempo, v$o se agravando os pro#lemas de salinidade, de nematides e de doenças do solo. 1 imprescindível o acompanhamento regular da fertilidade do solo, mantendo-se o fornecimento de nutrientes de forma suficiente e e%uili#rada, evitando car"ncias e e)cessos.
''

CONSIDERA(ES FINAIS SO"RE PLASTICULTURA

/ cultivo protegido, mormente em casa de vegetaç$o, tem contri#uído para a soluç$o de alguns dos pro#lemas %ue limitam a eficiente e constante produç$o de hortaliças no Hrasil. ;ontudo, outros pro#lemas podem advir da m* implantaç$o da estrutura e do mane0o inade%uado. 6"m-se o#servado, ao longo do tempo, os efeitos negativos da m* administraç$o das casas de vegetaç$o, nas condiç@es 99

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#rasileiras. odem-se destacar os principais pro#lemas relacionados ao solo (ocorr"ncia de salinizaç$o e dese%uilí#rios' ! atmosfera interna (temperatura #ai)a e umidade elevada no inverno e supera%uecimento nas épocas mais %uentes' ! planta (ocorr"ncia de distr#ios fisiolgicos e doenças' e ao mercado (e)cesso de produç$o, #ai)a %ualidade e falta de padronizaç$o. Iuitos dos pro#lemas mencionados s$o oriundos da falta de dados de pes%uisa referentes ao cultivo em am#iente protegido, escassos em regi@es tropicais. 3m#ora a agrotecnologia avançada, origin*ria do e)terior, ofereça novas possi#ilidades, muitas dificuldades surgem ao ser implantada sem o devido estudo prévio das possi#lidades de adaptaç$o. ortanto, h* de se investir em pes%uisa direcionada para o desenvolvimento de produtos, inclusive cultivares, e de sistemas de produç$o mais #em adaptados !s condiç@es #rasileiras, gerando os conhecimentos fundamentais %ue assegurem o contínuo progresso do cultivo em am#iente protegido. / sucesso do agronegcio da plasticultura depende de meticuloso plane0amento do pro0eto, #em como de aprimorada e)ecuç$o, desde a implantaç$o do sistema, passando pelo mane0o, até a venda do produto final, sempre com vis$o empresarial voltada para um mercado cada vez mais e)igente. ;onsiderado com seriedade e compet"ncia pelos diferentes agentes atuantes, o cultivo de hortaliças em am#iente protegido pode resultar 5 e isso tem ocorrido, tanto no e)terior como no Hrasil 5 em privilegiado sucesso para o olericultor.
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