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©by autor 1 ª edçã: mi d 2002 EDITORS
Manel Tsta Bernck aa Csta Rs agahes CAPA
Edara Rs RODUÇÃO DITORIAL
Arade Saces Catalogação na Fote do Dpto. Nacional do Livro
D99c Dnker, Crstan ng Lenz O các neróc neróc d d gz / Chsan ng Lenz nker nker - S Pal Pal Esct, Esct, 00. 00. 3 p ; 4x c. ISBN 85737938 Sex (sc (scga) ga) eurses eurses Tí Tí CDD55.3
Edra Escua tda. a Dr He de e, 35 0000 S a, SP Teefax 386950 36590 / 367235 eal escuta@u.cbr escuta@u.cbr
acervo
Para Mathias, Natalia e Cris . pos não há saber sm amor.
AGRDECIMENTOS
Considero presete traalho ma ora coletva apesar e ter m úco ator São inúeras as ozes e esctas com as qais pde contar o longo de sa elaoração e qe qero agradecer eus orientanos aos de nicação centca e do estrado e pscologia especialete Tati Fad eto Pa Gonçalo e ao qe me ajara com ontes e comentários preciosos. Os prossores da Uversidade São arcos especialente Conselo Daniel Marisa Rcardo e Ciampa e oram omaneros e amigos com quem pe dividir momentos diíceis rante a redação do texto. No Fórm de Psicanlise de o alo e no ór do Campo Lacaniano algns captlos este ivro ora apresentados e isctidos preliminarmete. Qero aradecer o acolhimento de mitos nessas ocasões e também a presença nesse período, de omniqe Ângela e aro qe à sa maneira permitiram o renvestimento necessrio para a conclsão deste livro. Por vários e mpucáveis" otivos qero agradecer a es qeridos amigos do consltório nrao G Bia Ana Lara e Michele qe estiveram pre setes nos eates crticometapsicológcos além e Álvaro Joo e L nos momentos e incerteza agda Devo ito ana a Alfredo e Contardo qe me esctaram em aspectos cí os do proeto e aos professores Liz Carlos e Ls Cládio qe mito me eniaram aceca da covivência precria mas possível sível entre psicanálise e niersidade niersidade na Cristna athas e Nthalia .. obrigado À Coorpesq a Unimarco qe csteo horas necessárias para a realizaço desta pesqisa
SUMÁRIO
EFÁCIO, Angela Vorcaro
... . . ........... ..7
NODUÇÃO ....................................................... 11 R oo R VR POBLEMA S CONCOS CONÔMICO DE UD A ACAN .. 21 ZE DA OÇÃO E GOO ACAN .•.......••............. 29 gozo na mariz lingüísica .......................... 30 gozo na mariz éic-jurídica ............................... 42 gzo na matrz econômco-polca .................... 54 gz na mariz lógico-frmal ........................ 61 FALA E O EXCESSO: MODULAÇÕES GOZO EM C/ DE HISEIA ...................•.....•..... 67 CLCO EUÓTICO GOZO ........•.•.••............ 77 acrifíc resiuição e res ................................ 80 crse de gz .......................... 88 DIMENSÃO QUANTITATIA NA PSICOPATOLOGIA PICALICA . 7 R RR EENCADAMEO DA EUOSE ALSO OBLEA? ...... 11 NOÇO DAA DE
VERSAGUNG
E O GOO COMO PSA 2
PRUÃO, UTENTAÇÃO E FRO DE OMA ............... 133 intoma e dentficaçã ................................................... 138 intomas tansitórios ípicos e individuais ................... 141 sustentação sintoma na amíla .............................. 147 ntasma e traç de gzo ........................................... 150 PARTE li QUDROS CLÍNIOS
EOE DE CARÁE ••.......... ········•················ 157 EOE TRAÁICA •..•.•...........................•.....................•....... 173 EOSE DE DESO ..............................................•............. 183 EOES ATUAIS: ESTEIA E EUOE DE AGÚTIA ............ 191 EOE ARCÍSICA ••............................................................... 203 É DO CÁCUO: ULÊCIA ..................................... 215
PREFÁCIO
As modalidades de cálculo de gozo que este livro nos con vida a estimar oferecemnos a possibilidde de bordar cifra entos que os sujeitos efetu singularmente e dão ostras da enerosidade co ue Cistian Dunker nos aresent o que se calcula para discerir própria cndição do sujeito. Este livro trat do ue se antém enigmático n compe xidade do sueito rtndo da via rihad or reud. in um dos odos pelos quais Fred se esorça por nos arsentar o sujeito essa insistência extrior ao saer por que imrevis ta e ao mesmo tepo repetitia é azer a lis das inúeras situações nas quais o omíni itelectual do muno implca ditar universaliddes organizdoras do caos. Mas iz Freud, se tal trabalo simpliica os eômenos em contraprtid tam ém os falseia especialmente uando dizem respeito a processos de transmutção Noso interesse por udnças ualtativas seria, segundo Frud resposável por osso desuido: omitimos o rdinário ipereitamente consumado e as alterações apenas parcias. Em Freud lembra ue os fenô menos residuais e as pedêncis parciais sempre insist por que neua transmutção aotee de modo ntegrl: U vez que algo nasceu para a vida sabe irmarse co tencia de" ssa oservção de reu adquire nese livro odo seu alor. la é o que Cristian Dnker nos propõe erentar. 1
. Freud, S. (1937) Aálisis ermible e ermable. OC Buenos Aes: Amrrrtu, 976, p 23. v XXI.
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Qe saer insaio é esse tão ea, que sae afirmar se"? ssa inerogaço izea, o errso traçado or Cris ia nker aqilo que o termo clculo ondensa por meio da reordeação a cínica ida com as cosderações de tantos otros aores que lançara uz sore os resíuos citlantes qe testemunam presença e nsistênia setivas Referindose ao vangelho segundo São Mates o Lacan do Avesso da Psicanálse cita os írios do capo, que podem ser maginados como um corpo interamente entrege ao gozo: caa etapa de se crescimeno êtica a uma sesaão sem forma; gozo e planta a que naa escapa São Mates efetivaente esreve o sfrto peno a via sem qalquer álo consierandoa assegurada por Deus al omo a natreza desagradável é que naa saemos do goo de planta. Laca introuz os lírios do campo para dstinguir nossa dficldade em saer sore gozo( . nem Salomão com toda a sua gória ) Naa saemos do gozo porque iz ee ftando si gncante não há distânca entre o gozo e o corpo É nessa erspectva que nos sevimos a noção e istnto que dissove nossa dificdade à meida que, afirma acan o nstinto traz a mplação e um saber o qual não se é capaz de dizer o que isso quer, mas qe se resme qe tena omo resultado que a vda ssista" omo o instinto o gozo é lmitao por processos que chamaos de natrais por esarem fora o srso, e dos quais por anto aa saemos Entreanto, se a meida e nossa impossiiidade de euciar o gozo evese ao fao e sermos eeitos a linguaem e ortanto condenaos necessariamente a modaliaes de· gozo parcal, é a própria lnguagem que permite formular ipóteses lógas sore as modaliades elas quais o ser vvo é adqrdo pela linguagem a onto e esa aquisição rodzir sujeito Isso resume a mportância e a atuaiade exressas nas págnas deste livro. Com o mesmo vigor com qe Cristian nker traa os isérios o sjeito formaos por Fre poemos eontrar em sas páginas, efetivamne ma et O que faz este traalho ato de le é qe ee tão em os ensina a ler e nessa transmissão e um saber- J r om a ingage em qe nos
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contamos, a sngr essa , que coaga o sbe, a repetição de cácos próra à s co dição de cotador De ato, se o gozo é mposse, é pea eeuaiae de o sujeo osicioarse coo conador qe um gozo enra e ação Tal acidente perme esse uso especico da iagem qe suora a sstentação íica e eqlerse a i eso
Nessa aha chamada sjeito, os efeios da ligação discrsia operam, ndzindo e eermnando um cálco, cjo trabalw de contr artcua o aber Como o sjeio qe o i o representa não é nvoco, ago fa ocuo e determina a errân cia do cálco em que o fncionameno da inaem se de monsra pa retroatvidade e que ea manifesta qe é falta, e não êxito. A linga ge é repetição que se relacoa, peo cclo, aos cons do saber, meio de gozo. O sjeito, ifreteee da planta, em a ecoomia a sca e gozo ee repee su traço que nunca é o mesm, por e nunca esá s: o raço s cmprece escandido peo sni fcante ss, a repetião presentfca a ordem da gaem, porqe o saber trapassa a ei do razer. O saber se dla, se enmera, se deaha, e o rosário se desfa sozinho, fzeo do sujeo m empreao da ingagem Na repetição, aber é o eo do goo ao o tepo e qe produz perda de gzo No lugar dea perd ntrodzida pea repetição, aprece o e etá alé do prcípio do pzer: a repetção aideozar a recperar A parr do nstane em qe se enconra aparelhad com a
uage, o sjeito isa m saer sore o ozo Mas le só o perde, mais u poco, porqe o cáclo o esqdria m sg nficante, nletindoo na ína ão é surpreendene que, etão, o sujeto faça do saer o meo de gozo possel, eirndo da perda e gozo, qe o saber pica, o posse d ozo, através de a econoia e repetição? Araés de u cáclo da sa mas ala, qe, coo dz Laca, é taço e cnze o dscurso, mpresso a cada repetção, nas mdadades peas qas ee ode simuar o gozo absouto o gozo poss É essa ora orde de saer qe Christia Dker expõe, a parti do qe só ua exceência cic oea ermiir, dsinido midades de cáco pes ais o sujeito, ia
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discuso, opera o jogo de gozo que secciona libio e nreza Mas eress notr, , o etio em qe ese or mor saer-fazer, sngulrzano vigêca rean da exesão da clínic, pra fazer a eori balhr e operar. Tal cálclo, srpreendete, é o maor esinameno de método dese livro An gela Vorcaro
INTRODUÇÃO
Na elaboração esta pesquisa procrei rever um onjun to de páticas iscsivas ue levaram a um certo esgotamen to da criativiade coneitua! e ao eamento complacete a interocuço cientfca, na traição psicanaltca inaugura po aan. Cito algns exemplos: o uso o texto de Lacan coo mero argumento de autoidae, o aatameto o txto e Fr o o omprova como á sabio, a recusa eibeaa ao traaho crtico construivo e a soberba inifeença co relação ao que se proz em campos instituionalmente izinhos ou mesmo ao qe vem seno feito em ouras trações entro da psianáise. Somase a isso ua espécie e oror a ser compreenio e o ultivo de certas formas retóricas faciliadoras ue sofream o esgaste eserado e m estilo, quano este ornase m gê nero Tais páticas, á muito aponaas eas mais variadas fntes exige, e fato, uma mudança de atiue, ao sco e ma sectarização aina maior a sicanise Uma ança ue ipique etorno ao texto, em confonto e recoeiento de sua isparidae e contraição com teses fredanas, alé e uma abertua aos interessantes avanços a psianálise n acaniaa est sentido estabelei algmas oniçõs e eer cumprir na eação este estuo e agora, ao seu i, nto e nem sempe permaneci tão fiel a tais conições anto gosa ia Mas isso caberá também ao leitor ulgar Preteni, antes de tudo, faar sobre clínca Contar algmas passagens, naar fragenos e asos, tansitir não s exeplos e ilusraçs,
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or pecto qe não e preci encontrr corre to teórco to estáel Fr sore ínic enftizndo diensão ntensiv· dest exeriênci, vrizndo qio qe ne epre etá e prieiro pno n cmd ect etr tr, o sej, dienão de for dráic o trágic do orimento nerótico Ms o qe signific fr ore cíni? Como trnitir, pensr e pôr à rov ete cmpo tão hetrgêne e jeito idosncrsis onde teos sepre o senimento de qe o es senci escp por entre s tenttis de epreentáo? Neste qeto dtei m estrtégi hírd Coinr frgent de csos com regridde cínic qe etes poderi preentr, procrndo empre mnter cert dieridde de fon tes pr enriqecer o qestionr se poder descrivo A idéi é mntere entre dois extreo: de do, formizão conceit c o á ; , reto cico, e nedótico, cjo ápce ez sej o pem Es tide retom sects qe dscti nteriormente1 qnto o or d descrições cínic, ez vertid conr certo reismo ingên e por vezes trvess. Io sgnfic retor e ori certo qdros cicos, descrits cssicente, por Fred não, e qe ecntrrm poc receptiidde na trdiã cnin nerse t, neroe de cráter, nerses trmáics e, por fim os dros de bor d (borderline) o tém cmdos cosimites. Adit com isso ue qdro cínic sim como te de pntr é sempre mis rco do qe s coinór copicin, do q ertr de perpecti o do qe técnc de mistr de core O qdro cínico é m poiiidde etvmente genérc d estrr cínic. Entendo, net edida, e é preciso trodir m terceir níe psicoptóico entre o sint e etrtur, pr idr cm tis qdros. odersei dizer qe este corespnderi o níe do fncioneto psíqico. Prefiro deimitáo cm noão de goz e de iões ovei de e cáo 1 Dunker, CL Tmpo lgua e a scos d riança. 996. 280p Tese (Dotorado em Psicloa Epeenta) Isttt de scga da US.
INTRODUÇÃO
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O obtvo dst lvro é ostra qe a noção de clo nerótco do gozo pod ter agma utidad na cnca e na psqsa psicanalítca q consd snglaridade d agrpamntos sntomáticos algmas condições sbjetivas aacentes. Tal noção não será explcitada rgorosamente antes das anáss qu poponho. Ela será constrda ao longo da apreciação dos probleas tratados Inicalment procri dtalhar, especialmnt na primira parte, q a noção de cálculo do gozo possu ma cnvrgência possvl com algmas acepções sos da noção d gozo q ncontramos e Lacan Mais speciicament, aontei para a déia d q o gozo é a rrência para o cálclo do va lor d q st cálclo st xposto a crtos paradoxos qu o tornam impretament ralizávl Isso sevirá d prparação para a tes, dsnvolvida nos captlos sbsqüents,· e ceros somas nrcos poem ser comreeno coo modlaçõs dst cálclo. Boa part da psiqiatra, e do senso c de nossa época, airmam qe os sintomas constitm m prjzo psíqico ao sjto O sintoma pod limitar, constrangr mpbrcr a v É e ortan to, dvria ser sariamnte liminado, controlado o amenzado. sso dev sr feto, na medida do possívl, de modo prannte, pela transormação das casas qe o prodzm A disslção d sintomas smr oi considrada a prin cipal tara trapêtica a ser nrentada pela psicanálise. Mas cb a Fr mostrar qe os sntoas não são mero desaus t, nm xcsso q pod mpnment sr abrviado. Decor rntmnt, a psicanáis não é apnas ma prática d lminação de sintomas De ato, sts rprsntam obstá clo ao amor, ao trabalho ma onte a mais d nlicidade, aém daqlas e a xstênca, por si só, impõ. Nada toma mais tmpo e é mas onroso ao nrótico do q sa edicação aos sintoas. 2
2. Para aquele leitor menos nteado no apecto concua da noçã de gozo e Lcan, rcondo que nice a leiua el tecei a ítuo
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Oto ponto eementar paa a qesto é de que os snto mas possem sento e fnção Como conseqüênca dessa tese, devemos estar dispostos a apreender o sintoma como efeto de m aborioso tabalo de constrção psíqica e, gualmente, como ma esécie de "orma de vida" Constituir m sntoma é ua tarea rda para o sueito e disso depende uma parte do valor que a partir de então este passa a ter O sintoma não é, portanto, apenas um prblema, mas ma solção, ma res posta, por vezes preria, para contos que constitem o pró prio sueito e localiam o ser em sua exsistênca O sintoma, neste útim sentido, pode assmr a funço de ma espéie de religião partiar, mas também de ma obra de arte à procu ra de um destatrio H, portanto, esta dpa face: a do preízo, da contra vontade e a o sintoma como ma espécie de obra de arte Nea podese notar em suas ranhuras e aparas os restos e as marcas do esorço evado a cao na sua construção Ora de arte que a persistir e representar seu autor e ao mesmo tem po o ea em sua destitião sbjetva Ora que perde sa uçã social presevando em seu ncleo rígido apenas a satis fação de sa própria contindade Essa comparação com a ora a ser decifrada em seu sentido e reartlada em sua fn a ermite entender porqe stoma no é propria ente curao, na acepção médca do termo, por ma psicanálise. Meor seria dizer que ee ai, é encostado, entra e desuso ou perde sa imortânca Freud empregava o ter o Losung, solço ou dissolção para se referir a isso Disso ução deste fragento petrifiado de goo qe se encontra em se intrior Assim como a ora de arte, o sntoma tem m destinatrio, constituindo em se incomm arrano de linguagem um enigma capaz de estranhar a seu própro autor Assim como o sntoma, a ora de arte é algo competamente sem sentido, inú t do pono e vista da raão cacte, senta e fno na egemônica em nossa época A pergunta qe pretendo nvestgar di respeto ao valor do sntoma. Vaor tão difíc de calclar qanto o de ma oa de arte alor co clclo coloca e ogo a ais aradoxa for
INTRODUÇÃO
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de satisação que experiêcia psicanaltica touxe uz: o ozo. A expressão cálclo costua emeter elização de u edida ou a um conjunto de operações sobe núeos e síbolos alébricos na mateátic ou na lóic O teo calcs efeiase oriinariamente ua pequen pedinha tilizada pa arcar tais opeações, coo a que se vê nos ábacos ien tais Ua peda ue acbou po etfoiza e coea conjuto das opeações que el pritia realiza. É nesse sentido de condensado ou pecipitdo ue o teo cálculo paece ain da no vocabuáio da edici. Esta peda de ozo é o que Lcn aontva coo crucial análise d sintoa. Mis dicil é enteder coo cálculo nho a cntação e cojectura, estiativ, que no sentio iurdo inica aind sentieo de cobiça e ineresse" Coo a ipacialidade, parenteente contida na iéia e cálculo ateático, se conjuri aos sucedâneos eos nobes da vontde Nisso se express a abiüidade dena abida o te. A azo calculado é cpaz e nos oeece rantia e pevisibiidade sobe o utro, cpaz de oestic o ininito e ea e ora planetária s tocas siólicas has, as ao eso tepo o tero é revestido de suspeita quanto à sua extensão. Qul o liite do ue pode ser calcuado? Pra laos e cálcuo, eso a cepço enéica qe petendo, é necessáio spo tês condições. A pieira é o ue se pode chaa de ciamnto, o seja, estbelece os represetntes auio qe se pretene epresenta. Tis epesentts pode se néicos, alébicos o teáticos, pode ser siplesente palavras, siis ou acas. A seud condição iplica tabeece eas e opeação ente estes epresentantes, ou seja, cicnsceve os tipos e trocs, identiades e elções que esses eeentos adite entre si. Tis relações pode s redzir a regas e substtição, o odo de ua raátic, o oo das eas ue constitue 3
3 Fereia, A Buaque de Novo Dicionário Auélio da Líg Potugues. Rio de Janeo: Nova Fontea, 1996.
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o regúa u jogo As regras de transformação pessupõ m nerso cfve, fazem ma segda boda do cco A tecera condção é que se possa absta, peo ccuo, m valor ou poduto daquo que se acuou. Por exepo, na matetica faase em fução e argueto (regras de opeação) , em arves (ciameto), as tabém há anda o alor. Teos aqui ua espécie de aiz do proesso. O cuo os eva e u onto ao ouo, que pesiveete se enconrava pescrto peo pieio Ee não nodu nada ovo. Scede que se apicaos ais categias à pdução do sintoma neuóo vereos que este os surge coo espécie de paadoxo o contadição eativo ao vao. U ar ue arece peeitaente edíve à sua rega de foração. Coo Feud ostru ivaente, o sioa possui u vao do qua o neuótico não que se ivar. U vaor do qa se descohece o pecurso de produção e as egras de seu cfra meto. O auento centa dese esudo é que, o que tca ao go, o cuo e qestão espode be às duas prieas codções: ee é capaz de ser cirado e é capaz de se exposo a ua ecooia de trocas. No entao, quao à eceia, o que é é ua inconsistência quato ao seu poduto o ao. gozo não cessa de não se inscee o snoa poqe seu vaor representa u paadoxo para o sueio. idéa de ag que esiste a iscrevese peaente a aão eda peo cco ão é ova. Hsoricaee desos aoes fora e são candidaos a baluates este antepro ao cáco o hoe, a vda a iberdade, são auns exepos ais cohecdos. São teos que epesenta vaoes inrínsecs o maenes para os uais as operações de ciamen, toc e uso não deveiam se apicadas. O hoe, po exepo, não deve se pensado coo possudo u vao, as apenas gnidade. oderndade est e associaço deta co um sére de mpasses étcos, estétcos e epstêicos onde a noção e c 4
4. Cre, I A psicanále us prdoxo. Slvado: Ágama 201
INTRODUÇÃO
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cuo se eea mrópria ou paradoal. Com mro Bauman, uma conradição consiutiva da modeniade reide na retensão de discriinação, clculo e organização que se impusera s ociedades ocidentais. Mas o suceo de ta pro jeto hioricamene se asociou à produção de mais ambgüida de, indicriminação e barbárie enção não se está afirmando ue o cco por i e e si seja conracivlizaório, mas que a exrapoação de seu âmbito e o eagero de sa reenses ê sérias conseqüências sociais É só quando a ambigüidade é re cebida como sintoma, e só quando o intoma orna-se um mal a ser erradicado por novas forças e esraégia de desambiguação que nos arricamos a ornarmonos "infeliz mene audáveis Analogamene é coo e por um exceso de precisão, por u ultrapassameno do liie ao gozo, ue cer o grupos sinomico são desencadeados no inerior a neu rose. É nesse tipo de ovimento, onde uano ais se luta conra algo, mais isso se acirra e insise, ue pretendo isoar o cálculo neuróico do gozo. Quano mais o gozo se cifra, menor vaor ee em. Inversamene, quano maior seu valor menor sua possiilidade de inscrição. Enendo, desta maneira, ue o sintoma pode e dve ser escado como a reaização inconsciente deste cálculo parado xal próprio neurose Ele pode ser escutado em conunto com auio que faz esruura, assim coo e uma audição sical podese estar ateno ao rimo, melodia e ao volume muta neamene. Escutar as operações de ciframento, itercbio e vaorização que estão envolvidas no cálculo spe dar lguma atenção às moduaçes de inensidade, força o investimeno ue são razidas pea faa do aciente, ais especificamente na epressão de seu ofrimeno Arguento, com isso, e a clí nica que pretenda tratar o gozo deve acolher, e alguma forma, suas variações quaniativas e não apenas qualiaivas. 5
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5. Bamn, Z Modidade e 1bvlêca Ri de Janer: Jog Zaha, 1999 6 Hache, C Fazr, d q u dze. São Paulo cte, 992
PARTE 1
Gozo
E TORIA DO VLOR
Ü PROBLEMA DOS CONCEITO ECNÔMICO DE FREUD A ACAN
O
pimeio resu ltao a nova ciência (caresiana) foi o e coa o ea e uas eades, qua niae e quaiae, as qais uma oi eregue aos coos e ou tra à ams. Bergson
Uma crtca salmete levatada cotra a letra lcaniaa e Fred diz respeto ao poco peso coferdo aos fetos e por extensão ao qe Fred chamava de poto de vsta ecoô mico em pscaálise. Se percorrermos m texto kleno o wcottiao e o compararmos a m escrito sprado o e sio de aca ma curos derença estilstca salta ao olhos. No prmeo caso o texto costma estar repleto de expessões qattatvas tas coo "mto "poco "macçamete " tesamete e assm por date Srge a impressão de qe smpre se está a falar de dferenças dispostas segno u cotdade de acordo com ma gradação, onde a comina ção a mstra e a copreseça de processos e dimensõe é a t ca o caso lacaiao se dá o oposto: tdo é ma qestão de qaldades dfereças rredtíveis descotades e r t ras Tal diereça estilstca replica, spercalmete a mpor tâcia assmda pelo poto de vsta ecoômico no peiro caso e a sspeita o qal ele é cercado a segda stção A crtca de qe Laca aadoo o ponto de vst econô mico é imprecsa Aspectos smamete depedetes as co sderaões ecoômcas em Fre eceberam ateção se
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a de Lacan, ae itar sua nterretaço das teses sobre o narcssmo, nos termos do estdo do eseho e da onceção de magnrio; sua teor da angústa aida no inteiramente examinada; além da controersa teoria da sexuaço Poderseia objetar ento que o aandono do ponto de s ta eonômo o é teáto mas trai a spiração metodoógia freudana de onsdra, or exemo, a bdo como uma espéie de " enrgia psíquia de natureza sexua Energia cuja quantidade no od ser edda mas que em sua distribuiço, dera, concentraço ou disperso, dtermna o unonamento síquio A mage freudana da bdo oo um rio audaloso, de fonte onstante, urando camhos or onde esoar e encotrando resistênias transbordamentos em sua trajetória, é uma imagem que alorza a força a exgência, o imu so, não aenas quadades dferenas neutras A imagem do ro prssupõe a existência rmária da água como substância dotada de readad materia O que st em jogo aqu é saber se ido é oneito qe reete a reaidade seelhante à de u neurotraissr, or exepo, one seus asetos quatitativos ode ser aluados om exatidão. Nesse caso a ítia se onentra em torno da recusa aa ana em onsiderar o eeento quantitato, cotdo na ace ço orgna, ofeeendo e toca uma erspetia eistemoó gia forasta Mas quao Lacan crtica a adoço da nergia omo elemento priário ara ensar o squismo, e o az teno em ista a ingenuidade metafísia que nela se ecerra A energa no é um fato priário na onsttuiço da realidade psíqui, mas uma suosição sobre a efiia deste sistema, a camada realidade omo Wrklichket. Isso porque a enrga só interessa ao aareho psquico na meida em que estabelece, para ele, um princíio eleentar de trocas e equiaências
Freud foi levao ela oção eergéa a foar ua oção ue se deve usar a nlse de modo omparável à da eerga É ua oção ue, ass oo a da eerga, é interamente absrat, e ue oniste nu:a sples petção de rcíp, destnada a ertir u erto jogo de pesameto. Ela ermte ncamente expor e ada assm de forma virtal a eqvalêca, a xêa de m medda om, er maa
Gozo E TEORIA DO VALOR
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ções q ue se apresntam como qutativmente muito distits. Trat-e d noção de libido 1
Nssa passagm ica claro como Lacan lê o onto e vs t conômco ruiano, no qu toc a noão d libido, o é, como ricio étoo não como m pori onolóico A ngia só pass a sr levada m cona quano rspon a três condçõs: (a) qando la po sr mdda no itio m sistma simbólico, (b) quando la não é um ucâneo a ralidad naal, (c) quando s ora ncssária para sc a ealdad icaz (Wirklchket) do sisma Vês assim qu a ts da antrioida do smbólco m rlaão ao magináro não vrsa sobr a concpão do ser mas sobr como s po aprndêlo. D ao há muios gao a cosdrar nst giro anssncalisa, nsta críica a mafísca fiscalisa, prisonia do cotxo centico no qual s dsnvolvu a obra d u uma parcla substancial sus coniuadors No ento s movmnto crítco rdunou, aallam, na conação ao osacimo ceros tmas clncos frudiano, por pare da raão lacaniaa qu s guu. O nsno d Lacn arc camiha d uma irpreação lingüíica do inconscint (a oria do signicat) para uma eora ialétca o sujio (a ubversão do sujto), rmiano por tmatiza a paraoxalidad do objto (a opologia da pulsõs) É justamnt st tcro ponto qu xig um eira do pono vista conômco, o qu oerc aor ificulad ngrão órca e clíica Um os ovos para isso é a o psena do fisicalimo biologista que mpgna a aprnsão conômica dos conctos m Fud. iologismo xprsso po noçõs quantitavas como ora, intnsidd, prssão, invstimnto, solicitaão omáti, c Bologismo qu aprc no compomsso frdiao co ctos aspco da clínica clássica. Na sua smooga, a sa agóstica m part sua cocpão ológca a imensão 1 Lacan, J. O seminário Livro IV. A relação de objet Rio de Jaer: orge Zaha 1995 p. 44
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intensia a apaece c um aia teóic, c n P e de pi enfca a neus ra cmo fie da baança na pssibilade de cua, c e Anáise te náe e análise inteináve",3 u ana c deteinane cnjunua na causaçã e sintas, c e Os cainhs da façã e sinta" 4 Ou seja, tan na eia d apaelh psíquic quan na psicpatga u na pática a cua ee ent quantitai é decisiv n entene de Feud Lacan c se sabe, cua ele Feud de a des bigza seus cnceis E ihas geais iss sgnificaá ua subsituiçã eaa, sisteáica e aumenada e nções quaniaivas p nções uaa ias. P exepl n Seiná XX5 e ns exs ajacenes fica nítida a esaégia e Lacan quan à substituiçã aaia feudian fisicaista, pea cnsdeaçã ógica s beas deivads da eia as pulsões Exepl desa sustiuiçã sã as chaadas fóuas da sexuaçã Ua nvdae apesentaa p este e é cnsdea c pnt de patida a tese de que há ua ipssbdae de ealiza ua elaçã (n sentid e ppçã pefeia) ente ascunae e feinilidae. O z asculn se aniza e eaçã a fal e z feini (z Ou
"O propsito dese poeto é alcançar ma sico ogia co ciência aura, a saber, apesentar p rcess píquco co et ad q uantitativ a m e t e c om a n d a d s o a rtes a t e r i a i s c r v d a . . n Freud, S Projet de ua cl oga centíica ara n euólg C. Buenos Aires Arrtu, 1 988, p. 339 I Ediçã e cntrle Edi çã de coe Smd F Stiausgabe. Fnkut . Fche, 975. . " . ratandose do desenlace de u cura analtca, este ee de n esecia da tse e profundid ade do eizment detas resstênc e a teraç do e u Feud nlise termnável e an álse nteá C. Op cit., p. 40 . XIII. 4 "N meos decsvo é fat quanttto para a ca cdade d e esstênca coair uma neuse Iteressa monnte de libdo ã aplada qe ua pea de nsear utuante, e a qunta da fraç de sua ido que ap de devi e do sexa paa s etas da ubimaç . Freu, S. O cnhos d formao de sintos n: C. Op ct., p. 342 v VI 5 La, J. smináro. Lvo M a1u R d e Jrge Za, 9
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o) se oganiza em relação ao objeo Como o falo etvel e espooionl o objeto, no senido qi de ojeto a, aveia ma dispidde ente estas das formas de gozo Oa sso eqivale a aduzi m poblea fredano oso e eos natvos, elativo ao nvestimeno lbdial em um poblema ulitaivo, relaivo à fom de inscrção da libdo e não à intenside desta nscrição. O resltado é e l ropoção estável e fix se orna insustenável em fnção e qualidaes fomis irreveis e não e fnção de edo nios enegétcos no inteio o paelho sqico A teoria da sexação aóiase ssim em ma desroporção, incomens bilide o não paremeno sisemáio entre os elementos envolvios em sposa otaldde Ess estratéi e lea enonrse de form tônica no ensino de Lacan. Cons itui m espcie de riníio eoolóico de su oba. No enano, se al ese prece contornr o olem unitaivo na esfera do inonsciene el soa pa itos coo francmente insficiente ara dar cont d ulsão e os etos. A obeção de e Lan averi smplesmete elimido o pono de vist eonômio arvés de u sorevloizão a esfe fredin do eresenaionl ece por eemlo na obra de André reen o em m ator brsilero atento o es mo prbem mo Caim Sael Katz.7Um lnha ra se melhne se enontrará e Llanche no ue oa à conepção de eáfor e em Jrandir Freire Costa em relção o oneito de estrura. É imortante mencion aind os e enes rabalhos de Joel Bran que vem aponando sse 6
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6 Ver por exemplo, Green, A Teora das epresentações. n Conferê cas Brsleias d Andé Green. o e Janero Im ago, 199 1, p 4 7 Ve, por exempo, Katz, C S O p rma da teoia das representaões I Freud e as psicoses o de Janero Xenon, 1 994, p 1 5 8 Lapache, consciet e o id. Sã o Paulo Martns Fontes, 1992. 9 e por eemo, Costa, . Pra gmá tca e p ocesso aalítco ed, Wittgense, Davson, Rry n Costa, (org) Redescrçõs da si caálse Rio de anero: Relume-uaá, 1 994 10 Bima, mal-esr a ualdde de Jaeiro Reeumrá, 999
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icaene, conergências ideoógicas e cnicas para a excsão do corpo, do aeo e, de orma mais gera, da diensão intensia, do cenáio psicanaico Isso seria aspeco epobrecedor da herança acaniana. Penso e não se pode negligencia o e esá sendo aponado, de dierenes maneiras por eses atores Não se dee aribir ais críicas apenas a azelas políticas institcinais o rancores históricos A maio pate destes autoes, e salientam o esueciento do ponto de isa econômico, concentraam ses esorços críticos sobe os eseolvimentos de acan cenrados na eoia do signiicante e na teoia do sjeito A patir da década de 1960, mas de ora pontal e diersos moenos antes disso, acan iiza a noção de gozo (ouissance) para sinalizar a presença icômoda de noções anitatias no interior de se sistea eóico o e tdo indica tal oção onase realente impotante somente a partir de uma melhor omaização de a instância meapsicoógica conecid coo Rea De ato não á uma paridade direta etre os pontos de ista tópico, dinâmico e econômico e Freud e as ordens Sibólica, Imagiái e Real acan, as se procuraos a localização paa a expericia enquanto acoeciento o contro intensio, inoiáel e resistente à repesentação : inscrição sibólica isso cetamente esidirá no que Laca chamou de ea e no seu pincipal correlato clínico ue é o gozo Isso significa e o Real ocpa a mesa nção eórica destinada por Fe à esera da anidade? Mas se isso é edade o e dizer de certs temas freianos, ligados à esera anitatia, e ora esquecidos" pela tradição lacaniana? Por exemplo, o tem do desencadeamento a neurose (esecido por rás da noção de esrutra), o ea do caráer (esecido por trás da noão e iaginário) e o tea da oação racasso e deslocaento de sintomas especíicos (esecidos por rás da noção de metáfoa paterna). É a esses teas ue peendo otar neste lio, procurando lêlos a partir da noção de gozo Denre as inúmeras iplicações qe esa noção traz consigo, a coeçar por sa complexa e polêmica deinição, gostaia e chaar a aenção para sua utiidade na compreensão e m fenômeno clico sem o al a psicanáise e alez as psi
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ctraas geral ão ossiiam a preseça qe e tem ossa ta Refie a eação do seit co se smeto, co a síqca as sas mais dvesas e trágicas frmas de apesetação Relação esta que está arcada ma rec cida aadoxaidade: paze e despraz, deseo avesão, satisação e isatsfação, amor e ódio. A tsão ete estes a rs em oosção costtuu u dos plas da rexão ética a mordade ada oj ogaza a cocção com sbe a elciade e o besta, gaente alhao aos imers eletos da sére Ocore qu a oção de gozo parce cmba o esfazr essas oosções O uso teórico e a expeicia clínica os lvam a ecoecr a exstênca ago coo ua satsfação isatsatóia, ou um despraze prazeroso ou ainda ma avrsão dsejate a rlação d sujeto com seu sorime to Esse conto de oxíoros po si só svra coo dfnção prliiar d gozo Na euros o gozo se ostra peo apgo po vaor que o sujito cofere ao se sintoma, ais xata mnt paa o qu é produzo pla ecooa do stoa sob oma de gao primáro Uma igaçã tsa com aquo qe ão e seve para ada e que ão obstate tocale o mas do de sa experca subjeva É tato eas trasormações o gozo qu pocur en tndr as varaõs itsivas qu s verfca o stao stoa, sa roção, desocaent e sustetação a lo go do tatamto Em otas paavras po qu e sob qais crcstâcas um stoa az sofer as o t seu vao d gozo aumtao ou dmuído Por que como dram s clícos clásscs u sitoa toase agd, extremo u stávl? Para o xaar este robema, abodare oções cíncas drvadas drtaent d tss praete conômicas, tas com as stão mcadas a eologa descadea ment da eros e gral Mas atcarnt evae e conta o cjto pscopatoógico forado plas eoss atuas, peas roses d carátr or crts grpos sitomátcos q ga m too da reetição, como a rose gua, a e rs traátca e a euros de dstio Com o mesmo objetvo tcer algmas csderações sobre agumas exões o
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arcisi na neurse em paticua sbe ifus cap fr ad pelas neurses narcsicas s tanstrnos bodelin e s estas iites Tal escoha nã se ee a tent e pr a exisência e noas estruras cínicas, pel cntrári uso ter nuros para esignar tais quadrs é assumiamente estruural Mesmo e Freu a aior parte destes grupos sintmátcos é reuve à estrura a erose (hisérica ou bsessiva) u da psicose (neurses narcscas) Mas justamene pr iss que nestas situações esas às as cm uma cniçã one pnt e vista ecômico parece possuir primazia na determi açã quar Ee encntrase agindo e forma quase iso aa e inepeente frnecen, assim um bm camp para desenvimeno de nssa quesã.
As RAÍZES DA NOÇÃO DE GOZO EM lACAN
Em lugar da energ étic de Fred proponho a ecooa olítica. Lacan
A oção e gozo em Lac é exensa e eterogêea Não farei uma exosição exaustiva e seu esevolviento e as transformações a que o termo está sujeito ois ao que tuo inica e serviu a ierentes roósos ao ongo o ensno e Lacan assuino ortanto iferentes conotações or vezes contraitórias se as comaraos entre si O objetivo aqui será o e aresentar as teses e Lacan e orma arcia subenoas a uma hióese e leitura ela xtraino certas conse qüências cínicas ara o tema em questão Como vimos aneriormente a noção e gozo em aca vem a ocuar, arciamente o camo energético e quanitai vo enotao or Freu No entanto á esta assage uma recusa metooógica em substanciaizar a noção e ibio Para tanto Lacan arece ter examinao a função este conceio na obra e Freu e em seguia rocurao substutos ara esta função Ora Freu recisa a iéia e libio não aenas orque sso garatiria cert igniae eistemoógica conerido à sicanálise ciaaia no camo as ciências naturais mas funamentaete porque ese conceito e ermite sar as tansformaçõs o aceto síuico" a que uma reresetao sá suita. Em ouras alavras porque uma representação, coxo ou instância possuiia mais ou menos vao er
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do aarelho sc, reunndo sore s uma soma de excta ção tadose então nvestda Bezetzun g ) . A solução ara o olosmo scalsta não está a rol feração de metáoras e analas que tornem mas pal tável uma certa metafísica da energa ou da eeriênca, mas em ua teora ais sólida ou efcaz para roblema da diferença de valores síqucos. Nssa tese de letura é ue a teora do ozo e Lacan cumre justamete este apel. É por sso que as referências à noço ozo em aca varia imnsaen te Da ordem jurídica ( zo como direito a), à esfera seual e ao júilo iagrio, o zo corta anda u cenáro de leitur liad à ecnmiolítica (Seináro XVII) e à ética (Seini VI). O roblea se torna ainda mais comleo ois do ont de vista do método de acn também vari a ra de aeensão do gzo assad ela via lngüístca, pela va da lógica ds cnjuntos (Semnário XX) e anda ela via dilétca (Seminri I) No entato, na maor arte dessas extrções, derivas e ssilações, realzadas por Lacan na cnstruço do ocet d ozo, uma efeência ernece co mu: tratase de lança o de asectos e um teoria do valor, ou sea, de retirar das suas ontes aquilo que nels ocuava o luar de ua aili. O g o zo n a m a t r i z l g ü ís t c a O
gozo é in erditdo a q uem fa l. Lacan
A déa de goz, c sucedâeo de razer, sa tsfação ou delete sugere que seu uso em sicanálise prendase a aluma esfra de covergênca co a erotoloa ou ao enos com as vicisstudes ais dretas da sexolgia Não arece ser esse o caso, se observarmos que uo mas reqüente do seu crrelato em lemão (Gess liase a textos de Freud que versam predmatemete sobre eoria da ultura ou sbre estética. Mesmo este cotet o espeto semâtico do tero é basta
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te apo entrando e assocação co noções co as de des prazer, nsasfaçã dor asco asoqus erógeno, a a de noções coo as de do, gozo sexua, satsfação e ais prazer (Mehrlust). Esse parece ser o caso de ua curosa passage de Chstes e sua eação co o nconscente" na qua Freud aasa chse coo u processo soca e procura os vos eos quas este se propaga O chse nos proorcona ua satsfação cujo índce é o rso e a sensação de reaxaeno corpora No entant, nã se pode coar um chse para s eso e reapr vetar a graça do nstane cal, ne recuperar a surpresa e desconcerto que ee evoca co suas reações nusadas É pre cso contar o chste a oura pessoa para poder resgaar a parcea do prazer que anterorene ele evocou. Ass re cuperase u frageno de possdade de ozo (Genussmoglchkeit) que faava e decorrênca da ausêna de novdade" Ua sére de prredades efatzada pela cocepço a caana de ozo está conda nessa observação. Vêse que o gozo realzase e ua rpeção que esa repetçã algo perdo é reoado as que esa reoada preservas apenas u parco suacro da experêca que a repeç vsa reconsur O exeo do chse pode parecer trva e crcunscro a u ao d guae uo especfco as peso que e re raa be ua propreade gera a guage no que dz re$peto à repeção O efeo de ago escutado pea prera vez, sea pea extura poéca seâtca ou graaca esá sueto a ua espéce de desaste peo uso ouras paa vras, a força evocadora de u deernado efeo de guage é u fato epora, depenene de seu contexo e eucação e sueo à perda de vaor e sua reulzaç. Isso ão vae apas para o chse, a pada e o côco de anera 1
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1 Valas, P As dimensões do gz. Ro de J aeio: J oge Zaha, 200 p 35 2 Freud, S O chste e sa rel ação com o cons cee O ct 34. . VII
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ea, mas tabé para as ais diersas foras de textualidade para os discrsos e formações deolica. E estudo anterior3 procurei ostrar coo isso afeta diretaente a forma retórica da interpretaço em pscanálise A repetiço d forma retrica que caracterizava as nterenções e Freud tornase raualente ica na media e qe se assila à cultura e a m saber constito Por exeplo pacente ante de u lapso de lngae esclpase edatamente co a ex presso: "isso no quer izer nada, foi s ato falo, outro se ustifca co u "no eno nada qe er c sso, foi n conscente A repetiço, na acepço fraca do conceto, caracterza u certo odo de fala e escta cotiiana qe Heidegger cao de "falaço e Lacan de "fala aza isto é a fala one a antecipaço da intencionalidade de se autor, o se caráter fáti co o eraente rerotvo põese cmpletaete ao dizer É a fala que parece no ser feta para ser esctaa, mas eraete oa o caso e arido qe se refere ao encotro co a esposa, epos de um dia de trabalho a se inte maneira "No coeço perceo loo aqele tom de quei xa e co à espera do prxo peddo Aí ela coeça a falar e falar As palavras ão se esagreando, ão se tornando todas ais at qe s consio disinuir o to de oz Depois é coo se entrasse úco zumbio e aqilo vai irritao se e perceba coo rádio liado ou úsca abente qe pertra e casa se qe a ente se dê conta. a sensaço rm e dfsa que ai toado cota sem que e consia fa zer naa Vêse aqi outro exemplo da preseça o ozo na lna e e estreta laço co a repetço, one esta parece ter perddo a possilidae de reintrodzr algo e oo coo ovr a mesa pada tas ezes de odo qe aqlo qe antes propciara ala satisfaço tornase aora extreamente insatsfario Mesmo neste caso a satisfaço é anda sposta ao oto e retora aora sobre o sjeito de fora opressa, mas rresistel 3. Dunker, C I L Lcan e a clíica d itrpeção. São Paulo: Hacker, 1996
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O goo ostrase assi coo a satisfação e seguna potência isto é u satisfção extraía a satisfço o outro Mais especificaete ua sa saço eiaa e interitaa pela linguage. Miaa orque no chiste traase a ariculação enre significates segno as reras q constituem os rocessos priários, reras estas qu coa as forações incoscientes . Por exelo, consação reúne o valor psíico e uas represenações em ma terceir, o es locamento ransere o valor e ua represetação aa outra O gozo exige ortato esa eiação a inguage ara se reaiar. Compreenese assim por que, às ezes, ele é referio coo a fora de satisfação coscient" st é a forma e satisfação realiza or interéio do rocsso riário, qe atu coo uma rera e coposição ou ariculação enre s rpresentaçes. Isso perite falar o goo como aeto iconsciete no duo senio de afeo, ou seja ua sensação no coro (encre) e e a afetaço ou apssiação o sujeio inconsciete, no sentio óico es taria às otas co tarefa e trmiar o goo; de iscrevêo ou oraizálo e conferir a e algum vaor síqico Lacan como se sabe , lê a conensaço coo um me táfora e o deslocaento coo a metonia, iz exlcite te que estas operçes consitem a transferência no pao do vaor e que esta trasferência se extrai o gozo Es no oara à lera que a meoníia é co efeio o qe eermia como operação créito (Verschiebun g qur ir: transfeêcia e fudos) o ecanso inconsciet e oe é, se úvia, o ingressogozo que se extri. " 4 Esa upla passaem o inconsciente ao goo o gozo ao iconsciente seria smelhante à icusão ou exclusão de um eeeto e ma operão e cálcuo como se fim agu mas lihas abaixo o meso exo Faer passar o go ao icosciene quer ier para a ontabilidade, é, co feito u ulo eslocameto. 5 4 Lacan, J . Radiofonia n Radiofoni & Tlevisió. Barcelona: Anagrama 1977 p 35. 5 aca J. adofona Sict, Pais Seuil 2/3 p 7 1970
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No caso o chste este cácuo esteece como e q uanto e gozo oe se recuerao e quto eve erecer so recalue or isso as regras e coosiço são necessáras, e teros freuanos orue os veraeiros oivos o chiste estão sujeitos à interiço e eve portnto sofrer algu sarce ou censura. O chiste iz e uma mneira tolerável aquilo que u eterno estao socal sente coo noleráve. ogo ele é uma manora lingüística e social ara exrai o Outro aqulo ue este lhe ega Dí a coheca afiraço e Laca e que O gozo é ntertao a que faa. Ai resie u pono e iportante iferença em relaço a versos pósfreuanos As expericias infantis, efetvas o conjeurais coo a alucnação riári que orgnara o ese jo, o narcsis o priário o fusonaento ecrnça por exelo, vsa reta o retaene cernir a age o gozo coo ua oaliae se ssas. Tal iage e as narrativas que delas se engenra localza o gozo coo uma espéce e expercia essencal, orginára e anterior à lnguage Nesta ea cona ao odo e vaor fixo ou ân cora ao al se reeteram odas as experêncas subseüentes O capo o gozo coo vios no exeplo o chste, é costído por ua era inaugural as ua era ue proz ítca e retrosectivamente u omento orgnáro one este se ostrara o ero Portanto so as trocas as relações ou a própra strução lbo que cria necessariaente a reresentação futura ou passaa a expercia e oaae. Inversaene, é desta ficço e totalae ue o gozo se mostrará sepre parcal fragetáro ou aia locazao no órgão prer vez em que Lcan faz refernca à noço de gozo no Seiário sore o Hoe os loos, e 1950, é justaente u assnalaeto sore este oto: O pai ntrouz u novo oo e refernca à relae. É porue o gozo o sujeto lhe é e certa fora arreatao, ue ele oe ser situao é o papel o colexo e Éipo". 6
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6 Lac, Subverão o suj eito e diaética o d esej o : Escritos. Rio de Jeiro Jorge Zahar 1998 Eiço e cotrole Écrts Seui Paris, 1970 Lc, J. O seminário Livro 1 O Homem do obo primeira eso 1950.
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Lmbrms qu st momnt Lc n st s r r nuênc o struturasm Lév-Strss A im ortânc st utr n constrçã o cnct scnlític strutura, c sgncat l o bstnte fatz. Ms r sta cntrbuçã ê-s q rr mtrz ntmnto o goz é tamém stnt trbutri o pnsmnt st ntropólogo rancês Lv-Struss fr qu s rgrs qu conam trca lavas, m crts socs rmtvas, são quvlnts às rgrs qu rgulm a troca mulhrs tr clãs tculas sb um msma s trutura prtsc, rmtno ssim su unconat xogâmic. Pr ss a l qu proíb ncst uma l u s strutur o o a lnuagm. No nnto, talvz sso tnh s um puco squc plos comntors Lcan, ss prbão pssu s spcts sns: Encontrams, por tat, dua catgorias d atos q fin como uso indvio a linguag, uns do poto vista antitativo, como bricar riosamnt, rir maiado alto, maifta co xcs su stitos, outo do ponto vista qualitativo, pr plo, rspdr a sos não so palavras, tomar coo itrlocutor um nivío ( plho o macaco) qu aps t aarêcia huaida Todas sta proibi ç õs rdzm-s, portanto, a m oina dor comu, a sabr, costiu abuso d ligagm, são, por st aspcto, grupa a co a proibiçã o do icsto ou com atos vocadors d icto 8
rlmn o ma prção o ncsto boro for purmnt qultva, so , prorzn objto tabu, formlmt nc plo sgcant Iso x prclm t l a i intrção do csso, u sj, u l mtçã us moo qu st não s trnsform m abus Or istinção nr uso abuo não smtrc à stnçã ntr prmto ntrtao. Entr uso o bus h um grnt, ntr o ossívl o possívl há um ltrntv
8. LéS C. Estmuras elenrs de paretesco. Peó: Voe, 1982 535
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báa e poa O que o ua vez é aplcáve ambém o que ange a troca de mulere Que sgnfca sso senão que as própr as l heres são tratadas como snas, das qa s se abusa qando ão se hes dá o emprego própr o os snais que é serem comnicados . ( ) Ao ontrro da p a avra que se tornou n egraente sina, a muer peraneceu portanto sendo a o mesmo tepo qu sina valor 9
Aqu c ítdo como a e de pobção do ceto é ub daramente a e d toca e que et a reume uma comenuabldade ente o na (mem ínua, econecmento da altedade, etc), ma ambém uma reuação do vaor que e acecenta ou dnu em função das pó toc e que caa muher reserva, dependentemente de eu ugar no tema, como um a. Abree aqu uma pta ara entendermo o ncômodo luga ocuado pea categoa de gozo no Lacn etutual ta . O ncocete etuturdo como uma guagem pe mte comeede o tema de toca em temo gnfcante, m o é codção neceá a m não ufcente paa entedermo o or de gozo o efeto de etutua. I o eleaá ao magnáo a fcçã o eenclta de um momento anteor a e da to ca ma não exlcará foma de fuconameno deta fcção, pobema aá econhecdo po Lév S trau : Até no o d humandade ohou areende e fxa et e tate fugtvo em que fo permtdo cedtar er o ível egana a e d troca, ga em perder, oza e m artlha" 1 º Ee car áte íbdo da oção de ozo, ao memo tempo lga ao nfcte e o valor, recebeá u olução, em Lacan, atavés do deevolvmento do conceto de falo. Pra tano ete ecorrerá a uma noção de ao ligermente dtnta da que vmos ep ead acma por LévStrau, m recmente à teoi do vlo lngütco deenvolvd po Sauue Tal eora econece coo poto de partda o caáte 9. I 5367. 10. I 37
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paadoxa da ópa idia de vaor pois este seá seme consttído: 1 o ma coisa eemelhate ssctível de ser trocaa po outa co valor resta determnar; 2) po oisas semehates qe se pode compaa com aqela cjo vao está em casa". O vaor expime assim a tensão entre a dentidade e a ierença. Ele se detemina lingüistiamente pela elaçã que m signicante possi com os otros signficantes com os qas pode ser comparado mas tambm pela troca qe se signicante pemite em relação a otos signcantes o q detemina sua sgncação. o exemplo a paava portgesa agúst o ancesa angoie pode te a mesma sgnicação qe o alemão Angst, mas não o mesmo valor isso po váras razes e paticlar porqe por exemplo ao alar da sesação prouzida po m animal ameaçador o alemão drá ngst e o rsilero meo. Isso ocorre poqe na comparação entre temos semelhantes angústia se colocará ao lado de termos como aieade e meo em portgês sem correlato dreto com o se valor em alemão O seja, a palavra pode se ocada por ma sgnicação aproximada mas não possi comparatvamente o esmo valo. O conceto de valo tilzado por Sasse para repesentar a possiblidade qe um sgno possi de se sstitído e comparado dento de m sistema de lnagem. O valor xpressa assim o connto de dupla artclação a qe o signo está destnado O correlao do valo de m sno é sa siniicação pos neste caso contam menos as artculações dferecs e de toca com outros sgnicantes e mais a eação de smlhança e comparação do sgnicante ao sgncado. Po xemplo a oposição entre o onema pê" e bê" ma oposçã que poss m detemnado valo em ma dada línga apsa d ão possuir nenhma snicação Vêse assm e as noçes de sniicânca de atonoma do signicante em Lacan são tributáias da êase no cnceito sassueano de valo As omaçes do nconsciente 11
1 Saussure, F. d lngüística gerl. São Pao: Cultix, 975, p 34
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egidas pelos pocessos pmáios, detemamse mas pelas tocas no plao do valo do que pelo deslzameo no lao a sgcação. O valo de uso, ou de gozo, expesso pela snificação, ica assm submeo a valo de toca edo pel o sigifcate, como se atesta na seguite assaem: "este dscuso o icnscee está, como dsse da últia vez, aiculao ao valor de gozo ". 1 2
No etano, é no coceto de falo que a teoia do valo assume a sua imotâca as exlícta Se o falo não é o pêns é oue o alo é o vlor atbuído ao pêns Valo ue unconaá como uma esécie d oo ixo a pati do qual toda sinifcação odeá ser calclada e ue, em s mesmo ão possui valo alum, or isso é mpounciável Mas mesmo sedo mponuncável le enta na�eação de costução o valo, po sso Lacan o assoca à 1 ), ou sea, um nmero comle xo cujo valor ã ode se r calculado, mas cua opeação é leamente possível Assim o falo esume o paadoxo indcado ateiormete como póo a toa eora do valo, so é, ele é caaz de toduz o sue no olema da dierença sexual e ldar assm com a heeroeneidae ue esa raz consio, assm como pemite ao s ueo deicarse, seme po compaação a um taço, com uma determiada osição na sexuação. Se o alo é o epesentante a alta é orque a atbução de valo noduz o sueto sultaneamee a esea do deseo e do ozo " .. .o alo é o sncane da azão do deseo (a acção em que o termo é emreado como 'méda e extema razão da dvsão hamônica) . Potanto o alo é azão e, aparentemente, o sendo latio em que razão (ratio) se aproxima de poporção, de rera ou medda de comensabilidade. A déa é eorçada ela apoximação ealizada também cm o temo ego, parcialmete coelao, ou sea, o ogos: " alo é o sigicante vileado 3
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2 Lcn, . O seináo. L o XIV A ógc do fnsm, 1 9 de bl de 97 3 Lcan, J. Subversão o sujeo e a létc do desejo Op c , p 8 33 14 Lcan, J A signicção o alo ( 958) n: Escritos. p ci , p 672
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dessa aca, ode a ae do logos se cojuga ao aveo o desejo 1 5 o le o alo coo u oeado eacioal aca e dsguilo de sua déa iuiva, ou seja, a douia eudaa o alo: a) o é ua aasa (u eeo ago) b) o é u objeo (pacal, eo, bom, au, ec) c) o é u ógo (êis ou clós que ele sbola) 16 Equato udade de opoção ele é a codção e os sbldade do desejo Neste setdo a oma coo o valo e su aa o euóco é seelhae à oa coo ese esa belece popoções a pa do sgcae álco as ambé a oa coo ese exai uma poção acial de gozo e e uço à peda flca O coceo de alo abga a o eleeo que coodena as ocas ecesáas ao desejo as abé duz valo de gozo que suge coo efeo desas ocas. Essa duplcdade apaece claaee o coceo e casaço " casação sgca que é ecso que o gozo seja ecusado (refusé), paa que possa se aigdo a escala veda da le do desejo . 7 Isso obga Laca a dsgu o alo como oeado des a ecusa, o ( ), o epesetae da fala, o objeo agáo da casação simbólca , e o falo coo agee de caeo e egulação do gozo que pode se atgdo, ou seja, o (<), objeo sbólco da pvação rea Algus aos mas ade ese dualso ada se pesea, com a cescete claeza e que a scição sóca do gozo, sua edaço fáca, deede de u ecobeo insável ete o vo e ca e o valo de uo . . a mulher qe se nda omo sj eo no o sxua, tma e fao a un ão de a lo d toa, eob ri n o o que eá uído omo alor no qe a evea m o m e omplexo de traçã No é e ercâb de muhers oa voar a se trauzir omo eâbo de falos, as e
5 Ie, 99. 6 O . 6 17 L J . S e e e O . 84
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· pieo imiz goz, aí a, psa a taç e val 8
Vemos assim qe o oneito de ao prooga e espeifi a, otudo não resov, o arer hbrido do probema represnado pe disparidade enre o vaor güsio de roa, osigado pelo fao, e o valor d so d osmo o de abu, p p O poto de rptra om a oepção estrtral de ga, da ua Lacan herda o probea do valor de toa em sa apreesão foemáia, econtrase no semirio De u disurso e não seria do semblae", de 1971 Nee é desevolvida a oção de tra e oposção à de sigifae. A ltra represea a fae real da l ngagem e ostiti u imte ao su fuioamnto segdo o pripio das troas orastes, baseado na diferença, e araeriza seu vaor lgstico Por isso a ltra faz agrpameto, não estrtra. Ea ão pode ser tradida nem feta euivalee à ora. Coo u traço da aigrafa oretal, a etra dá m sport para o sigfate mas e sua materaldade o sstema de escrita assi produzido ão poss as esmas regras e propriedads da ln gage eendida como faa o como ga Lacan afrma q etra é m toral etre o gozo e o saber, 19 o restado do comér co, 20 o aida m efeito do disurso, ue apreede o traço omo um formação d setido ode antes havia apeas uma rasura Portanto o o coeio de etra Laa paree r xpadido e geeralizado o gra zero da eoria do valor, o ele mto e a e fuda onjuto possve d roas, o possuido, ele mesmo, valor algu agem de u aluvão, de m dpósito o preipitado deixado peo esoameto do sigfiante é mio tiizada para desigar este oral formado pa lra o aráter. ra, este resto seiligüísio, e ão essa d não se isrever o . Lc J ero XV A óc d f 7 de j uho de 1967 . Lc, J áro. o VIII De u dc que não e d ebe 12 de o de 971 20 L J . semnáro. Lvro . Mis aida O
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smbóco, ocp m gr fontero entre o sber, oe gora o regme de trocs própio o cmpo o tro, e o gozo, one igor o regime do so To nica qe, cm noção e etr, o probe o gozo não admite mais ma soção tré e operaores p rmente ingüísticos. Isso expic porqe Lcn grdmente mita o conceito e fao, na med em qe refina ep de O l p r p como m fnção, a fção fáica, partir a qu o gozo ganh for ma e pode er scrito As as noções acabam se comindo na idé de "gozo áco, o goo n e pea ingagem sim, oda rezção de sigificação se vê acompahaa de m tr ço de goo fao, qe nascera como ma noção ga ao or de troc torse gor representante mior do vaor de so Pr dr conta a acn crd por este moimeto teórico o fo será ssttudo, por m ao, pea própria noção gera de signfcnte e posterormete peo sgnfcnte estre (S) e, por otro ado, pea éa e objeto a, cs de esejo À tra do Seiário XX chegase à tee e qe o ojeto a, e no o fao, fcona como cas o esejo nversamente o signfcnte, e ão o ojeto, é a casa o gozo causa i iret, se ssm podemos dzer, na mei em qe o qe cont neta csaidade é qe o sifiante não poe apreener coo sgnfcnte, ms aenas coo etra Mesmo co esta aor de nversão o probema permece o seja, fao e ss noções erivas jamas recobrem perfetmete o cmpo emitdo peo ojeto a . sso precerá carmete em m s útmos semiários: que ode mos qee dize uando tiliams a ex essão tã o bem onheia esta castad o" ? Poeos aí ês sinifiações n iníio d e ue se falante não se nfota mais que o dois meios: signifiante - sintoma ou não e o antasma, me ios atesanais inaa zes de esolve o i mase o ozo, entendi do omo inexistnia a relação sexua. 1
2 L J O áo L XXIV A po po, eo e 1 5 e o 979
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ste brv prcurso é iportant rter a éa e u o gozo, na sua prnsão lingüística, está sujit um praoxo Este paraoxo é próro epnden a toria valor na ual ele é pesao Entr a pera a restituição e gozo ue se desenvlv por interédio a rptição as uas fraçõs não são iênticas e ne proporcionais. Há ua assitria ou ispariae nre o valor troca (significant) o valor e_ so (fito ou precipitado o significante) O probla aior a rensão lingística o gozo é ue ele nos conuz a u tndimeno merate fral a roução o valor stelcndo assi u princípio sobre seu funcionaento ualitativo, as não quanitativo.
O gozo na matri ético-ju rídi ca O
gozo é al porque comport o a l do póxio. Lacan
O paraoxo foral a q foos conduzios por nossa incursão sobr as rlaçõs ntr o gozo a liguag encontra correlatos e uestõs icas. Apresntarei aenas alguns arcos qu prite situar a uestão do gozo nsta perspctiva d oo a mosrar coo e caa caso o lugar conferio ao gozo inspira Lacan, ua crítica a crtas posições ca consoliadas a partir a oerniade O núclo crítico a noção gozo rsi co pretndo apontar na decoposição q le ermite os valors intrínsecos u orintaria as açõs éticas Divrsas noções fruianas pe os fazr pensar o gozo coo uma espéci e xpriência individual fruição, a ul o autorotiso seria um odo a tenência à scarg, prória ao princípio o prazr sria o corrlato. No en tanto, s txtos seinais c estádo do espeho e Copexos familiare, acan insise na éia u o gozo é algo u s · iagna e s antecipa coo rlizao no Outro Por exeplo, mais alé satsfação obtia co uma expriência sxua
restar sere a ernta acerca e coo a exernca on to aa o oto Essa satsação qe rocra ncr o e a satisação o oro sa a noção e ozo coo traas saento, acréscio, na realização a plsão. qe deste Otro etorna ao sjeto sere ortar a arca a arcaae, a aa o eso a nsasação ebreos e qe o tero atição, eooicaente, ree rese àqo qe é o bastante, aqo qe basa, introuindo ass a noção e lte coo coexensva à e satsação liite, or sa ez, oe ser reresentao ela éa e e, as tabé ea iéia certo ataar e razer, o e esrazer, soráve eo sjeto reiro qadro e erncia ara a qesto o oo, na atri éica, é certaente o niverso reo a taéia e o nascieno da ilosofia Neste niverso Lacan valoriará ini cialene a ira o herói tráco qe é oso e a sia ção e qe lte (Até) é ltraassao. Sação one a rópria conição e mora é, volntária o iolnaraen te, aravessaa e o herói encontrase co as conseqüêncas e se ato. Ato transressivo chaao elos reos e hybris. É nesta reião soiária, enre as ores, vvia or Anona ora os ros a cae, as tabé or Éio e sa jor naa elo esero, ou or Filolectes abanonao e a ilha, qe a ragéia ornecer a reresenação aa o arado xo reresenao eo goo. No caso e ntíona, exanao e etalhes or acan, a qesão oera ser assi resia. Ao enerrar se irão Poince conrarano as orens explcas e Creonte, rere sentante a e na ca, Antíona conena-se à or Se ato rese a escolha absola a ve qe conrria as conveniências, os interesses e os ovos alaene rere sentaos eos iscursos qe tena issaila. Aníona na sa ação no esejo, não no neresse o no qe Lacan chaa e servço os bens, isto é, o ree as trocas e ob jetos. No enanto é exataente este rege qe erite a n tígona reconhece s esjo, or ineréo a neavzação dialética os ineresses "O qe az co qe ossa have ese
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o huano, que ese campo exisa, é a suposição e que uo o que ocorre e real é conailzao em algum lugar. Esá suenenia nesa passage uma as principais novações e Lacan em sua leiura a eoria freuiana as plões, ou sea, que o pricípio o prazr enifica ao sueio aquilo que cosirá seu em, no enio morl a expressão A cotinuiae graual ue exse na esfera as quaniaes, la no quaro e uma eoria a energia por Freu, é inerpreaa por Lacan como corela a coninuiae que se verifica na apreenso os valores morais. or exemplo, ao comenar o Proeo e psicologia cieífica para neurólogos", Lacan criica a coreensão dese exo no uar m ociacionisa o ial o séclo XX 22
O ue j usifica c lcar em primeir lan a ua ntidade cm al ura ci sa b e dis ina [ . ] vcês perceberão que, sb essa frma fria absrata, esclásica, cmlicada, árida, ercebe-se uma exeriência, e que esa exeriência é, n fun do, de rde oral 2
Ou aina, e forma mais genérca: acredi que a psição enre princíio d prazer e princípio de reaidde, a d r cess rimári e d prcesso secundári se j am mens da rde a psicolgia d que da rd em da ex eriência rriaene éica
Se o que se aricula do eseo ao princípio o prazer pode ser consierao u bem o que esá além o princípio o praerrealiae o que ulrapassa o ime o prazer, ou seja, o ozo, passa a conição e mal Isso coocaria a éca na psicaálise ·como uma variae as éicas iliarias, onde se raa e alcançar o maior grau e prazer, no menor empo, com menor ispêndio de esforço possível Traase apenas e conailidade e de pôr em práica esa conailiae com um cero ause aos imperavos morais, uma vez que se possa apaziguá 22 L J. má ro Lvro VII A étc d pcanálise. R e J er: J e Zh 1988 380 23 Idem 41 . 24 Idem 49.
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los ss foi a tônica s discussões sobre técnic sicanalític décd de 1940 Strcey, por exelo, e u artigo clássico e uito ifluente, defendi coo et fundaental d nális a instituiçã de u superego is beneolete O cainho tomdo por can será oposto o do utilitaiso prieiro lugr porque o be, produzio e buscado na esfera do princípio do razer, be sobre o qual se pode isor, u objeto de oe jurídic, u coisa (Sache) sobre qual se poderá inclur a fatasia Ora, est fora de be não é o que visado elo ovi�nto de reecontro (Wiederzufinden) próprio ulsão Este se drige à cois (Ding), Dí iportância exelr o gesto de Antígona o econtrr o desejo ra alm da relizção d pulsão Daí radicaliade freudi ao firr que ão há Be Supreo, e o objeto (Dig) do enconro originári perdido segudo lugr aca investirá contr ossibilidade de u superego benevolene, ou regulador coo o chaa Brunstin, ua vez que su fundameto reside no caráter insensto da lei como u ierativo Kant e Sade faze ssi u círculo "vicioso e toro da uiverslidde do iertivo que epreset a le " . ao tu deves de ant, se substitui facilente o fantasa sdeo do gozo erigido iperti vo, puro fntasma segurmente, e quase irrisório, mas de oo lgu exclui possibiidde de su ereção e ua lei uiversl ncontramos ai novamente a for paradoxl ssuid pel teoria dos valores e Lacn. Aquilo que se apresenta coo áxi positivid revelse falta, usência, ria ção. Iersaente o gozo coo aldade será roduzido elo forçaeto na realização do razer, como excesso, transbordaento ou ultraassge do liite síntese, a rocur d realização do be, de sua consecução no Outro, egedr 25
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25 Stracey, J The nature of therpeutic action pycho-naysi te 1ato/ oual f Pshyc0-Analsis, ondon, v 15, p 127-59 26 Bauntn N Coce. México: Sglo XXI, 1 995, p 237. 27 Lc, smnár Lvo VI ét d páls Op c, p 378
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própa realzção do mal. O ue ão sgfa que o otráro sja gualmente verdadero Neste poto os nterloutores de Laan mgram d antgudade grega para os ensadores do séulo XVIII, mas presamete para idolog utltarst orgnda a osofia do reto e a teor das peas legas, desenvolvd por Jeremy Betham e na tradção dos moralstas franeses, pripalmete La Rohefoua ul t Jeremy entham, o dealzadr do panopticum é também onhedo pel sua apresentação do ndvduo omo um ser movd pe procura do prazer e pelo álculo ue este envole em relação as srifícos deorrntes É uroso ue su tora teha se desevolvido à luz do problema da resttução do oz no caso da transressão Bentham oloa, muto objetvamente, o problem reltivo ao rmoso: omo este pode reprar o ml feito à sidade Sua tese é de ue ser possvel o cálculo eto desta medida d flta", desde ue se puesse ontar om uma totaldade fehada onde nenhum desperdo, enhu przer ou sacrifíio udssem se r eluds a ntabiiade. Crime e astigo ormariam assm uma euaçã de soma zer, tl ul lei de Talião, u Freud afirm vigrar no consiete 28 Surge ssm prisã modelo, ode tudo o seu nteror pode e deve ser aprovetdo segundo um falidade especf regda pla utildde bsoluta O destno do lio, o tempo dos gurdas, a arutetur, o sstem de alimetação e trabo, enf, absolutmte tdo, no ntror desta prsão, devera ser planeado e admistrado de fora a ue não houvesse spç para o nútl, dsfunonl, o dspensável Um regime sem lugar ra o exesso, es o maor astgo e a forma prmária de reparaçã pra o mal A lção pedagóga é smples
28 Segudo aguas coretes da hereêuc bblia, lei de Tlião se ria u veaeio avaço juídico para a época, pois ela esipulari que para m lho só deve-se pleiter 1m,olho em cotrapatia, e ão ais do ue isso. Neste setido ei de ã é fudaealmete um disposto par esingi o uso n esfe d estuç ão
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aprd u a inuiidad é um mal, o crim é ants d tudo algo inúil Como mostrou Monzani29 a cosrução isórica d aamnto é tributária d um xtso dba u crco a implatação o ricpio a utiia a ra morna. om a gradual rutura da oção iráruica finalista rascntal a idéa d m vmos como sta s laiciza disma como s gônca na organzação política éica os Esados moros. O m ornas um assuto ivuizado rlativo coornao po goíso pa autoconsrvção omm do século XIII é o omm do prazr como afrma Laca mas do prazr articuao rgulado pla pura tiiad Parallamt a oção d dso põs m continuidad com a d gozo O gozo siuas como uma coscução do deso Tato para os moralista fracss do éculo X como para os utiaristas igss o sécuo X msmo paa a tradição brtia a ts o gozo como parâmtro a fcad gaa dsau O gozo m ustão aui é sinônimo usufruto rprstando orcamnt a ustficava para gosmo mora u srá io por sa corr pnaors A psicaáis o ntanto rva d uma traição u aca ba por problmaizar razr à luz paraoxos conos m cada lo sa cadia. Vários autors têm mostrao como Frud m qu ps sua cofiança a razão no scacimo é também rdiro do iumnismo sombrio d Sa a Niszc d Hobbs a Scopphaur Em Laca sta rança aparc sob a fluênca xrcia por autors oo La Rocfoucaud racián Baaill. O u s dsaca sa lnagm é uma crítica sstmática à parida tr dso prazr bmsar O jo m smpr s faz acompaar do prazr assm como a ssfação é amplamnt susa s a coocamos como uivln o bmsar O u sta radição nfaiza é sobrdo a ipérbole o prazr como gação do prazr. Ou seja uma crica a idéia d xcsso 29 Monzi, R. Desejo e prazer na Idade Moderna. Campins: Ucmp, 1997
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Leeos e qe até o séco X o excesso é consierao coo a das aces as consistetes o al. A virte está a eqüiisâcia etre a fata e o excesso, afirava Arstótees A feicae está na frgaae, na sipicae e temperança, afirmase na traiço juacocristã Ta tração é seriamente abaa no séco XVIII e torno o qe se con venciono caar e qerea o xo. Disctase eão jstaente o vaor do excesso, a snuosiade o o xo, propciao peo desevoviento inustra a época: seia isso em? Resria a feciae na consecção o conso? A tarefa e Benta as abém e Start Mi Aa Sith fo itrodr m agente atoegaor a iéa e conso por interméo o prncípo da tiiae As trocas e os vaores orais encotraria natramete" se ite na edida e qe se encontasse nverso fechao one ne otro agete o fudaento gersse o sistema. Mas o axioa a tiidae se apóia, em útima instâcia, e a teoria de sensibdae. A sensibiiae estara assim cifrada e a espécie de moea, qanidae postiva, represetaa peo prazer, e qantiae negativa, representaa pea or Segdo Mier3 0 esta oogeeiae a sensação permitria pensar regie e eqivaêcia oe a converso e comparaço entre os praeres sera possíveis Ta comparação deveria evar e conta, aia, os critérios específcos a experência e praer ntensiade, ração, certea, proxmidae, ecnae e prea Ora, a rápia ispeção a oção de goo à z e tais critérios ostra coo o gozo é a espée e aoaia da experêcia e praer O oo se caracteriza pea iensae excessva (aé da satisfao), de ração repettiva, co a certea atecipaa (iaginaraente eterizáve). O goo correspoe ana a a experiêcia e proxiae asota, com teência a se roongar ierciaente (feciae) e a ser ipro por atrea, ao combiar afetos inscerníveis (praer e orror, or exepo). Aé disso ee está a eio camio entre a 30. Mie, J-A La máquin panóptica n: al 1987, p 4
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aneza posta (prazer e neata (or) Se o oo const ma anomaa o raze concuse qe ee aparecerá abm como ma anomala no cálclo o par ma anoma qe permanecerá no aor arbío ao praze Percebese assm por que Lacan ama, em áras passaens, qe o ozo no serve para nada, ee no é meo para acnçar m fim, como o prazer qe procra a exnço a enso sso poe evar à asa éa e qe ee no se nscree no cáco o prazer Peo cnráro, ee seºnscre como ma anomala O probema esá no ato e qe esa nae racal é mpsonaa pelo própro mperao spereóco qe orena oza! Ta mperato cnensa o aradoxo o ozo na esera ca. Respone à emana qe ee mpne a sjeo s nca excee o me mposo pea e Uma espéce e obraço nsensaa qe ransea no moeno em qe se aene a ea Daí Lacn armar qe a únca resposta a ese peratvo sera: E escuto" (J'oui). De Kaka a Orwel, os reaos e experêncas me campos e concenração o sob remes o atáos, emazase caa vez mas ese caráer nsensao a e qno ea se consara a reazar o ea e compeamen a emana, e em conraparda e aameno o esejo Desejo e ozo ormam assm ma annoa étca cjo meaor enconrase na éa de e Isso nos e a conserar, ana no séco XV, a eratr naraa por ae, a eara ma e berna Sad nos apresena m po projeo Por m ao o evanmeno exauso e uma descrço mncosa e oas as ras de pazer, como ems em 12 0 ds de Sodoma eanmeno qe carrea a maca a toalae qe mos em Bnham Por otro ao há, em Sae m projeo soca e nsço de ma noa e, no mas naa na nterço e na mora crstã, mas no mperato o acesso nersa e nara a gzo "Fanceses esforço a as se quees se republcanos, capíto mas mpoane e A flosoa na alcova ocra os rar como ta mperao ma espéce e cooamento, e ta 31
3 Se. A osofia na alcva. São Pulo: Compnhi ds Ltras, 192, p 151
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paaeno eessário e conseqüene da evolão Frane. Obervee coo o próprio ennciado eá pesene e ex preão e indic o ozo "m eorço a mais". U eoro prepõe ao livre da vontade, sacrifíio e vai alé. Sae arenta que tal esforço iria apena no entido de dar fora racional à natreza hana Ele chea a iaginar or a polítia qe poeria dar expreão ocrea a este pro eo a Repúblic Sadean o ainda o Clbe o Ladrõe e iberno Qando não o faz diretamene isso ranparece na aorr, aelo iolaos o porõe obcro qe compõe o enário privleiao de a lteratr Lare pa ra tópic o, fehado e a aleriade toalizada e, ne ta onião, realizção iainária, se falta, o gozo. Vemos, aim, tano na prião panópia e Benha coo n Repúbli Sdeana igraçõe iaginária o ozo prozia a partir a fião de a totaliae inependene O problea e a topia é e epre parece haver a epce e reío, exterior a esa toaliae, qe e rea a er plenaene inlío. enha preia a exterioridae prional, Sae precia enfim preenar e persir o oro, eo e penas coo inerocor lierio, para levar ian e se icro. Dí o papel crcil esepenhado por Jtine, a viosa e incorrptível donzela e reie, com oda a forç, a asir a converão libertina proposta pelo he rói adeano A impreão é qe se Jine ceder à arne, de corpo e alma, o disro saeano se redziria a invenário e nerloctor Aé i enho inisio na idéia e qe o gozo pas pela posção de ma copletde aribía ao Oro. Coplede e deriva jsaene do fato e qe ele conté o repreenta ete reído e faria enfi d tolidae a taliade onsitene. O cálclo o ozo rará epre a ima ginarzação dea otalidae, eja na for de onrçõe ocii, ea n form de políia e identidde o e eilo e vida. A eão é do gozo iplia epre olonizção bisão o sueiaento do oro. Traae do reconheciento do al radial, a não esenial, na relão com o oro, omo afirmar red:
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homem tenta satisfazer sua ecessidade e aresso à custa de seu próxmo; expoa seu trabaho sem retriui çã utiizá-o sexuamente sem seu consentimeto; aproprr-se de seus bens; humilhá-o; infingir-he sofrimento, martirzá-o e 32 matá-o
O recho acima tem sido retomado sistematicamene para etaelecer um precursor freudiano da noço de gozo na ora de reud. Evidentemene este recrso aproxima o gozo da pulso de more e esta da destrutividade Igual resulado se otém pela oservaço de que o so da expresso "Gnuss (gozo) está virtualmene associado em Freud à tematizao do sadismo esta vertente, o gozo facilmente se posiciona como algo que extrapola o prazer no apenas por se colocar inten sivamene coo excessio, mas tamém por egá-lo d pon o de vista de seu funcionamento qualitaio frene à lei. Podemos pensar, em alternatia a ese raciocínio, que o gozo em Lacan no é o próprio mal, como princípio trascen dene ou experiência do pecado, mas a imagem do mal a e carnao do mal no sentido em que ese se faz carne. Ele produzido pela exploraço do outro que o redzrá sepre à condio de ojeo No enanto é um ojeto ao qual o sjeio se identifica para recobrar o gozo. Essa tese parece er sido esoçada por Hegel a qem se pode atriir a exração jrídica da noço de gozo em acan. Mio antes de dedicar-se à filosofia do direito Hegel uiliza o ermo gozo (Genuss) justamene na seço dedicada à Indepe dência e dependência da consciência-de-si: dominaço e escra vido" usualmene ciada como a dialética do senhor e o escravo, à qal Lacan retorna em inúmeros momentos de sa ora esta passagem Hegel acentua o caráter assiétrico da relaço com a coisa Para o escravo no há independência e relaço à coisa porque este só pode traalhar sore ea mas nunca aniqilá-la. Ao contrário, paa o snho, atraés desta medidaão re presetada peo escao, a reaão imediata vem a se coo
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p egção da coisa, o como gozo - o q ul lhe osegue e o desejo não cosegi: cbar co a cosa e a q uerse o goo. 3
Vêse aqu que gozar equale a poênca de anqulamen o, à soberaa para desfazerse de alo Isso lea a noção de ozo para alé da de usufuo e a sua jusmene como neação ou ultrapassameno do uso, al como aprece na segun e assagem: O sufruto q uer dze q ue odemos gozar e ossos meios ms o deves exovlhlos Quano eos usfr o e m heraça, oemos gozr dela, com a codo e ão gasáa deas É isso que es essêci o reo reair disriuir, reribur, o ue z reseio ao gozo. 34
Usar, fruir ou dsor são nd forms prcas e lm ds de gozar de lgo Nccache em seu erbee sobre noção de usufruto no Código Cl Braslero mrc be como l noção é direene deriada d noção de posse orund do P , a e regra, conur o reo de so (er, ulzar) de frução (alugr, empresr) e de dis posção (ender, desfzer) O problem que não há forma rídica que egse sobre o deseo do ouo, quando ese o qe se torna obeo par o gozo do Um. Coo possur o deseo do ouro? É a descobert desa mpossbldde o que le á em Hegel à nsurção d conscênca infeliz Aqlo que far oaldde do be, o alor de odos os lores, esá nacessíel o gozo No enano so que o Oro conclam o sueio em um aeo padoxal Daí seguese afrões como de que o gozo é relização d demnda do uro, que ele é u exignc do Su pereu ou de que o gozo as se ssfaz no nível do sueo 35
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33 Hee GWF Fenomologa do espíto. Pe I eó Voe, 992 . 131. 34. Ln J. miáro Lvo XX Mai a ida 1 35. Ne A M . U. Caa de São Paulo, o 8, . 3, 25, o e 200. 36. LnkPe C A o eo e oo em . Pecso, S n 8 199
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so poqe ai ode o gozo e eaiza ee e eaiza coo usão de oe e ese pono há sepe afae do jeto Nee qado a qesão étca, na eação co o to, a suma a egine oma: coo utena o deejo e ubjet o, a ez qe sa casa é tabm atéa de gozo, e potanto de apagaeno do jeio? E oua paaa, coo não edzi o Oo ao ouo e ao eso tepo azese su jeto? A noção de aaa deenoda no quado a eexão ética e do ogo de Laca co Kan e Sae paece consttu a oaização paa ete pobea Iso teocaente coeene na edda e qe o fantaa expeaia ao eo tepo a pobidade de conee o paze e deejo e a pos ibiade de conete o desejo em gozo O fntama poe se definido coo u eiche de eaçõe co peo meno duas éie antagônca epesentando epeciaente a afâne do jeto diane do ipeao poto peo uto e o puo gozo ettio do ojeto co encobento a ão do jeto Em outa paaa, ee ese o paradoxo contio no cácu o do gozo e na az desejante do ujeo. Nete entdo o maea pode e ido como a conjunção do ujeto ao ojeto ( ), acecido da djção o ujeio ao obeto ( / ) No peo caso o gozo do antaa sea peoo, " po que abe, ane ao ujeito, o abio do desejo enuanto ta . No caso nveo o antaa aca a abeta (béance) o desejo ao gozo, uga onde e itua a anústia, ou a fata no apo o Outo () Concuío, ai, qe a eação ete deejo e ozo é uma eação não diaetzáe Ente amo há u abao c cua e conno de ciaento e decfaeno, po eo do qa o gozo e conee e desejo e o desejo e gozo Ese ta baho é edado po a intcia dual, a e, que ioica ente neda o gozo e po meo do upeego obga ao gozo 37
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37 Lacan, J. O semiáo. v VI O desej e·sua nepeaçã, sessã de 10 de uho de 1959 38 aca, J. O semiáro Lvr X A angústia, sessão de 13 de aro de 963
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Os peraores étios coo be e orase assi sjeitos a uma esaa óel one apeas o a o qe spere tas qalfações poe ser cosierao à altra o eseo Mas ele o será, apenas se der explorar a fa assage one o áluo o gozo ana e ão se oeree assi oo garatia anteiaa para os aos subjetvos.
O g o z o n a m a t r i z e c o n ô m i c o - p o l í ti c a A lgu ma coisa mud o no d iscurso d o mestre a partir d e certo ome to da história A parr de certo dia o mas-deoza se conta se contabliza, se t otal i Aí coeça o que se cama de ac m u lação de capital.
Há portanto ua teora o valor, e extração lngüísta, cna na ia e falo, e ora teoria o valor, e extração tca, ona a a e gozo oo excesso, abuso ou transrssão o me Nos anos 1 9681 970 aca esevove ua erera aorage a noção e gozo, reorreo agora eora arxsa o valor. Isso aparece claraee na ora oo Lacan pensa a exsênca o alor no ncoscente: o problema é da ordem do valor [ . ] Há algo que oma o lu gar do valor de roca na sua falsa identfcação ao valor de uso estad o da fundação do ojeo meradoria; e se pode di zer anda que não se esperou o aptal ismo para que sso que o antecede em muio sea revelado Também se deve evar em conta o esatu o do sueio tal omo o fora a êci a ese sueto redz o à função de ntervalo para que perceaos que se traa da igua ação d e d ois valores ferentes valor de uso, e porque ão veremos isso sempre valor de gozo Sublnho: o valor de gozo joga al o pape l de valor de troca 39
Portanto no ncoscente, o gozo onta coo valr e troca eslganose e seu valor e so sso seria a ora 39 L, J. O e L o XIV A ó o , 12 967
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d radzr a opração rcacamnto, pr r c nômcopoícos No cntro sa concpção nconrase a tnava d xpcar o q orna possív a qvaênca nr das cosas aparnmn frns: o rabao o capa r gaos por uma vsão não arônca Ou sja, o qvan ao valor roca prouzo po rabaador n�o lh rsído nramnt, ma par s é acmuada sob forma capa Esa part rcb o nom mas vaa, o sa, um xcdnt prozdo pa xporação do trabao, qu nd a s rproduzr grano acumuação sa crcunsânca o capa vrtalmn não o sr consumo, so é, não pos s vaor uso, para q possa sr rocao por mas capal. Assm, ao conráro d Rcaro Aam Smh, qu nfrna ram a msma qstão, Marx, afrmará a prmaza o vaor roca na dtrmnação scnára o vaor d uso No sstma rocas o capta m su vaor aumntao pla va a rpro dução o rpção o cico, on ago a mas s acrscnta "Como ncrmnto pródco o valor o capta, ou fro próco o captal m ação, a mavaa rcb a forma ma rna (revenue) qu provm o capa 40 Logo, o captal, ara manrs m stado d rproução, ago do qa o capasa po gozar de, mas não gozar com. A alnação, a ftczação da mrcaora a forma mrcao ra assma plo rabao ornas ftos obtvaçã ss ncrmnto no capta Lacan rá na dologa dscursva uma fora atral atuazação ss procsso. No própro scurso s ormará sa são comnsuraba nr o sacríco a rsção, nr ra ganho. O própro scurso srá pnsao como m aparlo gozo
É no dscurso sobre a função da renúncia ao gozo onde se inroduz o tero objeo O lus de gozar como função desta eúncia sob o efeito do discurso; é aí o que dá ugar ao o
40 Mx, K Repoo pe e e el o p : Capita. Coeâe x Eel oo e Foe Fee So P Á, 19 88, p. 377
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eo a n edo sber o qe deie lgu obe to do blh o huno coo edori . Cd obe lev e si meso lgo d isvli, ssi o idegozr é o e eit isol es unção d o objeto a. 41
o enano o dicro, ainda asim, é m arefato iá vel paa cernir o gozo. Tão insáve qe Lacan iniirá or a diferenes oas de imposiilidade, o de facao, q cada dico anm na a capra do gozo o dicrso do analia al imposiilidade aparece na diparidade nre o ignificane mere, podzido pelo dico e o saer, colocado na poição de verdade. Em ora palava na disieria enre lei e o saer como meio de gozo. o dico hiéico, al dispaidade aparece no fracaso o impoência para tonar comenável o sigicante meste e o eito, o se, haveá sempe u eso, spoo na forma de ae o de goza, qe escapa à pópia elação de . No disco ivesiário al reso se mosa como fraca o na icorporação do oeo ao pro sae. Finalne no discso do meste haveia ma impoiilidade esral de cogar o sjeito (coo vedade do dicso e o obeo mais de gozar), prodzido pelo dicso, imposiilidade qe á vio anteriomen como pópia ao fanama: No disuso d o ese ( .. ) não há eçã ene o qe vi s ou en os se tn us de d esej de u c oo o ese ( .. . e ue ostitu su vedde Há qu o efeo no nr ineo, u be
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A re u denonção está editmene o lnce de noss ão , no disuso do este, o goo n e dd slesen te e que esá ntedd o 42 41 a J O . XVI De Or a aa d 13 r e 1 968. 42 Lca emináro. Livo XVII aveso da pcanl ise. R e Jae : J Za 1 992 p. 101
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As conseqüências oíticas e ta osição são bastante e cunas, pois aontam ara a inconsistência a ideoo en quanto objeto iscursivo. Não aenas a su neicáci em constrner o ozo sob uma orma quaquer de utoia, ro messa ou asseguramento mas o caráter instáve de qualquer totlie formada em seu entorno Stavrakakis mostrou como, neste onto, a sicanáise teria uma contribuição a oe recer ao camo teoria oltica Ela permitiri ensar s o líticas, em oosição ao campo o olítico como reua ela combinatória e quatro termos ou oerações: 1 ) A ormção e utoias a partir o reconecimento ea tivie raical e irreutíve a conição humna scur so a isteria); 2) o surimento e antasmas utópicos (utopian fntasies) como promessas e eiminação desta neativide (iscurso o ) 3) aarição e um subrouto essencil e constante estas operções um arquiinimio ser eiminao a qualqr custo (iscurso universitário); 4) o racasso e um estes elementos levaria ao reinício a sé rie a partir e aum os outros operaores isoíveis ( iscurso nalítico) 43 Vemos assim como tmbém na esera otica a pomes s e ozo sustentase ea eiminação a exceção, o svio, o que está a mais, e como, conseqüentemente, cada uiverso e iscurso tem sua inconsistência asseuraa e exisência os emis O roblema levanto por Stavrakakis diz resei to à ossibiliae e ensar o político artir desta erva a iéia o nãotoo, no ano os iscursos Este autor, ver ae resume um ponto reltivamente consesua na cama a teoria social acaniana (Zizek, Lacan, Buer or exelo Poemos izer que no interior e caa iscurso o cálclo do ozo aarece com ma consistêcia echa, amarao or re tóricas esecíicas, mas unamentamente totaizáeis O onto chave não está na tioloia dos iscursos, que provavel 43. Stavrkakis, Y Lcan & the polticl. London: Routlege 1 999 p 07
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men'te podera ser muito eor e mais praticaete esenvolvid as n déia "troc d iscurso como disjunção etre o universal e a totalidade Por isso o ponto clco crcial da teoria dos discursos está no chamado "gro qarto de vota através do qua um discrso trocao, por progressão o por regressão, por um outro discur N h , pência que defne o aor, coforme a afrmação de que: "o amor é o sgo de ue trocamos de iscrso Se a troca de dscurso tem por efeto secundáro o sio de amor, a permanêcia no mesmo dscrso parece ter por efto a proção e u excedente ue tede a se acumuar no sentido ecoômco do captal no sentdo polítco do poer Mas a progressão deste acúulo tem como efeito a localzação e substacialzação a fata Em Radiophonie o p aradoxo cotido nesta contradção é eplctado da segute maeira: " a masvalia é causa do deseo do qual m ecooia faz seu pricípio produção extesiva, por conseüete isacável, da falta de goar Em outras alavras: quanto mas meos Qunto mais oetos para o deseo mnos desejo e fato e mis gozo e direto A produção de ua isaciável alta de go é o qe se ostra como feto do adozar O que o mdegozr fa acumular m oeto que por ser a causa ou razão do vaor ão tem em s meso valor algum É um oeto que não etra diretamete a economa da toca mas qe indretamete suorta todo o fuconaento do sstea Como afrma stei "O úmero, a cotaildade, acumlação recohece se fundameto na castração e no ivestmento o dinero como / . 6 Sustitdose o iheiro, ou o caita, p or outras matries de cálclo, tas como o dreto, a lngagem ou o poer, ecotraremos semre esta esce �e isomorfismo na rolemática relação etre oeto < 45
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4 L J . emnário Lvro XX Mas anda .. 27 45 L J Radofona B 1988 58 4 B Goce 80
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Ea aagem ecorae alhada co a cíca eala d o Laca o eo do Semnáo VII, ao uaso de Beham. O lao uõe um ema de ocas eas, co lea eqvalênca e em eo. Para uaso objeto = < A mxma ulaa de que ud euvel vaor, oao de qe tudo é comeuáve uma dada uda de de medd, memo ue ão e oa calcua a valo e uoo co vtal e efeamee calcuáve. Nso, a a teoa do vao güítco uan a eoa d vaor co e e a do vao ecoômco covegem Em odo o ca põe e uma oadad, a oadade da guagem, a oadade uea do uo e a oaldade do ecado. Oa, ao a oa ldade da uage quao a oadade eeeaa eo mecado, ou elo Ouo, ão odem cur o seu camo qo qu é ada de vo", quo que faz fuo a oadade O coc de ao, como gfcae, a éa da ano ma ee deejo e go e oção de obje o a madegoza o coceo fojado o Laca a a, esecamee, d güíca eal de Sauure, da éc ágc a e da ecooa poca de Mx so obeamo uma curoa covegca: odo ee efeme a algo que condção d osbdade de tca ou d e ecâmbo. Refereme ao que eme ear, ega ou o pocoa ceas heeogdades. Dro d a caále ee coceo aecem adur va óa cooaçõe muo d feee da que iham em se amb ócos de ogem Aear do, a a oção e gficane fáco quao a de ma-d-gozar comõem, em eu camo eóco de ogm, eça fundmea do ue se podea chama uma teoria do valor . A le de Laca, em odo o cao, ocedeu e moo a deaca a coêca dea eoa do vao, quado ea ão ea ecohecda, ou ada d alozar ea cosêca quado e coava exlcada Em cad aceç da oção de goo, e da eora o vao a ea gaa, Laca pcuaá e fudameo exeo oo em que go a a aedade ega e fechameo. o e aa de ecra o que em valo ze, deo do sea, ma qe esá a do valo, o que ão pode c
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ad enqanto ta, naqele veso d e dscso A ênfase e sde semre na mpotênc o mp ossbidade paa ldar com alo qe é edtel o va o, aqlo qe no serve para nada, a saber: o ozo. Prtnto entre o gozo a mas (estt ço) e o ozo a menos ( erd a) é ecso acescenta e está foa o vao Este fator reresentará o o de ea e em ea a fconaldad e e exd o d cálclo neótco do z Um sujeit o é o ue pode se epesentado p o u m significante paa outo signi icane Mas não á aí algo caca do sobr o ao de qu, alo de oca, o sujeito do qual se tata no ue Max ecifa a sabe a eaid ade econôica o sujeito o o e oca es epesenado peo quê? Peo vao de us o E é nesta aha ue se poduz, ue cai , o u se chama d e aisvaia47
m ots palavras, estatéa neótca e nscrção do zo esa macada el eqvalênca enre pe da e estt ço O oz a menos, mp st ela castaço, sera tornao evalente de m zo mas, compendd elas fom ções fálcas de resç, com o sntma A essosç neótca é e qe mens e mas s o comens\·s e evesí ves e o sso a flta n t se dentfca à de �d no s eo Como se o odo elsse m soma zeo noade d er do valor em Lacn sea jstamen te ncoro o resto, comensável, o que no ode ser meddo como elemen esctrvo de ces totldades. Podemos strr ss com m peqena metáfoa S o nhamos ma bbotec o de os lvos estejm clssfcados e acro com algm cté, po ao, p tema, etc Seme deá se constata qe m lvo flta na estnte, no entant, o l prescrt r ele estaá lá Temos en ma ttalda de ( bloeca), o reesenane falta ( f e s magem stvada como objeto ( lvo faltante). Assm o valr do vo pode se calclad em fnço de sa relaço cm tdos os 47 J O o. Lo XVI D oo o Oo, 13 oeo e 1 968
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demas e de aco rdo com o p npio uiiarsa aeido e n do a su sponbildade e prazer adstrio a ee No enano quando Lacan spõ e que entre a menos e o a mais á ua desproporção o ua incoensurabilidade ele aira indiretaene que o vaor não pode ser eficienteen te cacuado A presença do vro e seu ugar coninaria a ndicar a fala de ago Mas algo em faa quando a toai dade está copeta só pode ser coniderado co naa para esta oalidade ada porque irredutível ao var e esta totalidade perite calcular Chegams assi ao núcleo paradoxa de a teoria do alor apa a traduzir probleas teatizaos economiaen u
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É 10 eal Jzendo buraco, q ue o goo ex-siste. Lacan
Coo última tentativa de apreener o paradoxo epresentado peo gozo no uadro de uma teoria o valor, oemse encionar a fóras da seação e a teoria da duas od aidade d e goo, esenvolvida no Seinrio XX Nese contexto a acepção de gozo envolvida diz respeito à iferença entre asuinidad e e feminilidade, a proporção ou uivalêia entre esas dua foras de goo. teoria o vaor utiliada nese caso deriva da ógica ateática, mais epecificaente da eoria dos conjunto A grande preensão frmaisa que donu a lógica o incio do século pode ser resumida na entativa de epreener ua aoa ização copeta e eaustia da mat eca Neste projeto inaugrado por Frege a noção de funão tm um lugar estratégico Ua função é coposa por u arueno e ma variáel A reação enre amb o determia alor como produo deta reação O probema que ineressaá acan diz respeito jusamente exinca e funções par a as qua não e pode aferi r o a
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l e exstênca, ou seja fções one a aplcação e um a gmento ecusvo oompe a pópa cossênca lógca a fução É o caso po exeplo o paaoxo e Russel one se peguta se um conjuto e oos os conjuntos é ou ão con junto e s mesmo. Osevemos que novamene o ponto cítco da uestão ese na déa e oalae (o cojunto e todos). Desa oma Laan popoá e a eação com o ao como ua ção, a fção fálca. Como al ela funconaá pela pessuposção e que há pelo meos um elemeno teo à otaae ue ela pemte calcula. Pelo menos um ue escape à castação, o pa míco a hoa pmtva, únco a e acesso a oo gozo. scição masculna poe se então calculaa como nteamene nsca na fução fálca. Toos os omens esão nteamene submetos à função fálca e ao gozo fálco poque existe um (míco ou conjecua! que não está. No caso do ao femnno as fómulas a sexuação a s tuação não ocoe de modo smla. Iso já os pemte nfe uma espopoção ente o gozo fálco e o Outo gozo sso poque este gozo esaa ão odo" ( 9 efedo ao falo. Oa, esse quantfcado ( V ) expme, lembemos, uma quanta e, não apenas uma qaliade. quantae que pemte afe a exstênca e um, e váos, ou de mutos Uma quantae que não cssa de não se nsceve sob foma e um valo fálco qualue. conhecia afmação e que a mule ão exse, efeese jstamente à cítca a noção e toas as ulees", como se elas fomassem um too unvesal. ve samente a afmação de que a elação sexual ão exse", ou e que sua extênca é possvel, pode se lda como: a po poção sexual não exise, ou seja o gozo Outo não poe se calclao a pat do gozo fálco e é po sso que ele é apox mao o gozo mísco, o gozo que não se costange ao sem blane a lnguagem A pa da mensa complexae necessáia paa emonsta a ee é mpotante mencona que ela ão ealza algo de completamene novo na estatéga e Laca paa lar com a quesão feuiana a quataes, epesenaa pelo ponto e vsta econômco. Mas uma vez a coclusão eca so a aadoxalade do cálculo esta ntensae
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No seiáio XX otaos a ocação orae o capo seâtco a oção e goo E e a oa er ba, gozar de, o gozar com toase peaete a oa ssatvaa: o gozo. O seáo está epeto e asõe e apomações co a eaísca qe de spação paeaa o aisotéica até a ísca eoógca O poto qe mas chaa a ateção esas alses ese a af gozo sea a úca sbsâca a se ata pea otoog a pscaáse. Mas a esta úca sbstâca, apeea etcamete coo aaegoza, cabea os oos: o goz áco e o gozo Oto O peo (J <) ocaase ee o sbóco e o ea e o ego ( ) ete o sbóc e o magáo Até aq ão há gae ovae, se esmos a etaísca e Espoza, po exepo, ue pocee e mo seehae A eeça va es a tese e que ete os dos modos e goo ã há cópua, sa soma ão peaz a totaae, sua eão ão eaa o U O e a· oa e oo ea e ao ão é ecupeao pea oa A oação desta totaade agáa é eea po vees pea epessão goo do ser (ouissance d l' etre) cujo esatuto é míco e cuja costca é paee magáa Esa spaae ee os oos a subsâca mca ce acoa a coseação o cácuo o go Assm coo há equívoco que pee a ta popocoaae ete o ao e o obeo a, a esea o goo áco, haea a ega possbae que é a e costage o popocoaa o goo Outo os emos o gozo áco assção o ecsa esta coseqüêca em obzao a teessante poca em too o ema a seaae eae e pscaáse peo ga poqe o gozo, assm coseao, é coceto e, ete o sea e o ea, ete o se e o ão sea Ao acza o obeto o eo ã apeas o oa 48
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48 Lacan, J O semnáro Lvro X Mais an da . p ci 49 Lacan, A terceira ( 1970) Che Vo?, Porto Alegre, n. 3, 1 987
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apto ao sgfcante mas o seuaa " o fao está preesta o a a coro ao go na alétca esej 50 E ao esmo temp " . . o goo fálco se torna anôao ao go o corpo 5 1 Nesta operação e corporfcação o goo um uplo re síuo se precpta uma parte o ojeto a resste a ser sexual ada e uma parte do gzo resste a se nscrever permaecen como goo fora crpo Sera etão a sexualae femnna efa por esta ncensuraae entre s oos. Inver samente a sexuaae hstérca poera ser ena pela n comensuraae etre o fao e o obeto a . Para dar conta destas sobreposções de ncompetudes, para iferencá-as La can parece ter recrr ao conceto e suplênca. teora a supência, esevolva ncalmente na esfe ra o tema do amor, e ampliaa posterormente para a tera o Sinthome com nmnação ocupa assm um ugar seme lhante ao que o concet de letra ocupa na matriz ngüístca rata-se de um efeto secundário a esprprção ou nco mesrabldae verfcaa sob um etermina egme e cálcuo o goo. Pr isso, o Senáro XX, pode ser lio como a tentatva e justificar uma únca tese "O goz do Outro, o Outro com A maúscua, o corpo do Outro que smbolia, ão é o sgo e amor 52 Tal tese retoma mte e que o que está perdo no goo não e recupera tdo as suas formas e resttção, neste cas sob orma e sn e amr O amr assim como o raer ou a letra e aa a te seto a estétca sublmatória, fa bor a ao goo. Quan gzo ganha crpo, no pl senti e unae (corp us) e e aáver (corpse) será sempre na forma e um quívoco, troca ou engano A totaaçã o gozo será marcaa por um ínce muto precso: "Não é isso aí está o grto por oe se istingue o goo bto o gozo esperao. 53 50. Lc, J. O seminário. Livro XIV. A lógica o fantasa, aula de 12 e bril e 967. 51. Lacan, J. terceira (174). Che Vo ? psa nálse e cu tu ra Cooperava Clturl cques Lacan, Porto Alegre, p. 28, 86 52. Lcn, J. smrio Lvro Mas ada . Op. cit., p. 2. 53 dem, 1 52.
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A ecepção o a egação o alo eeo e ecio ea ução álc emaece asim coo ai m exreão o paaoxal cálclo o gozo. Cálclo qe é exliciado o Laca na segine aage
É vedade qe o taaho o do sono ete outros se ass em ensa, cacul e jlga. ma defnço: ee suõe m sujeito, e este é o Der rbe o tabalhao Isto qe ensa, calcula e jlga é o gozo oane), o gozo enqnto do Oro, exige e o Um, isso ue do sjeito faz nção seja smlesmente castrao, o assi ize simozado ela unço imagnáa qe encna otênca (ma), neiormente a eo lo 54 Aqi veo ugi ma acção o gozo como obeto o bre o qal o abalho, reeeao pelo iconsciee, o ra balha o, epesentao pelo ujei o e o instumento dee abalho(o falo) e conjgam Ea acepção esume em o qe enenemo po cálclo o goz em ua lualidae de entio e em sua ambigüiae e cooaçõe. O cálculo o gozo epeeta, ne eia, ifeees foras do rabalo pí quico (durcharbeten) enolvid a coção do ioma póprios à euroe Nos úlimo aos e su enio Laca aborou ese alho iolando ê inciçõs disitas do ozo a) o gozo fálico: iado ete o simólico e o real; ) o gozo o Outo: iao entre o real e o imagiáio o do o oo o do do entre o smbó lico e o imaiáio. O iema opológico e úa limiação ere est rê inciçõe de gozo esaria amarao pela função central o objeto a. m texo coo o Seinário RSI, Conferência obre o snthom e L'etourdt percebee que o obeto ilizad coo uma epécie e covero, e ae comu, ara ição a oma de gozo.
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Reo o Seo . o po (1972). Aair l'Ec patiq Hau ts Ét ds (en ence ono e se), p 28791, 9721973 J.
A F O EXCESSO: MODULAÇÕS DO GOZ
EM U CAS DE HISTERIA
Há mu tas maers sérias de ão dzer ad, mas só a poesia a vedade. Pede o ada um empobecmento Manue de B os
Apreseto a segir alguns fragmentos de um caso de is� teria no intuito de mosrar a relação exisente entre as aria ções na confrmação do gozo e a formação e deslocamento e sintomas. Epero co isso enfatizr aspectos clnicos este conceito disuidos no capítlo anteriores, bem coo circnscreer sitaões onde a apreensão meramente esttral mostrase insuficiente para compreender a complexidade e o crso das transforações iidas pelo sujeito Os fragentos aqui apresentados, assim como no restane deste liro, em se poderiam dizer ipirados em fatos reais" Na entatia de transcriar o caso, de modo a ocultar e deformar seus deales, sem perder sua estrtura o seu aor e rstico, ejo ue o resultado sitase entre a descrição e a literatura, entre a ficção e o relato Talvez isso redunde apenas e preízo par ambas as formas de apresentação as represena uma entatia de recperar o gênero da narrativa clínica qe tanto ntriu historicamente a psicanlise O poeta Manuel e Barros, afira em m de seus aforismas: á istórias tão erdadeiras que às ezes p arecem que são inentadas" Procrei 1
Barros, M Lvo soe a São Palo: Record, 1 996, p. 69.
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irme por esta idicaão ao apresentar estes frametos de históias cíicas ratase de ma ovm sehoa qe procra a aáise em um oeto de rade anústia Fora casada por as aos passado, esse príodo, pelo qe chamo de "se matíro. O exarido é apresetado como m acoóatra, vioto qe só sabia exoráa ratavaa com ioia e despezo, arroa dose a posião spior e dsdeado sas conqistas o iteresses Isso sempre a icoodo as não o sficiete paa qe deixasse de mante ma reaão ddicada e esperaosa. Havia ea ma espécie de ca áica de qe alm dia e "iia mdar odos os sacrfícos qe ela faa s stificava m nom sso. idava da casa, ssttava ecoôica e so camente o arido Não tiam fios. Apesar d ela os desejar nnca apare ce o oento certo Ee ão qeia e ela ão sabe dier ao certo por qe ão isistira no assto a poco teesse po sexo o qe el reacioava vaate às scessivas ifide lidades do marido. Sporto esta loa hmilaão raas ao apoo de a amiga e codete Esta ere a icitaa a co sidera a idéia da sepaaão Decide dar este passo após a cea d cúes ode o ardo a acsa de ifdelidade, ec sadose desta aera a recohecer a ddicaão itrasiete qe ea le dedicava. Ocore qe após loo e tleto deselace la é ançada o qe camo de sa lerdade Criosante esta lberdade rdda em período de depressão, fata de âni mo, pessiismo e icapacidad para articlar qalqer rojeto Aas iiciativas, ates toidas elo marido, ecebia agora ivre crso, mas, o e azia qaqe satisfaão. Ela estva livre mas ão saia ozar dsta librdade coo m passaro com sadade da aoa, edo a metáfoa por ela tizada. É esta cicstância ela ve a saber de m fato qe a aaa sobreaeira Se exarido evolverase co a ata amia e cofidete Três stoas apareciam e liaão dieta com este aco tecieto: idéias recorretes e itsivas em torno de vingança, ma iiião reacoa, qe a reetia à fantasia de
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desino solitáro e nfeiz, e m medo diso d que go rgi co e violento aconeceria com ea. Como medid roeora, ra redzir inensidde dese medo ea ssa raicr ceros ruais sesiciosos ;es de sair o cegar em casa. Verific se nenhum objeo, jóias em paricuar, esá atando e abém se vê origd a eeoar para sua prória casa anes d cegar, para er cereza de que nn g uém esá á Os rês siomas exprimiam o cofio gerdo ea siuação E se esoçava ara ensar que não devia se imorar com o qe se ssava com os ouros Devia corar reaõs e mosrr que ode ssar muio bem soznha. Assim fasia de ermnecer o eso da ida sozina econrase reuda o desejo de que isso se reaizass, ara o oar do ouro. Como efeio secudário dese desejo ea reaizava u rabao aivo paa recsar, neaizr o anuar idéias qu remeessem o casa recémormado. Ta esforço assa eo evimeno de gares, essos e siuçõs que udesse evocar s embrça. Qao mais e agia nesa direção mais suis e egenosas eram as formas como um deahe razia udo à oa. Aesar disso a imagem da eicidade ivda o casa reornaa, e co ea a figuração de um gozo da qa esava excuída. O esado neurco em que se enconrava coresondia assim o rabao de vesão desa excusão Em vez de excuíd, ea se excuí. Em vez de ocad ea se fia agee da oc . A s anasias d e vigaça passavam pea idéia e q mais cdo ou mis ade ee abadoaria a amiga, e esa, em desespero, voaria rocura. O senimeno de raição os suía um deermiação ambígua, ora dirigido à amig, oa ao exmarido Isso acb or revear ago sobre a naureza da separação: um ao exremo para saber afia quano ea vaia ara ee, qao ee seniri sua faa. Finamene os siomas em oro das cericações exrimiam aiva de reender o seu vor imaginrio ra o ouro Ligar ra saber se aguém es sua eser, vriicar que o signo de mor ermecia aid no mesmo uga. Nos dois csos o objeo ede su vaor a diléic do deseo a assmr um vaor isoado, irínseco e ierienso.
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· Esa ree e sioas pareca se oraar a parr e ceros uciaos u a oo apresea coo axiocos e sua esncia U io paerno ue au ao seu uar de ia ais ova Mais ma menna m o aero qe ica o rse esio servao à feminae nesa faía: Se ao menos voê fosse home, não tera qe passar por sso A cobiação ss enunciaos e rncpan a ciação iaora u os acoaa pssui a esa onaae conrasiva e oscia aeos evoaa pa raição a aiga cúes a rã, raiva o pai, seo e vinaça e sobreo o snino q a es sozia, argaa na vda e a mas e sua prória exsêcia. Esar a ms a re a ua sére e icuaes ue aravsso es a iâcia para susenar seu fncionaeno narcíscosocial ão a aias, sniase sere arapaano, esaiaa e icovniene Rpiva qaquer conexo que inerprasse coo cessvee einino: pao, cuiaos co o coro e a beza, narraivas roâncas e inrias aorosas voveo erceiros. Os oros sepr se iveria à su st, ra coo u brinqo, u obo para a raa e razr aeios esa conção viase nevitaveene oaa peos ouros Esava sepre ora, xcuía, a as Por ouro a s a a menos a r a a rocpaço consae e sua via: saber qanta aa fará aos ouros Quao craça ia a ras e pssoas escoecas e freqüeava ciéros coo uma spécie e iversão Quera sabr ao as sobr o qe sria fazer aa, gerar sauads, vocar o que oeria r so sso se esobr na aasa u ei q a sá resene a seu prro veóro, vrcao qm esá á, q s ene sore sa faa Isso aparece aa nas prurbaçõs eraas pea proxiae e seu ani versár Angsias co esa a pois os ouros osrarão ai, s aa reocase co a Mas s o é ua fasa pro va, pos ea jaas sabrá se esão ai por a ou por obração Na esa ha ea reva seneo e ifrioriae cacaa Cobra eciaee os o ue s rabalo vae, eno o merado or reerênca Gosto qu me pgue a enos assm é como se e tvesse do alo a mas Fco com a sensa ção que os outros me ee alo.
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Estar s ou estar enos formam assm m ccuto eo qua o gozo cacuado Esta a eos, esta em d ou em nsufcnca, a posção a partr da qua se atculam os sgnfcantes que macam a fata para este sueto, os sgnfcantes fcos que abzam seu deseo, mas també o aenam Estar ais, como eemento exco, sem mportânca, eemento que não conta, caracterza, nversamente, sa posção como obeto A unta dos dtos parentas pareca artcar o sntoma, como sgnifcação do Outro (s(A)), da segunte forma: Você está mais coo flh e menos como ulher. Até então sa exstênca hava se desenroado em st equbro entre o mais e o enos Eqbro este organado pea esperança fantasmtca de que m da os ss da eqação se nerteram: o da da grande vngança, o o a em que o exmardo se transformara A estão qe a ndz a ma crse nesta forma de ccuo do gozo se desencadea qando ea constata que está mis frente ao casa formado por sua agora examga e seu exma rdo Aparentemente sso devera representar apenas ua re petção confrmatóa da fantasa Mas é jstamente nesta confrmação e a fntasa fracassa E fracassa na meda em e ea se d conta de que não é "para ea qe este casa se fora No se ta smpesente para hmha, tua ção ue tera sdo bem menos dfíc e enrentar, como ea re conhece Ees não se nram por casa dea, o contra ea Este fo o ponto enatzado na eratéga nca da dreção deste trataento. Fae vacar a untura entre as das rases fantasmtcas observando qe ea se encontrava no ponto de gação entre ambas Esar a mis para o pa não era o xao n erso de estar ens para a mãe ssnaar fortemente que um no "compensav o outro, qe hava ago escapando nes ta eação aparentemente perfeta Ser a lha a mais não é o mesmo qe ser enos que u home Este camo precptou das novas estões Por qe ea amas cogtara, ou evara a séro, a déa de ter um fho Correatamente: por qe ea sentrase e ma dda pag ve dante de se emardo? Uma dívda ue se nstaara estanhamente como ustfcatva para o ugar de exporada, usada e asada por este homem
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'De fato, se mãe ão tia uga em uma ijução fatasática comadada pea alteativa ente a mas e a nos Também esta com um omem, foa da submissão à díida, sigificava meamete ma ivesão pusioa: smetêo, miháo, usáo só paa transar Ta fase começa a gaha eeo com o desameto da fantasia de vigaça vove se desta foma com outos omes suge etão como a iiên cia de um acing out. ão pea iiciativa desejate mas peo tom de afonta, de utaassamento da ei que gaaa em seu discuso e peo deigamento de quaque pespectiva de envoimeto amooso O significante só de só para ansar camou imediatamete a ateção Fucioava como ma baea ao outo pois idicava tato só, o sentido e apns paa tansa quato só o setido de sozinha. esposta a esta iteveção apaece um soo, aiás t ê em que apaeemete a deseja. O dete insóito é que neste soo ea se vê dotada de um pêis Há, conci, um pênis a as Competamente úti paa a sitação, com este ais ada podia se feito com m homem. m uma seguda eitua do sono e ocoe ue ta imagem coespodeia ao idea de um amo pefeito, oe a iteveniência da sexuaidade ão seia um icômodo. Isso se coa com a sensação e que o home do soo a deseja e cooca e questão a caua deste desejo Seia ee homossexa? Nesta inha ficava cao como sua vicuação amoosa tazia cosigo m apagameto cacuado do desejo Ali ond ao não djo al onde desjo ã ao - esta dispaidade susteta vase na foma como ea paecia eui os ditos mateno e pa teo paa sigifica sua pópia posição. o pao da fiiação as uma flha emetia a um uga ão difeeciado, eativamete amofo e acessóio Estava assi icuída a séie mas não fazia pate dea. a esta codição de ebaixameto fáico, quase de excesso, qe se pemitia se amada Ivesamete, plo mnos foss ho o dito mateo caía como um refoço isso pois a esfea d idetificação euiase à mãe neste ebaixaento Isso poduzia uma cousão do fao ao ob jeto, pópia do fatasma a histeia. Se a itemediadoa, a pocuadoa do desejo de outa muhe, a embaixatiz desse
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esejo juno a u oe era a fora de ia que encorou para ese fi Dedicarase sepre econrar naorados par sas aigas. Faziase e confidee e ediadora para s crises con ugais aleias. Esava sempre or pero disponel e esperava graidão por seus résios. ica caro, nesa alura, que o e secaeaeno dos sinoas a crise de goo na qa se vi lançada decorria a jnção ere a raição amorosa da aiga e a raição desejane o arid. Junção que puna e qesão jusamene o fao e que seus ais ivera u casaeo longo, e ao que tudo idica feliz e que pese a insficiêcia fi nanceira do pai. A partir disso chegouse ua ova verene qe essig nificaria os sinoas Seu pai que aravessara sucessivos esasres fiaceiros era duramee criicao por isso. esas â e , oo sob sua uela. Repeese assi u aspecto da relação co o exarido Essa era a mariz do iplso à vingança. Ela fora besucedida exatamene ai one o pai fracassara: ea era mais qe hoe na esma medida e qe o pai era enos que um home. a esfera dos ieais isso e encorav de fora disseminada. Algum da aqueles qe a havia hilhado e despreado seriam obrigados a cotaar seu scesso e reaização edido por se sucesso proissiona. aharia ais que os hoens Seria o obeo de inveja assi coo u dia el os in vjo Ea eri ais qe ods eles. Isso era a conraparida imaginária pela hihação e sofrera. A ustça, oravase ua figuração de se cácul neuróico o gozo: a complea paridae enre sacrifcio e resiuição. Nesta reversão resiiria o ajuste de conts que ea ia a reaizar co seu pai. A insabiidae de sa fiiação ao pai e, nesse senio, ua hisória abígua Recsva qalquer proxiidae com raços, iagens o siuações ue a aria reconecerse na inhage paerna pediase e oar riscos profissionis pois eia que iss o a evasse a repeir a s aga de espercios inú eis aos qais o pai se dedicaa Saa que aiás era ua raição na linhage paerna. Ms coo cosuma aconecer os
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maadoes de sua ifeeça ao pai aduamente ão se mos tando fomas dedas d afia a alieação a se esejo Da escoa da pofissão, ao egajamento eiioso, da concidên cia de escoas amoosas à epetição de cetas popesões, co ea a apaece a foma deegatóia e sua filiação, e o ozo extaído desta idetificação acísica. A anáise desta sie idetificatóia acabou po pecpita um objeto pivieiado em sua ecooma de gozo oa A fa tasia de esta foa e si, oado-se em uma eação sexua, dominava sua imainação eótica e compuna uma sie com plemeta à a fantasia de observa-se em seu pópio fueal. Acabou admitin seus encontos sexuais, com o exmaido, se ecoesse a ta a tifíco. Esta fantasia euia em si a soução paa iúmeos po blemas: ea setia ue seu maido estaa com outa, evadia seu desejo deste omem, egaaa-o com esta atimaa pois assim ee a taía . . co ea mesma. Fiamete ela estava so zia, a mais, foa da situação, eduzida a um oa de ode exaía seu ozo, pea imagem da competude do Outo. Ela se compaz com o fato de ue ee jamais imaiaa auio, ue ele achava ue estava usando, mas a edae estava sendo usado. O fascío po este equíoco emetia-se a diesas ce as iais ode ea ola o pai, sem se olhada. Ode ela goza com o pesamento e ue ee ão sabe ue ea sabe. Ceta ez ceano em casa ais edo, pecebe ue o pai está com ou ta mule. Depois de onstena-se com a cena, po aus istates, ea sai e casa, votado bem mais tade, coo e naa tivesse acontecido. Jamais eeaa isso e matia este seedo soznha. O stoma da compusão a iga paa sua pó pia casa para sabe se alguém estava á encotava assim uma essgnifcaão. A embaça desta cea, e o tabao sobe ea, têm efei tos decisios paa o eneaento esta ue pode se coside aa a pimeia fase desta aáise Até então a cena a emetia aeas ao pai povava seu caáte dúbio, o ua ão se podia cofia, fazia om ue e soubesse ao sem que o outo sou besse ue ea sabia. A ca macaa aida ue ea estava a mais na situação aoa adeda caamete ao gozo escópico Saie
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o então a oânca de a e na cena e etã obe qe ela jamas dsera nada. Tudo o qe ea aoaa obe ea cena emente ubtaía qalqe po e deejo goo o abe obre esa muher iso é ela nã onta a ea apena ma a sobe a qa o pai exerca e upso admo. Ao onentrar-e nesta muher a menos taço e quecdo olta a ona: esta muher orria. Caamente osra a saisfação om o e se pasaa. É oada então o ua etação taez eta mulher tiese pecebido sa resença. É nese onto que a cena embraa pasa a indca o enono nfanil com o Real. este momento a recoração nfan pasa ú gia em orno da temátca do deeo em Ota muer. Os in tomas ca pedem sa força ou desaparee. A obsão com a infdedade o ex-mardo dexa e ocpar paia mente ua aenção. Semo enão a quesão ínca de noso iediao ine resse esse ameo de m aso de hste. O estado euó tico sob o qa a paiete apresena-se paa análse inica algo preciso. Ela não sofe aea pea humlao figa na re laão com o ex-maido com a amga com o pa u em seu pecalos profisionai Ea se viu lançada em uma cse de oo quando o faama que faza dea humilhação assia a foma masoquia de atisfação se u abaado. Em ou tas palava a poção do sujeio no fanasa coo mas o menos muher ou la foi inufiene para lida com o Rea Isso exig a dana na vaate fatasáca qe é co elativa de ua alteração na economa de oo o qe expic o etado de crie, de colapo do inoma e emerência de oa formas de ofimento que a traem anáise Antes disso, dexar-e umlhar ou diminr pelo Otro, arcuava ua rede de ntoma mas não m eequiíbrio do cálculo do oo. Nea humilação esá fguraa a casração aa o sueo a tabé a compeude do Ouo. pai e e epeentante goam ao excí-la. Ela oa ao se fae exclída. Sua condção de faltane o de casa paa o desejo do Ouo e eqiaaa proioraene à a condção e objeo ara o oo do Oo ( < = ).
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o enanto o Real mosra ago mas a ese sujeo. A u a ação de sua aa e e seu exmaro, repete o que ha va se passao na cena com seu pa e oura ulher, mas amém o qe se passara no mpossível esejo de sua mãe or seu a As muheres cas que hatam seu magnro, e ão suorte à entfcação com a osção e "a mais ou "a me os, são mheres fecaas em s memas São mulheres so ltras, caías do Outro Mulheres que guram o gozo sem nenuma breca para o esejo Ora, quano a etas mu lheres, as recsamene sua amiga, revela-se esejante ea compreene a nutlade e sua oferta de ozo Compreee a nlde d a humlhação e a qal se fez as sar Não é só sso que ela quer, há u resto u ao a as, que não oe ser recoerto com o a lgo a menos e sua rópra castração O abalho anaítco para conornar, mas também apro vetar, esta crse e ozo como um momento ecno do ra ameo, conssti em esacar esta fnção de resto ou de ão pardae, coo ago crculante a econoa psonal e não apeas restuío ao seu ponto esttco e organzatvo ara a reaade antastca o sjeto Isso oi feto através e s cesvs nterenções que rocravam aontar a dsardade entre o fao e os objetos que aqele vsaa recobrr.
Ü CÁLCULO NEURÓTICO DO GOZ
O Todo é o não- vedadeiro.
T. Adorno
Ao anaisaros agumas narrativas e cenrios tóricos sob os uais Laca desenvolveu sua teoria sobre o gozo vios a imortância assuida ea teori do vaor Tabém o caso cnico aresentado em seguia, enatizouse coo a oscia ções no ano dos sintomas e as ientiicações deedera da balança entre vaor para o esejo e do vaor para o ozo as sumio or certos eementos o caso Basta lembrar ue a osição subetiva na abertur o tra tamento está claramente assinaada pela figua discusva do sacrifcio Ea sacrificavase peo marido em diferents senti dos As coisas se comicam quando ea percebe a intiidade dest sacrifcio Quando ela põe em questão tanto a casa (o e nome do qu) quato os fins (o para que) ue rege est sacricio, ela se vê lançada em uma crise de gozo e em um roun damento de sua divisão subjetiva Poderamos destacar certos eas recorrentes ns narra tivas da modernidade certos ugares retóricos dominates, pe os quais esta ivisão do sujeito oi pensada na su relação com o prazer a satisfaão e o gozo. Um dos mais imortaes é o tema do sacricio Freu, ao referirse ao el da cutura a deeinação da neurose é taxtivo: a cutura exige sacrifcios Scricios uanto ao adiaento a satisaão (pricípio da reidade) uanto à eúncia ao gozo (copleo de castração) e uato
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ao m odo, intensiad e e objeto igdos o prazer ( ublição). E troca deste sacrifíio o que cura oferece são idei e foras drivas o sbstitutivs de restitião do que foi re nniado A restituição oferecerá sepre enos do qe oi exigio coo era, ta é o ito eurótico Ocorre que ta proeso não é apeas a abtço ge neraizate, ee e ostra de for oncreta na fa de pacien es neuróticos O sea, discurso q, or estrtur, afirar qe o sarifício é deasiao O sintoa neurótico surg ssi oo artifíio ara antecir a restituição, ara transgredir a regra do sarifício, realizano sibolic nte a satisfaão s sad a o Otro Obsere-s oo ógica euróca o srifício se esdo br e inúeras ariantes rocedentes as iersas nrrativs ornas Na narratia do trabho, or exeo, isso signi co o engaaento e a atiidade alinante, desrazeroa e osti oferecia e troca a roessa e asensão social e e aceso a bens de conso U sarifcio e odria orga nizar via e seito, baseanoa a sa arreira ou na ressa ontína e ai aa de libertação, igniad ou reali zação1 Na efera da narratia econôica isso se trazi ela oosição entre aação e eseríio Isso aarece, or exeo, na onheida ieoogia segno a a a orige da oreza reie no arter erdurio do pobre, o seja, agué não s reoca o o fturo, oe abrir ão de sacrifi carse no resente, ta qa a fába da ciarra E otas pa ara orig a breza staria no esonheciento o desreseito à regra o sarifício T regra sõe ue o sacri fíci onstiti tant aor intrnso coo extrínseco, ou sea, a stratgia a alação egoísta é a estratégia s tifie ois é eio aeado ara o esenoviento e tabé fi e si so
1.
Ve a este espeito, enett,
R.
A corosão do caráter - conseq üêcas pessoais o rablo 10 ovo a p alsmo. São Paul: Record 1999.
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No plno ríico encontros oposição si n elção ente crime e castio Seu coreto éico é jus roporcionalie entre ireios e everes, qe se espera assiil qno se supõe sujeito oerno, otdo de uonoi e atorelexivie Nisso que regl o so os ireitos há in lgo a scriicr, o sej, o bso o direito Ter a posse o a prerrogtiv pr go supõe, ain, que se o uso não excea m certo imite Mas ql? Justmente o e mnter lgo e or e scriício, e ão trnsorálo e uso, s reserválo em potêci e tlizção. Outr cen iscrsiv one o tem do scriício prece e m acae a aava am mc ela sacriício parece sob orm e tensão entre proess e ecepção A promess e m aor conclío, eco e si eso e em consonânci co s exiêncis via ailir, representou m os ais orte ideais oerniae. A ecepção que ele gero ecorre orça e sua roess O mor tornse ssi vor intrínseco, em nção do ql toos os scricios são egítios versmente o scríco tor nose a eid de legitmiae o mor No plano reliioso, tendo em vista trição jucocris tã, ess mes lógic o scriício se mosr pririene n ilic entre cp e perão Laca, por exepo, retom inúmeras vezes o te o sacrici de Isc, pra ilstrr cen originári o jaísmo Ao erger a espa pra scriicar se próprio ilho, Abrão sea a alinç e seu pvo, ao agir em nome de. A intercessão e Iavé inaugura a srie pel qu sacrifício é trocao por outro. Um vez substituío peo coreiro ele sepre poerá ser sbstiío por alg is Vemos, por estas breves indicções, qe algus s granes narrativas que copõem a moerniae rescreve m lugar privilegio pra questão o scriíco Adorno e Horkheier salientar, trvés proxição entre o su eito oderno e igur o Ulisses grego, coo este sacriício é stcioso Ao correntrse o mstro e tmp co cer os 2
2 Adorno T. & Hokheimee M : oge Za, 1988
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ouvios dos escraos que remam o navio, Uisses permitese ter acesso ao canto as sreias. Pela privaão caculada e sua própria berdade, Uisses abrse para uma satisfaão da qual não poder todagozar. Sacrifíco, restituição e resto Sofrmetos grandes demais co relação aos mp lsos do coao pode evar a uma ou ou tra atit ude; ou repelimos violen taete q , - a le com ma espécie d desespero. Smone Weil
por meio da relaão entre perda e restituião qu estas narrativas funcionam no lano a atribuião d valors. Dizs que o vaor de algo pode ser calculado tanto pela possiilidade de troca quanto pela possiilidad d coparaão com outra coisa É a teoria clssica do valor qu vimos ser utilizada por Saussure, na esfra da lingüística Mas esta teoria enfatiza apenas o valor e troca, ou sja, o valor que algo possui quando ode sr negavado e substituído por outra coisa H portanto m valor produzido ela difrença, que é puramente simbóico. nesta lina qu Lacan enatizará o papel da alta na dialética do desjo. A falta, aprsentada na esfera do significant, é a conião para que ago s creva como valor para o desejo. Há ainda uma orma vaor dtrinada plo uso. Neste cas costumase evar em conta critérios pragmticos para determinar o valor de ago. Critérios que procura estaelcer a orma, o tipo ou a intensidade de satisfaão qu ago evoca par alguém. É a teoria o valor que vimos sr utilizada por Bentham, na esfera do utiitariso. Na toria do valor de troca o valor é produzido pela mediaão, isto é, pelo luar que ago ocpa no conunto qu prescreve as permutaõs que lhe são possíveis. a teora do valor de uso o que imorta não são apenas os meios mas undamentalmente os fins. Como afirma va Frud, os ins (Ziel) da pusão são sempre a obtenão de
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prazer O prazer depede de a rego o coro e recolhe o crcto plsoal, as zoas erógeas Os ojetos, nesse setdo, são sempre costtídos e sados ela tlidade plsoal qe oferecem. Há portato o valor qe ago assme ado pode ser redzdo, corporado o tlzado na esfera do corpo Coo se sabe, o corpo qe cota a ão é o corpo oímco, mas o corpo fatasátco É para este reme corporal qe o prazer assme alor coo realzaço mara. amemos coo estas ds formas de vaor se c gam a formação do stoma Imagemos stação ode rapaz está teressado em ua dozela le ecotra em a praça e ela dea car se leço salzado a possiblda de de ma aproxmaç ov terdtada para este rapaz. Em ez de aproxmarse d ama ele recolhe o eço e o gara Posterorete ecotr sp ração este objeto para sa vda de fatasa Mas adate a da ele "esqece o epsódo e passa a desevolver, damos, a paxão complsva por colecoar leços O traço mas marcate desta compulsão é que tas leços deve pemaecer rgorosamete lmpos de ta forma qe amas podem ser sados Cosgra ass a preza oscea de seu stoma ao trabalho deslocado de se deseo Nesta agem carcata da formação de m stoa emos como aqulo qe calmete possía alor de troca, sgfcate que medaa o desejo free à mlher amada, torase, sbstttvamete, m objeto ara etraço de gzo, ma maem para uso fatasístco. Não se trata smplse te da mdaça de a forma de alor para otra, a ez qe ambas se artclm em m "gozo coscete ardadas as lmtações do exempo ele permte apresetar o sitoma coo ma roporção etre das formas feretes de trbção de valor, como m compromsso etre amas O sg cate fálco, o caso o leço, fcoa como a promessa U proessa desejate e alde ao gozo stado em algm lugar a dama. Coo o gozo prometd é sempre despropocoal ao gozo ecotrdo podemos dzer qe a resposa stomátca sstt a decepço com o ojeto, por m goz a mas Um gozo e etrapola o objeto, e o abusa, e o ecede É o gozo do stoma
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a po qe digo qe o gozo conio na romea álica depopocional ao gozo enconado no objeo? q encon rao o gão de areia no cálclo neóico do gozo Enre o valo de roca e do valo de uo, acan inodz m erceo eeeno, o ea, aqilo qe eá ora do valo, aqilo que não e inreve na aibião de valo o ea Todo o cedâneo, clínico o eóico, qe Lacan conere ao real poem ea paiclaidade de cooper, de diolve, de colapar a i crião de algo na ordem do valor A agúia, o encono ra máico (tiquê), o corpo, a alcinao, a epeição ão odo exeplo daqilo qe é nada paa o valo, poqe eiem a e ii po oa coia O impoível, o inoinável, a Coia, o edo, o dejeo ão po e a vez exempo do qe não adie valo no pano do o. iller3 realo be a peqena mdança ocoida na ee de acan oe a reação ene o gozo e o cálclo Em Radfa Lacan aima qe o inconciene az paa o gozo à conaiidade No Semináio XX, ele airma qe o sinthome é a foa de aze a cotailidade, o o cálco do gozo A d aerçõe não no paecem incompatívei ua vez qe o polea é jamene a opeaão de dplo ciaeno, com operadoe diino: a unção álica e o ojeo a. Poano o cálclo eróico do gozo pode er decio coo paeamno ee dua oma di ina de incição de valo : a oca e o uo Ee paeameno ame a imagem de m saciício onde algo de grandeza poiiva é onado eqi valene a algo de gandeza negaiva Ma e a gandeza poi iva aldida pela proea, é repeenada por elemeno e e i é pra negaividade poi o alo, como al, é apena o epeenae da ala Inveamene a grandeza negaiva, aida pela decepço, é epreenada po m elemeno qe e i apaece coo pa poiividade, o eja, a iagem alie-
3 le, J-A. Lo gos de goce Bnos Ais: Paidó 1998 p 3248 e tbém Mer .A Les sx paradiges de joissanc La Cuse Fre1diee. Rve de Psytanalyse, 'École de a Cause Fednne n 43 73
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nante do obeto essato qe ta pareamento é fadado ao fra casso e qe a acasso aparece pea emergncia o rea. Por exepo, no caso do "Homem dos ratos o pacen te ao esctar o vaor a ser pago por sessão tradz isso nos teros de sua "ingagem nerótica tantos Forins = tantos aos. Ora, sso poe ser o como ua conversão pereia entre a oeda soca (orns) e a moeda parcar para uo na fantasia (Ratos) Mas esta conversão só é reazada porqe e ato "Forins não é m eqvaente perfeto de "atos, pos no cáco agregase maisegozo De modo seeante quando o pacente hesita entre casarse por aor ou casarse por dinheiro, o cáco se organza e torno da identificação ao sintoma de se pai Esta troca não tera aores conseqüêncas se não permitsse ao paciente extrar asdegozo nesta espera Espera qe aiás apareca no sintoma do adia mento contíno da reazação da prova qe o abiitaria como avogado Espera, hestação, dúvida cuja raiz resida no enncado fantasmtc: "se olho a mlher na e pai eve orrer Ora, a paridade entre os dos sintagas deste enncado é justamente ma pardade não copletaente proporcona Há m resído neste cálco, o gozo a ais (olo ua mher) não recobre copletaente o gozo a enos o pai orto, entre ambos há o rea Veos nestes aspectos do caso coo as narrativas modernas sobre o sacrfício eprestam o imaginário sobre o qa se expressa os conitos do sito Até aqi apresente a noção de cálclo do gozo de odo descrtivo. Isso poe representar ag gao na sistematzação de aguns conceitos acanianos, de forma a organizáos peo recorte a teora do vaor Mas o qe otiva prmaraente esta formação é a tentativa de entender m feôme no clínico assocado às transormações da econoa do gozo. No caso apresentado no capítlo anteror vos como, ao ongo do tratamento, e meso antes dele, há a verdadeira s cessão de estados do stoa Aguns co os quais a anaisane convva como ua espcie e estino, iant o qa caia 4
4. Fud , S. ( 1909 ) A popósto d um caso d neurose obsesiv ln: OC Op cit V X.
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reare e eperar, como o p arcero-ntoma" Otro qe apareem apó ma aço de cre e com relaço ao qa reava ma atfaço, ma ncênca: ntoma eo tôco, dr a ma certa traço pscaalítc a. Hava aa m ercero estao do ntoma quano ete é reconheco cmo prtar e ma certa verae ore o jeto, com ma ol o poível ma provóra para a exênca o e ejo e do ozo Ne ta fae o toma se torna clído a tras ferêca e o ujeto conente em ma parte do ozo qe ete propca avera ana ma qarta fae o ntoma, qe La ca chamo e sinthome. Aq e põe qe ala lberade tenha o conqstada qato ao estno o ozo. Ao fal a anále, por exeplo o ujeto tera aceo a m oo qe ante lhe era mposível Ma qanto a erer o o gozar, na a o ora a o . O qe levanta todo tpo e prolema com o o camao s aldo cínco d a anále o ana a detfcaço ao sinthome Como afrma Soller aumr ou rejetar o qe e coru no nconcente é uma ecolha dexa da ao jeto" , 5 conttuno a a escolha mas nondá ve do er acan stua eta posldae tlzando explctamente o tema d o acrifíco : e o e ótico nã o e, o ee ecs eciçete té o i ái e, é sacricr ctço o gozo o to, eixoo evie e E o etá eo, o ebo e s ita o e exite e ai iút, Fte o u Ai , o e cc ee u feeç ( tuo, meo io) o ozo e m to qe, o eeo, o exite? 6
u eja, a neroe etrt rae, o ponto e vta o gozo, peo pareamento entre a catraço no jet o e o ozo no Otro Se o neuróco recua dante do acrfíco repreentao pela a catração é porue eta eqvae, fantama tcamente, ao ozo do utro Ea evalênca, na efera da troca, parece por uma contrapart a na efera o uo, nca a pelo
5 So, C Variávei do fm de a náls. Cpns Pprs, 1998, p. 65 L, J Srso do sjeo e dl do desejo n: Escits O c., p 841
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atrios de eos alia lic, ieretes à erose nútil fal taaser, a-mas tds epessões qe aotm ara m saci cio existecial, o ideiicatório, iútil, do poo de is do gozo. Volteos às ds ases o esados iiciais do sitoa O ole clo qe srge ese momeo como irodzir ma vacilação da oa de gozo regae E os alavras, como aer ma cera distâca enre o Idel e o obe to, ma ez qe al disâcia cosiiria a "mola mestra da direção do raaeo Ora, a disâcia etre o Ideal e o ob eo a coresode ustaee a ma osição iermediria ere a rpra da esabilidade do cálclo do gozo, carcterísica da primeira ase do sitoa, e crise de gozo, caracersica da segda ase do sitoa. So os asícios da raserêcia se ria possíel rodzir ma escie de "crise artificial o gozo ecssria ao aameto. A clíica coemorâea aece marcda pela hegeoia desas das oras de areseação do sioma D� m lado as eoses de carer, as hiserias com séias diicldades de iplicação sjeia, paciees qe azem deadas disas em oro, or exemlo, de atocohecimeo o de a aesesia psíica geeralizada, casos ode o sorimeo se aeseta so ora de estailizaço da sigiicção O seio parece aceiar se sioma, aálo ela ia da ideiicação coo a arte iamovíel de si mesmo É o qe Fed des creve como rocesso de omação do carer Aqi como se o ideal se desligsse do oeo, qe ela degradção siólica dese ideal, qer pela ilação iagiria do oeto. Nas das siações o ojeo codese co o se semlate No exremo oposo, h os aalisaes qe estão às volas c q m o desecdeameto qase peraete de m cise de gozo: esados liies, codições recrias de sobreivêcia síuica, pâico, aações coiadas, pacietes qe aze dedas gees e paecem esa se e a imiêcia de um colpso So casos ode o soieo psíqico s aesea 7
7 Lac an, J O senáro Lvro XI. Os qua tro coeos f dame as a psicaáls (1 964) Ri de Jane: Jorge Zahar 1988, p 258.
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ob f�rma de iabiidade igificação co ocaçõe de umor e conrae irupivo o afeo ui coo e o idea enrae e couo co o objeo, fenôeno qe Fred dereeu efera do arciio, em "Picoogia da maa anáie o ego, ma ab em "uo e meancoia Nea iuaço o objeo perde eu ebane e ua obra ou mioidade ai obre o eu. Ea dua fora e apreeação o inoma poderiam er eparada egudo ouro cririo A angúia, por exempo, paece ear em faa o primeiro co, e e exceo no egundo Ma reorneo ao ema do acrifício como figuração do cácuo neróio do gozo Soer ma da poca auora a aienar ua imporância para a picanáie Para ea o acrifcio é ma perda conenda e a memo pocurada O acrifcio pode er coniderado do pono de via do objeo o do ao A ondição do objeto par qe ee ere no circio do acrifício ue ee poua aor Pode er ao ago a ina do qe Lacan camo de en (Sache) quano algo evanecene como a eperança, o idai, a faia o o aore .. o arfíio não é emre no nív de ter", o aív de e arfar é bem ma amo, ma em um traço omm ue ae seja o mmo ue artria o ter" : ai ob uma artéta etá no domno o ma ou meno e odemo oloar a egunta Qanto? ( . . . ) Dede que dgamo qu é arfiáve é neeriamente u objeto ue ae, imicamo auma oa Qua o rnío o ao Pod em afma exi omene u río do l ao oho da aá o ozo, i o oo. 8
A picaie oporeia, nee apeco, à éica kaiana poi reua idéia de obeo que eria o uivera acrifi cve Um obeo que poa, de form racendee, deermi ar, de modo nivera, a vonae de cada um e onde odo e reonheçam no e valo Kan procuraa uma forma de ifiar o acrifcio incondiciona, baeado o puro dever deineeado A picaáise decara o uiera o pano do 8 I p 140.
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bje mas não a incndicnalidade da inância que eie o sacrifício sa insância é o suerego. Nese conex Soller isola duas frmas de sacrifíco: a cndicinal e a incndicional O sacrifíci cniciona se veri fica quando a esclha e um maisdegzar eclui u or, is é quando um maisegzar é roca u subsiuíd por uro, siuação para qa a auora prpõe a seguine oaã: (+ ) (+ ) É que se observa, r exepo n que Hélne Deusch chamu de " renúncia feminia, u seja abdicar das aspira ções pessoais para vêlas reaizadas de frma indirea n ob eo masculin eleio Poderíaos falar ainda a ã que se riva de qualquer sasfaçã ara vêla reaizada, or rcuraçã, em seus filos É ainda que se aricua na reivinicaçã hisérica por usiça ou n clculo obsessivo das compensações O gozo erdido je ser resiuíd amanhã, a rivação e gozo o sujeio ser resiuía cmo realizaçã de goz n Our, e assim por diane É imrane saliear que esa frma de ccul do zo aresenase clinicamene ela hegemnia moo subjuniv o discurso Em expressões como Quando eu fzer . ou Se ele consentisse csuma ficar clara a osiçã sacrificial d sujeio e relação a bjeo que con dcina seu g Veos assim que a rosta de olle esá de acord cm a rimeira verene de esads do sinoa que aresenams anerirmene No sacrifício incondiciona, ao conrrio, o bje é esi uído de seu semblane A disjunção enre o gzo eri e o goz resiuí na sua arcialidae de maisdegozar, fia clara Aqui o sujei goz da rivação em si mesma e não a omando co um meio ara um deerminado fim Sibony9 em
9 Sboy, D Vr coes sobre el sacrifcio. n Perversiones - diáogos sobr ocuras "act1ales. Méxco: Sg XXI, 1990, p 292.
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peueo esaio soe o sacrifício a atiga cutura Asteca, afirma ue este caso o sacrifício procura fudar o objto ao se cofdir co ee É o ue se verifica a aorexia, por exepo, e e todas as foras onde o obeto é adificado, xcuindose do campo do vaor A otação proposta por Ser é a seguine (+G) (G) Sua ierpreação é de ue ste caso o gozo aais se ecoraria coo a poêcia do gozo a eos, iso é tratarseia de ua reaão exonecia N caso a seguda verete sitoáica apresetada ateriorete. Seria ais próprio aar em u descerameo, em a disjunção o cácuo do gozo A otação coiua a os ser úti desde e a eiamos cmo uma ueda do seblate ue revese o ojeto, ou coo uma disparidade etre os eeetos ue represeta a fata A crise de gozo tratamento pscanalíico dev, a edda do possível ser efetudo u estado de pvação e ab tnêa. O
Freud
cohecida a afirmação de Freud de ue a difereça etre a euose e a oraidade é de cho uaitativ e não qaitaivo Em ue pese o pouco ieresse ue a oção e nor· aidade pode represetar para a psicaáise peso a afiração de Freud exprime u proea cíico reevte, a saber o ue faz co ue, sob determiadas circusâias, a é ceda so o peso e seu stma? Para Freud a rsosa é reatiaete sipes: tratase de aeo ou dii ção de iido, isuporáve ao apareho psíquico Tratse do peso do ator atitaivo"
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Et ira etil de ida este peo iortáel da exitêcia ete acas e repetições qe costmam rereetar o ltrapamet de m certo limite do sofrimeto píico toleráel cotitem otra maera de cosiderr o prblea, cmo e ê a egite afirmação de Lca: o qe escobimos no sintom, em su essênci não é m cho o utro, no é o qe se mostr ao uto o sintoa e s ntreza, é gozo não o esqueçm gozo engnoso, se úvi unterbliebene Befiediug; o siom não em ne cessia e e vocês coo o acin g ou, o sinom se bast; é a or e o que ensine i, singr o esejo, o gozo é o que vi té a cois hveno sso ea barrer o bem er zer o princípio o p rzer, e por isso o gozo poe ser rzo por Unust. 10
Ma e a esêcia do sitoma é o gozo qe este propcia o jeito e se ete gozo repreeta m ltrapasameto do pricpio do prazer, como explicar etã a dissolção do si toma? As trafrmaçõe e eslizaetos qe ele sofre a log de a ále bem como a irrpão do ozo foa do sitma gerem qe há uma relção de captra e desembrameto etre itma e gozo Neta relaão a pert qe o iterea diz repeito às codições de satsfação com o própro stoma M preciamete com a isficiêcia o istabiidde d itoma para rtclar, regular e distriir o gz Fik circcreve m apecto deta estão o indicar qe geralmete a procra pela aálie é precedid po ma "crie de gozo (ouissance crisis) . Em tras palaras, o a ciete ão pede apeas qe o itoa sej removid, mas se eixa de sa úbita adeqação e falta de efetividade. É icmm qe algém admita o prazer o atifação evolido itoma ma pr tro lado o eo comm itidamete 1
10 Lcn J. O enáo Lo X A n l de 23 e neo e 1963. 11. Fnk B A Clii [1roduto1 o Lia1 Psywanysis Tery ad cniq. Mces: Hw Pe 1997 8
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pere omo se poe aar se sintoma sore toas as oisas Iss prouz interessante impasse tematzao ese Freu: o sjeto "qer livrase os sntomas mas no a paraoxal orma e satisaço que estes propiiam, ou seja, o se beneio primáio. O qe az o projeo lnio a psianálise uma operao e pea, e luto o e extraço e gozo que vai no sentio ontrário ao que o paiente, omo "liente o "sário, pee o espera Zizek,12 m ator laaniano interessao nas onluênias ieolgias este fao vem apontano omo a cltr o caitalismo tario é a ltura organzaa pelo sruto o sintoma omo eio estável e garantido e gozo Enjoy your symptom (apoveite se sintoma), ttulo e e ses livros, sugere assi ua esie e origao universal de auoaeao ao gozo o sitoa. Roueso retrata ertas onseqüênias o avanço esta oma e atiulaço soial em teros e ua ança na própria páta nia a psianálise Mança qe passa pelos ispositivos e oraço e analisas, pelas ontingênias o trataento reqüênia, peioiiade, extenso, et.), mas pinipalente anças nas pretensões os aalisantes A autora apota uma resente prevalênia e anál[! que se resolvem pela reestailizaço os sntoas Menos qe ma pera e gozo, veiase, nestes asos, m earanjo o sintoma em ae o gozo earranjo pragmátio e eiaz, esloaento e transoraç, qe mitas vezes se exprime em ratamentos esontíos, repletos e interrpções e etomaas, atravessaos po reapariões e "rises e gozo psianálise é taém, mas no apenas, ma ora e psiterapa oo aira Miller. Copreensivelente esta ao psoterapêta a sanálise enontra aior penetra ço na ultra e adesão na soiedade. No entanto, o eeito lí 13
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2 Zizek S Lookg Awry. Ca bridge, Massachusets IT, 1 995 3. Roudinesco E Po r que a pscnálse? i o de Jnero: Jorge Zhar 2000. 4 ille -A. Psicoerapi psicnálise n Forbes J (org ) Pscaálise ou scotaa. Cmpinas Ppirus 1997
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nico e rearrano o gozo poe ser obtio por otras ormas e intervenção scrsvas o etrascrsvas s srsos religiosos e parareligosos, a autoaja e os grpos e ete roaa, assim como psicofarmacologia e as inúmeras pro postas psicoterapêticas qe o séclo passao vi floreser, a começa peo potismo, são eemlos isso Há ma es tão e saía colocaa por esta aproiação, uma e q não é certo se tratar o mesmo efeito clínico, posto qe obti por métoos iferentes Isso só poe ser aceito se amitimo que o prouto poe ser issociao os mios qe le era fim, o qe em absoto poe ser consierao m posição sra em se tratando e trasformações subjetivas à lz a psianá lise Mas esta igressão se presta apeas a situar algums im plicações genéricas qe m eae ais apurao qe o poble ma clínico a crise e gozo" poe traer Veamos ntão alguns traços esta crise, teo em ente agora ma pque a geeralização clínic a fora coo esta se apresent U início a cosierar é a lacuna e saber que acopa a toda crise e gozo. Lacna no sentio e ue too into ma se faz enoler por uma rede e narratias, explicações e jstificativas qe fornecem ua espécie e consistência e ore nação ao malestar qe este prpicia. Não afiramos co iss qu pacientes aprsntese, aalente, à anális, destiíos e conjectras sobre se alstar, as qe estas são via de regra ineficazes, isficientes o duiosas O sintom te ua stóra e esta históra é sempre fragmentária, replta e incoerências e contrações, á os dizia Fred Em que pese tais atribtos ela sempre está investida e a unidade ima giária, siética à qe encontramos no plano o e A lac na no saber poe ser apresentaa como ma ruptura ess ndae iaginária qe torna o sintoma compreensível e to erável ao próprio seito Essa esorganização do saber traz, o entanto a instabiliae o elemento que o organza, o ponto anelaor e toda significação Lacan se referu a este elemeto iniciamente pela figra o poto e basta", epois pela noão e Nome o Pa e a segir pelo onceito e S", significate
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esre. Este onto anelador ossui ua função decisia na formação e sustentação do stoas Ele é, or assi dizer seu eleeto sioizante ou metaforizante. A crse de gozo se esencadeia or ua udança rutu ra ou desizamento do sitoa. O sintoma adquire certa esta ilidade ao se cnsolidar em estrutura de etáora. Na etáfora há m elemento etaforizado que ermanece e elisão e eise ara que a etáfora se sustente. Quando este elemeto erde o caráter de exterioriade ao cojto que este erite siolizar a estrutura da etáfora se desfaz Isso não ocorre em relação à metáfora ndamenta que constitui a es trutura da neurose a chamada metáfra ate ocorrer e relação a formações metafóricas deriadas desta qe constituem a estrutra e sintomas esecficos Assim o deramos falar e uma escie de contraetaforização como arte do rcesso qe eva ao fracasso do sitoma e à crise de ozo. as em tudo no sintoma se reduz à sua estrtura de etáfora. Freud á afirmara qe a iterretação do sintoma conduz a fantasias qe o sstetam. Lacan denomino o arti culador cetra destas fatasias iconscientes d atasma. É ao fatasa qe se remetem às formações arü de gozo ue se apreseta os sintomas esecíficos Por isso diersos autores reeremse à crise e goz atravs de exressões como aalo" ou vacilaçã" d antasa. Mas se o fatasa exri e esta relaçã estáica o sujeito ao objeto a, como exicar esta instaiiação? Lemremos de que c aresenta a esutura do fantasma em das versões. Uma gerica escrita eo matea ( ) e oa esecífica ode este se divide no fantasma na histeria � e o fansma na neuo osessia < (a a' a a . ). A diferença ermite situar a histeria como ma tentativa e metaorizar a osção do sujeito como oeto qe reresente a fata ara o Outro. O aao o fatasma da histeria ocorre rá semre quado o sujeito ercebe-se com excuído do Ou tro se ter como tomar gar ou saer qual o se lugar no Outro. No caso Dora ê-se que a Sr K ocua o lugar do obje to a, é ee qem sita Dora rente ao Outro reresentado aqui
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pea Sra O ujeio e inta o forma e ua cojugação o objeo a fao imagiário. Pois tudo o que está em questão para Dora, como pr toda histérica, é se r forneced ora deste signo sob orma imaginára O devotamento da stérc, sua paixão por se identificar com todos os drams sentimentais, de estar li, de sustentr nos bastidores uo o que possa acontecer d e apaixonante, e que, no entanto, ão é da su cont, é aí ue est a mo, o recurso em torno o que vegeta e prolifera todo o se comportmento 1 5
Ma enano ea poiço, one o eejo opera pr proão j fó re o fao e o objeo, a ideniicação ao inoma o ouro permanecerá eáve Ocorre e ao er inereaa ireamene peo Sr K, como objeo para eu deejo, ea ieniicaão se rome e suceee uma crie a economia e ozo Ta crise poe amir a eguine ecria:
(a . - c ) O A Aerae a forma e reazação do cácuo e gozo realizaa peo sujeio Em vez e ma conjunção meafórica enre fao e objeo a, ocorre uma ooição, uma inconciiabiiae enre ambo Io aparece em nunciaçõe aernaiv o opoi iva, que coumam imaginriamene orenar ai içõe . A neuroe obe iva, por u vez, caracerizae ea inaação o ujeio em ienificção ao Ouro barrao e pa eabiização meonímica a ére e objeo como eqvaenes convervei ao fao. O abao n fanama a neuroe obeiva ocorrerá porano uano o eizameno e roca o objeto introuzir ua ierença e impee ua reução ao arão fáico. Lacan comena o cao o "Homem o raos para eahar ee mea: . a propósito do pagmeto dos honorrios na nálise, tatos forins ttos aos, não psa de uma ilustração particulr d
5 L J semnáio. Lvo Z 1992
VI. A
tnrênca. Ro e Jeo: Je
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e ia lênci emanene de odos os objeos qu il o que é a esécie de mecado, do meaoismo dos obeos os s mas Ela se insceve, de maneira mais ou meos a ene, nma esécie de unidade com m, de adrãoouro O ao simbiza, oca or iamene o lgar da qui lo que chamo , na ed ida e qe ele é ma orma de ed ução de , e mesmo a d gad ação dese ignificane 1 6
Mas equao esa moeda euróica permaeceu eável, iso é, euao o Homem dos raos sabia com ga, para er o gozo restituído, podemos dizer ue sua ideificação ao sioma faia cositêcia Ocorre ue a impossibiidade de pagar um dívida coraída a ocasião da compra de ovos ócuos alerou sesivelmee este meabolismo dos objeos", prodido uma série de efeios qe vão dede a cofusão e amedroameo aé a despersoalização e agiação qe caraceriza sua cegada ao cosulório de Freud. Podese dizer, de forma imprecisa, que o Homem dos raos foi laçado em uma crise obsessiva, uma crise de gozo acordo com a ipótese qe desevovi aé aui sobre o cáclo euróico do gozo, podemos escrever tal crise da segie aeira: (a, (a', ( a, ( a , ) Ou seja, o falo deixa de ser uma uidade de medida eficaz para o cálculo do valor de gozo do objeo. Em o·ras palavras, a esraégia euróica de iscrição do gozo, ao a eurose obsessiva uano a histeria, esaria marcada ela equivalêcia ere perda e resiuição O gozo a meos, imposto pea csração, seria torado euivaee de um gozo a mais, compeendido pelas formações fáicas de resiuição, como o sioma A pressuposição euróica é de qe meos e mais são coesrveis e reversíveis e por isso a fala o Ouro se ideifica à demada o sujeio Esa função de coraparida 17
16 Ie, . 243. 17 L J ( 960) S d t e d t d d ente euo : Escritos. p t., p 803
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eívoca, eazada po fao, é essenca ao deszamento o deseo:
É que o falo, como mosamos alhures, é o sigiicae a prória ped que o sueio sore elo espedaçameno do igniicante, e em parte algua a funçã e ctpi a que um objeo arasado, na subordnaão do deseo à atic sim ólica, aparece e maneia mais ecsiva Podemos spo qe na suação de crse de gozo ocorr qe o fao ornase nsficiene paa cfrar o gozo. O objeto não é arrasado pe função de copda mencond no faeno acm Uma sção cuj oem evel a não popor conadde ene vor de so e vlo de oca.
8 Ln J. (1959) S o Jne n: Escitos. O. , . 723
A DIMENSÃO QUANTIIVA NA PSICOPATOLOGIA PSICANALÍIA
Sim 01 não?
O
qu e vocês fze tem o se do de armar qe a erdade do sime o ne róico é er a erdade como asa ? Lacan
pscopaologa pscanalca esenvolveuse soeuo em tono de cetas neuoses que podemos chama de cássicas: histeia, neuose obsessiva e obia. É a pati deas que boa pate das teses meapsicoógias foam apofundadas, ue os estudos sobe a cuua ganhaam eevo e que o modeo de tatameno foi formado. Não se poe descoece as ncsões de eudiaos e pósfeudianos sobe as psicoses e as pevesões mas eas são iidamente uma ampiação ou um prolongamento invesgaivo firmado sobe os achados em toro da neuose. A consução da noção de neuose aavessa o cojuno da oba eudiana e mpa soução de inúmeos pobemas abodados de foma aticuada. Po um ongo peíodo iicia Feud eseve às voas com a pocua do agene paógeo, em ouas paavas, com a etioogia e causaidade da neuoses. Ua segunda eapa foi dedicada à demonstação do isomofismo ente os pocessos patoógicos da neuose e as propiedades geais do apareho psíquico(soos, chistes, aos fahos, etc.). Logo depois eud debuçouse dieamente sobe aspectos do tatamento das neuoses e suas vicissitudes paa e seguida verifica apoxiações e generaizações e torno da simiaridade ente aspecos da neuose e a mentaidade pitiva e a cutua acaca o pimeio gupo enontaos Doa,
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Ha, e o Home dos rao como cao cico e referêcia No ego grpo emos a Gradiva, oisé e Crisop Haizman, como cao ióricos" O período seguine a obra de Fred eá marcado por ceiva reviõe na forma e conceber e ecrever a erra da neuroe Migração do paradigma repreenado pela seria para o paraigma a euroe oesiva, com a reve incrão inereiária em orno da picoe Todavia há, no exo ediano, exenas referência à oço de erose, qe io se dianciam da a aceção erral Na mai pura radição da clica cláica Fred erega, propõe e problemaiza, mia veze o ermo eurose" como ma mera decrição e couos e ioma relativaee eávei A neuroe como feoeologia, e não como erra, é u dos ema abadoado pela raição lacaniana O criérios nológic empregad por Freud o uso e decrição dea eroes são heerogêeo. Para ·iolar o grupo da neurose aais (euroe e agúia, neraeia e hipocodria) o criério é a eiooia diferecia O agene eilógico e localiza na ráicas exai e no eio de vida que o sjeio aém e qe acabam por produi cer eado da libido do qal ais agrpameo de sioma eria efio Ai o acúmulo da oxia exual", fruo da absiêcia sexal, e expresaria na forma de agúsia a erse de agúia A aerêcia da libido ao corpo e expresaria a hipoconria A aiação mecânica e e o deenvolvimeo e préprazer redunariam na neuraeia como efeio da marbação ou o declio a poência No cao a eroe de caráer, a nerose de esino e da eurose narcsicas levae em cona a aiilação do e ao inoa O sioa ornase egosinôico", iso é ausao, iegrado ao e, de oo que a inconciabilidade, o clio e o orieo qe dee deriva passam a fazer are a prória idenificações que orgaizam o moo de vida neuróico Há a aeseia generalizada, abreviação da iensidae da saifação e uma redução a insiade percbia ob a iaifação Finalmene no grupo da neroe traumáica e a nerose de gerra o eixo de caracerização é a iuação epecfi
G catreiuiatual i z aço e um cofl i t o erót i c o cl á ssi c Pde se r o agrupamet o e si n t o as foraos ao que eu chamu e esf u si o amet puões. Os sohos e rept i ço, as l e mranças recorent e s, espersonal i z aço e o esamparo Soa que caract e ri z am t a i s quars surge coo ef e i t o dest a s e a i s s os esevol v i m ent o s pós f reui a s que a art i r da i cl u sotricase (ovos i t é ri o s, a saer: eri v o e escri ç ões psiui á p or exepl o , rogadi ç o), el e vaço e si n tomas especí f i c os e e múl pl a i ci êci a ao est a t u t o e quaros cl í isexuai cos auts), ôassinomos ( p or xepl o , epresso, agst i a , i i i ç ões i l a ço e prcessos cont i n genci a i s à esfera e quaros neurót i c os ( p or exepl , neurose aanon e e ftracasso) ou ai a assi m i l a ço a noço e neurose à e r asrohisatriôpersonal i ae ( p or exempl , persna i ae i c a, narci s i s t a , esqui v a, epenent e , et c Co i s so rei t r ouzi u se a psi c aál i s e escri ç ões cl í n i casaaptaseaas o t i p o e personal i ae, o cport a meo, na a ção soci a l ou cogi t i v a, ue recusava t á ci t a u xpl i ciataFreu mente oa tsieço met o o ó gi c a da psi c opat o o gi a frei a s t e at i z ou exaust v aent e os cri t é ri o s so os quai s u qaro cl í n i c o t o rnase psi c aal t i c aent e aorávlas euroses N tateo,temransferêci su artigao,ecot 1 escort o t a ri a et e , sbr r aos ua reve sí n t e se o orenaento os quaros psicopatológicos, ou seja: Hi s t e ri a e Agúsa Neuroses e Transferêcia { HiNeurose steria deOsessi Covers va Deênci a Precoce Paaói a euroses Narcísicas { Mel acoliaMaia E TEORIA DO VALOR
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bordeli-
ne,
1 Freud S (1914) Neuroses de tansferêcia: uma sínese. Rio de Jnei: Imago, 987.
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CHRISTAN NGO LENZ DUNKER
· Mas aé essa cassfcação Feu popõe algus cté os paa anasa e stngu estes feentes quaos. O p meo estes ctéos é a epessão ou ecacaento (Verdrngng). De fato a noção e estuta eva esse cté o feuao axa: o modo e efesa fundamenta. U ee po sso se poe ver a aáse e Lacan sobe a eação ente a pea afração (Bejahng a fora e recus (Verneinng) e o retono o recusao (Verrnguneerfn/ Verleugnung), pesente no Semnáo III. No entanto, o atgo e Freu sugee outos ctéos, que são gualmente stnt os paa os eetes grupos pscopatológcos. Oa, o que está e j ogo nestas categoas é deutve estutura a efesa funaenta, mas ne sepe o que apa ece nas vcsstues estes crtéos auxlaes é nutvel à es tutua Po exepo, que um sntoma como a aoex nervosa possa ser deduzdo a estutua hstérca sso não sg nfica que too stoma aoéxco seja, ao esmo tepo u sntoa hstéco. Neste atgo eud copaa a ncênca o ecaque pat de um gadente ue va o sucesso competo (ster e covesão) ao sucesso competo, mas não permanente (neu rose obsessva até o que ee chaa e sucesso meno (hste a e angústa) As dfeetes fases o ecalcameto são postuladas, potanto, e unção a sua efcáca A oção e contranvestento po sua vez, efee-se à ransomações a atenção, o humo e a percepção ecessá as paa sustentação o recaque. eu compaa contacatexa (Gegenbesetzung) à qatade e lo que "euose gasta aa ane ou sustenta seus sntomas, pe os vestmentos pécoscente e conscentes. Novamente po eríaos estabeece u gaente que va a ausênca e cotracatexas (hstera d e conversão até a pesença de fora ções secundáas do ecalcaento (éas obsessvas, substitu 2
3
2. Laca, J. O eminário. Livo I As picoe Rio de Janero: Jorge Zaha, 1988. 3 Idem, p 67.
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E TEORIA DO VALOR
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ço fóbca) e formações erciárias (renúncias e automtações fóbca o obsessivas) Pea noço d e frmaço de susitutos ou de sinomas Freud considera a reaço co o retorn do recacado Aqui a escala admie uma variaço que vai desde a equivalência en re sinoma e formaço e subsiuiço (ieria de convrso) at a saraço ne intma e formaçõs ubtitutivas (neu re obsessva) O odelo das forações de substiuiço dado ela aço da contracatexia e Freud exclui claramene a formas de sofrimen síquico daí derivadas da cndiço de sintoas Eas são reações secundárias ao sintoma, foras de tornáo menos enoso, de adatarse a e, ou de exrair alguma saisfaço ecundária do es Peo óco "reaço co a unço sexual Freud apona aguas ossibiiades aravés das quais a sexuaidade parti ca da formaço da neurose A rimeira delas reresnada ea incompaibiidade enre o "ipul ativo libidina reri ido4 e a teda "les do u, mtivada or u no poer (devido a uma força suerior) ou a m noqerr (devio aos ideais do eu) Finalene no óico dedicado à regresso Freud istin gue uma rgress do eu (hsria de convero), ua regres so a bido (neurose obsesiva) e ua regreso a ua fora de neurose infantil (iteria d angúsia). Aqui o critrio ua cera roorço entr as exigências do eu e as exigências do objeto libidina ara deterinar o poto sbre o ual a reres o se efetivará (fixao) ma tabm sobre seu suceso u fracasso na cataço conjugaço da ibido no eu e no jet O útio onto em questo do resente arigo a iso siço Aqui Freud aventa ua ossível associaço entr os di ferente quaros psicoatológicos e as diferentes eaas da história da civilizaço Reoano o cenário exoso e "T tem e abu Freud rocura fixar as caracterísicas de cada qua dro com certos conflios da huanizaço or exempo:
4. Idem, p 68
102 QUADRO Histeria e Angústia
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EGRESSÃO ?
FASE HISTÓRICA teor próprio à era glacial
isteria e Conversão
contra o priado enital dilema alienação x procriação
Neurose Obsessiva
contra a fae sádca
hordas isolaas doinadas por u pa i "s bio orte e brtal 5
Demêcia Precoce
auo-oiso
asaço ou expulsã o os filos pelo pai a hora prmitiva
Paania
escola hoosseual
fuga dos flhos ameaçaos e subliação narcissa da hoossexualiae
Melancolia
ientificação narcisista
triuno e luo pela orte o Pai com objeto
O arigo de reud mosrase porato domido por difereças quaniaivas expressas em oções tais como mior sucesso ou mior fracaso da represso o papel maior ou meor das corcaexas ou ainda a oscilação ee eu e objeo n deermiaço da regresso Vios como o primeiro ópico a eressão, deu origem à leiur esruural em Laca O úlimo tópico a disposição, mostra caramee o esquem e pesame que deu origem a versões mais próximas da psicologi do esevolvimeo em psicaálise. Idepedeemete do om is ou meos especulaivo ou delirane, suido pelos conedos evolvidos o se pode egar que esa é um da marize d psicopaologi freudiaa No etano o ue nos iteressa mais de perto so os tópicos iermediário pois eles Freud considera aspecos das eurose cláscas que podem serr de parâmeros para ou ros grupos clíico ou mesmo cojuturas de sinomas
5. Idem, p 77.
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DO VALOR
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Lancemos enão uma aroxmação relmna Caa estes tico aec amtir um stuaço clna, e nexão uanava e qe roblematza o caso moelo levao a cabo por Feu em sa snese Por exemlo, o óco ais enéro, e que parece ncl entro de s os eas, é o que z respeo à ormação e snomas Fu consr uas possbldaes, os ólos, comreenos enre o sntoma e as formações de substição. Mas o ue izer enão as sações lcas ode o que se consata é m racasso a ormação e inomas e e subsuos? A stuação neurose trmátia e as hamaas neroses ou transtornos nrcísicos reletem muto em esa ossible as a omação e sinomas é uma soução ara u con lito verificado na esera a ução sxual O que izer eto dos efeitos do excesso na esfera da função sexual? Ou seja as neuroses atuais (neurastenia, neurose de an gústia e hi p oodria)
Ou ainda se consieramos que esa ução sexual esá sujeita à regressão, o qu zer ssa egrssão qu não dixa aás e si um snoma mas m raço ou uma neurose de carter? Finalmene se ensamos no ael da reação o eu ao sntoa, em seus esforços ara negra, dur ou nalmene explicar ese coro nimo e esranho, ão oemos dexar de nos erunar pelo que Feu chamava de nerose e destino ou e comulsão e estno. Ou seja, ara caa ono do modelo estrutural há uma es éce e antmoelo se anmolo é semre reesentao or uma stuação clnca onde a preseça o excesso, o ma além o lmie o snoma é nítda Eles são oos casos de sn tomas na boa a estruura. Snomas ara os quais Fru usaa a exrsso neuose", no seno fraco do ero. N mesa dreção oemos nclur as ormções subsuvs, as ormações eavas e as omações e caáe Toas las o dulações o sofmeno squco que não se nscrevm lena mene n escrção measicolca a fomação e siomas sa zona nebulosa ormada elo que exraola o nível do sin oma as não chea a esabelecerse como uma esuura, oe ser abora elo ângulo nverso.
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Aqui reencotramos a ispardae com que Freud utiizaa a oção e neurose e reerenciaa quaro cínico ioado pea psiquiatra e sua época. Por eze ess espreocupação terminoógica eou Freu a considerar extesamete quaros cuja existêcia e precisão era discutíe coo a amentia e Meynar. E outros caso subsumia descrições propota pea psiquiatria anaisano apenas agus aspectos e particuar. Em aguas ituações chegou a propor oas for mas escritas (pararenias neuroes narcísicas por exepo) para ogo e seuida abaoar sua própria terminoogia ou reutizáa co u sentido ierete Na maior parte dos casos a ênfase recai ais na anáise e um processo especo do que na caracterzação reguar o quaro ou na consistência da generaização que ee incui Consideranose poranto a reatia dispersão e heterogeneidade das aboragens evoidas na psicopatoogia reudiana podemos proor quatro ctérios proisórios para tetar deimitáa: 1) U qadro clíico dee epre ser escrito tendo e vista seu trataento possíve ou ua etioogia sustentáe à uz a compreesão psicaaítica. 2) U quadro cínico é uma geratriz de sintomas posíveis sendo sua estrutura condicionante e sua feoeoogia e ambas apreciáeis em situação de transerêcia 3 Um quaro cínco ee er apreentado de fora a interarse ou a questionar premisas metapsicogicas reque rendo portanto uma expicitação tópica inâmica e econômca de sua apreentação 4) U quadro cíico ee ser capaz e contraste e copara ção com outro para que sua descrção ão eja tautoóica e ra que e adita expicações concorrentes e redutíves no proceo de pequisa sobre os esmo A absorção e quadros cíicos se aprofudamento das exgências enoias em tais critério, acabou por conudir a neurose com o sintomas neurótico o traços cínicos com o "estado neurótico Ta oimento e agraa ainda co a crecente soberania da experiência ianti na construço da esfera do patoóico veriicada obretudo as décadas de 1 950 e 1960 ssim a decrção do deaparo (Spitz) a êfase a alha básica (Balit ou a constituiço do apego (Bowby
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mplsonaram a força o rrealzao nfantil na cnsttção a nerose Por outro ao os estos sore autismo Mahler), a obseração e beês (B ick) e a maternagem Wincott) reorçam, quer pela a a relação e bjet, qer pela va a consttição o e, a éa a neurose efina pea regressão e pelas efesas egócas. A crança tornse, por esta via, a matrz pscopatológica fnamental da psicanálise, o ponto e Arquimees a partr o qual se peria ler, iaostcar e iterir sore a nerose o auto Entre a crança e o alto a ferença é qantitata não qualitatia Entre ambos gora a contiuae ão a rptra É mportante saletar qe o prcípo a continiae representou m eraero corte ntrzio pela psicanálise ate a clíica clássca. Coo arma Silva Jr. : " . com base no presspost e contnae, a patologa, longe e ser um erro de ntureza e m desvo de normalidade, ee ser consieraa como m processo e aumento e e exagero de processos norais. Mas a contnuae entre o ormal e o patológico, o ececmento da alterade eigmátca e da lerablae no esejo o analsta, qe consttem o cooláro ético da pscopatologia analítca, não eve ser confndia com a contiidae etre o patológico e próprio patológco o com a contae etre o ifantl e o patológico Ua das conseqüências isso paece ter sio a taspsição esta regra e cotniae para o âmbto a ferença entre o qaro clínco, o sintoma e os traços. Tal contida, m eee a maa traão "scoâica, conia à apresentação tatológica os quadros à sa rreftablade metapscológca e ao eclíno as pretensões etoló_icas E so rma e m momento reativo a esta tedêcia que eoli, em Lacan, a noção e estrtra clnca. Coo mostamos em trabalh aterior/ a noção de estrtra cíca em 6
6 Sva J, N Metodoogia pscógi e éca em psicaáís: o pr co da alteridde hrmétca Revista Latimic d Psicoptlg Fudmntl, São Paulo, III, 2 p. 1 29-38, ju /2000 7 Dunker, C I L Lc clíca a rtçã. ão Puo: Hcer, 1996
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Lacan perie reer os diversos eeeos freudians uiizads na euação eioógica subsuo a predisposo ioógica pea noção de hisória e de anerioridade do Ouro, a experiência infani peo ea da casração, a fixaçã pea oção e fanasa e a indisponibiidade do objeo (Vrsagung) pela amp ampia iação ção do coneito de ao e poseriorene pos eriorene ea inrodução da idéia de objeto a . o enano ese raciocínio oienase para a eura das euroses cássicas definidas por seu odo de defesa fudaena ue esabeece ua posição do sujeito em fae do desejo e ao inconsciente o recacaeno (erdigg). Posiço esa es a mediad mediadaa peo reim reimee de inci inci ( ç ç, , rustraço ou privação) e pea inerdição ou ipossbiiade de acesso direo ao gozo Podeos dizer ue isso eine as neuroses cássicas e unção das vicissitudes e especiicidades do recacaento O sinoa e os raços cínicos tornase assi reduíveis à estrutura; são, por assi izer, aconecienos precrios e orgaizados pea sobreeeriaço estrutura Enendese assi por que agns aores chega à afiração d ue o infanti é a esruura" A estruura, na psicanáise Lacan, ocupa o ugar ug ar eórico reservado ao ea da experiênci infani na psicaáise angosaxônica Ocorre que essa redução esruura corre os esmos riscos a ue a prevaência do infanti esava exposta. Coo saber se esa reduço não ipica e u forçaeno do sinoa estrutura? oo evitar ue a eura, escapando à sua condiçã de étodo, ransfrese e ua entidade naraiza da? Como eviar a ontoogia das esruuras? Mais ao ina de sua obra, notadaene a partir e 966, Lacan parece er igrado seu ieresse eórico da nção de desejo para a de gozo Essa udança rouxe conseqüências para a copreensão da psicose, da feiniidade e para a cínia com crianças. No pano das euroses, odavia, a dutrina origina não não foi expos exposa a a ua revisão revisão siseá ica ica a parir par ir des e novo conceiochave Enendo que ta revisão passa pr dois ovientos ovientos ossíveis ossíveis : rtraahar r traahar a noção noção cássica de etruue truura ou zar o ue a eoria do gozo raz de ovo pra copreen
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der jusaene o que a noão de esruura clínica deiaa e lado, a saer ariaões sinoáicas, ios clíncos reratários ao aaeno clássico e oras de aresen are sena aão ão do sofrieno síquico disinas das radicionais É nesa segunda alenativa ue o resene aalo se insee. Não se ode dizer que esa seja ua alernativa coleaene original E julo de 1997 sicanalisas ligados ssociaão Mundial de Psicanálise reunirase e ua equena cidade da Fança co o ojeivo declarado de esolver o asse deixado ela oão de esruura cínica conversaão de Arcacon, coo depois icou icou coecida, coecida, re reendia endia aoir os os mpasses a noão de esua cnica susiuinoa ea cínica do real, o clínica oroeana, cjo ndaeno é a eo ria generalizada da oraclusão. A idéia, ao que paece, ainda deende de ua análise ais ecunda dos úlios texos de Lacan, e coo de ua pova clínica ais consisene de seus efeios. E linas gerais o qe esse ovimeno eóico visa é reinroduzir a oão de fncionameno, e úlia ins ância, de unão, e ua scanálise iegnada, aé enão, elo anifncionaiso esualsa. Não e aece u acaso qe esse moieno moieno teóico e na se asso associad ciadoo últa gande gand e diisão undial da sicaná sicaná lise lacaniana, co o sugieno do ovieno dos Fóun, da Convergência e dos Esados Geais da Psicanálise. Ee resen re sena a u reconeci reconecieno eno de d e quano a sicnálise de insi ração lacaniana oi ua sicanálise segegaia e eos clínicos O reconhecieno de qe ne sepe o ao clínico, reresenado ela ora de sorieno sbjeivo, se acooda às rescriões deduias da eoia, deu oigem à crios en aiva de classificar os inclassificáeis. Segndo Philie la Sagna eses se aguaia e qao caegorias: 1) s nclassiicveis do sinoa cuja singuaidade da esua ou do enveloe oal do sinoa subvereia a adicion diciona a alernaia al ernaia sicose sicose neuose. 8
8 La Sa g n, P O casos aros, iclasscáveis da clínica pscanatia. São Pauo: ibioteca Frediaa Frediaa Basileia, 998, p 130.
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2) O icassificáveis icassificáveis do ozo ozo ode ode se s e reiria reiria as ormas clíicas icas e qe eressão bs o", o" , seria seria a expressãochave Icuise Icuise desde de sde o ab o de psicot psicotró rópicos picos até o abso ab so sex a a o o abs o o pe pesameto deirat e. 3) Os icassificávei icassificáveiss do corpo : ara ode coverge coverge esde os rastoros rastoros alietares (blimi a, aorexia, obesidade mórbida a té os disorfismos, disorfismos, as r tras d iaem corpora cor pora.. 4) Os icassificáveis do Otro iexistete ode o sofrimeto psíqico deriv ou se artica o arceiro, côje, côje, aate o fala, até eso sicaista, que albera sore si a fção de suêcia ara a iexistêcia do Otro Os stdos de Nasio9 sobre as forações de objeto, e em especia sobre a s forações forações sicos soáticas, matm matm e co co os trablhos tr ablhos isir isiros os MP tetativa de retilizar, de modo aliado, as oções de for forcsão csão (Verwerfg) e de reeação (Verleugung) para teder qadros cíicos mais refratáris oção cássica de estrtra Temos Temos as si paradigma reresetado eas rades rades eroses cássics redtíveis à estrutra histérica, da qua a erose obsessv seri u diaeto e a histeria de aústia (o obia obia ) seri a ma variate, variate, o m tipo cíico. No extreo ooto temos os siomas siomas eeme eemetare tares" s" , p ara sar de modo deslocado a exressão fenômeo enômeo eemetar" eemetar" , tiizada o campo d a sics e. Os sitom sitomas as eemetres dizem reseito ao qe Fred chamo de sitoas iividais qe exressam a siar idae ida e a roduçã rodução o sbj sbjet eta d o sito a A oã o lacalac aniaa de sinthome, parece aroximarse aroximarse desta útima acepçã o. Etre Etre esse s dois extreos o emos po star í íve cí ico itermdiário ode gros de sitoas, com apreseta ção relar traços rativamnte estáveis os sam ser pesados pesados lz d o cálco cálco d o gozo Essa os ta tação ção ecotra ecotra dois ssídios ssídios iretos e Fred, a s aber, a imor tâcia cocedida aos fatores qatitativos qatitativos a determiação da erose e o so do termo erose ara desiar co j tras sitoá ticas reativaete reativaete ideede ideedetes tes das eroses erose s clássicas cláss icas
9 Naio, Naio, J-D O O
ol/ios de Laura.
Porto Alegre: A rte rte Médics, Médics, 1 99 .
PARTE l i
DA ESTRUTURA O SINTOMA
ESENCDEMENTO D NEUROSE: UM FLSO PROBEMA?
Uma parte de mim é p emaente; outra part e se sabe de repene.
Ferera Gular
Como vimos atriormnt, a litua roosta or Laca, das oss quato strutras clicas, rmit dstaar alguas variats d discrso, hailitado nst tido ma ova maa d cordr o diagóstico trodndo mudanças crcas tmos da dreço da cua pscaatca. No tato, a ts d q a uros é uma strtura do fala sr (parletre) traz taém a necssda d rntrrtao d algmas noções frdianas qu idicam um sendo cntrário. Em divrsos mmtos Freud rfrs à uros como uma conjntua síuca qu rrom no sujt, algo q lh acotce so dtminadas condiçõs o m fço da coordação tr várias cdçõs. Aesar da difrça tr u os normalidade colocas como ma qustão or, d cuho qanttatvo o ualitativo, m a lguns momtos de sa oba Frd ald à idéa de qu alguém s toa uóti co o a nas é rótico Essa idéa da nurose como um acontciment na ida do sjto aac já m Estudos soe a histria"1 forma d uma aális talhada da cris qu voli cada um dos casos aodados. Ela eaarc o exa icoso das 1 eud, S. ( 893) Estudos sobe a histeri. n : OC p cit . v II .
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circnsâcias evoven as manoras iliares, na qais om parte o Hoe os raos, e qe evara a m esao eróico com o qual ele se apresenta para o ratameno co Fre inalmene o caso o Home os oos esa preocupação está presene no ealhameo as circusâcias esencaeantes a neurose inantil, chaaa ese exo e ma neurose compea e pensarms no caso o presiete Screber este momeo esencaeante é vigosaente destacao por Freu aravés o pensamento que irrope à mene e Screer cera maã: "Ser coplado com ma mlher Tornouse lugar comum argumentar que nas entrevisas preliminares é preciso cia com a fnção iagnósica e moo a eviar o esencaeameno e uma psicose. Sera possvel, nesa lina, pensar e há ceras conições subjeivas onde paciene se apresena à análise sem uma neurse esencaeaa? Neste cas, ão seria unção do tratamento, tornar ese esencadeameno possível? É crioso como a noção e esencaeamento, amplamene ilizaa por Lacan com relaçã à psicose, jamais enha s pensaa tamém para a neurose Toa a teorização sore a foraclsão do NomeoPai, sobre o retorno no rea o qe não se iscreveu no simbólico e aina sore os moenos ecos a pscose, inexplcavelmene não prozi um ineresse pela pesquisa de orientação lacanana o esecaeamento n cas a neuose O problema é aina mais aguo se acmpanhaos alus cmenaores, como Calligaris, que argumentam que a teoria a foraclusão srge, no Seminário II, como uma 2
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2. Feu ( 909). A propósito e u aso e neurose obsessva. n C O . ct v. X 3. Freu . (19 8). obe a hstória e ua neuose infantl. n C. Op. cit v. XVII. 4. Fru , S. ( 9 ). Observações psicana líticas sobre caso de paranóa (Demetia Paoide) esto autobogacamente n C Op. it. V. 2 5 alligas In ruçã a um clí ica eencial da s psicoss. Poto Ale gre: tes Médicas 98
ÜA ESTRUTRA AO SINTOMA
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fora r primoria a iuaço do dcadeao picóico Io o igifica que a euro ou a pico, á ão i v lá ae dee acoieo, como feo de eruu ra, a cooca o probema acerca o vaor a r cofrio a a eveo dcadeae por ua eiura eruura E oura , t ica há ioma, ou ão dada a coiçõ para ua produção. Loge de par porao ua opoiço ermos de uêcia o preeça d ioma idagao obre a coiêcia ou icoisêcia do eo Uma euroe deecadeada correpoderia ea meda a ua euroe ode os sioa fazem icoiêcia O que evaa o probema acerca de quai circusâca oram u ioa iuporáve e m u ero deixa de r u arefao bjeivo para conenço o ozo Prciemo a queo O acoecieo deecadeae o é, odo o cao, apea ua odifcação da reaida de, ua viciiude do quoiao ou da vida aoroa do u jio a u ecoo Freu procurou iveigar o u eor ao aociáo com a faa o cao da hieria e com o xceo o cao da euroe obiva coro, acoecimo, quê", coo irá Laca o Semiário obr a éica, compreeív a parir de ua aricuação igifiae e de ua viciiude o pao do gozo Agu auor eazaram ee ecoro m oro da queão que figura ao ujeio o pedido e a erda d aáie. Laure , por exemo, faa ee acoecime ecioado que ee equivaera ao recohecimeo d ua cra coiêcia iefáe d gozo, coiêcia ea u e oporia ao gozo cacuáve" 6 • Lgui,7 por ua vez, fa de ua epéci de abao o faaa, ou de epração ere ioa e faaa", coo ago preee o ício e o fi da aái. Ouro auore referem a ee momeo do deecadea
6 Lauen, E As enadas em aáise Opção Lacaiana, v. 12, p. 1, ab de 99 7 Legui, F A enra d em anise e sua aticulação cm a saíd Fórm Iciativ Escola Ba hia p. 25 993
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to pr expressões coo enconro co o real", vacilo do sin toma" ou ainda cris d ozo" Tais xprssõs, e coo a insistência desta idéia entr ators lacanianos contemporâ neos, inicam a relevância clínica do probea Por outro ado mitos anaisantes, ainda oje, edica ma parte importante de se discrso, especialnte no início da nise, quio qe se les afira como oriem e precipitação de seu maestar. S admitirmos dupo so a noção de neurose, isto é, coo estrra e coo arupaento artculado de sintoas, e se qeremos amentar a precisão cínica desta sunda acep ção, srá necessrio retornar noção de casaidad da nero se para eainarmos a posição de Fred acerca das condições que estrtram a neurose o lar conferido a est encontro desncadeante. Em 197, tais condições são resuidas a quatro teros, o qatro causas, q pode ser apresentadas segndo a sgint orde: H ma constituição sexua, coocada como anterioridade, efindo ma predisposição nurose. Tal predisposição rontaria à hisória a espécie, não se confundino com a ereditaridade biolóica, as inarada peo omento mítico oriinrio do processo civiizaório, delineado em Totem e Tabu. Esta disposiço (Anlage) correspondria continidad no ser e m vivenciar (Erleben) préistrico que o antecedeu Desta maneira, certas fantasias, aluns símbolos e determinaa l t ontão sexual. Uma séri d teas frdianos, qu ira em torno do originário, destaca a tentativa d aordar a constitião m reime simóico anterior a um sjeito específico, conerindolhe aua itiidae iolóica. Assim o recal camento primrio (Urverdangung), o pai priitivo (Urvater) as protoantasias ( Urphantasien) contê o radica r" (pri 8
8. nk B. Laa ia Psyhoaalysis - a lca and theoreta trod1t io. Ca mbridge: Haw a, 1997. 9 Fud, S. (1916). Os camnhos da fomação de sntomas ln Op ct V. XVI.
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ivo, originário) indicndo reocpção de Fred c o qe precede e condicion consição do sujeio. Tl rconsiição sexl seri ivd rerospeciene por cers experiências nfants, especificene orgnzds e orno d eç, ngúsi e cosção d csrção. Assim o dr edipino niversl, ulizasea e hsór priculr com ss conigêncis. q Frud iliz xpressão "Dispoiion, rdzid sulene por predisposção" Tis expeêncis infis seri um segund cs r forção d nerose. O colexo de É dio, enuno momeo d d infnil e o reclceno proriene do esão condos nes noção Ms es exp eriênci nfl podese crescenr derênci regressiv orgnizção plsionl e se correlvo odo de sisfção nrcísco. Trse do p ono de fixção, e fncon coo efeio d cojção ds dus cuss neriores s b como cs xlir n consrção d nerose. Ai Freud indic o oo e ss enço r fnas funden, eleeno ornzdor s fts secdáris e dos sinos A fixção coo erceir condição csl exprie erd e reenção do gozo n esfer d csrç ão e se reclceno. Tl configrção ser suficene r consiiço do ue Fred chm de nerose f, onde o ppel d exriênci ráic cidnl d vid dl preeene no se coloc. , grr u esrur clnc, nos eros qe Lcn proe, sber coo cpo de inslç do sujeio Su reinerreção n nrriv freudin pril, por exeplo, o Ouro, no lgr d préconsiuição. A dé de coplexo de É dipo formlizd os ermos d eáfr pena e de s opdor fndenl: o fl. Fnlmne o e do p ono de fxço se ê rdzdo ns inesgções lcnins sobre o fnas e sobre o obeo a . Ua srie de ssgens conceu!, de ampas iplic çes episemológics, cop h ese ovieno Não nos dedicreos ess são i pois o inuio descr ue l dess rês condiçes csis, ds uis se dedz noço de esrr Fred spe ro eeeno,
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qe e fução o exosto, compreesivelet ecebeu ouca atenção a taição iaguada or Lacan Fe aa e ua casa desencadeante, geralete em associação à etoaa a escolha e objeto via aulta . Fe liga a caus a a u esao itemediáio" ete a retiaa a ibi o a atasia e seu des tio subseqüente a fomação e sioas 10 A itovesão, a es tase a liio e o eíodo e icubação, escrito em Estuos sobre a histeria" são exessões eegaas paa escreve tal ocesso Esta situação lábil qe, e teros feudiaos, pode ou não leva à oação de um sitoa, este estao euróico", é sistematicaete pen sa o o Fre coo depedte, em sua resolução, o asp ect o quatitativo Sempre que aborda este p oto Feu az reerêcia à ropoção, ação ou motate e libio e se es c tivo esio. Em lihas geais poese dizer que a neuros e se esencaeia quado o ciameto ou o cálculo o gozo, o sea, sa colocação ou aarelhameto elo iscurso, orse icosistee A causa ecipi a, suge assim coo ua raão e gozo que não se calcula No atig o Tipos de desecadeamento da eurose", Feu es ta ca qua to possibi li da des de icidêcia essa c a s a e c i i a e E l e a a p r o x i m a o p ó p i o a o e ce r (Erkrakung), a compahao esse setio a própria indicação de seus pacie tes . A rimeira possiiliae é a ocoência da frustação ( Versagng), eeia aqui como iispoiilidade do objeto real o mu d o ex ero" 12 Opease em decorêcia ma iovesão" da libio A introvesão a liio perite que esta sga um cmiho egressivo até o poo e ixação, oiginao sec aiamete novos sitomas, re ivesino a antasia e ocasioado o que Fe chama de uga p aa a euose" seguda p ossibiliade de esecadeameno nos remete à siuação de udaça o udo iteno" Tatase agoa a 0 em, p 340 Fre, S. ( 91 2) Tios de esenaeaento da neuose l: OC p c . V . XI 2 em, p 292
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impossibildade de trocar um tipo de satisfaço or uro, a esfera do própio sujeto No é mais uma dculade em ateder as transfrmações da reaidae, mas de uma fcul dade em "modificarse para ateder a oos ituito e oas exigêncas da realdade 1 3 Freud utlia três exemplos para ta situação O joem que se satsfaia com a mastuaã e que no cosegue se aproximar do ojet de amor quao ste se cooca como uma possilidae real. A joem que se dca a cuidar do pai e o consegue esloar sua afeição para um pretendente, quado este efetiamete se cooca em cea e fialmete o caso da mulher casada que se atedo à coção de esposa fiel e perfeita me para os filhos o cosegu iroduzir suas fantasias ou icliações polígamas Nas três situações, diz Freud, tratase de uma rcsa e "dar um passo à frente do poto de vista da ida rea.1 4 u a ntroerso da ibido já se econtra dada e a Vrsagung, se organiza em torno do únco tipo de satsfaço possíel ao su jeito s duas prmeiras formas e desencadeament da eu rose trazem à luz o papel paradoxal das formações de ideal: caise enfrmo tanto quado se põe de lado um ideal prmeiro caso) como quado se procura atgilo (segudo cao) O terceiro tpo segunte referese a uma iniço o esen olmeto Aqui Freud alude a transfrmações ocorrias a passagem da infância para a ida adula ou da da dulta para a elice, destacando tratarse de uma ariaço o eguo caso, que se especifica pela presença e uma inscêcia, o apenas psquca, para lidar com oas formas e arrajo pulsionas Tratase e uma reduço da caacidade, nts tida como iimitada, de fruiço e realiação. H portant ua espécie de concentraço e reduço em formas espeífias de goo o quarto caso, o desencadeament da euroe gase ualee a uma ariaço quatitatia da liido, mas de sen tido inerso Há um aumento da lido, como a prdade
1 3 Idem, p 294. 14 Idem, p 295
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o a enoausa que excee à capacae e trataão síquica: .. o podeos med esta quatdae e bdo que os a ece ndspesáve paa u efeto paogêco; só podemos postuláa ap ós a oésta esutate have coeçado [ . . ] Podeos supo que ão se tata de ma atda de absolut, mas da elaçã o ete a cota d e bdo e opeação e a cota de lb o com que o ego dv dua é capaz de lda 1 5
Mas ma vez é enfatzao o ael repoerante a aculaão, ou represaento a lbo e a Versagung o esencaeaento a neurose Ao afirmar qe tal fator quanttatvo não é ensurável Freu retoma ma pressa já presete o Projeto No entato cabe suor qe ela não é mensurável fora o aparelho squico, ms qe e seu nteror ta cálculo é cruca ara o desenaeaeto Cabe lebrar ue a noão e esencadeamento não é e absoluto a éa anacronicamente médica o aspraa por Fred em ses estuos relimnares Em Moisés e a Religiã Monoteísa, texto consderado por utos m veradeiro testaeno frediano o tea é retoado e fora sntétca e assertva: Traa nfantil defesa latênca esencaeaento a neurose reorno arcia o recalcao: assm reza a fórmua que estaeleceos para o esenvovento da neurose" 1 6 • Aarenteente a oão freuiana e esencadeaeto aqu resmda ostrase coatvel co a cocepão e estrutura clnca prera obeão qe poera ser levantaa que esta conceço reoa a uma herana dca de Fre preservando certa noão e causaliae lnear e cona zedo a iéa de sobredeernaão. A nerose sera ass asseehável a ua oena o que é corroborao pela róra palavra "Erkrangung (esencaeamento adoecieto), qe erva do sbstantvo Krank (oente) Enqato doea reetera a u estado rovsório o coningencal a va o su 15 e, . 297. 16 Fd, S. (1939). Mos e a reio ooteísa : C. O XXII, . 77
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jeito e no go como um estrutu existenci", r utiizr expresso de J unvie O prório texto nos dverte sobre o or rático e pro itivo ds discminções envovids nestes tipos de desecdemento eud firm que, em su cínic, penas um co encontrsei crmente coocdo em ds ctegois rposts Aém disso guent ue n maio pate da veze neurose prece em onds sucessivs, intermedidas po rodos de súde E cda um destes momentos difeetes css pecipitantes odeiam se isodas Vemos com isso que no se trat do aprecimento ou desrecmento d neurose como estutu ms coo conunto ticudo de sintoms. O que, por si só, no invid qesto cerc dest vriço cica, iás no contestd pea trdiço pósfeudin. Ms a rópri idéi de que se trte d sintoms recis se mis bem eminad. Este hito ntre o fantsm e o sintom, essa interuço povisóri desta vi d cicuço, encontrse emtizado ongmente em Lacan, epecimente em torno dos seminário sobe gústia so be a identificço. este peodo inaugurse uma obmá tia em torno ds eções ente o fo e o objeto a. O rimeio fnciondo como eemeno de cirgem, de contgem e d frcssd inscriço do segundo, como o testm s rimiras fraizções soe o fntasa presentes no Semináio obre a trnsferênci. Nest n podesei pensar o desencadeento d neuose nos termos da articuço e desrticuaço o fao o objeto a É est hipótese ue pretendo dr dsenovmeno Pd m p encdemeno ropostos po Feud tendo e vist um piei oximço com o tem do gozo: a) indisoildde do objeto re (disjunção entre fo e objeto a ) b) mpossibiidde de troca uma stisfaço or outra (conjunço entre fao e objeto a) 17
7 J uville, A Lac,rn e filosoa . Rio de Janeiro: Joge Zh 19 86.
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' c iibição pulsão (palisção d objeto isficiêci psqic e ce s exigêcis plsiois (plisção d fução fálic) Vejmos etão co o pobem o desecemeto euose e o ppel el desepeo pel Versagung pe se peeios em u peqeo esevoieto clíico. Ttse e u seo, com poximmete 60 os, qe poc álise pós iciete. Busc um Ceto e Súe e fçã u poble coiqueio. Algo fo coo fo ecebi espet su idigção. Não sbia pecis extete d qe se tt ms segete isso pssv pels jovens estudantes despreparadas co quem ii e um pimeio ctto Seguo sus plvs: "Aqels mlhees, joves, eis chm que poim me tt como m cobi . Eu queo fl com cefe els tods. Queo qe me espeite. Po que situçã poltic o ps é tdo me, igué z ieito . . Esse iscuso pssegi e um log iessão cec cojt coecoôic o ps, su coupção geeliza e pefi s elites. Esse esevolvieto lgo elite é iteopi po um escsão srpeeete, e fto coclusivo: Ago o seo já vi qul é o eu poble. É como se eu fsse m estção espcil e óbit. Eu gio, gio e volto o es lug. E o fim é d Eu ão fço , fco li p, peso, pesno, o zio . Esse etoo sbe pópio discuso, ssilo pel eteção o sabe e pelo idicimet sujeit o sitom fzim spo peseç de m estt euótic. Seguese u geelizção o poble e ss coseqüêncis. Não cosege tbl pois implic cm to, s espos está pestes desped-lo, ão cosegue poveit s psetoi poi fic nisso. Ele especific que sempe gosou s ciss e oe s que isso si o cotole h ois as qudo u séie e cotecimetos se ei e m cto espç e tempo. Itui qe há eção ee eles s ã coseue unta a
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coisas. Nt roo ramto trê vnto tm
r o mrgo, raz um orço u morr ano u m vvr om outro hom Am omo a mgm tço aal rtroag or o uro rvntóro, o oorro h o ano rtro or a r qu u tao tu rprnta. O rmro ato a tar z rto ao rtr míto t tço: o ano tá, rvou otrormnt um mraço mra mrov. E trê otmnto ravam no tmpo por vro no fnç m rm runo u mmóra omo fom mul tâno, motrno rmnt ubo rla matra à ra íqua. O uno apto z rpto à mofaçõ no pano o rt rrtaço, onforto, rrumnto ruuo obo om mz orm Príoo ro atrnvam om rv óo nút O trro apto rfr a uma atrço btt íf om raç o ío d rta atva qu m pr propav ço qu po t ríoo m d ter sentido Em partuar a múa, qu mmnt xar r aquela múa Durnt algum tmo trír frnç o rob utvo no ntanto rt runtna o fzram amtr qu a múa rana mma l hav uao. go mhnt para na ua raçã om automóv, om o trbho, om a oa. dgraaço o gnfnt fo é orltva o obrnvtmnto rt éa qu m lo Aó a opraço urg um é obv qua no ongu parar Aquilo vai arrebentar e ele morrerá guno am u tno mlhant ao o Um rtu rttor rg partr ta éa. Pontumnt, mr no mmo horro, v urr ua obrgçõ no nhro, ao ontrro aquilo vai acontecer. Paraamnt t omulso obr m uma éri immnto nçõ oa comer foa de ca sa, ntrar m tuçõ qua no ora ar m uma mrgênca, temor r , t. E tornara, guno ua aara, um r inviáel
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Logo n prmer enrevt ele dz: No enho como pgr por so Tavez nó pdéemo r e cerr co em m ntar" Agn elemeno etrr, tnto do pono e vt da trnferênca como do dgnóstco podem er de preenddo ne cena ennctv. Inrvenho sobre do elementos dese ngm e moeno dtntos da etrevt. Pergno como ee be qe no ode pagr por isso e depo analo que pr gém qe no poe sar de ca, mo meno comer fora, um cove pr antr no dex e er rpreendene O qe preendo descr por meo dee ragmeno de níco de álse, qe no é de odo ncomm, é o ppel deempenhdo pela connço ee rê conecmentos em orno de rço comm A morte do p no lhe parece algo o terrdor qnto medt buço por outro homem A perd do emprego no era to grve no foe a btço por um mulher mto m jovem e nexperene Fnalmete operço, bemcedd em todo o sendo, ao qe ode acoecer a qlquer um, o qe o izera er m cre de rva no hoptal for o modo peol e dere peoo como o trarm como um obeto. tê crctân cas há lgo pertrbador que envolve et bttução, parenemete sem reto. Há m comenrbldde peret enre pera e resttção. Ea euvalênc e rtcl com m cro rupr n gnfcço álca Iso aparece em cero em á mencona os m também permte compreender a grço qae dlrne do dscro ncal A neroe, enqanto grpmeno preco de snoma, se deencde parr d renúnc qe mosra assm eeto derenc na eer do deejo e do gozo
A NÇÃ FREUDIANA DE VERSAGUNG
O GOZO CMO PARASITA
Eu tnha a mpressão e que ele me perfurava o coração alguma vezes atngndo-me as entranhas. Quando o trava pareca que as entranhs eram retradas, e eu cava toda abrasada n um menso amor de Deus. A dor era tão gnde que eu soltava emdos e era tão excessva a suavdade produda por esta dor mensa que a al ma não desejava que tvese fim Teres Dávila
Feud é axavo ao afar que a euoe depee na ua apreeação da apaidade do aparelho pquio em li da o a ndpoiildade do ojeo. A elação o a fala de objeo é porao deciva para a euura neuróa como argueou Laa o Seário IV. Ma quao de fla de ojeo" cae ao euróco upoar? Quao é eceári aar ane que a fuga paa a doença e oe ieviável? Ou ainda qual o oae alé do qual a uliação ornae u uefúgio iil? Tai pergua eram coiderada dea radaee iprocedee e o eao que a oão de fala eá ueida a u iario erio de exaço euuralia em Lacan Nele a fala ão e opõe a qualquer foma de poiividade, fala não é arêcia a aeura osuine do er Coniderada ea retrição ada ai é ecerio e cohecer a mporâcia clínica do gradiee da ieniade e da eepvidade do objeo o plano da ua indipoildade quaiaiva e ão apea qualiava. Peo ue ea dupa via ecoae euida a e eo uada por Freud para raar dea indpoiblidade do objeo. A expeão aleã Versagung eá reee e oa apla o eio de Fed. Ela foi raduzia or
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"fruraio, na edição ilesa organzada por Srachey, pro loado-se na edição braseira no ero "frustração. Coo á osevou Laplche al radção suere a ocorrência de u fao, uma carêcia No etato a expresão e aleão indica privileiadaee ua relação e ão u subetimeno pas sivo Has propõe coo tradução alerativa eros coo iedieo, bloeio o fraasso. São expressões que resol ve a quesão da traiividade, escapam à ootação de "aarura exiseial oida e frstração as aida pre dese demaadamete à oção de ua determiação exe rior Se cosideraros qe ratase de u ipedieo ide ermiado, sbjeivo e objetivo, hearíaos à oção, alvez iprecisa seanticaee, de reúia ou de sarifíio. Ao omar a frstração oo e fose uma espéie de e ado sjeivo soos iduzidos a ensar a sua caação ero ou exero e a o fundir realidade psíqica e realidade aerial. No eanto Fre dstine laraete a frsração de esado sbje ivo a seite passae 1
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Pr nfcr nosso vocbulário, desgnreos o fo de u pusão (Te) no ser ssfe (efedgt) wlo ero frusrão (eg), o eio pelo qul es frusto é pos eo eo nerdão (et) e o esdo produzdo ela nerdo peo ero vço (Etehg) 3
Portao a difereça etre frusração, interdição e prva ção radia a forma de icidêia da falta: como isatifação da plso, e face do objeto, oo iterdição, fae ao aete, ou oo efeito e face da rivação. Laa lerá esta distição difereiado o reie de ci dêcia da falta e eros do siólico (catração), real (pri vação) e imaiário (frstração). Irodz irá aida m prolonaeto dos aees e dos odos do ojeto sob os 1 e, . e , J B Vocabuláio d a psicanálise. So o: M Fote, 1986, 264 2 H, L Vabu lário coenado do a lemã de Feud Ro J: Imgo, 1996, 260 3 Fe, S ( 927) O ehmo C O 4 XXI
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quais esta falta ecai Na frustaço o ojeto é efinio como real, a pivaço o ojeto é sibólico e na castaço o ojeto é iaginio Lacan especifica aina que no caso a frustraço seu agente é simólico, o pai simólico, cuja introução a ia lética ente idetificaço e escolha de ojeto é crucial ara a costituiço o sujeito enquato estrutura. O agente da frus tração é o pai enquato funço simólica que priva a ãe, rustra a criança e apresenta a castração o campo do Outro E outras palavras, ao inscreer o falo no campo do Outro, pela inciêcia o Nome-oai, no interior a metfora pa tea, ecie-se a strutura da neurose. No entanto se isso prescreve a possiiliade de cnstitção e sntomas, no sen tio aplo o termo, isso o arante a sustetaço ou consis tência este sintoma diante ojeto no Real, para empregar os termos do Seminrio IV. 7, q g , o de real é ainda astante incipiete em acan, cheano a con funir-se em certos oentos com a noção e realae. Além disso a noço e gozo, ue significar uma verdaeira reviravolta a reinterprtação acanaa do conceito de pulsão, aia não est consoliaa. Prtanto quano Laca endossa a tese freudiana a frustraço, cmo insatisfação a puão, no se poe concluir as conseqüêcias isso quao se consiera o gozo e no a pulsão coo oeraor clínco a falta O polema poe ser rsumio a seguinte forma A apesentação clnica a neuroe, coo conjunto articulao e sintomas, é nequivocamete depenente da frustraço (Versagung), seguno a tese d Freud. frustaço encontra se preservada imaginariamete a foraço o carter, so foma e história identificatóra. Po outro lad a frustraço se reataliza a forma de m enontro com o eal, que senca dea a foraço de sitomas ialmente, é coo ruptura do arcisismo que a frustraço iciir sore o eu ssa consistência epener portanto a articulaão en e o epresentate a falta e o ojeto desigao no real". m 96 Lacan já aluia a esta articulaço na seguinte paaem: . noção de fusração Oa, em vão se busaa o meo estígio desse temo em oda oba de Feud: pois nela econa
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ímo omente otvo a etálo elo temo Vegng, qe mc enúnc e, otanto dtngee de od deen ç do mólco o eal deenç qe emo noo letoe gentle de conde coeendd 4
diernça ludid situa Versgg entre o simbólio e o real e a supõe ddutível do estatto da renúnia Ora ma renncia é l aramente um ato simólio, m srifíio ue su põe um sjeito Por outro lado a e rel esta renúnia se re ere? E qe sentido averia em flr de m "renúia no rel? Em outras plvras est rnúni inscrev um significante omo represntnte da falta, o signiiante álico ms onta, pra isso om o ojeto d pulsão Essa operação pre ce resumid por Lcan da seguinte forma "A astração signii qe é preiso qu o gozo seja resado, pr que possa ser tingido na scala inertida d Lei do desejo . A oção de recusa ou d renúnci, se a lemos omo referida Versagung, az prte portanto d ma ásula de m operação de onversão, troa o sustituição realizada entre gozo dsejo Est operção envolve castração omo uma spécie de ondiionl Podemos lêl sinroniamente omo m evento onstituit da struur, mas tmém diacronia mente omo um evno disivo na transformção, estailiz ção e desloamento do sinoma É n esera desta troca qe se produz o exesso araterís tio do gozo, omo oserva um dos mais onhdos inérpretes da qestão do gozo em Ln: 5
obeto a , oferecdo como m de go, é medd do goo ltnte e o o, o e mnetaço d alt e e, ca d o deejo Po o gozo do obeto a é edul é coenatóo, dcdo do goo qe lt te n toc com o to qe ó o dá tondoo 6
4 Lca, J ( 956) Sião sicis e orão o picais e 1956. scritos O , 463 5 Lc, J 1960 Sberso o sio e diic do eseo o icons ci rediao : Escits O ci, 841 6 Brsi, NA Coce. Mxico Sio XXI, 1995, 46
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À medida qe aprofnda e refina sa ompreensão a nerose Fred vai conceendo cada vez mais imortância ao "fator qania qaniativo tivo Isso se mosrar de forma pari parilar larmen men-te clara em das qestões clínias: a contração, desenadeamento o asação da nerose e as possibilidades de cra, reesabelecimento o eficcia do traameno A aite inicial de colonização, representação e conciliação enre as forças constitintes do conflto psíqico cede graalmente espaço para ma aitde ait de qe reconeer reconeer o aspeco aspeco improvável imprová vel contingencia o ipossível ipossível a cra psicanalíica, psicanalíica, aribino aribino viralente se scesso às ontingências qanitativas qe ceram a constiição psíqica do paciene. A força do ego, a intensidade das exigências plsionais o o q uantum de libido que poe ser desviado para a sblimação, para o amor o o trabalho, onsitem elementos teóricos crciais para pnsar tanto a nerose qanto o se traamento Os eótics têm apoxmadamene apoxmadamen e as esma esmass disposid isposições inatas das otas pessoas, ees têm as mesmas expeiêcias e ees têm as mesmas taefas a cumi. Por que, tão, ees vivem tã pio e cm muito aies ificuldades e, pcesso, sofem mas setimetos de despaze, agústia e d? 7
A resosta daa por red a esa indagação sere qe os neróticos "sofrem mais pois estão mais exposos ao indeterminiso terminiso da força lsional lsional Qe esta os afete mais inensamente e qe sa possibiliade de sbjeação esteja dimiída o ainda qe sa distriuição, ombinação ou inrinaeno sejam mais pregnantes, toas estas anglações retraa coo a nerose admite a desrição qanitati qanitativa, va, qe é a mis es pinhosa, pinhosa, as também a e e maior maior eali ealiae ae clínia Se oaroarmos a história da sicanlise por referência, podemos dizer qe nela h h a certa certa oscilação na ênfase nos aspetos aspetos tópicos, dinâmios e econômios Contra as apreensões psicopatológias basadas na psiodinâia, o no organodinaiso, Laan parece ter propost a leitra exremamente tópica, a 7 Freud S ( 1 940) Esquem de psicae psicae l: . Op cit , p 18 3. v XXIII
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seaa a oção estrutura clíca A pscopatologa kleaa, por sua vez, aparece como extremamete graatvsta, o que comba com a mortâca coferda por esta autora ao poto e vsta quat quatta tat tvo vo mormente m ormente através a sua sua oção e agústa. Mas recetemete recetemete vemos um movmeto e poeração est estas as perspectvas perspectvas co co a etomaa crítca a mportâca mportâc a o poto e vsta ecoômco Esse movmeto, a verae um progama e letura para para a obr o bra a e Freud Freud em seo seo apontao por ersos autoes autoes b rasleros tas como rma, Hans9 e Peo, 10 como forma de resstuar as pretesões clcas e terapêutcas a psicaálse m um mometo de cofrotação ct om o m o s oras e abo abordar rdar o sorme sormeto to psí psíqu quc co o Também a posção epresetaa pela pscopatologa fundametal e po pesqusa pesqusao ores res teressados as as relações etre é ca e pscanálse, vem reforçado sob dferetes óptcas uma etomaa da portânca da questão quattatva" para epesar pesar a clíca e a psc psco o atologa tol oga pscaalítc pscaalítca. a. Neste setdo a questão da qatade é muto mas ma s ampla que que a o goz g ozo o . O gozo go zo é aenas essa essa parcela a quat quatdadae que é perceda como demaaa, excessva ou em trasbo trasboramento ramento O gozo go zo é quata quatade de ora de lugar lugar é quanquantade ndecfrável. Por sso, tanto o prazer quato a satsfação e ada a dor podem ser cosderadas barreras ao gozo, formas prmáras e coferr ao gozo alguma qualdae. São formas e retomar ou e deter, o corpo, aqulo que aparece sempre como uma exteorae exteorae ao corpo co rpo (hor corps). Bruo 1 1 r ropôs, opôs, para desgdesga a ess essee rocesso ro cesso a epres epressão: são: ec e c o rpsf rps f c ação aç ão para para para parafra fra-sear sear o processo pro cesso de egatvzação a care e ext exter eror orzação zação do 8
Ma-star na ta idade idade Rio de Jaeiro: 8 Bia, J Ma-star Jaeiro: Civiização Brasileira, 999 ora puso a a clín clín ca d Frd. Frd. Ri o de Jaeiro Imago, 9 Hanns, L A ora 99 bra d Frd 2000 Dissertação (mesra10. Peron, P A noção d c ra na bra do em Psicologia) Psicologia) Uiversiade São Marcos, Marcos, São Pau o sfação go z z Beo orizon Brun Bruno o , P S a sf orizonte te Tah, 986
DA ESTRUUA AO SINOMA
goo, descito o Lacan Tal aptua do goo, com colati va inscição copo co poa, a, pode oc oc e tanto sob sob foma do snto ma qanto do caáte o aind em fomações assintomáticas qe vêm caacteiando a fenmenologia contempoânea do sofimento psíqico. psíqico. Nesta N esta eno en osificaç sificação ão do goo goo ele aaeaae ceá como com o ma espécie espécie de aasita aa sita da do, da satisfação satisfação o do pae. Esta aastagem do goo tem taido à cena algns pobemas contempoâneos e pscopatologia psicanalítica. Po exemplo, diante da ngústia extema, inonvel, qe apaece apae ce em combinação combinação cm c m o goo, é comm co mm a esosta esosta neótica de indzise, em e m si esmo, expeiências expeiências dooosas. dooosas. Cota, machca, pefa o sevca o pópio cop to namse meios paa "alivia ete excesso de goo, colocand colocando o º "no copo, sob foma de do e localandoo assim foa do Oto Joe D, e m estdo clássico sobe a noção de est ta em psicanálise, 1 2 aboda extensamente m caso cínico onde se destaca como sntoma o ita no qal a pacente im inge cotes na sa pópia spefície copoal, de do a goa com o contaste banco/vemelo o sange sobe sa pele O caso é disctdo na esea do imia diagnóstico ente neose e eveso, edndado edndado em ma claa demonstação demonstação de que se tata de m caso de neose pela osição assmida peo sjeito e pela elação ao dsejo ecalcado qe o itl ca ega consigo. Qanto a isso nna objeção. No entanto, se a análise esttal é sficiene aa nos condi à psião sbjetiva, ela po si só não nos elcida a foma assmd pelo cálclo do goo nessa pacient. Em otas palaas, a aálise ela estta não nos infom po qe, neste caso, o goo ga nha corpo o intemédio de a paasitagem da expênca expênc a doloosa O pópio ato enca a sa scssão indaando sobe a "constância dos taços esttais e sa elaão com a estabilidade da estta psíuica. Não ceo qe a noão de taço de esta seja sfcient paa imna todas as vaian tes de fnconamento do goo.
12 Dor, Dor, J. Es t r t u a e perver perversõ sões es . Poto Alegre: Are Médicas 1991, p 3-4 3-49 9
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CHRISTIAN NGO LENZ DuNKER
Se á sitomas onde o gozo parasita a dor á também sin tmas ode este parece aojarse a experiêcia de saisfaão Neste cso pra dar corpo corpo ao gozo á ua iagiarização do beo be o.. sso ss o se se mosr mo sraa as cofigurações cofiguraçõe s arcísicas arcísicas de de recap recap ão do gozo, quer sob forma de ua saisaão autoerótica, uer sob rma de f imam do objeo (i(a)) Aq ui o excesso excesso prasita a satisaão satisaão induzind i nduzind um certo certo amortecimeto, aestesiate que a torn iócua É o efeio de ml-est ml- estr r que q ue se prduz prd uz diate da experiêcia experiêcia do exagero exagero ali al i mer presete n episódio buíico, por exempo, ou do exagero exagero escópico que se produz diane do us irrefre irrefred doo d interne u da passii passiidade dade iduzida pea teeisã. teeisã. O onipre onipre sene walk-man, ou intermináe músic ambiee seram um crrela possíel d ponto de isa da pusão iocane Prker chmou esas es as noas ormas ormas de oerecimeno de ob ob e os de "banda " banda pusin pusin Iso é, em ez de um rdeam rdeameno eno ds obets segund ua seriaão, ua ineridade ou ua aernai a ernaiidade, idade, que cracerizari cracerizariam am a pulsioidade pulsioidade moder moder na, md de id pós-moderno descobre a primazia da si multaneidde, mu ltaneidde, da copreseça copreseça ou do acesso acesso irua ir ua a "mais " mais de um bje bje ao mesm empo A pomessa poenci, istanâ e e genera ge neralizad lizad de gozo e nossos empos caraceriza e acen u ua u a di d iisão isão não não hrmônca entre entre perd perdaa e resituição . U divisã div isãoo nde surge um produo produo anôm, enigmá enigmá tico ou mute que Lc percebeu funcinar ao mdo da mais-ali. Um or, coo imos, cuj origem é a não pro porcionalidade enre alor de us e aor de rca Quat air ai r a prli prl ieração eração e sebanes se banes pr pr objeo obj eo mais se acen tua parxo da demnda e mais se orna isaciáel A pro duço duç o extensia da a a em gozar gozar é esimulda pea paridade paridade ere o fa e bet É o que se mostra no discurs capitalista e nos seus seus sucedâne suc edânes s ieoló i eológics gics da narrai narrai do sucess sucessoo in i n diidua as riuais de stenação e à sociedade do espetácu ests narraias circua ua meda narcísica cua prncipa caracerísic é isaciedde Quano maior pro mess de stis stis mir mi r a decep decepã ã com o objeo 13
Psho hoana ana lityca lityca l culu re. London: Sage 996 13. Parke, I Ps
D A E S T R U T U R A AO A O S I N O O M A
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uanto dero seá sufcente ao capasta? Qua o te para a coeção e sgnos do aeo amoroso? ctura baseada na pomessa de satsfação unvesa, peo acesso a ens, peo uso possíve do sembante de objeto ou pea equ vaênc va êncaa ete et e o det d etoo a e a obg ob gaçã açãoo de , formam as arestas ar estas o ue oudnesco oudnesco caou de ctua depessva, sto , a cutua qe nduz à depessão pea sobreposço o Iea o objeto objeto,, tendo tendo po efeto o esvazamento esvazamento da epeênca epeênca de sasatsação. Há potanto um segdo gpo de nteresse pscopatoógco que pode ser pesado a pat desta degadaço do gozo fáco, a pat da couso do fao ao objeto. Ua tercea fora de copofcação do gozo est pesete em pocessos onde onde parece parece ocoe oco e ua fssua fssu a do magnáo, ua desagarzaço do obeto. É o que acotece nos dferentes tpos de adção e tabm ta bm nas nas fomações pcossomtcas Ua caateístca ccamente arcate de tas condç condções ões é a poeza naratva e costma costma acopa acopan nas. as. Aqu o gozo coonza a baea consttuída peo pazer, tor nandoo no desocáve, adedo, ooaseado ao objeto. Ta bjeto paece suga paa s a bo, pedndo sua dstbução. Dvesos autoes têm efatzado que tato a adço quanto quanto no stoa pscossomátc pscossomátcoo h h um u m a suspesã suspesão, o, ou o u fra cass cassoo aiza a izado do,, do do Noe Noed do oPa Pa.. Daí postase uma amp amp aaço paa o uso a noção de de foaclsão, og o gae aete te gada gada a compeenso do desencadeameto da pscose. A funço do NomeoPa justaete sceve o fao no campo do Outo. Se esta opeação não se eaza com peno sucesso, ma parte do copo ou ua foma específca de obeto pere sua nvestdura nvestdura f f ca ca Resta Resta potanto o ob ob eto desttuído desttuído de se vaor de troca, o objeto ou ó gão, gã o, dênt dên tco co a s mesmo, cen ce n do no caáte nsao de seu uso. É possíve ustar esta apoxmação a uma pscopatooga centada as fomas de ncoporação do gozo da segunte ma nera: 14
14 udiesc, E. Por q u a psicaná psicaná lse? Ri Ri de Jane ir: Jorge Zaha 200
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2. Por exmpo a idi a de que eurose obsessia uma eligiã o pa riu r qu a rl igião é um sp c d urose obsessiva uniersa, apresetad e Freud, S (1907). Atos obsessios e ráticas eliio sas : OC p cit 3. Idem, p. 36.
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O que devemos entende por conceo prco nesta assagem? Um conceto cuja defnção é meramene operaco nal, dependene da arbtraredade dos propóstos que se têm em mente? Mesmo se adoarmos esta posção anda nos resará o roblema relatvo a saber como se esabelece pratcamene o excesso ou a flta que egulaá o lmte quantavo ue de fra o sntoma. Sera o senimeno de " suorablidade a codção para tal? Para contornar esta questão Freud recorre a uma tercera erspectva de análse sobre o snoma ode este é defdo a artr de suas condções de produção. Condçes formas que v o o aresentação. Condçes estruturas, ortano, a parr das quas os sntomas seram como que versões de uma mesma gerarz O ganho reresentado or esta manobra ntegra a noção de sntoma à de estrutura do sujeo, reduzndo assim sua cootação puramene atológca. Taase de ma estraé ga recorrente em Freud: enconrar no sono a mesma estruu ra do sntoma, no chse a mesma engrenagem do ao falho, na transferênca um caso parcular da reeção. Do normal ao atológco a dferença quantatv não qualtatva Se nos sitamos em m ponto de vista teóico e pesdimos destas qantiddes, podeíamos dize peeimente qe todos estamos enermos, ( ) posto qe as condições paa a fomação de sintomas podem se pesqusadas também em pessoas nomas 4
Estas condçes são dealhadas ao longo do artgo em questão tomandose a neurose hsrca por referênca A for mação de sntomas começa ela ndsponbldade (Versagung) de um objeto que mlca rerada da lbdo A ldo eorna, por regressão, a ouras organzaçes ulsonas, renvendo objeos antes abandonados. Nese reorno a lbdo adere a fxaçes, subtrase ao eu e esaelece um confo enre defesa e desejo Tal conflo evolu para a forma de um comproms so que deve conclar as exgêcas da fantasa e do desejo, res 4 Ie 326.
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tabeceo a eicácia o recalcameto e sobredetermiao um stoa. Boa arte o artio sobre a ormaço de sntomas é a erae ediao à atasa Aasa-se sua formaço a artr do aeaento etre o ear inatil e a cnstço sexual ue remota aos ateassados Arumenta-se sobre seu apel a eter a em ooso à realia de materal. Salienta-se o alor de certos acoteciets a oraço e suas principas varantes: cena prmára seuço e castrao. Discute-se até mesmo sua eetual proceêca ieétca Tuo az crer ue a iscusso sobre a etoloa o stoa eurótco desemboca necessaramete o tea a atasa. Loo se há eurose, há atasa e se há antasa oe mos sur a presença o sitoma. al arumentaço possu orte aelo teórico pela unersaliae e regularae que es taelece ente eentes prouões psucas reunas e tor no do recalcameto e searaas uanto aos ests esecics e seus eeos. Em cotraparta a perspectva estrutural no resole o prolea clínico relatvo ao racasso a prouço e stomas especcos em casos snulares e pacentes neuróticos. Esse prolea aa sdo contrnao cmo imos pela excluso do eeeto uantitatvo ue eritu circnscreer os tem pos a oraço e sitoma: rustraço (Versagung), regresso ixaço atasa e souço e comprosso No entato há uma passaem cruca one Freu escapa ao plao neurose como estrutura e retrouz ua reexo ue cotea mas dretamete a cotnêca clnca que uereos estacar. É quao ele os ala e um moeto in termerio na ormaço o sintoma ode a lbo sbre-i este a atasa e retra-se para o eu mometo enomado de ntroverso. Neste oto gestacioal se ecrá a oraço de u sitma ou uma outra soluç para o conlto. A subli mao é explctamete aotaa au mas oderíamos cluir aia a ção a atuação a eresso e a anústa coo al terativas ue reresenta o racasso a ormaço e sinto mas O que ueremos estacar é ue nem semre um sitoa se costitu e nem sempre este se sustenta enuato tal Freud
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parece retoceder aqi da perpectia esttral, qe reflete sobe condições niversais e necesárias, para a prodção do sintoma na neoe, para ma perpectiva qe reintrodz a neroe a partir de m certo estado do intoma É por i qe a dimenão qantitativa eapaece como agmento: â , Portant às condiçõe etrtrai paa a formação de todo e qalqer intoma devese acrecentar as condiçõe especfica pela qai e decide a formaço de m intoma Ea ditinção retoma de certa maneira; a opoição traçada na confeência ore o entdo (Sinn) do intoma, entre intoma típico e sintoa individai O intomas tpico apare cem co maior reglaridade em associação co determinado adro clnico e ligamse mai dietaent a experiência comun a todos os omen, por exemplo, o epetir e o dida na neroe obsesia, a indifeença e o asco na hs teria A tipicidade do sintoma prendese ao compartilar de ma fantasia. Aim inicialmente este compartilament pode ser emetido à família, em egida ao antepaado e final mente à cena originária da civilização O intoma típic é fo temente transgeacional O intomas indiidai ligame, por a vez, a experiên cia itóica mais inglares, contendo ma forte lgação com a dimenão tramática, com o experienciar infantil e com as cntingências qantitatia qe incidem soe m determi nado jeito Podemos dizer qe o intoma individal repre enta mais diretamente ma solção paa a contradiç entre a exigências niersais e a contingência particlaes da sb jetivaço O intoma individal é ptanto ma olção inglar para o conflito Vemo aim qe qetões cínica 5
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5 I 340 6 F S ( 19 7) C
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ipotantes reltivas ao iagnóstico, terpretaço e eso quato ao que se poe esperr e a álise, iate o si_ toma e o aestar, esto evolias esta distinço. Poeraos coparar a istnço entre sitoas tpicos e iniviais co a classificaço, oje aida e vigor, os sintomas em psiquiatria. H os sintoas inespeccos, couns a ma série de quaros, os sintos tpicos, que se pree a um quaro e particular e á os sitoas patognomôicos ou diacrticos que so eclusivos e a eterminaa codiço A ressalva aqui resie o fato e e os sintoas iacrticos não pertence, em psicanálise, a a condiço essencial, as a u sujeito, conferino a este seu estilo diante os outros a que se enereç.
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Si tom a e id entificação
Entre sintoas tpicos e sintoas inviuais, ou seja, sintoas pensaos partir a esttura e sintoas pensaos a artir do eleeo uantitativo, há ua espécie e encruzi laa. Havamos snalizao esta encruzilhaa ao enfatizar o omento ntermedirio da foraço e u sinoa, repreentado elo retraento da libio ao eu pela ntroversão. Este oento já ava sido observao por Freu à época dos Estudos sobre a steri Neste texo e em artios ajacen tes Fre az referência a u períoo de incubaço" que an tecee a aprição anto os sintomas crônicos e tipo conversivo quanto os sintomas agudos, coo os taques istéricos Este períoo de incbaço é marcao pelo retraiento, pela angústia dfusa ou esporáca e por a cert sensibliade ou irrtabilidae Poeraos coparar tal estao ao que se verifica no trabalo elaborativo que sucee ua 8
7 Banzato, E .M Sobre a distinção etre "criéri e "s noma na no sologia psquiárica. Revist Ltiomercan Pscopatoog F1dntl, São Pa ulo, III, n 3, p. 9-1 7, seembro de 2000 8. Freud, S. ( 893 ). s tdos sbre a hiteria . : OC cit v I
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inerreaço Temp de compreder, diria Lacan, ode oeraço de recalcamento é desfita e reeia onde o setido se feca e se abre alternadamet. emo nde há a certa sspenso do saber. Do ponto de vsta de m sintoma já consiído poderíamos dizer que se trata de acilo o de ma insabilizaço, que se mosta pel esanhaento frente a cer os significantes que reresenta a uesto do sjeito. É o caso, or exeplo, de aciente qe rocua a aná lise em ução de desinvestimeto de sua ligaço com o rabalho. Períodos de desiteresse e aleeto toramse cada vez mais recorrentes diane de assnos e tareas ue a es omavam sua ateção e o eolviam completamee. Tal fato, aresetado coo depeso cíclica o se relacioa, segundo ele, com qaquer inucsso prossional. Pelo contrário, geralmee, suceem a m ande negócio realizao ou um passo a mais em sua carreia. Paece er nascio ara ese tio de trabalho laejar, corola, organiza. Econtar o ajuste erfeito para odos os dealhes e não deixar aa de foa constitui um grad pa zer. Acrescena E aina e paga por isso! Mal sabem eles que eu o fri de grça se pesse. Seu estilo de gozo encontase por ao ajustado à vida o rabal. pesa dsso ou em ução disso esoraicamente lhe sug idéas obsessvas: seá sumaramente despedo oque em u eterinado dia sai do serviço na hora correta em vez de ica auela eia ora a mais qu rr m u do aos olos d cefe. A situaço se comlca qudo, date de pomoção, ele se vê obrigado a toma decisõe e assumi resposabiliades sobre cosias ue no depedem só dee. Suas aigas habilida des perderam valor O caráter eódico, e o significane qe o rereseta (correto), tornase gora sinônmo de "ngêno "olo e "lento . No é mais posível calcular o a is eser do eo olha do chefe Ele no sae mais que é o cefe. As anigas idéias obsessivas desagegamse da rede caua a que esavam submetidas. Ele não sae mais por que será detido. Resalhe apeas a cereza de ue isso acontecerá, ais cedo ou is tare. este momento a depresso cíclica orase eanene. Surge a séie d novos sintomas termientes
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nsôna, copso a aqrr ceros objeos e eo nenso e conecer novas pessoas Tornase ana mas recso A anáse reom s escoa por este tpo e profsso o que raz conjuno e séres assocatvas qe poe ser as s resas a ora o únco conseho correto exao por se pa; p d traa d d ço" poera ser posas a prova sobrepujanose assm ao pa qe sepre ver propenso a negócos escsos e avaes íctas; c) era ma profssão e rpeo e e reatvo status soca o que e pertra mpressonar as heres. qe pese o om expcatvo e nverstáro qe expres sa as assocações o eeo eas acaba coocano e qesto o gnfcante qe as artcua Correto se vê ass estío o saber qe anes o enova e spesmete no saba as o que era e one estava o correto" Ese sgfcante tornarase engáco e sesato A acna no saber era crca para entener a confusão o eor e a nbço ao trabao A enraa e áse se á no contexto e sono qe te por ceáro sa cae nata Nee o anasante vê caramene ma pequena bana e úsca perfeaente organ zaa e aeqaete vesta tocano no coreto centra e ua praça e cae o neor Vehe embrança a expresso aterna taa para recrnáo e fora bene voente, sobre sa sposço nfat à esore qa seja: vamos para com eta bagunça no coreto. A eqvocae entre o sgicane que coorena a esestabzaço os sntoas e os traços e caráer (coreto), e seu qase omófoo (coreto), suge ro peo sono expre a antítese entre bagunça e orde prpra o caráter an e taé a benevoênca maerna qe fechava parcaente os ohos para sso Isso o eva a questonr a eana qe supnha ao pa e a restrbr o asegozar para aé o oar paterno É potano no cenáro arcao pea angúsa e pela sensa sa e esrentao e poeos zer qe o esen caeaeno e se estao nerco reaconouse conjço e ês aspecos
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a) a rutura da identiicação álica, organizativa do gozo no plano do caráter; b) nsufciência do sintoma aa eoganiza o goz; c) ssensão do saber e emegência de um signiicante enigmátio
S ntomas trans tóros , típcos e i ndv dua s
Como vimos no caso acima o período de instabilidade no cálculo o gozo, neste sujeito, se ez acompanha de ua séie de sintomas intemitentes. De ato, podemos ensa que um incremento quantitativo no gozo tenha po conseqüência dieta uma intensiicação dos sintomas. No entanto podemos supo ainda que um incemento excessivo não se taduza apenas em uma udança quantitativa, um estado mais aguo nos sintomas, po exemlo, mas em uma alteação de sua qalidade. Em outas palavras, conorm um conhecido pincíio a dialética, as tansomações na esea da quantidade acabam po modifica a qualidade do pocesso Ente uma e outa conomação do sintoma, que mantém ente si uma identidade de estutua, é ossível aponta um estado intemediário, gealmente caacteizado po odiicações no lano dos aetos. Isso inclui, em pimeio uga, a angústia, mas também alteações no hum que vão da iitação à ansdade diusa, do tédio e depessão a estados de efusividade A principal característica dos aetos, nessa situação, aece se a sua instabilidade ou sua labilidade, ou sea, sua tansomação rápida e um aeto de sentido contáio. Isso talvez explique a cuiosa aimação de Lacan de que e temos dos aetos sua concepção pemanece tibuta e spnosa. Oa, a análise que Espinosa az dos aetos, no tatao 9 das aixões, coo ele as enoina, está atavessada de ponta a
9. Convé lem bra r que tratad e tratamento possue ua ge etlóica comu
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ot pelo ualiso e pela oposição etre os afetos Aida se undo essa oepção ar e afetos, como alegria e triste por exemo, ode se trasforar, elo aumento de sua itesidade e afeto diferete e superior segndo a ie raria as aixões roosta por Esinosa O correlato dessa reversibilidade dos afetos, o lao o e, se ostra sob a fora e a susetbilidae, ua catra a imagem o seelante, ou seja, o peueno outro Isso tal vez esclareça or ue Lacan afirma ue os afetos são sere rerocos sta sensibilidae ao peueo outro, seja pela via agressiva o a aixão exriiria assim um efeito sedário a trasitiviade rória ao imaiário A aparição de sitoas de urta uração, o etato gra ves não ostitui um tema ovo na história da psicaálise Nela estes são cohecidos oo sintomas transitórios, ue podem cear a esersoalização e a maia. Por exemplo aa ometa, em várias ocasiões, o caso o aiete e Erst Kris que apresetava como sitoma priipal a idéia e ue ele era um laiário. Quado o aalista lhe apota, realistica mente a icorreção essa erceção tal aciete resoe co u imlso, osterior às sesses e análise, a coer io los fescos aca 1 0 efatiza a dimesão de acting out coo res osta à terretação exessivaete cetraa o iagiário Trata-se e u acting out, no setio em ue o aciente age e repete, em ve de lebrar, as é tabé um sintoma transi tório, como aresenta Kris, ou ato sitomático, coo o enominaria Freud A exressão, sintoma trnsitóo rovavelete foi cua da por Ferei, em uma eea nota clíica reigida por volta e 191 Nela se lê: U sintoa trasitório posiç ão do paiete date o trataento" E d o is asos, paientes masulinos denniar sas fantasias oossexais pssivs da seginte aeir dr 10 Lc, J. O em ináro. Lvo 1. O : Je Zh, 1986
ess téccos de Freud
R e -
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e a sessão, em vez e aem esen os de sas e o serm-s buscm a g ara bix . 1
esta ota vêse coo o sitoa transitóri, qado lido a trasferêcia, ase, claraete, feito de acting out . s toa so ·ató tato oqe cta deaarecer raidaete, ezidoe às vezes à ugcidade e ato qato ore se coloca e u oeto de trasição, o de assage a istória do sitoa Laca aborda a ção de sito transtório ao coetar caso de Ella Share onde e dado oeto irroe a eurese notrn co efeito de ua iterreação acan afira tratarse de a esécie de n assiilço da castração e de a ertrbção desta "idetificção extreaete articlar 1 2 a qal sjeito se istalara até etã Não há, etretanto qalquer esecificaçã uant à aturez dest articularidade da idetiicaçã e sobre se ael a etiologia do sitoma. Teos etão sitas tíics, sntoas transitóris e sioa individais Respeitada a hetergeneidade desta série odeos dizer que os dois rieiros se distige ela cosistêci e regâcia do rieiro e oosiço à brevidade e gacdade do seguo eos aida a generalidade dos si toas íicos e oosição à siglaridade ds sitoas idividis Srgeos enão a idéia de qe se copreederos o rocesso de foração dos sitoas trasitórios, e afial o orqê de sa ã cotiidade, ago oderá ser acrescetado à coreeso da forçã dos sitoas e a sa sstetação o cotexto do laço social. Qais oderia ser as codições, ese ceário, ara o fracasso o scesso de u ovo sitoa? De qe deede se vaclo ou sa estabilidade? A resosta atisfatória a estas ergutas exige a obilizaçã de inúeras o
Fe S U t tó: p ç pt ttet. Obs Compltas de Sánor Frczi. S P Mts Fts 1992 . I. 2 J O á L VI O sj e eç l 1 f 959 é.
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trs pcções e teses psnítcs o entnto penso qe agm contibução o ssnto poder ser dd prtir d qe vios té qui Por város motvos cbe pensr que o processo níto cminh nos sntoms típcos pr os sintoms indivds. Podese rgumentr qe próp fomção pimár dos sin toms, no contexto d infânc e d neose innti, corres ponde m sintom típico E que pese o to de qe erts obs cost desempenr este ppe, tipcidde do sn to neste so derv, gerente, d dentcação o sinto m dos pis e seus coetos A crnç encontrse com o desejo de ses ps sobretdo n s expressão sintomátc E outrs pvrs, o primeiro e grnde sintom trnsitóio e estrtrnte é fomdo peo confito identtório edipino Aqi n os sge m probe No s dos textos de náse tóric mis sstem o o , m, dentiição é menciond pens em m ocsião Tr ta-se d prier pciente pesentd n coneêni soe O sentido dos sintoms El é coetd por m ritl ob sessivo, qe fzi, ntes de dormir, e vr de côodo dcente o se qarto. Entre m ção e ot requei os préstimos e tenção de su empregd com peddos triviis nterpreão deste sinto remetenos à cen d noite de núpcs e à ipotênci do rido nest ocsião, acescid d preocpção de que este segredo fosse revedo os empreg dos Neste contexto Fed rm qe: "Antes de tdo, se es crece qe pcene se identiic com se mrido; em vrdde represent se ppe, posto qe imit su cord de m côodo oto . Sentese qe pssgem tiz noção de dentiicção no sentdo is ro e menos psinítico, sto é, como sce dâneo da iitção. Mesmo ssi se so ndc identiic ão como dentcão o sintom do oto, seu mrdo, em prmr instânc Mis precsmente, identficção, exte 13
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13 Fred, S (1917). senido dos snomas. ln: OC p. c. p 238-4. 1 . Feud S (1 91 7) . senido dos sintomas ln OC p . ct
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amente patcla, passa po elemento da envolta oral do sntoma, ou seja, pelo marcador da angústia no Outro. A asênca de menão deta e detalhada do papel da dentfcaão no pocesso de fomaão de sintoas é m ato astante trgante Tal papel é ma das intelecões ais antgas de reud no estudo da neurose e em partcula da hsteria Ela ocpa lgar estratégico na análse do caso Dora onde, desde o iníco, red assnala a dentificaão co um trao de ua ta de Dora, na poduão da tosse nervosa Tamé a identficação com a mpotênca paterna e com a pópra Sra K. so chaves para a compreensão deste estdo clínco. Se pensamos no caso do Homem dos atos e na identfcaão que este mantém com a dívda do pai, não podemos deixar de constata se papel ccial Mesmo no fragmento e apresentamos aca fca nítdo e este movento é apenas o pre pso, o mas rva e evene da expoo p. Podemos supo e a asência explícita do termo dentifcaão se deva ao fato de qe ela esteja susuida em algns dos pocessos mencionados na ormação de sntomas or exemplo, reud fala da egesso a antgas escolas de ojetos Saemos qe ma das definiões da dentificaão é justaete ma ssttuão regressiva de ojetos aandonados eud fala da regressão como drgda à fixação Saemos qe otra definião da dentificação afma que esta é a forma origáa do laço afetivo com o ojeto Fed fala ainda do importante papel da fantasa na poduão do sntoma Saemos ue a fatasia coo ponto máxmo de etase da lido, condensa o nacisismo do sjeto e, potanto, coodena todo o sistema identfcatóro, e pela va das nstâncas deas, qer pela via da dentcaão ao desejo do otro, com toda a amalêcia que sso compota Oa, a dentficaão e antes surgia como prolema pela ausênca, tonase agora ncômoda pela onpesença e dspersão po todo o conjunto de tempos envolvdos na foração de stomas. Meso a vetente do empobecmento o enrqecmento da vda psíqca, em face do gasto exgdo pelo sinto ma, é fracamente coelata dos últmos desenvolvmentos de Fed soe a dentfcaão Em "scologa de massas e an
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ise d e, 1 5 Feu detaha a conecida, e exaustivamente ex ploada, ditinço ente a vaiantes da identificaço, ou sea: a) omo a orma mais antiga e oiginia de laço com o otro (identificaço piia); b) como sbstituto egressivo de ma escolha de objeto; c) como slocamento de um eemento comum, seja ele u aço (Einzger Zug), eseo encaço srca) ou m sintoma (identcaço pelo sintoma. Mas além de ma apresentação qe enfaza as difeenças qalitativas envolvidas no pocesso identifcatóio há ainda, neste texto, amplas conideações que indzem a uma consideação éca da identiicação Iso s e mota, po exemplo, quando Fred opõe claamente uma forma de identificação qe "constiti ou enriqece ma instância da personalidae e ma identificaço de endo inveso onde o "objeto é posto no lgar da reerida instância, e empobreceria a vida psqica Estamos agora em posiço de lançar ma hipótese sobre a origem dos sintoma tansitóios e sobre a sstentação e fracasso de cetos sintomas específicos. ssa intabilidad, d cno antitativo, pode dco a descontinuidade no invetimento idetificatóio no sntoma do otro e em paticla do sintoma na família Nossa hipótese se vê inicial e peicialmente corroboada tanto pelo argmento da neose infantil qanto pela eglaidade de exepos fedianos e emetem à identiicação com o sintoa do paceio e da faília. sso ecebe repaldo também na clínica ata onde se nota a crescente importncia do sintoa como agegado social e condicionante da vinclaçõe associativas. Cmo discti em oo lga,16 esta pia levo alguns teóicos da apoximação ente psicanálie e teoria da sociedade a impota a teoria fediana obe a identificaço ao sintoma na família para compeende polema no âmbito extensivo do laço social. Isso me parece incoreto e pouco futíeo pois evi
15 . Feud S ( 9 2 ) . Psico logi a de massas e anáse do e n: O Op cit. 6 . D nke CIL . Auordade e alteridade. Jterçõs, v II, . 6, 1999
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ta a contradição fundamenal entre amília e sociedade (no sentido de sociedade civil, jurídica e políica Essa conradção envolve vários níveis de apreensão do complexo de Édipo e de compreensão da unção paterna, mas o que ineressa desacar aqui é que isso implicará ambém transição do sinoma A sustentação do si ntoma na fam íl a
Cabe reonar aqi aos rês mbios de análise do sino ma: o narraivo, o quaniativo e o esrural Do pono de vista narrativo o sintoma se ransmie na família pois esa é o pequeno universo de alteridades capaz de definir em que ermos e por qais meios o sofrimeno é legíimo, e por conraste, qual forma de malestar se caracterizará como soma E ouras palavras, qual orma de apresenação do desprazer é egíima e qual é problemática O ermo unheimlich, que reúne o amiliar ao esranho na apreensão do inconsciente, expressa usamene essa oerânca e ncômoo e as famas manm em relação aos sinomas de seus membros Como vimos anteiormene a definição uniersal e aemporal do que representa de fao um prejízo, uma conraonade o m desprazer para odos os seres falanes é basane problemática. No enano, iso é realizado sob forma de m conceio práico em equenos universos como uma comuida de o uma família E como se o seio não reconhecesse ais sua própria mensagem recebda de forma inverida pelo oro qe com ela se identifica. No exemplo de Freud, o arid impoene qe esranha e acha incompreensível a repetição do seu próprio ritua na oite de núpcias, ou ainda a ãe e se desespera ao constaar o fracasso escolar de se fho, medido por seu próprio e opressivo ideal de scesso Esa acepção de snoma soa basane convergente cm a de Lacan, se tomarmos o grafo do desejo por referncia Nes te caso o sintoma situase coo uma significação do e pra o Outro [s(A)], isto é, como uma mensagem inverida na qal o desejo se aliena. Isso, por si só, seria suficiente para jusfica a mpatação do stoma no aço social. Mas esta implanta
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ção, pela ia da linguagem, pel sigiicane considerado a par ir da esrutura da ala, como esquema L o demostra, explica razoaelmente com sintoma e transmite entre gerações, mas dexa de lado problema invero, ou seja: como é ossíel que o sintoa não se ransmita. Em outras palavras, de que orma o sujeito e a criança, em especia, separamse de uma forma de gozo típica, ue he é aresetada aço amiliar e o sbtiti por ma tra orma e ozo, oerecida eo discurs, o âmbito do aç social. A colocação deste prolema procura reativizar, por esa concepção, uma antiga psição dmiate os estuos psicanaíticos sobre a amília. Ta posição eatiza a figra do emer gete, ou deposiário, com eemeto que dá voz ao sitoma silenciado nos outros eemetos do rupo. Isso corresponderia a m eeito horizotal da tee mais geérica de que os conitos ão eaborados e m uma geração aparecem como sinomas na geração suseqüete, ta como se expressa, por exempo, na seguinte passagem Em algns cass snma nã aarece mais, icmene cm resane e ma ormaçã e cmriss insíqco ele oe igaene ser encarad em relaão cm a eto e ef eeto e tlzço exí e geções p eceetes ão ele se enend d om exresã de srieno amilir 1 7
A complsão à repetição igase asim ao aca sso da simbolizção nas gerações precedentes, que sobreiveste o vícuo arcísico na amia Pdemos chamar o modelo, contido nesta passagem, de modeo de trasmissão por pitivização O cofito que não é resovido por uma geração se expressa no etanto sob orma p sitiva no sintoma da geração seginte ou em um membro desa eração diate os demi Um rgumentação semelhate é deedida por Laca em seu texto so
17 AdéFute F. e Aubet F. A to u f o ofto. : ue . (o) A ansmssã d psqu ism nr a s. S Po Uo, 1998, p 29.
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bre mito indiviual do eróico, onde o sintoma da dúvida uanto ao pagameno da dívida é remeido á esiação paer na qanto ao otivos do seu próprio casaeno: por amr ou por dinheiro Ou seja, ais aém do desocamento significan e ue aparecerá na obsesso com ratos (Spla = rao de jogo), há tabém a transmissão da forma assumida pel cá cuo do oz amor x dineiro, ou sea o ue cifra a relaão insáve enr o fao e o objeo a . A criaço de u mito individual é aparenement um contrasenso Todo io é por definição coeivo O ue Lacan destaca é o ão reconecimento neurótico nese mio O des conecimen da deterinação estrutural do seu deseo par ir desse mit resua porano na formaço de sinomas omo efeito do cofito que antecede cronoogicamene o sueio, mas que derina siuaneamene a estruura na qua se se insere ma onde no se reconece A isso odos sugerir u contramodelo baseao na transmisso or negaivizaço, isto é, onde a transmissã de penderia de u movimento desidenificaório em reaço ao sofrimento miiar E outras palavras, invenço do ino ma, na sua fra individua, exige a crição d u nov for a de sofimento, disinta da ue é orecia pla geracionaidde. No se trata aenas de uma nova verso do io ou da cntinuidade da narraiva faiiar, o que é ipres cdíve par o procsso de fiiaço, mas de uma dierenciao na forma de gozo, ou no benefício primário ofrecido pel sin toa Em estudo anerior sugerios ue a processo euiva e a uma quda da osiço de objeo do fantasa dos is É preciso escaecer ainda uais as conseqüências disso e er os da mudnça no esauto do gano primário uferid pelo sinoa Para ao precisaos pensar a ransmissão não aenas na sua for direta e reetiiva as tabé peo crivo invertido da idenificaço ao raço unário (Ei zg Z ug). Unário 18
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18 Lacan, J. O mio individua l do neuótico. isboa Assírio Alvm, 1987. 19 D nke C L Desejo plsão e fantasa : Bauer, JF (org) A nça o disro do ou ro São Pa ulo: Iluminuras 994.
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querdizer aqi tanto aquilo qe faz ma nidade, em m r po, uma relao, o uma comnidade quanto aqilo qe faz o úco, idioicrátco e novo. Portato cae distinuir ete proceso o sintoma típico e o itoa individal, a idetifica ção epobrecedora e a dentificao enriquecedora. Situamos assm o sitoma como ma fora de aieação do dese o e de orgazação familar as tamém como sporte para a sepa raçã e sujetvaço dete deeo. Um terceiro pao era pe sar o delocameto desse trao de ozo. Do amplo conuto de proceo idetificatórios e de sua varates itroetva, roetiva e icorporativa, há m aspecto que ostaríamos de detacar, tedo e vita a identifcao com o stoma, do poto de vista da arratva familiar Tal arrava v e sedo estdada, como operador clíco, de for ma a arzar a a dmenso de mto, de hstória, de teoria (o setdo da teoria sexual ifat) e de romace no sentdo do roace familiar do eurótico). Aqu, a identificaço cos tua er pesada coo uma codção neceária à filiaão e coeqüetemete a tereracoaidade. Fliarse ão é um processo atura e oicamete nexorável ma um paso na cottução do sueito Um paso que depende da assimlaço a uma arratia coletvamete costruda e da iteririzaão do seus meos de produço. Iso explica a vertte coísta e de sustetação do sitoma, mas dea de fora a sa vertente dsruptva e eparadora. Temo qe peruntar afina com o que o sueto se idetfica, na idetificao ao itoma, para eteder este seundo apecto da qesto. Fantsm a e traço de gozo
N retoro ao fatasma e posteror reivetimento de oetos detifcatórios, Lacan no apresenta da alternatva, aparetemete contraditórias, que nos pode er úte para pesar a id etificao diferenciate ao sitoma. El afirma por m ad que a reresão é regreso aos igificates prescri os da demanda do Otro. rereso fixa asm, de forma narratia e etrutural, o inificate que coordeam a articu
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lação imaginária e simbóia o sintoa Mas acan aa ainda e uma terceir iniência a entifcaã, onde esta ecai sobre o taço e gozo ue singulaiza o sueito, o objeto a. Tratase aqui de uma identifiação ao sinthome, expresso cuhada aparentemente pa dar forma soução de gozo expressa no sinoa Esta aproimação se insinu na segune ssagem do Semnáro XVI: í N é à í ( ) ? . ) é é ) é , é, a ? É à 20
acan araene olta ao ema da famia após seu esrio seminal sobre este ema. esta passagem vemos a função tafória da fa oloada e onase om o relâpago que a atavess, ou sea, a aposa que "ra, po ass zer, u seito ao suôo a parr do objeo a. A age do elâmp ao já apareera em assoiação com a metáoa anteormente, indicando o oder riaivo da mesa na ndução da signifiação Aqi se acrescena a esta fução o pael do objeo , pensad no conexto do drama failiar pono marcate dese fragmento resde, toavia, na afmação de qe esa liberação o objeto a ooase omo m robema paa a dnfiaão Consieranose e o obeo a m onensadr de gozo e levanose em onta que a criança nase não só cmo ao para os pais, mas tb coo objet a , podemos afimar e sa arefa paa constitur a singaridae de se snma 21
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20 L J D O 8 30 969 2 L coplexo fam lars (1 8 R Z 987 L J (17 F Escritos. O
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depede da desidentifcaço com ese obeto e com a forma t pca que este assume em ua famia. Ta desdeificaço respodera ercaente a descoberta de um gzo o todo fáico ta como descrito por Laca. Em ouras paavras, a um fracasso da facizaço propicada peo soma famiiar Por ao idenficaço (iagáro faço (sólco e sexuaço (rea) cmõem aresa su . A csiuço o sueito prevê domiâcas ateradas para a iscrço do sitoma ao oo de u traçaeto. Oservadose coo a oço de gozo ve recorr par ciaee campo ecoôico quaatio da eapscoogia freudiaa podemos aproximar a seguda verete freudaa do som à sua dmes de gozo e suas icdêcias o pla o do Rea. Em ouras paavras o fracasso do s itom deriva ria e sua capacdade congeca para gerir ou orgazar o gozo. Supõese esta afraço que o soa realza esta orgzaço pos ee forece u mite ao gozo ocazado em ua fora precsa e reuízo desrazer e cotravotade Supõese ada que o sita permite ao sueio firmar ua certa osiço de resposa ae do Ouro e artcuar u saer possve sore o gozo sepradose assm da assage ao ato . O que Freud chamava de soma tipo expressa esa medda ua idefcaço ao raço de gozo famlar. Agus auores geralee retoado um texto de Laca cohecdo coo "Dus oas sore a criaça faa desse prcesso coo assage da ideicação ao ojeo do faasa dos pais para a erada em ua oura forma de gozo própro da escoha de oeo adoescee ou da vida adua. E1udosos da apreeso pscaalíica d fama como Eguer 2 5 mas tamé anastas teressados e gruos coo zeu Kas ê ssid a oço de erfaasazaç o 2
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3. Lacan, J ( 973) O semiári. Livr XX Mis inda Rio e Jneio: Jorge Zhr, 989 2. Lacan, J 969). Duas o sobe a cinç. Opção Lc, n. 1 abrl de 1998 5 Eiue, A. Um dvã pr faíli Poto Aee: tes Médicas, 1 989, p 43.
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como ono e encono os fanasmas idiviuais como oganizado failia o enano o faasma, nesa adiçã, é ensado mio mais lo omance familia e elas eoias se xuais infans, iso é, mais la naaiva do qu elo ojeo capao gozo Isso dificula ensa a esão en a filia ção, simbólioimagináia e sexuação, como osição dian do ção qu encnaemos os moenos e vacilo ou insailia de fomações sinomáicas secíficas a esienifiação ue lhes é óia. Concluemos com u beve eorno à asenação clí nica ese pocsso. Pomos agoa le o eaimeno e a ino vsão, íicos do facasso o sinoma, como uma uura da inificaçã, sem ao meso eo clca em cea u nvo aço de goo É coum, em aciens nsas cicunsâcias, um lançamo a ctas exeiências ansgssivas, não a nas como u confono aos eeseanes familiaes da li, as ambé coo odução de alenaias ao imeaio de gozo hegemônico em ua ada faília ou gupo social co e que nsa siuação a culua ofeça fomas aa um lém gozo, ara um aais-egoza, deslocando o sujeio de u sinoa i failia paa ouo sinoma io, agoa de pen ação soca. Nse ocesso o empoecimeno da vida sí uica exlias ela uua co a naaiva onde o seio simolicamne sá inseido e o u esvaziameno d seus significanes funamnais O aalho singulaização d sinoma, ou melo do sinthome, é oupado ela inifiação às fomas onas do sinoma escias ela culua gaso psíquico neessário paa a oução susenação o sioma é assim subsiuío o ouas fomas mal-esa e pla lifeação e siomas ansióios. O eaieno evolui ssim aa a aai e indifereça. A naaiva o conflio evolui aa a naaiva do consumo ou aa a scição de exeiêcias. a esuisa sicanalíica esa ansfomação iscusiva, veifcaa ee os analisanes, auz-s po um clíio no ieesse eo ema o sinoma angúsia, as eessõs, os aços e caráe e as ivesas vaieades a iniição acaam o ominar o iesse o línio A sicose, a evesão e os
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quaros bordeline são obilizaos para auxiia ese processo O aumeo o irsse por coeos como a culura a aília e as suiçõs sã a otra face este movimeo Diziase a Vea a época Freu que a psicanálise, a vrdae, prouzia os sitoma q prteia curar Talvez vamos votar, pelo avesso à fcniae essa ironia.
PARTE I l i
QUADROS CLÍNICOS
NEUROSE DE CARÁTER
Se se tiver caráter, tem-se també sua expênca típica que sempre se repete.
Nitzsche
O roblema relato às causas precitantes da neurose reaparece de forma laeral n arigo "A isosição à erose obsessiva Nele é reomada a oosição enre causas cos titucioais e causas cotgeiais em face de um caso líico que apareemente coraria a ese do onto de fixaçã Tratase de ma paciee iicialete com diagnóstico de hisera de agústia e que " . . subiamee transformouse ma neurose obsessia do to mai gave · acene fora uma espsa felz até que descobre a impossblidade de ter hos com seu marido, seu úco obeto de or Reage a esa deceço cm a hstera de agúsa fuo do reúdio às fatasias de seução, ode o desjo de ter um filho encoraa exressão O marido, comreenendo a origem de tal estao, acaba or facassar ela rimeira vez, as reações sexuas Ea ierrea traarse e ma impoênca ermaene e um ia anes d reoo do arido de ua vagem roduz os prmeiros sintmas obsessos. Tais snomas referiamse a formações reaias (omulsão or limeza) e 1
1 . Feud, S (1 9 3) . A disp osi ção à neu ros e obsessiva ln: OC p. cit, p. 40 v XII
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meas proeoras, cora aos raves ue ea supha ser capa e causar a ouras pessoas O argumeo cera ese escrio é a nroução a orga nação aa-sáica a sére ue va o auo-erosmo aé o amor e ojeo, assano peo arcssmo No eao reu eém-se iguamete a aeração e caráer proua na es era a maça e somas Ee afirma ue a formaão o carer esão ausetes as operações e acasso o recacae o e reoro o recacao Em ouras paavras, 0 aáer, servi ria e moeo para um poéco recacameno bem-suceio Uma saía oe a area e susiuição o recacao por su bmações e ormações reaivas se eetvara. Essa éa é cormaa em Esboço e pscaáse", quao se ara u pé e imuâeo esio ara a pusão: 1) coservação os nvesimeos bias ias; 2) acolmeno etro a unção seua como aos preparaó rios ou e apoo, ou; 3) ecusão a orgaação e compeo suocameo (reca que) ou expermenam uma apcação iversa ero do eu, forado rao e carer" 2· Cegamos ass à iéa e que as causas recipaes, ese caso, a ecepção com a ausênca e os e a moên , e aormações em vel o caráer, s mulâneas ao esecaeameo os snomas, mas isas desas Nos os casos á regressão Na vertee o caráer esta se resolve suaveee", sem coio e sem ormação e somas A pacene orna-se irrive, esóca, mesqua e sovna, sazao um acréscmo no caráer ana-sáico, em que pese o ao e que ea o se queie isso J em Caráer e eroismo aa"3 Freu escrevera o car e aa em ermos e oreação, reeção e persisêcia Aqu os raços e caráer são euzos por meo e uma aáse lngüística e ceras crcusâcas eveo a pusão aa Os aços e caráer que permaecem são efos como conuações aeraas e pusões orgáras, subimações 2. Feud, S ( 938) Esbço e psicanlise. Op t., p. 1 53 . v. XXI II 3. Freud, S. ( 908) Caáte e eotism anal : . Op. cit. v VII I
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estas o forações reaas contra elas No entanto a aná lise realizaa or reu ests traços se apóia nas esas re ras a cobnaóra snfcante exploraa por Lacan. or exeplo, a poisseia a expressão Ordentlich, ordenação, as abé etóico, honrao, ecnte O qu ineressa estacar é o ínculo instáel assinalao ntre os otios ue lea à associaão o caráter anal à ne ose obsess Aquilo que posteriorente veo a se tornar u spécie e praiga clínico para a enoenoloia des ta neurose se póa, reuianaente, e jusficatias bastante fráeis O eso s poda estende à relação ntre hste ria e o falciso ou a certas foras e pscose e à oral ad Sabes e a consistência dest a aproximação eves so bretuo ao trbalho e Abraha que procurou sisteatizar ua psicopaoloa pscanltca a partr da seqüência os pontos e fixção . Tal aproxiação baseiase em u uplo oiento: tilizar a noção e oranização pulsional coo eqalente nérico e caráter e e seuia centralzar o procsso etiolico e torno o ponto e fxação Este o ento está na raz a ansforação a teora psi canalítica e a teoria geral a personala e, sustentaa por ua certa isão cronolóica e esenoliento A noção e caráter, assi coo a e tipos libidinais, esenvolvia em 1 931 , é e tiliae bastante reduzida se a pen saos coo resíduo e precursor a noção psicolóic e personalia Fru alerta e diversos ontos que psi canális te uito pouco ou na izer sobre o caráter, ape s e ncr possíes linhas de pesquisa abertas neste capo por seus iscípulos, notadaente erenczi Para el a análse o carter eera sr subseqüente análise os sinto as e seria ipresciníel par a realização o térino tra taento psicnalítico Postriorente Reich, Alexander e Fenichel esnolera ste ponto e odo a introuzr a éia de a neurose de carátr" e ua análise o cará ter que lhe sria consoante 4
4. Idem, p. 158
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É imporae embrr e eich escreve Aáise do ca ráter" em 1932, momeo e e id esá à free do Seiário sobre Técica s icatic re izdo Sociedde Psicaic de Vie. O seu probem cico fudel reside usee o icio d áise, udo ess se der co trços de cráter que serão fortes oes ecoômics pr a resisêci Cor Aexder e Gover, ue disigu euros , rgumer e a áise deve começr elo cráter e em seguid dirigirse os sitomas um vez ue ssi o trabho cio sria fciitdo e ão or u difer digósic ere um e outr form de eurose Cora Fereczi o rgumeo evdo or Reich é de e aise do crter deve receder e ão suceder álise o sitoma, isso or que este ocu um ugr cruci istção d sferêi e ão eas su dissouão iamee, cotr Nuberg, eich firmr que comusão repetição reside e se tuliz o rório crer, ão sedo aes um efeio secdário ds formções de siom Vêse, por este breve osiciomeo, que Reich tvez eha sido o prieiro ósfreudio reconhecer crui imortâci clic do gozo berur do rtameto psicico. Os rços de cráer sã o efiios de form comrtiv em reaço os sioms d seguite meir: a) h um f de nsight sobre doeç; b) eibem rcioizções copetas e eficzes; c) ão rcum um edido de mudç, ívio ou rsorção e freqüeemete são jusificdos por euios oo É ssim mesmo que eu so" eich oferece como exempos ra rços de cráer iide, tques vioeos de ir, egigêci fgrte, icião par meir, be bid , ostetção, efim, codições psicoógias que odem mrcr um estio d e vid" o qu o eu se ideific e se ie Um esio de goo, orao, do ual o sujeito o se qeix Qudo o fz, ueix é gerete idireta, decorrete e sua iviabilidde ou dos ras oros recioas secudriamee roduzidos De fao, esa 5
5 Rech, W . (1 932) .
A nálise do ca áter.
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forma de eurose, os própios intomas assumem a orça de sios de realidade para o sujito e lh aarcem como teste muo d ao namovve ros d rár s rdz, ois or ervs fsos s i vid ds d psso o r sses igários s re çõs o r idd E é o is pur quo is sb jiv igrdos o eieo de uoomi esso sivr os rves e imsses 6
Portato o poto central dos sintomas d caráter é sua assimilação ao eu, em particular a orma d identificação que o permte apreendrse separad, ideendete e livre e rla ção à realidade com a ual se dbate Fenichel7 em um dos extos clíicos mais lidos a isória da psicaálise, dics extesamete à questão do carter Est aparc sucssiame t cmo um modo de relação tio sublimao tio rtivo), uma forma de defsa cotra a aústia (persoalidade euró tica), um stilo sxual (caráter fríido), um aspecto da pulsão (traço uretra!, anl, fálico) e coo uma forma abreiada ou i cipiet de estruturas clíicas (carátr compulsivo, cíclico, es quióide). Contra sta dspersão o coceito seria perient pensar que o caráter é apas intrusão do ozo a esra do eu (moi). Em ve d mapar toas as icidêcias d oo pos sívis bastaria pesálo como xtroridade ítima do u. A resistência oriinada lo caráer maifestarsi mui to mais na form ou o modo coo o paciet fala d ue no ta ou assut qu se dica. Os arumtos d Ric s tão sempre subsidiados m ua estratégia clíica acabam por codzilo dsrição miciosa de tipos caracteriis (fá licoarcisista, compulsivo, msoquista e istérico) Penso ue a atitude freuiaa sobr esta ustão aida parce a ais lúcia Em ve formular ua teoria ral do caráter coo subproduto teórico do desenvolvimento a esf ra as pulsões do eu, Freud nalisa circustâcias ptuais 6 Lacn, J (1 948) Complxs fam ili s. O c, 85. 7 enche! O Toia psc al ític d n oses - damto base da doutrina pcantic Sã Pl : Athene 1998
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o o carter e a fuço o esecaeaeto a eu ose E ve e ocar a teora o ecacaeto ele cor pora u a e suas possb aes e teros e eso senáro para a pusão Veos ass que a eora o cará ter em Freu oge e ostr o esboço e ua teora geral a persoaae, se ostra úl para aprofa a vestga ção clca sobre ceros aspectos especícos a eurose Neste seto a preocupaço e Rech co pacees ae ros a ua forma partcular e goo mosta-se covergee co a ese e que o esecaeaeo a eurose plca ns ablae o stoa e o caráer Se reraros a éa e caráter a sua escrço pscológco as retvermos sua m portâca e teros o aelaeo e goo precsaríamos es tabelecer qual a relação ere o gozo o soa e o goo no ca ua aaa ua a laço o dd eo a eurose, ee os processos sos mas arculaos: a) regresso ao poto e fxação, olto e prouço e stomas; ) regressão a ua orgaação pulsoal secuára, au sênca e oo e mocaço o caráter Esa segna alerata ecorase esevolva o ar tgo "lgus tpos e caráer lucaos pelo trabalho psca alíco ele Freu sola rês pos e caráer e eresse para a pscaálse: as exceções os que acassa quano ru fa e os que elqüe por seeto e cua As exceções so s ro por erem araves sao circusâcas e prvação e sofrmento ate a qual pleea seço para ovos ecargos que a va exge. Ete e ue ua provêca parcular evera protegê-los as e e acoemetos esagraáves que o fuuro les rervou s u• cofere quao contarao te· v o eseca eameo a neurose o seja, quao a emaa por ua ova scrço gualtára o campo o Outro se fa presee. 8
8 Feud, S ( 1 9 1 6) Algun pos d cará dl ucdados pelo abalho pscanalítico n: C Op . c v XIV
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rud orce dois eplos, u literário e o outro clico oe ste dano passa pla doraço do corpo Su hiótese é de u este tipo d caráter possuiria crta ligaço co a codiço einia e a intrprtaço iatil d sua própri co pralidad. le resue da suit ora o ito de Rcaro I, d Shakespare coo unciado fudatal desta foraço carátr A natureza coete coigo ua grave justiça egaoe a bea fgra q ue faz os hoens sere aados. Tenho ieito a ser ua exceão a passar por cia os impeientos q ue etê aos outros. E ainda e é lícito execer a injus tia, pois ela fo comea coigo. 9
Os e acassam q ando triunfam correspode a outro tpo de caráter copreensvl à luz do dscadeaento da urose Esta ocorre uado se p assa u êxito idubitáel a ida do sujeito Quado u eso ago a stuação icotorável Dois xeplos: a uler aenu rira e insubissa ue contra fialte u rotetor aa o q dcide toála m casato Diate disso sur ma érie e atos ue visa dsfazer esta ossibili dae, sosta ete tão serada É toada or ciúes absurdos, decuia os aazers da casa, idisõs co a faília do cosorte, iede su trabalho e finante cotrai ua nridade síuica icuáv" 1 º. O sguo exemplo refres a m pro ssor uivesitário ue sprou uito tepo p ara suce seu estre a cátedra Quado isso fialet acotece sse cai elacoli a e toras iabilitado para o traalho Freud afira ue aos os casos o dscade to da efridad segs à ralizaço d ds o aiuila o gozo (Geuss) dest" 1 Ocorr u ua reúcia (Veragng) iterior ão prodz eitos até u o obeto que sostame te a susteta sa trazido à ca Novate Shaspar, ago ra as alaras de Lady MacBt, é chaado ar a forece o 9 Ie 322 10 Ie 324
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epteto para a stuação Nada se gana, ao contáio, tudo e perde, qando nosso desejo se cumpe sem contentamento: vale mas ser aulo ue destuímos do que po destruição i ve em duidosa alegia" 12 O teceiro tipo de caáte abordado por Feud, no texo em uestão, d respeito aos ue delinqüem por sentimeto de cupa. Tatase de suetos onde a ealaão de ceros atos ransessivos responde ao alvo d a conscência de culpa Al vio ue se intepõe ao martro do deseo A punião aparee aui como algo capa de articular certos impasses do desejo. Em lnhas geras, Freud redu tal impasse aos ' andes p póstos deltuosos, deados do complexo de Edpo Tano neste caso como no anteor Feud paece delnea clincame te um poblema qe só eceberá aprecaão deta postero mente, o seja, a inflexão da conscênca moral o do supeego, como instância qe anla o deseo com se o o goo s tês ormas de caáte descritas por Feud apresenta város taos que permtem aproxiaão com o tema do goo e esecfcaente com o as de oa Tanto as exceõe uanto os qe acassam quando trnfam e os que delnqüe por sentento de culpa colocam em cena a ultrapassagem d m lite al ultapassagem comporta sepe paradox ou contadão, po exeplo, ae-se a exceão é ua fom de constur a rega coo lte Delnqür é uma oma de i além da le como lmite, as ao mesmo tempo eafála pela culpa Tna é tnso um lime esabelecdo pela póa imagnaão de um ieal As staões tradas po Feud mostam po outo lado a cara antinomia ente oo e dese jo Esa antoma perte sger mas nvertidas das stua ções popostas po Fe sem prejuío da sua estrutua, po exemplo, os e tunfa ao facassar, os que se aem epe sentantes da rega, ou o que se culpam por delinqür O oo simlamente proetado em uma stuaão libetaoa: a deln üência, a gualdade, o triuo o entanto nada mais trágico o qu a aalzação desse estado paa a runa do desejo 12 Idem, p. 326
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O caáte aparece a o como um aributo ou siôio da personalidade mas como m cojuo epetitivo de e coros que express ma cera posiço da deada e m odo de gozo Como mostarm a uores como Senett, 1 3 oltze e ates aid Weber, o cará er ada mais é d o que uma aativa. Sua trasmisso, onstrução e dissoluço obe decem, portao, a regras da rama arraia e de seus cntex tos de eferênia o abao, o amor, a iliaço, etc. Isso explica a assocaço feita por Laca entre o aáte e a esrutra da amíla a qual o sujeio resceu. 1 5 sso comba ada om a curiosa preponderâca de sioas a esfera do aráter em pacienes próximos da vele Ambas as stuações azem supor uma azoáel esabilidade do coexto arrativo que regula a subjetvaço o sup or uma pologa que pretende isolar os personaes de seus cotextos, cofeidolhes uma idetidade trascendetal, ada se faz além de reter eros cilos aratios ig orado suas codições de produço or exemplo, o V os ofeece um roteio com dez tipos de rastoos de perso alidade diididos em rês grupos: A (paraóide, esquizóide, esquizopica, B (anisocial, bordelíne, hisriôia, arisista) e (esquva, deendete, obsessocompulsiva) A maior parte dos casos, coo se ê, parece dica apeas formas ais bradas dos grades quadros clássicos. So maeias descrtas de reter o ióluco forma do sioa toado coo referete s arrativas ulturas egemôcas. Um possíel exemplo da relaço etre euose de aáte e a arratia social egeônica pode ser suposto a fgura da me da paiente de Freud conhecida omo Dora. Fred, em uma das poucas referêcias fetas à me de Dora, diz ue ela sofria de uma psicse da dona da casa. ejamos coo ele escre e o aso: " . . o up aa todo o dia em fazer impar e anter 14
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13 R A oosão do aáte P R 1 999 14 P G Cítc dos fundamen tos da psolgia 1998 15 J 1948 Coplexos famlares. 16 M P M 1995
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po, cs o óve e utenío, cegano exteo que mposbtvam eu uo e eu gozo". No e tt de ua neuoe obsev, cecenta Feud, po me de Do pec gnor copetent ua enfe d. o econheca t to como decoente de u penento ntuvo quque, ou quexavae do eo No se tata tabé, poprente fno, de ua pcoe, de u to de vda, que coo obeva Feud, enconta se fqüentmente nt outa muhee. O pcee de hoje pmtem stend et noço odo epecífco de nserço no tabalho, no aze e no cotno va mooa Modo on o peongem soca o qu o eu e ntfc tone um péc d evçl autônoo, peo u nea epecíc e poduz o aasegoz. No txto Os comp lexos famiiares Lacan ugee que o de cíno soca da ago patena tem coo u de ua cus a epaço entre a funço ubtó a funço epeo da nstânca patena. Ito é, na dda em que nat cutuas hgmônca pcndem da obpoço ent o gente da epeso (o pa ntedt) e o veculo d ubção (o pa coo supote de a), há u dsjunção ent pecço e ntdção o odo e gozo É nteante qu n contnuação do txo, cn ame qu ssa sjunço po vaeente taá congo ua tnfoação da gemona do quado hstéco e agua foa de coplexo· caactel. Tudo se pas coo s nuoe de caáte fose uma espéce de hda de um confto abovdo Genalzando sta déa é como s o paaigm clnco ua gaço pceen anfoass m ua oaldad de cáte na geaço ubeqünte. E outa pava, é coo se a ac pectv da le s ntcse com a face pobta. É, potanto, no ovento ccco da eanda, olado por Fud oposçõe do tpo: faco e uceo, ce e 17
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1 7. Freud, S. ( 905). Frgmentos d náse de um cso e histeria ln: C Op cit., p 19. v V. 8 Lcn, J . (948) com p exos faliares. O. cit.
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csigo ou exclusão e nclusão, que o caráer arcla a eação cm a ala de objeo sso converge com a areciação e Lacan sbre o caráer na radição que vai de Ferenczi a Balin: O cáer cnto s reções d o homem com ses objeos. O cáe signiic sepre ua lmitção, mis o enos extensiv, ds posibi dd e de mor e ódo O cráter sig ic pois m imtação d cpcidde p love ad enjoy met, pr o o e egri. A diensão d egia, de grnde acn ce, super ctegor de gozo de m odo qu seri precso destacr ( . . ) Blint ens que a expeênc nítica propo conará mis eementos sobre este ponto Por i parte e incio a pensr ssi, na condção de perceberos que a aná lse pode modfcr profdmente o cráter 9
Vemos a oo o cráer ligase ano à dimesão regulava dos eos, quo à relação de oeo, no senido em que es esá medida pela demd. Res aid saber omo a nálse rasorma o caráer: arvés de uma ção dire o idirea sobre ele? N seção III de O eu e o isso", Freud prece er enconrado a orm ial para a sua eori do caráer Parindo do pro blem represenado pela ideiicção, mais especiicmene do s papel na melancolia, Fred irm que o aráer é uma sedimeação dos invesimeos de obeo resigdos (versagenen), conedo sória das eleições d e obeo . 20 Tal sedimeção depee d resisência que regula o acolhimeno ou recus destes invesmenos Resisêci Resistenz) não e (Wdan o seido clíio, r iclável à rserência, ms a um dessexlizção da mea sexual possvel a rir da ereção do obeo no eu Por isso po demos dizer ue oda neurose de cráer é, o o, um or maçã rcísia Essa reenção narcísic do obeo perdido, o resigo, aravés dess idenficção ormdor do caráer usc, de
9. Ln, J. semiári Livr I. escrios técnicos de Feud Ro e nero: Je Z, 986, 235 20 F, S. 1923 C. . , . 38. XI.
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cer er, rmç e c e ue eu ssu esruur e u sm Or, ess ese é rmua ce esecc e arecaç as é s e Rech " sumes e camd áise cráer a é exs c sea escer e ue ersaie su e i esruurase c m s i m ue e a sen e c esrh 1 Recus mis iicaç suei e a reeçã rgási c, e riea especiamee i a teria de Reich, Lca rzrá ssacamee prem pr ea ccad e a pertêcia de suas cseqüêcis cícas e mes rês passages c airma que Rech cmeer apes m err a su eria sre caráer, ser, sr que a armadura u curç (character a rmou ) pssui u uçã efesia, e e "rria 2 A iéia acaiaa caráer c um epósi e rmas, esrra magr que se epreee sma, e q é eséce de avess, é acrescida aina da rec medaçã cíica e qe é recis " sinaizar s raçs e carer, ã pre iss reresee a açã ctr a deesa, ms prque ss ccaria em cea raç que marca a sigi ficaçã d pusã de re pra sjei. Em ras paavras, prque iss cca g em ues O srpreendee vnc ere um aspec especíic d eigia das eurses, sa cus precipiae, e as esprái cas, rém sis ees, incrsões e Fre camp cará er, se vê cnirmad artig "Tips ibidiais 2 Já a esera d seua ópica, sase a es êcia de rês ips eró tic, csiv e arcisis O prieir se eie pe ie qívca gaçã cm a iesã amrsa: ser a e a gúsi ree à perda d mr sã as igras eemeares dese tip N cas ip cpsiv, singuaridae pas s peo ugar ceral cpad pe spereu e pe csciêcia mr Fmene ip arcísic se apresea cm u 2 1 Lc , J V i a te s do t r a t m e t p d r ã o n : Escritos. Op ct., p. 343. 22. Idem p 344. 23. Freud, S. (1931 ) . Tios b dns l C. Op. cit. v. XX.
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ono tvie incunose de or redominntemene tv n vi oos. Aós considr evemene s vcisstudes envovds nos tios stos Fd egnt l sei o el estas configuções n eoga d neurose Lanç ento um ossível oximço ete o to erótico e istei, be coo d to comsivo om nose obsessv e conci esse eqeno escrito, gtando sobre o pe desss dsosções de cáter no "ocsonento d neuose, e ms eseciicmente em relção às frms de enúnci (Versag uge) envolvds Admtdose etinênc dess indicço fredi oemos suo ue o desencdemeno d eose, em e ese el s cs eciitnte, odei se ensdo como rutur des identificço fomdo o cráte T ientficço confee cet estblde o sintom, onando io de gozo vável Se ess denifcço formd do áter é constitída o objetos esigndos, su ruu aá redstbço d lbido, o e costtui condiço econôic r fomço de novos sintoms Po ste cocíno soos levdos a conclr ue eurose e cáte é compost po m esdo prem o stom, nsuciente por s só, r ccteri uma est ínc É nese seno e cn fá segune obsevço soe tgo de Mgaeth ite dedicdo o tem ds neroses d cráte os sujeios que ela dee oo a terera lasse euro se e a ráter ou ersoalid ade reati a oo qeira isto qe Alexader defiiu oo neurotc charcter, e sua udo aqi lo e tro de que se ela ora tão robleátias itações e lassifiaçes qado a realidade ão se trata de m eséie de sujeito as de ua zoa de relação a qe eu de io aqui oo cting-out .. 24
Ttse de um acting-out continudo cj cactísic sfeencil s gud já i sdo ndc o Reic: 24 Lc, J. O emo. Lvo X. gú o e 30 e neo e 963, p. 15.
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pasblae, pa o ifereça às erpreções, se sação e qe o alsae splesmee ão é oco e re seç ou els erveçes o aalsa e e que efesa ão é, de qualqer moo, abalaa Ns rês ções o Semáro sobre a Angúsa em ue o arigo e Margare le é coe ao e iscuo, v se precpio é e que a chave para superção es a sação rese a respos auêca e espera a ese ecpsulameo. Isso que Margreh Lile cham e resposta total do analsta às necessdades de seu pacente é ruzo por Lc os ermos a prção do esejo e aalsa pra lém da aude e "amável beevolêci suge r por Freud M preisaee rrse-a, suspesão d eurose e caráer, e um recusa clculad do pco m giáro prooso por ess forma de uação Ou seja, um vi rd desiv e coeer e oda áse, quo: o aaist, echedose de coragem, em ome da ideoogia, da vida, do rel, do que q eir am, faz d e quaqer od o a i terveção mais siguar, e que deve ser sitada coo de cisiva e reação a esta ersectiva e e camrei de sentimetal
Podeos supor ue ierveço de reud o cso do Homem os lobos, espuo um emo pr o fl do ra meo, possu ese ojevo cíco e express carmee um me por pre o s Como obseou Lc, l pce e padeceria de um eurose de caráer, bem como de um neurose rcsc, o que costiir a foe fudamea das difculdes o rameo O efeio esperdo des erveço é rozr fala o ldo d alisa. Por isso a porâca coferd por Marg reh Lile, e por um sére e ouras auors, a preseç "esso rel o sa, uecde feva des er veço e o algo a mais exgio o s ess crcusân cis É preciso sear que erveção ecsv, sugerd 2
2 Ie. 26. L J . emináo. Liv e 19 e M e 1 954
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esctos técn os de Frud. Op
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o Lacan e ecolida a foma de exepo do róo caso e latado ea sicanaisa inesa contraria o sentido comu da áxia apesentada o Litle para definir a sessão aalítica, ou seja: "Pessoa co ao aa copartilha enconta essoa que precisa (Pesonwthsomethingtospare meets peson with-needs) O erbo to spare como saena A, p ua sinificação uito particua e inês ao que se pode dispor, que e te a ais, que s poderia uadar, toca ou divid Ou seja o encontro anaítico po esta definição, seia uma toca ntr o "a mais do analista co o "a enos do anaisante. U cáculo do ozo cuja soa é zero. Em oposição a essa tese, as m concordância co sua exprssão clínica na neuros de caáte o assinalamento do fracasso essa equaência seria condição necessária para a instabiização do caráte, o u propiciaia a entrada e anáise. O efeito clíni co dsta instabiização a angústia, eada pla experiência crítica de que o Outro ode fata É nesta situação que se po deá passa do caráte ao sintoa, desencadeando assim a neuose, mas aora como nuose de tansferência. 27
2. Idem, p . 1 7
NEUROSE TRAUMÁTICA
Há um noe q os estrece Co qa do se cora a for E a ávoe se orce padee Cecíia Meireles
A noção de trauma está iimamente ligada à própa ori gem da concepção reudiana e neurose Já em "sudos sobre a histeria, e nos textos adacentes, vigora uma tenaiva de es peciicar a incidência e a natreza da situação raumátca. s tipos clínicos da histeria hióide, de retenção ou de deesa, são em última instância modlações da incidência do tauma Elas reúnem três dierete processos e a dierenç entre Breuer e Freud reside justamete a ual processo atribir pri mazia: a alteração da consciência (histeria hipnóide); o cercea mento ou sspensão da ação específica histeria de retenção) ou o recalcamento com deslcamento da soma de exitação adstrita ao complexo represetacioal histeria de deesa). So mete no último caso a natueza sexual do trauma podia ser amplamete eendida A teoria da sedução tramática cocebia a sexualidade como uma aparição exterior, trusiva e eetivada em m omeo ode o aparelho psíico não seria capaz de dominar tamana carga de excitação O trauma implicava poranto m nsante onde algo induzia sueito ao pavor (Shreck). te pavor decorria da ausência de asiedade expectante (ansieté) ue pudesse mobiizar a ateção e a iibição necessáia para a ramiação a experiência Paralelamente ecesso quati
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av assi roduzdo pediria e o raoêmco der vado ecorasse sua gaão cm s raeos, resos veis or sua so izaão O trauma se ara ass em dos os, or retroaão (nachtrag lich) duzdo uma amésa e a oraão de rereseaes sbóicos: os siomas Com a descoera da seuadade a, da morâci a aasia e com a ascooa do deso, Frud ode reaocar a uão o raua Ee passar azer are da cosu ão eérica da eurose, coo sucedâeo das "exeriêcias as No eao as duas categoras deeddas por Breur coo modeos cícos ara a hisera, e coo a coigê ca descrva reresada eo aua ão ora aadoa das or Freud. Ee aece reerirse a sso ea expressão "eurse raumca. No argo A s e termve, aáse ermve , Freud reoa esta oão de fora asseriva. O sucesso era co da scaáse deede de vrios aors, as a exs ca de ua euros traca dca, e era, um o roósco ão dea de ser surpreedee essa reoada de ua das oções cas da scase ese ue é u dos ex os esaenários de Fred A reoada da porâca do raa, deveos erar, gase à virada dos aos 1920. U dos ovos para posar a exisênca da pulsão de ore é usaee os eôeos e se gam à erose trauáca. A Fred sa coo odeo o raua o aduo, a ua aparece, or exeplo, e ua das varaes cícas a , on N a s aão sjeo reage ao aco do ecoro traco co soos de repeão, co reoro rusvo de a ges, seeos e esaeos gados à cea do rauma O pacee ão ode esquecer o ue sucedu e he aorea so edo o reoro raero desa lerana. Segudo o esa proposo em "Recordar, reper e elaorar e aprouado o exelo da reeão elo ogo e eo rcar, aaao em "ém do rcío do razer, poese argenar qe a reeião êica do raua é ua orma de elaorar o acocdo. Reper, ão apeas e vez d mbrar, a retr para es q uecer.
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Cabe mecior ue o reoro à quesão do rauma, s aos 1920, deve muito às ovas itelecções freudianas sobre agúsia, alizadas este período A aúsia deixa d ser aeas um feio do recalcameo malsucedido (hisera de agúsia) ou a expessão psíquia de u excesso libidial (eurose de angústia par ser a as o recacmeo e aiz básica dos afes. E Iibição sioma e angúsi ica clara a imporcia erica cofeida por Fred àquilo qu seria o clichê elemear" da angúsia para cada sujeio Um vz ue st aquéipo" da aúsia seria reaualizado e cd ova xpiêcia, e ma vez qe este é o modelo proposto para o fncioname de todos os afetos, a expeiência do tuma origiáio orase crcial paa as petesões clíicas da psicaálise. Poderseia dizer qu se há rês fomas d agstia: a agústia sil, a agúsia desvolvid (própria d erose) e a angúsia realísica, deveia aver corrlaos dess divisão para odos os outros afos. É es clima de provocação eóica lançado por Freud ue Oo Rank formuaá sua teoria sobre o traua do nascieno, esabelcendo essa experiência como imagem modlo pra a angúsia. Apesr de fronalmene descaraa po Freud, após um bve príod de hesiação, a idéia fará polongatos m difernts traiçõs psicanalícas A procura pla ima ge de refrência paa o tauma exploo diferents aspcos esfea do ifati separaão, dsamparo (Hiosigkeit, pasiviad masoquism oriinário), o frageação da iagem corpoa (orps morcelé). ma posição aeava à pra d do ara o trauma esá uio be represeada por Feenczi e eu artigo clássico Cfusão de línguas er adulos e cia a" A se de Fczi é de que o tramático reside o enco ro com ua aleriae que ão fala a mesma lígua, a al teridade qu subme, apassiva doina a ciaça por iter médio da linguagem O traumático, nesas circnsâncias depee aida da suposiço de eendieno, isto é, de qu sa Ferecz, S (1933). Cofusã de lígua ete os adultos e a criaça n: Obrs Completa Sándo Feeczi. Op cit
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coão, de que este sbetiento é, o eso epo, rodeado por a ocilidde e po tecipção cus efei ts sobre ciança o dea de ser violeos. Feenci des loc o proble dmitido que o eleeto tauático é ates de tudo siblico, mas u sibólico que está is lé d criça. U teceiro moento questo sobeveio qudo se adoou a procua da iage odelo ecohecedose que esta sitação o que cont é ustete o que ão pode ser igiizdo o o que não pode se simbolizdo: são s n gústis impesáveis e Bio, trauma pela seduço e Laplache ou o enconto com o rel e Lacan so que u equivalência ente estas cocepções mas que els tê e cou esguadr um zona de reeêci eeior o simblico e ao iiáio Co isso é possível pesa o trauma o d sua eferência ieqívoca o ifil, evita a insidios pocua pel su seâica ori giáia. Separase assi, meso que po motivos etodlógi cos, o trauma coo expeiêci infail, idissociável d consituiço do sujeio, do aua coo uma possibilidae de orgnizção do gozo, segundo um oreaento uito ac eístico, chaado po Feud e euose trauática acan i que o traum o sueio gase ao signi icate que esá nas rdas do eal A neurose taumátc nes te setido asseelase a um cecaet o inomiáel, à costrução de u envolóio pra o que ão se pode dize A cdição para o sucesso dest epreitad paece esid em u curios inversão das elações entre desejo e realidde ã e _reio aqu ao conceito de real, aquilo que o cess de ão se isceve, aquilo que vola sepe no meso lugar que ão possido issuas se deduz e se representa sob a igu lgica do impossível Não peso que acan abdone o conceito, aliás redia , de ealidade, coo se ates po eemplo no chmd es quea R, ode há ua tettiv de delimitar o esç psíquico coeido à realiade A relidde é ua articlção sibliciagiáia, rdad pela relação etre os bjos, o ideais, o eu e aleridde E ouas palavas a ealide
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é m nun e reações, nã a ceçã e ees. r isiue rês frmas e realae a reaidae maerial, a rea iae hisória e a reaiae psqia . Lacan esnsruirá a nçã e reaiae psquia para isar esa nçã e Rea Mas resa aina essa frm menr, inermeiária, ei e reaiae, iversa rea as aina irreve a amp a ntogia, n seni raiinal e eafsic o er eprea peas iênias, pr exempl. Ora a nçã e reaae ineressa a qe esá e qes ã prqe na nerse ramáia samene qe parece fa ar é a própria reaiae A reaae m enbren é qe é mbiiza pe sei para fazer aepar a rea. Iss fica mi ar em m snh ramái esri pr re e araene rema pr Laan. O filh mr az n âmera a l pai qe rme. O heir a fuaça prdzia pe fg qe ma cna as ves es fnéreas rasfrmase pea efrmaçã níra na ima gem fih. O esper rerna inerpea pai "Pai, nã vês qe es quemad? . Diae desa perga pai en a, acra. Ese é pnchave. A reaiae vem a recbrir raumác na pera fih, represena pea sa apari çã. Se Freu faa inúmeras vezes na "fga para a nerse m ma esraégia para ar m rea, n as da er se rauáica há, inversamene, a "fa para a reaiae" para idar c rea. Mas rabalh rauma nã é unimensia. Se pr m lado há veamen, pr ur há desaçã . Ocr que ambs s veres raa aparee isus nã ariulas na esfera sjei. reu afirm que "s feis rauma sã e ne pa, psiivs e egaivs . 2 ra baho psiiv rama rrespne as esfoçs paa ev ver a rama a sa viênia, vae dizer: a) recrar a experiêia esqeia; b) rá-a rea e beiva (Real); ) repeir a experiênia aneia. 2 Feud, S (1939) M i sé s e re li g ã m oo teísta n: C Op c, 70-1.
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Empeo que e reumem à eera da xação e a com pulão à repeiço Já o rabalo eaivo do rauma eue ma via oposa, denominada por Fred, de reaçõe de deea, entre a qua e deaca: a) evações, nbçõe e oia b) moiicaçes do carte; c) limaçõe do eu Nela prevalece a compulso e a tendência a esquecer, defazere ou eliminar a experiêcia por meio de ua ui ição Tudo e pasa como e na eurose raumáica ovee ma eparação enre o iniicae mere e o aber O reul ado é ma repeição, percebida como inenaa, ao lao de um aber, inútil do pono de via da elaboração píquica A catároe raumáica colhe o jeio em ua relaço direa ao objeo a . Recuperando a idéa de Spz, de qe na experência caatrófca o ujeito e agarra ao último veíio o qe a anecedeu, Lacan dirá que: "O mecanimo da eroe raumá ica eá epecialmene caracerzado pelo fato e que em ma eüência undamenal de neuroe raumáica como al, é a úlma recoraço va da cadeia o que ubste. 3 Ma o último inificante ae da aparição do objeo ca atróico, ó pode er coniderao o úlimo e upomo um deameno, uma rupra, mesmo qe provióia, da cadeia Nesta rupura ua eüência parecem e repeir em e en cadear: S 7 a a S2 primeira ére ilura-e pela repeição ineaa, tru iva e inconrolável o eveno raumáico, ob orma de lem rança, onhos e imaen recorrene. Sono que, em geral,
3. Lacan, J. O smiário Livro VII. A ética da psicnlse, aua de 3 de feveeo de 1960 (ob : esta passagem não se eota tanta no tex to estabeeido po JacquesAlai Mier que deu oige à tução basiei do Semináio VI)
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v até o úto nane ane do acontecmento trtco É raao conrvo o potvo do auma A segunda érie rase pela projeço alienante que cotua scede evento raátco Aterações, qer na v da excaçodepreso, qer na va da transformaçõe da atenç e do or Otro grpo de fenômeno deta éie é o qe Frd camo defauss rconnaissanc (fao econecmeno) O seja, o senimeno de j ter saido, á er faado o ainda j e vvencado (jà vu) ago O SMIV, referee à neuroe tamátca pea expresso Trnstorno strss pós-traumáico, incindo o qadro entre os trantornos de anedade O memo exto destaca m fnômeno que no paece convergente co a segnda sée qe areentamo acia, ratae da apariço do "prego ctatrfico", o eja, ma crença na capacdade de prever eento ftro indesejado. De fato tatae de ma crioa conjço d aer, por veze de apresentaço derante, qe apaece ao jeto como premonitóro. Um criosa egaridade cnic envove a neroe tautca Fred comenta qe a presença de dano físico, particamente a apaço da dor, cotma dimni o efitos deetéro do trama Am m oddo que apena vi e cmpanero ere mnado duane a gera e teme agdamente pea sa pópra mote teá aor poiade de desenvover como sntoma ma nerose de guea (m sgrpo da neuroe ramática) do qe aquee qe foi acoetdo, na mema condçõe, po ag fermento o doo corpoa. O fato clnco depõe a favor da hpóee da pfcaço do gozo pela dor Ao encontrar m eqvaente n coro, a exerioridade do gozo, em coo a mura o mcament com a uo permanecem aricladas. A ipótee da nterpoação do objeto, com rptra da caea sgnficante, tuaço etrtamente nvera à da oórae, cona anda com oo raço ntereante da euoe raátca, o eja, ua aparente facdade par t 4
DSM-IV. Port Alege: es Médica, 1 995, p 407
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liar disposiio da traserêcia analíica O isolameno do sigiicate mesre ucioa coo induor da associaão lire Ao mesmo tempo o sigiicate qualquer do aalista (Sq) pa rece desecadear rotamete a suposião de saber Em m caso de histeria, j h algus aos em anse, pude acompanhar a formaão e dissoluão da eurose traumáica A alisate ora colhida por um srio acidete de auto móel ode sua ida correra erigo, acidete que lhe causou ferimetos cosidereis Durate os rês meses que sucederam ao ocorrido diversos tros da neurose traumtca surgiram iequiocamee. ohos, images reatualiadoras e temores tesos acompaaamse de ua fretica idaga ão sobre aial o que teri acotecido. Qual teria sido seu pa pel ou implicaão o fato? A amsia que cercaa os istates ateriores ao acdee de lugar ao setimeto de culpa, de ergoa e a auorecrmaes. Msmo sem e haia feito sabia que "boa coisa ão podia ser A sigiicaão puitória do ecoro aeaaa es ederse em u delírio de feião melaclica. A demada, a rasferêcia, itesificase e as sessões passam a associarse com o próprio acidete posto ue elas, ela ieitavelete se põe a lembrar do ocorrdo Os sigficaes que se decatam da cea são érteis quato à sa alêcia associatia Prolferam lembraas aa s trazidas at etão No etato est e trabalho parece ser iócuo quato à sol ção dos sitomas da eurose traumtica, pelo cotrrio, esta se tor cada e mas icômoda O trauma recete soaase agora a ua seqüêcia e experiêcias raumticas, retoadas de sua história, mas cujo setido só fazia edossar a reetião a qual es imersa O iício da sre em sa tenra iâcia, o pael relaso de sua mãe e a emergêcia da sexalidde coeriam ao texto da sessão um om basate "freudiao e zia lembrar a oão de trauma cumulato proposta por asud Kha. 5 No entato, por mais plsticas e clsscas que fossem as ijuões, por mais ciosos ue ossem os esforos da aalisa 5. Msud R Kha, M. O conceto de trua cumulativ : Pianáise: tor, éic cso líicos. São Puo Fncsco Aves 1977
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t, er precso econece que a euros traumátic onrase bo meio para ouzir ssocições, um óti caino ra ecorar e reetir . mas só sso. Os aos nest lia se ziam à custa e um etrumatização constnte que una em perigo o própro trtamento Dizse que na análse é preciso lembrar par poder esque er Neste caso a seuna pate a equção areca ão ocrre. Foi nesta altra qe u inciente absoltmente fotuito trouziu uma uança o caso El traz um sonho qu eo a uma lembrnç que por sua ez a ea a ma outra cen raumátic, entre ls á m signifcante comm: uma co Cor liás o atíco atomóel Cor, aina, resete amplaente a sua forma e vestirse naquele ia. O crcial é qe nesta petiço o qe la se á conta é o próro acaso. El arece ealzr o fato que ó após a interenncia do acaso a repe ç ase ncessária, não ants Iso ta o inconscete uar a csa o que nretmente, em ses esorços subtiaço, inuz a culpa e erona Isso az m iro em seu iscurso Até então a a osclação entre a teressão: 51 � a, rópra a repetção, e a eria a � 52, corente com a eernca esoranizaa e recorações. A arção a seqüência rlatva à cor peitiu que o objeto a, ocpsse a posição e aente scurs, sem colarse a nn sabr Ele não está eetmente na pópra cor, nem mesmo m sua txtra sinicante Essa monaem permitiu que na sombr ss prouza se ezisse objeto, cja ce qu é a o acso partir a ea po eiarse ser pe or le, e outr form
EUROSE DE DESTINO
Nunc se vi ms lon ge do qe qn d o já ão se sabe pr one s v. Goethe
Por volta do final da déada de 1920 o tema do destino passa a ocupa as preoupações e Feud Aspetos bioráfios omo a morte de um de seus filhos e a desoberta do ân er em sua maníbul, bem oo, os turbulentos mometos histórios ue preeeu à Segunda Guerra Mundial têm sido apontados por núeros autores para expliar a apariç d tema. Sua obsura relação om a noço de pulsão de morte re presentaria um motivo interno para a valoraço do desino omo uma uestão analítia Em Alé do prnípo do praer Freud evanta algu mas justiftivas para postular a exstênia de um modo pulsonal tendente ao deslgamento, a desfusão e à separaço Essa tendêna de retorno a um estado anteio, om a redço asoluta da tensão se expessaria nas neuroses taumátas, nos sonhos de repetiço, na repetitivdade que arateriza o brinar infantl abé diversas formas de sofmeo e se enream em torno do masousmo, da traferênia e da rea ço terapêutia negativa refletiram a ação desta opulsão à repetiço Mas de todos os argumentos línios levantado por Feu, o ue menor aeço recebeu i respeto à neuose" e estino Coloo o termo etre parênteses porue a rigo eu fala em compulsão de des no (Schicksalzwang) e e eurse Tas asos se caracteriam ea mpresso e u
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estino que as persege, e um traço emoníaco e sua existência; e ese o começo a sicanáise ulgo que este etino atal era autoinuio e estava eterminao por inuxos a inância 1 Encontramos aq1 uma situaço one o sorimento psíquico no reuna o conito neurótico tramitao pea via a ormaço e sintomas Assm como nas neroses e caráter, nas neuroses atuais e nas neuroses narcísicas poemos escrever ta quaro clínico a partir as relações que o sujeito estaelece na prouço e um maisegozar Este eterno retorno o igual" se mostrara na recorrênca e experiências esagraáveis, orenaas seguno uma seqüência e que aparecem ao sujeto como uma fataiae a qua este se sente ma vtima Enquanto na neurose e carter esta repetço é proia ativamente pea eesa) e nas neroses traumáticas reativamente (pea compulo a repetição, nas neuroses e estino a repetiço cohe o sueito na posiço e passiviae Aguns exem pos isto so traios por Freu: a o oamene s votas com a ngratio e seus protegidos; o homem cas amiaes terminam sempre em traiço; c as pessoas qe passam a via entre a ieaiação e a ecepção com uma figra e autoriae; amantes cuja reaço amorosa passa sempre peas mesmas ases e encontra sempre o mesmo esenace Poeríamos incuir como enômenos apensos às neuroses e estno a intuço hisérca e o pressentimento osessivo", amas formas one o fturo parece antecipáve e aprioristicaente reaizado nepenentemente o que se possa azer ou esear uma mesma sigificaço se reapresentará. Isso permte compreener o traço epressio, comm nas neroses e estno, como u sintoma secunáro O traço comu estas manifestações é o que o sujeito prouz um saber, vesteo e certea mas no é capaz e 1 Fud S (1920) Al ém do pr n ípio do prazer. n: C Op ct., p 21.
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credtar penmete neste sber Par tnto é precso nocr m tetemn, m prcero, prtr do q este sabe tor n-se "stsftório Um certe sem creç é o ue á i to se conece como um rço do desencdemeto d psicose É est stço do persongem centr de om Casmurr ro nce do escrtor brsiero Mcdo de Assis Bent sabe qe su espos o tri com seu meor mgo. Ee tem certe z dsso ms o mesmo tepo escree o livro pr persdr se letor de que este sber erece credbidde Nest r c demonstrtv v cndo cro como sede de cre no cráter nexoráve d trço v aproxndo e cusdo o própro destno do sujeito. Como contece em certos mes de terror o sujeito e vê trdo pra go que se mostr ostensvmente pergo o mfco, mas no consege mpedrse do encotro Co ns trgéds Édipo Re em prtclr, s tmbém em Haet e os Irmãos Karazov mor deste tipo de nrrtiv etbe ece que qunto mis se procr fugir o destio meo se o cmpre "O desto conduz quem cosente e rrst que não cosente (Ducnt voentem fata, nolente trawnt) este tgo provrbo estóico mostr coo tve prmeir erd rcí sc do omem o fo descobert coperncn de qe o estamos o centro do niverso, ms a reço colet de qe á um sber nterditdo os omens Sber sposto coo orm de oer, organr e clzar q qe o mem está sbmetdo Sberlmte, pr ém do qu o protgnst comete o ecesso, o trpssmento, que os tigo cma de hybris e que cion como motor do destno trágico Por ms que moderndde nos ten prometdo codço de rtces ntegrs de nosso destio, noções como s de or tua, acaso o risco acbm empre retroduzdo mgü dde onde ntes h dscrmço, cso onde v prevsbdde e cos onde tes estv ordem O destno é m noção qe sempre scio os oens A Mor, Fortun o inda s úmers metáors pr expr mr qo que "já estv escrto representm um d gu rs d terdde que meor se prestm strr acessbdde do gozo e ógic de seu cácu Pr ar de
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seu desto o sujeto colocase para alé da cadeia sgcate. gfcae a partir e um lugar e exterordade já orto, já escrto, já ao como é comum acotecer em certas costruções delirates. Deste lugar mprováel ele calcula a repetção e um esmo racasso. Deste ugar bblcamete chamado e juzo nal e loocete de o da hstóra , o sacrfcio ecotrará sua usta proporção date da resttução Mas este lugar é estruturalmete tertado ao eurótco, da ua descreça o saber assm costtuído Da sua remsão ao lugar do Outro Sabese que Freud pesou a relgo bascamete a partr do tema do pa, de seu assassato, a sua revescêca ormadora de deas e de ratras. Há, o etato, aspectos da relgosdade que são mas be compreeves a partr a costrução compartlhada dete saber sobre o gozo. Nem semp ce com o saber sore o gozo. Em outras palavras, a detcaço com o pa smblco ão é, ecessaramete, a úca va de acesso ao saber sobre o gozo. Por exemplo, as úmeras relgões ormaas em toro da oção de esto ou predestação, ou ode as rátcas advatóras ocupa um luar rtualstco mportate, o poto determate da creça o esto parece ser ese lugar magaramete exteror à cadeia gcate O tase, a dssocação e o estados de obublação ou êxtase são exemplos desta posbldae Em ez de uma relgosdade baseada a culpa, como e ê a tadção judacotã, teramos etão ua relgosidade udada a vergoha, como parece ser o caso de alguma tradçõs oretas. Podese dstguir eto duas ormas de reúca pela culpa ou pela vergoa. O prmero caso o estudado classcamete por reud: Po r tanto e que pese a renúnca (Veragimg) consuada s obrerá u sentento de cupa e esta é ua grande dculd ade econôca da p antação do supereu ou o que é o eo, a foração da conscênca ora . Agora a renúncia (Versagung) já não te u efeto de satsfação pena a abstenção vrtuosa já não rcopensaa pea seurança o aor; u destno ue aeaça va desde ora perda e amor e cast
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go por pate da au toridae exerna - foi trocado por um desi2 no inerior ermanene, a tensão da consciênca e cup
e fato o reencontro repetitivo, verificao na neros e estino, é itas vezes estabiizao por interéio e a significaço expiatória o entanto a satisaço oba co sta expiaço é caa vez enos "satisfatória, como inica a passage acia A renúncia tornase ento era reproç o goo O sperego tornase m "gto qanto mais te, mais qer Nesta sitação o eeento qe coorena esta rencia, o qe Lacan chamo e significante estre (S), tornase insensato, pro iperativo eternizao na fora e estino. O Haes grego é a boa istraço esta repetiço eternizaa as Danaies encheno se tnel, infintaente, Sísifo eeano sa roa coina acima, Atas segrano o peso o uo, Promete teno se íga consio iariaente O cico p , niicao, pea ctra jaicocrist, e teros a clpa Coo está salientao, na passage acia, a clpa srge a troca e estino exterior por estino interior Ea sr ge pea interiorizaço do estino Isso fica patente nas foras e nerose e estino, o e coplsão e estio, apresen taas por Fre Mais recenteente a cca te ostrao a reapariço a nerose e estino Por ais qe as forças a oerniae qe ipee à atoeterinaço, à liberae e escoha e e atonoia na constrço o estino tenha se impantao nos oos e setivação ocietais, a preocpação c estino na sa fora clássica no se extingi completaen te Agora há a criosa iferença no to afetivo qe ina a apreenso esta coplsão: no é ais a cpa, as a vergonha, qe está no centro a cena Ora, a vergona é o afeto típico a sitaço one se é ennciao por saber Na vergoa aqilo qe everia permanecer entre-sabdo, o em abido, tornase exposto, torna se todo-abido pelo Otro Nes
2 Fe, S (1929) O et . l C O. , 123 v XX I
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te send segred é cndçã da vergnha Lembres de qe jn cm a clpa e asc, a ergnha frma tr de afe ts herders d cmplex de Édp. Nã faz send ddr a cnscênca ral em ma cnscênca de clpa, a de vergnha e uma tercera lgada a asc, nem agnar qe a angús mral se ndara apenas na clpa speregóca Pr r lad há mtvs para pensar qe o efeo da renúnca plsnal adme varabldade se lems d pnt de vsa da clsã a m dad prcess cvlzatór d pn de sta d prcess de façã e pertencment cltral. A ergnha é senment própr da excsã e da se gregaçã erenes a rcess cvilzatór Levams em cn ta nesa bservaçã a dsnçã, snalzada pr ares cm rber Ellas,3 entre Zvlzaton, cm prcess frmadr de prcas de sbjetaã, rvatzaçã e dscplnarzaçã d crp e d sjet e Kultur, cm prcess de prdçã e re d e e crsva e açs scas, mas espec camene reglaçã ds víncls recíprcs entre s homens" Fred fala da clpa com fndamen d a clra (Das Unbehageng in der ), e nã da cvlzaçã. Pdems dzer qe Ocdente cnemprâne mr prcess c vlza tr resde mt mas na vergnha d q· a clpa Ora, essa dsção é mprane, n cnext de nssa quesã, pre aalmene arece qe terrr qe aba s formas clíncas da nerse de desn dfcse. O pn de rern a m mesm acass nã é ralmene recber to pela clpa, e cexensvamene pela pnçã, mas pela er na e pel sensaã de esar à parte, exclíd deslcad e m cert desn cle Ms d qe ma rgem, o m passad cm, qe a nçã de cltra csma anelar a m ftr comparlável, a nerse de desn na ataldade en fz m descenrmen e ace d presene N fle a da Marmota tems bel exempl dss O pragnsa sbamente se ê pres a m mesm da, qe se repee nermnelmene, cm s mesms acnec 4
3 Ellis N. O proesso cvlizador. Rio de Janeiro: Jorge Zh, 1 995 4 Idem, p. 88
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meto ortutos, do memo cotdano efadoo em memo a mote o lbertará deta reetção, o ue não o mede e ucdare . deras eze Em outa alavra, se detno orae senato e trágco a medda em que ele ada de ubancal ode ser alterado Nada de imortate pde ureendêlo e nada de noo ode alterar a rotna ond da aós da ele e ê erdendo a muler a quem ama Esta es ma deceção é eu detno, e ete deto é um decetramento em face do róro reete, ue ele abta, ma ao ual ele ão ertece, os nele não e gesta neum futuro o e con tró ualuer exerênca do asado O rotagonsta eveca, ncalmente, uma odoa ndferença elo outro Tal ndfereça é neramente roorconal ao ertencmeo ao róro detno São essoas ue se ueam de uma falta de ertecento recorrete, de uma deceção com um autamento ou acetação fatgaelmente eregudo É neste contexto e a etezação da deceção com o Outro tranforma um acnte cmento contngent em necesáro gr, mesmo ue asamete, de modo a sutentar eta reetção como uma msma gnfcação, é um modo extremo de tornar neceáro o ue é contngente O ueto moderno nace sob a égde da autonoma e da romea de fazer e próro destno Ser autor, dretor e rotagonta de ua róra obra Nesa trajetóra há um fra caso osíel, o da ncomletude do roeto Ma á uma segunda e mas angutante forma de fracasso Auela que ocorre quando o sueto trunfa Quano eu detno é uma conseüênca lógca e neceára de uas róras açõe, del beraçõe e comando, seja o erdadero ou meramente uma coectra, obrevém a "erda de atsfação e o entmeto de não ertencer, erdaderamente, a este destno demurgcamente crado.
UROSES ATUA: NURASTNA NUROS D ANGÚSTIA
Como é fatal sobreviv. Paulo Bonfim
Críticos do ensamento de Lacan vê aontando como o desinteress peos aspectos antitativo o aareho síuico redundo por um ado em ma ragiidade da teoria dos afetos mas tamm na pouca revância coerida cinicamente, a ma srie de uadros derivados de transtornos na esfra do narcisismo e da organização o e. Isso se atriui, difusamente, à indisposição de Laca ara co a traição psicanatc aericana e correativamnte rodziu sucessivas investidas sore a uestão do eu Vimos até agora três sitações onde pode faar em nerose no sentido não estrutura, e e resondem a proemas no cáclo neurótico do gozo, a saer a situação de descadeamento da eros, a situação de fracasso do sintoma a sitação de reorganização o caráter. Havria ainda ma quarta sitação cnica onde os aspectos quantittivos não podem ser ecio: o tnstornos na conoia o eu. Em Fred há dos precednts escritivos para ta conformação. Se considerarmos as primeiras iteecções freudianas acerca do eu, como ma instância não iconsciente e dependente as pusões de atoconservação, tam chamadas usões o e neste momento, oderaos incui aqi as neuroses atais Se considerarmos todavia as contribições da segda tópca, e a versão correativa do eu, temos pesar na breve, porm sgstva categoria neuroses narcsicas
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Vos ass qu as nross aas a qusão cnra rsd vazo rrsacoa ma ala d scrção psíquca da ldo qu rtora o ra so ora d agúsa Ora ss vazo a scrção nd a sr rprtado coo ua acua o m défct do oo d vsa qaltatvo Sugiro nversa qu st azo ossa sr omado s coo ojto, cuja mhor fguração sra o nada As rfrêcas d Laca à rsença do nada as sru ras clícas são úras É ada q o aoréxco co que o osssvo cocoa q o hstérco dada O nada az par d ua das dfnçõs as recsas do concto d gozo ou sja, o gozo é aqulo qu não srve para na. Podríaos avntar s não é s ada qu o acoolsa e ou qu o dro gado consom, um ada qu faz do ao d consuo spr o rro ao que d o sujo d cotar qu o fa um cosudor r do so S ua strura clíca m sr como corrato ua ora partcuar d cálcuo do gozo, os parc qu o caso das nuross atuas o fracasso dt cáco pod sr arbuído rgêca de u ln o cotáv capaz d scrção o valor fáco o ada A déa d qu o ada od sr oado coo u ojo aparc a segut assag: "Pos s o aor é dar o qu não s te é b cro qu o sujto ossa espea que s he dê poso qu scaalst não outra cosa qu lh dar Mas cusv ss naa, ão o dá as vale ass por ess nada s h aga . " Pstuaos ass qu o qu de qu o gozo a nos, nscrto a posção do falo o gozo a as, scrto pa posção do ojto a, aça u úco cojunto as uross auas a rsça ds ada E ouras pvras a ora coo o sujo da co o nada é a fora coo produz su sno a o ugar da ão rlação sxua Esalcos tão a da d qu rcso cur o ada coo varáv o cálcu o uróco do goz Isso ão o so qu conar co a a a Coar co a faa é stur o sacrfco no d algo 7
7. Lacan, J . (1958) Direção do tratameto e os pricípios de seu pode l: Escritos. Op. c, p 8
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é cot co lt o u uivso o s sup o st icoltd sus ltos. Co co o , o outo lo, é cot co o ojo u ul lógi c st scifcio. H coêci isso u icosuilie o sifício su ojo, p stiuiço. A uose gúsi cosia o lo d usi o lo stiuiço. A oi o vlo ligüsico oi do vlo coôi cootico, tl coo psemos o s gudo ctulo , o so siils e comltes O lo o obj to a "is d goz, s o os p u givid, têm coo pouo u ojo sculizvl. O o cso do d é justamt ss o oblm, h u ojo u ão é sculvl, u o ossui img, st ção ou go ossvs, o coáio do qu s vic o cso dos soos cr io t dos stos. Coo se odi ilus com o sg sq ooso po L: 8 X
o
Sl
O. s', s, s', .
S (i (', , a ' ..
Séi os sios
séi s itiicções
S Tos eo co td dse ojeo o scli zvl u sogizço sé ds idificçs cosüet uu d séi dos sidos. O séie s itificçs co lço o sigiict est com o sujito (S, co o eu il (i co os ojos (', a .. Estos, se ldo, fc o lser. N uos e gúsi itouço o como leto iiictio lis o ovieo iniicço o qu oos st sgut i: S(i ( () (). 8 J 1 964 seminro. Livro XI qu atro conceto f nda tas da pscále R J J Z 985 22
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oo o atesta as fórmas da sexação o fao se eco tra o ado aco e o objeto a o ado eo, ato as a aa se scree o plao fáco menos goo Iersa mente ano a prouço de gozo meos scrção fáca da fata. O cao te dessa reação sera repreetado pelo goo e nem sporte fáico especar, o seja a agsia. A eroe e agúsia é abordada por red coo m adr de detemiação ramete ecoômca, daí o terese dreto ara osa questão. Nela os processo de defesa e a h pótese o recacameto no ão, peo meo em prmera s tânca aplicáve. No eanto, o toma decros pr Fed e corborao ea psiqiatra cemporânea ão ão dire taee redtíe ao lao isoógco. Ao cotrário, e copnete mai arcante são fato de sgcação esra naente eás a ongo o temo E otas paaa, m séco deois, co odas as trasforações ctrai, sociai e de grandes coneqüência para o etilo de recalcameo e foraçã a sbjeidade osos pacee cotna a e eixr izado expressõ como "d de car oco e a "ensação e e de repene o dexar de ter aor ossa hipótee de qe a erose de agúsia, o se pre feros se noe oero, rastor do pâico, rednda de coaps o các o eró tco o goo Vios qe e te cál se rocesa pea eqivaêcia o proporconaiae esta beeca eo oma entre faa e rettição. Iso ncree o jeio e reação à poção fáica e a m odo de goo ao reç da rodção e resto o -mais-de-goar Podes roor agora qe na neroe e agúsia rata e de retor da fnção do nada se a oração de ioa, no setdo erito do tero, sto é coo reorno do recalcao. Trata-se e a espéce de cooreação entre fao as-de-goar cjo traço fndaea é a agúsia e a ii ência de fragmntação, catátroe o desanteae, inc ie corpoa. Coo afira Lacan:
Tal é sua nerose de angústa É o desencadeamento na paciene o que ea expressa, a saber: a par desse momento e enconro sob uma pressão [ . ] d e uma maneia que me dá mpressão de que ea não e permte o menor apare Se or
QUADROS CLÍNICOS
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só state chega a ae q e ão esto e codç ões e esoder a àqo sobe o qua de certo moo so u oso a o a, ea cho o pea co, é mha cete que r-se em l pedaços 9
Seia possível aora isolr ainda anstia pel falta (fá lica e a nstia pelo excesso maisdeoar) no interor do traço mais caracterstco do quadro clínico em uesto. O ca ráte súbito e previsível, da incompreensível, dos ataques aponta ustamente para a ineistência do sinal de anstia ua vez que este é derivado do recalcamento O obet ou o signiicante desencadeante pode ser qualquer um daí a ree rências a situações, lares, alomerações, no mais das vezes astante aos, associadas ao ataque Ora, é ustament pelo fato de que pode se quaquer que se depreende que ão há desencadeante específico. Deiase de notar, desta maeira, que eatamente este sentimento de "ser qualquer um o que atua coo desencadeante Qualque u poderia aldir ui a indiferença de valo que detemnadas continêncas ctidia nas parecem favorecer. A preservação desta ndiferença do valor no álcl neurótico do ozo eplicaria a paradal fludez assocata ue enontramos em analisantes em situação de neurose atual Neles, o discrso converge no setdo da contínu proço de saer e de descrições sore os sintomas, sensações cororais e iniições correspondentes No entanto esse conjunto e lem ranças, liações e associações pouco realzam do poto de vista da retificaço da posiço sjetva envolvida. O sabe assi costituído é simplesmente mais saber, mais oz, mais nada. De modo inverso os ataques trazem sempre a maca da dentifcaç ao nada coo obeto ão se ais quem so, sr ge m braco e nha ente vou desaparecer. Alm disso o cen tro mesmo dos ataes parce ser a "oscura sensação e que algo vai acontecer de que o sujeito fará alo muito rave,
9 Ln, J O iná Livo IX A nús, 27 ro 163.
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eaete do de autoepovação Isso be se podeia eduzir à iêca de u aconteceto Teos assm de u ado u deseo sem sueito e de outo u ozo efatáio ao igifcate A fuço do ada etoa o ais coo eeeto excluído do cálcuo euótico as coo fetuado de ua descotiidade ete desejo e ozo.
NEUOSE ARCÍSICA
No podeos evita r a orte ne m t ampouco "si dos liites. Morrer e s ir dos limites são, aliás ua só cois
Georges Batille
Ceramene de odos os s não esruuras da noço de neurose o caso hisoricamene as problemáco é o da chamadas neuroses narcíscas a aor pae da obra e reud ese ermo é usado para desgnar quadros hoje ncluíos no grupo das pscoses, como a panóia, a demênca pecoce (Kraepln), a esqzofena (Bleuler), a amena (Meyner) ou a parafrena (Freud). Nese caso, a noção e narcsismo é empregada para desgar o processo e reração da libdo de oeo para o eu, com conseqüene desnvesmeno a realdae Ao conáro das neuroses de ransferênca não há um nvesmeno de uma posção faasmáca caracerísica o processo de recalcameno As neoses narcícas formaram assm u grpo descrivo e meapscologicamene oposo às neuroses de ansferênca Isso encerrara a quesão e jusfcara o aandono o uso do conceo em prol e sua assmlação ao espectro clínco as pscoses No enano, no eqeo ago Neurose e pscose", de 1924, há epaço para uma acepço alernava O arigo começa pela cnecida afirmação de ue a neurose é o esulado de um conflo enre o eu e o I ese cono o eu esá a erviço do supereu e da realdade N psicose haveria u deenlace smlar mas onde o conflo se dá ente o eu e o undo ex
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terio. Tanto a neurose qanto a psicoe teria seu desencadeamento (Errakung) determinad por uma rstração (Versagung) etera. Neste ponto Freu agrega ma segnda possibilidade ao dizer que em algns asos, esta "frstração pode partir aqela instância interna (dentro d spere) que assi o papel de representante da reaidade A partr disso Freud hipotetiza a existência e udro clíc que se de finiria pelo cnfito ere e e spere: 1
2
Em toda s as forms de enermi d de psíquica se deveri levar em con ta o papel do supeeu, coi que ind o oi feit. Enquanto isso, pode mos postular proisoriamente existênca de ecções e m cuja base se enconta m conito entre o eu e o supereu 3
Fica patete aqi m moviment mto ineressante Fred posla a ecessidae eórica da dro, antes eso de sa descrição clínca. Pdemos ter a imagem copaatia deste moviento e pensaos a tabela periódica dos eleetos qíicos proosta por Medeleiv. Qando ela foi apesetada ários espaçs fora deixaos e branc no se teror pois se saia da ecessidade teórica da existência daqeles eleentos qíicos ntes eso qe estes osse encntrdos na natureza. Váris deles realmete só existe e codições de laoratóri as isso n ão ipedi que ais eleets receesse u e iesse sas propriedades qíicas detalhadaete descitas. O que Freud faz, a seüêcia da passage acia so cmo ma indicação de batiso pa tal eleeto A aáse nos dá certo dr eto a spor qe a melancol ia é u parad gma deste grupo, elo qual ostuaríamos para essas perturações o nome de psconeuross narcscs" E em verdade ão de stoaria com nossas impresões que encontrássemos motivos para separ ar de ou tras scses estad os como o d a meacoia 4 1 2 3 .
Fed, S. (924). Nee e coe : OC. , . 55 . XXV. e 7 Ie, . 8. e
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Na verae a escolha a melancolia, como exelo aragmáico, i eermnane para o esso a caeoria e nerose o siconerose narcísica A asência e a clara disinço entre melancolia e epressão em Fre, em coo ligação esaelecia aneriormene enre a elancolia e a psicose, (Lto e elancolia", redziram iensamene o valor a sgeso aresentaa na passage acia Chaar de nerose ma enidae cínica einia em oposiço ao conlio caracerísico a nerose e redicar como narcísica" al nerose, como se oas as ors neroses não imlicassem igalmene vicissies no lano do narcisismo é ma estraégia e atismo asne consa. Somase a isso a amíga menção ao ao e qe a melanolia seria m esado" a ser searao as sicoses O qe signiicaria esao" neste conexo? Algo inrmeiário ene ma esrra clínica e sinoma esecíico Uma condiço geral a ersonalidade? reidae esa menção reiana troxe consio inúmeros prolemas O ermo nerose" em assoiação com nrcisismo ico rticamene ineriao Em se lgar vimos srgir as persoaliades como se" (Detsch), os trnsornos narcísicos, o also self (Winnico), a ersonaliae borderline (Stern) e mais recenemene os estados limiesBergere Oserese como ais qaros reservam hsoriaene os roblemas legados pelo baismo rediano: o aráter inermeiário, entre psicose e nerose, a iéia e qe se traa e m esao" e a ineiniço qano à acepção e narcisismo emregada ipo e caráer, esao as plsões o estra o e) Esses três asecos, e as qestões nisso iplicaas, acabaram por encobrir a iniaço mais preciosa aa or Fre, o eja, e qe se ata e ma aecço ezid o onlio enre e e spere. Um primiro prolema para levar aiante esa iniação é qe Fre no especiica nenhm moo defensivo em associação irea om as neroses narcísicas Ao conrrio a nerse, estruraa a arir o recalcamento, a psicose (oraclsão) e a perversão (recsa), s neroses arcísicas oram ensaas, ese o início, não a parir e m processo efensio especíco, mas a arir e ma orm e organizaç do e A
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dso ou clae (Spaltg) o eu passou a conta coo u cto eal, e elaaente cosensual, na eteação do uao Au sue u oblema Esta cliae, é ela especí fica as neuoses naríscas ou específa do sueito? Por outo lado, os própos snomas das neuoses narcí scas não poa ser osderaos sntoas no sentdo esto das neroses e era. Faltaalhes o teor de coposso, a nexão na sexualidade e a apesentação sbólca das neuo ses clássas. Os eleentoschaes na descção do uadro e velamse, uase sepre, aanjos ue pocua cea ua expeênca subeta a at do ue ela não , ou sea, pea sua neatidade po exeplo: endêna à istabilidade, ausência de sintoas be oanzados, precariedade de fonteas ntenas, falta e coesão do se e aotecmento o esvazimento dos ae tos nas relações, epobrecieto o huor e da da de anta sa 5 Meso se assaos paa u níel descitvo as dsta te a scanálise, onde se alaá, dos tanstonos narísos e temos de ua osiação de afeto, e condutas ansocias (sexo casual, doadição, agressvdae ipulsva) e e ua o-presença da asia de abadono e anústa de sepaação, olea aruentos desctos do tipo: ne sto nem au lo, sto e ao eso teo o seu contáro. O ue osta ape nas ua sólda onuência ente o uadro línco e o tio de escço ue ee evoca, ncuos os asetos transeencas e contatranserenas, se ass o useros Mas esa neati dade ue atravessa a aeensão da neuose nacísca ode se nterpretada e outras bases Vmos que reud lançou a conetra da neuose nacís ca nos teos de u onflto ente o eu e o sueeu O supe eu adte, nesta éoa, ês nlexões, ele u sucedâeo das instâncas ideas (dea de eu, Eu Ieal), ua unção e auto obsevação, íia e uaento e, a ue nos parece as i potante, o lua onde cultase as pusões de ote Esse 5 Figueiredo LC O caso limite e as sabotagens do p rzer. Revista Loamerica de Pscoptologa Fudamentl, São Puo v. III 2 p 61-87, 200
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teceio aspecto é textalmene salienado no caso da meancolia. Se nos lembamos que paa Lacan o supeeu é pimordialmente esta instânca, a única, que obiga ao gozo, conclímos que o cultvo dessa oigação é o cltivo do gozo Mas qal altenatva restaa ao sujeto no caso da neurose nacísca? As únicas fomas de deer este cltvo, são as arreras ao goo, que foam be detalhadas po Baunstein, na ora de Lacan o paze, o desejo, o fantasma. Em outro sentdo demos agmenta anteorente que també a dor e a satsfaão são fomas de detnção provisóas do gozo Não consttuem bareas mas desvos, contonos para conabiliza o goo ao nscevêlo no corpo Nesa linha o que paece característico das neoses nacíscas é que o pae e a satisfação são obilzados como defesas conta o goo Em nção da alocação do paze coo valo de oca para o spereu, ele pede a poss lidade de ser omado em seu valo de uso Isso coresonde ao fato clínco destacdo por város atores, mas e paricula po Figueedo7 de que no tanstono nacísico haveia uma espécie de sabotagem do prae, ma "anedona borderline" . Isso vai desde o típico senento de apata, tédo e futldade que acompana stoicamente a descrição dos ansoos do nacisismo até o cinimo e o descompometmento generalizado com qualquer formação de ideal nzieu faa dsso ao mencona que o estado limite taz consgo a sensação de qe se é um especad ds pp n moblada paa exlca tal aspecto mosta claamente uma soreposição entre a esrutura do sujeito e o estado do ego: "Paa Lacan, o Eu tem nomalmente esta estrutura, que o pevete e o aliena De acodo co mnha expeiênca, esta conguração em anel de Moebs é especíica do estadoslte" Esta perda da experênca, esta angústia de um vazo central, que às vezes se apresena como ua desersonalaço ou coo estado maníaco depressvo transitóo, é cmpa 6
8
6 Braunsein N Coc Op. ct, p 78 7 Idem, p 82. 8. Anzieu, D Eu-pele. São Palo: Casa o Pscólogo, 988, p. 14 3
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tvel om o pocesso descito po Feud e seu texto sobe a divisão do sujei to, pos neste caso o neuótico: Respoe o c oito com us reações contrposts bs álids e efcze. Por um do rechç (verlug 1et) eli e objetiv co jd e certos mecismos e ã se deix probir n; em segi d e por outo ado eohece o erigo d relie objet, ssume gústa pernte ea coo um sitom de sofrieto e em segui procur efederse dsso. 9
Invetendo a ode poposta no atigo sobe o tichis mo 1 0 Freud afima aui e a peda da eaidade pecede o econhecimento da castaç�o lém disso ele cooca e amplia o pocesso da ecsa (Verleugng) paa além da pervesão Mais tarde 1 isso sá explicitaente genealizado paa as psicoses, neoses e peesões. Mas se a divisão (Spatng) é um pocesso consitio do eu ele não pode se, ao meso tempo, mobiizdo paa explica a especificidade clínica das neuoses narcísicas. Vêse por isso por ue Lacan atibui ao eu (ego moi) a fnção de desconhecimnto, de antecipação alienante e paanóica anto a uma ealidade ue le escapa estrutalmente Vêse também po ue Lacan salienta a condição inescapavelmente dividda do e (seito Je) na sa elação com o deseo Mas no ue oca ao ozo a situação é m poco distinta. O ue a passagem acia sgere é e há a ação de ozo que é eglada pelo ecoecimentoecalcamento da castração e ue se mosta no itoa de oieto, e e á a seguna aço gozo, egulaa pela ecusa e ue se mosa no ão dexar probir nada. a, no cálclo do ozo, nas neoses nacísicas, udo funciona como se a primeia fação do gozo se fizesse equivalen da segun Assm se o dia dize que em ome do ntoa de ofrimeto o sueito se atoiza a no se deixar proibir ada. 9. Fre S (1940) A o (Ihpaltung) o eu e o roeo eeno. : C O . . 275 . XIII. 10. eud S (1 927) Soe o echmo. C . i. . XI 1 1 eu S (140) Le eemene e ne n C O . XXI
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as oo airma Freud no texto e questo só a orte é de raça o arear o enos de goo do sinto om o mais de goo da ausência de proiiço o praer e a satsfaço oo ormas de desvio ara o goo perdem seu valor. Ao tonr o ariício ma orma de acesso ao goo e no uma orma de recusálo o sariício tornase inútil. A usência de limites, a transgressão e o virtual emaraço com as regras sociais srgem assim coo efeito da inutilidade do scriio. Um sacrifcio que usa sua concluso que procura se encerramento e algum onto de retorno Mas neste ponto de retorno neste sigifiante estre (S) a neurose narcíia ao contrário só encontra lugar para m relançaento. Por isso podese dier qe se no antasma o goo assue a form temoral do stante e se na esfera do eu este orresonde à orma temporal d ompreeso vemos omo nas neuroses narísias assim oo as neroses atuais a orma temporal do gozo é oncluso a cocluso anteiada É o qe mostra a seguinte seqüêcia clica. Uma nlisanda queixse reorrenteente da insuiiêcia patera nos seguintes termos: se pai no psera limites os seus cprihos ora condesedete demais para com ela. Todo esoo de desejo era aogado" or um ojeto Todo esoço de deda era metiulosamente ordenado ontabiliado e edereçado o seu lgar de resoluço no Outro Esse pai era simplesmente o demis" ara com ela Chegava a setir iúmes das repiendas e da energia que ele mostrava em relaço a ses imos Para ela restva aenas a complacêcia e a infinita capacidade de tolerância e de doço Como resposta a este exesso aterno ela siuavase sempre aém do qe se esperava dela. Despreavase co atoacsaões e com ataes sistemáticos e rebaixamento de sa autoestim. Nesta vertente ela eg a esboçar algumas tenta tivas de suicídio remeditadas ao racasso. Na hsteria lassicamente tais tentativas apontm para a iscriço fálica do sujeito e para a desesperada tentativa de astrair se valor a partir da alta no Outro. Neste caso a situaço era pouco die rente. Tratavase de sitações ranamente erigosas e qe só retrospetivamete era interpretadas omo ta. dieenç é
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qu io funcionava como m ritual particular, ond a incr ão fálica do ato era cundária acsória Ela, tudo o qu podia produzir, ram m valor para o oto Por outro lado prava grand ralizaõ d i m a. O curio é que arcia havr uma balana ntr a rdu çã da aut-tima o aunto da foraõ narcíica, tanto no lano da aprnão corpora quanto do u idal Dta for ma tod acrifício m no d idal patrno ra ntido coo inútil n ntanto obrigatório. Era m acrifício antcipada mnt concído Su no a ituavam r com o um obrvador arcial d ua cna la voa, obrva, geralmnt imagn qu rica vnto d u cotidiano. Como houv pouca dforaão nírica. fala é gmonicamnt dcritiva. quixa é difua paa pr um ditanciamnto pla fata d confiança n otro. ntr la e o outro há ua péci d barrira fit d vidro. Pod vêlo, ma nã tocá-lo, ai rcircant. Rat u funcionanto ocial fatzand uma p oição cínica a iortância aumida a imagm qu la ima gina roduindo, niulando, no otro. regra do jogo, cmo dizi, é, esteja sempe em outro lugar. Io fazia acopa nhar d u otimo ito pobr. A dução, c m i e i , tornava- ua copulão uma dfa contra o dj. a utituição contínua d u a poição acaba p or r vlar ua tatégia cujo produto é ua própri arntaão coo ua éci d rcadoria d valor nulo. Pod r tro cada or qulqur coia a não oui, m i, utilidad alg ma Na troca d oição, q na vrdad a mantém no mo ugar, acrecnta- um ai-de-gozo, tudo imilar à agrgaã d valor rópria da ai-valia. Coo obrvou Lacan: o pscnist devese dr cont de que quio q e o o se xu i coo pobem ão é soc, ms vem do fto de que o iconscente go uncion coo vor de troc" e que é pelo s d s fsa idenifcação o vo de uso" que é fundd o o objeo mecdo i". (1964)
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Aquio que funciona coo aor e troca no inconsente é o fao o seja o sinificante qe representa a fata o qe fn ciona coo vaor e so é o gozo O cácuo neurótico o gozo efetua ma fasa ientificaço entre os ois prouzino assim o maise-gozar" cuo objeto funciona coo ua ercaoria Ta objetoercaoria guara ento de si a contraiço que o originou apresentase assim coo um objeto insustentáve paradoxa e antemo indispove ormase assim o dispo sitivo sintoático clássico peo qua se poe ter acesso ao e sejo Ocorre que no caso e questão este objeto privieiao é o próprio eu Aui aparece um traço as afecções neuróticas o narci sismo pouco exporao peos que se eicaram ao tea Nes tes casos há uma ntia separaço entre as uas enerias qe habitam o eu escritas por Freu em seu artigo sobre o narci sismo 1 2 ou seja: a ibio e o interesse Só a retraço a ibio ao eu poe ser propriamente característca o estado narcísico O interesse o correato a ibido nos teros a puso e auto conservação reflui ao eu gerano o egoísmo. A autoesa ou o sentimento de si (Selbstfullung) é reuao pelo movimento do interesse no da ibido Ocorre que na maior parte dos ca sos de neurose as das formas de quantidae têm seu movi mento sincronizado e rma que uma ruptura ou uma aea ça ao narcisismo é ao esmo tempo uma ameaça ao senimen to de si Mas isso no é o que parece se passar nas neuroses narc sicas eas como aiás ocorreria na meancoia o rebaixaen to da autoestima corresponeria a um engraneciento o narcisismo ou ainda, a perda o interesse repicaria u incre mento a ibido Isso permite rever em outros termos a poêmica tese e Kohut 1 3 e que haveria um esenvovimento inepenente en tre ibido o objeto e ibido narcsica A tese a estência as uas quaiaes istintas e evolço separaa a libio" foi 2 Freud, S (91 4). Introdução ao narci ssm. ln C Op. ci t. v. XV. 13 Koh H (rg) A picologa d se. Ro de Janeir: mago 1 989.
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desenvovda à lu da clca com pacenes co tansoo acscos e sas pecaes mafesações de ansfeêcas. Joyce cDugall mostrou covncenemete coo o poble ma da tese de Kohut ão é clico-desctvo mas eapscoló gco Paa etede o e se passa nos anstonos nacíscos ecessa ua bo nelecção eórca sobe a elação ente coameo as plsões e a estrura do arcssmo, o u lás vem cupado a peocupação de u auo como Adé Geen os eos do quado eóco augado po Lacan e solve o prblema epesetado po esa aiculação euvale a a mostr coo o campo ormado pela fção lca se ar tcla e se desatcula ao campo ormado pelas plsões, e e especal pea pulsão de morte Em outras palavras, coo expe êcas a esfera do rcsismo as coo o paer, a satsaçã e a dor são parastadas pelo gozo, etenddo coo ação d ulsão de ote não nscria a orma de lbido Tabalhad sobre a couço e dsão ere esses dos campos Qet 1 5 opôs que a eacolia avera um descaeto o u desusão das pulsões ue corespoder a u separação en re as das alcas do obeo a, o sea, coo obet agalá ico o casa do deseo (Eros) e coo obeo esual, deeo d smbólco (pulsão de more) O sjeo se idetfcara a est obeo cad do smbólco, tal coo o exemplica o delro d eaço, descro po Coa Isso defa a posço est al do sueo melacólco, no quadro geral as pscoses. Mas se solamos ese ucoameo coo modelo paa a neroses cscas devemos admi ua aração ese es quem Ele ea ue da cota de ua dsção ovsóa o de ua ição insvel coo oma crcular de cllo d oo no uado da eose. Nesa edda a ecs (Verleung ) fucoara coo defesa secdra, coo form de aculaço fucioal e ão esutual do gozo 14
14 McDougal, J. Teatrs do . São Paulo Francsco lves, 992, p. 6889. 15 Quet A. A clínica o sujeito a depesso. n: Exavis do desej: dep são mancola. Rio e Jaeo Maca D'Águ, 1999, p 48
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Zze ato que tem e nteesado pe nexão deoógca desta fra de fncoameto. Segundo ee a óg ca da cão ete tpo de funconaento pcara e u enuncado coo: "ei ito bem qe Outr ão exte, que não há fndento natra para noa crença o aranta úta paa noa açõe, ma , eo a, cotuo a agir como se ão oubee do Io perite colocar o io, ma ão a rona, coo exepo crucia do etio do fnona et narcíco atua e ua decrença conttiva coo ua fora de negação a egação qe vabza poscionaento do ujeto Zze arguenta ada contra a tee de Kererg de que exitira narcio noral e outro patoógc, e de ue a tuação borderine correspondera a a expreão do eundo tipo noa tee é qe o borderline apreenta precaene o ponto de htericização do "arco patogico coo fora "nora da etrutura ibdna do ujeto a ocedade burocrátcaperva Segundo Zizek neta tação o ponto chae não é apenas a dfculdae de increvere pr enfcaçã bóca a al traço nário ocamente diponíve no capo d utro Muto meno utentar a identifcação aginára a agum jo de iuae, regra reguadora para goz Não e tra ta ne da renúcia, que por ina ee tpo de paciente cotua reaizar na fora de u acrifício _inútl ao Otr [I ( )], e da retitução, que nete cao trará empre a rca da trangresão, da exceção ou do utrapaaento do te () Para Zizek o organizador centra o quadro bordene é upereu. Não o supereu hereiro do Copexo de Édpo as o upere aterno, ta qua Lacan ugere: "Será qe não há por trá do upereu patero, o upereu materno, anda as xgen 16
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16. Zzek, S Cnsmo e objeto totaltáro n: Ees não sabem o qu fze - o slíme objt ideoga Ro d a neiro Jorge Zhar, 992, p 59 17 Kernerg, O Tansoos raves d psoaidad. Porto Aege rtes Médcas, 995 8. Idem, p 70
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e, ainda mais oressivo aida mais devasador, ainda mais insisene na nrose do e o ser a ro?" 19 Rncontramos assi a figra teórica do ser mais ma vz associação com as vicissitdes do narcisismo na erose Mas odeos acrescenar agora a idéia de ue tal s perego oras tão ais xine e insnsato qao ais s seara dos suores iaginários e simblicos da idntificação . A desfso das lsõs, disctida aneriormene, encona ago ra ma fora ais scífica. Ea se orna comrensível or m desaranto nre as formações rlaivas ao obo e os modos d inscrição no coro e na linguae. g
R
I (a
i (a)
Spe
c
-q
a
Desjo
Deanda
ó Objeto Inscição Função
Gozo
O narcisiso coo stado é ua ont, uma báscla, nte a lsão [ S D] a fnção fálica. Nas nuroses narcísicas sta ção d ont stá aalad a Há inscriço do falo no capo do Outro ortanto há ação dos omesdoPai no entanto esta fnção fálica não se artica ao sis tea das identicaçõs I (a) x i () d fora a dfder o e das exigências do suere. O e tornase assi m objeto narcísico não ara o Id ( caso as neroses clássicas) mas ara o sreu (caso da nrose arcísica) Nesta siação o see é satsfeito, o cso é ua redção tanto das fções ano dos odos de xeriência prórios ao u.
9. Lacan J. O sinário ivro V As formaçõs do inconsciene, aula d e 5 d ja iro d 1959
ALÉM DO CÁLCULO: SUPÊNCI
Não há p roeso O qte qt e se aha de t m lado, perde-se de 01tro. Como não se sa sa be o qte se perdeu acredise qte se anhot. anh ot. Lc
O progreso da anále anále acaba acaba por po r motrar ob o b qual qual forma forma de negavdade negavdade o cálculo cálculo do gozo organiza o iomas para cada sujeo É com que para o obsevo ee recoeceno poua a marca do ndecidvel, ndecidvel, do iconável ou do ieca ieca pável. Na era, por ua vez, o camo de reduão do gozo d ioa muia veze eá marcado pelo enconro com o dcernvel o com o nomnável experêca do negavo habia, como vmo, as úmera forma de ecorpificação ecorpificação do gozo, no dcuro, no corpo e no Ouro. Nea araagem o gozo aparecerá emre n ne gativo, como reo a ma ou a e o, ma empre ob a ombra da oaldade. Aé cero poo aca acredou que esa negaividade poderia er cororada ao deejo. O rabalo do deejo e do ibólco, como fgura do egaivo, podera levar o ujeio a uma daleização dea experênca exeror Ma, como o rou Guyomard, á um gradual declno desa eseraça dia léica em Lacan O que e vê urgr em seu lugar é a eora da uplêca, como eava de cernir o ndefnvel, o reo, o dejeo, em ao emo empo orálo um erceiro elemeno, a er inclído ou excluído. 1
1.
gz g Rio de neiro: Joge Guyoma rd, P. D gz Joge Zaha, 1998 .
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A suplem suplement enta aae ae é um ncet que a aaee aee ntem paneamee e Laca e pósestutualis Na teia esnstuçã p exempl, a lógica a splmentaae" envlve m pgama ític e uptua c a e let a e tepetaçã e texto baseaas a manêna sent e n fament a s nficaçã nficaçã éa éa e ttalizaçã se to upõe ua mplmetadade mplmetadade ene aut e let let ou ana ente text texto o e ontex. Essa iulaae papa pa paaa e a ença , a ser esonsta na entae entae o sent A supeentaae nsttu asim ua ênfas nceitua ba seaa na drênsia, na epetiçã feenae e a esm esm em p uma uma altenatv altenatvaa a ualsm estutuas estutuasta ta Esse é luga ne p Dea p exempl à nçõs e pharmakon híen e e supeento P suplement abe na que: 2
3
at . É, , , , suleeo , , , 4
A expessã usaa o Fe paa nvetga enôme d estanhamento (unhemc) petee a ea sée a splên a. O Unheimlich inca smlaneamene famila e esa , mas o que ona ealmete suemea é que aós a aálise lingüíst snsutva empeena po Feu pe
2 j , , , , , , phrmakon , , J Diseminations. , 98, . 799 3. ( ) ) , Modead e abivaência. a bivaência. R Z, 4. B Z Modead 1999 65.
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cebe-e jutamente que no há uma opoio cmpeentr entre entr e famii famiiar ar e o etanho, que entre ee á uma ep epé éie ie e e deproporção. Lacn Lac n por p or ua vez emprega emprega a no e up ência e trê cntexto ditinto: a) Para eigna eigna a ço ço etai e taiizante izante eíri eírio o na p ic ic e A a fracu fracu o o o Nom Nome-dPi e-dPi é em ementa entada da,, ms m s no n o competaa, pe pe o eio eio qua quao o e e uma uma fma fma pe ca b) Para deignar a funço d amor na ua reação com a catraç im o amor upeenta ma no compeenta a fata inauguraa pea catraç c) Para deignar a rea reaço ço ene ene o Outro Ou tro gozo e o gzo g zo fá fá ico Ai o gozo feminino upementa o gzo fáic, a no o compementa poto que ete continua a e articuar a partir a aa ca. De certa frma frma o tema tema up up ência ência aparece na bra de L L can, como repreentante de um gir deciivo, niciao partir emi de 1968, 196 8, no einári De um ouo ao Outro" 5 Net emi nário nário a ialética ialétic a entre entre fata e totaidade, entre entre aienaço e ep ep ração ração enconta enconta um imite imite Ete E te iite i ite apare aparece ce iniciamente pe receciento a reaç reaço o no diaéti dia ética ca entr entree gozo gozo e dej dej A teoria teoria obre a pência, p ência, e a tanform tanformaç aç clíca que ea decorre, impica no clar recoeciento e qe re ao entre a caua ignifcante do deeo (a funço fica) e bjeto que a utenta (objeto a), uma uma reaço reaço incon incon tente tente Entende-e pr p r inconi incon itência, tência, no entio form forma a ugerido pea ógica conunto, o etao de um itea ne di u mai teorea conuzem a interpretaçõe incptíe Quando armamo que a funço áica é inconitente e re aço ao objeto a, não e deve upor u dpardae ente fa e o objet, ma que entre a ivera operaçõe e cifa mento o objeto (teorea) há uma não copementarae Io já fra f ra intuíd por Lacan Laca n ee ua cferê cferênc nca a obe a ig-
5. Laca, J A sgnficação do falo. n:
Escritos.
Op cit
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nificaão do fao (Die Bedeutng des Phals ) mas só econto uma sóida demostração em 1968 no Semiio XVI.7 Neste seminrio semin rio Lacan Lacan enconta enconta ma espcie de anogo anogo matemtco paa o probema A nção fica uma fção de petencimento Desde sua origem ea taaha metonimicamente com a imagem eementar do qe fata ao otro. nacisismo ma cise da função fica deorrente do fato de que m eemento não pode perten cer a si mesmo. Um eemento pertence sempre ao uo. s eito só existe, e xiste, neste nest e sentido, se ntido, como efeto efe to do utro, como efeto do signifcante. fao pode ser defindo como eemento qe fata ao Otro e retospectvamente como eemento qe divide o sujeto, asando asando se desejo desej o Se peguntarmos sobre a consistência deste eemento, o fao, econtaemos sempe a dimensão da fata, da iância, da carênia onstittiva do ser A diaética domina a ompeensão deste eemento fáico desde as variantes da incidência do Otr imóic, maginário o Real), at os modos de inflexão da fata (pivação, castação, fstração) e as formas de sa ve cação (demanda, deseo, deseo , necessidade, necessidade, amo) Temos Temos sempre o eemento e o conjnto em e m ma reação de dpa negação negação so brede bre dee er rnada nada Essa negatividade aparece em trno do eeento fáico em atrtos tais oo se aráter "imprnciáve , sa densã de "veamento mas prncpamete na aproximação com o zero, definido coo o conjunto vaio. a, o conjnto vazio ta que nenhm eemento he pertece Ee funcona como eemento netro em muitas operações jstamente porqe é ma· esce de etra daqo que não possi vaor smbóico A uptra da fnção áca associase a formas cínicas igadas à angsta (nerose de angústia, nerastenia) e ao facasso da consção de sintomas (depressão, inbição) Tas formas cí 6
6 Lacn, J . (1968) O seminário Livo XVI De um Outo ao outo texto texto nédito 7 acn, 1968) O semiáio. semiáio. Lvo XV XV De m Ou to ao ou to, to, te xo iné dito
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nicas mostam o signiicante fálico como elemento separao ou excessivamnte incluo no campo o conjunto o utr sso ecorre e uma proprieae o signiicante fálico po não conter naa entro e si poe fncionar como elemento aa qualquer conjnto (exterioriade raical o significante fálico no campo o Outro) Mas ao sr eleento potencal e qual qer conjnto ele não será elemento específico de nenhum con junto (ineroiae racal sgnfcante álco no campo o Outo) Isso permite eduzr a função fálca foras de pertenciento ao Oto fomas e ancoragem na lngaem He egger chamo esta última possbilade e compertencer Este pertencmento fálico nos nfora assm sobre uma ossbldae exstencial: aquela qe gravita entre ter ou ser o falo. Mas há um seguno sentdo paa a exsistênca, qe se mostra iredtvel ao comumpetencmento. É qando o pertenci en to ncl ui m elemento coo p a r e e no como elemento de u conjunto Algo é parte um conjnto qano tudo o qe pertence à parte també ertence ao conjnto Nes t sento a parte pode ser gal ao conjnto Ora, a parte que nteressa á Lacan é justaente a parte vaza, a "lbra e carne perida, a pare que é també naa Observese que a fala e o nada se sobrepunha como fgras nstntas da negativdade aé o senáro e qestão Depos sso a falta, como atruto do elemento fálco o nada coo atrbto do ojeo a, trnase vergentes. O objeto a é não especularzável justamnte poqe o nada não pode ser representao, e magens e signifcantes o em setos. O naa, assim como a quani dae no sentio freuano, é a odem do real o seja sem qualidaes Um flme como A Bruxa de Blair explora esta propreade o obto a jstamente para prouzr m svazamento do caáte fálco da ealidade. Algo, qe é dedzido do olar, da moventaçã a angúsa dos personagens as e amas é vsto domna too o encadeamento da raa. Efeo sila ª
8 Ba ou, A Um, dois, três, qaro e tabém zeo l: Pa uma nova teori do sjeo. Ro de Janeo Reume-Dumaá, 1994.
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já aia so eploao por Htchcock em Pscose e po Rey Scott em Alien. presença o obeto real tem sua ntensae aumentaa na meda em que não há nenhuma reerênca áica que ndque seu sentido acan, no Semnáio VI, propõe uma ábua que usta ese eeto Tratas e manar o pópro acan antasado de lous um ouvaeus êmea gante. anústia e ser evoraoco puado por ese ser inca como o nco sento possíve para o objeto a (o olhar insetívoro) é o ao (a anasa de ovadeus macho) al sento é equívoco e mítco, como comenta Viera Mas o objeto a seno, por deinção, não especlarzáve, jamais poderá ser compeamente compatíve com o ao Eis o impas se do cácuo o goo No semnário X Lacan arma que o obeto a é a sini cação (Bedeutun g), no sentido empreao por Free. Acrescenta, ana, qe na sua conerência sobre o ao, de 1958, a sgcação que dá títuo ao artio deve ser ia no sento que Frege atrib ao termo Ora sso siniica que poemos er, em 1968, a sgnicação (Bdeutung) o ao como "o objeto a do ao. Isso mica ainda que a reação ente obeto a e ao é ma relação homóoga a que existra entre sentdo (Snn) signiicação (Bedeutun g) na iosofia da matemática de inspração reeana Sobre este ponto Frege é caro: 9
Se, em geral, jugamo que o valor cognitio de "a=a e "a=b é divero, io e eplica pelo fato e que para determnar o vao cognitivo, é tão relevante o entido Sinn) a enença, ito é, o penamento por ea expreo, quanto ua igniicação (Bedeutung), a aber eu valo de verdade. ( . . ) Apear d io, o entido Si) de "b pode· dierir o d e "a e portanto o penamento ereso por "a=b pode dierir do expreo por "a= a, nete cao a dua entença não tem o memo valor cognitivo 1 0 9 Vieira, M.A A ética da paixão uma teoia iaalítica do afeto Ro de Janeiro Jorge Zahar, 200 1 , p 1 69 10 . Frege, G Sobre entdo e refeência ( "ber Sinn und Bedeutung n Lógi e losoa da la. So Pao: CuEPU 1 978, p 86
L É M D O C Á LC U L O : A S U P L Ê N C I A
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A dsardde entre sentdo e sgnfcação, entre nção fálca e ojto a, ou anda ntre eleento e parte, mostr coo amos não formam, ecessaramente, connto Da Frege afrmar a fnção plrnívoca d verdade A verdae não completa o saber, assm como o gozo ão se completa com o desejo Há pos ma dsjnção entre o nversal (represntado d) pelo exo castraçãoobjetogozo) Se para o prmero ex Lcan consegue raprovetar a dalétca, no segndo ele se vê rgado a defender a crosa lógca do "nãotodo Como afrma orge, 1 no Semnáro XVI acn não ojetva apenas rcsar a Selbestbewustsei hegelana (o Otr como totaldade onsstente), mas produzr um ser sobre sta n completud o uma prova lógca deste fato: A é ao esmo tempo o cojnto que ncl os conjuntos {S, S} (não rdendo) e {S (S, S2) (ordenado) ( . ) A é ao mesmo tmpo o Outro sgnfcante e o sgnfcante d lterdade, ou se d reação com Otro 1 2 Assm um antga tes de Lacan, acerca do sgfcne da falta no oto [S(A)], encontra um desdoramento: de m lado a falta, a hânca fálca; de otro o vazo, o uraco feda do ojeto a . Desta escontnudde ou dsta "derência, Lca desenvolve a necssdade teóca e clínca da noção de splêca, em suas númras versões desenvolvdas nos anos posteriores: o masdegzar (1969), a letra (1970), o otro Gozo e o or ( 971) e o snhome (197) Podee dzer q e a partr dsso há uma mudança co portants conseqüncas clncas Não se trata apns de mosar consstênc do cálculo do gozo, uma vez qe o falo e o ojeto a não consttuem ma totldade, o seja, nã fzem Um
1 Porge, E Os 011es do pai m Jcq us Lcn . Ro de Janero: Companhia de Freud, 1998 12 Idem, p. 29.
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A renúnca ao cálculo, em sua oaiae fanasmáica, tor nase assim aerura para uma cer amigüiae prouiva O cálcuo como operação consiva o sinoma não visa re cobrir ou ineriar esa ambigüiae, mas, ao mesmo empo siuase como uma via alernaiva para a pulsão Freu izia que a cura em psicanálise ocorre por acrésci mo Podemos izer que para o úlimo Lacan, a cura esá na suênca, na idenificação ao s i n t h o m e como aesao de inompleue o sinoma Clinicamene isso permie a ivisão da análise em as pares A reaão que o pequeno Han maném com o seu sinoma embemáica esa primeira fase do raameno: o goo o sioma, iz ee, não cona, é uma "beseira No início o próprio sinoma, seguno a imagem formuaa por Fre, é comparável a uma ea ama que um a aparece suiaene e uma ciae Como não se sabe de onde veio esperase ue um dia, iguamene sem aviso, vá em bora a primeira pare o cáculo o goo é evao ao seu pon o de paroismo Os caminhos a ormaço e sintomas são efeios e as ariclações significanes para sua reução, sujeivação e esocameno são reaizaas Isso nem sempre re ua em ua reoção o sinoma, mas sempre em uma reução a sua capaciae e engenrar sofrimeno segunda pare da anáise geralmene começa quando o sujeio sene "suaes de seu sinoma e se vê iante da di fíci arefa e enconrar um novo esno para o que se reci pto a parir do rabaho a transferência De fao, é apenas nese seguno empo que a expressão genérica "o sinoma propriamene apicável o começo há apenas sinomas, iversos e esaricaos enre si. Sinomas em crise de gozo, ou gozo em cácuo esáve, elimiado pelo caráer O meio da anáise, se é ue poe ssenar a ambigüidade desa noção, fi muio bem exainao por Nasio 13 aravs da chamaa "crise ransferencia Pono one se coloca aguamen a possibili
13 Nasio, -D Como trblh o picnlisa. Rio de Jneio: Jorge Zahar 2000.
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dade de uma nterrupção mas tabém onde fca claro o esg tameto do caráter fálico da traserêcia Se o prmero mometo o trabalo se orentava aa as vicsstudes do cálculo do gozo o segudo ometo coeçam a gahar orça s temas e questões lgado à suplênc.
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V ROS PUBLICAD E T
Psicanáse, judaísm: ressnâncias, Renato Mezan (esg.) D gz criad, Caros D . Pérez O manusct perdid de Freud, H. Haydt de S. Mello O psicanalsa e seu fíci, Conrad Stein , A pulsã de me, André Green et a. Psicanálse de sintmas scia, So A. RodrigueManoe T. Berlinck (orgs.)
Fam7ia e dença menta 1$idoro Berenstein Narcisism de vida, narcisism de me, André Green As Erínias de uma mã, nrad Stein Ntas de psiclgia e psiquiaria scia, Arando auleo Trauma, amr e fantasia, Franin Goldrub Clínica psicanalíica estuds, Pierre Fédida Psicanáe da clínica cidiana, Manoel Tosta Berli nck O acalant e h Ana Lucia C. Jorge A Represenaçã. Ensai psicanalític, Nics Nicola"dis O desenvlvimnt kleinian I Desenv. clnic de reud, Dod Meltzer
Édip african, arie-Cécie e Edond igues Cmunicaçã e represenaçã Pierre Fédida (org.) Ensais de psicanálise e semióica, Mi ria Ch naideran Freud e prblema d pde, eón Rozithner Melanie Klein evluções, El ias M. da Rha Barros (org.) Figurações feminin, Daniàle Brun 14 cnferências sbre Jacques Lacan, Fani Hsgail (org.) Intrduçã à pscanlise, Luís Hornstein O aprendiz de hisadr e mestre-feiiceir, Piera Aulagnier O desenvlviment kleinian l Des clínic de elanie lein D. Metzer
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to em psicanáe, IJA O corpo de Ulisses Mdedae e materalsmo em Adoo e Hoheme, Paulo Ghiraldelli J Consideações sobe psiqumo to, ezinha Gomes de So Di
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chados sos da pscanáe as crônas d José Smão Jane de Almeida Co-ED UC)
hstóra de Tobs Um estudo sb o animus e o pa, abíola Luz ud e conscinc, swaldo ança N eto ulsões de vda, Radmila Zygouris Palavs cas entr ud e encz, uis Cláudio igueiredo nsrência sedução e colonão, JPA Febem am e identidade O luar d Outro Is abe l Kahn Marin cança adotiva na pstepia sicanalica, Gina K Levinzon osaco de letras saos de psane, U rania Touri nho P eres Caos de Bion l, Júli o César onte org ) emós de um auoa n s Mauricio Tragtemberg Ét e tnca em scanáe, Lus laudio Figuei e Nelson Coelho Jr A ae do encontro de Vícus de os, Son ia Alem arac ducação para o futuro Psicanáse e educaçã, M Cristina . Ku pfer
Política psicanális. O stangio Catrina Koltai Nas nczilhadas do ódio icheine Enriquez Aids A nova dszão da humanidad Henriqe F Careiro O poblma da idntificação m Fru Paulo de Caaho Ribeiro Catástrof rpsntação Arhur Nestrovski e árcio SeligmannSil va (orgs) Conformismo, ética, subjtividad obtividad, IJPA A hi Mo -M Como a mnt humana produz idéias J. Vasconelos Mulher no Bras Nossas maas mito arisa Belém A clínica conta históias Lia B Fuks e Flávio C Ferraz (orgs) O olha do ngano Autsmo outro primoa Li a Ribei ro Fernandes Donça ocupaciona Marina Drand Os avatas da tansmissão psíquica gracional, lga B. R. Correa (org) Abua para uma discotca Roland de Candé A convsa infinita - 1 A palavra plual aurice Blanchot A moe d Sócrats Monólogo filosófico Zeferino Rocha Cnários sociais abodagem clínica José Newon Garcia de Araújo e Teresa Cristina Carreteiro (orgs.) O que é diagnostica m psiquiatria Jo rg J Sarí A constituição do inconsciente m páticas clnica na França do sécu lo XI Sidn ei José Cazeto Nacisismo, supgo o sonha IJPA Psicofaacologia psicanás ara Cristina Rios ahães (org) A Escola Livr d Sociologia Política Anos d Formação 1 933- 1953 Dpoimntos lris Kantor Débora A. aciel, Júlio Assis Simões (orgs.) Lnha de horizont po uma poética do ato criado Edith Derdyk Diagnóstico comprensivo simbóco Uma psicossomática paa a prá tica clnica Ssana de Albuqerqe ns Serino O calho o pinhio Freud o stilo romântico, lnes Loreiro O cocito d rpetião em Feu Luia Grossi dos Santos (coed. Fme Diblando a pão Psicanáls utbol subetividade basilia Claudio Bastidas
CEÇÃ BIBITECA DE PSICATOGA FUNDAMNTAL Melancolia U rania Tourinho Peres (org ) Histeia anoe osta Berlink (org) Autismos Paulina S Roca (org)
Depressão, irr Fédida Pânico e dsamparo, Mario Eduardo Costa rira Anorexia e bulma, Rodolo Urribarri (org) Do, Manoel osta Brlnck (org ) Toxcomanas Dual Mazzi Noguira Filho Diferenças sexuas, Paulo obeo Ceccarlli Os destinos da angústa na pscanálse freudiana, Zfrino Rocha y, p Psicopatolga fundamenta, Manol Tosta Brlinck Culpa, Uraia . Pres (org.) A paixão sencioa, Maria Helna d Barros Siva Clínica da elancola, Ana Ceid G. Morira Depressão estação psque Refúgo espea encontro, Daniel elouya Hpocondri, M. Aisestein, A. Fine G Pragier (orgs.)
COLEÇÃO - PSICANÁLISE DE CR IANÇA Rumo à pal vra Tês cranças autistas em pnálse, M.-Chsti azn enot Sublmaçã da sexuadade nfant, aulo A. Buchvitz A crança e o infan em psicanáse, Si lvia AbuJamra Zornig A hstóra d psicanálise de cranças no Bas, o rg uís Fr rei ra bão
COLEÇÃO - O SEXTO LOBO Heo Bras! Contardo Calligaris Clínica do ocial Ensaos uiz arli de Aragão (o rg.) Exílio e toura ar e Marclo Viar Extrasexo Enao sobre o tansexuasmo Catherin il lot Alcoolsmo delqncia toxicomania Charls Ml man Imgrantes. Incidênca s subje tvas das mudanças de lngu e país Chare Mman Ftasia d Brasil, ctavio Souza Modos de subjetvaão no Brasl e outros escrtos, Luis áudio Figui do (Cod. EDUC) A face e o eso Estudos sobre o homoerotsmo - l, Ju rad i r Frir Costa O que é sr brsleo ? Carme Backes
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Comucação e pscanálse eanne Marie Machado de Freitas Clarice Lseto paxão segundo CL Bea Walman n pulsão anarqusta Nathalie Zaltzman Escuta ecorda dze Lus Claudio Figueiredo (Co-ed EDUC) Sntoma socia dominante e morazação nfant, Heloísa Fernandez (CoedEDSP)
Na somba da cidade, aria Cristina Rio s Magalhães (org) Estados-daalma da psicanse, Jacqes Derrida COLEÇÃO TÉLOS
Ensaios de clínica psianaltica François errier A ormação do pscanalista François Perrier Aeto e guagem nos prmeiros esritos de Freud Monique Sch neider
Como a iteretação vem psicanasta, René Major (org ) COLÇO - LINHAS DE FUGA
invençã do pscoógco. Qua tro séuos de subjetivação (1500 1900) Ls Cládio Mendnça Figeiredo (Co-ed EDUC) Lmiares do ontempoâeo, Rog ério a Costa (o rg) A psicoteapia em busca de Dioniso, Alfredo Naffah Neto (Coed EDC) s áoes de cnhecimentos, Pierre Lévy e ichel Authier s pulsões, Ahu r Hyppólito de Mou ra (org ) (Coed ED UC)
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A cienificidade da psicanáise. Popper e Peirce, Elisabth Sapoii A foa da reaade na cínica freudiana, Neson olho Junio Cooafecto: o psicólogo no hospital geral, Ma rili a A. uyla Crianças na rua, Ana Camn Main de Collado Um ohar no meio do cainho, Sônia Wolf Doenças do corpo e doenças da alma, Lazslo A Ávila. Os dizeres nas esquizofrenias. Uma caola sem fundo, Mailuci No-
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