10/15/2008
CAPÍTULO
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS MA TERIAIS I Ferdi nand P. Beer Ferdinand E. Russell John ston , Jr. John Jo hn T. DeWolf
CARREGAMENTO TRANSVERSAL
Tradução Prof. Emerson Emerson Morais
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beerr • Johnston • De Bee DeWolf Wolf • Tradução Tradução Prof. Eme Emerson rson Mora Morais is
2
Conteúdo Programático do Capítulo 5 1. 2. 3. 4. 5. 6.
Carregamento transversal em barras prismáticas; Hipóteses básicas para a distribuição distribuição de tensões tensões normais; Tensão de cisalhamento em um plano horizontal; Tensão de Cisalham Cisalhamento ento τ xy em uma viga; Tensões ensões de cisalhamen cisalhamento to τ xy em vigas de seções transversais usuais; Cisalhamento em uma seção longitudinal arbitrária;
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
1
10/15/2008
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais
3
Introdução • O carregamento transversal aplicado em uma viga resulta em tensões normais e cisalhantes em seções transversais. • Tensões verticais de cisalhamento devem existir em qualquer estrutura sujeita a carregamento transversal.
• A distribuição de tensões normais e cisalhantes satisfaz:
∑ F = ∫ x
y
=
τ xy
∑ F = ∫ z
σ x dA = 0
A = −V
τ xz dA = 0
∑ M = ∫( y x
y
τ xz − z τ xy )dA = 0
= z σ x A = 0
∑ M = ∫ − y z
σ x dA = M
• Não necessariamente τ xz deve ser igual a zero em todos os pontos
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais
4
Introdução • Quando tensões de cisalhamento são aplicadas às faces verticais de um elemento, tensões iguais devem ser aplicadas nas faces horizontais do mesmo elemento. • Conclui-se que devem existir tensões de cisalhamento longitudinais em qualquer barra submetida a carregamento transversal.
relação à outra quando uma força transversal P é aplicada. O fato não ocorre com a aplicação de um momento M , pois tensões de cisalhamento não ocorrem em uma viga sujeita à flexão pura. © 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
2
10/15/2008
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais
5
Cisalhamento em um plano horizontal de uma viga • Considerando uma barra prismática: • Pelo equilíbrio da viga:
∑ F
x
Δ H
= 0 = Δ H +
=
−
D
σ D
− σ C )dA
σ
= My / I
∫ ydA
C
I
∫ (
α
• Sendo:
∫
Q = ydA ,
momento estático
α
M D − M C = Δ M =
dM dx
Δ x
= V Δ x
• Substituindo: Δ H =
q=
VQ
Δ x I Δ H VQ
=
, fluxo de cisalhamento I ou esforço horizontal por unidade de Δ x
compriment o © 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais
6
Cisalhamento em um plano horizontal de uma viga • Fluxo de Cisalhamento, q=
Δ H Δ x
=
VQ , fluxo de cisalhamento I
• Onde: Q = ydA , α
= momento estático da área acima de y1 I =
∫ y dA 2
α +α '
= momento de inércia da seção transversal inteira
• Mesmo resultado seria encontrado para a área do elemento inferior: q' =
Δ H '
=
VQ'
= − q' I Q + Q' = 0 , momento estático Δ x
em relação ao eixo neutro Δ H ' =
− Δ H
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
3
10/15/2008
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais
7
Exemplo 1 SOLUÇÃO: • Determinar a força horizontal por unidade de comprimento ou fluxo de cisalhamento q que se exerce na face inferior da prancha superior da viga. • Calcular a força cortante correspondente em cada prego. Uma viga de madeira é constituída por três peças de 20 por 100 mm de seção transversal, que são pregadas umas às outras. O espaçamento entre os pregos é de 25 mm. Sabendo-se que a viga está submetida a uma força cortante de V = 500 N, determinar a força de corte em cada prego. © 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais
8
Exemplo 1 SOLUÇÃO: • Determinar a força horizontal por unidade de comprimento ou fluxo de cisalhamento q que se exerce na face inferior da peça superior da viga. Teorema dos Eixos Paralelos : I x = I x' + Ad 2
Q = A y
= (0 . 020 m × 0 . 100 m )(0 . 060 m ) = 120 × 10
−6
m
3
3 I = 1 (0 . 020 m )(0 . 100 m ) 12 1 (0 . 100 m )(0 . 020 m )3 + 2 [ 12
+ (0 . 020 m × 0 . 100 m )(0 . 060 m )2 ]
(500 N )(120 × 10 − 6 m 3 ) I 16.20 × 10 - 6 m 4 = 3704 N m
q=
VQ
=
• Calcular a força cortante correspondente em cada prego. F = ( 0 ,025m )q = ( 0 ,025m )( 3704 N / m )
F = 92 .6 N
= 16 . 20 × 10 − 6 m 4 © 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
4
10/15/2008
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais
9
Determinação da Tensão de Cisalhamento em uma viga • A tensão média de cisalhamento em uma superfície horizontal de um elemento é obtida através da divisão da força horizontal exercida sobre o elemento pela área da superfície. τ med
=
Δ H Δ A
, sendo
Δ H
= q Δ x =
VQ I
Δ x
VQ
Δ x VQ I = τ med = t Δ x It t : largura da seção horizontal
• Nas faces superior e inferior da viga, xy= da seção transversal.
τ yx=
0.
• Quando a largura da viga se mantém pequena em relação à altura da seção, as tensões de cisalhamento variam muito pouco ao longo de D’ 1 D’ 2. © 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Tensões de cisalhamento
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 10
τ xy em
vigas usuais • Para uma viga retangular estreita: τ med
=
VQ
=
3V ⎛ y ⎞ ⎜1 − ⎟ 2 2
⎜
⎟
fazendo y = 0, τ max
=
3V 2 A
• Para perfis em forma de I ou perfis de abas largas: τ med
=
τ max
=
VQ It V A alma
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
5
10/15/2008
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 11
Exemplo 2 SOLUÇÃO: • Desenvolver os diagramas de momento fletor e esforço cortante. Identificar os máximos. • Determinar a altura baseada na tensão normal admissível. Uma viga de madeira deve suportar três • Determinar a altura baseada na tensão de cargas concentradas. Sabendo que, para o cisalhamento admissível. tipo de madeira usada, • a tura a v ga requer a gua a σ all = 1800 psi τ all = 120 psi maior das duas alturas encontradas. Determinar a altura mínima d necessária para a viga.
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 12
Exemplo 2 SOLUÇÃO: • Desenvolver os diagramas de momento fletor e esforço cortante. Identificar os . V max = 3 kips M max = 7. 5 kip ⋅ ft = 90 kip ⋅ in
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
6
10/15/2008
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 13
Exemplo 2 • Determinar a altura baseada na tensão normal admissível. =
σ all
M max S
1800 psi =
S = W = módulo resistente
3
⋅ .
(0 .5833 in. ) d 2
d = 9 .26 in.
I = 1 b d 3 12 I 2 S = = 1 b d c = 16 (3 .5 in. )d 2
= (0 .5833 in. )d 2
• Determinar a altura baseada na tensão de cisalhamento admissível. τ all
=
3 V max 2 A
120 psi =
2 (3.5 in. ) d d = 10 .71 in.
• A altura da viga requerida é igual a maior das duas. d = 10 . 71 in. © 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 14
Exemplo 3 A Viga AB é constituída por três peças coladas uma às outras. Sabendo-se que a largura de cada junta colada é de 20 mm, determinar a tensão de cisalhamento média na viga n-n da v ga, que eve ser ca cu a o nas untas coladas. O esquema indica a localização do centróide da seção. Dado I = 8,63 x 10 -6 m4. Força cortante na seção n-n: +↑
∑ F
y
= 0;
1,5kN - V = 0
V = 1,5kN
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
7
10/15/2008
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 15
Exemplo 3 Tensão de Cisalhamento na Junta a: Q = A ⋅ y 1 = [( 0 ,100 m )( 0 ,20 m )]( 0 ,0417 m )
= 83 4 × 10 − 6 m 3 VQ
=
τ med
= 725 kPa
It
=
( 1500 N )( 83 ,4 × 10 − 6 m 3 )
τ med
( 8 ,63 × 10 − 6 m 4 )( 0 ,020 m )
Tensão de Cisalhamento na Junta b: ⋅
,
2
Q = 70 ,0 × 10 VQ
m
,
,
3
( 1500 N )( 70 ,0 × 10 − 6 m 3 )
τ med
=
τ med
= 608 kPa
It
=
− 6
( 8 ,63 × 10 − 6 m 4 )( 0 ,020 m )
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 16
Exemplo 4 Uma peça de máquina em forma de perfil T fica submetida a uma força atuante no seu plano de simetria. Determinar: (a) a máxima tensão de compressão na seção n-n; (b) a máxima tensão de cisalhamento. Determinação da Linha Neutra Y =
∑ A y = ( 0 ,1m )( 0 ,01m )( −0 ,005 m ) + ( 0 ,05 m )( 0 ,01m )( 0 ,025 m ) ( 0 ,1m )( 0 ,01m ) + ( 0 ,05 m )( 0 ,01m ) ∑ A
Y =
7 ,5 × 10 − 6 m 3 1 ,5 × 10 − m 3
2
Y = 5 × 10 − 3 m = 5 mm
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
8
10/15/2008
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 17
Exemplo 4 Momento de Inércia Centroidal
Tensão Máxima de Compressão M = ( 6 ,7 kN )( 0 ,3 m ) = 2 ,01 kN ⋅ m
I = 1 / 12( 0 ,1m )( 0 ,01m )3 + ( 0 ,1m )( 0 ,01m )( 0 ,005m + 0 ,005m )2
c = 50 mm − 5 mm = 45 mm
+ 1 / 12( 0 ,0 1m )( 0 ,05 m )3 + ( 0 ,01m )( 0 ,05m )( 0 ,025m − 0 ,005m )2
máxima de compressão ocorre em d
I = 4 ,125 × 10 −7 m 4
Mc
( 2 ,01 kN ⋅ m )( 0 ,045 mm )
σ max
=
σ max
= 219 ,3 MPa
I
=
a tensão
− 4 ,125 × 10 7 m 4
Tensão Máxima de Cisalhamento:
Q = A ⋅ y = ( 0 ,045 m ( 0 ,01 m ) Q = 1 ,012 × 10 − 5 m VQ
2
3
( 6 ,7 kN )( 1 ,012 × 10 − 5 m 3 )
τ m
=
τ m
= 16450 kN / m
It
=
( 0 ,045 m )
( 4 ,125 × 10 − 7 m 4 )( 0 ,01 m ) 2
= 16 ,45 MPa © 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 18
Cisalhamento em uma seção transversal arbitrária • Examinamos a distribuição dos componentes verticais τ xy em uma seção transversal de uma viga. Agora vamos cons erar os componentes or zonta sτ xz das tensões. • Considerar a viga prismática com um elemento definido pela superfície curva CDD’C’. ∑ F x = 0 = Δ H + ∫ ( D − σ C )dA a
• Exceto pelas diferenças na integração das áreas, é o mesmo resultado obtido anteriormente: Δ H =
VQ I
Δ x
q=
Δ H VQ = I Δ x
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
9
10/15/2008
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 19
Exemplo 5 SOLUÇÃO: • Determinar a força cortante por unidade de com rimento ao lon o de cada borda da tábua superior. • Baseado no espaçamento entre os pregos, determinar a força cortante em cada prego. Uma viga caixão quadrada é feita com duas tábuas de 19 mm x 76 mm e duas tábuas de 19 mm x 114mm, re adas de acordo com a figura. Sabendo que o espaçamento entre os pregos é de 45 mm e que a viga está submetida a uma força cortante vertical de intensidade V = 2,7 kN, determine a força cortante em cada prego. © 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I
Beer • Johnston • DeWolf • Tradução Prof. Emerson Morais 20
Exemplo 5 SOLUÇÃO: • Determinar a força cortante por unidade de comprimento ao longo de cada borda . q=
VQ I
=
( 2700 N )( 68590 mm 3 ) 11 ,29 × 10 6 mm 4
q = 16 ,4 N / mm f : força cortante por unidade
Para a tábua superior,
de compriment o em cada borda f = q/2 = 8,2N/mm
Q = A ⋅ y = ( 19 mm )( 76 mm )( 47 ,5 mm ) Q = 68590 mm 3
Para toda a seção transversal da viga, I =
1 12
a4 =
1 12
( 114 mm )4 −
1 12
• Baseado no espaçamento entre os pregos, determinar a força cortante em cada prego. F = f ⋅ l = ( 8,2N/mm) ⋅ (45mm)
( 76 mm )4
F = 369N
I = 11 ,29 × 10 6 mm 4
© 2002 The McGraw-Hill Companies, Inc. All rights reserved.
10