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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR Cipriano Luckesi Nos capítulos anteriores, fzemos um esorço para compreender a relação existente entre Pedagogia e Filosofa, mostrando, de um lado, que pedagogia se delineia a partir de uma posição flosófca defnida; e, de outro lado, compreender as perspectivas das relações entre educação e sociedade !erifcamos que são tr"s as tend"ncias que interpretam o papel da educação educaç ação ão como como rede redenç nção ão,, educ educaç ação ão como como reprod reproduç ução ão e na so soci cied edad ade# e# educ educação como transormação da sociedade.
Neste capítulo, vamos tratar das concepções pedag$gicas propriamente ditas, ou se%a, vamos a&ordar as diversas tend"ncias te$ricas que preten' deram dar conta da compreensão e da orientação da pr(tica educacional em dive divers rsos os mome moment ntos os e cir circuns cunst) t)nc ncia iass da *ist *ist$r $ria ia *uma *umana na +ess +esse e modo modo,, estar estaremo emoss aprou aprounda ndando ndo a compr compreen eensão são da articu articulaç lação ão entre entre flosof flosofa a e educação, que, aqui, atinge o nível da concepção flos$fca da educação, que se sedime sedimenta nta em uma pedago pedagogia gia eneri enericam cament ente, e, podemo podemoss dizer dizer que a perspectiva redentora se traduz pelas pedagogias li&erais e a perspectiva transormadora pelas pedagogias progressistas -ssa discussão tem uma import)ncia pr(tica da maior relev)ncia, pois permite a cada proessor situar'se teoricamente so&re suas opções, articu' lando'se e autodefnindo'se . / presente capítulo de autoria de 0os1 2arlos 3i&)neo 1 a reprodução do ca capí pítu tulo lo . ' 45 45en end" d"nc ncia iass Pedag edag$g $gic icas as na Pr(t Pr(tic ica a -sco -scola lar4 r4 ' do livr livro o +emocratização da escola p6&lica# pedagogia crítico'social dos conte6dos, 7ão Paulo, aulo, 3o 3o8ol 8ola, a, .9:, .9:, autori autorizad zada a pela pela -ditor -ditora a e pelo pelo autor autor,, ao aoss quais quais agradecemo agradecemos s Foram Foram introduz introduzidas idas modifcaçõe modifcaçõess na ssim vamos organizar o con%unto das pedagogias em dois grupos, conorme aparece a seguir# l Pedagogia li&eral
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.. tradicional .? renovada progressivista .@ renovada não'diretiva .A tecnicista ? Pedagogia progressista ?. li&ertadora ?? li&ert(ria ?@ crítico'social dos conte6dos B evidente que tanto as tend"ncias quanto suas maniestações não são puras nem mutuamente exclusivas o que, ali(s, 1 a limitação principal de qual qualqu quer er tent tentat ativ iva a de clas classi sifc fcaç ação ão -m algu alguns ns ca caso soss as tend tend"n "nci cias as se complementam, em outros, divergem +e qualquer modo, a classifcação e sua descrição poderão uncionar como um instrumento de an(lise para o proessor proessor avaliar a sua pr(tica de sala de aula > exposição das tend"ncias pedag$gicas compõe'se de uma caracte' rização geral das tend"ncias liberal e progressista, seguidas da apresentação das pedagogias que as traduzem e que se maniestam na pr(tica docente
1. Pedaoia !i"era! / termo li&eral não tem o sentido de 4avançado4, 4democr(tico4, 4a&er' to4, como costuma ser usado > doutrina li&eral apareceu como %ustifcação do sistema capitalista que, ao deender a predomin)ncia da li&erdade e dos interesses individuais da sociedade, esta&eleceu uma orma de organização social soc ial &asead &aseada a na propr propried iedade ade privad privada a dos meios meios de produ produção ção,, tam&1m tam&1m sociedade de classes > peda deno denomi mina nada da sociedade pedago gogi gia a li&e li&era ral, l, port portan anto to,, 1 uma uma
maniestação pr$pria desse tipo de sociedade > educação &rasileira, pelo menos nos 6ltimos cinqCenta anos, tem sido marcada pelas tend"ncias li&erais, nas suas ormas ora conservadora, ora renovada -videntemente tais tend"ncias se maniestam, concretamente, nas pr(ticas escolares e no ide(rio pedag$gico de muitos proessores, ainda que estes não se d"em conta dessa inDu"ncia > pedagogia li&eral sustenta a id1ia de que a escola tem por unção preparar os indivíduos para o desempen*o de pap1is sociais, de acordo com as aptidões individuais, por isso os indivíduos precisam aprender a se adaptar
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aoss valo ao valorres e =s nor norma mass vige vigent ntes es na so soci cied edad ade e de clas classe sess atra atrav1 v1ss do desenvolvimento da cultura individual > "nase no aspecto cultural esconde a realidade das dierenças de classes, pois, em&ora diunda a id1ia de igualdade de opor portuni tunid dades ades,, não lev leva em co cont nta a a desi desig guald ualdad ade e de co cond ndiç içõ ões es Eistoricamente, a educação li&eral iniciou'se com a pedagogia tradicional e, por razões razões de recom recompos posiçã ição o da *egemo *egemonia nia da &urgue &urguesia sia,, evolui evoluiu u para para a pedagogia renovada tam&1m denominada escola nova ou ativaG, o que não sign signif ifco cou u a su&s su&sti titu tuiç ição ão de uma uma pela pela outr outra, a, pois pois am am&a &ass co conv nviv iver eram am e convivem na pr(tica escolar Na tend"ncia tradicional, a pedagogia li&eral se caracteriza por acentuar o ensino *umanístico, de cultura geral, no qual o aluno 1 educado para atingir, pelo pr$prio esorço, sua plena realização como pessoa /s conte6dos, os proce procedim diment entos os did(ti did(ticos cos,, a relaç relação ão proe proesso ssorr'aluno 'aluno não t"m nen*um nen*uma a relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades sociais B a predomin)ncia da palavra do proessor, das regras impostas, do cultivo exclusivamente exclusivamente intelectual > tend"ncia liberal renovada acentua, igualmente, o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais Has a educação 1 um pro' cesso interno, não externo; ela parte das necessidades e interesses indivi' duais necess(rios para a adaptação ao meio > educação 1 a vida presente, 1 a parte da pr$pria experi"ncia *umana > escola renovada propõe um ensino que valorize a auto'educação o aluno como su%eito do con*ecimentoG, a experi"ncia direta so&re so&re o meio pela atividade; um ensino centrado cen trado no aluno e no grupo > tend"ncia li&eral renovada apresenta'se, entre n$s, em duas versões distintas# a renovada progressivista?, ou pragmatista, principalmente na orma orma diund diundida ida pelos pelos pionei pioneiro ross da educaç educação ão nova, nova, entre entre os quais quais se destaca >nísio 5eixeira deve'se destacar, tam&1m a inDu"ncia de Hontessori, +ecrol8 e, de certa orma, PiagetG; a renovada não-diretiva orientada para os o&%etivos de auto'realização desenvolvimento pessoalG e para as relações interpessoais, na ormulação do psic$logo norte'americano 2arl Iogers > tend"ncia liberal tecnicista su&ordina a educação = sociedade, tendo como como unção unção a prepa preparaç ração ão de 4recu 4recurs rsos os *umano *umanos4 s4 mão'd mão'de'o e'o&ra &ra para para a ind6striaG > sociedade industrial e tecnol$gica esta&elece cientifcamenteG as metas econJmicas, sociais e políticas, a educação treina tam&1m cien' tifcamenteG nos alunos os comportamentos de a%ustamento a essas metas
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No tecnicismo acredita'se que a realidade cont1m em si suas pr$prias leis, &astando aos *omens desco&ri'las e aplic('las +essa orma, o essencial não 1 o conteúdo da rea eali lida dade de,, ma mass as t1cn t1cnic icas as ormaG de des desco co& &er erta ta e aplicação > tecnologia aproveitamento ordenado de recursos, com &ase no con*ecimento científcoG 1 o meio efcaz de o&ter a maximização da produção e garantir um $timo uncionamento da sociedade; a educação 1 um recurso tecnol$gico por excel"ncia -la 41 encarada como um instrumento capaz de promover, sem contradição, o desenvolvimento econJmico pela qualifcação da mão'de'o&ra, pela redistri&uição da renda, pela maximização da produção e,
ao
mesmo
tempo,
pelo
desenvolvimento
da
Kconsci"ncia
polí políti tica caLi Lind ndis ispe pens ns(v (vel el = ma manu nute tenç nção ão do -sta -stado do auto autori rit( t(ri rio oM@ M@ tili tiliza za's 'se e &asicamente do enoque sist"mico, da tecnologia educacional e da an(lise experimental do comportamento comportamento ? > designação 4progressivista4 vem de 4educação progressiva4, termo usado por >nísio5eixeira para indicar a unção da educação numa civilização em mudança, decorrente do desenvolvimento cientifco id1ia equivalente a 4evolu 4evolução ção44 em &iolog &iologiaG iaG -sta -sta tend"n tend"ncia cia inspir inspira's a'se e no fl$so fl$soo o e educad educador or norte'americano norte'am ericano 0o*n +eOe8 +eOe8 2r >nísio 5eixeira, 5eixeira, Educação progressiva @ uenzer, >c(cia > e Hac*ado, 3ucília I 7 4Pedagogia tecnicista4
1.1 Tend#ncia !i"era! $radiciona! Papel da escola ' > atuação da escola consiste na preparação intelectual
e moral dos alunos para assumir sua posição na sociedade / com promisso da esco es cola la 1 co com m a cult cultur ura, a, os pro& pro&le lema mass so soci ciai aiss pert perten ence cem m = so soci cied edad ade e / camin*o cultural em direção ao sa&er 1 o mesmo para todos os alunos, desde que se esorcem >ssim, os menos capazes devem lutar para superar suas dif difculd culdad ades es e co conq nqui uist star ar se seu u luga lugarr %unt %unto o ao aoss ma mais is ca capa paze zes s 2a 2aso so não não consigam, devem procurar o ensino mais profssionalizante Conteúdos Conteúdos de ensino ensino ' 7ão os con*ecimentos e valores sociais acu'
mulados pelas gerações adultas e repassados ao aluno como verdades >s mat1rias de estudo visam preparar o aluno para a vida, são determinadas pela sociedade e ordenadas na legislação /s conte6dos são separados da experi"ncia do aluno e das realidades sociais, valendo pelo valor intelectual,
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razão pela qual a pedagogia tradicional 1 criticada como intelectualista e, =s vezes, como enciclop1dica Mtodos ' Taseiam'se na exposição ver&al da mat1ria eUou demos'
tração 5anto a exposição quanto a an(lise são eitas pelo proessor, o&' servados os seguintes passos# aG preparação do aluno defnição do tra&al*o, recordação da mat1ria anterior, despertar interesseG; &G apresentação realce de pontos pontos'c* 'c*ave aves, s, demons demonstr traçã açãoG; oG; cG ass associ ociaçã ação o com&i com&inaç nação ão do con*e' con*e' cimento novo com o %( con*ecido por comparação e a&straçãoG; dG gene' ralização dos aspectos particulares c*ega'se ao conceito geral, 1 a exposição sistematizadaG; eG aplicação explicação de atos adicionais eUou resoluções de exercíciosG > "nase nos exercícios, na repetição de conceitos ou $rmulas na memorização visa disciplinar a mente e ormar *(&itos !elacionamento proessor-aluno ' Predomina a autoridade do proessor
que exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles no decorrer da aula / proessor transmite o conte6do na orma de verdade a ser a&sorvida; em conseqC"ncia, a disciplina imposta 1 o meio mais efcaz para assegurar a atenção e o sil"ncio Pressupostos de aprendi"agem ' > id1ia de que o ensino consiste em
repassar os con*ecimentos para o espírito da criança 1 acompan*ada de uma outra# a de que a capacidade de assimilação da criança 1 id"ntica = do adulto, apenas menos desenvolvida /s programas, então, devem ser dados numa prog progrres essã são o l$gi l$gica ca,, es esta ta&e &ele leci cida da pelo pelo adul adulto to,, se sem m leva levarr em co cont nta a as características pr$prias de cada idade > aprendizagem, assim, 1 receptiva e mec)nica, para o que se recorre reqCentemente = coação > retenção do material ensinado 1 garantida pela repetição de exercícios sistem(ticos e recap recapitu itulaç lação ão da mat1ri mat1ria a > trans transer er"nc "ncia ia da aprend aprendiza izagem gem depend depende e do treino; 1 indispens(vel a retenção, a fm de que o aluno possa responder =s situaç situações ões novas novas de orma orma sem semel* el*ant ante e =s respo resposta stass dadas dadas em situaç situações ões anteriores > avaliação se d( por verifcações de curto prazo interrogat$rios orais, exercício de casaG e de prazo mais longo provas escritas, tra&al*os de casaG / esorço 1, em geral, negativo punição, notas &aixas, apelos aos paisG; =s vezes, 1 positivo emulação, classifcaçõesG Maniestaç#es na pr$tica escolar ' ' > pedagogia li&eral tradicional 1 viva
e atuante em nossas escolas Na descrição apresentada aqui incluem'se as escolas religiosas ou leigas que adotam uma orientação cl(ssico'*umanista
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ou uma orientação *umano'científca, sendo que esta se aproxima mais do modelo de escola predominante predominante em nossa *ist$ria educacional
1.% Tend#ncia !i"era! reno&ada proressi&is$a Papel da escola ' > fnalidade da escola 1 adequar as necessidades
individuais ao meio social e, para isso, ela deve se organizar de orma a retratar, o quanto possível, a vida 5odo ser dispõe dentro de si mesmo de meca me cani nism smos os de adap adapta taçã ção o prog progrres essi siva va ao me meio io e de uma uma co cons nseq eqCe Cent nte e integração dessas ormas de adaptação no comportamento 5al integração se d( por meio de experi"ncias que devem satisazer, ao mesmo tempo, os inte interres esse sess do alun aluno o e as exig exig"n "nci cias as so soci ciai ais s V es esco cola la ca ca&e &e supr suprir ir as ex' peri"ncias que permitam ao aluno educar'se, num processo ativo de cons' trução e reconstrução do o&%eto, numa interação entre estruturas cognitivas do indivíduo e estruturas do am&iente Conteúdos de ensino ' 2omo o con*ecimento resulta da ação a partir
dos interesses e necessidades, os conte6dos de ensino são esta&elecidos em unção de experi"ncias que o su%eito vivencia rente a desafos cognitivos e situações situações pro&lem( pro&lem(ticas ticas +('se, portanto portanto,, muito mais valor aos process processos os mentais e *a&ilidades cognitivas do que a conte6dos organizados racional' mente mente 5rata's rata'se e de 4apre 4aprende nderr a aprend aprender4 er4,, ou se% se%a, a, 1 mais mais import important ante e o processo de aquisição do sa&er do que o sa&er propriamente dito Mtodo de ensino ' > id1ia de 4aprender azendo4 est( sempre presente
!alorizam'se as tentativas experimentais, a pesquisa, a desco&erta, o estudo do meio natural e social, o m1todo de solução de pro&lemas -m&ora os m1todos variem, as escolas ativas ou novas +eOe8, Hontessori, +ecrol8, 2ousinet e outrosG partem sempre de atividades adequadas = natureza do aluno e =s etapas do seu desenvolvimento Na maioria delas, acentua'se a import import)nc )ncia ia do tra&al tra&al*o *o em grupo grupo não apenas apenas como como t1cnic t1cnica, a, mas como como condição &(sica do desenvolvimento mental /s passos &(sicos do m1todo ativo são# aG colocar o aluno numa situação de experi"ncia que ten*a um interesse por si mesma; &G o pro&lema deve ser desafante, como estímulo = reDexão; reDexão; cG o aluno deve dispor de inormações e instruções que l*e permitam pesq pesqui uisa sarr a desc desco& o&er erta ta de so solu luçõ ções es;; dG so solu luçõ ções es prov provis$ is$ri rias as deve devem m se serr incent incentiva ivadas das e orden ordenada adas, s, com a a%uda a%uda discr discreta eta do proess proessor or;; eG deve's deve'se e
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garantir a oportunidade de colocar as soluções = prova, a fm de determinar sua utilidade para a vida !elacionamento proessor-aluno proessor-aluno ' Nã Não o *( luga lugarr priv privil ileg egia iado do para para o
proessor; proessor; antes, seu papel 1 auxiliar o desenvolvimento livre e espont)neo da criança; se interv1m, 1 para dar orma ao raciocínio dela > disciplina surge de uma uma toma tomada da de co cons nsci ci"n "nci cia a dos dos limi limite tess da vida vida grup grupal al;; as assi sim, m, alun aluno o disciplinado 1 aquele que 1 solid(rio, participante, respeitador das regras do grup grupo o Para ara se gara garant ntir ir um clim clima a *ar *armonio monioso so dent dentrro da sa sala la de aula aula 1 indispens(vel um relacionamento positivo entre proessores e alunos, uma orma de instaurar a 4viv"ncia democr(tica4 tal qual deve ser a vida em sociedade Pressupos Pressupostos tos de aprendi"ag aprendi"agem em ' > motivação depende da orça de
estimulação do pro&lema e das disposições internas e interesses do aluno >ssi >ssim, m, apr aprende enderr se tor torna uma uma ativ ativid idad ade e de desc desco& o&er erta ta,, 1 uma uma auto auto'' aprendizagem, sendo o am&iente apenas o meio estimulador B retido o que se inco incorrpora pora = ativ tividad idade e do alun luno pel pela desc desco o&er ertta pess pessoa oal; l; o que que 1 incorporado passa a compor a estrutura cognitiva para ser empregado em novas situações > avaliação 1 Duida e tenta ser efcaz = medida que os esorços e os "xitos são pronta e explicitamente recon*ecidos pelo proessor Manie Maniest staç# aç#es es na pr$tic pr$tica a escola escolar r ' /s prin princí cípi pios os da peda pedago gogi gia a pro' pro'
gressivista v"m sendo diundidos, em larga escala, nos cursos de licenciatura, e muitos muitos proe proesso ssore ress sore sorem m sua inDu"n inDu"ncia cia -ntre -ntretan tanto, to, sua aplica aplicação ção 1 reduzidíssima, não somente por alta de condições o&%etivas como tam&1m porque se c*oca com uma pr(tica pedag$gica &asicamente tradicional >l' guns m1todos são adotados em escolas particulares, como o m1todo Hon' tessori, o m1todo dos centros de interesse de +ecrol8, o m1todo de pro%etos de +eOe8 / ensino &aseado na psicologia gen1tica de Piaget tem larga aceitação aceitação na educação educação pr1'esco pr1'escolar lar Pe Perten rtencem, cem, tam&1m, tam&1m, = tend"ncia tend"ncia pro' pro' gressivista muitas das escolas denominadas 4experimentais4, as 4escolas co' munit(rias4 e mais remotamente d1cada de WXG a 4escola secund(ria mo' derna4, na versão diundida por 3auro de /liveira 3ima
1.' Tend#ncia !i"era! reno&ada n(o)dire$i&a Papel da escola ' >centua'se nesta tend"ncia o papel da escola na
ormação de atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com os
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pro&lemas psicol$gicos do que com os pedag$gicos ou sociais 5odo esorço est( em esta&elecer um clima avor(vel a uma mudança dentro do indivíduo, isto 1, a uma adequação pessoal (s solicitações do am&iente IogersA con' sidera que o ensino 1 uma atividade excessivamente valorizada; para ele os procedimentos procedimentos did(ticos, a compet"ncia na mat1ria, as aulas, livros, tudo tem muito pouca import)ncia, ace ao prop$sito de avorecer = pessoa um clima de auto autode dese senv nvol olvi vime ment nto o e rea eali liza zaçã ção o pess pessoa oal, l, o que que impl implic ica a es esta tarr &em &em consigo pr$prio e com seus semel*antes / resultado de uma &oa educação 1 muito semel*ante ao de uma &oa terapia Conteúdos de ensino ' > "nase que esta tend"ncia põe nos processos
de dese desenv nvol olvi vime ment nto o das das relaç elaçõe õess e da co comu muni nica caçã ção o tor torna se secu cund nd(r (ria ia a transmissão de conte6dos /s processos de ensino visam mais acilitar aos estudantes os meios para &uscarem por si mesmos os con*ecimentos que, no entanto, são dispens(veis Mtodos de ensino ' /s m1todos usuais são dispensados, prevalecendo
quase que exclusivamente o esorço do proessor em desenvolver um estilo pr$prio para acilitar a aprendizagem dos alunos Iogers explicita algumas das características do proessor 4acilitador4# aceitação da pessoa do aluno, capacidade de ser conf(vel, receptivo e ter plena convicção na capacidade de autodesenvolvimento do estudante 7ua unção restringe'se a a%udar o aluno aluno a se organ organiza izar, r, utiliz utilizand ando o t1cnic t1cnicas as de sensi& sensi&ili ilizaç zação ão onde onde os senti' senti' mentos de cada um possam ser expostos, sem ameaças >ssim, o o&%etivo do tra& tra&al al*o *o es esco cola larr se es esgo gota ta nos nos proc proces esso soss de me mel* l*or or relac elacio iona name ment nto o in' terpessoal, como condição para o crescimento pessoal !elacionamento proessor-aluno proessor-aluno ' > pedagogia não'diretiva propõe uma
educação centrada no aluno, visando ormar sua personalidade atrav1s da viv" viv"nc ncia ia de expe experi ri"n "nci cias as sign signif ifca cati tiva vass que que l*e l*e per permita mitam m dese desenv nvol olve verr características inerentes = sua natureza / proessor 1 um especialista em relações *umanas, ao garantir o clima de relacionamento pessoal e aut"ntico 4>usentar'se4 1 a mel*or orma de respeito e aceitação plena do aluno 5oda intervenção 1 ameaçadora, ini&idora da aprendizagem aprendizagem Pressupostos de aprendi"agem ' > motivação resulta do dese%o de
adequação pessoal na &usca da auto'realização; 1, portanto um ato interno > motivação aumenta, quando o su%eito desenvolve o sentimento de que 1 capaz de agir em termos de atingir suas metas pessoais, isto 1, desenvolve a
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valo valori riza zaçã ção o do 4e 4eu4 u4 >pr >prende ender, r, port portan anto to,, 1 modi modifc fcar ar suas suas pr$p pr$pri rias as per' per' cepções; daí que apenas se aprende o que estiver signifcativamente rela' cionado com essas percepções Iesulta que a retenção se d( pela relev)ncia do aprendido em relação ao 4eu4, ou se%a, o que não est( envolvido com o 4eu4 4eu4 não 1 retid retido o e nem trans transer erido ido Portan ortanto, to, a avalia avaliação ção es escol colar ar perde perde inteiramente o sentido, privilegiando'se a autoavaliação Maniestaç#es na pr$tica escolar ' ' -ntre n$s, o inspirador da pedagogia
não'diretiva 1 2 Iogers, na verdade mais psic$logo clínico que educador 7uas id1ias inDuenciam um n6mero expressivo de educadores e proessores, princi principal palmen mente te orient orientado adore ress educac educacion ionais ais e psic$ psic$log logos os esc escola olare ress que se dedicam ao aconsel*amento Henos recentemente, podem'se citar tam&1m tend"ncias inspiradas na escola de 7ummer*ill do educador ingl"s > Neill A 2 Iogers, 2arl %iberdade para aprender
1.* Tend#ncia !i"era! $ecnicis$a Papel da escola ' Num sistema social *armJnico, org)nico e uncional, a
escola unciona como modeladora do comportamento *umano, atrav1s de t1cnicas específcas V educação escolar compete organizar o processo de aqui aquisi siçã ção o de *a&i *a&ili lida dade des, s, atit atitud udes es e co con* n*ec ecim imen ento toss es espe pecí cífc fcos os,, 6tei 6teiss e necess(rios para que os indivíduos se integrem na m(quina do sistema social glo&al 5al sistema social 1 regido por leis naturais *( na sociedade a mesma regul egular arid idad ade e e as me mesm smas as relaç elaçõe õess unc uncio iona nais is o&se o&serv rv(v (vei eiss entr entre e os enJme enJmenos nos da natur natureza ezaG, G, cienti cientifc fcame amente nte desco& desco&ert ertas as Tasta Tasta aplic( aplic('la 'las s > atividade da 4desco&erta4 1 unção da educação, mas deve ser restrita aos especialistas; a 4aplicação4 1 compet"ncia do processo educacional comum > escola atua, assim, no apereiçoamento da ordem social vigente o sistema capitalistaG, articulando'se diretamente com o sistema produtivo; para tanto, emprega a ci"ncia da mudança de comportamento, ou se%a, a tecnologia comp co mpor orta tame ment ntal al 7eu 7eu inte interres esse se imed imedia iato to 1 o de prod produz uzir ir indiv indivíd íduo uoss 4competent 4competentes4 es4 para o mercado mercado de tra&al*o tra&al*o,, transmitin transmitindo, do, efcientemente efcientemente,, inormações precisas, o&%etivas e r(pidas > pesquisa científca, a tecnologia educ educac acio iona nal, l, a an(l an(lis ise e exper xperim imen enta tall do co comp mpor orta tame ment nto o garan garante tem m a o&%e o&%eti tivi vida dade de da pr(t pr(tic ica a es esco cola lar, r, uma uma vez vez que que os o&%e o&%eti tivo voss inst instruc rucio iona nais is conte6dosG resultam resultam da aplicação de leis naturais que independem dos que a con*ecem ou executam executam
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Conteúdos de ensino ' 7ão as inormações, princípios científcos, leis
etc, etc, esta&e esta&elec lecido idoss e orden ordenado adoss numa numa seqC"n seqC"ncia cia l$gica l$gica e psicol psicol$gi $gica ca por por especialistas B mat1ria de ensino apenas o que 1 redutível ao con*ecimento o&serv(vel e mensur(vel; os conte6dos decorrem, assim, da ci"ncia o&%etiva, elim elimin inan ando do's 'se e qual qualqu quer er sina sinall de su&% su&%et etiv ivid idad ade e / ma mate teri rial al inst instru ruci cion onal al encontra'se sistematizado nos manuais, nos livros did(ticos, nos m$dulos de ensino, nos dispositivos audiovisuais etc Mtodos de ensino ' 2onsistem nos procedimentos e t1cnicas neces'
s(rias s(r ias ao arran arran%o %o e contr controle ole nas nas condiç condições ões am&ien am&ientai taiss que ass assegu egure rem m a transmissãoUrecepção de inormações 7e a primeira tarea do proessor 1 modela modelarr respo resposta stass apropr apropriad iadas as aos o&%eti o&%etivos vos instr instruci uciona onais, is, a princi principal pal 1 conseguir o comportamento adequado pelo controle do ensino; daí a im' port)ncia da tecnologia educacional > tecnologia educacional 1 a 4aplicação sist sistem em(t (tic ica a de prin princí cípi pios os cien cientí tífc fcos os co comp mpor orta tame ment ntai aiss e tecn tecnol ol$g $gic icos os a pro&lemas educacionais, em unção de resultados eetivos, utilizando uma metodologia e a&ordagem sist"mica a&rangente4 Yualquer sistema instru' cional *( uma grande variedade delesG possui tr"s componentes &(sicos# o&%etivos instrucionais operacionalizados em comportamentos o&serv(veis e mensur(veis, procedimentos instrucionais e avaliação >s etapas &(sicas de um proc proces esso so ensi ensino no'ap 'aprrendi endiza zage gem m sã são# o# aG es esta ta&e &ele leci cime ment nto o de co comp mpor' or' tamentos terminais, atrav1s de o&%etivos instrucionais; &G an(lise da tarea de aprendizagem, a fm de ordenar seqCencialmente os passos da instrução; cG exec execut utar ar o prog progra rama ma,, reor eorça çand ndo o grad gradua ualm lmen ente te as res espo post stas as co corrretas etas correspondentes aos o&%etivos / essencial da tecnologia educacional 1 a programação por passos seqCenciais empregada na instrução programada, nas t1cnicas de microensino, multimeios, m$dulos etc / emprego da tec' nologia instrucional na escola p6&lica aparece nas ormas de# plane%amento em moldes moldes sist"mico sist"micos, s, concepção concepção de aprendiz aprendizagem agem como mudança mudança de com' portamento, operacionalização de o&%etivos, uso de procedimentos científcos instrução programada, audiovisuais, avaliação etc, inclusive a programação de livros did(ticosGW !elacionamento proessor-aluno proessor-aluno ' 7ão relações estruturadas e o&%etivas,
com co m pap1i ap1iss &em defni efnid dos os## o pro proes esso sorr adm adminis inistr tra a as co cond ndiç içõe õess de transmissão da mat1ria, conorme um sistema instrucional efciente e eetivo em termos de resultados da aprendizagem; o aluno rece&e, aprende e fxa as
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ino inorrma maçõ ções es / pro proes esso sorr 1 apen apenas as um elo elo de liga ligaçã ção o entr entre e a ver verdade dade científca e o aluno, ca&endo'l*e empregar o sistema instrucional previsto / aluno 1 um indivíduo responsivo, não participa da ela&oração do programa edu educa caci cio onal nal >m&o m&os sã são o espec specta tado dorres ren rente te = ver verdade ade o&%e o&%eti tiva va > comunicação proessor'aluno proessor'aluno tem um sentido exclusivamente t1cnico, que 1 o de garantir a efc(cia da transmissão do con*ecimento +e&ates, discussões, ques questi tion onam amen ento toss sã são o desn desnec eces ess( s(ri rios os,, as assi sim m co como mo pouc pouco o impo import rtam am as relaç relações ões aetiv aetivas as e pessoa pessoais is dos su%eit su%eitos os envolv envolvido idoss no proce processo sso ensino' ensino' aprendizagem Pressupostos de aprendi"agem ' >s teorias de aprendizagem que un'
damentam a pedagogia tecnicista dizem que aprender 1 uma questão de modifcação do desempen*o# o &om ensino depende de organizar efcien' temente as condições estimuladoras, de modo a que o aluno saia da situação de aprendizagem dierente de como entrou /u se%a, o ensino 1 um processo de condicionamento atrav1s do uso de reorçamento das respostas que se quer o&ter >ssim, os sistemas instrucionais visam ao controle do compor' tamento individual ace o&%etivos preesta&elecidos 5rata'se de um enoque diretivo do ensino, centrado no controle das condições que cercam o or' ganismo que se comporta / o&%etivo da ci"ncia pedag$gica, a partir da psicologia, 1 o estudo científco do comportamento# desco&rir as leis naturais que que pres presid idem em as rea eaçõ ções es ísi ísica cass do orga organi nism smo o que que apr aprende ende,, a fm de aumentar o controle das vari(veis que o aetam /s componentes da apren' dizage dizagem m ' motiva motivação ção,, reten retenção ção,, trans transer er"nc "ncia ia ' decor decorre rem m da aplica aplicação ção do comportamento operante 7egundo 7Zinner, o comportamento aprendido 1 uma resposta a estímulos externos, controlados por meio de reorços que oco corrrem co com m a res espo possta ou ap$ ap$s a mes esm ma# 47e a oco corrr"nci "ncia a de um compo comporta rtamen mentoG toG operan operante te 1 seguid seguida a pela pela aprese apresenta ntação ção de um estíim estíimulo ulo reorçadorG, reorçadorG, a pro&a&ilidade de reorçamento 1 aumentada4 -ntre os autores que contri contri&ue &uem m para para os estudo estudoss de aprend aprendiza izagem gem destac destacam am'se 'se## 7Zinne 7Zinner, r, agn1, Tloon e Hager[ Maniestaç#es na pr$tica escolar ' ' > inDu"ncia da pedagogia tecnicista
remonta = ?Q metade dos anos X P>T>-- ' Programa Trasileiro'americano de >uxílio ao -nsino -lementarG -ntretanto oi introduzida mais eetivamente no fnal dos anos WX com o o&%etivo de adequar o sistema educacional = orientação político'econJmica do regime militar# inserir a escola nos modelos
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de racionalização do sistema de produção capitalista B quando a orientação escola esc olanov novist ista a cede cede lugar lugar = tend"n tend"ncia cia tecnic tecnicist ista, a, pelo pelo menos menos no nível nível de política ofcial; os marcos de implantação do modelo tecnicista são as leis AXUW: e W9?U[., que reorganizam o ensino superior e o ensino de .\ e ?\ graus > despeito da m(quina ofcial, entretanto, não *( indícios seguros de que que os pro proes esso sorres da es esco cola la p6&l p6&lic ica a ten* ten*am am as assi simi mila lado do a peda pedago gogi gia a tecnicista, pelo menos em termos de ide(rio > aplicação da metodologia tecnicista tecnicista plane%ame plane%amento, nto, livros livros did(ticos did(ticos programad programados, os, procedi procedimento mentoss de avaliação etcG não confgura uma postura tecnicista do proessor; antes, o exercício profssional continua mais para uma postura ecl1tica em torno de princípios pedag$gicos assentados nas pedagogias tradicional e renovada: >uricc*io, 3ígia / Hanual de tecnologia educacional, p ? W 2 uenzer, >c(cia Q e Hac*ado,3ucília I7,opcit,pA[ [ Para maior maiores es esc esclar lareci ecimen mentos tos,, cr cr >uricc >uricc*io *io,, 3ígia 3ígia de / Manual de tecnologia educacional; /liv /livei eira ra,, 0 > &ecnologia educacional # teorias da instrução
: 7o&re 7o&re a intr introdução odução da pedago pedagogia gia tecnic tecnicist ista a no Trasi Trasil, l, c c Freita reitag, g, T(r&ara Escola, Estado e 'ociedade ; arcia, 3a8mert 7 (esregulagens Educação, plane)amento Educação, plane)amento e tecnologia como erramenta social ; 2un*a, 3uis > Educação e desenvolvimento social no *rasil entre outros
%. Pedaoia proressis$a / termo 4progressista4, emprestado de 7n8ders9, 1 usado aqui para designar as tend"ncias que, partindo de uma an(lise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as fnalidades sociopolíticas da educação -videntemente a pedagogia progressista não tem como institucionalizar'se numa sociedade capitalista; daí ser ela um instrumento de luta dos pro' essores ao lado de outras pr(ticas sociais > pedagogia progressista tem'se maniestado em tr"s tend"ncias# a libertadora, mais con*ecida como pedagogia de Paulo Freire; a libert$ria, que
re6ne os deensores da autogestão pedag$gica; a cr+tico-social dos conteúdos que, dierentemente das anteriores, acentua a primazia dos conte6dos no seu conronto com as realidades sociais >s versões li&ertadora e li&ert(ria t"m em comum o antiautoritarismo, a valorização da experi"ncia vívida como &ase da relação educativa e a id1ia de
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autogestão pedag$gica -m unção disso, dão mais valor ao processo de aprendizagem grupal participação em discussões, assem&l1ias, votaçõesG do que aos conte6dos de ensino 2omo decorr"ncia, decorr"ncia, a pr(tica educativa somente az sentido numa pr(tica social %unto ao povo, razão pela qual preerem as modalidades de educação popular 4não'ormal4 > tend"n tend"ncia cia da pedago pedagogia gia crític crítico'so o'socia ciall dos conte6 conte6dos dos propõ propõe e uma síntese superadora das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação pedag$gica enquanto inserida na pr(tica social concreta -ntende a escola como mediação entre o individual e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conte6dos e a assimilação ativa por parte de um aluno concr concreto eto inser inserido ido num conte contexto xto de relaç relações ões soc sociai iaisG; sG; dessa dessa articu articulaç lação ão resulta o sa&er criticamente reela&orado 9 2 7n8ders, eorges Pedagogia progressista 3is&oa, -d >lmedina
%.1 Tend#ncia proressis$a !i"er$adora Papel Papel da escola escola ' Não 1 pr$prio da pedagogia li&ertadora alar em
ensi ensino no es esco cola lar, r, %( que que sua sua ma marrca 1 a atua atuaçã ção o 4não' 4não'o orrma mal4 l4 -ntr -ntret etan anto to,, proessores e educadores enga%ados no ensino escolar v"m adotando pres' supostos dessa pedagogia >ssim, quando se ala na educação em geral, diz' se que ela 1 uma atividade onde proessores e alunos, mediatizados pela realidade que apreendem e da qual extraem o conte6do de aprendizagem, atingem um nível de consci"ncia dessa mesma realidade, a fm de nela atuarem, num sentido de transormação social 5anto a educação tradicional, denomi denominad nada a 4&anc( 4&anc(ria ria44 ' que visa visa apenas apenas deposi depositar tar inor inormaç mações ões so&re so&re o alun aluno o ', quan quanto to a educ educaç ação ão renov enovad ada a ' que que pret preten ende deri ria a uma uma li&e li&ert rtaç ação ão psicol$gica individual ' são domesticadoras, pois em nada contri&uem para desvelar a realidade social de opressão > educação li&ertadora, ao contr(rio, questiona concretamente a realidade das relações do *omem com a natureza e co com m os outr outros os *ome *omens ns,, visa visand ndo o a uma uma tran transo sorrma maçã ção o ' dai dai se serr uma uma educação crítica.X Conteúdos de ensino ' +enominados ]temas geradores4, são extraídos
da pro& pro&le lema mati tiza zaçã ção o da pr(t pr(tic ica a de vida vida dos dos educ educan ando dos s /s co cont nte6 e6do doss tradicionais são recusados porque porque cada pessoa, cada grupo envolvido na ação peda pedag$ g$gi gica ca disp dispõe õe em si pr$p pr$pri rio, o, aind ainda a que que de or orma rudi rudime ment ntar ar,, dos dos conte6dos necess(rios dos quais se parte / importante não 1 a transmissão
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de conte6dos específcos, mas despertar uma nova orma da relação com a experi"ncia vivida > transmissão de conte6dos estruturados a partir de ora 1 considerada como 4invasão cultural4 ou ]dep$sito de inormaçãoLL porque não emer em erge ge do sa sa&e &err popu popula larr 7e or orem nece necess ss(r (rio ioss text textos os de leit leitur ura a es este tess deve deverã rão o se serr redig edigid idos os pelo peloss pr$p pr$pri rios os educ educan ando doss co com m a orie orient ntaç ação ão do educadorM -m nen*um momento o inspirador e mentor da pedagogia li&ertador Paulo Freire, deixa de mencionar o car(ter essencialmente político de sua pedagogia, o que, segundo suas pr$prias palavras, impede que ela se%a posta em pr(t pr(tic ica a em ter termos mos sist sistem em(t (tic icos os,, nas nas inst instit itui uiçõ ções es ofci ofciai ais, s, ante antess da transormação da sociedade +aí porque sua atuação se d" mais a nível da educação extra'escolar / que não tem impedido, por outro lado, que seus pressupostos se%am adotados e aplicados por numerosos proessores Mtodos de ensino ' 4Para ser um ato de con*ecimento o processo de
ala&e ala&etiz tizaçã ação o de adulto adultoss demand demanda, a, entre entre educad educador ores es e educan educandos dos,, uma relação de aut"ntico di(logo; aquela em que os su%eitos do ato de con*ecer se encontram mediatizados pelo o&%eto a ser con*ecido4 G 4/ di(logo enga%a ativamente a am&os os su%eitos do ato de con*ecer# educador'educando e educando'educador4 >ssim sendo, a orma de tra&al*o educativo 1 o 4grupo de discussão a quem ca&e autogerir a aprendizagem, defnindo o conte6do e a din)mico das atividades / proessor 1 um animador que, por princípio, deve ]descer ao nível dos alunos, adaptando'se =s suas características ^ ao desenvolvimento pr$prio de cada grupo +eve camin*ar 4%unto4, intervir o mínimo indisp indispens ens(ve (vel, l, em&or em&ora a não não se urte, urte, quando quando necess necess(ri (rio, o, a ornec ornecer er uma inormação mais sistematizada s
passos
da
aprendi"agem
'
2odi 2o difc fcaç ação ão'd 'dec ecod odif ifca caçã ção, o,
e
pro&l pro&lema ematiz tizaçã ação o da situaç situação ão ' permit permitirã irão o aos educan educandos dos um esor esorço ço de compreensão do 4vivido4, at1 c*egar a um nível mais crítico de con*ecimento e sua realidade, sempre atrav1s da troca de experi"ncia em torno da pr(tica social soc ial 7e nisso nisso consis consiste te o conte6 conte6do do do tra&a tra&al*o l*o educat educativo ivo,, dispen dispensam sam um progr programa ama previ previame amente nte estrut estrutur urado ado,, tra&a tra&al*o l*oss esc escrit ritos, os, aulas aulas expos expositi itivas vas assim ass im como como qualqu qualquer er tipo tipo de verifc verifcaçã ação o direta direta da aprend aprendiza izagem gem,, ormas ormas essas pr$prias da 4educação &anc(ria4, portanto, domesticadoras -ntretanto admite'se a avaliação da pratica vivenciada entre educador'educandos no
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proc proces esso so de grup grupo o e, =s veze vezes, s, a auto autoav aval alia iaçã ção o eit eita a em ter termos mos dos dos compromissos compromissos assumidos com a pratica social !elacionamento proessor-aluno ' No di(logo, como m1todo &(sico, a
relação 1 *orizontal, onde educador e educandos se posicionam como su%eitos do ato ato de co con* n*ec ecim imen ento to / crit crit1r 1rio io de &om &om relac elacio iona name ment nto o 1 a 4_ tota totall identifcação com o povo, sem o que a relação pedag$gica perde consist"ncia -limina'se, por pressuposto, toda relação de autoridade, so& pena de esta invia&ilizar o tra&al*o de conscientização, de 4aproximação de consci"ncias4 5rata'se 5rata'se de uma 4não'diretividade4, mas não no sentido do proessor proessor que se ausenta como em IogersG, mas que permanece vigilante para assegurar ao grupo um espaço *umano para 4dizer sua palavra4 para se exprimir sem se neutralizar Pressupostos de aprendi"agem ' > pr$pria designação de 4educação
pro&l pro&lema ematiz tizado adora4 ra4 como como corre correlat lata a de educaç educação ão li&ert li&ertado adora ra revel revela a a orça orça motivadora da aprendizagem > motivação se d( a partir da codifcação de uma uma situ situaç ação ão'p 'prro&le o&lema ma,, da qual qual se toma toma dist dist)n )nci cia a para para anal analis is(' ('la la crit criti' i' camente 4-sta an(lise envolve o exercício da a&stração, atrav1s da qual procuramos alcançar, por meio de representações da realidade concreta, a razão de ser dos atos4 >prender 1 um ato de con*ecimento da realidade concreta, isto 1, da situação real vivida pelo educando, e s$ tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade / que 1 aprendido não decorre de uma imposição ou memorização, mas do nível crítico de con*ecimento, ao qual se c*ega pelo processo de compreensão, reDexão e crítica / que o educando transere, em termos de con*ecimento, 1 o que oi incorporado como resposta resposta =s situaçõe situ açõess de opressão ' ou se%a, %a, seu enga%a en ga%ament mento o na milit)n mili t)ncia cia polític polí tica a Maniestaç#es na pr$tica escolar ' > pedagogia li&ertadora tem como
inspirador e divulgador Paulo Freire, que tem aplicado suas id1ias pesso' almente em diversos países, primeiro no 2*ile, depois na `rica -ntre n$s, tem tem exer exerci cido do uma uma inDu inDuen enci cia a expr expres essi siva va nos nos movi movime ment ntos os popu popula larres e sindicatos e, praticamente, se conunde com a maior parte das experi"ncias do que se denomina 4educação popular4 E( diversos grupos desta natureza que v"m atuando não somente no nível da pr(tica popular, mas tam&1m por meio me io de pu&l pu&lic icaç açõe ões, s, co com m relat elativ iva a inde indepe pend nd"n "nci cia a em relaç elação ão =s id1i id1ias as originais da pedagogia li&ertadora -m&ora as ormulações te$ricas de Paulo
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Freire se restrin%am = educação de adultos ou = educação popular em geral, muitos proessores v"m tentando coloc('l coloc(' las em em pr pr(tica em em to todos os os graus de ensino ormal .X 2 Freire, Paulo ção cultural como pr$tica de liberdade Pedagogia do primido e E/tensão ou comunicação0
%.% Tend#ncia proressis$a !i"er$+ria Papel da escola ' > pedagogia li&ert(ria espera que a escola exerça exerça uma
tran trans sor orma maçã ção o na pers person onal alid idad ade e dos dos alun alunos os num num se sent ntid ido o li&e li&ert rt(r (rio io e autoge autogesti stion on(ri (rio o > id1ia id1ia &(sica &(sica 1 intro introduz duzir ir modifc modifcaçõ ações es instit instituci uciona onais, is, a partir dos níveis su&alternos que, em seguida, vão 4contaminando4 todo o sistema > escola instituir(, com &ase na participação grupal, mecanismos institucio institucionais nais de mudança mudança assem&l1 assem&l1ias, ias, consel*os consel*os,, eleições, eleições, reuniões reuniões,, as' sociações etcG, de tal orma que o aluno, uma vez atuando nas instituições 4externas4, leve para l( tudo o que aprendeu /utra orma de atuação da pedagogia li&ert(ria, correlata ( primeira, 1 ' aproveitando a margem de li&erdade do sistema ' criar grupos de pessoas com princípios educativos autogestio autogestion(rio n(rioss associaç associações, ões, grupos grupos inormais, inormais, escolas escolas autogesti autogestion(r on(riosG iosG E(, portanto, um sentido expressamente político, = medida que se afrma o indivíduo como produto do social e que o desenvolvimento individual somente se realiza no coletivo > autogestão 1, assim, o conte6do e o m1todo; resume tanto o o&%etivo pedag$gico quanto o político > pedagogia li&ert(ria, na sua modalidade mais con*ecida entre n$s, a 4pedagogia institucional4, pretende ser uma orma de resist"ncia contra a &urocracia como instrumento da ação dominadora do -stado, que tudo controla proessores, programas, provas etcG, retirando a autonomia.. Conteúdos de ensino ' >s mat1rias são colocadas = disposição do aluno,
mas não são exigidas 7ão um instrumento a mais, porque importante 1 o con*ecimento que resulta das experi"ncias vividas pelo grupo, especialmente a viv"ncia de mecanismos de participação crítica 42on*ecimento4 aqui não 1 a inve invest stig igaç ação ão co cogn gnit itiv iva a do rea eal, l, par ara a extr xtrair air dele ele um siste istema ma de representações representações mentais, mas a desco&erta de respostas respostas as necessidades e =s exig"ncias da vida social >ssim, os conte6dos propriamente ditos são os que resultam de necessidades e interesses maniestos pelo grupo e que não são, necess(ria nem indispensavelmente, as mat1rias de estudo
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Mtodo de ensino - B na viv"ncia grupal, na orma de autogestão, que
os alunos alunos &uscar &uscarão ão encon encontra trarr as &ases &ases mais mais satis satisat$ at$ria riass de sua pr$pr pr$pria ia 4instituição4, graças = sua pr$pria iniciativa e sem qualquer orma de poder 5rata'se 5rata'se de 4colocar nas mãos dos alunos tudo o que or possível# o con%unto da vida, as atividades e a organização do tra&al*o no interior da escola menos a ela&oração dos programas e a decisão dos exames que não de' pendem nem dos docentes, nem dos alunosG4 /s alunos t"m li&erdade de tra&al*ar ou não, fcando o interesse pedag$gico na depend"ncia de suas necessidades ou das do grupo / progresso da autonomia, excluída qualquer direção de ora do grupo, se d( num 4crescendo4# primeiramente a oportunidade de contatos, a&er' turas, relações inormais entre os alunos -m seguida, o grupo começa a se organizar, de modo que todos possam participar de discussões, cooperativas, assem&l1ias, isto 1, diversas ormas de participação e expressão pela palavra; quem quiser azer outra coisa, ou entra em acordo com o grupo, ou se retira No ter erce ceir iro o mome momen nto, to, o grupo upo se organi ganizza de or orma mais ais eet eetiv iva a e, fnalmente, no quarto momento, parte para a execução do tra&al*o !elação proessor-aluno ' > pedagogia institucional visa 4em primeiro
lugar, transormar a relação proessor'aluno no sentido da não'diretividade, isto 1, considerar desde o início a inefc(cia e a nocividade de todos os m1todos = &ase de o&rigações e ameaças4 -m&ora proessor e aluno se%am desiguais e dierentes, nada impede que o proessor se pon*a a serviço do aluno, sem impor suas concepções e id1ias, sem transormar o aluno em ]o&%eto4 / proessor 1 um orientador e um catalisador, ele se mistura ao grupo para uma reDexão em comum 7e os alunos são livres rente ao proessor, tam&1m este o 1 em relação aos alunos ele pode, por exemplo, recusar'se a responder uma pergunta, permanecendo em sil"ncioG -ntretanto, essa li&erdade de decisão tem um sentido &astante claro# se um aluno resolve não participar, o az porque não se sente integrado, mas o grupo tem responsa&ilidade so&re so&re este ato e vai se colocar a questão; quando o proessor se cala diante de uma pergunta, seu sil"ncio tem um signifcado educativo que pode, por exemplo, ser uma a%uda para que o grupo assuma a resposta ou a situação criada No mais, ao proessor proessor ca&e a unção de 4consel*eiro4 e, outras vezes, de instrutor'monitor instrutor'monitor = disposição do grupo -m nen*um momento esses pap1is do proessor se
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conundem com o de 4modelo4, pois a pedagogia li&ert(ria recusa qualquer orma de poder ou autoridade Pressupostos de aprendi"agem ' >s ormas &urocr(ticas das instituições
existentes, por seu traço de impessoalidade, comprometem o crescimento pessoal > "nase na aprendizagem inormal, via grupo, e a negação de toda orma orma de repr repress essão ão visam visam avor avorece ecerr o desenv desenvolv olvime imento nto de pessoa pessoass mais mais livres > motivação est(, portanto, no interesse em crescer dentro da viv"ncia grupal, pois supõe'se que o grupo devolva a cada um de seus mem&ros a satisação de suas aspirações e necessidades 7omente o vivido, o experimentado 1 incorporado e utiliz(vel em si' tuações novas >ssim, o crit1rio de relev)ncia do sa&er sistematizado 1 seu possível uso pr(tico Por isso mesmo, não az sentido qualquer tentativa de avaliação da aprendizagem, ao menos em termos de conte6do /utras /utras tend"n tend"ncia ciass pedag$ pedag$gic gicas as corre correlat latas as ' > pedago pedagogia gia li&ert li&ert(ri (ria a a&range quase todas as tend"ncias antiautorit(rias em educação, entre elas, a anarquista, a psicanalista, a dos soci$logos, e tam&1m a dos proessores progr progress essist istas as -m&or -m&ora a Nei Neill ll e Iogers ogers não possam possam ser consid considera erados dos pro' pro' gressistas conorme entendemos aquiG, não deixam de inDuenciar alguns li&ert(rios, como 3o&rot -ntre os estrangeiros devemos citar !asquez c /ur8 entr entre e os ma mais is rec ecen ente tes, s, Ferr errer 8 uar uardi dia a entr entre e os ma mais is anti antigo gos s Par' ticularmente signifcativo 1 o tra&al*o de 2 Freinet, que tem sido muito estudado entre n$s, existindo inclusive algumas escolas aplicando seu m1' todol? -ntre os estudiosos e divulgadores da tend"ncia li&ert(ria pode'se citar Haur Hauríc ício io 5ra rag gten ten&er &erg, ape apesa sarr da tJni tJnicca de seus eus tra&al a&al*o *oss não não ser propriamente pedag$gica, mas de crítica das instituições em avor de um pro%eto autogestion(rio autogestion(rio .. 2 3o&rot &rot,, Hic* Hic*el el Peda Pedago gog+ g+a a inst instit ituc ucio iona nal, l, la escu escuel ela a 1aci 1acia a la autogestión.
.? 2, a esse respeito, 7n8ders, Para onde vão as pedagogias nãodiretivas0
%.' Tend#ncia proressis$a ,cr-$ico socia! dos con$edos/ Papel da escola ' > diusão de conte6dos 1 a tarea primordial Não
conte6 conte6dos dos a&str a&strato atos, s, mas vivos vivos,, concr concreto etoss e, portan portanto, to, indiss indissoci oci(ve (veis is das
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realidades sociais > valorização da escola como instrumento de apropriação do sa&er 1 o mel*or serviço que se presta aos interesses populares, %( que a pr$pria escola pode contri&uir para eliminar a seletividade social e torn('la democr(tica 7e a escola 1 parte integrante do todo social, agir dentro dela 1 tam&1m agir no rumo da transormação da sociedade 7e o que defne uma pedagogia crítica 1 a consci"ncia de seus condicionantes *ist$rico'sociais, a unção da pedagogia 4dos conte6dos4 1 dar um passo = rente no papel transormador da escola, mas a partir das condições existentes >ssim, a condição para que a escola sirva aos interesses populares 1 garantir a todos um &om ensino, isto 1, a apropriação dos conte6dos escolares &(sicos que ten*am resson)ncia na vida dos alunos -ntendida nesse sentido, a educação 1 4uma atividade mediadora no seio da pr(tica social glo&al4, ou se%a, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do proessor e por sua pr$pria participação ativa, passa de uma experi"ncia inicialmente conusa e rag ragm ment entada ada sincr incr1t 1tic icaG aG a uma uma visã visão o sint1 int1ttica, ica, mais ais organ ganizad izada a e unifcada.@ -m síntese, a atuação da escola consiste na preparação do aluno para, o mundo adulto e suas contradições, ornecendo'l*e um instrumental, por meio da aquisição de conte6dos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade Conteúdos de ensino ' 7ão os conte6dos culturais universais que se
consti constituí tuíram ram em domíni domínios os de con*ec con*ecime imento nto relat relativa ivamen mente te autJno autJnomos mos,, in' corpor corporado adoss pela pela *umani *umanidad dade, e, mas perman permanent enteme emente nte reavalia eavaliado doss ace ace =s realidades sociais -m&ora se aceite que os conte6dos são realidades ex' teriores ao aluno, que devem ser assimilados e não simplesmente reinven' tados eles não são ec*ados e rerat(rios =s realidades sociais Não &asta que os conte6dos se%am apenas ensinados, ainda que &em ensinados, 1 preciso que se liguem, de orma indissoci(vel, = sua signifcação *umana e social -ssa maneira de conce&er os conte6dos do sa&er não esta&elece opo' sição entre cultura erudita e cultura popular, ou espont)nea, mas uma relação de continuidade em que, progressivamente, se passa da experi"ncia imediata e desorganizada ao con*ecimento sistematematizado Não que a primeira apreensão da realidade se%a errada, mas 1 necess(ria a ascensão a uma or orma de ela& ela&or oraç ação ão supe superi rior or,, co cons nseg egui uida da pelo pelo pr$p pr$pri rio o alun aluno, o, co com m a intervenção do proessor
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postura da pedagogia 2dos conteúdos2 ' >o admitir um con*ecimento
relat elativ ivam amen ente te autJ autJno nomo mo ' as assu sume me o sa sa&e &err co como mo tendo endo um co cont nte6 e6do do relativamente o&%etivo, mas, ao mesmo tempo, introduz a possi&ilidade de uma reavaliação crítica rente a esse conte6do 2omo sintetiza 7n8ders, ao mencionar o papel do proessor, trata'se, de um lado, de o&ter o acesso do alun aluno o ao aoss co cont nte6 e6do dos, s, liga ligand ndo'o o'oss co com m a exper xperi" i"nc ncia ia co conc ncrreta eta dele dele ' a continuidade; mas, de outro, de proporcionar proporcionar elementos de an(lise crítica que a%udem o aluno a ultrapassar a experi"ncia, os estere$tipos, as pressões diusas da ideologia dominante ' 1 a ruptura +essas considerações resulta claro que se pode ir do sa&er ao enga' %amento político, mas não o inverso, so& o risco de se aetar a pr$pria pr$pria especifcidade do sa&er e at1 cair'se numa orma de pedagogia ideol$gica, que 1 o que se critica na pedagogia tradicional e na pedagogia nova Mtodos de ensino - > questão dos m1todos se su&ordina = dos con'
te6dos# se o o&%etivo 1 privilegiar a aquisição do sa&er, e de um sa&er vinculado =s realidades sociais, 1 preciso que os m1todos avoreçam a cor' respond"ncia dos conte6dos com os interesses dos alunos, e que estes pos' sam recon*ecer nos conte6dos o auxílio ao seu esorço de compreensão da realidade pr(tica socialG >ssim, nem se trata dos m1todos dogm(ticos de transmissão do sa&er da pedagogia tradicional, nem da sua su&stituição pela desco&erta, investigação ou livre expressão das opiniões, como se o sa&er pudesse ser inventado pela criança, na concepção da pedagogia renovada /s m1todos de uma pedagogia crítico'social dos conte6dos não partem, entã então, o, de um sa sa&e &err arti artifc fcia ial, l, depo deposi sita tado do a part partir ir de ora ora,, nem nem do sa sa&e &err espont)neo, mas de uma relação direta com a experi"ncia do aluno, con' rontada rontada com o sa&er sa&er trazido trazido de ora ora / tra&al*o tra&al*o docente relaciona relaciona a pr(tica pr(tica vivida pelos alunos com os conte6dos propostos pelo proessor, momento em que se dar( a 4ruptura4 em relação = experi"ncia pouco ela&orada 5al ruptura apenas 1 possível com a introdução explícita, pelo proessor, dos elementos novos de an(lise a serem aplicados criticamente = pr(tica do aluno -m outras palavras, uma aula começa pela constatação da pr(tica real, *avendo, em seguida, a consci"ncia dessa pr(tica no sentido de reeri'la aos termos do cont co nte6 e6do do prop propos osto to,, na or orma de um co con nro ront nto o entr entre e a exper experi" i"nc ncia ia e a expli explicaç cação ão do proe proesso ssorr !ale dizer dizer## vai'se vai'se da ação ação = compreen compreensão são e da
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compreensão = ação, at1 a síntese, o que não 1 outra coisa senão a unidade entre a teoria e a pr(tica !elação proessor-aluno proessor-aluno ' 7e, como mostramos anteriormente, o co'
n*ecimento resulta de trocas que se esta&elecem na interação entre o meio natural, social, culturalG e o su%eito, sendo o proessor o mediador, então a relação pedag$gica consiste no provimento provimento das condições em que proessores proessores e alunos possam cola&orar para azer progredir essas trocas / papel do adulto 1 insu&stituível, mas acentua'se tam&1m a participação do aluno no proce processo sso /u se% se%a, a, o aluno, aluno, com sua exper experi"n i"ncia cia imedia imediata ta num conte contexto xto cultural, participa na &usca da verdade, ao conront('la com os conte6dos e modelos expressos pelo proessor proessor Has esse esorço do proessor pro essor em orientar, em a&rir perspectivas a partir dos conte6dos, implica um envolvimento com o estilo de vida dos alunos, tendo consci"ncia inclusive dos contrastes entre entre sua pr$pria cultura e a do aluno Não se contentar(, entretanto, em satisazer apenas as necessidades e car"ncias; &uscar( despertar outras necessidades, acelerar e disciplinar os m1todos de estudo, exigir o esorço do aluno, propor conte6dos e modelos compatíveis com suas experi"ncias vividas, para que o aluno se mo&ilize para uma participação ativa -videntemente o papel de mediação exercido em torno da an(lise dos conte6dos exclui a não'diretividade como orma de orientação do tra&al*o esco es cola lar, r, por por que que o di(l di(log ogo o adul adulto to'al 'alun uno o 1 desi desigu gual al / adul adulto to tem tem ma mais is experi"ncia acerca das realidades sociais, dispõe de uma ormação ao menos deve disporG para ensinar, possui con*ecimentos e a ele ca&e azer a an(lise dos conte6dos em conronto com as realidades sociais > não'diretividade a&andona os alunos a seus pr$prios dese%os, como se eles tivessem uma tend tend"n "nci cia a es espo pont nt)n )nea ea a alca alcanç nçar ar os o&%e o&%eti tivo voss es espe pera rado doss da educ educaç ação ão 7a&emos que as tend"ncias espont)neas e naturais não são ] naturaisM, antes são tri&ut(rias das condições de vida e do meio Não são sufcientes o amor, a aceitação, para que os fl*os dos tra&al*adores adquiram o dese%o de estudar mais, de progredir# 1 necess(ria a intervenção do proessor para levar o aluno a acredita acreditarr nas suas possi& possi&ilidad ilidades, es, a ir mais longe, longe, a prolonga prolongarr a experi"ncia vivida Pressupos Pressupostos tos de aprendi"ag aprendi"agem em ' Por um esorço pr$prio, o aluno se
recon recon*ec *ece e nos conte6 conte6dos dos e modelo modeloss soc sociai iaiss aprese apresenta ntados dos pelo pelo proe proesso ssor; r; assim, pode ampliar sua pr$pria experi"ncia/ con*ecimento novo se ap$ia
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numa estrutura cognitiva %( existente, ou o proessor proessor prov" a estrutura de que o aluno ainda não dispõe / grau de envolvimento na aprendizagem dependa tanto da prontidão e disposição do aluno, quanto do proessor e do contexto da sala de aula >prender, >prender, dentro da visão da pedagogia dos conte6dos, 1 desenvolver a capacidade de processar inormações e lidar com os estímulos do am&iente, organizando os dados disponíveis da experi"ncia -m conseqC"ncia, admite' se o princípio da aprendizagem signifcativa que supõe, como passo inicial, verifcar aquilo que o aluno %( sa&e / proessor precisa sa&er compreenderG o que os alunos dizem ou azem, o aluno precisa compreender o que o proessor procura dizer'l*es > transer"ncia da aprendizagem se d( a partir do momento momento da síntese, síntese, isto 1, quando quando o aluno supera supera sua visão visão parcial parcial e conusa e adquire uma visão mais clara e unifcadora Iesulta com clareza que o tra&al*o escolar precisa ser avaliado, não como %ulgamento defnitivo e dogm(tico do proessor, mas como uma com' prova provação ção para para o aluno de seu progr progress esso o em direçã direção o a noções noções mais siste' siste' matizadas Maniesta Maniestaç#es ç#es na pr$tica pr$tica escolar escolar ' / esorço de ela&oração de uma
pedagogia ]dos conte6dosM conte6dosM est( em propor propor modelos de ensino ensino voltados para a intera interação ção conte6 conte6dos dos'r 'real ealida idades des soc sociai iais; s; portan portanto, to, visand visando o avança avançarr em ter termos mos de uma uma arti articu cula laçã ção o do polí políti tico co e do peda pedag$ g$gi gico co,, aque aquele le co como mo extensão deste, ou se%a, a educação 4a serviço da transormação transormação das relações de prod produç ução ão4 4 >ind >inda a que que a curt curto o praz prazo o se es espe perre do pro proes esso sorr ma maio iorr con* co n*ec ecim imen ento to dos dos co cont nte6 e6do doss de sua sua ma mat1 t1ri ria a e o domí domíni nio o de or orma mass de transmissão, a fm de garantir maior compet"ncia t1cnica, sua contri&uição 4ser( tanto mais efcaz quanto mais se%a capaz de compreender os vínculos de sua pr(tica com a pr(tica social glo&al4, tendo em vista G 4a democrati' zação da sociedade &rasileira, o atendimento aos interesses das camadas populares, a transormação estrutural da sociedade &rasileira4.A +entro das lin*as gerais expostas aqui, podemos citar a experi"ncia pioneira, mas mais remota do educador e escritor russo, HaZarenZo -ntre os autor autores es atuais atuais citamo citamoss T 2*arlo 2*arlot, t, 7uc*od 7uc*odols olsZi, Zi, Hanaco Hanacord rda a e, de maneir maneira a especial, 7n8ders, al1m dos autores &rasileiros que vem desenvolvendo invest investiga igaçõe çõess relev relevant antes, es, destac destacand ando's o'se e +emerv +emerval al 7avia 7aviani ni Ieprese epresenta ntam m tam&1m as propostas aqui apresentadas os in6meros proessores da rede
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escolar p6&lica que se ocupam, competentemente, de uma pedagogia de conte6dos articulada com a adoção de m1todos que garantam a participação do aluno que, muitas vezes sem sa&er avançam na democratização do ensino para as camadas populares populares .@ 2 2 7avian 7aviani, i, +ermev +ermeval al Educação3 do senso comum 4 consci5ncia flosófca, p .?X; Hello, buiomar 6. de. Magistrio do 78 , p ?A; 2ur8, 2arlos
I 0 Educação e contradição3elementos..., p. 9:. .A 7aviani +ermeval Escola e democracia , p :@