UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE UNIDADE ACADÊMICA DE LETRAS - UAL DOCENTE – TÁSSIA TÁSSIA TAVARES TURNO – MANHÃ MANHÃ DISCIPLINA – TEORIA TEORIA DA NARRATIVA
EMANOELLE MARIA BRASIL DE VASCONCELOS
FICHAMENTO DO LIVRO “COMO ANALISAR NARRATIVAS” DA AUTORA
CÂNDIDA VILARES GANCHO
CAMPINA GRANDE – PB PB 2018
FICHAMENTO DO LIVRO “COMO ANALISAR NARRATIVAS” DA AUTORA
CÂNDIDA VILARES GANCHO GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São Paulo: Ática, 2002. INTRODUÇÃO O livro “Como analisar narrativas”, da autora Cândida Vilares Gancho traz uma
síntese, em forma de roteiro, que contém elementos imprescindíveis para a iniciação de uma leitura analítica e técnica de textos ficcionais, mais precisamente narrativas. Em linguagem simples e acessível para diversos público, mesmo aqueles que não sejam estudiosos do tema. A temática central, como o próprio título do livro permite a dedução por parte do leitor, o livro aborda assuntos relacionados com o gênero narrativo, os tipos de narrativas, perpassando perpassando pelos estudo dos cinco elementos principais da narrativa à saber enredo, personagens, personagens, tempo, espaço, espaço, ambiente e narrador, versando versando também os tipos de discurso discurso nas narrativas, em cada capítulo a autora traz exemplos retirados de obras literárias para ilustrar a teoria e por fim o livro termina com um roteiro de análise da narrativa. 1 – INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO DO LIVRO “COMO ANALISAR A NARRATIVA” Logo no início do primeiro primeir o capítulo Gancho, cita os cinco elemento da narrativa, ligando-os a perguntas que o autor perquiri quando ler ou escuta uma narrativa, são estas: O que aconteceu? Quem viveu os fatos? Como? Onde? Por quê?, enquanto que os elementos são enredo, personagens, tempo, espaço e narrador. A autora ainda destaca que a prática de narrar acompanhar o homem desde os primórdios da humanidade com a arte rupestre, criação de mitos até os dias atuais em diversos meios, a exemplo de novelas, filmes, peças teatrais, notícias, desenhos, mas que o foco do livro é analisar a narrativa literária e em prosa. Em seguida a autora conceitua de forma simples o que é o gêneros narrativo, como sendo um tipo de texto t exto literário, assim classificado de acordo com a sua estrutura. O livro apresenta classificação mais usual de texto literário divido em épicos, no qual se encontram as narrativas, tais como epopeias e prosas de ficção (ficção em um sentido
abrangente abrangente como aquilo que vem da imaginação), em líricos, lí ricos, que engloba a poesia lírica e em dramático aos quais pertencem as peça teatrais. No final do primeiro capítulo são apresentados apresentados ao leitor os principais tipos de narrativa em prosa: o romance (que são narrativas mais longas e que podem ainda ser classificados de acordo com as suas temáticas principais em romance de amor, psicológico, de aventura, policial ficção entre outros), a novela (que é mais curto e com uma narrativa mais veloz do que o romance, mas que também se difere da ideia que temos de novelas de TV), o conto (que tem como elemento central a condensação dos acontecimentos) e a crônica (que trata de temas leves do cotidiano em texto curto, mas que segundo a autora nem sempre vai trazer tr azer um narrativa completa). 2 - ELEMENTOS DA NARRATIVA No segundo capítulo a autora traz uma análise sobre os cinco elementos da narrativa citados anteriormente, pois a autora acredita que um estudo mais amplo de cada uma deste elementos facilitará a análise propriamente dita da narrativa. O primeiro elemento sobre o qual a autora discorre é o enredo, o conjunto de fatos que compõe a história. Gancho elege duas características fundamentais para serem analisadas dentro do enredo: a sua estrutura e a natureza ficcional. Começando por esta última a autora apresenta a necessidade de verossimilhança na narrativa, pois em que pese os fatos poderem ser inventados o leitor deve acreditar no que lê e isto ocorre devido a um desencadeamento lógico do texto, composto por uma causa que gera consequências. consequências. Na sequência sequência a autora trabalha trabalha com com o conceito de conflito, pois as as narrativas além de começo, meio e fim deve trazer também um conflito, que é um componente da estória que causa uma tensão e prende a atenção do leitor. Estes conflitos podem ser de diversas ordens, entre personagens, entre os personagens e o ambiente, religiosos, políticos, psicológicos, morais entre outros. Gancho propõe uma divisão do enredo baseada no conflito, são as partes deste: exposição / introdução / apresentação (coincide com o início da história), complicação / desenvolvimento (é o momento em que se desenvolve as tensões da narrativa), clímax (é o ponto máximo das tensões), desfecho / desenlace / conclusão (no qual se solucionam as problemáticas). Para encerrar o tópico do enredo a autora abre um subtítulo para discorrer especificamente especificamente sobre o enredo psicológico, uma vez que para Gancho este tipo de enredo tem uma peculiaridade em relação aos outros, os fatos e conflitos ocorrem mais no interior das personagens e não no mundo exterior.
Na sequência do capítulo 2 a autora continua a discorrer sobre os elementos da narrativa, mas desta vez se dedicando a análise dos personagens, este seres fictícios, que são responsáveis pelo acontecimentos do enredo. Após um breve definição a autora apresenta a classificação entre os personagens, com relação ao papel desempenhado no enredo: a) protagonista: personagem principal (que pode ser um herói ou anti-herói, a depender se ele tem características positivas superiores a dos outros personagens ou se estas são iguais ou inferiores aos dos demais, respectivamente e a autora destaca com exemplos que na literatura brasileira há muitos exemplos de anti-heróis, como os protagonistas de Memorias de Sargento de Milícia e Macunaíma); b) antagonista: é o personagem personagem que se contrapõe ao protagonista, conhecido como o vilão; c) personagens secundários: secundários: que tem uma menor participação e importância na história. Outra classificação dos personagens é quanto a caracterização: a) personagens planos, que não tem tem grandes transformações transformações nos seus atributos ao longo longo da história, este se dividem em dois, à saber o tipo, que é um personagem caracterizado com aspectos típicos e invariáveis, daqueles de quem o personagem representa, representa, o exemplo que a autora fornece aos leitores é o sertanejo, descrito por Euclides da Cunha, em Os sertões, a outra divisão de personagem planos são os caricaturas, que como o nome sugere são personagens personagens que foram concebidos com característica fixas e ridículas, utilizados especialmente em em textos o exemplo que a autora traz é o personagem personagem psicanalista, do livro Analista de Bagé, do autor Luís Fernando Veríssimo. Outra categoria dos personagens quanto a caracterização são os personagens redondos: mais complexos do que os planos, estes tem uma variedade maior de características como físicas, psicológicas, sociais, ideológicas, morais, neste ponto a autora fornecer como exemplo para o leitor a caracterização do personagem Botelho, da obra O cortiço, ainda tece algumas considerações importantes acerca deste tipo de personagem, personagem, a primeira é que o personagem pode ser visto de formas diferentes pelos outros personagens, a segunda que as características morais às vezes são mais difíceis de serem identificáveis, requerem a leitura de um parte consideráveis da narrativa para serem reconhecidas e por fim que estes personagens redondos podem sofrer mudanças consideráveis nas nuances da sua personalidade e características, de forma que a simples adjetivação não seria suficiente para caracteriza-los. O elemento seguinte trabalhado pela autora é o tempo da narrativa, desde o início Gancho deixa claro que o tempo tratado em sua obra será o tempo fictício da narrativa, do enredo. Então a escritora divide em quatro quatro tópicos, o primeiro intitulado de época época em
que se passa a história, que é a época em que a história se passa, cuja nem sempre sempr e coincide com o tempo em que a obra foi escrita. O segundo nomeado duração da história, que o tamanho de período de tempo que a história prolongar-se, podendo ser mais curta ou longa, como por exemplo o que acontece respectivamente com contos e romances, estes últimos podem o tempo pode ser dilatados através de gerações de uma família, como ocorre em “Cem anos de solidão ” e “O tempo e o vento”, para identificar este tempo a autora sugere, que que o leitor procure as marcações marcações temporais. O terceiro tópico é o tempo cronológico, que se relaciona com o enredo linear, ou seja, uma história que segue a ordem natural dos acontecimentos. E o quatro e último tópico é o tempo psicológico, que ao contrário do cronológico, estar ligado ao enredo não-linear, os acontecimentos são narrados segundo a vontade do narrador ou dos personagens e não pela ordem natural, como exemplo deste a autora traz um trecho do clássico da literatura nacional, Memorias póstumas de Brás Cuba, Gancho ainda destaca que uma técnica utilizada neste tipo de tempo é flashback. Na sequência sequência a autora adentra adentra na análise do espaço, espaço, que é o lugar no qual se passa a narrativa, este pode variar e tem como principal função f unção servir de local de interação entre os personagens. Mas só será utilizado o termo espaço quando se tratar de lugar físico, para designar o espaço que tem características psicológicas, socioeconômica, socioeconômica, morais utiliza-se o termo ambiente, ou seja, chama-se de ambiente a convergência do tempo e espaço somado ao clima que envolve os personagens. Funções do ambiente: serve para situar os personagens no contexto em que vivem, refletem os conflito vividos pelos personagens, podem também faz um contraste ou contraponto com os personagens, personagens, que possuem características antagônicas ao ambiente, ainda pode ser uma função deste fornecer indícios i ndícios do desfecho do enredo. No tópico seguinte a autora elenca alguns atributos utilizados para caracterizar o ambiente: época, na qual os fatos da história ocorrem; características físicas, que compõe o espaço; e as característica socioeconômicas, psicológicas, morais e religiosas dos personagens. personagens. Em seguida, Gancho, trata de abordar um importante elemento da narrativa, o narrador, que é responsável por estruturar, em outras palavras, prover a forma da história. Para versar sobre a analise deste podem ser empregados termos como foco narrativo e ponto de vista, que se referem a perspectiva, da qual o narrador se aloca frente aos fatos narrados.
A autora divide os narradores em dois tipos, que são: terceira pessoa, o narrador que se localiza fora dos fatos narrados, por isso é chamado também de narrador observador e tem como características a onisciência e onipresença, além de certa imparcialidade e o outro tipo de narrador é o de primeira pessoa ou narrador personagem, personagem, que faz parte diretamente do enredo, participando e agindo sobre eles, bem como sendo influenciado por este. Gancho ainda apresenta algumas variantes destes dois tipos de narradores. Quanto ao narrador em terceira pessoa, se divide em dois, à saber, o narrador intruso, aquele que emite juízos de valores sobre os acontecimentos acontecimentos e personagens, além de conversar com o leitor e o narrador parcial, este de forma implícita e camuflada, defende a perspectiva de um personagem, um dos meios utilizados para isto é promover um destaque maior para determinado personagem personagem dentro da história. Enquanto que o narrador em primeira pessoa podem variar, para narrador testemunha ou narrador protagonista, que como o nome induz este é quando o narrador é o personagem protagonista, já aquele é um narrador que embora seja personagem, não é o principal da história. No final do segundo capítulo a autora destaca a diferença entre narrador e autor, os dois não se confundem, o primeiro é uma ficção, criação da imaginação do autor, por isso é imprudente tomar a perspectiva do narrador como a mesma do autor, não como definir o limite entre a realidade e ficção. fi cção. 3 – TEMA-ASSUNTO-MENSA TEMA-ASSUNTO-MENSAGEM GEM No terceiro capítulo de título “Tema – Assunto Assunto –Mensagem”, a autora discorre
sobre a distinção destes três conceitos, que formam o título. O tema é a ideia central e abstrata, que servirá de substrato para o desenvolvimento do enredo, o assunto é a materialização do tema nos fatos que compõe o enredo, diferente do tema é concreto e por fim a mensagem é lição lição ou conclusão que pode ser retirada da narrativa. narrativa. De maneira didática assim como ao longo do livro inteiro, Gancho expõe um exemplo analisando estes três conceitos na obra “Senhora”, de José de Alencar, mais uma vez priorizando narrativas de autores brasileiros, a escrito ra de “Como analisar a narrativa” ainda sistematiza esta análise, explicitando que o tema de “Senhora” é: amor
x ambição
(dinheiro), o assunto é: casamento e a vida conjugal de Aurélia e Fernando, enquanto que a mensagem é: amor é mais forte que a ambição.
4 – DISCURSOS DISCURSOS O quarto capítulo é dedicado a análise do discurso da narrativa. Na pequena introdução do capítulo a autora afirma que há pelo menos dois níveis de linguagens, à saber, a fala do narrador e dos personagens. Sem menospreza a possibilidade de diversas formas de linguagens que podem variar de acordo o nível social e conhecimento intelectual dos personagens, mas neste capítulo Gancho destaca os modos de que o narrador dispõe para que os personagens se expressem e sejam apresentados. Assim ao longo do capítulo quatro, são tecidas explicações sobre o discurso direto e indireto, bem como as suas variantes. A autora começa pelo discurso direto, que é quando o personagem fala diretamente, não é mediado pelo narrador, este não interfere na fala do discurso direto. Tem alguns recursos para registrar o este discurso, a mais convencional é formada por um verbo de elocução, seguido da pontuação conhecida como dois pontos e na outra linha, após um travessão é introduzida a fala do personagem. As variantes desta maneira mais convencional de discurso direto, o personagem fala diretamente sem a introdução de verbo de elocução e o narrador especifica após a fala, quem foi o personagem que se pronunciou. A fala do personagem pode vir isoladas com outros sinais de d e pontuação e ainda a narrativa pode ter uma sucessão de falas, sem a interferência do narrador, o único indício de alteração de personagem é a mudança da linha, iniciada pelo sinal de pontuação travessão. Outra forma ainda de utilização do recurso direto é a colocação da fala do personagem personagem na mesma linha da da narração, depois depois de dois pontos, pontos, entre aspas. aspas. Após discorrer sobre o discurso direto, a autora trata de falar sobre o discurso indireto, que ocorre quando a fala do personagem é feita através do narrador, este último é um mediador, espécie de intermediário entre o personagem e o leitor, a linguagem utilizada é a do narrador e não a do personagem, para exemplificar o tema um trecho da obra “O triste fim de Policarpo Quaresma”, de Lima Barreto. Na sequência Gancho afirma
ser um exercício comum nas escolas a transformação do discurso direto em indireto e vice-versa, depois ela apresenta de forma didática uma tabela com exemplos das mudanças necessária para realizar tal mudança, mostrando algumas das dificuldades enfrentadas pelos alunos. Para encerrar o capítulo a autora aborda a diferenciação entre o discurso indireto livre e das outras formas de discursos abordadas anteriormente, no indireto livre, apesar de ser s er intermediado pelo narrador, conserva marcas da oralidade dos personagens, este tipo de discurso geral não apresentam os termos “que” e “se”, nem
verbos de elocução, utilizados para expressar pensamentos pensamentos são expressos na estrutura da terceira pessoa. 5 – ALGUMAS ALGUMAS QUESTÕES PRÁTICAS SOBRE A ANÁLISE ANÁ LISE DE NARRATIVAS No quinto capítulo, intitulado “Algumas questões práticas sobre de análise
de
narrativas”, depois de ter tecido comentários sobre a teoria, incluindo os elementos que
compõe a narrativa, a autora arremata o assunto abordando algumas questões gerais gerais para auxiliar no caminho de analisa da narrativa. A princípio a autora diferencia alguns comandos, que podem ser pedidos na atividade da análise da narrativa, como identificar, comentar, relacionar ou comparar os elementos da história, analisar partes da obra, tirando conclusões destas, destas, interpretar e o dar opiniões, que permite uma posição mais crítica. Quanto a citação de trecho da obra, para a realização de atividades de análise da narrativa, a autora afirma que nem sempre é obrigatória, estas partes podem ser resumidas nas palavras do leitor, mas no caso de necessidade ou opções do analista é imprescindível utilizar recursos tais como aspas e reticencias para reduzir ou suprimir algum trecho da parte citada, além além de referenciar a fonte bibliográfica. Em seguida a autora faz uma análise de um texto de Rubens Fonseca, intitulado “Passei Noturno”, primeiro Gancho identifica e expõe partes do enredo, o começo e o
clímax da história, bem como as decorrências destes, que são as complicações e desfecho. Despois a autora se detém a identificação e caracterização dos personagens, que deve ser feito como os outros personagens enxergam uns aos outros e não o que o leitor julgar acerca dos personagens. Uma observação importante, que Gancho coloca que o leitor deve tentar descrever os personagens com as suas próprias palavras e não apenas retirando fragmentos descritivos do texto, pois as ações do personagem também serve para caracteriza-lo. Depois a autora ainda analisa o tempo e o ambiente, este último caracterizado pela época, situação econômica/política, moral, região, localização geográfica e clima psicológico, bem como identifica o narrador, o tema, o assunto (a autora sugere começar por este, devido a sua concretude, ao invés do tema que abstrato) e a mensagem, além do discurso presentes no conto “Passeio Noturno” , quanto ao discurso deve-se retirar fragmentos da obra para demonstra o discurso predominante. Na sequência sequência do capítulo capítulo a autora apresenta um modelo de roteiro para análise análise da narrativa, que ela frisa bem que não é o único possível, que pode ter a estrutura modificada de acordo com as experiências do leitor. Sobre este roteiro, pode-se observar que se divide
em dois momentos diferente: uma antes da análise, que engloba leitura, marcações, procura de palavras no dicionário e anotações das primeira impressões e dados preliminares da obra analisada, ou outro momento é a análise propriamente dita, composta da identificação dos elementos da narrativa (enredo, personagens, tempo, ambiente e narrador), do tema, assunto e mensagem, bem como do discurso predominante e a opinião crítica do leitor. E para encerrar o capítulo a autora traz alguns exercício para ser desenvolvidos pelos leitores, acerca da temática do livro, o que serve para sedimentar o conhecimento, através da participação ativa, daquele que após a leitura da teoria tem as informações básicas para realizar a análise de narrativas. O primeiro exercício a ser desenvolvido desenvolvido é a criação de roteiro de análise de uma narrativa de Machado M achado de Assis , intitulada “Pai contra mãe”, despois desta atividade são propostos exercícios sobre o discurso direto, indireto,
indireto livre e passagem de forma de discurso para outra. 6 – VOCABULÁRIO VOCABULÁRIO CRÍTICO No penúltimo capítulo do livro “Como analisar a narrativa”, Gancho dispõe para
o leitor um pequeno vocabulário vocabulário crítico, de termos que estão presentes na sua obra. Esta inciativa, característica da “Série Princípios”, auxilia o leitor em uma leitura mais
profunda e na melhor compreensão compreensão do que é abordado nos livros da coleção. 7 – BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA COMENTADA No sétimo capítulo, a autora traz um arrolamento de obras, obras, que podem facilitar o aprofundamento do tema do livro, ou seja, a análise da narrativa das histórias, caso o leitor queira enriquecer os seus conhecimentos. Contudo a autora não simplesmente elenca livros para uma bibliografia complementar, ela comenta qual a importância e para o que servirá aquela obra, possibilitando o leitor uma leitura e pesquisa direcionada. direcionada. CONCLUSÃO Depreende-se da lei tura e do fichamento das ideias centrais do livro “Como analisar a narrativa” que a autora trabalha de forma didática, recorrendo sempre a
exemplos, que utilizam como substrato para a análise, fragmentos de obras que compõe
o acervo da literatura brasileira, com grandes nomes como Machado de Assis, José de Alencar, Lima Barreto, Jorge Amado entre outros. Foi possível observar que Gancho além de revisar conteúdos visto por alunos do ensino médio, na disciplina de português, almeja aprofundar e exemplificar conceitos teóricos. De forma que apesar da língua simples, acessível para um público mais amplo do que o acadêmico de letras, a autora não fica no superficial de cada conceito, que constitui o elemento da narrativa. A autora mostra o caminho e fazendo o leitor construir o conhecimento necessário para analisar uma narrativa, sob uma perspectiva menos ingênua e mais técnica. REFERÊNCIA GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. São Paulo: Ática, 2002.