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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO DO LIVRO " LIBRAS, QUE LÍNGUA É ESSA ?"
O livro da professora Audrei Gesser inicia sua obra com um breve questionamento sobre é Libras, que língua é essa? Além de abordar sobre essa temática, a autora faz um breve dialogo sobre os diversos questionamentos que acercam sobre a língua de sinais, desmitificando algumas crenças que envolvem esse universo e a valorização da importância da libras para transmissão e inclusão dos surdos antes desprezados no seio preconceituoso da sociedade. Inicialmente o principal objetivo da autora está na reflexão sobre algumas questões relativas à área da surdez, pensando especificamente a relação do ouvinte com esse outro mundo, dialogando com o leitor de forma didática, os grandes tabus que acercam esse universo. No primeiro capitulo intitulada “a língua de sinais” a autora faz um breve esboço das diversas questões como a universalização da língua de sinais, respeitando a variação regional e a derrubada da falsa alusão entre a língua de sinais a mímica. Posteriormente nesse mesmo capitulo a autora faz uma importante diferenciação da ASL e Pantomimas, ambas inicialmente formuladas para a construção da língua de sinais. ASL criada nos Estados Unidos por William Stokoe em 1960, onde possuía características semelhantes às da língua oral. A característica da pantomimas é expressamente gestual, ou seja, o objeto era representado tal como existe na realidade (associação) elevando assim o maior tempo para a sua locução. Outro fator fundamental neste capitulo está na explicação sequencial dos parâmetros e suas respectivas criações para o entendimento geral do surdo e do oralizado. Na finalização deste capitulo a autora faz um breve histórico sobre o surgimento dos primeiros defensores de uma educação voltada para os s urdos, através dos sinais. No segundo capitulo a autora foca no principal sujeito: o surdo, onde faz a reafirmação reafirm ação de uma ideia contestada pelo povo surdo nas ultimas décadas, a negação de deficiência, onde o déficit de audição não traz o conceito de ser excepcional, já que pessoas surdas tem a exata compreensão nas relações culturais e sociais, artísticas, artísticas, ou seja, “os surdos falam com as mãos não fazem barulho, não emitem som”. Outro fator importante é a inserção da educação escolar es colar para crianças surdas, principalmente na transmissão da língua portuguesa, salvo através de didáticas direcionadas e professores interpretes. No terceiro e ultimo capitulo faz uma ressalva sobre o problema da surdez e suas crenças. A relação da medicina e da sociedade em tratar a surdez como problema, provocando
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às vezes um desajuste social e individual para o ser, abrindo assim um leque na contestação do ser deficiente. Outros pontos essenciais abordados neste capitulo esta na explicação sobre os níveis de surdez, os fatores que ajudam ou não para o surgimento da surdez no feto(bebê) e os diversos tratamentos sugeridos pela medicina em amenizar a surdez, como o implante coclear e os aparelhos auditivos, ambos contestados na eficácia pela comunidade surda. Na finalização do livro, a autora faz uma ressalva importante sobre o atual momento em que vivemos no tocante dos direitos para o surdo. Além do processo de discurso e de politicas inclusivas, tentando trazer uma garantia para a formação do surdo, a autora é enfática em afirmar que a realidade ainda está longe, ou seja, o discurso de dizer e fazer, é importante ressaltar que, é preciso não só valorizar o surdo e suas “limitações” é preciso legitima-los socialmente, quebrando as arestas que delimitam ao anseio politico e educacional, não mascarando uma problemática bastante evidente.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA:
GESSER, A. Libras? Que língua é essa? São Paulo: Parábola Editorial, 2009. 87 p.