Fichamento de: GEERTZ, Cliford. A interpretação das Culturas. I e II artes.
Capítulo 1 - Uma Descrição Densa: por uma teoria interpretative da cultura
p.!" #$ conceito de cultura %ue eu de&endo ' essencialmente semi(tico. Acreditando, Acreditando, como )a* +eer, %ue o homem ' um animal amarrado a teias de si-nicados %ue ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo essas teias e a sua an/lise0 portanto, não como uma ci1ncia e*perimental em usca de leis, mas como uma ci1ncia interpretati2a, interpretati2a, 3 procura procura do si-nicado. 4e-undo a opinião dos li2ros te*tos, praticar a etno-raa ' estaelecer relaç5es, selecionar in&ormantes, transcre2er transcre2er te*tos, le2anter -enealo-ias, mapear campos, manter um di/rio, e assim por diante. )as não são essas coisas, as t'cnicas e os processos determinados, determinados, %ue denem o empreendimento. empreendimento. $ %ue o dene ' o tipo de es&orço intelectual %ue ele representa: um risco elaorado para uma #descrição densa6, tomando emprestada uma noção de Gilert R7le. p. !8 Entre o %ue R7le chama de #descrição supercial6 do %ue o ensaiador 9; est/ &a
?os escritos etno-r/cos acaados 9;, esse &ato @ de %ue o %ue chamamos de nossos dados são realmente nossa pr(pria pr(pria construção das construç5es de outras pessoas, do %ue elas e seus compatriotas se prop5em @ est/ oscurecido, pois a maior parte do %ue precisamos para compreender um acontecimento particular, um ritual, um costume, uma id'ia, ou o %ue %uer %ue se=a est/ insinuado como in&ormação de &undo antes da coisa em si mesma ser e*aminada diretamente. 9; Isso le2a 3 2isão da pes%uisa antropol(-ica antropol(-ica como uma ati2idade mais oser2adora e menos interpretati2e interpretati2e do %ue ela realmente '. em no &undo da ase &atual, a rocha dura, se ' %ue e*iste uma, de todo o empreendimento, n(s =/ estamos e*plicando e*plicando e, o %ue ' pior, e*plicando e*plicando e*plicaç5es.
A an/lise ', portanto, escolher entre as estruturas de si-nicação e determinar sua ase social e sua importBncia. p.D $ %ue o etno-r/&o en&renta, de &ato, ' uma multiplicidade de estruturas conceptuais comple*as, muitas delas sorepostas ou amarradas umas 3s outras, %ue são simultaneamente estranhas, irre-ulares e ine*plcitas, e %ue ele tem %ue, de al-uma &orma, primeiro apreender e depois apresentar. A cultura, esse documento de atuação, ' portanto plica. 9; $ prolema se a cultura ' uma conduta padroni
e*peri1ncia pessoal. 9; ?ão estamos procurando tornarnos nati2os 9; ou copi/los. $ %ue procuramos, no sentido mais amplo do termo, %ue compreende muito mais do %ue simplesmente &alar, ' con2ersar com eles. p. K Listo so esse Bn-ulo, o o=eti2o da antropolo-ia ' o alar-amento do uni2erso do discurso humano. 9; esse ' um o=eti2o ao %ual o conceito de cultura semi(tico se adapta especialmente em. Como sistemas entrelaçados de si-nos interpret/2eis 9;, a cultura não ' um poder, al-o ao %ual podem ser atriudos casualmente os acontecimentos sociais, os comportamentos, as instituiç5es ou os processos0 ela ' um conte*to, al-o dentro do %ual eles podem ser descritos de &orma inteli-2el @ isto ', descritos com densidade. ?ada mais necess/rio para compreender o %ue ' a interpretação antropol(-ica, e em %ue -rau ela ' uma interpretação, do %ue a compreensão e*ata do %ue ela se prop5e di
smolos #em seus pr(prios termos6, -anhamos acesso emprico a eles inspecionando os acontecimentos e não arrumando entidades astratas em padr5es unicados. Como em %ual%uer discurso, o c(di-o não determina a conduta, e o %ue &oi ditto não precisa2a s1lo, na 2erdade. p.> Em %ue consiste um tipo de interpretação antropol(-ica: traçar a cur2a de um discurso social0 */lo numa &orma inspecion/2el. $ etn(-ra&o #inscre2e6 o discurso social: ele o anota. Ao &a
aldeias #tpicas6 ' um asurdo 2is2el. $ %ue se encontra em pe%uenas cidades e 2ilas ', por sinal, a 2ida de pe%uenas cidades e 2ilas. $ locus do estudo não ' o o=eto do estudo. $s antrop(lo-os não estudas as aldeias 9...;, eles estudam nas aldeias. p.JJ A -rande 2ariação natural de &ormas culturais ', sem d2ida, não apenas o -rande 9e desperdiçado; recurso da antropolo-ia, mas o terreno do seu mais pro&udo dilema te(rico: de %ue maneira tal 2ariação pode en%uadrarse como unidade iol(-ica da esp'cie humanaS $ %ue ' importante nos achados do antrop(lo-o ' sua especicidade comple*a, sua circunstancialidade. P =ustamente com essa esp'cie de material produ
nossos su=eitos, de &orma a podermos, num sentido um tanto mais amplo, concersar com eles. A tensão entre o ost/culo dessa necessidade de penetrar num uni2erso não&amiliar de ação sim(lica e as e*i-1ncias do a2anço t'cnico na teoria da cultura, entre a necessidade de apreender e a necessidade de analisar, ', em conse%u1ncia, tanto necessariamente -rande como asicamente irremo22el. 9...; Como não se pode desli-ar das imediaç5es %ue a descrição minuciosa apresenta, sua lierdade de modelarse em termos de uma l(-ica interna ' muito limitada. As principais contriuiç5es te(ricas não estão apenas nos estudos especcos 9...;, mas ' muito di&cil astralas desses estudos e inte-r/las em %ual%uer coisa %ue se poderia chamar #teoria cultural6 como tal. p.J não se pode escre2er uma Teoria Geral de Interpretação Cultural6 9...;, pois a%ui a tare&a essencial da construção te(rica não ' codicar re-ularidades astratas, mas tornar poss2eis descriç5es minuciosas0 não -enerali
ci1ncias e*perimentais ou oser2acionais entre #descrição6 e #e*plicação6 a%ui aparece como sendo, de &orma ainda mais relati2a, entre #inscrição6 9#descrição densa6; e #especicação6 9#dia-nose6; entre anotar o si-nicado %ue as aç5es sociais particulares t1m para os atores cu=as aç5es elas são e armar, tão e*plicitamente %uanto nos &or poss2el, o %ue o conhecimento assim atin-ido demonstra sore a sociedade na %ual ' encontrado e, al'm disso, sore a 2ida social como tal. ?ossa dupla tare&a ' descorir as estruturas conceptuais %ue in&ormam os atos dos nossos su=eitos, o #dito6 no discurso social, e construir um sistema de an/lise em cu=os termos o %ue ' -en'rico a essas estruturas, o %ue pertemce a elas por%ue são o %ue são, se destacam contra outros determinantes do comportamento humano. p.JN Hm repert(rio de conceitos muito -erais, &eitosnaacademia e sistemas de conceitos #inte-ração6, #racionali A an/lise cultural ' intrinsecamente incompleta e, o %ue ' pior, %uanto mais pro&unda, menos completa. / uma s'rie de caminhos para &u-ir a isso @ trans&ormar a cultura em &olclore e colecion/lo, trans&orm/la em traços e cont/los, trans&orm/la em instituiç5es e classic/las, tran&orm/la em estruturas e rincar com elas. Toda2ia, isso são &u-as. $ &ato ' %ue omprometerse com um conceito semi(tico de cultura e uma aorda-em interpretati2a do seu estudo ' comprometerse com uma 2isão da armati2a etno-r/ca como #essencialmente contest/2el6.
Capítulo 2 – O impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem
Ueitura dos sistemas sim(licosa partir dos atos. escriç5es, cção