Os estudos com videiras no Instituto Agronômico de Campinas iniciaram-se praticamente com a fundação da Imperial Estação Agronômica. Este ponto de par...
Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócioss de Frutas Agronegócio MELHORAMENTO Melhoraento Melhoraen to da !ideira “Meu amigo possuía uma vinha numa encosta fértil. Lavrou a terra e tirou tirou dela as pedras: Plantou-a com variedades selecionadas.” "#sa$as% &'(%)* Te+to, Celso !- Poer
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As.ectos Históricos
Os estudos com videiras no Instituto gron!mico de "ampinas iniciaram-se praticamente com a funda#$o da Imperial %sta#$o gron!mica. %ste ponto de partida tam&ém tem a ver com o melhoramento dessa planta' pois' por encomenda direta de (afert' primeiro diretor do )rg$o' foram importadas variedades americanas e européias' cu*o o plantio se deu em *aneiro de +, / 0"1O "2L"34I' +,56. 3$o tardaram a aparecer os primeiros relatos so&re a aclimata#$o dos mais de tre7entos cultivares plantados: (8%94 L%1M3 /+,56 informaram o comportamento dos +;< cultivares =ue so&reviveram na cole#$o' concluindo “=ue as vinhas francesas em geral s$o muito menos resistentes do =ue as a s americanas”. 4am&ém 4am&ém nos tra&alhos tra&alhos iniciais com videiras est> o relato da ocorr?ncia da filo@era /(aAtulosphaira vitifoliae6 no Brasil' por PO4%L /+,56' =ue procurou diferen#as de susceti&ilidade entre os cultivares atacados e prop!s a cria#$o de =uarentena no pr)prio instituto' para as cepas importadas. contri&ui#$o pr>tica desses primeiros estudos *> se fa7ia sentir: desde +,C+' o I" *> distri&uía &acelos dos melhores cultivares para todo o %stado /1%99M33' +,6. %m&ora no %stado de D$o Paulo os primeiros cru7amentos de videiras tenham sido feitos em +,;' por Pereira Barreto' esses tra&alhos s) repetiram entre +EF e +F' mas ainda de forma forma particular' particular' efetuados por Paulino 9ecchi' Pedro raG*o e 3icola Martorano /DO0D' +5&6. 3o Hm&ito do Instituto gron!mico' os primeiros cru7amentos controlados de videira foram efetuados por Glio Dea&ra Ingle7 de Dousa: “Os primeiros tra&alhos oficiais de melhoramentos de videira s$o os reali7ados pelo Instituto gron!mico' na sua %sta#$o %@perimental de D$o 9o=ue' na =ual em +E, flores de Aligote s$o castradas e ap)s fecundadas com p)len de Pinot Blanc, nascendo daí seedlings de um cru7amento vinifera x vinifera =ue se revelaram posteriormente de parcos méritos culturais /DO0D' +5&6. (a mesma época é outro fato relevante para o estudo da videira em geral: em
+E; é criada a %sta#$o %@perimental de undiaí' do Instituto gron!mico / 9%LIJK%D...' +56. 8oi o$o 1errmann =uem levou para D$o 9o=ue' em +' a primeira cole#$o da videiras importadas por (afert / 9i&as' +;Ea6. 3a década de E' o Instituto gron!mico “promoveu a introdu#$o de grandes cole#Nes de variedades dos principais melhoristas e viveiristas europeus e americanos: Maclet Botton' Deve 2illard' Bertille Deve' aillard irerd' Landot' Bourdin 9ichter e' principalmente' Dei&el' remetem da 8ran#a copioso material de propaga#$o“ /DO0D' +5&6. %ssas novas introdu#Nes' feitas por 8elis&erto "amargo e Glio Dea&ra Ingle7 de Dousa /9IBD' +;Ea6' certamente foram o ponto de partida para os tra&alhos de melhoramentos no Instituto. Para marcar definitivamente a importHncia =ue o I" devotava Q videira' foi criada' em +F' a De#$o de 2iticultura e 8rutas 8rutas de "lima 4emperado' 4emperado' mais tarde desmem&rada em duas' permanecendo até ho*e a unidade De#$o de 2iticultura /D%KRO ...' +56. (essa forma' do final da década de trinta ao início da de =uarenta' o I" tinha esta&elecido tr?s importantes centros de melhoramentos da videira: a %sta#$o %@perimental de D$o 9o=ue' com o pes=uisador Silson "orr?a 9i&asT a %sta#$o %@perimental de undiaí' com Glio Dea&ra Ingle7 de Dousa' e a De#$o de 2iticultura' com osé 9i&eiro de lmeida Dantos 3eto. %sses tr?s programas se mostraram produtivos com a cria#$o de numerosas variedades de videira. %ntretanto' a continuidade do tra&alho por décadas a fio ocorreu no programa de melhoramento esta&elecido por Dantos 3eto desde +FE /D34OD 3%4O' +<6' +<6' o =ual praticamente n$o se interrompeu até ho*e. ho*e.
)-En/oques #niciais no Melhoraento Boa parte dos tra&alhos iniciais de melhoramento da videira no I"' se n$o a maior parte' era dedicada Q o&ten#$o de variedades de uva para vinho. 3aturalmente' isso se inseria no conte@to da época' *ustificando inclusive o &in!mio uva-vinho' marcante no mundo todo e tam&ém em D$o Paulo. 3este %stado as estatísticas d$o conta de atividades a tividades vitivinícolas economicamente importantes pelo menos até a década de sessenta /DO0D' +<6. Portanto' nada mais o&*etivo do =ue os programas de melhoramentos dedicarem especial aten#$o a esse ess e relevante aspecto. "onse=Uentemente' a partir das introdu#$o de videiras' a grande preocupa#$o era com cultivares de uvas para vinho. 1%9M33 /+EF6 pu&licou os resultados das o&serva#Nes em +5 cultivares de videiras importados em +E e por ele plantados na %sta#$o %@perimental de D$o 9o=ue. %m&ora entre elas pudessem encontrar-se cultivares como 3iagara Branca' era nítida a &usca por uvas com =ualidade para vinifica#$o. 9IBD /+<;6 apresentou os resultados de e@tensos estudos so&re os hí&ridos Dei&el nas condi#Nes de D$o 9o=ue' l> introdu7idos desde +,. (e ; cepas
o&servadas' esse autor recomendava pelo menos ; =ue poderiam contri&uir para a melhoria da matéria-prima da vitivinicultura regional e paulista. Degundo DO0D /+<6' o programa da De#$o de 2iticultura rece&eu' em +F5' “poderoso influ@o de técnica” gra#as ao (r. 1arold P. Olmo' da 0niversidade da "alif)rnia /(avis6' =ue introdu7iu no seu plane*amento a utili7a#$o de espécies de Vitis nativas da mérica' principalmente shuttleworthii, smalliana, gigas e tiliaefolia /6 ' =ue' além de magnífico vigor' apresentam grande resist?ncia Qs moléstias. D34OD 3%4O /+;6 afirmaria esse fato' acrescentando Q rela#$o as espécies
rufotomentosa e simpsonii ' introdu7idas' *unto com a=uelas' da "osta 9ica: iniciando
novo ciclo de cru7amento' o&teve' logo na segunda gera#$o' &ons resultados com clone I" E+-+E de sa&or moscatel.
D34OD 3%4O /+556 destacava as considera#Nes preliminares feitas no início dos seus tra&alhos de melhoramento: /+V6 O clima' chamando a aten#$o para as condi#Nes de inverno ameno e seco e ver$o =uente e Gmido no %stado' diferente das principais regiNes vinícolas do mundo na ocasi$oT /V6 &iologia da videira' com seus est>dios de desenvolvimentos fenologicamente definidos da e &rota#$o das gemas' passando pelo florescimento' desenvolvimento dos frutos e matura#$o' até a =ueda das folhas e o repouso hi&ernalT /EV6 s características de uma &oa variedade' das =uais podem ser destacadas a completa matura#$o dos frutos e a aus?ncia de apodrecimento' com alto teor de a#Gcar e acide7 relativamente &ai@a' enfim' com seus elementos constitutivos em e=uilí&rio harm!nico. Dantos 3eto finali7a enfati7ando =ue “um &om produto' &em padroni7ado' a um pre#o acessível' certamente estar> fadado a ter enorme consumo a constituir uma indGstria em &ase s)lidas e duradouras entre n)s”. D34OD 3%4O /+;+6 complementou as características interessantes das uvas para vinho' afirmando =ue a &oa uva n$o deve apresentar cheiro e sa&or “fo@ados” ou her&>ceos indese*>veis' a fim de' ao ser transformada em vinho' dispensar a adi#$o de corretivos de =ual=uer nature7a' vindo a fornecer um produto principalmente com sa&or' cor' cheiro' corpo' fine7a etc..' =ue' em con*unto' possa realmente ser considerado de &oa =ualidade. preocupa#$o com o clima tam&ém era marcante para 9IBD /+;E&6' =ue afirmou ser “inGtil tentar cultivar videiras nas condi#Nes clim>ticas paulistas' sem controle de doen#as fGngicas”' lem&rando ainda =ue “para espécie Vitis vinifera o regime de chuvas é contr>rio ao de seu habitat : D$o e@cessivas durante a fase de vegeta#$o e escassas no inverno”. "om &ase em seus tra&alhos de introdu#$o e cria#$o' apresentou os resultados do comportamento de cultivares para vinho /<6' para sucos e geléias /E6 e para consumo ao natural /,6. 9IBD/+;E&6 deu grande ?nfase ao comportamento do cultivar en@ertado' elegendo a melhor com&ina#$o copa-porta-en@erto avaliada por: /a6 vigor da plantaT /&6 facilidade de cicatri7a#$o de en@ertoT /c6 harmonia de desenvolvimento entre a parte aérea e su&terrHneaT /d6 produtividadeT /e6 longevidadeT /f6 facilidade de mane*oT /g6 resist?ncia doen#as e pragas comuns na regi$o. DO0D /+<6 afirmava =ueW o sonho do viticultor mundial de nossos dias' é uma variedade ou cultivar =ue apresente todas as no&res =ualidades dos fruto da Vitis vinifera e =ue' concomitantemente' tenha &oa resist?ncia Q peron)spora e ao oídio “.
inda “para nosso clima' de grande umidade da &rota#$o até a colheita' a antracnose' a mancha da folha /cercosporiose6 e as podridNes do cacho' constituem pro&lemas de grande magnitude' impossíveis de serem so&repu*ados por uma videira sem ponder>vel sangue selvagem”. inda DO0D /+<6 enfati7ou fortemente =ue “a primeira virtude =ue devemos e@igir de uma variedade nas condi#Nes &rasileiras é resist0ncia ao a.odreciento .elas chuvas”. Por esse apanhado do pensamento desses tr?s ilustres melhoristas do I"' perce&em-se as preocupa#Nes iniciais muito semelhantes e coerentes' procurando todos dar sua conceitua#$o de &oa variedade' =ue n$o difere nos pontos essenciais. X tam&ém coincidente' por l)gica' a preocupa#$o com o clima e a resist?ncia a doen#as. %videntemente' todos esses enfo=ues ditos iniciais permanecem a frente da preocupa#$o dos melhoristas de ho*e' visto =ue s$o &>sicos e relevantes.
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#ntroduç1o% Avaliaç1o e Criaç1o de elhores Porta ' En+ertos
O surgimento de uma devastadora praga' em +, séculos com as videiras selvagens nos %stados 0nidos' foi constatada no Brasil em +,E' segundo PO4%L /+,56' técnico do Instituto gron!mico. (esde ent$o' a &usca por porta- en@ertos ade=uados passou a ser preocupa#$o dos pes=uisadores do I". DO0D /+<6 definiu ada.taç1o de um cavalo a maneira como ele se comporta em um dado solo' e a/inidade' o modo como ele se com&ina com a variedade copa ou en@erto. D34OD 3%4O /+556 afirmava =ue' além da resist?ncia Q filo@era' um &om porta-en@erto deve possuir adapta#$o ao terreno' facilidade de enrai7amento' afinidade com o en@erto' &om desenvolvimento vegetativo' grande longevidade e resist?ncia a outras pragas e moléstias. O mesmo autor /D34OD 3%4O'+<6 acrescentaria depois' como conse=U?ncia' a adapta#$o aos solos >cidos' predominantes em D$o Paulo e no Brasil. 9IBD /+;E&6' sem nenhuma discrepHncia' tam&ém indicou como critérios para escolha de porta- en@ertos os seguintes: / a6 melhor vigorT / 26 capacidade de enrai7amento ou pegamento =uando multiplicado por esta=uiaT / c6 resist?ncia a doen#as e pragas comuns na regi$oT / d6 longevidade. X de 9IBD "O3I3 /+5;6 o primeiro tra&alho científico importante' avaliando criteriosamente os cultivares porta-en@ertos usuais e determinando as melhores épocas para seu enrai7amento. 8oram estudados: 9upestris du Lot' 9iparia @ 9upestris ++-+F' olia' Yo&&er 5BB' Mourvedre @ 9upestris +- e ramon @ 9upestris an7in n V +' sendo as melhores épocas definidas como de *unho a agosto. inda so&re porta-en@ertos' 9IBD 89 9. /+<6 pu&licaram pr>tico e
definitivo artigo científico em =ue comparam tr?s maneiras de o&ter mudas para forma#$o de vinhedo: "a* planta#$o direta de mudas en@ertadasT "2* planta#$o de cavalos' enrai7ados' chamados de &ar&ados' e "c* planta#$o de &acelos ou estacas diretamente no vinhedo. "oncluíram =ue a instala#$o do parreiral com cavalos enrai7ados ou estacas plantadas diretamente no local é mais conveniente do =ue com a utili7a#$o de plantas en@ertadas. %m&ora 9i&as /E6 tenha o&tidos novos porta-en@ertos mediante hi&rida#Nes diversas' nenhum deles chegou a ser divulgado ou mesmo descrito. O programa de cru7amento dirigidos' levado a ca&o por D34OD 3%4O /+;+6' foi pr)digo na cria#$o de porta-en@ertos de e@celentes características' muito utili7ados na maioria das regiNes vitícolas' especialmente D$o Paulo e 2ale do D$o 8rancisco. O direcionamento dado foi no sentido de cru7ar porta-en@ertos consagrados na %uropa com espécies de Vitis Selvagens eC ou tropicais com V. caribeae e V. cinerea. X e@tremamente importante =ue se*a a=ui fornecidas as descri#Nes ampelogr>ficas dos mais importantes deles' e@traídas de tra&alho completo de P%9%I9 L%I4RO 8IL1O /+;E6:
#AC 3(3 " Tro.ical*, 9esultante do cru7amento entre olia e 2. cinerea' é recomendado para climas tropicais. 4em sido muito utili7ados no 3ordeste &rasileiro' onde' através de irriga#$o' controla-se melhor sua vegeta#$o' pois seus ramos n$o hi&ernam ade=uadamente. 8oi entregue ao cultivo em +55. Pec$olo, verde-claro ou levemente &ron7eado' com se#$o su&cilíndrica' com pilosidade pronunciada &rancacenta e lanuginosa ao longo das vértices e *unto de inser#$o da lHmina foliar. L4ina, na face superior verde-escura e' inferior' levemente mais clara e opaca. 3ervuras prim>rias levemente pigmentadas de antocianina na &aseT pilosidade pronunciada' na face inferior' pilosidade mais a&undante. 8olhas com lo&os curtosacuminados e &ase reentrante e su&cordada. 5roto terinal, verde-amareladoT folhas ramos *ovens densamente &ranco-pilosos' p?los lanuginosos. Est$.ulas, verdeclaras ou levemente &ron7eadas' &ranco-pilosos. Caule adulto, gla&ro' verde&ron7eado ou verde- claro opaco. 6avinhas, verde-clarasT &rancos lanuginosos ou gla&ras na &ase. #AC &7('8, Originado do cru7amento 2itis cari&aea @ Pirovano 5;' foi entregue ao cultivo em +;T apresenta )timo vigor tanto nos solos argilosos como nos arenosos. Pec$olo, verde-&ron7eado e opaco' com um &ron7eado mais acentuado na face superior' com se#$o su&cilíndricaT p?los lanuginosos &rancos ao longo dos vértices. L4ina, 8ace superior verde- escura e' inferior' levemente mais clara e opaca. 3ervuras prim>rias levemente pigmentadas de antocianina na &aseT pilosidade mais pronunciada na face inferior ao longo das nervuras. Lo&os &em desenvolvidos e acuminados. 5roto terinal, verde- amareladoT folhas e ramos *ovens densamente &ranco- pilosos' p?los lanuginosos. Est$.ulas, verde- claras ou levemente &ron7eados' &ranco-pilosos. Caule adulto, gla&ro' verde- &ron7eado ou verde -claro opaco. 6avinhas, verde- &ron7eadas ou apenas verdes' gla&ras e levemente relu7entes. #AC &7), O&tido do cru7amento entre 2. cari&aea e 9iparia-9upestris ++-+F reali7ado em +55. Lan#ado ao cultivo tam&ém em +;' apresenta comportamento agron!mico semelhantes ao I" 5;+-<. Pec$olo, vermelho-escuro ou &ron7eado' opaco' se#$o su&cilíndrica' p?los simples' curtos e lanuginosos' &rancos. L4ina, face
superior verde-escura e inferior' verde- clara e opacaT nervuras prim>rias e secund>rias e seio peciolar pigmentados de antocianina' p?los &rancos e curtos nas duas facesT folhas nitidamente trilo&ada' &ase foliar &em' reentrante' semiarredondada. 5roto terinal, verde-claro ou levemente &ron7eadoT folhas e ramos *ovens densamente revestidos por pilosidade lanuginosa. Est$.ulas, precocemente caducas' castanho- &ron7eadas e pilosas. Caule adulto, verde-&ron7eado ou levemente amarelado' liso opaco ou p?los esparsos. 6avinhas, variavelmente pigmentadas de antocianina' em geral avermelhadas' com esparsos p?los simples' curtos ou lanuginosos' &rancos.
#AC 788, 9esultante do cru7amento efetuado em +5, entre 9iparia de 4raviG e 2. cari&eae' foi entregue ao cultivo em +;. 4em-se mostrado muito &em adaptado em diferentes tipos de solos de afinidade com a maioria dos cultivares de copa testados. Boa hi&erna#$o dos ramos. Pec$olo, verde' levemente amarelado ou eventualmente avermelhado pela pigmenta#$o antociHnicaT estriado' com as estrias mais escurasT su&cilíndrico' com esparsos p?los simples. L4ina, verde-escura na face superior e levemente mais clara na inferiorT p?los simples' hialinos' &em curtos em am&as as facesT lo&os foliares pouco nítidos e &ase foliar &em fechada. 5roto terinal, &ron7eado ou verde-&ron7eado' com a&undHncia de p?los simples' curtos e lanuginosos' am&os &rancacentos. Est$.ulas, longas' lanceoladas' de >pice agudo ou ovaladas' &ron7eadas e pilosas. Caule adulto, verde-amarelado ou esporadicamente com estrias &ron7eadas' cilíndrico' gla&ro e com pigmenta#$o antociHnica nos n)s. 6avinhas, avermelhadas' cilíndricas' gla&ras e levemente relu7entes. O =uadro + apresenta os dados comparativos entre esses porta-en@ertos. 4ra&alho posterior de P%9%I9 et al. / +;<6 confirmou as e@celentes características do I" 5;+-< e do I" ;<<' recomendando-os para forma#$o de vinhedos comerciais. 3a procura de defini#Nes de melhor afinidade' D"939I et al. /+;6 mostraram a superioridade do I" E+E para condicionar maiores produ#Nes em ZDoraa[. 3essa mesma linha' M94I3D et al. /+,+6 relataram a superioridade do I" ;<< para aumentos na produ#$o do ZPatrícia[ e do I" E+E para cachos desse cultivar com o maior peso médio. > 4%99 et al. /+,+6 investigaram o efeito de reguladores de enrai7amento de estacas de porta-en@ertos' entre outros do I" 5; e do I" ;<<' e concluíram pela n$o- recomenda#$o dessa pr>tica. Pelo importante papel =ue desempenham os porta-en@ertos na viticultura' esse tema é constante preocupa#$o do programa de pes=uisa com videira no I". Pro*etos de grande magnitude v?m sendo desenvolvidos' merecendo desta=ue o =ue é levado a ca&o pela De#$o de 2irologia 8itotécnica /Y030\0YI et al.' +,;6' visando essencialmente Q o&ten#$o de porta-en@ertos livres de vírus' agentes causais de serias doen#as. 9esultados altamente positivos *> foram alcan#ados e grande nGmero de estacas de diversos cultivares porta-en@ertos isentos de vírus *> foram e v?m sendo distri&uídos aos viticultores. 4%99 et al. /+,;6 estudaram em e@perimenta#$o &em longa /nove anos6 os melhores porta- en@ertos para 3iagara 9osada' dando perfeita idéia da sua longevidade. Os autores relatam =ue as maiores produ#Nes médias foram o&tidas =uando se utili7ou o porta- en@erto ZDch]ar7mann[' as =uais n$o diferiram das o&tidas =uando usados ZI" 5;[' ZI" 5;+-<['[ olia[ e Z4raviG[' todos revelando &oa afinidade.
4%99 et al. /+,6 mostraram a superioridade do I" ;<< como porta- en@erto dos cultivares de uva moscatel para vinho' ZMadalena[ e Z4et?[. 3a mesma ocasi$o' PI9%D et al. /+,6 destacaram =ue I";<< e 9iparia do 4raviG foram os melhores porta- en@ertos para as uvas &rancas de vinho Z9ainha[/I" ++<-E+6 e I" <-+' superando em muito Yo&er 5BB. %studando a produtividade de alguns cultivares I" de uvas de vinho como produtores direto de alguns porta-en@ertos' 4%99 et al. /+a6 registraram =ue as maiores produ#Nes foram o&tidas com I" +E,- en@ertados so&re I" E+E e com I" <- tam&ém so&re I" E+ET o comportamento desse dois cultivares copa tam&ém foi &om =uando en@ertados so&re I" ;<<' em um dos locais testados /4iet?6. inda so&re a uva de vinho I" +E,-' outro estudo de 4%99 et al. /+&6 mostrou a superioridade do porta-en@erto I" 5;' seguido pelo I" E+E' nas condi#Nes de Monte legre do Dul. (ados comparativos de alguns caracteres dos cultivares de videira porta- en@ertos o&tidos pelo I" "aracterística "olora#$o do &roto 4erminal Pigmenta#$o antociHnica "omprimento médio do pecíolo /cm6 "omprimento médio da folha /cm6 Largura média da 8olha /cm6
/+6
ZI" E+E[ 2erde &ron7eado
ZI" 5;+-<[ 2erde-amarelado
ZI" 5;[ 2erde&ron7eado
ZI" ;<<[ 2erde -&ron7eado
Média
Mínima
Média
Média
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Os estudos mais recentes com porta- en@ertos para uvas de mesa foram os de "O%L1O et al. /+6' destacando a superioridade de I" ;<< e de I" E+E =ue indu7iram as maiores produ#Nes de ZPatrícia[' em 4iet?' DP. > PI9%D et al. /+6 n$o encontraram diferen#as entre I" ;<< e 9iparia do 4raviG =uando serviram de portaen@ertos para tr?s cultivares apirenos: I" F<-+' I" 5E<- e I" ,;+-+E.
9- CR#A:;O E !A< PARA !#NHO DO0D /+<6' passando a chefiar a %sta#$o %@perimental de undiaí' prosseguiu seus tra&alho de melhoramento =ue deram origem aos hí&ridos conhecidos pela sigla d / para undiaí 6. Degundo o autor' foram cru7adas variedades de melhor comportamento na regi$o e variedades no&res: Dei&el ' Deve2illard 5;< e 3iagara fecundadas com p)len de ros "olman ' It>lia' Pir)vano F ' Pir)vano FF' olden ^ueen' Drah' Dangiovese' Moscatel de 1am&urgo e outros. (a série d' podem ser destacadas as seguintes variedades' com descri#$o do pr)prio autor /DO0D' +<6:
?d )9), 9esultante de Dei&el @ 2aldiguié' folhagem de vinífera' vigorosa' produtiva' &oa resist?ncia Qs moléstias. "acho médio' cerrado' de &agas redondas' pretas' mosto tint)rio. X indispens>vel colher a uva &em madura para o&ten#$o de e@celente vinho tint$o' de saud>vel acides total e grande e@trato seco' incomparavelmente superior ao melhor vinho de Dei&el ' e de sa&or &em franco. ?d (@)@, "ultivar resultante do cru7amento Deve 2illard 5;< @ Pir)vano FF' deT )timo vigor' ra7o>vel resist?ncia Qs doen#as' temendo as situa#Nes Gmidas' pouco ventiladas' nas =uais a uva é sensível ao apodrecimento. 8olha tri- ou =Uin=Uelo&ada' com seio peciolar em 2 fechado. "achos espl?ndidos' grandes' piramidais' soltos' de &agas &rancas' de tamanho médio' oval- arredondadas' deli=Uescentes' e@celente sa&or neutro. (> vinho &ranco compar>vel ao das vinícola. Matura#$o na segunda =uin7ena de *aneiro' com a videira &astante carregada. %m D$o 9o=ue' os tra&alhos de 9IBD /+;E&6 deram origem Q série de cultivares de prefi@o DP' destacando-se:
rios cavalos. Pode tam&ém ser cultivada de pé franco. vel sucesso de hí&ridos de videira para produ#$o de vinho. Pela an>lise de ascend?ncia dos cultivares o&tidos' perce&e-se o claro direcionamento no uso de
hí&ridos da série Dei&el cru7ados com viníferas puras como Drah' Pinot 3oir' Moscatel de 1am&urgo e outras' &em como de hí&ridos o&tidos no pr)prio programa' resultante de cru7amento dessas viníferas com espécies americanas eCou selvagens' num processo =ue se pode chamar de verticali7a#$o de heterose /F6. %ntre os muitos cultivares o&tidos devem ser destacados os seguintes:
#AC )('(9 " Madalena*, O&tida do cru7amento de Dei&el ++.EF com Moscatel Branco' foi entregue ao cultivo em +5. Planta produtiva' de ciclo médio' relativamente vigorosa' com &oa resist?ncia Qs doen#as' e@igindo de 5 a + pulveri7a#Nes para controle fitossanit>rio. Os cachos s$o médios' soltos e c!nicacilíndricos. s &agas s$o médias' arredondadas' &ranco- esverdeadas' de sa&or moscatel' te@tura fundente e &oa ader?ncia ao pedicelo. Presta-se para ela&ora#$o de vinho espumante' com agrad>vel sa&or moscatel / P%9%I9 M94I3D' +;6. #AC ((8'3( "Rainha* , 1í&rida entre Dei&el ;.5E e Burgunder Yastenholt7' teve sua entrega inicial em +5+. planta é produtiva' muito vigorosa' resistente Qs doen#as e pragas. "achos médios' c!nicos e compactosT &agas &rancas' pe=uenas' &em arredondadas' sucosas' de sa&or neutro doce agrad>vel. madurece a partir de fins de *aneiro. Indicada para vinho &ranco comum' o produto é agrad>vel' mas de f>cil o@ida#$o /9IBD' +;E& 6. Deu vinho' &em e=uili&rado' presta-se &em para cortes com vinho tinto. O corte partes iguais com o vinho do `I" +E,-` produ7 um )timo vinho tinto' tipo &ordeau@. #AC (3')) "MD+io*, resultante do cru7amento entre Dei&el ++.EF e Drah /D34OD 3%4O et al.' +<,6. Planta de ciclo curto' vigorosa' muito produtiva' com dois a tr?s cachos por ramo e &oa resist?ncia Qs moléstias. "achos médios a grandes' cilíndricos' &ai@a compacidade. Bagas médias' oval arredondadas' aderentes ao pedicelo' n$o racham nem apodrecem' mesmo em condi#Nes adversas de climaT colora#$o preto- a7ulada' com muita pruínaT te@tura fundente. 4eores médios de a#Gcar no mosto de +5g por litro em regiNes mais =uentes. 9endimento em vinho da ordem de <b. Boa afinidade so&re muitos porta- en@ertos. Pode ser condu7ido em espaldeira' com poda curta' situa#$o =ue pode produ7ir de F a < Ag por planta no espa#amento de @ + m' =uantidade =ue pode ser &em elevado pelo melhor trato e maior adu&a#$o. O vinho ela&orado com uvas do ZM>@imo[ é tinto' neutro' &em e=uili&rado' de aroma e paladar agrad>veis e de =ualidade superior Q dos vinhos /comuns6 normalmente produ7idos no País. (evida a ser muito tintureiro' =uando a fermenta#$o é feita na presen#a de &aga#o durante + ou mais horas' o vinho é pesado' mas macio' semelhante aos do Dul da It>lia. X melhor hí&rido criado no I"' conforme atesta DO0D/+<6 /56.
#AC 8@' "
transporte. Bagas pe=uenas' pretas' arredondadas' te@tura fundente. 4eor de a#Gcar' em plena matura#$o' ao redor de +,gC litro de mosto /P%9%I9 BI"0(O' +<,6.
#AC 8@'(), 9esultante do mesmo cru7amento anterior. Plantas produtivas' de ciclo médio' vigorosas' com &oa resist?ncia Qs moléstias. "achos de tamanho médio' pouco compacta e apro@imadamente cilíndricos. Bagas pe=uenas' arredondadas' &ranco- esverdeadas' sa&or neutro' te@tura fundente e &oa ader?ncia ao pedicelo. (> vinho &ranco de muito &oa =ualidade' =ue tam&ém proporciona )timos cortes de ela&orados do ZI" +E,-[ /P%9%I9 M94I3D ' +;6. #AC 3('(3" Tet0*, "ultivar o&tido do cru7amento entre I" E / 2. cari&aea @ Moscatel de 1am&urgo6 e I" +-+F. Planta vigorosa' resistente Qs moléstias criptogHmicas' re=uerendo cinco a de7 pulveri7a#Nes anuais. X muito produtiva' com produ#$o média estimada de +'5AgCm . madurece em *aneiro. "achos médios' de -Fg' cilindroc!nicos. Bagas pe=uenas' &ranco- esverdeadas =uando maduras' arredondadas' de te@tura fundente' sa&or moscatel. 4eor de a#Gcar' =uando completamente madura' ao redor de g de a#Gcar por litro de mosto. Produ7 vinho moscatel licoroso de superior =ualidade /P%9%I9 BI"0(O' +<,6. X preciso registrar a=ui =ue a economia vinícola no %stado de D$o Paulo modificou-se completamente nos Gltimos -E anos. Degundo DO0D/+<6' no final dos anos sessentas' D$o Paulo produ7a ;. toneladas de uva' das =uais E;. /E,b6 eram para vinho e proporcionavam a fa&rica#$o de .. de litro de vinhos' sucos' *eropigas' vinhos compostos' etc. no final dos anos oitenta /PI9%D et al.' +,reas de plantio de uvas de vinho /OIM et al.' +,F6. "onse=Uentemente' tornou-se até mais f>cil para as vinícolas ad=uirir vinhos no Dul do =ue produ7i-los a=ui. %sse fato se fe7 refletir tam&ém nas pes=uisas com a videira no %stado' pois' uma ve7 =ue n$o h> demanda para o setor vinícola' o melhoramento genético dei@ou de procurar o&ter novas variedades para vinho' passando a dar e@clusividade para uvas de mesa e para alguns pro*etos com uvas para sucos.