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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil Triagem Organização LTDA ME Bibliotecário responsável: Tiago Pereira Nocera CRB 1/2995 Portal Educação P842c
Competência interpessoal / Portal Educação.- Campo Grande: Portal Educação, 2015.
93p. : il. Inclui bibliografia ISBN 978-85-436-0367-4 1. Administração de pessoal. 2. Gestão por competências. 3. Comunicação em organizações I. Portal Educação. II. Título. CDD 658.3125
SUMÁRIO
1 O MODELO DE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS ......................................................................... .............................................................................3 1.1 O QUE SÃO COMPETÊNCIAS .................................................................................................... ........................................................................................................4 1.2 COMPETÊNCIAS EXIGIDAS DO PROFISSIONAL MODERNO ....................................................6 1.3
COMPETÊNCIA
INTERPESSOAL
COMO
FATOR
DE
SOBREVIVÊNCIA
E
DIFERENCIAÇÃO NO MERCADO ............................................................................. ...................................................................................................... .........................10 2 2 GESTÃO DO AUTOCONHECIMENTO ............................................................... ........................................................................................... ............................25 2.1 AUTOIMAGEM ................................................................. .............................................................................................................................. .............................................................27 2.2 AUTOESTIMA................................................................... AUTOESTIMA................................................................................................................................ .............................................................29 2.3 MARKETING PESSOAL ................................................................................................................ ................................................................................................................32 2.4 QUALIDADE DE VIDA E A INTERAÇÃO COM A EXCELÊNCIA PESSOAL.................................39 3 GESTÃO DO CONHECIMENTO DO OUTRO ................................................................... ................................................................................. ..............47 3.1O COMPORTAMENTO HUMANO ......................................................................... .................................................................................................. .........................47 3.2O RELACIONAMENTO ................................................................... .................................................................................................................. ...............................................52 3.3 COMPORTAMENTO EM GRUPO ................................................................................... ................................................................................................. ..............56 3.4 EQUIPES: O QUE É NECESSÁRIO MUDAR PARA CONVIVER ................................................. .................................................58 3.5 MARKETING INTERPESSOAL ..................................................................................................... .....................................................................................................64 3.6 ÉTICA NAS RELAÇÕES........................................ RELAÇÕES............................................................................................................. ........................................................................ ...66 4 GESTÃO DA COMUNICAÇÃO .................... .......................................................................................... .................................................................................... ..............71 4.1 O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO.................................................................... ............................................................................................. .........................72 4.2 EMPATIA ................................................................................................... ....................................................................................................................................... ....................................81 4.3 FEEDBACK..................................... FEEDBACK........................................................................................................... ............................................................................................... ......................... 89 REFERÊNCIAS ...................................................................... ................................................................................................................................... .............................................................93
1 O MODELO DE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS
Somos todos protagonistas e testemunhas de uma fantástica rapidez na evolução dos mais variados ramos do conhecimento humano, velocidade essa especialmente representada pelos contínuos aperfeiçoamentos e inovações nos campos científico e tecnológico. Inseridas nesse entremeado de realidades técnicas, econômicas e sociais em constante mudança encontram-se as pessoas, através de quem os fatos acontecem, e as organizações, que elas formam e de quem dependem. Nesse encontro, cuja sinergia sustenta a realização profissional das primeiras e é fator essencial de sobrevivência para as segundas, ressurge com grande força o papel do trabalho de equipe, da liderança e gestão participativas, exigindo dos modernos profissionais perfis nunca antes imaginados. As mudanças contextuais vêm instigando as organizações a realinharem suas práticas de gestão e suas estratégias para garantir sua participação na sociedade futura. A velocidade das mudanças, as exigências do cliente/usuário, o alto nível de complexidade no ambiente de trabalho, a necessidade de compatibilizar desempenho com objetivos organizacionais, a gestão do conhecimento, a administração da compatibilidade entre as gerações Y e I em um cotidiano cada vez mais competitivo e com foco em resultados, exigem do profissional competências que vão além da execução de tarefas, o que faz com que a organização busque fortalecer a capacidade de aprender-reaprender de seu corpo de colaboradores. Diante disso, surge o modelo de Gestão de Pessoas por Competências, cuja vantagem é que ele permite direcionar o foco, concentrar energias no que é necessário trabalhar para que a organização alcance os seus objetivos operacionais e estratégicos. De nada adianta elaborar uma lista extensa de capacidades necessárias se não conseguir dar destaque e desenvolver aquelas que poderão ter mais impacto nas necessidades reais da organização.
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1.1 O QUE SÃO COMPETÊNCIAS
FIGURA 1 – Profissional hábil.
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FONTE: Disponível em:
849202>.. Acesso em: 05 dez. 2011. O que caracteriza a competência é a integração e a coordenação de um conjunto de habilidades, conhecimentos e atitudes, também conhecido por CHA, que na sua manifestação
produzem uma atuação diferenciada. Elas não se restringem a uma área específica da organização; estão difundidas de forma ampla em toda ela. As organizações da atualidade são convocadas a deixarem um modelo de atuação mais focado nas habilidades estáticas, que não leva em consideração as particularidades de sua própria cultura e valores, para um modelo que incentive o aprendizado, a formação de recursos subjetivos, simbólicos, significativos e relacionais. Nesse contexto, o desempenho humano nas organizações é visto tanto como uma forma de expressão da satisfação e realização pessoal quanto da materialização de competências e habilidades que atendam às novas demandas, necessidades e realidade das empresas e dos negócios presentemente. Podemos dizer que competência é o conjunto de atributos adquiridos no processo de interação sujeito-mundo, no qual a experiência com o trabalho dita o curso de competências a ser desenvolvido. Vamos então conhecer o conceito de competência citado por diversos experts na área:
A – “São repertórios de comportamento que algumas pessoas dominam mais do que outras, o que as tornam eficazes em determinadas situações”. Carlos Ramirez Passo – Psicólogo, Consultor em RH, Diretor Executivo da Atencional Cliente. habili dades, conhecimentos e atitudes que contribuem para uma B – “É um conjunto de habili dades, atuação de destaque, de excelência em determinados contextos”. Maria Rita Gramigna – Diretora da MRG – MRG – Consultoria Consultoria e Treinamento Empresarial.
C – “Saber agir de maneira responsável (...) implica mobil izar, mobil izar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social do indivíduo”. Maria Tereza Fleury – vice-diretora da FEA-USP.
D – “Conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e comportamentos que permitem ao indivíduo desempenhar com eficácia determinadas tarefas, em qualquer situação”. Maria Odete Rabaglio – Rabaglio – Psicóloga, Psicóloga, Consultora Organizacional.
E – “Observáveis características individuais – – conhecimentos, habilidades, objetivos, valores – valores – capazes capazes de predizer/causar efetiva ou superior performance no trabalho ou em outra situação de vida”. David C. McClelland – Psicólogo, Professor da Harvard, Consultor.
F – “Competência é a capacidade de transformar conhecimentos e habilidades em entrega”. Joel Joel Dutra – Dutra – Professor Professor da USP.
G – “Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes capazes de predizer desempenho excelente.”Hay/Mc excelente .”Hay/Mc Ber.
F – “Comportamentos individuais observáveis, mensuráveis e críticos para o sucesso individual ou desempenho da organização .” American CompensationAssociacion. CompensationAssociacion.
G – "Competências é um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionadas, que afeta parte considerável da atividade de alguém, que se relaciona com seu desempenho, que pode ser medido segundo padrões preestabelecidos, e que pode ser melhorado por meio de treinamento e desenvolvimento". Scott B. Parry – Ph.D. – Ph.D. Consultor da American Society for Training Training andDevelopment andDevelopment e Fundador Fundador da Casa de Formação. Formação.
A diferenciação da competência é que agrega conhecimento, habilidade e atitude, ou seja, o profissional tem que deter o conhecimento aplicá-lo de forma prática e ter atitudes compatíveis para o desempenho. SER competente está relacionado com um bom desempenho numa determinada tarefa, porém, não garante que o desempenho continue bem. TER competência para a realização de uma tarefa significa ter conhecimentos, habilidades e atitudes compatíveis com o desempenho e ser capaz de colocar esse potencial em prática sempre que necessário. necessário.
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Temos sempre que levar em consideração a diferença entre: Saber – Saber fazer – Querer fazer, pois a competência competência engloba as três instâncias. instâncias. Antigamente, se observava apenas a habilidade técnica do profissional, mas hoje este quadro mudou e muitos trabalhadores, considerados exímios tecnicamente, estão sendo desligados das suas atribuições pelas inadequações apresentadas de cunho meramente comportamental. A definição de Competência está baseada então nessa tríade conhecida como CHA, que são os conhecimentos, as habilidades e as atitudes que uma pessoa possui. O conhecimento tem relação com a formação acadêmica, o conhecimento teórico. A habilidade está ligada ao prático, a vivência e ao domínio do conhecimento. Já a atitude representa as emoções, os valores e sentimentos das pessoas, isto é, o comportamento comportamento humano.
1.2 COMPETÊNCIAS EXIGIDAS DO PROFISSIONAL MODERNO
O cenário mundial a todo o momento é influenciado por mudanças acentuadas, seja no campo da ciência e tecnologia, remetendo as organizações à prática de novos padrões de valores e de comportamento, enfrentando desafios e quebrando paradigmas necessários à sua manutenção no mercado de alta concorrência e competitividade. competitividade. No mundo atual, a maioria das organizações tem acesso às informações e à tecnologia; tratar essas informações com maior rapidez, alcançando o que se pretende é o grande desafio; portanto o diferencial está no pessoal que a empresa formou e dispõe. A competência humana é fundamental para lidar com o nível de transformações que se apresentam. O sucesso do ano anterior não é a garantia do sucesso futuro, portanto, as organizações devem estar sempre preparadas para as mudanças que estão ocorrendo e preparadas para enfrentar aquelas imprevisíveis, que, certamente, farão a diferença na tomada de decisões diante dos concorrentes. O novo profissional não é formado por um curriculum vitae abarrotado de treinamentos; treinamentos; é, principalmente, o que consegue equilíbrio entre a inteligência racional e a inteligência emocional. Precisa, antes de tudo, exercitar e praticar o espírito coletivo. Junto a essa nova forma de profissionalismo, a competência chega com um novo significado, que deixa de ser apenas um sinônimo de capacidade para ser um conjunto de traços que já nasce com o indivíduo e que não é facilmente percebido, além das características que ele
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tem de buscar, sempre, no cotidiano. Entre elas estão o respeito aos papéis sociais, o autoconceito, os traços da personalidade individual, a motivação e o motivo para realizações, entre outras. A exigência então para o profissional moderno dentro da gestão por competências passa por uma série de características técnicas e comportamentais adaptadas ao novo modelo da gestão do conhecimento e da era das contínuas mudanças. As mais significativas são: 7 a. O domínio de idiomas e da informática são essenciais em todos os segmentos de atuação; b.
Ter aptidão para o trabalho em equipe e gostar de trabalhar em equipe;
c.
Saber formular questões, mantendo o foco em gerar soluções;
d.
Praticar seu marketing pessoal pessoal com eficácia;
e. Manter a inteligência emocional, equilibrando razão/emoção e o quociente técnico/emocional; f. Manter vida familiar bem estruturada, visando à congruência do saber conviver bem com as pessoas; g. Realizar atividades paralelas ligadas à qualidade de vida como arte, ginástica, religião etc.; h. Ter abertura para o aprendizado constante; ] i. Cultivar o senso de humor em todos os momentos, sendo estes críticos ou não, mantendo boa capacidade capacidade de resiliência; resiliência; j. Saber que se é responsável pelo próprio desenvolvimento e ter atitude para planejar e desenvolver desenvolver as instâncias necessárias; necessárias; k. Ter coragem para vencer, determinação e ousadia, cultivando proatividade, paixão pelo que faz, por si próprio, pelos demais e pela vida.
Apesar de a palavra proatividade proatividade ser atualmente atualmente muito comum nas organizações, organizações, tratase de um termo que não encontraremos na maioria dos dicionários. Ela significa muito mais do
que tomar a iniciativa. Implica que nós, como seres humanos, somos responsáveis por nossas próprias vidas. Nosso comportamento resulta de decisões tomadas e não das condições externas. Pessoas proativas acostumam-se com a responsabilidade. Não colocam a culpa por seu comportamento nas circunstâncias, condições ou condicionamentos. Seu comportamento é produto de sua própria escolha consciente, baseada em valores, e não resultado de um condicionamento, condicionamento, baseado em sentimentos. Uma vez que somos, por natureza, proativos, nossa vida só será consequência das condições e condicionamentos se deixarmos que esses fatores controlem nossa mente, por decisão consciente ou omissão. Se essa foi nossa opção, tornamo-nos reativos. As pessoas reativas são afetadas pelo ambiente físico. Se o tempo está bom, elas se sentem bem. Caso contrário, mudam a atitude e a performance. As pessoas proativas carregam o tempo dentro de si. Faça chuva ou faça sol, não interessa; elas avançam graças a seus valores. E se um de seus valores é realizar um trabalho de qualidade, ela não depende do tempo estar assim ou assado. As pessoas reativas também são afetadas pelo ambiente social, pelo "tempo social". Quando as pessoas tratam-nas bem, sentem-se bem. As pessoas reativas são levadas pelos sentimentos, pelas circunstâncias, condições e ambientes. Os proativos são guiados por seus valores, cuidadosamente pensados, selecionados e interiorizados. Os proativos continuam sendo influenciados pelos estímulos externos, sejam estes sociais, físicos ou psicológicos. Mas a resposta aos estímulos, consciente ou inconsciente, é uma escolha ou reação baseada em valores, como nas palavras de Gandhi: "Eles não conseguem levar embora nosso respeito próprio, se não o entregarmos a eles". Como podemos perceber, o novo profissional deixa de ter os velhos padrões e passa a ter a responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento. Antes, os profissionais apenas esperavam que as empresas a que eram vinculados investissem ou mesmo gastassem vultosas quantias no seu desenvolvimento quando, muitas vezes, eram profissionais que não vislumbravam nem os seus próprios objetivos, quanto mais os objetivos das empresas. Atualmente, o que constatamos é um profissional com objetivos definidos, buscando sempre o seu autodesenvolvimento, não esperando que alguém venha a tomar decisões por ele, mas tomando a iniciativa de decidir ou mesmo propondo decisões para serem implementadas. A polivalência torna-se obrigatória e a poliespecialização é, sem sombra de dúvida, a grande tendência do futuro. Entre as características essenciais do profissional do começo do novo milênio estão a flexibilidade e seu alto poder de abstração (não fica preso a detalhes técnicos, mas consegue
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entendê-los dentro de uma totalidade); a menor preocupação com o seu emprego e uma maior com a sua empregabilidade; a criatividade como fator diversificador que possibilita expor a individualidade de cada um e aquilo que o torna diferente dos outros; e a capacidade de administrar seu próprio tempo. Na realidade, o que se nota é uma nova postura de comportamento comportamento onde apenas um ótimo QI (quociente de inteligência) inteligência) não garante o sucesso do profissional. A proatividade é fundamental, pois a postura adotada é de independência ou de interdependência. Esse é o real processo de amadurecimento individual e de equipe. A independência é o paradigma do eu:
Eu sei fazer;
Eu sou responsável;
Eu tenho certeza. ;
Eu sei escolher.
A interdependência interdependência é o paradigma paradigma do “nós”: “nós”:
Nós podemos fazer isso;
Nós podemos cooperar. ;
Nós vamos unir nossos talentos e habilidades para juntos criarmos algo maior.
A dependência é o paradigma do você:
Você tem de tomar conta de mim;
Você fez a coisa certa;
Você não fez a coisa certa;
A culpa é toda sua.
As pessoas dependentes precisam das outras para conseguir o que desejam. As pessoas independentes conseguem obter o que desejam através de seu próprio esforço. As pessoas interdependentes combinam seus próprios esforços com os esforços dos outros para conseguir um resultado muito melhor.
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1.3 COMPETÊNCIA INTERPESSOAL COMO FATOR DE SOBREVIVÊNCIA E DIFERENCIAÇÃO NO MERCADO
A qualidade das nossas relações com as pessoas depende em grande medida da nossa capacidade de perceber adequadamente o comportamento e a experiência do outro. As nossas características pessoais podem facilitar ou dificultar o processo perceptivo. A pessoa que, continuamente, busca uma maior consciência sobre si, sobre o outro e sobre o mundo, tem maior probabilidade de perceber as situações e de se relacionar, diferentemente diferentemente daquela que se comporta de maneira mais rígida e preconceituosa. preconceituosa. A maneira como vemos a vida, as pessoas e o mundo dependem dos nossos valores. Eles são componentes dos nossos modelos mentais. Se tivermos modelos de boa qualidade, teremos uma melhor representação da realidade; se estes são de má qualidade, teremos uma visão mutilada e deturpada do mundo. Como temos nossos valores e esses são o ponto de partida para uma relação saudável ou não, as organizações constroem-se sobre seus valores. Precisamos constantement e nos “repensar” para podermos construir a nós mesmos sempre de forma melhor. Mas não adianta somente nos construirmos de forma melhor; precisamos também repassar repassar uma imagem congruente e condizente para os demais. Todos nós temos impressões das pessoas depois de segundos que as conhecemos, e essas impressões são as mais marcantes, mas tendem a enganar-nos. Vamos conhecer algumas recomendações da especialista em networking , Melissa Giovagnoli, para criar impressões adequadas sempre. a.
Cuide de sua imagem: construa uma imagem positiva. Isso fará com que as
pessoas lembrem-se de você com consideração; b.
Fique focado nos outros: fixe seu foco nas necessidades, vontades e
problemas dos outros. Lembre-se de que isso é uma troca, você procura uma ação positiva da parte com a qual está se relacionando; relacionando; c.
Pergunte, explore, ouça e entenda: quando você ouve procurando entender,
você ouve buscando mais informações. Você tenta ter certeza de que percebe o que é importante na informação transmitida. Uma boa estratégia é repetir o que foi dito com outras palavras para estar certo de que entendeu a mensagemcorretamente e mostrar que está prestando atenção;
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d.
Aprenda a priorizar: ouça outras pessoas para indicar necessidades e
interesses; e.
Ajude seus contatos a lembrar dos benefícios que podem receber usando
seu produto ou serviço: mostre seu entusiasmo com esses benefícios para que seus contatos
possam adotar seu entusiasmo e passá-lo para negócios; f.
Intercale perguntas abertas e fechadas: perguntas fechadas são aquelas que
admitem uma resposta única e rápida, como, por exemplo: “Você recebeu a proposta que te enviei?”. Já as perguntas abertas deixam espaço para uma explanação maior, assim: “Como foi a reunião de ontem à tarde?”;
g.
Observe cuidadosamente a linguagem do corpo: você pode utilizar-se da
linguagem do corpo para construir um bom acordo. Incline-se para o seu interlocutor, acene com a cabeça e sorria; h.
Fique atento: o que importa não é o que você diz e sim o que você faz.
Relacionamentos levam tempo, mas durante o processo de desenvolvimento de uma estrutura de troca de referências você irá aprender quem está realmente colaborando colaborando e quem não está; i.
Apresente-se como a solução para os problemas de seus contatos: as
pessoas estão constantemente procurando soluções e melhoras. Nos negócios, você pode oferecer muito mais se surgir como a solução para os problemas atuais; j.
Seja reconhecido: quando você apreciar algo em alguém, seja específico. Se
alguém comprou roupas novas e você notou nelas um detalhe especial, comente sobre isso. Essa atitude fará com que essa pessoa sinta-se melhor. E quando as pessoas sentem-se bem consigo mesmas, elas ficam mais abertas para ouvir o que você tem a dizer; k.
Seja um bom ouvinte e um bom encorajador: o melhor presente que você
pode dar a alguém é emprestar a ele seu ouvido. O homem é um ser social. Para nos conhecermos, desenvolver nossos valores pessoais e alcançarmos uma série de objetivos ao longo de nossa vida, precisamos conviver e trabalhar com outras pessoas. Todos nós somos diferentes do ponto de vista físico e psíquico. Essas características individuais modificam-se quando em contato com outros indivíduos, pois somos influenciados pelos outros e pelo próprio meio que nos cerca. Ao mesmo tempo, nós influenciamos os outros e o meio em que estamos inseridos.
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FIGURA 2- Pessoas diferentes. diferentes.
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FONTE: Disponível em: . >. Acesso em: 05 dez. 2011. O estudo dessas interações, do comportamento individual e do comportamento nos grupos, bem como sua interdependência e relação, é objeto das relações humanas. O estudo das relações humanas é vasto, como é vasto e complexo o estudo do destino e da natureza humana. Ele deve levar em conta os diferentes papéis desempenhados nos vários grupos a que pertencemos, ao longo de nossas vidas, bem como as formas pelas quais interpretamos nossas posições e obrigações dentro do contexto social. Grande parte do comportamento humano ainda está além de nossa compreensão, apesar de todos os avanços dados pelas ciências sociais e humanas. Para compreendermos o processo grupal, precisamos conhecer um pouco do comportamento humano, da comunicação e postura dos indivíduos e suas influências nas relações. Vamos a uma reflexão:
Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muito dos animais existentes não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos por não se adaptarem adapta rem às condições do clima hostil. Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começaram a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
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E todos juntos, bem unidos, aqueciam-se mutuamente naquele inverno tenebroso. Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportarem por mais tempo os espinhos de seus semelhantes. Doíam muito... Mas essa não foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver. Sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram! Autor Desconhecido
Assim somos nós seres humanos, muitas vezes os “espinhos” dificultam a convivência, convivência,
por isso é fundamental sempre procurarmos conviver melhor, aprimorando-nos como seres humanos e aprimorando nossa capacidade relacional, competência fundamental hoje para medição da inteligência individual e grupal.
A seguir, algumas "dicas" de relacionamento, que podem ser aproveitadas também para nossa vida pessoal, além da profissional. a.
O êxito de um relacionamento depende, na sua maioria, de não vermos nas
peculiaridades do companheiro uma área de atrito, mas antes, uma oportunidade de complementar a nossa personalidade. As diferenças nos fazem crescer, amadurecer, enriquecem-nos, essa é a crença que precisamos incorporar nas nossas vidas para conviver melhor. Imagine se todos fossem iguais, seria, no mínimo, um tédio. Apenas precisamos nos desarmar e acreditar que o outro, quando não concorda com a nossa opinião, não quer dizer que não nos respeite, ou que queira animosidade. b.
"A arte de viver não consiste em ser capaz de remover as dificuldades, mas em
saber crescer com elas" (Bernard Baruch). Para convivermos bem, precisamos viver bem. Para isso é necessário adotar uma outra crença: a de que crescemos com obstáculos e crises. Que estas nos trazem a oportunidade de desenvolvermos nossas estratégias, de desenvolvermos ângulos de visão bem diferentes. c.
Nem sempre podemos e/ou devemos julgar os outros com base em nossas
características individuais, na suposição de que reagiriam da mesma forma que nós. Devemos exercitar a empatia, que é a capacidade de colocar-se no lugar da outra pessoa e procurar sentir o que ela está sentindo, do ponto de vista dela e não nosso. Ao lidar com os outros, não devemos fazer nada que nos aborreceria se fosse feito pelos outros para nós. d.
O autorrespeito é a primeira condição para sermos admirados e aceitos pelos
outros. Quem não respeita seus limites, suas limitações, ou que não se valoriza, não pode exercer o respeito ao outro de forma integral. e.
Devemos sempre assumir a responsabilidade pelo que fazemos ou falamos,
quando erramos e quando dizemos a verdade. Os maiores problemas de relacionamento estão centrados devido à fofoca e à atitude de não assumir nossas falhas e querer buscar outros culpados. f.
O respeito dispensado às pessoas que pensam de outra forma é uma das
melhores provas de tolerância. tolerância. g.
Na natureza, encontramos o dia e a noite, o inverno e o verão, momentos
diferentes de expansão e recolhimento. Assim somos nós, seres humanos, um dia mais alegres, outro mais quietos. Respeite tais momentos em si e nos outros. h. presente.
Seja leal, não fale na ausência dos outros. Refira-se sempre a quem está
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i.
Respeite o espaço dos outros, para que o seu também seja respeitado. Meu
limite vai até onde começa o do meu semelhante. j.
Não precisamos gostar de todos os nossos colegas de trabalho, mas devemos
lembrar que, apesar das diferenças, todos possuem um único objetivo: o crescimento da organização onde estamos inseridos. O importante é o respeito pelo meu colega, é ajudá-lo quando ele precisa, independente se gosto ou não dele. k.
Quem não espera demais dos outros facilita bastante a vida e a convivência,
bem como não sofre tantas decepções. A expectativa traz consigo a ansiedade, prejudicial à saúde de forma geral. l.
Manter a cabeça levantada numa situação depressiva é o primeiro passo para
termos uma atitude interior positiva. Esta nos ajudará a vencer e superar os problemas. Sorrir, caminhar, liberar endorfina é fundamental para podermos cultivar uma vida mais leve e saudável. m.
Evite a busca de culpados, procure soluções. Essa ação leva-nos ao
autodesenvolvimento. n.
Aceite críticas. Pare, pense, analise e depois aja. A defesa imediata causa uma
barreira que pode tornar-se intransponível. o.
Encare todos os momentos da vida como oportunidades de crescimento e
desenvolvimento, mesmo os mais difíceis. p.
Não desconte nos outros seu mau humor. Separe o pessoal do profissional;
assim, nos dois, você viverá melhor. Leve a vida de forma mais leve, ria mais, libere mais química boa no organismo. q.
Viva o presente. O passado é uma excelente aprendizagem para não
cometermos os mesmos erros, porém já passou. O futuro deve ser planejado para alcançarmos nossas metas, porém, ainda não chegou. É no presente que devemos investir nossa energia. r.
Conduza você mesmo sua vida. Críticas, conselhos devem ser levados em
consideração, mas não podem nos conduzir. Nós temos um potencial inesgotável, confie e useo. s.
O medo é inerente ao ser humano, porém não podemos deixar que ele tome
conta de nós. Olhe-se no espelho, veja como você tem valor, observe qualidades e defeitos, aprenda a conviver com eles e a transformá-los cada vez mais em ferramentas para seu bem estar. t. por isso fale.
Os outros não possuem bola de cristal para adivinhar o que você quer ou gosta:
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Para dar sentido a nossas vidas, precisamos experimentar experimentar o relacionamento relacionamento de grupo e seus valores, bem como compreender o papel que desempenhamos nos diferentes grupos aos quais nos inserimos. inserimos. Fazemos parte de um grupo nos setor em que trabalhamos, que por sua vez está inserido em outro maior (a divisão / a área / o departamento), que, por sua vez... E assim por diante. Mas há diferenças entre grupo, equipe e time. Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos comuns, em geral se reúnem por
afinidades. No entanto, esse grupo não é uma equipe. Equipe é um conjunto de pessoas com objetivos comuns atuando no cumprimento de
metas específicas. A formação da equipe deve considerar as competências individuais necessárias para o desenvolvimento das atividades e atingimento das metas. O respeito aos princípios da equipe, a interação entre seus membros e especialmente o reconhecimento da interdependência entre seus membros no atingimento dos resultados da equipe devem favorecer
ainda os resultados das outras equipes e da organização como um todo. É isso que torna o trabalho desse grupo um verdadeiro trabalho em equipe. O trabalho em equipe pode ser entendido como uma estratégia, concebida pelo homem, para melhorar a efetividade do trabalho e elevar o grau de satisfação do trabalhador. Toda equipe é um grupo, porém, nem todo grupo é uma equipe. E os times? As mudanças na hierarquia das empresas, a necessidade de maior conhecimento, assim como a velocidade das informações, são fatores que, entre outros, geraram a necessidade do trabalho em times. No entanto, poucas são as empresas que conseguem transformar seus grupos de trabalhos em verdadeiros times. Mais difícil ainda é transformá-los em times de alta performance.
O grande motivo é que times são formados por pessoas, em pequeno número, com objetivos comuns e conhecimentos complementares, compromissadas com uma meta de alta performance. Quando se fala em pessoas, aí já se encontra grande complexidade. Cada pessoa
traz para o time seus componentes individuais - mente, corpo, emoções e espírito. Além disso, os objetivos de cada pessoa são diferentes, assim como o significado que cada um enxerga no trabalho, o que interfere na vontade em disponibilizar os próprios conhecimentos para o time e no comprometimento com a meta de performance. Existe um caminho a percorrer para transformar grupos de trabalho em times. E como o profissional pode colaborar nisso?
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Para assegurar a alta performance de um time, o profissional precisa trabalhar seus conteúdos emocionais e mudar comportamentos que não se adaptem mais ao profissional moderno e à empresa precisa propiciar que sejam trabalhados os processos emocionais oriundos das relações entre os membros do grupo e de cada um com a tarefa. É preciso tirar debaixo do tapete a sujeira emocional escondida, assumindo sentimentos como raiva, medo, inveja, estrelismo, ciúmes etc. e procurando transformá-los em coragem, otimismo, motivação, comprometimento, busca do sucesso conjunto, fundamentais para o alcance de resultados. Outro lado dessa história está relacionado às ideologias, às crenças e aos valores dos integrantes do grupo. Refletem-se constantemente em todos os pensamentos conscientes e inconscientes, possuem grande carga emocional e são os responsáveis pela direção de todas nossas ações e relações. São as ideologias, valores e crenças que constroem os comportamentos estereotipados, limitando a criatividade e criando uma visão viciada, impedindo impedindo a construção de novas soluções. Para alcançar times de alta performance é necessário que cada um trabalhe em si próprio: a.
Medo da perda;
b.
Medo de ser atacado e de não dar conta da nova situação;
c.
Medo e resistência à mudança;
d.
Sentimento básico de insegurança;
e.
Resistência às novas aprendizagens e comunicações. comunicações.
O grupo que compreende seus objetivos e está engajado em alcançá-los de forma conjunta, participativa participativa e ética, forma uma equipe, no verdadeiro sentido da palavra. Alguns pré-requisitos básicos são essenciais: a.
Espírito de grupo, colaboração e permeabilidade;
b.
Comunicação Comunicação clara, precisa e honesta;
c.
Interesse pelo autoconhecimento autoconhecimento e autodesenvolvimento; autodesenvolvimento;
d.
Respeito, cooperação e flexibilidade; flexibilidade;
e.
Prática de autoavaliação constante, diagnosticando preventivamente problemas
e caminhos para a resolução destes; f.
Lidar com os conflitos de forma amadurecida, reconhecendo que os conflitos
são inerentes à vida em grupo.
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O verdadeiro time é aquele ao qual todos direcionam seus esforços para atingir o bem comum.
Laços de simpatia e antipatia podem reforçar a coesão do grupo ou acabar com a sua eficácia. Quando um grupo está em dificuldade, o indivíduo que estiver mais bem qualificado para reafirmar as metas e objetivos do mesmo emergirá como líder. Verificamos, dessa forma, que a liderança do grupo se dá pela capacidade de compreensão da situação na sua totalidade e pela ação adequada naquela situação em particular. Dentro do mesmo grupo, podem destacar-se diferentes líderes de acordo com o momento que o grupo vive. Ainda para muitas pessoas, seu trabalho é apenas seu "ganha pão"; suas horas de trabalho são momentos a serem tolerados por necessidade. Quando isso ocorre, "grupos oficiosos" surgem para proporcionar satisfação e recompensa a essas pessoas ("turminha" do jogo de cartas, grupos organizados organizados para obter redução nos preços dos produtos da empresa para revenda...). Esses grupos desenvolvem seu próprio código de ética e valores, muitas vezes incompatíveis com a organização. Eles são válvulas de escape para a frustração das pessoas, podendo transformar a convivência no trabalho muito perigosa. Hoje, para ser competitivo no mercado, é necessário encarar o trabalho como fonte de enriquecimento e crescimento, colocando paixão no que se faz. A paixão é a atitude necessária a todas as competências e à vida, por isso a crença desenvolvida de que o trabalho é uma obrigação e a é só pelo dinheiro que se trabalha está fora do rol de crenças do profissional moderno e da atual gestão por competências. A crença certa hoje é a de que o trabalho é fonte de crescimento e de realização, por isso a importância de fazermos o que gostamos e direcionar nossa carreira para que o trabalho seja prazeroso, fazendo parte dos itens que soma a nossa qualidade de vida. Por mais que a relação grupal nos seja desagradável, em determinadas circunstâncias devemos ter em mente que passamos a maior parte de nossas vidas úteis (sem contar o sono) dentro do ambiente de trabalho. Nosso colega de trabalho passa mais horas do nosso lado do que nossa própria família. Por isso, se não nos esforçarmos para criar um ambiente de respeito e de energias positivas, nossa saúde física e mental estará prejudicada, brigaremos com a
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família etc. Todos têm problemas, por isso antes de criticar o colega ou falar "pelas costas", tentemos colocar-nos em seu lugar. Essa capacidade de colocar-nos no lugar do outro, analisar seus problemas do seu ponto de vista, e não do nosso, é denominada de capacidade de empatia, como já vimos antes.
Devemos, então, sempre ter o desejo de crescer individualmente (do ponto de vista pessoal e profissional) e de contribuir para o crescimento do grupo em que estamos inseridos. Uma das mudanças mais significativas de nossa época é a passagem da ação individual 19
para o trabalho em equipe. Segue importante reflexão divulgada pela rede de universidades Universia, que destaca algumas atitudes imperdoáveis no relacionamento diário de uma equipe, citada por especialistas de carreira: a.
Fazer fofoca de colegas ausentes:
FIGURA 3 – FOFOQUEIRO
FONTE: Disponível em: . Acesso >. Acesso em: 05 dez. 2011. "Falar dos outros é sempre delicado. Portanto, se você tem algo a dizer para seu colega, diga isso diretamente a ele. Dessa forma, evitará que o comentário seja mal interpretado e retransmitido por outros funcionários. Ao fazer uma crítica diretamente ao colega em questão, você evita que seu comentário chegue distorcido aos ouvidos dele, o que pode gerar conflitos.
Além disso, falar pelas costas e comentar sobre a vida alheia é uma atitude mal vista". Paulo de Castro Braune - Diretor Geral da Braune Educação Empresarial.
b.
Rejeitar o trabalho em equipe: "Hoje, independentemente de seu cargo, é
preciso saber trabalhar em equipe, já que bons resultados dificilmente nascem de ações individuais. No ambiente corporativo, uns dependem dos outros. Se o funcionário não estiver disposto a colaborar com os colegas, certamente será um elo quebrado. Com isso, o grupo/equipe não chegará ao resultado desejado. Ser resistente ao trabalho em equipe é um revés grave. Sem essa abertura, dificilmente o colaborador conseguirá obter sucesso". Ricardo Dreves - Diretor da consultoria em RH Dreves e Associados. c.
Ser antipático(a): "A empatia é muito útil no ambiente de trabalho. Você deve
ser leal, cortês, amigo e humilde. Falar bom dia e cumprimentar os outros são atitudes que demonstram educação e respeito pelos demais. O fato de o trabalho exigir concentração do colaborador não significa que ele não possa ser cordial e abrir um espaço na agenda para ajudar os companheiros de equipe". Marcelo Abrileri - presidente do site de empregos Curriculum.
d.
Deixar conflitos pendentes : "Conflitos acumulados podem se agravar.
Qualquer tipo de problema referente ao trabalho, dúvida sobre decisões, responsabilidades que não foram bem entendidas, alguém que ficou magoado com outro por algum motivo, enfim, qualquer tipo de desconforto deve ser esclarecido para evitar a discórdia no ambiente. O funcionário deve conversar para resolver o assunto, caso contrário, isso poderá gerar antipatia, fofoca com outros colaboradores e um clima péssimo para toda a equipe". Beatriz Maria Braga Lacombe - professora de gestão de pessoas da FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo.
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e.
Ficar de cara fechada:
FIGURA 4 – COLABORADOR MAL HUMORADO
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tockphotos.com/image/s .com/image/stock-phototock-photoFONTE: Disponível em: . Acesso >. Acesso em: 05 dez. 2011. "Ter um companheiro de equipe com bom humor anima o ambiente de trabalho, enquanto que topar um colega mal-humorado causa desconforto do início ao fim do expediente. Essa postura gera desgastes desnecessários, pois além de deixar toda uma equipe desmotivada, ainda atrapalha a produtividade. Pessoas mal-humoradas geralmente não toleram brincadeiras. Com isso, automaticamente são excluídas da equipe, o que não é saudável. Por essa razão, manter o bom humor no trabalho é fundamental para cultivar bons relacionamentos". Julia Alonso - Sócia diretora da Só Talentos RH.
f.
Deixar de cultivar relacionamentos : "Os melhores empregos não estão nos
jornais e nem nos classificados. classificados. A partir do seu relacionamento relacionamento interpessoal interpessoal no trabalho é que conseguirá construir uma rede de contatos ( networking ) que servirá, no futuro, para encaminhálo às melhores oportunidades. É importante mostrar dinamismo, ser cooperativo no trabalho e nunca fechar as portas pelos lugares onde passar". Sheila Madrid Saad - professora de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional Organizacional da Universidade Presbiteriana Presbiteriana Mackenzie.
g.
Não ouvir os colegas: "É importante escutar a todos, mesmo aqueles que têm
menos experiência. Isso estimula a participação e a receptividade de novas ideias e soluções.
Questionar com um ar de superioridade as opiniões colocadas numa reunião não só intimida quem está expondo a ideia, como passa uma imagem de que você é hostil. É necessário refletir sobre o que está sendo dito, não apenas ouvir e descartar a ideia de antemão por considerá-la inútil". Cristiane Leão - analista de desenvolvimento de recursos humanos da Fundação Mudes São Paulo.
h.
Não respeitar a diversidade: diversidade: "Todas as diferenças devem ser respeitadas entre
os membros de uma equipe. Não é aceitável na nossa sociedade alguém que não queira contato com outro indivíduo apenas por ele ser diferente. Ao passo que o funcionário aceita a diversidade, ele amplia as possibilidades de atuação, seja dentro da organização ou com um novo cliente. Além disso, o respeito e o tratamento justo são valores do mundo globalizado que deveriam estar no DNA de todos. Sem eles, o colaborador atrapalha o relacionamento das equipes, invade limites dos colegas e a natureza do outro". Nelci Maria de Mello - gerente de recrutamento e seleção da empresa Dupont.
i.
Apontar o erro do outro:
FIGURA 5 – APONTANDO O ERRO
FONTE: Disponível em: . >. Acesso Acesso em: 05 dez. 2011.
"A perfeição não é virtude de ninguém. Antes de apontar o erro do outro, deve-se analisar a sua própria conduta e sua responsabilidade para o insucesso de um trabalho ou
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projeto. É melhor ajudar a solucionar um problema do que criar outro maior em cima de algo que já deu errado. Lembre-se: errar é humano e o julgamento julgamento não cabe no ambiente de trabalho. No futuro, o erro apontado pode ser o seu". Doutor Helio Roberto Deliberador - professor do Departamento de Psicologia Social da PUC-SP.
j.
Ficar nervoso(a) com a equipe: "Atritos são inevitáveis no ambiente de
trabalho, mas a empatia deve ser colocada em prática nos momentos de tensão entre a equipe para evitar que o problema chegue ao gestor e se torne ainda pior. Cada um tem um tipo de aprendizagem e um ritmo de trabalho, o que não quer dizer que a qualidade da atividade seja melhor ou pior que a sua. O respeito e a maturidade profissional devem falar mais alto do que o nervosismo. Equilíbrio emocional e uma conduta educada são importantes tanto para a empresa c onsultora de recursos humanos da Catho. como para o profissional". profissional". Gláucia Santos - consultora
Para finalizar nosso estudo sobre grupos, equipes, times e convivência, vamos refletir com a Fábula do Céu e do Inferno: Era uma vez um sujeito chamado Tomé, muito prático, do tipo “ver para crer”. Um dia Tomé morreu e, na fila de espera, pediu ao porteiro para dar uma olhada no inferno e no céu. O porteiro concordou, mas com uma condição: ele não poderia ouvir nada durante a visita. No inferno, Tomé viu um enorme salão e uma mesa sobre a qual havia um verdadeiro banquete: frutas, frios, pães, vinhos, tudo da melhor qualidade. Reparou que todas as pessoas sentadas à mesa tinham um defeito nas mãos: elas eram viradas para o lado. Ele pensou: “deve ter sido castigo” e i mediatamente, i mediatamente, foi embora. No céu, Tomé se deparou com idêntico cenário. Sala enorme, mesa idem, pessoas à volta, banquete da melhor qualidade. Viu que as pessoas também tinham aquele mesmo defeito nas mãos. Estupefato, saiu correndo do céu. Parou logo adiante e tomou uma decisão: voltaria aos dois lugares para investigar melhor, e saber, afinal, a real diferença entre eles. O que Tomé encontrou? No inferno, as pessoas falavam ao mesmo tempo e, irritadas, batiam fortemente na mesa. Outras não se olhavam, como se os outros não existissem. Outras olhavam para os outros de forma agressiva. E o pior de tudo: elas pareciam famintas e não comiam nada! “Claro”, pensou, “elas têm as mãos tortas!”. No céu, as pessoas também falavam, só que uma por vez. Descontraídas, elas sorriam e comiam alegremente. “Como é possível?”, indagou -se. Refeito da surpresa, ele viu com os
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seus próprios olhos que elas pegavam a comida com as mãos e... alimentavam a pessoa sentada ao seu lado!
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2 GESTÃO DO AUTOCONHECIMENTO AUTOCONHECIMENTO Nossa capacidade de aprendizagem é ilimitada, utilizamos muito pouco da nossa capacidade cerebral, mas com certeza a aprendizagem eficaz abrange as simbologias, o material lúdico. Por isso, começamos com duas histórias para introduzir nosso tema: A primeira vem de uma lenda folclórica cigana: 25 Fala de dois homens que estão escovando os cavalos e conversando calmamente. Um deles pergunta ao amigo: - Você conhece a sabedoria antiga de nosso povo? - Tanto quanto me foi possível conhecer. - Então, diga-me: o que é maior, o carvalho ou o dente-de-leão? O segundo homem fica tentado a responder que o carvalho é maior. Certamente, é mais alto, forte e útil do que o outro. Mas suspeita haver aí uma armadilha. Então responde: - É o dente-de-leão. Seu amigo retruca, entretanto, que nem o carvalho nem o minúsculo dente-de-leão podem ser considerados um maior do que o outro.
A antiga tradição romana salienta que a grandeza consiste no potencial de cada indivíduo. A segunda história é de origem completamente diferente.
No início do século XIX, na pequena aldeia de Hanipol, na Europa Oriental, vivia um grande professor chamado Zusya. Era líder de uma seita judaica, o Hassidim, que preferia a abordagem mística de Deus à racional. Na tentativa de solucionar o mistério divino, procuravam a fórmula do homem ideal. Assim sendo, poderiam cumprir o ensinamento bíblico: “Serás tão perfeito quanto Eu, o Senhor seu Deus, sou perfeito”.
Zusya escolheu como modelo o grande Moisés, o mais fiel servo de Deus. Porém, após muitos anos de estudo aprofundado e serviço comunitário, Zusya sentiu que estava longe de alcançar o ápice do caráter superior de Moisés, assim como a aldeia de Hanipol achava-se muito abaixo dos picos das montanhas circundantes. Certa noite estava exausto, adormeceu, e Deus apareceu-lhe em sonhos. - Por que está tão perturbado, meu filho? - indagou Deus. - Você chegou no topo da escada da perfeição. Atemorizado, Atemorizado, Zusya sussurrou: sussurrou: - Mas meus dias na terra logo terminarão, e preciso atingir pontos ainda mais altos para igualar-me a Moisés. Sorrindo, Deus respondeu: - Não se preocupe mais. Quando você aparecer diante do meu trono de julgamento, não perguntarei por que você não foi como Moisés, mas sim por que não foi Zusya, o melhor possível de si mesmo. Não se espera que alcance a perfeição de Moisés, mas que desenvolva todo o potencial de Zusya, de você mesmo.
Nós nos conhecemos apenas até um determinado ponto, e consequentemente, conhecemos o outro também dentro de certos limites, pois o ser humano é muito complexo nos seus processos inconscientes e instintivos. Durante toda a vida, passamos por estágios sequenciais de crescimento e desenvolvimento. Uma criança aprende a virar, sentar, engatinhar e depois a andar e a correr. Cada fase é importante, e cada uma delas leva tempo. Nenhuma parte do processo pode ser
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pulada. Isso vale para todas as fases da vida, em todas as áreas onde há desenvolvimento, pois uma formação com base sólida é que dá origem a uma autoimagem e autoestima consistentes.
2.1 AUTOIMAGEM
FIGURA 6 – AUTOIMAGEM
FONTE: Disponível em: .. Acesso em: 05 dez. 2011. looking-into-mirror/101838921> Autoimagem é o conjunto de ideias, conceitos, opiniões e imagens que temos de nós mesmos, bem como a imagem que supomos transmitir para as demais pessoas. A imagem que temos de nós determina importantes aspectos de nosso comportamento e a forma com que nos relacionamos com os outros. Podemos dizer que a autoimagem é adequada quando existe uma coerência entre o que se observa objetivamente e a visão que a pessoa tem de si. Se assim for, temos a capacidade para reconhecer os nossos pontos positivos e negativos, e para nos valorizarmos valorizarmos nos positivos. Cada ser humano é único e distinto. Desde seu nascimento, possui características próprias que, com o passar dos anos, desenvolvem-se e acentuam-se em um processo cumulativo de experiências vividas. Por isso, cada ser humano tem uma personalidade única e exclusiva. Personalidade é o conjunto de características que definem uma pessoa única. Essas características biológicas, psíquicas e sociais são transmitidas geneticamente, ou seja, são
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herdadas, bem como são assimiladas durante nossa formação na convivência nos diversos grupos. Essas características, no entanto, são dinâmicas, ou seja, evoluem constantemente, fazendo de cada um de nós um potencial rico e em constante aperfeiçoamento. aperfeiçoamento. Os fatores que constituem a personalidade personalidade são: a) Inatos: são as características com as quais nascemos decorrentes de nossa herança biológica:
caracteres físicos: é o somatório de fatores como raça, sexo, altura... que
diferenciam indivíduos ou grupos de indivíduos;
temperamento: é a tendência herdada do indivíduo para reagir ao meio de
maneira peculiar;
inteligência: inteligência: é o uso de capacidades intelectuais para enfrentar certas situações
ou executar certas tarefas. b) Adquiridos: são as características que adquirimos como produto do meio em que vivemos:
caráter: conjunto de ações, reações e maneiras habituais de uma pessoa
proceder. É resultado da ação do meio sobre o temperamento; temperamento;
cultura: são os costumes, as tradições, padrões de vida, os modos de produção
e os valores. Considerando que todas as pessoas diferem entre si, cada contato estabelecido é com um ser diferente, com uma personalidade diferente diferente e deve ser tratado como tal. Nosso caráter, basicamente, é composto pelos hábitos que desenvolvemos. Os hábitos constituem fatores poderosos em nossas vidas. Uma vez que representam padrões coerentes, e muitas vezes inconscientes, eles servem para exprimir nosso caráter no dia a dia, sendo responsável por nossa eficácia. Os hábitos podem ser aprendidos e desaprendidos, porém eles possuem uma força muito grande, e romper com tendências profundamente arraigadas como os hábitos da procrastinação, a crítica, o egoísmo, entre outros, é muito difícil e exigem muita determinação, coragem, persistência e autoconhecimento.
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2.2 AUTOESTIMA
A autoimagem é, então, a visão que temos de nós mesmos, baseada em experiências do passado, em vivências presentes e em expectativas futuras, sendo que a percepção e decodificação que fazemos desta é fundamental na nossa autoestima e no nosso comportamento comportamento de forma geral. E a autoestima, autoestima, o que é? Autoestima é a opinião e o sentimento que cada um tem por si mesmo. É ter consciência de seu valor pessoal, acreditar, respeitar e confiar em si. A autoestima, juntamente com o amor próprio, é a base para o ser humano. É a cura para todas as dificuldades e sofrimentos. E mais, é a cura para todas as doenças de origem emocional e relações destrutivas. O autoconceito desenvolve-se desde muito cedo na relação da criança com os outros. Os pais atuam como espelhos, que devolvem determinadas imagens ao filho. O afeto é muito parecido com o espelho. Quando demonstro afetividade afetividade por alguém, essa pessoa torna-se meu espelho e eu me torno o dela; e refletindo um no sentimento de afeto do outro, desenvolvemos o forte vínculo do amor, que é a essência humana, humana, em matéria de sentimentos. É nessa interação afetiva que desenvolvemos nossos sentimentos positiva ou negativamente e construímos a nossa autoimagem. Ou seja, as experiências do passado exercem influência significativa significativa na autoestima quando adultos. Perde-se a autoestima quando se passa por muitas decepções, frustrações, em situações de perda, ou quando não se é reconhecido por nada que faz. O que abala não é só a falta de reconhecimento por parte de alguém, mas principalmente a falta de reconhecimento reconhecimento por si próprio. Se os pais estão sempre opinando a partir de uma perspectiva perspectiva negativa para os filhos, e se estão sempre mostrando que são inúteis e incapazes, ou usando de zombarias e ironias, irá se formando neles uma imagem "pequena" de seu valor. E se com os amigos, na rua e na escola, repetem-se as mesmas relações, teremos uma pessoa com autoestima baixa, bem como de baixo sentimento de autoavaliação. Quando a autoestima está baixa, a pessoa sente-se inadequada, insegura, com dúvidas, com um sentimento vago de não ser capaz. Não acredita ser capaz de ter alguém que a ame, de fazer aquilo que quer, de se cuidar, desenvolvendo assim um sentimento de insegurança muito profundo, desistindo facilmente facilmente de tudo que começa.
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Como ela mesma não se ama se sujeita a qualquer tipo de relação para ter alguém ao seu lado, tornando-se dependente de relações destrutivas e não conseguindo forças para sair delas. Esse processo acontece inconscientemente. A pessoa não tem consciência do por que está agindo assim, apenas sente o sofrimento que pode se expressar em forma de angústia, dor no peito, choro, pesadelos, vazio, agressividade, depressão, depressão, punição, doenças. Culpam os outros pelos próprios erros, encaram todas as críticas como ataques pessoais e tornam-se dependentes de relações doentes. O maior indicador de uma pessoa com baixa autoestima é quando esta sente intensa necessidade de agradar, não consegue dizer "não", busca aprovação e reconhecimento por tudo o que faz, sempre querendo se sentir importante para as pessoas, pois na verdade, não se sente importante importante para si mesma. Com isso, se abandona cada vez mais. Seguem algumas características da baixa autoestima:
Insegurança. Inadequação. Perfeccionismo. Dúvidas constantes.
Sentimentos vagos de não ser capaz de realizar nada. Depressão. Não se permite errar. Necessidade de: agradar, de aprovação, de reconhecimento.
Algumas situações, sentimentos, emoções contribuem para que a autoestima diminua:
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Críticas e autocríticas. Culpa. Abandono. Rejeição. Carência. Frustração. Vergonha. Inveja. Timidez. Insegurança. Medo. Humilhação. Raiva. Perdas e dependência (financeira e emocional).
As raízes de uma autoestima positiva ou negativa remontam à infância, e a autoestima mantém uma estreita relação com a motivação ou o interesse da criança. Sem uma autoestima adequada, dificilmente a criança enfrentará seus aspectos mais desfavoráveis e as eventuais manifestações externas. Já a criança com autoconceito positivo vai se desenvolver de forma mais ativa, com mais facilidade em fazer amigos, com bom senso de humor, mais participativa em discussões e projetos. Também ela lida melhor com o erro, sente orgulho por contribuir e é mais confiante e afetiva. É fundamental o cuidado na formação da personalidade e no desenvolvimento de cada um, pois as marcas de uma educação inadequada são profundas. Porém, como diz Dalai Lama, “não importa quem atirou a flecha, o que importa é arrancá -la”.
Quando construímos ao longo do tempo uma boa dose de autoestima, somos mais ousados, corajosos, empreendedores. Passamos a conhecer também melhor os nossos limites e sabemos respeitá-los, comportando-nos de forma segura, confiante. Por outro lado, quando a nossa autoconfiança é abalada pela má formação da nossa autoestima, temos muito medo de mudar, de enfrentar o novo e muitas vezes perdemos a capacidade de sonhar. Podemos melhorar a autoestima passo a passo. Muitas pessoas têm dúvidas que limitam o seu potencial, duvidam de ser capazes de cumprir um novo trabalho, de manter um
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bom relacionamento ou de ser inteligente o suficiente para concluir uma universidade. Isso acontece nas escolhas, quando podemos deixar essas dúvidas internas controlar as nossas ações ou trabalhar através delas para melhorarmos o nosso potencial criativo e consequentemente a nossa autoestima. Todos têm a possibilidade de substituir imagens negativas por positivas e recomeçar um novo trabalho com a relação mais importante da nossa vida: a relação com nós mesmos. Mas para elevarmos nossa autoestima, é necessário:
autoconhecimento;
manter-se em forma física (gostar da imagem refletida no espelho);
identificar as qualidades e não só os defeitos;
aprender com a experiência passada;
tratar-se com amor e carinho;
ouvir a intuição (o que aumenta a autoconfiança);
manter diálogo interno;
acreditar que merece ser amado (a) e é especial;
fazer todo dia algo que o deixe feliz. Podem ser coisas simples como dançar, ler,
descansar, ouvir música, caminhar.
2.3 MARKETING PESSOAL
As empresas modernas sabem que todos os seus colaboradores vendem a imagem institucional e os profissionais bem-sucedidos sabem que eles não estão apenas vendendo um produto, serviço ou a própria imagem da empresa – eles estão se vendendo. Criar uma Marca Pessoal é é muito importante porque ela vende a pessoa, e não apenas o seu produto ou a sua
empresa. Ao criar uma Marca Pessoal , o profissional diferencia-se frente aos clientes internos e externos. Para essa construção, é necessária uma revisão interna, um processo de autoconhecimento e a construção de um ser diferente, repensando a comunicação, a forma de ser... Enquanto para as organizações, organizações, marketing tem tem relação com a conquista e manutenção de clientes, o marketing pessoal tem tem relaciona-se com a imagem que você mesmo projeta e o
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que as pessoas irão perceber do que você projeta. Ou seja, você está sendo cliente de você mesmo. Para construir o marketing pessoal, é preciso termos objetivos definidos, elemento fundamental para o desenvolvimento das estratégias de gerenciamento da nossa imagem profissional. Para o empresário Ricardo Bellino, autor do livro "O Poder das Ideias" (Editora Campus) Campus) e presidente da TrumpRealtyBrazil, controlada pelo magnata americano Donald Trump, marketing pessoal é uma poderosa ferramenta que "catalisa e destaca". Mas, de acordo com
Bellino, não anda sozinho. Tem de ser alimentado pela essência de cada um, seus princípios e valores, e principalmente por sua atitude. Suas posturas diante de diferentes situações podem operar milagres ou destruir sua reputação da noite para o dia. É necessário desenvolver um projeto pessoal para que essas mudanças possam realmente acontecer. Primeiro precisamos conhecer-nos profundamente: pontos fortes, diferencial, pontos a melhorar, o que gostamos e o que não gostamos, o que queremos, aonde queremos chegar, quais são nossos sonhos, quais são nossas metas. Depois precisamos definir nossas metas e as estratégias para conquistá-las. Logo, podemos desenvolver um plano de ação e implementá-lo. Precisamos ser flexíveis, mudanças são constantes nas nossas vidas, cada vez mais... Podemos pensar à vontade... Sonhar... Mas ao colocá-lo em prática, precisamos estar sempre abertos para reavaliações no decorrer do caminho. caminho.
O MAIS IMPORTANTE: NÃO PODEMOS DESISTIR NUNCA !!!
Marketing pesso al não é algo que você tem ou não tem, como um dom ou talento; é um
processo contínuo de conquistas que gera, como consequência, o valor que você passa a ter no mercado. A comunicação é um dos fatores fundamentais para quem deseja investir no seu próprio marketing, que é a capacidade que a pessoa tem de vender a sua própria imagem, pois através
de uma comunicação adequada mostra o próprio potencial, transmite credibilidade e confiança, sabe persuadir e argumentar; tem estilo e presença marcantes e a flexibilidade para se ajustar às diversas situações.
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FIGURA 7 – DESTACANDO-SE ENTRE A MULTIDÃO
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FONTE: Disponível em: . Acesso em: 05 dez. 2011. A aparência, a apresentação pessoal, bem como a postura, a voz, elegância e confiança, junto com suas atitudes e comportamentos é que formarão esse conjunto de ingredientes que comporão a sua imagem. Algumas sugestões que poderão ajudá-lo na busca e estruturação do seu marketing pessoal :
a. Faça algo para promover a sua própria imagem, como, por exemplo, cuidar melhor da sua própria aparência, resolvendo tudo àquilo que incomoda em você mesmo, seja seu peso, o vestuário etc.; b. Faça cursos de especialização ou aperfeiçoamento. Hoje se faz necessário um bom conhecimento de inglês e de espanhol, uma atualização nos novos programas de computador e, no mínimo, bons conhecimentos conhecimentos de Internet; c. Aproveite as oportunidades que surgirem para mostrar o potencial que tem, procurando vender-se mais; d. Conheça e amplie as suas próprias capacidades. Muitas pessoas deixam de fazer coisas, não por não terem capacidade, mas por desconhecerem a capacidade que possuem;
e. Realize, principalmente principalmente em atividades profissionais, profissionais, aquilo que lhe lh e dá prazer. Estará prestando um grande serviço a você mesmo e aos seus clientes por estar fazendo algo melhor, justamente porque porque lhe é prazeroso; f. Imagine-se no futuro e veja você lá. Imagine-se realizado, com muito sucesso pessoal e profissional e, muito feliz. Isso o ajudará a identificar o que precisa fazer hoje para conseguir o que deseja amanhã; g. Viva harmoniosamente com as incertezas e as surpresas. Elas fazem parte do processo da vida; não se deixe abater por dúvidas, medos ou fraquezas e quando, porventura, elas surgirem, evite mostrá-las para outras pessoas; h. Procure, acima de tudo, pautar a sua vida por princípios e valores. Lembre-se que o marketing pessoal pessoal é apenas um reflexo daquilo que você é, pensa e sente. "Marketing pessoal não é divulgar uma melhor imagem de nós mesmos, mas nos tornarmos pess pe ss oas oa s melh me lhor ores es”. ”.
Todas as pessoas com imagem forte possuem uma marca própria. Crie a sua, defina-a claramente. Ela vai reforçar seu esforço pessoal. Veja um exemplo, do que você lembra se lhe for mostrado um urso polar? Pessoas também têm essa marca, lembra dos óculos de Elton John, o boné de Milton Nascimento, a luva de Michael Jackson... O autoconhecimento e o brilho pessoal são essenciais para um bom marketing pessoal . Para fazer uma autoavaliação, aqui vão algumas recomendações de perguntas que um profissional deve fazer a si mesmo:
O que estou fazendo para promover a minha própria imagem?
Até que ponto eu mostro o potencial que tenho?
Eu sei quais são minhas capacidades?
O que eu faço bem e me dá prazer?
O que eu gostaria de fazer no futuro e que me faria feliz?
No supermercado você se defronta com marcas absolutamente confiáveis. Compra-as sem pestanejar, porque sua mente indica que você terá satisfação, porque ela já registrou que tais marcas são aconselháveis. O contrário também é verdadeiro: você evita jogar no carrinho determinadas marcas porque não as julga adequadas.
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O que é uma marca? Um conjunto de sinais exteriores que identificam um produto ou empresa. No caso do marketing pessoal, a marca é a nossa forma de ser, de nos apresentarmos para o mundo. Alguns cuidados são necessários na construção da nossa marca:
Não podemos esquecer que os itens da marca devem combinar entre si. Por
exemplo, se buscamos legitimidade como um contador com qualificação técnica acima da média, o fato de tocar num grupo de pagode não vai acrescentar nada. Já ser campeão de xadrez agrega bastante valor à marca. Precisamos então de coerência;
Não podemos ou devemos ficar mudando. Por exemplo, estilo de roupa que
muda muito torna a figura inconsistente aos olhos dos outros, além de ampliar a possibilidade de se interpretar algo inadequado a nosso respeito;
Precisamos buscar itens destacados, que identifiquem o profissional e o
diferencie da maioria. Por exemplo, o profissional Fulano é uma referência quando se fala em mercado imobiliário no Brasil;
Precisamos nos mostrar com frequência, explorando aquilo que temos como
ponto forte. Um profissional que é expert em vendas não deve deixar de ministrar palestras, dividir conhecimento... ;
É fundamental notarmos que marca não surge no vazio. Armani é Armani
porque é um nome reverenciado na moda, não porque fez marketing . Grandes empresas de marcas reconhecidas têm notoriedade e aceitação porque seus produtos, ao longo do tempo, revelaram-se excelentes, possuem consistência própria;
Você quer realizar grandes mudanças em sua vida? Comece tendo grandes
atitudes que conduzam a essa direção. Não desanime diante das dificuldades e encare as adversidades corajosamente. Isso faz parte da vida e constitui um interminável processo de aprendizado;
As pessoas não devem perceber quando estamos tristes, indispostos, ansiosos,
irritados ou nervosos. O que elas devem perceber é o melhor que temos e não nossos problemas ou dificuldades; dificuldades;
Combater o pessimismo, o negativismo, procurando agir com um entusiasmo
contagiante é fundamental. Precisamos manter o otimismo e o estado de espírito elevado. Nossa energia e vigor aumentam e podemos nos aplicar melhor a tudo que desejamos;
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A educação é uma das chaves do sucesso. Precisamos tratar a todos usando
palavras mágicas, como: "por favor...", "muito obrigado...", "com licença...", "por gentileza...", "bom dia, boa tarde, boa noite..." ;
O cuidado com o visual é outro foco fundamental. A primeira impressão é a que
fica e nunca teremos uma segunda chance de causar uma boa primeira impressão. Uma entrevista de emprego, por exemplo, exemplo, pede cuidados especiais. especiais. Unhas, cabelo e barba devem estar bem cuidados. A cor das roupas e calcados devem estar em harmonia. Cuidado com maquiagem, acessórios ou decotes;
A ética e a responsabilidade devem nortear nossas ações, que jamais poderão
prejudicar as pessoas a nossa volta. Devemos ter responsabilidade por atos, palavras e pensamentos. Hoje as empresas abominam quem não assume seus erros, quem busca culpados ou quem se vitimiza;
Nossa capacidade é igual a: conhecimento + a motivação para realizar.
Precisamos sempre estar abertos ao novo, aprender coisas novas e aplicar tais conhecimentos com sabedoria e precisão. Pontos fundamentais a serem trabalhados internamente internamente para construir a marca pessoal:
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a) b) c) d) e) f) g)
Flexibilidade; Proatividade; Criatividade; Busca de evolução contínua; Colocar o coração em cada ação; Ser um entusiasta; Confiar em si mesmo, não há mais lugar lugar para insegurança, ela é uma arma mortal para quem a possui e para os demais, pois limita a pessoa, torna-a muitas vezes fofoqueira, pessimista, há uma tendência para desvalorizar desvalorizar o outro... ;
h) Ter humildade; i) Resistência à frustração; j) Continuidade; Continuidade; k) Reciprocidade Reciprocidade (faça aos outros o que gostaria gostaria que fizessem fizessem com você) ;
l) Mudar a atitude: querer querer não é poder; poder; fazer é poder; m) É preciso ter um sentido para a vida; n) Viva o presente; o) Exija do seu cérebro (a maioria de nós utiliza menos do que 10% da capacidade de nosso cérebro); p) Ser um multiespecialista; q) Ver além; r) Muita paixão pelo que que faz, pela vida e por você mesmo, mesmo, pois cada um de nós é um ser único e especial, que depende somente do que nós construirmos em nós mesmos; s) Estar em contínua melhoria interna, colocando colocando cada novo tijolo da nossa construção até o último momento de nossas vidas. Sabendo que somos os responsáveis pelo nosso sucesso e por tudo o que fazemos.
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NÃO PODEMOS ESQUECER:
NÓS SOMOS OS PROTAGONISTAS DE NOSSAS VIDAS! Não podemos esperar que alguém construa nossa vida por nós. A atitude e a paixão precisam estar sempre presentes na
2.4 QUALIDADE DE VIDA E A INTERAÇÃO COM A EXCELÊNCIA PESSOAL FIGURA 7 – CÉREBRO
FONTE: Disponível em: . Acesso em: 06 dez. 2011. Para alcançarmos a excelência pessoal, manter nossa autoimagem e autoestima de forma consistente, bem como, para construirmos melhores sempre, para que nosso marketing pessoal seja adequado, é necessário pensarmos em manter nossa qualidade de vida. O primeiro
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e fundamental passo que precisamos dar para que isso aconteça está em cuidarmos de nosso cérebro. Um importante (se não o mais importante) órgão do corpo humano, responsável pela inteligência e pelos sucessos e insucessos pessoais e profissionais, é o cérebro, a estrutura mais complexa existente e o mais desafiante instrumento criado pela natureza. Tão importante que é o único órgão que tem uma “embalagem” rígida para sua proteção, que é o crânio.
É ele que cuida não só da manutenção da nossa vida como, também, das nossas emoções, da capacidade de raciocinar mais claramente, da facilidade maior ou menor de encontrar soluções para as diversas situações enfrentadas, pelo desenvolvimento da criatividade, pela nossa inteligência e pela aprendizagem. Ao contrário dos demais órgãos, o cérebro é o único que pode melhorar seu desempenho com o passar do tempo, quanto mais for utilizado. Um cérebro que está sendo constantemente exigido, treinado, utilizado e desafiado, terá um desempenho cada vez melhor; independente da idade da pessoa. Assim como os músculos, que crescem após o esforço decorrente de um exercício físico, os neurônios crescem quando estimulados. estimulados. Isso mesmo! O que cresce na célula nervosa são suas dendrites, ou seja, o neurônio passa a ter maior número de dendrites, e isso propicia um aumento significativo de conexões no cérebro, cé rebro, as chamadas sinapses. Consequentemente, as regiões cerebrais estimuladas ficam mais ativas e respondem melhor e mais rapidamente aos estímulos externos. Como o cérebro é dividido em duas partes chamadas hemisférios hemisférios (direito e esquerdo), e como essas duas partes são responsáveis por atividades e controles diferentes no corpo, é necessário ativar e estimular esses hemisférios para que trabalhem simultânea e integralmente, oferecendo a possibilidade possibilidade de utilização do cérebro de maneira total, em todo o seu potencial. Vamos a algumas dicas para potencializar potencializar mais o cérebro: O uso predominante do Quadrante Cerebral AE (Anterior Esquerdo) é característico de pessoas racionais, que priorizam a análise dos fatos ao resolver problemas e tomar decisões. Para potencializar esta região do seu cérebro:
Faça palavras-cruzadas; palavras-cruzadas;
Frequente bibliotecas, bibliotecas, museus e feiras de tecnologia;
Treine seu raciocínio em jogos de bilhar, golfe ou similares.
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O uso predominante do Quadrante Cerebral AD (Anterior Direito) é característico de quem possui um perfil visionário, que aposta no inusitado e promove mudanças. Para potencializar esta região do seu cérebro:
Curta cinema e artes plásticas;
Experimente Experimente uma viagem não usual e fotografe tudo que achar interessante;
Faça caminhada, arvorismo e outras atividades contemplativas. 41
O uso predominante do Quadrante Cerebral PE (Posterior Esquerdo) é característico co de pessoas voltadas à ação, que fazem o que precisa ser feito para atingir os objetivos propostos. Para potencializar esta região do seu cérebro:
Participe de competições ou assista a eventos esportivos;
Treine aeróbica, musculação ou artes marciais;
Adestre um animal.
O uso predominante do Quadrante Cerebral PD (Posterior Direito) é característico de pessoas com forte instinto gregário, que valorizam a expressão dos sentimentos e a estimulação dos sentidos. Para potencializar esta região do seu cérebro:
Vá ao teatro, a festas e shows;
Aprecie a gastronomia e cuide do seu bem-estar;
Faça programas em conjunto com seus amigos.
Uma corrente importante que defende a prática de exercícios de estimulação cerebral é a neuróbica. A neuróbica, modalidade criada e desenvolvida por Lawrence C. Katz, baseia-se em um estudo de informações sobre a organização do cérebro humano e como determinadas atividades produzem nutrientes naturais do cérebro. Com esse tipo de exercício, o cérebro tornase mais rápido e flexível, permitindo a realização de qualquer tarefa mental, mesmo que esta pareça um desafio.
Com o passar dos tempos, a capacidade cerebral continua a se desenvolver, mesmo com o envelhecimento natural do corpo e a neuróbica atua na cabeça da mesma forma que os exercícios físicos criam condições para o desenvolvimento muscular. O programa de exercícios consiste em proporcionar ao cérebro experiências fora da rotina, utilizando inúmeras combinações dos cinco sentidos – tato, paladar, olfato, visão e audição – como ligar um nome a um som ou um odor a um sabor. A mudança da rotina é um importante elemento para o desenvolvimento da capacidade mental. "A Neuróbica tem como objetivo ajudá-lo a manter um nível permanente de capacidade, força e flexibilidade mental na medida que vai ficando mais velho”. A rotina é realizada através
dos mesmos circuitos cerebrais, não ativando novos circuitos, os quais vão se perdendo com o envelhecimento (caso não sejam realizados exercícios cerebrais). Dentre os cinco sentidos, o olfato é o mais importante em relação à ativação da memória, pois se relaciona diretamente com o hipocampo (centro da formação da memória e mapas mentais) e com o sistema límbico: processamento de emoções. Assim, o aroma de pão fresco, café ou de uma flor nos desperta emoções que estimulam a memória para diversos acontecimentos de nossa vida. Aí vão alguns exercícios cerebrais propostos pelo Dr. Katz em seu livro. Escolha um ou dois e os faça ao começar e ao terminar o dia, procurando não repeti-los por muito tempo para que não se tornem rotineiros:
a) Ao acordar, cheire uma essência de aroma diferente por uma semana: eucalipto, limão, alecrim, baunilha etc. Feche o frasco e o abra novamente depois de tomar o banho e se vestir. b) Escove os dentes com a outra mão. Se a sua mão dominante for à direita, escove os dentes com a esquerda e vice-versa. c) Troque de mão também ao pentear o cabelo, abotoar as roupas, comer, usar o controle remoto. d) Tome banho de chuveiro com os olhos fechados fe chados e tome todas as precauções para não cair ou se machucar. Tome consciência da textura e temperatura da água, sabão, de sua pele etc. e) Mude suas atividades de rotina: vista-se depois do café, ligue a TV num programa que nunca viu; leve o cachorro para passear por um novo caminho. f)
Quando for tomar banho, use uma série de estímulos sensoriais: óleos aromáticos para o banho, sabonetes perfumados, esponjas, escovas, toalhas macias, creme hidratante. TOME UM BANHO DIFERENTE!
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Executados diariamente, esses exercícios têm, entre outros objetivos, “dar a partida” ao
cérebro de maneira que possamos aproveitar aproveitar eficazmente todo o seu potencial, tornando-o mais alerta, mais claro na maneira de pensar, mais energético e mais positivo. Com a prática constante de cuidados e exercícios cerebrais, nosso cérebro torna-se mais ativo, energizado e disposto para o trabalho e nos torna pessoas mais inteligentes, com autoestima reforçada e vitoriosas em nossa vida pessoal e profissional. TENTE FAZER UM TESTE: 43
Use o relógio de pulso no braço direito. Escove os dentes com a mão contrária da de costume. Vista-se de olhos fechados. Ande pela casa de trás para frente. Estimule o paladar, coma coisas diferentes. Veja fotos de cabeça para baixo. Veja as horas num espelho. Faça um novo caminho para ir ao trabalho. Converse com o vizinho que nunca dá bom dia...
As palavras cruzadas constituem um dos instrumentos usados por neuropsiquiatras e terapeutas no que eles chamam de "ginástica cerebral", no tratamento da Doença de Alzheimer e outros casos em que há perda de memória. O objetivo é fazer com que o cérebro estimule o funcionamento funcionamento e a extensão da memória; quanto mais informações os neurônios recebem, mais sedentos de novos dados eles ficam, criando novas ligações - as sinapses - entre eles. Outro cuidado com o nosso cérebro é tomar um copo de água, logo ao acordar, ainda em jejum. A água estimula o cérebro porque ativa o sistema elétrico do corpo e os neurônios, que são as células especiais que compõem o cérebro, sendo que temos de 18 a 22 bilhões deles comunicando-se uns com os outros através de impulsos elétricos. Como a água conduz a
eletricidade, ela faz com que a pessoa raciocine melhor e de forma mais rápida. Mas também é importante mencionar que devemos tomar no mínimo dois litros de água por dia. A água é a gasolina do cérebro. O cérebro precisa de combustível porque é um órgão físico e está sujeito às leis do universo. Na matéria, nada funciona sem energia. Todos esses cuidados fazem com que iniciemos e consigamos manter-nos em contato com a conscientização da importância da qualidade de vida para nossa excelência pessoal e profissional. Também precisamos mudar crenças, valores e hábitos que nos aproximem do mau stress, também denominado de distress, sempre adaptando-nos aos momentos vivenciados,
procurando viver de forma equilibrada e com foco em ser feliz, o maior tempo possível, nos leva à saúde total. Já que a felicidade promove a inteligência e os sentimentos positivos multiplicam as conexões entre os neurônios, segundo os Neurocientistas, se colocarmos a felicidade como objetivo de vida caminharemos para uma existência melhor. Aqui propiciamos algumas orientações simples para prevenir o distress e para que possamos aprender a ser feliz: a.
Pratique técnicas de relaxamento, utilizando fitas ou CDs especializados, ou
apenas relaxe ouvindo uma música ou mentalizando sobre a natureza; b.
Procure reinterpretar os eventos, ou seja, verifique se a forma como está
interpretando os fatos, seu desempenho e suas realizações, está produtiva; c.
Procure explicações alternativas para tais situações. Existem várias formas de
se interpretar uma situação, será que você está escolhendo a que lhe traz mais sofrimento? ; d.
Verifique se está se estressando com situações imaginárias, que já passaram ou
que não aconteceram ainda e que talvez nem aconteçam. Tente se concentrar no presente e no que é real; e.
Reflita e avalie a si mesmo sobre seus objetivos de vida, principais interesses,
senso de humor, questões humanitárias humanitárias e o que lhe dá prazer real; f.
Será que você está caminhando na vida na direção em que realmente quer ir e
com satisfação? Ou está indo ao sentido contrário de seus objetivos reais e experimentando sempre tensão e desconforto?; desconforto?; g.
Compreenda seus limites. Você pode querer, mas não é um super-herói e tem
limites, queira ou não queira. Portanto, melhor assumir isso e parar quando perceber que está indo além do possível;
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h.
Pense na área social, faça amizades. Cultive afeto nos relacionamentos, olhe e
escute de fato as pessoas, talvez elas tenham coisas importantes a lhe dizer, coisas que você não sabe. Você não tem que saber tudo, se dê o direito de aprender; i.
Procure realizar diariamente atividades que não sejam profissionais, conversar
sobre outros assuntos, caminhar, olhar a natureza, ouvir música, ou, simplesmente, tirar um tempo só para você pensar sobre sua vida, estabelecendo metas também na área pessoal; j.
Não permita interrupções quando estiver resolvendo um assunto importante; 45
faça uma coisa de cada vez; k.
Invista no seu crescimento pessoal, pense em ser e não apenas em ter , realizar ,
concretizar ;
l.
Procure uma alimentação saudável. Leia sobre o assunto. Oriente-se com um
profissional da saúde. Cuide-se!; m.
Durma de forma adequada. Cuide de tudo, um pijama adequado, um ambiente
sem ruídos ou luz, um relaxamento antes de dormir. Pense em “desligar -se”, não pense no que
fará amanhã, nem em preocupações. Agradeça pelo seu dia e visualize uma paisagem colorida que traga tranquilidade; tranquilidade; n.
Corra sempre atrás dos seus propósitos. Tenha sempre objetivos, metas, tudo
bem definido, plausível; o.
Pratique o otimismo! Sorria para a vida. Veja a força que você tem e enalteça-a
diariamente. Pratique o autoelogio. Roberto Shinyashiki, no seu livro Tudo ou Nada refere: “A vida exige de nós uma atitude proativa. Somos agricultores que recebem apenas as sementes do amanhã, precisamos aprender a plantá-las, cultivá-las e colhê- las”.
Mas precisamos nos lembrar acima de tudo que prevenir é melhor do que remediar. Precisamos prevenir para não ter que curar o distress. Viver bem hoje para amanhã não nos arrepender do que deixamos de fazer, ou de algo que fizemos e condenamos. Aceitar os desafios da vida e construir construir sempre deve ser nosso lema.
Dessa forma, exercitamos o autoconhecimento, integrando a construção contínua da autoimagem, da autoestima, do nosso marketing pessoal pessoal e permeando toda a construção com o fator fundamental que é o cuidado conosco e com a nossa vida. Vamos pensar como na fábula contada por Betinho como metáfora de solidariedade, que devemos fazer nossa parte, como o beija-flor: Diz a lenda que havia uma imensa floresta onde viviam milhares de animais, aves e insetos. Certo dia uma enorme coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento, as chamas já eram visíveis por uma das copas das árvores. Os animais assustados diante da terrível ameaça de morrerem queimados, fugiam o mais rápido que podiam, exceto um pequeno beija-flor. Este passava zunindo como uma flecha indo veloz em direção ao foco do incêndio e dava um voo quase rasante por uma das labaredas, em seguida voltava ligeiro em direção a um pequeno lago que ficava no centro da floresta. Incansável em sua tarefa e bastante ligeiro, ele chamou a atenção de um elefante, que com suas orelhas imensas ouviu suas idas e vindas pelo caminho, e curioso para saber por que o pequenino não procurava também se afastar do perigo como todos os outros animais, pediu-lhe gentilmente que o escutasse, ao que ele prontamente atendeu, pairando no ar a pequena distância do gigantesco curioso. – Meu – Meu amiguinho, notei que tem voado várias vezes ao local do incêndio, não percebe o perigo que está correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si próprio! O que você está fazendo de tão importante? – – Tem razão, senhor elefante, há mesmo um grande perigo em meio àquelas chamas, mas acredito que se eu conseguir levar um pouco de água em cada voo que fizer do lago até lá, estarei fazendo a minha parte para evitar que nossa mãe floresta seja destruída. Em menos de um segundo, o enorme animal marchou rapidamente atrás do beija-flor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que el e lançava sobre as chamas. Notando o esforço dos dois, em meio ao vapor que subia vitorioso dentre alguns troncos carbonizados, outros animais lançaram-se ao lago formando um imenso exército de combate ao fogo. Quando a noite chegou, os animais da floresta exaustos pela dura batalha e um pouco chamuscados pelas brasas e chamas que lhes fustigaram, sentaram-se sobre a relva que duramente protegeram e contemplaram um luar como nunca antes haviam notado.
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3 GESTÃO DO CONHECIMENTO DO OUTRO
Como visto a competência interpessoal, a capacidade relacional passa a ser a medida de inteligência dentro dessa era de rápidos avanços tecnológicos e mudanças aceleradas em todos os campos. Nosso desafio passa então a ser a mudança de crenças, valores e hábitos, ou seja, uma mudança interna para acompanhar tais mudanças externas e conseguirmos nos reconstruir sempre de forma melhor, acompanhando o movimento das várias vertentes em que nos inserimos. Uma mudança congruente e profunda de cada um de nós passa então a ser necessária não para diferenciação diferenciação no mercado, mas para sobrevivência. Nos dois primeiros conteúdos, já avaliamos o que são competências, quais as que se destacam para nos construirmos como profissionais e como pessoas melhores, bem como analisamos a importância do autoconhecimento e como gerir tal competência em nossa vida. Agora, vamos nos concentrar em mais competências essenciais para nossa reconstrução, que compõem a gestão do conhecimento do outro, aspecto também obrigatório dentro da gestão do conhecimento para a construção de um novo contrato de vida, compatível com todas as mudanças que acontecerão daqui para frente.
3.1O COMPORTAMENTO HUMANO
FIGURA 8
FONTE: Disponível em: . >. Acesso em: 06 dez.2011.
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No mundo organizacional moderno, o comportamento é um diferencial competitivo para qualquer profissional que tem como meta uma carreira ascendente dentro da empresa e o desejo de ser bem sucedido em sua vida, alcançando a realização tanto profissional quanto pessoal. Na atualidade, um dos aspectos do comportamento humano que tem sido incentivado é aquele que procura compreender como as pessoas vivem e resolvem problemas dentro do seu contexto de trabalho. Na administração de empresas, nota-se que o elemento humano caracteriza-se caracteriza-se como fator preponderante na facilitação ou comprometimento comprometimento quando se trata de atingir os objetivos organizacionais. organizacionais. O comportamento humano abrange todas as reações dos indivíduos, quer estas se exteriorizem em gestos, palavras ou atos, quer ocorram apenas no interior do próprio ser, constituindo suas tendências, desejos, interesses, emoções, sentimentos, paixões e ideias. Entendemos por comportamento, características intrínsecas do indivíduo, associadas ao conhecimento, experiência, conjunto de vivências pessoais e influência da cultura onde está inserido. Nessa definição, comportamento é a forma com que a pessoa demonstra como ela funciona em diferentes situações e momentos. Tal comportamento difere de pessoa para pessoa e é fundamental nas relações. FelaMoscovici, especialista em comportamento humano, cita que o comportamento é influenciado por três conjuntos interdependentes de variáveis internas: Competência, que compreende aspectos intelectuais inatos e adquiridos,
conhecimentos, capacidades, experiência e maturidade; energia, que se manifesta no nível de intensidade e na extensão temporal de atividade física e mental, nas emoções e sentimentos, nas características de temperamento e humor; e ideologia, que abrange um conjunto de ideias e princípios hierarquizados, com lastro em valores sociais, políticos, religiosos e filosóficos que influenciam a percepção, o raciocínio, o julgamento e as decisões. Para ela, comportamento, desempenho e posicionamento resultam da interação desses três subsistemas entre si com os sistemas externos. Essa construção se dá ao longo de toda a vida e deve ser mudado sempre que necessário. Porém, para mudarmos algum comportamento é necessária muita determinação, coragem, paciência, resiliência resiliência e persistência. persistência. A mudança de comportamento para realmente ser sólida demora e, mesmo quando observamos que a mudança ocorreu, a vigília deve ser uma constante, pois em algum momento podemos retomar o comportamento anterior por alguma razão pontual.
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Inicialmente para mudar um comportamento precisamos saber as razões que nos levam a isso e precisamos antes de tudo querer. Para que possamos conseguir o que queremos, precisamos primeiro descobrir o que nos impede de entrar em ação. Vamos lembrar-nos de alguma coisa que temos evitado fazer e que normalmente deixamos para a última hora por não ser tão agradável, ou mesmo, porque achamos que vai nos gerar trabalho tal tomada de decisão. Vamos anotar para ficar mais claro e depois podermos tomar uma atitude. _____________________ ______________________________ ____________________ ____________________ ___________________ ___________________ _________________ ________ _____________________ ______________________________ ____________________ ____________________ ________________________ _________________________ ____________ __ _____________________ ______________________________ ____________________ ____________________ ___________________ ___________________ _________________ ________ _____________________ ______________________________ ____________________ ____________________ ___________________ ____________________ _________________ _______ _____________________ ______________________________ ____________________ ____________________ _________________________ ___________________________ ___________ _____________________ _______________________________ ____________________ ________________________ ________________________ ___________________ ___________ Agora, além da atitude para resolução de cada uma delas, vamos mudar a crença que nos leva a estas procrastinações que tanto nos atrapalham na vida. Precisamos acreditar que não adianta fazer de conta que o problema, ou a decisão, não existe; ao adiarmos, só adiamos o problema. Enquanto isso, dentro de nós continua o peso advindo desse adiamento e nem percebemos, pois é inconsciente na maioria das vezes. O segredo está em conhecer quais as duas poderosas forças que nos mobilizam para colocar em ação e com isso passar a usar essas forças a nosso favor para conseguir o que queremos. Quais são elas?
A força de fugir de tudo o que causa dor;
A força de buscar tudo o que causa prazer.
Curiosamente, 80% dos seres humanos são movidos a fugir da dor, e apenas 20% sentem-se impulsionados impulsionados a agir por algo que lhes causa prazer. De outra forma, é mais fácil ficar “sentado” no sofá quando está tudo bem ao invés de “levantar” para buscar algo que deseja.
Porém se tiver um prego incomodando, causando dor, pulamos do sofá e ficamos em pé rapidamente, não é mesmo? Cada um de nós aprendeu formas de fugir da dor e buscar prazer. Uns fazem isso bebendo, fumando e comendo compulsivamente. Outros fazem se exercitando, trabalhando, conversando, conversando, ajudando outras pessoas. Quais são os padrões que nós temos utilizado para mudar nosso estado emocional?
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Faça uma lista. Você liga a televisão ou vai ler um livro? Acende um cigarro ou vai tocar violão? _____________________ ______________________________ ____________________ ____________________ ___________________ ____________________ ____________ _____________________ ______________________________ ____________________ ____________________ _________________________ ___________________________ ___________ _____________________ ______________________________ ____________________ ____________________ ___________________ ___________________ _________________ ________ _____________________ ______________________________ _______________________ _________________________ _____________________ ___________________ ____________ ___ _____________________ ______________________________ _______________________ _________________________ _____________________ ___________________ ____________ ___ _____________________ ______________________________ ____________________ _________________________ ________________________ ___________________ _________ Após fazer essa lista, precisamos encontrar conscientemente qual é o modo mais positivo com que poderíamos poderíamos afastar-nos da dor e nos aproximarmos aproximarmos do prazer.
Essa escolha consciente é facilitada quando mudamos o foco e transformamos um acontecimento aparentemente doloroso em uma oportunidade agradável de aprender, ser mais produtivo, crescer e ajudar os outros. Vamos refletir com uma metáfora: “Certa vez um motorista, ao entrar num posto de gasolina, ouviu um cachorro deitado e
chorando num canto e perguntou ao dono do posto porque ele estava chorando daquele jeito". Ele respondeu: – Porque ele está deitado em cima de um prego. O motorista curioso: – Por que ele não levanta, então? O dono do posto concluiu: – Porque não deve estar doendo tanto assim.” Quantos de nós estamos deitados “em cima dos pregos”, reclaman do da dor que causa,
mas não nos levantamos, pois não está doendo tanto assim? Um profissional competente não é aquele que faz tudo direitinho, mas aquele que se permite errar, que permite arriscar, que joga munido de conhecimentos e boa dose de intuição. Sair do comodismo é fundamental, pois se não houver essa ação, essa atitude, não há mudança de comportamento. A determinação e persistência são fundamentais, como no caso de Soichiro Honda: Um homem investe tudo o que tem em uma pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios, empenha as próprias joias da esposa. esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido. O homem desiste? Não!
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Volta à escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o tachavam de "visionário". O homem fica chateado? Não! Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele. Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que, grande parte dela é destruída. O homem se desespera e desiste? Não! Reconstrói sua fábrica, mas um terremoto novamente novamente a arrasa. Essa é a gota d´água. O homem desiste? Não! Imediatamente após a guerra, segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida comida para a família. Ele entra em pânico e desiste? Não! Criativo, ele adapta um pequeno motor a sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas ''bicicletas motorizadas''. A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadorias. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a ideia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantaram o capital necessário para a indústria. Encurtando a história: Hoje, a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque Soichiro, seu fundador, fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente repetidamente, mostrando persistência, persistência, determinação determinação e resiliência. Hoje temos que que criar e recriar recriar se quisermos quisermos nos construir construir melhor. Descobrir nas adversidades, novos caminhos, quebrando os nossos próprios paradigmas e, principalmente, conscientes de que o erro é natural e parte integrante do processo de crescimento e aprimoramento. Dicas para desenvolver a capacidade de mudança, de arriscar:
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Risque a palavra “não” do seu vocabulário, bem como o “e se”.
Não julgue logo de início início uma ideia que você você teve, pese na balança prós e contras sempre. outras pessoas. pessoas. Divida experiências. Converse com outras Olhe tudo de diversos ângulos. Goste de trabalhar em equipe. empresa, compartilhe Se você é um líder dentro da empresa, criatividade e incentive a mesma na equipe. mudanças ao seu seu líder e, Não tenha medo de sugerir mudanças se você for líder, não tenha medo de arriscar. Não obedeça: desenvolva e execute. Não pense somente no seu reconhecimento, pense no reconhecimento de todos e de sua carreira. Estabeleça sempre metas no futuro próximo que o mobilize para crescer e atingir sua realização. ajudar os outros a crescer crescer também, só assim, Goste de ajudar você crescerá mais sempre. Não tenha medo de errar, arrisque, afinal a fórmula do empreendedorismo é: determinação + resiliência + persistência + coragem.
3.2O RELACIONAMENTO Assim como somos seres sociais não podendo prescindir do relacionamento com os outros, nós, dentro da organização, não estamos sozinhos. E é dessa interação que dependem os níveis de produção, qualidade e eficácia da organização a que pertencemos, pois todos lutamos por um objetivo comum. Tanto nossa vida quanto a de nosso colega não se limita ao trabalho. Portanto, nunca podemos julgar o comportamento alheio sem levar em conta um conjunto de realidades diferentes, que são sua individualidade, individualidade, seus problemas, seu círculo familiar, sua convivência em outros grupos sociais...
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Considerando que todos somos diferentes, as relações passam a ser fonte de crescimento, de riqueza na construção do autoconhecimento, de amadurecimentos na compreensão do outro e na convivência convivência com as diferenças. As diferenças individuais são inevitáveis com suas consequentes influências na dinâmica interpessoal. Essas diferenças não podem ser consideradas inerentemente boas ou más. Porém, não podemos esquecer que as diferenças individuais propiciam riqueza de possibilidades, de opções para melhores e/ou piores maneiras de agir, dependendo da situação vivenciada. A partir dessas divergências, as pessoas colocam-se em posições antagônicas, caracterizando uma situação de conflito. Os conflitos são componentes inevitáveis e necessários da vida em grupo e são positivos na medida em que: previnem a estagnação, desafiam a oposição, atuando como raiz de mudanças pessoais, grupais e sociais. Os conflitos existem desde o início da humanidade, fazem parte do processo de evolução dos seres humanos e são necessários para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer sistema familiar, social, político e organizacional. O conflito é fonte de novas ideias, permite a expressão e exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores. A administração de conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação. Possíveis causas do conflito: a. Experiência de frustração de uma ou ambas as partes; b. Diferenças de personalidade; personalidade; c. Metas diferentes; d. Diferenças em termos de informações e percepções. percepções. Para lidar com conflitos, é importante conhecê-los, saber qual a sua amplitude e como estamos preparados para trabalhar com eles.
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Tipos de conflito a. Conflito latente: não é declarado, por vezes é inconsciente entre os membros envolvidos. b. Conflito percebido: as pessoas envolvidas percebem racionalmente a existência destes, embora não haja manifestações manifestações dos mesmos. c. Conflito sentido: é aquele que já atinge ambas as partes e que há emoção de forma consciente. consciente. d. Conflito manifesto: é aquele que atingiu ambas as partes e já é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica da organização. As consequências do conflito podem ser positivas ou negativas. Os aspectos que podem ser considerados como negativos e aparecem com frequência dentro das organizações: organizações:
Quando os conflitos desviam a atenção dos reais objetivos, colocando em
perspectiva os objetivos dos grupos envolvidos no conflito e mobilizando os recursos e os esforços para a sua solução;
Quando os conflitos tornam a vida uma eterna derrota para os grupos de
“perdedores habituais”, interferindo na sua percepção e na socialização daqueles que entram na
organização;
Quando os conflitos favorecem a percepção estereotipada a respeito dos envolvidos,
como ocorre frequentemente em organizações. Se por um lado existem os estereótipos genéricos referentes às categorias profissionais, dentro de cada organização, além dos tipos que fazem parte de sua cultura individual, como seus heróis, mitos, tipos ideais, começam a surgir seus “perdedores”, “ganhadores”, “culpados” e “inimigos”.
Os potenciais efeitos benéficos dos conflitos podem ser:
Os conflitos são bons elementos de socialização, pois oferecem aos novos
participantes de um grupo a sensação de envolvimento envolvimento com alguma causa;
Eles ajudam a equilibrar as relações de poder dentro da organização, pois em
qualquer episódio de conflito pode haver diferente ganhadores (independentemente das percepções anteriores);
Estes propiciam a formação de alianças com o objetivo de ganhar num conflito
específico, mas também de garantir mais poder.
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Sejam eles positivos ou negativos, os conflitos podem ser considerados úteis pelo papel que desempenham na vida das pessoas. Para uma eficaz resolução dos conflitos, é preciso compatibilizar alguns passos a ser seguido, conhecer e aplicar alguns “saberes” e, também, definir o estilo a ser adotado.
Os seguintes passos são considerados de suma importância: a. Criar uma atmosfera afetiva; b. Esclarecer as percepções, cuidando para a comunicação ser transparente e precisa, incentivando a empatia nos diversos envolvidos; c. Focalizar em necessidades necessidades individuais e compartilhadas; compartilhadas; d. Olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado; e. Gerar opções de ganhos mútuos, para que ambas as partes se comprometam com a correção do ocorrido; f. Desenvolver passos para a ação a ser efetivada; g. Estabelecer acordos de benefícios mútuos. O manejo de situações de conflito é essencial para as pessoas e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas é que nascem as oportunidades de crescimento. Essa aprendizagem dos diferentes papéis exercidos e de nossa postura frente aos mesmos inicia-se com o processo de socialização do homem. Esse é um processo de troca, onde o dar e o receber são uma constante. Ele é facilitado ou dificultado pelo meio. Nas nossas relações de trabalho, devemos observar alguns aspectos básicos a fim de que essas relações sejam saudáveis e que os conflitos não se transformem em hostilidade.
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3.3 COMPORTAMENTO EM GRUPO
FIGURA 9 – REUNIÃO ANIMADA
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FONTE: Disponível em: . >. Acesso em: 06 dez. 2011.
Como vimos, o comportamento humano é complexo e multidimensional. Essa complexidade reside, principalmente, no grande número de variáveis envolvidas que afetam o comportamento. Essas variáveis podem ser de cunho individual, envolvendo: características inatas, as experiências adquiridas ao longo da vida; bem como podem ser de cunho ambiental, abrangendo todos os possíveis eventos extrínsecos ao indivíduo, tais como grupo social e cultura. O comportamento das pessoas nos grupos é algo mais do que a soma dos comportamentos de cada uma delas. Os grupos diferem um do outro, sendo que cada grupo apresenta características que são marcantes de acordo com sua atuação e possuem uma personalidade própria, a qual se denomina de sintalidade. Ela reflete os valores aprendidos pelos indivíduos que compõem o grupo. Quando estão em grupo, os indivíduos agem de maneiras diferentes de quando estão sozinhos. Podemos classificar os grupos em formais e informais:
a. Grupos Formais – são aqueles definidos pela estrutura da organização, com atribuições de trabalho que estabelecem tarefas. O comportamento de seus membros é estipulado e dirigido em função das metas organizacionais, organizacionais, a saber:
De Comando: são grupos determinados pelo organograma da organização. Em
geral incluem um gerente e os colaboradores que se reportam diretamente a ele. Ex.: O diretor de um hospital e os seus médicos principais formam a mesa administrativa, ou seja, um grupo de comando das atividades da organização;
De Tarefa: são grupos definidos pela organização e formados por pessoas que se
juntam para executar tarefas específicas. específicas. Contudo, não se limitam à área de seu superior hierárquico imediato e podem ultrapassar as relações de comando. b. Grupos Informais – são alianças que não são nem estruturadas formalmente nem determinadas pela organização. São formações naturais dentro do ambiente de trabalho, que surgem em resposta à necessidade de contato social, como:
De Interesse: são grupos de pessoas que se juntam para alcançar um objetivo
comum que atenda aos seus interesses pessoais ou similares;
De Amizade: são grupos de pessoas que ultrapassam o ambiente de trabalho para
manter relacionamentos sociais. Nas organizações, a interação das pessoas acontece em dois níveis distintos, porém concomitantes e interdependentes: o nível da tarefa e o nível socioemocional. O nível da tarefa compreende atividades visíveis, observáveis, acordadas, tanto nos grupos formais de trabalho quanto nos grupos informais. Já o nível socioemocional é o responsável por sensações e sentimentos variados já existentes ou gerados pela própria convivência no grupo. O nível socioemocional é responsável pela manutenção do grupo, por seu crescimento, amadurecimento e pela satisfação de cada participante. Os níveis de tarefa e socioemocional representam conjuntos de forças presentes e atuantes na situação interpessoal e grupal, e que exercem permanente influência recíproca. Salientamos que comportamento humano individual não serve de base para se extrair conhecimentos e conclusões sobre a atuação do grupo, pois, como já vimos anteriormente, as pessoas em grupo agem de forma diferente da que adotam quando estão sós, o que faz com que o grupo assuma uma configuração própria que influi nos sentimentos e ações de cada um e desenvolve o seu próprio processo.
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Outra realidade é que o autoconhecimento só pode ser obtido com a ajuda dos outros, por meio de feedback . Se o indivíduo tem percepção mais acurada de si, então pode, também, ter percepção acurada da situação interpessoal.
3.4 EQUIPES: O QUE É NECESSÁRIO MUDAR PARA CONVIVER 58 Como vimos até aqui, para dar sentido a nossas vidas, precisamos experimentar o relacionamento de grupo e seus valores, bem como compreender o papel que desempenhamos nos diferentes grupos aos quais nos inserimos. Segundo Chiavenato, “com todas as mudanças organizacionais que estão ocorrendo na
grande maioria das empresas, seja por programas de qualidade total, desenvolvimento organizacional, organizacional, reengenharia, reengenharia, downsizing e e coisas do gênero, o certo é que está havendo uma forte tendência para o fortalecimento de grupos e de equipes de trabalho em detrimento do antigo enfoque formal, departamental ou divisional que existia nas empresas. O novo ambiente de trabalho procura privilegiar a mudança e adaptação e, principalmente o desempenho excelente. E como as empresas estão à luta para maior produtividade, qualidade total, satisfação do cliente, o certo é que elas estão buscando novos e criativos meios para utilizar os grupos e equipes de pessoas como a base fundamental para a melhoria do desempenho”.
Reforçando os conceitos, grupo é toda reunião de indivíduos e equipe; é toda a reunião de pessoas em função de um objetivo em comum. Equipe é um grupo que compreende seus objetivos e está engajado em alcançá-los, de forma compartilhada, onde a comunicação entre os membros é verdadeira, as opiniões divergentes são estimuladas, a confiança é grande, as habilidades complementares dos membros possibilitam alcançar os resultados. Competências como respeito, cooperação e empatia são elevadas na equipe, bem como, esta investe constantemente em seu próprio crescimento. Ainda segundo Chiavenato, a utilização do termo equipe está sendo cada vez mais crescente para referir-se a vários tipos de grupos formais. No ambiente de trabalho, a equipe é um pequeno grupo de pessoas com habilidades complementares e que trabalham em conjunto para alcançar um propósito comum para o qual são coletivamente responsáveis. Uma equipe gera sinergia positiva através do esforço coordenado. Os esforços individuais são integrados para resultar em um nível de desempenho que é maior do que a soma de suas partes
individuais. Para ele, o que difere uma equipe de um grupo de trabalho são basicamente quatro aspectos fundamentais: 1. Objetivo: enquanto o grupo tem por objetivo partilhar informações, a equipe está voltada para o desempenho coletivo e integrado. 2. Sinergia: enquanto Sinergia: enquanto o grupo apresenta sinergia neutra, e muitas vezes negativa, a equipe é capaz de desenvolver sinergia positiva. 3. Responsabilidade: Responsabilidade: enquanto o grupo caracteriza-se pela responsabilidade individual e isolada, a equipe caracteriza-se pela responsabilidade individual e mútua, coletiva e solidária entre os membros. 4. Habilidades: enquanto Habilidades: enquanto o grupo utiliza habilidades randômicas e variadas de seus membros, a equipe caracteriza-se pela complementariedade das habilidades dos seus membros para a realização de uma tarefa comum, conjunta e integrada.
Uma equipe de trabalho pode atingir alto nível de desempenho em termos de produtividade e qualidade, desde que seus membros sintam satisfação com suas tarefas, com os objetivos traçados e com o alcance dos objetivos, com as relações interpessoais com os demais e com a qualidade de vida no trabalho. No fundo, a eficácia de uma equipe de trabalho depende, quase sempre, das seguintes condições: 1.
Grau de lealdade dos membros entre si e com o líder da equipe;
2.
Os membros e líder têm confiança mútua e acreditam uns nos outros;
3.
Os membros têm habilidade para ajudar os demais a desenvolver seu pleno
potencial; 4.
Os membros comunicam-se plena e francamente sobre todos os assuntos;
5.
Os membros estão seguros em tomar decisões apropriadas;
6.
Os valores e necessidades de cada membro coadunam-se com os valores e
objetivos da equipe; 7.
O grau de espírito empreendedor e de responsabilidade individual e coletiva
pelos resultados e consequências;
59
8.
A ação inovadora e o senso de inconformismo com o presente. Em outros
termos, a vontade dos membros de aprender, de melhorar, de ultrapassar e de ser excelente. De forma geral, os grupos existem em todas as organizações ou estruturas, porém a existência de equipes não é tão comum, pois depende de uma série de mudanças comportamentais tanto dos profissionais de forma individual, como na mudança do grupo em si para essa passagem. Sabemos que para ocorrer essa mudança de grupo para equipe, é necessário que os membros e o grupo estejam comprometidos com os processos de mudança necessários. E quais são essas mudanças? Individualmente é necessário que haja uma conscientização que o papel do profissional moderno e as competências necessárias vistas anteriormente são fundamentais. Se não houver a mudança individual, não é possível a mudança do grupo em si. Para que essas mudanças sejam realizadas, precisamos utilizar a fórmula do empreendedorismo já vista, bem como ter muita motivação, principalmente automotivação. Mas como encontrar entusiasmo diante das dificuldades da vida moderna? Na verdade, não há receita; alguns comportamentos irão diferenciar as "pessoas motivadas" das "pessoas não motivadas". Atitudes que nos auxiliam a permanecer motivado: motivado: a. Ter a consciência de que a motivação está dentro de nós: muitas vezes, acreditamos que "se a empresa me der um aumento...", "o dia que comprar aquele carro..." eu me sentirei motivado. ERRADO! Motivação é uma força, uma energia que está dentro de cada um de nós. O que recebemos do meio externo são estímulos e incentivos, mas temos que aprender a encontrar essa força constantemente e não somente quando estamos "pra baixo"; b. Ter metas e objetivos: ninguém consegue manter-se motivado se não possui metas, se não sabe aonde quer chegar. É preciso estabelecer objetivos desafiadores e traçar os caminhos para alcançá-los. Na maioria das vezes, precisamos ir à busca e criar as oportunidades para que as coisas realmente aconteçam. As oportunidades não cairão do céu e precisamos ter persistência e muita determinação; determinação; c. Fazer as coisas por nós mesmos: algumas pessoas dizem: "Preciso voltar a estudar porque a empresa está exigindo!", "Preciso fazer dieta porque o médico mandou!". Não faça nada pelos outros e sim estude pelo seu crescimento, faça dieta pela sua saúde. Quando
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fazemos as coisas pelos outros, um dia iremos cobrar um reconhecimento que provavelmente não virá e tudo acabará em frustração; d. Ter orgulho de nossa vida: orgulhe-se de tudo que você é e tem: de sua família, de seus filhos, do seu trabalho, da sua casa, do seu carro, enfim... de tudo mesmo. Quando nos orgulhamos de nossa vida, passamos aos outros uma sensação enorme de bem-estar e isso faz com que as pessoas encantem-se e queiram estar perto de nós; e. Pensar de forma adequada: existe uma abordagem da psicologia que fala o seguinte: todo pensamento que temos gera uma emoção e consequentemente um comportamento. Isso significa que se eu penso que não sou competente o suficiente para executar determinado trabalho, sinto-me ansioso e angustiado. O meu comportamento irá corresponder a isso, ou seja, provavelmente não conseguirei realizar tal tarefa. Sendo assim, nós "SOMOS OS QUE PENSAMOS". Se tiver pensamentos positivos a respeito de você e do mundo, provavelmente suas emoções e seus comportamentos estarão no caminho certo. É claro que a automotivação é um exercício constante de reflexão sobre nós mesmos, de perceber como estamos e o que podemos fazer. Nossa felicidade e nosso entusiasmo estão em nós, por isso se não está bom, temos de mudar.
Não es pere o mundo mudar, mudar, mude você!
Dessa forma, encontramos nossas verdadeiras fontes de energia e motivação. Sendo assim, o poder da motivação reflete-se através de atitudes que temos diante da vida, ou seja, como cada um lida com as situações. Na verdade, todos temos duas escolhas para fazer quando acordamos: "farei do dia de hoje um bom dia ou um mau dia?". Essa é uma decisão que temos de tomar diariamente. Contudo, é importante ressaltar que toda escolha leva a consequências. O resultado de cada escolha pode ser um risco ou uma oportunidade, podem-se ter perdas ou ganhos. Vamos a uma história para ilustrar:
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Um general que colocava os presos, sentenciados à morte, dava uma chance de escapar do pelotão de fuzilamento: a porta negra. Certa vez, um soldado intrigado com o fato de que todos os condenados ao se depararem com a decisão final de enfrentar o pelotão de fuzilamento, ou passar pela porta negra, escolhiam o fuzilamento, perguntou ao general: - Senhor, por que ninguém escolhe passar pela porta negra? Afinal, o que há atrás dela? O general disse para que o soldado conferisse, ele mesmo, o que havia do outro lado. A grande surpresa: a saída do presídio. Ao que o general completou: - O ser humano prefere aquilo que conhece, mesmo que represente seu final, ao desconhecido, temendo o risco de algo que não saberá como enfrentar. E você está preparado para assumir as responsabilidades de suas escolhas? Isso também tem a ver com motivação!
A pessoa que usa o poder da motivação não tem medo dos riscos, pois sabe que a capacidade de reverter às situações mais difíceis depende mais dela do que do meio. Todos esperamos “receitas prontas” para direcionar melhor nossas mudanças de comportamento, bem como para manter a motivação para concretizá-lo. Mas nós mesmos precisamos fazer a receita, com disposição e carinho, pois somos nós que colheremos os frutos. Pense nessas dicas:
Sempre que nos deparamos com uma sugestão ou crítica para a mudança
ocorrer, precisamos deixar toda a nossa aprendizagem anterior dentro de uma caixa imaginária. Quando acaba esse momento, podemos abri-la e selecionar o que ainda queremos praticar ou não, dependendo do que acharmos que será nossa melhor opção. Assim estaremos optando pelo que queremos queremos fazer da nossa vida.
Existe um compromisso com você mesmo a ser seguido: Não desista na
primeira ou segunda tentativa . Condicionamentos demoram em serem rompidos e/ou
substituídos. Vícios não são facilmente superados e revistos.
Ainda, para mantermos a motivação para a mudança de comportamento,
precisamos nos preocupar profundamente com a saúde emocional. No corpo de cada ser humano estão as marcas de sua história, de seu esforço, de suas perdas e de suas vitórias. Todo o processo biopsicossocial desencadeia-se dentro de impactos internos e externos ao corpo. Nossa saúde depende em grande parte de nossas condições e modo de vida.
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Ao contrário do que muitas pessoas pensam, ter boa saúde é muito importante para a carreira de um profissional. Se não cuidar dela, futuramente poderá ficar incapacitado para o trabalho ou mesmo obsoleto. Veja abaixo os principais motivos que levam 62% dos profissionais a faltarem regularmente ao trabalho, segundo o Instituto Datafolha, em pesquisa realizada em 2002 na cidade de São Paulo. 63
a. Dor nas costas costas - ou lombalgia, é um dos motivos que leva à ausência dos profissionais no trabalho. Hoje, no Brasil, a dor em geral é uma das principais causas de faltas, baixa produtividade, reclamações trabalhistas e licenças médicas. cabeça - não há estatística exata que mostre o montante b. Dor de cabeça gasto com a dor de cabeça no Brasil, mas não há dúvidas que isso custa caro para empregados, para as empresas e até para o governo. c. LER (lesão LER (lesão por esforço repetitivo) - um dos principais motivos que afasta os profissionais do trabalho. Esta doença ocupacional não escolhe hierarquia e nível de renda.
Fruto da modernidade, cada vez mais lidamos com pessoas adoecidas pelo estresse – conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige um esforço para adaptação. Num mundo em constantes mutações e adaptações, o processo depressivo toma conta das pessoas. É o desafio da nova era, estimular e motivar pessoas estressadas, cansadas, desmotivadas... mas antes disso, o nosso desafio é mudar crenças, valores e hábitos que não mais nos servem na busca pela nossa harmonia, felicidade, tranquilidade. tranquilidade. Quanto menos frustrados, mais felizes somos. Estes segredos que David Niven coloca tão bem no seu livro devem ser praticados: a.
Seja uma pessoa positiva: em casa, no trabalho ou na companhia de amigos,
seja uma pessoa que transmite otimismo, e você verá que esse otimismo voltará para você e influenciará favoravelmente sua vida.
b.
Abra-se para novas ideias: nunca pare de aprender e de se adaptar. O mundo
está sempre mudando. Se você se limitar àquilo que sabia e com que você se sentia à vontade em outra época da vida, irá se isolando à medida que envelhecer e sentindo cada vez maior frustração com as circunstâncias à sua volta. c.
Concentre-se naquilo que é realmente importante para você: não há nenhum
sentido em disputar um jogo que você não está interessado em vencer. Faça com que a vida e suas expectativas sejam reflexos profundamente pessoais daquilo que é realmente importante 64
para você. d.
Sorria: o seu sorriso deixa outras pessoas felizes e também faz você feliz.
e.
Não se culpe: quando as coisas vão mal, às vezes começamos a nos torturar
listando fracassos e acusando-nos pelas falhas. Além de nos fazer sofrer, esse tipo de pensamento pode nos paralisar. A verdade é que qualquer situação é resultado de coisas que nos escapam. E que faz parte da condição humana errar e aprender com o erro. Se você se entregar ao sentimento de culpa, perderá até a capacidade de reparar o erro. f.
Não deixe que outras pessoas definam os seus objetivos: há muitas pessoas
que escolhem seus objetivos com base naquilo que os outros pensam. Em vez disso, descubra quem você é realmente, o que deseja e estabeleça seus principais objetivos com base naquilo que realmente lhe importa. O único responsável por cuidar da sua saúde é você mesmo.
3.5 MARKETING INTERPESSOAL
FIGURA 10 - APRESENTAÇÃO
FONTE: Disponível em: . Acesso em: 07 dez. 2011.
Muita gente não sabe, mas relacionar-se bem com os colegas de trabalho é um dos principais fatores de sucesso. De nada adianta você ser um profissional competente se não sabe trabalhar em equipe e criar harmonia no ambiente de trabalho. Um estudo da Harvard mostra que 2/3 das demissões nas empresas são causadas por dificuldades de relacionamento com os colegas. Isso explica porque pessoas altamente profissionais e competentes no que fazem acabam sendo demitidas de suas empresas e outras nem tão competentes assim - permanecem, atingindo promoções e melhores oportunidades de carreira. Logo, podemos concluir que competência técnica não é tudo e que aquelas pessoas que não têm uma boa habilidade para criar relacionamentos acabam tendo menores chances de sucesso. Existem diversas causas para a dificuldade nos relacionamentos humanos: rabugice, antipatia, arrogância, timidez etc., mas a causa mais comum é o despreparo. A grande maioria das pessoas não sabe que cuidar das relações não é apenas uma questão de sociabilidade, mas de progresso profissional. profissional. As relações humanas são baseadas numa palavrinha: comportamento. Com isso, as pessoas que têm um bom comportamento automaticamente cuidam melhor de suas relações humanas. Essa é uma das competências relacionadas à inteligência emocional (QE - Quociente Emocional), que há muito tempo vem sendo valorizada demais nas empresas. De nada adianta um profissional possuir um QI (Quociente de Inteligência) alto se o seu QE for baixo. Ele estará fadado a ter sérios problemas na carreira e na vida particular. O marketing interpessoal é uma ótima ferramenta de orientação na busca por um comportamento adequado para o sucesso, sendo desenvolvido tanto para uma melhor produtividade do indivíduo como de toda uma equipe, produzindo, consequentemente, melhores resultados para as empresas. Aqui vão 10 regras básicas para se fazer um bom marketing interpessoal: interpessoal: a.
Respeite os outros, não fazendo com eles o que você não quer que eles façam
com você. Isso é ter empatia (colocar-se no lugar do outro); b.
Cultive amizades. Mantenha contato com as pessoas sempre que puder (dentro
e fora do ambiente de trabalho) e não somente quando precisar delas. Mostre que você se importa realmente com elas. Faça seu " Networking " (Rede de Relacionamentos) ficar cada vez maior; c. boca!;
Aprenda a ouvir mais do que falar. Não é à toa que temos dois ouvidos e uma
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d.
Seja sempre educado, cumprimentando, sorrindo, repassando uma energia
saudável e amistosa; e.
Faça elogios verdadeiros às pessoas. Aprenda a enxergar os pontos positivos
de cada um e enalteça-os. Todos temos um lado bom e um a ser melhorado; f.
Não seja teimoso. Saiba mudar sua opinião se outra pessoa lhe mostrar
argumentos concretos, procurando sempre analisar as situações de ângulos novos de visão; g.
Não entre em choque direto com os outros. Tenha paciência e saiba conduzir
uma conversa de forma tranquila e amigável, mostrando seus argumentos com exemplos práticos. Assim, você conseguirá convencer de maneira simpática e eficiente; h.
Procure sorrir mais e contagiar as pessoas com positivismo. Torne sua presença
agradável, deixe uma marca positiva; i.
Esteja sempre à disposição para ajudar, cultive a cumplicidade com as pessoas
a sua volta. Evite o "isso não é comigo" e procure soluções para seus colegas, mesmo quando o assunto não lhe diz respeito; j.
Procure informar-se sobre diferentes culturas e seus respectivos tipos de
comportamento, sempre buscando ampliar conhecimento.
3.6 ÉTICA NAS RELAÇÕES
Sabemos que existem várias definições para certo e errado. Entretanto, existem princípios como honestidade, lealdade, bondade, respeito, que a maioria das pessoas considera e que nos permitem dizer que "isso não é ético" ou "isso é ético", com referência a uma determinada atitude tomada. Atos como: usar dinheiro da empresa para gastos pessoais, roubo de produtos da empresa, jogar lixo tóxico em águas de uso comum são exemplos comuns de atitudes não éticas praticadas diariamente pelo mundo afora. Atualmente, as questões éticas estão sendo amplamente consideradas dentro das instituições em geral, pois deixou de ser uma preocupação individual para ser uma preocupação planetária, já que nossa conduta influenciou negativamente negativamente até a condição de qualidade de vida no planeta. Mas, o que é ética? Numa definição bem geral, a ética refere-se à teoria ou estudos sistemáticos sobre a prática moral. Ela analisa e critica os fundamentos e princípios que
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orientam ou justificam determinados sistemas e conjunto de valores morais. Pode ser considerada a ciência da conduta, a teoria do comportamento moral dos homens em sociedade. A ética é diferente das normas e regras instituídas nas organizações. Existem normas que são particulares a cada organização, ou seja, o que é permitido que se faça na instituição "A" pode não ser permitido fazer na instituição "B". Por exemplo: trabalhar de bermuda no verão. É necessário que essas normas sejam divulgadas e conhecidas por todos os integrantes da equipe, entretanto, existem "regras naturais" que, se observadas, certamente facilitarão o desenvolvimento desenvolvimento de qualquer atividade: a.
Agir sempre à luz da verdade.
b.
Preparar-se, e bem, para as atividades a serem executadas.
c.
Desenvolver ao máximo, o sentido de responsabilidade, isto é, evitar que por
descuidos ou omissões, seus atos causem prejuízos ao local onde trabalha, ao público em geral ou aos companheiros de trabalho. d.
Guardar lealdade e seriedade nas suas relações com os líderes, colegas e
demais colaboradores. colaboradores. e.
Atender com presteza, gentileza e pontualidade as funções a que está
designado. f.
Demonstrar uma conduta inatacável em seus atos para gozar de confiança da
sociedade. g.
Estimar, com palavras e atos, seus companheiros. companheiros.
h.
Ter consciência de que, apesar de seu trabalho estar extremamente ligado ao
trabalho dos demais colegas, faz-se necessário que haja responsabilidade, habilidade e seriedade na execução das tarefas. i.
Praticar amizade como um fim e não como um meio. Para tanto, a todo o
momento, respeitar e se fazer respeitar como pessoa humana, procurando não desempenhar funções que não estejam de acordo com a moral e costumes que regem a sociedade. j.
Ser cordial, controlando as palavras, atitudes e emoções, mesmo quando a
situação é difícil. k.
Procurar evoluir e ser cada vez mais eficiente naquilo que faz.
l.
Saber ouvir, e perguntar quando não houver compreendido ou tiver dúvidas,
para que a execução do trabalho seja a melhor possível.
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Outro fator relevante dentro do tema ética nas organizações é o sigilo profissional. Guardar segredos profissionais é ainda mais difícil do que os pessoais, pois você os está discutindo constantemente e informações confidenciais escapam com facilidade. Cuidado para não fazer comentários inocentes ou não, que possam prejudicar o andamento de seu trabalho ou aos seus colegas, ou ainda a sua própria organização. organização.
NUNCA REVELE ASSUNTOS COMERCIAIS A ESTRANHOS: o telefone e a
mesa de trabalho são os dois lugares onde mais escapam informações sem que se dê conta do que falou na ânsia de ser prestativo. Sua família e amigos devem ser considerados "estranhos" no que concerne a assuntos comerciais.
RECUSE-SE A DAR CERTAS INFORMAÇÕES DELICADAMENTE: no
trabalho, seus colegas vão querer uma informação que você sabe ser confidencial. É preciso contornar essas perguntas sem ofendê-los. Nunca demonstre numa conversa que sabe algo sobre um assunto confidencial. Uma frase pretensiosa como "eu sei de algo que vocês não sabem" é um campo aberto para desentendimentos.
PROTEJA PAPÉIS CONFIDENCIAIS: guarde em local só por você acessível os
documentos sigilosos. Apenas pessoas com hierarquia acima da sua é que podem ter acesso aos mesmos. Cuide bem para não deixar os papéis sigilosos em local de trânsito de pessoas. Finalizando, vamos refletir sobre o que aprendemos sobre ética com duas histórias diferentes. A primeira história é uma passagem de Gandhi: A mãe trouxe seu filho à MAHATMA GANDHI. Ela implorou: “Por favor, MAHATMA. Diga ao meu filho que ele pare de comer açúcar”. GHANDI fez uma pausa e disse: “Traga seu filho de volta em duas semanas”. Confusa, a mulher agradeceu e disse que faria o que o MAHATMA pediu. Duas semanas mais tarde ela retornou com o seu filho. GHANDI olhou o jovem nos olhos e disse: “PARE DE COMER AÇUCAR”. Agradecida, mas inconformada, inconformada, a mulher mulher perguntou: “MAHATMA, porque o senhor me pediu para trazê -lo em duas semanas? O senhor poderia ter dito dito a ele, como fez fez agora, há duas duas semanas atrás”. GHANDI respondeu: “Há duas semanas atrás, eu estava comendo açúcar”.
Vamos a outra reflexão:
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Uma história antiga conta que um rei já muito velho, certo dia foi procurado por seu filho que lhe disse: “Meu pai, penso que está na hora de eu me preparar para assumir o trono. O tempo está passando e, quando chegar a minha vez, quero ser um grande rei para o nosso povo. O que o senhor senhor me sugere?” O velho respondeu: “O mais importante é saber o que é moral. Procure o meu mestre para aprender com ele sobre a moral”. moral”. O jovem príncipe foi até a pessoa indicada, um mestre ainda mais velho que o rei, e contou-lhe o que desejava. Depois de ouvi-lo, ouvi- lo, o mestre disse: “Eu sou professor de artes marciais. Nada sei sobre moral”. O jovem pensou: “Pode ser que meu pai esteja equivocado. Mas, se e le me mandou aqui, deve haver alguma razão”. E ficou. No dia seguinte, iniciaram o treinamento. O mestre começou: “Cada vez que eu me aproximar e você não perceber, vou lhe bater com o meu bastão”. O jovem pensou: “Eu sou jovem, ele é velho. Ficarei alerta e vai ser fácil vê-lo vê- lo chegar”. Depois de algum tempo prestando atenção, o jovem começou a se distrair, ora com o canto de um pássaro, ora com o barulho do vento. Nesses momentos, o mestre se aproximava, como num passe de mágica, e lhe batia. Até que o jovem entrou em um estado tal de atenção que, tão logo o mestre chegava, ele pressentia e dava o sinal. O mestre decidiu aprofundar os treinamentos: “Até agora eu só lhe bati nos momentos em que você estava desperto, mas a partir desse instante eu vou lhe bater quando você não perceber que estou estou me aproximando durante o seu sono”. sono”. O jovem pensou: “Eu vou ficar sem dormir até ele se cansar”. Na verdade, depois de um tempo, quem se cansou foi o príncipe. O mestre se aproximava e, vendo o rapaz adormecido, batia-lhe com o bastão. Novamente o jovem entrou em tal estado de alerta, que, mesmo dormindo, era capaz de pressentir a presença do velho. O mestre decidiu que no dia seguinte eles iriam descansar antes das próximas lições. Tomavam sol, quando o príncipe pen sou: “Quero ver se este velho é capaz de pressentir a minha aproximação. Vou pegar o bastão e lhe dar uma paulada”. Quando o jovem iniciou o movimento de se levantar, o velho disse: “Nem tente. Se você se aproximar, vai levar uma surra que nunca mais vai se s e esquecer de mim”. O príncipe ficou surpreso com a perspicácia do velho e continuou relaxado, tomando sol. Foi à vez do velho pensar: “Menino abusado. Vou lhe dar uma lição”.
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Porém, quando o velho ia se levantando, escutou do rapaz: “Nem tente. Se você se aproximar, vai levar uma paulada que nunca vai esquecer”. O velho então se aproximou, olhou carinhosamente o rapaz e disse: “Agora você pode ir. Já aprendeu a lição. Moral é algo que nasce do nosso estado de atenção, de estar consciente. Quando escutamos nosso coração, sabemos sempre ser justo”.
A ética nasce de uma atitude de amor e respeito em relação ao outro e a si mesmo. É saber escutar o seu coração e deixá-lo guiar os seus atos. A nossa mudança de comportamento deve ser eterna, consciente e congruente, precisamos ser o exemplo.
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4 GESTÃO DA COMUNICAÇÃO
FIGURA 11 - COMUNICANDO
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FONTE: Disponível em: . Acesso em: 07 dez. 2011. Um dos processos fundamentais, que constitui a base para quase todas as atividades nas organizações, é a comunicação. De certa forma, podemos dizer que a comunicação é o processo pelo qual conduzimos nossas vidas. Assim que dois ou mais indivíduos se reúnem, há necessidade de comunicação entre eles, algum modo de facilitar o entendimento do que cada um quer e precisa daquela situação. Ela é essencialmente um processo interativo e didático (de pessoa a pessoa). A boa comunicação é ferramenta essencial para qualquer profissional. Para o consultor e palestrante Mário Persona, “O papel da comunicação começa bem antes para o profissional do
que de sua atuação numa determinada função, começa na hora de conseguir um emprego ou um contrato para prestar um serviço ou fornecer um produto. Sem essa habilidade, ele já sai em desvantagem em relação aos seus concorrentes. E quando falo de comunicação, trata-se de comunicação integral que envolve fala, escrita, postura e até mesmo suas atitudes, crenças e valores. O ser humano é um verdadeiro objeto de comunicação multimídia e deixa sua influência por onde passa pelo que ele é, além daquilo que diz ou escreve”. Para o especialista, “comunicação é uma via de mão dupla e todo profissional deve ter
bem claro em mente que aquilo que deve dizer é aquilo que precisa ser dito para uma audiência em particular, em uma ocasião em especial, dentro de um contexto bem definido e com objetivos
claros. Tudo isso só pode ser alcançado se o profissional fizer um trabalho investigativo prévio, perguntando ou pesquisando. Dessa forma, segundo ele: “A comunicação eficaz é um processo,
e não um discurso qualquer bem elaborado. Começa investigando, perguntando, percebendo a situação, as pessoas e o ambiente, para então adaptar a mensagem de forma que seja compreensível ao receptor, levando em consideração os ruídos do processo, as necessidades do público alvo, diferenças culturais, meios utilizados e uma série de outras variáveis. Tudo se resume em saber perguntar, em fazer as perguntas certas para que sua comunicação seja efetivamente uma resposta aos anseios e expectativas de sua audiência”.
A comunicação auxilia no fortalecimento ou enfraquecimento de nossa marca, por isso é fundamental na nossa vida como um todo. Sob o ponto de vista organizacional, a comunicação comunicação pode ser analisada em três funções: a função de produção e controle , que é a comunicação dirigida à realização do trabalho e ao
cumprimento de objetivos de produção da organização; a função de inovação , que é a mensagem sobre novas ideias e mudanças de procedimentos procedimentos que ajudam a empresa a adaptarse e responder ao seu meio ambiente; e a função socialização e manutenção , que é a comunicação voltada para os meios de realização do trabalho e não para o trabalho em si, bem como para o envolvimento pessoal e as relações interpessoais.
4.1 O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
A comunicação é frequentemente definida como a troca de informações entre um transmissor e um receptor, e a inferência (percepção) do significado entre os indivíduos envolvidos. O processo de comunicação ocorre quando o emissor (ou codificador) emite uma mensagem (ou sinal) ao receptor (ou decodificador), através de um canal (ou canal (ou meio). O receptor interpretará a mensagem que pode ter chegado até ele com algum tipo de barreira (ruído, ruído, bloqueio, filtragem) e, a partir daí, dará o feedback ou resposta, completando o processo de comunicação. A palavra comunicar vem do latim comunicare com significado de pôr em comum. É a forma que encontramos para expressar nossos sentimentos, ideias e ações. Para que se estabeleça o processo de comunicação é necessária à existência de elementos básicos. básicos.
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Toda comunicação humana tem uma fonte: uma pessoa ou um grupo de pessoas com um objetivo. Estabelecida uma origem, com ideias, necessidades, intenções, informações e um objetivo a comunicar, torna-se necessário o segundo elemento. O objetivo da fonte tem de ser expresso em forma de mensagem. Na comunicação humana, a mensagem pode ser transmitida através de símbolos, tais como palavras, escritas, desenhos e assim por diante, ou a troca de comportamentos, tais como gestos, constato visual, linguagem corporal e outros atos não verbais. Em muitos casos estão presentes os dois, tanto os símbolos quanto os comportamentos. A chave é o entendimento desses símbolos e comportamentos. Os objetivos da fonte são traduzidos num código através do terceiro elemento, o codificador , responsável por pegar as ideias da fonte e pô-las num código, exprimindo o objetivo
da fonte em forma de mensagem. Na comunicação de pessoa para pessoa, a função codificadora é executada pelas habilidades motoras da fonte, seu mecanismo mecanismo vocal (que produz a palavra oral, gritos, notas musicais etc.), o sistema muscular da mão (que produz a palavra escrita, desenhos etc.), os sistemas musculares de outras partes do corpo (que produzem os gestos da face e dos braços, a postura etc.). Quando falamos sobre situações de comunicação mais complexas, é comum separarmos a fonte do codificador. Por exemplo, podemos considerar um gerente de vendas como fonte e os vendedores como codificadores, pessoas que produzem mensagens para o consumidor, traduzindo as intenções ou objetivos do gerente. O quarto elemento é o canal . O canal é o intermediário, o condutor de mensagens. A escolha dos canais é muitas vezes fator importante para a eficácia da comunicação. O quinto elemento é o recebedor , o alvo da comunicação. Se falamos, alguém deve ouvir, quando escrevemos, alguém deve ler. Para haver comunicação, deve haver alguém na outra ponta do canal. Temos agora todos os elementos da comunicação, exceto um. Assim como a fonte precisa do codificador para traduzir seu objetivo em forma de mensagens, para expressar seu objetivo num código, o receptor precisa do decodificador para para decifrar a mensagem e pô-la em forma que possa usar. Para a comunicação atingir os objetivos, devemos considerar alguns cuidados; com eles diminuímos o risco de estabelecer ruídos ou barreiras à comunicação. PARA TRANSMISSÃO: Seja o mais objetivo possível; Tenha paciência. Fale pausadamente. pausadamente. Observe o ritmo do outro e siga-o;
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Estude primeiro o que vai falar. Cuide para ter um objetivo claro; Procure adaptar sua linguagem à da pessoa. Não use palavras difíceis, gírias ou palavras típicas de regiões que possam prejudicar a comunicação; comunicação; Observe a linguagem verbal e a não verbal. Os gestos, as expressões faciais, a postura, são fundamentais para nós. PARA RECEPÇÃO: Esteja sempre presente na situação, não "voe", não se distraia. Não pense na resposta antes do outro terminar a mensagem. Escute, reflita e após, exponha o seu ponto de vista. Anote pontos básicos se necessário. Evite expressar não verbalmente cansaço, desinteresse desinteresse ou falta de atenção. Respeite as colocações do outro. Mesmo que discorde, mostre que aceita o pensamento dele. Não somos donos da verdade. Agora vamos ver o resultado de uma comunicação errônea:
A história do Eclipse do Sol muito popular no exército ilustra as distorções provocadas pelas deficiências na na audição. Capitão ao Sargento-ajudante Sargento-ajudante - Sargento! Dando-se amanhã um eclipse do Sol, determino que a companhia esteja formada, com uniforme de campanha, no campo de exercício, onde darei explicações em torno do raro fenômeno que não acontece todos os dias. Se por acaso chover, nada se poderá ver e neste caso fica a companhia dentro
.
Sargento-ajudante Sargento-ajudante ao Sargento-do-dia
- Sargento, de ordem de meu capitão, amanhã haverá um eclipse do sol, em uniforme de campanha. Toda a companhia terá de estar formada no campo de exercício, onde meu capitão dará as explicações necessárias, o que não acontece todos os dias. Se chover, o fenômeno será mesmo dentro do quartel! Sargento-do-dia ao Cabo - Cabo, o nosso capitão fará amanhã um eclipse no campo de exercício. Se chover, o que não acontece todos os dias, nada se poderá ver. Em uniforme de campanha o capitão dará a explicação necessária, dentro do quartel.
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Cabo aos Soldados - Soldado, amanhã para receber o eclipse que dará a explicação necessária sobre o nosso capitão, o fenômeno será em uniforme de exercício. Isto, se chover dentro do quartel. O que não acontece todos os dias.
E nossa comunicação, como está? O foco principal é o problema técnico de se transmitir um sinal de um ponto a outro a despeito de diversas interferências que possam afetá-lo durante a transmissão. Dessa forma, a comunicação é vista como um processo mecânico, dedicado a fazer com que a mensagem chegue a um destino particular com um mínimo de distorções e erros. A comunicação verbal é o modo de comunicação mais familiar e mais frequentemente usado e pode ser oral ou escrita. Os símbolos comunicam coisas diferentes a pessoas diferentes. Podemos considerar como símbolo o lugar onde moramos, as roupas que usamos, o carro que dirigimos, a decoração de nosso ambiente, entre outros. A forma mais eficaz de comunicação ocorre quando os símbolos combinam com as palavras e comportamentos. Por exemplo: se alguém diz que não tem um bom poder aquisitivo e está vestindo Armani e dirigindo um Mercedes, haverá um ruído, pois os símbolos não combinam com a fala. Outro tema importante no processo de comunicação é a linguagem não verbal. Nos primórdios da raça humana, o homem comunicava-se através de meios não verbais. Hoje transmitimos nossos pensamentos e sentimentos através da linguagem (oral ou escrita) ou pelos gestos. Os gestos também servem para reforçar ou não a palavra, dando-nos sinais "se o que se diz, é coerente com o que se sente". Nossas expressões faciais, o olhar, a postura vem a reforçar ou não nossas palavras ou atos. A significação do gesto varia de grupo para grupo. Os latinos, por exemplo, são bem mais expressivos do que os anglo-saxões. Há povos, entretanto, cujas normas educativas inibem a demonstração em público dos sentimentos, como os chineses. Apesar de o gesto ser muito importante, é limitado, na medida em que não pode ser usado em grandes distâncias, na escuridão, além de não expressar ideias abstratas. No entanto, a comunicação não verbal vai além da linguagem de sinais, de gestos e incorpora coisas como o modo como usamos nosso corpo e nossa voz na transmissão das
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mensagens. Embora esse tipo de mensagem possa ser muito importante, elas são ambíguas e sutis. Podem ser mal interpretadas com frequência maior. Uma forma de linguagem corporal que abrange o tom de voz, o ritmo e outros aspectos extralinguísticos da fala é conhecida como paralinguística. Aí contam o timbre de voz, os espaços em silêncio, as expressões como “humm”, “ahã”, etc.
O uso simples de algumas técnicas de linguagem corporal pode contribuir muito para a construção da marca pessoal. Existem algumas posturas que devem ser pensadas e adotadas:
Cuidado com a inclinação do corpo; quando alguém está muito inclinado para
trás, pode estar observando ou sendo mais resistente à situação;
O aperto de mão diz muito. O aperto de mão firme traduz uma pessoa segura;
aperto de mão frouxo pode indicar receio; mão no ombro quer dizer proteção; segurando as próprias mãos é sinal de nervosismo;
O olhar também é bastante significativo. Olhar nos olhos demonstra interesse e
respeito pelo interlocutor, já não olhar nos olhos indica displicência ou desinteresse. A linguagem é o que diferencia, acima de tudo, o homem dos outros animais. Sua origem é, até hoje, motivo de controvérsia, sendo que alguns defendem o aparecimento da linguagem a partir de respostas ao som da natureza, outros acreditam que o gesto gerou o som. Observamos o desenvolvimento da linguagem desde o nascimento até a morte do ser humano, sempre em transformação de acordo com o meio. É através da nossa linguagem verbal e não verbal que somos analisados no grupo. Muitas vezes falar demais, não falar, falar alto, tiques etc. prejudicam a impressão que causamos. Agora vamos refletir com uma situação lúdica: Joãozinho estava indo muito mal em matemática. Os pais já haviam tentado de tudo: aulas particulares, brinquedos brinquedos educativos, centros especializados, especializados, terapia, nada nada adiantou. Então ouvem dizer que há uma escola de freiras no bairro que é muito boa e resolvem fazer mais uma tentativa. No primeiro dia, Joãozinho volta para casa com uma cara muito séria e vai direto para o quarto, sem nem mesmo cumprimentar a mãe. Ele senta-se na cama e estuda, estuda sem parar. A mãe chama-o para jantar. Ele janta a correr c orrer e volta imediatamente aos estudos. A mãe nem acredita. Isso dura já algumas semanas.
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Um dia, Joãozinho volta para casa com o boletim, que entrega à mãe. Com uma surpresa: nota 10 em matemática! A mãe não se contém e pergunta: - Filho, diz-me o que te fez mudar dessa maneira? Foram as freiras? Joãozinho balança a cabeça negativamente. - O que foi então? - insiste a mãe - Foram os livros, a disciplina, a estrutura de ensino, o uniforme, os colegas, O QUE FOI? Joãozinho olha para a mãe e diz: - No primeiro dia de aulas, quando eu vi aquele cara pregado no sinal sinal de mais, percebi que elas não estavam brincando! brincando!
Gestos, símbolos, expressões artísticas, percepções, todas estão presentes no dia a dia e precisamos sempre nos ater a elas. eficaz é o primeiro passo Para o consultor Geraldo Leal de Moraes a comunicação eficaz para o mais importante ato da natureza humana o diálogo e cita três grandes barreiras que distorcem a comunicação e que geram resistências, incompreensão e repulsa às novas informações:
Nível de percepção das pessoas.
Expectativas Expectativas momentâneas. momentâneas.
Grau de envolvimento ao assunto.
Surge aí, de forma clara, a necessidade de se saber comunicar para transmitir informações, conhecimento e conceitos através do diálogo, ou seja, interação com o interlocutor. A comunicação é a base do relacionamento humano. Podemos, portanto, dizer: a.
Comunicação é percepção:
A comunicação só se inicia quando o outro começa a perceber.
A percepção é fruto da história de cada um, de suas vivências e experiências, de
seu aprendizado.
Cada pessoa percebe o que quer perceber, ouve o que quer ouvir, sente o que
quer sentir, em função de seu ângulo de visão e pontos de vistas. Vamos ver um exemplo:
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Dois amigos moravam em Portugal e eram muito ligados desde a infância. Já adultos, ambos continuavam solteiros. Um morava com seus pais e irmãos e o outro – que – que era filho único – morava – morava com sua mãe, já idosa. Um certo dia, este, que morava com sua mãe, confessou ao amigo seu desejo de deixar Portugal e tentar a vida no Canadá. Tinha, porém, um problema: como fazer com sua mãe? Esta, já idosa, não iria suportar uma mudança tão brusca de cultura e clima. Além disso, não iria se dispor a aprender outra língua. O amigo, sensibilizado com o problema, ofereceu-se para morar com a mãe do outro. Combinaram então que um poderia morar com a mãe do outro, iria como que substituir o filho. Assim, aquele que desejava desejava mudar de vida poderia com com mais tranquilidade partir para o Canadá. Canadá. E desta maneira fizeram. No dia da partida, o amigo que deixava Portugal fez ainda um outro pedido: pediu que cuidasse também de seu gato de estimação, um animal de fato muito bonito e dócil. Tendo tudo sido resolvido a contento, um dos amigos partiu para o Canadá, enquanto o outro passou a cuidar da mãe e do gato de quem partira. A distância entre os dois não diminuiu o contato. Ambos se escreviam regularmente: um contando sobre a sua vida no Canadá, os avanços que estava conseguindo, o trabalho que arranjara etc. O amigo de Portugal, além de contar de sua vida, escrevia sempre as notícias da mãe e terminava as cartas dizendo que o gato estava bem. Certa ocasião, o amigo no Canadá recebeu uma carta muito sucinta de seu ami go ami go de Portugal. Constava apenas: “Tenho uma notícia muito ruim para dar- te: o teu gato foi atropelado e morreu”. O amigo do Canadá ficou desolado com a morte do animal de estimação e chateado com seu amigo por ter dado a notícia de forma tão brusca e direta. Escreveu-lhe: Escreveu-lhe: “Meu amigo, assim quase matas a mim também. Deverias ter -me ter -me dado a triste notícia da morte do gato de uma maneira mais suave. Poderias, por exemplo, ter escrito que meu gato subiu no telhado. Depois, numa seguinte carta, entre outras coisas, poderias ter escrito que o gato estava sempre andando no lugar mais alto do telhado, o que é um perigo. Numa outra, poderias ter dito que o gato poderia vir a se machucar muito se escorregasse e caísse do telhado. Numa outra carta, poderias dizer que o inevitável tinha acontecido: o gato escorregara do telhado e estava muito ferido com a queda. E, numa última carta a respeito do gato, poderias dizer que o coitadinho não tinha resistido aos ferimentos e vindo a falecer. Com isto, estaria eu já prepar ado ado para receber a triste notícia”. O amigo que ficara em Portugal agradeceu a correção e os dois continuaram a se corresponder. Um belo dia, quem estava no Canadá, recebeu uma nova carta do amigo. Como
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de costume, contava sobre sua vida, sobre os acontecimentos na cidadezinha, sobre a sua mãe etc. Mas nesta carta acrescentou no final: “E queria dizer -te dizer -te só mais uma coisinha: tua mãe subiu no telhado”.
Duas pessoas pessoas assistem assistem ao mesmo filme, uma adora adora a outra detesta. Por quê? As percepções são diferentes de pessoa a pessoa. A percepção é a verdade de cada um.
b.
Comunicação é expectativa:
Vivemos em um processo de mudanças constantes, portanto, nossas
expectativas mudam rapidamente e a cada instante.
Podemos enxergar a mesma cena de formas diferentes, devido a sentimentos
diferentes, ou momentos diferentes, como vemos no caso da história abaixo: “Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um em uma viagem para observar uma Pereira que estava plantada em um distante local. O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão, e o quarto e mais jovem, no Outono. Quando todos eles partiram, e retornaram, o pai os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto. O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida. O segundo filho disse que não, que ela era recoberta de botões verdes, e cheia de promessas. O terceiro filho discordou; disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que era a coisa mais graciosa que ele jamais tinha visto.
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O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas... O homem então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore... Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são, e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estão completas “.
80 c.
Comunicação é envolvimento:
As pessoas só quando estão envolvidas e interessadas são receptivas às informações. Quando alguém dá o que tem de melhor e o faz com amor e entusiasmo, passa credibilidade, confiança e envolvimento. Há quatro funções básicas da comunicação interpessoal, que são: a.
Controle, para esclarecer os papéis, autoridade e responsabilidades, bem como
para implantar normas, estabelecer regras e limites; b.
Informação, para propiciar condições para tomadas de decisão, repassar e
cumprir instruções; c.
Motivação, para influenciar as demais pessoas, obter cooperação e
compromisso compromisso com metas e objetivos; d.
Emoção, para expressar sentimentos e emoções.
O objetivo da comunicação eficaz é o entendimento, entretanto isso nem sempre acontece. A despeito das muitas barreiras à comunicação interpessoal, há diversas formas de minimizar essas dificuldades. A eficácia dos esforços de comunicação de um indivíduo é influenciada por duas habilidades básicas, a de transmissão e de recepção, como vimos. Seguem as dicas de como superar as barreiras da comunicação:
Use uma linguagem simples: a percepção por parte de seu interlocutor será
mais clara, objetiva e compreensível. É a linguagem dele. Na comunicação entre dois médicos, a linguagem médica é a mais simples.
Verifique o que o outro entendeu: faça perguntas, verifique o que o outro
entendeu para certificar-se de que a mensagem chegou como você gostaria que chegasse ou houve o entendimento que quis passar. Feedback é é fundamental e estabelece diálogo.
Coloque-se no lugar do outro, use sua empatia.
Crie o envolvimento.
Não sobrecarregue a pessoa de informações : a sobrecarga refere-se a uma
situação onde tenhamos mais informações do que somos capazes de ordenar e utilizar. Frente a essa situação, precisamos filtrar melhor a informação.
Preste bastante atenção.
81 4.2 EMPATIA
A COMUNICAÇÃO É UMA ARTE!
Achamos que é fácil falar, porém, é diferente na comunicação, a exigência é grande. Quando alguém lhe disser que não entendeu o que você falou, reflita antes de culpar o outro. Reveja os passos acima. Em comunicação é fundamental ainda ser empático. Mas o que é empatia? É a capacidade que tenho de me colocar no lugar do outro. A empatia propicia uma maior compreensão entre as pessoas, maior aceitação, gerando atitudes mais positivas, de modo a que se chegue mais facilmente a soluções. Mas como as pessoas empáticas comportam-se? A empatia é definida como a habilidade de compreender acuradamente os pensamentos, sentimentos e desejos de uma outra pessoa, além de transmitir esse entendimento de tal maneira que esta se sinta verdadeiramente compreendida. Durante toda a interação, o indivíduo que empatiza expressa compreensão e aceitação, tanto de forma verbal quanto de forma não verbal, sendo que cada uma dessas formas irá predominar, de acordo com o momento de interação. O comportamento empático ocorre em duas etapas. Na primeira etapa, o indivíduo que empatiza está envolvido em compreender os sentimentos e perspectiva da outra pessoa e, de algum modo, experienciar o que está acontecendo com ela naquele momento. A segunda etapa consiste em comunicar esse entendimento de forma acessível. Na primeira etapa, o indivíduo presta atenção e ouve sensivelmente. Na segunda etapa, ele verbaliza sensivelmente. sensivelmente.
Prestar atenção:
Para que ocorra empatia, é preciso dar atenção de um modo que demonstre acolhimento. Nesse momento, o foco de atenção é direcionado inteiramente à outra pessoa, sendo deixado de lado por alguns instantes todas as preocupações e compromissos. Olhar para a pessoa com interesse genuíno; inclinar-se levemente em direção a ela com a parte superior do corpo; adotar uma postura aberta (braços e pernas cruzados indicam pouco envolvimento e disponibilidade); manter contato ocular, evitando desviar o olhar com frequência; acenar com a cabeça quando a outra pessoa está dizendo algo importante; usar vocalizações (e x.: “hum, hum”, “sim”) sinaliza atenção e valorização valorização do outro.
Ao mesmo tempo em que demonstra atenção, o empatizador deve procurar identificar as mensagens não verbais da pessoa alvo, que expressam emoções. Tais mensagens podem substituir, repetir, enfatizar ou contradizer a mensagem verbal. Estudos sugerem que, quando há contradição entre as mensagens verbal e não verbal, o crédito deve ser dado à mensagem não verbal. O rosto é a principal área sinalizadora de emoções, embora possa ser mais bem controlado. Assim, a verdadeira emoção pode ser identificada pela voz e parte do corpo abaixo do pescoço. As mensagens não verbais que podem ser manifestadas pela outra pessoa são o comportamento corporal (postura, movimentos corporais); expressões faciais (sorrisos, cenho franzido, sobrancelhas arqueadas, lábios contraídos); relação entre a voz e o comportamento (tom de voz, intensidade, inflexão, espaço entre as palavras, ênfases, pausas, silêncios e fluência); respostas emocionais observáveis (respiração acelerada, rubor, palidez, dilatação da pupila).
Ouvir sensivelmente:
Ouvir sensivelmente não significa ser capaz de reproduzir o que alguém acabou de falar. O bom ouvinte é aquele que aprecia a outra pessoa tal como ela é, aceitando os seus sentimentos e ideias tais como eles são. Em outras palavras, o ouvir empático significa suspender o próprio desejo e julgamento e, pelo menos por poucos minutos, existir para a outra pessoa. Quando alguém é ouvido sensivelmente, ele se sente validado, valorizado e isso promove autoaceitação e autoafirmação. Por outro lado, não ser ouvido gera sentimentos de exclusão, desvalorização e inadequação. Nas nossas relações diárias, existem circunstâncias nas quais o ouvir se torna difícil. Isso costuma ocorrer quando a outra pessoa é:
Excessivamente detalhista, tornando a conversa cansativa e desinteressante;
Egoísta, fazendo com que o assunto gire apenas em torno dela;
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Está mais preocupado em controlar, instruir ou mudar a outra pessoa;
Preocupa-se em ensaiar o que vai dizer a seguir, em vez de prestar atenção no
discurso da outra pessoa. Uma estratégia para poder ouvir e compreender melhor a outra pessoa é buscar as mensagens centrais que estão sendo expressas em termos dos sentimentos, desejos e perspectivas dela. Para ouvir sensivelmente, você deve:
Deixar de lado as próprias perspectivas, desejos e sentimentos por alguns
instantes e voltar-se inteiramente para as perspectivas, desejos e sentimentos da outra pessoa.
Observar e ler os comportamentos não verbais que a pessoa alvo está
manifestando enquanto fala (ex.: tom de voz, olhar, postura, gestos etc.), por meio dos quais sejam identificadas as emoções.
Colocar-se no lugar da outra pessoa, buscando identificação com os
sentimentos, percepções percepções e desejos dela.
Elaborar mentalmente uma relação existente entre o sentimento da outra
pessoa, o contexto e o significado deste contexto para ela. Mesmo sendo difícil, é possível controlar o impulso de atropelar o interlocutor quando queremos dizer algo e ouvir sensivelmente alguém que se baseia em uma perspectiva diferente da nossa. Em situações de conflito, a melhor maneira de conseguir ser ouvido é fazer com que o outro se sinta ouvido primeiro. A maioria das pessoas não irá prestar atenção no seu ponto de vista, até que elas se convençam de que você ouviu e apreciou o delas. Mesmo quando você está iniciando uma discussão sobre alguma coisa que importa a você, a melhor maneira de garantir que você será ouvido é convidar a outra pessoa a explicar o ponto de vista dela, antes de apresentar o seu. Se sua raiva é tanta que se torna impossível fazer isso nesse momento, adie a discussão para depois, dizendo algo como: “eu não estou conseguindo me concentrar no que você está me dizendo agora. Nós poderíamos conversar daqui a meia hora?” Antes da
discussão, exercite mentalmente ficar no lugar da outra pessoa, identificando-se com as razões e o ponto de vista dela. Durante a interação com o outro, fique atento para identificar o seu comportamento impaciente ou defensivo. É importante conter a sua urgência em responder, até que você tenha ouvido tudo. Não é suficiente apenas manter a boca fechada enquanto o outro está falando. Faça um esforço para acolher o que ele está sentindo e pensando.
Verbalização empática:
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Durante a verbalização empática, o foco de atenção é inteiramente voltado para o sentimento e a perspectiva da outra pessoa ante à situação-problema, sem fazer qualquer julgamento, aceitando e legitimando os sentimentos sentimentos dela. Tais sentimentos sentimentos podem ser legitimados de forma indireta, quando estes não são especificados (ex.: “eu p osso imaginar como você está se sentindo”, ou “as coisas não estão indo nada bem para você, não é mesmo?”), ou de forma direta, quando o “empatizador” especifica o sentimento (ex.: “eu percebo que isso está deixando você triste”, ou “você deve estar se sentindo indignado”). Quando o “empatizador” consegue relacionar o sentimento, o contexto e a perspectiva da pessoa alvo (ex.: “você se sente triste porque mudar significa deixar todos os seus amigos”, ou “você está me
vendo jogando toda a responsabilidade em cima de você e isso o deixa zangado comigo, não é mesmo?”), isso promove uma verbalização verbalização empática mais completa.
Em situações em que há conflito, quanto maior é a divergência de opiniões, mais importante é reconhecer o que a outra pessoa diz, antes de apresentar o próprio ponto de vista. Quando o outro se sente magoado, torna-se fundamental demonstrar compreensão e aceitação dos sentimentos e perspectivas deste. O ideal é não apresentar qualquer justificativa, antes de se certificar de que o outro se sentiu realmente compreendido compreendido e validado. Exemplos de declarações empáticas em situações de conflito incluem: a.
“Deixe-me ver se eu entendi o que você está dizendo. Você sente que é sempre
você quem toma a iniciativa de propor nossos encontros e que isso faz você querer saber se eu realmente quero estar com você. Estou certo?”.
b.
“Então todo esse tempo você vem sentindo que eu estou furioso com você e
que, por essa razão, eu deixei de ser afetuoso. Não é de admirar que você esteja chateada. Você deve estar se sen tindo magoada há bastante tempo”. Declarações desse tipo tendem a reduzir a ansiedade da outra pessoa, tornando-a mais disponível para ouvir e para a autoverbalização. Uma variedade de estudos tem apontado os efeitos da empatia, dentre os quais os mais citados são: redução do conflito social e do rompimento, tornando a interação mais agradável; diminuição de problemas emocionais e psicossomáticos nos amigos e familiares; maior satisfação no relacionamento conjugal e maior ajustamento marital. Os indivíduos empáticos são capazes de compreender acuradamente os estados internos dos outros e de manifestar essa compreensão de forma sensível e apropriada. Isso possibilita lidar com a crítica de um modo que reduz o conflito e aumenta a qualidade da interação. A ca pacidade de “ler” os pensamentos e
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sentimentos das outras pessoas e de reagir adequadamente é que provavelmente torna esses indivíduos mais bem-sucedidos profissional e afetivamente. afetivamente. Por outro lado, pessoas não empáticas parecem carecer de inteligência social e podem se tornar prejudicadas no trabalho, na escola, na vida conjugal, nas amizades, nas relações familiares, além de correrem o risco de viver à margem da sociedade. Procure primeiro compreender, depois ser compreendido. Esse princípio é a chave para a comunicação interpessoal eficaz. Segundo Stephen Covey: Temos uma tendência forte de atropelar os sentimentos das pessoas, de correr para resolver as coisas através de conselhos. Mas, com frequência, deixamos de reservar algum tempo para o diagnóstico para tentar compreender verdadeira verdadeira e profundamente profundamente o problema, antes de tudo. E cita um exemplo: Suponha que você tenha um problema na vista e decida ir ao oculista para resolvê-lo. Depois de ouvir rapidamente seus problemas, problemas, ele tira os óculos e os entrega a você. - Use estes - ele diz. - Tenho estes óculos há dez anos, e eles me ajudaram muito. Tenho outro par em casa. Pode ficar com eles. Você os experimenta, mas os óculos só pioram seu problema. - Está horrível - você reclama. - Não consigo ver nada. - Mas o que há de errado? - pergunta o médico. - Para mim estão ótimos. Tente de novo. - Estou tentando - você fala. - Mas vejo tudo embaçado. - Qual é o problema com você? Não consegue ter um pensamento positivo? - Está bem. Positivamente, não enxergo nada! - Amigo, como você é ingrato! - ele reclama. - Depois de tudo que fiz por você! Quais as chances de voltar ao mesmo oculista quando precisar novamente de uma consulta? Poucas, imagino. Ninguém tem muita confiança em alguém que receita sem fazer um diagnóstico. Você sentiria confiança num médico que prescrevesse uma receita antes de ouvir cuidadosamente seus sintomas e queixas? Acreditaria em seu diagnóstico se ele o formulasse depois de oito minutos de consulta com duas ou três perguntas apressadas, olhando para o relógio o tempo todo e interrompendo suas respostas antes de você completá-las?
Regras básicas do ouvinte empático:
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1. Ouvir é um poder. Saber usá-lo assegura parte do poder na comunicação eficaz. 2. Ouvir bem significa tomar nota de tudo o que o outro vai dizendo, se for preciso interrompendo-o gentilmente e pedindo-lhe que repita ou esclareça um determinado ponto. 3. Sorrir, acenar com a cabeça afirmativa ou negativamente e emitir sinais visíveis de que está acompanhando devidamente o diálogo é um bom feedback (retorno) (retorno) para os resultados e contribui para o relacionamento. 4. O bom ouvinte fica atento tanto para aquilo que é dito quanto para o que q ue não é dito.
Formas de captar as mensagens não ditas:
- As deixas intencionais – atos falhos ou lapsos de pessoas que o cercam (funcionários, amigos, membros da equipe de negociação); um nome trocado (o do concorrente, por exemplo), uma data escorregada sem querer etc.; - As mensagens vocais – (entonação de voz, ênfase numa palavra, pressa de mencionar um dado, gaguejar) e verbais (preferências por certos sinônimos em vez do equivalente; equivalente; “acordo” em lugar de “convênio”, ou “demonstração” em lugar de “teste”, por exemplo);
- As margens visuais - a linguagem do corpo (expressões faciais, modo de cruzar as pernas ou os braços, curvatura dos ombros, suor na testa ou no rosto) e atitudes das pessoas que o cercam (escolha do lugar onde se sentar numa reunião, poses distraídas ou atentas, cercar-se de lápis e tomar notas ou fechar o caderno de apontamentos e preparar a pasta para uma saída a qualquer momento, a cordialidade intensificada ou subitamente reduzida da secretária dele etc.). Defeitos da capacidade de ouvir na falta de empatia:
- Interromper a fala do outro antes que ele conclua; impaciência, impaciência, descortesia, arrogância ou prepotência; prepotência; - Antecipar ou querer adivinhar o que o outro vai falar; ansiedade, impaciência ou bajulação; - Não prestar atenção às mensagens não ditas; ingenuidade, inabilidade inabilidade fatal;
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- Distrair-se facilmente com ruídos, objetos ou outros detalhes; - Desinteressar-se ou parar de prestar atenção quando o assunto não é de seu interesse ou é desagradável; desagradável; - Desligar-se da fala do outro se não estiver de acordo e já começar a pensar no argumento com que irá rebater; - Desinteressar-se quando o tema tratado não é de sua área ou não faz parte de suas atribuições. 87 A linguagem do corpo corpo e a empatia: empatia:
Vamos trabalhar um pouco mais detalhadamente sobre esse importante aspecto do processo de comunicação, começando por duas verdades elementares sobre a linguagem corporal: 1.
A linguagem do corpo, assim como a verbal, não é universal; ela varia de povo
para povo, entre as regiões de um mesmo país, de cultura para cultura e de uma época para outra; 2.
Não se deve generalizar ou levar ao pé da letra os sinais expressos pelo corpo e
as significações atribuídas a eles pelos pseudoespecialistas; algumas pessoas podem reproduzilos como um tique ou hábito peculiar por uma razão física ou patológica (uma doença) ou por puro acaso.
O especialista Roger Dawson cita dois exemplos para ilustrar a primeira dessas verdades. O primeiro é o dos esquimós, que, ao contrário de quase todo mundo, usam um aceno de cabeça para os lados para dizer “sim” e um movimento de cabeça para cima e para ba ixo para indicar “não”.
O segundo exemplo deu-se durante a descida dos astronautas americanos na Lua, em 1969, como resposta à pergunta que mais de um bilhão de pessoas se fazia acompanhando pelo norte-americano – TV; “Então como estão as coisas aí?“ A resposta foi o clássi co gesto de okay norte-americano um círculo com o indicador e o polegar. Todo mundo entendeu nos Estados Unidos, ninguém entendeu no Japão, e a reação deve ter variado das gargalhadas a mais pura raiva nos países latinos. A segunda verdade também é muito importante, começando por um exemplo simples: é uma verdade quase universalmente aceita que uma pessoa, quando está mentindo, não tem coragem de olhar o interlocutor nos olhos. Todos acham que os fumantes fumam quando estão nervosos, mas as pesquisas indicam que, numa reunião, quando um fumante acende um cigarro, isso significa que ele se pôs em relaxamento.
Outras “dicas” para decodificar a linguagem do corpo:
- Piscar demais: indício de tensão, eventualmente de que a pessoa não fala a verdade; olhar fixamente o interlocutor sem piscar – estar aborrecido e distante, desatento do que se passa. - Tirar e colocar os óculos, limpá-los: o usuário está meditando e refletindo sobre o que você lhe diz – e fixar o interlocutor por cima deles – duvidar de quem está falando, querer captar seus pensamentos reais. - Apertar as mãos calorosamente: sinal de cordialidade; acompanhar o aperto de mão com um tapinha no ombro de outro, com a mão esquerda – consideração e apreço pelo interlocutor. - Coçar a cabeça: dúvida, incompreensão, perplexidade, embaraço. - Desabotoar o colarinho ou o casaco e folgar o nó da gravata numa reunião: relaxamento, atitude à vontade. - Segurar o queixo entre o polegar e o dedo médio: atenção concentrada, interesse profundo; o mesmo gesto, com a cabeça inteiramente apoiada no punho e no antebraço: aborrecimento, aborrecimento, cansaço e desinteresse. desinteresse. E não se esqueça: piscadas excessivas podem apenas significar um cacoete; olhar por cima dos óculos pode apenas indicar que o usuário precisa passar numa ótica e fixar melhor os aros; os políticos e advogados costumam apertar a mão com a direita e dar um tapinha no ombro com a esquerda de qualquer pessoa; os piolhentos coçam a cabeça o tempo todo; o calor excessivo da sala, e não a distensão, pode ser a causa do afrouxar dos botões ou da gravata – e assim por diante. O ponto mais importante ao falar da empatia no processo de comunicação é lembrar que, além de se colocar no lugar do outro, precisamos pensar bem na forma como vamos nos expressar. Vamos refletir sobre isso: “Certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o sonho. - Que desgraça, senhor! - exclamou o sábio. Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade! - Mas que insolente, gritou o sultão. Como se atreve a dizer tal coisa? Então, ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas.
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Mandou também que chamassem outro sábio para interpretar o mesmo sonho. E o outro sábio chegou e disse: - Senhor, uma grande felicidade vos está reservada!! O sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes! A fisionomia do sultão se iluminou e ele mandou dar cem moedas de ouro ao sábio. Quando este saía do palácio, um cortesão perguntou ao sábio: - Como é possível? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega. No entanto, ele levou chicotadas e você, moedas de ouro! - Lembre-se sempre, amigo - respondeu o sábio, TUDO DEPENDE DA MANEIRA DE DIZER AS COISAS... E esse é um dos grandes desafios da humanidade. É daí que vem a felicidade ou a desgraça; a paz ou a guerra. A verdade sempre deve ser dita, não resta a menor dúvida, mas a forma como ela é dita... é que faz a diferença. A verdade deve ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém, pode ferir, provocando revolta. Mas se a envolvemos numa delicada embalagem e a oferecermos com ternura, certamente será aceita com mais facilidade.
4.3 FEEDBACK
Mas o que é feedback ? O conceito de feedback é é herdado da teoria de sistemas, e significa na tradução literal retroalimentação, retroalimentação, isto é, processar informações e transmiti-las ao sistema para a continuidade do seu funcionamento. Como usar o feedback de de forma adequada? Precisamos nos preocupar com a qualidade do feedback . Recebendo o feedback - - ouvindo ativamente: Não se devem ouvir as palavras apenas como são ditas, mas a maneira como elas são expressas; Quando se ouve, é importante manter a mente aberta e um sentido aguçado para bloquear julgamentos ou avaliações precipitadas; É importante manter-se focado e atento ao conteúdo e à forma da mensagem que recebe;
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Um bom ouvinte ouve até o que não lhe é dito, mas o que é comunicado por outras formas de expressão – gestual, facial, corporal, postural, pelo tom nas palavras... ; Use os olhos além dos ouvidos. As pessoas estão permanentemente nos passando informações sobre os seus sentimentos e emoções; FIGURA 12- OUVINDO COM ATENÇÃO 90
FONTE: Disponível em: . Acesso em: 08 dez. 2011. O que nas atitudes de alguém possibilita avaliar a pessoa? Você observa mudanças de posturas, tensões musculares, enrubescimento facial, como elas mexem as mãos, como seguram a cabeça ou pronunciam as palavras; Todo o tempo em que de fato estiver ouvindo, você será capaz de captar informações relevantes dos sinais visuais disparados pelo seu interlocutor, enquanto fala e ouve o que lhe é dito; Ouça atentamente sem fazer interrupções; Não replique, não retruque, não se justifique, busque soluções; Seja humilde para reconhecer que você apresenta aspectos que merecem ser aprimorados; Dê abertura para que as pessoas possam chegar até você; Lembre-se: o feedback é é sobre seu trabalho e comportamento e não sobre sua pessoa; Tenha maturidade para entender que esse momento é rico em crescimento, autoconhecimento; Antes de defender-se, reflita, pois você não está sendo atacado;
Se tiver dúvidas, peça exemplos, esclarecimentos; esclarecimentos; Mostre respeito às opiniões e ideias dos outros, ouvindo atenta e interessadamente o que lhe é dito. Manter o clima de trabalho com respeito mútuo é fundamental; Certifique-se no final de que nada foi esquecido. Faça uma revisão sumarizada dos principais pontos do diálogo, conferindo o nível de compreensão mútua do que foi tratado. Fornecendo feedback: a.
Aja de maneira cordial;
b.
Olhe a pessoa nos olhos;
c.
Tenha empatia e sensibilidade;
d.
Comunique-se de forma clara, objetiva, seja específico;
e.
Inicie o feedback reforçando reforçando os pontos fortes da pessoa;
f.
Dê exemplos, faça analogias, aponte as partes que necessitam melhoria;
g.
Esclareça as dúvidas;
h.
Certifique-se de que a pessoa está entendendo a sua mensagem;
i.
Ouvindo melhor, você será capaz de dar e receber feedback de forma
educacional, construtiva construtiva e relevante; j.
Não tenha receio de falar de forma incorreta, ou medo de ser mal interpretado,
procure falar da melhor forma que conseguir. O importante é propiciar a oportunidade para que o outro reflita e possa crescer; k.
Procure não repetir muito a mesma palavra, ou usar termos incomuns.
O feedback é é a parte do processo que visa orientar pessoas a ter um desempenho ou um comportamento adequado em uma determinada situação, ou seja, é um indicador do caminho a seguir. Mas quando não administrado de forma correta, um feedback poderá causar insatisfação, novos erros e até a desmotivação de toda uma equipe. Por esses motivos, desenvolver habilidades habilidades ao receber e conceder feedbacks é como adotar uma nova postura, um novo estilo de vida. Quando você for oferecer um feedback, é importante que tenha em mente a responsabilidade da ferramenta que se tem em mãos, porque se o ele pode indicar e corrigir erros de percurso, também pode, quando mal conduzido, causar problemas ainda maiores.
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Existem dois tipos de feedback : os positivos e os negativos, e ambos devem ser utilizados de maneira correta e mesclados. O positivo muitas vezes é esquecido por alguns líderes, o que é um erro, porque dizer à sua equipe que estão no caminho certo e que as atitudes estão ajudando a alcançar os resultados esperados é fundamental para que "não se desviem da rota". Por outro lado, o negativo deve ser encarado como uma ação corretiva, um modo de melhorar o desempenho e não de apontar erros. Dessa maneira a pessoa que o transmite conquistará a confiança e credibilidade de sua equipe e de seus colegas. Naturalmente quando recebemos um feedback é mais fácil assimilar quando esse for positivo, afinal, quem não gosta de ser reconhecido e ter a certeza de que está seguindo na direção certa? Entretanto quando o feedback é é negativo, nem sempre há uma boa receptividade. Em vista disso, tenha em mente que não é necessário concordar plenamente plenamente com um feedback , mas reserve um período para refletir e avaliar as questões apontadas. apontadas. Caso não concorde com o feedback recebido, recebido, é importante que deixe claro o seu ponto de vista e, principalmente, os motivos que o levaram a esta conclusão. Dessa forma, o ciclo do estará concluído, do contrário corre-se o risco das relações desgastarem-se por falta feedback estará de uma comunicação comunicação eficaz. Enfim, a todo o momento estamos oferecendo e recebendo feedbacks, por isso a importância de desenvolver essa habilidade para tirar proveito de situações críticas e desfrutar das situações de sucesso. Reflita sobre suas experiências de oferecer e receber feedbacks. As lembranças são positivas ou negativas? A sua resposta pode ser o ponto de partida para aprender e aprimorar sua relação com essa ferramenta chamada feedback . Pense nisso!
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REFERÊNCIAS
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