(ficha-resumo) COGNITIVO-FUNCIONAL, gramática MARTELOTTA, Mario Eduardo (org.) Manual de linguística. São Paulo: Contexto, 2008, p. 62-68. O termo “cognitivo“cognitivo-funcional” abrange uma série de propostas teóricoteóricometodológicas que caracterizam algumas escolas de natureza distinta. Pode-se dizer de maneira geral que se adaptam a esse modelo o funcionalismo, a sociolinguística, a linguística textual, entre outras. Observadas essas considerações, podemos afirmar que a gramática cognitivo funcional segue um ponto de vista distinto, pois vai além do escopo dos elementos estruturais linguísticos para analisar a situação de comunicação inteira: a fala e o seu contexto discursivo. Significa, em outras palavras, que a concepção de gramática não pode ser vista independente do uso concreto da da língua, ou seja, do discurso. Assim, temos uma via de mão dupla, onde o discurso precisa dos padrões gramaticais pra se processar e, em contrapartida, a gramática se alimenta do discurso, renovando-se para se adaptar às novas situações de interação. Dessa forma, no uso da língua, o falante estabelece relações estáveis entre as estruturas linguísticas e os efeitos que caracterizam o seu uso. A linguística cognitivo-funcional caracteriza-se pela tendência explicativa, e não descritiva dos fenômenos da linguagem. Entretanto, ela é diferente do universalismo gerativista, porque sua origem não é apenas biológica, mas um equilíbrio entre os aspectos biológicos e culturais da linguagem.