INSTALAÇÕES ZOOTÉCNICAS – IZ308 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ZOOTECNIA DEPARTAMENTO DE REPRODUÇÃO E AVALIAÇÃO ANIMAL APOSTILA – VERSÃO 1.8 – MARÇO / 2011 2011 PROF.CARLOS AUGUSTO DE OLIVEIRA –
[email protected] [email protected]
[email protected] Carlos Augusto de Oliveira –
[email protected]
Professor Adjunto - UFRRJ/IZ/DRAA Zootecnista MBA Administração Rural MBA Estrategia em Agribusiness M.Sc. Gestão de Negócios D.Sc. Zootecnia SUMÁRIO
1. Introdução............................. Introdução................................................... ...................... ......................... ...................... .......
03
2. Materiais de Construção ......................................... ................... ...................... ....................... ................
07
3.Cercas .......................................... ..................... ........................................... ...................... ........................ ......................
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4. Paiol ........................................... ..................... ...................... ...................... ...................... ........................
10
5. Silos - graneleiro ............................................ ..................... ....................... ........................................... ..................... ...................... .....
11
6. Drenagem ............................................ ..................... ....................... ............................................. ..................... ........................ ..............
12
7. Esterqueiras ...................... ...................... ............................................ ..................... ....................... .........
13
8. Fossas sépticas ...................... ............................................... ..................... .......................... ........................ ..................... ...
17
9. Sumidouros ............................................ .................. .......................... ...................... ...................... ............
18
10. Biodigestor ...................... ...................... ...................... ........................ .........
19
11. Avicultura ....................... ...................... ...................... ......................... .........
22
12. Residência de colonos ............................................. ..................... ........................ ...................... ..............
28
13. Cunicultura ...................... ...................... ...................... ........................ .........
30
14. Orçamentos .......................................... .................... ...................... ................................................ ..................... ........................... ........
34
15. Fábrica de ração ............................................ ..................... ....................... ...................... ........................ ..................... ...
38
16. Bovinos de leite ........................................... ..................... ...................... ...................... ......................... ..
42
17. Bovinos de corte – pastagens ........................................... ..................... ...................... ....................... ...
55
18. Bovinos de corte – confinamento ........................................... ..................... ...................... ...................... .
61
19. Suinocultura ........................................... ..................... ...................... ...................... ....................... ...........
72
20. Referências Bibliográficas ......................... ............................................ ..................... ....................... ........
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[email protected] Carlos Augusto de Oliveira –
[email protected]
Professor Adjunto - UFRRJ/IZ/DRAA Zootecnista MBA Administração Rural MBA Estrategia em Agribusiness M.Sc. Gestão de Negócios D.Sc. Zootecnia SUMÁRIO
1. Introdução............................. Introdução................................................... ...................... ......................... ...................... .......
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2. Materiais de Construção ......................................... ................... ...................... ....................... ................
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3.Cercas .......................................... ..................... ........................................... ...................... ........................ ......................
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4. Paiol ........................................... ..................... ...................... ...................... ...................... ........................
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5. Silos - graneleiro ............................................ ..................... ....................... ........................................... ..................... ...................... .....
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6. Drenagem ............................................ ..................... ....................... ............................................. ..................... ........................ ..............
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7. Esterqueiras ...................... ...................... ............................................ ..................... ....................... .........
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8. Fossas sépticas ...................... ............................................... ..................... .......................... ........................ ..................... ...
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9. Sumidouros ............................................ .................. .......................... ...................... ...................... ............
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10. Biodigestor ...................... ...................... ...................... ........................ .........
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11. Avicultura ....................... ...................... ...................... ......................... .........
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12. Residência de colonos ............................................. ..................... ........................ ...................... ..............
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13. Cunicultura ...................... ...................... ...................... ........................ .........
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14. Orçamentos .......................................... .................... ...................... ................................................ ..................... ........................... ........
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15. Fábrica de ração ............................................ ..................... ....................... ...................... ........................ ..................... ...
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16. Bovinos de leite ........................................... ..................... ...................... ...................... ......................... ..
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17. Bovinos de corte – pastagens ........................................... ..................... ...................... ....................... ...
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18. Bovinos de corte – confinamento ........................................... ..................... ...................... ...................... .
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19. Suinocultura ........................................... ..................... ...................... ...................... ....................... ...........
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20. Referências Bibliográficas ......................... ............................................ ..................... ....................... ........
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1. Introdução O curso de Instalações Zootécnicas – IZ308 – deverá ser ministrado sobre a ótica das considerações nas abordagens para o desenvolvimento de projetos, onde cada caso será um caso, considerando aspectos climáticos, culturais, níveis tecnológicos dos projetos, fatores administrativos e estratégicos, onde o objetivo final será a obtenção de um projeto zootécnico, ou seja, adaptado às condições produtivas e operacionais, conseqüentemente com condições econômicas favoráveis, favoráveis, não tendo considerações considerações meramente de abordagens técnicas, já que as mesmas podem ser simplesmente obtidas de material bibliográfico e de fácil acesso a qualquer interessado. O Zootecnista tem papel bem claro e diferenciado em sua atuação com os assuntos relacionados às construções ligadas a um projeto pecuário, nas chamadas Instalações Zootécnicas, daqui para frente chamaremos de I.Z. Tanto o Engenheiro Civil como o Arquiteto, tem condições de desenvolver projetos de I.Z., no entanto, estes profissionais não têm conhecimentos técnicos adequados para o desenvolvimento do projeto operacional, apenas conseguem desenvolver os projetos estruturais, cálculos, plantas de construção, orçamentos, etc... Cabe ao Zootecnista somar conhecimentos adquiridos em sua formação profissional, para desenvolver projetos onde a prioridade seja o maior desempenho produtivo do animal, aliado a economia na imobilização financeira desta I.Z., que também passaremos a chamar de Investimentos Fixos. A realidade que encontramos não se coloca bem desta forma, os profissionais de ciências agrárias, quando envolvidos com assuntos de I.Z., normalmente não conseguem entender a importância deste componente do projeto pecuário. Tratado como um item apenas do projeto que provoca algum tipo de desembolso financeiro, é vencido rapidamente e depois passa a não influenciar na atividade desenvolvida, tornando-se apenas um imobilizado fixo. Este é um conceito antigo, no entanto ainda praticado pela maioria dos profissionais, onde preferem copiar de livros ou de obras prontas, os novos projetos, sendo que as bases de cópias normalmente já têm mais de meio século de projetados. Pior ainda, que estes modelos são em sua maioria cópias de projetos europeus ou norte americano, onde as realidades nada têm a ver com a condição climática (situação tropical) e econômica do Brasil, isto continua até os dias atuais. Na cabeça do profissional de ciências agrárias, os mais importantes são os assuntos técnicos ligados a criação do tipo do animal a ser explorado, nutrição e manejo são sempre prioridades nos projetos, a influência seja seja ela produtiva e econômica de uma I.Z., normalmente normalmente fica em segundo plano no projeto, desconsidera-se com muita facilidade o peso expressivo dos investimentos fixos ligados as construções e sua participação nos custos finais de cada unidade (kg, litro, etc...) produzida pelo sistema, isto mensurado de forma direta, ou seja, amortização dos investimentos. Pior ainda, são os chamados lucros cessantes, ou seja, problemas que I.Z. mal projetadas levam ao desempenho final da criação, resultados de difícil mensuração, mas que em alguns casos poderá ser determinante para o fim da atividade, como opção lucrativa. Há necessidade de reformular os atuais conceitos ligados a I.Z., existe um significativo espaço profissional neste setor da pecuária, no entanto, as tendências devem caminhar para a economia racional, onde a consideração climática ligada à relação da atividade com as I.Z. deverão ser as bases dos projetos.
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Em pecuária o relacionamento da atividade com as I.Z. devem ser tratadas sobre quatro aspectos; a atividade pecuária poderá ser considerada uma criação extensiva (pasto), semiextensiva (pasto + I.Z.), confinamento (I.Z.) e super confinamento (I.Z. com limitação espacial). Quanto maior a intensividade no uso das I.Z., maiores serão os problemas e cuidados a serem verificados por momento do projeto. Os maiores uso das I.Z. significam que há grande dependência das mesmas para o melhor desempenho do animal, desta forma elevando os custos em imobilizações fixas e despesas de futuras manutenções, pior ainda, são os projetos mal dimensionados que levam a problemas de desempenho produtivo, fatos com grande dificuldade de serem mensurados financeiramente. Portanto, os pesos nos custos iniciais em projeto de pecuária nos assuntos relacionados a I.Z. podem chegar até mais de 60% dos custos totais e influenciar de forma negativa durante toda a operação produtiva, alguns cuidados essenciais deverão ser notados por momento destas projeções. Estes investimentos podem ter prazo de maturação de até 10 anos, fato que deve ser considerado na hora de investir na atividade. Tais investimentos não devem ser contabilizados no sentido de valorizar a propriedade onde serão construídos, mas sim e unicamente com um meio produtivo para obtenção dos objetivos pretendidos. Que deverá haver preocupação da localização da I.Z. em relação à propriedade, fazendo-se uso de simulações físicas para verificar desde condições de microclima até aspectos de acesso facilitado, rede elétrica, água, despejos, etc... A localidade deverá considerar aspectos relacionados ao tipo de terreno, escoamento de águas servidas e pluviais, topografia, necessidade de terraplenagens, etc... Algumas decisões devem ser tomadas com relação à qualidade da construção, diferenciar o que é uma obra sofisticada de uma obra durável e econômica, para fazer frente ao longo tempo de maturação dos investimentos fixos, de maneiras a não elevar acima da normalidade as despesas de manutenção ao longo deste tempo. Conseguir diferenciar o que é tecnologia, de construções sofisticadas e absurdamente caras. Ter como base o uso de da evolução de rebanho como única forma determinante para dimensionar necessidades espaciais, que sempre deverão ser consideradas a futuro. Desta forma, o uso desta ferramenta possibilitará o parcelamento, ou o melhor emprego do capital nas imobilizações em I.Z., nem excessos, nem faltas, construções na medida certa das possibilidades tecnológicas da atividade. Ou seja, quem determina o tamanho e necessidades em um projeto de I.Z. são os índices zootécnicos possíveis naquela atividade, naquela região, com aquela tecnologia e com aquele objetivo comercial pretendido. Este fato faz das projeções de I.Z. uma atividade onde o profissional mais competente para desenvolvê-las são os Zootecnistas, capacitados tanto nos assuntos técnicos como nos assuntos econômicos e comerciais ligados a atividade que origina o projeto. Outro fato de grande importância está relacionado ao tamanho físico dos projetos, nada de construções muitos grandes fisicamente, todo projeto que atinja tamanho acima de determinados parâmetros deverão ser divididos em módulos, a estratégia da modulação é a
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principal forma viável de se ter controle produtivo sobre uma determinada atividade, caso contrário o sistema terá grande chance de cair no descontrole. A modulação também permite o parcelamento das construções, onde cada módulo só será construído após a maturação de seu antecedente, onde os acertos e erros deverão ser usados para melhorar os módulos seqüentes. A modulação também deverá ser usada como estratégia de apoio a resultados técnicos e financeiros da atividade, onde cada módulo deverá estar em constante competição entre si, desta forma, o monitoramento das performances deverá se tornar um fato rotineiro, facilitado pela estrutura física do projeto. O projeto de I.Z. deverá ser sempre voltado para seu fluxo operacional, rotinas diárias deverão ser privilegiadas para facilitação das operações, em primeiro lugar os animais, em segundo lugar os operadores, o motivo das existências das I.Z. são os animais, a eles deverão ser ofertados as melhores possibilidades produtivas. Este fato, apesar de sua simplicidade, em grande maioria dos casos não é nem pensado pelos projetistas de I. Z. As preocupações são os aumentos de custos, principalmente custeio, que falhas no projeto possam vir a provocar. Os projetos de I.Z. podem ser via pré-fabricados, sejam eles de concreto armado, ferro ou madeiras, o que deve ser verificado será a relação benefício custo, já que as vantagens da velocidade de implantação dos pré-fabricados, não podem superar as normalidades de retornos técnicos e econômicos da atividade. No BR existem alguns fabricantes de préfabricados em I.Z., principalmente em concreto armado, o problema quanto a estes projetos estão normalmente ligados às estruturas, que são modeladas com base em estruturas voltadas aos setores industriais, além de considerações exageradas (estruturalmente) para o objetivo e necessidades dos animais. Com relação à TERMODINÂMICA (transformação do calor) nas I.Z., vamos dividi-la em trocas térmicas secas e trocas térmicas úmidas; -Trocas Térmicas Secas – Através de mecanismos de Convecção, Radiação e Condução provocam variação de temperatura. Convecção – Troca de calor entre 2 corpos, sendo um deles sólido e o outro fluido (líquido ou gás). Radiação – Troca de calor entre 2 corpos através da natureza eletromagnética, que caracteriza a onda de calor, acontecendo em qualquer meio, até no vácuo. Condução – Troca de calor entre 2 corpos que se tocam. -Trocas Térmicas Úmidas – Oriundas das alterações de temperatura com agregação de água como meio atuante, onde a água poderá ir do estado líquido para o gasoso (vapor) e do gasoso para o líquido, são; Evaporação e Condensação. Evaporação – Troca térmica úmida proveniente da mudança do estado líquido para o gasoso, para tanto consumindo a energia disponível no ambiente de contato. Condensação – Troca térmica úmida proveniente da mudança do estado gasoso contido no ar para o estado líquido. Com relação à ventilação, a mesma poderá provocar ganho ou perda de calor, já que se trata de uma troca térmica por convecção, a tendência será a harmonização das temperaturas, podendo ser natural ou forçada. A natural dependerá basicamente da ação dos ventos e as facilidades para que o mesmo flua em uma I.Z. A forçada poderá se dar por meio de
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equipamentos ou pelo efeito “chaminé”, onde a elevação da temperatura interna em uma I.Z. forçará a saída de ar pelas partes mais altas da I.Z., de maneiras a forçar a ventilação interna. Quanto ao posicionamento do sol em relação as I.Z., alguns fatos devem ser compreendidos antes dos projetos. Primeiro que o sol deve ser visto como um aliado, trata-se do melhor dos desinfetantes, eficiente e barato não deve ser menosprezado. Apenas os projetos onde o conceito produtivo esteja ligado ao modelo de super confinamento, ou seja, os animais além de instalados estão em restrição espacial, o sol não pode entrar em momento algum do dia. Nos outros projetos ou o sol poderá ser desconsiderado, ou então, ser utilizado como um insumo do dia a dia. Quanto aos ventos, estes são perigosos no desempenho dos animais. Ventos constantes, existentes nos litorais ou em planaltos, devem ser combatidos com barreiras, sejam elas artificiais ou não, nestas regiões a prioridade de direcionamento das I.Z. devem ser para proteção de ventos e não do sol, já que o vento naturalmente circulará pelo interior das I.Z., desta forma, se for o caso, beirais poderão ser aumentados para evitar incidência solar direta sobre animais em super confinamento, o que não poderá existir será a exposição direta de animais a ventos constantes. Ventos de tempestades deverão ser sempre protegidos, quando no caso de super confinamento com uso de cortinas. O uso de micro climas também deverá ser uma estratégia no desenvolvimento de projetos em I.Z., o problema será sempre o custo de implantação desta possibilidade, o objetivo deste artifício deverá buscar sempre alternativas que se aproximem da natureza, evitando o uso de equipamentos, já que o uso deste leva a imobilizações financeiras, despesas com uso e manutenção, ou seja, o uso de árvores e posicionamento dentro da propriedade podem diminuir custos e elevar os resultados. Atenção especial deverá ser dada a coisas simples relacionadas a obras civis como; o esquadro ou o angulo de 90 graus das paredes, diferentes só quando da exigência do projeto, o prumo das paredes, o nível exato nos pisos, caimentos sempre em percentuais mínimos funcionais. Falta de verificação destes fatos levam aos problemas no desempenho zootécnico dos animais, ao mal uso de espaços físicos e a excesso de trabalho em rotinas diárias. Fatores que acabarão por elevar os custos de produção. Os assuntos relacionados ao “bem estar animal” que passaram a fazer parte do mundo dos profissionais que se relacionam com os animais, acabou por se confundir com o “conforto animal”. Para os profissionais em Zootecnia a produção animal sem conforto para os mesmos, poderá significar a perda de desempenho produtivo com a clara perda financeira e econômica de um sistema de produção animal. Atender as exigências relacionadas a correta nutrição, oferta adequada de água, disponibilização de temperatura ambiente confortável para a espécie em criação assim como o devido respeito aos aspectos relacionados a etologia animal, para os Zootecnistas, nunca foi considerado como algo mais que se pode oferecer aos animais, mas sim, condição fundamental para a produção animal em padrões competitivos.
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2. Materiais de construção Para fins de orçamentação dos projetos em I.Z., assim como para compreensão da dinâmica dos materiais em um determinado projeto, estaremos definindo os mesmo da seguinte forma; -
Brita – n.1, n.2 e n.3 – padrão – m3. Pedra de mão – padrão – m3. Areia lavada – padrão – m3. Areia de embolso ou areola – padrão – m3. Saibro – padrão – m3. Aterro – padrão – m3. Cimento – AF/CP – padrão – saco 50kg. Tijolo – barro – 0.20X0.20 – padrão – milheiro. Telha – barro – (tipo francesa) – padrão – milheiro. Telha – fibro cimento – (5mm) – padrão – m2. Madeira – perna 3 “X3” / caibro “3”X1,5” / ripa 1,5”X1/3” – padrão m3. Madeira de curral – de lei – Peroba, Anjico, Ipê, Maçaranduba – Eucalipto tratado – esteio 6 “X6” / 8 “X8” / 10 “X10”, etc... Réguas – 1 “X 6” – padrão m3. Ferro – 3/16 “, ¼” , 5/16 “, 3/8”, 1 “, .... – padrão kg. Tubos e conexões – ½”, ¾”, 1”, 100mm, 150mm, ... – t ipo PVC – padrão unidade. Esquadrias – portas 0,50, 0,60 , 0,70 , 0,80, janelas, basculantes, etc... padrão unidade. Revestimentos – azulejos, ladrilhos, etc... – padrão m2. Tintas – cal, PVC, etc... Eletricidade – Fios, cabos, disjuntores, chaves magnéticas, 110 v, 220 v e 330 v.
3. Cercas As cercas em um projeto pecuário podem ter alta representatividade nos custos de implantação, assim como na manutenção, alguns fatores devem ser considerados por momento das projeções dos modelos a serem utilizados em um projeto onde haja uso intensivo de cercas. O projeto deverá privilegiar alguns modelos básicos, onde serão respeitados os princípios de máxima economia e realização dos objetivos propostos com o uso das cercas. Em propriedade rural as cercas podem ser divididas basicamente em 2 objetivos, os de proteção ou contenção e os de manejo alimentar, lembrando que o que deve segurar um animal dentro de um pasto é a pastagem e não as cercas. Basicamente as cercas de proteção e/ou contenção deverão ser as cercas que fazem o perímetro da propriedade, onde a função de se evitar fugas ou acessos de animais indesejáveis tem que ser prioridades, para tanto deverão ser nestas cercas onde os custos serão mais significativos. Nas cercas de manejo, ou seja, aqueles que estarão dividindo pastos e piquete deverá ser adotado outra filosofia, onde a função básica será de conduzir as rotinas de pastejo da propriedade ou projeto. As cercas deverão sempre ser projetadas com base em um módulo básico para cada objetivo, onde o parâmetro de custo será a orçamentação de 1 (um) km, devendo conter todas as despesas e volumes gastos no tal módulo. A definição do módulo deverá ser dada a partir da média topográfica da propriedade, ou seja, quanto mais plana a topografia maior a possibilidade de distanciar os moirões ou estacas, normalmente o fator que mais onera o custo do quilometro de cerca.
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De maneira geral a cerca tem um padrão básico, e todas as variações devem ter este padrão como ponto de partida, sendo ele com 2,20m entre moirões ou estacas e 4 fios de arame farpado, seria esta a cerca de maior capacidade de contenção e portanto a mais cara. Fatores usados para “ancoragem” (pontos de fixação dos arames) das cercas serão sempre comuns em qualquer modelo, às chamadas âncoras ou escoramentos, sempre estará localizado ou em extremos topográficos, em cantos ou nos limites para se tencionar os arames.
Tipo de cerca
Sempre que o modelo projetado ultrapassar os espaços entre moirões de 2,20m ao máximo de 2,50, deverá ser fazer uso dos “balancins”, que será um artifício com a finalidade de manter o distanciamento entre os arames e estabilidade no movimento de contenção. Estes balancins poderão ser feitos de sarrafos de madeiras ou com o próprio arame (no caso arame liso retorcido). Desta forma as cercas, dependendo da topografia e o nível de tensão dos arames, poderão distanciar entre moirões espaços de até 50m.
Cerca elétrica
Moirões, mourões, estacas, esteios, lascas, astes, achas, etc., devem ter no mínimo 2,00 e o ideal de 2,20 de comprimento, quando enterradas em média de 0,60m deixarão de fora 1,60m, esta será a altura da cerca para bovinos, para caprinos as cercas poderão ter entre 1,00 a 1,20 m de altura. Alternativas poderão ser utilizadas em moirões de concreto armado (protendido), ferro e determinadas sucatas. Regionalmente existem opções, e que devem ser respeitadas, madeiras locais e costumes locais. As ancoragens podem ser feitas com o mesmo material ou com peças especiais, maiores e mais fortes passarão a fazer o papel de pontos de fixação, também chamados de mochos.
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Cerca arame + balancim
Arames farpados e arames lisos, são as principais alternativas, tanto um como o outro consegue fazer o mesmo efeito, sendo que o arame liso normalmente é mais barato, mais fácil de trabalhar, permitindo a construção de uma cerca de maior qualidade, devido à facilidade para tenciona-lo. Existem pequenas catracas que facilitam o tencionamento do arame. Podendo também ser usado um tubo galvanizado de ¾ “, chamado de Bob, com furos desencontrados, sendo enrolado no próprio arame. No caso do arame liso existe um pequeno equipamento – gripple – uma mínima catraca que com auxílio de um alicate especial consegue não só tencionar arame liso, mas como também facilitar emendas quando for o caso.
Tipo de arames
No caso dos farpados, eles se diferem tanto no diâmetro dos fios (1,6mm a 2,2mm) como também no tratamento contra corrosão (zincagem leve ou pesada), apresentados em rolos de 250 a 500m, com 45gr por metro. Nos arames lisos as diferenças estão relacionadas a carga de ruptura, indo de 600 kgf a 800kgf e o tratamento de zincagem (leve ou pesada). Existe ainda o arame liso para cerca elétrica, com 500 kgf de ruptura e 27gr por metro. Para fixação do farpado é utilizado o grampo galvanizado.
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Tipo de cerca viva
Cuidados especiais deverão ser tomados com relação à proteção contra raios, já que as cercas se tornam enormes para raios, podendo ocasionar acidentes graves tanto para pessoas como para animais. Para minimizar os efeitos que um raio pode provocar quando de suas descarga elétrica vir a atingir uma cerca, será fundamental o aterramento a cada pelo menos 200m, de acordo com as normas. O seccionamento da cerca também é uma boa solução para não tornar as cercas um grande condutor de descargas elétricas, onde deverá haver um espaçamento de pelo menos 0,50m, de maneiras a realizar o isolamento elétrico no sentido linear das cercas. Em cercas para eqüinos deverá ser evitado arame farpado, a altura mínima deverá estar na faixa de 1,70m, e a presença de limitador visual (régua) no topo da cerca para evitar possíveis acidentes. ORÇAMENTO - 1km de cerca - farpado / 4 fios / 2,20m (cerca tradicional); -Moirões - 38 dúzias / Âncoras – 4 unidades Grampos - 3 kg / Mão de obra – 8 serviços.
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Farpado – 8 rolos (500m)
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4. Paiol Local de armazenagem de produtos sujeitos a deterioração, seja pelo clima, seja por predadores, normalmente o paiol tem a finalidade de armazenar grãos, sementes e determinados insumos. Basicamente o paiol é um local onde deverá haver barreiras físicas para predadores, sejam eles pelo ar ou por terra, da mesma forma possibilitar aeração adequada sem permitir a entrada de chuvas. O cálculo do tamanho de um paiol deve levar em consideração a necessidade em m3 a ser armazenar, que poderão ser confrontados com o volume de grãos a serem colhidos na pequena propriedade. Em muitos dos casos no paiol é armazenado o grão sem beneficiamento, o que aumenta a necessidade de espaço para armazenamento e o risco de infestações. O paiol deve ser construído acima do nível do solo, sobre pilares, e com barreiras físicas (neste pilares) contra ratos, seu piso deve ser ripado, para facilitar a ventilação, suas paredes devem também facilitar a ventilação, mas no entanto proteger de pássaros. O telhado deverá
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inclinação bem definida e com beiras expressivos a fim de evitar as chuvas de vento. A fim de criar barreira de acesso, sua porta deverá ser uma rampa móvel. Objetivamente o paiol é um silo para pequenas proporções a serem armazenadas, na propriedade rural deverá ser sempre uma instalação de grande utilidade, de maneiras a possibilitar tratar os materiais e insumos com mais qualidade e evitar desperdícios. 5. Silos – graneleiro Local para armazenamento de grãos em grandes volumes, tem a finalidade de armazenar de forma segura, possibilitando a entrada e saída do material, preferencialmente automática, com maior velocidade. Os cálculos do volume de um silo graneleiro, no caso de I.Z., estarão sempre atrelados as necessidades de uso ao longo de um período, para tal, a evolução de rebanho será a única ferramenta adequada para a determinação de necessidades de insumos (no caso grãos) para atendimento do planejamento proposto. Em alguns casos poderá haver também a determinação de estratégias que levem em consideração a variação do preço do grão ao longo do ano, e a determinação da viabilidade de compra antecipada a fim de garantir preço. Existem também as estratégias de logística, onde o volume de armazenamento deverá preservar com segurança a chegada de uma nova carga do grão, distâncias, épocas do ano, tipo de estrada, etc... também poderão influenciar o tamanho do silo onde serão armazenados determinados insumos.
Silo graneleiro metálico
Em produção animal as atividades de avicultura e suinocultura é que vão demandar estruturas como esta, já que mais de 60% dos custos de produção estarão dependentes de um único e principal insumo (milho – 750kg/m3 a 14% umidade) e o não planejamento adequado para sua utilização poderá inviabilizar as atividades.
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Há possibilidades de se construir silos graneleiros em alvenarias, desde que respeitado a devida tecnologia para tal, o certamente cria algum tipo de dificuldade e grande possibilidade de erros. O mais adequado será a consulta a fornecedores deste tipo de equipamento, onde uma vez determinado por parte do planejamento às necessidades, bastará adequa-la aos equipamentos disponíveis. Lembrando que os fornecedores normalmente têm todo tipo de tecnologia para esta finalidade, e que tecnologia sempre tem seu preço, portanto será muito importante verificar a relação benefício custo dos equipamentos que fujam da normalidade para operação de um silo graneleiro. Todo cuidado é pouco na imobilização (R$) em equipamentos de grande porte, valem muito para comprar e pouco para vender. 6. Drenagem Um projeto pecuário onde existam pastagens deverá sempre ser avaliado com relação ao sistema de drenagem da propriedade, a necessidade de construir, adequar ou reformar poderá significar despesas expressivas, e que na falta de um sistema de drenagem adequado poderá levar a grande prejuízo e/ou problemas de continuidade da atividade, sejam por cheias ou por perda de pastagens por alagamento. O item drenos faz parte das I.Z. de um projeto pecuário, não sendo o Zootecnista o profissional mais adequado para realizar projetos com grandes detalhes sobre este assunto, no entanto alguns conhecimentos básicos devem ser percebidos, pois através destes conhecimentos é que deverá ser notada a necessidade de projetos específicos de drenagem em um projeto pecuário.
De maneira geral o simples fato de se conseguir retirar a água superficial do solo é um começo de drenagem em uma determinada área, no entanto, a necessidade real será de levar esta mesma água para um determinado nível no solo que permita o desenvolvimento das raízes de gramíneas, já que são estas as espécies utilizadas nas pastagens.
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O primeiro passo será conhecer onde estão localizados os grandes coletores (rios, canais, etc...) por onde seguem as águas da área objeto do planejamento, se os mesmos se encontrarem em nível abaixo, mesmo que suave este fato poderá demonstrar a viabilidade de construção de um sistema de drenagem, do mais simples ao mais complicado. De maneira geral há necessidade de se visualizar a bacia de contribuição de uma propriedade rural, ou seja, toda a região que estará contribuindo para o aparecimento das águas em uma propriedade rural, esta bacia começa nas vertentes dos morros para dentro da área, a partir daí os pontos de deságüe ou drenagem. De maneira geral, para fins de drenagem em pecuária, os drenos são divididos em; drenos de cintura (aqueles que tem finalidade segurar as águas que vem de morros e estradas), os drenos secundários (aqueles que levam as águas de um ponto a outro) e os drenos principais (coletores com finalidade de retirar os excessos). Projetos específicos de drenagem podem determinar a necessidades várias outros tipos e formas de drenos ou coletores. De maneira geral os drenos devem ter suas formas como um trapézio, de maneiras a não permitir desbarrancamento de suas laterais, evitando curvas acentuadas, ou seja, buscando sempre uma reta em sua formação, e quanto maior for a velocidade da água coletada, evitar ângulos retos no encontro com outros coletores. Os drenos secundários e terciários poderão ser subterrâneos, feitos com bambus e/ou pedras, acabam por liberar áreas que teriam dificuldades de movimentação devido aos buracos provocados por eles. Entre outros fatores que determinam as possibilidades de submergir uns drenos, o tipo de solo e o regime de chuvas são os principais. Os equipamentos mais utilizados em um projeto pecuários onde haja dependência de sistema de drenagem são a retroescavadeira, que apesar de suas limitações devido a seu porte, atende a maioria das necessidades de uma propriedade rural. Existem ainda as escavadeiras de médio porte, grande porte até as dragas flutuantes. 7. Esterqueiras Este é um setor das I.Z. que normalmente não é dado a devida atenção que merece, ao se projetar uma esterqueira ou um equipamento para dar um adequado fim aos dejetos dos animais, medidas relacionadas à operação do dia a dia do equipamento não são normalmente consideradas, desta forma, ao longo do tempo, este equipamento acabará por ficar sem qualquer atenção, deixando de realizar sua função inicial, que é de tratamento ambiental e/ou restituição de matéria orgânica ao solo, mesmo que de outras propriedades. Material normalmente tratado em grandes volumes, tem manejo dificultado como operação rotineira. A tentativa de mecanizar acaba por levar a investimentos mais significativos, inviabilizando o processo, portanto os projetos voltados para as esterqueiras devem visar a simplicidade e o baixo custo. Primeiramente deverá ser considerada qual a atividade animal em que a esterqueira será fundamental para o melhor funcionamento do sistema de produção. Na avicultura de corte ou postura, normalmente, o esterco tem razoável valor comercial (na maior parte do ano), portanto, estes resíduos acabam sendo manipulados como um negócio a aparte na criação, e com cuidados adequados.
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Na bovinocultura de corte, criações a pasto, não existem preocupação com resíduos, em confinamento total de inverno, devido as maiores áreas utilizadas em m2 por cabeça e o momento do ano (inverno) o esterco, após o período de confinamento é recolhido e levado às áreas de cultivos de forragens. Em confinamento de ano inteiro, o esterco passa a ser problema, necessitando de tratamento operacional mais adequado, sendo o mesmo caso para bovinocultura de leite confinada. Em pecuária de leite semiconfinada as soluções são mais fáceis, devido a pouca produção de esterco e sua rápida utilização (após) fermentação em amontoados, nas culturas de forragens, mesmo caso da caprinocultura e cunicultura. Problemas realmente significativos estarão ligados a suinocultura, onde uma média criação poderá poluir igual a uma pequena cidade, são várias as tentativas de tentar solucionar estes casos, sendo que a maioria não tem o sucesso adequado, devido a grande quantidade de resíduos a serem tratados, o pequeno tamanho das propriedades que normalmente criam suínos, desta forma não tendo a devida área física para dispersão. As soluções para o esterco dos suínos normalmente utilizados são as lagoas de decantação, onde com o uso de lagos e seqüência procurará fazer a sedimentação dos resíduos sólidos, lembrando que antes do material acessar as lagoas uma prévia coleta deverá ser feita através de caixas, após o segundo lago, o material vai ganho maior oxigenação até chegar a ponto de poder seguir aos rios e córregos. Ao longo do tempo as lagoas atingirão a saturação que exigirá a devida manutenção. A correta solução será o uso de biodigestor, que é um capítulo à parte. O modelo básico de esterqueira deverá visar sempre que antes de qualquer tentativa de utilização do material, o mesmo deverá passar por um processo de fermentação, e que o tempo mínimo para tal deverá ser de 15 dias, portanto esta instalação ou equipamento pelo menos deverá ser sempre dividido em 3 partes ou compartimentos ou células, onde o primeiro compartimento estará em processo de enchimento, o segundo em fermentação e o terceiro em uso.
Tipos de esterqueiras
Estes compartimentos ou células, deverão ter o tamanho individual em m3, igual ao volume de material (esterco) que será produzido em 15 dias na I.Z., sendo que um bovino adulto em confinamento total produz até 200 litros/dia de resíduos (esterco + urina + água de lavagens),
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seria este o padrão de medida para bovinos em confinamento total, portanto as devidas dimensões devem ser resguardadas para bovinos criados de outra forma, que não confinados. Deverá também ser impossibilitada a chance das águas de chuvas entrarem nestes compartimentos, desta forma prejudicando o plano de enchimento e utilização da esterqueira. Uma esterqueira tem um cálculo estrutural igual de uma piscina, o que eleva seus custos. A condução do esterco até aos compartimentos nunca deverá ser feita por tubos, para evitar os entupimentos, sempre por canaletas, com largura de uma enxada. A distribuição do material não é uma tarefa fácil, existe a possibilidade de mecanizar está distribuição através de bombas, o problema existe na textura do material, que devido a grande variedade da composição e com presença de fibras oriunda das forragens dificulta qualquer tentativa de obtenção de material com textura constante e passível de distribuição mecânica. Há possibilidades do uso dos tanques de distribuição de esterco líquido, o problema está no custo, onde passa a existir a ocupação de um trator de médio porte, 1 funcionário e o equipamento de distribuição, como o material é muito líquido e de baixo valor biológico o produto final acaba por ficar muito caro. As soluções que possam acontecer usando a força da gravidade serão muito bem vindo, apesar de um custo inicial possa ter tornar como alguma significância, o custo operacional, ao longo do tempo compatibilizará com a finalidade. Os resíduos que possam ser distribuídos de forma sólida, terão melhores r esultados, facilitando os transportes, que poderá ocorrer em carretas apropriadas para distribuição de sólidos. Uma boa solução para esterqueira, onde de forma simples possa haver a separação de líquidos dos sólidos, é o modelo aonde o esterco vem carreado junto com a água de lavagem e a longo de uma rampa suave, os sólidos vão parando e os líquidos, após passar por uma espécie de peneira, são depositados em reservatório de líquidos, desta forma, após a filtragem se torna possível sua distribuição por meio de bombas, seja para irrigação por aspersão ou inundação. (v.croqui).
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8.Fossas sépticas A O.M.S. (Organização Mundial de Saúde) tem regras definidas com relação ao devido fim dos excrementos humanos, que é o uso de fossa séptica logo após aos vasos sanitários. Este assunto tem grande importância para as I.Z., pois é comum ter banheiros em determinadas instalações e não ter o tratamento adequado para estes resíduos, desta forma, o mesmo acaba sendo levado para os córregos e/ou rios poluindo a região, quando não a existência de valas negras com esgoto sanitário. A preocupação deve existir em um projeto de I.Z., pois poderá vir a afetar a qualidade dos produtos finais, no caso do leite, a possibilidade de alguns dos retireiros contaminar o produto é muito grande, como também a possibilidade das doenças que por ventura possam ser provocadas às pessoas (crianças principalmente) que fazem parte do ambiente de trabalho. A fossa séptica tem o princípio do biodigestor, com uma “chicana” entre a entrada e a saída, o material passará por uma prévia fermentação até chegar ao seu destino final. È importante salientar que não podem ser jogados no vaso sanitário quaisquer tipos de produto químicos que venha a matar os microrganismos existentes na fossa. As fossas podem ser adquiridas prontas em lojas especializadas e com o tamanho adequado para a quantidade de pessoas em média que venham a utilizar o vaso sanitário. Da fossa o material seguirá ou para o sumidouro ou para o sistema de tratamento de esgoto da municipalidade (quando existir).
Fossa
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8.1 – Filtros Anaeróbicos
Filtro
9. Sumidouro Tido como solução para tratamento final dos excrementos humanos, o sumidouro é um equipamento onde será depositado este material. Basicamente será uma caixa cavada no solo, podendo ser preenchido com pedras de mão, e com uma cobertura de concreto e com terra sobre esta cobertura, o sumidouro facilitará a penetração dos resíduos no solo. Outras soluções poderão ser feitas com sucessivos tubos de drenagem, com a mesma finalidade de dissipar o material no solo. Cuidados especiais devem ser tomados para que os sumidouros sejam localizados distantes pelo menos 30 metros de qualquer fonte de água e/ou poços, já que este material seguirá em processo de contaminação ( e adubação também) do lençol freático por muitos anos.
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Portanto, mesmos em propriedades rurais jamais os esgotos poderão ser lançados diretamente a qualquer fonte de água, sempre deverão ter um fim que não proporcione a contaminação ambiental. Em média para uma residência com 2 banheiros o sumidouro deverá ter no mínimo de 8 a 12 m3.
Sumidouro
10. Biodigestor O biodigestor é um equipamento que tem a finalidade de promover a finalização de resíduos orgânicos de uma forma economicamente aproveitável, sendo a maneira mais correta de evitar a poluição ambiental por resíduos de criações. O biodigestor produz de forma direta e simples 2 produtos, o biogás e o biofertilizante, como também alguns outros subprodutos sem grande importância para nosso estudo.
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De maneira geral o biogás poderá ser utilizado como fonte de energia variada. No caso agrícola o melhor do aproveitamento deste equipamento será o biofertilizante, que terá retorno imediato ao solo e com bom resultado de fertilização orgânica. O biodigestor tem o mesmo princípio da fossa asséptica, trata-se de uma caixa hermética, onde que o material (excrementos) tem um tempo para passar da entrada até a saída, quando ocorre a fermentação anaeróbica, produzindo o biogás (metano). Desta forma, o material após a fermentação resultará em biofertlizante.
Ciclo da biodigestão
1 m3 de biogás é igual a 0,55 lts/diezel e 1m3 de biofertilizante é igual a 1,5kg de adubo composto 12:6:12 (NPK). Basicamente existem 2 tipos de biodigestores, o tipo indiano e o tipo chinês. No tipo chinês na há ambiente extra para expansão dos gases, portanto toda vez que o volume de gás for igual ao tamanho do ambiente o gás para de sai, enquanto no indiano, existe uma campânula que a todo o momento estará fazendo pressão (com seu peso) sobre o espaço do biodigestor, desta forma colocando para fora todo o gás produzido resultado da fermentação.
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Biodigestor modelo Indiano
Os biodigestores também são utilizados como solução para despoluição, podendo dar reaproveitamento para água no próprio sistema de produção, além de eliminar o poder de poluição dos excrementos, já que os mesmos passam a ganhar valor como adubo e ter sua utilização mais racional. O problema do biodigestor está em se custo de implantação, que normalmente é alto, já que se trata de um equipamento, e como tal também necessita de cuidados e atenção especial para sua utilização, ou seja, não funciona sem ter um operador com alguma dedicação, já que o material tem que ser constantemente manipulado para evitar entupimentos e acúmulos de resíduos.
Biodigestor modelo Chinês
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O maior problema dos biodigestores que já foram implantados em propriedades agropecuárias no Brasil foi à falta de destinação de mão de obra específica para operar o equipamento, sempre considerado apenas como despesa. 11. Avicultura 11.1 - Avicultura de corte A avicultura de corte é a atividade pecuária de maior desenvolvimento tecnológico na produção animal, opera com insumos com grande agregação de tecnologia, onde o Brasil se destaca com um dos maiores produtores mundiais, mas não como detentor da principal tecnologia desta atividade que é a genética. Iniciativas nacionais de certo porte chegaram a ser tomadas a partir do terço final do século passado, no entanto, o enfrentamento comercial com empresas estrangeiras acabou por inviabilizar iniciativas nacionais competitivas. Não é que não se domine a tecnologia da formação da genética de uma marca comercial de frangos genuinamente nacional, é que dificilmente uma empresa exclusivamente brasileira conseguiria de forma econômica ter sucesso nesta atividade nos dias atuais. O produtor em avicultura de corte tem uma posição voltada quase que exclusivamente para o gerenciamento da atividade, sempre rodeado por insumos caros, sejam eles, dos medicamentos, da nutrição, da genética e também das instalações e equipamentos, o mesmo se obriga a ser competitivo via aumento do volume de produção e mecanização de seu dia a dia. Para poder fazer frente aos complicados processos comerciais que tem que se submeter para ficar atuante na atividade. Uma vez definido o volume total de frangos que o projeto deverá comportar, isto equacionado pela demanda verificada, seja ela com integradores ou iniciativas independentes de criação, quando deverá ser organizado um cronograma produtivo, desta forma, delineando as necessidades produtivas sejam elas diárias, semanais, quinzenais, mensais, etc... parte-se para a determinação do galpão. Um projeto de I.Z. em avicultura de corte tem que começar pela decisão de quantos frangos deverão ocupar 1 m2 de seu futuro galpão, serão várias as possibilidades. As considerações climáticas aliadas ao perfil comercial que o lote a ser criado deverá tomar, serão os indicadores para esta tomada de decisão. A consideração inicial é de que quanto mais animais por m2 melhor serão o aproveitamento da I.Z., no entanto a estação climática do ano deverá ser um dos principais condicionadores. A lotação por m2 poderá variar de 10 a 20 cabeças/m2, em uma atividade de produção de galetos, onde as I.Z. sejam modernas, em momentos de menor rigor de calor, poderá levar o projeto a consideração máxima de ocupação. A normalidade de ocupação para criação de frango de corte para abate entre 1,8 a 2kg de P.V. deverá estar entre 12 a 14 cabeças/m2, lembrando que estes números, tanto os do peso final quanto aos de cabeças por m2 , estarão sempre em constante modificação. Valendo ressaltar que as variações de cabeças por m2 em percentuais são significativas, desta forma influenciando agressivamente os custos fixos da atividade. Uma vez definido a ocupação o próximo passo será a determinação da largura do galpão, que a princípio pretende-se que quanto mais largo melhor será o aproveitamento econômico da obra como um todo, no entanto, passar de determinada largura significará aumento do custo
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em estrutura de telhado e criar dificuldades para a eliminação dos gases formados a partir das fezes dos animais, além do calor corporal deste superconfinamento. As larguras mais adequadas pelo ponto de vista estrutural se situam na faixa entre 12 a 14 mts, tentativas de se aumentar esta largura com colocação de colunas dentro do galpão acabam por diminuir custos estruturais, no entanto aumenta as despesas operacionais e cria mais facilidade para criar o chamado “stress” nas I.Z. Outro fator também deverá ser verificado na determinação da largura do galpão, que é a utilização de equipamentos de comedouros e bebedouros, estes por sua vez, são dispostos em linhas, no sentido maior do galpão, tendo limites operacionais ideais para acesso das aves aos atos de comer e beber, portanto, quando estes limites não respeitados alguém sairá perdendo, e certamente será o produtor, já que o excesso de disponibilidade destes equipamentos levará a uma maior imobilização financeira no momento da implantação e a falta de disponibilidade de acesso dos animais aos equipamentos provocará “stress” produtivo, prejudicando o desempenho da criação. Portanto, a largura do galpão obrigatoriamente respeitará os limites econômicos e funcionais dos equipamentos de bebedouros e comedouros. Definida a largura do galpão, o próximo passo deverá ser o comprimento do mesmo, quando não houver problemas topográficos, este limite deverá respeitar o comprimento máximo da ação econômica do comedouro e todo o sistema de abastecimento do mesmo (silos, silos pulmões, eixos sem fim, etc...). Todos os mecanismos de abastecimento de ração deverão se situar em um dos extremos do galpão, podendo este mesmo espaço servir de base para um outro seguimento do galpão com o mesmo tamanho. O pé direito do galpão deverá estar entre 2.50 a no máximo 3.00, fatores climáticos deverão determinar esta variação. O uso de lanternim poderá ser de grande utilidade, no entanto o custo para confecção do mesmo, em um galpão de grande porte costuma inviabilizar a iniciativa. O telhado teria a melhor possibilidade de oferecer conforto térmico se fosse de telha de barro, no entanto, o custo de galpões com este tipo de cobertura são elevados, levando a soluções com telhas de fibro-cimento, o que facilita também a estrutura, já que são mais leves. Soluções a fim de amenizar o calor transmitido por este tipo de material, como pinturas com cor branca, chuvas artificiais, arborizações, etc... nem sempre conseguem o melhor dos efeitos, devido ao “stress” que provoca a construção ao longo dos anos em uso. O galpão deverá ser 100% fechado em seus extremos, com portas que permitam a entrada de caminhão e/ou máquinas, além de ter seu direcionamento no sentido maior, a permitir que o sol passe pela sua cumieira, o chamado leste-oeste. Nas laterais paredes com 0,40mts de altura, com complemento telado que obrigatoriamente não necessitará chegar até o pé direito. O piso interno deverá ser calçado e permitir a circulação (estrutura de suporte) para que um caminhão e/ou máquinas façam os recolhimentos da “cama”, após a utilização pelo lote de frangos, assim como sua reposição. Também deverá existir calçada lateral externa, evitando possibilidades de acúmulos de umidade e sua posterior influencia no ambiente externo. As partes externas deverão ser gramadas, desta forma facilitando a dissipação da luz solar, evitando o aquecimento do ambiente interno, via reflexão de raios solares.
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Atenção deverá ser dada com relação aos acessos de veículos até o galpão, onde deverá ser preservado o acesso fácil durante todas as estações do ano, evitando possibilidades de atoleiros e/ou subidas que dificultem acesso a caminhões pesados. Com relação à água de bebida das aves, deverá haver abastecimento preservado ou reservado para pelo menos 3 dias, caso haja problemas fornecimento os reservatórios deverão estar preparados para suportar reparos e possíveis interrupções de energia elétrica. Com relação aos equipamentos os principais destaques estão nos comedouros e bebedouros, onde os comedouros mais funcionais são os automáticos, que alimentam pratos para acesso das aves. Os bebedouros deverão ser de “chupetas”, pequenos bicos que ficam disponibilizados acima da cabeça da ave, sempre alimentados sobre pressão e com água filtrada, para evitar que detritos trazidos pela água venham a provocar vazamentos nos bicos, desta forma inundando a cama das aves. Os bebedouros ou chupetas deverão ser sempre alimentados por caixas de 1000 litros, que serviram de base para dosagens de medicamentos e profiláticos. Poderá haver necessidade de uso de ventiladores, principalmente nas épocas mais quentes do ano, a função deste equipamento será de promover uma melhor ambiência dentro do galpão, colocados em posição para provocar uma espécie de “túnel de vento” ao longo do galpão, se apresenta como boa solução para amenizar o rigor ambiental do superconfinamento. Quanto à iluminação artificial, a mesma poderá existir apenas como uma alternativa de alerta durante a noite, para evitar possível “stress” que possam ser provocados por clarões durante a noite, ou como uma alternativa de manejo noturno, dependerá da proposta técnica na criação. Uma vez decidido pelo uso de iluminação como manejo, a mesma deverá ser feita através de cálculos, onde deverá ser preservada a adequada iluminação (lumens) em toda a área do galpão. Galpões especiais já são desenvolvidos, onde há controle total do ambiente interno, luz, temperatura, umidade, níveis de gases, etc... são ambientes 100% controlados e 100% mecanizados, representam alto investimento inicial que necessitam de estudo adequados de viabilidade econômica, já que a atividade de avicultura de corte sofre ao longo do ano oscilações significativas nos fatos relacionados a custos de insumos básicos (milho e soja) e preço do produto (frango vivo), onde o relacionamento do mercado consumidor com as carnes concorrentes com a de frango delimitam a demanda, provocando as variações de preço, que nem sempre é favorável ao produtor. 11.2 - Avicultura de postura Objetivamente a avicultura de postura se desenvolve em 2 fases, na primeira fase é realizado a recria das pintinhas, onde as mesmas deverão permanecer entre a 20. e 22. semana de vida, momento no qual estarão adquirindo a maturidade sexual e começaram a 2. fase que é a postura. Na 1.fase as pintinhas deverão ser criadas em galpões com o mesmo perfil da avicultura de corte, com algumas ressalvas; a primeira é que deverá haver iluminação suficiente para a realização de programas de luz, fundamentais para a obtenção da maturidade sexual no melhor tempo. A segunda, é que a utilização do número de cabeças por m2, deverá levar em consideração o maior tempo de permanência destes animais no galpão, enquanto as aves de corte ficam no máximo 42 dias, as pintinhas de posturas deverão ficar até o máximo de 154
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dias, desta forma ultrapassando estações do ano, tendo que suportar variações climáticas, desta forma a ocupação deverá se situar por volta de 10 a 12 cabeças/m2. Podendo está recria também ser feita em ambiente totalmente controlado, o que elevaria significativamente a quantidade de aves por m2, o determinante clima estaria dominado, a consideração passaria a ser feita pela marca comercial que se estaria recriando, seu peso, etc... valores e determinações que normalmente estão determinados nos manuais das aves. Na 2.fase – postura – deverá ser descartada a possibilidade de realização da postura com as aves em piso, devido a problemas de ordem sanitária e de produtividades. Esta fase da criação deverá ser desenvolvida em gaiolas. As projeções das necessidades de gaiolas começam pelo tipo de gaiola que será utilizada, preliminarmente deverá ser feita consulta ao mercado fornecedor deste insumo para verificação das disponibilidades e preços. Tradicionalmente, o mercado ofertou 2 tipos de gaiolas, uma com 1.00m de comprimento e com 4 divisões e outra com 0,90m de comprimento e com 3 divisões. Teoricamente caberiam 3 aves por divisão, o que levaria a gaiola de 4 divisões suportar 12 aves por metro linear, enquanto a outra gaiola suportaria 10 aves por metro linear de gaiolas, no entanto a colocação de 3 aves por espaço de 0,25m da primeira gaiola contra 0,30m da segunda gaiola, cria um diferencial desconfortável para fins de aumento de stress e diminuição de produção, desta forma o tipo de gaiola mais utilizado e ambientes naturais seria a gaiola com 0,90 de comprimento. O problema agora será de arrumar as gaiolas no galpão. Objetivamente existem 3 possibilidades de galpões em ambientes naturais (em controle ambiental), na primeira alternativa as gaiolas seriam arrumadas ao longo do galpão, sempre uma de costas para outra, com corredores entre as duplas de gaiolas, desta forma disponibilizando quantas duplas de gaiolas a largura do galpão permitir, sempre utilizando apenas 1 andar de gaiolas. Este modelo exigirá a construção de galpão tradicional onde as questões estruturais seguirão o mesmo modelo do galpão de frango de corte. A segunda possibilidade será a utilização de galpões totalmente abertos, com as gaiolas dispostas em 2 duplas, sendo que uma fileira de cada dupla em um segundo andar em relação à primeira, com um corredor central. Este tipo de galpão basicamente seria uma cobertura (telha de barro) com largura inferior a 4.00 mts, desta forma, permitindo que em cada metro linear de galpão comporte até 40 aves alojadas em produção. Uma alternativa para aumentar a capacidade de suporte neste tipo de galão é a colocação de uma terceira fileira de gaiolas, formando um terceiro andar de gaiolas, este método, conhecido com galpão “japonês”, teria possibilidade de suportar até 60 aves por metro linear. Este sistema tem a vantagem de ser muito simples e utilizar menor inversão de capital na construção dos galpões, além das facilidades de retirada dos excrementos das aves, já que as laterais externas ficam abertas e disponíveis para acesso. A terceira possibilidade é um tipo de galpão em ambiente natural, onde via o efeito de movimento natural de ar denominado de “chaminé”, procura-se manter o ambiente interno do galpão favorável em altas densidades de ocupação por aves. Neste caso as gaiolas estão dispostas em baterias com vários andares e com várias baterias, as fezes são retiradas por meio de esteiras mecânicas. O pé direito deste galpão pode passar de 6 metros, onde as
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paredes laterais terão uma abertura na parte de baixo e abertura no limite superior, de maneiras a provoca o efeito natural de movimento de ar. Esta última opção é interessante, procura combinar a alta densidade de ocupação, de formas a racionalizar mão de obra e uso de equipamentos, com a diminuição de investimentos em equipamentos sofisticados para o controle do ambiente. Portanto sendo esta uma boa opção para criadores de maior porte, e o uso do galpão tipo japonês para criadores de pequeno porte como opção de alojamento para aves de postura. Na postura também existe a opção de ambientes 100% controlados e 100% mecanizados, onde o homem, basicamente interfere apenas para retirar animais que venham a morrer durante a criação. 11.3 - Avicultura – reprodução Nas I.Z. de avicultura para reprodução as mesmas deverão ter os princípios da postura, só que agora no piso (sem gaiolas, nas dimensões do galpão para frangos de corte), com a presença de galos (reprodutores), presença de ninhos e os galpões deverão estar divididos (por telas), para caracterizar um número menor de reprodutoras, desta forma possibilitar o controle sobre cada lote de matrizes e seus respectivos reprodutores e produção. Tanto a relação macho/fêmeas como o tamanho do lote, levarão em consideração especificações da marca comercial que estará em processo de produção, determinados pelo fabricante da mesma. O equipamento voltado aos comedouros tem especificações diferenciadas, pois estes animais, tanto as matrizes como reprodutores, tem alimentação controlada, para evitar ganhar peso demais, além de aumentar os custos de produção.
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12. Residência de colono Alguns aspectos devem ser abordados com relação às casas de colonos em um projeto agropecuário, já que as atividades desenvolvidas normalmente necessitam de maior atenção por parte dos funcionários de operação nos sistemas de produção. Temos que lembrar que os processos produtivos em pecuária continuam mesmo depois de ter terminado o expediente e que alguns acontecimentos não escolhem hora para se realizarem. A casa de colono também tem aspectos voltados para a segurança da propriedade rural, quando localizadas em áreas estrategicamente dimensionadas poderão compor o quadro de ocupação humana da propriedade, quebrando aspectos de possíveis abandonos em limites extremos. Existem as opções de centralização das casas em um projeto, isto deverá acontecer quando este mesmo projeto demandar mão obra em volume significativo, desta forma racionalizando as despesas de implantação destas unidades. Alguns aspectos básicos devem ser dimensionados em projetos de casas de colonos, a presença de luz elétrica é fundamental, em situações específicas onde a rede oficial esteja longe demais e os custos de transmissão de energia sejam elevados, poderá ser utilizado a energia solar, hoje uma realidade como solução para estes casos. A água, limpa e de boa qualidade, deverá ser outro aspecto a ser preservado, sendo condição básica de saúde para qualquer ser humano e principalmente para os operadores do projeto, e logicamente para sua família também. Os princípios de qualidade no processo produtivo pregam que todos os operadores do sistema (inclusive seus familiares) devem ter saúde, tanto para o conforto de vida, como também para a qualidade dos produtos e/ou meios de produção, que venham a manipular. Cuidados especiais devem ser tomados com relação ao uso de poços, sejam de anel ou semiartesiano, cuidados também com as captações em fontes, nascentes, etc... a proteção e monitoramento dos mananciais, sejam eles nos lençóis freáticos ou não, tem que ser prioridade em um projeto agropecuário, já que todos os elementos vivos (pessoas, animais e plantas) estarão dependendo da qualidade e volume destas águas. Com relação ao esgotamento sanitário será obrigatório o uso de fossas sépticas e a finalização dos resíduos em sumidouros, normalmente o que é visto são os descarregamentos deste resíduos diretamente em córregos ou rios, ou em valas que irão para lá. Esta prática deverá obrigatoriamente ser abolida do meio rural brasileiro. Todos são prejudicados direta e indiretamente pela contaminação, mesmo que local do meio ambiente, no caso específico do projeto agropecuário, além do problema de qualidade do produto e/ou seus meios de produção que podem vir a ser contaminados, tem o problema de doenças em crianças, filhos dos funcionários. Portanto respeitar as distâncias mínimas dos meios contaminantes em relação aos mananciais assim como evitar a contaminação do meio ambiente, sejam eles por dejetos oriundos de esgoto sanitário ou não é fundamental para o sucesso do projeto. Outros aspectos ligados ao projeto arquitetônico da casa de colono deverão ser considerados, as soluções voltadas ao meio urbano nem sempre atendem as necessidades no meio rural em casas de funcionários de um projeto agropecuário. A colocação de banheiro dentro da casa não deverá faltar em qualquer projeto, no entanto a existência da sala de visitas poderá não ter tanta importância como um ambiente maior de convívio, onde poderá ter reunido em um
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mesmo local, as refeições, o preparo das mesmas com fogão de lenha (alternativo) e o convívio da família. Diferente da cozinha no meio urbano, em casas populares, com dimensões minúsculas. Não esquecer a caixa de gordura para a saída de pia de cozinha, a fim de evitar entupimentos nos sistemas de tratamentos de resíduos, água encanada nas dependências onde são necessárias e piso em alvenaria com acabamento que facilite a limpeza e higiene do ambiente residencial. Preocupações também com relação ao conforto térmico nestas residências, escolha de telhas de barro ou fibro-cimento, a utilização ou não de laje, etc... devem se consideradas tanto pelo lado térmico como na qualidade e durabilidade da obra.
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13. Cunicultura O projeto de I.Z. em coelhos deverá ter como ponto de partida a evolução do rebanho, este será o método mais eficiente para se obter uma posição em volume físico do futuro plantel, desta forma articulando os índices zootécnicos com os objetivos de produção e os tipos de equipamentos (gaiolas) que serão utilizados no projeto, será possível ter as bases para a projeção do galpão ou algum outro tipo de modelo físico para a criação, já que será a partir da evolução do plantel todas as necessidades volumétricas serão definidas. EVOLUÇÃO DE REBANHO - CUNICULTURA Meses Categorias / Quinzenas -Reprodutores -Matrizes **Coberturas **Parições -Coelhos 0-30 dias -Coelhos 30-60 dias -Coelhos 60-90 dias Reposição Total / Cabeças Mortalidade - Láparos Engorda Adultos
1.
2.
3.
1.
2.
1.
4 30 30
4 30
4 4 30 30 30 22 154
34
2.
188 5
1.
4. 2.
4 4 30 30 30 22 154 149
0
0
337 5 3 0
30 8 0 0 0 0 0 0 45 2 0,48 15 5
30 8 74 3 0 0 0 7 45 2 0,48 15 5
30 8 74 3 2 0 0 7 45 2 0,48 15 5
Abate Descarte
1.
5. 2.
4 4 30 30 30 22 154 149 146 483 5 3 1 144
30 8 74 3 2 2 0 7 45 2 0,48 15 5
1.
6. 2.
1.
2.
4 4 30 30 30 22 154 149 146 2 485 5 3 1 144 1
4 4 30 30 30 22 154 149 146 2 485 5 3 1 144 1
30 8 74 3 2 2 5 7 45 2 0,48 15 5
30 8 74 3 2 2 5 7 45 2 0,48 15 5
PROJEÇÃO GAIOLAS REPRODUTORES
4 30
34
ENGORDA
21 20 1
42
TOTAL GAIOLAS 76 UNIDADES
Índices Zootécnicos Plantel meta / Matrizes Relação Macho/Femea Natalidade - % Mortalidade láparos - % Mortalidade engorda - % Mortalidade adultos -% Reposição matriz mês-% Láparos /matriz/nasc. - cab. Intervalo partos (dias) Peso abate - kg Tamanho gaiola - m2 Animais m2/engorda - cab. Animais m2/reposição - cab.
O projeto de I.Z. em cunicultura poderá ser desenvolvido em módulos, onde dependendo do tamanho do plantel esta será a melhor solução para se obter o controle desejado para a atividade. A solução de modulação em uma atividade pecuária facilita o controle zootécnico do plantel, possibilita a competição produtiva entre módulos, desta forma destacando performances técnicas e conseqüentemente financeiras. Como a cunicultura é uma atividade que demanda muita atenção da mão de obra, a divisão física em módulos facilita o controle. A modulação também serve para a estratégia de crescimento físico da atividade, onde uma vez maturado o primeiro modulo, os seguintes seguirão aproveitando os erros e acertos do anterior.
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O projeto poderá ser feito em unidades onde a cria e engorda possam ser juntos ou separados, para fins de modulação e conseqüentemente o melhor controle sobre a atividade, o projeto modular tem na unidade produtiva sua melhor performance. As necessidades de clima para estes animais são muito próximas a avicultura em países tropicais como o nosso, no entanto estes animais não têm os níveis de melhoramento genético como das atuais marcas comerciais de aves, que as tornas mais sensíveis a variados tipos de stress do que os coelhos. Os trabalhos voltados à criação de microclima no projeto devem levar em consideração que o plantel reprodutivo (matrizes e reprodutores) vão estar presentes durante todas as estações do ano e que os animais (os lotes) em engorda poderão variar estas estações, desta forma o dimensionamento espacial para melhor aproveitamento físico das I.Z. deverão estar observando estes momentos. Objetivamente, teremos parte do plantel em chamado ciclo longo (anual) e parte do plantel em ciclo rápido (poucos meses). O projeto deverá buscar ambiência de forma mais natural possível, os custos da artificialização para este fim podem inviabilizar o projeto, portanto a largura do galpão (se for este o meio decidido) não deverá passar de 5.00 metros, pois esta largura facilita a ventilação natural. Para esta largura, a lotação será de 2 jogos (dupla) de gaiolas, intercalada por 3 corredores por metro linear de galpão. Caso a solução seja de colocar mais um jogo (dupla) de gaiola a solução será de criar ou facilitar o efeito “chaminé” via o uso de lanternim, onde o galpão passaria para 7.00 metros. O lanternim é um artifício que poderá ser utilizado toda vez que o galpão começar a ganhar largura acima de 5.00 metros, a sua principal desvantagem é o custo. De maneira geral o lanternim deverá ter de abertura na cumieira do telhado tamanho igual à pelo menos 10% da largura do galpão, altura do sobre telhado em relação ao telhado base de 50% da medida encontrada na abertura e tamanho de cada sobre telhado igual à abertura da cumieira. O galpão poderá ter fechamento frontal em 100%, para fins de proteção de ventos persistentes e sol em determinados momentos. A atividade de cunicultura é considerada como um superconfinamento, onde os animais estarão em lotação máxima e portanto com dificuldades de fugir de raios solares diretos, portanto sol deverá passar sempre sobre a cumieira, ou sentido leste-oeste. As laterais poderão ter paredes ou não, esta será uma decisão local. As laterais do galpão deverão estar protegidas pelos beirais do telhado, que deverá ter um pé direito mínimo de 2.50 mts, beirais entre 0,80 a 1,00 metro são confortáveis para fins de ambiência. Caso as opções sejam paredes, o rigor climático regional deverá demonstrar a que altura as mesmas estarão, lembrando que estes animais têm necessidades de troca intensa de calor corporal e gazes produzidos por seus excrementos. A opção de utilização de cortinas poderá ser uma opção em regiões onde o frio e o calor se alternem de forma brusca. A altura que as gaiolas deverão ficar deverá ser a altura de operação tanto para acesso ao interior das mesmas, como também a retirada de fezes do sistema de coleta, devendo estar entre 0.90 a 1.10 mts. Podendo as mesmas ser fixadas a partir da estrutura da cobertura ou a partir de suportes no piso, sendo que os desgastes são maiores para os suportes de piso, devido o contato com fezes e urina dos animais, no entanto os suportes de telhados passam a exigir que a estrutura da cobertura esteja preparada, não só para suportar seu próprio peso mas como também, as gaiolas, equipamentos e animais, que quando somados, podem ser significativos em termos peso.
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Os corredores de serviço devem ter a largura mínima operacional de 0,80 mts, não encostar gaiolas em paredes para evitar problemas de dissipação de calor dos animais no ambiente. O sistema de coleta de fezes e urina deverá evitar ser direto na terra, devido as maiores dificuldades para realizar limpeza, pois o solo tenderá a ficar impregnado principalmente com a urina dos animais. Um tipo de coletor simples, será aquele que haverá um pequeno diferencial negativo de altura em relação ao corredor, com caimento para drenagem bem definido, onde em dias alternados e no momento de menor temperatura poderá ser realizado limpeza e até lavado se for o caso. Se tecnicamente for definido que haverá um programa de luz, a mesma deverá ser dimensionada para o galpão preservando o acesso de claridade por igual para todos os
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animais objetos deste manejo. De acordo com a necessidade de lumens poderá ser consultada tabela específica para o dimensionamento do sistema. Quanto aos equipamentos, os principais são as gaiolas, que de acordo com os fabricantes podem ter variações de tamanho e material (arame galvanizados ou plásticos), por momento do projeto do galpão deverá ser consultados fornecedores de gaiolas para usar os detalhes para projeção dos galpões. Existem gaiolas específicas para matrizes, onde o ninho é uma composição (apêndice) externa a gaiola, sendo as paredes e fundos, deste ninho removíveis para higienização, estes ninhos são mais eficientes do que os tradicionais (caixas de madeira) que ficam no interior das gaiolas, pois exigem maiores cuidados de limpeza e mais baixa durabilidade. As gaiolas normalmente apresentam comedouros para concentrados e local para colocação de verde e/ou feno, acoplados em sua estrutura. Quanto aos bebedouros a melhor opção é os do tipo chupeta, onde a água mantida sob pressão e acionada toda vez que o animal encosta a boca no equipamento, o modelo tradicional de porte de barro deve ser descartado, devido a problemas de higiene principalmente. Existe a possibilidade da criação de coelhos nas chamadas coelheiras, seria basicamente um pequeno telhado sobre as gaiolas, não deixa de ser uma possibilidade econômica, mas onde deve ser utilizado apenas para soluções de pequenas criações.
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14. Orçamentos A base de qualquer projeto agropecuário sempre será o seu custo, custo este que deverá ser distribuído em 3 seguimentos financeiros, os custos das despesas correntes de até um ano, chamado de custeio, os custos aplicados em equipamentos e animais, chamados de investimentos semifixos, e os custos de imobilização de capital nas construções nas I.Z., chamados de investimentos fixos. Os investimentos fixos serão sempre limitantes na decisão de se investir em um projeto, quando subdimensionados, poderão levar a erros fatais para o conhecimento da viabilidade do empreendimento, quando superdimensionados poderão levar a desistência em realizar o projeto proposto. Em I.Z. deverá haver grande cuidado na determinação dos orçamentos dos investimentos fixos, quanto mais detalhado, menor será a chance de erros. Os orçamentos também deverão levar em consideração a durabilidade da obra, ou um futuro menor custo de manutenção, devido à qualidade dos materiais empregados no orçamento. Os orçamentos sempre serão feitos após a confecção do projeto técnico, pois nele estarão dimensionados todas as necessidades de espaço, volume, alturas, etc... Obrigatoriamente um orçamento de I.Z. não precisará ser feito por um Zootecnista, existem profissionais preparados exclusivamente para desenvolver estes tipos de cálculos, que poderá ser um engenheiro ou arquiteto. O que o Zootecnista não pode perder de vista, que a maioria dos projetos de I.Z. são simples, e como tal, fica razoavelmente fácil desenvolver um orçamento de um projeto ed sua autoria, e só depois de orçado que será possível verificar a viabilidade econômica e financeira de projeto agropecuário. A metodologia proposta será com base na obtenção de volumes necessários para se realizar as etapas de uma obra, e base dos cálculos estruturais serão genéricos, considerando a baixa exigência freqüente do tipo de obra em I.Z.
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Os parâmetros mínimos para um orçamento são os seguintes; 1 SERVIÇO=1salário mínimo =
R$
545,00 + 80% leis sociais =
R$
981,00 / 22 dias trabalhados =
Mão de obra - Profissional (carpinteiro,pedreiro,armador,pintor,etc...) 1 serviço (dia) de profissional = R$ 44,59 X 2 = R$ 89,18 Mão de obra - Servente (ajudante do profissional) 1 serviço (dia) de servente = R$ 44,59 X 1
= R$ 44,59
R$
44,59
1 hora profissional =
R$
11,15
1 hora servente =
R$
5,57
1 m3 - CONCRETO ARMADO ( traço 1:2:3 - colocado e desmoldado) --------------------------------->
R$ 646,32
.(8sc cimento / 0,7m3 areia lavada / 0,8m3 brita / 0,01m3 madeira pinho / 100kg ferro / 2,5 sv profissional / 4sv servente)
1 m3 - CONCRETO SIMPLES (traço 1:4:8 - colocado) ----------------------------------------------------------> R$ .(5sc cimento / 0,7m3 areia lavada / 1m3 brita / 1 sv profissional / 2,5sv servente)
388,66
1 m2 - ALVENARIA (embolçado - tijolo 20X20) ---------------------------------------------------------------------> R$ .(10kg cimento / 0,05m3 areola / 25 pçs tijolo 20X20 / 0,2sv profissional / 0,3sv servente)
48,21
1 m2 - TELHADO (telha francesa - colocado) -----------------------------------------------------------------------> R$ .(0,002m3 madeira de lei / 15 telhas / 0,3sv profissional / 0,4sv servente)
102,59
1 m2 - TELHADO (telha em fibro-cimento - colocado) ---------------------------------------------------------> .(0,001m3 madeira de lei / 1,15m3 telha / 0,2sv profissional / 0,2sv servente)
R$
55,95
1 m2 - ARGAMASSA (massa acabamento - colocado)-----------------------------------------------------------> R$ .(6sc cimento / 1m3 areia lavada / 0,5sv profissional / 1sv servente)
249,18
1 m3 - ESCAVAÇÕES (manual) ------------------------------------------------------------------------------------------- R$ .(1,5hs servente)
8,36
Locação de obra - Custo por metro linear --------------------------------------------------------------------------> R$ (perimetro X 0,05m3 madeira + 0,16hs profissional + 0,16hs servente)
20,68
1 sapata/coluna a cada 3 metros de base// viga/coluna / cinta = 0,10X0,30Xcomprimento// lage/piso = 0,10 espessura
Terraplenagem - trator esteira médio = 1 hora = 15 a 25 m3 movimento de terra Locação da obra = perímetro X 0,015 madeira + 1/6hora profissional + 1/6hora servente Custos Materiais 1 sc cimento -----------> 1 m3 areia --------------> 1 m3 areiola ------------> 1 m3 brita ---------------> 1 tijolo 20X20 ----------> 1 m3 aterro -------------> 1m2 piso/colocado ---->
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
20,00 40,00 35,00 60,00 0,45 10,00 20,00
1 m3 madeira/pinho ----> 1 m3 madeira/lei --------> 1 kg ferro ----------------> 1 m2 telha f.cimento ----> 1 telha francesa --------> 1m2 esquadrias --------->
R$
900,00
R$
2.000,00
R$ R$ R$ R$
9,00 8,00 1,20 45,00
Para facilitar a confecção de orçamentos em I.Z. à utilização de roteiro se faz necessário a fim de procurar cumprir todas as etapas do orçamento, lembrando que sempre ao fim do orçamento o parâmetro que medirá a aproximação da qualidade do orçamento deverá ser o custo do m2 da obra orçada.
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Roteiro – sugestivo; 1 – Terraplenagem e/ou acertos do terreno 2 – Locação da obra 3 – Escavações – Fundações 4 – Fundações – sapatas / vigas 5 – Aterro 6 – Camada impermeabilizadora 7 – Alvenarias 8 – Colunas / cintas 9 – Laje 10 – Telhado 11 – Esquadrias 12 – Instalações elétricas / hidráulicas 13 – Pisos / revestimentos 14 – Acabamentos 15 – Pinturas 16 – Extras – 3% / 5% / 10%
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ORÇAMENTO ORÇAMENTO - CASA DE COLONO COLONO - 47m2 (V.Croqui) (V.Croqui) *Locação da obra - 28 metros ..................................... ........................................................ ..................................... ...................................... ...................................... ............................. ........... *Acerto do terreno + Escavações - Acertos (80m2 X 0,30= 24m3) + (12sapatas (12sapatas X 0,3m3= 3,6m3) +
R$
578,91
Vigas(48mX0,15X0,30=2,16m3)=29,76m3+40%=41,66m3/1,5hs=27,7hs/8=3,47sv ........................ *Fundações - Sapatas = 3,6m3 + Vigas = 2,16m3 = 5,76m3 + 10% = 6,3m3 concreto armado ......................... *Aterro - (47m2 X 0,30 X 2) = 28,2m3 aterro .................................... ...................................................... ..................................... ..................................... ............................... ............. *Camada impermeabilizadora - (47m2X0,10) = 4,7m3 concreto simples ........................................... ..................................................... ........... *Alvenarias - (52m paredes X 2,40 h) = 124,8m2 ................................... ....................................................... ...................................... ...................................... ....................... ... *Esquadrias - (janelas-7X1m2+portas (janelas-7X1m2+portas5X1,47m2) 5X1,47m2) = 14,35m2 ................................... ..................................................... .................................... ........................ ...... *Lage - (47m2 X 0,10) = 4,7m3 + 10% = 5,17m3 concreto concreto armado ..................................... ........................................................ ................................. .............. *Telhado - (7,4X9,4=69,56m2+10% inclinação) = 76,51 m2 telha francesa ........................................................ *Piso - 47m2 cerâmica .................................... ....................................................... ...................................... ...................................... ..................................... ................................. .......................... ............ *Instalações hidráulicas - (1 vaso/1cx.1000l/1pia/1lavatório/18mTb/3torneiras/etc...) .................................. *Instalações elétricas - (6 pontos de luz/8 tomadas/4disjuntores/etc...) ......................................................... *Extras 8% ..................................... ........................................................ ..................................... ..................................... ...................................... .................................. ...................... .......
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
154,73 4.582,10 282,00 1.826,70 6.017,06 574,00 3.760,24 12.274,29 940,00 3.718,80 2.479,20 2.975,04 40 40.1 .163 63,0 ,088
CUSTO POR M2 .................... ........................................ ...................................... .................. R$
854,53
TOTA TOTAL L .... ...... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ........ ...... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ........ ...... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ....... ...
ORÇAMENTO ORÇAMENTO - GALPÃO - 200m2 (V.Croqui) *Locação da obra - 60 metros ................................... ...................................................... ...................................... ..................................... ...................................... ................................ ............ *Acerto do terreno + Escavações - Acertos (250m2 X 0,30= 75m3) + (10sapatas (10sapatas X 0,3m3= 3,0m3) +
R$
1.240,53
Vigas(70mX0,15X0,30=3,15m3)=81,15m3+40%=113,61m3/1,5hs=75,74hs/8=9,46sv ................... *Fundações - Sapatas = 3,0m3 + Vigas = 3,15m3 = 6,15m3 + 10% = 6,83m3 concreto armado ....................... *Aterro - (200m2 X 0,30 X 2) = 120m3 aterro ...................................... ......................................................... ..................................... .................................... ............................ .......... *Camada impermeabilizadora - (200m2X0,10) = 20m3 concreto concreto simples simples ................................................... .................................................... *Colunas - (10 unidades unidades X 0,20 X 0,25 X 3.00) = 1,5m3 concreto armando armando ................................................. ..................................................... ..... *Telhado - (11X21=231m2+10% inclinação) = 256 m2 telha fibro cimento ......................................................... *Extras 1 0% ..................................... ........................................................ ..................................... ..................................... ...................................... .................................. ...................... .......
R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$
421,83 4.967,58 1.200,00 7.773,18 1.090,98 25.705,89 4.240,00 46 46.6 .639 39,9 ,999
CUSTO POR M2 .................... ........................................ ...................................... .................. R$
233,20
TOTA TOTAL L .... ...... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ........ ...... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ........ ...... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ....... ...
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15. Fábrica de ração Toda e qualquer fábrica de ração, independente de seu porte deverá ter sempre a seguinte finalidade; armazenar, preparar e misturar ingredientes. ingredientes. Que poderão ter a mínima e uma estrutura de porte os seguintes fluxogramas de fabricação; Fluxograma 01 MATÉRIA PRIMA
MISTURA
PREPARO
ARMAZÉM
RAÇÃO PRONTA
Fluxograma 02
RECEPÇÃO DE GRANEIS
BALANÇA
MISTURADOR
PENEIRA PRÉ LIMPESA
MOINHO
SILO RAÇÃO PRONTA
ROSCA SEM FIM TRANSFERÊNCIA
MOEGA (DOSADOR)
SILO ARMAZÉM
ROSCA SEM FIM TRANSFERÊNCIA
EXPEDIÇÃO
Onde os cálculos necessários para se conhecer o porte da fábrica deverá ser determinado pela evolução do rebanho, nela estará dimensionado as necessidades correntes em termos de consumo, sob qualquer unidade de necessidade, ficando também dimensionados as variações de consumos por momento das mudanças dos índices zootécnicos.
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Outro aspecto que também deverá ser levado em consideração será o fator de carregar ou não estoques, dos principais itens de matérias primas, no caso da pecuária o item mais utilizado será o milho. Produzido por safras e apresentando variações de seu custo ao longo do ano, uma vez determinado que a presença desta matéria prima em estoque poderá superar as expectativas em termos financeiros, no sentido de aumentar a rentabilidade da atividade, o silo armazém deverá ser dimensionado para compor esta estratégia. Existe também o dimensionamento do estoque mínimo, que aquele necessário para o sistema não entrar em colapso por falta de matéria prima, seja ele dimensionado por distâncias físicas ou por estratégias financeiras, o sistema fabril também deverá ser projetado para atender tais volumes. Problema de ordem de viabilidade do sistema poderá ser gerado ao longo do tempo, pois quando mal dimensionado o sistema poderá incorporar custos significativos por subutilização ou despesas extras por subdimensionamento fabril. Ao se dimensionar uma fábrica de ração para atendimento de um projeto pecuário, alguns fatores têm que ser levados em consideração a fim de conhecer os custos de produção da ração pretendida, o fator de maior relevância é o desperdício, que é significativo em uma fábrica. Os valores de desperdício podem ser significativos e exigem monitoramento a cada partida de ração fabricada, por exemplo, a cada tonelada de matéria prima que entre pelo sistema de recepção de graneis obrigatoriamente não sairá 1 tonelada desta matéria prima no produto final, deverão ser contabilizados os materiais perdidos na peneiragem de pré-limpesa, perdidos no processo de moagem, teores de umidade indevidamente armazenado, além de outras possíveis perdas. Lembrando que os custos que venham ser gerados por estes processos deverão ser incorporados ao preço final obtido na ração que resultou do processo. Com relação ao processo, cuidados especiais deverão ser tomados com os níveis de umidade da principal matéria prima, que é o milho, onde no momento da recepção deverá ser medido e descontado do peso total a umidade que ultrapassar 14%, que é o teor limite para armazenamento seguro por períodos mais longos. O fator de grau de pureza desta matéria prima também deverá ser medido e descontado do volume total. A umidade e grau de pureza poderão representar muitas toneladas ao final de um ano de produção, podendo representar o limiar entre lucro e prejuízo no processo. A quantidade hora de fabricação será determinada pelo conjunto de equipamentos da fábrica, no entanto existem 2 grande limitantes; o primeiro é o moinho de milho, que estará dando o ritmo de fabricação das misturas, já que as rações em pecuária levam de 50 a 75% de milho em suas composições. Sendo o milho um grão de alta dureza, este equipamento tem que ser projetado para suportar as necessidades de ofertas de milho moído ou fubá para o misturador. O misturador também representará outra limitação ao processo, pois o tempo de entrada, mistura e retirada da mistura do equipamento limitará a quantidade de toneladas por hora de fabricação. Objetivamente existem 2 tipos de misturadores, misturadores, vertical e horizontal. O vertical é o mais utilizado pelas criações, com capacidades de 100 a 2000kg por batida, necessitam de 15 minutos para realizar a mistura no ponto exato, fora o tempo de entrada (matérias primas) e saída mistura (ração). O tempo de entrada e saída do misturador vertical dependerá dos equipamentos principalmente antes, já que as matérias primas necessitam ser pesadas, pois será neste momento que o balanceamento se dará na prática, na proporcionalização dos ingredientes.
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Misturador vertical
O horizontal já é um misturador de melhor desempenho, em apenas 3 minutos consegue realizar a devida mistura das matérias primas, normalmente suporta maiores volumes de fabricação, e são sempre municiados por equipamentos que lhe facilitam os processos de entrada e saída da mistura. Antecedido por balança situada logo abaixo dos silos pulmões de matérias primas e com descarregamento único sobre o misturador, faz a operação de entrada de matérias primas dosadas acontecer em segundos, da mesma forma com a saída da ração pronta, que é feita com esteiras com velocidade e potência, fazem a retirada da ração pronta para silos de expedição.
Misturador horizontal
Estes equipamentos por ter material rodante em seu interior, e provocar o atrito das misturas com as partes do equipamento, necessitam de ter aterramento elétrico especial, afim de não provocar problemas nas misturas dos micronutrientes, que normalmente são adicionados à
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parte, e que no caso de diferenças elétricas no interior do equipamento acabariam desbalanceando as misturas em suas micropartes. Estruturas fabris de maior porte podem ser comandadas eletronicamente, onde o computador central estaria realizando comandos básicos, até mesmo de abrir e fechar silos pulmões, aumentar ou diminuir o ritmo dos moinhos, conferir a qualidade de produtos, etc... Com relação ao galpão que será instalada a fábrica de ração, alguns cuidados devem ser tomados, primeiro que caberá ao Zootecnista dimensionar suas necessidades, sejam elas com base técnicas, acompanhadas ou não com estratégias financeiras os volumes finais de produtos, portanto sendo mais adequado a consulta aos fornecedores de equipamentos, que já tem módulos prontos para satisfazer as projeções. Existem fornecedores que projetam seus equipamentos horizontalmente outros verticalmente, portanto, cada fornecedor terá um projeto de galpão específico para seus equipamentos, desta forma existindo diferenças no pé direito, nas larguras, etc... além de soluções de plantas industriais desenvolvidas em módulos, pronta para crescer com a atividade, evitando imobilizações financeiras fora do melhor tempo.
Secador de grãos
Informações básicas com relação a piso são importantes, pois sua estrutura deverá suportar peso significativo para arrumação de matérias primas em sacos empilhados, ou para entrada de caminhões para descarregamento. Como se tratam de rotinas de movimento de cargas, o fluxograma deverá ser facilitado a manobras e arrumações, evitando perda de tempo e quebras, sejam elas de equipamentos (caminhões) ou das instalações. Outro fator importante será o dimensionamento elétrico, já que na fábrica terá equipamentos de grande consumo de energia, custo adicional, se for o caso, para transmissão de energia até a fábrica deverão ser considerados no projeto, assim como aumentos de cargas para suportar os equipamentos em pleno funcionamento.
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Balança rodoviária
16. Bovinos de leite Esta atividade, nos assuntos relacionados ao dimensionamento das I.Z., tem na evolução de rebanho o principal instrumento para determinação de necessidades espaciais e capacidades de equipamentos, basicamente o projeto deverá determinar o porte da sala de ordenha, a necessidade de comedouros para suplementação, o dimensionamento de alojamentos para bezerras e as necessidades dos equipamentos afins para dar suporte a atividade. Supostamente estaremos dimensionando as necessidades de I.Z. para um plantel de 50 matrizes, com o perfil zootécnico conforme a evolução de rebanho que segue;
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DIMENSIONAMENTO E EVOLUÇÃO DO REBANHO - BOVINOS DE LEITE CATEGORIAS
1.ANO
2.ANO
3.ANO
4.ANO
5.ANO
2 35 15
2 35 14
17 18 87 60,8
16 17 18 102 67,8
2 35 13 15 16 17 18 116 78,0
2 35 15 15 16 17 18 118 80,0
2 35 15 15 16 17 18 118 80,0
75.600
80.325
85.050
89.775
94.500
Natalidade - % Mortalidade BZ - % Mortalidade FE - % Mortalidade AD - % Descarte mat. anual - % Dias lact./vaca/ano Prod.média vaca/dia Cap.Suporte Ua/ha/ano
70 3 2 1 0 270 8 1
70 3 2 1 0 270 8,5 1,3
70 3 2 1 10 270 9 1,5
70 3 2 1 10 270 9,5 1,5
70 3 2 1 10 270 10 1,5
Mortes Bezerros Femeas 1 a 2 anos Adultos
2 0 1
2 1 1
2 1 1
2 1 1
2 1 1
0 0 16 70.308 207
0 0 16 74.702 220
3 9 16 79.097 233
4 10 16 83.491 246
4 10 16 87.885 259
Reprodutores Vacas em lactação Vacas secas Novilhas Fêmeas de 1 a 2 anos Bezerras Bezerros TOTAL / CABEÇAS TOTAL / UAs PRODUÇÃO/LEITE/KG ÍNDICES ZOOTÉCNICOS
Vendas
-
Descartes Novilhas Bezerros Leite/kg Produção Média Dia / kg
Todo o planejamento de I.Z. em pecuária de leite deverá objetivar o melhor dimensionamento para as seguintes fases da exploração; -
Suplementação alimentar ou Curral de alimentação.
-
Local de espera da ordenha ou Curral de espera.
-
Local de ordenha ou Sala de ordenha.
-
Local para bezerras ou bezerreiro.
Este será o perfil que consideramos adequado as condições brasileiras de exploração para pecuária de leite, ou seja, clima tropical, solos e topografia com medianas qualidades e a
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inexistência de subsídios financeiros de ordem governamental para os produtores. Em linhas gerais I.Z. para suportar a exploração leiteira a pasto. Suplementação alimentar Em qualquer tipo de exploração leiteira deverá haver um momento (inverno ou entressafra das pastagens) em que se faça necessidade de realizar alimentação suplementar, seja apenas para o plantel em produção ou para todo os animais. Em situações de semiconfinamento, pelo menos os animais em produção são alimentados em comedouros todos os dias e em situações de confinamento total, todos as categorias recebem alimentos nos comedouros O dimensionamento da necessidade de disponibilização de comedouros deverá ser feita pelo número de Uas que serão suplementadas ou alimentadas como rotina diária, na relação de 0,80m de comedouro lineares por Ua. Desta forma, pela evolução do rebanho, conhecida as Uas, será só dimensionar a necessidade de comedouros. Os comedouros poderão estar localizados em situações diversas, como; recintos fechados, piso calçado e cobertura, que em confinamento total poderia ser chamado de “loosing housing”, em semiconfinamento também são chamados de curral de alimentação ou estábulo. No caso de produção de leite a pasto, os comedouros poderiam estar espalhados a campo, em piquetes, em forma móvel, em instalações rústicas de bambu, ou qualquer outra forma em que os alimentos de suplementação fossem disponibilizados de maneiras a impedir que os animais pisem nas forragem e/ou venham a se acidentar. Em sistema de confinamento total com restrição espacial e a existência de locais especiais para as vacas deitarem, seria chamado de “free stall”, instalação criada para confinar vacas leiteiras e que obedece a princípios de racionalização máxima de mão de obra, normalmente inviável para as condições de mercado no comércio do leite no BR. Em sistema de semiconfinamento, caso de suplementação diária de vacas em lactação, maioria do caso brasileiro, estas instalações ainda usam de recurso para prender as vacas com canzis, a fim de limitar o consumo de alimentos, impedindo disputa entre os animais. Sendo este mesmo local também utilizado para realização da ordenha, que poderá ser manual ou mecânica. Resumidamente, para as condições de produção a pasto, onde a suplementação só deve acontecer no inverno ou entressafra das pastagens, os animais deverão receber alimentos suplementares em condições I.Z. mínimas, basicamente apenas os comedouros. No caso da evolução de rebanho proposta, se a opção fosse suplementar todo o plantel seriam necessários 64 metros (80 Uas X 0.80m) de comedouros no 3.ano do projeto. Caso fosse suplementar apenas as vacas em lactação, seriam necessários 28 metros (35 Uas X 0.80m). Com relação aos comedouros, alguns princípios precisam ser obedecidos, relacionados à facilidade para colocar as forragens por parte dos operadores, a limitação para que os animais não pisem nos alimentos e evitar possíveis acidentes com os animais.
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Comedouro tradicional 0.70 a 0.80m
0.60 a 0.70m
0.30 m - profundidade
Comedouro no piso - Canzil transverso CANZIL TRANSVERSO
PARTE INTERNA
FORRAGENS 0,10 m - Altura biológica Vista de lado
Vista de frente
Comedouro rústico - Bambú ou madeira
limitadores 1.40 a 1.60m
ACESSO ANIMAIS
ACESSO ANIMAIS
0.30m 1.00m
Quanto à cobertura dos comedouros é um outro fato a ser pensado, alimentos forrageiros não necessitam de proteção de sol nem chuva, portanto, se for o caso de colocar algum tipo de cobertura visando o comedouro, poderá ser evitado, dando preferência em promover sombreamento para os animais que se utilizem de instalações para suplementação durante o ano inteiro, no caso de semiconfinamento, no caso de confinamento total a cobertura será integral da instalação e no caso de suplementação a pasto não existirá nenhum tipo de cobertura.
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Local de espera da ordenha O chamado curral de espera é um componente importante na rotina da exploração leiteira, este local terá uso intensivo, já que pelo menos deverão ser feitas 2 ordenhas diárias, uma pela manhã e outra à tarde, nos 365 dias do ano, onde terá todas as estações climáticas acontecendo. Alguns fatores ligados à higiene deverão ser respeitados como; piso calçado, caimentos no piso a fim de evitar acúmulos de sujeiras, espaçamento de no mínimo 2,5 m2 por animal a ser ordenhado, água de bebida para os animais e em alguns determinados casos poderá haver pé dilúvio. Fatores ligados à ambiência deverão ser preservados, já que existirá a segunda ordenha na parte da tarde, portanto sombras serão fundamentais, sejam elas naturais ou não, o importante será que os animais no principal momento da exploração (ordenha) não sofram problemas de stress térmico, já que a fluidez da operação de ordenha tem tempo para acontecer. O tempo entre a entrada da vaca na sala de ordenha, preparativos, ordenha e liberação poderá variar significativamente de vaca a vaca, o diferencial será na produção de cada uma, podendo ser entre 5 a 15 minutos em média. Fatores ligados ao sistema fisiológico das vacas mestiças, que dependem da presença de seus bezerros para facilitar a descida do leite deverá ser respeitado, sob risco de diminuição significativa da possibilidade de produção. Este caso não acontece em vacas com grande especialização leiteira, fato que não é a realidade da maioria dos produtores brasileiros. Objetivamente, a espera da ordenha deverá ser higiênica, confortável, facilitadora do acesso sensorial da vacas com seus bezerros e com fluxograma de operação que possibilite o condicionamento dos animais, a fim de facilitar esta operação rotineira. Local de ordenha Esta é a parte mais importante das I.Z. em pecuária de leite, neste local deverá se tornar fisicamente presente todo o resultado do conjunto de ações tomadas para a exploração, que será a extração do leite. Lembrando que como se trata de um local de uso contínuo todos os cuidados ligados a rotina operacional deverá ser tomados como; higiene, conforto térmico, fluidez da operação e adequação as normas de qualidade do leite, seja ele no momento da ordenha, seja ele na armazenagem.
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Finalmente a portaria 56 do Ministério da Agricultura brasileiro foi assinada, virando lei, que até 2005 todo o leite produzido no Brasil deverá obedecer a critérios de qualidade, onde um deles será o armazenamento do leite no nível de produtor em tanques de expansão. No caso dos pequenos produtores será admitido tanques comunitários e com r egras específicas.
Ordenha balde ao pé
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O enquadramento nos critérios de qualidade do leite tem forte relação com o local de ordenha, aliado a uma série de outros fatores que vão desde a saúde dos ordenhadores ata a saúde das vacas. A ordenha continuará a poder ser feita de forma manual, respeitadas as normas básicas de higiene, assim como os exames bioquímicos para conhecimento dos níveis de contaminação, que na prática estarão determinando a presença de qualidade ou não. Acabam as letras do leite (A, B e C) ficando apenas o leite qualidade, certificado por exames e continuará a possibilidade do leite tipo A (do peito da vaca por ordenha mecânica em sistema fechado para a embalagem, seguindo para o consumidor em menos de 24 horas). O local de ordenha deverá ser coberto, calçado, disponibilizar água para limpeza, ter canzil para conter individualmente cada animal em ordenha, não necessita ter paredes, ter comedouro individual para fornecimento de alimentação concentrada e proporcionalizada vaca a vaca e facilitação de acesso do operador com o úbere das vacas. O ideal (não obrigatório) é que exista um sistema simples de ordenha mecânica, tipo balde ao pé. As salas de ordenha podem ser dos seguintes tipos; Diagonal, Perpendicular, com ou sem o piso de serviço ao mesmo nível. Obrigatoriamente com desnível de piso de serviço; Tandem com abertura lateral e individual, Espinha de peixe, Poligonal e Carrossel.
Ordenha espinha de peixe
A mais eficiente na relação benefício custo para produções acima de 2000 litros dia é a espinha de peixe, hoje já simplificada por tecnologia que evitam o uso de canzis em excesso. A mais eficiente na relação benefício custo, para a situação da maioria dos produtores brasileiros é a sala tipo Perpendicular com uso de ordenha mecânica balde ao pé. (v.croqui)
Sala de ordenha paralela
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Existem ainda robôs para ordenha, ainda experimentais, mudam de forma expressiva a filosofia da pecuária de leite intensiva em confinamento total, deverá ser usada em algum momento no futuro.
Sala de ordenha paralela
A sala de ordenha tipo espinha de peixe, consegue encurtar e concentrar a linha de equipamentos de ordenha em seu centro, procurando compactar o distanciamento entre as vacas, sempre operando seu patamar de serviços abaixo do solo em 0.90m, mantém as pessoas em pé trabalhando, com o leite sendo ordenhado e transportado em circuito fechado (pipeline) direto para o tanque de expansão, consegue alto desempenho de ordenha para a maioria dos grandes produtores leiteiros, tem como ponto negativo à impossibilidade das presença de bezerros no momento da ordenha e o alto investimento inicial, portanto uma decisão que tem que se basear em propostas concretas de produção de leite com rentabilidade.
Sala de ordenha rotativa
Com as mudanças no sistema de coleta de leite, a chamada “granelização” do leite, a velocidade de ordenha passou a ser secundário, já que o leite terá seu recolhimento em horários que não obedecem mais à rotina de ordenha, mas sim a rotina de coleta, desta forma as salas de ordenha mais simples, mecanizadas, que facilitem a presença sensorial dos bezerros, passaram a ser valorizadas devido a menor imobilização de capital, seja nas construções, seja nos equipamentos, desta forma, os sistemas balde ao pé, ganha um novo espaço como uso de tecnologia em ordenha adaptada às condições brasileiras.
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Robot de ordenha
Robot de ordenha
A evolução de rebanho estará demonstrando o volume máximo que deverá ser alcançado ao longo dos anos do projeto, assim como o volume diário, facilitando as decisões relacionadas aos equipamentos de ordenha e armazenagem do leite, como também a mão de obra para realização desta tarefa, que poderá ser feminina, possibilitando aumentar a renda familiar e melhorar a higienização dos equipamentos pós-ordenha.
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Robot de ordenha
Robot de ordenha
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SALAS DE ORDENHA - TIPOS
PARALELA
1
2
3
4
DIAGONAL
1
2
3
4
ABERTURA LATERAL Duplo de Dois = 2 X 2
1
2
CORREDOR DE SERVIÇO - DESNÍVEL
3
ESPINHA DE PEIXE Duplo de Três = 3 X 3
1
4
2
3
5
6
CORREDOR DE SERVIÇO - DESNÍVEL
4
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SALAS DE ORDENHA - TIPOS
POLIGONAL 4x3 ÁREA DE SERVIÇO DESNÍVEL
ROTATÓRIA Rotativa 8
ÁREA DE SERVIÇO DESNÍVEL
No caso da evolução proposta, necessitaríamos de ordenhar em média 259 litros dia, para fins de cálculo poderá ser considerado até 300 litros ( entre 15 a 20% a mais ou menos) dia, sendo 195 litros (65%) pela manhã e 105 litros (35%) à tarde. Para 195 litros com média de 10 litros
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vacas seriam quase 20 vacas, em uma ordenha tipo perpendicular com 6 boxes, 3 jogos de balde ao pé, estaríamos ordenhando as 20 vacas em mais ou menos 53 minutos (20 vacas / 6 = 3,3 vezes X média 8 minutos X 2 ). Local para bezerras Apesar da possibilidade de nascimentos serem iguais ao número de vacas em lactação durante o ano, obrigatoriamente não teremos todos os partos no mesmo momento, considerando que os partos estão distribuídos ao longo do ano, e que a presença de todos os bezerros/as são importantes apenas durante a ordenha, e que a maior parte deles deverão ser descartados, mesmo as maior parte das fêmeas, o sistema deverá estar preparado para fazer apenas a recria das filhas das melhores vacas, em proporção à taxa de descarte a ser preconizada no projeto. De maneira geral este número deverá estar na faixa de 15% do número de matrizes em produção no plantel estabilizado, desta forma estaremos racionalizando a recria de fêmeas e diminuindo o custo de produção do leite, sendo que os bezerro/as que serão automaticamente descartados após a desmama não deverão ter cuidados especiais de alimentação, devendo ser criados a pasto. No entanto as bezerras selecionadas deverão ser criadas visando seu aproveitamento futuro, podendo ser utilizado o sistema de casinhas ou piquetes especiais, com acesso a abrigos com comedouros. No caso das chamadas casinhas, o modelo é o tradicional, 1.00 X 2,50m, com cobertura e fechamento lateral, com comedouro e bebedouro. No caso dos piquetes, deverá haver rodízio para evitar problemas sanitários, abrigo coberto com local para comedouro, preservando pelo menos 1000m2 por bezerro em criação. No caso proposto nesta evolução de rebanho, seriam 35 bezerros a serem preservados, caso a ordenha for dependente dos mesmos, sendo apenas recriadas 7 bezerras (10% da taxa de descarte de matrizes + mortalidades), em vez dos prováveis 17 nascimentos de fêmeas, portanto o máximo de 4 casinhas (50% do número de bezerras a serem recriadas) seriam necessários para o sistema proposto, ou 7.000m2 de piquetes especiais para recria de bezerras.
Bezerreiro tipo casinha
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17.Bovinos de corte – pastagens A I.Z. básica em qualquer exploração de bovinos de corte deverá ser o curral de apartação ou manejo, nele deverá ser desenvolvido todo o trabalho de acompanhamento para a normalidade da atividade, o destaque principal será voltado para a reprodução, em casos de cria, e em qualquer situação o acompanhamento do desenvolvimento dos animais via as pesagens, sem balança não existirá pecuária de corte racional. A função básica de um curral de apartação será de realizar manejos reprodutivos, curativos, sanitários, profiláticos, embarque, desembarque, apartação e principalmente pesagens. O curral de apartação deverá ter localização objetiva com relação ao sistema de pastagens, pois deverá ter uso sistemático, portanto facilidades operacionais terão que ser criadas no sentido de tornar as rotinas simples e sem acidentes. Teoricamente o local ideal para a localização de um curral de apartação ou centro de manejo, seria na região central da propriedade, não esquecendo que nesta instalação também são realizados os serviços de embarque e desembarque de animais, portanto o acesso a caminhões deverá ser preservado. As propriedades com áreas físicas expressivas, deverão em seu planejamento ser moduladas, a fim de se ter controle zootécnico real sobre a atividade, neste casos a opção poderá ser a existência de mais de um curral, a fim de evitar distâncias significativas, o que levaria a dificultar as rotinas de controle, ou localizar o centro de manejo eqüidistante dos módulos. Existe ainda a possibilidade de currais de apartação transportáveis, feitos em ferro galvanizados, os mesmos são transportados para onde haja exigência dos serviços. A localização dentro da região definida da propriedade, também deve merecer cuidado especial, o tipo de solo mais adequado será o franco arenoso, nem sempre disponível. O curral deverá ficar em local onde haja drenagem das águas de chuvas naturalmente, evitando formação de atoleiros, a necessidade de luz elétrica será relativa, caso esteja incluindo no manejo o uso de aparelhos como mochadores elétricos, balanças eletrônicas, ultrasom, etc... A evolução do rebanho estará determinando o número de Uas, além das categorias, desta forma o dimensionamento também poderá ter como base às rotinas de manejo que se pretenda adotar no planejamento. O dimensionamento básico será de 2.00m2 por Ua a ser manejado, lembrando que o curral não precisa de em um só momento ter todo o plantel dentro dele. Há limites operacionais para cada tipo de manejo, desta forma cada tipo de atividade, cria, recria e/ou engorda, demandará rotinas diferenciadas, evitando-se construir ou imobilizar dinheiro em excesso, como também ter problemas por sub dimensionamento.
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DIMENSIONAMENTO E EVOLUÇÃO DO REBANHO - BOVINOS DE CORTE CATEGORIAS
Reprodutores Matrizes Novilhas Fêmeas de 2 a 3 anos Fêmeas de 1 a 2 anos Bezerras Bezerros Machos de 1 a 2 anos Machos de 2 a 3 anos TOTAL / CABEÇAS TOTAL / UAs
1.ANO
2.ANO
3.ANO
4.ANO
5.ANO
10 250
10 247
10 244
10 241 26 77 80 84 85 81 79 763 519,3
10 250 26 76 79 88 87 80 78 774 527,1
70 5 4 3 1 10 14 16 1,5
70 5 4 3 1 10 14 16 1,5
88 87
83 86 87 82
435 306,1
595 385,3
79 81 85 86 82 79 746 499,3
70 5 4 3 1 0 14 16 1
70 5 4 3 1 0 14 16 1,3
70 5 4 3 1 0 14 16 1,5
ÍNDICES ZOOTÉCNICOS
Natalidade - % Mortalidade BZ - % Mort. FE/MA 1 a 2 - % Mort. FE/MA 2 a 3 - % Mortalidade AD - % Descarte Matrizes - % Intervalo de partos - ms Peso de venda - Ar Cap.Suporte Ua/ha/ano
A composição básica de um curral de apartação será; Embarcadouro, Balança, Tronco, Brete, Área de trabalho, Seringa e Divisões ou Apartações.
Brete
O embarcadouro poderá ser em forma de rampa, com o mínimo de 4.00m de comprimento, saindo do zero até 1.10m de altura (carroceria do caminhão), outra alternativa será de manter o mesmo nível no piso e fazer a rampa para o caminhão, ou localizar o embarcadouro em um desnível natural do local. O embarcadouro deverá ter no mínimo 6 réguas em suas guias laterais, com largura entre 0,80 ao máximo de 1.00m, o objetivo deste corredor será de evitar possíveis retorno dos animais.
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Tronco completo
A balança deverá ser localizada longo no seguimento do embarcadouro, servirá sempre nos processos de chegada e partida dos animais no sentido de avaliar suas pesagens, como também realizar controle de desenvolvimento dos animais durante a engorda ou outros manejos. Portanto deverá ter porteiras que facilitem os acessos independentes de embarcar ou não, possibilitando o retorno dos animais as apartações após as pesagens.
Embarcadouro
Poderá ser eletrônica, neste caso a leitura das pesagens será com a passagem dos animais pelo brete, necessitando também de identificação eletrônica individual para a individualização das pesagens, via antena. As balanças mecânicas apresentam limites, podendo ir de pesagens individuais até 4 a 5 mil quilos, as mais usuais são as balanças de 3.000 kg, para 10 bovinos. No caso das balanças mecânicas, existirá uma ancoragem de seus mecanismos, devendo ser feito uma caixa em concreto armado conforme projeto do fabricante da balança, deverá haver acesso para lubrificações e regulagens. Muitos projetos instalam as balanças (os mecanismos) no mesmo nível do solo, o que eleva o acesso para a balança, sendo necessário uma rampa para os animais, este tipo de instalação deverá ser evitada, onde a ancoragem deverá ser abaixo do nível do solo, possibilitando o acesso dos animais sem rampa ao interior da balança.
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Balança para bovinos
Cercas do curral
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O tronco será o local para se realizar a contenção individual dos animais, neste local é que poderão ser feitas as castrações, inseminações, toques e determinados tratamentos. O tronco poderá ser adquirido de fabricantes ou ser construído junto com o curral, apenas deverão ser observados alguns detalhes; o animal deverá ser contido pela cabeça, preferencialmente com enforcador de madeira, deverá haver contenção de coices via a colocação de limitador nas patas traseiras e ter acesso do operador à parte da posterior do animal. Quanto aos troncos comercializados, existem de todos os tipos, os chamados “viramundo”, os com contenção em 3, 2 ou 1 pontos, os com catracas, etc... O tronco ideal será aquele que conseguir conter o animal em pelo menos 2 pontos (cabeça e coice) com o mínimo de mecanismos, pois as fezes e urina dos animais acabam deteriorando com facilidade as partes metálicas.
O brete será o local para realizar determinados manejos, principalmente as vacinações, neste local os animais serão conduzidos em fila e sob pressão, de maneiras a dificultar movimentos bruscos quando espetados pelas seringas. O brete é um corredor cônico, com base entre 0.50 a 0.60m, altura em torno de 1.80 a 2.00m boca com 1.10 a 1.20m, sempre suas laterais serão em réguas, sem intervalos até 50% da altura, e daí para cima com intervalos de 0.15m entre réguas. O brete não deverá passar de 8.00 a 10.00 m de comprimento, devendo existir portas nos intervalos dos moirões, chamadas de “fugas”, servirão para retirar animais que venham a se acidentar durante os manejos profiláticos. O acesso dos operadores aos animais será por meio de uma plataforma ao longo de uma das laterais do brete chamada de “palanque”.
Curral de apartação modelo australiano
Área de trabalho é o local protegido das divisões ou apartações, onde os operadores estarão localizados para acessar a balança, tronco e brete, somente ao brete o acesso será via o palanque.
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Seringa ou funil é o local aonde são levados os animais para acessarem o brete, assim como os equipamentos que se seguem, tronco, balança e embarcadouro. Sempre em réguas, para poder segurar a pressão que venha ser exercida pelos animais por momento de passagem para o brete, que será liberada via uma pequena porta de correr localizada no início e final do brete. Os animais só entram no brete porque visualizam uma possibilidade de fuga, na realidade para eles, está é a saída e não a entrada. Divisões ou apartações são as regiões onde ficaram localizados os animais a serem manejados, todo curral deverá ter no mínimo 2 divisões, para possibilitar as separações ou apartações. A quantidade de divisões deverá ser projetada de acordo com o manejo pretendido, aliado à complexidade de categorias propostas na atividade. Os aspectos comerciais também poderão ser evidenciados nas divisões, onde serviriam como possíveis vitrines para compradores. Sempre com cantos arredondados, para evitar dificuldades no trânsito de animais, as apartações também podem ser projetadas com suas laterais em forma de semicírculo ou ovalizadas, dando origem ao chamado curral tipo “australiano”. O curral poderá ser 100% calçado, não sendo obrigatório, o calçamento total aumenta o stress dos animais, além de encarecer a obra, o determinante será o nível de utilização desta instalação, a constância no uso levará a formação de irregularidades nos pisos das apartações. No entanto, o embarcadouro, o tronco, o brete e a área de trabalho deverão ser calçadas, assim como cobertas, para evitar o desconforto na operação sob chuva ou sol, além de proteger os equipamentos.
Curral de apartação
Existe a opção do curral de apartação ser construído em moirões de concreto e cordoalhas de aço zincado, esta é uma ótima opção, no entanto, as partes em que os animais sejam pressionados como seringa, brete e embarcadouro, as réguas é que poderão evitar possíveis estouros dos animais. A opção tradicional de madeira é significativamente cara, já que as madeiras utilizadas serão sempre madeira de lei e em volumes de m3 significativos. Não deveremos perder de vista que esta I.Z. representa significativa imobilização de capital no projeto pecuário, como sua utilização é periódica, mas fundamental para obtenção de resultados zootécnicos da atividade, deverá haver sempre preocupação no sentido de racionalizar ao máximo o projeto. 18.Bovinos de corte - confinamento O projeto de confinamento bovino deverá ser iniciado pela determinação do tamanho dos lotes de animais a serem confinados, uma vez encontrado este número a próxima etapa será a
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disponibilidade de espaço linear por comedouro para cada animal do lote em confinamento. Os espaçamentos poderão ir de 0.40 a 0.70m por cabeça, a determinação do espaçamento adotado no projeto terá ligação com o manejo de distribuição de alimentos ao longo do dia, ou seja, se houver disponibilidade de alimentos durante todo o dia, conseqüentemente não haja disputa para chegar ao comedouro, poderá ser usado o espaço mínimo, como este fato não é a realidade da maioria dos projeto, o espaçamento normal é de 0.70m por cabeça confinada. Os comedouros poderão seguir qualquer dos modelos já apresentados anteriormente, deverá haver disponibilidade de água e sal mineral em cocho sempre coberto.
A outra determinação será a área em m2 a ser destinado para cada animal. Considerações têm que ser feitas neste sentido, basicamente existem 2 tipos de confinamentos; o de ano inteiro e o confinamento de inverno, este último com a finalidade ou de l evar os animais ao acabamento, ou de manter crescimento durante o inverno ou entressafra das pastagens.
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No confinamento de ano inteiro, há necessidade de calçamento, desta forma, o dimensionamento por cada animal confinado passará a ser de 4.00 a 6.00m2, a diferença deverá ser considerada pela época do ano, região onde está sendo feito o confinamento, tamanho dos animais e todas as variáveis que envolvam ambiência e sanidade dos animais. Estes confinamentos também conseguem produzir matéria orgânica em grande volume, sendo que o piso calçado possibilita a utilização racional deste material. No confinamento de entressafra ou inverno, não há necessidade de calçamento, o stress térmico é menor devido à época, e os espaçamentos utilizados vão de 8.00 a 12.00m2 por animal, as variações nas medidas podem seguir a mesma tendência anterior.
Dependendo da região haverá necessidade de sombras, mesmo que artificiais. Os comedouros não necessitam ser cobertos, a não ser que haja como rotina à utilização de algum tipo de alimento especial que tenha que evitar sol e chuva. Nos projetos de confinamento bovino também tem que existir um pequeno curral de apartação, para os trabalhos de manejo e comércio dos animais.
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Confinamento – comedouro coberto
Confinamento – comedouro s/cobertura
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CURRAIS ANTIESTRESSE INTRODUÇÃO Ultimamente, conceitos mais racionais quanto ao planejamento de currais e com relação à lida com o gado têm recebido maior divulgação no meio pecuário. Alguns pecuaristas e técnicos - poucos ainda - já estão procurando seguir novas linhas de trabalho no manejo do gado. Alguns dos "novos" princípios no planejamento do curral, como seringas e troncos coletivos em curva, vêm sendo estudados e utilizados de forma independente desde os anos 60 do século XX, em países como Austrália, Inglaterra, Nova Zelândia e EUA. Currais circulares já eram utilizados há milhares de anos no Oriente Médio. No planejamento de um curral racional, objetiva-se a maior eficiência de trabalho possível, a minimização do estresse dos bovinos durante o manejo e a maior segurança das pessoas e animais. Estes objetivos são alcançados especialmente se pudermos tornar mais fácil o fluxo dos animais, com a utilização do mínimo necessário de mão-de-obra (dois funcionários, mas apenas no caso de trabalhos mais complexos pode ser necessária a presença de mais um funcionário na área de trabalho). O fator mais estressante em um curral é o homem. Evitando, ou pelo menos minimizando o estresse, não somente se está evitando perdas de peso, de fertilidade e de tempo, como ainda se está zelando pelo conforto animal, matéria que a cada dia merece mais e mais atenção e que poderá vir a condicionar alguns circuitos comerciais no futuro. Os produtores brasileiros podem esperar uma demanda crescente por produtos "orgânicos", o que quer dizer, carne de animais criados a campo ou, ao menos, a campo até a terminação, utilizando alimentos orgânicos livres de antibióticos na ração, ausência de mutilações e maus tratos, enfim, animais saudáveis e "felizes". Esta é a imagem que, crescentemente, os consumidores gostariam de ver associada aos alimentos que consomem. O estresse e o sofrimento animal, além das condições eticamente indesejáveis, são fatores que exercem influência direta na qualidade da carcaça, como lesões no músculo, hematomas e carne PSE (Palid, Soft e Exudativ, causado pelo estresse pré-abate). No livro "Livestock Handling and Transport", da pesquisadora Temple Grandin, publicado em 1997, há dados alarmantes. Os EUA perderam, em 1993, US$26 milhões, devido apenas às escoriações provocadas pelo manejo e transporte inadequado. Os australianos perderam US$ 36 milhões pelo mesmo motivo. Calcule uma perda de US$1,00 por animal que é manejado e transportado de forma inadequada no Brasil. São alguns milhões de dólares por ano. No Brasil, há poucos currais com a preocupação do bem estar animal, e também é difícil encontrar técnicos que projetam estes tipos de currais, segundo um levantamento feito pela Revista ABCZ, as propriedades que possuem estes currais estão localizadas no município de Pirapora em MG, Uberaba em SP (uma propriedade que possui 3 currais), Mogi Mirim em SP (o produtor reformou um pequeno curral tradicional adaptando-o para o bem estar do animal, onde pode ser manejado por apenas um homem), Felixlândia em MG (os currais foram construídos por um texano há 13 anos que visita a propriedade anualmente) e Bom Despacho em MG. Porém, há algumas firmas especializadas em instalações para bovinos, que recentemente estão projetando estes tipos de currais, como é o caso da Currais e Cochos Itabira. BEM-ESTAR ANIMAL E COMPORTAMENTO ANIMAL Uma definição de bem-estar bastante utilizada atualmente foi estabelecida pela FAWC (Farm Animal Welfare Council) (citado por Chevillon, 2000), na Inglaterra, mediante o reconhecimento das cinco liberdades inerentes aos animais: 1. A liberdade fisiológica (ausência de fome e de sede), 2. A liberdade ambiental (edificações adaptadas), 3. A liberdade sanitária (ausência de doenças e de fraturas), 4. A liberdade comportamental (possibilidade de exprimir comportamentos normais), 5. A liberdade psicológica (ausência de medo e de ansiedade). O estresse tem sido o principal mecanismo de medida ou de avaliação do bem-estar animal. Pode ser definido como uma reação do organismo ao ambiente, numa tentativa de manter o equilíbrio fisiológico e também, os animais podem apresentar reações comportamentais ao serem expostos a estímulos estressantes. O estresse pode ocasionar inúmeras conseqüências para o organismo animal:
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maior fragilidade do sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade a doenças; redução da produtividade em alguns casos; ocorrência de comportamentos anômalos. Devemos conhecer o correto comportamento animal para podermos oferecer condições de ofertar e praticar o devido bem estar animal, a fim de evitar o estresse. •
Medo e memória associativa do animal
Os bovinos, a exemplo das outras espécies animais herbívoras que vivem em manadas, como os cavalos, são animais classificados como sendo animais de presa. O medo faz com que se mantenham em permanente vigilância para poder escapar e se defender dos predadores. O medo é um grande fator de estresse. O medo pode elevar os níveis de hormônios associados com o estresse em comparação com os fatores físicos adversos. O medo é que leva o gado bovino a se movimentar quando em operações de manejo, seja para operações de vacinações, vermifugação, banhos, castração, marcação, pesagem, transferências de pastagens. Em relação a esta última operação, os animais tendem a se acostumar com o manejo referenciado. Os boiadeiros que trabalham com gado de corte em regime a campo se convenceram que o manejo calmo, durante as operações de vacinações ou outras que impliquem a concentração de um grande número de animais na central de manejo, faz com que os animais retornem mais rapidamente ao sistema de alimentação. Estas operações feitas com calma, sem alaridos, gritos, presença de cachorros e uso de instrumentos contundentes, diminuem o estresse animal e a liberação de hormônios como a adrenalina. Os animais quando estão ou são submetidos a operações agitadas e violentas, em especial na central de manejo, em geral apresentam uma perda de peso, em especial quando permanecem por longo período confinados neste ambiente, que não lhe é agradável. Já quando o manejo é planejado e os animais permanecem o mínimo necessário, os resultados são melhores e a perda de peso é insignificante. O gado pode se lembrar por vários meses do manuseio doloroso ou assustador. Deve-se evitar os métodos que causam aversão. O conforto é importante, pois a dor causa agitação. Pode-se treinar os animais em um só dia, se houver conforto e um prêmio na forma de ração. Devem ser acostumados aos poucos, evitando-se machucar o animal. Se a rês resistir, não deve ser solta até que pare de se debater. No caso de treinamento repetido deve-se deixar os animais se acalmarem bem antes de novas sessões, que podem ser em dias seguidos. Não se recomendam os métodos de contenção de grande aversão como a electroimobilização. O gado será capaz de diferenciar uma pescoceira que bate em sua cabeça, de uma balança que não causa desconforto. Aprendem que o aperto lateral em seu corpo não incomoda, mas que a pescoceira machuca quando é fechada. Reses que provaram certo tronco de contenção e balança individual por cinco vezes foram capazes de se lembrar da operação em outro local com instalação um pouco diferente. Para reduzir o estresse e a agitação, o gado deve se acostumar com gente e com o manejo de rotina. Na utilização de Inseminação Artificial, caso o número de animais seja grande, é aconselhável uma instalação específica para tal. A prática da IA no tronco de contenção estimula a memória associativa do animal, que associa o tronco a dor e situações estressantes. A instalação específica evita o estresse mais elevado no momento da IA e a queda nos índices de concepção. •
Percepção do animal herbívoro – visão
Para evitar os predadores, o gado bovino tem um campo de visão amplo e panorâmico, que abrange os 360º. A visão nos bovinos é mais acentuada que a audição. O bovinos podem distinguir as cores (Thines e Soffie, 1977; Darbrowska e outros 1981; Gilbert e Arave, 1986; Arave 1996). As últimas investigações demonstram que os bovinos, ovinos e caprinos têm uma visão dicromática, com bastões de máxima sensibilidade a luz amarela esverdeada e azul-purpúrea. A visão dicromática pode servir para que os animais tenham uma melhor visão noturna e possam detectar alguns movimentos, inclusive de predadores. Em bovinos reprodutores machos quando em idade adulta, a visão, quando comparada com ovelhas, é inferior.
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Os animais herbívoros podem enxergar em profundidade. Observações realizadas indicam que os bovinos não podem perceber objetos localizados acima da linha da sua cabeça, a não ser quando estão em movimento. O pesquisador Smith, no ano de 1998, sustenta através de pesquisas e estudos realizados com bovinos, que em função destes animais possuírem pupilas horizontais, podem perceber melhor as linhas horizontais e que a maioria dos seus predadores possuem pupilas redondas, o que lhe favorece a tomada de posições defensivas e de fuga. Os animais bovinos possuem um sistema ótico muito sensível a qualquer movimento e aos contrastes de luz e sombras. São capazes de visualizar permanentemente o horizonte quando estão pastando, mas podem apresentar dificuldades para visualizar rapidamente, ou melhor, para enfocar rapidamente a sua visão em objetos muito próximos, devido ao fato de que seus músculos oculares são débeis (Coulter e Schmidt, 1993). Tal fato explica porque estes animais se assustam quando algo se move repentinamente ao seu redor. Os ungulados selvagens, o gado bovino e os eqüinos, em geral, se adaptam e respeitam uma forma de contenção compacta, e dificilmente investem ou tentam atravessar esta barreira (curral) em desabalada carreira. Quando se trata de "encurralar" animais muito bravos e nervosos, criados em regime extensivo, uma maneira sugerida é o uso de pedaços ou cortes de plásticos opacos (Fowler, 1996). Quando se faz uso de currais construídos com cordoalhas, cabos de aço ou arames trançados, os animais em geral apresentam alguma dificuldade em enxergar este tipo de obstáculo, e muitas vezes ao tentar se movimentar em linha reta, batem contra estes obstáculos. Uma solução para quem se utiliza deste tipo de material de contenção em sua central de manejo, é o uso de alguns quadrados de lona plástica de cor opaca, medindo 30 centímetros quadrados, pendurados nas cordoalhas, a altura dos olhos dos animais. Este expediente evita que os animais sofram algum tipo de contusão e escoriações ao se aproximar de um vão, o qual não enxergam a presença das cordoalhas ou similares (Ward, 1958). O animal ficará mais calmo se as laterais forem vedadas na área da cabeça para bloquear sua visão, especialmente para não enxergar uma saída à sua frente. Uma prática que pode beneficiar e diminuir o estresse dos bovinos, quando manejados em período noturno, em uma central de manejo, é lhes proporcionar um grau de luminosidade confortável. Os bovinos tendem a se movimentar de lugares com menor grau de luminosidade para locais mais iluminados. Mas isto não significa afirmar que eles se aproximarão de uma luz muito intensa, pois isto viria a lhes oferecer um desconforto visual. CURRAIS ANTI-ESTRESSE Também chamado de curral racional, curral sem estresse, curral Grandin (pesquisadora Dra. Tremple Grandin), são construções rurais criadas para facilitar o manejo de animais e que foram propostas baseadas no comportamento deles. São recomendadas principalmente para criações em sistema extensivo, onde o gado tem pouco contato com o homem e por isso não é muito dócil . As principais vantagens em relação ao curral tradicional são: •
Reduz o tempo de manuseio permitindo que os animais sejam soltos mais cedo;
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Aumenta a segurança do operador, evitando acidentes;
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Diminui o mau trato e o estresse ocasionado no manuseio;
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Facilita o trabalho com o animal devido a planta funcional do curral;
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Proporciona um maior lucro devido à menor movimentação e, conseqüentemente, menos perda de peso.
Estima-se que o ganho seja de 5% sobre o peso dos animais. Considerando 480kg como um peso normal de abate, 5% resulta em 24kg a mais, ou 504kg. São 16,8 arrobas, contra o normal de 16@.
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As desvantagens que apresentam este tipo de curral em relação ao tradicional são: o alto custo e poucos técnicos no Brasil que conheçam e saibam projetar estas instalações. Os currais com mangas em curva e divisões circulares foram adotados em vários países. Os currais circulares não apresentam cantos onde os animais se amontoam. As áreas de reunião devem ter espaço adequado como seja 2,3m² por cabeça ou 3,3m² para vaca com cria, ambos para o caso de permanência de 24h ou menos. As mangas largas em curva retêm os animais para carregamento, para entrarem na seringa e seguirem para o tronco igualmente em curva, e a seguir caminharem para o tronco individual, ou serem apartados em uma "gaiola" circular ou poligonal. As dimensões devem obedecer a medidas mínimas e máximas, apropriadas para os diferentes componentes de uma instalação. Entretanto, não existe uma "receita de bolo" para dimensões e modelos padrões. São diversos os fatores que devemos levar em consideração na busca do melhor projeto para a situação em particular: os bovinos (categorias, temperamento, porte), o sistema de manejo geral da fazenda, a chegada e saída do curral, o uso de remanga/curral de espera, custos da obra, a localização do sol (muito importante), a movimentação de caminhões de embarque, etc. Conhecendo-se estes fatores é possível desenvolver um projeto que apresente mais pontos positivos em face dos objetivos propostos. É preconizado também, que um curral de manejo adequado a qualquer tipo de atividade deve apresentar uma área útil mínima compatível à maior categoria animal trabalhada e ao maior lote da propriedade, evitando a necessidade de apartações antes mesmo destes animais entrarem no curral (esta condição deve ser considerada principalmente para as propriedades que trabalham a fase de cria). A seringa, o tronco e a rampa de carregamento e respectivas porteiras devem ser vedadas lateralmente, para manter os animais mais calmos, visto que não enxergam movimentos externos. A Seringa deve ter um raio de 3,5m para que os animais não se amontoem. Na saída da seringa para o tronco curvo, o animal deve enxergar dois a três corpos à sua frente, sem o que se negará a entrar por pensar que sua frente está fechada. O Tronco coletivo em fila única em curva e vedado pode reduzir o tempo de manejo em 50%, pois os animais não enxergam movimento à sua frente ou dos lados. Os troncos em curva apresentam especial vantagem quando os animais em fila única devem aguardar a vacinação ou outro serviço e também para que o animal não enxergue o final. As curvas devem ter um raio de 3,5 a 5m no lado interno para evitar que os animais se amontoem. Recomenda-se um trecho reto no início do tronco. Se um lado do tronco tiver tábuas abertas para vacinação, o lado oposto deve ser vedado. Tábuas com dobradiça podem se abrir para facilitar a vacinação. A rampa de carregamento (embarcador) deve ser ao nível do solo quando possível, ou com uma subida em rampa ou degraus, e uma plataforma ao nível do caminhão. O aclive não deve ter mais que 20-25 graus de inclinação. Degraus de 30 cm de largura por 10 cm de altura são indicados no caso de rampa em concreto. Na África do Sul, recomendam 1,50 m em nível antes da entrada no caminhão. Pode-se usar luz à noite para atrair os animais para dentro de divisões ou do caminhão. Sobre o apartador , a apartação ao final do tronco pode ser melhorada por porta triangular que tapa totalmente o corredor. A dificuldade de pouco tempo para avaliar os animais caminhando em fila única, foi resolvida na Austrália pela "gaiola" circular com 3-6m de diâmetro com 4 a 8 portões de saída, a qual é adequada para o gado zebu. Uma só pessoa no alto pode operar os portões, com tempo suficiente para classificar e apartar os animais. Nos aparelhos de contenção (tronco individual) existem dois estágios de contenção, a pescoceira se fecha à volta do pescoço enquanto as laterais apertam o corpo do animal para controlar seus movimentos. Os melhores troncos fecham as laterais dos dois lados. As pescoceiras de canos retos são recomendadas porque não sufocam os animais e nem comprimem as carótidas quando a rês se deita, o que pode ser evitado ao se apertar o corpo dos dois lados. São muito práticos os troncos ativados hidraulicamente. Os modelos mais novos têm motores silenciosos; se barulhentos devem ficar longe dos animais. Reações de comportamento na contenção: Uma das razões de agitação no tronco é a visão do operador em movimento. O animal ficará mais calmo se as laterais forem vedadas na área da cabeça para bloquear sua visão, especialmente para não enxergar uma saída à sua frente. Foi observado que a ação simultânea da pescoceira e do aperto lateral acalma o animal. Os movimentos bruscos da pescoceira e das laterais causam agitação, por isso devem ser acionados devagar, mas com firmeza, de uma só vez, evitando manobras sucessivas.
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A contenção em câmara escura é recomendada para inseminação artificial e toque de prenhez, a contenção mecânica pode ser substituída por compartimentos escuros. Consiste em um estreito corredor com laterais, frente e teto vedados. Os animais arredios ficam quietos no escuro, sofrendo menos estresse e apresentando ritmo cardíaco e respiratório mais baixos. Para inseminação em larga escala, duas ou três câmaras podem ser dispostas em espinha de peixe. Entre um e outro animal, pode-se usar tábuas separadas, pois o contato corporal aquieta as vacas. Os animais ficam calmos quando não enxergam algum vão para fuga, nem pessoas em movimento. Além do mais, o escuro tem um efeito tranqüilizante. A madeira continua sendo o material mais largamente utilizado - com o uso crescente de cordoalha de aço e eucalipto tratado em autoclave. As maiores desvantagens do uso destes materiais são os preços crescentes, a durabilidade e a dificuldade de se encontrar mão de obra qualificada. No caso do eucalipto, um problema extra é que deve-se evitar "trabalhar" este, para não haver perda do preservante químico, que localiza-se na superfície do material. Em alguns países de pecuária avançada, como EUA, Canadá e Austrália, as instalações metálicas - fixas ou móveis - predominam, em função de vantagens como uniformidade do produto, resistência, facilidade de montagem e desmontagem e alto valor de revenda. Contudo, é imprescindível que sejam estruturas muito bem planejadas quanto ao material e ao projeto, com especificações de espessura e bitola e com proteção contra corrosão determinadas tecnicamente, e não ao acaso. Também pode ser utilizado concreto, para fabricar as partes que são vedadas É fundamental destacar que, caso a instalação atual não esteja dentro dos princípios preconizados, não precisamos obrigatoriamente construir uma nova. Com algumas modificações de baixo custo, mas bem planejada qualquer curral pode ser melhorado substancialmente. INSTALAÇÕES TRADICIONAIS As instalações tradicionais, amplamente utilizadas no Brasil, apresentam características indesejáveis ao bem-estar animal, proporcionando desconforto e estresse a estes. A seguir algumas destas características: Embarcadouro: é construído em forma de rampa, na maioria dos casos, e lateralmente é fechado com réguas, possuindo espaçamento entre elas; Tronco individual: o animal é contido, principalmente pela cabeça (enforcador) e também pelo coice; Brete: os animais são conduzidos em fila e sob pressão. A forma é de um corredor cônico, com base de 0,50–0,60m e boca com 1,0–1,2m, as laterais são em réguas, sem intervalos até 50% da altura e acima desta possui intervalos de 0,15m entre as réguas; Seringa: é construída com réguas para segurar a pressão dos animais, quando estes passarem para o brete, a passagem é liberada por pequena porta de correr localizada no inicio e final do brete; Animais entram no brete, pois visualizam uma possibilidade de fuga. Contudo, os currais tradicionais não são projetados para o animal, e sim para o homem. No brete, não há um espaçamento adequado para o conforto do animal, que é pressionado; as áreas acima citadas não são vedadas completamente, possibilitando que o animal visualize o tratador, e não se movimente dentro da instalação, ocasionando uma demora no manejo e “agressões” por parte dos tratadores. A contenção no tronco é pela cabeça e coice, o que pode incomodar o animal. Como o brete não é em curva, e as portas ficam abertas para que o animal visualize a saída, este já entra estressado, pois pensa em fugir. •
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CROQUI DE UM CURRAL ANTI-ESTRESSE
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Escova anti-estresse para vacas
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19. Suinocultura As projeções das I.Z. em suinocultura também deverão ser baseadas pela evolução de rebanho, onde as quantidades de animais locados nas várias categorias estarão sendo determinados pelos índices zootécnicos empregados no projeto. DIMENSIONAMENTO E EVOLUÇÃO DO REBANHO - SUINOCULTURA CATEGORIAS Reprodutores Matrizes Fêmeas 6 a 7 meses Fêmeas 5 a 6 meses Suinos 4 a 5 meses Suinos 3 a 4 meses Suinos 2 a 3 meses Suinos 1 a 2 meses Suinos 0 a 1 mês Parições TOTAL / CABEÇAS Coberturas ÍNDICES ZOOTÉCNICOS Fertilidade - % Mortalidade AD - % Mort.Terminação - % Mort.Recria - % Mort.Creche - % Mort.Aleitamento - % Descarte matrizes - % Aleitamento - dias Cobertura - dias Reprodutor / Matrizes Leitões/Nasc./Matriz Peso Suino 150 dias/kg Ciclo Reprodutivo - dias Partos / Matriz / Ano Leitões/Desm./Matriz Índ.Conv.Alim.Planej. Índice C.A.. Suino / Real Índice C.A.. Plantel Mortes - Mam es Creche ecra Terminaç o u os Vendas - Descartes unos oa en as CONSUMO DE RAÇÃO/ KG Reprodutor/Dia Matriz/Secas/Dia Matriz/Lact./Dia Fêmeas 5 a 7 ms/Dia Mamão/Aleitamento Creche/30 dias Recria/45 dias Terminação/45/55 dias CONSUMO MENSAL/ TON Reprodutores Matrizes Fêmeas seleção Aleitamento Creche Recria Terminação Total
1.M S 2.M S 3.M S 4.M S 5.M S 6.M S 7.M S 8.M S 9.M S 10.M S 11.M S 12.M S 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 60 6 6 6 6 6 109 109 109 109 111 111 111 111 111 113 113 113 113 113 113 116 116 116 116 116 116 116 120 120 120 120 120 120 120 120 12 12 12 12 12 12 12 12 63 63 63 63 183 299 412 523 632 638 644 644 15
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1 1 2 3
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20 10 18 10
20 10 18 10
20 10 18 10
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20 10 18 10 90 144 2,5 9 2,78 2,84 3,61 4 3
20 10 18 10 90 144 2,5 9 2,78 2,84 3,67 4 3
15 80 1 1 1 2 3 10 20 10 18 10 90 144 2,5 9 2,78 2,84 3,53 4 3
15 80 1 1 1 2 3 10 20 10 18 10 90 144 2,5 9 2,78 2,84 3,53 4 3
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2,2 2 7
2,2 2 7
2,2 2 7
2,2 2 7
10
10 25
10 25 85
10 25 85 130
10 25 85 130
2,2 2 7 3 10 25 85 130
2,2 2 7 3 10 25 85 130
2,2 2 7 3 10 25 85 130
0,2 5,4 0,0 1,2 0,0 0,0 0,0 6,8
0,2 5,4 0,0 1,2 2,9 0,0 0,0 9,7
0,2 5,4 0,0 1,2 2,9 6,4 0,0 16,1
0,2 5,4 0,0 1,2 2,9 9,5 4,8 24,1
0,2 5,4 0,0 1,2 2,9 9,5 14,3 33,5
0,2 5,4 0,5 1,2 2,9 9,5 14,3 34,0
0,2 5,4 1,1 1,2 2,9 9,5 14,3 34,6
0,2 5,4 1,1 1,2 2,9 9,5 14,3 34,6
0,2 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,8
0,2 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,8
0,2 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,8
0,2 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,8
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Para fins das projeções das I.Z. em suinocultura devemos considerar que a atividade se divide em 2 fases; - Reprodução e - Produção Na fase de reprodução deverão ser alojados os reprodutores, matrizes e os mamões, na fase de produção deverão ser alojados os leitões em idade de creche e os leitões em recria e terminação. As quantidades de animais por cada categoria estarão dimensionadas na evolução do rebanho. Alguns conceitos preliminares deverão ser ressaltados antes do desenvolvimento do projeto. A atividade de suinocultura tem em algumas fases animais super confinados (maternidade em gaiolas e gestação em gaiolas) e em outras fases animais confinados (reprodutores, creche, recria e engorda). Estas informações são importantes para o planejamento da entrada do sol nas instalações, já que o mesmo poderá auxiliar na higienização do ambiente de criação. Portanto, nas gaiolas de parições não poderá ter entrada de sol, e caso a gestação se faça em gaiolas também não. Que a suinocultura poderá ser desenvolvida em 2 níveis tecnológicos com relação as I.Z., onde um deles é um grande consumidor de equipamentos e o outro é desenvolvido com mais simplicidade, sendo que a melhor maneira será uma mescla dos 2 modelos, onde se aproveita o melhor de cada um para montar um projeto dentro das condições climáticas e econômicas do Brasil. Que o uso intensivo de equipamentos facilita a mecanização da operação, mas em contrapartida, eleva significativamente os investimentos iniciais e ao longo do tempo passa a apresentar grandes despesas de manutenção de equipamentos. Que a suinocultura em condições de alta mecanização só tem enquadramento para planteis significativos em termos de volumes de cabeças. Que a atividade poderá ter viabilidade para os pequenos produtores, desde que desenvolvam em grupos e principalmente façam compras e comercialização em conjunto. E que as instalações mais simples são plenamente enquadráveis par este fim. As instalações que descreveremos é a mescla dos 2 sistemas. Parição O ideal será o uso de gaiolas de parição (v.croqui), suspensas do piso, com piso ripado plástico nas laterais, se apresenta como boa alternativa para os partos e o desmame dos leitões. Permite a diminuição significativa de umidade, desta forma dificultando o aparecimento de problemas sanitários nos leitões. Existindo alternativa de ser feita em boxe, onde as medidas seriam de 1,50m de largura por 4.00 de comprimento, paredes com 1.00m, proteção nas paredes laterais contra esmagamento dos leitões, creep com aquecimento artificial, solário e esgotamento externo em valeta aberta. Este tipo de instalação em relação a gaiolas deverá aumentar o tempo de desmame, já que aumentará ao longo do uso as chances de diarréias, etc... pois seria uma maternidade com maior nível de stress por uso. Reprodutores e pré-gestação ou cobertura. Seria a parte das instalações onde ficariam os reprodutores (v.croqui), que para facilitar o aparecimento de cio e a nova cobertura em matrizes desmamadas, estes animais ficariam no mesmo ambiente, apenas separados por grades, com solário e comedouro individuais para as matrizes, permitindo a realização do “flushing” nas matrizes recém desmamadas. Este sistema poderá ser usado em qualquer tipo tecnológico de exploração.
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Gestação. Poderá ser desenvolvida em gaiolas ou em boxes, em gaiolas as matrizes tendem a diminuir o tempo de vida útil, apresentam maior desgaste de casco e stress. A alternativa (v.croqui) são boxes, 4.00m por 4.00m, com comedouros individualizados, onde uma vez confirmada a cobertura, podem ser lotados com até 8 matrizes gestantes por Box, com solário e esgotamento externo de excrementos com valetas abertas. Esta alternativa poderá ser utilizada por qualquer nível tecnológico. Creche. Instalação desenvolvida como alternativa (v.croqui) de dar sustentação ao crescimento de leitões desmamados precocemente, tende a imitar a situação existentes nas gaiolas de parição, onde se busca diminuir a umidade pelo uso de piso ripado de plástico suspenso. Admitem-se 2 leitegadas, em média com 0,30m por leitão, normalmente é inexistente a presença de solário devido à restrição espacial, no entanto, não limitações técnicas para a exposição dos animais a algumas poucas horas de sol nos extremos do dia. O comedouro tem a finalidade de permitir o acesso de todos os animais ao mesmo tempo, como também facilitar os manejos de restrição alimentar, devido à troca de dieta de mamões com ração a simplesmente ração. Esta é uma instalação exclusiva do sistema de mais tecnologia, no caso do sistema mais simples, como a maternidade descrita anteriormente (box ou baia de parição) os leitões permanecem um pouco mais de tempo junto com as mães, desta forma, passam direto para a recria-engorda, não necessitando de creche, mas nada impede de também ser realizado o desmame precoce em baias de parição e ter a fase de creche no sistema mais simples. Avaliações nos planos financeiros e econômico deverão ser levadas em consideração, já que os 2 sistemas trabalharão com ciclos produtivos diferentes, que quando levados a números expressivos de matrizes ou não podem fazer grandes diferenças contra ou favor. Recria-Terminação Com a finalidade de levar os leitões até a fase de abate, esta fase da criação poderá ser desenvolvida em duas etapas ou não, seria a existência da recria e depois a terminação, o mais prático será não ter a fase da recria de forma distinta em boxes, mas manter os animais até o final no mesmo box, trocando-se apenas os níveis nutricionais na ração, desta forma, a proposta apresentada (v.croqui) está em boxes de 4.00m por 4.00m, 16m2, onde poderão ser criados de 16 a 20 cabeças, dependerá do objetivo do peso final, podendo até diminuir mais a lotação caso a opção seja de leitões para corte diferenciado de carnes. Nesta instalação existe a presença de solário, comedouro automático, coletor de excremento externo com valetas abertas. A opção de lamina de água poderá existir, desde que acompanhada de uma boa solução para tratamento dos excrementos, já a mesma aumenta ainda mais os níveis de poluição.
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