-
E MI NI S TE RI O DA C UL T UR A A P RES ENTA M
TEA T! R !O O FI CI NA
EM
MANUAL
DE V OO FLIG HT MA NUA L
-
ATENCAO PASSAGEIRO S DO VOO WXFX! DEAR PA SS ENGERS OF THE FLIG HT NUMBER WXFX!
ORIGEM 1 9 2 9 Brecht Hindemith DESTINO Uzyna Uzona 2 0 1 2
LEDS LIFE, UNIVERSO IMAGENS e do GRUPO SILVIO SANTOS.
Bem vindos à bordo! A Cia. Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, o Ministério da Cultura, a Petrobras e o coro da Multidão apresentam ACORDES.
Nosso vôo tem duração aproximada de 2 horas. O temperatura local do destino é quente, sujeita a explosões.
A partir de agora vocês recebem um papel, o manual de voo do personagem protagonista, o CORO DA MULTIDÃO. Brecht escreveu especialmente para o público cantos e versos para serem entoados coletivamente a cada espetáculo, a cada voo. Esta viagem conta com o apoio cultural da PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO – SUBPREFEITURA DA SÉ, GOVERNO DE SÃO PAULO, SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA, TAMBORES ZÉ BENEDITO, ACADEMIA BODY STATION, LEITOR RECORTES, GONGO DA ORQUESTRA SINFÔNICA DE BRAGANÇA PAULISTA, TRIUNFO EXTINTORES, SHIVAPOINT IOGA, FLAMES FOGOS DE ARTIFÍCIO,
Informamos que as apresentações são filmadas e todos que fizeram check in e aqui permanecerem concordam desde já com a gravação e liberam o direito de imagem. As saídas de emergência estão l ocalizadas nos portões sul e norte da pista de decolagem. Contamos com bombeiro treinado para o caso de acidentes aéreos e extintores l ocalizados na pista e nas galerias da aeronave. Celulares e equipamentos eletrônicos devem estar, a partir da decolagem, em modo “avião”. Fotos são permitidas, sempre sem flash, e estão liberadas para divulgação em redes sociais, blogs e afins. O serviço de bordo funcionará também após o espetáculo na ala norte do aeroporto, no Bar Restaurante TROCA TROCA ENTRE TERRENOS, onde poderão ser adquiridos comes e bebes, além de produtos duty-free. A escolha dos assentos é de responsabilidade do passageiro e alguns lugares estão sujeitos a serem atingidos por sangue cenográfico. Agradecemos por voar com Cia. Teat(r)o Oficina!
ACOR DES PERMANENTES
SINOPSE
PERMANENT ACCOR D S
SY NOP SIS
Esta peça inspirou o estatuto da ASSOCIAÇÃO TEAT(R)O OFICINA UZYNA UZONA criado pelos primeiros Artistas Associados, às 10h da manhã, no dia 19 de janeiro de 1984: “ Art. 29 – Esse contrato tem como matriz constituinte a peça “O Acordo para transformar não só uma das leis da Terra mas a Lei Fundamental: O Acordo para que tudo seja transformado”.
-
ACOR DES NA PAZ PELA MOR TE INICIATICA
DA FEITICIARIA DO CAPITALISMO -
DENTRO E FOR A DE NOS PEACE ACCORD S FOR THE I N ITI ATORY DEATH OF THE CAPITA LISM WITCHCRA FT I N SIDE A ND OUTSIDE OF U S
Inicia-se na crista da Crise Global a cada instante, de cada Hoje, fim de 2012, nos indivíduos “pessoas”, multidões de”pessoas” e nos “não mais pessoas” encaretados como “celebridades commodities” que pedem SOS. Essa Morte Iniciática vira movimento velozmente i rreverssível quando escolhemos não aceitar nossa criação produtiva de “pessoas” em troca da ajuda às não mais “pessoas”, mas às máscaras das “commodities” que imploram aos Estados o SOS para as trilionárias gambiarras Finaceiras-Militares-Evangélicas Fundamentalistas de todos os Monoteísmos para salvar o que, como tudo um dia, não tem mais “Salvação”. Os “Commodities” querem consertar o que não tem mais conserto: o desmantelamento da Desordem do Capital como “modus vivendi” de assassinatos em massa das “pessoas”. Tudo a troco da AUSTERIDADE castradoras das “pessoas”,
da quantidade e da qualidade bagaceira da produção, e pior, da própia vida. Nunca se viveu um momento em que até os cartões de créditos afinaram sua presença como matéria . Os últimos lançados no Mercado são feitos de um lamina tão fina, tão ordinária que temos de cuidar muito pra não se quebrarem. Tudo começa com Santos Dumont: com o motor-coração acionado pelos pedais em sua bike, levanta o 1º voo do início no despertar da humanidade. Vem a Guerra de Trincheiras sangrentas e os Aviões Bombardeadores de 1914. Fim da Belle Époque. Vem os fabulosos anos 20! Até o Brasil globaliza-se com o Café. Vem 1923 e o Piloto Lindenberg atravessa sólitáriamente os ares do Atlântico de Nova York à Paris.
Brecht e Kurt Weil extasiados como a Multidão Mundial, criam a Ode para este Herói: “O Voo sobre o Oceano”. Vem o 1º Desmantelamento do Capitalismo: A Crise de 29. O Capitalismo busca salvação na Industria Bélica. Lindenberg filia-se à Aviação Nazista. O herói de Brecht estava “Acordes com o que não se devia estar”. Breht o renega e faz cair seu avião na peça “A Importância de Estar de Acordo”, que antropofagiamos como “ACORDES”. Brecht cai do alto de sua história, abandona o teatro digestivo, cria as peças nada didáticas (como são chamadas no Brasil), mas peças de SACAÇÃO.
Nesta peça, o voo de Lindenberg explode no ar e cai no chão, não mais solitário, mas com 3 Aviadores Mecânicos. O Coro do Céu pede SOS para os própios Coros dos Bombardeados da Terra. Brecht neste texto escreve o Papel para a PROTAGONISTA = a MULTIDÃO Presente nos lugares em que este rito é realizado defendendo a Vida e negando, como as Multidões mundiais de hoje negam o SOS ao Capitalismo. Vem a Revolução Paulista de 32. Santos Dumont num banho de chuveiro do Grande Hotel Guarujá ao ouvir os bombardeios de aviões sobre Mogí das Cruzes tragicamente assume-se como “ o inventor da máquina de destruição da humanidade”.
para rencontramo-nos na evolução da ação como “pessoas”.
Suicida-se no própio nó de gravata que também inventou. Aí começa a SACAÇÃO DA MORTE INICIÁTICA de todos os que estão dentro desta Lehrstück, isto é, dentro de cada um e de todos nós. Esta Lehrstück é inspirada nos exercícios espirituais de auto-percepção dos Jesuítas no “Teatro Nô Japonês”: os Aviadores do Coro do Céu como Shitês, o Coro da Terra como Wakis e o Público Presente como a Multidão Ativa. Interpretamos todos, inclusive nós mesmos, Tecno-Artistas Ensaiados, cada uma das apresentações como uma iniciação dentro de nós, de todos nós, na Morte Iniciática de tirarmos progressivamente nossas máscaras que ainda precisam da Violência e da Ajuda no Capitalismo Agonizante
A partir da Cena em que a Multidão e o Coro da Terra negam a ajuda do Travesseiro e do Copo d’Agua aos bombardeadores, o Corifeu Roderick Humeres rasga o Travesseiro de Plumas e a Coriféia Camila Mota derrama o Copo d’Água. Não há mais volta. O Piloto e os Aviadores fazem este percurso guiando-nos a todos, culminando na clareza da Cena da Pajelança, em que o Narrador Bertolt Brecht Marcelo Drummond e a Narradora Helen Weilgel, Luiza Lemertz, nos levam a estarmos “Acordes” com a Tempestade, com a Morte, ao não nos grudarmos, as coisas, à Vida, aos pensamentos, para atingirmos os Acordes de um Voo de Paz. O Piloto traz a linha contínua da Ação da Morte Iniciática na Cena da Prova dos 9 em que o CORO DA MULTIDÃO e os Coros Ensaiados perguntam aos Aviadores se resta alguma coisa ainda neles de “pessoa”. Os Aviadores Mecânicos reduzem-se à sua menor dimensão e reconhecem-se pessoas.
Ao passo que o Piloto diz seu nome como uma Celebridade do momento da Revista Caras e depois contraditoriamente exalta a liberdade individual chamando-se Nietzche. Mas perde a Cara ao perder seu Avião nas mão dos Coros da Terra, tornando-se irreconhecível e incapaz de Cantar seu Bode. Sai de Cena mudo por perder seu único papel e atravessa o Portal de sua última etapa na Viagem Iniciática¡ à Morte. Retorna Imenso como Seu Schmitt, um Boneco imenso como o Papa, que aliás vestiu-se com os Paramentos desta Máquina de Não Pessoa na PUC apoiando os que não querem o retorno do domínio nesta Grande Universidade Laica do Fundamentalismo Católico Apostólico Romano no País do Catolicismo Ecumênico e Antropófago. Dois Palhaços Parteiros Assassinos das Máscaras Caretas das Comoditties, Mariano Mattos Martins e Tony Reis, submetem Seu Schimitt Papa ao rito Dionisíaco do Despedaçamento da Máscara Mortuária das Commodities. Uma vez decapitado o Cabeção Figurino da Máscara Assassina juntamente com uma enorme Melancia decepada pelo Ator Glauber Amaral
que faz o Chibata ao lado do Ulstra interpretada por Aílson Araújo, tiram dos escobros da Máquina do Fetiche da Commoditie raladora da carne humana, a “pessoa” viva do Ator Guilherme Calzavara que fazia o Piloto e recém nasce da Morte Iniciática Bebê Chorão. Hélio Oiticica Bertolt Brecht Narrador anuncia a ORNITOFAGÍA, a devoração da Cabeça Melancia do próprio pelo própio Piloto e da Ave Avião. Os Coros de “pessoas” cantam os Acordes Finais convidando a Multidão para um novo Vôo “Surubando a Terra a sí mesmo / assim mesmo a tudo, a todos / Goza” CORIFEU - E Larga! CORIFÉÍA - Toca em Frente! O avião decola para o Terreno do entorno que o Oficina Uzyna Uzona ocupa, aterra no Helioporto no alto do SAMBAQUI, montanha dos destroços da Sinagoga, das Casas Tombadas, das próprias Torres do Grupo Silvio Santos. Com a MULTIDÃO este TABU vira TOTEM e o Local onde será erguido o TEAT(R)O DE ESTÁDIO OSWALD DE ANDRADE para ser INAUGURADO NA COPA DA CULTURA DE 2014 com a peça de Oswald “O HOMEM E O CAVALO”. José Celso Martinez Corrêa
-
-
a Febre das Cidades e o Petróleo tomou conta de nós!
HINARIO DE SACACOES I NSIG HTS HY MNA L
ACORDES
Muito Importante é saber quando estar ACORDES Muitos dizem SIM Mas no fundo NÃO estão ACORDES. Outros nem sequer são consultados! Uns e Outros estão ACORDES onde NÃO deviam estar. Muito Importante é saber quando estar ACORDES O VOO
Quando a humanidade Começou a acordar Nós construimos aviões Com madeira, metal e vidro E atravessamos os ares voando Com velocidade maior, muito maior… … Que os furacões. Nosso motores eram mais possantes do que cem cavalos e menores que um só.
Mais de Mil Anos e tudo só caía de cima pra baixo. Menos os pássaros. Nem a pedra mais antiga traz qualquer marca de uma pessoa que tenha voado pelo espaço. Mas nós descobrimos o segredo no fim do segundo milênio da nossa Era… Levantamos nossa inocência de aço, mostrando o que é possível fazer sem deixar esquecer o que ainda não foi alcançado. A QUEDA
CORO DA TERRA Vocês não estão mais voando agora vocês não precisam ser cada vez mais velozes. O chão mais raso, pra vocês, para vocês já dá. Assim, nesta posição, parados. já dá.
MAHAGONY
Oh! Show me the way to the next little dollar Oh, don’t ask why, oh, don’t ask why… For if we find the next little dollar for if we don’t find the next little dollar I tell you we must die I tell you we must die I tell you, I tell you I tell you we must die! Vocês que não estão mais em cima, sobre nós, nem longe, distantes de nós, não mais em pleno voo, mas parados, diante de nós, respondam: Quem são vocês? OS AVIADORES CAÍDOS Nós trabalhávamos, nós trabalhávamos, trabalhávamos, com nossos colegas. Nossos aviões foram se aperfeiçoando, nós voávamos cada vez mais alto. As Montanhas se abaixaram, o Mar foi vencido,
Nossos pensamentos: eram máquinas, padrão patrão. Nossa luta: a velocidade. No fogo da batalha esquecemos Nosso nome e a nossa cara. E na aceleração da corrida Esquecemos Porque nós corríamos !? A AJUDA
Vocês ouviram Essas quatro pessoas. Pedem socorro. Eles explodiram no ar, e caíram no chão, não querem morrer! Por isso imploram Nossa ajuda Nossa Ajuda Nossa Ajuda Aqui está, aqui está: Um TRAVESSEIRO E um COPO D’ÁGUA! Respondam: vamos ajudar? -
SACACAO # 1 -
CORIFEIA Um de nós do velho continente, atravessou
a Mar encontrou muitos de nós e o novo… …continente.
CORO DA TERRA Nem por isso A lagoxta ficou mais barata. E eu fiquei mais feliz.
CORO DA TERRA Outros, muitos outros, vieram construir grandes cidades à força de muito suor e de muita cabeça
CORO DA MULTIDÃO Nem por isso A lagoxta ficou mais barata. E eu fiquei mais feliz.
Nem por isso o Pão ficou mais barato. CORO DA MULTIDÃO Nem por isso o Pão ficou mais barato. CORO DA TERRA Rasga o Travesseiro! CORO DA MULTIDÃO Rasga o Travesseiro! -
SACACAO # 2 -
CORIFEU DA MÁQUINA Um de nós construiu uma máquina E nela o vapor aciona uma roda... CORO DA TERRA ...e essa foi a Mãe, de todas as máquinas! Muitos dão duro Trabalhando nelas dia e noite.
CORO DA TERRA Joga a água fora! CORO DA MULTIDÃO Joga a água fora! -
SACACAO # 3 -
CORIFEIAS DA MEDITAÇÃO Muitos de nós já meditaram sobre a rotação da terra em torno da Sol, o coração das pessoas, as leis universais, a composição do ar e os peixes do fundo da Mar. CORO DA TERRA E descobriram, descobriram grandes coisas… Nem por isso A lagoxta ficou mais barata. E eu fiquei mais feliz. CORO DA MULTIDÃO Nem por isso A lagoxta ficou mais barata. E eu fiquei mais feliz.
A PROVA DOS 9
-
SACACAO DE BRECHT -
CORO DA TERRA Ao contrário, a Miséria aumentou em nossas cidades e já faz muito tempo que ninguém sabe mais o que é uma Pessoa PUTA DE CABARÉ (à parte) Eu não sei o que é uma pessoa, só sei o quanto custa…! CORO DA TERRA Enquanto vocês voavam rastejava pelo chão, rastejava pelo ar um ser semelhante a vós que não tinha mais nada de pessoa CORO DA TERRA Rasga o TRAVESSEIRO e Joga a ÁGUA fora! CORO DA MULTIDÃO Rasga o TRAVESSEIRO e Joga a ÁGUA fora!
Sem Dúvida todos já vimos em mais de um lugar pessoas ajudando umas as outras de muitas maneiras. Isso vem do estado em que vivemos em que não podemos, ainda, dispensar a violência. Mas aqui vai a sacação do senhor Bertolt Brecht: Enfrenta a crueldade do mundo Com uma crueldade maior ainda. Abandona o estado Que torna a ajuda necessária. E assim Para de Reclamar Ajuda. Recusar ajuda supõe violência. Mas dar ajuda Também supõe violência. Enquanto reina a violência A ajuda pode ser recusada Então, se não há violência não há necessidade de ajuda.
Não contem com ajuda Em vez de reclamar ajuda Abole a violência. Ajuda e violência formam um todo E é esse todo Que é preciso revirar! SAMBA DA PAZ
CANTORA DA MULTIDÃO Não conte com ajuda, recusa a ajuda! CORO GERAL Muda / Não reclama mais! CANTORA DA MULTIDÃO Ajuda? É subserviência à Dona Violência. Dar ajuda nada muda É aderência à Dona Violência! CORO GERAL Muda Não reclama mais!
E ninguém vai estar nem aí E no fim vocês todos vão morrer E nós também E ninguém vai estar nem aí… A MORTA
Não era pessoa Já sonhava. Não sou mais pessoa Ainda sonho. -
Vivemos numa cadência que não dispensa: Dona Violência! Aqui vai a nossa amoralidade: enfrenta a crueldade ainda com mais crueldade, Pompa e Suntuosidade! E esse jogo que faz precisar de ajuda, muda não reclama mais! CORO GERAL Muda Não reclama mais!
A RECUSA
O AVIADOR CAÍDO Irmãos, Nós não vamos morrer! OS AVIADORES CAÍDOS Nós sabemos que vamos morrer Mas e você, sabe? Escuta bem: Você vai morrer totalmente, vai morrer! Tua vida te será arrancada. Apagarão todos teus méritos! Você vai morrer pra você mesmo
CORO DA TERRA Até onde vocês voaram? OS TRÊS MECÂNICOS Nós voamos até uma altura imensa! CORO DA TERRA Até onde vocês voaram? OS TRÊS MECÂNICOS Nós voamos a uma boa altura…
A DELIBERACAO
CORO DA TERRA Até onde vocês voaram?
OS AVIADORES CAÍDOS Nós não podemos morrer!
OS TRÊS MECÂNICOS Nós voamos a quatro mil metros.
-
CANTORA DA MULTIDÃO Muitos já viram rolar em mais de um lugar pessoas ajudando pessoas até mesmo à toa.
1º GONGO
CORO DA TERRA Não vamos ajudar vocês. Só um toque, uma atitude, pra encará: Morram! Mas ó, saca só! Só não saca errado. OS AVIADORES CAÍDOS Não temos muito tempo Não podemos mais sacaaaaaaaaaar… CORO DA TERRA Pouco tempo é muito tempo, o que é justo se saca logo.
CORO DA TERRA Até onde vocês voaram? OS TRÊS MECÂNICOS Nós voamos um pouco acima do chão. CORO DA TERRA Eles voaram um pouco acima do chão. O AVIADOR CAÍDO Eu voei á uma altura imensa!
2º GONGO CORO DA TERRA Você foram homenageados? OS TRÊS MECÂNICOS Nós não fomos homenageados o suficiente.
OS TRÊS MECÂNICOS Nós somos os que atravessaram o Oceano! CORO DA TERRA Quem são vocês?
CORO DA TERRA Vocês foram homenageados?
OS TRÊS MECÂNICOS Nós somos “uns” entre “vocês”.
OS TRÊS MECÂNICOS Nós fomos homenageados.
CORO DA TERRA Quem são vocês?
CORO DA TERRA Vocês foram homenageados?
OS TRÊS MECÂNICOS Nós não somos ninguém.
OS TRÊS HOMENAGEADOS Nós fomos homenageados o suficiente.
CORO DA TERRA Eles não são ninguém.
CORO DA TERRA Vocês foram homenageados? OS TRÊS HOMENAGEADOS Nós fomos homenageados até demais. CORO DA TERRA Eles foram homenageados até demais…
O AVIADOR Eu sou ….
CORO DA TERRA Quem espera por vocês? OS TRÊS MECÂNICOS Ninguém espera por nós. CORO DA TERRA Eles não são ninguém, ninguém espera por eles
5ºGONGO CORO DA TERRA Quem morre quando vocês morrerem? OS TRÊS MECÂNICOS Aqueles que voaram um pouco acima do chão.
4º GONGO
CORO DA TERRA Quem morre quando vocês morrerem?
CORO DA TERRA Quem espera por vocês? OS TRÊS MECÂNICOS Muitas pessoas do outro lado do mar esperam por nós.
3ºGONGO
CORO DA TERRA Quem espera por vocês?
CORO DA TERRA Quem morre quando vocês morrem? OS TRÊS MECÂNICOS Ninguém! CORO DA TERRA Agora vocês sabem Ninguém morre quando vocês morrem. Agora eles encontram a sua menor dimensão! -
GLORIA
-
Y APROPRIACAO
CORO DA TERRA Ele é…
O AVIADOR CAÍDO Eu não fui homenageado o suficiente.
CORO Quem são vocês?
OS TRÊS MECÂNICOS Nosso Pai, Nossa Mãe, Nossos Amores esperam por nós.
-
CORO DA TERRA Vamos tomar? Na Glória! Glória! Glória! Glória! Agora mostrem o resultado do vosso trabalho. Só é real o resultado! Entreguem o motor, as asas, o chassis, tudo o que te permitiu voar…
OS TRÊS MECÂNICOS Aqueles que foram homenageados até demais.
Agora…larga!
CORO DA TERRA Quem morre quando vocês morrerem?
Vamo tomar? Gabi Diamante (3x) Tamo sampleando tamo te roubando Tamo sampleando
OS TRÊS MECÂNICOS Aqueles por quem ninguém espera.
[...]
tamo te amando Tamo sampleando tamo te catando Tamo sampleando tamo te jantando Vamo sampleá e é pra já! Motorzinho motorzinho do meu coração bate bate batesão! Tá na mão tá na mão tá na mão tá no prato tá no prato tá no prato! Vamo voaaar! CORO DA TERRA Levantem aviadores! As leis da Terra vocês mudaram! Mais de mil anos e tudo caía de cima pra baixo. Menos os pássaros… O PILOTO E as Partículas trazidas pelos Deuses Astronautas? CORO DA TERRA Nem a partícula mais antiga traz qualquer marca de uma pessoa que tenha voado pelo espaço… Mas no fim do segundo milênio da nossa Era Vocês se levantaram!
TOTALMENTE -
IRRECONHECIVEL
OS TRÊS MECÂNICOS Totalmente irreconhecível está agora esse rosto… Rosto que nasceu entre ele e nós. Porque nós precisávamos dele. Porque ele precisava de nós. Esse rosto era ele! Esse proprietário de um papel que foi por ele apropriado. Se apropriou de tudo o que precisava de nós, e negou tudo o que nós precisávamos dele. Assim seu rosto se acaba com seu papel.
ACOR DES FINAIS
DE MUDANCAS -
PERMANENTES
O BODE
SOLO Aquilo que aqui jaz sem papel não é mais pessoa. Morre agora oh não mais pessoa! O AVIADOR Eu não posso morrer. CORO DA TERRA Você foi jogado fora da correnteza pessoa. Você nunca foi com a correnteza pessoa.
CORO DA TERRA Um de nós com rosto, corpo e pensamento perfeitamente semelhante a nós, vai nos deixar. Porque essa noite ele foi pedido, e desde hoje de manhã seu hálito está podre. Seu corpo se decompõe seu rosto, que era familiar, já está completamente estranho.
Você é poderoso demais grande demais muito especial por isso não pode morrer!
Pessoa fala pra nós, estamos esperando sua voz no lugar de sempre, fala.
Mas aquele que não pode morrer também morre… Aquele que não sabe nadar também nada. . .
Sua voz não sai. Ele não fala… Não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa…
Não se assuste pessoa Agora, você vai embora, vai logo. Não olha pra trás, vai, vai mesmo, pra longe de nós! Vai… Voa…
MORTE -
INICIATICA
PILOTO Agora eu apreendi a ver! O que eu fiz estava Errado. Agora eu aprendí que uma pessoa pode até estar no chão sem se importar nem por altura, nem profundidade, nem velocidade.
CORO GERAL Vocês que estão Acordes com a correnteza, não se afundem no nada, não se dissolvam… como sal na água… Mas levantem-se morrendo sua morte como trabalharam seus trabalhos. Acordando a Re-Volução! Orientem-se morrendo, não pela Morte, mas ACORDES! Criando Asas de seu novo Avião Corpos às Obras! Pra voar Pro lugar que for preciso Na hora que for necessário, Nós cantamos pra voar e virar do avesso! Não só uma das Leis da Terra, mas TODAS as Desestabilisadoras Leis da Vida ACORDES! TransMutar Todo, Mundo, humanidad! Importante: sacar la casca de las classes entre personas! La humanidad está dividida: Exploracion / I(g)norância! Heticeros / Hetiçados! ACORDES!
Transaperfeiçoar nossos Motores, descobrir Segurança acelerar na esperteza a Velocidade! E na aceleração da corrida não esquecer… por que correr? ACORDES! CORIFEU - E Larga! CORIFEIA - Toca em frente! CORO GERAL Desenfeitiçar o mundo Enfeitiçado Desenfeitiçado o mundo Enfeitiçado Desenfeitiçar o mundo Desenfeitiçado CORIFEU - E Larga! CORIFEIA - Toca em frente! CORO - ACORDES! Desclassificar a humanidade classificada Desclassificada a humanidade classificada Desclassificar a humanidade desclassificada CORIFEU - E Larga! CORIFEIA - Toca em frente! CORO - ACORDES Suruba a Terra Assim mesmo A si mesmo A Tudo A Todos GOZA! CORIFEU - E Larga! CORIFEIA - Toca em frente! CORO - ACORDES!
-
A UNIVERSIDADE ANTROPOFAGA -
-
FABRICA DA MAQUINA DO DESEJO THE A NTROPOP HAG IC U N IVERSITY FACTORY O F THE DESIRE MAC HI NE
A Máquina de Desejo de Teat(r)o Total de “Acordes” criada e recriada além dos ensaios, nas apresentações de cada dia, por mais de 60 “pessoas” atuadoras fabricou, fabricando-se pelos Atletas Afetivos da “UNIVERSIDADE ANTROPÓFAGA OFICINA UZYNA UZONA”.
Meu Artista foi devorado no Caldeirão Descolonizador da Antropofagia de “O Rei da Vela”, por Oswald de Andrade – e pelos Coros Caetês de 68 em “Roda Viva”.
Sacamos que os Corpos, no estudo, trabalho de criação, nos vários fronts da Arte Teat(r)al da Atuação, Multimídia à ProduçãoAdministração, interligados na meditação ativa corpo-alma que “Acordes” propicia, criou e cria o CORPO desta UNIVERSIDADE e dá-lhe existência real, atual, ao mesmo tempo que vai devorando-a e recriando-a.
As ondas da maré baixa do Capitalismo em 2012, trouxeram de volta à praia Bertolt Brecht.
Demos um Salto Olímpico, apoiados nas mudanças inconscientes da era digital, no retorno às revoluções inéditas, em tempo veloz (exageradamente rápidas) dentro de nós e do Mundo. Desde a “Macumba Antropófaga 2011-2012” encenada como ESTATUTO DA UNIVERSIDADE ANTROPÓFAGA e agora com “ACORDES”, que há 36 anos constituiu a ASSOCIAÇÃO TEAT(R)O OFICINA UZYNA UZONA, tendo como medula irradiadora: o Acordo pela mudança permanentemente necessária e precisa, escorrendo com o fluxo vital entre Associados, a Multidão e o Mundo. A Crise Mundial de hoje, refletindo a Crise de 29, fez retornar phoderosamente a Poética Política Brechtiana demolidora do Capitalismo.
Bertolt Brecht já nasceu no Oficina, portanto dando de comer e comido pelos Antropófagos paridores de “Galileu Galilei” e “Na Selva das Cidades”.
Somente agora, na metade final da primeira temporada, baixou a sacação de que o S enhor Bertolt Brecht, encarnado em sua Máscara e no Corpo de Marcelo Drummond, deve ser ritualmente antropofagiado numa cena-ritual, que nem sabemos ainda como vai ser. A GÊNESE DE ACORDES Há quase 40 anos, traduzimos esta peça na Cozinha Cabaret da cozinheira alagoana Zuria, nos Porões do Oficina em Obras, com os Pernambucanos Sertanejos: Surubim Feliciano da Paixão, cirandeiro, pintor, cantor e produtor; a Billie Holiday do Cangaço Sandy Celeste; o compositor-cantor Edgard Ferreira; os jovens estudantes Paschoal da Conceição e Luciana Domschke e a parisiense recémchegada Catherine Hirsh. Por isso a engenharia da reciclagem do OFICINA em ASSOCIAÇÃO TEAT(R)O OFICINA UZYNA UZONA criou seu Contrato Social inspirado na “Importância de Estar de Acordo” Um acordo jurídico de seus associados se encararem acordes na Mudança Precisa e Permanente - estética e existencial da Vida.
sobre Anhangabau imagem montada: suruba a terra
A CRISE MUNDIAL CAPITALISTA EM 2012 PARIU A ENCENAÇÃO DESTA CONSTITUIÇÃO NO MOMENTO CERTO
Os jovens Anarquistas Autocoroados da Universidade Antropófaga criaram, com Mestres-Aprendizes, a retomada antropofágica de Brecht com a Arte Contemporânea que vem dos nossos Corpos: mais de 60 “pessoas” plugadas à linha progressiva da Arte Pública do Construtivismo Soviético, a Meyerhold, Maiakovski, ao modernismo dos Anos 20, sobretudo à Antropofagia pós Crise de 29, à toda história do Oficina Uzyna Uzona e á do Mundo até cada “aqui agora”.
Começamos com a Música de Paul Hindemith, com a Banda na persistente regência do baixista Maestro Felipe Botelho; na Bateria e gongo marcante de Pedro Manesco; nos sopros do Anjo Lúcifer Remi Chatain, já companheiros da “Trupe Chá de Boldo”; no sax de Cris Sidoti; na ogã cantora dos atabaques e tambores Carina Iglecias; na guitarra e no encantatório canto de Adriano Salhab retornando ao Oficina; no Piano exato, exigente, do também maestro Chicão; e na Voz Corpo do Coro Ensaiado. Não estive presente neste trabalho inicial em que decifraram e apreenderam a cantar a partitura dificílima, polifônica, de Paul Hindemith, que por desacordes com Brecht não foi completada. Só entrei quando o trabalho de inicar o banquete da antropofagia já estava preparado para acontecer. Trabalhamos as diferenças entre as duas bandas: a dos Céus e a da Terra, buscando extrair o ouro da música vinda de muitas fontes, orientais, religiosas, libertando-a de um certo pulso tirânico militante ale mão. Foi difícil descolonizarmo-nos da Partitura, pois a música é muito bela mas tínhamos que aterrar para a riqueza musical no som internacional brazyleiro. Nunca tivemos uma Banda tão atuante (de músicos atores de teat(r)o mesmo) e um Coro tão afinado. Desafinados afinaram-se e continuam afinando-se
até nos esquentamentos de voz. Aí é um prazer de “Rolling Stones”, de não querermos nos separar jamais, porque nos sentimos afinados nesse Ouro Puro conquistado. Claro que às vezes se destrambelha, mas logo retorna à afinação, mais bela ainda. TYAZO ACORDES E O SURGIMENTO DO CORO AUTOCOROADO
Gui = Guilherme Calzavara, que além de grande ator é um excelente músico e compôs, com Gustavo Lemos, músico cyber, toda trilha da cena dos Palhaços, que aliás foi dirigida pelos seus participantes: Mariano Mattos Martins e Tony Reis, como os dois Palhaços Parteiros e Gui como Seu Schimitt. O trio de Aviadores Mecânicos, os Sopristas das Orquestras do Céu, os dos Tambores, Piano, Rabeca e atores e atrizes do Coro da Terra até minha pessoa - compusemos músicas que estão agora precisas no Rito. Glauber Amaral, que trouxe de Pernambuco o teato em seu Corpo, faz o legista criminoso Chibata. Ailson Martins, o torturador Ulstra, e o Cavalo Cagão por Bruno Nogueira e Biaggio Pecorelli. Letícia Coura, com Carol Henriques, trabalharam as vozes juntamente com o pianista Chicão. Catherine Hirsh via os ensaios, e vê os espetáculos, do ponto de vista da Multidão. Descobriu seu Papel: a real CORIFÉIA DA MULTIDÃO. Faz sempre seus comentários, cirurgicamente poéticos e precisos, começando por: “nós (a Multidão) não estamos vendo, entendendo, sendo tocados por esta cena…” E todos a escutam num silêncio sagrado. Ela vê o Rito como um todo no Corpo Sem Orgãos do Cosmos que é o Espaço do Teat(r)o AVIÃO TEAT(R)O OFICINA e suas Aberturas para os U niversos, por quem se apaixonou - o Espaço do Oficina à primeira vista. Toma partido de ACORDES como zeladora do Teatro Épico do Espaço Oficina Uzyna Uzona
de mais de 52 anos de vida que agora já espraia-se por todo quarteirão.
encarnada pelo Público Presente em Cada Presentação.
A Luz tem em Renato B anti um inventor que revolucionou um espaço difícil de iluminar, sem as facilidades de um Palco Italiano. Iluminar este corredor de pé-direito alto como uma Catedral, o Oficina, sempre foi um desafio. Mas Banti, que felizmente é curioso, obsessivo, encontrou no filósofo Victor Fonseca, no guerreiro Daniel Camilo e no inventor de efeitos especias Fabio Stasiak, a Luz absolutamente inaugural de um prisma contemporâneo neste espaço.
Os Coros que apareceram ctônicos em todo mundo, no Brasil anteciparam e nasceram em fins de 1967 em “Roda Viva”, tomando conta do espaço, unificando Palco e Platéia, tocando nos corpos das pessoas, comendo a peça do Chico Buarque e a minha direção. Tornei-me desde então um e scritor-diretor-ator em busca do Coro Perdido. Depois do Exílio em Portugal, no retorno na Abertura, até agora, quando finalmente encontro um Coro fundador da Universidade Antropófaga, o que provocou uma revolução na Gestão, na Criação do Oficina Uzyna Uzona.
Os Kinoatuadores, como querem ser chamados o quarteto do vídeo: no corte, na montagem de imagens, Ivan Vinagre e Tiago Ramos, e em duas câmeras o Ator Kinoatuador Acauã Sol e o Cineasta Renato Rosatti. Vídeo e Luz do Vídeo na Meditação coletiva somaram-se e criaram uma ambiência que vai se completar com o V ideo Mapping, assim que chegar o investimento inteligentemente aconselhado ao Banco Itaú por Milu Villela, Presidente do Itaú Cultural, tradicionalmente envolvido em Projetos de Inovação Tecnológica de Ponta. A transmissão direta pela Internet comandada por Tommy Pietra, também a cabeça do nosso site www.teatroficina.com.br, tem sido um sucesso mas para poucos lugares virtuais. Necessitamos de alianças e investimentos para que estas transmissões alcancem mais “vedores” virtuais. Temos “vedores” internacionais desde “Macumba Antropófaga”, que fazem parte do Rito, tanto da peça anteriormente mencionada como de “Acordes”. O Coro da Terra, com os Tambores, contracena assim com o Coro do Céu, em contradição inicial mas em fusion progressiva que se unifica no final. Mas o jogo é triangular, pois ambos estão sempre jogando com a 3ª Entidade: a Protagonista = a Personagem MULTIDÃO,
O desejo de saber e criar dos vários coletivos: Luz, Vídeo, Atuação, Gestão, Figurino, Contra Regragem, Música, Arquitetura Cênica, Comunicação, provocou o autocoroamento de Anarquistas Coroados, que vem criando juntos desde a “Macumba Antropófaga” e mais ainda agora em “Acordes” - a percepção de independência criativa em torno de um texto rico em possibilidades de Assembleia de tecnoartistas permanentemente mutantes. Nasceu o sentido de um novo saber, nascido na Práxis do Corpo Individual plugado ao Múltiplo Coletivo num Corpo Sem Orgãos com a MULTIDÃO. Ora, a Universidade Antropófaga era “isso” então ???!!! Sacamos! É, é “isso”, está sendo e vai crescer com a expansão da Ocupação Produtiva de todo terreno que ocupamos desde já, num Convênio Gratuito de Comodato com o Grupo Silvio Santos. TROCA TROCA ENTRE TERRENOS Silvio propôs oficialmente a troca de todo quarteirão que constitui o entorno do Oficina aos Poderes Públicos e Privados para passar para o Oficina o cultivo de todo seu Terreno.
O Ministério da Cultura, através do IPHAN, no dia 24 de junho de 2010, tombou o Teat(r)o Oficina e seu entorno num laudo muito por dentro e culto, feito pela então representante da UNESCO no Brasil, Jurema Machado, hoje Presidente do IPHAN. Dia 1º de janeiro de 2013, Fernado Haddad torna-se Prefeito de SamPã. A partir desta data a Ministra da Cultura Marta Suplicy poderá agenciar, em contato com o novo Prefeito, o que o Laudo do Tombamento determina: que o MINC acione a União, o Estado, ou a Prefeitura, para que criem alinhados as condições de desapropriação ou compra do entorno do Oficina. Silvio Santos veio desde 2010 com uma proposta inesperada e mais viável: a Troca de seu Terreno por outro do mesmo Valor em qualquer parte da Cidade. Temos que agir para que no dia 25 de janeiro de 2013 -aniversário da Cidade e de seu Prefeito Fernando Haddad, Marta Suplicy tenha já agenciado o Troca-Troca com Silvio Santos e a Prefetura de SamPã pra que a Cidade possa receber nesta data, este presente: O Terreno Trocado com Silvio Santos, nossa Ocupação caminhando então para a encenação Urbana de “Cacilda !!! - A Glória no TBC”, realizada: _no Teat(r)o Oficina; _em uma Tenda no Terreno de seu entorno; _e uma parte no próprio TBC, mesmo em Obras; iniciando-se assim um Corredor Cultural que irá expandir-se por todo BIXIGA, e fazer bater novo este Coração Cosmopolita e Popular de SamPã.
Caminhando em direção à complementação do Projeto de Lina Bardi, como ela mesma estrategicamente aconselhava: “na precariedade radical”. Não vamos esperar construir Obra Arquitetônica Urbanista. Vamos ao encontro dela, de seu financiamento, ocupando o espaço, como temos feito progressivamente, com Tendas Nômades com as quais viajaremos pelo Brasil e pro Exterior, enquanto outros Tyazos de Teatros, Circos, ocuparão em nossa ausência, que será sempre breve, o te rreiro da Jaceguay. O Samba de Zé Miguel Wisnik composto para essa Vitória, “ANHANGABAÚ DA FELIZ CIDADE”, já batizou o Complexo Urbanístico onde queremos erguer prioritariamente: 1 - “TEAT(R)O DE ESTÁDIO OSWALD DE ANDRADE”, para a COPA de CULTURA de 2014; 2 - Vamos em direção à Economia Verde com o rebosqueamento produzido pela “OFICINA DE FLORESTAS”, no quarteirão e no BIXIGA, já iniciado pelo Grupo Silvio Santos na Bela Alameda Pomar que desce para o Teat(r)o de Estádio vinda da Rua Santo Amaro; 3 - “UNIVERSIDADE ANTROPÓFAGA”, “da equação eu, Corpo, parte do Cosmos, ao axioma Cosmos, parte do eu, Corpo, em comunicação com o Chão”. Nossa maior contibuição ao Brasil e ao Mundo, à Cultura, está sendo criar esta Universidade como uma Educação Bárbara Tecnizada nos Corpos Reais amplificados pelas Tecnologias do Corpo Virtual sem Orgãos.
Não é o Vale do Silício, mas o vale dos Corpos das Pessoas, neste Vale que vem da Avenida Paulista e chega até o Viaduto do Chá.
de todo Teatro Brasileiro. Daí vem a inquietação estética permanente, sempre topando todas as mudanças, as mais radicais e conseguindo prová-las como possíveis.
SINTOMAS DE UMA UNIVERSIDADE ANTROPÓFAGA REAL
Roderick HimÉros - há 3 anos no Oficina Uzyna Uzona. Iniciou-se como “COGATA” (assim chamado o ator mais novo e aprendiz do teatro Nô) assistindo o “Banquete” no Oficina, já se tornou Protagonista. Deixou a Química, na Universidade de Florianópolis, pela Alquimia do Teat(r)o - Poeta com espírito e formação científica, em 3 anos tornou-se um Aprendiz Mestre. Ele é quem Rasga o Travesseiro e no Final deposita um travesseiro de P lumas para o Bebê recém-renascido do Piloto descansar... Ele e Camila tornaram-se os Corifeus do CORO e são sintomas da Sabedoria desta Universidade, assim como muitos outros e outras.
Pode-se sentir este saber na qualidade da Engenharia do Som do Mestre Rodox = Rodolfo Yadoya e sua equipe Leandro Costa e Igor Bruno. Na Arquitetura Cênica de uma Dupla de “Arquitetos” Lina Bardi: Carila Matzenbacher e Marília Gallmeister, que fizeram a restauração do ESPAÇO CÊNICO AVIÃO = Teat(r)o Oficina. Se fôssemos esperar a burocracia da Se cretaria da Cultura, proprietária do Teatro em que somos Posseiros Ativos e Construtivistas, teríamos que fechar o Oficina e esperar até Julho de 2013. Elas prepararam o Terreno todo e criaram a possibilidade do Público levar o novo Vôo até o que chamamos “SAMBAQUI”, a montanha de entulho do que foi destruído no Quarteirão. De TABU transformaram os escombros em TÓTEM. Na Direção de Cena, a mais solicitada Stagemanager do Teatro de SamPã, quadro mais bem remunerado na Broadway, Elisete Jeremias. Ela somente entra em Cena na “PAJELANÇA”, momento mais religioso da peça, dando passes com ervas perfumadas em Marcelo Drummond - o Narrador Bertolt B recht, “Ator Rei” do Oficina (Orson Welles definia assim os atores que estão sempre bem na Protagonização) e em Luiza Lemmertz, “Atriz Rainha”, a Narradora. Elisete encontrou seu Duplo em Otto Barros, que entra em Cena, um “ATOR COROMBO” (assim chamado o Contra Regra do Nô Japonês, que atua) belo, elegante, atento, ator. Nos CORIFEUS DO CORO Mestra Camila Mota 15 anos de Oficina Uzyna Uzona - a Corifeia que derrama o COPO D’ÁGUA, também Corifeia de toda a Máquina do Oficina Uzyna Uzona e de uma certa maneira trazendo com sua beleza, voz, inteligência e delicadeza a sabedoria, sobretudo dos enfrentamentos burocráticos terríveis atualmente para a Arte
Tomo uma por todos: Carol Castanho – a Máquina a Vapor que se transmuta em Máquina de D esejo do Teato, que chamamos de “Nouvelle Vague”. As Elegantes Figurinistas e Camareiras ao mesmo tempo: Sônia Ushyiama Souto, já veterana Mestra e Gueixa, na delicadeza com que realiza sua Arte de Pintura, Maquiagem, criação dos FigurinosParamento-Feiticeira, risca no chão de Terra o Hexagrama da Paz com Pemba: Céu embaixo, Terra em cima = Céu no Chão. Cida – Mestra Catedrática das Camareiras desde 2001, regente do Coro de Camareiras em que se transformaram as Figurinistas Visagistas - Amanda Mirage e Rafaela Wrigg. A Catedrádica em Tai-Chi-Chuan Luciana Bertolla, com a altivez de deusa grega zen, ministra esta Arte aos Apredizes-Mestres da Universidade Antropófaga. Matéria essencial pra quem atua na Pista do Teat(r)o Oficina, onde a atuacão se faz com os pés no Chão voltados para os 6 pontos Cardeais do Universo: Norte -Sul - Leste - Oeste - Terra Subterrânea - Céu Infinito - exatamente onde está o Público, nas galerias e no jardim, com o Teto Móvel que se abre para os Universos, e o Subterrâneo onde mora Onilê. É o básico para transmitir e receber a todos estes 6 pontos.
O Tai-chi foi retomado recentemente como iniação na Universidade Antropófaga. É bastante aplicado em “Acordes”. Sonho em fazer rebolado ao som do Nô-B ossa Nova Tans-Zên-Iko. Na Cozinha do Bar Restaurante “TROCA TROCA ENTRE TERRENOS”, criada pelos atores do Coro da Terra Alessandro Ubirajara e Bruno Nogueira, trouxeram a Chef de Cozinha Bia Magalhães e o assistente de cozinha Francisco Feitosa. Temos agora deliciosos Vinhos de Dionísios com comida leve do Nordeste que criam uma intimidade da MULTIDÃO entre si, antes de entrar no Oficina e depois do espetáculo, misturada com os Atuadores de Todas as Mídias de “Acordes”. A Produção Executiva é das elegantes delicadas produtoras Ângela Destro e Tati Rommel, que operaram o milagre de uma estreia sem dinheiro. Milagreira Mor, nossa amada Produtora Ana Rúbia, se deu tanto para acontecer “Acordes” que está dando um tempo. É a produtora da Epopeia de nos ter l evado a Canudos com “Os Sertões”, de termos corrido o B rasil com as DIONISÍACAS e produzido MACUMBA ANTROPÓFAGA 2011-2012. No que estreamos, agora pediu Água e um Travesseiro. La Rúbia merece. Para ela não é uma A juda, mas Férias Merecidas. Espero seu retorno reciclado para outra monstruosidade, “CACILDA !!! - na GLÓRIA TBC”. A administradora Simone Rodriguez - que agora comparece em todos os espetáculos, feliz servindo na Bilheteria, no Bar, onde possa se dar. Somos patrocinados pela Petrobras, mas o dinheiro deste ano somente chegou, em parte, na Boca da Estreia. Todos trabalharam sem salários até agora. Só há poucos dias chegou a 2ª parcela que nos pagará o nosso 1º salário. Estreamos em Temporada Popular, pelo contrato com a Petrobras. Gostamos destas temporadas, mas essa delícia não sutenta a Cia. Mesmo lotado o dinheiro se divide mal para mais de 70 pessoas.
Neste tempo, minha Indenização, concedida pela Anistia por ter sido minha pessoa Torturada, concedida das mãos de Paulo Abramo, titular da Secretaria Nacional de Justiça, numa linda cerimônia aqui no Oficina, paradoxalmente foi investida em parte nesta Produção. Incrível, a Tortura virando moeda de Produção?! A limpeza que vibra no Espaço, graças ao zelador deste Terreiro Eletrônico Anderson Puchetti, e aos faxineiro(a)s Silvano Brito, Alice Queiroz, Flávio dos Santos, Roseli Ferreira e Lucimar Nascimento, que fazem o Encantamento de Limpar o Espaço que depois de terminada a peça, com penas de Galinha, Sangue, parece um lugar onde houve ou uma Orgya ou uma Chacina. Todos estes sintomas revelam a mudança radical que gera o trabalho de Teat(r)o criado numa Universidade Antropófaga através de temas de TragiKomédyOrgya de Arte que propiciem a incorporação inteligente da percepção e a vinda do inconsciente do bárbaro tecnizado, contaminando a todos. “Acordes” cria o sentimento de vontade de recusa do que não mais inte ressa no nosso modus vivendi capitalista e nos coloca frente ao desafio de encontrar depois da recusa o sabor da sabedoria do gosto indígena antropófago, gosto pela carne humana e tudo que existe e que é considerado pelos 1ºs Habitantes da parte do mundo onde nós brasileiros habitamos, sagrado. Assim como existe a “Gaia Ciência” de Nietzche, existe um profundo saber, uma science, a ser continuada: a da Sagração da Terra, de todos os corpos que a habitam, minerais, vegetais, animais, humanos, transumanos, do sampleamento das invenções técnicas de todos os povos e das saídas e Invenções que a Universidade Antropófaga trará. “Só me interressa o que não é meu”. Zé ACORDES
TIME DE ARTISTAS ARTISTS TEAM
DIREÇÃO José Celso Martinez Corrêa (1) DRAMATURGIA José Celso Martinez Corrêa e Cia. Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona CONSELHEIRA POETA Catherine Hirsch (2) CODIREÇÃO Catherine Hirsch (2) Camila Mota (3) Marcelo Drummond (4) DIREÇÃO MUSICAL Felipe Botelho (5) Montorfano (6) COORDENAÇÃO DE PROJETOS Ana Rúbia Melo (7)
Carolina Castanho (19) Carolina Henriques (20) Danielle Rosa (21) Glauber Amaral (22) Mayara Dellacarmo (23) Nash Laila (24) Tony Reis (25)
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
(9)
(10)
(11)
(12)
(13)
(14)
(15)
(16)
(17)
(18)
(19)
(20)
(21)
(22)
(23)
(24)
(25)
(26)
(27)
(28)
(29)
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)
BANDA DO CÉU Montorfano (piano) (6), Remi Chatain (sax e flauta) (26), Cristiano Sidoti (trombone) (27) e Gui Calzavara (trompete) (10) BANDA DA TERRA Adriano Salhab (guitarra, rabeca e bandolim) (28), Carina Iglecias (percussão) (29), Felipe Botelho (baixo e violão) (5), Pedro Gongom (bateria) (30), Letícia Coura (cavaquinho e percussão) (11), Montorfano (teclado) (6) e Glauber Amaral (percussão) (22)
ATORES DA CIA. OFICINA Alessandro Leivas (8) Beto Mettig (9) Camila Mota (3) Gui Calzavara (10) Letícia Coura (11) Luiza Lemmertz (12) Marcelo Drummond (4) Mariano Mattos Martins (13) Roderick Himeros (14) Wilson Feitosa (15)
SOM DO ESPAÇO/TEMPO Gustavo Lemos (eletrônicos) (31)
ATORES DA UNIVERSIDADE ANTROPÓFAGA Ailson Martins (16) Biagio Pecorelli (17) Bruno Nogueira (18)
BOMBEIRO André Gomes (34) CONTRA-REGRA Fabio Brito (35)
DIREÇÃO DE CENA Elisete Jeremias (32) Otto Barros (33) PIROTECNIA Elisete Jeremias (32) Arthur Zanela (Flames) Carlos Rogério (Flames)
ARQUITETURA CÊNICA Carila Matzenbacher (36) ASSISTENTE DE ARQUITETURA Marília Gallmeister (37) CRIAÇÃO E EXECUÇÃO DO SR. SCHMMIT E LUA Ricardo Costa (38) EXECUÇÃO MONTULHO SAMBAQUI, AVIÃO SANTOS DUMONT, AVIÃO AVIADORES Fernando Brettas EXECUÇÃO DO VOO DE SANTOS DUMONT E QUEDA DOS ANJOS Acrobático Fratelli MAQUINISTA Paulo Caldas (39) FIGURINOS E ADEREÇOS Sônia Ushiyama Souto (40) ASSISTÊNCIA DE FIGURINOS E ADEREÇOS Amanda Mirage (41) Rafaela Wrigg (42) CAMAREIRA Cida Melo (43) MAQUIAGEM Amanda Mirage (41) VISAGISMO Emerson Murad ILUMINAÇÃO Renato Banti (44) ASSISTENTE DE ILUMINAÇÃO Victor Fonseca (45) INVENÇÃO DE EFEITOS ESPECIAIS Fábio Stasiak (Leds Life) (46)
MONTAGEM DE LUZ Ricardo Morañez (47) Daniel Camilo (48) DIGITALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE LUZ Assitechi – Chileno OPERADORES DE FOCOS MÓVEIS Daniel Camilo (48) Vitor Fonseca (45) MULTIMÍDIA OFICINA Acauã Sol (49) Renato Rosati (50) Tiago Ramos (51) MULTIMÍDIA UNIVERSIDADE ANTROPÓFAGA Ivan Vinagre (52) EDIÇÃO WEB E COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO Tommy Pietra (53) TRADUÇÃO INGLÊS-BRASILEIRO E LEGENDAS WEB Ana (54) ARTE GRÁFICA Mariano Mattos Martins (Ateliê Eletrônico) (13) ASSESSORIA DE IMPRENSA Beto Mettig (9) ENGENHARIA DE SOM Rodolfo Yadoya (55) TÉCNICO DE SOM Leandro Costa (56)
MICROFONISTA Igor Bruno (57) (36)
(37)
(38)
(39)
(40)
(41)
(42)
(43)
(44)
(45)
(46)
(47)
(48)
(49)
(50)
PRODUÇÃO DE AUDIOVISUAL Tati Rommel (62) ARQUIVISTA Thaís Sandri ADMINISTRAÇÃO Simone Rodriguez (63)
(51)
(52)
(53)
(54)
(55)
CONSERVAÇÃO E LIMPEZA DO ESPAÇO Alice Queiroz (64) Silvano Brito (65) Flávio dos Santos (66) Roseli Ferreira (67) Lucimar Nascimento (68)
(56)
(57)
(58)
(59)
(60)
ANTROPOFAGIA MUSICAL DA ÓPERA ORIGINAL DE Bertolt Brecht (69) Paul Hindemith (70)
(61)
(62)
(63)
(64)
(65)
(66)
(67)
(68)
(69)
(70)
PREPARAÇÃO VOCAL Letícia Coura (11) Carolina Henriques (20) PREPARAÇÃO CORPORAL Wilson Aguiar Luciana Bertola CHEF DE COZINHA Bia Magalhães (58) Assistente de Cozinha Francisco Feitosa (59) PRODUÇÃO EXECUTIVA Ângela Destro (60) ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Anderson Puchetti (61)
AGRADECEMOS Eliety Teixeira e Valdir Rivaben (Oficina Cultural Oswald de Andrade), Orquestra Sinfônica de Bragança Paulista, Silvio Santos, Guilherme Stoliar, José Maria Corsi, Eduardo Velucci, Milu Vilela, Eduardo Saron, Sônia Sobral, Gabriel Levy, Fabio Stasiak, Fernanda Diamant, Fernando Santana, Liz Reis, Acrobático Fratelli, PlanMetal Estruturas Metálicas, Maurílio Domiciano, Gentil de Oliveira Neto, Antonio Aparecido Marchetti, Izza Siqueira (Viver Zen), Emerson Murad, ONO-ZONE Estúdio, Fernando Brettas, Carolina Ferreira Buek, Salão Fashion Hair e Subprefeitura da Sé.
TEAT(R)O OFICINA UZYNA UZONA Rua Jaceguay 520 Bixiga São Paulo SP Sampã Brazil CEP 01315-010 55 11 3106 5300 / 3104 0678 contato@teatroficina.com.br www.teatroficina.com.br transmissões ao vivo (live transmission) www.teatroficina.com.br/aovivo
APO I O CU L T UR AL
-
P AT RO CINI O
-
R EAL IZACA O -