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INTRODUÇÃO É difícil afirmar quando realmente se da inicio ao trabalho de parto, é um processo, uma escala de eventos que tem seu início com a decida do bebê, podendo ocorrer mesmo alguns dias antes do seu nascimento, sendo o verdadeiro trabalho de parto a partir de contrações rítmicas e com frequência. Para o atendimento na área hospitalar o trabalho de parto caracteriza-se desde o período da admissão da mulher na fase ativa, até o pós-parto imediato. Para que isso ocorra da melhor forma faz-se necessário um pré-natal de qualidade, no qual prepara a mulher para que se sinta segura e mantenha uma postura ativa permitindo que a vida aconteça de forma natural, onde a própria natureza se encarrega pra que isso aconteça, estabelecendo um vinculo maternal ainda maior. Estudos comprovam que o parto normal é mais seguro tanto para a mãe como para o bebê, diminuindo de forma significativa os riscos. Portanto, cabe aos profissionais da área de saúde garantir que os direitos da mulher sejam respeitados e que acolham, apóiem e estimulem a mulher e acompanhante a participar.
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1 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM 1.1 IDENTIFICAÇÃO E HABITOS 13:30h; R.O.M; Ala B maternidade, Leito 27 A, registro 49642, GII,PI,C0,A0; a termo 39s e 2d. Foi admitida na unidade as 9h acompanhada pela tia, relatando dor abdominal tipo cólica e perda de líquidos via vaginal; sexo feminino, nascida em 17/12/86, 23 anos, secretária acadêmica, 2º grau completo, natural de Foz do Iguaçu, casada a 7 anos; cônjuge: V.M, trabalha como auxiliar de produção com 2º incompleto; renda familiar: cerca de 3 salários mínimo, reside em casa de aluguel na rua: Arco Iris, n°..., bairro: Nova Cidade, Cascavel, de alvenaria com 5 cômodos, saneamento básico e iluminação adequada, junto com esposo e filho (4 anos); alimenta-se 3x/dia (come arroz, carne e maças, verduras e frutas, porém não gosta de feijão) faz lanche a cada 2hs (frutas, chá, bolacha); ingesta de aproximadamente 500 ml de H2O/dia; não prática atividade física; informou ter boa saúde só recorda de ser hospitalizada no outro trabalho de parto; refere que seu avô tem diabetes mellitus e os demais familiares sem problemas de saúde; desconhece alergias a medicamentos;
realizou 9 consultas de pré natal, exames laboratoriais (ANEXO II):
realizou todos os exames preconizados pelo MS nos três trimestre, no terceiro trimestre apresentou ITU, BGN+, tratou com antibiótico CPM, os demais resultados dos exames dentro dos padrões normais; imunizada; não faz consultas médicas periódicas;
Já
amamentou outro filho há 4 anos por 8 meses, agora pretende amamentar por um maior tempo; segundo ela não tem hábitos de fumar, beber ou uso de qualquer drogas; Relata não dormir bem há vários meses. Lazer: passeios com família, assistir TV e ir à igreja. Diagnóstico médico: Trabalho de Parto (ANEXO I). 1.2 EXAME FÍSICO SSVV: Peso: 49kg; altura: 1,56m; PA: 100/60mmHg; P: 76 bpm (volume cheio, tensão normal de frequência rítmica); T: 36ºC; FR: 19mrp; pele: integra, rosada e hidratada; face: expressão ansiosa, presença de cloasma com maior concentração em região malar D e E; crânio: sem alterações anatômicas, cabelos longos com condições de higiene normal; olhos e pálpebras: mucosa corada, pupilas
isocóricas e fotorreativas; nariz: integro, sem
alterações anatômicas; ouvido: sem presença de cerume, acuidade auditiva preservada; cavidade oral: mucosa integra e rosada, com boa higienização e deglutição normal;
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pescoço: integro, jugulares não visíveis, pulsáveis a palpação, glândula tireóide não palpável; tórax: sem alterações anatômicas com boa expansibilidade, presença da 1ª e 2ª bulha rítmica e normofonéticas; mamas: globosa, aréola integra, íleos protrusos com presença de colostro à ordenha, visualização da rede de Haller; pulmão: expansão normal, frêmito tóraco vocal variável na ausculta murmúrios vesiculares normais; oxigenação: ar ambiente; abdômen: distendido, presença de Linha Nigra, ausência de estrias, RHA + em colo ascendente, transverso e descendente; exame obstétrico: AU: 37cm, MF: presente; BCF: 142bpm; feto cefálico, longitudinal com dorso a direita (manobra de leopold) DU + 4/10’ 48’’,45’’,25’’,49’’. Ao toque: 5cm de dilatação, De Lee +1, BR, LACG; MMSS: simétricos, força muscular e sensibilidade presente, perfusão tissular preservada, presença de cateter flexível n° 20 em MSE com boa infusão; MMII: simétricos, força muscular e sensibilidade preservada; geniturinário: presença de pelos pubianos em pequena quantidade, desaparecimento dos grandes lábios; diurese presente ao banheiro em pouca quantidade várias x/dia de coloração clara e odor característico; evacuação a cada 2 dias. Normotensa, normotérmica, eupnéica, consciente, ansiosa, agitada. Ac. Adriana/ Marlussy/Maria FAG_______________________________________________________ 1.3 ASPECTOS PSICOSSOCIAIS •
SIC da mesma, mantém um bom relacionamento social; costuma pedir ajuda pra familiares na tomada de decisões; apóia-se muita na crença religiosa; utilizam-se especificamente hospitais conveniados com o SUS; possui condições para autocuidado; percebe-se que tem uma boa estrutura familiar, são bastante unidos e amorosos. Moram vários familiares perto e visitam-se sempre. Conhece a pílula como método contraceptivo e pretende voltar utilizá-la.
2 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NO PRÉ-PARTO •
Ansiedade relacionada à incerteza, estresse ameaça de mudança na função do papel;
•
Medo relacionado à incerteza na evolução do trabalho de parto;
• Campo de energia prejudicado relacionado ao trabalho de parto e parto, dor, medo e ansiedade; • Adaptação prejudicada relacionada ao estado emocional intenso;
6
•
Autoconceito perturbado relacionado às modificações no corpo associadas à gestação;
•
Intolerância a atividade relacionada à dor, desconforto e fadiga;
• Dor relacionada à contratibilidade uterina; •
Náuseas relacionadas a fatores psicológicos e dor intensa;
•
Padrão do sono perturbado relacionado à ansiedade, dor medo, ambiente desconhecido e fatores fisiológicos;
•
Risco de hipertermia relacionado à ruptura das membranas;
•
Risco de hipertensão arterial relacionado às alterações fisiológicas;
•
Risco de nutrição desequilibrada menos que as necessidades corporais relacionados à perda de nutrientes e de líquidos secundária a vômitos, bem como restrinção dietética;
• Risco para parada na evolução da dilatação e apagamento cervical ou descida do feto relacionado a fatores fisiológicos; •
Risco de infecção relacionada à ruptura das membranas amnióticas invasão bacteriana secundária ao traumatismo durante o trabalho de parto e procedimentos invasivos;
3 PLANO ASSISTENCIAL •
Hidratação;
• Nutrição; •
Eliminação;
•
Sono/repouso;
•
Exercício/atividade física;
•
Sexualidade;
•
Regulação: hormonal;
•
Percepção: dolorosa;
•
Ambiente;
•
Segurança;
•
Aprendizagem;
•
Educação e saúde;
•
Lazer;
•
Exames.
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4 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-PARTO • Apresentar-se; • Chamar a parturiente sempre pelo nome; • Ouvir com atenção; • Encorajar a presença do acompanhante; •
Garantir a privacidade da parturiente e seu acompanhante;
• Identificar com pulseira; • Informar sobre a unidade e sobre a evolução do trabalho de parto; • Orientar quanto dieta livre de resíduos; •
Oferecer líquidos, chás, caldos, gelatinas, pirulitos, balas e picolés;
• Orientada quanto à importância do aleitamento materno; • Realizar medidas de higiene e cuidados com vestimenta; • Respeitar as necessidades individuais e comportamento da mulher; •
Instruir técnica respiratória (inspirar e expirar pausadamente);
•
Orientar e estimular a parturiente a deambular e a manter-se na posição vertical;
•
Proporcionar acesso a métodos não farmacológicos e não invasivos de alívio à dor e de estímulo à evolução fisiológica do trabalho de parto;
•
Estimular a parturiente ao balanceio pélvico (bola, cavalinho e reboleixom);
• Orientar que ao deitar mantenha-se em DLE; •
Usar medidas de conforto (massagens, compressas frias/quentes, toques e banhos terapêuticos);
• Tranquilizar, encorajar, elogiar, informar; • Responder prontamente as perguntas; • Utilizar palavras de fácil compreensão, calmas e de encorajamento; • Reconhecer o esforço da mulher; • Realizar podas dos pelos pubianos se desejo da parturiente; •
Verificar FC e PA de1/1h;
• Verificar T: 4/4h, após BR 2/2h; • Auscultar BCF a cada 30min;
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•
Verificar DU: a cada 60min;
• Administrar antiemético CPM; • Registrar os dados no partograma e prontuário; • Preparar os LAPS e caixa instrumental de parto; • Testar oxigênio, ar comprimido e aspirador; •
Conferir caixa de emergência e materiais de reanimação neonatal.
•
Possibilitar que os períodos clínicos do parto sejam assistidos no mesmo ambiente;
5 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM NO PRÉ-PARTO 5.1 PERÍODO DA TARDE 13:30 as 19:00 Acordada, consciente, comunicativa, insegura, apreensiva com duvidas e medos, em repouso no leito, jejum, cateter flexível em MSE, com infusão de ocitocina (2 amp, 500 ml SG 5%, 30ml/hr), relatando dor em baixo ventre, fome e sede. Realizado controles maternos, obstétricos e DU (registrados no partograma), manobra de leopold (situação: longitudinal, apresentação: cefálica, posição: dorso a D) Fornecido dieta liquida, pirulito. Avaliada pela enfª Tatianne e suspenso medicação EV, salinizado acesso, encaminhada para banho terapêutico, realizado massagem em região do cóccix, auxiliada em movimentação pélvica com cavalinho e bola, estimulada a deambulação, caso em repouso manter-se em DLE. Orientada quanto ao progresso do trabalho de parto, posição, técnica respiratória, higiene corporal, ingesta hídrica, amamentação, cuidados com RN e importância da presença do acompanhante. Apresentou 3 episódios de diurese e um de evacuação aspecto normal. Segue acompanhada da tia e sob cuidados de enfermagem. Ac. Adriana/Maria/Marlussy_____________________________________________________ 5.2 PERÍODO NOTURNO 19:01 as 22:30, Acordada, consciente, pouco comunicativa, ansiosa, chorosa, irritada. Apresentando náuseas e vômitos, soluços e suor, secreção vaginal aumentada, tremores nas pernas e sensação de estiramento e alargamento da pelve. Mantido controles maternos, obstétricos e medidas não farmacológicas no alivio da dor, administrado anti-emético CPM, com efeito, as 21:00h instalado ocitocina (20ml/h) a pedido da Drª Anaivis com aumento duração e intensidade das contrações, as 22:20 dilatação cervical completa, De
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Lee + 4 encaminhada de maca a sala de parto no CC, acompanhada da tia e enfermagem. Ac. Adriana/Maria/Marlussy__________________________________________________ 6 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NO INTRA-PARTO •
Dor aguda relacionado às contrações uterinas durante o trabalho de parto;
•
Medo relacionado à imprevisibilidade das contrações uterinas e a possibilidade de ter um bebe deficiente;
•
Ansiedade relacionada ao conhecimento deficiente sobre os exercícios de relaxamento e respiratórios, o posicionamento e os procedimentos;
•
Risco de hipotermia relacionado ao ambiente e ação dos medicamentos;
•
Risco de lesão relacionado ao período expulsivo;
7 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO INTRA-PARTO •
Monitorar constantemente SSVV;
•
Avaliar BCF a cada 5’;
•
Atentar-se para sinais de dispnéia;
•
Estimular a presença do acompanhante;
•
Auxiliar a posicionar-se de acordo com a sua escolha;
•
Proporcionar medidas de conforto;
•
Realizar anti-sepsia do períneo com PVPI tópico;
•
Estimular a mulher e o acompanhante para controlar a ansiedade e favorecer a participação;
•
Estimular a manter técnica respiratória (inspirar e expirar pausadamente);
•
Encorajar a mulher a verbalizar ao expulsar;
•
Manter ambiente aquecido;
8 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM NO PARTO 22:30 recebida na sala de parto acompanhada da tia, corada, eupnéica, referindo dor intensa, deitada em posição ginecológica, proporcionado conforto, mantido apoio
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psicológico. Às 22:40 parto normal realizado pela Drª Anaivis, RN apresentando os 5 sim, promovido contato pele a pele e realizado os primeiros cuidados pelo pediatra de plantão. Ac. Adriana/Maria/Marlussy__________________________________________________ 9 CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM RN •
Atentar-se para os 5 sim (ausência de mecônio? Gestação a termo? Choro? Tônus muscular? Cor?);
•
Proporcionar contato pele a pele;
•
Promover calor (cobertor);
•
Secar e remover campos úmidos;
•
Estimular a sucção mantendo a criança coberta com campo;
•
Estimular o acompanhante no corte do cordão umbilical pinsando antes em 2 pontos a 10 cm do abdômen da criança (três dedos);
•
Observar a presença de 2 artérias e 1 veia;
•
Identificar RN com o nome completo da mãe;
•
Avaliar índice de APGAR (ANEXO IV);
•
Administrar vitamina K (0,1ml IM) e nitrato de prata 1% (1gt/olho);
•
Realizar exame de atrezia de esôfago com sonda n° 6;
•
Realizar medidas antropométricas (PC, PT, PA, peso e estatura)
•
Realizar banho após 6h do nascimento;
•
Realizar exame físico e testar os reflexos;
•
Solicitar exames de rotina (tapagem sanguínea e VDRL);
•
Preencher fichas e DNV do RN;
•
Avaliar índice de CAPURRO (ANEXO V);
•
Avaliar sinais de icterícia.
•
Atentar-se para eliminações fisiológicas (evacuar em até 48h e diurese em até 24h);
10 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO RN NA SALA 22:45 recebido na sala do RN, corado, ativo, choroso, APGAR 9/10. Promovido calor, secado e identificado. Realizados medidas antropométricas ( PC, PT, PA, peso e estatura)
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administrado kanakion (0,1ml IM) e nitrato de prata 1gt/olho, avaliado coto umbilical (presença de 2 artéria e uma veia), permeabilidade nasal e do trato gastrointestinal, realizado manobra de ORTOLANI negativa, coleta de sangue para exame ( tipagem e VDRL) cuidados de rotina. Encaminhado para junto da mãe e estimulado a sucção. Ac. Adriana/Maria/Marlussy_____________________________________________________ 11 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM NO PÓS-PARTO •
Ansiedade relacionada à incerteza, estresse ameaça de mudança na função do papel;
•
Padrão do sono perturbado relacionado aos cuidados com o bebe, fatores fisiológicos e alterações hormonais;
•
Risco para infecção relacionada à invasão bacteriana secundária ao traumatismo durante o trabalho de parto e procedimentos invasivos;
•
Risco no desequilíbrio do volume de líquido relacionado à ingesta insuficiente e perdas por vias normais (amamentação);
•
Risco de hipertermia relacionado ao trauma de períneo e alterações mamaria;
•
Risco para amamentação ineficaz relacionado à inexperiência ou mamas ingurgitadas;
•
Risco para constipação relacionada à diminuição do peristaltismo, ingesta hídrica insuficiente e falta de atividade física;
•
Risco de maternidade prejudicada relacionada à inexperiência aos sentimentos de impotência;
•
Risco para tristeza relacionado às alterações hormonais;
•
Incontinência urinária por pressão relacionada ao traumatismo do tecido durante o parto;
•
Dor aguda relacionado ao trauma ao períneo durante o trabalho de parto e o parto, as mamas ingurgitadas e a involução do útero;
•
Risco para baixa auto-estima situacional relacionado às modificações que persistem após o parto;
•
Risco de hemorragia relacionado atonia uterina ou restos placentários;
•
Déficit no auto cuidado para alimentação relacionado à falta de conhecimento quanto ao período;
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•
Risco para manutenção ineficaz da saúde relacionado ao conhecimento insuficiente sobre as rotinas do parto, higiene das mamas e do períneo, exercícios físico, aconselhamento sexual, as exigências nutricionais, os cuidados com o bebe os estresses da paternidade, adaptação do pai, o relacionamento com o irmão, as reações emocionais pós-parto, as necessidades de sono/ repouso, o controle da casa, o controle dos desconfortos (mamas e períneos), e os sinais e sintomas de complicações.
12 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERIODO DE DEQUITAÇÃO •
Controlar SSVV de 15/15’;
•
Permitir a expulsão espontânea da placenta;
•
Observar sangramento e quantidade, bem como anotar;
•
Observar a placenta quanto a Duncan/ Baudelocque-Schultze e integridade;
•
Realizar coleta de sangue para exames;
•
Revisar o canal do parto quanto à laceração;
•
Proporcionar ambiente tranquilo e aquecido.
13 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERIODO DE GREEMBERG •
Controlar SSVV de 15/15’ até uma hora pós-parto;
•
Observar grau de contratura uterina;
•
Avaliar fundo uterino;
•
Observar lóquios aspecto e quantidade, bem como anotar;
•
Proporcionar higiene e conforto;
•
Oferecer dieta leve.
14 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM NO PERÍODO DE GREEMBERG 22:40 as 23:40 - consciente, comunicativa, exausta, sonolenta, referindo sede, fome e estar ansiosa para tomar banho.
22:50 saída da placenta (Duncan) com perda de
aproximadamente 500ml de sangue. Realizado controle rigoroso de SSVV (15/15min), observado grau de contratura uterina, avaliado fundo uterino, lóquios rubros em aspecto e
13
quantidade normal, realizado higiene e conforto no leito, oferecido dieta, auxiliado na técnica de amamentação, orientado sono/repouso e permanência do acompanhante (esposo), segue sob cuidados de enfermagem. Ac.Adriana/Maria/Marlussy_____________ 15 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PERIODO PÓS PARTO •
Controlar SSVV de 2/2h;
•
Controlar sangramento e involução uterina;
•
Avaliar distensão vesical;
•
Orientar a posição adequada e confortável para amamentar;
•
Auxiliar na pega correta do RN para alimentação;
•
Orientar quanto aos sinais de icterícia;
•
Atentar-se para queixas de dor e MCPM;
•
Orientar para que permaneça sentada alguns minutos antes de se levantar;
•
Observar/orientar quanto lóquios (aspecto e quantidade);
•
Orientar cuidados com a mama (ordenha, massagem, pega correta e utilizar somente o próprio leite para hidratar);
•
Orientar higiene corporal inclusive da cabeça e higiene íntima após cada micção;
•
Orientar retorno para consulta puerperal em 40 dias;
•
Orientar a realizar acompanhamento do crescimento e vacinas do RN na UBS mais próxima;
•
Orientar quanto às funções fisiológicas do RN;
•
Orientar alimentação saudável sem qualquer restrição, apenas de forma moderada (frutas, verduras...);
•
Orientar ingesta hídrica aumentada (mínimo 2L/dia);
•
Orientar quanto à importância de praticar atividade física;
•
Orientar higiene do RN e curativo do coto umbilical (álcool 70% e gazes);
•
Orientar a manipular o coto sem medo (insensível);
•
Orientar vestimentas de acordo com o clima (mãe/RN).
•
Orientada sobre métodos contraceptivos;
•
Ensinar a técnica de esgotamento e massagem caso mamas ingurgitadas (durante 5min);
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•
Promover orientação e participação da mulher e família nos cuidados com o recémnascido;
•
Orientada ao retorno das atividades sexuais a partir de 20 dias se ela estiver bem e se não estiver sangramento intenso;
•
Orientada quanto a outros métodos contraceptivos;
16 PROGNÓSTICO Bom, aceitou as orientações que lhes foram repassadas, mantém condições para o autocuidado, bem como, nos cuidados com RN.
CONCLUSÃO
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Com o desenvolver dessa assistência foi possível concluir que o trabalho de parto e o parto normal humanizado trazem inúmeros benefícios para a tríade mulher, homem e criança, sendo que, de forma natural torna-se ainda mais gratificante. Para a equipe de profissionais cabe a responsabilidade de assistir sem muitas intervenções concentrando-se principalmente no acolher e apoiar a mulher e seus familiares.
REFERÊNCIAS
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NETTO, Hermógenes C.; Obstetrícia Básica; editora: Atheneu; São Paulo; 2005. REZENDE, Jorge & MONTENEGRO, Carlos A. B.; Obstetrícia Fundamental; 9 ed; editora: Guanabara Koogan; RJ, 2003. HOPKINS, Johns et. al.; Manual de ginecologia e obstetrícia; 2 ed.; editora: Artmed, Porto Alegre, 2006. HORTA, Wanda A.; Processo de Enfermagem; 16ª Reimpressão(2005), editora: E.P.U, SP, 1979. NANDA; Diagnósticos de Enfermagem da Nanda: definições e clacificação 2005-2006, Editora: Artmed; Porto Alegre, 2006; CARPENITO, Lynda J.; Manual de diagnósticos de Enfermagem; 9 ed, Editora: Artmed; Porto Alegre, 2003; Material de apoio (profª Tatianne C Frank): saúde da mulher
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ANEXOS
ANEXO I TRABALHO DE PARTO
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Segundo HOPKINS o trabalho de parto se caracteriza por sucessivas contrações uterinas com ritmo, freqüência, intensidade e duração que levam ao apagamento e a dilatação do colo. SINAIS QUE ANTECEDEM O TRABALHO DE PARTO • Presença aumentada de muco róseo; • Contrações regulares com aumento da intensidade e duração; • Presença de atividade intensifica as contrações; • Desconforto na região lombar irradiando para o abdome; • Modificações cervicais, apagamento e dilatação progressiva; • Perda do tampão mucoso.
MECANISMOS DO TRABALHO DE PARTO Referem-se às mudanças na posição da cabeça fetal, durante a passagem pelo canal de parto de forma passiva: • encaixamento – caracterizado a partir do momento em que a parte mais inferior da região occipital encontra-se ao nível das espinhas isquiáticas, isso pode ocorrer ainda antes do inicio do trabalho de parto; • descida – a cabeça fetal atinge o assoalho pélvico, em nulíparas o feto roda e desce lentamente e na multigesta ele desce rápido quando já dilatou; • rotação interna – movimentos gradativos do occípto até atingir a posição ideal para o nascimento (OP); • extensão – cabeça da posição fletida para a estendida; • rotação externa – reassume a posição Antero posterior, onde o occípto e a coluna vertebral ficam no mesmo plano; • expulsão – ocorre a liberação do ombro anterior depois posterior e consequentemente o restante do corpo, rapidamente é expulso. PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO:
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• Dilatação – 0 a 10 cm; • Expulsão – a partir dos 10 cm de dilatação até a saída do feto; • Dequitação – a partir da saída do feto até a total saída da placenta; •
Greemberg – saída total da placenta até 1h pós parto, segundo MS 2h pós parto; O período de dilatação divide-se em três fases: latente – 0 a 3 cm de dilatação
(contrações uterinas com ritmo e frequência, DU: 2/10’) corresponde a cerca de 2/3 do trabalho de parto. Neste período ela se encontra feliz, excitada, porem com alguns desconfortos abdominais e dor nas costas; ativa – 3 a 4 cm até 9 cm de dilatação (a velocidade corresponde a 1cm/h na multípara, 1cm/1h:15min na primipara), durante essa fase é que a mulher deve ser internada, inicia-se os controles maternos (P: e PA: 1/1h entre as contrações, T: 4/4h sendo que a partir da BR 2/2h), controles obstétricos (BCF a cada 30’, toque vaginal com intervalo mínimo de 2h, DU: a cada 60’) onde para uma melhor assistência da equipe multiprofissional se abre o partograma, DU: 3 a 4/10’ com duração de 45 a 60’’. A mulher encontra-se apreensiva com dúvidas e medos de suportar as contrações; transição – 9 a 10 cm de dilatação (1cm/2h),. O período expulsivo caracterizado a partir dos 10 cm de dilatação até a completa saída do feto a DU varia entre 5 a 6 contrações em 10’ com duração de 60 a 90’’ com urgência de fazer puxos. Período de dequitação a partir da saída do feto até a saída da placenta podendo levar até 30’. Período de greemberg onde ocorre o processo de hemostasia fisiológica pelo ferimento decorrente do deslocamento placentário, essa hemostasia depende da contração do útero e é regulada por diversos mecanismos (miotamponagem, trombotamponagem, indiferença miouterina e contração uterina fixa) exige dos profissionais uma maior atenção no controle dos SSVV (15/15’) para que se identifiquem sinais de hemorragia (decorrente de atonia miometrial) e se obtenha um controle. PRÁTICAS PREJUDICIAIS E PRÁTICAS ÚTEIS • FLEET ENEMA E TRICOTOMIA Devem ser oferecidos as parturientes e deixá-las decidirem, orientando sempre que tanto fleet enema quanto tricotomia são práticas prejudiciais e ineficazes e que essas
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devem ser eliminadas. Quando a mulher optar por não utilizar o fleet enema a oriente para ir ao banheiro sempre que sentir necessidade e com relação à tricotomia caso seja da vontade dela utilize tesoura para aparar rente a pele. Está comprovado que o uso das duas práticas não diminui a morbidade puerperal, pelo contrário, aumentam. • EPISIOTOMIA Não deve ser realizada de forma rotineira, segundo a OMS somente em casos de: SFA, progressão insuficiente do parto ou ameaça de laceração de terceiro grau. • AMBIENTE Ao acalmar a paciente percebe-se que a dilatação aumenta, para isso é necessário manter um ambiente tranquilo, acolhedor, com pouca luminosidade, sem barulho. O apoio da equipe de saúde bem como dos familiares tão bem se faz necessário neste momento. • ACOMPANHANTE É direito das parturientes escolherem o pai ou quem elas desejarem junto com elas no pré parto, parto e pós parto, cabe a enfermagem incentivar o acompanhante a participar deste período, a fim de estar proporcionando apoio, conforto, suporte emocional e encorajamento. Estudos realizados nos comprovam que com essa prática efetiva reduz o uso de medicações para diminuírem a dor, numero de partos cesarianos, da depressão neonatal bem como uma leve redução no tempo de parto. • ALIMENTAÇÃO NO TRABALHO DE PARTO Ofertar à parturiente alimentos (água, chás, bala, caldos, gelatinas, pirulito e picolé) neste período é uma das práticas que devem ser seguidas por todos, hoje em dia sabe-se que em caso de anestesia geral fazer dieta zero não elimina os riscos de aspiração, porque pode ser aspirado pela paciente conteúdo gástrico e causar queimaduras nas vias aéreas. Sendo assim, faz se necessário evitar a desidratação, a Cetose e ainda garantir o bem estar para a mãe e o feto fornecendo-lhes fonte de energia dos alimentos. • POSIÇÃO NO TRABALHO DE PARTO
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A parturiente tem direito de escolher qual posição (vertical/supina) ela acha mais confortável, sendo importante demonstrar as posições, ressaltar os benefícios explicando que a melhor a ser seguida e a posição vertical. • ATIVIDADES PARA O PARTO Existem várias atividades que contribuem para evolução mais rápida do parto, são elas: deambulação – aumenta atividade uterina e melhora miometrial, diminui tempo de dilatação e a dor; bola de BOBAT – são movimentos rotatórios que auxiliam na dilatação e consequentemente descida do bebê; cavalinho – exerce maio pressão o colo uterino, permitindo assim uma redução no tempo de parto; banho terapêutico – a água quente proporciona estado de relaxamento gerando rápida dilatação e diminui significativamente a dor; massagem – pode ser realizada em vários locais e tendem a diminuir a dor e consequentemente o tempo de parto.
ANEXO II
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EXAMES DE ROTINA PRECONIZADOS PELO MS – dosagem de hemoglobina (Hb):
> 11g/dl - ausência de anemia deve-se ingerir 20g de sulfato ferroso mais
ácido fólico e repetir exame no 3º trimestre gestacional;
8g/dl a 11g/dl - anemia leve, ingerir 3 cps de 60mg (180mg) de sulfato
ferroso mais ácido fólico e repetir o exame com 60 dias;
< 8g/dl – anemia grave, encaminhar para alto risco.
– dosagem de hematócrito (Ht): deve ser igual ou superior a 30%, avaliar associado à hemoglobina. – grupo sangüíneo e fator Rh; Gesta fator Rh negativo, não precisa investigar o Rh paterno; Se Rh paterno positivo ou desconhecido, solicitar coombs indireto na 1º consulta e na 30º semana de gestação – se coombs indireto positivo, encaminhar para prénatal de alto risco, caso der negativo, pré natal de baixo risco. – sorologia para sífilis (VDRL): solicitar na primeira consulta: Negativo – repetir com 30 semanas e no parto, orientar que utilize preservativo; Positivo: solicitar teste dos parceiros e o teste confirmatório FTA-Abs ou MHATP. Se der negativo descartar hipótese de sífilis já se der positivo encaminhar para profissional médico para tratamento, gestante e parceiros. – glicemia de jejum: solicitar na primeira consulta, < 85mg/dl sem anormalidade repetir na 20º semana gestacional, > ou = a 85mg/dl solicitar TTG-75G; – teste de tolerância à glicose (TTG): Normal: glicemia de jejum < 110 e glicemia de TTG < 140 conduta: manter prénatal de baixo risco:
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glicemia de jejum 110 a 125 e glicemia de TTG 140 a 199 conduta: alto risco, atentar-se aos sinais e sintomas de diabetes;
Risco para diabetes: glicemia de jejum > ou = 126 e glicemia de TTG > ou = 200 conduta: alto risco para tratamento.
– sorologia para rubéola: solicitar na primeira consulta IgG (+) e IgM (-): infecção passada (pré-natal de baixo risco); IgG (-) e IgM (+): pré-natal de alto risco; IgG (+) e IgM (+): pré-natal de alto risco; IgG (-) e IgM (-): realizar imunização no puerpério. – exame sumário de urina (Tipo I): solicitar na primeira consulta, sem alterações repetir na 28º semana e final da gestação : Leuc > 10 = urocultura; Leuc > 10 + nitrito (+) e/ou flora bacteriana aumentada = tratamento;
SU (+) urocultura (-) = pensar em DST;
Leuc < 10 com anamnese positiva = urocultura = tratamento;
Após tratamento ITU= solicitar urocultura. Leucócitos por campo, ++++/4, Bacteriúria, BGN caracterizam infecção. Oxalato de cálcio ou Cristais + ocorre pela ingestão baixa de líquido.
– teste anti-HIV: decisão é sempre da mulher. Solicitar no primeiro trimestre – repetir em 60 a 90, indicar o uso de preservativo. Repetir no 2º e 3º trimestre gestacional: Indeterminado – solicitar novo teste em 30 dias e indicar uso de preservativo; Positivo – encaminhar para profissional de referência. – sorologia para hepatite B (HBsAg): solicitar na 1º consulta, quando: Hbs Ag (-), anti-Hbs (-), anti- Hbc (-): nunca entrou em contato com a doença;
Hbs Ag (-), anti-Hbs (+), anti- Hbc (-): não precisa de imunização, pois já esta imune;
Hbs Ag (+), anti-Hbs (-), anti- Hbc (-): encaminhar para alto risco, fazer notificação compulsória;
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Hbs Ag (-), anti-Hbs (-), anti- Hbc (-): pode desenvolver doença, alto risco.
– sorologia para toxoplasmose (se possível): solicitar na primeira consulta: IgG (+) e IgM (-): infecção passada. Imunidade adquirida, não precisa solicitar novo exame ; IgG (+) e IgM (+): sugere infecção recente, pré-natal de alto risco; IgG (-) e IgM (+): infecção atual ou bem recente, pré-natal de alto risco;
IgG (-) e IgM (-): gestante não imune, repetir trimestralmente e fornecer orientações higienodietéticas;
IgG (+) com titulação superiora 1:1000 : infecção recente – encaminhar para teste de gravidez.
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ANEXO III MEDICAÇÕES • OCITOCINA Utilizada para indução e aumento do trabalho de parto, em caso de progressões lentas da fase latente, redução ou parada do trabalho de parto ou presença de hipotonia nas contrações uterinas. • PLASIL Desenvolve pronta ação terapêutica nas disfunções digestivas comuns na prática médica: náuseas, vômitos, sensação de plenitude epigástrica, meteorismo, espasmos pilóricos, soluço persistente, componente digestivo da enxaqueca e intolerância digestiva a medicamentos. • PARACETAMOL Analgésico e antitérmico indicado para casos de dor leve e moderada ou febre. O mecanismo de ação analgésica não está bem definido, pode atuar inibindo a síntese de prostaglandinas ao nível do Sistema Nervoso Central e também bloquear a geração do impulso doloroso a níveis periféricos, essa ação pode ser decorrente da inibição da síntese de prostaglandinas ou da inibição da síntese ou da ação de outras substâncias que sensibilizam os receptores de estímulos químicos ou mecânicos.
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ANEXO IV APGAR Tabela para cálculo do índice de APGAR Pontos 0 1 Freqüência cardíaca Ausente <100/min Respiração Ausente Fraca, irregular Flexão de pernas e Tônus muscular Flácido braços Cianose de Cor Cianótico/Pálido extremidades Irritabilidade Ausente Algum movimento Reflexa
ANEXO V MÉTODO DE CAPURRO: (Somático e Neurológico)
2 >100/min Forte/Choro Movimento ativo/Boa flexão Rosado Espirros/Choro
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Formação mamilo
Mamilo pouco visível sem aréola
Mamilo nítido; aréola lisa diâmetro < 0,75 cm
Mamilo puntiforme aréola de borda não elevada > 0,75 cm 10 Algo mais grossa, com discreta descamação Superficial 20
Mamilo puntiforme aréola de borda elevada > 0,75 cm 15 Grossa, com sulcos superficiais, descamação de mãos e pés 15
0 Fina, gelatinosa
5 Fina e lisa
0
5
Chata, disforme pavilhão não encurvado 0 Ausência de Tecido mamário 0
Pavilhão parcialmente encurvado na borda 8 Diâmetro < 5 mm
Pavilhão parcialmente encurvado em toda borda superior 16
Pavilhão totalmente encurvado
Diâmetro 5 mm a 10 mm
24 Diâmetro > 10 mm
5
10
15
Ausentes
Marcas mal definida na metade anterior da planta 5
Marcas bem Sulcos na metade Sulcos definida na anterior da planta em mais metade anterior e da no terço anterior metade 10 15 anterior da planta 20
Entre a linha axilar anterior do lado oposto e a linha média 6
Ao nível da linha média 12
Entre a linha média e a linha axilar anterior do mesmo lado 18
Totalmente deflexionada  = 270º
 entre 180º 270º
 = 180º
 < 180º
0
4
8
12
A Textura da pele B
Forma da orelha C Tamanho da glândula mamária D Sulcos plantares E
0
Sinal do Xale(posição do cotovelo) F Posiçãodacabeça aolevantaroRN (ângulo(Â)c érvico-torácico) G
Na linha axilar do lado oposto 0
Idade Gestacional: a) Somático: Somatório dos pontos em A, B, C, D , E + 204 /7 b) Somático-neurológico: Somatória dos pontos em B,C, D,E , F eG+ 200 / 7 GLOSSÁRIO
Grossa, apergam inhada com sulcos profund os 20
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• BCF – Batimento Cardíaco Fetal; • CC – Centro Cirúrgico; •
CPM – Conforme Prescrição Médica;
• D – Direito; • DLE – Decúbito Lateral Esquerdo; • DNV – Declaração de Nascido Vivo; • DU – Dinâmica Uterina; • EV – Endovenosa; •
FR – Frequência Respiratória;
• FC – Frequência Cardíaca; •
ITU _ Infecção do Trato Urinário;
• MSE – Membro Superior Esquerdo; • MMII – Membros Inferiores; • MMSS – Membros Superiores; • MF – Movimento Fetal; • OP – Occípto Pube; • PA – Perímetro Abdominal; • PT – Perímetro Torácico; • PC – Perímetro Cefálico; •
RN – Recém-nascido;
• RHA – Ruídos Hidroaéreos • SUS – Sistema Único de Saúde; • SSVV – Sinais Vitais; • SIC – Segundo Informação Colhida; • T – Temperatura; • UBS – Unidade Básica de Saúde; • UBS – Unidade Básica de Saúde;