Estresse?
Problema comum entre os professores Mas é apenas a “pont a do iceberg ” Pode ser sintoma da Sensação de estar Síndrome de Burnout. Uma das consequências mais marcantes do estresse ocupacional
“acabado”?
A educação figura entre as mais nobres atividades de trabalho. Mas, apesar de sua tão ressaltada importância, é um misto de sacerdócio, de persistência e de sobrevivência. As mudanças da sociedade moderna, associadas à desvalorização, impuseram a esses trabalhadores um quadro de adoecimento e incapacidade para o trabalho um tanto diferenciado.
SÍNDROME de BURNOUT A tensão diária compromete, significativamente, a saúde física e mental. O profissional pode tornar-se incapaz de exercer suas funções. A extrema exaustão profissional caracteriza a Síndrome de Burnout. Alta incidência entre os professores e demais profissionais da educação. Considerada uma epidemia nas instituições de ensino. Provoca, principalmente, descontinuidade da carreira de magistério. Relato:
Professora há 28 anos, Antônia Cibele Figueiredo Ligório contou a experiência vivida para a revista Mátria, da CNTE* CNTE*. Cibele relata que tinha vergonha dos sintomas e está afastada há dois anos das atividades profissionais. “Eu queria que alguém me compreendesse e não tinha. O meio, por incrível que pareça, reage de forma hostil e minha tendência foi isolarme dos meus colegas de trabalho” , narra. “Dar aulas, trabalhar com educação sempre foi meu sonho, minha vocação. Mas, de um tempo para cá, estava me sentindo cansada, desanimada e, em alguns momentos até angustiada com a perspectiva de entrar em sala de aula, enfrentar os alunos e fazer o que sempre soube fazer: educar”, conta na entrevista.
l a o n ã o ç i a c c a u N d E o ã m ç e a s r e e r d o e d f a n h o l C a : b a E r T T N s C o * d
Prof. MICHAEL A. ROCHA 2013. Nova Iguaçu, RJ ProfessorMichaelRocha.blogspot.com
Os colegas percebem quando o outro não vai bem?
“aquele professor mudou,
está estranho, tornou-se desagradável, isolado, quieto”
Observa-se, principalmente, queixando-se de problemas físicos, como dores de cabeça e estomacais, palpitações e insônia. O Ministério da Saúde recomenda investigação na instituição, pois, provavelmente, pode haver mais casos.
Confundida com depressão e estresse
Quais são os Sintomas? Irritabilidade constante, exaustão emocional, desumanização e reduzida realização pessoal nas atividades desenvolvidas.
Pesquisas realizadas por dez anos pela especialista em estudos sobre o estresse e burnout, professora Ana Maria Benevides-Pereira* Benevides-Pereira*, esclareceram detalhes sobre a síndrome. * Ana Maria T. Benevides-Pereira é professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), da PUC do Paraná, da Universidad Autónoma de Madrid e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre estresse e burnout.
O professor não se dá conta do problema, então vai adoecendo... Difere da conhecida depressão pelo fato de que a doença está relacionada ao trabalho - não a algo interno, mas sim, externo.
Quais são os fatores estressantes? Pressões do aluno, da escola, regras... Em instituições privadas, observam-se, ainda, ações de poder do aluno e da própria instituição sobre o professor. O aumento da competitividade entre as escolas aumentam a incidência desses fatores. Problemas de desenvolvimento na carreira, falta de preparo e formação também configuram fatores de risco. Falta de reconhecimento e respeito, e assédio moral no trabalho podem contribuir para a síndrome. Clientela “problemática”, vandalismos e
agressões cooperam para o aumento do estresse emocional, reduzindo atitudes afetivas, de sociabilidade e de respeito para com os alunos e demais colegas de trabalho.
Quem pode adoecer? Profissionais que ocupam funções que envolvam o “cuidar” e vinculo afetivo
são mais propensos à síndrome. Professores de instituições que cobram muita responsabilidade, mas têm pouca autonomia e suporte. Profissionais que NÃO se permitem errar são mais vulneráveis. O termo Burnout é uma composição de duas palavras do idioma inglês: burn = “queima” e out = “exterior” “perder o fogo”, “perder a energia”. Sugerindo, assim, que a pessoa com
esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente.
Quais são as Consequências? BEM MAL Gastrites Pressão alta m o c . t o p s g o l b . a h c o R l e a h c i M r o s s e f o r P –
a h c o R . A l e a h c i M
Insônia Irritabilidade Intolerância
Trata
os
outros
como
uma
“coisa”, pois,
inconscientemente, acha que o outro quer mais do que você pode oferecer.
Ora está Ora está
Desumanização Sentimentos de “vazio”
Doenças psicossomáticas: gastrites e úlceras; problemas cardíacos e circulatórios, como arritmia e pressão alta; o cansaço e mal-estar gerais.
Autoavaliação
negativa
Comportamentais: irritabilidade, agressividade, intolerância, impaciência. Geram isolamento e superficialidade: evita envolvimento emocional (despersonalização) como forma equivocada de “proteção do ego”. Percebe-se cinismo, ironia e paranoias para com os outros. Emocionais: instabilidade emocional: ora está bem, ora está mal; alienação dos fatos à sua volta. Sentimentos de falta de realização profissional, como autoavaliação negativa e do próprio trabalho. Baixa autoestima, devido a sentimos de “vazio”, esgotamento, fracasso e impotência.
Ironia e Cinismo
Quais são as tendências? “vamos beber algo
para relaxar depois do trabalho?”
“meu velho
calmante não funciona mais, passei mal com o novo!”
Fracasso e Impotência
Esgotamento Mal-estar geral Isolamento Baixa autoestima
Consumo de bebidas alcoólicas como forma habitual de “aliviar o estresse”.
Consumo excessivo de café para aumentar a atenção e concentração. Automedicação ou equivocada* equivocada*: desconhecimento da síndrome por parte dos médicos ou sintomas “mascarados”.
Absenteísmo e baixo rendimento pessoal. * Dificuldades no diagnóstico: diagnóstico: por desconhecimento, confundida com depressão, dificuldades na associação com o trabalho. - Apesar de ser reconhecida desde 1999, não consta na CID-10. Porém se encontra nas leis trabalhistas.
“tenho dores
de estômago e não durmo!”
“não vou à escola hoje, aquela turma me irrita demais!”
Como posso me prevenir? O que devo fazer? Como devemos agir para evitar a síndrome? Sensibilização do próprio professor, reconhecer que está adoecendo. Sensibilização da instituição de ensino, criando espaços de discussão dos problemas enfrentados no cotidiano escolar, trocando experiências e informações, propiciando o fortalecimento pessoal e coletivo, enfatizando a promoção dos valores humanos no ambiente de trabalho. Assim, o profissional desenvolve capacidades de lidar com o estresse e de controle nas situações de conflito, transformando a escola em um contexto saudável. O atendimento psicológico extensivo ao professor, e não só ao aluno, é uma boa ideia.
“um ambiente
democrático torna o professor mais participativo” “professor participativo
tem mais controle do seu trabalho, bem-estar psíquico”
O que fazer para RELAXAR? 13 dicas úteis para quem trabalha sob pressão: 01- Descanse e relaxe sem se odiar ou se culpar por isso; 02- Respire profundamente; 03- Dê-se 15 minutos antes de cada jornada e faça uma um a coisa agradável; 04- Alegre 04- Alegre seu ambiente com música, flores ou peças de decoração; 05- Faça uma atividade de lazer pelo menos uma um a vez por semana; 06- Estabeleça metas em sua vida e prioridade de suas atividades; 07- Adote hábitos alimentares mais saudáveis e procure fazer exercícios periodicamente; 08- Estabeleça um momento durante o dia para relaxar; 09- 09- Evite cobrar-se o tempo todo e permita que as coisas aconteçam conforme seu próprio ritmo; 10- Converse com os amigos e colegas sobre os seus sentimentos. Não guarde apenas para você suas frustrações; 11- Analise como você ocupa seu tempo; 12- Aprenda a dizer não. Assuma apenas a responsabilidade das tarefas que pode cumprir; 13- Aprenda a delegar tarefas. Você não é indispensável. O site SAÚDE DO PROFESSOR oferece PROFESSOR oferece oficinas: O objetivo é informar sobre os efeitos do trabalho do professor no tocante à própria saúde e problematizar as possibilidades de ação no âmbito individual e coletivo visando à melhoria na qualidade de vida, resgate e fortalecimento do espaço público e aprimoramento profissional. Mais informações: informações: 3262-3440 ou pelo site www.saudedoprofessor.com.br
Dados importantes: O ramo da educação apresenta uma das menores prevalências de benefícios por doença. Essa baixíssima ocorrência, muito antes de representar uma atividade saudável, representa, na realidade, uma baixa organização da classe no tocante à saúde e segurança no trabalho, associada ao baixo acesso aos serviços especializados de saúde. A falta de caracterização caracterização do nexo faz com que este seja quase inexistente e, com isso, a incapacidade para o trabalho acaba sendo caracterizada como de origem não-relacionada à ocupação, o que gera uma enorme vulnerabilidade empregatícia. Conscientes dessa vulnerabilidade, os trabalhadores procuram suportar ao máximo o quadro incapacitante na tentativa de preservar seus empregos. Ou seja, só dão entrada na licença médica quando é impossível continuar. Em consequência, a doença adquire características clínicas de difícil tratamento, tornando o retorno demorado ou impossível, levando-o à aposentadoria por invalidez. SINPRO RIO RIO (Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região) disponibiliza material sobre a Síndrome de Burnout no portal Saúde do Professor. Professor. Link para baixar: http://www.saudedoprofessor.com.br/Burnout/Arquivos/cartilha.pdf Outras cartilhas: http://www.assediomoral.org/IMG/pdf/download.pdf http://pt.scribd.com/doc/3017297/Cartilha-Burnout-Chafic-Jbeili
Transforme-se, JÁ!
Baixe essa cartilha Acesse: blogger/ProfessorMichaelRocha >> Menu Download
Fontes: http://www.saudedoprofes http://www.sa udedoprofessor.com.br/Bur sor.com.br/Burnout/princi nout/principal.html pal.html http://www.sinprors.or http://www.si nprors.org.br/extra g.br/extraclasse/out06/esp classe/out06/especial2.asp ecial2.asp http://www.sinprors.or http://www.si nprors.org.br/extra g.br/extraclasse/out06/esp classe/out06/especial4.asp ecial4.asp http://www.sinprors.or http://www.si nprors.org.br/extra g.br/extraclasse/out06/esp classe/out06/especial5.asp ecial5.asp http://www.revistaopro http://www.rev istaoprofessor.com.br fessor.com.br/wordpress /wordpress/?p=283 /?p=283 http://www.cnte.org.br http://virtualpsy.locaweb.com.br http://sosindromes.blogspo http://sosindr omes.blogspot.com.br/2008/04/o-que-s t.com.br/2008/04/o-que-sndrome-de-burn ndrome-de-burnout.html out.html Imagens: Imagens: www.google.com.br