Higiene e Segurança no Trabalho
INDÍCE Introdução.............................................................................................................................................3 Risco eléctrico......................................................................................................................................4 Causas do risco eléctrico......................................................................................................................5 Consequências dos riscos eléctricos.....................................................................................................7 Protecção contra riscos eléctricos.........................................................................................................8 Riscos Especiais...................................................................................................................................9 Medidas preventivas contra riscos eléctricos.....................................................................................10 Como actuar em trabalhos com electricidade;...................................................................................11 Como actuar numa emergência:.........................................................................................................11 CONCLUSÃO....................................................................................................................................12 ANEXOS............................................................................................................................................13 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS RISCOS ELÉCTRICOS:.........................................................14 BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................15
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Introdução A corrente eléctrica, vulgarmente conhecida por electricidade, tornou-se em algo imprescindível no nosso dia-a-dia. Apesar de nem sempre nos darmos conta da sua presença, a verdade é que ela está em quase tudo o que utilizamos e muitas vezes é subestimada, o que pode levar a uma utilização incorrecta e a um facilitismo que provocam uma exposição desnecessária ao risco.
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Risco eléctrico Toda
e
qualquer
má
actuação
com
equipamentos
ou
instalações eléctricas, coloca o ser humano numa situação de risco, assim, pode-se definir risco eléctrico como a probabilidade de circulação de uma corrente eléctrica através do corpo humano. Para que exista a probabilidade de circulação de corrente eléctrica é necessário: -um circuito eléctrico; -que esse circuito eléctrico esteja fechado ou possa fechar-se; -que no circuito exista uma diferença de potencial. E ainda:
-que o corpo humano seja condutor; -que o corpo humano faça parte do circuito; -que exista, entre os pontos de entrada e de saída da corrente eléctrica no corpo humano, uma diferença de potencial maior do que zero. Quando há a conjunção dos itens acima referidos, pode-se, afirmar que existe risco de contacto com a corrente eléctrica, portanto, risco de acidente eléctrico.
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Causas do risco eléctrico -Por
sobreaquecimento,
ou
seja,
aumentos
da
temperatura
verificados nos condutores eléctricos, por Efeito de Joule (a passagem da corrente eléctrica através de qualquer substância é acompanhada do desenvolvimento de calor). -Devido ao arco eléctrico, ou seja, devido à quebra de isolamento entre condutores e potenciais diferentes. Sobreaquecimento As principais razões que podem levar ao sobreaquecimento são
as
sobreintensidades,
ou
seja,
correntes
eléctricas
de
intensidade excessiva. Estas, por sua vez, podem ter diversas origens: 1-Sobrecargas – quando a corrente que percorre o condutor é superior à intensidade para a qual ele foi projectado. Esta situação ocorre habitualmente quando se ligam cargas em excesso. 2-Curto-circuito
–
quando
dois
condutores
com
potenciais
diferentes entram em contacto directo ou por intermédio de um material de baixa resistência. 3-Defeitos de isolamento – devido a má execução da instalação ou de equipamentos eléctricos, ao envelhecimento do material, ou ao uso negligente dos cabos de ligação. Avaliação e Controlo dos Riscos
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4-Resistência de contacto – resultante de ligações eléctricas através de contactos imperfeitos, como por exemplo, terminais mal apertados, ligações e emendas de condutores mal executadas ou contactos de órgãos de comando e protecção mal limpos, que provocam uma resistência elevada à passagem da corrente. Arco eléctrico O arco eléctrico pode estar na origem de muitos incêndios, resultante normalmente de: 1- Equipamento em funcionamento normal 2- Equipamento em funcionamento anormal (avaria ou erro de operação) 3- Electricidade estática (acontece quando um corpo inicialmente neutro vai electrizar-se por contacto com um corpo carregado) 4- Descargas atmosféricas
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Consequências dos riscos eléctricos Electrização, electrocussão e destruição de bens Electrização – é a passagem da corrente eléctrica pelo corpo humano e pode ter diversos efeitos, entre os quais: a percepção (sensação de formigueiro)
a paragem respiratória queimaduras (desde superficiais até de 3º grau) tetanizacão (contracção muscular por impulso eléctrico) fibrilhação
ventricular
(contracção
muscular
do
músculo
cardíaco) Nota: A paragem respiratória e a fibrilhação muscular não são interrompidas com o corte da passagem da corrente eléctrica, é necessária intervenção a nível dos primeiros socorros. Electrocussão – acontece quando a pessoa morre na sequência da passagem da corrente eléctrica. Destruição de bens – resultante de incêndios e/ou explosões provocadas por deficiências na instalação eléctrica.
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Protecção contra riscos eléctricos A protecção contra riscos eléctricos depende do tipo de contacto existente, existem fundamentalmente dois tipos de contactos: 1 - Contactos directos – ocorrem quando existe contacto das
pessoas
com
as
partes
activas
dos
materiais
e
dos
equipamentos, ou seja, com as partes sob tensão. Meios de protecção e prevenção contra contactos directos:
Afastamento das partes activas, os condutores activos nus e as peças em tensão deverão estar a uma distância suficientemente segura.
Por isolamento das partes da instalação normalmente sob tensão, as peças em tensão deverão estar resguardadas por obstáculos que lhes impeçam o acesso, tais como coberturas, armários, redes, etc.
Utilizando tensões baixas, não superior a 50 V
2 - Contactos indirectos – ocorrem quando há contacto das pessoas com uma parte da instalação que está acidentalmente sob tensão, normalmente devido a uma avaria.
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Meios de protecção e prevenção contra contactos indirectos:
Sistema de ligação à terra (consiste na união, por meios condutores, de todas as partes metálicas de uma instalação com uma derivação final à terra)
Instalação de um dispositivo que garanta o corte da corrente eléctrica em tempo oportuno
Riscos Especiais
Existem situações que colocam problemas particulares de segurança no que diz respeito a utilização da corrente eléctrica, são elas: -a soldadura por arco eléctrico -os estaleiros de obras -as instalações eléctricas em atmosferas explosivas -as salas de acumuladores -etc.
Em todos estes casos é necessário assegurar a protecção dos trabalhadores através do uso de equipamentos adequados de forma a minimizar a exposição ao risco a que estão sujeitos.
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Medidas preventivas contra riscos eléctricos Dar formação/informação Manter as instalações em bom estado
Evitar sobrecargas e maus contactos Não usar tomadas e fios em mau estado Nunca substituir fusíveis ou disjuntores por ligações directas com arames ou moedas Nunca deixar o ferro eléctrico ligado quando se tiver de fazer outra coisa, pois pode resultar num incêndio Observar se os orifícios e grades de ventilação dos electrodomésticos (como TV, vídeo e microondas) não se encontram tapados Não deixar lâmpadas e aquecedores ligados perto de cortinas, papéis e outros materiais combustíveis Desligar o quadro eléctrico quando se encontrar ausente por tempo prolongado Aplicar em todas as instalações eléctricas sistema de
ligação à terra Não mexer na corrente eléctrica sem ter qualificação para tal Fazer periodicamente a manutenção das instalações eléctricas Não
utilizar
equipamentos
como eléctricos
produtos materiais
de
limpeza combustíveis
para e
inflamáveis
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Utilizar ferramentas normalizadas e apropriadas para
trabalhos eléctricos
Como actuar em trabalhos com electricidade; Desligar o equipamento ou quadro eléctrico Verificar a ausência de electricidade (com “busca-pólos” ou ligando os condutores) Evitar que alguém ligue a instalação colocando um aviso (“quadro desligado”) Usar fatos de trabalho desprovidos de pecas metálicas, óculos, luvas de borracha e botas isolantes Respeitar as instruções do segurança previstas para cada situação
Como actuar numa emergência: Desligar o disjuntor para cortar imediatamente a corrente eléctrica Não tocar no acidentado se este estiver em contacto com a
corrente eléctrica Aplicar os primeiros socorros convenientes Se a situação for grave transportar o acidentado com a máxima urgência para o Hospital
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CONCLUSÃO Assim, a electricidade é a forma de energia mais discreta que existe, não tem cheiro, não se vê nem se ouve e só se pode reconhecer pelos seus efeitos imediatos, por isso a sua utilização exige cuidados especiais. Os acidentes eléctricos acontecem normalmente por ignorância, imprudência ou negligência. Uma actuação incorrecta com a corrente eléctrica pode causar danos graves, lesões irrecuperáveis ou mesmo a morte.
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ANEXOS
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LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS RISCOS ELÉCTRICOS: ⇒ Decreto-Lei nº42.895, de 31 de Março de 1960 alterado pelo Decreto Regulamentar nº56/85 e Decreto Regulamentar n.º14/77 Aprovou o Regulamento de Segurança das Subestações e Postos de Transformação. ⇒ Decreto-Lei nº740/74, de 26/12, alterado por DecretoLei nº303/76 de 26/04 e Decreto-Lei nº77/90 de 12/03 Regulamento de Segurança de Instalações de Utilização de Energia Eléctrica e o Regulamento de Segurança de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas. ⇒ Decreto-Lei nº 117/88, de 12/04/88, alterado pelo Decreto-Lei nº139/95 de 14/06 Fixa os objectivos e condições de segurança a que deve obedecer todo o equipamento eléctrico destinado a ser utilizado em instalações cuja tensão nominal esteja compreendida entre 50 V e 1000 V em corrente alternada ou entre 75 V e 1500 V em corrente contínua ⇒ Decreto-Regulamentar nº 90/84, de 26/12 Aprova o Regulamento de Segurança das Linhas Eléctricas de baixa Tensão
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BIBLIOGRAFIA ⇒ Manual de Higiene e Segurança do Trabalho (Alberto
Sérgio S. R. Miguel – Porto Editora) ⇒ Sites da Internet: http://www.dospotencias.com.ar/seguridad/electricos.htm http://www.latinsalud.com/articulos/00622.asp http://www.inp.cl/inicio/riesg_elct_datep.php http://www.segulab.com/riesgos_electricos.htm http://www.aeportugal.pt http://www.shst.com
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