Serviço Público Federal Ministério da educação Universidade Federal de Sergipe Campus Universitário “Professor Antônio Garcia Filho”
Graduação em Medicina
Sanni Silvino Parente
Revisão: Mecanismo da dor inflamatória
citocinas e outros mediadores, mas segue uma ordem lógica de liberação desses fatores.
Devido a persistência do alta
As citocinas e quimiocinas
pela ação de inflamatórios
são exemplos de mediadores intermediários de origem celular,
nos
tecidos
como TNF-a, IL- 1 e IL-8. Outros
lesionados, na célula nervosa ou no SNC dois efeitos vão surgir na
exemplos de mediadores intermediários são bradicinina e
dor
Alodinia
os fatores do complemento C3a e
(resposta dolorosa a estímulos não álgicos) e hiperalgesia
C5a, esses de origem peptídea e proteinas do plasma:
(diminuição
IL-1 > PGs
estimulo
nociceptivo
intensidade, mediadores
e
interagindo
inflamatória:
do
excitabilidade
de
limiar da
de fibra
nociceptiva, com consequente hipersensibilidade aos estímulos dolorosos de baixa intensidade). No
início
do
processo
inflamatório são liberados alguns mediadores, intermediários,
chamados que agem
estimulando
liberando
ou
os
mediadores finais, responsáveis pela sinalização intracelular e resposta
dolorosa
exacerbada.
Entende-se, portanto, resposta inflamatória
que não
a é
desordenada, como um mar de
IL-8 > aminas simpatomimétias simpatomimétias mediadores finais, representados pelos eicosanoides (prostaglandinas e prostaciclinas), aminas simpáticas, leucotrienos, PAF, histamina e serotonina. Eles interagem com os receptores em nervos aferentes primários, estimulando vias de sinalização intracelular (AMPc, PkA e PKC), modificando o limiar de ativação de canais iônicos (Na, K, Ca), alterando, dessa forma, os potenciais de repouso e
Os hiperalgésicos
diminuindo, consequentemente,
ou por liberarem algum outro
o limiar de ativação.
mediador que atue em sinergismo
A dor periférica crônica é devido
a
sensibilização
neurônios
centrais
associados a nocicepção.
e
de
centros
percepção
da
Mecanismos não neuronais
com outros) podem começar a produzir substancias como radicais
patogênese de doenças inflamatórias, como AR, gota, vasculites. Mecanismos neuronais
que
a
resposta
desencadeada pelo TNF-a é mais expressiva, pois sua liberação induz
a
prostaglandinas
ativação e
Mediadores hiperalgésicos finais
de aminas
simpáticas através da IL-8. Tratando-se da modulação por imunidade adaptativa e padrão de resposta imune do tipo
Th1, são liberadas as interleucinas 15 e 18. Estas induzem umas uma liberação de uma cascata de mediadores seguido da liberação de IFN- gama, endotelina 1 e PGE2. Os AINHs, portanto, tem
eficácia nesse tipo de dor, pois as prostaglandinas medeiam respostas inatas e adaptativas.
Leucocitos Os primeiras
enzimas
proteolíticas e prótons. Essa é a
Mediadores Parece
livres,
neutrófilos são as células do sistema
imune a chegar ao local, quando há perda do controle (por serem alvos de mediadores finais –PGs –
Endotelinas: tem atividade vasoconstrictora e está envolvida no controle do tônus vascular. Participa da gênese da dor inflamatória em processos isquêmicos e doenças vasculares. Substancia P: é um modulador da transmissão, atuando na medula. Liberada durante o processo pelas terminações nervosas livres, atua autocrinamente: Inflamação neurogênica. Bradicinina: Atua ativando e sensibilizando os nociceptores, pela liberação de PGs e aminas simpáticas. Além disso, participa na produção de TNFa. PGs e Aminas Simpáticas: Ligadas a receptores EP e B1/B2 adrenergicos, resppectativamente. Esse receptores, ligados a proteína
G, participam da ativação da
da voltagem após disparo do
Adenil ciclase, aumentando os
potencial
níveis de AMPc. Além disso, esses receptores atuam em
mediadores são capazes de modulá-los, fechando-os,
proteínas especificas: Gq e Gs.
alterando,
As
(ligadas
potencial de repouso que cursa
apenas aos receptores EP) atuam desintegrando o fator
com maior excitabilidade. TRPV1: Chamado de receptor
IP3 em PIP2 e DAG, a elevação
vanilóide, é um canal catiônico
da DAG no meio intracelular atua interagindo com a PKC. Por outro lado, as proteínas Gs atuam desintegrando ATP em AMPc, a elevação do AMPc intracelular ativa a PKA. A PKC estimula os receptores TRPV1. Enquanto a PKC e a PKA tem efeitos negativos sobre os canais Kv e positivos sobre os canais Nav 1.8. Sensibilização retrograda: O próprio neurônio em estado sensibilizado causa liberação de glutamato, atuando de maneira autócrina em receptores NMDA.
não seletivo, mas com certa
proteínas
Gq
Canais iônicos : catiônicos
Canais de Sódio Nav 1.8: expressos em fibras sensitivas de pequeno diâmetro. Os mediadores aumentam sua condutância pela fosforilação por proteínas PKA e PKC. Canais de Potássio: Eles controlam o potencial de repouso das células, sendo responsáveis pela recuperação
de
dessa
ação.
forma,
Os
o
seletividade ao Ca. Expresso em fibras nociceptivas finas, principalmente do tipo C. Ao serem estimulados pelos mediadores, tronam-se mais susceptíveis a estímulos de menor intensidade. Fisiologicamente, participa da transdução
de
estímulos
térmicos, químicos (capsaicina) e endógenos.