Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – Turma 301 Disciplina de Educação para a Diversidade e Inclusão Professor: Vantoir Brancher Alunos: Clarisse, Cristiano, Danusa, Luma Plano de aula aula para o tema: tema: Surdocegueira Surdocegueira
1. Introdução: A surdocegueira surgiu por volta de 1800, com o atendimento a primeira pessoa com esta deficiência. A aceitação do termo surdocego e surdocegueira sem hífen foi proposta por Salvadore Lagatti, em 1991, na IX Conferência Mundial de Orebro – Suécia, pela condição de que a pessoa surdocega possui necessidades específicas para desenvolver comunicação, orientação e mobilidade concomitantes (MAIA, 2005). No Brasil, 8% da população são múltiplos deficientes ou surdocegos. No censo escolar (2006) tivemos o número de 2.773 surdocegos e 77.000 deficientes múltiplos, onde os dados da pesquisa “Jovem e adulto Surdocego no Brasil e suas opiniões” (2003), realizada pela
ONG Grupo Brasil (São Paulo) e a Sense Internacional, apresentam que 48% dessa população são de surdos com baixa visão; 19% são cegos com problemas auditivos e 17% apresentam outros problemas de saúde associados (MENESES, 2010). A surdocegueira é classificada quanto ao período de surgimento – pré-linguística e pós-linguística, e quanto ao nível de funcionamento – baixo, médio e alto. Possui diversas causas, sendo mais frequentes a Rubéola Congênita, a Síndrome de Usher, a Prematuridade e a Toxoplasmose. O processo de aprendizagem do surdocego é complexo, exigindo-se diversas estratégias educacionais, que poderão ser eficientes em alguns casos, em outros não. Entre as dificuldades de aprendizagem, encontram-se as limitações de acesso ao ambiente, dificuldades de atenção para estímulos relevantes, dificuldades na interpretação de informações e dificuldade de generalização (MAIA, 2005). 2. Objetivos:
Definir o conceito de surdocegueira e diferenciá-la das demais deficiências; Compreender o processo de aprendizado de alunos com surdocegueira, de forma teórica e prática; Dissertar criticamente sobre a surdocegueira.
3. Metodologia: A aula iniciará com uma abordagem teórica expositiva do assunto, trazendo-se questionamentos aos alunos pertinentes ao tema e posterior explanação sobre a importância do conhecimento do mesmo, com a postagem de tópicos no quadro branco. Serão explanados alguns dos métodos existentes (Tadoma, Alfabeto datilográfico, linguagem manual) e também mostrado um vídeo. Após o desenvolvimento teórico, dois alunos serão convidados a auxiliar na dinâmica, que será aplicada pelos apresentadores do trabalho conforme a sequência descrita abaixo:
Os dois alunos sentarão no centro da sala (os demais formarão um círculo), sendo demonstrado aos mesmos o método Tadoma, onde cada um deles deve descobrir a palavra pronunciada pelo guia intérprete; Depois eles terão os olhos vendados e lhes será entregue a Tablita Alfabética, onde terão o tempo de dois minutos para adaptarem-se a mesma, tirando-se alguma dúvida existente sobre o seu uso; Então eles receberão a orientação de que deverão pegar dois objetos no fundo da sala (com os ouvidos vedados também), tentando descobri-los através do método de comunicação escolhido; Cada um deles irá calmamente até o fundo da sala e pegará um objeto por vez, retornando ao seu lugar, enquanto os demais alunos observam em silêncio; Será questionado aos demais alunos se os alunos captaram o objeto escolhido; Os alunos retornarão ao fundo da sala e deverão pegar o segundo objeto, trazendo-o também ao seu lugar; Serão retiradas as vendas e os protetores auriculares dos dois alunos, mostrando-lhes o que obtiveram. A aula será concluída com questionamentos aos alunos sobre a eficácia do método de aprendizagem do surdo cego, e sua possibilidade de utilização na Escola regular. Se houver tempo disponível, serão mostrados dois vídeos sobre o dia a dia de uma pessoa com surdocegueira.
4. Duração da aula: 75 minutos. 5. Materiais utilizados:
Recursos audiovisuais (para a aula teórica expositiva); Recursos humanos (dois alunos para a execução da dinâmica); 06 (seis) objetos – copo, telefone, caderno, caneta, lápis, estojo – a serem utilizados na dinâmica; 02 (dois) protetores auriculares (ou objeto com a mesma eficácia); 02 (duas) vendas para os olhos (confeccionadas pelos alunos);
6. Resultado esperado: Compreensão dos alunos em relação ao tema abordado e interação dos mesmos com a dinâmica.
7. Avaliação: Será proposto aos alunos/colegas que elaborem dissertação sobre o tema, definindo-o, classificando-o e comentando sua opinião pessoal sobre o mesmo, num tempo de 10 minutos.
8. Bibliografia utilizada:
MAIA, Shirley Rodrigues. Processos de ensinar e de aprender em alunos com surdocegueira. Ensaios Pedagógicos – Construindo Escolas Inclusivas. Abril de 2005. pp. 101-107. MENESES, Soraya Cristina Pacheco. Implantação de atendimento educacional sistematizado para alunos surdocegos e deficientes múltiplos sensoriais. IV Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade. Secretaria de Educação do Estado de Sergipe, 2010. MORÁN, Adriano. El día a día de un sordociego. ASOCIDE. Vídeo do Youtube. Disponível em: www.youtube/watch Acesso em 08 Maio. 2012. MORÁN, Adriano. El lenguage del tacto. ASOCIDE. Vídeo do Youtube. Disponível em: www.youtube/watch Acesso em 08 Maio. 2012.