SESMT/CIPA/PPRA Calçados X ltda. I. NR-04 – SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho A indústria Calçados X ltda. deverá constituir o SESMT de acordo com a NR-04, como segue: engenheiro de segurança – 1* médico do trabalho – 1* técnicos de segurança – 3 * tempo parcial (mínimo 3 horas)
II. NR-05 – CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes A indústria Calçados X ltda. deverá constituir a CIPA conforme as determinações da NR-05, como segue: Representantes dos Empregados (eleitos em escrutínio secreto): 6 efetivos 5 suplentes Representantes do Empregador (indicados pelo empregador): O empregador deverá garantir que seus indicados tenham representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.
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81
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 8 – Arranjo físico: Calçados X ltda. Representação do mapa de risco Postura e conforto térmico
10 10
corte das mãos e 70 Ruído iluminamento
Almoxarifado Postura e conforto térmico
Perfuração e corte das mãos
90 Postura e conforto térmico
Ruído
10
Ruído
Preparação / Pesponto
Modelagem
Postura e conforto térmico
Pré-fresado Perfuração, corte das mãos e iluminamento
Perfuração, corte das mãos, batidas, e iluminamento
Ruído
Distribuição
Vapores orgânicos e poeiras
140
Produtos químicos em geral
Perfuração, corte das mãos, batidas, e iluminamento
Ruído
Moinho
Postura e conforto térmico
20
Postura e conforto térmico
Batidas, prensamento
Graxas e
20 solventes Ruído
30 Postura e conforto térmico
Revisão Ruído
Corte das mãos, batidas, arranjo físico e iluminamento
Expedição
20 Vapores orgânicos
Postura e conforto térmico
Vapores orgânicos e poeiras Ruído
28
Risco Grande Risco Médio Risco Pequeno
Injetoras
Perfuração e iluminamento
Manutenção Oléo mineral
140
Vapores orgânicos e poeiras
82
20
Ruído
Ruído e Vibração
Prensagem das mãos, queimaduras iluminamento, corte e batida
Bordados Ruído
arranjo físico e iluminamento
Ruído
60
02
Postura e conforto térmico
20
Postura e conforto térmico
Postura e conforto térmico
20
Vapores orgânicos
90 20
Depósito de Inflamáveis
Corte
Ruído
10
Incêndio, explosão, queda, arranjo físico e iluminamento
70
Esteira Montagem
Queda , iluminamento e arranjo físico
Postura e conforto térmico
Postura e conforto térmico
28 Prensagem das mãos, queimaduras iluminamento, corte e batida
Riscos Físicos Riscos Químicos Riscos Biológicos Riscos Ergonômicos Riscos de Acidentes
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SESMT/CIPA/PPRA PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Calçados X ltda. São Paulo, 99 de janeiro de 9999 Calçados X ltda. Rua Sapatos Felizes, 99
At.: Sr. Diretor Sapato
Vimos, por meio desta, encaminhar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA para sua análise e providências cabíveis no que tange ao cumprimento das ações propostas, conforme consta no cronograma aprovado por V.Sa., em reunião datada em dia/mês/ano. O programa deverá ser alterado quando houver mudança no processo de trabalho, arranjo físico, maquinário, exposição a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade. É de responsabilidade da empresa comunicar a este departamento tais mudanças. Colocamo-nos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necessários.
Atenciosamente, De acordo,
Salto Silva Responsável pela Empresa
Engenheiro de Segurança
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83
SESMT/CIPA/PPRA Índice I.
Objetivo
II. Apresentação III. Levantamento da empresa IV. Histórico 4.1 Forma do documento 4.2 Riscos ambientais V. Planejamento do PPRA VI. Prioridades e metas de avaliação e controle 6.1 Prioridades 6.2 Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia 6.3 Registro e divulgação dos dados VII. Estrutura da empresa VIII.Reconhecimento dos riscos 8.1 Análise qualitativa 8.2 Análise quantitativa IX. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação 9.1 Implantação das medidas de controle e avaliação de sua eficácia 9.2 Cronograma proposto X. Conclusão
84
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SESMT/CIPA/PPRA I.
Objetivo
Em atendimento à Portaria 3.214, Norma Regulamentadora nº 09, estamos desenvolvendo o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais na Indústria de Calçados X ltda. Este documento constitui um compromisso da empresa com sua comunidade, tendo como objetivo primordial a preservação da saúde e da qualidade de vida de seus funcionários através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle dos riscos ambientais existentes, ou que venham a existir no ambiente de trabalho, considerando a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A empresa assumirá o compromisso de que o conteúdo deste documento seja efetivamente cumprido, sendo de sua responsabilidade a execução do presente Programa. Os trabalhadores deverão estar cientes dos riscos a que estão expostos, atendendo assim à legislação vigente e viabilizando a participação de todos, empregador e empregados, na implantação e execução do PPRA para que o Programa atinja o seu objetivo.
II. Apresentação Foi executada a cobertura de um ciclo de trabalho, no qual fui (fomos) recepcionado(s) por: Sr. Diretor Sapato
Diretor
Sr. Chefe Depe
Chefe de Departamento Pessoal
Sr. Gerente Sapatos
Gerente de Produção
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85
SESMT/CIPA/PPRA III. Levantamento da empresa Razão Social:
Calçados X ltda.
Local da Visita:
Rua Sapatos Felizes, 99
CEP:
99999-999
Telefone:
0XX-99-999-9999
Fax:
0XX-99-999-9999
CGC:
99.999.999/0001-10
Inscrição Estadual:
999.999.999-999
Código Nacional de Atividade Econômica (CNAE) NR-05:
19.3
N° Funcionários:
600
Grau de Risco:
03
Número da CIPA:
009260
Eleição:
09/03/9999
Posse:
09/04/9999
Área Construída:
2.583 m2
Área do Terreno:
8.600 m2
Piso:
Cerâmica
Parede:
Alvenaria revestida em cerâmica
Cobertura:
Telha de fibrocimento
Aeração:
Natural
Iluminação:
Natural e artificial
Horário de Trabalho:
Administrativo: 08:00-12:00/13:00-17:00h Produção: 06:00-11:00/13:00-16:00h
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SESMT/CIPA/PPRA IV. Histórico Planejar as atividades a serem desenvolvidas no decorrer do período de janeiro a dezembro de 9999 objetivando a prevenção dos riscos ambientais, levantados através de várias ações, com a participação de toda a comunidade. O Programa, além de cumprir o seu objetivo principal, que é preservar a saúde e a integridade dos trabalhadores, deve também considerar a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais existentes.
■ 4.1. Forma do Documento Trata-se de um planejamento de ações integradas com os setores responsáveis pelo desenvolvimento do Programa, principalmente com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
■ 4.2. Riscos Ambientais São considerados como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. 4.2.1. Agentes Físicos são diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas externas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som. 4.2.2. Agentes Químicos são substâncias compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, na forma de poeira, fumo, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo, através da pele ou por ingestão. 4.2.3. Agentes Biológicos são bactérias, fungos, bacilos, parasitas protozoários, vírus, entre outros.
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SESMT/CIPA/PPRA V. Planejamento do PPRA ■ Antecipação e Reconhecimento dos Riscos 5.1. A antecipação deverá envolver análise de projetos de novas instalações, métodos e processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. O processo de reconhecimento consiste em avaliar qualitativa e/ou quantitativamente os riscos ambientais existentes, devendo ser aplicáveis os seguintes itens: a) identificação; b) determinação e localização das fontes geradoras; c) identificação das trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) caracterização das atividades e do tipo de exposição; f) obtenção de dados existentes na empresa indicativos de possível comprometimento da saúde, decorrentes do trabalho; g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; h) descrição das medidas de controle já existentes. 5.2. Sempre que necessário, deverá ser feita a avaliação quantitativa dos riscos envolvidos, para: a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) dimensionar a exposição dos trabalhadores; c) verificar a eficácia das medidas de controle.
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SESMT/CIPA/PPRA VI. Prioridades e Metas de avaliação e controle ■ 6.1. Prioridades Estudos de todos os setores da empresa que apresentaram, na fase de antecipação e reconhecimento, risco potencial à saúde dos trabalhadores e ordenação destes em função da prioridade, levando em consideração o aspecto de gravidade do risco. O controle, na medida do possível, deverá ser constituído de medidas de proteção coletiva, com objetivo de eliminar ou reduzir a formação ou a utilização dos agentes prejudiciais à saúde.
■ 6.2. Implantação de Medidas de Controle e Avaliação de sua Eficácia O estabelecimento de prioridades conterá todas as medidas necessárias e suficientes para eliminação, minimização ou controle dos riscos ambientais. Sua eficácia deverá ser observada por meio de avaliações periódicas e análises por parte do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que deverá subsidiar a reformulação, por ocasião do replanejamento.
■ 6.3. Registro e Divulgação dos Dados 6.3.1. Os registros dos dados constantes neste documento deverão ser mantidos por 20 (vinte) anos, e o registro de dados deverá estar sempre disponível aos trabalhadores interessados, ou seus representantes, e às autoridades competentes. 6.3.2. Os dados deverão ser divulgados aos trabalhadores e conter os riscos ambientais que possam ocorrer nos locais de trabalho, bem como informações sobre os meios disponíveis para preveni-los ou limitá-los.
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SESMT/CIPA/PPRA VII. Estrutura da empresa A empresa Calçados X, localizada em terreno de 8.600 m2, com área construída de 2.573 m2, possui 600 funcionários e produz 4.000 calçados/dia. A empresa está subdividida conforme os setores discriminados abaixo: Setor
Nº de funcionários
Administração
80
Almoxarifado/Depósito de inflamáveis
10
Modelagem
10
Corte
70
Injetoras/Moinho
30
Bordado
20
Distribuição interna/externa
20
Preparação e pesponto
90
Pré-fresado
60
Montagem/esteira
90
140
Controle de qualidade
20
Expedição
30
Manutenção
20
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SESMT/CIPA/PPRA Quadro 9 – Arranjo físico Calçados X ltda. (identificação de pontos de nível de pressão sonora e nível de iluminação).
11 5
6
7
Almoxarifado
31
Corte
Modelagem
52
160 161 163
167 76
Depósito de Inflamáveis
58
57
60
59
62
47 46
30 49
48
50
10
61
122
211
79
82 80
204 203 202
86
91
88
94
93
104
92
103
96
101
97
89
100 99
Moinho
205
85
90
156 157
172
158
173
171
169
179
176
188 189
178 175 212
174
190 67
63 64
193
68 69
194
Revisão 71
195 197
108
128 127 177 170
Manutenção
192
196
126
186 187
199 198
123 125
185
191
200
120
154
184
201
98
153
183
206
124
155
181 182
210 209 208 207
105
87
129
Distribuição 180
84
102
55
45 44
29 28
141 142 143 144 145 146 147 148149150151 152
75
81
95
56
43 42
27 26
121
Pré-fresado
9
53
40
25 24
Preparação / Pesponto
77
83
54
41
39 38
23 22
Bordados
165
74
78
51
36
20
130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140
159
73
8
37
35 34
21
19 18
164
168 166
17 16
33 32
4 162
3
15 14
Esteira Montagem
2
1
13 12
70
72
213
Expedição
65
214
66
215
Injetoras 118
109
111
113 110
115 112
114
106 116 107
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91
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 10 – Fluxograma da indústria Calçados X ltda.
Modelagem
Almoxarifado Depósito de Inflamáveis
Corte
Injetoras
Montagem
Expedição
92
Distribuição
Preparação e Pesponto
Pré-fresado
Bordado
Manutenção
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA VIII. Reconhecimento dos riscos ■ 8.1. Análise Qualitativa ■ Setor Recebimento/Almoxarifado Máquinas e equipamentos: carrinho hidráulico, “pallets”, escadas portáteis, microcomputador, mesa, bancada, máquina de classificar couro, máquina de medir couro. Nº de funcionários: 10 Quadro 11 – Funções: almoxarife e auxiliares.
Funções
Atividades
Almoxarife
Organiza e/ou executa os trabalhos de almoxarifado, como recebimento, estocagem, distribuição, registro e inventário de matérias-primas e mercadorias compradas ou fabricadas, supervisão do depósito de inflamáveis
Auxiliar
Riscos Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura, carregamento de objetos e conforto térmico Acidentes: quedas, arranjo físico, eletricidade, incêndio e explosão
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura, carregamento de objetos e Auxilia o setor no que for necessário conforto térmico Acidentes: quedas, arranjo físico, eletricidade, incêndio e explosão
Quantificação: medições de ruído e iluminação. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras.
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93
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor Planejamento/Modelagem Máquinas e equipamentos: pranchetas, máquinas de pesponto, de corte, facão, chanfradeira, bancada, computadores e mesa. Nº de funcionários: 10 Quadro 12 – Funções: modelista, auxiliar de modelagem e pespontadeira.
Funções
Atividades
Riscos
Modelista
Confecciona matrizes de calçados seguindo desenhos e especificações, utilizando madeira, metal ou papelão para guiar o corte e a montagem das diferentes partes dos calçados
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Auxilia o setor no que for necessário, corta, costura, carimba e cola
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Utiliza a máquina pespontadeira, chanfradeira, para fazer a costura do cabedal e desbaste das peças
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Auxiliar de modelagem
Pespontadeira
Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudos ergonômicos; colocar iluminação suplementar; pintar o ambiente com cores claras; adquirir banqueta e cadeira ergonômicas com encosto lombar, com regulagem de altura e providenciar descanso para os pés.
94
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor Corte Máquinas e equipamentos: balancins e bancadas. Nº de funcionários: 70 Quadro 13 – Funções: cortadores e auxiliar de corte.
Funções
Atividades
Riscos
Cortador
Organiza e/ou executa os trabalhos de almoxarifado, como recebimento, estocagem, distribuição, registro e inventário de matérias-primas e mercadorias compradas ou fabricadas, supervisiona do depósito de inflamáveis
Fisico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte das mãos e eletricidade
Auxiliar de corte
Auxilia na execução das mesmas tarefas do cortador no que for necessário
Fisico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte das mãos e eletricidade
Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; protetor auricular de inserção ou concha; colocação de assentos para serem utilizados por todos durante as pausas.
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95
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor Bordado Máquinas e equipamentos: bancadas de preparação e máquinas de bordar Nº de funcionários: 20 Quadro 14 – Funções: bordadeiras e auxiliares de bordadeira.
Funções Bordadeira
Auxiliar de bordadeira
Atividades
Riscos
Recebe a ordem de serviço, com o modelo do desenho a ser bordado
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte das mãos e eletricidade
Auxilia a bordadeira no que for necessário
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte das mãos e eletricidade
Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; protetor auricular de inserção ou concha; treinamento; colocação de assentos para serem utilizados por todos durante as pausas.
96
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor Injetoras e Moinho Máquinas e equipamentos: moinho, injetora. Nº de funcionários: 30 Quadro 15 – Funções: operadores de injetoras, operadores de moinho e ajudantes gerais.
Funções
Operador de injetoras
Operador de moinho
Ajudante geral/ Misturador
Atividades
Riscos
Opera máquina injetora, manejando dispositivo de controle para moldar
Fisico: ruído, calor e iluminamento Químico: vapores* Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte, queimadura, prensagem das mãos e eletricidade
Opera máquina de moinho, para moagem de plástico e resíduos a serem utilizados nas injetoras
Fisico: ruído e iluminamento Químico: poeiras Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte dos dedos e mãos e eletricidade
Físico: ruído e iluminamento Químico: poeiras Ergonômico: postura e conforto Auxilia o setor no que for necessário térmico Acidentes: corte, queimadura, prensagem das mãos, eletricidade
* Emissão de gases tóxicos que ocorre com o descontrole da temperatura.
Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; implementação de sistema de ventilação geral diluidora; utilização de protetor auricular; isolamento do moinho; treinamento para carregamento de peso; uso de luvas apropriadas; providenciar suporte para sacos de lixo para uso na moagem.
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SESMT/CIPA/PPRA ■ As injetoras deverão atender às cláusulas estipuladas na Convenção Coletiva de Segurança e Saúde das Máquinas Injetoras de Plásticos no que tange às proteções necessárias e à capacitação dos operadores das máquinas injetoras por meio de cursos.
■ Os controles termostáticos devem ser constantemente checados para evitar falhas no sistema que acarretem temperaturas acima da faixa de 200 a 300 °C. Desta forma, os produtos da degradação térmica não são liberados para o local de trabalho.
■ Os trabalhadores que manipulam misturadores e moinhos em geral estão expostos a poeiras suspensas no ar e deverão utilizar protetor respiratório apropriado.
■ Setor Distribuição Interna e Externa Máquinas e equipamentos: bancadas, mesa e microcomputador. Nº de funcionários: 20 Quadro 16 – Funções: encarregado de distribuição e ajudante de distribuição.
Funções Encarregado de distribuição
Ajudante de distribuição
Atividades Distribui o serviço para o setor de preparação e pesponto internamente e externamente (de acordo com o pedido)
Riscos Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico, queda
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto Auxilia o setor no que for necessário térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Quantificação: medições de ruído, calor e iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudo ergonômico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular; nivelamento do piso; melhoria do arranjo físico.
98
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor de Preparação e Pesponto Máquinas e equipamentos: máquina de costura, de rebater costura, de virar, ziguezague, waster, overloque, de debruar, de refilar, de prensar fivelas, rachadeira, chanfradeira, interteladeira, picotadeira, pespontadeira e bancada. Nº de funcionários: 90 Quadro 17 – Funções: pespontadeira, chanfradeira, overloquista, refiladora, auxiliar de produção, picotadeira e passadora de cola.
Funções Pespontadeira
Overloquista
Refilador
Chanfradeira
Picotadeira
Atividades
Riscos
Executa o serviço de costura do cabedal e acabamento em geral em máquinas apropriadas
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Opera máquinas de overloque, fazendo a junção das peças
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Físico: ruído e iluminamento Opera máquinas de refiladeiras para Químico: vapores orgânicos cortar os detalhes que compõem os Ergonômico: postura e conforto térmico calçados Acidentes: arranjo físico e queda
Chanfra as laterais das peças de couro de várias espessuras para facilitar o processo de união destas
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Perfura o couro com vazadores de Ergonômico: postura e conforto vários modelos e tamanhos para dar térmico um efeito visual ao calçado Acidentes: ferimento das mãos, arranjo físico e queda
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99
SESMT/CIPA/PPRA (continuação – quadro 17)
Funções Auxiliar de produção
Passador de cola
Atividades
Riscos
Auxilia em todas as tarefas existentes no setor
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Passa cola manualmente nos detalhes dos calçados
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular; sistema de ventilação geral diluidora (a pesquisar); adquirir cadeiras ergonômicas.
100
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor Pré-fresado Máquinas e equipamentos: prensas, balancins, fresa, lixadeiras, equalizadeira, blaqueadeira e máquina de desenhar sola. Nº de funcionários: 60 Quadro 18 – Funções: cortador, fresador, desenhador de fundo de sola, blaqueador, ajudantes de produção, preparador de vira, preparador de salto e lixador.
Funções
Atividades
Riscos
Ajudante de produção
Executa a função de montagem das solas e palmilhas de acordo com a linha de produção, corte, colagem, prensagem etc.
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Cortador
Utiliza-se do balancim para cortar a sola, entressola, enchimento
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Desenhador de sola
Utiliza a máquina ziguezague, que faz o desenho e a fantasia que vai em volta do solado
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração, arranjo físico e queda
Chanfradeira
Chanfra as laterais das peças de couro de várias espessuras para facilitar o processo de união destas
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração, arranjo físico e queda
Fresador
Blaqueador
Físico: ruído, vibração e Faz a cama de salto, escala, confere, iluminamento Ergonômico: postura e conforto racha e equaliza a espessura do térmico couro Acidentes: arranjo físico e queda
Faz a costura do solado do sapato
Físico: ruído, vibração e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico, queda e ferimento nas mãos
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
101
SESMT/CIPA/PPRA (continuação – quadro 18)
Funções
Lixador
Aplicador de cola
Preparador de vira
Preparador de salto
Atividades
Riscos
Desbasta o excesso do contorno do solado e salto, dá melhor acabamento ao solado e à giga
Físico: ruído e iluminamento Químico: poeiras Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico, queda e ferimento nas mãos
Físico: ruído e iluminamento Passa cola (PVC) no canal do solado Químico: vapores orgânicos e prepara-o para a colagem da vira Ergonômico: postura e conforto térmico e do cabedal Acidentes: arranjo físico e queda
Passa a cola-base para colagem da vira
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Escala e aspera o salto para colagem
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; uso de óculos de segurança para trabalhos na lixadeira; utilização de protetor auricular; sistema de ventilação geral diluidora e/ou local exaustora (a pesquisar).
102
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor de Esteira/Montagem Máquinas e equipamentos: máquina de grampear palmilhas, máquina de moldar contraforte, molina, máquina de fechar lado, blaqueadeira, lixadeira, prensa de calcanhar, rex, charuto, máquina de pregar salto, forno, lustradora, cabine de pintura e bancadas. Nº de funcionários: 140 Quadro 19 – Funções: montadores e ajudantes gerais, blaqueadores, molineiros, operadores de rex, enfumaçadores, montadores de contraforte, pregadores de palmilha, enbonecadores, prensistas.
Funções Montador
Atividades Executa a montagem manual do sapato de acordo com a linha de produção
Riscos Fisico: ruído, vibração e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos
Ajudante geral
Fisico: ruído, vibração e iluminamento Auxilia o setor no que for necessário Químico: vapores orgânicos (colagem, colocação de acessórios) Ergonômico: postura e conforto e na operação de prensa sorveteira térmico Acidentes: ferimento das mãos
Blaqueador
Fisico: ruído, vibração e iluminamento Trabalha na blaqueadeira, fazendo a Ergonômico: postura e conforto união do cabedal ao solado térmico Acidentes: ferimento das mãos e eletricidade
Molineiro
Operador de rex
Trabalha na máquina molina, fazendo a moldagem do cabedal ao solado
Fisico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: eletricidade
Utilizando a máquina rex, retira as rugas do sapato
Físico: ruído, vibração e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos e do rosto e eletricidade
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
103
SESMT/CIPA/PPRA (continuação – quadro 19)
Funções
Atividades
Riscos
Enfumaçador
Executa a pintura do sapato, aplicando intermediário (fixador de brilho), utilizando-se da cabine de pintura
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: dermatite de mãos e eletricidade
Trabalha na lixa boneca, dando polimento à giga e ao salto
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos e eletricidade
Molda o contraforte no cabedal
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos e eletricidade
Pregador de palmilha
Fixa a palmilha no molde com a máquina de pregar tacha e ajuda a montar manualmente a palmilha
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos e eletricidade
Prensista
Trabalha na prensa sorveteira para dar o choque térmico no calçado
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: eletricidade
Embonecador
Montador de contraforte
Quantificação: medições de ruído, calor, agentes químicos e iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudos ergonômico e de eletricidade; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular; sistema de ventilação geral diluidora (a pesquisar); sistema de ventilação local exaustora nas lixadeiras e politrizes (no aguardo destas providências deverá ser utilizado protetor respiratório com filtro para poeiras); implementar as pausas, e revezamento de atividades; adquirir luvas sem falange distal e óculos de segurança; creme protetor para as mãos para as atividades de pintura; providenciar suporte de apoio para a peça a ser pintada pelo enfumaçador; uso de creme protetor para pintura em geral.
104
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor Controle de Qualidade Máquinas e equipamentos: bancadas. Nº de funcionários: 20 Quadro 20 – Funções: inspetor de qualidade e auxiliares.
Funções Inspetor de qualidade
Auxiliar
Atividades
Riscos
Físico: ruído e iluminamento Controla as peças produzidas no que Ergonômico: postura e conforto térmico tange à qualidade e à resistência Acidentes: arranjo físico
Auxilia o inspetor no que for necessário
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Quantificação: medições de iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudo ergonômico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
105
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor Embalagem/Expedição Máquinas e equipamentos: fitadeira, máquina de fita de goma, bancadas. Nº de funcionários: 30 Quadro 21 – Funções: encarregado de expedição, embalador e auxiliares.
Funções
Atividades
Riscos
Encarregado de expedição
Coordena as atividades do setor, conforme os pedidos recebidos
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Embalador
Monta as embalagens, separa os lotes dos clientes, embala e despacha
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Auxiliar
Auxilia nos serviços inerentes ao setor
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Quantificação: medições de ruído, iluminamento. Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudo ergonômico; rebaixar as calhas de iluminação a uma altura de 2,80 m do piso; pintar o ambiente com cores claras; utilização de protetor auricular para os operadores de fitadeiras.
106
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA ■ Setor Manutenção Máquinas e equipamentos: torno, furadeira bancada, esmeril, bancada elétrica, escadas portáteis e lixadeira. Nº de funcionários: 20 Quadro 22 – Funções: encarregado de manutenção, mecânico de manutenção, eletricista e ajudantes gerais.
Funções Encarregado de manutenção
Eletricista
Mecânico de manutenção
Ajudante geral
Atividades
Riscos
Coordena os funcionários do setor, expedindo ordens de serviço
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Executa todos os serviços de manutenção elétrica
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: queda, ferimento das mãos e eletricidade
Executa os serviços de manutenção das máquinas e equipamentos em geral
Físico: ruído e iluminamento Químico: graxas e solventes Biológico: oléo mineral Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: dermatite de mãos, eletricidade e ferimento das mãos
Auxilia nas tarefas elétricas e mecânicas em geral
Físico: ruído e iluminamento Químico: graxas e solventes Biológico: oléo mineral Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: dermatite de mãos, eletricidade e ferimento das mãos
Quantificação: medições de ruído, iluminamento.
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107
SESMT/CIPA/PPRA Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudos ergonômico e de eletricidade; pintar o ambiente com cores claras; protetor auricular de inserção ou concha; creme protetor para as mãos; utilizar protetor respiratório com filtro contra vapores orgânicos por ocasião do manuseio de solventes; utilização de óculos de segurança para as operações em tornos, furadeiras, lixadeiras etc. Para o eletricista, providenciar botas de segurança sem ilhoses e com biqueira de aço, porta-ferramentas, luvas de alta tensão, exigir a qualificação do profissional e cinto de segurança para serviços em altura, adquirir calçados de segurança com biqueira de aço para os serviços de manutenção mecânica.
■ Setor Administração Máquinas e equipamentos: computadores e impressoras, copiadoras, mesas. Nº de funcionários: 80 Medidas de controle: instrução de segurança; exame médico periódico; elaboração de laudo ergonômico; reorganização do arranjo físico (embutir as fiações que se encontram expostas em régua); adquirir cadeiras ergonômicas com encosto lombar e regulagem de altura; observar posição ergonômica, mobiliários e equipamentos necessários (cadeiras, mesas, suporte para os pés, punhos etc.) no uso do computador.
108
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 23 – Funções: gerente financeiro, chefe do departamento pessoal, gerente de vendas, contador, secretárias, vendedores, auxiliares administrativos, telefonista, office boy.
Funções
Atividades
Gerente financeiro
Exerce a gerência das operações financeiras da empresa, trabalhando em escritório e utilizando o computador para consultas
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: quedas e arranjo físico
Chefe do departamento pessoal
Chefia as atividades relacionadas a uma seção de pessoal, organizando e orientando os trabalhos específicos. Uso de microcomputador é eventual.
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: quedas e arranjo físico
Gerente de vendas
Exerce a gerência das atividades relacionadas a vendas, desenvolve seu trabalho externamente e dentro da empresa
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: quedas e arranjo físico
Contador
Organiza e dirige os trabalhos inerentes à contabilidade da empresa, trabalhando em escritório, utilizando o microcomputador para consultas
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: quedas e arranjo físico
Secretárias
Executa tarefas relativas a anotação, redação, utilizando o microcomputador com freqüência, atendimento de telefone e agendamento das atividades
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: quedas e arranjo físico
Vendedores
Executa serviços de atendimento a clientes em seus estabelecimentos comerciais. O trabalho é desenvolvido, basicamente, fora da empresa
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: quedas e arranjo físico
Executa os serviços gerais de escritório, separação e classificação de documentos, digita textos e dá suporte em toda a parte administrativa
Físico: iluminamento Ergonômico: postura e esforço repetitivo Acidentes: quedas e arranjo físico
Auxiliares administrativos
Riscos
Telefonista
Físico: iluminamento Maneja mesa telefônica para Ergonômico: postura estabelecer comunicações internas, Acidentes: quedas e arranjo locais e interurbanas físico
Office boy
Executa serviços externos (de banco, entrega de material)
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: quedas e arranjo físico
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109
SESMT/CIPA/PPRA 8.2. Análise Quantitativa 8.2.1. Instrumental e Metodologia A. Níveis de Pressão Sonora (ruído) Os níveis de pressão sonora foram quantificados utilizando-se decibelímetros, previamente calibrados. As leituras foram efetuadas no circuito de compensação “A” e no circuito resposta lenta, para ruído contínuo, na altura da zona auditiva dos trabalhadores, de acordo com as instruções da Norma Regulamentadora nº 15, Anexo 01 (quadro 24). B. Dosimetria de Ruído Foi quantificada utilizando-se dosímetros, previamente calibrados. As leituras foram efetuadas no circuito de compensação “A” e no circuito de resposta lenta, na altura da zona auditiva dos trabalhadores (quadro 26). Se, durante a jornada de trabalho, ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruídos de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos, combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações:
C1 + C2 + C3…+ Cn T1 + T2 + T3…+ Tn
exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância (quadro 25). Na equação acima temos: Cn, que indica o tempo total em que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico permissível; Tn, que indica a máxima exposição diária segundo os limites de tolerância para ruído contínuo/intermitente.
110
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SESMT/CIPA/PPRA C. Níveis de Iluminamento (lux) Os valores de iluminamento mínimo em serviço para iluminação foram quantificados utilizando-se o aparelho Luxímetro, marca Gossen Pan Lux Eletronic 2, de fabricação alemã. As leituras foram efetuadas de acordo com as instruções da Norma Regulamentadora nº 17, item 17.5.3, ou seja, medidas no campo de trabalho (quadro 24). D. Exposição ao Calor Para a avaliação do calor foram utilizados os seguintes aparelhos:
■ Termômetro de Bulbo Seco (tbs). ■ Termômetro de Globo (tg). ■ Termômetro de Bulbo Úmido Natural (tbn). ■ Aparelho para medição de conforto térmico – Heat Stress Monitor, marca Reuterstokes, modelo RSS 214 – e calibrador de fabricação canadense.
■ Aparelho para medição de conforto térmico – Heat Stress Monitor, marca Quest, modelo Q-15 – e calibrador de fabricação norte-americana. De acordo com a Norma Regulamentadora nº 15, em seu Anexo 3, a exposição foi avaliada através do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG). As medições foram efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida. E. Agentes Químicos A exposição a solventes orgânicos na atmosfera de trabalho foi oriunda da evaporação de formulações de solventes, colas, adesivos e tintas. Para a avaliação da concentração desses agentes químicos na atmosfera de trabalho, foi realizada amostragem de ar passiva na zona respiratória dos trabalhadores, com amostrador TRACEAIR OVM 2, marca K&M, e amostragem ativa no ambiente na altura da zona respiratória dos funcionários, com bomba apropriada (Buck Genie, marca A. P. Buck), operada em baixo fluxo, tendo como coletor tubo de carvão ativado (SKG, modelo 226-01). Foram amostrados trabalhadores pelo critério de grupos homogêneos* de exposição. * Pessoas que executam funções semelhantes
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111
SESMT/CIPA/PPRA As análises das amostras foram realizadas em laboratório especializado, utilizou-se a técnica de cromatografia gasosa/coluna capilar. Os resultados foram expressos em concentração (ppm) de tolueno e n-hexano, solventes mais freqüentes nos insumos considerados. Amostragem pessoal, ativa, na zona respiratória dos trabalhadores, com bomba marca “Buck Genie”, operada em baixo fluxo, tendo como coletor tubo de carvão ativado (método NIOSH – National Institute of Occupational Safety and Health). Reamostragem no mesmo indivíduo.
112
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Almoxarifado 001
Medir área de couro
77
1000
1000
002
Bancada de seleção do couro 1
74
1200
1000
003
Mesa 1
74
700
500
004
Mesa 2
74
1100
500
005
Bancada de seleção do couro 2
74
1500
1000
006
Bancada de seleção do couro 3
74
1450
1000
007
Bancada de seleção do couro 4
74
1000
1000
008
Corredor
74
80/100
200
009
Bancada de apoio
75
90
300
■ Setor de Corte 010
Mesa
80/86
140
500
011
Balancim
82/87
1300
1000
012
Bancada
82/87
350
1000
013
Balancim
82/87
300
1000
014
Bancada
82/87
390
1000
015
Balancim
82/85
900
1000
016
Bancada
82/85
700
1000
017
Balancim
80/86
1400
1000
018
Bancada
80/86
700
1000
019
Balancim
80/84
900
1000
020
Bancada
80/84
400
1000
021
Balancim
81/87
900
1000
022
Bancada
81/87
450
1000
023
Balancim
81/86
900
1000
024
Bancada
81/86
350
1000
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
113
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor de Corte (continuação)
114
025
Balancim
81/85
1000
1000
026
Bancada
81/85
400
1000
027
Balancim
81/84
1300
1000
028
Bancada
81/84
450
1000
029
Balancim
81/84
550
1000
030
Bancada
81/84
320
1000
031
Balancim
80/83
1000
1000
032
Bancada
80/83
450
1000
033
Balancim
81/84
1200
1000
034
Bancada
81/84
350
1000
035
Balancim
81/84
1300
1000
036
Bancada
81/84
250
1000
037
Balancim
81/85
1000
1000
038
Bancada
81/85
700
1000
039
Balancim
81/85
1000
1000
040
Bancada
81/85
450
1000
041
Balancim
81/85
750
1000
042
Bancada
81/85
450
1000
043
Balancim
81/85
1000
1000
044
Bancada
81/85
450
1000
045
Balancim
81/85
800
1000
046
Bancada
81/85
550
1000
047
Balancim
81/84
1000
1000
048
Bancada
81/84
400
1000
049
Balancim
81/84
700
1000
050
Bancada
81/84
400
1000
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor de Corte (continuação) 051
Balancim
81/85
1000
1000
052
Bancada
81/85
450
1000
053
Balancim
81/85
740
1000
054
Bancada
81/85
490
1000
055
Balancim
81/86
1000
1000
056
Bancada
81/86
450
1000
057
Balancim
81/86
900
1000
058
Bancada
81/86
450
1000
059
Balancim
81/87
1000
1000
060
Bancada
81/87
380
1000
061
Balancim
81/87
750
1000
062
Bancada
81/87
200
1000
■ Setor de Revisão 063
Bancada 1
80
1000
1000
064
Bancada 2
80
750
1000
065
Bancada 3
80
980
1000
066
Bancada 4
80
980
1000
067
Máquina de cortar aviamento
80/84
1000
1000
068
Bancada de colagem de aviamento 75/80
350/450
500
069
Bancada de pintura do afil
80
350
500
070
Máquina para rachar fia
86/89
500
500
071
Maquina lixadeira
96
350/450
500
072
Cabine de pintura
80/86
550
500
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
115
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor Pré-fresado
116
073
Balancim 1
93
560
1000
074
Bancada 1
93
600
1000
075
Balancim 2
98
850
1000
076
Bancada 2
98
800
1000
077
Máquina equalizadora
93
800
500
078
Máquina de rachar
90
1000
500
079
Máquina fresa
91/95
400
500
080
Máquina cama de salto
84
450
500
081
Máquina de desenhar sola
85
800
500
082
Máquina carimbadeira
85
800
500
083
Máquina vira falsa
85
600
500
084
Máquina de abrir canaleta
91
300
500
085
Máquina de asperar
85/90
400
500
086
Máquina de halogenar
84
300
500
087
Máquina de passar cola
85/90
150
500
088
Pinheirinho
85/90
300
500
089
Máquina prensa
89/90
150
500
090
Máquina de lixar/asperar
94
300
500
091
Máquina de passar cola base
90
600
500
092
Máquina de asperar borracha
90
700
500
093
Máquina blaqueadeira
94
800
1000
094
Máquina cola base
86
200
500
095
Máquina cola vira/solado
86
300
500
096
Máquina prensa
89/90
150
500
097
Máquina lixação de giga
89
600
500
098
Máquina boneca 1
91
700
500
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor Pré-fresado (continuação) 099
Máquina boneca 2
95
700
500
100
Máquina de frisar
94
200
500
101
Mesa de tinta
88
200
500
102
Forno de aquecimento
88
300
300
103
Máquina de queimar
88
800
500
104
Máquina de lustrar
92
150
500
105
Mesa de revisão
87
600
1000
■ Setor Injetoras 106
Injetora 1
75/85
250
500
107
Bancada 1
75/85
145
500
108
Injetora 2
80/84
300
500
109
Bancada 2
80/84
140
500
110
Injetora 3
80/86
350
500
111
Bancada 3
80/86
350
500
112
Injetora 4
80/86
350
500
113
Bancada 4
80/86
300
500
114
Injetora 5
80/86
350/450
500
115
Bancada 5
80/86
200
500
116
Injetora 6
80/88
320
500
117
Bancada 6
80/88
240
500
118
Injetora 7
80/86
250/300
500
119
Bancada 7
80/86
250/300
500
120
Moinho
97
550
500
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
117
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor Bordados 121
Máquina Bordadeira
84
350
1000
122
Bancada
83
250
1000
123
Máquina bordadeira
84
250
1000
124
Bancada
83
250
1000
125
Máquina bordadeira
84
600
1000
126
Bancada
84
550
1000
127
Máquina bordadeira
85
700
1000
128
Bancada
85
800
1000
■ Setor de Preparação/Pesponto
118
129
Máquina de rachar peça
82
720
500
130
Máquina chanfradeira
83
450
500
131
Máquina chanfradeira
84
700
500
132
Máquina chanfradeira
84
650
500
133
Máquina chanfradeira
84
550
500
134
Máquina chanfradeira
84
700
500
135
Máquina chanfradeira
84
280
500
136
Máquina chanfradeira
84
200
500
137
Máquina chanfradeira
84
240
500
138
Máquina chanfradeira
84
280
500
139
Máquina chanfradeira
84
650
500
140
Máquina chanfradeira
84
550
500
141
Máquina auxiliar
84
700
500
142
Máquina chanfradeira
84
720
500
143
Máquina auxiliar
83
700
500
144
Máquina auxiliar
83
500
500
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor de Preparação/Pesponto 145
Máquina rachadeira
84/85
700
500
146
Bancada conferência
81
450/1000
1000
147
Bancada conferência
81
300/900
1000
148
Máquina carimbadeira
83/89
500
500
149
Máquina carimbadeira 2
83/92
250
500
150
Máquina carimbadeira
83/87
300
500
151
Máquina carimbadeira
80/90
1000
500
152
Máquina carimbadeira
82/89
750
500
153
Máquina carimbadeira
82/92
500
500
154
Máquina carimbadeira
80/88
750
500
155
Máquina entertela
80/93
300
500
156
Máquina cambradeira
80/88
380
500
157
Máquina pesponto
85
800
1000
158
Máquina pesponto
85
750
1000
75
1000
1000
80/87
350
500
■ Modelagem 159
Bancada de corte
160
Máquina carimbadeira
161
Máquina entertela
80
400
500
162
Máquina chanfradeira
80
450
500
163
Bancada colagem
80
550
500
164
Máquina pesponto
84
1000
1000
165
Máquina ziguezague
86
1000
1000
166
Máquina dobra tiras
80
1000
500
167
Máquina tesoura
80
1000
500
168
Bancada
80
1200
500
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
119
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor Manutenção 169
Mesa
70
700
500
170
Esmeril
82
800
500
171
Furadeira de bancada
80
700
500
172
Bancada
75
700
500
173
Torno mecânico
84
400
1000
174
Torno revolver
85
750
1000
175
Fresa
85
700
500
176
Plaina
83
650
500
177
Máquina de solda
82
300
200
178
Bancada elétrica
81
600
500
179
Bancada mecânica
81
450
500
84/91
800
500
■ Setor Montagem/Esteira
120
180
Distribuição calçado na esteira
181
Máquina asperar base
97
400
500
182
Bancada de colagem 1
97
300
500
183
Bancada de colagem 2
90
200
500
184
Forno
92
300
500
185
Máquina calceira
92
300
500
186
Conformadeira de base
92
500
500
187
Retirada de taxa manual
92
600
500
188
Bancada queimar linha
93
400
500
189
Politriz
95
300/500
500
190
Bancada lavar calçado
94
300
500
191
Politriz
94
250
500
192
Cabine de pintura 1
97
700
1000
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor Montagem/Esteira (continuação) 193
Cabine de pintura 2
96
700
1000
194
Cabine de pintura 3
96
500
500
195
Lixadeira
97
250
500
196
Bancada colagem
92
500
500
197
Bancada monta caixa
89
300
500
198
Máquina sorveteira
95
180
500
199
Base para retirar da fôrma
89
180
500
200
Máquina blaqueadeira
107
200
1000
201
Máquina blaqueadeira
108
300
1000
202
Puxar linha manual
106
750
500
203
Bancada pintar canaleta
93
400
500
204
Máquina politriz
93/97
1000
500
205
Máquina pregar salto
103
100
500
206
Cabine de pintura (cera)
95
700
1000
207
Bancada colar calcanheira
95
300
500
208
Máquina politriz
93
240
500
209
Bancada para enrolar bambolim
93
220
500
210
Máquina politriz
92
300
500
211
Bancada de revisão
88
750
1000
■ Setor Expedição 212
Bancada de revisão
72
700
1000
213
Bancada de revisão
72
950
1000
214
Mesa
70
800
500
215
Bancada de encaixotamento
70
800
500
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
121
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor Administrativo
122
216
Mesa 1
65/75
300
500
217
Mesa computador
65/75
800
500
218
Mesa 2
65/75
550
500
219
Mesa computador
65/75
750
500
220
Mesa 3
65/75
650
500
221
Mesa computador
65/75
600
500
222
Mesa 4
65/75
350
500
223
Mesa 5
65/75
380
500
224
Mesa computador
65/75
350
500
225
Mesa 6
65/75
300
500
226
Máquina de datilografia
65/75
320
500
227
Mesa computador
65/75
250
500
228
Mesa 7
65/75
450
500
229
Mesa 8
60/64
600
500
230
Mesa computador
60/64
550
500
231
Mesa 9
59
550
500
232
Mesa computador
60
500
500
233
Mesa 10
60
450
500
234
Mesa computador
72
550
500
235
Mesa 11
68
500
500
236
Mesa 12
68
350
500
237
Mesa computador
70
350
500
238
Mesa 13
70
380
500
239
Máquina de datilografia
65/74
450
500
240
Mesa computador
72
430
500
241
Mesa 14
70
500
500
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 24 – Resposta ao instrumental de ruído e iluminamento (continuação)
Ponto
Locais
Nível de Pressão Sonora dB(A)
Nível de Iluminamento
NBR 5413 Mínimo LUX
■ Setor Administrativo (continuação) 242
Sala de reunião
50
350
300
243
Sala de vendas
60/74
600
500
244
Mesa computador
60/72
700
500
245
Mesa do departamento de pessoal 60/74
650
500
246
Mesa do contador
60/74
350
500
247
Mesa contas a pagar
65/76
480
500
248
Mesa contas a receber
65/76
520
500
249
Mesa da secretária da diretoria
60
600
500
250
Mesa do diretor técnico
60
620
500
251
Mesa do diretor financeiro
60
620
500
252
Sala da telefonista
70/82
300
500
253
Mesa da recepcionista
70/82
750
500
254
Mesa do diretor de produção
60/64
600
500
ABNT-NBR 5.413 – Norma brasileira registrada que visa estabelecer os valores de Iluminação mínimos em serviço de luz artificial, em interiores, onde se realizam atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outros. Para análise do nível de pressão sonora foi usado o limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente (quadro 25), de acordo com o Anexo 1 da Norma Regulamentadora nº 15.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
123
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 25 – Tabela que mostra o limite de tolerância para ruído
Nível de ruído dB(A)
Máxima exposição diária permissível
85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 98 100 102 104 105 106 108 110 112 114 115
8 horas 7 horas 6 horas 5 horas 4 horas e 30 minutos 4 horas 3 horas e 30 minutos 3 horas 2 horas e 30 minutos 2 horas e 15 minutos 2 horas 1 hora e 45 minutos 1 hora e 15 minutos 1 hora 45 minutos 35 minutos 30 minutos 25 minutos 20 minutos 15 minutos 10 minutos 8 minutos 7 minutos
Fonte: NR-15
124
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA B. Dosimetria de Ruído O critério de escolha dos postos que serão avaliados pela dosimetria é definido pelos fatores “intensidade e oscilações de ruído de determinado posto de trabalho”, tendo como objetivo determinar a dose de ruído recebida pelo trabalhador durante sua jornada de trabalho, além do que, trata-se de um documento legal que comprova a exposição ou não do trabalhador aos limites estabelecidos por lei.
B-1 Nome: Função: Setor: Data: Start: End.: Run.: Pause: Dose %: Dose 8h%: Lav dB(A): Max L dB(A): Max P dB(A):
B-2 Nome: Função: Setor: Data: Start: End.: Run.: Pause: Dose %: Dose 8h%: Lav dB(A): Max L dB(A): Max P dB(A):
Sra. Calçado Pespontadeira Pesponto 06/12/2000 07:00h 11:00h 4:00h 0:00h 15 48 79,6 101,0 138,9
Sr. Calçado Pregador de vira Pré-fresado 14/02/2001 07:25h 10:32h 3:02h 0:05h 118 311 93,1 101,4 127,9
Quadro 26A – Distribuição e cumulativo da dosimetria de ruído do ponto B1.
dB(A)
70 75 80 85 90 95 100
Cumulativo Distribuição Distribuição % %
1,8 69,8 19,2 6,6 2,2 0,2 0,0
100,0 98,2 28,4 9,2 2,6 0,4 0,2
Quadro 26B – Distribuição e cumulativo da dosimetria de ruído do ponto B2.
dB(A)
70 75 80 85 90 95 100
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
Cumulativo Distribuição Distribuição % %
0,0 0,4 15,3 19,5 17,9 46,9 0,1
100,0 100,0 99,6 84,3 64,8 46,9 0,0
125
SESMT/CIPA/PPRA Observações: Legendas usadas na dosimetria de ruído
8 horas Dose 8 horas Dose 8 horas Start End Run Pause
= 85 dB(A) = 100% Dose < 100% dentro dos limites por > 100% acima dos limites por = Início da medição em = Final da medição em = Tempo de medição em = Parada do tempo da medição horas/minutos
Dose %
= Representa a quantidade de energia recebida pelo trabalhador, expressa em porcentagem de dose permitida
Dose 8%
= Representa o valor em % da dose extrapolada em um período de 8 horas
= Representa a energia média do nível sonoro Lav ou Leq (nível durante um período de medição, ou seja, o de sonoro contínuo ruído estabilizado contínuo que tem a mesma equivalente) energia acústica que o ruído medido durante o mesmo intervalo de tempo
126
Max L
= É o nível de pressão sonora máximo para um período de medição
Max P
= É o pico de nível de pressão sonora máximo para um período de medição
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA Com relação à dosimetria, foi utilizado para interpretação dos resultados o quadro 27 a seguir, conforme estabelece a norma da Fundacentro – NHT – 06 R/E, de 1985. Quadro 27 – Avaliação da exposição ocupacional ao ruído.
Valor da Dose 8 horas(%)
Situação da Exposição
Consideração Técnica da Situação
Nível de Recomendação
10 a 50
aceitável
—
desejável, não prioritária
60 a 80
aceitável
de atenção
de rotina
90 a 100
temporariamente
séria
preferencial
110 a 300
inaceitável
crítica
urgente
acima de 300
inaceitável
de emergência
imediata
qualquer, havendo níveis individuais acima de 115 dB(A)
inaceitável, recomenda-se interromper
de emergência
imediata
C. Medições de Calor O único local passível de possuir fonte de calor nesta indústria calçadista será o setor de injetoras (quadro 28). Para comprovar a inexistência desta fonte, a exposição ao calor foi avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo” (IBUTG), conforme determina a legislação. Quadro 28 – Medições de calor.
Setor
Sala 4 – Área Produção – Injetora
IBUTG
29,4 °C
TBN
26,0 °C
TBS
33,5 °C
TG
37,3 °C
Tipo de atividade
Moderado
IBUTG = Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo ºC. TBN = Temperatura de Bulbo Úmido Natural ºC. TBS = Temperatura de Bulbo Seco ºC. TG = Temperatura de Globo ºC.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
127
SESMT/CIPA/PPRA As medições foram efetuadas no local onde permanece o trabalhador, na altura da região do corpo mais atingida. Foi considerado como atividade moderada o trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local (quadro 29). Quadro 29 – Limites de tolerância, conforme NR-15 – Anexo 3
Regime de trabalho intermitente com descanso no próprio local de trabalho (por hora)
Tipo de Atividade Leve
Moderada
Pesada
até 30,0
até 26,7
até 25,0
45 minutos trabalho 15 minutos descanso
30,1 a 30,6
26,8 a 28,0
25,1 a 25,9
30 minutos trabalho 30 minutos descanso
30,7 a 31,4
28,1 a 29,4
26,0 a 27,9
15 minutos trabalho 45 minutos descanso
31,5 a 32,2
29,5 a 31,1
28,0 a 30,0
acima de 32,2
acima de 31,1
acima de 30,0
Trabalho contínuo
Não é permitido o trabalho sem a adoção das medidas adequadas de controle
O valor obtido de 29,4 °C está acima do limite de tolerância de 26,7 °C.
D. Avaliação Química As concentrações de tolueno e n-hexano no ambiente de trabalho foram quantificadas por amostragem ativa no ambiente à altura média da zona respiratória dos trabalhadores, obtendo os resultados apresentados no quadro 30. No quadro 31 estão apresentadas as concentrações de tolueno e n-hexano das amostras coletadas de forma passiva na zona respiratória dos trabalhadores.
128
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 30 – Resposta ao instrumental e metodologia. Amostragem ativa de áreas
Setor/Fonte
corte
fonte: cola 70 funcionários
revisão
fonte: solventes 20 funcionários
preparação e pesponto fonte: cola 90 funcionários
pré-fresado fonte: cola 60 funcionários
esteira/montagem fonte: cola e solventes 140 funcionários
modelagem
fonte: solventes, colas e outros 20 funcionários
Ponto
Resultados (ppm) tolueno
n-hexano
13 25 37 49 51 59
25 19 31 14 <10 18
<10 <10 <10 14 19 14
66 72 63 69 63
14 <10 39 37 28
19 11 21 18 22
142 148 138 140 134 130
25 31 14 <10 39 18
21 23 19 33 14 22
75 83 95 82 98 77 94
43 37 39 33 42 39 52
<10 <10 <10 <10 <10 <10 <10
185 210 183 205 191 198 187 200 209 199 197 194 192 182
36 40 39 35 34 37 39 34 39 32 28 34 34 35
28 32 34 30 29 24 28 21 28 24 22 27 28 26
168 161 162 164 168 165
39 37 28 19 31 14 78
21 18 22 24 23 19 50*
limites de tolerância * ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
129
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 31 – Amostragem passiva de funcionários em seus postos (pontos) de trabalho.
Setor/Fonte
corte
fonte: cola 70 funcionários
revisão
fonte: solventes 20 funcionários
preparação e pesponto fonte: cola 90 funcionários
pré-fresado fonte: cola 60 funcionários
esteira/montagem
fonte: cola, solventes e halogenantes 140 funcionários
modelagem
fonte: solventes, colas e outros 20 funcionários limites de tolerância
Ponto
Resultados (ppm) tolueno
n-hexano
17 62 30 41 38 25 46 54 11 52
31 23 51 24 16 25 34 24 19 27
17 16 11 19 25 14 17 12 18 14
64 70 68
24 16 25
19 12 18
147 152 130 133 137 143
31 24 25 30 34 42
23 19 28 14 17 26
104 105 89 98 90 81 73 76
54 31 33 29 34 34 25 46
<10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10
211 209 204 201 198 196 195 185 206 194 188 186 190 181 183 207
27 26 32 29 35 34 37 29 24 29 22 28 24 34 27 32
21 23 27 24 26 25 24 23 19 21 24 19 17 21 18 16
165 160 162 168 159 166
24 16 25 31 24 25
19 12 18 23 19 28
78
50*
* ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists
130
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SESMT/CIPA/PPRA IX. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação Os riscos avaliados no item anterior (VIII. Reconhecimento de riscos) servem de base para as prioridades nas medidas de controle que serão propostas.
■ 9.1. Implantação das medidas de controle e avaliação de sua eficácia 9.1.1. Agentes Químicos 9.1.1.1. Minimização do Risco
■ A minimização e/ou a neutralização do risco deverão ser feitas preferencialmente com a adoção de medidas de proteção coletiva, tais como sistema de ventilação local exaustora nos pontos em que forem encontrados níveis acima do limite de tolerância, ou ainda sistemas de ventilação geral diluidora em casos específicos.
■ Para todos os produtos químicos manuseados na empresa, independentemente de ser um agente de risco, deverá ser feita a normalização quanto aos cuidados e primeiros socorros necessários em caso de acidente, dando conhecimento aos funcionários que o manuseiam.
■ No manuseio de solventes orgânicos em geral, gasolina, querosene, recomendamos o uso de cremes protetores adequados. É importante ressaltar que, no momento da compra, deverá ser salientada a substância manuseada, para que seja adquirido o produto mais adequado.
■ Por ocasião da utilização de solventes orgânicos em geral, thinner, gasolina, querosene, tintas, colas, deverão ser utilizados protetores respiratórios com filtros específicos aos vapores orgânicos, manipulados sempre que não houver equipamento de proteção coletiva eficiente.
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131
SESMT/CIPA/PPRA 9.1.1.2. Controle de Pessoal No período transitório, não há como deixar os trabalhadores da fábrica desprotegidos. Assim sendo, os trabalhadores deverão utilizar os protetores mencionados em itens anteriores. Por ocasião da compra, deverão ser observados o peso, o conforto e a eficiência do produto. Vale ressaltar que os filtros dos protetores respiratórios recomendados têm um período de validade e, uma vez saturados, deverão ser trocados imediatamente. Cabe-nos ainda informar que, mesmo com a utilização de protetores respiratórios, os funcionários deverão ser submetidos a exames médicos peródicos, conforme especifica o PCMSO (NR-07) elaborado pela empresa. 9.1.2. Agentes Físicos Visando proteger a saúde do trabalhador, o atendimento da legislação vigente, a otimização dos recursos da empresa e a minimização dos Riscos Potenciais de Acidentes e Doenças Ocupacionais, sugerimos que, nos setores em que o nível de pressão sonora ultrapasse 85 dB(A) para uma jornada de 8 (oito) horas de exposição, deve-se efetuar um estudo com base em: 9.1.2.1. Controle da Fonte Manutenção constante no tocante não só à troca de peças desgastadas, mas também quanto à lubrificação. 9.1.2.2. Enclausuramento Estudar a possibilidade de enclausuramento dos moinhos (injetoras). 9.1.2.3. Controle de Pessoal Os trabalhadores da produção deverão utilizar protetores auriculares. Cabe-nos ainda informar que, mesmo com a utilização de protetores individuais, os funcionários que estão expostos a ruído intenso deverão submeter-se a testes audiométricos tonais pelo menos para a freqüência de 500, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000, 6.000 e 8.000Hz, por ocasião dos exames médicos admissional, periódico, demissional, de mudança de função e retorno ao trabalho, conforme a Norma Regulamentadora nº 07 do Ministério do Trabalho.
132
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SESMT/CIPA/PPRA 9.1.3. Agentes Biológicos Deverão ser providenciados exames recomendados no PCMSO. 9.1.4. Outros Agentes
■ A legislação se reporta às iluminâncias constantes na NBR 5.413 da ABNT, que recomenda valores mínimos em função do tipo de tarefa executada. No item 6.3.3 estão tabelados os valores medidos e o mínimo de iluminância para cada posto de trabalho. Assim, pode-se constatar a existência de muitos locais na empresa em que os valores medidos encontram-se abaixo dos mínimos estabelecidos e, conseqüentemente, seria necessário estudo para revisão do sistema de distribuição das luminárias ou ampliação do número de lâmpadas.
■ Faz-se urgente a instalação de extintores adequados ao tipo de uso. Para tanto, deverá ser feito um dimensionamento dos extintores com a locação correta destes em planta e posterior instalação in loco. Além disso, deverão ser revisados periodicamente.
■ Os funcionários deverão ser treinados quanto ao uso dos extintores. ■ Deverá ser feita revisão periódica das instalações elétricas da empresa. ■ Para o uso dos computadores, deverão ser providenciadas cadeiras adequadas com assento e encosto ajustáveis à altura da bancada ou mesa em que está instalado.
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133
SESMT/CIPA/PPRA Quadro 32 – 9.2. Cronograma Proposto
Eventos propostos/Mês
Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan
compra dos EPIs
X
treinamento quanto ao uso dos EPIs
X
dimensionamento e instalação dos extintores
X
constituição da brigada de incêndio
X
adequação das luminárias
X
PCMSO
X
ajuste das máquinas objetivando redução de ruído
X
enclausuramento do moinho
X
substituição das cadeiras
X
replanejamento do PPRA
134
X
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SESMT/CIPA/PPRA X. Conclusão Todas as ações propostas no cronograma (quadro 32) e executadas pela empresa deverão ser devidamente documentadas. Por exemplo, no caso dos equipamentos de proteção individual, abre-se uma pasta com as notas fiscais de compra e respectivos CAs (Certificado de Aprovação a ser fornecido pela empresa fornecedora) e de outros serviços propostos. O PPRA e ações a serem desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa são de responsabilidade do empregador. A operacionalização do PPRA consiste em ações executivas e de controle. É um processo contínuo, devendo, portanto, ter um coordenador. Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização de reajustes necessários e esclarecimentos de novas metas e prioridades. Este trabalho visa estabelecer parâmetros que permitam adaptação das condições de trabalho dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Reafirmamos, portanto, que as providências que forem tomadas no sentido de eliminar a insalubridade e/ou riscos não constituem gastos e sim investimentos. Este cronograma foi discutido e aprovado em reunião, com a presença dos senhores Diretor Sapato, Gerente Sapatos, chefe DEPE, engenheiro coordenador, engenheiro de segurança, médico coordenador e representantes da CIPA, em 99/04/99.
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135
SESMT/CIPA/PPRA Responsabilidades Do empregador: Estabelecer, implantar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa. Dos empregados: Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; informar ao seu hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
São Paulo, 01 de maio de 9999.
136
Verifico Segurança
Técnico Seguro
Eng.º Verifico Segurança
Téc. Técnico Seguro
CREA 99.999
CREA 9.999
Teo Seguro Trabalho
Seguros Técnicos
Téc. Teo Seguro Trabalho
Téc. Seguros Técnicos
CREA 99.99
CREA 999
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PCMSO Calçados X ltda. São Paulo, 99 de janeiro de 9999. Calçados X ltda. At.: Sr. Fazedor de Sapatos Encaminhamos para sua apreciação o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) para os funcionários da empresa Calçados X ltda. O programa consta essencialmente de exames médicos e foi elaborado tendo como subsídios: a visita aos postos de trabalho em 99/99/9999 e as informações técnicas recebidas pela empresa nesta data. O programa poderá ser alterado se houver mudança no processo de trabalho, maquinário, exposição a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade. É de responsabilidade da empresa comunicar a este Serviço Médico tais mudanças. Após o recebimento de todos os resultados dos exames complementares e conclusão do atendimento, o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) será emitido em duas vias, sendo a primeira via da empresa e a segunda, do trabalhador. Os casos suspeitos ou diagnosticados de moléstia ocupacional deverão ser notificados ao INSS através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT pela empresa. Após a alta da perícia médica, deverão retornar pessoalmente ao Serviço Médico, munidos da Comunicação de Resultado de Exame Médico – CREM/CPMAT fornecida pelo INSS. O atendimento só será concluído após estes procedimentos. Solicitamos que dúvidas ou informações em relação ao atendimento sejam esclarecidas pelo telefone: 0-XX-99-999.9999. Atenciosamente,
Saúde Sapatos Dr. Saúde Sapatos CRM 99.999 Setor Médico de Saúde do Trabalhador
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137
PCMSO Modelo de: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PCMSO/NR-7 Validade: janeiro/9999 a dezembro/9999
1. Identificação da empresa Empresa:
Calçados X ltda.
CGC: Endereço: Telefone: CNAE: Atividade: Grau de risco: Total de funcionários: Jornada de trabalho: Administrativo: Produção: Médico: CRM: Telefone:
99.999.999/9999-99 Rua Sapatos Felizes, nº 99 0-XX-99 - 999.9999 19,3 Fabricação de calçados 03 600 08:00/12:00 - 13:00/17:00 horas 06:00/11:00 - 13:00/16:00 horas Dr. Saúde Sapatos 99.999 0-XX-99 - 999.9999
■ Setores da empresa Almoxarifado Modelagem Corte Bordado Moinho/Injetoras Distribuição interna/externa Preparação/Pesponto Pré-fresado Esteira/Montagem Controle de qualidade Expedição Manutenção Administração
138
10 funcionários 10 funcionários 70 funcionários 20 funcionários 30 funcionários 20 funcionários 90 funcionários 60 funcionários 140 funcionários 20 funcionários 30 funcionários 20 funcionários 80 funcionários
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PCMSO 2. Desenvolvimento do PCMSO ■ 2.1. Compete ao empregador: a) Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia. b) Custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO. Os órgãos de fiscalização poderão exigir os comprovantes destas despesas, que deverão ser guardados e organizados para serem apresentados em caso de solicitação. c) Indicar, entre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO. d) No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR-4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO.
■ 2.2. Compete ao médico coordenador: a) Planejar e realizar os exames previstos ou delegar a execução para outro médico familiarizado com o programa. b) Não há necessidade de o médico coordenador estar inscrito no Ministério do Trabalho, porém, deve estar inscrito no Conselho Regional de Medicina (CRM) da unidade da federação na qual atua e ser preferencialmente especializado em medicina do trabalho. c) Os exames complementares devem ser realizados por profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. Obs: O programa não necessita ser homologado ou registrado nas DRTs, porém deve ficar em local disponível na empresa e, se houver, nas filiais.
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139
PCMSO ■ 2.3. Os exames médicos ocupacionais que deverão ser realizados são os seguintes: 1.
Exame médico admissional
Conforme determina a NR-7, item 7.4.1, deverá ser realizado antes que o trabalhador assuma as atividades. O exame admissional constará de: 1. Exame clínico ocupacional. 2. Exames complementares realizados de acordo com os termos especificados na NR-7, conforme os riscos ocupacionais do setor onde irá trabalhar. 3. Outros exames, a critério médico, considerando os empregos anteriores do funcionário ou as alterações encontradas no exame clínico. 2. Exame médico periódico Deverá ser realizado conforme determina a NR-7, item 7.4.3.2. O exame periódico constará de: 1. Exame clínico ocupacional. 2. Exames complementares realizados de acordo com os termos especificados na NR-7, conforme os riscos ocupacionais do setor onde trabalha. 3. Outros exames, a critério médico, considerando as alterações encontradas no exame clínico. 3. Exame médico de retorno ao trabalho Conforme determina a NR-7, item 7.4.3.3, deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho do trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto. O exame médico de retorno ao trabalho constará de: 1. Exame clínico ocupacional. 2. Outros, dependendo do motivo do afastamento e da função exercida.
140
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PCMSO 4. Exame médico de mudança de função Conforme determina a NR-7, item 7.4.3.4, será obrigatoriamente realizado antes da data da mudança. Para este fim, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração da atividade, posto de trabalho ou setor que implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança. 1. Exame clínico ocupacional. 2. Outros, conforme a mudança de riscos a que estará exposto. 5. Exame médico demissional Conforme determina a NR-7, item 7.4.3.5, será obrigatoriamente realizado até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de 90 dias, ou conforme negociação coletiva da categoria. O exame médico demissional constará de: 1. Exame clínico ocupacional. 2. Exames complementares, conforme os riscos ocupacionais do setor onde trabalhou. 3. Outros exames, a critério médico, considerando as alterações encontradas no exame clínico. Obs.: De modo geral, não podem ser demitidos trabalhadores doentes e trabalhadoras gestantes.
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141
PCMSO ■ 2.4. Monitoramento biológico indicado por riscos No desenvolvimento deste PCMSO, considerou-se a observação dos riscos com exames a serem realizados de acordo com o quadro 33 abaixo. A seguir, serão expostos os parâmetros químicos e físicos (quadro 34) usados neste monitoramento, conforme orientação da NR-7, adaptada somente para parâmetros avaliados. Quadro 33 – Monitoramento biológico com exames indicado por riscos ambientais.
142
Riscos
Tipo de Exame
Código do Exame
Ergonômico
Exame clínico
1
Físico – Ruído
Audiometria
2
Físico – Calor
Exame clínico
1
Físico – Vibração
Exame clínico
1
Biológico – Vírus, fungos e bactérias
Exame clínico
1
Químico – Tolueno
Dosagem de ácido hipúrico na urina
3
Químico – N-hexano
Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina
4
Químico – Metil-etil-cetona
Dosagem de metil-etil-cetona na urina
5
Químico – Outras substâncias
Critério técnico após identificação
6
Químico – Poeiras (aerodispersóides não fibrogênicos)
Raio X de tórax e espirometria
7
Risco de acidentes
Exame clínico
1
Outros exames complementares indicados a critério médico
8
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PCMSO Quadro 34 – Parâmetros para controle biológico da exposição a alguns agentes químicos (Quadro I – NR-7). Indicador
Índice Biológico Máximo Permitido
Método Analítico
Urina
Metil-etilcetona
2 mg/l
Cromatografia gasosa
Indica que o Final do último ambiente está dia de jornada saturado da de trabalho substância EE
Até 12 meses
Urina
2,5 hexanodiona
5 mg/g de creatinina
Cromatografia gasosa
Indica que o Final do último ambiente está dia de jornada saturado da de trabalho substância EE
Até 18 meses
2,5 g/g de creatinina
Final do último Cromatografia dia de jornada Indica que o de trabalho. gasosa ou ambiente está cromatografia Pode-se fazer a saturado da líquida de alto diferença entre substância EE desempenho pré e pósjornada
Agente Biológico Químico Material Biológico
Metiletilcetona
Nhexano
Tolueno
Urina
Indicador Biológico Análise
Ácido hipúrico
Valor de Referência
Até 1,5 g/g de creatinina
Amostragem
Interpretação
Vigência
Significado: EE – O indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do limite de tolerância, mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico. Fonte de dados do quadro 33 retirada da NR-7, adaptação somente para parâmetros avaliados. “A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do quadro I deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho.” (NR-7, item 7.4.2.1)
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143
PCMSO Quadro 35 – Parâmetros para monitorização da exposição ocupacional a alguns riscos à saúde (Quadro II – NR-7).
Risco
Ruído
Exame Periodicidade Complementar dos Exames Audiometria tonal via aérea Freqüências: 500, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000, 6.000 e 8.000Hz
Admissional, 6 meses após admissão e anual
Telerradiografia Admissional, do tórax trienal se exposição <15 anos, bienal se exposição Aerodispersóides >15 anos não fibrogênicos Espirometria
Admissional e bienal.
Método de Execução
Critério de Interpretação
Otoscopia prévia, repouso acústico do trabalhador >14h, cabine acústica cf. OSHA 81-Apêndice D. calibração do audiômetro segundo a Norma ISO 389/75 ou ANSI 1969
Anexo I da NR-7, Independentemente Portaria 19, que do uso de EPI. estabelece diretrizes e parâmetros mínimos para avaliação e acompanhamento da audição em trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora elevados*.
Radiografia em posição pósteroanterior, técnica preconizada pela OIT, 1980.
Classificação internacional da OIT para radiografias.
Técnica preconizada pela American Thoracic Society, 1987
*Texto adaptado na NR-7, deste manual. Fonte de dados do quadro 35 retirada da NR-7 e da Portaria 19 (adaptação somente para parâmetros avaliados).
144
Observações
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PCMSO ■ 2.5. Exames necessários e sua correlação com os riscos ocupacionais Apresentação de quadros demonstrativos por setor de trabalho, mostrando as funções, os riscos ambientais, o tipo de monitoramento recomendado e sua periodicidade.
■ Setor de Almoxarifado Quadro 36 – Funções: almoxarife e auxiliares
N° de funcionários: 10
Funções
Almoxarife
Auxiliar de almoxarifado
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura, carregamento de objetos e conforto térmico Acidentes: quedas, arranjo físico, eletricidade, incêndio e explosão
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura, carregamento de objetos e conforto térmico Acidentes: quedas, arranjo físico, eletricidade, incêndio e explosão
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
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145
PCMSO ■ Setor Planejamento e Modelagem Quadro 37 – Funções: modelista, auxiliar de modelagem e pespontadeira.
N° de funcionários: 10
Funções
Modelista
Auxiliar de modelagem
Pespontadeira
146
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
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PCMSO ■ Setor Corte Quadro 38 – Funções: cortadores e auxiliares de corte.
N° de funcionários: 70
Funções
Riscos
Cortador
Fisico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Auxiliar de corte
Fisico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Monitoramento
Periodicidade
■ Setor de Bordado Quadro 39 – Funções: bordadeiras e auxiliares de bordados.
N° de funcionários: 20
Funções
Riscos
Bordadeira
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Auxiliar de bordadeira
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Monitoramento
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Periodicidade
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PCMSO ■ Setor Injetoras/Moinho Quadro 40 – Funções: operadores de injetoras, operadores de moinho e ajudantes gerais
N° de funcionários: 30
Funções
Operador de injetoras
Operador de moinho
Ajudante geral/ Misturador
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Fisico: ruído, calor e iluminamento Químico: vapores * Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: corte, queimadura, prensagem das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Fisico: ruído e iluminamento Químico: poeiras Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes : corte dos dedos e mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Raio X do tórax.
Anual. Conforme Portaria 19. Admissional, trienal para exposição <15 anos. bienal para exposição >15 anos. Admissional, bienal. A critério médico.
Físico: ruído e iluminamento Químico: poeiras Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes : corte, queimadura, prensagem das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Raio X do tórax. s
Espirometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Espirometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Admissional, trienal para exposição <15 anos. bienal para exposição >15 anos. Admissional, bienal. A critério médico.
* Emissão de gases tóxicos que pode ocorrer com o descontrole da temperatura.
148
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PCMSO ■ Setor Distribuição Interna e Externa Quadro 41 – Funções: encarregado de distribuição e ajudante de distribuição.
N° de funcionários: 20
Funções
Riscos
Encarregado de distribuição
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Ajudante de distribuição
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Monitoramento
Periodicidade
■ Setor Preparação e Pesponto Quadro 42 – Funções: pespontadeira, chanfradeira, overloquista, refiladora, auxiliar de produção, picotadeira e passadora de cola.
N° de funcionários: 90
Funções
Pespontadeira
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
149
PCMSO (continuação – quadro 42)
Funções
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Chanfradeira
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Picotadeira
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Overloquista
Refilador
150
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
PCMSO (continuação – quadro 42)
Funções
Auxiliar de produção
Passador de cola
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração e corte das mãos
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
151
PCMSO ■ Setor Pré-fresado Quadro 43 – Funções: cortador, fresador, desenhador de fundo de sola, blaqueador, ajudantes de produção, preparador de vira, preparador de salto e lixador.
N° de funcionários: 60
Funções
Ajudante de produção
Cortador
Desenhador de sola
Fresador
152
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda.
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda.
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: perfuração, arranjo físico e queda.
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Físico: ruído, vibração e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda.
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
PCMSO (continuação – quadro 43)
Funções
Blaqueador
Lixador
Aplicador de cola
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Físico: ruído, vibração e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico, queda e ferimento nas mãos
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Físico: ruído e iluminamento Químico: poeiras Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico, queda e ferimento nas mãos
Exame clínico. Audiometria. Raio X do tórax. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Admissional, trienal para exposição <15 anos. bienal para exposição >15 anos.
Espirometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Admissional, bienal. A critério médico.
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
153
PCMSO (continuação – quadro 43)
Funções
Preparador de vira
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico. Raio X do tórax.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico e queda
Preparador de salto
Espirometria.
154
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
Admissional, trienal para exposição <15 anos, bienal para exposição >15 anos. Admissional, bienal.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
PCMSO ■ Setor de Esteira e Montagem Quadro 44 – Funções: montadores, ajudantes gerais, blaqueadores, molineiros, operadores de rex, enfumaçadores, montadores de contraforte, pregadores de palmilha, embonecadores, prensistas.
N° de funcionários: 140
Funções
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Físico: ruído, vibração e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico, queda e ferimento nas mãos
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual Conforme Portaria 19. Semestral.
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual Conforme Portaria 19. Semestral.
Blaqueador
Fisico: ruído, vibração e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Molineiro
Fisico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Montador
Ajudante geral
Fisico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
155
PCMSO (continuação – quadro 44)
Funções
Riscos
Operador de rex
Físico: ruído, vibração e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos, no rosto e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Físico: ruído e iluminamento Químico: vapores orgânicos Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: dermatite de mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual Conforme Portaria 19. Semestral.
Embonecador
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Montador de contraforte
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Pregador de palmilha
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: ferimento das mãos e eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Prensista
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: eletricidade
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Enfumaçador
156
Monitoramento
Periodicidade
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
PCMSO ■ Setor de Controle de Qualidade Quadro 45 – Funções: inspetor de qualidade e auxiliares.
N° de funcionários: 20
Funções
Riscos
Inspetor de qualidade
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Auxiliar
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Monitoramento
Periodicidade
■ Setor de Embalagem/Expedição Quadro 46 – Funções: encarregado de expedição, embalador e auxiliares.
N° de funcionários: 30
Funções
Riscos
Encarregado de expedição
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Embalador
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Auxiliar
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Monitoramento
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
Periodicidade
157
PCMSO ■ Setor de Manutenção Quadro 47 – Funções: encarregado de manutenção, mecânico de manutenção, eletricista e ajudantes gerais.
N° de funcionários: 20
Funções
Riscos
Encarregado de manutenção
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: arranjo físico
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Exame clínico. Audiometria. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. A critério médico.
Eletricista
Físico: ruído e iluminamento Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: queda, ferimento nas mãos e eletricidade Físico: ruído e iluminamento Químico: graxas e solventes Biológico: óleo mineral Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: dermatite de mãos, eletricidade e ferimento nas mãos
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Exame clínico. Audiometria. Dosagem de ácido hipúrico na urina. Dosagem de 2,5 hexanodiona na urina. Dosagem de metil-etilcetona na urina. Outras substâncias indicadas a critério técnico após identificação. Outros exames complementares indicados a critério médico.
Anual. Conforme Portaria 19. Semestral.
Mecânico de manutenção
Ajudante geral
158
Físico: ruído e iluminamento Químico: graxas e solventes Biológico: oléo mineral Ergonômico: postura e conforto térmico Acidentes: dermatite de mãos, eletricidade e ferimento nas mãos
Monitoramento
Periodicidade
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
Semestral. Semestral. A critério médico.
A critério médico.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
PCMSO ■ Setor Administraçâo Quadro 48 – funções: gerente financeiro, chefe do departamento pessoal, gerente de vendas, contador, secretárias, vendedores, auxiliares administrativos, telefonista e office boy.
N° de funcionários: 80
Funções
Riscos
Monitoramento
Periodicidade
Gerente financeiro
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: queda e arranjo físico
Exame clínico. Anual. Outros exames comple- A critério médico. mentares indicados a critério médico.
Chefe do departamento pessoal
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: queda e arranjo físico
Exame clínico. Anual. Outros exames comple- A critério médico. mentares indicados a critério médico.
Gerente de vendas
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: queda e arranjo físico
Exame clínico. Anual. Outros exames comple- A critério médico. mentares indicados a critério médico.
Contador
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: queda e arranjo físico
Exame clínico. Anual. Outros exames comple- A critério médico. mentares indicados a critério médico.
Secretárias
Físico: iluminamento Ergonômico: postura e esforço repetitivo Acidentes: queda e arranjo físico
Exame clínico. Anual. Outros exames comple- A critério médico. mentares indicados a critério médico.
Vendedores
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: queda e arranjo físico
Exame clínico. Anual. Outros exames comple- A critério médico. mentares indicados a critério médico.
Físico: iluminamento Ergonômico: postura e esforço repetitivo Acidentes: queda e arranjo físico
Exame clínico. Anual. Outros exames comple- A critério médico. mentares indicados a critério médico.
Telefonista
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: queda e arranjo físico
Exame clínico. Anual. Outros exames comple- A critério médico. mentares indicados a critério médico.
Office boy
Físico: iluminamento Ergonômico: postura Acidentes: queda e arranjo físico
Exame clínico. Anual. Outros exames comple- A critério médico. mentares indicados a critério médico.
Auxiliares administrativos
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
159
PCMSO Orientações relativas ao atendimento: 1. Previsão de atendimento: 60 dias úteis (exame periódico). 2. 10 funcionários por dia, às 7 horas, para os exames médicos. 3. Os funcionários deverão trazer a carteira profissional e o documento de identidade. 4. Para os exames de retorno ao trabalho deverão trazer CREM/CPMAT (Comunicado de Resultado de Exame Médico) emitido pelo INSS e a carteira profissional. 5. Para os exames de mudança de função deverão trazer um comunicado da empresa informando a atual e a futura função. 6. O encaminhamento deverá ser feito através de guia em duas vias emitida pela empresa, contendo a identificação, o setor, a função e o tipo de exame a ser realizado (admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho ou demissional). Uma via será protocolada e devolvida ao profissional para ser apresentada na empresa e a outra será arquivada neste serviço para controle.
160
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
PCMSO Relatório Anual do PCMSO Exames periódicos previstos conforme número atual de funcionários, 600, na data da elaboração do Relatório Anual (quadros 49 e 50). Não há previsão para exames admissionais, demissionais, de mudança de função e de retorno ao trabalho. Este relatório é planejado pelo médico após um ano de trabalho. As letras foram usadas (de A a BJ) para identificar os resultados de exames alterados. Período de janeiro/9999 a dezembro/9999. Quadro 49 – Planejamento do relatório anual. Número de Número de Resultados Anormais X Exames para 100 ÷ Número o Ano Anual de Seguinte Exames
Setor/Funções
Natureza do Exame
Número Anual de Exames Realizados
Administração 80 funcionários
Avaliação clínica
80
A
A x 100 80
80
Avaliação clínica
10
B
B x 100 10
10
Audiometria
10
C
C x 100 10
10
Avaliação clínica
2
D
D x 100 2
2
Audiometria
2
E
E x 100 2
2
Avaliação clínica
8
F
F x 100 8
8
Audiometria
8
G
G x 100 8
8
Dosagens de 2,5 hexanodiona, ácido hipúrico e MEC
48
H
H x 100 48
48
TGO, TGP, γGT, uréia e creatinina
80
I
I x 100 80
80
Avaliação clínica
70
J
J x 100 70
70
Audiometria
70
K
K x 100 70
70
Avaliação clínica
20
L
L x 100 20
20
Audiometria
20
K
M x 100 20
20
Almoxarifado 10 funcionários
Número de Resultados Anormais
Planejamento e Modelagem – 10 funcionários Modelista 2 funcionários
Auxiliar de Modelagem 2 funcionários Pespontadeiras 6 funcionários
Corte 70 funcionários
Bordado 20 funcionários
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
161
PCMSO (continuação – quadro 49)
Setor/Funções
Natureza do Exame
Número Anual de Exames Realizados
Número de Resultados Número de Anormais X Resultados 100 ÷ Número Anormais Anual de Exames
Número de Exames para o Ano Seguinte
Injetoras e Moinho – 30 funcionários Avaliação clínica
28
N
N x 100 28
28
Audiometria
28
O
O x 100 28
28
Dosagens de 2,5 hexanodiona, ácido hipúrico e MEC
168
P
P x 100 168
168
TGO, TGP, γGT, uréia e creatinina
280
Q
Q x 100 280
280
Operador de moinho 1 funcionário Ajudante Geral/Misturador 1 funcionário
Avaliação clínica
2
R
R x 100 2
2
Audiometria
2
S
S x 100 2
2
Raio X do tórax e espirometria
2
T
T x 100 2
2
Distribuição Interna/Externa 20 funcionários
Avaliação clínica
20
U
U x 100 20
20
Audiometria
20
V
V x 20 20
20
20
W
W x 100 20
20
20
X
X x 100 20
20
Avaliação clínica
70
Y
Y x 100 70
70
Audiometria
70
Z
Z x 100 70
70
Dosagens de 2,5 hexanodiona, ácido hipúrico e MEC.
420
AA
AA x 100 420
420
TGO, TGP, γGT, uréia e creatinina
700
AB
AB x 100 700
700
Operador de Injetora 28 funcionários
Preparação e Pesponto – 90 funcionários Chanfradeira Avaliação clínica 10 funcionários Picotadeira Audiometria 10 funcionários Auxiliar de produção 20 funcionários Passador de cola 20 funcionários Pespontadeira 10 funcionários Overloquista 10 funcionários Refilador 10 funcionários
162
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
PCMSO (continuação – quadro 49)
Setor/Funções
Natureza do Exame
Número Anual de Exames Realizados
Número de Resultados Número de Anormais X Resultados 100 ÷ Número Anormais Anual de Exames
Número de Exames para o Ano Seguinte
Pré-Fresado – 60 funcionários 20
AC
AC x 100 20
20
20
AD
AD x 100 20
20
120
AE
AE x 100 120
120
200
AF
AF x 100 200
200
Avaliação clínica
22
AG
AG x 100 22
22
Audiometria
22
AH
AH x 100 22
22
Avaliação clínica
10
AI
AI x 100 10
10
Audiometria
10
AJ
AJ x 100 10
10
10 + 10
Avaliação clínica
Ajudante de Produção Audiometria 10 funcionários Aplicador de cola Dosagens de 2,5 5 funcionários hexanodiona, ácido hipúrico e MEC Preparador de vira 5 funcionários TGO, TGP, γGT, uréia e creatinina Cortador 10 funcionários Desenhador de sola 2 funcionários Fresador 5 funcionários Blaqueador 5 funcionários
Lixador 10 funcionários
Raio X do tórax e espirometria
10 + 10
AK e AL
AK x 100 10 AL x 100 10
Avaliação clínica
8
AM
AM x 100 8
8
Audiometria
8
AN
AN x 100 8
8
48
AO
AO x 100 48
48
80
AP
AP x 100 80
80
AQ e AR
AQ x 100 8 AR x 100 8
8+8
Dosagens de 2,5 hexanodiona, ácido Preparador de salto hipúrico e MEC 8 funcionários TGO, TGP, γGT, uréia e creatinina Raio X do tórax e espirometria
8+8
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
163
PCMSO (continuação – quadro 49)
Setor/Funções
Natureza do Exame
Número Anual de Exames Realizados
Número de Resultados Número de Anormais X Resultados 100 ÷ Número Anormais Anual de Exames
Número de Exames para o Ano Seguinte
Esteira e Montagem – 140 funcionários Avaliação clínica
90
AS
AS x 100 90
90
Audiometria
90
AT
AT x 100 90
90
Dosagens de 2,5 hexanodiona, ácido hipúrico e MEC
630
AU
AU x 100 630
630
TGO, TGP, γGT, uréia e creatinina
900
AV
AV x 100 900
900
Avaliação clínica
50
AX
AX x 100 50
50
Audiometria
50
AZ
AZ x 100 50
50
Controle de Qualidade 20 funcionários
Avaliação clínica
20
BA
BA x 100 20
20
Audiometria
20
BB
BB x 100 20
20
Embalagem e Expedição 30 funcionários
Avaliação clínica
30
BC
BC x 100 30
30
Audiometria
30
BD
BD x 100 30
30
Montador 30 funcionários Ajudante Geral 30 funcionários Enfumaçador 10 funcionários
Blaqueador 5 funcionários Molineiro 5 funcionários Operador de Rex 5 funcionários Embonecador 10 funcionários Montador de Contraforte 15 funcionários Pregador de Palmilha 20 funcionários Prensista 10 funcionários
164
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
PCMSO (continuação – quadro 49)
Natureza do Exame
Setor/Funções
Manutenção – 20 funcionários Encarregado de Avaliação clínica Manutenção
Número de Resultados Número de Anormais X Resultados 100 ÷ Número Anormais Anual de Exames
Número de Exames para o Ano Seguinte
4
BE
BE x 100 4
4
Audiometria
4
BF
BF x 100 4
4
Avaliação clínica
16
BG
BG x 100 16
16
Audiometria
16
BH
BH x 100 16
16
Dosagens de 2,5 hexanodiona, ácido hipúrico e MEC
96
BI
BI x 100 96
96
TGO, TGP, γGT, uréia e creatinina
160
BJ
BJ x 100 160
160
2 funcionários Eletricista 2 funcionários
Mecânico de Manutenção 4 funcionários Ajudante Geral 12 funcionários
Número Anual de Exames Realizados
3. Programas Complementares de Saúde I. PCA Programa de Conservação Auditiva – PCA
I.A. Objetivo Prevenir a instalação ou a evolução de perdas da audição, junto a uma equipe multidisciplinar (engenheiro, médico, fonoaudiólogo, técnico de segurança, químico, entre outros).
I.B. Atividades I.B.1. Avaliação e monitoramento da exposição (ruído e/ou produtos químicos) • Avaliar a presença de ruído e produto(s) químico(s) no ambiente e a exposição individual a estes.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
165
PCMSO • Avaliar a interferência do ruído na comunicação oral dos trabalhadores e na atenção para sinais sonoros de alerta. • Identificar os setores de risco, o tempo de exposição ao(s) risco(s). • Identificar os tipos de ruído (contínuo, intermitente ou de impacto) e a exposição (direta, de fundo e refletida). • Identificar as fontes emissoras de ruído. • Avaliar a presença de produtos químicos no ambiente e a exposição individual. I.B.2. Medidas de controle ambiental e organizativas • Alterações propostas pela engenharia, conforme Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). I.B.3. Avaliação e monitoramento audiológico • Realização de exames audiométricos de referência e de seqüência, conforme proposto pela Portaria nº 19 (anexo Quadro II – NR-7). • Verificar a eficácia das medidas de controle. I.B.4. Uso de protetores auriculares • Indicação, orientação e treinamento do uso destes. I.B.5. Aspectos educativos • Campanhas e palestras preventivas referentes à saúde do trabalhador enfocando o aparelho auditivo e a voz. I.B.6. Avaliação da eficácia do programa • Deve ser realizada periodicamente, buscando o aperfeiçoamento do programa.
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PCMSO II. Primeiros Socorros “Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação de primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida. Manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.” (NR-7, item 7.5.1) A empresa deverá promover palestras educativas e treinamentos para que seus trabalhadores possam estar preparados para as intercorrências e acidentes durante sua jornada de trabalho. Sugestões para material do estojo de primeiros socorros: 1.
Ataduras de crepe (10, 15 e 20 cm de largura)
2.
Compressas de gaze
3.
Tesoura de ponta romba
4.
Luvas cirúrgicas descartáveis
5.
Esparadrapos
6.
Curativos adesivos
7.
Solução anti-séptica (não alcoólica)
8.
Vaselina líquida
9.
Soro fisiológico (500 ml)
10. Máscara e ambú para ressuscitação respiratória 11. Talas para imobilização 12. Maca rígida para transporte de acidentados, modelo bombeiros 13. Colar cervical 14. Sabão de coco ou sabonete neutro para lavar ferimentos
III. Programa de Higiene Pessoal Palestras educativas periódicas, orientando os trabalhadores para a sua higiene pessoal, prevenindo, desta forma, patologias comumente encontradas entre os trabalhadores. Estas orientações englobam cuidados com uniforme de trabalho, vestimentas pessoais, higiene oral e corporal.
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PCMSO IV. Programa de Alimentação Saudável Orientação aos trabalhadores para se alimentarem de forma adequada. Desta maneira, evitarão doenças nutricionais e carenciais, gastrintestinais e do metabolismo. Poderá incluir orientação dietética dada por nutricionista, refeições realizadas na empresa e diversificação dos alimentos para cada refeição. Aproveitamento de alimentos alternativos.
V. Programas Preventivos De acordo com levantamentos estatísticos realizados pelos médicos, diagnosticar as patologias mais freqüentes na população e então programar palestras para orientar quanto à prevenção. Poderão ser abordados os temas: hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes, obesidade, desnutrição protéico-calórica e outros.
4. Informações Complementares 1. Sempre há a necessidade de se realizar o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Basta, para isso, ter pelo menos 1 (um) funcionário registrado. 2. Não existe a necessidade de haver um médico do trabalho coordenador em empresa do ramo calçadista (grau de risco 3) que tenha até 10 (dez) funcionários. 3. A partir de 500 (quinhentos) funcionários, há a necessidade da empresa, de grau de risco 3, possuir em seu quadro de pessoal um profissional médico do trabalho.
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PCMSO Quadro 50 – Modelo de ASO
SERVIÇO MÉDICO DE SAÚDE DO TRABALHADOR ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL
(
) ADMISSIONAL
( X ) PERIÓDICO
(
) DE MUDANÇA DE FUNÇÃO
(
(
) DEMISSIONAL
) DE RETORNO AO TRABALHO
Atesto que o(a) Sr.(a) FAZEDOR CALÇADO, Prontuário n° 9999, portador(a) do RG 9.999.999-9, CTPS 999/99, com idade de 39 anos, foi clinicamente examinado(a) em 99 de janeiro de 9999, no Setor Médico de Saúde do Trabalhador, sendo considerado(a): ( X ) APTO
(
) INAPTO
para exercer a função de MONTADOR, no Setor de ESTEIRA/ MONTAGEM, na Empresa CALÇADOS X LTDA. Exames complementares a que foi submetido(a): AVALIAÇÃO CLÍNICA: AUDIOMETRIA: URINA I: TGO/TGP/GAMA GT: URÉIA/CREATININA: METIL-ETIL-CETONA:
99 de janeiro de 9999 99 de janeiro de 9999 99 de janeiro de 9999 99 de janeiro de 9999 99 de janeiro de 9999 99 de janeiro de 9999
Riscos ocupacionais a que está exposto(a): TOLUENO, N-HEXANO, METIL-ETIL-CETONA, RUÍDO, REPETIÇÃO DE MOVIMENTOS E POSTURAS INADEQUADAS. Recomendações/observações: ---VALIDADE DESTE ATESTADO: 99 DE JULHO DE 9999. São Paulo, 99 de janeiro de 9999. Recebi cópia:
Fazedor Calçado CALÇADOS X LTDA. – RUA SAPATOS FELIZES N° 99 – TELEFONE: 0XX99-999-9999
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Perfil das Empresas Pesquisadas Perfil das indústrias calçadistas analisadas nas cidades de Birigüi, Franca e Jaú Para a elaboração deste manual, foram pesquisadas 6 empresas em Jaú, 6 empresas em Franca e 5 empresas em Birigüi, perfazendo um total de 17 empresas. A classificação foi baseada no número do CGC de cada empresa. Foram feitas avaliações nas áreas de Engenharia de Segurança do Trabalho, Toxicologia Industrial, Medicina Ocupacional e Fonoaudiologia. Na avaliação de campo executada pela Engenharia, foi utilizada a metodologia qualitativa e quantitativa. Nas análises qualitativas foram avaliados mão-de-obra, funções, edificações, máquinas, acidentes de trabalho, agentes ergonômicos, agentes biológicos e agentes químicos. Nas análises quantitativas foram avaliados o ruído, o calor, a velocidade do ar, o conforto térmico, o iluminamento e os agentes químicos. Foram utilizados equipamentos específicos para as análises, conforme segue: Quadro 51 – Equipamentos específicos utilizados para as análises.
Descrição Dosímetro da marca Bruel Kjaer
Modelo 4436
Decibelímetro da marca Simpson
886
Decibelímetro da marca Bruel Kjaer
2235
Decibelímetro da marca Bruel Kjaer
2236
Conforto térmico da marca Quest
Q-15
Conforto térmico da marca Reuter Stokes
RSS-214
Luxímetro da marca Gossen
PANLUX II
Amostrador passivo Traceair-Ovm2
K&M
Bomba de amostragem Buckgenie
AP BUCK
Tubos de carvão ativado 226-01
SKC
Calibrador da marca A.P. Buck
MINIBUCK
Termohigroanemômetro da marca Kerstel
3000 "POCKET WEATHER METER"
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Perfil das Empresas Pesquisadas Na avaliação médica foram utilizadas fichas contendo dados pessoais dos funcionários, tempo de empresa, antecedentes familiares, queixas relativas a problemas de saúde, citações de uso de equipamento de proteção individual, ocorrências de afastamentos por acidentes e/ou doenças, uso de medicamentos para diversas patologias, antecedentes de doenças pregressas, e foram realizados exames clínicos completos para cada funcionário, perfazendo um total de 1.617 funcionários avaliados, além de exames complementares audiométricos e análise de material biológico. Estabeleceram-se como parâmetros no levantamento de dados as queixas referidas dos trabalhadores e as informações encontradas no exame clínico, distribuindo-as na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) através da identificação do código referente a cada aparelho ou sistema do corpo humano, como segue: Quadro 52 – Classificação Internacional de Doenças – lista tabular de inclusões e subcategorias de quatro caracteres. I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII. IX. X. XI. XII. XIII. XIV. XV. XVI. XVII. XVIII. XIX. XX. XXI.
172
Algumas doenças infecciosas e parasitárias Neoplasias (tumores) Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas Transtornos mentais e comportamentais Definições relativas ao Capítulo V – Transtornos mentais e comportamentais Doenças do sistema nervoso Doenças do olho e anexos Doenças do ouvido e da apófise mastóide Doenças do aparelho circulatório Doenças do aparelho respiratório Doenças do aparelho digestivo Doenças da pele e do tecido subcutâneo Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo Doenças do aparelho geniturinário Gravidez, parto e puerpério Algumas afecções originadas no período perinatal Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratórios não classificados em outra parte Lesões, envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas Causas externas de morbidade e de mortalidade Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com o serviço de saúde
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Perfil das Empresas Pesquisadas Os exames audiométricos foram feitos para possibilitar a realização de pesquisa de dados clínicos e ocupacionais e procuraram atender à Portaria nº 19, de 19/04/1998 (Anexo I). Todos os exames foram realizados em cabina acústica adaptada em unidade móvel ou cabina acústica desmontável instalada dentro das empresas, com audiômetro marca Inter Acoustics modelo AD27, calibrado segundo Norma ANSI. Para a análise química do material biológico, foram coletadas amostras de urina para dosagem de ácido hipúrico (avaliação de tolueno), utilizando-se de cromatografia a gás em coluna empacotada e de 2,5 hexanodiona (avaliação de n-hexano), utilizando-se de cromatografia e gás em coluna capilar. Nas análises de creatinina (fator de correção), utilizou-se espectrofotometria UV visível. As características predominantes verificadas nos dados coletados das empresas calçadistas foram:
■ Mão-de-obra Nas indústrias avaliadas, aproximadamente 60% da mão-de-obra é masculina (figura 32). Trata-se de uma população jovem, sendo 70% compreendida entre 18 e 34 anos, e 24% entre 35 e 50 anos (figura 33). % 100 Sexo feminino Sexo masculino
90 80
68
70 60 50
51
49
40
32
30
61 39
20 10 0
Birigüi (620 funcionários)
Franca (666 funcionários)
Jaú (306 funcionários)
Figura 32 – Distribuição percentual da população avaliada segundo o sexo, por cidade.
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173
Perfil das Empresas Pesquisadas % 100
50 40 30
70 a
66
66
a
62
62
a
58
58
a
54
54
a
50 a
46
50
46 a
a
38 a
34
34
a
30
30
a 26
a
a
22
22
14
18
a
18
os an
2,70 1,44 0,38 0,31 0,25 0,06
<
14
26
0,13
0
8,61 6,91 5,72 42
5,72
38
10
42
19,53 18,15 16,21 13,88
20
Figura 33 – Distribuição percentual da população avaliada segundo a faixa etária .
O grau de escolaridade da população entrevistada está demonstrado na figura 34 abaixo: % 100
50
39,39
30
10
2,32 co 2º m gra pl u et o
co 2º m gra pl u et o in
in
co 1º m gra pl u et o
to be fa al
co 1º m gra pl u et o
0,19
0
an
17,71 22,87
15,26
20
2,14
0,06
0,06
in su co p m eri pl or et o s co up m eri pl or pó et so gr in ad co ua m çã pl o pó et a sgr ad co ua m çã pl o et a
40
Figura 34 – Distribuição percentual dos resultados obtidos segundo o grau de escolaridade.
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Perfil das Empresas Pesquisadas Nas cidades de Birigüi e Jaú, a mão-de-obra é em sua maioria oriunda da lavoura, e o treinamento é feito na própria indústria durante o decorrer do trabalho. Franca dispõe de escola de formação de profissionais do SENAI, possibilitando um treinamento especializado da mão-de-obra, além do aprendizado desenvolvido na própria indústria. O Índice de Massa Corpórea (IMC) é obtido através da divisão do peso do indivíduo em quilogramas, pela altura em metros elevada ao quadrado. Os casos que apresentaram IMC maior que 30 foram orientados a procurar atendimento especializado e tratamento, para evitar as complicações da obesidade (figura 35). % 100 IMC < 20 - indivíduo de baixo peso IMC entre 20/25 - indivíduo normal IMC entre 25/30 - indivíduo com sobrepeso IMC > 30 - indivíduo obeso NR - dados insuficientes para cálculo de IMC
90 80 70 60
53
50
49
50 40 30 20
17
28
20
10
9 5
0
Birigüi (705 exames)
14
21 7
20 5 1
1
Franca (608 exames)
Jaú (304 exames)
Figura 35 – Distribuição percentual dos resultados obtidos segundo o índice de massa corpórea dos trabalhadores avaliados, por cidade.
Foi avaliado o índice de massa corpórea (IMC), verificando-se que a maior porcentagem de trabalhadores encontra-se dentro da faixa de normalidade.
■ Funções As funções com maior número de trabalhadores avaliados são montadores, cortadores, pespontadeiras, lixadores, blaqueadores, requistas, molineiros e auxiliares em geral. Observou-se que a maioria é denominada de acordo com as tarefas executadas e não com o cargo e/ou função existente oficialmente no CBO (Código Brasileiro de Ocupações).
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175
Perfil das Empresas Pesquisadas ■ Edificações Os tipos de edificações avaliadas nas cidades acima referidas apresentam, em sua maioria, ventilação apenas natural e iluminação natural complementada por artificial. Em geral, não há preocupação quanto ao conforto térmico, sendo de grande incidência coberturas tipo côncavas com telhados metálicos sem revestimento termo-acústico. As aberturas para ventilação são projetadas quanto ao seu dimensionamento e o seu posicionamento de forma inadequada.
■ Máquinas Nas indústrias calçadistas encontram-se máquinas como balancim, pespontadeira, rachadeira, chanfradeira, politriz, picotadeira, carimbadeira, calceira, molina, prensa sorveteira, blaqueadeira, rex, ziguezague, charuto, máquina de vira falsa, de passar cola, de pregar palmilha, de moldar contraforte, de prensar calcanhar, de pregar salto, lixadeira comum e lixadeira tipo boneca. As empresas que possuem setor de pré-fresado, além das máquinas acima citadas, possuem outras como equalizadeira, fresa, prensa, máquina de abrir canaleta, de asperar, entre outras. Em Birigüi, muitas empresas possuem setor de injeção, com máquinas injetoras, misturadores e moinhos. Observamos que a maioria das empresas não possui setor de manutenção que execute um trabalho preventivo em suas máquinas, havendo apenas manutenção corretiva, que muitas vezes, é terceirizada.
■ Exposição aos Riscos Ambientais Ergonomia A grande preocupação hoje na indústria calçadista é oriunda dos afastamentos gerados principalmente por doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho, podendo ser decorrentes de problemas ergonômicos (figura 36). Os problemas ergonômicos encontrados são comuns às cidades de Birigüi, Franca e Jaú, gerados principalmente pela ausência de pausas, trabalho em pé, postura inadequada, repetitividade de movimentos, mobiliário inadequado (assentos e altura de bancadas) e inexistência de rodízio de funções em tarefas especializadas.
176
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Perfil das Empresas Pesquisadas % 100 Condições boas Condições razoáveis Condições ruins
90 80 70 60
52
50 40
42
41
37
30
22
20
22
26
33
25
10 0
Birigüi (27 postos)
Franca (60 postos)
Jaú (45 postos)
Figura 36 – Distribuição percentual das análises ergonômicas por cidade.
A biomecânica (figura 37) está relacionada com a força muscular dispendida pelo trabalhador para vencer uma determinada resistência. % 100 Condições boas Condições razoáveis Condições ruins
90 80 70 60 50
41 44
40
27
30 20
33
40
33
38
29
15
10 0
Birigüi (27postos)
Franca (60 postos)
Jaú (45 postos)
Figura 37 – Distribuição percentual das análises biomecânicas por cidade.
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Perfil das Empresas Pesquisadas Problemas relacionados à biomecânica apareceram nas situações descritas abaixo de maneira isolada ou associada:
■ Sustentação de pesos com membros superiores para se evitar deslocamento na vertical ou na horizontal.
■ Trabalhos estáticos ou com elevação dos braços acima do nível dos ombros, ou ainda em trabalho na posição em pé agravado quando da necessidade de apertar pedais. Foram analisados aspectos da lombalgia (figura 38) originários principalmente do levantamento de pesos. % 100 90 80
95
89
81
70
Condições boas = Baixo risco de lombalgia Condições razoáveis = Moderado risco de lombalgia Condições ruins = Alto rico de lombalgia
60 50 40 30 20 10
15
5
4
0
Birigüi (27 postos)
11 0
Franca (60 postos)
0 Jaú (45 postos)
Figura 38 – Distribuição percentual dos riscos de lombalgia por cidade.
Os riscos de lombalgia encontrados nas indústrias calçadistas de maneira geral são pequenos, com exceção dos trabalhos desenvolvidos em moinhos na recuperação de material para injetoras. Foi avaliado o sistema osteomuscular (figura 39), que levou em consideração a inspeção, palpação e movimentação da coluna vertebral, membros superiores e membros inferiores. A constatação de alterações na deambulação ou presença de deformidades nestes segmentos corpóreos foi em cerca de 11%. As alterações do sistema osteomuscular na sua maioria foram levantados em época de baixa produtividade.
178
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Perfil das Empresas Pesquisadas % 100
30 20
13
10
10
10
Franca (608 exames)
Jaú (304 exames)
0
Birigüi (705 exames)
Figura 39 – Distribuição percentual das alterações do sistema osteomuscular por cidade.
Ruído As empresas avaliadas apresentaram níveis de pressão sonora (ruído) que ultrapassam os limites de tolerância. A cidade de Franca apresentou um maior número de setores ruidosos devido ao processo de trabalho utilizar máquinas com níveis de pressão sonora mais elevados, conhecidas como máquinas blaqueadeira e rex, chegando a atingir 113 dB(A). Na ocasião da coleta dos dados, Jaú estava voltada para a produção de sandálias, não utilizando as máquinas acima citadas. As características das edificações aliadas à falta de manutenção preventiva nas máquinas são também fatores responsáveis pelo aumento dos níveis de ruído (figura 40). Os trabalhadores apresentaram queixas fisiológicas auditivas e não auditivas, psicológicas e sociais, também relacionadas ao ruído. %
Acima do limite de tolerância 85 dB(A) Dentro do limite de tolerância 85 dB(A)
100 90
88
85
80
65
70 60 50
35
40 30 20 10
15
12
0
Birigüi (1.481 pontos)
Franca (1.371 pontos)
Jaú (808 pontos)
Figura 40 – Distribuição percentual dos pontos dos níveis de pressão sonora por cidade. SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
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Perfil das Empresas Pesquisadas Uma das queixas fisiológicas auditivas analisadas nos exames audiométricos foi a alteração auditiva sugestiva de Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) (figura 41). A população de trabalhadores avaliados foi predominantemente jovem (inferior a 30 anos). Vale ressaltar que a população que permanece exposta a ruído intenso sem que medidas preventivas sejam tomadas provavelmente terá um índice de alteração auditiva sugestiva de PAIR agravado. %
Audição normal Alteração auditiva não sugestiva de PAIR Alteração auditiva sugestiva de PAIR
100 90 80
81
79
70
67
60 50 40 30 20 10
10
14
9
19
18 3
0
Birigüi (620 exames)
Franca (666 exames)
Jaú (306 exames)
Figura 41 – Distribuição percentual dos resultados obtidos nos exames audiométricos.
Os dados dos efeitos fisiológicos não auditivos (figura 42) a seguir foram obtidos através de queixas dos funcionários no questionário aplicado ou por achados de exame clínico. %
100
Alteração osteo-articular muscular Alteração circulatória Alteração digestiva
50 40
28
30 20 10
13 13
6
11
13
11
7
6
0
Birigüi (705 exames)
Franca (608 exames)
Jaú (304 exames)
Figura 42 – Distribuição percentual dos efeitos fisiológicos não auditivos da exposição ao ruído.
180
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Perfil das Empresas Pesquisadas A grande maioria relata que o nervosismo é o efeito psicológico (figura 43) que mais incomoda o dia-a-dia dos trabalhadores. % 100 Nervosismo Irritação Ansiedade
90 80
65
70 60 50
48
40
57 57
57 45 44
39 40
30 20 10 0
Birigüi (620 exames)
Franca (666 exames)
Jaú (306 exames)
Figura 43 – Distribuição percentual dos efeitos psicológicos da exposição ao ruído.
Segundo a figura 44 abaixo, observa-se que pessoas que trabalham expostas ao ruído intenso apresentam queixas relacionadas ao seu convívio social, uma vez que relatam diminuição de concentração e memória, resultando no isolamento social. % 100 Isolamento social Diminuição da concentração Diminuição da memória
90 80 70 60 50 40 30 20
33 17 17
10
25
28 27 15 15
18
0
Birigüi (620 exames)
Franca (666 exames)
Jaú (306 exames)
Figura 44 – Distribuição percentual dos efeitos sociais da exposição ao ruído.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
181
Perfil das Empresas Pesquisadas Verifica-se na figura 45 que a atividade de lazer predominante da população pesquisada é freqüentar shows musicais, compatível com a faixa etária (inferior a 30 anos). % 100
Freqüentar shows musicais Freqüentar cultos religiosos Uso de walkman/discman
70 60
40 30
36
28
26
23
20 10
53
46
50
6
6
12
0
Birigüi (620 exames)
Franca (666 exames)
Jaú (306 exames)
Figura 45 – Distribuição percentual dos hábitos auditivos extraocupacionais dos trabalhadores.
182
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Perfil das Empresas Pesquisadas Calor As avaliações de campo foram realizadas nos meses de outubro a março, período em que a temperatura é predominantemente elevada nessas regiões. As medições de temperatura apresentaram valores de IBTUG acima do limite de tolerância, que é de 26,7 ºC para atividades moderadas, chegando a atingir 40,1 ºC, fator extremamente preocupante (figura 46). % 100 90
89
79
80
Acima do limite de tolerância Dentro do limite de tolerância 26,7 ºC para trabalho moderado
70 60
53
47
50 40 30 20
11
10
21
0
Birigüi (46 setores)
Franca (33 setores)
Jaú (32 setores)
Figura 46 – Distribuição percentual do conforto térmico – Tipo de atividade moderada.
A equipe médica avaliou alterações do aparelho circulatório (figura 47), de pele e de níveis pressóricos, que também podem ser influenciadas pelas temperaturas elevadas. %
100
40
28
30 20 10
13
7
0
Birigüi (705 exames)
Franca (608 exames)
Jaú (304 exames)
Figura 47 – Distribuição percentual das alterações do aparelho circulatório dos trabalhadores por cidade.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
183
Perfil das Empresas Pesquisadas Estas alterações englobam as queixas referidas em relação ao sistema circulatório, como alterações da pressão arterial, presença de varicosidades ou varizes de membros inferiores. Pode-se observar que em Birigüi ocorreram mais alterações relativas ao sistema osteoarticular muscular e em Franca do sistema circulatório (figura 42). Analisando-se as alterações em relação à pele, há uma série de aspectos que devem ser levados em consideração:
■ Condições precárias de higiene corporal que podem predispor a infecções cutâneas (figura 48).
■ Vestuário com manutenção deficiente facilitando a contaminação com que substâncias fiquem em contato com a pele por maior tempo.
■ Causas indiretas ou fatores predisponentes: ■
Idade – a pele do indivíduo idoso em geral é mais espessa que a do jovem, protegendo-o mais.
■
Sexo – as mulheres parecem ter graus menos intensos de dermatoses e de remissão mais rápida.
■
Raça – as pessoas de pele clara têm menor proteção solar.
■
Clima – calor e umidade podem predispor ao aparecimento de dermatoses infecciosas e não infecciosas.
■
Antecedentes de doenças – indivíduos atópicos toleram muito pouco temperaturas elevadas e estão propensos a desenvolver dermatoses do tipo irritativo. Já os portadores de acne ou eczema seborréico pioram seus quadros em contato com a óleos, ceras e graxas.
■
Condições de trabalho – trabalhadores que não utilizam equipamentos de proteção individual entram mais em contato com produtos que podem sensibilizá-los
.
■ Causas diretas: ■
Agentes químicos – substâncias orgânicas (solventes) e inorgânicas que podem ser irritantes e sensibilizantes.
■
Agentes físicos – radiações ionizantes, raios solares, vibrações, que podem provocar lesões do tipo calosidade, e temperatura.
184
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Perfil das Empresas Pesquisadas ■
Agentes de acidentes – ação friccional geralmente nas polpas digitais, eletricidade, traumatismos (escoriações até cortes).
■
Agentes biológicos – bactérias, fungos e leveduras.
%
100
50
35
40 30
16
15
20 10 0
Birigüi (705 exames)
Franca (608 exames)
Jaú (304 exames)
Figura 48 – Distribuição percentual das alterações de pele dos trabalhadores por cidade.
O estudo realizado baseou-se no levantamento dos níveis pressóricos (figura 49) constantes da avaliação clínica. O critério estabelecido para se considerar o indivíduo dentro da normalidade foi o de apresentar pressão arterial diastólica (mínima) até 90 mmHg e pressão arterial sistólica (máxima) até 140 mmHg. % 100
86
90
90
80
80
Níveis pressóricos alterados no momento da avaliação Níveis pressóricos dentro da normlidade NR - dados insuficientes para conclusão
70 60 50 40 30 20 10 0
11
20 3
Birigüi (705 exames)
0 Franca (608 exames)
5
5
Jaú (304 exames)
Figura 49 – Distribuição percentual dos níveis pressóricos dos trabalhadores por cidade.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
185
Perfil das Empresas Pesquisadas Os trabalhadores que apresentaram valores alterados foram orientados a fazer acompanhamento médico com o intuito de efetuar a confirmação da alteração da pressão arterial. Iluminação Conforme medições realizadas, observou-se que as empresas analisadas apresentam grandes deficiências de iluminamento (figura 50) na maioria dos setores, o que pode possibilitar a fadiga, acarretando o aumento do índice de acidentes do trabalho e a diminuição da qualidade e da produtividade. Os fatores que mais contribuem para esta situação são:
■ Luminárias mal posicionadas quanto à altura e à distribuição. ■ Falta de iluminação suplementar nas máquinas. ■ Paredes e telhados escuros. ■ Baixos níveis de iluminação natural. % 100
Dentro dos índices de iluminância conforme NBR 5.413 Abaixo dos índices de iluminância
90 80 70 60
65
62
52
50 40
38
48 35
30 20 10 0
Birigüi (893 pontos)
Franca (1.061 pontos)
Jaú (556 pontos)
Figura 50 – Distribuição percentual dos índices de iluminância por cidade.
186
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
Perfil das Empresas Pesquisadas Os dados da figura 51 foram obtidos através de observações de alterações de conjuntiva e queixas de acuidade visual. %
100
50 40 30 20
9
4
10 0
Birigüi (705 exames)
Franca (608 exames)
1 Jaú (304 exames)
Figura 51 – Distribuição percentual das alterações visuais dos trabalhadores por cidade.
Biológico O risco biológico está presente nas tarefas de limpeza e faxina dos sanitários. Químico O risco químico foi avaliado em relação à exposição ocupacional a tolueno e n-hexano, solventes freqüentemente encontrados nas formulações dos produtos químicos utilizados na produção de calçados. Esta avaliação ocorreu pela análise das concentrações nos ambientes e pelos efeitos nos funcionários. Para a determinação das concentrações nos ambientes, foram coletadas amostras de ar de forma passiva, com monitores fixados junto à zona respiratória de aproximadamente 10% dos funcionários, e, de forma ativa, utilizando-se bombas com monitores estrategicamente distribuídos pelos ambientes da produção. Estas amostras foram analisadas em laboratório de toxicologia por cromatografia a gás em coluna capilar e os resultados foram comparados aos limites de tolerância estabelecidos, 78 ppm para tolueno e 50 ppm para nhexano, considerando que 50% destes limites correspondem aos limites de ação. Através destas análises, observou-se também a presença de acetona e de acetato de etila e/ou metil-etil-cetona.
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187
Perfil das Empresas Pesquisadas Para a determinação dos efeitos da exposição, foi colhida uma amostra de urina de aproximadamente 30% dos funcionários da produção (quadro 54). Estas amostras foram analisadas em laboratório de toxicologia por cromatografia a gás em coluna empacotada e em coluna capilar para a determinação de ácido hipúrico e 2,5 hexanodiona que avaliam tolueno e n-hexano. Os resultados foram corrigidos pelo valor de creatinina, determinada por espectrofotometria UV/V, conforme disposição legal (NR-7). Quadro 53 – Número de amostras colhidas para análise.
N de amostras Urina
Birigüi 158
Franca 140
Jaú 259
Total 557
Ar passivo
51
62
50
163
Ar ativo
46
63
53
162
o
Análise das amostras de ar Através destas análises, foi detectada qualitativamente a presença de acetona e de acetato de etila nos ambientes. Desta constatação qualitativa sugere-se uma investigação mais detalhada para a determinação das concentrações desses solventes orgânicos, bem como para a avaliação de impregnações por outras substâncias. Na comparação por cidade observou-se que as empresas visitadas em Franca apresentaram mais ambientes inadequados, tanto em relação a tolueno quanto em relação a n-hexano, enquanto que as de Birigüi apresentaram situação oposta, como mostram as figuras 52 e 53.
188
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
Perfil das Empresas Pesquisadas % 100
95
92
90
Resultados abaixo do nível de ação Resultados no nível de ação Resultados acima do limite de tolerância
87
78
80 70 60 50 40 30 20
15
10
2
0
7
3
Birigüi (101 amostras)
Franca (129 amostras)
6
9
2
Jaú (103 amostras)
4
Total (333 amostras)
Figura 52 – Distribuição percentual de amostras com concentração de tolueno acima dos limites de ação e de tolerância, por cidade.
% 100
100
92
90
91
84
Resultados abaixo do nível de ação Resultados no nível de ação Resultados acima do limite de tolerância
80 70 60 50 40 30 20
8
10 0
0
0
8
3
5
4
5
Birigüi (101 amostras) Franca (129 amostras) Jaú (103 amostras) Total (333 amostras) Figura 53 – Distribuição percentual de amostras com concentração de n-hexano acima dos limites de ação e de tolerância, por cidade.
Na comparação por setor, foi observado pela análise de tolueno que o setor pré-fresado apresenta a maior incidência de ambientes inadequados, seguido por acabamento, monta-
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189
Perfil das Empresas Pesquisadas gem e pesponto, enquanto pela análise de n-hexano o setor de pesponto é o de maior incidência de ambientes inadequados, seguido por acabamento e montagem, como mostram as figuras 54 e 55. %
100
100
91
90
88
Resultados abaixo do nível de ação Resultados no nível de ação Resultados acima do limite de tolerância
87
80 70
69
60 50 40 30 20
17
10
14
0 Pré-fresado (42 amostras)
8
6 3 Pesponto (68 amostras)
13 4
0
Montagem Acabamento (160 amostras) (30 amostras)
0 0 Outros (33 amostras)
Figura 54 – Distribuição percentual de amostras com concentração de tolueno acima dos limites de ação e de tolerância, por setor.
% 100
100
100
91
90
90
82
80
Resultados abaixo do nível de ação Resultados no nível de ação Resultados acima do limite de tolerância
70 60 50 40 30 20
13
10 0
0 0
5
Pré-fresado Pesponto (42 amostras) (68 amostras)
4 5 Montagem (160 amostras)
10 0 Acabamento (30 amostras)
0 0 Outros (33 amostras)
Figura 55 – Distribuição percentual de amostras com concentração de n-hexano acima dos limites de ação e de tolerância, por setor.
190
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Perfil das Empresas Pesquisadas Foi detectada qualitativamente a presença de acetona e de acetato de etila ou metil-cetona nos ambientes avaliados, principalmente os da cidade de Birigüi, como ilustram as figuras 56 e 57. % 100
99
90
78
80
81
90
70 60 50 40 30 20 10 0
Birigüi
Franca
Jaú
Total
Figura 56 – Demonstrativo por cidade da porcentagem de amostras que continham acetona.
% 100 90 80 70 60
64 38
50 40
31
30
20
20 10 0
Birigüi
Franca
Jaú
Total
Figura 57 – Demonstrativo por cidade da porcentagem de amostras que continham acetato de etila e/ou metil-etil-cetona.
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
191
Perfil das Empresas Pesquisadas Os setores pré-fresado, montagem, pesponto e acabamento foram os ambientes que apresentaram a maior incidência da presença de acetona, como ilustram as figuras 58 e 59. % 100
95
90
91
95
80
70
70 60
45
50 40 30 20 10 0
Pré-fresado
Pesponto
Montagem
Acabamento
Outros
Figura 58 – Demonstrativo por setor da porcentagem de amostras que continham acetona.
% 100 90 80 70 60 50 40
45
40
40 27
30 20
15
10 0 Pré-fresado
Pesponto
Montagem
Acabamento
Outros
Figura 59 - Demonstrativo por setor da porcentagem de amostras que continham acetato de etila e/ou metil-etil-cetona.
192
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Perfil das Empresas Pesquisadas Análise em material biológico Foram observados resultados semelhantes em relação à concentração da exposição ocupacional nos funcionários, em que apenas 1% das amostras de urina coletadas apresenta valores de ácido hipúrico acima do valor de referência (1,5 g/g de creatinina). Nenhuma amostra apresentou valores acima dos índices biológicos máximos permitidos. Não há valor de referência para 2,5 hexanodiona. Comparativo das entrevistas com funcionários Foi aplicado um questionário a cerca de 20% da população trabalhadora avaliada clinicamente e a empresários (quadro 54), visando obter informações sobre as relações sociais entre os funcionários e suas condições de trabalho. Quadro 54 – Número de entrevistas realizadas por cidade.
Cidade
Trabalhadores Entrevistas com entrevistados empregador
Birigüi
120
3
Franca
116
5
Jaú
53
6
Analisando o quadro 55, observa-se que os trabalhadores iniciaram as atividades laborais na faixa abaixo dos 15 anos de idade, caracterizando “trabalho infantil”. Segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho, quanto mais jovem ingressa no trabalho, mais vulnerável fica o trabalhador aos riscos físicos, químicos e de outros tipos que podem incidir nos locais de trabalho, assim como fica sujeito à exploração econômica de seu trabalho. Quadro 55 – Características dos trabalhadores (média em anos).
Tempo na empresa atual
Tempo em que trabalha na indústria calçadista
Cidade
Idade dos trabalhadores
Idade de ingresso no trabalho
Birigüi
28
14
4
7
Franca
31
13
4
14
Jaú
24
14
6
6
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
193
Perfil das Empresas Pesquisadas Pela ordem de preferência apresentada no quadro 56, nos fatores relacionados observase que a assistência médica está colocada como a que menos agrada aos trabalhadores. Os fatores que foram relatados pelos funcionários são:
■ Alto custo do plano de saúde. ■ Mau atendimento pelos postos de saúde e hospitais regionais. ■ Demora para agendamento das consultas. ■ Maior permanência do médico na empresa (quando da existência deste). ■ Necessidade da contratação de médico. ■ Montagem de ambulatório (quando há médico na empresa). Quadro 56 – Relação de fatores que agradam mais ao trabalhador, em ordem decrescente.
Birigüi Colegas
Franca Colegas
Jaú Horário
Horário
Estabilidade
Estabilidade
Chefia
Chefia
Colegas
Proximidade de casa
Horário
Máquina que usa
Estabilidade
Salário
Material de trabalho
Máquina que usa
Material de trabalho
Salário
Salário
Máquina que usa
Proximidade de casa
Assistência médica
Proximidade de casa
Assistência médica
Material de trabalho
Assistência médica
Chefia
Observa-se no quadro 57 que existe a preocupação dos trabalhadores em relação à ventilação no ambiente de trabalho para melhorar a saúde. Na cidade de Jaú não foi avaliado o fator creche.
194
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Perfil das Empresas Pesquisadas Quadro 57 – Relação dos fatores que melhor contribuem para a saúde do trabalhador, em ordem decrescente.
Birigüi Ventilação
Franca Alimentação
Jaú Ventilação
Ganhar mais
Ventilação
Ganhar mais
Pausas
Ganhar mais
Pausas
Refeitório*
Usar EPI
Refeitório
Creche*
Transporte
Alimentação
Usar EPI
Pausas
Transporte
Transporte
Refeitório
Usar EPI
Alimentação
Creche
—
* Tiveram o mesmo valor
No quadro 58 observa-se que os trabalhadores apresentam preocupação em relação aos fatores prejudiciais à saúde, como o ruído, a cola e a posição de trabalho. Quadro 58 – Relação dos fatores considerados prejudiciais à saúde do trabalhador, em ordem decrescente.
Birigüi Ruído
Franca Ruído
Jaú Cola
Cola
Posição de trabalho
Posição de trabalho
Risco de acidente
Risco de acidente
Ruído
Posição de trabalho
Ritmo de produção
Risco de acidente
Ritmo de produção
Cola
Ritmo de produção
Colegas
Colegas
Colegas
Chefia
Chefia
Chefia
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195
Perfil das Empresas Pesquisadas Os trabalhadores amostrados foram questionados sobre os itens relacionados no quadro 59, sendo-lhes solicitado que dessem notas de zero a dez, de acordo com sua percepção de ruim a ótimo. Conforme demonstrado abaixo, o trabalhador valoriza o seu desempenho no trabalho atual. Quadro 59 – Relação de itens selecionados em função da satisfação do trabalhador, em ordem decrescente.
Birigüi Trabalho atual
Franca Trabalho atual
Jaú Trabalho atual
Ritmo de produção
Fadiga
Ritmo de produção
Serviço médico da empresa
Hospital regional
Serviço médico da empresa
SUS
SUS
Hospital regional
Hospital regional
Serviço médico da empresa
SUS
Fadiga
Ritmo de produção
Fadiga
Demonstrativos dos trabalhos realizados (quadros 60, 61, 62 e 63 e figura 60) Quadro 60 – Engenharia Ocupacional Conforto Ergonomia Total de Nº de Medições de ruído Iluminação Calor postos medições térmico pontos pontos Pontos Dosimetria V.U.T.* avaliados por empresa
Cidade Func.
Birigüi
949
1.481
064
893
053
057
027
2.577
Franca
792
1.331
077
1.061
036
037
060
2.602
Jaú
314
807
061
556
032
064
045
1.565
2.055
3.619
202
2.510
123
158
132
6.744
Total
*VUT = Velocidade de movimentação do ar/Umidade/Temperatura.
196
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Perfil das Empresas Pesquisadas Quadro 61 – Medicina do trabalho. Alterações encontradas nas avaliações médicas nos diferentes sistemas orgânicos
Cidade
Nº de func. examinados
Birigüi
705
02 01 12 72 06 16 25 10 92 39 42 107 93 26 02 07 00 02 68 00 00 00
622
Franca
608
03 04 03 51 04 13 55 05 167 37 80 213 65 13 10 02 00 06 59 00 00 00
790
Jaú
304
00 00 01 10 01 07 02 06 21 21 18 48 33 11 02 00 00 00 06 01 01 00
189
1.617
05 05 16 133 11 36 82 21 280 97 140 368 191 50 14 09 00 08 133 01 01 00
1.601
Total
I
II
III
IV
V
VI
VII VIII
IX
X
XI
XII XIII XIV XV XV* XVI XVII XVIII XIX XX XXI
Total Alterados
Quadro 62– Fonoaudiologia ocupacional.
Cidade
Nº de funcionários
Total de exames realizados
Birigüi
949
620
Franca
792
666
Jaú
314
306
Total
2.055
1.592
Quadro 63 – Química.
Amostras ambientais
Cidade
Amostras biológicas
Passiva
Ativa
Birigüi
158
51
50
Franca
140
65
64
Jaú
259
50
53
Total
557
166
167
SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para Indústria Calçadista
197
198 as
to m
sin
in ár io
cu la r
us ur
to se
ai
in
ni
ge
ân eo
ut
97 140
ss
tro
ou
ho
el
om
te
os
ivo
st
280
ar
a
bc
su
ge
rio
400
ap
m
te
do
ci
te
di
tó
ira
ór io
at
os
82
sis
e
ho
el
ar
ap
sp
re
ul
ex
an
300
le
pe
ho
el
ar
rc
ci
e
133
ap
ho
el
ar
100
ap
ic as
ól
200
ho
500
ol
al
rm
no
Número de trabalhadores 600
ab
et
r. m
ut
,n
as
in
cr
dó
en
Perfil das Empresas Pesquisadas 524 368 191 50 133
0
Figura 60 – Alterações dos sistemas orgânicos.
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