EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Educao Física LICENCIATURA Em
FUNDAMENTOS DE JOGOS E BRINCADEIRAS I L Sl Tss
B Ps
pONTA gROSSA - pARANÁ 2010
CRÉDITOS Joo Carlos Gomes Reitor
Carlos Luciano Sant’ana Vargas Vice-Reitor Pró-Reitoria de Assuntos Administrativos
Colaboradores em EAD
Ariangelo Hauer Dias - Pró-Reitor Dênia Falco de Bittencourt Jucimara Roesler Pró-Reitoria de Graduação
Graciete Tozetto Góes - Pró-Reitor Colaboradores de Informática Carlos Alberto Volpi Divisão de Educação a Distância e de Programas Especiais Carmen Silvia Simo Carneiro Maria Etelvina Madalozzo Ramos - Chefe Adilson de Oliveira Pimenta Júnior Juscelino Izidoro de Oliveira Júnior Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância Osvaldo Reis Júnior Leide Mara Schmidt - Coordenadora Geral Kin Henrique Kurek Cleide Aparecida Faria R odrigues - Coordenadora Pedagógica Pedagógica Thiago Luiz Dimbarre Thiago Nobuaki Sugahara Sistema Universidade Aberta do Brasil
Hermínia Regina Bugeste Marinho - Coordenadora Geral Cleide Aparecida Faria Rodrigues - Coordenadora Adjunta Marcus William Hauser - Coordenador de Curso Flávio Guimares Kalinowski - Coordenador de Tutoria
Colaboradores de Publicação
Denise Galdino de Oliveira - Reviso Janete Aparecida Luft Luft - Reviso Ana Caroline Machado - Diagramao Milene Sferelli Marinho - Ilustrao
Colaborador Financeiro
Luiz Antonio Martins Wosiak Colaboradores Operacionais Edson Luis Marchinski Azevedo Colaboradora de Planejamento Joanice Kuster de Azevedo Silviane Buss Tupich Joo Márcio Duran Inglêz Inglêz Kelly Regina Camargo Projeto Gráfico Mariná Holzmann Ribas Anselmo Rodrigues de Andrade Júnior Todos os direitos reservados ao Ministério da Educao Sistema Universidade Aberta do Brasil Ficha catalográfca elaborada pelo Setor de Processos Técnicos BICEN/UEPG.
T785f Timossi, Luciana da Silva Fundamentos de jogos e brincadeiras I. / Luciana da Silva Timossi e Bruno Pedroso. Ponta Grossa : UEPG/NUTEAD, 2010. 125. il. Licenciatura em Educação Física - Educação a Distância. 1. Jogos e brincadeiras - estudo e fundamentos. 2. Abordagem teórica. 3. Aplicações práticas. 4. Cotidiano escolar. I. Pedroso, Bruno. II. T. CDD : 796.1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA Núcleo de Tecnologia e Educao Aberta e a Distância - NUTEAD Av.. Gal. Carlos Cavalcanti, 4748 - CEP 84030-900 - Ponta Grossa - PR Av Tel.: (42) 3220-3163 www.nutead.org 2010
ApRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL Olá, estudante Seja bem vindo! Certamente, neste período do curso você já se sente mais preparado para enfrentar os desafios desta modalidade educacional (EaD). Com certeza, também já percebeu que estudar a distância significa muita leitura, organização, disciplina e dedicação aos estudos. A educação a distância é uma uma das modalidades modalidades educacionais que mais cresce hoje no Brasil e no mundo. Ela representa uma alternativa ideal para alunos–trabalhadores, que necessitam de horários diferenciados de estudo e pesquisa, para cumprir a contento tanto seus compromissos profissionais como suas obrigações acadêmicas. Também é uma alternativa ideal para as populações dos municípios distantes dos grandes centros universitários, contribuindo significativamente para a socialização e democratização do saber. As novas tecnologias da informação e da comunicação estão cada vez mais presentes em nossas vidas, desafiando os educadores a inserir-se nesse “mundo sem fronteiras” que é a realidade virtual. Sensível a esse novo cenário, a UEPG vem desenvolvendo, desde o ano de 2000, cursos e programas programas na modalidade de educação a distância, e para tal fim, investindo na capacitação de seus professores e funcionários. Dentre outras iniciativas, a UEPG participou do Edital de Seleção UAB nº 01/2006SEED/MEC/2006/2007 e foi contemplada para desenvolver seis cursos de graduação e quatro cursos de pós-graduação na modalidade a distância pelo Sistema Universidade Aberta do Brasil. Brasil. Isso se tornou possível graças à parceria estabelecida entre o MEC, a CAPES, o FNDE e as universidades brasileiras, bem como porque a UEPG, ao longo de sua trajetória, vem acumulando uma rica tradição de ensino, pesquisa e extensão e se destacando também na educação a distância, Os cursos ofertados no Sistema UAB, apresentam a mesma carga horária e o mesmo currículo dos nossos cursos presenciais, mas se utilizam de metodologias, materiais e mídias próprios da educação a distância que, além de facilitarem o aprendizado, permitirão constante interação entre alunos, tutores, professores e coordenação. Esperamos que você você aproveite todos os recursos recursos que oferecemos oferecemos para facilitar o seu processo de aprendizagem e que tenha muito sucesso nesse período que ora se inicia.. Mas, lembre-se: você não está sozinho nessa jornada, pois fará parte de uma ampla rede colaborativa e poderá interagir conosco sempre que desejar, acessando nossa Plataforma Virtual de Aprendizagem (MOODLE) ou utilizando as demais mídias disponíveis para nossos alunos e professore professores. s. Nossa equipe terá o maior prazer em atendê-lo, pois a sua aprendizagem é o nosso principal objetivo.
EQUIPE DA UAB/ UEPG
SUmÁRIO
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PALAVRAS DOS PROFESSORES OBJETIVOS E EMENTA
7 9
EFUNDAmENT STUDO E FUNDAmENTOS DE JOgOS E BRINCADEIRAS: 11 FUNDAmENTAÇÃO, AÇÃO, hISTóRICO, CONCEITOS CONCEITO S ■
■
SEçãO 1SEçãO 2-
INTrODUçãO AOS jOGOS E BrINCADEIrAS: CONCEITOS E DIFErENçAS
12
HISTórIA DOS jOGOS E BrINCADEIrAS
16
ABORgAgEm TEóRICA DOS JOgOS E BRINCADEIRAS 21 ■ ■
■
SEçãO 1SEçãO 2SEçãO 3-
EVOLUçãO EVOLUç ãO DOS jOGOS E BrINCADEIrAS AO ESPOrTE MODErNO
22
QUALIDADES FíSICAS E PSICOMOTOrAS DESENVOLVIDAS DESENVOLVIDAS NOS jOGOS E BrINCADEIrAS
25
OS jOGOS E BrINCADEIrAS COMO AGENTES SOCIALIzADOrES
31
ApLICAÇÕES pRÁTICAS DOS JOgOS E BRINCADEIR BRINCADEIRAS AS 37 ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
SEçãO 1SEçãO 2SEçãO 3SEçãO 4SEçãO 5SEçãO 6SEçãO 7SEçãO 8SEçãO 9-
rECrEAçãO EM SALA DE AULA
38
PEQUENOS jOGOS
41
GrANDES jOGOS
51
INICIAçãO DESPOrTIVA
54
GINCANA
57
COLôNIA DE FérIAS
61
HISTórIAS E DrAMA DrAMATIzAçãO TIzAçãO
64
TéCNICAS DE PINTUrA E COLAGEM
70
BrINQUEDOS CANT CANTADOS ADOS
79
JOgOS E BRINCADEIRAS NO COTIDIANO ESCOLAR ■ ■ ■
■ ■ ■
SEçãO 1- jOGOS AO Ar LIVrE PArA OS DIAS DE CHUVA CHUVA SEçãO 2- jOGOS PArA SUCATAS SEçãO 3- jOGOS COM SUCATAS PALAVRAS FINAIS REFERÊNCIAS NOTAS SOBRE OS AUTORES
85 86 97 109
121 123 125
pALAVRAS DOS pROFESSORES
Cao Cao(a) aluno(a), vivendo diante de uma sociedade onde os apaatos tecnolgicos vêm cada ve mais se inseindo em nosso cotidiano, onde os binquedos eletnicos de última geao dominam as pateleias do mecado e, pincipalmente, onde tal avano tecnolgico demonsta esta muito distante de uma estagnao, pode se at desmotivante pegunta se vocês queem binca. Ainda que muitos dos ogos e bincadeias tenham sido pouco valoiados e exploados na atualidade, dispensável o discuso de que estes so de suma impotância no desenvolvimento psicomoto das cianas. é nessa pespectiva que ns, no papel de educadoes, podemos (e devemos) evete esse cenáio. Afinal, as cianas so o futuo do mundo. Assim sendo, faemos-te o convite paa egessa à sua infância, a elemba ogos e bincadeias que macaam essa fantástica e cetamente a melho fase das nossas vidas, a apende novos ogos e bincadeias, a te uma segunda opotunidade de desfuta da magia e o pae que estas atividades podem nos popociona. Sea bem-vindo(a) à disciplina Fundamentos de jogos e Bincadeias I
Os autoes.
OBJETIVOS E EmENTA ObjetivOs Ao final dos estudos você será capaz de: ■
Organizar e coordenar atividades lúdicas envolvendo jogos e brincadeiras, propiciando a integrao dos grupos e a liderana, de forma a garantir que todos participem das atividades, tanto em aulas de educao física como em atividades recreativas fora do âmbito escolar. escolar.
ementa ■
Fundamentao, histórico e conceitos sobre jogos e brincadeiras; introduo
aos jogos e brincadeiras: conceitos e diferenas; história dos jogos e brincadeiras. Abordagens teóricas sobre jogos e brincadeiras; evoluo dos jogos e brincadeiras ao esporte moderno; qualidades físicas e psicomotoras desenvolvidas nos jogos e brincadeiras; os jogos e brincadeiras como agentes socializadores. Aplicaões práticas dos jogos e brincadeiras; recreao em sala de aula; pequenos jogos; grandes jogos; iniciao desportiva; gincana; colônia de férias; histórias e dramatizao; técnicas de pintura e colagem e brinquedos cantados. Jogos e brincadeiras no cotidiano escolar; jogoss ao ar livre; jogo livre; jogos jogos para para os dias as de chuva; chuva; jogos jogos com suca sucatas; tas; jogos ogos e canti cantigas gas folclóricas; momentos festivos na escola de fevereiro a junho; momentos festivos na
escola de agosto a dezembro.
Carga hOrária ■
34 horas-aula.
agenda de atividades Unidades
Seções
I – ESTUDO E FUNDAMENTOS DE jOGOS E BrINCADEIrAS
1. Intoduo aos ogos e bincadeias: conceitos e difeenas 2. Histia dos ogos e bincadeias
II – ABOrGAGEM TEórICA DOS jOGOS E BrINCADEIrAS
1. Evoluo dos ogos e bincadeias ao espote modeno 2. Qualidades fsicas e psicomotoas desenvolvidas nos ogos e bincadeias 3. Os ogos e bincadeias como agentes socialiadoes
III – APLICAçÕES PrÁTICAS DOS jOGOS E BrINCADEIrAS
IV – jOGOS E BrINCADEIrAS NO COTIDIANO ESCOLAr
1. receao em sala de aula 2. Pequenos jogos 3. Gandes jogos 4. Iniciao Despotiva 5. Gincana 6. Colnia de Fias 7. Histias e Damatiao 8. Tcnicas de Pintua e Colagem 9. Binquedos Cantados 1. jogos ao a live 2. jogos paa os dias de chuva 3. jogos com sucatas
Cronograma
Estudo e fundaentos
de joos e brincadeiras: fundaentação, istrico, conceitos Luciana da SiLva TimoSSi Bruno PedroSo
ObjetivOs de aPrendiZagem ■
Contextualizar os termos comumente utilizados no trabalho com jogos e
brincadeiras. ■
Abordar um breve histórico sobre a origem dos jogos jo gos e brincadeiras, bem
como, a evoluo destes.
rOteirO de estUdOs ■
SEçãO 1: Introduo aos jogos e brincadeiras: conceitos e diferenas
■
SEçãO 2: História dos jogos e brincadeiras
I E D A D I N U
l i s a r B o d a t r e b A e d a d i s r e v i n U
pARA INÍCIO DE CONVERSA Antes de inicia o assunto sobe Jogos e Brincadeiras há uma especificao bastante impotante que deve se levada em consideao, a qual seá o pano de fundo utiliado duante a conduo da pesente disciplina: “a ciana no um adulto em miniatua”. A ciana ainda um se em fomao, que eage de foma bastante difeenciada do adulto. No deve se exigido desta, uma conduta difeenciada do que se espea de uma ciana. As caactesticas e limitaões individuais de cada ciana tambm devem se espeitadas. Antes mesmo do desenvolvimento moto, na condio de educadoes, devemos focalia o desenvolvimento cognitivo. O pofesso de educao fsica, nessa pespectiva, deve, ao elaboa suas aulas, peocupa-se, antes mesmo de pensa na saúde fsica, com a pesonalidade que induimos aos alunos a desenvolve desenvolve.. As aulas devem se adequadas ao estágio de desenvolvimento em que a ciana se enconta, e no ao contáio. Idade, sexo e caactesticas sociocultuais so vaiáveis que impactam significativamente no desenvolvimento moto da ciana. Paa tanto, deve se desenhado um cenáio popcio e agadável paa que a apendiagem tone-se plena.
SEÇÃO 1
INTRODUÇÃO AOS JOgOS E BRINCADEIR BRINCADEIRAS: AS: CONCEITOS E DIFERENÇAS O tabalho com ogos e bincadeias exige a conceituao de alguns temos. No que di espeito a essa temática, há um gande númeo de conceitos eoneamente utiliados como sinnimos. Fa-se necessáio, potanto, a difeenciao conceitual de tais temos. Alguns desses conceitos seo ecapitulados, outos seo abodados pela pimeia ve no cuso. Um debate inicial tavado ao se tenta difeencia os temos
12 UNIDADE 1
Atividade Fsica, Fsica, Execcio Execcio Fsico Fsico e Espote. Os tês temos, na espectiva odem, epesentam uma evoluo na complexidade conceitual. Isto , a Atividade Fsica pecede o Execcio Fsico, que, po sua ve, pecede o Espote. Fente a esse cenáio, a difeenciao dos temos levantados se pefa atavs das seguintes conceituaões: a) Atividade fsica qualque movimento copoal, poduido pelos músculos esquelticos, que esulte em gasto enegtico maio que os nveis de epouso (CASPErSEN et al., 1985). é tambm qualque esfoo muscula p-deteminado, destinado a executa uma taefa, sea ela um pisca dos olhos, um deslocamento dos ps, e, at um movimento complexo de finta em alguma competio espotiva (DICIONÁrIO BABYLON, 2007).
I s a r i e d a c n i r B e s o g o J e d s o t n e m a d n u F
b) Execcio fsico uma subcategoia da atividade fsica. é toda atividade fsica planeada, estutuada e epetitiva, que tem po obetivo a melhoia e a manuteno de um ou mais componentes da aptido fsica. Implica na ealiao de movimentos copoais poduidos pelos músculos esquelticos que levam a um gasto enegtico, com intensidade, duao e fequência de movimentos apesentando elao positiva com os ndices de aptido fsica (CASPErSEN et al., 1985). c) Espote, na pespectiva da evoluo do execcio fsico, pode se definido como um sistema odenado de páticas copoais de elativa complexidade, com pedomnio de componentes fsico, moto e intelectual, que envolve atividades de competio institucionalmente egulamentada. Fundamenta-se na supeao de competidoes ou de macas e/ou esultados anteioes estabelecidos pelo ppio espotista (ENCICLOPÈDIA CATALANA, 1991; GUEDES, 2007). Há contovsias, tambm, no que di espeito à difeenciao ente os temos Lae, receao, Bincadeias, jogos e Espote. Ainda que, fotemente aticulados ente si, tais temos apesentam conceitos distintos. Nessa pespectiva, os espectivos temos, no contexto o, apesentam as seguintes conceituaões:
13 UNIDADE 1
l i s a r B o d a t r e b A e d a d i s r e v i n U
a) Lae um conunto de ocupaões, às quais o indivduo pode entega-se de live vontade, sea paa epousa, sea paa diveti-se, ecea-se e entete-se, ou ainda, paa desenvolve sua infomao ou fomao desinteessada, sua paticipao social voluntáia ou sua live capacidade ciadoa aps liva-se ou desembaaa-se das obigaões pofissionais, familiaes ou sociais (DUMAzEDIEr, 1976). b) receao entendida como toda atividade espontânea, divetida e ciadoa que as pessoas buscam paa pomove sua paticipao individual e coletiva em aões que melhoem a qualidade de vida e paa satisfae sua necessidade de odem fsica, psquica ou mental e cua ealiao lhe popociona pae (LIMA, 2008). Assim, toda atividade eceativa ealiada duante o lae, entetanto, nem todo o tempo de lae peenchido com atividades de caáte eceativo. c) Bincadeias possuem egas simples e flexveis, podendo se paticada sem a necessidade de possui quadas, tabuleios, instuões, teinamento, peas ou ou dispositivos especiais paa delas delas paticipa paticipa.. Na maioia das vees, devido à sua simplicidade, bincadeias so feitas po cianas. Poucas bincadeias, como a mmica, so ocasionalmente paticadas tambm po adolescentes ou adultos. A bincadeia de ciana, po se live de egas e obetivos pe-estabelecidos, solta e despeocupada, o que popociona ceta libedade. As cianas bincam paa gasta enegia e se divetiem. Na maioia das vees, utiliam um binquedo em seus ogos. Este binquedo visto pelos adultos como um obeto auxilia da bincadeia, mas paa as cianas isso vai alm. Ela o vê como uma fonte de conhecimentos e um “simulado da ealidade”. Como exemplo, podemos cita a menina que binca que a boneca a sua filha (DICIONÁrIO BABYLON, 2007). d) jogos so atividades que podem te uma flexibilidade maio nas suas egulamentaões, ou sea, as egas podem se adaptadas em funo das condiões de espao, mateial disponvel, númeo de paticipantes, etc. Podem se competitivos, coopeativos ou, como sempe, passatempo ou diveso. Podem-se inclui como ogos, as bincadeias egionais, os ogos de salo, de mesa, de tabuleio, de ua, ua, bem como as bincadeias
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infantis de modo geal (MINISTérIO DA EDUCAçãO, 1997). e) Espote, como pedecesso dos ogos, caacteiado po páticas em que so adotadas egas de caáte oficial e competitivo, oganiadas em fedeaões egionais, nacionais e intenacionais que egulamentam a atuao amadoa e pofissional. Paa a pática espotiva so exigidas condiões especiais no que di espeito a locais e equipamentos, po exemplo: campo, piscina, pista, ingue, ginásio, bicicleta, bola, etc. (MINISTérIO DA EDUCAçãO, 1997). Você sabe a diferença entre jogos e brincadeiras?
I s a r i e d a c n i r B e s o g o J e d s o t n e m a d n u F
Faendo distino ente ogo e bincadeia pode-se die que o ogo a atividade com egas que definem uma disputa “que seve paa binca” e bincadeia o ato ou efeito de binca, entete-se, distaise com um binquedo binquedo ou ogo. Ao tenta estabelece estabelece a difeena ente ogos e bincadeias há apenas uma pequena difeena: o ogo uma bincadeia com egas e a bincadeia, um ogo sem egas. O ogo se oigina do binca ao mesmo tempo em que o binca (LIMA, 2008). Você já ouviu falar na inuência portuguesa, africana e indígena nos Jogos e Brincadeiras?
A influência potuguesa Os coloniadoes potugueses touxeam seus contos, lendas, estias, ogos, festas e valoes. A pipa foi intoduida pelos potugueses no Sculo XVI. Vem do Oiente, do japo e da China. Os divesos nomes encontados pelo Basil: estela, aia, aaia, papagaio, bacalhau, gaivoto, cuica, pipa, cáfila, pandoga, quadado. Outas bincadeias intoduidas pelos potugueses: mula sem cabea, cuca ou papo, cantigas, amaelinha, ogo do saquinho, pio, ogo de boto bolinha de gude (ESCOLA (ESCOLA INFLUÊNCIA LÚDICA, LÚDICA, 2009). 2009). A influência aficana O Basil teve gande influência dos negos aficanos na vida econmica, social e cultual. Eles tabalhaam na lavoua e nas minas e, no peodo colonial, nos engenhos e plantaões. A me nega tansmitia paa seus filhos as estias, lendas, contos, mitos, deuses e animais encantados vindos das suas oigens. Nas famlias da poca da escavido, eam as ciadas negas que ciavam e amamentavam os filhos da me da famlia, a ama nega dava de mama ao menino banco,
15 UNIDADE 1
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embalava-o no beo, ensinava-lhe as pimeias palavas e as cantigas de nina. Os filhos das senhoas dos engenhos elacionavam-se com os filhos das negas escavas, com os quais bincavam de: monta a cavalo em caneios, nada nos ios e epesas, mata passainhos, empina papagaio, oga pio, coida de cavalo de pau, coleciona pedas e insetos (ESCOLA INFLUÊNCIA LÚDICA, 2009). A Influência indgena Os ndios tiveam gande influência na culináia basileia, no uso de emdios caseios e utenslios de coinha. As ndias paticavam o cultivo de mandioca, caá, milho, eimum, amendoim e mamo. Tambm nas danas, eles imitavam animais demonacos que apaecem nos contos infantis. As mes faiam binquedos de bao coido paa seus filhos. Algumas das bincadeias indgenas so: aco e flecha, pesca, ogo do fio, ogos imitando animais, binquedos com figuas de agila, piões, canoas, emos, peteca de palha de milho e esconde-esconde (ESCOLA INFLUÊNCIA LÚDICA, 2009). O que é cultura popular?
A cultua popula epesentada po qualque manifestao cultual de um povo, sea esta na foma de música, dana, festa, liteatua, folcloe, ate, etc., que disseminada po tal povo e os integantes dest paticipam de foma inteativa. So tadiões e costumes passados de geao em geao, gealmente sem egistos escitos, mas de foma oal. A cultua popula o elo ente duas geaões, e gaas a esse elo que as bincadeias e ogos tanscendem, dcadas e dcadas, po meio dos seus descendentes.
SEÇÃO 2
hISTóRIA DOS JOgOS E BRINCADEIR BRINCADEIRAS AS Ainda que as mais pimitivas civiliaões tenham desenvolvido desenvolvido em sua cultua difeentes fomas de passa o tempo, os ogos passaam a ecebe uma ateno especial a pati do sculo XVI, em roma e na Gcia, possuindo estes, o intuito de favoece o pocesso ensino-apendiagem
16 UNIDADE 1
do alfabeto. Com a difuso do cistianismo, os ogos ciados, que pegava a educao disciplinadoa, com memoiao, passaam a possui sua imagem denegida. Somente, a pati do renascimento que os ogos pedem o caáte de epovao e passam a compo o cotidiano das cianas e ovens, divetindo-os divetindo- os (NALLIN, 2005). já, o sugimento das bincadeias infantis está associado à ciao dos adins da infância, no peodo de tansio ente os sculos XVIII e XIX. Unifomemente, os adins da infância infância difundiam pelo pelo mundo. A bincadeia supevisionada ea mais comum em estabelecimentos destinados à pessoas pobes, enquanto a bincadeia live se faia pesente nas escolas paticulaes de elite. Em ambos os casos, a bincadeia visava a aquisio de conteúdos escolaes (NALLIN, 2005). Na ausência de binquedos paa a diveso, muitos ogos e bincadeias foam ciados ou adaptados. Estes so passados de geao em geao, dificultando a descobeta da oigem de tais ogos e bincadeias. Ainda que, duante todas as fases da nossa vida, ns tenhamos vivenciado os mais vaiados ogos e bincadeias, dificilmente paamos paa efleti qual a oigem destes. No tanscoe dos sculos, as bincadeias e ogos so tansfomados e em meio ao avano tecnolgico vivenciado, pincipalmente aps a segunda metade do sculo XX, muitos ogos e bincadeias so desfiguadas ou pedem po completo o seu sentido. Os ogos e bincadeias que hoe desfutamos so ciaões oiundas de difeentes cultuas e pocas. Paa melho compeendemos o sugimento e a evoluo dos ogos e bincadeias, convidamo-lo paa viaa conosco paa uma onada aceca da Histia no tanscoe dos sculos. Paa isso, nossa máquina do tempo o atigo intitulado “jogos e Bincadeias Tadicionais: Um Passeio Pela Histia dos ogos e bincadeias”, escito po Eliabeth Lannes Benades, da Univesidade Fedeal de Ubelândia (disponvel nas atividades desta unidade).
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17 UNIDADE 1