1 coNcEitos Básicos EM ElEtriciD ElEtriciDaDE aDE E tErMiNologia coNtEMporâNEa Na ElEtrotErapia Adrew J. Robiso
COnCEITOS FunDAMEnTAIS DE ELETRICIDADE
c eé cm eé Vem cndue e ne cene eé reên e ndun le de ohm cn e medn
LInGuAGEM DE CORREnTES ELETROTERAPêuTICAS
Dençõe dn e me d ene
RESuMO QuESTõES DE REvISãO REFERênCIAS
a eedde é um m bá de ene e de duz ee nv be ed bó. Ee íu e õe eve bevemene ne bá de eedde e de eemnem, que mm um be meenã d emuçã eé eêu. a equçõe que deevem enômen eé ã mnd em um mínm, mí nm, e n equene ã ud em que e vuze que de e neend n ed humn enqun emuçã eé é d. o d íu é neuzçã de enômen eé mne, em vez de memzçã. Um u é een emn ud deeve de m quv e qunv ene eé emed n çõe ín. Ee em eã eã ud em d ex eu munçã , em mbudde, e unmdde unmdde d dehe én d edmen de emuçã. o ee que eenemene mem eud d í d eedde dem u me eçã, be ne undmen em eedde, e meç eu n eçã “lnuem de cene Eeeêu”.
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COnCEITOS FunDAMEnTAIS DE ELETRICIDAD ELETRICIDADE E Carga elétrica Carga elétrica (ou apenas “carga”) é uma propriedade física fundamental, do mesmo modo que “massa” e “tempo” são propriedad propriedades es físicas fundamentais. O problema em tentar explicar a carga é que ela é operacionalmente definida. Isto é, nunca se pode ver uma carga, mas, por meio de experimentação, se pode ver como a carga se manifesta. Por exemplo, um professor de física pode demonstrar como o atrito da roupa sobre o âmbar (uma resina fóssil amarelada) permite que ele atraia substâncias de peso leve, como pedaços de papel. Cientistas antigos descreveram essa propriedade do âmbar como eletricidade estática, que nada mais é que uma manifestação da força de atração eletromagnética exercida pelas partículas carregadas dentro do âmbar. âmbar. O âmbar se torna carregado ca rregado ao trocar elétrons pelos dos átomos da roupa friccionada. Como resultado, tanto a roupa quanto o âmbar mostram a capacidade de atrair ou repelir uma variedade varie dade de outro outross objetos objetos carr carregad egados. os. Carga é a propriedade da matéria que é a base da força eletromagnética. Experimentos criados para caracterizar as propriedades da carga elétrica mostraram que existem dois tipos de carga elétrica, positiva e negativa (1). No nível mais simples, a carga é carregada pelos elétrons (carga negativa) e prótons (carga positiva) dos átomos. Cargas iguais repelem-se e cargas opostas atraem-se. A carga pode ser transferida de um objeto para outro (as cargas podem ser separadas), mas não pode ser criada nem destruída. O conceito de carga elétrica não está limitado ao nível subatômico da matéria. Um átomo eletricamente neutro é aquele que contém um número igual de prótons e elétrons. el étrons. Se um átomo de um elemento perde elétrons sem mudar o número de prótons no núcleo, torna-se positivamente carregado. Se ele ganha elétrons, torna-se negativamente carregado. Os átomos de elementos com excesso ou deficiência de elétrons são chamados de íons. Os átomos que são positivamente carregados são chamados de cátions e os negativamente carregados são chamados de ânions. Objetos e substâncias também podem se tornar eletricamente carregados. Considere as
cargas nos terminais de uma simples pilha seca. Como consequência das reações químicas que ocorrem dentro da pilha, um terminal de metal (o cátodo) ganha elétrons e se torna negativamente carregado, enquanto o outro terminal de positi-metal (o ânodo) perde elétrons e se torna positi vamente carregado. O ânodo e o cátodo de uma pilha são às vezes chamados de polos da pilha. polaridade dade é usado para indicar a carO termo polari ga relativa (positiva ou negativa) dos terminais ou condutores essenciais de um circuito elétrico em qualquer momento no tempo. A força exercida entre as duas cargas elétricas pode ser determinada de modo experimental e é expressa em coulombs (C). A força de coulomb ( F ) entre duas cargas estacionárias, (q1) e (q2), é proporcional à magnitude e ao sinal das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância (r) entre elas, como expresso pela lei de Coulomb: F a (q1 × q2) / r2
A lei apenas estabelece que, quanto maiores as cargas respectivas ou mais próximas as duas cargas, maior será a força atrativa (ou repulsiva) entre elas. As forças de coulomb dos elétrons e dos prótons são iguais em magnitude, mas opostas em sinal. A força de coulomb para um único elétron é 1,6 x 10 -19C. Assim, produzir uma carga de 1 C requer a presença de 6,24 x 1018 elétrons.
Campo elétrico A força elétrica das partículas carregadas é transportada para outras partículas carregadas pelo campo elétrico (E) que cada carga cria. As cargas transmitem força através de um campo elétrico de uma maneira análoga ao modo como a força de gravidade da Terra é transmitida pelos campos gravitacionais. As características dos campos elétricos criados entre duas substâncias opostamente carregadas e duas substâncias da mesma carga são ilustradas na Figura 1.1.
voltagem v oltagem Para entender o conceito de voltagem, considere a situação desenhada na Figura 1.2. A substância s ubstância
Ee ín grande carregada A é trazida para perto da substância pequena B, carregada de forma semelhante. Conforme as duas massas carregadas são aproximadas, a força de repulsão de coulomb de A é transmitida através do campo elétrico de A e é “sentida” por B – aumentando a energia potencial elétrica de B ( PE ). Se livre para se mover, B irá deslocar-se para uma nova posição a alguma distância (d ) de sua posição original. Quando B é movida, a substância A fez o trabalho (W) que equivale ao produto da força média de coulomb aplicada a B e a distância movida por B; isto é, W = F × d Como a substância B se move, a energia potencial obtida a princípio pela interação com A é perdida fazendo o trabalho. Assim,
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eletromotriz, ou FEM. As voltagens são produzidas quando substâncias carregadas de forma oposta são separadas, quando substâncias com cargas iguais são aproximadas ou quando partículas carregadas dentro de um sistema não são distribuídas de modo uniforme. A unidade-padrão para a voltagem é o volt (V). Um volt é igual à relação de 1 j (joule) de mudança por 1 coulomb de carga:
1V=1J/1C As voltagens usadas em aplicações eletroterapêuticas podem ser tão pequenas quanto a amplitude do milivolt (mV, 10 -3 V, milésimos de um volt) ou tão altas quanto várias centenas de volts (aplicados sobre um tempo extremamente curto).
W = ∆PE
Uma vez que o trabalho feito é diretamente proporcional à carga sobre B, e uma vez que a mudança na energia potencial também é diretamente proporcional à carga sobre B (q A), a voltagem (V ) é definida como V = ∆PE / qB
A voltagem é a mudança na energia potencial elétrica entre dois pontos em um campo elétrico por unidade de carga e é sinônimo do termo diferença de potencial elétrico . De um ponto de vista mais prático, a voltagem representa a força motriz que faz as partículas carregadas se moverem e é muitas vezes chamada de força
A
Condutores e isolantes As partículas carregadas, como elétrons em metais ou íons em solução, tenderão a se mover ou mudar de posição em virtude de suas interações com outras partículas carregadas. Em outras palavras, as partículas carregadas tenderão a mover-se na matéria quando existirem diferenças de potencial elétrico. Essas partículas devem estar livres para se mover quando submetidas a uma voltagem. Aquelas substâncias nas quais as partículas carregadas se movem facilmente quando colocadas em um campo elétrico são chamadas de condutores. Metais
B
FIGuRA 1.1
lnh d m eé em v de íu ed mene ( A ) e du u ( B). a nuçã d nh d m eee çã d íu ed de mne e euã ene íu ed de m emehne.
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q A
F
qB
qB
d A
B
FIGuRA 1.2
o ee de xm d bje emehnemene ed (end q a e qB). ( A ) pçã x. (B) a ç de euã de umb (f) ene d bje endeá eá- um dn (d). como o cobre são bons condutores. Os átomos dos metais tendem a liberar os elétrons de sua camada orbital externa de maneira muito fácil quando colocados em um campo elétrico. Se uma substância negativamente carregada for trazida para perto de uma extremidade de um fio de metal longo, os elétrons mais próximos da substância serão deslocados ao longo do fio longe da massa de carga similar. Os tecidos biológicos contêm partículas carregadas em solução na forma de íons, como sódio (Na+), potássio (K +) ou cloreto (Cl –). Os tecidos humanos são condutores porque os íons ali são livres para se mover quando expostos a forças eletromotrizes. A capacidade dos íons de moverem-se nos tecidos humanos varia de tecido para tecido. O músculo e o ner vo são bons condutores, enquanto a pele e a gordura são condutores fracos. Em contraste com as substâncias que permitem movimento fácil de partículas carregadas em um campo elétrico, os isolantes são substâncias que tendem a não permitir o mo vimento livre de íons ou elétrons. A borracha e muitos plásticos são bons isolantes.
condução de carga elétrica através da matéria de um ponto para outro é a transferência de energia, que causa mudanças fisiológicas durante a aplicação clínica da estimulação elétrica. Produzir corrente elétrica requer a) a presença de partículas carregadas livremente móveis em alguma substância e b) a aplicação de uma força motriz para movê-las. Em circuitos metálicos, os elétrons são as partículas carregadas móveis, enquanto nos sistemas biológicos, os íons em líquidos corporais (soluções eletrolíticas) são as partículas carregadas. As forças que induzem corrente e líquidos biológicos são as voltagens aplicadas. A magnitude da corrente induzida em um meio condutor é diretamente proporcional à magnitude da voltagem aplicada: Corrente a Voltagem ( I a V ) A corrente é definida como a quantidade de carga (q) passando por um plano no condutor por unidade de tempo ( t), ou I = ∆q / ∆t
Corrente elétrica As propriedades das cargas elétricas em mo vimento são de maior importância para a compreensão da estimulação eletroterapêutica do que as propriedades das cargas em repouso. O movimento de partículas carregadas atra vés de um condutor em resposta a um campo elétrico aplicado é chamado de corrente ( I ). A
A unidade de medida-padrão para a corrente é o ampère (A), que é igual ao mo vimento de 1 C de carga através de um ponto em um segundo. As correntes usadas em aplicações eletroterapêuticas são muito pequenas e em geral são medidas em miliampères (mA, 10-3 ampères, milésimos de um ampère) ou em microampères ( m A, 10-6 ampères, milionésimos de um ampère).
Ee ín Resistência e condutância A magnitude do fluxo de carga é determinada não só pelo tamanho da força motriz (voltagem), mas também pela facilidade relativa com a qual os elétrons ou os íons conseguem se mover através do condutor. Essa característica dos condutores pode ser descrita de duas maneiras. A propriedade dos condutores chamada resistência ( R) descreve a oposição relativa ao movimento de partículas carregadas em um condutor. Inversamente, a propriedade chamada condutância (G) descreve a facilidade relativa com a qual as partículas carregadas se movem em um meio. Para metais, a resistência depende da área de seção transversal ( A), comprimento ( L) e resistividade ( r ) do condutor pela fórmula R = r (L /A). A unidade de resistência-padrão é o ohm (W). A magnitude da corrente induzida em um condutor é inversamente proporcional à resistência do condutor: I a 1 / R Uma maneira alternativa de descre ver a capacidade de partículas carregadas de moverem-se em condutores, condutância, é inversamente relacionada à resistência: R = 1 / G. A unidade de condutância-padrão é o siemens (S; o mho não é mais usado). A resistência de condutores elétricos é análoga à oposição ao movimento fluido que ocorre em sistemas hidráulicos. Assim como a resistência ao movimento fluido aumenta enquanto o diâmetro do cano diminui (ou o comprimento do cano aumenta), a resistência à corrente elétrica aumenta enquanto o diâmetro do condutor diminui (ou o comprimento do condutor aumenta).
Lei de Ohm A relação entre os fatores voltagem e resistência que determina a magnitude da corrente (I) é expressa na lei de Ohm: I = V / R ou V = I × R
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Essa lei apenas estabelece que a corrente induzida em um condutor aumenta à medida que a força motriz aplicada (V) é aumentada ou à medida que a oposição para o movimento de carga (R) é diminuída. De modo alternati vo, a lei de Ohm pode ser expressa em termos de condutância em vez de resistência: I = V × G ou V = I / G
Capacitância e impedância A fim de entender a corrente nos tecidos biológicos, dois outros conceitos elétricos também devem ser introduzidos. Capacitância é a propriedade de um sistema de condutores e isolantes que lhe permite armazenar carga. As correntes produzidas nos tecidos biológicos são influenciadas não só pela resistência do tecido, mas também por sua capacitância. Em um aparelho de circuito elétrico, o capacitor é feito de duas placas finas de metal separadas por um isolante (ou dielétrico ) (Fig. 1.3 A). Se uma voltagem fixa for aplicada atra vés do capacitor, a corrente não passará pelo aparelho devido à presença do material isolante. Contudo, a diferença de potencial entre as duas placas do capacitor exerce uma força sobre as moléculas do isolante, aumentando a energia potencial dentro dessas moléculas (Fig. 1.3B). Se a voltagem aplicada for removida, a energia armazenada (diferença de potencial elétrico através do capacitor) permanecerá até que o capacitor seja descarregado por meio de alguma trilha condutora. Um capacitor armazena energia elétrica de uma maneira similar àquela da membrana impermeável elástica colocada em um sistema hidráulico. Considere a situação ilustrada na Figura 1.3C, em que uma membrana de borracha fina é colocada na base de um tubo inelástico. Um pistão é usado para produzir uma força motriz sobre o fluido – nenhum líquido passa realmente pela membrana (ne nhuma corrente é produzida); a força motriz faz com que a membrana se distenda (Fig. 1.3D). A membrana armazena energia devido a sua forma distendida. Se a válvula no tubo for fechada e a pressão do pistão liberada, a membrana permanecerá na posição distendida e de armazenagem de energia até que a
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válvula seja reaberta (Fig. 1.3E). Se a válvula for reaberta, o recuo da membrana produzirá um movimento do fluido (corrente) que continuará até que ela retorne para sua posição original, de repouso. Dessa forma, a membrana elástica no circuito hidráulico armazena energia que induz uma corrente de fluido exatamente como um capacitor armazena energia elétrica que induz uma corrente elétrica. Observe que a membrana no tubo
bloqueia o fluxo de líquido (corrente) através dele quando uma pressão de pistão constante unidirecional é aplicada, exatamente como um capacitor bloqueia a corrente elétrica contínua quando uma voltagem constante é aplicada. Embora tendam a bloquear correntes contínuas, os sistemas capacitivos tendem a permitir que as correntes alternadas passem. Para um sistema em uma determinada capacitância, quanto mais alta a frequência
Me Deé Me Pilha
A
Pilha
ineu be; deed
B
Membn
Vávu be
Vávu be
Vávu be
C
ineu ehd; ed
D
E
FIGuRA 1.3
gá de um em um u eé me em ed deed ( A ) e ed (B). Um mzen ene eé e demçã de méu deé. Um nó hdáu de um deed ( C), de ( D) e ed m ç de emen emvd (E). a ene é mzend n demçã de um membn eá memeáve.
Ee ín da corrente alternada, melhor a corrente passará pelo sistema. A capacitância de um capacitor ou de qualquer sistema de condutores e isolantes construído de maneira semelhante é expressa em Faraday (F); 1 F é a magnitude de capacitância, já que 1 C de carga é armazenado quando 1 V de diferença de potencial é aplicado. O termo impedância ( Z ) descreve a oposição às correntes alternadas, assim como o termo resistência descreve a oposição às correntes contínuas. A impedância leva em conta tanto a oposição capacitiva quanto a resistiva para o movimento de partículas carregadas. Quando se trata de estimulação elétrica clínica, é mais apropriado expressar a oposição à corrente com relação à impedância, porque os tecidos humanos são mais bem modelados como redes complexas de resistores e capacitores (R–C). Já que a impedância depende da natureza capacitiva dos tecidos biológicos, sua magnitude depende da frequência da estimulação aplicada. Em geral, quanto mais alta a frequência de estimulação, mais baixa será a impedância dos tecidos. A unidade-padrão da impedância é o ohm.
LInGuAGEM DE CORREnTES ELETROTERAPêuTICAS Designações tradicional e comercial das correntes As correntes elétricas têm sido usadas como propostas terapêuticas há centenas de anos. Com o desenvolvimento de diferentes formas de geradores elétricos durante o século XX, os tipos de correntes elétricas empregados nas aplicações terapêuticas proliferaram. A introdução no mercado da saúde de vários tipos de estimuladores que produzem diferentes formas de corrente elétrica tem sido acompanhada por muita confusão na comunicação a respeito das características das correntes geradas. Antes de 1990, nenhum sistema tinha sido desenvol vido para padronizar descrições de correntes elétricas usadas em eletroterapia. A caracterização das correntes eletroterapêuticas foi muitas vezes dirigida pelos desenvolvimentos históricos ou pelo setor comercial. A Figura 1.4 mostra alguns dos vários
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tipos de correntes empregadas nos primeiros tempos da eletroterapia e suas designações tradicionais. A Figura 1.5 ilustra vários perfis de ondas de correntes (ou voltagem) designadas comercialmente. A diferenciação entre esses tipos de correntes tradicionais e comerciais era muitas vezes baseada somente em uma única característica de corrente, como a amplitude de voltagem ou a frequência de estimulação. Tais distinções unidimencionais levaram a designações dicotômicas – como estimuladores de “baixa voltagem versus alta voltagem” ou “baixa frequência versus média frequência” – que subsistem até hoje. Uma apreciação por clínicos praticantes a respeito dessas designações de correntes eletroterapêuticas é importante porque a literatura publicada ao longo dos anos 1980 usou a terminologia tradicional ou comercial e os clínicos educados nessa época continuam a usá-la. Na metade dos anos 1980, a Seção sobre Eletrofisiologia Clínica (SCE) da Associação Americana de Fisioterapia reconheceu que tais descrições arbitrárias de correntes eletroterapêuticas junto com a proliferação de designações comerciais de correntes favoreceram a confusão na comunicação relacionada a eletroterapia. Em uma tentativa de aliviar o problema, a SCE desenvolveu uma monografia padronizando a terminologia. A monografia, que foi recentemente atualizada, fornece diretrizes para descrições qualitativas e quantitativas de correntes eletroterapêuticas (2).
Tipos de correntes eletroterapêuticas Correntes elétricas usadas na eletroterapia clínica em geral podem ser divididas em três tipos: contínua, alternada e pulsada (pulsátil). Esta seção do capítulo diferencia esses tipos de corrente com base em suas características qualitativas e quantitativas.
Corrente contínua O fluxo unidirecional contínuo ou ininterrupto de partículas carregadas é definido como corrente contínua (CC). No contexto de aplicações clínicas, esse fluxo deve continuar ininterrupto por, no mínimo, 1 segundo
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para ser considerado corrente contínua. Essa forma de corrente tem sido tradicionalmente referida como corrente “galvânica”; contudo, esse não é mais o termo preferido. A corrente contínua em um circuito eletrônico simples é produzida por uma voltagem de magnitude fixa aplicada a um condutor com uma resistência fixa (Fig. 1.6 A). A fonte da força eletromotriz fixa (FEM) é a pilha, na qual as reações químicas produzem um excesso de elétrons em um polo (cátodo) e uma deficiência de elétrons no polo oposto (ânodo). A oposição à corrente no circuito é representada como um resistor. Quando o interruptor no circuito está fechado, os elétrons fluem de
amude de ene
0
tem gvn
amude de ene
gvn nemd
snud
0
tem aend
amude de ene
uma área de alta concentração (cátodo) para uma de baixa concentração (ânodo). Esse fluxo, que é impedido pela resistência do fio, irá continuar até que a diferença de carga entre os terminais seja eliminada – quando as reações químicas dentro da pilha não podem mais fornecer elétrons livres para o terminal negativo. Embora o movimento das partículas carregadas nesse circuito seja dos terminais negativos para os positivos, a corrente (I) é, por convenção, especificada como se movendo dos terminais positivos para os negativos. A corrente que flui por esse circuito está representada na Figura 1.6C, um gráfico da amplitude de corrente sobre o tempo.
puçã end
fád
0
tem
a equên med
a equên nã med
Eá
FIGuRA 1.4
Dençõe dn de ene eé eend ud hmene n á ín. cd á m mudnç n mude de ene be em.
Ee ín O movimento dos elétrons nesse circuito simples é análogo ao movimento das moléculas de água em um circuito hidráulico simples (Fig. 1.6B). A força motriz nesse modelo de fluido é representada como a diferença de pressão criada pela bomba e é análoga à diferença de voltagem através da pilha. As moléculas de água são análogas aos elétrons livres no circuito elétrico. A resistência hidráulica (oposição ao fluxo de água) é representada sobretudo
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pelo estreitamento da tubulação na metade do circuito e é análoga à resistência do fio em nosso circuito elétrico simples. O líquido fluirá no circuito contanto que a bomba mantenha uma diferença de pressão, bem como o fluxo de elétrons irá continuar desde que a pilha mantenha uma diferença de potencial elétrico. O volume do líquido que passa por um ponto no circuito fluido por unidade de tempo (corrente) permanecerá constante, uma vez que o
cene neeen
I
0
gvn de vem
V
0
100 m cene u
I
0
10 m I
10 m
10 m
cene ddnm
0
FIGuRA 1.5
Dençõe me de ene eé eend dníve de deemnd emude nemne. o á mm mudnç n mude de ene be em u n mude de vem be em.
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gradiente de pressão permaneça constante e a geometria da tubulação seja mantida. Uma queda no gradiente de pressão ou no diâmetro do tubo reduzirá o fluxo de líquido, assim como uma queda na voltagem ou um aumento na resistência do circuito reduzirá o fluxo de elétrons.
A corrente contínua induzida em uma solução eletrolítica aquosa contendo íons carregados de modo positivo e negativo (cátions e ânions respectivamente), está associada com o movimento desses dois tipos de íons em direções opostas. A Figura 1.7 ilustra os mo vimentos iônicos em uma solução eletrolítica
Mvmen d eén
I
ând
cád
Be ameíme
cene = vem eên
ineu
re (r)
A
Bmb fuxôme
Vávu
cene = eã d bmb eên d ub
reên B
amude de ene
C
0 ineu ehd u vávu be
tem ineu be u vávu ehd
FIGuRA 1.6
gá de um me u eé mnd mvmen unden de eén em e um ç mz nne. ( A ) anó hdáu de um u eé me mnd mvmen unden de íqud em e eã nne duzd um bmb. ( B) reeen çã á de ene nínu be um mude de ene versus çã de em (C).
Ee ín quando a solução é exposta a um campo elétrico de voltagem constante. Como pode ser observado na figura, os ânions se movem na direção do ânodo, e os cátions migram na direção do cátodo. O movimento de cada tipo de íon na solução ocorre em um ritmo fixo, contanto que a voltagem da pilha seja constante. A migração de íons ou de moléculas carregadas eletricamente de acordo com suas cargas, quando expostas a uma FEM fixa, é chamada de eletroforese e é a base da iontoforese , uma técnica terapêutica usada para conduzir medicações carregadas eletricamente através da pele (ver Cap. 10). A Figura 1.7 também ilustra a liberação de gases perto dos eletrodos, que muitas vezes acompanha os efeitos da CC sobre soluções eletrolíticas. Nesse caso, uma reação de redução ocorre no cátodo para produzir gás hidrogênio (H2) e uma reação de oxidação ocorre no ânodo para produzir gás oxigênio (O2). O uso de energia elétrica para produzir tais reações químicas é chamado de eletrólise .
de corrente, a voltagem aplicada por meio de um circuito simples oscila em magnitude, e a polaridade da voltagem aplicada é periodicamente (pelo menos 1 vez por segundo) revertida. Os elétrons no circuito movem-se primeiro em uma direção. Quando o campo elétrico é revertido, os elétrons se movem de volta a suas posições originais. Uma corrente alternada pode ser produzida rodando uma fonte de voltagem fixa no circuito, como ilustrado na Figura 1.8A. A corrente alternada que flui por esse circuito é representada na Figura 1.8C, um gráfico da amplitude de corrente sobre o tempo. As correntes alternadas são caracterizadas pela frequência ( f ) de oscilações e pela amplitude do movimento do elétron ou do movimento iônico. A frequência da CA é expressa em hertz (Hz) ou em ciclos por segundo (cps). A recíproca de frequência (1/ f ) define um valor, conhecido como período, que é o tempo entre o início de um ciclo de oscilação e o início do ciclo seguinte. Um melhor entendimento de correntes alternadas pode ser obtido se levarmos em consideração as forças e os fluxos em um sistema cheio de líquido. A corrente elétrica alternada é análoga ao fluido em um sistema fechado que se move primeiro em uma direção e depois de volta, na direção oposta. Consequentemente,
Corrente alternada A corrente alternada (CA) é definida como o fluxo bidirecional contínuo ou ininterrupto de partículas carregadas. Para produzir esse tipo
cád
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gá hdên
gá xên
ând
N+ –
so24
FIGuRA 1.7
Um exem de mvmen ôn em um uçã m ín ed nevmene (nn) que e mvem n deçã d nd e ín ed vmene (án) que e mvem n deçã d ád qund ex um m mné x. Em uçõe qu (áu m vene), á hdên é bed d ád e xên é bed d nd.
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para muitos tipos de corrente alternada não há movimento líquido de partículas carregadas quando o campo elétrico alternado é retirado. Para o líquido mover-se para trás e para a frente em um sistema hidráulico, o gradiente de pressão deve primeiro ser em uma direção, depois cair por um instante para zero e por fim reverter a direção. No caso da bomba hidráulica na
Figura 1.8B, a bomba roda para trás e para a frente mais ou menos como o agitador em uma máquina de lavar. A pressão oscilante produzida pela bomba gera um movimento do líquido para trás e para a frente. Voltagens alternadas aplicadas a soluções eletrolíticas (em oposição a um condutor de metal) produzem movimentos cíclicos em
Mvmen d eén I
ph em çã ameíme re (r)
ineu
A
fuxôme
Bmb ne Vávu
reên B
amude 0 de ene
C
tem ineu ehd u vávu be
ineu be u vávu ehd
FIGuRA 1.8
cu eé me n qu um h d em vedde nne e mud eumene deçã d ç mz (vem) que e be eén n ndu. ( A ) obeve mvmen de vvém d eén. cu nó hdáu d u eé em ( A ), und mvmen de vvém d bmb que duz mvmen end d íqud den d em. ( B) a eeençã á d ene end duzd em ( A ) be um mude de ene versus em (C).
Ee ín ânions e cátions na solução. Por algum tempo, esses íons “veem” e “sentem” um ânodo e um cátodo orientados de uma maneira, e então a polaridade dos eletrodos muda. Assim, os íons se movem para trás e para a frente na solução, assim como os elétrons se movem para trás e para a frente nos metais quando expostos a uma voltagem alternada. As correntes alternadas são usadas em várias aplicações eletroterapêuticas. O uso clínico contemporâneo mais comum de CA é em estimulação elétrica interferencial , na qual dois circuitos, cada um produzindo CA sinusoidal, são aplicados de modo simultâneo em um paciente para o tratamento de problemas, como dor.
Corrente pulsada A corrente pulsada (pulsátil ou interrompida) é definida como o fluxo uni ou bidirecional de partículas carregadas que periodicamente cessa por um período de tempo breve e finito. Uma descrição desse tipo de corrente pode não ser encontrada em livros de física básica, mas o termo é importante porque descreve a forma de corrente usada com mais frequência em aplicações clínicas de estimulação elétrica. Os físicos e os engenheiros podem se referir à corrente pulsada como CC interrompida ou CA interrompida. A corrente pulsada é caracterizada pela unidade elementar desse tipo de corrente, chamada de pulso. Um pulso único é definido como um evento elétrico isolado, separado por um período de tempo muito breve e finito do evento seguinte, isto é, um único pulso representa um movimento de partícula carregada por um período muito breve. Se uma voltagem fixa for aplicada a um circuito elétrico de resistência simples, como mostrado na Figura 1.6A, uma corrente unidirecional será induzida no condutor. Se o circuito for periodicamente interrompido por um interruptor sendo aberto e fechado, o mo vimento de elétrons produzido irá começar e parar em sincronia com o fechamento e a abertura do interruptor. A corrente produzida é intermitente e em uma direção, e é referida como corrente pulsada monofásica. De maneira semelhante, se uma voltagem alternada for aplicada a um circuito elétrico simples, como mostrado na Figura 1.8,
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e o circuito for interrompido no término de cada ciclo da voltagem alternada, os elétrons nos condutores mover-se-ão brevemente para trás e para a frente, pararão e depois tornarão a oscilar. A corrente produzida é intermitente e o movimento da partícula carregada é bidirecional. Esta é chamada de corrente pulsada bifásica. As mudanças para cada pulso, na amplitude da corrente pulsada bifásica, são determinadas pelas mudanças na amplitude da voltagem aplicada.
Características descritivas das formas de onda da corrente pulsada ou alternada As características qualitativas e quantitativas dos pulsos de corrente (ou um único ciclo de CA) são compreendidas com mais facilidade examinando-se graficamente as mudanças de amplitude de corrente (ou voltagem) que ocorrem ao longo do tempo. A forma de um pulso único ou ciclo de CA em um gráfico de corrente versus tempo (ou voltagem vs. tempo) é chamada de forma de onda. Alguns exemplos de formas de onda produzidas por estimuladores elétricos clínicos disponíveis no mercado são ilustrados nas Figuras 1.4 e 1.5. Um pulso único ou ciclo de CA pode ser evidenciado por suas características dependentes da amplitude e do tempo, assim como várias outras características descritivas (Quadro 1.1).
Número de fases em uma forma de onda O termo fase refere-se ao fluxo de corrente unidirecional em um gráfico corrente/tempo. Um pulso que se afasta da linha de corrente zero (linha de base) em apenas uma direção, como aquela mostrada na Figura 1.9A, é chamado de monofásico. Tal pulso pode ser produzido pela interrupção intermitente de uma fonte de voltagem constante aplicada a um condutor. Em um pulso monofásico, as partículas carregadas no meio condutor movem-se por pouco tempo em uma direção, de acordo com sua carga, depois param. Um pulso que se afasta da linha de base primeiro em uma direção e depois na direção oposta é chamado bifásico (Fig. 1.9A). Esse tipo de pulso pode ser produzido pela
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QuADRO 1.1
caractErísticas DEscritiVas DE forMas DE oNDa DE corrENtE pUlsaDa E altErNaDa
Característica
Designações comuns
Núme de e sme de e Equíb d de e fm de nd u m d e
Mná, bá, á, á smé, mé Equbd, deequbd renu, qudd, nu, dene-de-e, nud, exnen
I
Núme de e
Mná
Bá
0
tem
A
I
sme de e
smé
amé
0
tem
B
Equbd
Deequbd
I
Equíb d 0 de e
tem
C
I
snud
renu
tnu
fm de nd u 0 m de e D
FIGuRA 1.9
ceí de m de nd de ene ud u end.
pnud
tem
Ee ín interrupção intermitente de uma fonte de voltagem alternada aplicada a um circuito elétrico. Em um pulso bifásico, as partículas carregadas movem-se primeiro em uma direção e depois voltam na direção oposta. Formas de onda com três fases são chamadas trifásicas, e aquelas com mais de três, polifásicas. Algumas formas de onda produzidas comercialmente, que foram referidas por outros autores como polifásicas, podem de fato ser uma série ininterrupta de formas de onda bifásicas quando reduzidas ao evento elétrico comum mais simples.
Simetria nas formas de onda bifásicas Para pulsos bifásicos ou ciclos de CA, a maneira como as cargas se movem para trás e para a frente pode ou não ser a mesma. Se a maneira como a amplitude de corrente varia durante o tempo para a primeira fase de uma forma de onda bifásica for idêntica em natureza mas oposta na direção àquela da segunda fase, a forma de onda bifásica é descrita como simétrica (Fig. 1.9B). Isto é, uma forma de onda é descrita como simétrica se a primeira fase for a imagem de espelho da segunda fase de um pulso bifásico ou ciclo único de CA. Uma forma de onda é denominada assimétrica se a maneira como a amplitude de corrente varia na primeira fase de um pulso bifásico não for a imagem de espelho da segunda fase (Fig. 1.9B).
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onda bifásica for igual à área sob a segunda fase, a forma de onda é descrita como equilibrada. Exemplos de formas de onda bifásicas equilibradas e desequilibradas são mostrados na Figura 1.9C. A partir de uma perspectiva clínica, o uso de formas de onda desequilibradas pode resultar em diferenças notáveis na sensação de estimulação sob eletrodos de superfície.
Formas de onda Uma abordagem descritiva muito comum para a caracterização de formas de onda pulsada e de CA é o uso de termos para indicar a forma geométrica das fases do pulso ou do ciclo como elas aparecem no gráfico da corrente (ou voltagem) versus tempo. Designações de formas encontradas com frequência na literatura profissional e comercial incluem retangular, quadrada, trian gular, dente-de-serra e pontiaguda. De modo alternativo, as formas podem ser atribuídas com base na função matemática que daria origem a um gráfico (ou porção do mesmo) de forma similar. Dois exemplos de tais designações são formas de onda baseadas em mudanças sinusoidais ou exponenciais na corrente (ou voltagem) ao longo do tempo. A Figura 1.9D ilustra várias formas comuns de onda.
Combinando termos qualitativos para descrever correntes pulsadas ou alternadas
Equilíbrio de carga em formas de onda bifásicas Para formas de onda bifásicas simétricas, a quantidade total de corrente para uma fase é igual ao valor absoluto da corrente total que flui na segunda fase. Essa condição pode ou não ser verdadeira para formas de onda bifásicas assimétricas. Se para uma forma de onda bifásica assimétrica o tempo integral para a corrente na primeira fase não for igual em magnitude ao tempo integral na segunda fase, então a forma de onda é chamada de de sequilibrada. Dito de modo mais simples, se a área sob a primeira fase de uma forma de onda bifásica não for a mesma que a área sob a segunda fase, a forma de onda é desequilibrada. Se a área sob a primeira fase de uma forma de
Os termos descritivos definidos anteriormente são de valor limitado para o aperfeiçoamento da comunicação sobre correntes eletroterapêuticas, a menos que um sistema seja desenvolvido para ligar esses termos de maneira consistente. A Figura 1.10 mostra um gráfico organizacional que pode ser usado para nomear descrições qualitativas para formas de onda de corrente pulsada ou CA. A partir do exame das formas de onda, primeiro determina-se que tipo de corrente é mostrada. Depois, o número de fases da forma de onda é definido, seguido pela simetria e equilíbrio de carga para formas de onda bifásicas. Por fim, uma designação de forma pode ser nomeada para todo o pulso ou com frequência para a primeira fase de pulsos bifásicos.
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A nomeação da forma de onda de corrente então prossegue da direita para a esquerda ao longo do gráfico. A Figura 1.11 mostra várias formas de onda de corrente e indica a descrição qualitativa dessas correntes usando o sistema mostrado na Figura 1.10. Observe que esse sistema proposto para nomear correntes eletroterapêuticas pode não ser suficiente para descrever todos os tipos possíveis de correntes, mas permite que os fisioterapeutas e outros profissionais descrevam de maneira consistente a maioria das correntes usadas na prática contemporânea.
Características quantitativas de correntes pulsadas e alternadas Características de pulsos únicos As formas de onda de corrente pulsada ou CA podem ser caracterizadas quantitativamente por suas características dependentes da amplitude e do tempo (Quadro 1.2). A amplitude é uma medida da magnitude de corrente com referência
à linha de base de corrente zero em qualquer momento no tempo em um gráfico de corrente versus tempo (Fig. 1.12A). De modo alternati vo, a amplitude pode ser uma medida da força motriz (voltagem) aplicada para induzir uma corrente quando uma forma de onda é traçada como um gráfico de voltagem versus tempo. As propriedades dependentes de amplitude dos pulsos de corrente (ou pulsos de voltagem) podem ser caracterizadas pelas medidas a seguir. Amplitude máxima: a corrente (voltagem) máxima alcançada em um pulso monofásico ou para cada fase de um pulso bifásico. • Amplitude entre picos: a corrente (voltagem) máxima medida do pico da primeira fase até o pico da segunda fase de um pulso bifásico. •
Desses dois métodos de medir amplitude de corrente (voltagem), a amplitude máxima de cada fase é recomendada. Outras maneiras para descrever amplitude de corrente, como amplitude eficaz (AE ou eficaz) ou corrente média por unidade de tempo, depende da forma
Mná cene ud
fm smé
Bá Deçã de ene quv
fm Equbd
fm
Deequbd
fm
amé
smé cene end
fm Equbd
fm
Deequbd
fm
amé
FIGuRA 1.10
gá d em mbn dençõe de ene dev n nmeçã de m de nd de ene end u ud.
Ee ín de onda particular examinada. Por exemplo, o valor de AE para uma forma de onda sinusoidal pura equivale a aproximadamente 70% do valor da amplitude máxima, enquanto a corrente média para a mesma forma de onda é cerca de 64% do valor máximo. Ilustrações dessas medidas de amplitude de corrente são
amude de 0 ene
31
apresentadas na Figura 1.12. As medidas de corrente média e corrente eficaz levam em conta a forma do pulso e podem refletir com mais precisão a força estimulante da forma de onda do que as medidas de amplitude máximas. A amplitude das correntes aplicadas usando estimuladores clínicos é às vezes
cene de u bá nud, deequbd, mé tem
A
amude de 0 ene
cene end enu, deequbd, mé tem
B
amude de 0 ene
cene de u bá enu, equbd, mé tem
C
amude de ene
0
cene de u mná de du n tem
D
FIGuRA 1.11
reeençã á de vá m mun de ene de u d m dençõe “dev” d. a m de nd eeend em ( B) e (D) m nemene hmd vn de u de vem e ád, eevmene.
32
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referida como a intensidade de estimulação. Portanto, os controles nos geradores clínicos que regulam a amplitude de corrente induzida (voltagem) costumam ser rotulados de “intensidade”. Já que o termo intensidade é também frequentemente usado para descrever carga de pulso, sendo recomendado que ele não seja usado de modo algum para descrever características de amplitude de formas de onda de corrente pulsada ou CA. Uma variedade de características dependentes do tempo é usada para quantificar pulsos de corrente (Fig. 1.13). As características de correntes pulsadas dependentes do tempo incluem o seguinte: Duração da fase: o tempo decorrido entre o início e o término de uma fase. • Duração do pulso: o tempo decorrido entre o início e o término de todas as fases em um pulso único; em estimuladores clínicos, a duração do pulso é muitas vezes incorretamente classificada de “largura do pulso”. • Período: o tempo decorrido de um ponto de referência em uma forma de onda de •
amude de ene
pulso ou ciclo de CA até o ponto idêntico no pulso seguinte sucessivo; a recíproca de frequência (período = 1/ f ). Para corrente pulsada, o período é igual à duração do pulso mais o intervalo de interpulso. • Intervalo interfase : o tempo decorrido entre duas fases sucessivas de um pulso; também conhecido como o intervalo intrapulso. • Tempo de transição : o tempo para a margem de entrada da fase aumentar na amplitude a partir da linha de base de corrente zero até a amplitude máxima de uma fase. • Tempo de extinção : o tempo para a margem de fuga da fase retornar à linha de base de corrente zero a partir da amplitude máxima ou amplitude pico da fase. Essas características de pulsos dependentes do tempo são geralmente expressas em microssegundos (µs, 10-6 segundos, milionésimos de um segundo) ou milissegundos (ms, 10-3 segundos, milésimos de um segundo) quando se tratar de aplicações de correntes pulsáteis na eletroterapia clínica.
amude máxm amude ene
0 amude máxm
A
aE amude de ene
0
Méd tem
B
FIGuRA 1.12
fm de nd ca nud e u eí deendene d mude. a mude dem e exe m mude máxm d e u mude de u ene . ( A ) aenvmene, mude eze (aE) u méd dem e ud deeve mnude de ene u ven (B).
Ee ín
QuADRO 1.2
caractErísticas QUaNtitatiVas DE corrENtEs pUlsaDas E altErNaDas
ceí deendene d mude amude máxm amude ene amude ez amude méd ceí deendene d em Duçã d e Duçã d u tem de nçã tem de exnçã inev neu inev nu peíd fequên ceí deendene d mude e d em c de e c de u
I
a = B = c= D= E =
duçã d e duçã d u nev de neu em de nçã em de exnçã
a
0
tem B
A I
f = nev de nu g = de u H = de e
c
D E
g
H
0
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B
J I
J = eíd fequên =
C
1 eíd
0
tem J
FIGuRA 1.13
ceí deendene d em d m de nd de ene ud u end.
33
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Uma das características quantitativas de pulsos mais importante do ponto de vista fisiológico é a carga carregada por um pulso individual ou fase de um pulso. A carga de fase é definida como o tempo integral de corrente para uma fase única, isto é, a carga de fase é representada pela área sob uma forma de onda de fase única (Fig. 1.13 B). Como tal, essa carga é determinada pela amplitude da fase, bem como por sua duração. A magnitude da carga de fase fornecerá uma indicação da influência relativa que um pulso terá em produzir mudanças nos sistemas biológicos. A carga de pulso de um pulso único é o tempo integral para a forma de onda de corrente sobre todo o pulso (Fig. 1.13B). Para um pulso bifásico típico, a carga de pulso é a soma da área sob cada fase. Para formas de onda monofásicas, a carga de pulso e a carga de fase são iguais. As cargas de fase e de pulso são expressas em coulombs, e as cargas de pulso comumente encontradas na estimulação clínica estão na faixa média de microcoulomb (µC, 10-6, milionésimos de um coulomb).
Características de uma série de pulsos Além daqueles termos usados para quantificar as características de pulsos individuais, vários termos importantes são usados para descrever uma série de pulsos, a maneira usual como as correntes elétricas são induzidas nos tecidos biológicos para seus efeitos terapêuticos. Entre esses termos estão os dois a seguir: Intervalo interpulso: o tempo entre o término de um pulso e o início do pulso seguinte em uma série; o tempo entre pulsos sucessivos (Fig. 1.13A). • Frequência ( f ): o número de pulsos por unidade de tempo para corrente pulsada expresso em pulsos por segundo (pps); o número de ciclos de CA por segundo expresso em ciclos por segundo (cps) ou hertz (Hz); muitas vezes, em estimuladores clínicos, a frequência do controle de estimulação é denominada de “variação” (Fig. 1.13C). •
Uma vez que a voltagem e a corrente são diretamente proporcionais, muitos dos termos
usados para descrever as características das correntes de’endentes da amplitude e do tempo também podem ser usados para descrever as características do pulso de voltagem que induzem essas formas de onda de corrente.
Modulações da corrente Modulações de amplitude e de duração. No uso de estimulação elétrica para tratamento de problemas do paciente, as características das correntes relacionadas com a amplitude e com o tempo são com frequência variadas de uma maneira prescrita. As mudanças nas características da corrente podem ser sequenciais, intermitentes ou variáveis em natureza e são denominadas modulações. Várias das características quantitativas da corrente pulsada e da CA são moduladas em aplicações clínicas selecionadas. Variações na amplitude máxima de uma série de pulsos são chamadas de modulações de amplitude (Fig. 1.14A). Mudanças regulares no tempo durante o qual age cada pulso em uma série são referidas como modulações de duração do pulso ou da fase (Fig. 1.14B). As modulações de frequência consistem em variações cíclicas no número de pulsos aplicados por unidade de tempo (Fig. 1.14C). As ilustrações das modulações exibidas na Figura 1.14 ocorrem de maneira sistemática. Modulações na amplitude, duração do pulso ou frequência também podem ser fornecida de modo aleatório. Uma outra modulação encontrada de forma mais frequente na estimulação elétrica clínica é a modulação de rampa (oscilação). As modulações de rampa são caracterizadas por um aumento (rampa de subida) ou diminuição (rampa de descida) da amplitude de pulso, da duração de pulso, ou de ambos, ao longo do tempo. No passado, as modulações de rampa eram denominadas tempo de transição e tem po de queda. Contudo, esses dois termos são usados hoje para descrever características de pulso único, não as variações nas características de uma série de pulsos. Modulações do tempo. Uma série contínua e repetitiva de pulsos (série de pulsos em uma frequência fixa) ou um segmento de CA são chamados de trem (Fig. 1.15A e B). Variações sistemáticas no padrão de entrega de uma
Ee ín série de pulsos de correntes são referidas como modulações de tempo. Vários termos são hoje reconhecidos para descrever essas modulações. Eles incluem o seguinte: •
Burst: uma série de grupos de pulsos ou grupos de ciclos de corrente alternada fornecidos em uma frequência estabelecida sobre um determinado intervalo de tempo (Fig. 1.15C e D) seguida de um breve intervalo de tempo sem movimento de
35
partículas carregadas. O intervalo de tempo durante o qual a série finita de pulsos ou ciclos de CA é fornecida é chamado de duração de burst. O período de tempo entre os bursts é chamado de intervalo interburst. Nas aplicações clínicas contemporâneas de tais modulações burst, a duração de burst e o intervalo interburst são geralmente da ordem de alguns milissegundos. O número de bursts fornecidos por unidade de tempo é chamado de frequência de burst .
amude de ene 0
tem
rm de ubd
rm de ded
A
amude de ene 0
rm de ubd
rm de ded
aumen nd equên
reduznd equên
tem
B
amude de 0 ene C
tem
FIGuRA 1.14
Exem de mduçõe umá de eí de emuçã: ( A ) Mduçã de mude. ( B) Mduçã de duçã d u. (C) Mduçã de equên.
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Em algumas formas de eletroterapia, trens de pulso, trens de CA ou série de bursts são aplicados em pacientes sem qualquer interrupção durante todo o período de tratamento. Tal padrão de estimulação é muitas vezes descrito como um modo contínuo de estimulação. Em muitas outras abordagens, trens de pulso, trens de ciclos de CA ou série de bursts costumam ser aplicados em indivíduos por tempos
amude de ene
0
que variam de alguns segundos até um minuto ou mais, seguidos por períodos comparáveis sem estimulação alguma antes da estimulação ser reiniciada. Isto é, trens ou série de bursts são intermitentes ou interrompidos de modo regular. Tais padrões de estimulação são caracterizados quantitativamente por dois intervalos de tempo, chamados on time e off time, definidos a seguir:
tem
A
amude de ene
0
tem
B
amude de ene
0
tem
C
amude de ene
0
tem
D
FIGuRA 1.15
Exem de “en” de emuçã e mduçõe burst: ( A ) tem nínu de m de nd de ca bá enue, mé. ( B) tem nínu de m de nd de ene ud bá e nu, mé. (C) fm de nd de ca nud e mdud bursts. (D) fm de nd de ene ud nud e mdud bursts.
Ee ín •
•
On time: o tempo durante o qual um trem de pulsos, trens de CA ou uma série de bursts são fornecidos em uma aplicação terapêutica. Off time: o tempo entre trens de pulsos, trens de CA ou uma série de bursts.
Uma caracterização proximamente associada dos padrões de estimulação interrompidos, usados em muitas aplicações clínicas, está incluída no conceito do ciclo de trabalho. O ciclo de trabalho da estimulação é a razão de on time para a soma de on time mais off time multiplicada por 100, expresso em porcentagem (Fig. 1.16). on time Ciclo de trabalho = ———————— × 100% (on time + off time)
amude de ene
37
Por exemplo, se o on time é igual a 10 segundos e o off time igual a 30 segundos, o ciclo de trabalho para tal padrão de estimulação seria 25% (Fig. 1.16A). Um padrão bem diferente de estimulação com um on time de 5 segundos e off time de 10 segundos produz o mesmo ciclo de trabalho de 25% (Fig. 1.16B). Por essa razão e porque em alguns casos o ciclo de trabalho foi erroneamente equacionado com a razão simples de on time dividida por off time, surgiu a confusão do uso do termo ciclo de trabalho. Para a documentação clara de padrões de estimulação, on time e off time específicos de estimulação devem ser especificados, em vez de serem usados ciclo de trabalho ou razões on/off time.
c de bh = 33% 0
tem 10
A
20
c de bh = 20% amude de ene
0
tem 5
B
20
c de bh = 33% amude de ene C
0
tem 5
10
FIGuRA 1.16
Exem de emuçã on time e off time e ne de de bh, m ene ud mná de 2 em mude x: ( A ) 10 on time e 20 off time. ( B) 5 on time e 20 off time. (C) 5 on time e 10 off time.
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R ESuMO Ee íu eenu ne undmen em eedde e dnzu emn d à çã de ene eeeêu. o exme d ne eé bá nuíd eemb e be endde e ní í que mm um be meenã de even quím e eé d çõe ín de eedde. a emn qun v e quv dnzd eend munçã ene equde, ín, eudne e bne envvd n u e n deenvvmen d eee ín. cm e ndde, emn dnzd é ud dune dem íu. a vá eí qunv dend nee íu eeenm e d emuçã eé que devem e eend u eud eeu u u n m de eme eee de mne eu e ez n eud eêu.
QuESTõES DE REvISãO Para as respostas, veja o Apêndice B.
() , 1. a ç mz que z íu ed e mveem é hmd de _____________________ () _____________________ (b) u _____________________ .
2. o mvmen d íu ed em um ndu é hmd de ____________________________ . 3. a çã mvmen d íu ed em um u eé é hmd de
_____________________ .
4. a çã mvmen d ín n em bó é hmd de __________________________ .
() e v é 5. o nev de um h u u eé é hmd de _____________________ (b) hmd de _____________________ .
() , e ed nev6. o ín ed vmene ã hmd de _____________________ (b) mene ã hmd de _____________________ .
7. o nn ã íd [ád/nd] e eed d [ád/nd].
() (b) () , __________________ e ___________________ . 8. a e de ohm deeve eçã ene ___________________ 9. Qun m vem d um u eé, m eá / ________________________ ,
duzd() n u. 10. p um vem d x, e medn d ed dmnuíd, mnude d ene
eá ________________________ .
() , 11. o ê de ene ud n eee nemne ã ________________________ ________________________ (b) () e ________________________ .
12. a m d eeençã vu de ene em um á de ene de mude versus em
é hmd de ________________________ .
13. Dê undde de medd-dã :
. b. . d.
ene ç eemz eên n
Ee ín
e. . . h. . j. k. .
39
medn ndun equên de ene ud equên de ene end (ca) mude máxm (ene) duçã d u de e on time/off time
14. Uze uxm d fu 1.10 deemn deçõe quv ene
equemzd eu.
amude 0 de ene
tem
A
amude 0 de ene
tem
B
amude de ene 0
tem
C
amude 0 de ene D
tem
40
andew J. rbnn & lynn snyde-Mke
15. Deenhe eune de ene em á de ene de mude versus em.
. b. . d.
cene ud bá, nu, mé cene ud bá, enu, equbd, mé cene end nud, deequbd, mé cene ud mná, qudd
16. p m de nd de ene ud md, neç çõe eí
deendene d mude e d em md m e.
amude de ene 0
tem b
d
e
. b. . d. e. . . 17. se emuçã de ene ud on time é de 20 eund e off time de 60 eund, de
bh de emuçã é ________________________ .
18. Qu nd d em () “m de ubd” e (b) “m de ded”? 19. o que é burst? 20. o que é mduçã de mude?
REFERênCIAS 1. Urone, P.P. Physics with Health Science Applications. New York: Harper and Row; 1986:264–343. 2. American Physical Therapy Association. Electrotherapeutic Terminology in Physical Therapy. Alexandria, VA: Section on Clinical Electrophysiology And American Physical Therapy Association; 2001.