WEBER, M. a Objetividade do conhecimento nas ciências sociais

WEBER, M. A objetividade objetividade do conhecimento conhecimento nas ciências sociais. In: COHN, G. o!".#. Max

Weber – sociologia . $%o &a'(o: )tica. Co(e*%o G!andes Cientistas $ociais, +-. . /0 1 2+/. 3. A “objetividade” “objetividade” do conhecimento nas ciências sociais 1 3odos os 4en5menos 6'e denominamos sociais o' econ5micos est%o vinc'(ados ao

fato básico de 6'e nossa e7istência 48sica, bem como a satis4a*%o de nossas necessidades, dea!a de a!am9s m9see com (imita (imita* *es es 6'a 6'anti ntitat tativa ivass e 6'a 6'a(it (itati ativas vas do meio meio e7te! e7te!no, no, como como tamb;m tamb;m demandam a ('ta com a nat'!e"ico e econ5mico dos 4en5menos n%o ; a("o 6'e seja ?objetivamente@ ine!ente +, em ve< disso, est= dete dete!m !min inad adoo o! o! noss nossos os interesses, va!i= va!i=ve ve(( de aco! aco!do do com com o si"n si"ni4 i4ic icad adoo c'(t c'(t'! '!a( a( 6'e 6'e at!ib'8mos a e(e. $em!e 6'e 'm evento da vida cotidiana !e(aciona9se, di!eta o indi!etamente, com o 4ato b=sico s'!acitado, !e!esenta 'm  problema de inte!esse da ciência socia(. &odemos concebe! di4e!en*as ent!e os !ob(emas socioecon5micos. H= instit'i*es c'jo sentido c'(t'!a( assenta9se essencia(mente em asectos econ5micos, o! e7em(o, os eventos (i"ados a bo(sa de va(o!es. &odemos denomin=9(os como instit'i*es ?econ5micas@. ?econ5micas@. H= 4en5menos c'jo si"ni4icado n%o e7!essa necessa!iamente 'm asecto econ5mico, como os eventos da vida !e(i"iosa, os 6'ais, a(i=s, odem a!esenta! a("'ns efeitos ass8veis de inte!!eta*%o econ5mica. &odemos denomina! tais instit'i*es como ?economicamente !e(evantes@. H=, o! 4im, 4en5menos 6'e n%o s%o ?econ5micos@, tais como o "osto a!t8stico de 'ma ;oca, ;o ca, o!;m, o!;m, este este 4en5me 4en5meno no od odee se! influenciado o! e(ementos econ5micos. &odemos denomina! tais instit'i*es como ?economicamente condicionados@. essa 4o!ma, no mbito das 4inan*as b(icas, o Estado ode se! conside!ado 'ma instit'i*%o econ5mica. Entendemos 6'e, o! 'm (ado, o camo das e7!esses econ5micas ; 4('8do e n%o  ode se !est!in"ido a !i"o! e, o! o't!o (ado, 6'e ?'m 4en5meno s> conse!va a s'a 6'a(idade de Decon5mico na est!ita medida em 6'e o nosso interesse est= e7c('sivamente cent!ado no se' significado a!a a ('ta mate!ia( da e7istência@ WEBER, +-, . F#.

2

Este te7to ; e(abo!ado a!a a !evista A!6'ivo a!a a Ciência $ocia( e &o(8tica $ocia(.

+

 '!heim n%o "osto' disso.

2

3odos os 4en5menos mani4estos em 'ma c'(t'!a hist>!ica dada in4('encia dete!minadas necessidade mate!iais, mo(dando se' modo de se! e se's meios de ode!, to!nando9se, desse modo, ?economicamente !e(evantes@.  Nossa ciência, na medida 6'e at!ib'i ca'sas individ'ais a 4en5menos c'(t'!ais econômicos,

e(a !od'< 'm conhecimento ?hist>!ico@. ma ve< 6'e !oc'!a e(ementos

 !>!ios dos 4en5menos c'(t'!ais, o! meio dos mais dive!sos com(e7os c'(t'!ais, a 4im de descob!i! se' si"ni4icado c'(t'!a(, e(a acaba o! investi"a! 'ma interpretação hist>!ica sob 'm  onto de vista esec84ico. Consiste em 'm t!aba(ho !;vio !a o conhecimento tota( da c'(t'!a.  Nossa !evista concent!a9se no est'do de ce!tas conste(a*es de inte!esses e de con4(itos !ovenientes da economia das civi(i!ica, estatistia e teo!icamente as !e(a*es ent!e e(as. ?JK o camo de t!aba(ho ca!acte!8stico da nossa !evista ; a es6'isa cient84ica do  significado cultural geral da estrutura sócio-econômica da vida social humana  e

das s'as

4o!mas de o!"ani!icas@ WEBER, +-, . F+ 1 -#. Ana(isa! a sociedade a a!ti! do onto de vista econ5mico ode a!ece! 'm  !ocedimento ?a!cia(@, no entanto, esta a!cia(idade ; !oosita(. Inc('sive, ac!edita! 6'e o objetivo do t!aba(ho cient84ico seja sana! esta a!cia(idade o! meio da const!'*%o de 'ma ciência socia(  geral , incide no e!!o de !ess'o! 6'e esta ciência !ecisa de 'm at!ib'to esecia( 6'e dete!mine se' contedo. ?O dom8nio do t!aba(ho cient84ico n%o tem o! base as cone7es Dobjetivas ent!e as Dcoisas mas as cone7es conceituais ent!e os problemas@WEBER, +-, . F-# -. Libe!tos do !econceito obso(eto de 6'e a tota(idade dos 4en5menos c'(t'!ais ode!ia se! deduzida  como !od'to o' como 4'n*%o de -

 '!heim n%o "osto' disso novamente.

+

dete!minadas conste(a*es de inte!esses ?mate!iais@, c!emos no entanto 6'e a análise dos fenômenos sociais e dos eventos culturais sob a e!sectiva esecia( do se' condicionamento e a(cance econômico  4oi 'm !inc8io cient84ico de 4ec'ndidade c!iado!a, e contin'a!= a sê9(o en6'anto de(e se 4i
 !eciso !ee(i! a chamada ?conce*%o mate!ia(ista da Hist>!ia@, ent!etanto, 'ma interpretação econ5mica da Hist>!ia ;

'ma das !inciais 4ina(idades desta !evista.

A ?conce*%o mate!ia(ista da Hist>!ia@, !oveniente do  Manifesto comunista,  !eva(ece aenas na mente de amado!es. Em !es'mo, e(a consiste em 'ma necessidade do"m=tica de com!ova*%o da e7istência de ca'sas econ5micas em todos os 4en5menos hist>!ico9c'(t'!ais. Isto n%o ; nada in;dito, toda ciência, em maio! o' meno! "!a', tende' em a("'m momento a n%o s> !od'!ica não ode se! ded'
Dacidenta( e cienti4icamente insignificante@ WEBER, +-, . FP#.

H= de se !essa(ta! 6'e todos os e(ementos ?ca'sais@ !a o onto de vista econ5mico s%o dotados de (eis !>!ios, o!tanto, s%o todos acidentais. Em nenhum camo dos 4en5menos c'(t'!ais a !ed'*%o a  somente ca'sas econ5micas  ode se! 'ma ta!e4a es"otante, at; mesmo nos casos de 4en5menos ?econ5micos@. A t8t'(o de e7em(o, se most!a imoss8ve( entende! a Madona da Cae(a $istina o!  meio de bases socioecon5micas da vida c'(t'!a( da ;oca de s'a c!ia*%o.  Não existe qualquer   an=(ise

cient84ica '!amente ?objetiva@ da vida c'(t'!a( o' JK dos ?4en5menos sociais@ 6'e seja independente de dete!minadas e!cetivas eseciais e a!ciais, "!a*as Qs 6'ais estas mani4esta*es ossam se! JK se(ecionadas, ana(isadas e o!"ani


 Oosi*%o ao mate!ia(ismo hist>!ico dia(;tico de Ma!7.



 Essa c!8tica de 'm s'osto economicismo o' dete!minismo econ5mico em Ma!7 nada mais ; do 6'e 'ma ?c!8tica@ cic(>ica e antidia(;tica 6'e ta(ve<, com so!te, se a(i6'e somente aos inte!!etes v'("a!es de s'a ob!a. '!heim tento' 4a
-

ossa ciência social est!da a realidade. &o!tanto, o! 'm (ado, nos atentamos Q com!eens%o dos si"ni4icados c'(t'!ais das dive!sas mani4esta*es sociais at'ais e, o! o't!o (ado, investi"amos as ca'sas 6'e histo!icamente as desenvo(ve!am deste modo e n%o de o't!o. A 4o!ma como a vida se a!esenta imediatamente a nossa consciência evidencia 'ma in4inidade, dive!sidade e e4eme!idade de eventos. Isto ; t%o n8tido, 6'e t%o dive!sidade se a!esenta ainda 6'e est'demos aenas 'm ?objeto@. ?Assim, todo o conhecimento !e4(e7ivo da !ea(idade in4inita !ea(i!ica o' e7e!iência int'itiva F. 3'do 6'e !esiste a ?!e"'(a!idade@ n%o ; de inte!esse da ciência e deve se! !e(e"ada a se! objeto da ?c'!iosidade ociosa@. Ainda 6'e o inte!esse das ciências sociais seja o est'do do real , o' seja, a a!eens%o da vida socioc'(t'!a( em s'a conj'nt'!a universal , mesmo assim, e(a n%o e!de se' ca!=te!  individ'a(. En6'anto, no camo de ciências e7atas o inte!esse investi"ativo se concent!a nas !e(a*es quantitativas, ao cont!=!io, no mbito das ciências sociais, se' escoo s%os as !e(a*es qualitativas dos !ob(emas. As ciências sociais t!aba(ham com 4en5menos espirituais.

Ainda n%o desaa!ece' a ideia de 6'e as ?ciências do es8!ito@ !ecisam a'ta! s'as investi"a*es nos m;todos da matem=tica e das ciências nat'!ais. A sico(o"ia desemenho' este ae( de 4'ndi! as d'as metodo(o"ias s'!acitadas em s'a investi"a*%o cient84ica. O m;todo dos est'dos econ5micos e7(icados a6'i consiste, ao cont!=!io, em conhece! a realidade  conc!eta a a!ti! de se'  significado c'(t'!a( e as s'as !e(a*es de ca'sa e e4eito, o! 

meio da b'sca de !eeti*es !e"'(a!es.

" im#oss$vel deduzir  a realidade social a #artir de “leis” , n%o o!6'e e7istem ainda 4o!*as miste!iosas desconhecidas#, mas o!6'e a!a conhece! a !ea(idade s> nos inte!essa a("'ns ?4ato!es@ hiot;ticos# %!e agr!#ados formam !m fen&meno c!lt!ral P

 S'e es"ota, 6'e esva
/

 M;todo de !acioc8nio 6'e a!te do a!tic'(a! a!a o "e!a( e c'jas !emissas têm ca!=te! menos "e!a( 6'e a conc('s%o. F

 To!ma de conhecimento imediato, indeendente de 6'a(6'e! !ocesso de !acioc8nio.



historicamente significativo #ara n's.  A(;m disso, a!a e7(ica!mos estes a"!'amentos,  !ecisa!8amos incessantemente nos !eo!ta! a a"!'amentos i"'a(mente individ'ais. ?Assim, o estabe(ecimento de tais D(eis e D4ato!es hiot;ticos# aenas constit'i!ia,  a!a n>s, a  primeira de v=!ias oe!a*es Qs 6'ais o conhecimento a 6'e asi!amos nos cond'!ica 6'e de(es !es'(tam. A te!cei!a, se!ia a e(abo!a*%o assada desses a"!'amentos obse!vando os dive!sos ca!acte!es individ'ais 6'e desenvo(ve!am. &o!  (timo, se!ia os !o"n>sticos a !eseito destes a"!'amentos. O si"ni4icado de 'm 4en5meno c'(t'!a( n%o ode se! e7t!a8do de 6'a(6'e! conceitos o' (eis, em ve< disso, est= !e(acionada com ideias de valor . ?O conceito de c'(t'!a ; 'm conceito de valor . A !ea(idade em8!ica ; Dc'(t'!a a!a n>s o!6'e e na medida em 6'e a !e(acionamos a ideias de va(o!@ WEBER, +-, . 0+#.  aenas o! ca'sa disso 6'e odemos com!eende! a ca!acte!8stica individ'a( da !ea(idade.

esse sentido( a%!ilo %!e #ara n's tem significa)*o n*o #ode ser com#reendido a #artir de !m est!do do em#$rico “afastando+se de #ress!#ostos”( ao contrário( , j!stamente o reconhecimento d esta si"ni4ica*%o 6'e ; a !emissa b=sica a!a 6'e a("o se t!ans4o!me em obeto de est'do.

?JK s'b(inha! e o!dena! os e(ementos do !ea( mati!ica. m 4en5meno ; hist>!ico, o!6'e ;  significativo em sua especificidade. ? !penas uma  parte finita da dive!sidade de 4en5menos ;  significativa@ WEBER, +-, . 0- 1 #.

Mesmo com o mais am(o conhecimento de todas as "leis# do devi!  4ica!8amos e!(e7os ante o !ob(ema de como ;  poss$vel   em "e!a( a explicação causal   de 'm 4ato individual , osto 6'e nem se6'e! se  ode ensa! a me!a descrição e7a'stiva do mais 8n4imo 4!a"mento da !ea(idade. &ois o nme!o e a nat'!e!ias coisas c!it;!io a("'m 6'e e!mita esco(he! dent!e e(as 'ma 4!a*%o 6'e ossa ent!a! iso(adamente em (inha de conta WEBER, +-, . 0#.



Ao tentar #rod!-ir !m conhecimento da realidade des#rovido de “j!$-os de valor” somente foi #oss$vel #rod!-ir !ma conf!s*o de “j!$-os existenciais” sobre diversas #erce#)es #artic!lares . ?&o!tanto, s> a("'ns aspectos dos 4en5menos a!tic'(a!es in4initamente dive!sos, e  !ecisamente a6'e(es a 6'e con4e!imos 'ma  significação geral para a cultura , me!ecem se!  conhecidos, ois aenas e(es s%o objeto da e7(ica*%o ca'sa(@ WEBER, +-, . 0#. S'ando est'damos a individualidade de 'm 4en5meno, a 6'est%o da ca'sa(idade n%o !ecai sob!e (eis, mas cone7es ca'sais conc!etas. &!ecisamos sabe! 6'e conste(a*%o os 4en5menos devem se!  im'tados como !es'(tado. Assim, ?o conhecimento das leis da ca'sa(idade n%o ode!= constit'i! o fim mas antes o meio do est'do@ WEBER, +-, . 0#. A 4im de sabe! se se tem cabimento 'm comonente individ'a( de 'ma !e(a*%o socia( at!ib'i! 'ma imo!tncia ca'sa( a!a o !es'(tado 6'e se t!ata de e7(ica! cas'a(mente,

“a#enas existe a #ossibilidade de #roceder / avalia)*o das infl!ências %!e nos habit!amos a es#erar  geralmente tanto desde como de outros elementos do mesmo com#lexo0” WEBER, +-, . 0#.  Nas ciências e7atas e da nat'!e!ico acon tece o cont!=!io, 6'ando mais gerais 4o!em as (eis, menos contedo (eia9se mais abst!atas e(as s%o# e va(o! e(as tem, ois 6'anto mais ab!an"ente 4o!em os conceitos, mais nos afastamos da !i6'e
s est!dos “objetivos” dos eventos c!lt!rais carece de ra-*o de ser( #or%!e( em #rimeiro l!gar( “o conhecimento de leis sociais n*o , !m conhecimento do socialmente real( mas !nicamente !m dos diversos meios a!xiliares %!e o nosso #ensamento !tili-a #ara este efeito” . Em se"'ndo ('"a!, ?o!6'e nenh!m conhecimento dos acontecimentos culturais #oderá

ser concebido sen*o com base na significação %!e a realidade da vida(

sem#re config!rada de modo individ!al( #oss!i #ara n's em determinadas rela)es singulares@ WEBER, +-, . 0P#.

 N%o h= 'ma !eceita m="ica 6'e e7(i6'e a !ea(idade socia(, t'do 6'e imo!ta s%o as ideias de valor , o onto

de vista sob o 6'a( en7e!"amos a !ea(idade c'(t'!a(. ?A Dc'(t'!a ; 'm

se"mento 4inito do dec'!so in4inito e destit'8do de sentido !>!io do m'ndo, a 6'e o  ensamento con4e!i' 1 do onto de vista do homem  1 'm sentido e 'ma si"ni4ica*%o@ WEBER, +-, . 0P#. 0

 U= est= dando ind8cios da metodo(o"ia dos tios ideais.

P

$omos  seres humanos de c'(t'!a, o' seja, temos a caacidade de ass'mi!   posicionamentos

conscientes 4!ente o m'ndo, con4e!indo a e(es 'm  sentido. $eja 6'a( 4o! o

contedo deste sentido, e(e te!= a!a n>s 'ma  significação c'(t'!a( 6'e !e!esenta!= o inte!esse (e"8timo de es6'isa das ciências sociais. ?isto !es'(ta 6'e todo o conhecimento da !ea(idade c'(t'!a( ; sem!e 'm conhecimento s'bo!dinado a  pontos de vista eseci4icamente  particulares@ WEBER, +-,  . 0/#. ?&o! ce!to 6'e sem as id;ias de va(o! do investi"ado! n%o e7isti!ia 6'a(6'e! !inc8io de se(e*%o nem conhecimento sensato do !ea( sin"'(a! e, assim como JK !es'(ta!ia com(etamente des!ovido de sentido todo o est'do do conhecimento da !ea(idade individual%@ WEBER, +-, . 0F#.

 Nesse sentido, o conhecimento cient84ico se most!a determinado  o! !oosi*es ?s'bjetivas@, haja vista 6'e se inte!essa e(o est'do dos asectos da !ea(idade 6'e at!ib'8mos  significação

c'(t'!a(. A deseito disso, este conhecimento e!manece sendo causal  e

6'a(itativo.  N%o h= dvidas de 6'e as ideias de va(o! tenham ca!=te! s'bjetivo. A(i=s, e7iste 'ma esca(a in4ind=ve( de ?si"ni4ica*es@ c'(t'!ais, va!i=veis na hist>!ia em o!dens di4e!entes. Cont'do, n%o incidamos no e!!o de ensa! 6'e, o! conta de as investigaç&es cient$fico-culturais "i!a!em

em to!no de 6'estes s'bjetivas, sejam v=(idas a!a a("'ns e n%o

 a!a o't!os. O 6'e osci(a ; o  grau de interesse. “2or o!tras #alavras a#enas as id,ias de

valor %!e dominam o investigador e !ma ,#oca #odem determinar o objeto do est!do e os limites desse est!do” 4W5657( 8993( #. 199: . O 4('7o do devi! incomens'!=ve( 4('i incessantemente ao encont!a da ete!nidade. Os !ob(emas c'(t'!ais 6'e 4as imo!tncia e si"ni4ica*%o, e se conve!te em ?individ'a(idade hist>!ica@ WEBER, +-, . 2#.

ma ciência sistemati"icas a"o!a. A economia o(8tica !e!esenta 'ma ?t;cnica@, 'ma ve< 6'e s'a conce*%o de m'ndo s;c'(o VIII# e!a ma!cada e(a !aciona(i
ca!acte!8sticas, dent!e o't!os asectos, tinham o objetivo de oc'(ta! o ca!=te! !ob(em=tico da  e!sectiva te>!ica da economia o(8tico. As ciências da nat'!e"icos, como a Medicina c(8nica, !e!esentam a!tes !=ticas. Ge!a(mente est%o (i"ados a ce!tos va(o!es como o de sa(va!  a vida do aciente. A ca'sa(idade 1 !inc8io b=sico de toda ciência 1 a!ecia !ed'!ico ?abst!ato@ cont!ae9se Qs investi"a*es hist>!ico9 em8!icas, !oc'!ando desenvo(ve! (eis "e!ais s'ostamente caa!ica, inc('indo toda as s'as !e(a*es ca'sais@ WEBER, +-, . 2#.  Nossa 6'est%o cent!a( ; sabe! at; onde che"a a at'a( ?teo!ia abst!ata@. &odemos to!na! com!eens8ve( objetivamente a natureza particular  das !e(a*es econ5micas o! meio de 'm tipo ideal .

“o %!e se refere / investigação( o conceito de ti#o ideal ;<= *o é  !ma >hi#'tese?( mas #retende a#ontar o caminho #ara a form!la)*o de hi#'teses. 5mbora não constitua  !ma exposição

da realidade( #retende conferir a ela meios ex#ressivos

!n$vocos” WEBER, +-, . 2P#. $inteti
F

 . 2P#.  #a#el do cientista será ent*o( em cada sit!a)*o específica ( descobrir se há

a#roxima)*o o! distanciamento entre a realidade est!da e os ti#os ideais sinteti-ados . &ensemos no e7em(o do a!tesanato, assim odemos const!'i! a 'toia do 6'e si"ni4ica o a!tesanato a!a dive!sos a!tes%os de di4e!entes e!8odos hist>!icos, acent'ando9o de modo 'ni(ate!a(. Em se"'ida, odemos oo! nosso tio idea( de a!tesanato com o tio idea( de 'ma est!'t'!a caita(ista, concebida a a!ti! da abst!a*%o de inme!as ca!acte!8sticas da "!ande indst!ia mode!na '!a.  Nesse sentido, a constr!)*o do ti#o ideal jamais tem interesse de ser a finalidade

da investiga)*o cient$fica( ao contrário( re#resenta a#enas o  meio #ara a s!a reali-a)*o . S'ando o es6'isado! !etende i! a(;m da me!a constata*%o de !e(a*es conc!etas, e7(o!ando a  significação cultural   6'e os a"entes individ'ais 4a"ico9investi"ativo dos tios ideias. O tio idea( ; 'm: ?6'ad!o de ensamento, e não da !ea(idade hist>!ica, e m'ito menos da !ea(idade Da'têntica e n%o se!ve de es6'ema no 6'a( se ode inc('i! a !ea(idade a manei!a exemplar . 3em antes o si"ni4icado de 'm conceito (imite '!amente idea(, em !a(a*%o ao 6'a( se mede a !ea(idade a 4im de esc(a!ece! o contedo em8!ico de a("'ns dos se's e(ementos imo!tantes, e com o 6'a( esta ; comparada@ WEBER, +-, . 20#.

O tio idea( ; 'ma tentativa de a!eende! os indiv8d'os hist>!icos em conceitos  gen'ticos, o' seja, ana(isa! os indiv8d'os a a!ti! das si"ni4ica*es c'(t'!ais 6'e desenvo(vem

em s'a ;oca. H= 'ma ce!ta con4's%o ent!e teo!ia e hist>!ia, !incia(mente o!6'e se ac!edito' 6'e a hist>!ia deve!ia se! concebida como aenas 'ma manei!a de com!ova! a ?4o!*a !ea(@ da teo!ia. Nesse sentido, a hist>!ia ; (evada ao ?(eito de &!oc'sto@. ?A !e(a*%o de ca'sa(idade ent!e a id'ia histo!icamente com!ov=ve( 6'e domina os homens e os e(ementos da !ea(idade hist>!ica dos 6'ais se ode 4a!ica s> odem se!  com!eendidas na medida 6'e s%o a!eendidas sob a  forma de um tipo ideal , haja vista 6'e emi!icamente se e7!essam na mente de 'ma in4inidade m't=ve( de a"entes sociais.

0

O !ocesso em8!ico e hist>!ico 6'e se desenvo(ve' na mente dos indiv8d'os necessita se! com!eendido como 'm !ocesso  psicológico e n%o lógico. O ca!=te! t8ico9idea( dessas s8nteses de id;ias 6'e tive!am 'ma a*%o hist>!ica mani4esta9se de 4o!ma ainda mais c(a!a se esses !inc8ios di!eto!es e ost'(ados 4'ndamentais n%o vivem, o' j= n%o vivem, nas mentes do indiv8d'os, ainda 6'e estes contin'em dominados o!   ensamentos 6'e s%o a conse6'ência (>"ica destes !inc8ios o' 6'e de(es sa8!am o! associa*%o, 6'e! o!6'e a ?id;ia@ histo!icamente o!i"ina( 6'e (hes se!via de base se e7tin"'i', o' o!6'e aenas conse"'i!a te! in4('ência at!av;s das s'as conse6'ências WEBER, +-, . 22+#.

? necess=!io oo! a t'do isto um dever elementar do autocontrole cient$fico% 6'e nos convida a !ea(i"ico, e a   apreciação ava(iado!a dessa !ea(idade a a!ti! de ideais@ WEBER, +-, . 22#. E7istem tanto tios ideias de bo!d;is 6'anto de !e(i"ies, n%o cabe ao es6'isado! ava(i=9(os se"'ndo se's ideais d'!ante a es6'isa. ?JK enca!amos intenciona(mente o Dtio idea( como 'ma const!'*%o inte(ect'a( destinada Q medi*%o e Q ca!acte!i"ico do te!mo. A(;m disso, a4asta9se da !ea(idade em8!ica, a 6'a(, o! s'a ve<, s> ode se! entendida 6'ando comparada com e(e.

@m ti#o ideal jamais deve ser entendido como !m ti#o m,dio( como a m,dia de #ensamento de !ma ,#oca . “;<= a finalidade da forma)*o de conceitos de ti#o ideal consiste sem#re em tomar rigorosamente consciência não do %!e , gen,rico( m!ito #elo contrário( do %!e , específico  a fen&menos c!lt!rais” WEBER, +-, . 22P#. ?&a!a sabe! se o c'!so em8!ico do desenvo(vimento 4oi e4etivamente o mesmo 6'e o const!'8do, ; necess=!io com!ov=9(o o tio idea( e(abo!adoK com o a'78(io desta const!'*%o tomada como meio he'!8stico, !ocedendo9se a 'ma coma!a*%o ent!e o tio idea( e os 2

D4atos@ WEBER, +-, . 22/#. $e o tio idea( tive! sido e(abo!ado ?co!!etamente@, o desenvo(vimento e4etivo não co!!esonde!= com o desenvo(vimento do tio idea(. $e che"a!  neste !es'(tado, te!= c'm!ido se' ae(, com!ovando s'a !>!ia irrealidade. ?JK a const!'*%o do tio idea(K aenas se!vi' como meio a!a !ea(i
'm !ocesso hist>!ico Qs s'as ca'sas !eais, ent!e as  poss$veis na sit'a*%o dada do

nosso conhecimento@ WEBER, +-, . 22F#.  e!i"oso, d'!ante o !ocesso investi"ativo, 4a!ico  servir  a teo!ia do cientista e n%o o cont!=!io. S'em ota o! este !ocedimento, estabe(ece 'ma !e(a*%o idea( com a !ea(idade em8!ica e isto ; cienti4icamente !ob(em=tico. O !incia( ensado! 6'e !ea(i!icaXidea(Xmeta48sica com o 'so ilustrativo do m'ndo em8!ico ; Ya!( Ma!7. O tio idea( ; 'ma const!'*%o metodo(>"ica temo!=!ia, o' seja, sem!e novos tios ideias !ecisam se! c!iados. Embo!a o tio idea( esc(a!e*a a !ea(idade, e(e jamais ode cat=9(a em s'a tota(idade,  ois o ensamento h'mano n%o ; caa< de aba!ca! a in4inita dive!sidade da !ea(idade. ossas

investiga)es n*o #assam de !ma tentativa de colocar ordem no caos de fatos %!e nosso interesse nos mobili-o! a est!dar .

ma das "!andes descobe!tas das ciências sociais ; a c!8tica a const!'*%o de conceitos "e!ais. a(e !essa(ta! 6'e os conceitos n%o s%o a  finalidade do conhecimento da si"ni4ica*%o dos ontos de vista individ'ais, mas, ao cont!=!io, ; o meio a!a a(can*=9(o. A(;m disso, o contedo dos conceitos hist>!icos ; sem!e va!i=ve(, o!tanto, o rigor das ciências sociais

consiste !tili-ar os conceitos na forma de ti#o ideais e jamais conf!ndir o ti#o ideal com a ist'ria. Lemb!emo9nos 6'e jamais e7iste 'm conceito hist>!ico de4initivo, o' 'm 4im (timo a!a a hist>!ia.

22