1 Centro de Educação Tecnológica ecnológica Paula Souza Resenha dos capítulos 5, 6 e 7 do liro !rganização e "estão da Escola# Teoria Teoria e Pr$tica, de José Carlos Libâneo %utor da Resenha# &a'io Cristiano &aria (elo !')etio# aaliação da disciplina Políticas e !rganização da Educação Pro*issional São Paulo, + de -aio de .+6
Em seu livro Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática , de autoria do doutor José Carlos Libâneo, apresenta os paradigmas e cenários que envolvem as tomadas de decisão por parte dos gestores escolares, fornecendo diretrizes, orienta!es e anál anális ises es sobr sobree como como enfr enfren enta tarr os prin princi cipa pais is prob proble lema mass da esco escola la,, busc buscan ando do na autonomia a c"ave para uma educaão democrática# $o cap%tulo &, intitulado Os conceitos de organização, gestão, participação e cultura organizacional organizacional ,
o autor busca e'plorar os conceitos acerca da gestão e da
organizaão da escola e ressalta as suas principais diferenas, embasando(se tanto em autores da área da Educaão quando da área da )dministraão# )dministraão# )pre )p rese sent nta( a(se se que que no ambi ambien enta ta esco escola larr "á a e'is e'ist* t*nc ncia ia de uma uma Cultura Organizacional ,
regida pelas intera!es sociais, que permitam + escola ir além da
burocracia# ortanto, faz(se necessário considerar que o ambiente escolar não são apenas as "ierarquias e'istentes e os pro-etos de plane-amento, mas também as pessoas que ali fazem fazem parte parte,, tais tais qua quais is alunos alunos,, profes professor sores es,, funcio funcionár nários ios admini administr strati ativos vos,, coordenadores e direão e que e'istem formas de interaão entre eles# Esta cultura cria uma identidade para a escola e serve como modo de construir uma relaão entre todas as partes envolvidas envolvidas Administração Escolar
Organização ção Escolar Escolar são e Organiza são os dois ois conc conceeito itos
apresentados no cap%tulo, sendo o primeiro voltado + gestão dos recursos materiais da instituião e o segundo a regulamentaão dos dispositivos e'istentes para determinadas finalidades# Libâneo enfatiza o caráter grupal da escola, cu-o princ%pio norteia a gestão da escola, com base na tomada de decisão# ) tomada de decisão é o n.cleo da gestão escolar e ela varia conforma o papel atribu%do ao diretor, mas que deve ter como principal ob-etivo a formaão do aluno# or
/ conta disto, é importante que as decis!es não somente se-am pautadas na obtenão de %ndices de desempen"o, tornando a escola menos parecida com o modelo gerencial técnico(cient%fico, que baseia suas decis!es em critérios racionais, levando a uma gestão participativa, com envolvimento de todos# $esse processo o papel do diretor torna(se importante, pois é por meio dele que as decis!es serão transformadas em medidas que serão adotadas pela escola, para promover a participaão de todos na gestão escolar, independente de qual se-a a abordagem gerencial adotada# ara o autor, esse diretor é quem centraliza todas as ordens a serem e'ecutadas para a mel"oria do ambiente escolar, cu-a finalidade passa também a de tornar o espao mais democrático# ) autonomia é um pressuposto para que a participaão da escola se-a efetiva e, conforme apresentado neste cap%tulo, deve ser seguida por formas não(autoritárias de poder, pois o sucesso ou o fracasso da escola não podem ser atribu%dos somente ao diretor, mas a todos os integrantes da comunidade escolar, por ela ser uma instituião socialmente constitu%da, devendo, portanto, ser integrada + comunidade e com seus interesses e ob-etivos a serem considerados# 0 te'to também coloca que isto a-uda a fortalecer a cultura da escola, o papel do diretor enquanto gestor e aos coordenadores o papel de lidar com o lado pedaggico que envolve os outros integrantes do ambiente escolar# $o cap%tulo 2, intitulado O Sistema de Organização e Gestão da Escola , Libâneo descreve que os primeiros estudos de gestão escolar eram baseados nos preceitos da administraão de empresas, na qual a escola era vista com uma organizaão que precisava obter resultados# $a década de 1345 surge uma proposta de análise cr%tica, na qual a escola é vista como parte da sociedade do trabal"o e do mundo capitalista, contendo alguns poucos elementos organizacionais# 6 neste cap%tulo que são apresentadas as concep!es cient%fico(racional e sociocritica, mencionadas no cap%tulo anterior# ) primeira e'ige que a escola se-a eficiente, seguindo um plane-amento prévio para que atin-a resultados# Essa é a realidade da maioria das escolas no 7rasil, pois neste modelo o diretor é a figura central e todas as decis!es são tomadas de cima para bai'o, com pouca partião dos envolvidos no ambiente escolar# ) segunda dá *nfase +s intera!es sociais e +s constru!es coletivas, de forma democrática# Estes dois modelos constituem(se em polos opostos e e'tremos de gerenciamento escolar# 0 autor prop!e também outros modelos, intermediários, a
8 comentar9 democrático(participativa, baseada na relaão entre a direão e a comunidade escolar, possuindo elementos de interaão e também de organizaão, mas com atribui!es individuais de responsabilidades e deveres: interpretativa, que en'erga a escola a partir do seu conte'to particular e define que não e'iste um padrão organizacional que sirva a todas as escolas, mas sim vários que podem ser adotados de acordo com as necessidades# ;ambém são apresentadas pelo autor as fun!es e'ercidas pelas pessoas inseridas dentro de seus conte'tos, quais9 consel"o de escola, direão, setor administrativo, setor pedaggico, professores, alunos e pais de alunos ou responsáveis# 0 autor defende que deve e'istir uma organizaão que fala com que todas essas fun!es, em virtude de elas precisarem trabal"ar de forma integrada, para que, deste modo, os ob-etivos de formaão dos alunos se-am cumpridos# $o cap%tulo <, intitulado Princípios e características da gestão participatia, o autor descreve o que é necessário para que a gestão participativa ocorra, defendida nos cap%tulos anteriores como o modelo ideal para que a escola consiga capacitar seus alunos de forma satisfatria para interagirem com o mundo e como as decis!es devem ser democráticas# 0 comeo do te'to coloca que a parte da representatividade pol%tica não é benéfica aos mais pobres, uma vez que os pol%ticos atendem a interesses de grupos dominantes, que precisam manter o seu status quo# ortanto, as pol%ticas educacionais não são prioridades dentro desse cenário pol%tico, cabendo a escola promover uma gestão mais participativa dentro do que a estrutura atual permite# ara isso, Libâneo defende que os educadores =portanto, não apenas os professores, mas todos os envolvidos no processo de formaão do estudante> devem incentivar a participaão da populaão por meio da democratizaão da gestão escolar e também pela mel"oria da qualidade de ensino, com o propsito de formar pessoas aptas a atuarem de forma democrática e consciente na sociedade# ) participaão escolar pode ser na conquista da autonomia e na forma de organizaão# Em ambos os casos, é preciso um trabal"o de direão eficiente, tornando( se necessária a criaão e concepão de um pro-eto pedaggico curricular, -unto com a delegaão de responsabilidades dentro da estrutura escolar, mostrando que o autor converge para o modelo democrático(participativo de gestão, citado no cap%tulo 2 do livro# Essa direão, portanto, deve ter a intenão de fazer o mel"or trabal"o para que os
? alunos possam aprender de forma plena e com qualidade, não somente para gerar resultados em %ndices, mas também propiciar um ambiente mel"or para a aprendizagem# ara se atingir esses uma gestão escolar participativa, Libâneo elenca oito princ%pios fundamentais9 1> autonomia da escola e da comunidade educativa, pois faz(se necessário poder ter liberdade para determinar os ob-etivos e ser independente para a tomada de decis!es sobre a instituião escolar: /> relaão orgânica entre a direão e a participaão dos membros da equipe escolar, atribuindo ao grupo escolar a responsabilidade compartil"ada de decidir sobre o documento orientador das decis!es, práticas e procedimentos pedaggicos a serem adotados na escola, além de uma atuaão mais direta sobre os camin"os a serem seguidos pela escola: 8> envolvimento da comunidade no processo escolar, trazendo para o ambiente educativo os pais e demais pessoas da comunidade para que se-am integrados ao gerenciamento e + fiscalizaão das práticas pedaggicas: ?> plane-amento de tarefas, com o intuito de traar metas e ob-etivos a serem alcanados e quais a!es de intervenão a serem realizadas caso esses ob-etivos não se-am atingidos: &> formaão continuada dos docentes e funcionários, valorizando o desenvolvimento pessoal para a mel"oria da qualidade profissional dos envolvidos com a escola: 2> utilizar de informa!es concretas e sua posterior análise, considerando os m.ltiplos aspectos e a democratizaão dessas informa!es, para que a qualidade do ensino e da instituião possam ser avaliados de forma coerente e os resultados possam servir para readequar as práticas educativas: <> avaliaão con-unta, que respeite o caráter da organizaão de forma democrática, envolvendo direão, professores e demais membros da equipe escolar, de modo a permitir que, dentro do pro-eto pedaggico curricular, possa se avaliar seus resultados e, com eles empregar medidas de adequaão das a!es educativas e 4> a mel"oria da qualidade do trabal"o pelo fortalecimento das rela!es "umanas, sem rela!es totalitárias que não permitam o diálogo entre as estruturas de funcionamento da escola# ortanto, nesses tr*s cap%tulos, José Carlos Libâneo descreve que é preciso ol"ar a instituião de ensino, conte'tualizá(la dentro de suas propostas, estabelecer uma gestão democrática com participaão de todos os envolvidos e, com isto, buscar uma educaão de mel"or qualidade e uma gestão que ol"e não somente para os aspectos gerenciais, mas também "umanos, envolvidos na instituião escolar#