Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I Futebol 2010/2011
Docente: Victor Maçãs Discente: Sónia Patrícia Carvalhido Soares Nº 38292
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Neném Prancha in http://pensador.uol.com.br/frases_sobre_futebol/
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
2
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Neném Prancha in http://pensador.uol.com.br/frases_sobre_futebol/
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
2
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Índice 1.Introdução........................................................................................................ 4 2. Elementos estruturais do jogo........................................................................ 5 3. Fases do jogo................................................................................................10 3.1. O processo ofensivo........................................................................10 3.1.1. Os objectivos do processo ofensivo...................................10 3.1.2. As etapas do processo ofensivo.........................................11 3.2. O processo defensivo.......................................................................12 3.2.1. Os objectivos do processo defensivo.............. defensivo.................................12 ...................12 3.2.2. As etapas do processo defensivo.......................................12 4. Os sistemas do jogo......................................................................................15 5. Os métodos do jogo.......................................................................................17 5.1. Os métodos de jogo ofensivo...........................................................17 5.2. Os métodos de jogo defensivo.........................................................19 6. Os princípios do jogo.....................................................................................21 6.1. Os princípios gerais do jogo.,...........................................................21 6.2. Os princípios específicos do jogo.....................................................21 6.2.1. Princípios específicos fora do centro de jogo.....................21 6.2.2. Princípios específicos no centro de jogo............................22 6.2.2.1. Princípios específicos no ataque..........................22 6.2.2.2. Princípios específicos na defesa..........................23 7. As acções técnico-tácticas dos jogadores....................................................25 7.1. As acções técnico-tácticas individuais ofensivas.................... ofensivas............................25 ........25 7.2. As acções técnico-tácticas individuais defensivas...................... defensivas..........................27 ....27 7.3. As acções técnico-tácticas ofensivas colectivas.................... colectivas.............................28 .........28 7.4. As acções técnico-tácticas defensivas colectivas.................... colectivas...........................28 .......28 8. Sessões de sala...........................................................................................30 9. Sessões de campo ......................................................................................37 10. Conclusão...................................................................................................46 11. Referências Bibliográficas...........................................................................47 12. Anexos.........................................................................................................48
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
3
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
1.Introdução Este trabalho foi realizado no âmbito da unidade Curricular de jogos desportivos colectivo, mais concretamente em futebol. O objectivo proposto foi conhecer melhor as formas de jogo, como se pode organizar um jogo de futebol, como se pode dividir o jogo, como se pode ensinar o jogo de futebol. Além disto pressupõe-se que este documento vá ser um orientador para o nosso futuro. Para alcançar este objectivo, baseei-me principalmente na pesquisa e na informação fornecida nas aulas.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
4
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
2.Elementos estruturais do jogo O jogo de futebol é um desporto colectivo em que os jogadores estão divididos em duas equipas. Estas disputam, num determinado espaço limitado e num período de tempo, a bola de forma a introduzi-la na baliza adversária respeitando as leis de jogo. Os principais elementos estruturais do jogo de futebol são:
Técnica
Espaço
Táctica
Futebol Tempo
Regulamento
Comunicação
Táctica e técnica
No decorrer do jogo, o primeiro problema que aparece ao jogador é saber o que fazer numa determinada situação e só depois é que se deve preocupar com a forma como fazer, dando resposta aos problemas. Assim se forma a técnica.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
5
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
O futebol necessita que os seus praticantes tenham uma boa capacidade de decisão perante o jogo, fazendo desta forma uma leitura de jogo adequada e rápida. Para esta leitura finalizar de forma correcta o jogador tem de ter recursos aos quais chamamos técnicas, tais como o passe, o remate e o drible. Na prática, a técnica e a táctica nunca se podem separar pois a técnica está associada com a leitura e a escolha do jogador (táctica).
Comunicação
Dois aspectos importantes na comunicação entre os jogadores são a rivalidade entre as duas equipas e o companheirismo entre os jogadores da mesma equipa. Cada jogador e cada equipa tem a obrigação de assumir posturas e ter atitudes que levem ao objectivo comum, o golo.
Espaço
O terreno de jogo é um rectângulo com um comprimento que pode variar entre os 90 e os 120 metros e com uma largura entre os 45 e os 90 metros. Este terreno está dividido por linhas visíveis e imaginárias. As linhas imaginárias dividem o terreno de jogo em 3 sectores e 3 corredores.
Sector ofensivo
Sector do meio campo
Sector defensivo
Sector defensivo
Sector do meio campo
Sector ofensivo
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
6
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Legenda:
Sentido de ataque
Corredor lateral
Corredor central
Corredor lateral
O sector defensivo é ocupado essencialmente por jogadores de acção defensiva. Os jogadores que se encontram nesta zona têm como função condicionar ou interromper o ataque da outra equipa. É uma zona onde os jogadores se encontram muito juntos (concentração). A entrada de um adversário livre nesta zona pode corresponder a um grande perigo para a equipa que defende. Uma vez que a equipa que se encontra na defesa recupera a bola, deve partir logo para o ataque em direcção à baliza adversária ou caso não possa realizar o ataque deve manter a posse de bola de forma a não criar perigo para a nossa baliza. No sector do meio campo deve existir segurança mas também risco, de forma a impedir o ataque da equipa adversária e de forma a permitir um rápido ataque da nossa equipa. No sector atacante não pode haver hesitações na decisão do jogador atacante pois as técnicas têm de ser executadas rapidamente de forma a tentar a chegar ao golo.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
7
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Em todos os sectores e corredores do campo as equipas quando estão a atacar devem criar, ocupar ou explorar o espaço em largura e profundidade procurando um triplo objectivo: - Dificultar ao máximo as marcações por parte dos jogadores adversários; - Aumentar as distâncias entre os jogadores adversários; - Proporcionar uma rápida e segura circulação da bola em direcção à baliza adversária. Na defesa devem procurar assegurar a concentração de jogadores quer na zona defensiva própria, quer no centro de jogo na tentativa de restringir, vigiar, anular e marcar os espaços fundamentais do jogo.
Tempo
O tempo num jogo de futebol é de 90 minutos para o escalão sénior. Este tempo está distribuído por mais ou menos 25 minutos por cada, 30 segundos para cada defesa e cerca de 3 minutos para cada distribuir do jogo. As acções técnico-tácticas estão relacionadas também com o tempo, ou seja, cada equipa gere a velocidade e o ritmo dessas acções consoante o objectivo a atingir. Um exemplo frequente é quando uma equipa está a ganhar por alguma margem, troca mais a bola entre si de forma não perder a posse de bola e gerir esforços e o resultado até ao fim do jogo.
Regulamento
O regulamento é o factor que regula os comportamentos dos jogadores. O regulamento define:
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
8
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011 Define as características e dimensões do terreno de jogo
Define as características dos materiais complementares usados no jogo
o t n e m a l u g e R
Define o número de jogadores que participam no jogo e as formas de intervenção no mesmo
Define as formas de pontuar e ganhar ou perder o jogo
Define o tempo total de jogo, a divisão desse tempo e o controlo do mesmo.
Define as formas de participação dos jogadores e as relações com os companheiros
Define as formas de relação com os adversários
Define as formas de utilização do espaço de jogo e a penalização às infracções às regras
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
9
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
3. Fases do jogo No jogo de futebol existem duas fases fundamentais, o processo ofensivo e o processo defensivo. Estas duas fases têm conceitos, objectivos, princípios e comportamentos técnico-tácticos diferentes. Durante um jogo de futebol há características que identificam se uma equipa está a atacar ou a defender. Estas características são:
Processo ofensivo
Processo defensivo
Tem posse de bola
Não tem posse de bola
Tem como objectivo a progressão ou a finalização da jogada, mantendo a posse de bola
Tem como objectivo a cobertura, defesa da baliza e a recuperação da posse de bola
Dá-se a progressão sequencial através da construção de acções ofensivas, crias as situações de finalização e por fim finaliza
Dá-se a progressão sequencial através dos equilibrios defensivos, recuperações ofensivas e a defesa propriamente dita
3.1. Processo ofensivo
O processo ofensivo é fundamentalmente determinado pela posse de bola. A posse de bola tem uma duração incerta pois depende de quando se vai perder a posse de bola. O objectivo do processo ofensivo é marcar golo que pode levar à vitória, sendo assim esta a razão para que todos os jogadores devem jogar.
3.1.1. Objectivos do processo ofensivo Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
10
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
O processo ofensivo tem dois grandes objectivos:
Finalização ou progressão no terreno de jogo
Manutenção da posse de bola
A finalização ou a progressão no terreno de jogo é quando se recupera a posse de bola. A equipa se tiver boas condições finaliza a jogada, senão progride em direcção à baliza adversária da forma mais rápida e segura possível. A manutenção da posse de bola é o meio utilizado para chegar à marcação do golo, ou seja, a equipa organiza-se, reorganiza-se e continua assim até conseguir marcar golo ou tentar marcar, sempre através da manutenção de bola. 3.1.2. Etapas do processo ofensivo
As etapas do processo ofensivo são as divisões por que passam as equipas desde que recuperam a bola até ao momento em que a perdem. O autor Dietrich (1978) considera que são 3 as etapas fundamentais: 1. Construção do processo ofensivo 2. Criação das situações de finalização 3. Finalização A construção do processo ofensivo é a etapa mais fácil de observar e a que se gasta mais tempo. Durante esta etapa a equipa atacante tenta levar a bola para a baliza adversária através do passe, drible, entre outros. A criação das situações de finalização é a etapa em que a equipa tenta desorganizar a defesa da equipa adversária para finalizar a jogada. A finalização é a etapa que encerra o trabalho ofensivo com o objectivo de golo. Geralmente o culminar desta jogada é o remate. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
11
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
A finalização é feita numa zona onde a pressão dos adversários é enorme e o espaço e o tempo para a realização são muito poucos. A perda de bola de bola pode ocorrer em qualquer etapa e para além disso todas as etapas estão relacionadas entre si. Concluindo, todos os jogadores devem reagir logo após a recuperação da bola dirigindo-se para zonas livres, oferecendo linhas de passe e atrapalhando a equipa adversária. 3.2. Processo defensivo
O processo defensivo é a fase do jogo em que uma equipa luta pela posse de bola para passar par o ataque. Ao contrário do processo ofensivo este processo começa com a perda de bola e acaba com a sua recuperação e não tem como finalidade o golo. Este processo deve ser abandonado o mais rápido possível. 3.2.1. Objectivos do processo defensivo
O processo defensivo tem dois objectivos fundamentais:
Defesa da baliza
Recuperação da posse de bola
Logo após à perda uma das grandes preocupações é proteger a baliza, desta forma a equipa que defende deve concentrar-se o mais rápido possível entre a bola e a baliza. Quanto à recuperação de bola a função da equipa a defender é recuperá-la o mais rápido possível. 3.2.2. Etapas do processo defensivo
As etapas do processo defensivo são as divisões por que passam as equipas no decurso do processo defensivo. Para isso são consideradas 3 fases fundamentais: 1. Equilíbrio defensivo Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
12
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
2. Recuperação defensiva 3. Defesa O equilíbrio defensivo é efectuado pela equipa que está a atacar pois essa equipa tem sempre um ou dois jogadores na retaguarda do jogador com posse de bola para, caso este não tenha outra hipótese, passar para os jogadores detrás. Esta etapa utiliza-se quando a equipa que está a defender tem dois jogadores mais adiantados que o normal. Segundo o autor Teodorescu (1984) esta etapa tem 3 objectivos fundamentais como, facilitar a reorganização do próximo ataque em caso de bloqueamento do que está a decorrer, permitir a passagem organizada e sem pânico à fase de defesa após a perda da posse de bola, tornar possível a organização de uma defesa temporária até que todos os companheiros se enquadrem no dispositivo defensivo da equipa. A recuperação defensiva consiste no recuo dos jogadores da equipa que defende desde as posições que ocupam quando perdem a bola até às suas posições iniciais. O objectivo desta etapa é evitar a progressão da equipa que ataca estando dependente o seu sucesso de dois aspectos fundamentais:
Todos os jogadores à defesa tem de marcar agressivamente os sucessivos portadores da bola retirando-lhes a bola ou impedindo que joguem para a frente; Entre todos os jogadores à defesa deve haver equilíbrios, coberturas, compensações de modo a facilitar a defesa.
A defesa é feita em função da capacidade de ataque da equipa adversária e só começa quando todos os jogadores da equipa que defende estão posicionados, terminando quando há recuperação de bola. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
13
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Concluindo, quando se perde a posse de bola todos os jogadores da equipa devem-se dirigir para os espaços do campo onde dificultem o jogo do adversário.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
14
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
4.
Os sistemas de jogo
Os sistemas de jogo representam o modo de colocação dos jogadores no terreno de jogo. Segundo o autor Castelo (1994) os sistemas de jogo cumprem três objectivos fundamentais:
Asseguram a racionalização do espaço de jogo utilizando os sectores defensivos, médio e ofensivos; Através da distribuição de tarefas por jogador permite uma maior poupança de energia; Formar uma rede conjunta de jogo que orienta a maneira de jogar de cada equipa.
Com o passar dos anos têm sido visualizadas várias épocas de sistemas tais como:
Época dos dribladores
Caracterizada por um esmagador ataque e uma menor defesa (Ex.: 1 defesa e 9 avançados; 1 defesa, 1 médio e 8 avançados; 1 defesa, 2 médios e 7 avançados)
Época dos dois defesas
Caracterizada pelo inicio da necessidade de se espalharem pelo espaço. (Ex.: 2 defesas, 2 médios e 6 avançados)
Época do sistema clássico
Caracterizada pela descida de 1 dos 6 avançados para a posição de médio centro. Este sistema garantia um maior equilíbrio entre a defesa e o ataque. (Ex.: 2 defesas, 3 médios e 5 avançados)
Época do sistema WM
Caracterizada pela passagem do médio centro por 1 terceiro defesa (defesa central). Este defesa tem como missão vigiar e Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
15
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
marcar o avançado centro da outra equipa. Considerava-se o sistema com mais equilíbrio numérico entre atacantes e defesas. (Ex.: 5 atacantes e 5 defesas)
Época dos quatro defesas
Caracterizada como resposta ao sistema WM, pois por vezes tornava o jogo muito estático e muito parado. Assim adoptouse a nova posição de quatro defesas, 2 médios e 4 avançados em que os 2 médios tinham a função de atacar quando tinham posse de bola e a função do defender quando não tinham a posse de bola. Este sistema tinha a vantagem de tornar rapidamente um forte ataque numa forte defesa, ou vice-versa. Este sistema só tem uma desvantagem, pois só uma grande preparação física dos 2 médios é que permite um sistema eficaz.
Sistema de jogos actuais
Para resolver a grande desvantagem do sistema anterior fezse recuar um jogador para a posição de médio centro passando a quatro defesas, dois médios e três atacantes. Este sistema foi o primeiro da história em que o número de defesas é superior ao de atacantes. Depois deste sistema outros semelhantes foram aparecendo tais como 4:4:2, 5:4:1, 4:5:1 e 3:5:2.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
16
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
5.
Os métodos de jogo
Os métodos de jogo estabelecem a forma de organização das acções individuais e colectivas dos jogadores, tanto no ataque como na defesa. Estes métodos definem quando a equipa defende ou quando ataque e o ritmo de jogo. Os métodos de jogo ofensivos e de jogo defensivo têm características próprias sendo elas:
Jogo ofensivo
Jogo defensivo
Características
Equilíbrio ofensivo, relançamento do processo ofensivo, velocidade de transição, movimentação dos jogadores, circulação táctica.
Equilíbrio defensivo, recuperação defensiva, concentração defensiva, organização do sector defensivo
Métodos de base
Contra-ataque, ataque rápido, ataque posicional
Defesa individual, de zona, mista e de zona pressionante
5.1. Os métodos do jogo ofensivo
Os métodos de jogo ofensivo definem a forma de organização dos jogadores quando tem a posse de bola.
Equilíbrio ofensivo
A recuperação da bola pode ocorrer a qualquer momento, por isso a equipa que defende deve estar preparada mentalmente para o próximo ataque. O equilíbrio ofensivo consiste na presença de dois ou três jogadores atrás da linha da bola, ou seja, estes jogadores não participam Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
17
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
directamente na defesa. Quem faz o equilíbrio ofensivo tem obrigação de prepara o próximo ataque da equipa, ocupando espaços que seja de fácil para fazer passa após a recuperação da bola. Além disso obrigam os atacantes a deixar alguém mais atrás para defender a baliza e assim atacarem com menos jogadores.
Relançamento do processo ofensivo
Quanto melhor for o relançamento do processo ofensivo mais probabilidade a equipa que ataca tem de fazer golo, ou seja, a equipa que ataca aproveita o desequilíbrio em que esta equipa que perdeu a bola, para se deslocar o mais rápido possível para a baliza adversária.
A velocidade de transição
A velocidade de transição é extremamente importante pois é um aspecto fundamental para concretizar a finalização. Quanto maior for a velocidade de transição das atitudes, dos comportamentos e da bola melhor vai ser o ataque.
Os deslocamentos ofensivos em largura e profundidade
O sucesso de qualquer método ofensivo passa também pelas deslocações dos jogadores sem bola. Esses deslocamentos devem ser feitos uns em largura e outros em profundidade, sempre tentando cumprir 3 objectivos:
Criar maior espaço para facilitar o jogo da equipa que ataca e fazer com que os defesas tenham de optar por um jogador ou pelo espaço Possibilitar ao jogador com bola maior número de hipóteses para passar a bola Dificultar o trabalho defensivo.
Circulação táctica
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
18
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
A circulação táctica diz respeito quer à circulação dos jogadores e da bola quer ao ritmo de jogo. Para um jogo de futebol ter uma boa circulação táctica tem de ter agressividade na movimentação ter um grande número de jogadores em boa posição para a finalização, mudar constantemente de corredor com fluidez, sem paragens e sem quebras de ritmo, assegurar uma rápida organização da defesa caso haja insucesso no equilíbrio defensivo. 5.2. Os métodos do jogo defensivo
Os métodos do jogo defensivo estabelecem a forma de organização geral dos jogadores na defesa tendo em vista a defesa da baliza e a recuperação da posse de bola. Segundo o autor Castelo (1996) os métodos de jogo defensivo assenta em quatro pontos fundamentais, sendo eles o equilíbrio defensivo, a recuperação defensiva, a concentração defensiva e a organização do sector defensivo.
Equilíbrio defensivo
Visto que se pode perder a posse de bola a qualquer momento a equipa que ataca deve estar também preocupada com a defesa da sua baliza. A finalização e a condução da bola para a zona de finalização requer o envolvimento directo da maior parte dos jogadores da equipa, ficando assim responsáveis pela defesa dois ou três jogadores que se posicionam à retaguarda fazendo também equilíbrio defensivo.
Recuperação defensiva
Quando a equipa que ataca perde a bola é necessário que a maior parte dos jogadores se desloquem o mais rápido possível para a sua baliza, posicionando-se entre a bola e a baliza. Durante este trajecto pressupõe-se que os jogadores tenham alguns aspectos de referencia, ou seja, devem ter em conta que se deve recuperar o mais rápido Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
19
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
possível tornando o trajecto mais curto, devem ter em conta também que existem duas formas básicas de recuperação, a recuperação intensiva (os defesas deslocam-se o mais rápido possível da sua baliza) e a recuperação em “pressing” (os defesas enquanto recuam vão exercendo pressão sobre o portador da bola) e os jogadores devem ter ainda em conta que há sempre um ponto limite até onde se deve recuar.
Concentração defensiva
Um dos principais factores de sucesso de qualquer método defensivo assenta na capacidade dos jogadores jogarem em bloco, isto é os jogadores avançados recuperem exercendo pressão sobre o portador da bola e sobre os possíveis portadores da bola, além disso os jogadores mais recuados devem também fazer pressão rodeando o portador da bola, ficando este com espaços reduzidos para passar, ou rematar.
Organização do sector defensivo
A organização do sector defensivo pode ser feita de três formas. Pode ser feita em linha, com libero ou com trinco. Na defesa em linha, os jogadores da última linha defensiva formam uma linha paralela à baliza. Na defesa com libero pressupõe-se a colocação de um jogador (libero) atrás da última linha defensiva. Por fim, na defesa com o trinco pressupõe-se a colocação de um jogador (trinco) à frente da última linha defensiva.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
20
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
6.
Os princípios do jogo
Os princípios de jogo são as condições a respeitar durante o jogo para que os comportamentos sejam eficazes ou então são normas básicas que orientam as atitudes e os comportamentos individuais e colectivos dos jogadores durante o jogo. Os princípios de jogo permitem uma melhor selecção e articulação dos sistemas e métodos de jogo. Estes princípios podem ser agrupados em duas categorias. Ataque
Defesa
Princípios gerais
Recusar a inferioridade numérica, evitar a igualdade numérica e criar a superioridade numérica
Recusar a inferioridade numérica, evitar a igualdade numérica e criar a superioridade numérica
Princípios específicos
Penetração, cobertura ofensiva e mobilidade
Contenção, cobertura defensiva e equilíbrio
6.1. Princípios gerais do jogo
Os princípios gerais do jogo pode resumir-se em quatro pontos, a concentração permanente nos pormenores do envolvimento é a condição fundamental para a correcta leitura e valorização das situações de jogo, haver respeito pelos princípios estabelecidos pela equipa de forma a existir uma linguagem comum que permita um entendimento entre todos os jogadores (disciplina táctica), procurar em cada situação momentânea recusar a inferioridade, evitar a igualdade e criar a superioridade numérica e ainda evidenciar em todas as situações determinação, coragem, espírito de sacrifício e de entreajuda. 6.2 Princípios específicos do jogo 6.2.1 Princípios específicos fora do centro do jogo Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
21
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Os jogadores que não estão directamente envolvidos no centro de jogo deverão procurar insistentemente romper a organização da equipa adversária (com deslocamentos rápidos, com movimentações inesperadas, entre outras), deverão manter permanente a estabilidade da organização da própria equipa (manter a ocupação racional do terreno) e deverão estar permanentemente preparados para intervir no centro de jogo, o que poderá suceder quer no deslocamento do jogador na direcção do centro de jogo, quer na deslocação do centro de jogo em direcção ao jogador. 6.2.2 Princípios específicos no centro do jogo
No jogo de futebol coexistem duas fases fundamentais distintas, a fase ofensiva e a fase defensiva que tem objectivos, princípios e comportamentos técnico tácticos diferentes. 6.2.2.1 Princípios específicos do at aque
O objectivo fundamental de uma equipa em processo ofensivo é o de fazer progredir a bola em direcção à baliza adversária o mais segura e rapidamente possível para tentar criar situações de finalização e marcar golo. A concretização deste objectivo implica que os jogadores que estão no centro de jogo ofensivo orientem os seus comportamentos por três princípios: penetração, cobertura ofensiva e mobilidade.
Princípio da penetração
A boa execução deste objectivo requer que o jogador que tem a bola se foque em dois aspecto fundamentais, rematar se tiver possibilidade ou fazer progredir a bola em direcção à baliza adversária, se não tiver condições de finalização.
Princípio da cobertura ofensiva
A velocidade de jogo não passa somente pela velocidade de execução das acções técnico-tácticas, mas também pela velocidade de leitura e resolução mental das situações do jogo. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
22
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
No decorrer do processo ofensivo várias são as situações em que os jogadores recebem a bola em apertadas e confusas circunstâncias. Nestas circunstâncias, o portador da bola poderá ter alguma dificuldade em efectuar julgamentos rápidos, precisos e correctos das situações em jogo. Assim, no decurso do processo ofensivo, sempre que um jogador receber a bola deve receber igualmente e de forma imediata por parte dos seus companheiros mais próximos, acções de apoio e de cobertura, de modo a proporcionar-lhe várias opções de solução da situação momentânea de jogo.
Princípio da mobilidade
A contínua criação de instabilidade na equipa que defende é a chave para a progressão no terreno de jogo. A marcação realizada por cada defensor só terá sucesso completo se os atacantes assumirem uma posição estática. Por isso, em todos os momentos e em todos os locais do terreno de jogo, os atacantes devem estar permanentemente activos de modo a colocarem a cada instante problemas acrescidos à defesa contrária. 6.2.2.2 .Princípios específicos da def esa
A boa execução destes objectivos requer a mudança rápida de uma atitude ofensiva para uma atitude defensiva, mudança que deve ser efectuada por rápidas movimentações para pressionar o possuidor da bola, para marcar espaços vitais em termos defensivos e marcar os atacantes com probabilidade de darem continuidade ao processo ofensivo adversário e concentração rápida dos jogadores nas zonas vitais do terreno de jogo, especialmente na zona predominante de finalização da equipa adversária. Para a realização destes objectivos, todos os jogadores em processo defensivo devem orientar as suas atitudes e comportamentos por três princípios fundamentais, o principio Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
23
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
da contenção, o principio da cobertura defensiva e o principio do equilíbrio defensivo.
Princípio da contenção
Este principio afirma que o atacante com a posse da bola deve ser rigorosa e individualmente marcado, seja ele quem for ou por onde se movimente, pelo defesa que se encontre mais próximo.
Princípio da cobertura defensiva
A organização do processo defensivo deve prever que quando um defesa entra numa acção de contenção ao possuidor da bola, deve receber imediatamente, por parte dos seus companheiros, acções de cobertura defensiva, isto é, quando um defesa entra em contenção um outro defesa deve deslocar-se imediatamente para trás dele.
Princípio do equilíbrio defensivo
Os atacantes, uma vez assegurada a cobertura ao portador da bola, procuram criar, através de movimentações permanentes, os espaços necessários à progressão da bola (principio da mobilidade). Os jogadores em processo defensivo, uma vez assegurada a cobertura ao companheiro em contenção, devem vigiar e acompanhar os atacantes em mobilidade, respeitando assim o 3º princípio da defesa. Portanto, o principio do equilíbrio indica que quando um atacante, situado no centro de jogo, se afasta do portador da bola, quer para libertá-lo da sobremarcação quer para receber a bola mais à frente, deve ser sempre acompanhado por um defesa.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
24
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
7.
As acções técnico -tácticas dos jogadores
As acções ou comportamentos técnico-tácticos dos jogadores são os meios que os jogadores utilizam para resolver as situações de jogo. Estas acções técnico-tácticas utilizadas pelos jogadores durante o jogo resultam de um conjunto complexo de operações estruturadas em três fases interactivas sendo elas, a percepção e análise da situação de jogo, a solução mental e por fim a solução motora. Há, portanto, uma forte relação entre a percepção e solução mental e as respectivas soluções motoras. As acções técnico-tácticas utilizadas pelos jogadores para resolver as múltiplas situações de jogo podem ser agrupadas em quatro categorias: • Simulação, recepção, protecção, condução, passe, drible, remate e cabeceamento,
• Intercepção e desarme
Individuais ofensivas
Individuais defensivas
Colectivas ofensivas
Colectivas defensivas
• Desmarcações, compensações/ permutações e combinações tácticas
• Marcações, compensações e dobras
7.1. Acções técnico-tácticas individuais ofensivas
Simulação
A simulação é a acção realizada pelos jogadores com o objectivo de desequilibrar ou de ludibriar os adversários directos.
Recepção de bola
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
25
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
A recepção de bola é a acção de controlo/ domínio da bola efectuada por um jogador que a recebe de um adversário (intercepção) ou de um companheiro (passe) com o objectivo de iniciar ou dar continuidade ao processo ofensivo da sua equipa.
Condução de bola
A condução de bola consiste na acção de deslocamento controlado da bola no espaço de jogo com os objectivos de progredir no terreno de jogo ou de temporizar o desenvolvimento do processo ofensivo. Esta acção pode ser executada com a parte interna do pé (mais precisa e mais segura, mas menos rápida), com o peito do pé (pouco precisa, mas bastante rápida) e com a parte externa do pé (precisa e rápida).
Protecção da bola
A protecção de bola é a acção executada pelo atacante de posse de bola para resguardar a bola de qualquer intervenção do jogador adversário.
Drible
O drible é a acção em que o portador da bola ultrapassa o adversário directo com a bola perfeitamente controlada.
Passe
O passe é a acção de comunicação material estabelecida entre dois jogadores da mesma equipa efectuada com os objectivos de fazer progredir a bola em direcção à baliza adversária ou de temporizar o desenvolvimento do processo ofensivo para quebrar o ritmo de jogo à equipa adversária. O tipo de passe a utilizar depende de muitos factores, nomeadamente da posição do receptor, da posição dos adversários, da zona do terreno de jogo onde decorre a situação, da capacidade técnica dos executantes, etc. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
26
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
O passe como já foi referido é a forma mais rápida e segura de progressão no terreno de jogo. Os sucessivos portadores da bola devem procurar ganhar, com cada passe, o máximo de espaço em termos de profundidade. Assim, há uma série de prioridade a seguir: 1º. Prioridade- Passar para os espaços atrás da última linha de defesa da equipa adversária; 2º. Prioridade- Passar para o companheiro que, estando em condições de a receber, esteja mais perto da baliza adversária; 3º. Prioridade- Passar na diagonal 4º. Prioridade- Passar para trás (Só em último recurso).
Cabeceamento
O cabeceamento é a acção de jogar a bola com a cabeça com os objectivos de receber/ controlar a bola, de rematar, de conduzir, de passar e de interceptar a bola.
Remate
O remate é a acção exercida pelos atacantes sobre a bola com o objectivo de a introduzir na baliza adversária. 7.2. Acções técnico-tácticas individuais defensivas
Desarme
O desarme é a acção efectuada por um defesa na luta directa com o atacante que tem posse de bola com os objectivos de recuperar a posse de bola ou de temporizar o processo ofensivo adversário. Há duas formas fundamentais de desarme, por oposição frontal ou por oposição lateral. Na oposição frontal, o defesa posiciona-se de frente para o atacante, na oposição lateral, o defesa posiciona-se de lado ou desloca-se ao lado do atacante para, no momento certo intervir sobre a bola com um dos pés. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
27
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Intercepção da bola
A intercepção da bola é a acção executada por um defesa com o objectivo de se apoderar ou repelir a bola quando esta é enviada em direcção à sua baliza (remate) ou entre dois jogadores (passe). 7.3. Acções técnico-tácticas colectivas ofensivas
Desmarcações
As desmarcações são acções de deslocamento efectuadas pelos atacantes com o objectivo de criar, ocupar e utilizar espaços, colocar jogadores livres de oposição, manter a iniciativa do jogo, ou seja, cansar e surpreender os jogadores adversários física e psicologicamente. Concluindo procurar romper a organização defensiva da equipa adversária e manter a estabilidade da organização da própria equipa.
Combinações tácticas
As combinações tácticas consistem na coordenação das acções individuais de dois ou três atacantes para melhor resolverem as situações momentâneas de jogo quer através da colocação de jogadores livres de oposição, quer através da rotura da organização defensiva da equipa adversária.
Compensações/permutações
As compensações e as permutações, são acções distintas, mas que aparecem quase sempre associadas. As compensações são acções efectuadas por um jogador para ocupar um espaço deixado livre por um companheiro que se integrou momentaneamente no processo ofensivo. As permutações são as acções efectuadas por um jogador (normalmente o jogador que abandonou a sua posição momentaneamente) para assumir a posição do jogador que fez a compensação. 7.4. Acções técnico-tácticas colectivas defensivas Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
28
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Marcações
As marcações são acções de deslocamento efectuadas pelos defesas com os objectivos de pressionar o portador da bola e todos os atacantes que estejam em condições de dar continuidade ao processo defensivo da sua equipa, ocupar e anular os espaços vitais à progressão do processo ofensivo da equipa adversária, assegurar o equilíbrio da organização defensiva da própria equipa mantendo a concentração dos jogadores.
Compensações/permutações
As compensações e as permutações são acções efectuadas pelos defesas para cobrir e ocupar espaços a assumir funções de outros companheiros.
Dobras As dobras consistem na combinação das acções defensivas de dois defesas para procurarem manter continuamente sob pressão o portador da bola.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
29
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
8.
Sessões de sala
Aula número 1 Sumário: Registo de presença, documento orientador e preencher dados. Aula número 2 Sumário: Registo de presenças, fotos dos alunos e jogos reduzidos (SSG) Aula número 3 Sumário: Registo de presenças, leis do jogo, aprender a ler e ler e interpretar o jogo Aula número 4 Sumário: Registo de presenças, análise sistemática do jogo e leis do jogo Aula número 5 Sumário: Registo de presenças, factores do jogo (AI/ACE/ACC) e leis do jogo Aula número 6 Sumário: Registo de presenças, factores de jogo (AI/ACE) e leis do jogo Aula número 7 Sumário: Registo de presenças, sorteio das TE e factores do jogo (ACE) Aula número 8 Sumário: Registo de presenças, plano de aula/TE e formas de jogo Aula número 9 Sumário: Registo de presenças, TE (dúvidas)/ classificação de exercícios e factores de jogo (ACC) Aula número 10
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
30
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Sumário: Registo de presenças, riscos da formação, história do futebol e leis de jogo. Aula número 11 Sumário: Registo de presenças, ensinar o jogo, métodos e estratégias (meios de ensino de jogo)
Leis de jogo
Lei I – O terreno de jogo Máximo
Mínimo
Comprimento
120
90
Largura
90
45
Lei II – A bola
A bola tem de ser esférica, com uma circunferência de 70 cm no máximo e 68 cm no mínimo e com um peso entre 410 e 450 gramas.
Lei III – Número de jogadores
A equipa é composta por 11 jogadores principais mais 7 suplentes. Qualquer jogador da equipa pode trocar com o guardaredes desde que avise o árbitro e haja interrupção do jogo. Uma equipa é obrigada a ter no mínimo 7 jogadores.
Lei IV – Equipamento dos jogadores
O equipamento é composto por uma camisola, uns calções, meias de futebol e botas de futebol incluindo ainda o uso obrigatório de caneleiro. O equipamento do guarda-redes tem de ser diferente do da restante equipa.
Lei V – O árbitro
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
31
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
O árbitro tem a missão de cumprir e fazer cumprir as leis de jogo. A equipa de arbitragem é composta pelo árbitro, os árbitros assistentes e o 4º árbitro.
Lei VI – Árbitros assistentes
Os árbitros assistentes têm o dever de assinalar quando se quer fazer uma substituição, indicar os fora-de-jogo. Têm um equipamento igual ao do árbitro tendo ainda uma bandeirola de cores vivas.
Lei VII – Duração do jogo
O jogo divide-se em duas partes, com um intervalo de 15 minutos. Nos seniores e nos juniores os jogos têm uma duração de 90 minutos (45 minutos para cada parte), nos juvenis têm uma duração de 80 minutos (40 minutos para cada parte), nos iniciados têm uma duração de 70 minutos (35 minutos para cada parte), nos infantis têm uma duração de 60 minutos (30 minutos para cada parte) e nos escolas têm uma duração de 50 minutos (25minutos para cada parte).
Lei VIII – Pontapé de saída e recomeço do jogo
Antes do início do jogo dá-se um sorteio para o campo ou pontapé de saída, esta ordem só pode ser dada pelo árbitro. Depois do intervalo o pontapé de saída é executado pela equipa que não o fez no início do jogo.
Lei IX – Bola em jogo e bola fora
A bola está fora quando atravessar completamente a linha de baliza ou a linha lateral quer junto ao solo quer pelo ar, quando o árbitro interrompe o jogo. A bola está em jogo em todas as outras situações, inclusive, quando bate nos postes da baliza, nas bandeirolas dos cantos, na barra transversal da baliza e no árbitro assistente quando este se encontra dentro do terreno do jogo.
Lei X – Marcação dos jogos
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
32
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Um golo só é aceite quando a bola passa completamente a linha de baliza entre os postes e por baixo da barra transversal. Além disto não pode ter existido nenhuma falta da equipa que acaba de marcar golo. A equipa que marcar mais golos é declarada vencedora, mas se ambas as equipas marcarem o mesmo número de golos é declarado um empate.
Lei XI – Fora de jogo
Estar em fora de jogo não é nenhuma infracção. Um jogador é considerado fora de jogo quando se encontra mais próximo da baliza do que o penúltimo adversário. Um jogador é considerado em jogo quando está no seu meio campo e quando está em linha com o penúltimo adversário. Fora estas situações, um jogador não está em fora de jogo quando recebe a bola directamente de um pontapé de canto, pontapé de baliza e lançamento de linha lateral.
Lei XII – Faltas e incorrecções
Pontapé de livre directo – É marcado pontapé livre directo quando um aluno dá ou tenta dar um pontapé a um jogador adversário, passar uma rasteira a um jogador adversário, saltar sobre um adversário, carregar um adversário, agredir ou tentar agredir um adversário, empurrar um adversário, entrar em “takle” sobre um adversário, tocando nele antes de jogar a bola, agarra um adversário, cuspir sobre um adversário, tocar a bola com as mãos (excepto se for o guarda-redes dentro da sua grande área) Pontapé de grande penalidade – É marcado pontapé de grande penalidade quando uma das anteriores dez faltas é cometida dentro da sua grande área. Pontapé de livre indirecto – é marcado pontapé de livre indirecto caso o guarda redes mantenha a bola nas suas mãos por mais de 6 segundo, tocar outra vez na bola com as mãos depois de a ter Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
33
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
soltado e antes de a bola ter sido tocada por outro jogador, tocar na bola com as mãos quando a bola foi passada com o pé ou directamente de um lançamento lateral, tudo isto efectuado por um colega de equipa. Além disso é considerado pontapé de livre indirecto quando se perde tempo, quando se joga de forma perigosa, quando haja obstrução de caminho a um adversário, quando se impeça o guarda-redes de soltar a bola das mãos. Faltas passiveis de advertência – haja manifesto de comportamento antidesportivo, desacordo das ordens com palavras ou actos, retardar o começo do jogo, infringir com persistência as leis do jogo, não respeitar as distâncias exigidas, entrar ou reentrar no terreno de jogo sem a autorização do árbitro, abandonar o terreno de jogo. Faltas passiveis de expulsão – ser culpado de um acto de brutalidade, ser culpado de um acto de violência, cuspir sobre um adversário ou qualquer outra pessoa, usar linguagem ou gestos injuriosos e grosseiros, impedir a marcação de um golo aplicando deliberadamente a mão e receber uma segunda advertência no decorrer do jogo.
Estrutura e organização dos exercícios de futebol Exercícios fundamentais – São todas as formas de jogo que tenham como objectivo a finalização. Exercícios complementares – São todas as formas de jogo que não tenham como objectivo a finalização. Estes exercícios podem ser de formas separadas ou de formas integradas. Os exercícios de formas separadas só incluem um factor de treino e fora das condições de jogo. Os exercícios de formas integradas pode conter dois ou mais factores de treino.
Classificação dos exercícios de futebol Exercícios complementares de forma separada – Utilizar estes exercícios para melhorar algo aspecto em particular, fora da situação de jogo. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
34
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Exercícios complementares de forma integrada – Utilizar estes exercícios para melhorar alguma situação com jogo condicionado. Exercício fundamental de fase I – Existe ataque e guarda-redes mas não existe defesa. Exercício fundamental de faz II – existe ataque, existe defesa e existe guardaredes. Exercício fundamental fase III – Existe guarda-redes para as duas equipas e existe ataque e defesa.
Formas metodológicas de abordagem aos jogos desportivos colectivos As formas de abordagem dividem-se em três modelos: forma centrada nas técnicas, forma centrada no jogo formal e forma centrada nos jogos condicionados. Forma centrada nas técnicas Característica – das técnicas analíticas para o jogo formal, o jogo é decomposto em elementos técnicos e existe hierarquia das técnicas Consequências – Acções do jogo mecanizadas, pouco criativas, comportamentos estereotipados, problemas na compreensão do jogo. Forma centrada no jogo formal Característica – utilização exclusiva do jogo formal, não é condicionado nem decomposto e a técnica surge para responder a situações globais não orientadas Consequências – jogo criativo mas com base no individualismo, soluções motoras variadas. Forma centrada nos jogos condicionados Característica – do jogo para situações particulares, jogo sistemático de complexidade crescente, os princípios do jogo regulam a aprendizagem. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
35
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Consequências – As técnicas surgem em função da táctica de forma orientada e provocada, correcta interpretação e leitura de jogo.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
36
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
9.
Sessões de campo
Aula número 1 Na 1ª aula começamos por fazer uns exercícios de aquecimentos. 1º Exercício - Começamos por dar três voltas para aquecimento. 2º Exercício – 3 jogadores de cada lado trocam a bola entre si. O jogador da coluna A passa para o jogador da coluna B e corre para trás dessa mesma coluna e assim sucessivamente. Durante a deslocação para a coluna contrária faz-se exercícios de aquecimento articular. 3º Exercício – Os jogadores formam uma quadrado ficando dois jogadores por cada canto excepto num que fica só com um. Primeiro o jogadores que tem a bola passa a bola para o colega do lado direito e corre para a coluna do lado direito. Na segunda variação do exercício, o jogador que tem a bola passa a bola para o lado esquerdo e corre para trás da coluna do lado esquerdo. Na terceira variação o jogador que tem a bola, passa a bola para o lado direito e corre para trás da coluna do lado esquerdo. E por último, na quarta variação do exercício o jogador que tem a bola passa a bola para o jogador do lado esquerdo e corre para trás da coluna do lado direito. 4º Exercício – como o professor ainda não conhece a turma, para analisar as nossas capacidades, fez-se um jogo formal de 11x11 e pediu a 2 alunos que fizessem as equipas. 5º Exercício – No fim fizemos alongamentos de relaxamento. Aula número 2 Nesta aula foi trabalhado o 4º princípio do futebol, o espaço. 1º Exercício - Começamos por aquecer com três voltas ao campo. 2º Exercício – jogo condicionado 3x3 (2 defesas e 1 GR x 3 atacantes). Neste exercício, o objectivo é os atacantes marcarem golo que lhes seja retirada a bola. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
37
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
3º Exercício – Depois fizemos jogo formal de 11x11onde foram detectados como erros mais frequentes a aglomeração, o jogo individual e a falta de posições fixas. 4º Exercício – De seguida fizemos novamente 11x11, mas com condicionantes para tentar corrigir os erros detectados anteriormente. As condicionantes eram 3 toques e posições fixas. Para além disto o professor deu-nos algumas sugestões para melhorarmos o jogo, tais como abrir o espaço e trocar a bola, não nos centrarmos no resultado, nem em pequenos pormenores, mas sim fazermos circular a bola. Esta aula teve como palavras ou conceitos chave os termos “espaço e trocar a bola”.
Aula número 3 Na terceira aula fizemos jogo formal, para fazer um estudo sobre os nossos batimentos cardíacos e sobre os nossos deslocamentos através de um dispositivo GPS. Aula número 4 1º Exercício – O aquecimento nesta aula foi feito com um mini jogo com 3 atacantes e 1 defesa com duas balizas. Os atacantes tinham de passar pelo defesa e marcar golo numa das duas balizas. 2º Exercício - formaram-se duas colunas, uma enfrente à outra com dois jogadores cada uma. O jogador da coluna A passa para o jogador da coluna B e desloca-se para trás da coluna B, ao mesmo tempo que faz exercícios de aquecimento articular. 3º Exercício – Jogo formal 11x11 com a organização de 4 avançados, 3 médios e 3 defesas. As condicionantes do jogo é que os defesas só podem defender no sector defensivo, os médios só podem defender no sector médio e os avançados só podem defender no sector ofensivo, mas para criar superioridade numérica no meio campo pode subir um defesa e descer um atacante e no ataque podem subir dois médios. Os professor deu ainda indicações de que quando uma equipa ataca, os jogadores abrem e dão Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
38
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
espaço ao jogo, mas quando a equipa defende os jogadores concentram-se de modo a fechar o jogo. Aula número 5 Nesta aula foi dado o 1º princípio do ataque, a penetração. 1º Exercício – Começamos por dar 2 voltas ao campo para aquecimento. 2º Exercício – Fizemos alguns alongamentos para reforço muscular. 3º Exercício – jogo 3x3 em que de um lado temos duas balizas e do outro lado temos uma linha. Quem atacar na direcção das balizas tem de passar pelos defesas e fazer golo numa das balizas, mas quem atacar em direcção à linha tem de passar pelos defesas e passar com a bola controlada até à linha. 4º Exercício – Em grupos de dois, frente a frente. O jogador que leva a bola tem de passar pelo colega e marcar golo numa das duas balizas. Se conseguir continua tudo nas mesmas posições, mas se o colega lhe roubar a bola tem de a levar e passar com ela controlada pela linha e depois trocam de posições. 5º Exercício – Jogo 2x1 e GR. O objectivo deste exercício é de atrair o defesa para um dos lados e depois passar a bola ao colega que está desmarcado e este tenta marcar golo. Caso o defesa tire a bola tem de passar com ela controlada até aos sinalizadores. 6º Exercício – jogo de 4 contra 4 mais GR e 2 jokers. 3 Jogadores de cada equipa no meio campo trocam a bola entre si, podendo passar para os jokers criando superioridade numérica. Depois de 5 passes podem passar para 1 jogadores que faz de ponta de lança (PL) para finalizar. As palavras-chave deste exercício são “recebe e dá”, “movimento” e “passa pelo chão”. Aula número 6 1º Exercício – jogo 3x3. Neste exercício os defesas saem depois dos atacantes para tentarem cortar a bola e os atacantes têm de passar com a bola controlada pela linha. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
39
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
2º Exercício – formaram-se 3 filas, duas frente a frente e outra de lado. Numa fila são os passadores, noutra fila são os defesas e na outra fila são os atacantes. O passador passa a bola ao atacante e o defesa sai o mais rápido possível em direcção ao atacante para defender. Depois trocam de posições, o atacante vai para a defesa, o defesa vai para passador e o passador vai para atacante. 3º Exercício – Neste exercício faz-se o mesmo que no anterior, mas o defesa já é activo. 4º Exercício – Jogo 1x1+GR. O defesa passa a bola ao atacante e pressiona-o para que não marque golo. Os erros mais comuns deste exercício é o defesa dar espaço 5º Exercício – Jogo de 5x5 (1 defesa, 2 médios, 1 PL e GR). O PL, o GR e o defesa da equipa adversária estão na mesma área. A equipa tem de fazer 5 passes antes de passarem ao PL para fazer golo. Do outro lado faz-se o mesmo mas só com um médio e um joker. Aula número 7 Nesta aula foi dada a cobertura. 1º Exercício – jogo 3x3. 2 jogadores de cada equipa ficam nas aeas sinalizadas e o outro jogador fica no meio a disputar a bola. O objectivo é passar a bola controlada na linha de fundo. 2º Exercício – Neste exercício estão 2 avançados, 1 defesa e 1 GR. O defesa passa a bola para o atacante e corre logo na sua direcção para defender. O jogador que está a fazer cobertura está sempre atrás para ajudar. 3º Exercício – Jogo 4x4. 3 dos jogadores estão no meio e 1 está na zona sinalizada e tem ainda 2 jokers na linha lateral. O objectivo é passar com a bola controlada pela linha de fundo. 4º exercício – jogo formal 11x11 (4+3+3), mas com as condicionantes de para se fazer golo a bola tinha de passar pelos dois corredores laterais. Aula número 8 Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
40
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
Nesta aula trabalhamos a cobertura defensiva. 1º Exercício – jogo de 3x3. A equipa que ataca, ataca com os 3 jogadores e a que defende, defende com 2 GR e um defesa. A equipa que ataca só pode marcar golo dentro da área sinalizada. 2º Exercício – Jogo do meinho com 4 jogadores a trocar a bola e 2 defesas no meio. O objectivo é a bola não passar pelo meio dos dois defesas. 3º Exercício – jogo de 3x3 com a ajuda de um joker para superioridade numérica. A equipa que defende tem de fazer cobertura ofensiva e só é golo quando se passar com a bola controlada pela linha final. O jogador que tem posse de bola é obrigado e tocar três vezes na bola antes de a passar. 4º Exercício – jogo de 5x5 com 1 joker para criar superioridade numérica. O objectivo do jogo é quem defende fazer cobertura defensiva. Aula número 9 1º Exercício – Em grupos de 3 jogadores trocam a bola entre si. 2º Exercício – Exactamente a mesma coisa que no 1º exercício mas passa ao colega e vai nas costas. 3º Exercício – O mesmo que no 1º e no 2º exercício mas agora colocaram-se 3 defesas. O objectivo é fazer cobertura ofensiva. 4º Exercício – jogo de 5x5 com 1 joker para criar superioridade numérica. O objectivo é trabalhar a penetração, a cobertura defensiva e ofensiva e trabalhar a contenção. Aula número 10 Nesta aula foi trabalhada a mobilidade 1º Exercício – 3 jogadores passam a bola entre si e quem passa vai nas costas do colega. 2º Exercício – A mesma coisas, mas a recepção tem de ser feita com o pé de fora. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
41
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
3º Exercício – Jogo de 3x1. O jogador com bola atrai o defesa e passa para o colega melhor posicionado. 4º Exercício – jogo de 3x1 e 3x2. Primeiro os 3 atacantes tem de passar por 1 defesa e só depois é de tem de passar por 2 defesas. 5º Exercício – jogo de 6x5 com o objectivo de por em pratica tudo o que aprendemos até aquele momento . Aula número 11 1º Exercício - jogo de 3x1 com o objectivo de marcar golo e passa e vai nas costas do colega. 2º Exercício – jogo de 3x2 com os mesmos objectivos que no 1º exercício. 3º Exercício – jogo de 4x4. A equipa que ataca, ataca com os 4 atacantes e a que defende, defende com 3 defesas e um GR. Aula número 12 1º Exercício - 3 jogadores passam a bola entre si e quem passa vai nas costas do colega 2º exercício – jogo de 3x1 utilizando o método do exercício anterior. 3º exercício – jogo de 3x2 com GR igual ao exercício anterior. 4º exercício – Jogo de 4x3 +GR 5º Exercício – Jogo de 5x5 com condicionantes de ter de passar pelo PL e ter de fazer duas variações. Aula número 13 O objectivo desta aula é pegar nas coisas que trabalhamos individualmente e passá-las para o jogo. 1º Exercício - jogo de 3x1. O defesa passa a bola a um dos atacantes e sai para a defesa. Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
42
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
2º Exercício – jogo de 3x2. Igual ao exercício anterior, mas agora com dois defesas. 3º Exercício – Meinho com 2 defesas e 1 joker no meio. O objectivo é os defesas não deixarem a bola passar pelo meio. 4º Exercício – Jogo formal de 7x7 (2+3+1) e 5x5 (1+2+1). Este exercício tem as condicionantes de que antes de fazer golo e bola tem de ir ao PL, fazer duas variações e só depois pode se pode fazer golo. A equipa que ataca tem de abrir o espaço para dificultar a defesa da outra equipa. A equipa que defende tem de se deslocar em bloco para diminuir as hipóteses de jogada da outra equipa. Aula número 14 1º Exercício - 3 jogadores passam a bola entre si e quem passa vai nas costas do colega. 2º Exercício – Jogo de 3x1. 3º Exercício – Jogo de 3x2 4º Exercício – Formaram-se 3 equipas de 4 jogadores cada uma. Uma equipa forma um quadrado e fazem de jokers. As outras duas equipas lutam pela posse de bola dentro do quadrado. O Objectivo é fazer 10 passes, mas tem de passar pelo menos uma vez pelo joker que está no meio. 5º Exercício – Jogo de 7x7 (2+3+1+GR). Antes de fazer golo a bola tem de passar primeiro no PL e fazer duas variações de corredor. Aula número 15 1º Exercício - 3 jogadores passam a bola entre si e quem passa vai nas costas do colega. 2º Exercício - Jogo de 3x1 3º Exercício – Jogo de 3x2. Neste exercício temos 1 GR para duas balizas.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
43
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
4º Exercício – Jogo de 6x6 com a ajuda 1 joker. Outras equipa de 6 faz de joker nas linhas laterais. Antes de fazer golo a bola tem de entrar pelo meio de dois defesas e o ponto é feito com um passe para o PL que está dentro de uma área restrita. 5º Exercício – Jogo formal de 11x11 (4+3+3) com as condicionantes de a bola ter de ir ao PL que se estiver dentro da área restrita ninguém lhe pode tirar a bola e ainda quem estiver atrás da linha de meio campo só pode dar dois toques na bola. Aula número 16 1º Exercício - 3 jogadores passam a bola entre si e quem passa vai nas costas do colega. 2º Exercício – Jogo de 3x1 3º Exercício – Jogo de 3x2 4º Exercício – Jogo de 4x4 (1+2+1). Neste exercício estão mais 4 jokers nas linhas laterais. 5º Exercício – De seguida, fez-se o mesmo que no último exercício, mas agora com cones a simular defesas. O objectivo é fazer passar a bola no meio dos dois cones. 6º Exercício – Jogo de 6x6 (2+3+1) com as condicionantes de que para marcar golo a bola tem de ir rasteira e no meio campo só se pode dar dois toques. Aula número 17 1º Exercício – 3 jogadores passam a bola entre si e quem passa vai nas costas do colega. 2º Exercício – Jogo de 3x1 3º Exercício – Jogo de 3x2
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
44
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
4º Exercício – Jogo do Meinho com 2 defesas e um joker no meio. Caso o joker consiga receber a bola por entre os dois defesas faz-se dobra, isto é, os defesas terão de tirar a bola duas vezes. Para além disso a partir da dobra só se pode dar 1 toque. 5º Exercício – Jogo 6x6 (2+3+1), mas sem GR, ou seja, para marcar golo a bola tem de ir rasteira para dentro da baliza. Desde a aula número 17 que as aulas práticas têm servido para a execução e avaliação das tarefas de ensino.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
45
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
10. Conclusão Durante a elaboração deste documento deu para perceber que o futebol é um desporto complexo de jogar, mas por outro lado é um desporto de fácil compreensão. Resumindo, o futebol tem duas fases distintas com comportamentos, regras e objectivos diferentes, ou seja, o ataque e a defesa. Para além disto no futebol existem diversos jogadores com imensas características, porém só quando jogam como um todo é que mostram resultados e fazem o futebol, tendo para isso várias formas de organização e regras para os controlar.
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
46
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Jogos desportivos colectivos I - Futebol 2010/2011
11. Bibliografia
Quina, João do Nascimento, (2001) – Futebol: Referência para a organização do jogo Maçãs, V. (2000) – Os factores de jogo em futebol, UTAD
Sónia Patrícia Carvalhido Soares_ Licenciatura em Ciências do Desporto
47