PROCES PRO CESSO SO SE LE TIVO
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE GESTÃO DE TALENTOS COORDENADORIA COORDENADORI A DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
CONCESSÃO DE BOLSAS DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO Modalidade Demais Estágios: MEDICINA - ATENÇÃO ATENÇÃO PRIMÁRIA PRIMÁRIA 1. A prova terá duração de 2 (duas) horas e 30 (trinta) minutos, considerando, inclusive o preenchimento do Cartão-Resposta. 2. É de responsabilidade do candidato a conferência deste caderno, que contém 40 (quarenta) questões de múltipla escolha, cada uma com 04 (quatro) alternativas (A, B, C e D), distribuídas as seguinte forma: QUESTÕES OBJETIVAS Conteúdo Específico
de 01 a 40
3. Transcreva a frase abaixo, para o espaço determinado no Cartão-Resposta, com caligrafia usual, utilizando caneta esferográfica de tinta azul ou preta, para posterior exame grafológico: grafológico: “O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.”
O descumprimento dessa instrução implicará a anulação da prova e a eliminação do Processo Seletivo. 4. A prova deverá ser feita, obrigatoriamente, à caneta esferográfica de tinta azul ou preta, fabricada em material transparente, transparente, não sendo permitido o uso de lápis, lapiseira e/ou borracha. 5. Durante a prova não será admitida qualquer espécie de consulta ou comunicação entre candidatos, tampouco será permitido o uso de qualquer tipo de aparelho eletrônico. 6. Em hipótese alguma haverá substituição do CARTÃO-RESPOSTA, por erro do candidato. 7. O telefone celular deverá permanecer desligado e sem bateria, desde o momento da entrada até a retirada do candidato do local de realização das provas. 8. Somente após decorrida 1 (uma) hora do início da prova, prova, o candidato poderá poderá entregar o CARTÃORESPOSTA, devidamente assinado e com a frase transcrita e retirar-se do retirar-se do recinto levando seu Caderno de Questões. 9. Os três últimos candidatos deverão permanecer em sala, sendo liberados somente somente quando todos tiverem quando todos tiverem concluído a prova ou o tempo tenha se esgotado e tenham sido entregues todos osCARTÕES-RESPOSTA os CARTÕES-RESPOSTA,, sendo obrigatórios o registro dos seus nomes e assinaturas na ata de aplicação de prova. 10. Os relógios de pulso serão permitidos, desde que não sejam digitais e permaneçam sobre a mesa, à vista dos fiscais, até a conclusão da prova. 11.. O fiscal de sala não está autorizado 11 autorizado a alterar quaisquer quaisquer dessas instruções. instruções. 12. O gabarito da Prova Objetiva será publicado no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro no segundo dia útil seguinte ao de realização da prova, estando disponível também, no site http://concursos.rio.rj.gov.br
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04. Homem de 57 anos de idade chega à Unidade Básica de Saúde referindo disúria, urgência urinária, calafrios e mialgia. Ao exame físico, o paciente está febril, apresenta dor lombar e a próstata encontra-se aumentada e edemaciada. O diagnóstico mais provável é: (A) prostatite bacteriana aguda (B) uretrite (C) prostatite bacteriana crônica (D) prostatite inflamatória assintomática
CONTEÚDO ESPECÍFICO 01. NÃO é um fármaco efetivo no tratamento de dependência da nicotina: (A) adesivo de nicotina (B) nortriptilina (C) bupropiona (D) buspirona 02. Nas últimas duas décadas, a dengue reapareceu como uma doença infecciosa importante e, após a introdução do sorotipo DEN 3, houve aumento de incidência de febre hemorrágica e consequente incremento da mortalidade. Sobre essa doença, pode-se afirmar: (A) Os achados laboratoriais mais comuns são plaquetopenia e hemodiluição com valores decrescentes de hematócrito. (B) O caso suspeito caracteriza-se por paciente com febre baixa associada a três dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retro-orbital, mialgia, artralgia, prostração e exantema. (C) Os sinais e sintomas iniciais são semelhantes no curso benigno ou grave, mas, na febre hemorrágica ou na síndrome de choque, o caso agrava-se em torno do terceiro ou quarto dia. (D) A sorologia (anticorpos IgM antidengue) é possível apenas nos primeiros três dias após o início da febre e serve para permitir o início do tratamento.
05. A maioria dos casos de hipertensão arterial não apresenta uma causa aparente facilmente identificável, sendo conhecida como hipertensão essencial. Em outros casos, a hipertensão pode ser curada ou controlada se a causa for diagnosticada e o agente etiológico removido. NÃO é um achado clínico sugestivo de hipertensão secundária: (A) a dislipidemia (B) o sopro abdominal (C) o início abrupto e grave de hipertensão com retinopatia severa, hematúria e perda de função renal (D) a proteinúria 06. O manejo básico da asma persistente leve consiste no uso de: (A) apenas um broncodilatador de curta ação (B) apenas um broncodilatador de longa ação (C) um broncodilatador de alívio associado a um corticoide inalatório em dose baixa (D) um agonista ß 2 inalatório de longa duração e um corticoide inalatório em dose baixa
03. Paciente masculino de 71 anos de idade, branco, tabagista há 45 anos, sedentário, com índice de massa corporal de 28 kg/m2 relata que, durante o final de semana, apresentou intensa dor precordial. Tendo procurado a emergência de um hospital, realizou exames complementares e teve alta após uma semana de internação, com orientação de ir à Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. Durante a consulta na Unidade de Saúde, esse paciente apresenta o boletim de atendimento da emergência em que constam os diagnósticos de infarto agudo do miocárdio e cardiopatia isquêmica. Além de orientações para interrupção do tabagismo, alimentação cardioprotetora e controle do peso corporal, a melhor conduta do médico nesta situação deve ser a de prescrever: (A) antiagregante plaquetário, estatina e antagonista dos receptores de angiotensina II (B) antiagregante plaquetário, estatina, betabloqueador e inibidor da enzima conversora da angiotensina (C) antiagregante plaquetário, estatina, bloqueador de canal de cálcio e diurético (D) antiagregante plaquetário, estatina, bloqueador de canal de cálcio e digoxina
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07. São os germes mais frequentes em pacientes co m doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) exacerbada e imunidade preservada: (A) Streptococcus pneumoniae e Moraxella (B) (C) (D)
catarrhalis Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae e Staphilococcus aureus Staphilococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa
08. Jovem de 16 anos de idade é atendido na Unidade Básica de Saúde com um quadro de dor de garganta, febre alta, dor nas articulações e exantema em todo o corpo há dois dias. Levando-se em consideração esse caso, é INCORRETO afirmar: (A) Entre as hipóteses diagnósticas, o médico deve considerar infecção pelo vírus Epstein-Barr. (B) Deve ser feito o diagnóstico diferencial com escarlatina. (C) No caso de mononucleose infecciosa, há necessidade de isolamento desse paciente. (D) A presença de hepato ou esplenomegalia deve ser explorada no exame físico.
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09. Durante a puericultura, ao se diagnosticar hérnia inguinal em um lactente, deve-se: (A) observar até os dois anos de idade (B) encaminhar para cirurgia o mais cedo possível (C) encaminhar para cirurgia se a hérnia houver persistido após os seis meses de vida (D) orientar massagens abdominais, com movimentos circulares em sentido horário
14. Homem de 54 anos de idade, fumante e etilista pesado, vem ao serviço de saúde com queixa de estar apresentando, há uma semana, evacuações com saída de sangue vivo misturado às fezes. A primeira hipótese e conduta diagnóstica são, respectivamente: (A) doença hemorroidária; inspeção da região anal e toque retal (B) úlcera péptica; endoscopia digestiva alta (C) cirrose hepática com hipertensão porta; ultrassonografia abdominal (D) neoplasia de cólon; colonoscopia
10. Ao receber um paciente vítima de queimadura sempre se deve: (A) iniciar reidratação oral (B) prescrever analgésicos (C) encaminhar à emergência pacientes que se queimam repetidas vezes (D) avaliar a porcentagem de superfície corporal queimada
15. Dora, paciente de 57 anos de idade, iniciou há 3 dias quadro de dor abdominal de leve intensidade. Incialmente, imaginou serem gases. Como, após esse período, a dor aumentou de intensidade e hoje ela apresentou febre, um episódio de vômito e adinamia resolveu procurar o médico, pois é verão no Rio de Janeiro e há muitos casos de dengue na cidade. Refere não evacuar desde o início do quadro. Ao exame físico, está desidratada e apresenta dor à palpação na fossa ilíaca esquerda. A principal hipótese é: (A) dengue – classificação de risco C (com sinais de alarme como dor abdominal intensa e contínua) (B) apendicite aguda (C) diverticulite (D) síndrome do intestino irritável
11. O médico de família e comunidade é chamado para avaliar uma paciente feminina de 23 anos de idade, com dor abdominal aguda em andar inferior, associada a febre e hipotensão. O achado, ao exame físico, que permite diferenciar entre apendicite aguda e afecções pélvicas é: (A) dor à mobilização do colo uterino (B) sinal de Murphy positivo (C) sinal de Bloomberg ausente (D) sangue ao toque retal 12. Quanto à anestesia para a realização de cantoplastia (exérese de parte da unha de um dedo que esteja encravada), é correto afirmar que: (A) as normas brasileiras proíbem a realização de anestesia local em unidades básicas de saúde, por não haver recursos para reanimação cardiorrespiratória e suporte avançado de vida em caso de intoxicação (B) o anestésico local mais comumente utilizado é a bupivacaína em concentração de 0,5% (C) a lidocaína em concentração de 2% com vasoconstritor é uma boa opção de anestésico local (D) o bloqueio digital é uma técnica indicada por anestesiar o dedo inteiro, oferecendo bastante conforto ao paciente durante a manipulação da ferida
16. André, 40 anos de idade, é um paciente ansioso. Vive preocupado com doenças e seus problemas emocionais influenciam muito sua saúde física, pois tem grande tendência à somatização. Refere “ter gastrite”, confirmada por endoscopia realizada no ano passado, que volta e meia “o ataca”, já tendo usado omeprazol e ranitidina em outras ocasiões, com melhora. Ele vai ao consultório, pois está passando por alguns problemas e tem sentido muita dor em queimação na região epigástrica. Emagreceu 7 kg nos últimos 30 dias, mesmo se alimentando bem, “por tristeza”. Solicita que o medique com pantoprazol, “que é o que melhor funciona”. A conduta deve ser: (A) abordar os problemas emocionais do paciente, esclarecendo quanto à natureza psicossomática de sua dor e oferecer encaminhamento a apoio psicoterápico (B) solicitar endoscopia digestiva alta (C) iniciar tratamento com pantoprazol e tratar empiricamente Helicobacter pylori , pela alta prevalência de colonização em pacientes com gastrite crônica (D) iniciar omeprazol, disponível na rede, e orientar retorno após seis semanas de tratamento para reavaliação clínica
13. Uma jovem de 25 anos de idade apresenta ferimento cortocontuso simples, de bordas lisas, em face, e o médico de família decide realizar a sutura do ferimento na própria Unidade Básica de Saúde. Sobre esse procedimento, é correto afirmar: (A) A sutura pode ser feita com fio de seda ou algodão, com o mesmo resultado estético e menor custo ao serviço de saúde. (B) A sutura deve ser feita com pontos Donati, por serem mais firmes e impedirem a descência da ferida. (C) O fio indicado para a sutura é o nylon 5-0. (D) A sutura intradérmica não está indicada neste caso.
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20. Mulher de 24 anos de idade, casada, nuligesta, tabagista, comparece ao consultório do Médico de Família e Comunidade, pois deseja trocar o método anticoncepcional. Refere que usa pílula anticoncepcional há mais de cinco anos, mas frequentemente esquece de tomá-la. Quer colocar o DIU TCu, pois tem algumas amigas que usam e gostam do método. Em sua história ginecológica, refere ciclos menstruais regulares (com fluxo de 7 dias de duração), parceiro sexual fixo e relata ter feito tratamento para DIP (doença inflamatória pélvica) há 8 meses. Seu último exame citopatológico de colo uterino foi realizado há três meses, com resultado normal. Diante desse quadro, a conduta correta é: (A) contraindicar o uso do Diu TCu, devido à história pregressa de tratamento para DIP (B) contraindicar o uso do DIU TCu, uma vez que a paciente é nuligesta e há um grande risco para infertilidade com uso desse método (C) orientar a paciente sobre os riscos de usar o DIU TCu, uma vez que a taxa de falha é de 20% no primeiro ano (D) indicar o uso do DIU TCu, como método anticoncepcional eficaz e adequado para esta paciente, já que não há contraindicações neste caso
17. Mulher com 37 anos de idade vem à consulta para orientação contraceptiva. Teve parto normal há 50 dias; é Gesta II Para II; menstruou há dez dias pela primeira vez pós-parto. Relata que o nenê está mamando muito bem e que produz bastante leite. Pensa em talvez engravidar novamente em dois anos e diz não ter interesse em colocar DIU. Relata ser tabagista (< 15 cigarros ao dia) e muito esquecida. A conduta adequada é: (A) prescrever anticoncepcional oral combinado (B) não oferecer método algum, uma vez que a mãe amamenta em livre demanda e várias vezes ao dia, sendo um perfeito método contraceptivo (C) indicar laqueadura tubária (D) prescrever medroxiprogesterona injetável 18. Mulher de 62 anos de idade vem à consulta apresentando queixa de dor durante as relações sexuais. Não apresenta outra queixa no momento. A paciente vem fazendo uso de amitriptilina como parte do tratamento para depressão há vários meses. A melhor conduta nesse momento é: (A) prescrever creme à base de estriol
21. M.B.F., 17 anos de idade, Gesta 3, Para 0, Aborto 2 (dois abortamentos induzidos), vem à consulta de pré-natal com 32 semanas de gestação trazendo seus resultados de exames laboratoriais. A alteração que demanda referência para serviço de atendimento de gestantes de alto risco é: (A) hemoglobina 8,5 g/dL (B) Coombs indireto 1:16 (C) VDRL 1:256 (D) glicemia de jejum 84 mg/dL
(B) realizar exame ginecológico (C) prescrever gel lubrificante à base de água (D) substituir amitriptilina por fluoxetina 19. Chega ao serviço de Saúde uma mulher de 32 anos de idade que refere ter sofrido violência sexual há 3h. Neste caso, em relação às DST, a conduta adequada deve ser: (A) solicitar sorologias e tratar especificamente as DST detectadas
22. Sobre o manejo da mastite puerperal, é correto afirmar: (A) Paracetamol e ibuprofeno podem ser prescritos para analgesia. (B) A massagem das mamas é contraindicada pelo risco de promover estímulo à produção láctea. (C) O início imediato de antibioticoterapia é mandatório. (D) A amamentação na mama afetada deve ser suspensa até a resolução do quadro.
(B) iniciar tratamento empírico para vaginose, gonorreia e clamídia e antirretroviral, sem necessidade de solicitar sorologias (C) solicitar sorologias e iniciar tratamento empírico para vaginose, gonorreia e clamídia e antirretroviral (D) solicitar sorologias e esperar 72h para reavaliar sintomas
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MEDICINA - ATENÇÃO P RIMÁRIA 26. Criança de 4 anos de idade é trazida à Unidade Básica de Saúde com ressecamento e intenso prurido cutâneo, localizado nas áreas flexoras de braços e pernas, assim como na região cervical lateral. As lesões caracterizam-se por pápulas eritematosas e eczematosas, com algumas liquenificações. O diagnóstico e o melhor tratamento para a fase aguda desta doença são, respectivamente: (A) dermatite de contato; banho com solução aquosa de permanganato de potássio e compressas com solução de Thiersch modificada (B) dermatite seborreica; óleo mineral salicilado de 1 a 3 % ou polietilenoglicol salicilado de 1 a 3% (C) estrófulo; anti-histamínicos por via oral (hidroxizina, fexofenadina) e pasta d’água tópica (D) dermatite atópica; corticoides tópicos de baixa ou média potência e anti-histamínicos sistêmicos
23. A Sra. Ana Lúcia, de 50 anos de idade, chega à consulta preocupada. Traz resultado de ultrassonografia transvaginal realizada há dois meses, evidenciando mioma único de 2 cm. Relata não apresentar sangramento vaginal irregular; última citologia oncótica normal. Deseja saber se sua cirurgia deve ser urgente. Diante deste caso, sua conduta é: (A) iniciar tratamento farmacológico precocemente (B) tranquilizar a paciente, pois não há indicação cirúrgica (C) encaminhar para acompanhamento com a atenção especializada (D) solicitar nova ultrassonografia para controle urgente 24. Gestante Andreia, 32 anos de idade, Gesta II Para I, parto normal há 6 anos,15 semanas de gestação, chega à consulta de pré-natal com exames laboratoriais solicitados por outro serviço. Quando questionada sobre seu estado vacinal, mostra o cartão de vacina. Fez antitetânica na última gestação, mas não tem registro de imunização para hepatite B. A conduta é: (A) indicar reforço da dupla tipo adulto (dT) e indicar imunização para heptite B no pós-parto (B) indicar reforço da dupla do tipo adulto (dT) e indicar esquema para imunização para hepatite B (C) não indicar vacinação, pois a antitetânica tem duração de 10 anos e a imunização para hepatite B é contraindicada durante a gestação (D) indicar imunização apenas para hepatite B, pois a imunização para tétano se encontra dentro do prazo estabelecido de 10 anos
27. Menina de 3 anos de idade é trazida ao serviço de saúde pela mãe, que é faxineira e trabalha à noite como copeira em um restaurante próximo a sua casa. Na consulta, a menina apresenta hematoma de face e dor no ombro à mobilização. Mãe refere o início dos sintomas há uma semana e afirma serem acompanhados de inapetência e choro fácil, com irritabilidade. Quando questionada sobre os cuidados com a criança, relata que a menina fica com a irmã de 12 anos de idade pela manhã e à tarde com seus irmãos de 8 e 1 ano de idade, sob orientação da vizinha. A equipe de acolhimento suspeita de violência e encaminha a criança para equipe de referência em abordagem de violência doméstica. Em relação à conduta do acolhimento, pode-se afirmar que: (A) é inadequada e é comum acidentes domésticos nesta faixa etária (B) é inadequada e a criança deve receber analgesia e imobilização do ombro (C) é adequada e outras formas de abuso devem ser excluídas (D) é adequada e ela deve receber atendimento odontológico para avaliação do hematoma
25. Com relação à terapia de reidratação oral (TRO) em crianças com doença diarreica aguda, NÃO é correto afirmar que: (A) o esquema de tratamento independe do diagnóstico etiológico, já que seu objetivo é reidratar ou evitar a desidratação (B) deve-se manter a alimentação habitual, em especial o leite materno, e corrigir eventuais erros alimentares (C) persistindo os sinais e sintomas de desidratação com a reposição inicial e, se o paciente começar a vomitar, deve-se manter a hidratação por sonda nasogástrica (D) o esquema terapêutico não deve ser rígido, administrando-se líquidos e TRO de acordo com as perdas
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28. O Manual “Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de 2 anos” recomenda: (A) evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e guloseimas nos primeiros anos de vida e usar sal com moderação (B) evitar o uso de carnes vermelhas, vísceras, frango com pele, alimentos ricos em caroteno, sopas, cremes e óleos vegetais (C) permitir o uso de água e chás durante o aleitamento materno exclusivo (D) introduzir outros alimentos a partir dos três meses de idade
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31. Em relação a infecções do trato urinário (ITU) em lactentes, é correto afirmar: (A) Achados clínicos como febre, prostração e urina com odor forte são suficientes para estabelecer o diagnóstico de ITU e iniciar tratamento com antimicrobianos. (B) Lactentes abaixo de 2 meses de vida com ITU devem receber tratamento com antibióticos orais e ter acompanhamento ambulatorial. (C) As principais escolhas de antibióticos para crianças acima dos 2 anos de idade com ITU são as quinolonas e aminoglicosídeos. (D) O exame definitivo para o diagnóstico de ITU em crianças é a cultura de urina.
29. Mãe leva sua filha primogênita de 9 dias de vida para a sua primeira revisão após o nascimento. Ela está feliz, porém relata que a filha só quer mamar na mama esquerda e, muitas vezes dorme enquanto mama, além de estar urinando pouco. As fezes apresentam-se amolecidas e amareladas. A puérpera está bastante preocupada com o seu leite, pois ainda está como se fosse leite desnatado e acha que isso pode estar contribuindo para que a menina não tenha ganho de peso (peso ao nascer – 3.415 g; peso na consulta – 3.350 g). As mamas da mãe apresentam-se túrgidas, o mamilo direito plano e o mamilo esquerdo protruso, mas com fissura inicial. Com base neste caso, a conduta correta do Médico de Família e Comunidade deve ser: (A) suspender o aleitamento materno e iniciar prontamente o uso de fórmulas infantis e água (B) solicitar hemograma completo, glicemia de jejum e provas de função renal (C) manter o aleitamento materno, associar leite maternizado e oferecer líquidos à criança para melhorar a diurese (D) manter o aleitamento materno, promover a confiança da mãe, ensinar à mãe manobras para protrair o mamilo e o uso da “posição football player “
32. Gabriel, 3 anos de idade, vem acompanhado da mãe para consulta com seu médico de família e comunidade. Ela relata febre baixa, tosse e coriza purulenta há 5 dias, e há 24 horas ele começou a levar a mão ao ouvido direito, o que a faz pensar que ele está com dor de ouvido. Ao exame, a criança encontra-se em bom estado geral, alerta, afebril, orofaringe sem alterações, otoscopia (ouvido direito) com leve hiperemia, sem abaulamento de membrana timpânica, com reflexo luminoso presente e ausculta pulmonar com roncos difusos. A mãe pede um antibiótico, pois sempre o tratou desta forma. Em relação ao quadro clínico descrito, pode-se afirmar que: (A) devido ao risco de mastoidite, antibióticos sempre devem ser prescritos para suspeitas de otite média aguda (B) casos nos quais há ruptura de membrana timpânica por otite média aguda devem ser imediatamente encaminhados para otorrinolaringologista, pois há necessidade de procedimento cirúrgico de reconstrução timpânica (C) os sinais e sintomas descritos são compatíveis com otite média aguda supurativa e, por tratar-se de um quadro leve, a conduta seria a prescrição de analgesia adequada e revisão do paciente em 48 a 72 horas (D) caso o paciente tivesse menos de 6 meses de vida, a conduta mais adequada seria a expectante, retardando o início de antibióticos em 48 a 72 horas, aguardando pela resolução espontânea do caso
30. Uma mãe traz seu filho de cinco anos de idade a uma consulta, referindo que ele vem apresentando nos últimos meses um comportamento agressivo, não respeitando suas orientações em casa e que na escola também não realiza as tarefas propostas pela professora. A mãe menciona que a criança passa a maior parte do tempo com a avó materna, em virtude de os pais trabalharem fora o dia todo. Diz que a avó faz muito “as vontades” da criança, mesmo quando os pais não concordam. A mãe menciona também que vem passando por uma fase difícil no relacionamento conjugal, com discussões frequentes com o marido. Diante desse quadro, a técnica de abordagem familiar considerada INADEQUADA é: (A) orientação aos pais para que busquem uma escola de tempo integral, de maneira que a criança não precise ser cuidada pela avó (B) trabalho com os pais sobre a questão da autoridade parental, discutindo maneiras de os mesmos imporem limites ao filho (C) estímulo aos pais a que estejam mais presentes na vida do filho, de maneira qualitativa, nos horários em que estiverem em casa (D) trabalho com o casal em consulta, ajudando em sua crise conjugal, orientando inicialmente a evitar discussões na presença do filho
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33. NÃO é uma característica da Medicina de Família e Comunidade: (A) atender os pacientes lidando com todos os problemas de saúde, independente da idade, sexo, ou qualquer outra característica (B) trabalhar somente com a prevenção e diagnóstico de doenças, encaminhando todos os pacientes que tenham diagnóstico de certeza (C) coordenar a prestação de cuidados de saúde e assumir o papel de advocacia do paciente sempre que necessário (D) desenvolver uma abordagem centrada na pessoa, orientada para o indivíduo, a família e a comunidade
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MEDICINA - ATENÇÃO P RIMÁRIA 37. Entre as atribuições específicas do médico no contexto de atuação profissional na Estratégia Saúde da Família (ESF), destaca-se: (A) delegar ao coordenador da unidade de saúde da família (USF) a responsabilidade exclusiva pelo gerenciamento dos insumos necessários a seu bom funcionamento (B) indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, responsabilizando exclusivamente os familiares pelo acompanhamento do usuário (C) realizar assistência integral aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano (infância, adolescência, idade adulta e terceira idade) (D) realizar consultas clínicas e procedimentos exclusivamente no espaço da USF, delegando ao enfermeiro as ações ligadas aos domicílios, escolas, associações etc.
34. Diante do diagnóstico de infecção por HIV, além do aconselhamento do(a) paciente, torna-se importante orientar sobre a comunicação do(s) parceiro(s) sexual(is). A melhor forma para o Médico de Família e Comunidade resolver a delicada situação, conforme Ministério da Saúde e respeitando o Código de Ética Médica é: (A) orientar que será necessário contar ao(à) parceiro(a) sobre a infecção assim que estiver com CD4 baixo ou alta carga viral, apesar de necessitar usar camisinha desde o momento do diagnóstico (B) solicitar a um membro da equipe que informe o parceiro sobre a infecção e sobre a impossibilidade de manter relações sexuais seguras com o paciente neste momento (C) solicitar a vinda do(a) parceiro(a) à próxima consulta para então comunicar a ambos o diagnóstico firmado (D) informar o paciente sobre a necessidade de trazer o(a) parceiro(a) para aconselhamento e testagem e, se o paciente for contrário a isso, fazer busca ativa do(a) parceiro(a), preservando a confidencialidade
38. A prevenção quaternária é um conceito que diz respeito à: (A) evitação do adoecimento quando os fatores de risco já se encontram presentes na vida do indivíduo. (B) reafirmação do princípio fundamental da medicina “primum non nocere” (C) detecção e ao manejo precoce da doença, em sua fase assintomática (D) reabilitação e à prevenção de complicações em indivíduos já doentes
35. Um homem de 61 anos de idade foi encaminhado pelo Médico de Família e Comunidade, que o acompanha há vários anos, para um serviço de cirurgia geral de um hospital regional por apresentar colelitíase sintomática. Nesse centro, o paciente acabou sendo submetido a uma cirurgia videolaparoscópica, sem intercorrências. Por ocasião da alta, o cirurgião emitiu uma nota em que constam informações sobre os cuidados a serem seguidos no período pós-operatório e um plano terapêutico sugerido para ser seguido pela equipe de saúde. O princípio do Sistema Único de Saúde presente neste caso foi a: (A) territorialização (B) especialização (C) integralidade (D) prevenção
39. É doença de notificação compulsória: (A) o corrimento uretral masculino (B) a infecção aguda pelo HIV (C) a pneumonia bacteriana (D) o condiloma acuminado 40. Está entre os dez problemas mais frequentes apresentados pelos pacientes em uma consulta na Atenção Primária à Saúde: (A) hipertireoidismo (B) diabetes não insulinodependente (C) infarto agudo do miocárdio (D) abdome agudo
36. Considerando as diferentes lógicas assistenciais entre o modelo tradicional e o proposto pela Estratégia Saúde da Família, representa um conceito ligado à ESF: (A) serviços de saúde concentrados nos centros urbanos dos municípios (B) atenção concentrada no indivíduo (C) saúde como ausência de doença (D) ênfase na atenção integral à saúde, incluindo ações de promoção, proteção, cura e recuperação
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