ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO A notícia da gravidez, o processo de gestação, o parto e o puerpério constituem momentos muito importantes para a mulher, o homem e todos os seus familiares. Promovem alte altera raçõ ções es físi físicas cas no corp corpoo fe femi mini nino no (e às vezes vezes no ma masc scul ulin ino) o),, porém porém todos todos fica ficam m emocionalmente envolvidos pela perspectiva do nascimento. « A intensidade das alterações psicológicas depende de factores individuais, familiares, conjugais, culturais e da personalidade. O período da gravidez, parto e puerpério é uma fase de grande incidência de perturbações psíquicas na mulher e no homem, necessitando, por isso de uma atenção especial para manter ou recuperar o bem-estar. « O nascimento nascimento de uma criança representa representa um dos aconte aconteciment cimentos os mais importantes importantes da vida da família. Os enfermeiros podem aproveitar esta experiência com a família para desenvolver uma relação que permita integrar o nascimento como um acontecimento fulcral para a família. Idealmente o nascimento de uma criança pode contribuir para o crescimento de todos os membros da família. A gravidez é uma fase que faz parte do processo normal do desenvolvimento. Envolve a « necessidade de reestruturação e reajustamento em várias dimensões, especialmente no que se refere à identidade e à definição de papéis, tanto para a mulher quanto para o homem. Dias Cordeiro (1987) diz-nos que podemos considerar a gravidez como uma crise de « desenvolviment desenvolvimento, o, pois trata-se trata-se de uma situação de mudança a nível biológico, biológico, psicológico psicológico e social que exige da família e da mulher, em particular, um esforço suplementar para manter o equilíbrio resultando daí um acréscimo de vulnerabilidade. Sendo a crise entendida como ocasião e risco, como refere Minuchin (1981) é ocasião de evolução do sistema familiar e risco do seu disfuncionamento. A crise apresenta-se como um momento em que existe aumen aum ento to de vuln vulner erab abililid idade ade ma mass ao me mesm smoo temp tempoo au aume ment ntoo de rece recept ptiv ivid idad adee o qu quee possibilita uma excelente oportunidade de intervenção. Até o nascimento do primeiro filho tudo se joga ao nível do desejo do imaginário, da « expectativa, mas esta é a única preparação possível para o bom desempenho do estatuto de parentalidade. Se para o casamento temos o namoro como forma de simulacro de uma aprendizagem concreta da relação conjugal, para a vida profissional estuda-se, forma-se o indivíduo, estagia-se, treina-se no terreno. Para ser pai ou mãe aprende-se através da fantasia, desde criança, brincando com bonecas e aos pais e às mães. Aprende-se com os próprios pais e mais tarde imaginando-se o bebé que se vai ter e a forma de se relacionar com ele: as alegrias e satisfação que dará, mas também as dificuldades e problemas que trará. Este último passo é acelerado ao longo dos nove meses de gravidez, acentuando-se mass últi ma última mass sema semana nas, s, prin princi cipa palm lmen ente te pa para ra a mã mãe. e. Se a todo todoss este estess aspe aspect ctos os lhe lhe assoc associa iarm rmos os to todo do a evolu evoluçã çãoo té técn cnol olog ogic icaa de con contr trol oloo da gravi gravidez dez,, nom nomea eada dame ment ntee a ecografia que possibilita a identificação provável do sexo da criança, bem como o seu tamanho e peso, muito antes do nascimento, permite de forma antecipada a confirmação da imagem criada. Mas este avanço técnologico, com a credibilidade que lhe é inerente, não faz mais do que dar aos futuros pais uma resposta, com uma margem de incerteza mais reduzida do que outros métodos, se é que os podemos designar como tal, utilizados popularmente com o mesmo objectivo, como a forma de balançar da agulha suspensa pela linha, a forma da barriga, a cara da grávida com ou sem pano, bonita ou feia ... « O nascimento de uma criança está rodeado de expectativas, no entanto a gravidez pode exacerbar antigos conflitos de relacionamento com pais, irmãos e outras figuras da família, bem como do próprio casal. Como refere Relvas (1997) “ele é desejado como ser que traz consigo a felicidade que faltava: é o «D. Sebastião» da família...” No entanto, vários estudos «
contrariam contrar iam est estaa crenças crenças,, partic particula ularme rmente nte no que respeit respeitaa ao fortal fortalecim eciment entoo da relação relação conjugal. « Para Pavesi (1999) o homem engravida a mulher do ponto de vista biológico, com consequências psicológicas, por seu lado a mulher engravida o homem do ponto de vista psicológico, com consequências psicológicas, o que significa que o homem é também afectado pela gravidez, pois está a preparar-se para desempenhar um novo e importante papel: pap el: ser pai pai.. As altera alterações ções emo emocion cionais ais são evi evident dentes, es, man manife ifesta standondo-se se mui muitas tas vez vezes es através de sintomas físicos: aumento de apetite e de peso, desejo de comer determinados alimentos e outros. Assim, a gravidez não é um privilégio exclusivo da mulher. Para este autor o homem grávido merece atenção, afecto, consideração « Segundo Maldonado (1984) a gravidez é um período de significativas mudanças físicas, psicológicas e sociais para a mulher, que podem ser divididas em três trimestres para uma melhor compreensão.
O PRIMEIRO TRIMESTRE (até às 12 semanas) O primeiro trimestre é caracterizado pela percepção do estar grávida, com a presença de transformações bioquímicas e corporais que a mulher sente mesmo antes de ter certeza da gravidez, através de sonhos ou intuições. Como refere Pavesi (1999) esta é uma fase marcada pelo “duplo segredo”: o bebé é muito pequeno para que a mãe possa perceber os seus discretos movimentos; as modificações corporais da grávida são pouco evidentes, tornando a gravidez pouco perceptível para a sociedade. No primeiro trimestre instala-se uma ambivalência afectiva, um querer e um não querer, sentimentos contraditórios sobre os prós e contra da gravidez, por um lado, a mulher fica feliz e orgulhosa (entre outros aspectos positivos), positivos), por que vai ser mãe, atingindo a plenitude da feminilidade; por outro lado, surgem preocupações e dúvidas sobre sua capacidade para exercer a maternidade, e tantas outras coisas. O homem também pode experimentar estes sentimentos de ambiguidade. Outra Outra modif modificação icação importante importante é a hipersensibil hipersensibilidade: idade: tudo está muit muitoo bem e de repente os olhos enchem-se de lágrimas, ou surge uma irritabilidade ou agressividade. Porque motivo? Nem sempre a grávida encontra uma resposta. Três factores estão associados nestas oscilações de humor: a) alterações nos níveis hormonais; b) a história pessoal, conjugal e familiar da mulher; e c) factores relacionados com a sua personalidade. personalidade . «
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O SEGUNDO TRIMESTRE (12 semanas às 24 semanas) O segundo trimestre é marcado pela “dupla propaganda”: acontecem os primeiros movimentos fetais percebidos pela mãe, e cada vez que ele se mexe pode aumentar o encantamento e o amor mútuos entre mãe e filho; e ocorre a personificação do feto, através das alterações corporais, corporais, como aumento da cintura, cintura, peso, entre outros. outros. A mulher começa a “trabalhar na gravidez” propriamente dita, diminuindo a ambivalência afectiva e as dúvidas sobre ter ou não ter o bebé, consolidando a relação maternofilial. O homem começa a demonstrar um interesse maior, sendo um período considerado mais ameno. «
O TERCEIRO TRIMESTRE (das 24 semanas até ao parto) O terceiro e últim últimoo trimestre trimestre é caracterizad caracterizadoo por um significativ significativoo aumento do peso e da barriga, que geram receios e ansiedade na mulher, o que fragiliza emocionalmente a mãe, trata-se de uma "ansiedade antecipatória" em relação ao que poderá acontecer. É como se houvesse uma viagem a fazer, da qual não se pode desistir. Para a mulher, é uma viagem, pois deixará de ter um corpo grávido para assumir um corpo não grávido e preparado para «
amamentar. Para o bebé, é uma viagem, pois deixará o mundo em que tudo lhe é ideal (temper (temperatu atura, ra, alimen alimentaç tação, ão, ruído, ruído, lum lumino inosid sidade. ade... ..), ), para para ing ingres ressar sar num mun mundo do novo e dife difere rent nte, e, ao qu qual al te terá rá qu quee se ad adap apta tar. r. Há mu mulh lher eres es qu quee vive vivem m um umaa am ambi bigü güid idad adee interessante: ficam divididas entre manter o filho no ventre e dar-lhe a luz. « A proximidade da hora do parto também traz muitos temores, como a dor a ser sentida, uma vez que parece que tudo começou com o Velho Testamento, no Gênesis. Esse livro bíblico conta que Eva é enganada pela serpente, oferece a maçã a Adão, conhecendo o bem e o mal. Por isso, foi punida por Deus, que lhe disse: "de hoje em diante, parirás com dor e serás submissa ao teu marido". Segundo Xavier (cit. in Pavesi, 1999), esta narrativa, repetida através através dos séculos, séculos, atingiu o inconsciente inconsciente feminino feminino no que lhe é peculiar, ligando à dor, ao pecado, à submissão e ao castigo, o prazer e as funções sexuais, afectivas e procriadoras naturais. « Priest (1987) definiu três fases de conteúdo psicopatológico potencial diferente, de acordo com os trimestres de gravidez, a saber: 1ª fase (até às 12 semanas): caracteriza-se principalmente por labilidade emocional, irrita irritabil bilida idade, de, inq inquie uietaç tação, ão, ansiedad ansiedadee e suscept susceptibi ibilid lidade, ade, atingi atingindo ndo-se -se o reequi reequilib librio rio psicológico pela 16ª semana aproximadamente. 2ª fase (12 às 24 semanas): com potencial psicopatológico baixo. 3ª fase (das 24 semanas até ao parto): com um acréscimo de ansiedade focalizada sobr sobree o pa part rtoo que se aviz avizin inha ha (rece (receio io,, sofr sofrim imen ento to,, pe perd rdaa da inte integr grid idad adee e eve event ntua uall descontrole), sobre a saúde do filho (será perfeito?) e ainda sobre o seu esperado papel de mãe. « Maldonado (1984) refere que em termos emocionais, quando é possível passar a gravidez feliz e tranquila, melhor. Já Stefanelli (1993) coloca a comunicação como a mola propulsora da saúde mental. Daí a importância que o enfermeiro crie um clima que favoreça o estabelecime estabelecimento nto de confiança, confiança, empatia e respeito respeito mútuo, considerando quem é cuidado e quem cuida como seres humanos em interacção que utilizam a comunicação verbal e não verbal a todo o momento, mesmo quando se executam os procedimentos mais técnicos. « Neste sentido, a relação estabelecida deve permitir à grávida total liberdade para expressar o que experimenta, o que sente, o que pensa a respeito de si e do mundo. •
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PUERPÉRIO As mudanças de humor são frequentes no puerpério. O rápido declínio hormonal, o conflito sobre o papel materno e a insegurança pessoal contribuem para que as alterações emocionais ocorram. As mulheres com problemas económicos ou familiares apresentam maiores dificuldades em relação à maternidade. Além do que foi referido, também perdas anteriores de fetos ou gestações gestações sem sucesso, o desconforto desconforto físico tal como dor no períneo, períneo, o ingurgitamen ingurgitamento to das mamas e o cansaço colaboram nas reacções negativas do puerpério. Rubin referiu-se à adaptação materna como as fases do aceitar e do assumir. A primeira tem início logo a seguir ao parto e dura os primeiros dois dias. Neste período a mãe demonst dem onstra ra um com compor portam tament entoo dep depend endent ente, e, tem nec necessi essidad dadee de cui cuidado dadoss e protec protecção, ção, apresenta uma atitude de passividade e dependência; estando mais receptiva ao que lhe é oferecido do que à iniciativa própria. Assim, o enfermeiro encontra-se numa posição privilegiada para oferecer ajuda, sob a forma de ensino e aconselhamento. Conscientes porém que cada mulher representa um novo desafio, uma vez que as suas necessidades individuais devem ser intensificadas e «
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satisfeitas. Contudo, as oportunidades são suficientemente importantes para fazer com que esta seja uma das actividades mais gratificantes da prática de enfermagem. « A fase do assumir tem início no segundo ou terceiro dia do puerpério, a mãe está pronta para afirmar a sua independência e a sua autonomia, já toma a iniciativa, está pronta para as novas responsabilidades, tenta ser uma “boa mãe”. Esta fase é também caracterizada por uma grande grande com compone ponente nte de ans ansied iedade. ade. O corpo corpo da mul mulher her sof sofre re mod modifi ificaç cações ões físic físicas as significativas o que colabora para a sua fadiga. O leite começa a aparecer e ela pode ter dúvidas sobre a sua capacidade de amamentar o filho com sucesso. Dos simples “blues” às depressões mais graves « Devido Devido,, em parte, parte, às mod modifi ificaç cações ões hormonai hormonais, s, para para alg alguma umass mul mulher heres es o períod períodoo puerperal é caracterizado por episódios frequentes de choro ou crises de nostalgia que surgem por qualquer motivo, ou mesmo sem motivo aparente. « Na opinião de Caldas de Almeida “a gravidez e o parto são situações que mobilizam uma série de outros factores, para além dos hormonais, nomeadamente, biológicos, psicológicos e psic psicoss ossoc ocia iais is,, et etc. c... a int inter eracç acção ão de dest stes es vári vários os fact factor ores es po pode de condu conduzi zirr a um umaa ma maio ior r susceptibilidade da mãe. E é normal que, ao principio, ela passe por uma fase de apatia, de tristeza ou, simplesmente, de insegurança”. Esta fase de nostalgia é designa por Baby Blues ou só Blues (dos Blues, canções « nostálgicas dos negros norte-americanos) « Os blues têm uma incidência de 50 a 80%. « Caracterizam-se por choro, irritabilidade, ansiedade, tristeza, falta de concentração, fadiga, cefaleias, insónia inicial e diminuição do apetite. Esta sintomatologia tem inicio 3 a 7 dias depois do parto, persistindo por uma a duas semanas. Trata-se Trata-se de um período período transitóri transitórioo de instabilida instabilidade de emocional, emocional, sem complicações complicações,, mas « que justifica por parte do enfermeiro o suporte e vigilância da mãe e o bebé. « Normalmente os blues são passageiros e passam sem sequelas, mas podem preceder uma depressão mais grave. « Como refere Gusmão se nas primeiras 48 horas de vida do bebé, a mãe já se sente deprimida, esse facto é, por si só um “sinal de alerta”, uma vez que “o normal é uma mãe sentir-se aliviada logo a seguir ao parto, independentemente das circunstâncias. Se isso não acontece podemos estar perante um princípio de depressão e é preciso actuar o mais depressa possível”. A depressão pós-parto tem uma incidência de 5 a 20%. « « Manifesta-s Manif esta-see por tristeza, tristeza, apatia apatia,, irritabil irritabilidade, idade, desespero, agitação agitação ou lentificaçã lentificação, o, isolamento social, sentimentos de culpa, insónia, perda de apetite ou excessivo aumento de peso. Episódios de crises de pânico com ansiedade generalizada podem complicar esta sintomatologia. São frequentes pensamentos obsessivos sobre os cuidados e a saúde do bebé. O sintoma mais precoce, contudo é a desarmonia na interacção, ainda antes de se manifestare manif estarem m sintomas sintomas depressivos. depressivos. A sintomatol sintomatologia ogia tem início nas primeiras primeiras semanas ou meses a seguir ao parto e cerca de dois terço dos casos resolvem-se ao longo do primeiro ano. O risco de recorrência em futura gravidez é de 30 a 50% (há autores que apontam para 100%). « Para Gusmão “a ideia de que qualquer qualquer mulher tem uma capacidade inata para ser uma mãe espectacular provoca muitas inseguranças, pois a prática demonstra que isso nem sempre acontece. acontece. No entanto, essa ideia pré-concebida pré-concebida leva muit muitas as mulheres mulheres a guardarem guardarem as frustrações só para si. Acham que falharam e têm medo de pedir ajuda.”
Como diz Maldonado (1984) o conceito de “boa mãe” reveste-se de características idealizadas e sobre-humanas, obrigando-a a absorver-se excessivamente com a criança, não a deixando só nem por um instante, ficando extremamente tensa com o choro do bebé e culpando-se demais pela próprias falhas e limitações inerentes a qualquer relação humana. Segundo Spitz uma mãe ansiosa e excessivamente solicita pode acentuar a inquietação « e a agitação do bebé, este é considerado pelo autor o factor etiológico básico do quadro das cólicas do primeiro trimestre; uma mãe serena e afectuosa tenderá a ter um bebé calmo e tranquilo. Podemos prevenir a depressão? « Importa esclarecer que um parto por si só, não desencadeia uma depressão numa « mulher normal. Isto é, uma mulher que não tenha qualquer antecedente depressivo, que não tem história de depressão na família dificilmente vai passar por ela só porque deu à luz. Por outro lado, se uma mulher já teve depressões (e sejam quais forem os motivos) é bem possível que venha a ter uma reincidência por causa do parto. Como explica Caldas de Almeida “os factores de predisposição, ou núcleos depressivos, podem ser accionados pelo parto”. Durante Durante o período período de internamento internamento na maternidade maternidade é importante importante que o enfermeiro enfermeiro seja « capaz de olhar para além da situação com que depara, e acima de tudo deve ver a mulher como um ser individual com necessidades próprias não descorando os aspectos emocionais. Mas como refere Caldas de Almeida “a falta de preparação preparação que todos os técnicos técnicos de saúde têm para os factores psicológicos, não ajuda nada. Não é por mal, nem por incapacidade. Esta falta de preparação deve-se, na maior parte das vezes à dificuldade geral que todos temos para lidar com o sofrimento psíquico. É uma maneira de nos defendermos... quando lidamos com uma situação de depressão, temos sempre tendência para dizer: isso passa, vai ver que vai tudo correr bem, etc... ora, isso é a última coisa que uma pessoa com uma depressão deseja ouvir... mas este é um mal geral dos seres humanos, a incapacidade para lidar com o sofrimento alheio...”. O enfermeiro enfermeiro ao estar mais desperto para estes problemas, pode desenvolver esforços esforços « para accionar áreas como a psiquiatria de ligação, que nestas n estas situações é fundamental. «
Bibliografia
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