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CAPACITAÇÃO EM NR-13 TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
Módulo: VASOS DE PRESSÃO
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SUMÁRIO SUMÁRIO ............... ................. ................. ................. ................ ................. ................ ................. ..... 2 1 APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 11 2. LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO ............................................................................................ 12 2.1 Legislação..................................................................................................................................................... 12 2.2 Normas Regulamentadoras .........................................................................................................................12 2.2.1 NR-01 Disposições Gerais .....................................................................................................................13 2.2.2 NR-02 Inspeção Prévia ..........................................................................................................................13 2.2.3 NR-03 - Embargo ou Interdição ............................................................................................................14 2.2.4 NR-04 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho .................14 2.2.5 NR-05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ..........................................................................14 2.2.6 NR-06 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ..............................................................................14 2.2.7 NR-07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional..............................................................14 2.2.8 NR-08 Edificações .................................................................................................................................15 2.2.9 NR-09 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais .........................................................................15 2.2.10 NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade ............................................................15 2.2.11 NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais ..................................15 2.2.12 NR-12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos ..........................................................15 2.2.13 NR-13 Caldeiras e Vasos de Pressão ..................................................................................................16 2.2.14 NR-14 Fornos ......................................................................................................................................16 2.2.15 NR-15 Atividades e Operações Insalubres..........................................................................................16 2.2.16 NR-16 Atividades e Operações Perigosas ...........................................................................................16 2.2.17 NR-17 Ergonomia................................................................................................................................17 2.2.18 NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção ...................................17 2.2.19 NR-19 Explosivos ................................................................................................................................17 2.2.20 NR-20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis .......................................................................................17 2.2.21 NR-21 Trabalho a Céu Aberto .............................................................................................................17 2.2.22 NR-22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração.......................................................................17 2.2.23 NR-23 Proteção contra Incêndios .......................................................................................................18 2.2.24 NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho ...................................................18 2.2.25 NR-25 Resíduos Industriais .................................................................................................................18 2.2.26 NR-26 Sinalização de Segurança .........................................................................................................18
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2.2.27 NR-27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho ...................................................18 2.2.28 NR-28 Fiscalização e Penalidades .......................................................................................................18 2.2.29 NR-29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário ...............................19 2.2.30 NR-30 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário .............................19 2.2.31 NR-31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura ....................................................................................................................................................19 2.2.32 NR-32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde ...........................................20 2.2.33 NR-33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados .......................................................20 2.2.34 NR-34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval ....20 2.2.35 NR-35 Trabalho em Altura ..................................................................................................................20 2.2.36 NR-36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados .......................................................................................................................................................20 2.3 Normas Brasileiras – ABNT .........................................................................................................................20 2.3.1 NBR15417: Vaso de pressão - Inspeção de segurança em serviço .......................................................21 2.3.2 NBR 16035: Caldeiras e vasos de pressão – Requisitos mínimos para a construção ...........................21 2.3.3 NBR 13598: Vasos de pressão para refrigeração .................................................................................21 2.3.4 NBR 15949: Vaso de pressão para ocupação humana (VPOH) para fins terapêuticos — Diretrizes para construção, instalação e operação ........................................................................................................22 2.3.5 NBR 16455: Vasos de pressão - Metodologia para inspeção não intrusiva .........................................22 2.3.6 NBR ISO 14623: Sistemas espaciais - Projeto estrutural - Vasos de pressão e estruturas pressurizadas - Projeto e operação ......................................................................................................................................22 2.3.7 NBR ISO 16528: Caldeiras e vasos de pressão ......................................................................................22 2.3.8 NBR NM 339: Ensaios não destrutivos - Ensaio de emissão acústica (EA) em vaso de pressão metálico durante o ensaio de pressão – Procedimento................................................................................23 2.4 Apresentação da Norma Regulamentar nº 13 ............................................................................................23 2.4.1 Introdução ............................................................................................................................................23 13.1 Introdução .................................................................................................................................................24 13.2 Abrangência ...............................................................................................................................................25 13.3 Disposições Gerais .....................................................................................................................................26 13.4 Caldeiras ....................................................................................................................................................29 13.5 Vasos de Pressão .......................................................................................................................................36 Glossário ............................................................................................................................................................48 ANEXO I..............................................................................................................................................................53
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ANEXO II.............................................................................................................................................................58
3. NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES ......... ......... .......... ......... .......... ......... ......... . 59 3.1 Potências de dez e Notação Científica ........................................................................................................60 3.2 Ordens de Grandeza ....................................................................................................................................61 3.3 Sistema Internacional de Unidades (SI) .......................................................................................................62 3.4 Pressão ........................................................................................................................................................64 3.4.1 Pressão Atmosférica .............................................................................................................................64 3.4.2 Pressão Interna de um Vaso .................................................................................................................65 3.4.3 Pressão Manométrica, Pressão Relativa e Pressão Absoluta ...............................................................66 3.4.5 Unidades de Pressão ............................................................................................................................67 3.5 Calor e Temperatura....................................................................................................................................68 3.5.1 Noções Gerais: O que é Calor e o que é Temperatura .........................................................................68 3.5.2 Modos de Transferência de Calor.........................................................................................................70 3.5.3 Calor Sensível e Calor Específico ..........................................................................................................71 3.5.4 Transferência de Calor a Temperatura Constante ...............................................................................73 3.5.5 Vapor Saturado e Vapor Superaquecido ..............................................................................................74 3.5.6 Tabela de Vapor Saturado ....................................................................................................................77
4. EQUIPAMENTOS DE PROCESSO ............................................................................................. 79 4.1 Trocadores de Calor.....................................................................................................................................80 4.1.1 Funcionamento ..................................................................................................................................... 81 4.1.2 Figuras de Equipamentos .....................................................................................................................81 4.1.3 Representação Esquemática em Fluxograma......................................................................................83 4.1.4 Principais Tipos de Trocadores de Calor ...............................................................................................84 4.1.5 Aplicações na Indústria .........................................................................................................................86 4.1.6 Manutenção .........................................................................................................................................87 4.2 Tubulações, Válvulas e Acessórios ..............................................................................................................88 4.2.1 Tubulações ...........................................................................................................................................89 4.2.2 Válvulas ................................................................................................................................................91 4.2.3 Acessórios .............................................................................................................................................95 4.3 Bombas ......................................................................................................................................................101 4.3.1 Bombas Centrífugas............................................................................................................................101 4.4 Turbinas e Ejetores ....................................................................................................................................108 Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 4
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4.4.1 Turbinas ..............................................................................................................................................108 4.4.2 Ejetores ............................................................................................................................................... 113 4.5 Compressores ............................................................................................................................................115 4.5.1 Definição ............................................................................................................................................. 115 4.5.2 Utilização ............................................................................................................................................116 4.5.3 Classificação ........................................................................................................................................ 116 4.5.4 Fatores a considerar na escolha do compressor ................................................................................119 4.5.5 Consumo Específico ............................................................................................................................120 4.6. Caldeiras ...................................................................................................................................................121 4.6.1 Caldeiras Flamotubulares ...................................................................................................................122 4.6.2Caldeiras Aquotubulares .....................................................................................................................131 4.6.3 Caldeiras Elétricas ...............................................................................................................................135 4.7 Fornos ........................................................................................................................................................140
5 TORRES, VASOS, REATORES E TANQUES ........................................................................... 142 5.1 Torres ......................................................................................................................................................... 142 5.2 Vasos .......................................................................................................................................................... 143 5.3 Reatores .....................................................................................................................................................144 5.4 Tanques .....................................................................................................................................................147
6. ELETRICIDADE ................ ................. ................. ................ ................. ................. ................. ... 148 6.1 Riscos em instalações e serviços com eletricidade ...................................................................................150 6.1.1. Choque elétrico .................................................................................................................................150 6.1.2 Queimaduras ......................................................................................................................................153 6.1.3 Campos eletromagnéticos ..................................................................................................................154 6.1.4 Arco elétrico .......................................................................................................................................154 6.1.5 Riscos Adicionais .................................................................................................................................156 6.2 Segurança no Trabalho com Eletricidade ..................................................................................................165 6.2.1 Desenergização ................................................................................................................................... 166 6.2.2 Aterramento funcional (TN / TT / IT), de Proteção ou Temporário ...................................................167 6.2.3 Equipotencialização ............................................................................................................................167 6.2.4 Seccionomento automático da alimentação ......................................................................................168 6.2.5 Dispositivos a corrente de fuga ..........................................................................................................168 6.2.6 Extra Baixa Tensão: SELV e PELV ........................................................................................................169 Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 5
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6.2.7 Barreiras e invólucros .........................................................................................................................170 6.2.8 Bloqueios e impedimentos .................................................................................................................170 6.2.9 Obstáculos e Anteparos......................................................................................................................170 6.2.10 Isolamento das partes vivas .............................................................................................................171 6.2.11 Isolação dupla ou reforçada .............................................................................................................171 6.2.12 Colocação fora de alcance ................................................................................................................172 6.2.13 Separação Elétrica ............................................................................................................................172
7. INSTRUMENTAÇÃO.......... ......... .......... ......... ......... .......... ......... ......... .......... ......... ......... .......... 174 7.1 Sistema de Indicação de Variável ..............................................................................................................175 7.1.1 Medição de Nível ................................................................................................................................175 7.1.2 Sensores de Nível................................................................................................................................176 7.1.3 Medição de Pressão............................................................................................................................177 7.1.4 Sensores de Pressão ...........................................................................................................................178 7.1.5 Medição de Temperatura ...................................................................................................................179 7.1.6 Medição de Vazão ..............................................................................................................................180 7.2 Dispositivos de Segurança .........................................................................................................................182 7.2.1 Outros Dispositivos de Segurança ......................................................................................................182 7.3 Dispositivos de Controle ............................................................................................................................183 7.4. Válvulas ..................................................................................................................................................... 184 7.4.1 Classificação das válvulas ...................................................................................................................184
8. OPERAÇÃO DA UNIDADE ....................................................................................................... 195 8.1 Descrição do Processo ...............................................................................................................................195 8.1.1 Classificação dos vasos de pressão segundo a NR-13 ........................................................................196 8.1.2 Tipos de Vasos de Pressão ..................................................................................................................198 8.2 Partida e Parada ........................................................................................................................................199 8.2.1 Parada Programada de Planta para Manutenção ..............................................................................200 8.2.2 Tipos de paradas programadas ..........................................................................................................200 8.2.3 Parada de Emergência ........................................................................................................................201
9 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ..................................................................................... 202 9.1 Plano de Emergência .................................................................................................................................202 9.1.2 Composição do plano de Ação ...........................................................................................................202 9.3 Definições Básicas de Situações de Emergência .......................................................................................203 Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 6
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10. DESCARTE DE PRODUTOS QUÍMICOS E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ........ .... 204 10.1 Resíduos Químicos Líquidos Não Perigosos ............................................................................................204 10.1.1 Resíduos Químicos Líquidos Perigosos .............................................................................................204 10.1.2 Soluções de ácidos ou bases inorgânicas .........................................................................................205 10.1.3 Soluções de sais de metais de transição ..........................................................................................205 10.1.4 Coleta de Resíduos Químicos ...........................................................................................................205 10.2 Preservação do Meio Ambiente ..............................................................................................................207
11. AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS INERENTES AO PROCESSO ............. ......... ........ 213 11.1 Objetivos do Controle e Avaliação de Riscos ..........................................................................................214 11.2 Processos de identificação de perigos e de avaliação e controle de riscos ............................................215 11.3 Condições de Riscos Inerentes ................................................................................................................216 11.4 Métodos de Controle de Riscos...............................................................................................................217 11.4.1 Evitar Mistura Explosiva ...................................................................................................................217 11.4.2 Evitar Resfriamento Abaixo do Limite do Material ..........................................................................217 11.4.3 Contaminação do Fluido de Trabalho...............................................................................................217 11.4.4 Acompanhamento dos Elementos de Proteção ...............................................................................218
12 PREVENÇÃO COMO DETERIORAÇÃO, EXPLOSÃO E OUTROS RISCOS .......... ......... ....... 222 12.1 Deterioração ............................................................................................................................................223 12.1.1 Formas de Deterioração ...................................................................................................................224 12.1.2 Métodos para combate à Deterioração ...........................................................................................225 12.1.2 Problemas causados pela Deterioração ...........................................................................................226 12.2 Explosão ................................................................................................................................................... 227 12.2.1 Explosões Físicas ...............................................................................................................................227 12.2.2 Efeitos de uma Explosão ...................................................................................................................228 12.3 Incêndio ...................................................................................................................................................229 12.3.1 Consequências de Incêndio ..............................................................................................................229 12.4 Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion (BLEVE) ...............................................................................230 12.4.1 Condições para ocorrer uma BLEVE .................................................................................................230 12.4.2 Como prevenir uma BLEVE ...............................................................................................................231 12.5 Sobrepressão ...........................................................................................................................................232 12.5.1 Fogo ..................................................................................................................................................232 12.5.2 Falha Operacional .............................................................................................................................232 Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 7
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12.5.3 Falha de Equipamento ......................................................................................................................233
13 PRIMEIROS SOCORROS ........................................................................................................ 234 13.1 Procedimentos Gerais .............................................................................................................................236 13.1.1 Observação ......................................................................................................................................237 13.1.2 Palpação ...........................................................................................................................................237 13.1.3 Diálogo ..............................................................................................................................................237 13.1.4 Princípios para os Primeiros Socorros ..............................................................................................238 13.2 Legislação Sobre o Ato de Prestar Socorro ..............................................................................................239 13.2.1 Aspectos Legais .................................................................................................................................239 13.3 Urgências Coletivas..................................................................................................................................241 13.4 Caixa De Primeiros Socorros ....................................................................................................................242 13.5 Parada Cardiorrespiratória – PCR ............................................................................................................243 13.5.1 Parada Respiratória ..........................................................................................................................243 13.5.2 Parada Cardíaca ................................................................................................................................244 13.5.3 Procedimentos Para Parada Cardiorrespiratória .................................................................................245 13.5.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP) .................................................................................................247 13.5.5 Modo de fazer a massagem cardíaca ...............................................................................................248 13.5.6 Infarto ...............................................................................................................................................250 13.6 Afogamento .............................................................................................................................................252 13.6.1 Procedimento ...................................................................................................................................252 13.7 Distúrbios Causados Pela Temperatura ..................................................................................................254 13.7.1 Queimaduras ....................................................................................................................................254 13.7.2 Insolação ........................................................................................................................................... 260 13.7.3 Intermação .......................................................................................................................................261 13.8 Choques Elétricos ....................................................................................................................................263 13.8.1 Procedimentos para choque elétrico ...............................................................................................264 13.9 Estado De Choque ...................................................................................................................................265 13.9.1 Sinais e sintomas ..............................................................................................................................265 13.9.2 Providências a serem tomadas .........................................................................................................266 13.10 Intoxicações ...........................................................................................................................................269 13.10.1 Intoxicação Alimentar.....................................................................................................................270 13.10.2 Intoxicação Medicamentosa ..........................................................................................................272 Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 8
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13.10.3 Intoxicação Por Substâncias Químicas ...........................................................................................274 13.10.4 Intoxicação Por Drogas ...................................................................................................................276 13.11 Picadas E Mordidas De Animais.............................................................................................................279 13.11.1 Serpentes ........................................................................................................................................ 279 13.11.2 Escorpiões e Aranhas......................................................................................................................282 13.11.3 Gatos E Cachorros...........................................................................................................................285 13.12 Ferimentos ............................................................................................................................................. 286 13.12.1 Contusão ......................................................................................................................................... 286 13.12.2 Escoriações .....................................................................................................................................287 13.12.3 Amputações .................................................................................................................................... 288 13.12.4 Ferimentos No Tórax ......................................................................................................................289 13.12.5 Ferimentos No Abdome .................................................................................................................290 13.12.6 Ferimentos Nos Olhos ....................................................................................................................290 13.12.7 Ferimento com Objeto Encravado .................................................................................................290 13.13 HEMORRAGIA ........................................................................................................................................291 13.13.1 Hemorragia Externa........................................................................................................................291 13.13.2 Hemorragia Interna ........................................................................................................................293 13.13.3 Hemorragia Nasal ...........................................................................................................................294 13.14 Entorses, Luxações e Fraturas ...............................................................................................................295 13.14.1 Entorse ............................................................................................................................................ 295 13.14.2 Luxações .........................................................................................................................................296 13.14.3 Fraturas ........................................................................................................................................... 297 13.15 Vertigens, Desmaios e Convulsões ........................................................................................................298 13.15.1 Vertigens ......................................................................................................................................... 298 13.15.2 Desmaios ........................................................................................................................................300 13.15.3 Convulsões ...................................................................................................................................... 301 13.16 Técnicas para Remoção e Transporte de Acidentados .........................................................................303 13.16.1 Transporte em Maca ......................................................................................................................303 13.16.2 Transporte Sem Maca.....................................................................................................................307 13.17 Corpos Estranhos no Organismo ...........................................................................................................310 13.17.1 Corpo Estranho nos Olhos ..............................................................................................................310 13.17.2 Corpo Estranho na Pele ..................................................................................................................311 Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - 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13.17.3 Corpo Estranho no Ouvido .............................................................................................................311 13.17.4 Corpo Estranho no Nariz.................................................................................................................312 13.17.5 Corpo Estranho na Garganta ..........................................................................................................313 13.18 AVC - Acidente Vascular Cerebral / Derrame ........................................................................................315 13.18.1 Sinais e Sintomas ............................................................................................................................315 13.18.2 Recomendações.............................................................................................................................. 316 13.18.3 Fatores de risco ..............................................................................................................................316 13.18.4 Procedimentos ................................................................................................................................ 316 13.19 Telefones Úteis ......................................................................................................................................317
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 318
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1 APRESENTAÇÃO O curso da Norma Regulamentar NR-13 Operação de Unidades de Processo tem como objetivo atender as exigências do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), destinando-se a quem quer ser operador de vasos de pressão. A NR-13 foi publica pela Portaria GM nº 3.214, de 08 de junho de 1978 e alterada pela última vez pela Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014, em que se estabelecem as medidas básicas para que seja realizado um trabalho eficiente e com segurança nos trabalhos com vasos de pressão que, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa. O presente curso de NR-13 Vasos de Pressão capacitará os alunos no treinamento de segurança na operação de unidades de processo, sendo o que mesmo deverá ser complementado com o estágio prático obrigatório.
Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 11
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2. LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO 2.1 Legislação
Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua srcem na Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluiu entre estes a proteção de sua saúde e segurança por meio de normas específicas. As Normas Regulamentadoras, também chamadas de “NR”, foram publicadas pelo Ministério do Trabalho por meio da Portaria n° 3214 em 08 de junho de 1978, com o objetivo de estabelecer os requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO). A partir de então, uma série de outras portarias foram editadas pelo Ministério do Trabalho com o propósito de modificar ou acrescentar normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador. Assim, as NR regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho no Brasil. As NR são de observância obrigatória pelas empresas privadas, públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Tais normas são elaboradas e modificadas por uma comissão tripartite composta por representantes do governo, empregadores e empregados. As NR são elaboradas e modificadas por meio de Portarias expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Atualmente, existem trinta e seis Normas Regulamentadoras, que serão vistas no próximo tópico.
2.2 Normas Regulamentadoras Aprender um pouco sobre as normas que são importantes para o trabalhador é algo relevante, uma vez que no decorrer do curso se fará o aprofundamento maior nos itens fundamentais, buscando estabelecer um trabalho seguro e com responsabilidade. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 12
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Segue abaixo para entender, de forma resumida, o que estabelecem as Normas Regulamentares (NR) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que o trabalhador deve conhecer antes de se aprofundar na NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS. As Normas Regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho se apresentam subdivididas em trinta e seis normas, e a seguir cada uma destas será apresentada.
2.2.1 NR-01 Disposições Gerais Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras (NR) de Segurança e Medicina do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema específico. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico para existência desta NR, são os artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
2.2.2 NR-02 Inspeção Prévia
Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar ao MTE a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realização. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR, é o artigo 160 da CLT.
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2.2.3 NR-03 - Embargo ou Interdição Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia o embasamento jurídico para existência desta NR, é o artigo 161 da CLT.
2.2.4 NR-04 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho– SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que permite o embasamento jurídico para existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.
2.2.5 NR-05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída, exclusivamente, por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, por meio da apresentação de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR, é encontrada nos artigos 163 a 165 da CLT.
2.2.6 NR-06 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Estabelece e define os tipos de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho assim exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que permite o embasamento jurídico para existência desta NR pode ser identificada nos artigos 166 e 167 da CLT. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
2.2.7 NR-07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições, que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional– PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentação legal, Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 14
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ordinária e específica, que propicia o devido embasamento jurídico para existência desta norma é verificado nos artigos 168 e 169 da CLT.
2.2.8 NR-08 Edificações Esta norma dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia o embasamento jurídico para existência desta NR são os artigos 170 a 174 da CLT.
2.2.9 NR-09 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Tal norma estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que sustenta o embasamento jurídico para existência desta NR, se encontra nos artigos 175 a 178 da CLT.
2.2.10 NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade Esta norma estabelece as condições mínimas exigíveis paraetapas, garantirincluindo a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, assim como a segurança de usuários e de terceiros, em quaisquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, observando-se, para tanto, as normas técnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR, pode ser identificada nos artigos 179 a 181 da CLT.
2.2.11 NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais Estabelece esta norma os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR é identificada nos artigos 182 e 183 da CLT.
2.2.12 NR-12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos Tal norma estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando prevenção de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que permite o devido embasamento jurídico para existência desta NR é encontrada nos artigos 184 e 186 da CLT. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 15
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2.2.13 NR-13 Caldeiras e Vasos de Pressão Esta norma estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais em que se situam as caldeiras e vasos de pressão de qualquer fonte de energia, projeto, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no país, ou seja, estabelece todos os requisitos técnicos e legais relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR, é encontrada nos artigos 187 e 188 da CLT.
2.2.14 NR-14 Fornos Estabelece as recomendações técnico-legais pertinentes à construção, operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. Os fornos, para qualquer utilização, devem ser construídos solidamente, revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora– NR 15. A fundamentação legal, ordinária e específica, que sustenta o embasamento jurídico para existência desta NR é o artigo 187 da CLT.
2.2.15 NR-15 Atividades e Operações Insalubres Esta norma descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as situações que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício insalubre e, também, os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas para sua saúde. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR, é verificada nos artigos 189 e 192 da CLT.
2.2.16 NR-16 Atividades e Operações Perigosas Esta NR estabelece os procedimentos nas atividades exercidas pelos trabalhadores que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos químicos, classificados como inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de operação e manutenção, ou seja, regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes. Especificamente, no que diz respeito ao Anexo n° 01: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos, e ao anexo n° 02: Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis, estes têm existência jurídica assegurada por meio dos artigos 193 a 197 da CLT. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para caracterização da energia elétrica como sendo o 3° agente periculoso é a Lei n° 7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da área de eletricidade. A portaria MTb n° 3393 de 17 de dezembro de 1987, em uma atitude casuística e decorrente do famoso acidente com o Césio 137 em Goiânia, veio a enquadrar as radiações ionizantes, que já eram insalubres de grau máximo, como o 4° agente periculoso, sendo controvertido legalmente tal enquadramento, na medida em que não existe lei autorizadora para tal. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 16
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2.2.17 NR-17 Ergonomia Esta norma visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A fundamentação legal, ordinária e específica, que sustenta o embasamento jurídico para existência desta NR, está nos artigos 198 e 199 da CLT.
2.2.18 NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Tal norma estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento, de organização, que objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR é o artigo 200 inciso I da CLT.
2.2.19 NR-19 Explosivos Tal norma estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR é o artigo 200, inciso II da CLT.
2.2.20 Esta NR-20 Líquidos Combustíveisestabelece e Inflamáveis Norma Regulamentadora requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. A fundamentação legal, ordinária e específica, que permite o embasamento jurídico para existência desta NR é o artigo 200, inciso II da CLT.
2.2.21 NR-21 Trabalho a Céu Aberto Tal norma tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais como: em minas ao ar livre e em pedreiras. Nos trabalhos realizados a céu aberto é obrigatória existência de abrigos, ainda que rústicos, sendo estes capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR é o artigo 200, inciso IV da CLT.
2.2.22 NR-22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração Esta norma estabelece métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos subterrâneos, de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de Segurança e Medicina do Trabalho. A norma regulamentadora tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 17
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permite o embasamento jurídico para existência desta NR se encontra nos artigos 293 a 301 e o artigo 200 inciso III, todos da CLT.
2.2.23 NR-23 Proteção contra Incêndios Estabelece as medidas de proteção contra Incêndios, que devem dispor os locais de trabalho, visando prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. A fundamentação legal, ordinária e específica, que permite embasamento jurídico para existência desta NR se identifica no artigo 200, inciso IV da CLT.
2.2.24 NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho Esta norma disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente, no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água potável, visando higiene dos locais de trabalho e a proteção à saúde dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR é o artigo 200, inciso VII da CLT.
2.2.25 NR-25 Resíduos Industriais Estabelece esta norma as medidas preventivas a serem observadas, pelas empresas, no destino a ser edado aos resíduos industriais resultantes dos de trabalho de modo protegerfinal a saúde a integridade física dos trabalhadores. Estaambientes NR estabelece os critérios paraa eliminação de resíduos industriais dos locais de trabalho, por meio de métodos, de equipamentos ou de medidas adequadas, de forma a evitar riscos à saúde e à segurança do trabalhador. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia embasamento jurídico para existência desta NR é o artigo 200, inciso VII da CLT.
2.2.26 NR-26 Sinalização de Segurança Estabelece esta norma a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que propicia o embasamento jurídico para existência desta NR se encontra no artigo 200, inciso VIII da CLT.
2.2.27 NR-27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho Esta norma foi revogada pelo Ministério do Trabalho e Emprego TEM, conforme Portaria GM n.º 262, 29/05/2008.
2.2.28 NR-28 Fiscalização e Penalidades Esta NR estabelece que fiscalização, embargo, interdição e penalidades, no cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador serão efetuadas Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 18
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obedecendo ao disposto nos decretos leis, ou seja, estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos para as empresas para a correção das irregularidades técnicas, como também no que concerne ao procedimento de autuação por infração às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, por meio do artigo 201 da CLT, com as alterações que lhe foram dadas pelo artigo 2° da Lei n° 7855 de 24 de outubro de 1989, que institui o Bônus do Tesouro Nacional– BTN, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas e, posteriormente, pelo artigo 1° da Lei n° 8383 de 30 de dezembro de 1991, especificamente, no tocante à instituição da Unidade Fiscal de Referência - UFIR, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas em substituição ao BTN.
2.2.29 NR-29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Esta norma tem por objetivo regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações, tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado. A sua existência jurídica está assegurada em nível de legislação ordinária, por meio da Medida Provisória n° 1575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da CLT, do Decreto n° 99.534, de 19/09/90 que promulga a Convenção n° 152 da OIT.
2.2.30 NR-30 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário Esta norma regulamentadora tem como objetivo a proteção e a regulamentação das condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários. Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem, na navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcações de apoio marítimo e portuário. A observância desta Norma Regulamentadora não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições legais com relação à matéria e outras oriundas de convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho.
2.2.31 NR-31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
Esta norma regulamentadora tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, da pecuária, da silvicultura, da exploração florestal e da aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. A existência jurídica desta norma é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº 5889, de 8 de junho de 1973.
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2.2.32 NR-32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde Esta Norma Regulamentadora tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
2.2.33 NR-33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados Tem como objetivo esta norma estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, a avaliação, o monitoramento e o controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
2.2.34 NR-34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.
2.2.35 NR-35 Trabalho em Altura Esta norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente, com esta atividade. Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, em que haja risco de queda.
2.2.36 NR-36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados O objetivo desta norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir, permanentemente, a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras– NR - do Ministério do Trabalho e Emprego.
2.3 Normas Brasileiras – ABNT
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 20
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(CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, destes fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito de ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. Seguem registradas algumas normas vinculadas aos vasos de pressão.
2.3.1 NBR15417: Vaso de pressão - Inspeção de segurança em serviço Esta norma fixa os requisitos mínimos para a inspeção de segurança de vasos de pressão em serviços. Aplicando-se a inspeção de segurança de vasos de pressão, assim classificados, conforme a NR-13, que contém os requisitos necessários para a verificação das condições operacionais de vasos de pressão em serviço.
2.3.2 NBR 16035: Caldeiras e vasos de pressão – Requisitos mínimos para a construção Esta ABNT NBR 16035 especifica os requisitos mínimos, que devem ser adotados para a construção de caldeiras e vasos de pressão, baseados em normas ou códigos de construção, que estão em conformidade com a ABNT NBR ISO 16528-1. Estes requisitos são estabelecidos para assegurar que os equipamentos pressurizados sejam construídos do modo mais uniforme possível, qualquer que seja a norma ou código de construção adotado. Esta Norma, sob o título geral de "Caldeiras e vasos de pressão – Requisitos mínimos para a construção" é constituída pelas seguintes partes: Parte 1: Caldeiras e vasos de pressão— Requisitos mínimos para a construção; Parte 2: Caldeiras e vasos de pressão - Conforme ASME Code, Section I; Parte 3: Vasos de pressão – Conforme ASME, Code, Section VIII, Division 1; Parte 4: Vasos de pressão – Conforme ASME, Code, Section VIII, Division 2; Parte 5: Vasos de pressão – Conforme EN-286 Part 1; Parte 6: Vasos de pressão – Conforme EN-13445; Parte 7: Vasos de pressão – Conforme AD 2000 Merkblätter.
2.3.3 NBR 13598: Vasos de pressão para refrigeração Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 21
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Esta Norma estabelece um conjunto de recomendações e requisitos mínimos a serem utilizados na fabricação de vasos de pressão para uso em refrigeração.
2.3.4 NBR 15949: Vaso de pressão para ocupação humana (VPOH) para fins terapêuticos — Diretrizes para construção, instalação e operação Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para construção, instalação e operação de vasos de pressão para ocupação humana (VPOH) com fins terapêuticos, que possuam um diferencial de pressão interna ou externa superior a 0,14 kgf/cm2.
2.3.5 NBR 16455: Vasos de pressão - Metodologia para inspeção não intrusiva Esta Norma estabelece uma metodologia de inspeção não intrusiva (INI) para permitir postergar ou substituir a inspeção interna de vasos de pressão .
2.3.6 NBR ISO 14623: Sistemas espaciais - Projeto estrutural - Vasos de pressão e estruturas pressurizadas - Projeto e operação Esta Norma é baseada na prática e experiência espacial, em geral, apresentando de forma delineada os requisitos gerais e específicos para os vasos de pressão metálicos, vasos de pressão de material composto, sobrepostos com camisas internas metálicas e estruturas metálicas pressurizadas, que são utilizados em sistemas espaciais. Esta norma não é aplicável aos componentes de pressão (linhas, conexões, válvulas, mangueiras etc.) ou a hardware especial pressurizado (baterias, tubulações de aquecimento, criostatos e tanques de vedação).
2.3.7 NBR ISO 16528: Caldeiras e vasos de pressão
Esta Norma da ABNT NBR ISO 16528 define os requisitos mínimos para construção de caldeiras e vasos de pressão. Esta Norma é dividida em duas partes: Parte 1: Requisitos de desempenho; Parte 2: Procedimentos para atendimento integral da ABNT NBR ISO 16528-1.
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2.3.8 NBR NM 339: Ensaios não destrutivos - Ensaio de emissão acústica (EA) em vaso de pressão metálico durante o ensaio de pressão – Procedimento Esta Norma estabelece o procedimento para realizar o ensaio de emissão acústica (EA), em vasos de pressão metálicos durante o ensaio de pressão, para localizar e monitorar fontes de emissão causadas por descontinuidades, nas superfícies externas e internas, bem como na parede do vaso de pressão, em soldas e em outros componentes, que formam parte do vaso.
2.4 Apresentação da Norma Regulamentar nº 13 2.4.1 Introdução A Norma Regulamentadora 13, cujo título é Caldeiras e Vasos de Pressão estabelece todos os requisitos técnicos e legais relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho. A NR 13 tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 187 e 188 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O conjunto de normas, que aborda acerca do uso de cuidados com caldeiras e vasos de pressão é:
NR-13 - caldeiras e recipientes sob pressão. Define caldeira, PMTP, dados para a
placa de identificação e outros. Regulamentam o Prontuário e o livro Registro de Segurança de caldeiras, instalação, inspeção e treinamento de segurança para operadores. A Portaria de nº 3511 de 20.11.85 altera a NR-13.
Caldeiras e Vasos de pressão - a entrada em vigor da Portaria nº 23 da SSST/Mtb que
coloca em vigor a NR-13 - Caldeiras e Vasos de Pressão estabelece prazos de 30 a 180 dias, conforme artigo segundo, para as empresas se adaptarem. Além da mudança de denominação da Norma, que antes era Caldeiras e recipientes de pressão, o novo texto traz inovações como a necessidade também de curso de treinamento de segurança na operação de unidades de processo e mudanças no currículo para treinamento de segurança na operação de caldeiras, além de acrescentar 60 horas para estágio prático e transfere para os sindicatos das categorias predominantes, na empresa, o recebimento dos Relatórios de Inspeção.
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NB-55 - Inspeção de segurança para caldeiras estacionárias - descreve o modo de
realizar as inspeções, especifica as condições exigíveis das caldeiras nas inspeções, faz definições diversas, estabelece: condições gerais de inspeção e condições específicas, como: prontuário, exames interno e externo, atualização da PMTP, ensaios diversos, qualificações de inspetores e condições de segurança. Abaixo será apresentada toda a NR-13, conforme o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) indica. Por se tratar da Norma Regulamentadora número 13 a mesma se inicia em 13.1
NR-13 Caldeiras e Vasos de Pressão Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 Portaria SSMT n.º 02, de 08 de maio de 1984 07/06/84 Portaria SSST n.º 23, de 27 de dezembro de 1994 Portaria SIT n.º 57, de 19 de junho de 2008 Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014
(Redação dada pela Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014) SUMÁRIO: 13.1. Introdução 13.2. Abrangência 13.3. Disposições Gerais 13.4. Caldeiras 13.5. Vasos de Pressão 13.6. Tubulações 13.7. Glossário Anexo I - Capacitação de Pessoal. Anexo II - Requisitos para Certificação de Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos.
13.1 Introdução 13.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores. 13.1.2 O empregador é o responsável pela adoção das medidas determinadas nesta NR.
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13.2 Abrangência 13.2.1 Esta NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos: a) todos os equipamentos enquadrados como caldeiras conforme item 13.4.1.1; b) vasos de pressão cujo produto P.V seja superior a 8 (oito), onde P é a pressão máxima de operação em kPa e V o seu volume interno em m3; c) vasos de pressão que contenham fluido da classe A, especificados no item 13.5.1.2, alínea “a)”, independente das dimensões e do produto P.V; d) recipientes móveis com P.V superior a 8 (oito) ou com fluido da classe A, especificados no item 13.5.1.2, alínea “a)”; e) tubulações ou sistemas de tubulação interligados a caldeiras ou vasos de pressão, que contenham fluidos de classe A ou B conforme item 13.5.1.2, alínea “a)” desta NR. 13.2.2 Os equipamentos abaixo referenciados devem ser submetidos às inspeções previstas em códigos e normas nacionais ou internacionais a eles relacionados, ficando dispensados do cumprimento dos demais requisitos desta NR: a) recipientes transportáveis, vasos de pressão destinados ao transporte de produtos, reservatórios portáteis de fluido comprimido e extintores de incêndio; b) vasos de pressão destinados à ocupação humana; c) vasos de pressão que façam parte integrante de pacote de máquinas de fluido rotativas ou alternativas; d) dutos; e) fornos e serpentinas para troca térmica; f) tanques e recipientes para armazenamento e estocagem de fluidos não enquadrados em normas e códigos de projeto relativos a vasos de pressão; g) vasos de pressão com diâmetro interno inferior a 150 mm (cento e cinquenta milímetros) para fluidos das classes B,C e D, conforme especificado no item 13.5.1.2, alínea “a)”; h) trocadores de calor por placas corrugadas gaxetadas; i) geradores de vapor não enquadrados em códigos de vasos de pressão; j) tubos de sistemas de instrumentação com diâmetro nominal ≤ 12,7 mm (doze milímetros e sete décimos);
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k) tubulações de redes públicas de tratamento e distribuição de água e gás e de coleta de esgoto.
13.3 Disposições Gerais 13.3.1 Constitui condição de risco grave e iminente– RGI - o não cumprimento de qualquer item previsto nesta NR, que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho, com lesão grave à integridade física do trabalhador, especialmente: a) operação de equipamentos abrangidos por esta NR sem dispositivos de segurança ajustados com pressão de abertura igual ou inferior a pressão máxima de trabalho admissível - PMTA, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados os requisitos do código de projeto relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração; b) atraso na inspeção de segurança periódica de caldeiras; c) bloqueio inadvertido de dispositivos de segurança de caldeiras e vasos de pressão, ou seu bloqueio intencional sem a devida justificativa técnica baseada em códigos, normas ou procedimentos formais de operação do equipamento; d) ausência de dispositivo operacional de controle do nível de água de caldeira; e) operação de equipamento enquadrado nesta NR com deterioração atestada por meio de recomendação de sua retirada de operação constante de parecer conclusivo em relatório de inspeção de segurança, de acordo com seu respectivo código de projeto ou de adequação ao uso; f) operação de caldeira por trabalhador que não atenda aos requisitos estabelecidos no Anexo I desta NR, ou que não esteja sob supervisão, acompanhamento ou assistência específica de operador qualificado. 13.3.1.1 Por motivo de força maior e com justificativa formal do empregador, acompanhada por análise técnica e respectivas medidas de contingência para mitigação dos riscos, elaborada por Profissional Habilitado - PH ou por grupo multidisciplinar por ele coordenado, pode ocorrer postergação de até 6 (seis) meses do prazo previsto para a inspeção de segurança periódica da caldeira. 13.3.1.1.1 O empregador deve comunicar ao sindicato dos trabalhadores da categoria predominante no estabelecimento a justificativa formal para postergação da inspeção de segurança periódica da caldeira. 13.3.2 Para efeito desta NR, considera-se Profissional Habilitado - PH aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento da operação e da manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras, vasos de pressão e tubulações, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no País. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 26
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13.3.3 Todos os reparos ou alterações em equipamentos abrangidos por esta NR devem respeitar os respectivos códigos de projeto e pós-construção e as prescrições do fabricante no que se refere a: a) materiais; b) procedimentos de execução; c) procedimentos de controle de qualidade; d) qualificação e certificação de pessoal. 13.3.4 Quando não for conhecido o código de projeto, deve ser respeitada a concepção srcinal do vaso de pressão, caldeira ou tubulação, empregando-se os procedimentos de controle prescritos pelos códigos pertinentes. 13.3.5 A critério do PH podem ser utilizadas tecnologias de cálculo ou procedimentos mais avançados, em substituição aos previstos pelos códigos de projeto. 13.3.6 Projetos de alteração ou reparo - PAR devem ser concebidos previamente nas seguintes situações: a) sempre que as condições de projeto forem modificadas; b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a segurança. 13.3.7 O PAR deve: a) ser concebido ou aprovado por PH; b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e qualificação de pessoal; c) ser divulgado para os empregados do estabelecimento que estão envolvidos com o equipamento. 13.3.8 Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes que operem sob pressão devem ser objeto de exames ou testes para controle da qualidade com parâmetros definidos pelo PH, de acordo com normas ou códigos aplicáveis. 13.3.9 Os sistemas de controle e segurança das caldeiras e dos vasos de pressão devem ser submetidos à manutenção preventiva ou preditiva. 13.3.10 O empregador deve garantir que os exames e testes em caldeiras, vasos de pressão e tubulações sejam executados em condições de segurança para seus executantes e demais trabalhadores envolvidos. 13.3.11 O empregador deve comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego e ao sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento a ocorrência de vazamento, Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 27
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incêndio ou explosão envolvendo equipamentos abrangidos nesta NR que tenha como consequência uma das situações a seguir: a) morte de trabalhador(es); b) acidentes que implicaram em necessidade de internação hospitalar de trabalhador(es); c) eventos de grande proporção. 13.3.11.1 A comunicação deve ser encaminhada até o segundo dia útil após a ocorrência e deve conter: a) razão social do empregador, endereço, local, data e hora da ocorrência; b) descrição da ocorrência; c) nome e função da(s) vítima(s); d) procedimentos de investigação adotados; e) cópia do último relatório de inspeção de segurança do equipamento envolvido; f) cópia da comunicação de acidente de trabalho (CAT). 13.3.11.2 Na ocorrência de acidentes previstos no item 13.3.11, o empregador deve comunicar a representação sindical dos trabalhadores predominante do estabelecimento para compor uma comissão de investigação. 13.3.11.3 Os trabalhadores, com base em sua capacitação e experiência, devem interromper suas tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico. 13.3.11.3.1 É dever do empregador: a) assegurar aos trabalhadores o direito de interromper suas atividades, exercendo o direito de recusa nas situações previstas no item 13.3.11.3, e em consonância com o item 9.6.3 da Norma Regulamentadora 9; b) diligenciar de imediato as medidas cabíveis para o controle dos riscos. 13.3.11.4 O empregador deverá apresentar, quando exigida pela autoridade competente do órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, a documentação mencionada nos itens 13.4.1.6, 13.5.1.6 e 13.6.1.4.
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13.4 Caldeiras 13.4.1 Caldeiras a vapor - disposições gerais 13.4.1.1 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetados conforme códigos pertinentes, excetuando-se refervedores e similares. 13.4.1.2 Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3 (três) categorias, conforme segue: a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm2); b) caldeiras da categoria C são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588 kPa (5,99 kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 l (cem litros); c) caldeiras da categoria B são todas as caldeiras que não se enquadram nas categorias anteriores. 13.4.1.3 As caldeiras devem ser dotadas dos seguintes itens: a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior a PMTA, considerados os requisitos do código de projeto relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração; b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; c) injetor ou sistema de alimentação de água independente do principal que evite o superaquecimento por alimentação deficiente, acima das temperaturas de projeto, de caldeiras de combustível sólido não atomizado ou com queima em suspensão; d) sistema dedicado de drenagem rápida de água em caldeiras de recuperação de álcalis, com ações automáticas após acionamento pelo operador; e) sistema automático de controle do nível de água com intertravamento que evite o superaquecimento por alimentação deficiente. 13.4.1.4 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações: a) nome do fabricante; b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira; c) ano de fabricação; d) pressão máxima de trabalho admissível; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 29
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e) pressão de teste hidrostático de fabricação; (Vide condições na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014) f) capacidade de produção de vapor; g) área de superfície de aquecimento; h) código de projeto e ano de edição. 13.4.1.5 Além da placa de identificação, deve constar, em local visível, a categoria da caldeira, conforme definida no item 13.4.1.2 desta NR, e seu número ou código de identificação. 13.4.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte documentação devidamente atualizada: a) Prontuário da caldeira, fornecido por seu fabricante, contendo as seguintes informações: código de projeto e ano de edição; especificação dos materiais; procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final; metodologia para estabelecimento da PMTA; registros da execução do teste hidrostático de fabricação; conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil da caldeira; características funcionais; dados dos dispositivos de segurança; ano de fabricação; categoria da caldeira; b) Registro de Segurança, em conformidade com o item 13.4.1.9; c) Projeto de Instalação, em conformidade com o item 13.4.2.1; d) PAR, em conformidade com os itens 13.3.6 e 13.3.7; e) Relatórios de inspeção, em conformidade com o item 13.4.4.14; f) Certificados de calibração dos dispositivos de segurança. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 30
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13.4.1.7 Quando inexistente ou extraviado, o prontuário da caldeira deve ser reconstituído pelo empregador, com responsabilidade técnica do fabricante ou de PH, sendo imprescindível a reconstituição das características funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e memória de cálculo da PMTA. 13.4.1.8 Quando a caldeira for vendida ou transferida de estabelecimento, os documentos mencionados nas alíneas “a”,“d”, e “e” do item 13.4.1.6 devem acompanhá-la. 13.4.1.9 O Registro de Segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou sistema informatizado com confiabilidade equivalente onde serão registradas: a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança da caldeira; b) as ocorrências de inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, devendo constar a condição operacional da caldeira, o nome legível e assinatura de PH e do operador de caldeira presente na ocasião da inspeção. 13.4.1.10 Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o Registro de Segurança deve conter tal informação e receber encerramento formal. 13.4.1.11 A documentação referida no item 13.4.1.6 deve estar sempre à disposição para consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo o empregador assegurar pleno acesso a essa documentação. 13.4.2 Instalação de caldeiras a vapor 13.4.2.1 A autoria do projeto de instalação de caldeiras a vapor, no que concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de PH, e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis. 13.4.2.2 As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em casa de caldeiras ou em local específico para tal fim, denominado área de caldeiras. 13.4.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a área de caldeiras deve satisfazer aos seguintes requisitos: a) estar afastada de, no mínimo, 3,0 m (três metros) de: outras instalações do estabelecimento; de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até 2000 l (dois mil litros) de capacidade; do limite de propriedade de terceiros; do limite com as vias públicas;
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b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em direções distintas; c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas; d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação atendendo às normas ambientais vigentes; e) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; f) ter sistema de iluminação de emergência caso opere à noite. 13.4.2.4 Quando a caldeira estiver instalada em ambiente fechado, a casa de caldeiras deve satisfazer os seguintes requisitos: a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas uma parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes afastadas de, no mínimo, 3,0 m (três metros) de outras instalações, do limite de propriedade de terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até 2000 l (dois mil litros) de capacidade; b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em direções distintas; c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas; d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de caldeira a combustível gasoso; e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade; f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas; g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes; h) emergência. dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema de iluminação de 13.4.2.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos itens 13.4.2.3 e 13.4.2.4, deve ser elaborado projeto alternativo de instalação, com medidas complementares de segurança, que permitam a atenuação dos riscos, comunicando previamente a representação sindical dos trabalhadores predominante no estabelecimento.
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13.4.2.6 As caldeiras classificadas na categoria A devem possuir painel de instrumentos instalados em sala de controle, construída segundo o que estabelecem as Normas Regulamentadoras aplicáveis. 13.4.3 Segurança na operação de caldeiras 13.4.3.1 Toda caldeira deve possuir manual de operação atualizado, em língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo: a) procedimentos de partidas e paradas; b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina; c) procedimentos para situações de emergência; d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente. 13.4.3.2 Os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas condições operacionais. 13.4.3.2.1 Poderá ocorrer a neutralização provisória nos instrumentos e controles, desde que não seja reduzida a segurança operacional, e que esteja prevista nos procedimentos formais de operação e manutenção, ou com justificativa formalmente documentada, com prévia análise técnica e respectivas medidas de contingência para mitigação dos riscos elaborada pelo responsável técnico do processo, com anuência do PH. 13.4.3.3 A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados, quando necessários, para compatibilizar suas propriedades físico-químicas com os parâmetros de operação da caldeira, sendo estes tratamentos obrigatórios em caldeiras classificadas como categoria A, conforme item 13.4.1.2 desta NR. 13.4.3.4 Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de operador de caldeira. 13.4.3.5 Será considerado operador de caldeira aquele que satisfizer o disposto no item A do Anexo I desta NR. 13.4.4 Inspeção de segurança de caldeiras. 13.4.4.1 As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária.13.4.4.2 A inspeção dede segurança inicial deve compreender ser feita em caldeiras novas, seguido antes dade entrada em funcionamento, no local operação, devendo exame interno, teste de estanqueidade e exame externo. 13.4.4.3 As caldeiras devem obrigatoriamente ser submetidas a Teste Hidrostático - TH em sua fase de fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado por PH, e ter o valor da pressão de teste afixado em sua placa de identificação.
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13.4.4.3.1 Na falta de comprovação documental de que o Teste Hidrostático - TH tenha sido realizado na fase de fabricação, se aplicará o disposto a seguir: a) para equipamentos fabricados ou importados a partir da vigência desta NR, o TH deve ser feito durante a inspeção de segurança inicial; b) para equipamentos em operação antes da vigência desta NR, a critério do PH, o TH deve ser realizado na próxima inspeção de segurança periódica. 13.4.4.4 A inspeção de segurança periódica, constituída por exames, interno e externo, deve ser executada nos seguintes prazos máximos: a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B e C; b) 15 (quinze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria; c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos 12 (doze) meses sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança. 13.4.4.5 Estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos - SPIE, conforme estabelecido no Anexo II, podem estender seus períodos entre inspeções de segurança, respeitando os seguintes prazos máximos: a) 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras de recuperação de álcalis; b) 24 (vinte e quatro) meses para as caldeiras das categorias B e C; c) 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A; d) 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais conforme, definição no item 13.4.4.6. 13.4.4.6 As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam gases ou resíduos das unidades de processo como combustível principal para aproveitamento de calor ou para fins de controle ambiental podem ser consideradas especiais quando todas as condições seguintes forem satisfeitas: a) estiverem instaladas em estabelecimentos que possuam SPIE citado no Anexo II; b) tenham testados a cada 12 (doze) meses o sistema de intertravamento e a pressão de abertura de cada válvula de segurança; c) durante não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos gases e do vapor a operação; d) existam análise e controle periódico da qualidade da água; e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as principais partes da caldeira; f) exista parecer técnico de PH fundamentando a decisão. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 34
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13.4.4.6.1 O empregador deve comunicar ao Órgão Regional do Ministério do Trabalho e Emprego e ao sindicato dos trabalhadores da categoria predominante no estabelecimento, previamente, o enquadramento da caldeira como especial. 13.4.4.7 No máximo, ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subsequente, as caldeiras devem ser submetidas a uma avaliação de integridade com maior abrangência para determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso. 13.4.4.8 As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas periodicamente conforme segue: a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, em operação, para caldeiras das categorias B e C, excluídas as caldeiras que vaporizem fluido térmico e as que trabalhem com água tratada conforme previsto no item 13.4.3.3;b) as válvulas flangeadas ou roscadas devem ser desmontadas, inspecionadas e testadas em bancada, e, no caso de válvulas soldadas, feito o mesmo no campo, com uma frequência compatível com o histórico operacional das mesmas, sendo estabelecidos como limites máximos para essas atividades os períodos de inspeção estabelecidos nos itens 13.4.4.4 e 13.4.4.5, se aplicável, para caldeiras de categorias A e B. 13.4.4.9 Adicionalmente aos testes prescritos no item 13.4.4.8, as válvulas de segurança instaladas em caldeiras podem ser submetidas a testes de acumulação, a critério do PH. 13.4.4.10 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades: a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz de comprometer sua segurança; b) quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante capaz de alterar suas condições de segurança; c) antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais de 6 (seis) meses; d) quando houver mudança de local de instalação da caldeira. 13.4.4.11 A inspeção de segurança deve ser realizada sob a responsabilidade técnica de PH. 13.4.4.12 Imediatamente após a inspeção da caldeira, deve ser anotada no seu Registro de Segurança a sua condição operacional, e, em até 60 (sessenta) dias, deve ser emitido o relatório, que passa a fazer parte da sua documentação, podendo este prazo ser estendido para 90 (noventa) dias em caso de parada geral de manutenção. 13.4.4.13 O empregador deve informar à representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento, num prazo máximo de 30 (trinta) dias após o término da inspeção de segurança, a condição operacional da caldeira.
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13.4.4.13.1 Mediante o recebimento de requisição formal, o empregador deve encaminhar à representação sindical predominante no estabelecimento, no prazo máximo de 10 (dez) dias após a sua elaboração, a cópia do relatório de inspeção. 13.4.4.13.2 A representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento poderá solicitar ao empregador que seja enviada de maneira regular cópia do relatório de inspeção de segurança da caldeira em prazo de 30 (trinta) dias após a sua elaboração, ficando o empregador desobrigado a atender os itens 13.4.4.13 e 13.4.4.13.1. 13.4.4.14 O relatório de inspeção, mencionado no item 13.4.1.6, alínea “e”, deve ser elaborado em páginas numeradas contendo no mínimo: a) dados constantes na placa de identificação da caldeira; b) categoria da caldeira; c) tipo da caldeira; d) tipo de inspeção executada; e) data de início e término da inspeção; f) descrição das inspeções, exames e testes executados; g) registros fotográficos do exame interno da caldeira; h) resultado das inspeções e providências; i) relação dos itens desta NR que não estão sendo atendidos; j) recomendações e providências necessárias; k) parecer conclusivo quanto à integridade da caldeira até a próxima inspeção; l) data prevista para a nova inspeção de segurança da caldeira; m) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PH e nome legível e assinatura de técnicos que participaram da inspeção.13.4.4.15 As recomendações decorrentes da inspeção devem ser registradas e implementadas pelo empregador, com a determinação de prazos e responsáveis pela execução. 13.4.4.16 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados de projeto, a placa de identificação e a documentação do prontuário devem ser atualizadas.
13.5 Vasos de Pressão 13.5.1 Vasos de pressão - disposições gerais. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 36
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13.5.1.1 Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa, diferente da atmosférica. 13.5.1.2 Para efeito desta NR, os vasos de pressão são classificados em categorias segundo a classe de fluido e o potencial de risco. a) Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a seguir: Classe A: fluidos inflamáveis; fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200 ºC (duzentos graus Celsius); fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm); hidrogênio; acetileno. Classe B: fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC (duzentos graus Celsius); fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 (vinte) partes por milhão (ppm).
Classe C: vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido. Classe D: outro fluido não enquadrado acima. b) Quando se tratar de mistura deverá ser considerado para fins de classificação o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores e instalações, considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade e concentração. c) Os vasos de onde pressão classificados de em potencial função produto P.V, P é são a pressão máximaem degrupos operação MPa ede V orisco seu em volume emdo m3, conforme segue: Grupo 1 - P.V ≥ 100 Grupo 2 - P.V < 100 e P.V ≥ 30 Grupo 3 - P.V < 30 e P.V ≥ 2,5 Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 37
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Grupo 4 - P.V < 2,5 e P.V ≥ 1 Grupo 5 - P.V < 1 d) Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo devem se enquadrar nas seguintes categorias: categoria I: para fluidos inflamáveis ou combustíveis; categoria V: para outros fluidos. e) A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias de acordo com os grupos de potencial de risco e a classe de fluido contido.
CATEGORIAS DE VASOS DE PRESSÃO
Grupo de Potencial de Risco
Classe de Fluído
1 P. V 1 0 0
2
3
4
P . V
P . V
P . V
<
<
<
1 0 0
3 0
2 , 5
P . V
P . V
P . V
5 P .
< 1
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2 , 5
3 0
1
Categorias
A - Fluidos inflamáveis, e fluidos combustíveis com temperatura igual ou superior a 200 °C - Tóxico com limite de tolerância ≤ 20 ppm
I
I
I I
I I I
I I I
I
I I
I I I
I V
I
I
I I
I I I
I V
II
I I I
I V
V
- Hidrogênio - Acetileno
B - Fluidos combustíveis com temperatura menor que 200 °C - Fluidos tóxicos com limite de tolerância > 20 ppm
C - Vapor de água - Gases asfixiantes simples - Ar comprimido
D - Outro fluido Notas: a) Considerar volume em m³ e pressão em MPa; b) Considerar 1 MPa correspondente a 10,197 kgf/cm².
13.5.1.3 Os vasos de pressão devem ser dotados dos seguintes itens: a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à PMTA, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados os requisitos do código de projeto relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 39
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b) meios utilizados contra o bloqueio inadvertido de dispositivo de segurança quando este não estiver instalado diretamente no vaso; c) instrumento que indique a pressão de operação, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o contenha. 13.5.1.4 Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações: a) fabricante; b) número de identificação; c) ano de fabricação; d) pressão máxima de trabalho admissível; e) pressão de teste hidrostático de fabricação; (Vide condições na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014) f) código de projeto e ano de edição. 13.5.1.5 Além da placa de identificação, deve constar, em local visível, a categoria do vaso, conforme item 13.5.1.2, e seu número ou código de identificação. 13.5.1.6 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte documentação devidamente atualizada: a) Prontuário do vaso de pressão a ser fornecido pelo fabricante, contendo as seguintes informações: código de projeto e ano de edição; especificação dos materiais; procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final; metodologia para estabelecimento da PMTA; conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil; pressão máxima de operação; registros documentais do teste hidrostático; características funcionais, atualizadas pelo empregador sempre que alteradas as srcinais; dados dos dispositivos de segurança, atualizados pelo empregador sempre que alterados os srcinais; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 40
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ano de fabricação; categoria do vaso, atualizada pelo empregador sempre que alterada a srcinal; b) Registro de Segurança em conformidade com o item 13.5.1.8; c) Projeto de Instalação em conformidade com os itens 13.5.2.4 e 13.5.2.5; d) Projeto de alteração ou reparo em conformidade com os itens 13.3.6 e 13.3.7; e) Relatórios de inspeção em conformidade com o item 13.5.4.13; f) Certificados de calibração dos dispositivos de segurança, onde aplicável. 13.5.1.7 Quando inexistente ou extraviado, o prontuário do vaso de pressão deve ser reconstituído pelo empregador, com responsabilidade técnica do fabricante ou de PH, sendo imprescindível a reconstituição das premissas de projeto, dos dados dos dispositivos de segurança e da memória de cálculo da PMTA. 13.5.1.8 O Registro de Segurança deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou sistema informatizado com confiabilidade equivalente onde serão registradas: a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança dos vasos de pressão; b) as ocorrências de inspeções de segurança periódicas e extraordinárias, devendo constar a condição operacional do vaso. 13.5.1.9 A documentação referida no item 13.5.1.6 deve estar sempre à disposição para consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo o empregador assegurar pleno acesso a essa documentação inclusive à representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento, quando formalmente solicitado. 13.5.2 Instalação de vasos de pressão. 13.5.2.1 Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente acessíveis. 13.5.2.2 Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes fechados, a instalação deve satisfazer os seguintes requisitos: a) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas, sinalizadas e dispostas em direções distintas; b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção, operação e inspeção, sendo que, para guardacorpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 41
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c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas; d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; e) possuir sistema de iluminação de emergência. 13.5.2.3 Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto, a instalação deve satisfazer as alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do item 13.5.2.2. 13.5.2.4 A autoria do projeto de instalação de vasos de pressão enquadrados nas categorias I, II e III, conforme item 13.5.1.2, no que concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de PH e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis. 13.5.2.5 O projeto de instalação deve conter pelo menos a planta baixa do estabelecimento, com o posicionamento e a categoria de cada vaso e das instalações de segurança. 13.5.2.6 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no item 13.5.2.2, deve ser elaborado projeto alternativo de instalação com medidas complementares de segurança que permitam a atenuação dos riscos.13.5.3 Segurança na operação de vasos de pressão. 13.5.3.1 Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias I ou II deve possuir manual de operação próprio ou instruções de operação contidas no manual de operação de unidade onde estiver instalado, em língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo: a) procedimentos de partidas e paradas; b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina; c) procedimentos para situações de emergência; d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente. 13.5.3.2 Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser mantidos calibrados e em boas condições operacionais. 13.5.3.2.1 Poderá ocorrer à neutralização provisória nos instrumentos e controles, desde que não seja reduzida a segurança operacional, e que esteja prevista nos procedimentos formais de operação erespectivas manutenção, ou de com justificativapara formalmente documentada, com por prévia medidas contingência mitigação dos riscos, elaborada PH. análise técnica e 13.5.3.3 A operação de unidades que possuam vasos de pressão de categorias I ou II deve ser efetuada por profissional capacitado conforme item “B” do Anexo I desta NR. 13.5.4 Inspeção de segurança de vasos de pressão.
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13.5.4.1 Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária. 13.5.4.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos de pressão novos, antes de sua entrada em funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo compreender exames externo e interno. 13.5.4.3 Os vasos de pressão devem obrigatoriamente ser submetidos a Teste Hidrostático - TH em sua fase de fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado por PH, e ter o valor da pressão de teste afixado em sua placa de identificação. 13.5.4.3.1 Na falta de comprovação documental de que o Teste Hidrostático-TH tenha sido realizado na fase de fabricação, se aplicará o disposto a seguir: a) para equipamentos fabricados ou importados a partir da vigência desta NR, o TH deve ser feito durante a inspeção de segurança inicial; b) para equipamentos em operação antes da vigência desta NR, a critério do PH, o TH deve ser realizado na próxima inspeção de segurança periódica. 13.5.4.4 Os vasos de pressão categorias IV ou V de fabricação em série, certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, que possuam válvula de segurança calibrada de fábrica ficam dispensados da inspeção inicial e da documentação referida no item 13.5.1.6, alínea “c), desde que instalados de acordocom as recomendações do fabricante. 13.5.4.4.1 Deve ser anotada no Registro de Segurança a data da instalação do vaso de pressão a partir da qual se inicia a contagem do prazo para a inspeção de segurança periódica. 13.5.4.5 A inspeção de segurança periódica, constituída por exames externo e interno, deve obedecer aos seguintes prazos máximos estabelecidos a seguir: a) para estabelecimentos que não possuam SPIE, conforme citado no Anexo II:
Categoria do Vaso I
Exame Externo
Exame Interno
1 ANO
3 ANOS
II
2 ANOS
4 ANOS
III
3 ANOS
6 ANOS
IV
4 ANOS
8 ANOS
V
5 ANOS
10 ANOS
b) para estabelecimentos que possuam SPIE, conforme citado no Anexo II, consideradas as tolerâncias nele previstas: Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 43
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Categoria do Vaso I
Exame Externo 3 ANOS
Exame Interno
II
4 ANOS
8 ANOS
III
5 ANOS
10 ANOS
IV
6 ANOS
12 ANOS
V
7 ANOS
a critério
6 ANOS
13.5.4.6 Vasos de pressão que não permitam acesso visual para o exame interno ou externo por impossibilidade física devem ser submetidos alternativamente a outros exames não destrutivos e metodologias de avaliação da integridade, a critério do PH, baseados em normas e códigos aplicáveis à identificação de mecanismos de deterioração. 13.5.4.7 Vasos de pressão com enchimento interno ou com catalisador podem ter a periodicidade de exame interno ampliada, de forma a coincidir com a época da substituição de enchimentos ou de catalisador, desde que esta ampliação seja precedida de estudos conduzidos por PH ou por grupo multidisciplinar por ele coordenado, baseados em normas e códigos aplicáveis, em que sejam implementadas tecnologias alternativas para a avaliação da sua integridade estrutural. 13.5.4.8 Vasos de pressão temperatura de operação inferior 0 ºC (zero grau Celsius) e que operem em condições nas com quais a experiência mostre que nãoaocorre deterioração devem ser submetidos a exame interno a cada 20 (vinte) anos e exame externo a cada 2 (dois) anos. 13.5.4.9 As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser desmontadas, inspecionadas e calibradas com prazo adequado à sua manutenção, porém, não superior ao previsto para a inspeção de segurança periódica interna dos vasos de pressão por elas protegidos. 13.5.4.10 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades: a) sempre que o vaso de pressão for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa sua segurança; b) quando o vaso de pressão for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar sua condição de segurança; c) antes do vaso de pressão ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais de 12 (doze) meses; d) quando houver alteração do local de instalação do vaso de pressão, exceto para vasos móveis. 13.5.4.11 A inspeção de segurança deve ser realizada sob a responsabilidade técnica de PH.
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13.5.4.12 Imediatamente após a inspeção do vaso de pressão, deve ser anotada no Registro de Segurança a sua condição operacional, e, em até 60 (sessenta) dias, deve ser emitido o relatório, que passa a fazer parte da sua documentação, podendo este prazo ser estendido para 90 (noventa) dias em caso de parada geral de manutenção. 13.5.4.13 O relatório de inspeção, mencionado no item 13.5.1.6, alínea “e”, deve ser elaborado em páginas numeradas, contendo no mínimo: a) identificação do vaso de pressão; b) fluidos de serviço e categoria do vaso de pressão; c) tipo do vaso de pressão; d) data de início e término da inspeção; e) tipo de inspeção executada; f) descrição dos exames e testes executados; g) resultado das inspeções e intervenções executadas; h) parecer conclusivo quanto a integridade do vaso de pressão até a próxima inspeção, recomendações e providências necessárias; j) data prevista para a próxima inspeção; k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PH e nome legível e assinatura de técnicos que participaram da inspeção. 13.5.4.14 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações das condições de projeto, a placa de identificação e a documentação do prontuário devem ser atualizadas. 13.5.4.15 As recomendações decorrentes da inspeção devem ser implementadas pelo empregador, com a determinação de prazos e responsáveis pela sua execução. 13.6 Tubulações 13.6.1 Tubulações - Disposições Gerais 13.6.1.1 As empresas que possuem tubulações e sistemas tubulações nesta NR devem possuir um programa e um plano de inspeção quedeconsidere, noenquadradas mínimo, as variáveis, condições e premissas descritas abaixo:(Vide prazo na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014) a) os fluidos transportados; b) a pressão de trabalho; c) a temperatura de trabalho; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 45
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d) os mecanismos de danos previsíveis; e) as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente trazidas por possíveis falhas das tubulações. 13.6.1.2 As tubulações ou sistemas de tubulação devem possuir dispositivos de segurança conforme os critérios do código de projeto utilizado, ou em atendimento às recomendações de estudo de análises de cenários de falhas. 13.6.1.3 As tubulações ou sistemas de tubulação devem possuir indicador de pressão de operação, conforme definido no projeto de processo e instrumentação. 13.6.1.4 Todo estabelecimento que possua tubulações, sistemas de tubulação ou linhas deve ter a seguinte documentação devidamente atualizada: a) especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas, necessárias ao planejamento e execução da sua inspeção;(Vide prazo na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014) b) fluxograma de engenharia com a identificação da linha e seus acessórios; c) PAR em conformidade com os itens 13.3.6 e 13.3.7; d) relatórios de inspeção em conformidade com o item 13.6.3.9. 13.6.1.5 Os documentos referidos no item 13.6.1.4, quando inexistentes ou extraviados, devem ser reconstituídos pelo empregador, sob a responsabilidade técnica de um PH. 13.6.1.6 A documentação referida no item 13.6.1.4 deve estar sempre à disposição para fiscalização pela autoridade competente do Órgão Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, e para consulta pelos operadores, pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, devendo, ainda, o empregador assegurar o acesso a essa documentação à representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento, quando formalmente solicitado. 13.6.2 Segurança na operação de tubulações 13.6.2.1 Os dispositivos de indicação de pressão da tubulação devem ser mantidos em boas condições operacionais. 13.6.2.2 As tubulações de vapor e seus acessórios devem ser mantidos em boas condições operacionais, de acordode com um planodevem de manutenção elaborado pelo estabelecimento.13.6.2.3 As tubulações e sistemas tubulação ser identificáveis segundo padronização formalmente instituída pelo estabelecimento, e sinalizadas conforme a NR-26. (Vide prazo na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014)
13.6.3 Inspeção periódica de tubulações 13.6.3.1 Deve ser realizada inspeção de segurança inicial nas tubulações.(Vide condições na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014)
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13.6.3.2 As tubulações devem ser submetidas à inspeção de segurança periódica. (Vide prazo na Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014)
13.6.3.3 Os intervalos de inspeção das tubulações devem atender aos prazos máximos da inspeção interna do vaso ou caldeira mais crítica a elas interligadas, podendo ser ampliados pelo programa de inspeção elaborado por PH, fundamentado tecnicamente com base em mecanismo de danos e na criticidade do sistema, contendo os intervalos entre estas inspeções e os exames que as compõem, desde que essa ampliação não ultrapasse o intervalo máximo de 100% (cem por cento) sobre o prazo da inspeção interna, limitada a 10 (dez) anos. 13.6.3.4 Os intervalos de inspeção periódica da tubulação não podem exceder os prazos estabelecidos em seu programa de inspeção, consideradas as tolerâncias permitidas para as empresas com SPIE. 13.6.3.5 O programa de inspeção pode ser elaborado por tubulação, linha ou por sistema, a critério de PH, e, no caso de programação por sistema, o intervalo a ser adotado deve ser correspondente ao da sua linha mais crítica. 13.6.3.6 As inspeções periódicas das tubulações devem ser constituídas de exames e análises definidas por PH, que permitam uma avaliação da sua integridade estrutural de acordo com normas e códigos aplicáveis. 13.6.3.6.1 No caso de risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores envolvidos na execução da inspeção, a linha deve ser retirada de operação. 13.6.3.7 Deve ser realizada inspeção extraordinária nas seguintes situações: a) sempre que a tubulação for danificada por acidente ou outra ocorrência que comprometa a segurança dos trabalhadores; b) quando a tubulação for submetida a reparo provisório ou alterações significativas, capazes de alterar sua capacidade de contenção de fluído; c) antes de a tubulação ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais de 24 (vinte e quatro) meses. 13.6.3.8 A inspeção periódica de tubulações deve ser executada sob a responsabilidade técnica de PH. 13.6.3.9 Após a inspeção de cada tubulação, sistema de tubulação ou linha, deve ser emitido um relatório de inspeção, com páginas numeradas, que passa a fazer parte da sua documentação, e deve conter no mínimo: a) identificação da(s) linha(s) ou sistema de tubulação; b) fluidos de serviço da tubulação e respectivas temperatura e pressão de operação; c) data de início e término da inspeção; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 47
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d) tipo de inspeção executada; e) descrição dos exames executados; f) resultado das inspeções; g) parecer conclusivo quanto à integridade da tubulação, do sistema de tubulação ou da linha até a próxima inspeção; h) recomendações e providências necessárias; i) data prevista para a próxima inspeção; j) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PH e nome legível e assinatura de técnicos que participaram da inspeção. 13.6.3.9.1 O prazo para emissão desse relatório é de até 30 (trinta) dias para linhas individuais e de até 90 (noventa) dias para sistemas de tubulação. 13.6.3.10 As recomendações decorrentes da inspeção devem ser implementadas pelo empregador, com a determinação de prazos e responsáveis pela sua execução.
Glossário Abertura escalonada de válvulas de segurança - condição de calibração diferenciada da pressão de abertura de múltiplas válvulas de segurança, prevista no código de projeto do equipamento por elas protegido, em que podem ser estabelecidos valores de abertura acima da PMTA, consideradas as vazões necessárias para o alívio da sobrepressão em cenários distintos. Adequação ao uso - estudo conceitual multidisciplinar de engenharia, baseado em códigos ou normas, como o API 579- 1/ASME FFS-1 - Fitness - for - Service, usado para determinar se um equipamento com desgaste conhecido estará apto a operar com segurança por determinado tempo. Alteração - mudança no projeto srcinal do fabricante que promova alteração estrutural ou de parâmetros operacionais significativos definidos por PH, ou afete a capacidade de reter pressão ou possa comprometer a segurança de caldeiras, vasos de pressão e tubulações. Avaliação ou inspeção de integridade - conjunto de estratégias e técnicas utilizadas na avaliação detalhada da condição física de um equipamento. Caldeira de fluido térmico - caldeira utilizada para aquecimento de um fluido no estado líquido, chamado de fluido térmico, sem vaporizá-lo. Caldeiras de recuperação de álcalis - caldeiras a vapor que utilizam como combustível principal o licor negro oriundo do processo de fabricação de celulose, realizando a recuperação de químicos e geração de energia. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 48
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Código de projeto - conjunto de normas e regras que estabelece os requisitos para o projeto, construção, montagem, controle de qualidade da fabricação e inspeção de equipamentos. Códigos de pós-construção - compõe-se de normas ou recomendações práticas de avaliação da integridade estrutural de equipamentos durante a sua vida útil. Construção - processo que inclui projeto, especificação de material, fabricação, inspeção, exame, teste e avaliação de conformidade de caldeiras, vasos de pressão e tubulações. Controle da qualidade - conjunto de ações destinadas a verificar e atestar a conformidade de caldeiras, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nas etapas de fabricação, montagem ou manutenção. As ações abrangem o acompanhamento da execução da soldagem, materiais utilizados e realização de exames e testes tais como: líquido penetrante, partículas magnéticas, ultrassom, visual, testes de pressão, radiografia, emissão acústica e correntes parasitas. Dispositivo Contra Bloqueio Inadvertido - DCBI - meio utilizado para evitar que bloqueios inadvertidos impeçam a atuação de dispositivos de segurança. Dispositivos de segurança - dispositivos ou componentes que protegem um equipamento contra sobrepressão manométrica, independente da ação do operador e de acionamento por fonte externa de energia. Duto - tubulação projetada por códigos específicos, destinada à transferência de fluidos entre unidades industriais de estabelecimentos industriais distintos ou não, ocupando áreas de terceiros. Empregador - empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços; equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados. Enchimento interno - materiais inseridos no interior dos vasos de pressão com finalidades específicas e período de vida útil determinado, tipo catalisador, recheio, peneira molecular, e carvão ativado. Bandejas e acessórios internos não configuram enchimento interno. Especificação da tubulação - código alfanumérico que define a classe de pressão e os materiais dos tubos e acessórios das tubulações. Exame - atividade conduzida por PH ou técnicos qualificados ou certificados, quando exigido por códigos ou normas, para avaliar se determinados produtos, processos ou serviços estão em conformidade com critérios especificados. Exame externo - exame da superfície e de componentes externos de um equipamento, podendo ser realizado em operação, visando avaliar a sua integridade estrutural. Exame interno - exame da superfície interna e de componentes internos de um equipamento, executado visualmente, com o emprego de ensaios e testes apropriados para avaliar sua integridade estrutural. Fabricante - empresa responsável pela construção de caldeiras, vasos de pressão ou tubulações. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 49
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Fluxograma de engenharia (P&ID) - diagrama mostrando o fluxo do processo com os equipamentos, as tubulações e seus acessórios, e as malhas de controle de instrumentação. Fluxograma de processo - diagrama de representação esquemática do processo de plantas industriais mostrando o percurso ou caminho percorrido pelos fluidos. Força maior - todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente. A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior. Gerador de vapor - equipamentos destinados a produzir vapor sob pressão superior à atmosférica, sem acumulação e não enquadrados em códigos de vasos de pressão. Inspeção de segurança extraordinária - inspeção realizada devido a ocorrências que possam afetar a condição física do equipamento, tais como hibernação prolongada, mudança de locação, surgimento de deformações inesperadas, choques mecânicos de grande impacto ou vazamentos, entre outros, envolvendo caldeiras, vasos de pressão e tubulações, com abrangência definida por PH. Inspeção de segurança inicial - inspeção realizada no equipamento novo, montado no local definitivo de instalação e antes de sua entrada em operação. Inspeção de segurança periódica - inspeções realizadas durante a vida útil de um equipamento, com critérios e periodicidades determinados por PH, respeitados os intervalos máximos estabelecidos nesta Norma. Instrumentos de monitoração ou de controle - dispositivos destinados à monitoração ou controle das variáveis operacionais dos equipamentos a partir da sala de controle ou do próprio equipamento. Integridade estrutural - conjunto de propriedades e características físicas necessárias para que um equipamento ou item desempenhe com segurança e eficiência as funções para as quais foi projetado. Linha - trecho de tubulação individualizado entre dois pontos definidos e que obedece a uma única especificação de materiais, produtos transportados, pressão e temperatura de projeto. Manutenção preditiva - manutenção com ênfase na predição da falha e em ações baseadas na condição do equipamento para prevenir a falha ou degradação do mesmo. Manutenção preventiva - manutenção realizada a intervalos predeterminados ou de acordo com critérios prescritos, e destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um componente. Máquinas de fluido - aquela que tem como função principal intercambiar energia com um fluido que as atravessa. Mecanismos de danos - conjunto de fatores que causam degradação nos equipamentos e componentes.
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Pacote de máquina - conjunto de equipamentos e dispositivos integrantes de sistemas auxiliares de máquinas de fluido para fins de arrefecimento, lubrificação ou selagem. Pessoal qualificado - profissional com conhecimentos e habilidades que permitam exercer determinadas tarefas, e certificado quando exigível por código ou norma. Placa de identificação - placa contendo dados do equipamento de acordo com os requisitos estabelecidos nesta NR, fixada em local visível. Plano de inspeção - descrição das atividades, incluindo os exames e testes a serem realizados, necessárias para avaliar as condições físicas de caldeiras, vasos de pressão e tubulações, considerando o histórico dos equipamentos e os mecanismos de danos previsíveis. Pressão máxima de trabalho admissível (PMTA) - é o maior valor de pressão a que um equipamento pode ser submetido continuamente, de acordo com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros operacionais. Programa de inspeção - cronograma contendo, entre outros dados, as datas das inspeções de segurança periódicas a serem realizadas. Projetos de alteração ou reparo - PAR - projeto realizado por ocasião de reparo ou alteração que implica em intervenção estrutural ou mudança de processo significativa em caldeiras, vasos de pressão e tubulações. Projeto alternativo - projeto concebido para minimizar os impactos segurança para o trabalhador quandodeasinstalação instalações não estiverem atendendo a determinado item de desta NR. Projeto de instalação - projeto contendo o posicionamento dos equipamentos e sistemas de segurança dentro das instalações e, quando aplicável, os acessos aos acessórios dos mesmos (vents, drenos, instrumentos). Integra o projeto de instalação o inventário de válvulas de segurança com os respectivos DCBI e equipamentos protegidos. Prontuário - conjunto de documentos e registros do projeto de construção, fabricação, montagem, inspeção e manutenção dos equipamentos. Recipientes móveis - vasos de pressão que podem ser movidos dentro de uma instalação ou entre instalações e que não podem ser enquadrados como transportáveis. Recipientes transportáveis - recipientes projetados e construídos para serem transportados pressurizados. Registro de Segurança - registro da ocorrência de inspeções ou de anormalidades durante a operação de caldeiras e vasos de pressão, executado por PH ou por pessoal de operação, inspeção ou manutenção diretamente envolvido com o fato gerador da anotação. Relatórios de inspeção - registro formal dos resultados das inspeções realizadas nos equipamentos com laudo conclusivo.
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Reparo - intervenção realizada para correção de danos, defeitos ou avarias em equipamentos e seus componentes, visando restaurar a condição do projeto de construção. Sistema de iluminação de emergência - sistema destinado a prover a iluminação necessária ao acesso seguro a um equipamento ou instalação na inoperância dos sistemas principais destinados a tal fim. Sistema de intertravamento de caldeira - sistema de gerenciamento das atividades de dois ou mais dispositivos ou instrumentos de proteção, monitorado por interface de segurança. Sistema de tubulação - conjunto integrado de linhas e tubulações que exerce uma função de processo, ou que foram agrupadas para fins de inspeção, com características técnicas e de processo semelhantes. SPIE - Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos. Teste de estanqueidade - tipo de teste de pressão realizado com a finalidade de atestar a capacidade de retenção de fluido, sem vazamentos, em equipamentos, tubulações e suas conexões, antes de sua entrada ou reentrada em operação. Teste hidrostático - TH - tipo de teste de pressão com fluido incompressível, executado com o objetivo de avaliar a integridade estrutural dos equipamentos e o rearranjo de possíveis tensões residuais, de acordo com o código de projeto. Tubulações - conjunto seus acessórios, projetadas por códigos específicos, destinadas ao transportededelinhas, fluidosincluindo entre equipamentos de uma mesma unidade de uma empresa dotada de caldeiras ou vasos de pressão. Unidades de processo - conjunto de equipamentos e interligações de uma unidade fabril destinada a transformar matérias primas em produtos. Vasos de pressão – estes são reservatórios projetados para resistir com segurança a pressões internas diferentes da pressão atmosférica, ou submetidos à pressão externa, cumprindo assim a sua função básica no processo, no qual estão inseridos; para efeitos desta NR, estão incluídos: a) permutadores de calor, evaporadores e similares; b) vasos de pressão ou partes sujeitas à chama direta que não estejam dentro do escopo de outras NR, nem dos itens 13.2.2 e 13.2.1, alínea “a)” desta NR; c) vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores; d) autoclaves e caldeiras de fluido térmico. Vida remanescente - estimativa do tempo restante de vida de um equipamento ou acessório, executada durante avaliações de sua integridade, em períodos pré-determinados. Vida útil - tempo de vida estimado na fase de projeto para um equipamento ou acessório. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 52
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Volume - volume interno útil do vaso de pressão, excluindo o volume dos acessórios internos, de enchimentos ou de catalisadores.
ANEXO I A. Caldeiras A1 Condições Gerais A1.1 Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que satisfizer uma das seguintes condições: a) possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras e comprovação de estágio prático conforme item A1.5 deste Anexo; b) possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras previsto na NR 13 aprovada pela Portaria SSMT n.° 02, de 08 de maio de 1984 ou na Portaria SSST n.º 23, de 27 de dezembro de 1994.
A1.2 O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras é o atestado de conclusão do Ensino Fundamental. A1.3 O Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras deve, obrigatoriamente: a) ser supervisionado tecnicamente por PH; b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim; c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no item A2 deste Anexo.
A1. 4 Os responsáveis pela promoção do Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras estarão sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras sanções legais cabíveis, no caso de inobservância do disposto no item A1.3 deste Anexo. A1.5 Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático, na operação da própria caldeira que irá operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima de: a) caldeiras da categoria A: 80 (oitenta) horas; b) caldeiras da categoria B: 60 (sessenta) horas; c) caldeiras da categoria C: 40 (quarenta) horas.
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A1.6 O estabelecimento no qual for realizado estágio prático supervisionado, previsto nesta NR, deve informar, quando requerido pela representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento: a) período de realização do estágio; b) entidade, empregador ou profissional responsável pelo Treinamento de Segurança na Operação de Caldeira ou Unidade de Processo; c) relação dos participantes do estágio. A1.7 Deve ser realizada capacitação para reciclagem dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com a operação das instalações sempre que nelas ocorrerem modificações significativas na operação de equipamentos pressurizados ou troca de métodos, processos e organização do trabalho. A2 Currículo Mínimo para Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras. 1. Noções de grandezas físicas e unidades. Carga horária: 4 (quatro) horas 1.1. Pressão 1.1.1. Pressão atmosférica 1.1.2. Pressão interna de um vaso 1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta 1.1.4. Unidades de pressão 1.2. Calor e temperatura 1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura 1.2.2. Modos de transferência de calor 1.2.3. Calor específico e calor sensível 1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante 1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido 1.2.6. Tabela de vapor saturado 2. Caldeiras - considerações gerais. Carga horária: 8 (oito) horas 2.1. Tipos de caldeiras e suas utilizações 2.2. Partes de uma caldeira 2.2.1. Caldeiras flamotubulares Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 54
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2.2.2. Caldeiras aquatubulares 2.2.3. Caldeiras elétricas 2.2.4. Caldeiras a combustíveis sólidos 2.2.5. Caldeiras a combustíveis líquidos 2.2.6. Caldeiras a gás 2.2.7. Queimadores 2.3. Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras 2.3.1. Dispositivo de alimentação 2.3.2. Visor de nível 2.3.3. Sistema de controle de nível 2.3.4. Indicadores de pressão 2.3.5. Dispositivos de segurança 2.3.6. Dispositivos auxiliares 2.3.7. Válvulas e tubulações 2.3.8. Tiragem de fumaça
3. Operação de caldeiras. Carga horária: 12 (doze) horas 3.1. Partida e parada 3.2. Regulagem e controle 3.2.1. de temperatura 3.2.2. de pressão 3.2.3. de fornecimento de energia 3.2.4. do nível de água 3.2.5. de poluentes 3.3. Falhas de operação, causas e providências 3.4. Roteiro de vistoria diária Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 55
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3.5. Operação de um sistema de várias caldeiras 3.6. Procedimentos em situações de emergência 4. Tratamento de água e manutenção de caldeiras. Carga horária: 8 (oito) horas 4.1. Impurezas da água e suas consequências 4.2. Tratamento de água 4.3. Manutenção de caldeiras 5. Prevenção contra explosões e outros riscos. Carga horária: 4 (quatro) horas 5.1. Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde 5.2. Riscos de explosão 6. Legislação e normalização. Carga horária: 4 (quatro) horas 6.1. Normas Regulamentadoras 6.2. Norma Regulamentadora 13 - NR-13
B. Vasos de Pressão B1 Condições Gerais B1.1 A operação de unidades de processo que possuam vasos de pressão de categorias I ou II deve ser efetuada por profissional com Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processos. B1.2 Para efeito desta NR será considerado profissional com Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo aquele que satisfizer uma das seguintes condições: a) possuir certificado de Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo expedido por instituição competente para o treinamento; b) possuir experiência comprovada na operação de vasos de pressão das categorias I ou II de pelo menos 2 (dois) anos antes da vigência da NR13 aprovada pela Portaria SSST nº 23, de 27 de dezembro de 1994. B1.3 O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo é o atestado de conclusão do ensino fundamental. B1.4 O Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve obrigatoriamente: Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 56
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a) ser supervisionado tecnicamente por PH; b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim; c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no item B2 deste Anexo. B1.5 Os responsáveis pela promoção do Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo estarão sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras sanções legais cabíveis, no caso de inobservância do disposto no item B1.4. B1.6 Todo profissional com Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve cumprir estágio prático, supervisionado, na operação de vasos de pressão de 300 (trezentas) horas para o conjunto de todos os vasos de pressão de categorias I ou II.
B2 Currículo Mínimo para Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo. 1. Noções de grandezas físicas e unidades. Carga horária: 4 (quatro) horas 1.1. Pressão 1.1.1. Pressão atmosférica 1.1.2. Pressão interna de um vaso 1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta 1.1.4. Unidades de pressão 1.2. Calor e temperatura 1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura 1.2.2. Modos de transferência de calor 1.2.3. Calor específico e calor sensível 1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante 1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido 2. Equipamentos deum processo. horária horas estabelecida deonde acordo com a complexidade da unidade, mantendo mínimo Carga de 4 (quatro) por item, aplicável 2.1. Trocadores de calor 2.2. Tubulação, válvulas e acessórios 2.3. Bombas Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 57
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2.4. Turbinas e ejetores 2.5. Compressores 2.6. Torres, vasos, tanques e reatores 2.7. Fornos 2.8. Caldeiras 3. Eletricidade. Carga horária: 4 (quatro) horas 4. Instrumentação. Carga horária: 8 (oito) horas 5. Operação da unidade. Carga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade 5.1. Descrição do processo 5.2. Partida e parada 5.3. Procedimentos de emergência 5.4. Descarte de produtos químicos e preservação do meio ambiente 5.5. Avaliação e controle de riscos inerentes ao processo 5.6. Prevenção contra deterioração, explosão e outros riscos 6. Primeiros socorros. Carga horária: 8 (oito) horas 7. Legislação e normalização. Carga horária: 4 (quatro) horas
ANEXO II REQUISITOS PARA CERTIFICAÇÃO DE SERVIÇO PRÓPRIO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS – SPIE Antes de colocar em prática os períodos especiais entre inspeções, estabelecidos nos itens 13.4.4.5 e 13.5.4.5, alínea “b)” desta NR, os "Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos" da empresa, organizados na forma de setor, seção, departamento, divisão, ou equivalente, devem ser certificados por Organismos de Certificação de Produto - OCP acreditados pelo INMETRO, que verificarão por meio de auditorias programadas o atendimento aos seguintes requisitos mínimos expressos nas alíneas “a” a “h”. a) existência de pessoal próprio da empresa onde estão instalados caldeiras ou vasos de pressão, com dedicação exclusiva a atividades de inspeção, avaliação de integridade e vida residual, Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 58
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com formação, qualificação e treinamento compatíveis com a atividade proposta de preservação da segurança; b) mão de obra contratada para ensaios não destrutivos certificada segundo regulamentação vigente e, para outros serviços de caráter eventual, selecionada e avaliada segundo critérios semelhantes ao utilizado para a mão de obra própria; c) serviço de inspeção de equipamentos proposto com um responsável pelo seu gerenciamento formalmente designado para esta função; d) existência de pelo menos 1 (um) PH; e) existência de condições para manutenção de arquivo técnico atualizado, necessário ao atendimento desta NR, assim como mecanismos para distribuição de informações quando requeridas; f) existência de procedimentos escritos para as principais atividades executadas; g) existência de aparelhagem condizente com a execução das atividades propostas; h) cumprimento mínimo da programação de inspeção. A certificação de SPIE e a sua manutenção estão sujeitas a Regulamento específico do INMETRO.
3. NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES Grandeza física é tudo aquilo que envolve medidas, ou seja, que pode ser medida. Medir significa comparar quantitativamente uma grandeza física com uma unidade por meio de uma escala pré-definida. Em outras palavras, medir uma grandeza física é compará-la com outra grandeza de mesma espécie, que é a unidade de medida. Verifica-se, então, quantas vezes a unidade está contida na grandeza, que está sendo medida. Nas medições, as grandezas sempre devem vir acompanhadas de unidades. Nesse sentido, por exemplo, o comprimento de uma corda pode ser medido em metros. Quando se diz que um determinado pedaço de corda tem três metros de comprimento, significa dizer que esta corda pode ser dividida em três pedaços de um metro, em que um metro é a unidade. Por outro lado, este mesmo pedaço de corda pode ser dividido em 300 pedaços de 1 centímetro, em que um centímetro também é uma unidade. Em ambos os casos, a grandeza física é a mesma: “comprimento da corda”, embora as Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 59
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unidades sejam distintas. Outros exemplos de grandezas físicas: massa, temperatura, velocidade, pressão, etc.
3.1 Potências de dez e Notação Científica Na natureza, algumas grandezas são bem maiores que a unidade empregada. Por exemplo, o diâmetro da terra é de aproximadamente 10.000.000 metros. Por outro lado, outras grandezas são bem menores que a unidade como, por exemplo, o raio de uma bactéria comum, que é de aproximadamente 0,000001 metro. Nestes casos, escrever algarismos com muitos algarismos zero é inconveniente, podendo inclusive levar a erros. Emprega-se, então, a notação com potências de dez, também conhecida como notação científica. A vantagem do uso desta notação é substituir o número de zeros da grandeza por 10, sendo este elevado a um expoente igual ao número de zeros. Por exemplo:
Diâmetro da Terra: 10.000.000 m = 10 7m
Diâmetro da bactéria: 0,000001 m = 10 -6m
No primeiro exemplo, o expoente 7 é igual ao número de zeros que aparece no número, que define o valor do diâmetro da Terra. No segundo exemplo, o expoente 6 também é o número de zeros que define o valor da grandeza “diâmetro da bactéria”, porém o expoente é negativo, o que significa que é menor que a unidade. Outros exemplos: 101=10 102=100 103=1000 10-1= 0,1 10-2= 0,01 10-3= 0,001 3 x 101 = 3 x 10 = 30 1,2 x 104= 1,2 x 10.000 = 12.000 2 x 10-1= 2 x 0,1 = 0,2 Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 60
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4,53 x 10-2= 4,53 x 0,01 = 0,0453 Observação: O número que multiplica a potência de dez deve estar, preferencialmente, entre 1 e 10. Exemplo: 34 x 103 (evitar!!!) 3
34 x 10 = 3,4 x 104 (preferível) No exemplo acima, o expoente de dez passou de 3 para 4 ( aumentou em 1), porque na transformação de 34,0 para 3,4 a vírgula se deslocou uma casa para a esquerda. Outro exemplo: 302,61 x 10-6(evitar) 302,61 x 10-6= 3,0261 x 10 -4(preferível) No exemplo acima, a vírgula de deslocou duas casas para a esquerda e o expoente de dez aumentou em 2. Por outro lado, quando a vírgula se desloca para a direita , o expoente de dez
diminui na mesma quantidade de casas decimais deslocadas. Exemplos: 0,489 x 104 (evitar) = 4,89 x 10 3 (preferível) 0,489 x 10-3(evitar) = 4,89 x 10 -4 (preferível)
3.2 Ordens de Grandeza A ordem de grandeza de uma grandeza física é a potência de dez, que mais se aproxima do valor desta, por exemplo, foi dito anteriormente que o diâmetro aproximado da Terra é de 10 7 metros. Na verdade, um valor mais real para o diâmetro da Terra é de 1,3 x 107 metros. Neste caso, diz-se que a ordem de grandeza do diâmetro da Terra é de 10 7 metros. Outros exemplos: Altura média de uma pessoa adulta: 1,70 metros = 1,7 x 10 grandeza de100metros).
0
(ordem de
Altura média de um edifício de 10 andares: 30 metros = 3 x 10 1(ordem de grandeza de101metros).
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Velocidade média de um avião comercial de grande porte: 1000 km/h (quilômetros por hora) = 1 x 10 3 km/h (ordem de grandeza 10 3 km/h). Velocidade média de um automóvel de passeio em rodovias de pista dupla: 110 km/h= 1,1 x 102 km/h (ordem de grandeza 102 km/h).
Velocidade da luz no vácuo 300.000.000 m/s (metros por segundo) = 3 x 10 8 m/s(ordem de grandeza 108 m/s). Potência média do motor de um automóvel de 1000 cilindradas: 60 CV (cavalos-vapor) = 6 x 101(ordem de grandeza de 10 1CV).
3.3 Sistema Internacional de Unidades (SI) Conforme já mencionado, toda grandeza física pode ser medida e para ser feita uma medição é necessário que se estabeleça uma unidade. Por exemplo, a unidade de comprimento oficial no Brasil é o metro, cujo símbolo é “m”. Existem outras unidades de medida de comprimento, como a polegada, a milha, a jarda, etc. que são utilizadas, principalmente, nos Estados Unidos. Devido à grande influência econômica dos Estados Unidos sobre os demais países, a polegada acaba sendo também utilizada em países como o Brasil. No entanto, o sistema de unidades oficial do Brasil e da grande maioria dos demais países é o Sistema Internacional de Unidades– SI. A tabela 1 mostra as sete unidades fundamentais do SI, além da grandeza e o símbolo correspondente a cada um. Observe a maneira correta de escrever o nome da unidade e o símbolo, por exemplo, o símbolo correto de metro é “m” e não “M”, “mts”, como comumente se encontra cotidianamente.
Tabela 1 – Unidades fundamentais do SI Grandeza
Unidade
Símbolo
Comprimento
metro
m
Massa
quilograma
kg
Tempo
segundo
S
Corrente elétrica
ampere
A
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Temperatura termodinâmica
kelvin
K
Quantidade de matéria
mol
mol
Intensidade luminosa
candela
cd
A partir destas sete unidades fundamentais, várias outras unidades podem ser derivadas. A tabela 2 apresenta as unidades derivadas mais comuns e que serão utilizadas na vida profissional técnica. A última coluna mostra como a grandeza é definida, a partir das grandezas fundamentais. Como se pode perceber na coluna “Forma analítica”, todas as unidades derivadas podem ser escritas a partir das unidades fundamentais. Novamente, observe nesta tabela a grafia correta de cada unidade e seus respectivos símbolos.
Tabela 2 – Unidades derivadas do SI Grandeza
Unidade
Símbolo
Forma Analítica
Definição
Área superficial
metro quadrado
m2
m2
m2
Volume Sólido
metro cúbico
m3
m3
m3
Velocidade
metro por segundo
m/s
m/s
m/s
Aceleração
metro por segundo quadrado
m/s2
m/s2
m/s2
Vazão Densidade volumétrica
metro cúbico por segundo quilograma por metro cúbico
ms kg/m
Ângulo plano
radiano
Frequência
hertz
Força
3
3
3
ms kg/m
ms kg/m
rad
1
m/m
Hz
1/s
1/s
newton
N
kg-m/s
kg-m/s
Pressão
pascal
Pa
kg/(m-s )
N/m N-m
Energia
joule
J
kg-m s
Potência
watt
W
kg-m2s3
J/s
Carga elétrica
coulomb
C
A-s
A-s
Tensão elétrica
volt
V
kg-m2/(s3-A)
W/A
Resistência elétrica
Ohm
Ω
kg-m /(s -A )
V/A
Capacitância
Farad
F
A s s /(kg-m )
A-s/V
Temperatura em Celsius
grau Celsius
°C
----
K- 273,2
Serão abordadas a seguir, as Grandezas principais voltadas a Norma Regulamentar 13 (NR13): a pressão, o calor e a temperatura.
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3.4 Pressão Pressão (símbolo ) é a relação entre uma determinada força e sua área de distribuição. O termo pressão é utilizado em diversas áreas da Ciência como uma grandeza escalar, que mensura a ação de uma ou mais forças sobre um determinado espaço, podendo este ser líquido, gasoso ou mesmo sólido. A pressão é uma propriedade intrínseca a qualquer sistema, e pode ser favorável ou desfavorável para o homem: a pressão que um gás ou vapor exerce sobre a pá de uma hélice, por exemplo, pode ser convertida em trabalho. Por outro lado, a pressão da água nas profundezas do oceano é um dos grandes desafios para os pesquisadores, que buscam novas fontes de recursos naturais. Para exemplificar esta grandeza, pode ser considerada uma seringa com água dentro. Se o êmbolo for pressionado com certa força, a razão entre esta força e a área do êmbolo é a chamada pressão da água dentro da seringa. Matematicamente, a pressão é definida como sendo: = F/A Em que: = pressão [Pa] F = força [N] A = área [m2] A unidade de pressão é a unidade de força dividida pela unidade de área. Como a unidade de força no SI é [N] e a de área é [m²], a unidade de vazão no SI é [N/m²], que também é conhecida como [Pa] (Pascal). No entanto, outras unidades são usuais, como [kgf/mm²], [lbf/pol²], [bar], entre outras. 3.4.1 Pressão Atmosférica
Pressão atmosférica é a pressão que o ar da atmosfera exerce sobre a superfície do Planeta. Essa pressão pode mudar de acordo com a variação de altitude, ou seja, quanto maior a altitude menor a pressão e, consequentemente, quanto menor a altitude maior a pressão exercida pelo ar na superfície terrestre. Em 1643, o matemático e físico italiano, Evangelista Torricelli, conseguiu determinar a medida da pressão atmosférica em nível do mar. Primeiramente, ele encheu um tubo de, aproximadamente, um metro de comprimento com mercúrio, e logo em seguida, mergulhou o tubo em um recipiente também com mercúrio como mostra a figura abaixo, logo após ele notou que o mercúrio descia um pouco, se estabilizando aproximadamente a 76 cm acima da superfície.
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Torricelli interpretou essa experiência dizendo que o que mantinha a coluna de mercúrio nesta altura era a pressão atmosférica. A coluna de 76 cm só é obtida em nível do mar, pois quando a altitude varia a pressão atmosférica também varia como citado anteriormente. Com essa experiência define-se que ao nível do mar 1 atm (uma atmosfera) é a pressão equivalente a exercida por uma coluna de 76cm de mercúrio, em que g = 9,8 m/s², portanto: 1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg = 1,01.105 Pa
3.4.2 Pressão Interna de um Vaso Vasos de pressão são todos os reservatórios, de qualquer tipo, dimensões ou finalidades, não sujeitos à chama, fundamentais nos processos industriais, que contenham fluidos ou gases e sejam projetados para resistir, com segurança, a pressões internas diferentes da pressão atmosférica, ou submetidos à pressão externa, cumprindo assim a função básica de armazenamento. O projeto e a construção de vasos de pressão envolve uma série de cuidados especiais e exige o conhecimento de normas e materiais adequados para cada tipo de aplicação, pois as falhas em vasos de pressão podem acarretar consequências catastróficas até mesmo com perda de vidas, sendo considerados os vasos de pressão equipamentos de grande periculosidade. A pressão interna de um vaso é a força exercida pelos fluidos ou gases neste contidos as paredes vaso. do Quanto a pressão interna, maior será acom forçao exercida contra pelo fluido contra adoparede vaso maior e maior será a diferença de pressão exterior o que aumenta a tensão de tração do vaso. Para estabelecer qual a pressão interna aceitável para um vaso são levados em conta todos os fatores, desde a espessura do vaso, o tipo de solda a que foi submetido, o sistema de segurança instalado, entre outros fatores. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 65
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3.4.3 Pressão Manométrica, Pressão Relativa e Pressão Absoluta Os manômetros de ponteiros, geralmente, medem a diferença de pressão existente entre um meio e a pressão atmosférica, Se a pressão medida for maior que a pressão atmosférica, a diferença é conhecida como pressão manométrica ou relativa e se inferior à atmosférica é comumente denominada de vácuo.
A pressão atmosférica depende da altitude do local
A pressão relativa, medida pelos manômetros de ponteiro, pode ser definida como sendo a pressão que se acrescenta à pressão atmosférica existente, enquanto que o vácuo será o valor decrementado. Portanto, a pressão absoluta é o resultado da soma da pressão relativa (manométrica) e a pressão atmosférica. Quando se tratar de vácuo, se determina subtraindo o valor de pressão indicado no vacuômetro do valor medido por um barômetro. Em termos práticos: Se a pressão atmosférica é de 690 mmHg e o vacuômetro colocado no coletor de admissão indica 450 mmHg, qual é o valor da pressão absoluta no coletor? P. absoluta = P. atm – P. vacuômetro = 680 – 450 = 240 mmHg
Resultado: A pressão absoluta no coletor é 240 mmHg ou ~32 kPa ou 320 mbar.
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Cuidado! É muito comum confundir a pressão de tubo alimentação, coletor de admissão e componentes relacionados a este, pois alguns manuais expressam valores absolutos, enquanto que outros apresentam valores relativos. 3.4.5 Unidades de Pressão Sendo a definição de pressão: força por unidade de área, analogamente a unidade será newton por metro². Em homenagem a Blaise Pascal, por suas diversas contribuições relativas à pressão, pressão mecânica e hidrostática, a unidade no Sistema Internacional para medir pressão é o Pascal (Pa). Em geral, a unidade é encontrada na forma de milhar (kPa), uma vez que as medidas de pressão, geralmente, apresentam valores altos dessa unidade. A pressão exercida pela atmosfera em nível do mar, por exemplo, corresponde a aproximadamente 101.325 Pa (pressão normal), e esse valor é, normalmente, associado a uma unidade chamada atmosfera padrão (atm).
Outras unidades Atmosfera é a pressão correspondente a 0,760m (760mm) de Mercúrio, com densidade de 13,5951 g/cm³ a uma aceleração gravitacional de 9,80665 m/s².
Bária é a unidade de pressão no Sistema CGS de unidades e vale uma dyn/cm².
Bar é um múltiplo da bária, em que 1 bar = 106 bárias.
PSI (pound per square inch), libra por polegada quadrada, é a unidade de pressão no sistema inglês/americano, em que 1 psi = 0,07 bar.
Milibar ou hectopascal é um múltiplo do pascal, em que 1 hPa = 100 Pa. Geralmente, utilizado na meteorologia.
mmHG, também chamada de Torricelli, é uma unidade de pressão antiga inventada com o surgimento do barômetro, em que 1 mmHG = 133,332 Pa.
mH2O é uma unidade relativa à pressão necessária para elevar em um metro o nível de uma coluna de água em um barômetro, sendo 1 mH²O = 9806,65 Pa.
kgf/cm² representa o peso normal do ar em nível do mar por cm², sendo 1 kgf/cm² = 98066,52 Pa. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Tabela de conversão de unidades Nomenclatura Atmosfera Unidade Atmosfera Pascal
Atm 9,869×10-
milibar ou mmHg mH2O kgf/cm² hectopascal Pa Ba Bar mBar / hPa mmHg mH2O kgf/cm² 6 1,01325×105 1,01325×10 1,01325 1013,25 760,0 10,33 1,033 10 10 0,01 7,501×10 1,020×10- 1,019×10Pascal
-
Bária Bar mBar ou hPa mmHg mH2O kgf/cm²
Bária
Bar
-
-
-
-
9,869×10 0,1 10 0,001 7,501×10 1,020×10 1,020×10 0,9869 100000 1000000 1000 750,1 10,20 1,020 -4 -2 9,869×10 100 1000 0,001 0,7501 1,020×10 10,20 1,316×10- 133,3 1333 1,333×10 1,3331,360×10 13,60 9,678×10- 9807 9,807×10 9,807×10 98,06 73,56 0,100 0,968 9,810×10 9,810×10 0,9810 981,0 735,8 10,00
3.5 Calor e Temperatura 3.5.1 Noções Gerais: O que é Calor e o que é Temperatura Calor
Quando se coloca em contato térmico dois corpos de temperatura diferentes, nota-se que esses buscam uma situação de equilíbrio térmico, no qual as temperaturas se tornam iguais. Para que isso aconteça, o corpo de maior temperatura fornece, ao de menor temperatura, certa quantidade de energia térmica. Isso provoca uma diminuição em sua temperatura e um aumento na temperatura do corpo, inicialmente mais frio, até que se estabeleça o equilíbrio térmico. Essa energia térmica, quando e apenas enquanto está em trânsito, é denominada calor. “Calor é a energia térmica em trânsito de um corpo para outro ou de uma parte de um
corpo para outra parte desse corpo, esse trânsito é provocado por uma diferença de temperatura”.
Temperatura
É comum perceber o estado térmico de um corpo por meio da sensação de quente ou frio que se sente ao tocá-lo, mas será que se pode confiar nessas sensações? A sensação de quente ou frio é particular, quantas pessoas estão no mesmo ambiente, mas Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 68
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experimentando sensações térmicas diferentes. Agora dentro da física, como avaliar as sensações térmicas? Imagine um balão de borracha, fechado, com ar em seu interior. O ar, como se sabe, é constituído de pequenas partículas que se movimentam em todas as direções. Aquecendo esse ar, o que acontece? O balão estufa e aumenta de tamanho. O que provocou o aumento de tamanho do balão? Foi o ar em seu interior que, ao ser aquecido, empurrou mais fortemente as paredes elásticas, aumentando o volume do balão. A temperatura está relacionada com o estado de movimento ou de agitação das partículas de um corpo. Assim, em uma primeira ideia, pode-se dizer que a Temperatura é um valor numérico associado a um determinado estado de agitação ou movimentação das partículas de um corpo, umas em relação às outras. A temperatura pode ser expressa em três tipos de unidades: em Celsius (°C), Fahrenheit (°F) e Kelvin (K). “Temperatura é a grandeza que, associada a um sis tema, caracteriza seu estado térmico.”
FÓRMULAS PARA CONVERSÃO De Fahrenheit para Celsius ºC = ºF - 32 1.8 Exemplo: 158ºF corresponde a quantos ºC? ºC = 158ºF - 32 = 126 = 70 1.8 1.8
Ainda, utilize a seguinte variação para conversão: Para converter graus Fahrenheit para graus Celsius, subtraia do grau Fahrenheit 32, multiplicando o resultado por cinco, dividindo ao final por nove, que se terá o equivalente na escala Celsius. Exemplo:
(158°F - 32) x 5 9
De Celsius para Fahrenheit
↔ 126 x 5 9
↔
630 9
↔ 70 ºC
ºF = (1.8 . ºC) + 32
Exemplo: 70ºC corresponde a quantos ºF? Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 69
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ºF = 1.8 x ºC + 32 = 1.8 x 70 + 32= 126 + 32 = 158°F
Ou, ainda, utilize a seguinte variação para conversão: Para converter graus Celsius para graus Fahrenheit, multiplique o grau Celsius por 9, divida o resultado por 5 e some ao final 32 que você terá o equivalente na escala Fahrenheit. Exemplo:
70°C x 9 + 32 5
De Celsius para Kelvin
↔ 630 + 32 5
↔ 126 + 32
↔ 158 ºF
K = ºC + 273,15
Exemplo: 70ºC corresponde a quantos K? K = 70 ºC + 273,15 = 343,15K
3.5.2 Modos de Transferência de Calor Há três mecanismos conhecidos para transferência de calor: radiação, condução e convecção, como se pode observar na figura abaixo.
A radiação consiste de ondas eletromagnéticas viajando com a velocidade da luz. Como a radiação é a única que pode ocorrer no espaço vazio, esta é a principal forma pela qual o sistema Terra-Atmosfera recebe energia do Sol e libera energia para o espaço. A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em contato físico direto. Na condução, a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o calor) é transferida por colisões entre átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 70
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temperaturas mais altas (moléculas com maior energia cinética) para as temperaturas mais baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das substâncias para conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são melhores condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Em um extremo, metais são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor de calor. Consequentemente, a condução só é importante entre a superfície da Terra e o ar diretamente em contato com a superfície. Como meio de transferência de calor para a atmosfera, como um todo, a condução é o menos significativa e pode ser omitida na maioria dos fenômenos meteorológicos. A convecção somente ocorre em líquidos e gases. Consiste na transferência de calor dentro de um fluído por meio de movimentos do próprio fluido. O calor ganho na camada mais baixa da atmosfera, por meio de radiação ou condução é mais frequentemente transferida por convecção. A convecção ocorre como consequência de diferenças na densidade do ar. Quando o calor é conduzido da superfície, relativamente quente para o ar sobrejacente, este ar torna-se mais quente que o ar vizinho. Ar quente é menos denso que o ar frio, de modo que o ar frio e denso desce e força o ar mais quente e menos denso a subir. O ar mais frio é, então, aquecido pela superfície e o processo é repetido. 3.5.3 Calor Sensível e Calor Específico Calor sensível é aquele que provoca apenas uma variação de temperatura dos corpos, diferenciando-se do calor latente, que muda a estrutura física dos mesmos. O calor específico determina a quantidade de calor que uma unidade de massa precisa perder ou ganhar para que aconteça uma redução ou elevação de uma unidade de temperatura sem, contudo, alterar sua estrutura.
Calor sensível é a quantidade de calor necessária para variar a temperatura de um corpo sem que haja variação do estado físico da matéria, ou seja, se um corpo está no estado sólido, sua temperatura pode variar para mais ou para menos e seu estado de agregação das moléculas contínuas o mesmo (sólido).
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O calor sensível é medido em cal/g.Cº. Essa medição irá informar a quantidade de calor (cal) que uma quantidade de massa (g) leva para aumentar ou diminuir sua temperatura (ºC). O calor sensível, também é chamado de calor específico, e se refere a uma unidade de massa, portanto não depende da massa do material considerado.
Capacidade Calorífica de um Corpo A capacidade calorífica de um corpo também chamada de capacidade térmica de um corpo se refere à quantidade de calor, que a massa total de um corpo precisa receber para variar a temperatura, sendo calculada por meio da seguinte equação:
Equação do Calor Sensível Para calcular o calor sensível de um material, é necessário conhecer o calor específico do mesmo. Considerando o calor específico (c) de um corpo e a variação da temperatura (∆
), a equação do calor sensível pode ser descrita da seguinte maneira: Q = m.c.∆θ Em que: Q = quantidade de calor m = massa da substância c = calor específico ∆θ = variação da temperatura
Princípio Fundamental da Calorimetria Como princípio fundamental da calorimetria se tem que se vários corpos com temperaturas diferentes trocam calor e estão isolados termicamente, os de maior temperatura cedem calor aos de menor, até que se estabeleça o equilíbrio térmico. Assim, a soma desses calores sempre é igual a zero.
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Calor específico Calor específico é a quantidade de calor necessária para variar em 1º Celsius a temperatura de um corpo. Essa grandeza é característica específica de cada material. A unidade de medida do calor específico no sistema internacional é J/kg.K (lê-se: Joule por quilograma e Kelvin) e pode ser calculado também por meio da equação da capacidade térmica:
C = m.c Em que: C = capacidade térmica de um corpo m = massa do corpo c = calor específico
3.5.4 Transferência de Calor a Temperatura Constante O estudo de transferência de calor pode ser considerado como uma continuidade do estudo da termodinâmica, sendo que esta última está apenas interessada nos estágios iniciais e finais das interações das trocas de energia de um sistema com sua vizinhança (trabalho e calor). Enquanto no estudo de transferência de calor são vistos os modos e suas respectivas taxas. Sempre que houver uma gradiente de temperatura em um meio, ou entre meios, haverá transferência de calor, que consiste no fluxo de energia térmica da maior para a menor temperatura. Quando se chega a um equilíbrio na transmissão de calor se obtém uma temperatura constante em todo o sistema a isso se chama condução em estado estacionário. Condução em estado estacionário é a forma de condução que ocorre, quando a diferença de temperatura conduzindo a condução é constante, de modo que após um tempo de equilíbrio, a distribuição espacial das temperaturas (campo de temperatura) no objeto condutor não mais se altera. Assim, todas as derivadas parciais de temperatura com relação ao espaço têm valores, mas todas as derivadas da temperatura em função do tempo são Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 73
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uniformemente nulas (possuem valor igual a zero). Por exemplo, uma barra pode ser fria em uma extremidade e quente na outra, mas depois que um estado de condução em estado estacionário é atingido, o gradiente espacial de temperatura ao longo da barra não mais se altera com o tempo. Em vez disso, a temperatura em qualquer ponto dado da haste permanece constante, e essa temperatura varia linearmente no espaço, ao longo da direção de transferência de calor. Na condução, em estado estacionário, a quantidade de calor que entra uma seção é igual à quantidade de calor que sai.
3.5.5 Vapor Saturado e Vapor Superaquecido Vapor Saturado
O vapor saturado é o tipo mais familiar de 'vapor', sendo este feito tanto de água na fase líquida quanto de água na fase gasosa. Em outras palavras, a taxa de evaporação é igual à taxa de condensação. O vapor gerado por meio do uso de uma caldeira é, fundamentalmente, vapor saturado. Ele tem muitas propriedades que o tornam uma excelente fonte de calor e, portanto, é muito usado como uma fonte de calor de 100 °C – 200 °C. O vapor saturado é muito usado como uma fonte de calor pelos seguintes motivos:
O aquecimento rápido e uniforme é possível por meio do calor latente;
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Melhora a qualidade dos produtos e a produtividade;
Pode-se estabelecer precisamente a pressão e a temperatura;
É possível controlar a pressão em vez de controlar a temperatura;
Alto coeficiente de transferência térmica;
A pequena área necessária para a transferência térmica permite uma redução dos gastos iniciais com equipamentos;
Origina-se da água e, por isso, é seguro e de baixo custo.
Levando em consideração o exposto acima, é necessário ter em mente o seguinte ao aquecer com vapor saturado:
A perda de calor por radiação faz com que parte do vapor se condense,
formando condensado, que deve ser removido por meio da instalação de purgadores de vapor nas linhas de transporte de vapor;
A eficiência do aquecimento é prejudicada se o vapor for usado no lugar de
vapor extremamente seco; Se a pressão cair devido a uma queda de pressão causada por fricção na tubulação, etc., a temperatura também pode cair.
Vapor Superaquecido
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O vapor superaquecido é criado pelo aquecimento adicional do vapor saturado, produzindo vapor com uma temperatura maior de vapor do que o vapor saturado na mesma temperatura. Este tipo de vapor é usado, principalmente, em aplicações de propulsão / acionamento, e é raramente usado em aplicações de aquecimento. Os principais motivos de o vapor superaquecido ser raramente usado como uma fonte de calor são os seguintes:
Há variações de temperatura durante o aquecimento, porque a parte superaquecida é sensível ao calor;
Tem efeito sobre a qualidade dos produtos;
Mesmo se a pressão for constante, a temperatura não pode ser estabelecida precisamente;
Não pode usar controle de pressão; Baixa eficiência de transferência térmica, devida ao baixo coeficiente de transferência térmica; Tem efeito sobre a produtividade e o gasto inicial com equipamentos.
Como se pode ver, não há vantagens em usar o vapor superaquecido ao invés do vapor saturado como fonte de calor em trocadores de calor. Por outro lado, quando visto como uma fonte de calor para aquecimento direto como um “gás de alta temperatura”, ele tem a vantagem em relação ao ar quente de poder ser usado como fonte de aquecimento em condições livres de oxigênio, e diferentes pesquisas têm sido realizadas em aplicações de processamento de alimentos, tais como: cozimento e secagem. Os principais motivos de o vapor superaquecido ser usado como uma fonte motriz de turbinas são os seguintes: Para manter a secura do vapor em equipamentos movidos a vapor, em que o desempenho seja prejudicado pela presença de condensado;
Para melhorar a eficiência térmica.
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O vapor em estado superaquecido é vantajoso tanto para o abastecimento quanto para a descarga, pois nenhum condensado gerador de erosão será gerado dentro do equipamento movido a vapor. Além disso, como a eficiência térmica teórica da turbina é calculada a partir do valor de entalpia na entrada e na saída da turbina, ao aumentar o grau de superaquecimento e a pressão, a entalpia aumenta no lado da entrada da turbina, sendo eficaz, portanto para aumentar a eficiência térmica.
3.5.6 Tabela de Vapor Saturado
Tabela de vapor saturado - Referência de pressão Entalpia Pressão Temp espec da abs saturação água
Entalpia Entalpia Volume espec de espec do espec da vaporiz vapor água
Volume Entropia espec do espec da vapor água
Entropia Entropia espec de espec do vaporiz vapor
Calor espec vapor
Calor espec vapor
pabs
tsat
hf
hfg
hg
vf
vg
sf
sfg
sg
cv
cp
bar
°C
kJ/kg
kJ/kg
kJ/kg
dm³/kg
m³/kg
kJ/kg K
kJ/kg K
kJ/kg K
kJ/kg K
kJ/kg K
1
99,6
417,5
2257,6
2675,2
1,043
1,694
1,303
6,056
7,359
1,525
2,043
32 4 5 6 7 8 9 10
120,2 133,6 143,6 151,9 158,9 165,0 170,4 175,4 179,9
504,8 561,6 604,9 640,4 670,7 697,4 721,3 743,0 762,9
2201,7 2163,7 2133,6 2108,2 2086,0 2066,0 2047,7 2030,7 2014,8
2706,6 2725,3 2738,6 2748,7 2756,7 2763,4 2768,9 2773,7 2777,8
1,060 1,073 1,083 1,092 1,100 1,107 1,114 1,120 1,126
0,886 0,606 0,462 0,375 0,316 0,273 0,240 0,215 0,194
1,530 1,672 1,777 1,861 1,932 1,993 2,046 2,095 2,139
5,597 5,320 5,119 4,960 4,829 4,715 4,616 4,527 4,447
7,127 6,992 6,896 6,821 6,760 6,708 6,663 6,622 6,586
1,577 1,616 1,651 1,682 1,710 1,736 1,762 1,785 1,808
2,127 2,195 2,256 2,312 2,365 2,415 2,464 2,511 2,557
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11 12 13 14 15 16 17 18 19
184,1 188,0 191,6 195,1 198,3 201,4 204,3 207,2 209,8
781,4 798,7 815,0 830,3 844,9 858,8 872,0 884,7 897,0
1999,9 1985,7 1972,1 1959,1 1946,7 1934,6 1923,0 1911,7 1900,7
2781,3 2784,4 2787,1 2789,5 2791,5 2793,4 2795,0 2796,4 2797,7
1,131 1,137 1,142 1,147 1,152 1,157 1,162 1,166 1,170
0,177 0,163 0,151 0,141 0,132 0,124 0,117 0,110 0,105
2,179 2,217 2,252 2,284 2,315 2,344 2,372 2,398 2,423
4,374 4,306 4,243 4,184 4,129 4,077 4,027 3,980 3,935
6,553 6,523 6,495 6,468 6,444 6,421 6,399 6,378 6,358
1,830 1,852 1,873 1,893 1,912 1,931 1,950 1,969 1,987
2,602 2,646 2,689 2,732 2,775 2,816 2,858 2,899 2,940
pabs
tsat
hf
hfg
hg
vf
vg
sf
sfg
sg
cv
cp
20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
212,4 214,9 217,3 219,6 221,8 224,0 226,1 228,1 230,1 232,0 233,9 235,7 237,5 239,2 240,9 242,6 244,2 245,8 247,4 248,9 250,4
908,7 920,1 931,0 941,7 952,0 962,0 971,7 981,2 990,5 999,5 1008,3 1016,9 1025,4 1033,6 1041,7 1049,7 1057,5 1065,1 1072,6 1080,0 1087,3
1890,0 1879,6 1869,5 1859,5 1849,8 1840,2 1830,9 1821,7 1812,6 1803,7 1795,0 1786,3 1777,8 1769,4 1761,2 1753,0 1744,9 1736,9 1729,0 1721,1 1713,4
2798,8 2799,7 2800,5 2801,2 2801,8 2802,2 2802,6 2802,9 2803,1 2803,2 2803,3 2803,3 2803,2 2803,1 2802,9 2802,6 2802,3 2802,0 2801,6 2801,1 2800,7
1,175 1,179 1,183 1,187 1,191 1,195 1,199 1,203 1,207 1,210 1,214 1,217 1,221 1,225 1,229 1,232 1,236 1,239 1,242 1,245 1,249
0,100 0,095 0,091 0,087 0,083 0,080 0,077 0,074 0,071 0,069 0,067 0,065 0,062 0,061 0,059 0,057 0,055 0,054 0,052 0,051 0,050
2,447 2,470 2,492 2,514 2,534 2,554 2,574 2,592 2,611 2,628 2,645 2,662 2,679 2,694 2,710 2,725 2,740 2,754 2,769 2,783 2,796
3,892 3,851 3,812 3,774 3,737 3,702 3,667 3,634 3,602 3,571 3,540 3,510 3,482 3,453 3,426 3,399 3,373 3,347 3,322 3,297 3,273
6,340 6,322 6,304 6,288 6,272 6,256 6,241 6,227 6,213 6,199 6,186 6,173 6,160 6,148 6,136 6,124 6,113 6,101 6,090 6,080 6,069
2,004 2,022 2,039 2,055 2,072 2,088 2,104 2,120 2,136 2,151 2,166 2,181 2,196 2,211 2,226 2,240 2,254 2,268 2,282 2,296 2,310
2,981 3,021 3,062 3,102 3,142 3,182 3,222 3,262 3,301 3,341 3,381 3,421 3,461 3,501 3,541 3,581 3,621 3,661 3,702 3,742 3,783
Calor espec vapor
Calor espec vapor
Tabela de vapor saturado - Referência de temperatura Temp Pressão saturação abs
Entalpia espec da água
Entalpia Entalpia Volume espec de espec do espec da vaporiz vapor água
Volume Entropia espec do espec da vapor água
Entropia Entropia espec de espec do vaporiz vapor
tsat
pabs
hf
hfg
hg
vf
vg
sf
sfg
sg
cv
cp
°C
bar
kJ/kg
kJ/kg
kJ/kg
dm³/kg
m³/kg
kJ/kg K
kJ/kg K
kJ/kg K
kJ/kg K
kJ/kg K
100
1,01
419,10
2256,66
2675,76
1,0437
1,674
1,307
6,048
7,355
1,526
2,044
105 110 115 120 125 130 135 140
1,21 1,43 1,69 1,98 2,32 2,70 3,13 3,61
440,22 461,37 482,57 503,81 525,10 546,44 567,83 589,28
2243,39 2229,93 2216,28 2202,42 2188,33 2174,00 2159,43 2144,59
2683,61 2691,31 2698,85 2706,23 2713,43 2720,44 2727,26 2733,87
1,0477 1,0519 1,0562 1,0606 1,0652 1,0700 1,0750 1,0801
1,420 1,211 1,037 0,892 0,771 0,669 0,582 0,509
1,363 1,419 1,474 1,528 1,582 1,635 1,687 1,739
5,933 5,820 5,710 5,602 5,496 5,393 5,291 5,191
7,296 7,239 7,183 7,130 7,078 7,027 6,978 6,930
1,538 1,550 1,562 1,576 1,590 1,605 1,621 1,638
2,062 2,082 2,103 2,126 2,150 2,176 2,203 2,233
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145 150 155 160 165 170 175 180 185 190 195
4,15 4,76 5,43 6,18 7,00 7,91 8,92 10,02 11,22 12,54 13,98
610,78 632,35 653,98 675,69 697,46 719,32 741,26 763,28 785,41 807,63 829,97
2129,47 2114,06 2098,34 2082,30 2065,91 2049,17 2032,05 2014,54 1996,61 1978,25 1959,43
2740,26 2746,41 2752,33 2757,99 2763,38 2768,49 2773,30 2777,82 2782,01 2785,88 2789,40
1,0853 1,0908 1,0964 1,1022 1,1082 1,1145 1,1209 1,1275 1,1344 1,1415 1,1489
0,446 0,393 0,347 0,307 0,273 0,243 0,217 0,194 0,174 0,157 0,141
1,791 1,842 1,893 1,943 1,993 2,042 2,091 2,140 2,188 2,236 2,284
5,093 4,996 4,901 4,807 4,715 4,624 4,534 4,446 4,358 4,271 4,185
6,884 6,838 6,794 6,750 6,708 6,666 6,625 6,585 6,546 6,507 6,469
1,656 1,674 1,694 1,715 1,736 1,759 1,784 1,809 1,835 1,863 1,892
2,265 2,299 2,335 2,374 2,415 2,460 2,507 2,558 2,612 2,670 2,731
tsat
pabs
hf
hfg
hg
vf
vg
sf
sfg
sg
cv
cp
200 205 210 215 220 225 230 235 240 245 250
15,54 17,23 19,06 21,04 23,18 25,48 27,95 30,60 33,45 36,49 39,74
852,42 874,99 897,70 920,54 943,54 966,70 990,04 1013,55 1037,27 1061,20 1085,35
1940,14 1920,35 1900,04 1879,19 1857,76 1835,73 1813,07 1789,74 1765,72 1740,96 1715,43
2792,56 2795,34 2797,74 2799,73 2801,30 2802,43 2803,10 2803,30 2802,99 2802,16 2800,78
1,1565 1,16 1,1726 1,18 1,1900 1,20 1,2087 1,22 1,2291 1,24 1,2513
0,127 0,115 0,104 0,095 0,086 0,078 0,072 0,065 0,060 0,055 0,050
2,331 2,378 2,425 2,471 2,518 2,564 2,610 2,656 2,701 2,747 2,793
4,100 4,016 3,933 3,850 3,767 3,685 3,603 3,522 3,441 3,360 3,279
6,431 6,394 6,357 6,321 6,285 6,249 6,213 6,178 6,142 6,107 6,072
1,923 1,954 1,988 2,022 2,058 2,096 2,135 2,175 2,217 2,261 2,306
2,797 2,867 2,943 3,023 3,109 3,201 3,299 3,405 3,519 3,641 3,772
4. EQUIPAMENTOS DE PROCESSO
Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa. Vasos de pressão estão sempre submetidos, simultaneamente, à pressão interna e à pressão externa. Mesmo vasos que operam com vácuo estão submetidos a estas pressões, pois não existe Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 79
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vácuo absoluto. O que usualmente se denomina vácuo é qualquer pressão inferior à atmosférica. O vaso é dimensionado considerando-se a pressão diferencial resultante atuando sobre as paredes, que poderá ser maior internamente ou externamente. Há casos em que o vaso de pressão deve ser dimensionado pela condição de pressão mais severa, a exemplo de quando não exista atuação simultânea das pressões interna e externa. Vasos de pressão podem ser construídos de materiais e formatos geométricos variados, em função do tipo de utilização a que se destinam. Desta forma, existem vasos de pressão esféricos, cilíndricos, cônicos e outros, sendo estes construídos em aço carbono, alumínio, aço inoxidável, fibra de vidro e outros materiais. Os vasos de pressão podem conter líquidos, gases ou misturas destes. Algumas aplicações são: armazenamento final ou intermediário, amortecimento de pulsação, troca de calor, contenção de reações, filtração, destilação, separação de fluidos, criogenia etc. A NR-13 se aplica a vasos de pressão instalados em unidades industriais, e outros estabelecimentos públicos ou privados, tais como: hotéis, hospitais, restaurantes etc.
4.1 Trocadores de Calor O trocador de calor é um equipamento com a finalidade de realizar o processo de troca térmica entre dois sistemas, fluido quente e fluido frio. Essa troca pode ser feita entre sistemas separados ou misturando os fluidos. Este processo é amplamente aplicado em diversos setores da engenharia como, por exemplo, em aquecedores, em refrigeração, em condicionamento de ar, em recuperação de calor, em usinas de geração de energia, em plantas químicas, em plantas petroquímicas, em refinaria de petróleo, em processamento de gás natural e em tratamento de águas residuais.
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4.1.1 Funcionamento Existem três princípios diferentes nos quais se baseiam os trocadores de calor, sendo o último o mais comum na indústria, pois não há contato entre os dois fluídos e, assim, podem ser reaproveitados. Os demais possuem aplicações específicas.
Pela mistura de fluidos: Dois fluidos de temperaturas diferentes se misturam em um único sistema, alcançando uma mesma temperatura final. Pode ocorrer tanto em ambiente aberto, quanto em sistema fechado.
Com armazenagem intermediária: Os fluidos quentes e frios são escoados, alternadamente, na mesma passagem. Quando o fluido quente atravessa a passagem, o calor é armazenado na parede e no enchimento do trocador, em seguida, o fluido frio atravessa o trocador de calor e absorve o calor armazenado. Geralmente, esse método é usado em gases.
Através de uma parede que separa os fluidos: os fluidos escoam no trocador sem contato direto, através de tubulações distintas, separadas por paredes de alta condutibilidade térmica. Geralmente essas paredes são feitas de metais, como o cobre e o alumínio, ou ligas metálicas. O escoamento pode ocorrer de duas formas, em correntes paralelas, em que os dois fluidos entram do mesmo lado do trocador e fluem no mesmo sentido, ou entram em lados opostos e fluem em sentido contrário ou em correntes cruzadas, nas quais os fluidos escoam perpendicularmente. De modo geral, o escoamento em corrente cruzada é bastante aplicado em aquecimento de gases e sistemas de refrigeração.
4.1.2 Figuras de Equipamentos
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Trocadores de calor do tipo casco e tubo modelo Basco Type 500 Fonte: API Heat Transfer
Trocadores de calor de placas modelo Schmidt Gasketed Fonte: API Heat Transfer
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Trocadores de calor do tipo duplo tubo modelo Basco Hairpin Fonte: API Heat Transfer
4.1.3 Representação Esquemática em Fluxograma
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Representação esquemática de um trocador de calor em fluxograma Fonte: Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Na figura o registro do termo frequência precisa ser corrigido.
4.1.4 Principais Tipos de Trocadores de Calor Na indústria de processos químicos, o princípio mais aplicado é a de troca de calor sem contato direto entre os fluidos. Os principais tipos são:
Duplo Tubo: O trocador de calor tipo duplo tubo segue o princípio de funcionamento com fluidos sem contato direto, podendo aplicar a corrente paralela ou corrente cruzada. Este tipo é composto por dois tubos concêntricos, um inserido no outro. Tanto o fluido quente quanto o fluido frio podem escoar no tubo interno. As principais vantagens identificadas no uso desse tipo envolvem a facilidade de construção e de montagem, ampliação de área, facilidade de manutenção e de acesso para limpeza.
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Casco e Tubo: O trocador de calor tipo casco e tubo também segue o princípio de funcionamento, no qual não há contato direto entre fluidos. Este equipamento possui tubos, em seu interior, nos quais circula um dos fluidos, enquanto o outro circula entre o casco e as paredes dos tubos. Para garantir uma maior transferência de calor, o fluido que circula externamente é desviado por placas dispostas de modo transversal no interior da carcaça, como mostra a figura abaixo. Este tipo de trocador é de amplo uso na indústria de processos químicos, além disso, é de fácil limpeza e de menor custo.
Esquema de trocador de calor do tipo casco e tubo Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais
De Placas: O trocador de calor deste tipo é formado por placas de metal enfileiradas, que são unidas por compressão e sustentadas por barras. Essas placas possuem aberturas, tanto na parte superior quanto na inferior, para o escoamento dos fluidos, nas quais um dos fluidos circula pelo lado direito e o outro pelo esquerdo, em corrente em sentidos opostos. Entre as placas existem gaxetas – borrachas de vedação – que formam uma espécie de tubo pelo qual os fluidos escoam. Essas gaxetas estão dispostas de forma que se permita a passagem alternada dos fluidos entre as placas. Existem placas dos tipos: planas, aletadas, espirais, entre outras.
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Esquema de trocador de calor de placas Fonte: Almathi
4.1.5 Aplicações na Indústria Os trocadores de calor são fundamentais na indústria e nas pesquisas científicas, sendo exemplos de trocadores de calor, as torres de refrigeração de água, de refrigeração em geral, recuperadores, condensadores e caldeiras. Também é utilizado na produção de bebidas destiladas. As torres de refrigeração são utilizadas para o resfriamento de água para a indústria. A água quente goteja da parte superior da torre e encontra uma corrente de ar em temperatura ambiente. O ar flui em corrente contrária devido a um exaustor no topo da torre.
Esquema de torre de refrigeração Fonte: MPSC Engenharia
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A troca de calor ocorre por contato direto entre o ar e a água. Assim, a água é resfriada e pode ser reaproveitada. Na refrigeração, em geral, são usados dois trocadores de calor em sistema fechado, com um único gás, o fréon (um fluorcarboneto não inflamável qualquer). Inicialmente, o gás frio passa por um compressor e se torna um gás de alta pressão e, assim, a temperatura aumenta. Então, o gás passa pelo primeiro trocador de calor, no qual perde calor para o meio externo. Em seguida, este passa por uma válvula e se expande, fazendo com que a temperatura diminua e fique menor do que antes deste ser comprimido. Esse gás frio passa pelo segundo trocador de calor, resfriando um determinado ambiente. Após atravessar o trocador, ganha temperatura e retorna ao compressor, dando continuidade ao ciclo.
Diagrama do ciclo de refrigeração Fonte: How Stuff Works
Os recuperadores se baseiam em um trocador de calor tipo duplo tubo. Em um dos tubos existe um fluido quente e no outro um fluido, que necessita ser aquecido. Assim, o trocador de calor aproveita a energia térmica para aquecer o outro fluido. Os condensadores são empregados em processos de separação de misturas por destilação, sendo estes responsáveis pela condensação de vapores de substâncias, que foram separadas no processo de destilação. Esse método é comum na extração de óleos e na purificação de líquidos.
4.1.6 Manutenção Para que a integridade do trocador de calor seja mantida, é preciso que haja uma frequente inspeção das peças. Para verificar se as paredes do trocador estão em bom estado são usados dois métodos: o método do gás hélio e o método da corrente parasita. O método do gás hélio consiste em encher o trocador com o gás e verificar se ocorreu vazamento, verificando por meio de um espectrômetro de massa, que mede a concentração do gás. Esse método é capaz de detectar e medir micro vazamentos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 87
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O método da corrente parasita se baseia em aplicar um forte campo eletromagnético no trocador de calor, gerando correntes de Foucault (correntes circulares formadas nas paredes do trocador). Essas correntes são medidas e, se estiverem abaixo do padrão, indicam um dano na estrutura metálica. Outro problema frequente com trocadores de calor é a incrustação, ou seja, a precipitação de impurezas na superfície dos tubos, quando ocorre a passagem dos fluidos. Esta situação pode ser agravada pela falta de limpeza regular do trocador e/ou do seu uso frequente. A incrustação prejudica o rendimento do trocador de calor ao diminuir o contato entre fluido e a parede do trocador. Para retirar a incrustação é necessário o uso de produtos químicos capazes de reagir com ela. Como o uso desses produtos químicos pode propiciar que ocorra a corrosão do equipamento e também contaminar o fluido, é melhor manter a limpeza regular do trocador. Trocadores de calor de placas precisam ser desmontados e limpos periodicamente. Trocadores de calor tubulares podem ser limpos por métodos como: a limpeza ácida, o jateamento e o jato de água de alta pressão.
4.2 Tubulações, Válvulas e Acessórios
O sistema de tubulações de uma unidade de processo tem a função de transportar fluidos como: ar, água, leite, solventes, combustíveis e outros. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 88
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Tal sistema é constituído de: • Tubo; • Conexões (por exemplo, cotovelos, redutores, derivações, etc.); • Flanges, juntas, parafusos; • Válvulas; • Suportes de tubulação.
4.2.1 Tubulações As tubulações envolvem um conjunto de linhas, incluindo os acessórios, projetadas por códigos específicos, destinadas ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma unidade de uma empresa dotada de vasos de pressão.
Rede geral de alimentação de água Esta rede se inicia no fornecedor de água para a caldeira. A rede de água não deve ter
vazamentos. É recomendável que a água sofra um tratamento químico antes de ser bombeada para dentro da caldeira. Considerando que foi feito o tratamento, a água é bombeada para o interior da caldeira, passando antes pelo preaquecedor (se a caldeira assim estiver equipada). Nesse trecho, dependendo da caldeira, há todo um jogo de dispositivos automáticos, que controlam o momento em que deve ser a água adicionada e o momento em que esta já é suficiente, ativando e desativando a bomba. Se a água for lançada na parte em que se tem vapor, estando esta bem mais fria, provocará um choque térmico, que poderá causar sérias consequências. Portanto, a admissão é feita abaixo do nível de água e o mais distante possível da fornalha. Não se deve injetar água fria em caldeiras quentes, quando o nível de água estiver baixo. Deve-se diminuir o fogo a até apagá-lo, esfriando a caldeira. Caso isto não seja observado, corre-se o risco do choque térmico e da provável implosão da caldeira.
Rede Geral de Óleo Combustível Esta rede começa no reservatório principal de combustível, conduzindo o mesmo até a
bomba e daí ao combustor. Os esquemas de distribuição do combustível variam, pois dependem do projeto do fabricante. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 89
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De maneira geral, dispositivos elétricos controlam a bomba e dosam o fluxo de combustível para a mistura correta com o ar. Se a rede de água não deve ter vazamentos, esta rede de combustível menos ainda, uma vez que são materiais inflamáveis, portanto podem provocar acidentes. Além disso, os combustíveis criam ainda outra condição insegura no trabalho, pois eliminam o atrito e o operador pode acidentarse por quedas, etc.
Rede Geral de Gás Inflamável Tal rede é semelhante à rede geral de óleo combustível e deve ser inspecionada com mais
frequência devido aos riscos de vazamento, aspecto extremamente perigoso em função de o material apresentar riscos de explosão e de intoxicação do operador.
Rede de Drenagem A rede de drenagem se apresenta como aquela que sai da parte mais baixa da caldeira e vai
terminar fora da caldeira. Próximo do vaso ela tem uma válvula comum. Arede conduz uma mistura de água e vapor para um local protegido, em que não possa atingir algumas pessoas. O objetivo é drenar o vaso, isto é, eliminar os detritos, sujeiras e composto de corrosão, que se acumulam dentro dele. Esta rede, normalmente, é acionada manualmente e convém estar protegida.
Rede de Vapor O vapor é um fluido pouco corrosivo, para o qual os diversos materiais podem ser
empregados, até a temperatura limite de resistência mecânica aceitável. Os limites de temperatura estão fixados, principalmente, em função da resistência à fluência dos diversos materiais. Os tubos do aço (de qualquer tipo) são ligados com solda de encaixe para diâmetro até 1 ½ -2”, e com solda de topo para diâmetros maiores. Em quaisquer tubulações para vapor, é muito importante que ocorra a perfeita e completa drenagem do condensado formado, por meio de purgadores. Para auxiliar a drenagem é feita, algumas vezes, a instalação dos tubos com um pequeno caimento constante na direção do fluxo, principalmente, em linhas de vapor saturado, nas quais é maior a formação de condensado. Alguns projetistas têm por norma colocar, também, eliminadores de ar nos pontos altos das tubulações. Todas as tubulações de vapor devem ter isolamento térmico. -Registro de saída de vapor - estabelece demanda de vapor para os utilizadores. - Rede de vapor para preaquecimento de óleo combustível no preaquecedor. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 90
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- Estabelece demanda de vapor por preaquecimento de óleo combustível no preaquecedor. - Rede de vapor para preaquecimento do óleo combustível no tanque de armazenamento. - Estabelece demanda de vapor para preaquecimento do óleo combustível no tanque de armazenamento.
4.2.2 Válvulas
Válvula Solenoide
As válvulas são comandadas eletricamente, abrindo e fechando, dando passagem ao óleo e vapor. Um bom lubrificante para a haste móvel da válvula solenoide é o grafite em pó. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 91
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Nas cadeiras flamotubulares com queima a óleo ou a gás, o óleo diesel, ou gás, para a chama piloto é controlada por uma válvula solenoide, dotada de uma bobina que, quando energizada, atrai o obturador pelo campo eletromagnético formado, abrindo a passagem do combustível.
Válvula Principal de Saída de Vapor Este tipo de válvula permite a vazão de todo o vapor produzido pelo vaso de pressão. Na
maior parte das aplicações são válvulas do tipo globo, por assegurarem controle mais perfeito da vazão. A válvula conhecida como gaveta é aplicada em grandes unidades, sem responsabilidade sobre o controle da vazão.
Válvula de Alimentação A válvula de alimentação se destina a permitir ou interromper o suprimento de água no
gerador de vapor e este tipo de válvula é do tipo globo com passagem reta (figura abaixo).
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Válvulas de Escape de Ar
A válvula de escape de ar é outra válvula do tipo globo, que controla a saída ou entrada de ar na caldeira, nos inícios e fins de operação.Apresenta dimensões de ¾ “a 1”.
Válvula de Retenção
Geralmente, a válvula de alimentação permanece totalmente aberta. As válvulas de retenção são colocadas logo após a anterior e impedem o retorno da água, sob pressão, do interior da caldeira (figura abaixo).
Válvulas de Descarga
As válvulas de descarga também são conhecidas como válvulas de dreno e têm a função de permitir a purga da caldeira.
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Estas válvulas estão sempre ligadas às partes mais inferiores das caldeiras. O lodo do material sólido em suspensão, geralmente, acumulado no fundo dos coletores ou também inferiores das caldeiras é projetado violentamente para fora da unidade, quando se abrem estas válvulas. Há dois tipos de válvulas de descarga, que se instalam em série: 1º Válvula de descarga lenta, cuja função principal é assegurar a perfeita vedação do sistema. É uma válvula de passagem reta do tipo globo. 2º Válvula de descarga rápida, que abre a secção plena, instantaneamente, assegurando a vazão da água com violência capaz de arrastar os depósitos internos. Além da descarga de fundo de caldeira de certo porte, estas válvulas recebem outro sistema de descarga para assegurar uma dessalinização contínua da água feita por meio de válvula globo agulha.
Válvula de Vapor de Serviço
A válvula de vapor de serviço é uma válvula do tipo globo, cuja secção corresponde a 10% da válvula principal, cuja função implica assegurar o suprimento de vapor para acionamento de órgãos da própria caldeira, como:
Bombas de alimentação;
Aquecimento de óleo;
Injetores;
Válvulas de Introdução de Produtos Químicos e de Descarga Contínua
Tais válvulas são ambas do tipo globo agulha de fina regulagem. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 94
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A primeira se emprega, quando se procede ao tratamento interno de água da caldeira, permitindo a vazão regulada de produtos químicos. A segunda assegura a descarga contínua da caldeira, a fim de manter a concentração de sólidos totais em solução na água, aquém dos limites máximos permitidos para evitar incrustações.
Válvulas de Alívio A denominada válvula de alívio e uma válvula instalada na parte superior do preaquecedor de
óleo, para evitar que o óleo combustível atinja pressões superiores aos níveis adequados no mesmo.
4.2.3 Acessórios
Preaquecedor de água
O preaquecedor de ar é um equipamento que tem a finalidade de aproveitar o calor dos gases no aquecimento do ar necessário à combustão. O preaquecedor transfere o calor dos gases quentes para o ar que está entrando para a combustão.
Classificação Os preaquecedores podem ser classificados, de acordo com o princípio de operação, em:
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a) Preaquecedor regenerativo: Nos preaquecedores regenerativos, o calor dos gases de combustão é transferido indiretamente para o ar, por meio de um elemento de “armazenagem”, pelo qual passa o ar e o gás de combustão, alternadamente.
Preaquecedor de ar regenerativo
a) Preaquecedor com colmeia metálica Esse preaquecedor é constituído de placas de aço finas e corrugadas, que são aquecidas quando da passagem dos gases de combustão e resfriadas quando da passagem do ar. Seu formato assemelha-se a uma roda gigante, girando lenta e uniformemente.
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c) Preaquecedor com colmeia refratária Os gases quentes, ao passarem pela colmeia refratária trocam o calor com o frio para a combustão.
Economizador
O economizador tem por finalidade aquecer a água de alimentação da caldeira. Normalmente, está localizado na parte alta da caldeira entre o tambor de vapor e os tubos geradores de vapor, sendo que os gases são obrigados a circular através dele, antes de saírem pela chaminé.
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Existem vários tipos de economizadores e na construção deste podem ser empregados tubos de aço maleável ou tubo de aço fundido com aletas. Os economizadores podem ser:
SEPARADO
Este tipo denominado de separado pode ser usado nas caldeiras de baixa pressão (25 kg/cm2), sendo construído, geralmente, de tubos de aço ou ferro fundido com aletas e, em seu interior circula a água e por fora os gases de combustão.
INTEGRAL
O tipo integral pode ser empregado na maioria dos geradores de vapor, apesar de requerer mais cuidados que o economizador em separado. Deverá ser retirado da água de alimentação todo o gás carbônico e o oxigênio, isto porque, quando estes elementos são aquecidos aumentam a corrosão dos tubos. Este economizador tem grande capacidade de vaporização e é constituído por uma serpentina e tubos de aço maleável. A corrosão nos tubos dos economizadores pode ser tanto de dentro para fora como de fora para dentro. Os furos de fora para dentro são causados pelos gases que aquecem e arrastam enxofre contido no óleo. Ao se juntarem com o oxigênio e com outros elementos contidos nos gases se tem a formação de um poderoso agente corrosivo (Ácido sulfúrico, por exemplo). Os furos de dentro para fora são causados pela circulação da água não tratada, que contêm oxigênio e gás carbônico, principais agentes da corrosão interna dos tubos.
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Superaquecedor
a) Considerações sobre o vapor saturado superaquecido. Se for aquecida a água em um recipiente fechado, quando a água atingir certa temperatura esta se transforma em vapor (temperatura de 100ºC aproximadamente, ao nível do mar). Enquanto existir água dentro do recipiente, o vapor será saturado e a temperatura não aumentará. Mantendo-se o aquecimento até que toda a água se evapore se terá o vapor superaquecido, com o consequente aumento de temperatura. Este processo de superaquecimento do vapor seria impraticável nas caldeiras, pois quando a água evaporasse, os tubos se queimariam e, também, não haveria uma demanda suficiente na rede de vapor. Assim sendo, são empregados aparelhos destinados a elevar a temperatura do vapor sem prejuízo para a caldeira. O vapor saturado é mais indicado para uso em aquecimento, uma vez que devido à mudança de fase que permite a troca de calor e de temperatura constante, apresentando como inconveniente a grande formação de condensado. O vapor superaquecido é utilizado em turbinas a vapor, devido ausência de umidade exigida para operar nessas turbo-máquinas por questões de deterioração das pás, vibração e queda de rendimento. Contudo, existem situações de utilização do vapor superaquecido para aquecimento e processo, sendo o caso em que se têm extensas tubulações de vapor, isto é, a parcela de calor de superaquecimento serve para vencer as perdas térmicas da linha, chegando ao processo como vapor saturado com um mínimo de umidade (~2%), necessário para determinados processos industriais.
b) Processo de superaquecimento de vapor Para superaquecer o vapor são empregados aparelhos denominados superaquecedores. Estes aparelhos, normalmente, aproveitam os gases da combustão para dar o devido aquecimento ao vapor saturado, transformando-o em vapor superaquecido. Os superaquecedores são construídos de tubos de aço em forma de serpentina, cujo diâmetro varia de acordo com a capacidade da caldeira. Estes tubos podem ser lisos ou aletados. Quando instalados dentro das caldeiras, estes estão localizados atrás do último feixe de tubos, entre dois feixes de tubos, sobre os feixes de tubo ou, ainda, sobre a fornalha. A caldeira pode apresentar o superaquecedor em separado. Neste caso, ele dependerá de uma fonte de calor para o aquecimento, normalmente, sendo instalada em outra fornalha. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 99
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Purgadores
Os purgadores são dispositivos automáticos, que servem para eliminar o condensado formado nas linhas de vapor e nos aparelhos de aquecimento, sem deixar escapar vapor. Os bons purgadores, além de removerem o condensado, eliminam também o ar e outros gases não condensáveis (CO2, por exemplo), que possam estar presentes.
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4.3 Bombas
4.3.1 Bombas Centrífugas
Definição de bomba Bombas são máquinas geratrizes, isto é, que recebem trabalho mecânico, geralmente,
fornecidos por uma máquina motriz e o transformam em energia hidráulica, comunicando ao líquido um acréscimo de energia sob as formas de energia potencial de pressão e cinética.
Classificação O modo pelo qual é feita a transformação do trabalho, em energia hidráulica, e o recurso para
que esta seja cedida ao líquido, aumentado a pressão e/ou a velocidade que permitem classificar as bombas em: a) Bombas de Deslocamento Positivo; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 101
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b) Turbobombas; c) Bombas Especiais (bombas com ejetor; pulsômetro; bomba de emissão de ar); 4.3.1.1 Bombas de Deslocamento Positivo
Características Uma partícula líquida em contato com o órgão que comunica a energia tem,
aproximadamente, a mesma trajetória que a do ponto do órgão com o qual está em contato.
Funcionamento Estas bombas possuem uma ou mais câmaras, em cujo interior o movimento de um órgão
propulsor comunica energia de pressão ao líquido, provocando o escoamento deste. O funcionamento desta bomba proporciona, então, as condições para que se realize o escoamento na tubulação de sucção até a bomba e na tubulação de recalque até o ponto de utilização. 4.3.1.2 Turbobombas
Características: Este tipo de bomba possui um órgão rotatório dotado de pás, chamado ROTOR, que exerce
sobre o líquido as forças que resultam da aceleração que o rotor imprime ao líquido. A descarga gerada depende das características da bomba, do número de rotações e das características do sistema de encanamento ao qual estiver ligada. A finalidade do rotor é comunicar à massa líquida aceleração, para que esta adquira energia cinética e se realize assim a transformação da energia mecânica de que está dotado. É em essência, um disco ou uma peça de formato cônico dotada de pás. O Rotor também é chamado de Impulsor ou Impelidor.
Tipos de Rotores Fechado: além do disco, em que se fixam as pás, existe uma coroa circular também presa as
pás, que é usada para líquidos sem substâncias em suspensão. Aberto: quando não existe essa coroa circular, usa ‐se o líquido contendo pastas, lamas, areias, esgotos sanitários. As turbobombas necessitam de outro órgão, o difusor, também chamado recuperador, no qual é feita a transformação, em energia de pressão, da maior parte da elevada energia cinética com que o líquido sai do rotor. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 102
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Tipos de Difusores ‐ De ‐
tubo reto troncônico, nas bombas axiais:
De caixa com formas de caracol ou voluta, nos demais tipos de bombas (chamado, neste
caso, simplesmente de coletor ou caracol). ‐
Entre a saída do rotor e o caracol, em certas bombas, colocam ‐se palhetas, devidamente
orientadas, as pás guias, para que o líquido que sai do rotor seja conduzido ao coletor com velocidade, direção e sentido tais que a transformação da energia cinética em energia potencial de pressão se processe com um mínimo de perdas por atrito ou turbulências. ‐
Nas bombas de múltiplos estágios, as pás guias ou diretrizes são necessárias.
Classificação das Turbobombas Classificação segundo a trajetória do líquido no Rotor a) Bomba centrífuga radial ou pura
Características: o líquido penetra no rotor paralelamente ao eixo, sendo dirigido pelas pás para a periferia, segundo trajetórias contidas em planos normais ao eixo. Vantagens: pela simplicidade, se prestam a fabricação em série, sendo generalizada a construção e estendida a utilização para grande maioria das instalações comuns de água limpa, para pequenas, médias e grandes alturas de elevação, e baixas vazões, possuindo baixo custo e maior flexibilidade de operação.
Desvantagens: quando se trata de grandes descargas e pequenas alturas de elevação, o rendimento das bombas radiais se torna baixo e o seu custo se eleva em virtude das suas dimensões, tornando pouco conveniente empregá‐las.
Utilização: Bombeamento de água limpa, água do mar, condensados, óleos, para pressões de até 16 kgf/cm² e temperaturas de até 140°C; Bombas centrífugas também de voluta, para indústria química, petroquímica, refinarias, indústria açucareira, para água quente até 300°C e pressões de até 25 kgf/cm²; Bombas de processo podem operar com temperaturas de até 400°C e pressões de até 45 kgf/cm².
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b) Bomba diagonal ou de fluxo misto O líquido sai do rotor com direção inclinada com relação ao eixo. Atende a faixa intermediária entre a centrífuga e a axial. Parte da energia fornecida ao fluido é devida à força centrífuga, parte é devida a força de arrasto. Utilizada para vazões altas e médias cargas manométricas.
c) Bombas Hélico-centrífuga O líquido penetra no rotor, axialmente, e atinge as pás, cuja borda de entrada é curva e inclinada em relação ao eixo. Segue uma trajetória que é uma curva reversa, pois as pás são de dupla curvatura e atinge a bordo de saída, que é paralela ao eixo ou ligeiramente inclinada em relação a ele.
d) Bomba helicoidal ou semiaxial O líquido atinge a borda das pás, que é curva e bastante inclinada em relação ao eixo. A trajetória é uma hélice cônica, reversa e as pás são superfícies de dupla curvatura. A borda de saída das pás é bastante inclinada em relação ao eixo. As bombas desse tipo se prestam a grandes descargas (vazões) e pequenas e médias cargas manométricas. Por serem as pás de dupla curvatura, seu projeto é mais complexo e sua fabricação apresenta alguns problemas de fundição.
e) Bomba axial ou propulsora A água sai do rotor com direção, aproximadamente, axial com relação ao eixo. Neste tipo de bomba, o rotor é também chamado de hélice. Não são propriamente bombas centrífugas, pois a força centrífuga é decorrente da rotação das pás e não é a responsável pelo aumento da energia da pressão, sendo indicada para grandes vazões e baixas alturas manométricas. A energia transmitida ao fluido é devida puramente às forças de arrasto (propulsão).
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Gráfico ‐ Campo de Emprego das Bombas
Classificação segundo número de Rotores Empregados a) Bombas de simples estágio Neste tipo de bomba de simples estágio existe apenas um rotor e, portanto, o fornecimento da energia ao líquido é feito em um único estágio (constituído por um rotor e um difusor) e não se utilizam para grandes alturas de elevação devido às dimensões excessivas, custo elevado e baixo rendimento. b) Bomba de múltiplos estágios Na bomba de múltiplos estágios, quando a altura de elevação é grande, faz‐se o líquido passar por dois ou mais rotores sucessivamente fixados ao mesmo eixo e colocados em uma caixa, cuja forma permita esse escoamento. A passagem do líquido, em cada rotor e difusor, constitui um estágio na operação de bombeamento. Tais bombas são próprias para instalações de alta pressão. Utilizadas para alimentação de caldeiras com pressões superiores a 250 kgf/cm² e para poços profundos de água ou na pressurização de poços de petróleo.
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Classificação segundo o número de Entradas para Aspiração a) Bombas de aspiração simples ou de entrada Est tipo de bomba apresenta a entrada do líquido que se faz de um lado e pela abertura circular na coroa do rotor.
b) Bombas de aspiração dupla ou de entrada bilateral Neste tipo de bomba o rotor permite receber o líquido por dois sentidos opostos. Paralelamente ao eixo de rotação. Para permitir a montagem do eixo com os rotores (ou o rotor), a carcaça da bomba é bipartida para temperatura de bombeamento acima de 205°C e/ou quando se tratar de líquidos tóxicos ou inflamáveis com densidade menor que 0,7.
4.3.1.3 Funcionamento de uma Bomba Centrífuga A bomba centrífuga necessita ser previamente cheia com o líquido a bombear, isto é, deve ser escorvada, ou seja, precisa-se retirar o ar existente no interior da bomba e da tubulação de sucção. Logo que se inicia o movimento do rotor e do líquido contido nos canais formados pelas pás, a força centrífuga decorrente deste movimento cria uma zona de maior pressão na periferia do rotor e, consequentemente, uma de baixa pressão na sua entrada, produzindo o deslocamento do líquido em direção à saída dos canais do rotor e à boca de recalque da bomba.
4.3.1.4 Potência de Bombas Centrífugas a) Potência motriz: também denominada consumo de energia da bomba é a potência fornecida pelo motor ao eixo da bomba (Lm).
b) Potência de elevação: é a potência cedida pelo rotor ao líquido (Le). c) Potência útil: é a energia aproveitada pelo líquido para seu escoamento fora da própria bomba (Lu).
4.3.1.5 Rendimento nas Bombas Centrífugas a) Rendimento Mecânico: é a relação entre a potência de elevação e a motriz r = Le = He Lm
Hm
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b) Rendimento Hidráulico: é a relação entre a potência útil e a de elevação e = Lu = Hu Le
He
c) Rendimento Total: é a relação entre a potência útil e a motriz η = Lu = Hu Lm
Hm
4.3.1.6 Associação de Bombas Centrífugas Dentre as razões que conduzem a necessidade de se associar bombas podem ser citadas: a) A inexistência no mercado de bombas que possam, isoladamente, atender a vazão necessária; b) Aumento escalonado de vazões com o correr do tempo; c) Inexistência no mercado de bombas capazes de vencer a altura manométrica de projeto. ‐
As razões (a) e (b) requerem associação, em paralelo, consistindo em fazer duas ou mais
bombas recalcarem em uma ou mais linhas comuns, de forma que cada bomba recalque uma parte da vazão. ‐
Para satisfazer a razão (c) é necessária a associação em série. Neste caso, as bombas
recalcam em linha comum, de tal forma que a anterior bombeia para a sucção da posterior, que recebe o fluido com maior quantidade de energia de pressão.
4.3.1.7 Associação de Bombas em Paralelo É recomendável neste tipo de associação que as bombas tenham as mesmas características, ou pelo menos, se apresentem muito próximas. Neste tipo de associação se tem:
Bombas operando com a mesma altura manométrica: H B1 = HB2
A vazão do sistema é: Q S = Q1 + Q2
4.3.1.8 Associação de Bombas em Série
Se duas ou mais bombas estão operando em série, as vazões se mantêm e as alturas manométricas totais se somam. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Para a associação em série, a curva resultante tem as seguintes características: HBS = HBS1 + HBS2 QS = Q1 = Q2
4.4 Turbinas e Ejetores 4.4.1 Turbinas Turbina a vapor é a máquina térmica que utiliza a energia do vapor sob forma de energia cinética. Deve transformar em energia mecânica a energia contida no vapor vivo sob a forma de energia térmica e de pressão. Embora a história registre a construção de dispositivos rudimentares, estes se baseavam nos mesmos princípios de ação ou de reação, as turbinas atuais, em épocas bastante remotas, o desenvolvimento da turbina a vapor, como um tipo realmente útil de acionador primário até a forma atual ocorreu somente nos últimos setenta anos. A turbina é um motor rotativo, que converte em energia mecânica a energia de uma corrente de água, vapor de água ou gás. O elemento básico da turbina é a roda ou rotor, que conta com paletas, hélices, lâminas ou cubos colocados ao redor de sua circunferência, de forma que o fluido em movimento produza uma força tangencial que impulsiona a roda, fazendo-a girar. Essa energia mecânica é transferida, por meio de um eixo para movimentar uma máquina, um compressor, um gerador elétrico ou uma hélice. As turbinas se classificam como hidráulicas ou de água, a vapor ou de combustão. Atualmente, a maior parte da energia elétrica mundial é produzida com o uso de geradores movidos por turbinas. A turbina a vapor é, atualmente, a mais usada entre os diversos tipos de acionadores primários existentes. Uma série favorável de características concorreu para que a turbina a vapor se destacasse na competição com outros acionadores primários, como a turbina hidráulica, o motor de combustão interna, a turbina a gás.
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COMPONENTES BÁSICOS DE UMA TURBINA Uma turbina a vapor é composta, basicamente, de:
ESTATOR (RODA FIXA) O estator é o elemento fixo da turbina (que envolve o rotor), cuja função é transformar a energia potencial (térmica) do vapor em energia cinética, por meio dos distribuidores.
ROTOR (RODA MÓVEL) O rotor é o elemento móvel da turbina (envolvido pelo estator), cuja função é transformar a energia cinética do vapor em trabalho mecânico, por meio dos receptores fixos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 109
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EXPANSOR O expansor é o órgão cuja função é orientar o jato de vapor sobre as palhetas móveis. No expansor, o vapor perde pressão e ganha velocidade. Podem ser convergentes ou convergentesdivergentes, conforme a pressão de descarga seja maior ou menor que 55% da pressão de admissão. Este órgão é montado em blocos com 1, 10, 19, 24 ou mais expansores de acordo com o tamanho e a potência da turbina e, consequentemente, terão formas construtivas específicas, de acordo com sua aplicação.
PALHETAS As palhetas são chamadas palhetas móveis, sendo aquelas que se apresentam fixadas ao rotor e fixas as que se encontram fixadas no estator. As palhetas fixas (guias, diretrizes) orientam o vapor para a coroa de palhetas móveis seguintes. As palhetas fixas podem ser encaixadas diretamente no estator (carcaça), ou em rebaixos usinados em peças chamadas de anéis suportes das palhetas fixas, que são, por sua vez, presos à carcaça. As palhetas móveis são peças com a finalidade de receber o impacto do vapor proveniente dos expansores (palhetas fixas) para movimentação do rotor. São fixadas ao aro de consolidação pela espiga e ao disco do rotor pelo malhete e, ao contrário das fixas, são removíveis,
DIAFRAGMAS Os diafragmas são constituídos por dois semicírculos, que separam os diversos estágios de uma turbina de ação multiestágio, de forma que os diafragmas são fixados no estator, suportam os expansores e abraçam o eixo sem tocá-lo. Entre o eixo e o diafragma existe um conjunto de anéis de vedação, que reduz a fuga de vapor de um para outro estágio, por meio da folga existente entre diafragma-base do rotor, de forma que o vapor só passa pelos expansores. Estes anéis podem ser fixos no próprio diafragma ou no eixo. Este tipo de vedação é chamado de selagem interna.
DISCO DO ROTOR O disco do rotor é a peça da turbina de ação destinada a receber o empalhetamento móvel. TAMBOR ROTATIVO O tambor rotativo é basicamente o rotor da turbina de reação, que possui o formato de um tambor cônico, em que é montado o empalhetamento móvel. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 110
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COROA DE PALHETAS A coroa de palhetas é o empalhetamento móvel montado na periferia do disco do rotor e dependendo do tipo e da potência da turbina pode existir de uma a cinco coroas, em cada disco do rotor.
ARO DE CONSOLIDAÇÃO O aro de consolidação é uma tira metálica, secionada, presa às espigas das palhetas móveis com dupla finalidade: aumentar a rigidez do conjunto, diminuindo a tendência à vibração das palhetas e reduzindo, também, a fuga do vapor pela periferia. Tal aro é utilizado nos estágios de alta e média pressão, envolvendo de 6 a 8 palhetas em cada seção. Nos estágios de baixa pressão é substituído por um arame amortecedor, que liga as palhetas, não por suas extremidades, mas em uma posição intermediária mais próxima da extremidade que da base da palheta.
LABIRINTOS Os labirintos são peças metálicas circulantes com ranhuras existentes nos locais, em que o eixo sai do interior da máquina atravessando a carcaça, cuja finalidade é evitar o escapamento de vapor para o exterior nas turbinas não condensantes e não permitir a entrada de ar para o interior nas turbinas condensantes. Esta vedação é chamada de selagem externa. Nas turbinas de baixa pressão se utiliza vapor de fonte externa ou o próprio vapor de vazamento da selagem de alta pressão para auxiliar a selagem, evitando-se assim não sobrecarregar os ejetores e não prejudicar o vácuo, que se obtém no condensador.
CARCAÇA A carcaça é o suporte das partes estacionárias, tais como: diafragmas, palhetas fixas, mancais, válvulas, etc. A grande maioria das turbinas é de partição horizontal, na altura do eixo, o que facilita sobremaneira a manutenção.
MANCAIS DE APOIO (RADIAIS) Os mancais de apoio são distribuídos, normalmente, um em cada extremo do eixo da turbina com a finalidade de manter o rotor em uma posição radial exata. Os mancais de apoio suportam o peso do rotor e, também, qualquer outro esforço que atue sobre o conjunto rotativo, permitindo que o mesmo gire livremente com um mínimo de atrito. Assim, são na grande maioria mancais de deslizamento, constituídos por casquilhos revestidos com metal patente, com lubrificação forçada Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 111
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(uso especial) o que melhora a refrigeração e ajuda a manter o filme de óleo entre eixo e casquilho. São bipartidos, horizontalmente, e nos casos das máquinas de alta velocidade existe um rasgo usinado no casquilho superior, que cria uma cunha de óleo forçando o eixo para cima mantendo-o em uma posição estável, isto é, que o munhão flutue sobre uma película de óleo.
MANCAIS DE ESCORA O mancal de escora é responsável pelo posicionamento axial do conjunto rotativo em relação às partes estacionárias da máquina e, consequentemente, pela manutenção das folgas axiais. Deve ser capaz de verificar ao empuxo axial atuante sobre o conjunto rotativo da máquina, que é mais acentuado nas turbinas de reação. Em turbinas de pequena potência, o mancal de escora se resume a apenas um rolamento em consequência do esforço axial ser pequeno. Para as turbinas de uso especial são usados mancais de deslizamento, cuja construção mais conhecida é a Kingsbury, que consiste em dois conjuntos de pastilhas oscilantes, revestidas de metal patente, que se apoiam um em cada lado de uma peça solidária ao eixo, o colar (anel) de escora.
VÁLVULAS DE CONTROLE DE ADMISSÃO Uma vez que a turbina opera, normalmente, entre condições de vapor estáveis, as variações da carga devem ser atendidas por meio do controle da vazão de vapor admitida na máquina. Esta função é executada, automaticamente, pelas válvulas de controle de admissão, sob controle de um dispositivo, o regulador (governador). O regulador é ligado ao eixo da turbina, diretamente ou por meio de uma redução, girando, portanto, em uma rotação igual ou proporcional à rotação da turbina, que sente as flutuações da carga por intermédio de seu efeito sobre a velocidade da turbina. Assim, quando ocorre, por exemplo, um aumento de carga, se a vazão do vapor permanecer inalterada haverá uma queda da velocidade da turbina. O regulador, entretanto, sente esta queda de velocidade incipiente e comanda uma abertura maior das válvulas de controle de admissão, permitindo a passagem de uma vazão maior de vapor, necessária ao aumento da carga e ao restabelecimento da velocidade inicial. Existem dois tipos básicos para as válvulas de controle de admissão: a construção “multi-valve” e a construção “single-valve”.
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4.4.2 Ejetores
Os ejetores a vapor proporcionam uma forma confiável e econômica de se obter vácuo. As vantagens iniciais dos ejetores a vapor são baixo custo inicial, inexistência de partes móveis e simplicidade de operação. Os ejetores a vapor convencionais são compostos de quatro partes básicas: cabeçote de vapor, bico ou bicos, câmara de mistura e difusor. O diagrama abaixo ilustra o funcionamento básico de um ejetor. Um fluido motriz de alta pressão entra por um e expande por meio do bico convergente-divergente ate dois; o fluido succionado entra por três e se mistura com o fluido motriz na câmara de mistura quatro; ambos os fluidos são recomprimidos, por meio do difusor até cinco.
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TIPOS DE EJETORES EJETOR DE BICO ÚNICO Os ejetores de bico único são utilizados tanto para fluxos críticos como não críticos, mas
normalmente para uma única condição de projeto.
EJETOR DE MÚLTIPLOS BICOS O ejetor de múltiplos bicos, em muitos casos, oferece uma redução do consumo de vapor de 10% a 20%, quando comparados com unidades projetadas para as mesmas condições com ejetores de bico único.
EJETOR OPERADO COM AGULHA Os ejetores operados com agulha são indicados, quando a pressão de sucção ou de descarga é variável. Durante o funcionamento, uma agulha acionada pneumaticamente se move por meio do orifício do bico para controlar a vazão de fluido motriz.
SISTEMA DE VÁCUO DE CINCO ESTÁGIOS Os sistemas de múltiplos estágios, frequentemente, possuem condensadores de superfície ou de contato direto.
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4.5 Compressores
4.5.1 Definição Os compressores são máquinas operatrizes, que transformam trabalho mecânico em energia comunicada a um gás, preponderantemente sob forma de energia de pressão. Graças à energia de pressão que adquire, isto é, à pressurização, o gás pode: ‐ deslocar‐se a longas distâncias em tubulações; ‐
ser armazenado em reservatórios para ser usado quando necessário, isto é, acumular
energia; ‐
realizar trabalho mecânico, atuando sobre dispositivos, equipamentos e máquinas motrizes
(motores a ar comprimido, por exemplo). Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 115
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4.5.2 Utilização Além de ser empregado para comprimir o ar, o compressor tem sido aplicado em outros gases e misturas de gases, sendo de imensa importância nas instalações químicas, petroquímicas, mecânicas, na construção civil e outras mais. Faça-se uma referência às aplicações de ar comprimido, conforme as características dos equipamentos que o utilizam: a) Equipamentos à pressão de ar ou de ação fechada: trabalhos submarinos; inflagem de câmaras de ar de veículos; transporte pneumático. b) Equipamentos a jato de ar ou de ação livre: resfriadores ou aquecedores a ar; jateamento de areia; pintura a pistola; metalização; projeção de revestimentos plásticos. c) Equipamentos e máquinas de percussão: marteletes a ar comprimido; perfuratrizes de rocha; bate‐estacas. d) Motores a ar comprimido de pistões, de palhetas, de engrenagens. e) Bombas de injeção de concreto. f) Máquinas ferramentas fixas e portáteis de todos os tipos: furadeiras, serras, parafusadeiras, etc. g) Abertura e fechamento de portas.
4.5.3 Classificação Os compressores visam conseguir que a pressão do gás venha a alcançar uma pressão, consideravelmente, maior do que a pressão atmosférica e estes se classificam em: a) Compressores de Deslocamento Positivo O gás é admitido em uma câmara de compressão, que é, por isso, isolada do exterior. Por meio da redução do volume útil da câmara sob a ação de uma peça móvel, alternativa ou rotativa, realiza‐se a compressão de gás.
b) Compressores Dinâmicos O gás penetra em uma câmara, na qual um rotor em alta rotação comunica às partículas gasosas aceleração tangencial e, portanto, energia. Por meio da descarga por um difusor, grande parte da energia cinética se converte em energia de pressão, forma adequada para transmissões por tubulações a distâncias consideráveis e em realização de operações específicas. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 116
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COMPRESSORES DE DESLOCAMENTO POSITIVO 1) Compressores Alternativos de Pistão Características Os compressores alternativos de pistão podem ser de: ‐ um cilindro, para pressões de 6 a 8 kgf/cm²; ‐
mais de um cilindro: duplex, com dois cilindros e dois pistões; triplex, com três cilindros e
três pistões, existindo outros ainda em maior número de cilindros. Os compressores alternativos podem ser, conforme a atuação do pistão: ‐
de simples efeito, quando apenas uma das faces do pistão atua comprimindo o gás;
‐
de duplo efeito, quando ocorre a ação das duas faces do pistão sobre o gás.
Podem, ainda, serem estes compressores classificados em: ‐
compressores de um estágio, que possuem um só cilindro;
‐ compressores de dois estágios ou duplo estágio, nos quais o gás,
depois de sair comprimido
do primeiro cilindro, que é resfriado e entra em um segundo cilindro para receber nova compressão. ‐
compressores de vários estágios, nos quais o ar passa, sucessivamente, por vários
cilindros. O rendimento do compressor de dois estágios é maior do que o de um estágio. O compressor necessita ser resfriado, e esse resfriamento pode ser a ar (ventilação natural, ventilação forçada com ventilador) ou a água. Deve-se fazer uma distinção entre os compressores convencionais de ar comprimido e os compressores de gases diversos, chamados compressores de processo. Estes possuem características construtivas e empregam materiais altamente resistentes à ação dos gases aos quais se destinam. Pode‐se dizer que é o tipo mais versátil para a maioria das aplicações industriais, principalmente, quando se trata de ar comprimido, sendo, por isso mesmo, o mais usado.
Vantagens São facilmente controlados de acordo com a demanda do gás comprimido. Estes compressores podem operar, em plena carga, meia carga ou em vazio, mediante abertura automática das válvulas de admissão, de sorte que não há compressão durante os períodos, em que não há demanda de gás comprimido. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 117
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‐
Operação econômica.
‐ Manutenção simples. ‐
Uma parcela elevada da energia fornecida ao eixo do compressor é dissipada sob forma de
calor e pode ser aproveitada para aquecimento de elementos de uma instalação industrial.
Consumo específico de p otência em compressores alternativos
COMPRESSORES DINÂMICOS Estes compressores possuem um ou mais rotores parecidos com os das turbobombas e que giram com elevada rotação no interior de uma caixa. Podem ser dos seguintes tipos:
1) Centrífugo ou turbo compressor Possui pás semelhantes às das bombas centrífugas. A unidade compressora desse tipo é conhecida na prática como uma centrífuga.
2) Heliocentrífugo ou Heliocoidal Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 118
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As pás são de dupla curvatura semelhante, em alguns tipos, às de turbinas Francis. As vazões obtidas são maiores que as do turbocompressor e as pressões são menores.
3) Compressor axial Este tipo de compressor possui grande número de palhetas e proporciona um escoamento no sentido longitudinal. É compressor para grandes descargas– até 1.000.000 m³/h, com pressão de trabalho de até 6 bars.
4) Compressor Axial- Centrífugo Este tipo reúne, em um mesmo eixo, rotores do tipo axial e rotores centrífugos, conseguindo aliar as vantagens de vazões elevadas (500.000 m³/h) a pressões de até 9 bars.
5) Compressor centrífugo Sundyne Este tipo é um compressor de alta rotação (4.800 a 3.400 rpm), isento de óleo, de um estágio, para pressões elevadas com vazões reduzidas (até 3.200 m³/h nos tipos maiores). Existem dois modelos: a) O de emissão parcial, para vazões menores. O rotor possui oito lâminas radiais. b) O de emissão total, para grandes vazões. O rotor possui de 16 a 19 lâminas radiais.
4.5.4 Fatores a considerar na escolha do compressor Para Baixo Custo de Operação = Baixos Custos de Funcionamento. ‐
Baixo custo de energia.
‐
Alto atendimento se traduz em baixo consumo específico de energia.
‐
Segurança de operação.
‐
Bom balanceamento, mínima vibração, materiais e dimensões adequados, alta qualidade na
fabricação das peças componentes. ‐ ‐
Baixo custo de manutenção. As peças sujeitas a desgaste devem ser de fácil substituição e o projeto é simples,
possibilitando manutenção por pessoal adequado. ‐
Baixo custo de água de resfriamento.
‐
Em certos casos, baixo consumo de água de resfriamento.
‐
Baixo custo de supervisão. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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‐Lubrificação
automática; drenagem automática de água condensada; dispositivos de controle
e de segurança tornam desnecessária supervisão manual contínua. Para Baixo Custo de Instalação = Baixos Custos Iniciais ‐
Pequeno espaço necessário.
‐ Compressor de projeto compacto e equipamento auxiliar reduzido economizam área de construção. ‐
Baixo peso.
‐
Economia de fundações e de equipamentos de levantamento.
‐ I nstalação simples. ‐
Equipamento de instalação simples e adequado para a montagem sobre amortecedores de
borracha em fundações simples (pequenos compressores). ‐
Equipamento elétrico simples.
‐
Um compressor projetado para motores e chaves de partida padronizadas contribui para
baixo custo inicial. ‐
Preços moderados.
4.5.5 Consumo Específico Para uma comparação entre vários tipos de compressores, faz‐se referência à grandeza denominada consumo específico. Consumo específico é a potência absorvida por unidade de volume de ar e na unidade de tempo escolhida. O consumo específico de potência é medido em cv/m³/min, ou em HP/100 pés³/min de descarga livre padrão de ar. Um consumo específico de 7 vc/m³/min já é bastante baixo, e 6,5 cv/m³/min é considerado extremamente baixo, portanto excelente. Os valores baixos são obtidos, em geral, em compressores para capacidade média e grande. Para se conseguir um bom desempenho, isto é, um baixo consumo de potência, é preciso que o compressor seja adequadamente resfriado, e que a água de resfriamento seja fornecida cerca de 10° abaixo da temperatura ambiente. Compressores resfriados a ar possuem consumo específico de 3 a 5% superior ao dos resfriados a água, sendo o ventilador responsável por cerca de 1 a 1,5% deste acréscimo. O consumo específico de energia é, portanto, um parâmetro da qualidade de um compressor. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 120
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DESCARGA LIVRE PADRÃO (DLP) OU DESCARGA LIVRE EFETIVA (DLE) É a quantidade de ar livre descarregada por um compressor, corrigida para as condições de pressão, temperatura e umidade reinantes na admissão. Considera-se na admissão o ar livre, isto é, o ar submetido à pressão atmosférica, cujo valor corresponde a uma coluna de 760 mm de mercúrio, à temperatura de 15°C e a umidade relativa igual a 36%.
Consumo específico de potência em função da descarga. Escolha do tipo de compressor
4.6. Caldeiras Caldeira é um recipiente cuja função é, entre muitas, a produção de vapor por meio do aquecimento da água. As caldeiras produzem vapor para alimentar máquinas térmicas, autoclaves para esterilização de materiais diversos, cozimento de alimentos e de outros produtos orgânicos, calefação ambiental e outras aplicações do calor utilizando-se o vapor. As
caldeiras
podem
ser
classificadas conforme
qualquer
das
seguintes
características: finalidade, fonte de aquecimento, conteúdo nos tubos, princípio de funcionamento, pressão de serviço, tipo de fornalha etc. As caldeiras que produzem vapor pela queima de combustíveis podem ser classificadas em dois grandes grupos, de acordo com o conteúdo nos tubos: em flamotubulares ou aquotubulares ou, ainda, esta pode ser elétrica sem a queima de combustíveis.
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4.6.1 Caldeiras Flamotubulares As caldeiras de tubos de fogo ou tubos de fumaça, flamotubulares ou ainda gás tubulares são aquelas, em que os gases provenientes da combustão "fumos" (gases quentes e/ou gases de exaustão) atravessam a caldeira no interior de tubos, que se encontram circundados por água, cedendo calor à mesma. Nesse tipo de caldeira os tubos são postos verticalmente em um corpo cilíndrico e fechados nas extremidades por placas, chamadas espelhos, justamente por refletirem boa parte do calor. A fornalha fica logo abaixo dos espelhos inferiores. Os gases gerados pela combustão sobem através dos tubos, aquecendo e vaporizando a água que está em torno deles. As fornalhas são utilizadas, principalmente, no aproveitamento da queima de combustíveis, tais como: palha, serragem, cascas de café ou amendoim, óleos e etc. Esse tipo de caldeira pode ser classificado em dois grupos:
Geradores de chama de retorno de simples ou dupla frente, em geral,
Geradores de chama direta, em geral, são cilíndricos e verticais.
são cilíndricos e horizontais;
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As principais vantagens das caldeiras flamotubulares são:
Construção fácil, com relativamente pouco custo;
São bastante robustas;
Não exigem tratamento de água muito cuidadoso;
Exigem pouca alvenaria;
Utilizam qualquer tipo de combustível, líquido, gasoso ou sólido.
E as principais desvantagens das caldeiras flamotubulares são:
Pressão limitada em torno de 15 atm, devido à espessura da chapa dos corpos
Para partida a frio o processo é lento, pois existe uma grande quantidade de
cilíndricos aumentar o diâmetro; água no recipiente;
Baixa capacidade e baixa taxa de produção de vapor por unidade de área de troca de calor;
Circulação de água deficiente, pois o vapor é formado no fundo do recipiente, vindo a tona passando pela fornalha e tubos;
Dificuldades para instalação de superaquecedores, economizadores e
preaquecedores de ar. Esse tipo de caldeira, geralmente de pequeno porte, ainda é muito utilizado em pequenas indústrias, hospitais, hotéis etc. em razão do seu baixo valor de investimento e da facilidade de manutenção, se comparada com as caldeiras aquotubulares.
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4.6.1.1 Partes das Caldeiras Flamotubulares
As caldeiras flamotubulares apresentam as seguintes partes principais: corpo, espelhos, feixe tubular ou tubos de fogo e caixa de fumaça. O corpo da caldeira, também chamado de casco ou carcaça, é construído a partir de chapas de aço carbono calandradas e soldadas, tendo diâmetro e comprimento relacionados à capacidade de produção de vapor. As pressões de trabalho são limitadas (normalmente, máximo de 20 kgf/cm²) pelo diâmetro do corpo destas caldeiras. Os espelhos são chapas planas cortadas em forma circular, de modo que encaixem nas duas extremidades do corpo da caldeira e são fixadas por meio de soldagem. Sofrem um processo de furação, pelo qual os tubos de fumaça deverão passar. Os tubos são fixados por meio de mandrilamento ou soldagem. O feixe tubular, ou tubos de fogo, é composto de tubos que são responsáveis pela absorção do calor contido nos gases de exaustão usados para o aquecimento da água. Ligam o espelho frontal com o posterior, podendo ser de um, de dois ou três passes.
A caixa de fumaça é o local pelo qual os gases da combustão fazem a reversão do seu trajeto, passando novamente pelo interior da caldeira (pelos tubos de fogo). O desenho a seguir mostra os componentes de uma caldeira flamotubular típica.
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4.6.1.2 Exemplos de caldeiras flamotubulares
Existem vários tipos de caldeiras flamotubulares, dentre os quais se destacam a vertical e a horizontal.
Caldeiras Horizontais Esse tipo de caldeira abrange várias modalidades, desde as caldeiras cornuália e lancashire, de grande volume de água, até as modernas unidades compactas. As principais caldeiras horizontais apresentam tubulações internas, pela qual passam os gases quentes. Podem ter de 1 a 4 tubos de fornalha, sendo as de 3 e 4 usadas na Marinha.
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Caldeira Cornuália Fundamentalmente, este tipo de caldeira consiste de dois cilindros horizontais unidos por placas planas, sendo o funcionamento bastante simples, porém esta caldeira apresenta baixo rendimento. Para uma superfície de aquecimento de 100 m² já apresenta grandes dimensões, o que provoca limitação quanto à pressão, uma vez que via de regra, a pressão não deve ir além de 10 kg/cm².
Caldeira Lancashire
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Este tipo de caldeira é constituído por duas (às vezes, 3 ou 4) tubulações internas, alcançando superfície de aquecimento de 120 a 140 metros quadrados. Atinge até 18 kg de vapor por metro quadrado de superfície de aquecimento. Este tipo de caldeira está sendo substituído, gradativamente, por outros tipos.
Caldeiras Multitubulares de Fornalha Interna
Este tipo de caldeira, como o próprio nome indica, possui vários tubos de fumaça. Podem ser estes de três tipos: Tubos de fogo diretos:
Consiste na passagem de fogo dentro do cano e a água por fora. Os gases percorrem o corpo da caldeira uma única vez. Tubos de fogo de retorno
Os gases provenientes da combustão na tubulação da fornalha circulam pelos tubos de retorno.
Tubos de fogo diretos e de retorno Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Os gases quentes circulam pelos tubos diretos e voltam pelos de retorno.
Caldeiras Multitubulares de Fornalha Externa
Em algumas caldeiras deste tipo, a fornalha é constituída pela própria alvenaria, situada abaixo do corpo cilíndrico. Os gases quentes provindos da combustão entram, inicialmente, em contato com a base inferior do cilindro, retornando pelos tubos de fogo.
Caldeiras a Vapor
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A água passa por um recipiente (caldeira) que é esquentado, transformando-se em vapor. Tal tipo de caldeira foi projetado em 1708 (séc. XVIII), por José Amilton de Almeida Neto. Vantagens das caldeiras a vapor: •
Pelo grande volume de água que encerram, atendem também as cargas
•
flutuantes, ou seja, aos aumentos instantâneos na demanda de vapor. Construção fácil, de custo relativamente baixo.
• • • •
São bastante robustas. Exigem tratamento de água menos apurado. Exigem pouca alvenaria. Pressão elevada.
Desvantagens das caldeiras a vapor • Pressão manométrica limitada em até 2,2 MPa (aproximadamente 22 atmosferas), o que se deve ao fato de que a espessura necessária às chapas dos vasos de pressão cilíndricos aumenta com a segunda potência do diâmetro interno, tornando mais vantajoso distribuir a água em diversos vasos menores. No ciclo a vapor para geração de energia elétrica, esta limitação de pressão faz com que a eficiência do ciclo seja fisicamente mais limitada, não sendo vantajoso o emprego deste tipo de equipamento em instalações de médio (em torno de 10 MW) ou maior porte. • Pequena capacidade de vaporização (kg de vapor /hora). • São trocadores de calor de pouca área de troca por volume (menos compactos). • Oferecem dificuldades para a instalação de superaquecedor e preaquecedor de ar. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 129
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Caldeiras Escocesas
Esse tipo de caldeira foi concebido para uso marítimo, por ser bastante compacta. São concepções que utilizam tubulação e tubos de menor diâmetro. Os gases quentes, oriundos da combustão verificada na fornalha interna, podem circular em 2, 3 e até 4 passes. Todos os equipamentos indispensáveis ao seu funcionamento são incorporados a uma única peça, constituindo-se, assim, em um todo transportável e pronto para operar de imediato. Essas caldeiras operam, exclusivamente, com óleo ou gás, e a circulação dos gases é feita por ventiladores e conseguem rendimentos de até 83%.
Caldeiras Locomotivas e Locomóveis
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Como o sugere o nome, caldeiras locomotivas geram vapor para movimentar a própria máquina e o restante das composições, estando praticamente fora de uso atualmente. A caldeira locomóvel é tipo multi tubular, apresentando uma dupla parede metálica, pela qual circula a água do próprio corpo. É de largo emprego pela facilidade de transferência de local e por proporcionar acionamento mecânico em lugares desprovidos de energia elétrica. São construídas para pressão de até 21kg/cm2 e vapor superaquecido.
4.6.2Caldeiras Aquotubulares
Caldeiras aquotubulares são também chamadas de caldeiras de paredes de água ou de tubos de água. A água passa pelo interior dos tubos, que por sua vez são aquecidos pelas chamas. São as mais comuns em se tratando de plantas termelétricas ou geração de energia elétrica em geral, exceto em unidades de pequeno porte. A pressão de trabalho de Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 131
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caldeiras deste tipo pode chegar a 26 MPa, ou seja, superior a pressão do ponto crítico. Neste caso, o período de ebulição (transição de líquido para vapor) passa a não existir. As caldeiras aquotubulares possuem as seguintes características:
Possuem capacidade de produção de vapor de até 750 ton./h e pressões que podem variar de 15 kgf/cm² a 200 kgf/cm²;
Podem operar com vapor saturado ou vapor superaquecido (até 500° C);
Podem ser compactadas, com tubos retos, curvos ou serpentina;
Necessitam de tratamento de água rigoroso. Para pressões acima de 20 kgf/cm² é obrigatório ter uma planta de desmineralização (tanques contendo resinas catiônicas) no tratamento de água.
4.6.2.1 Partes das Caldeiras Aquotubulares
Encontra-se nestas caldeiras, geralmente, os seguintes componentes: • Câmara de combustão • Tubos • Coletores • Tubulão • Superaquecedor • Sopradores de fuligem • Preaquecedor de ar • Economizador • Alvenaria (refratários) • Queimadores • Ventiladores • Chaminé • Válvulas de segurança A câmara de combustão é a região na qual ocorre a queima do combustível, com produção dos gases de combustão que fornecem calor para a água. Os tubos servem para a circulação de vapor e água dentro da caldeira, a fim de permitirem a troca de calor entre os gases quentes de combustão e a água ou vapor. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 132
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Os coletores são peças cilíndricas, às quais chegam e saem conjuntos de tubos, cuja finalidade, como o próprio nome indica, é coletar água ou vapor. O tubulão é um tambor horizontal, situado no ponto mais alto do corpo principal da caldeira, ao qual se acham conectados, por meio de tubos denominados de coletores, que se encontra em níveis diferentes dentro da caldeira. A água circula várias vezes por meio do conjunto tubulão e coletores descendo pelos tubos externos e retornando pelos internos. Essa circulação natural é provocada pela diferença de pressão exercida pelas colunas líquidas e pelas correntes de convecção formadas. A coluna externa contendo somente água é mais pesada do que a coluna interna contendo água + vapor, promovendo então a circulação. A parte vaporizada vai se armazenando no tubulão, enquanto o líquido volta a circular. Além de acumular o vapor, o tubulão recebe também água de alimentação, que vem do economizador. O espaço acima do nível de água no tubulão se chama de espaço de vapor. Para evitar o arraste de gotículas de líquido junto ao vapor no espaço de vapor existem chicanas com a finalidade de separar o líquido arrastado. O vapor saturado separado no tubulão passa a outro conjunto de serpentinas, o superaquecedor, em que é obtido o superaquecimento. As serpentinas do superaquecedor têm suas extremidades ligadas a dois coletores de vapor. O superaquecedor pode se situar na zona de radiação ou convecção, conforme o grau de superaquecimento para o qual as caldeiras são projetadas. O preaquecedor de ar é utilizado para aproveitar parte do calor dos gases residuais de combustão e aquecer o ar de alimentação das chamas. No economizador, a água de alimentação passa por uma serpentina ou feixe tubular, a fim de aproveitar também o calor dos gases residuais da combustão, para depois ir, então, ao tubulão já preaquecido, o que representa uma economia de energia. As paredes da caldeira são revestidas internamente de tijolos refratários, resistentes a altas temperaturas, que protegem as partes metálicas estruturais da caldeira contra deterioração por alta temperatura e produzem homogeneização da temperatura por reflexão do calor das chamas. Os maçaricos das caldeiras são semelhantes aos dos fornos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 133
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Os sopradores de fuligem são tubos providos de orifícios, inseridos transversalmente aos tubos das serpentinas, em diversos locais da caldeira. Estes são ligados, externamente à caldeira, ao sistema de vapor. Durante a operação da caldeira, há deposição de fuligem nos tubos, o que dificulta a transferência de calor. De tempos em tempos, então, é injetado vapor por meio deste sistema com a finalidade de remover a fuligem. Para melhorar a atuação dos mesmos, os sopradores, geralmente, têm movimento de rotação, atuando assim em maior área. Os ventiladores têm a finalidade de movimentar o ar de combustão até os queimadores na câmara de combustão e os gases da câmara de combustão até a chaminé. Existem dois tipos funcionais de ventiladores: de tiragem forçada, que apanha o ar atmosférico e o envia por meio dos dutos da caldeira para os queimadores e o de tiragem induzida, instalados na saída da caldeira, que realiza sucção dos gases de combustão de dentro da câmara e os conduz à chaminé. A chaminé é a parte que conduz os gases de combustão à atmosfera (em altura suficientemente grande para que não venham a ser danosos ao meio ambiente). As válvulas de segurança são válvulas especiais, instaladas no tubulão, cuja finalidade é dar saída ao vapor no caso deste atingir uma pressão superior a um máximo admitido pelas condições de segurança operacional.
Caldeira aquotubular típica
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4.6.3 Caldeiras Elétricas Chamam-se de caldeiras elétricas as que transformam água no estado líquido para o estado gasoso (vapor) usando, exclusivamente, a corrente elétrica com fonte de calor. As caldeiras elétricas não queimam combustíveis, sendo mias utilizadas em pequenos hospitais, hotéis e pequenas indústrias que optam pelas caldeiras elétricas, pois têm menor custo de compra e instalação, ocupam menos espaço e não precisam estocar combustíveis.
Estas caldeiras são basicamente constituídas pelo casco ou tambor, contendo uma cuba interna e os eletrodos, um por fase. O casco é um vaso de pressão, cilíndrico vertical, isolado termicamente e convenientemente aterrado. A cuba é isolada eletricamente por meio de porcelanas adequadas. A alimentação de energia elétrica é feita através de três eletrodos suportes, sendo um por fase, dispostos a 1200 e fixados com isoladores na parte superior do tambor. Na extremidade inferior dos eletrodos suporte estão montados os eletrodos de contato, os quais ficam dentro da cuba imersos em água. A corrente elétrica, passando através da água, no interior da cuba, provoca seu aquecimento e vaporização. A água pura é considerada um mal condutor de corrente elétrica, portanto devem-se adicionar determinados sais à mesma para que se possa obter uma determinada
condutividade.
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Alguns fabricantes recomendam a adição cáustica ou fosfato trissódico na água de alimentação (observe que esta deve ser calculada e colocada, após o tratamento químico da água de alimentação). A quantidade se vapor gerada (Kg/h) depende, diretamente, dos seguintes parâmetros: - Condutividade da água; - Nível da água; - Distância entre os eletrodos. 4.6.3.1 Tipos de caldeiras elétricas
a) Tipo Eletrodo Submerso: É aquela na qual o calor é gerado pela passagem de uma corrente elétrica, usando água como condutor. Caldeira adequada para pressões de até 15 kgf/cm², usa uma cuba na qual estão os eletrodos, além da bomba de água e possui uma bomba de circulação de água, geralmente, sendo destinado a trabalhar com pressões de vapor não muito elevadas (aproximadamente 15 Kgf/cm2.). Os acessórios principais são: Válvula de saída de vapor; Válvula de segurança; Coluna de nível; Válvulas de fundo.
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Caldeira de eletrodo submerso Fonte: Campos, (2006)
b) Tipo Resistência: A caldeira elétrica a resistência é aquela na qual o calor é gerado pela passagem de corrente elétrica, através de uma resistência de aquecimento imersa em água. Geralmente, as resistências são divididas em módulos. Resistências costumam queimar se não houver um controle no tratamento da água. Destinada, geralmente, para as pequenas produções de vapor. Na maioria das vezes são do tipo horizontal, utilizando resistências de imersão.
Caldeira a resistência Fonte: Campos, (2006)
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c) Tipo Jato de Água (cascata): Destinada a pressões de vapor elevadas e grandes quantidades de vapor, possuindo eletrodos, corpo de cascata, controle de eletrodo e, ainda, duas bombas de água, sendo uma para manter o nível de água da caldeira e outra para circular água pelo eletrodo. Os principais acessórios são:
Válvula de controle de produção; Válvula de saída de vapor; Válvula de segurança; Coluna de nível; Válvulas de fundo.
Caldeira de Jato de Água Fonte: Campos, (2006)
Principais características das caldeiras elétricas
Não necessita de área para estocagem de combustível; Ausência total de poluição (não há emissão de gases); Baixo nível de ruído; Modulação da produção de vapor de forma rápida e precisa; Alto rendimento térmico (aproximadamente 98,0%); Melhora do Fator de Potência e Fator de Carga; Área reduzida para instalação da caldeira; Necessidade de aterramento da caldeira de forma rigorosa; Tratamento de água rigoroso; Alto grau de automação; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Custo zero de manuseio de matéria-prima.
4.6.3.2Partes das caldeiras elétricas
Caldeira elétrica tipo eletrodo submerso (baixa tensão) 1 - Corpo da Caldeira Eletrodo 2–
5 - Bomba de Alimentação de Água 6 - Eliminador de Água
3 - Câmara de Vapor 4 - Bomba de Circulação
7 - Válvula de Segurança
Caldeira Elétrica tipo eletrodo jateado 1- Válvula de Descarga de Fundo 2 - Bomba de Circulação 3 - Válvula Controle de Vazão
8 - Eletrodo 9 - Cilindro com Injetores 10 - Injetores
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4 - Válvula de Segurança
11- Contra eletrodos
5 - Haste do Condutor
12- Aquecedor de Partida
6 - Isoladores
13- Entrada de Água -Alimentação
7 - Válvula de Saída de vapor
4.7 Fornos
Forno ou Fornalha é a denominação genérica que é dada para o local no qual se queima o combustível e do qual partem os produtos desta combustão. É formada por duas partes distintas:
1-
O aparelho de combustão.
2-
A câmara de combustão.
O aparelho de combustão compreende um conjunto de componentes, que oferecem as condições necessárias para a queima de combustível. Exemplos de aparelhos de combustão são as grelhas rotativas, as grelhas basculantes, o queimador a óleo, a gás, etc. A câmara de combustão é representada por um volume adequadamente dimensionado, no qual se desenvolve a chama e se completa a combustão, além de propiciar a proteção e os suportes necessários para o aparelho de combustão. A fornalha deve evaporar toda a umidade do combustível e destilar suas substâncias voláteis, elevar a temperatura do combustível até a combustão espontânea proporcionando uma combustão completa, criar turbulência para misturar o ar e o combustível e, finalmente, impedir a troca de calor entre os gases quentes produzidos e o ambiente. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 140
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No interior da fornalha, as paredes devem ser revestidas com uma camada de tijolos refratários responsáveis por reter o calor neste espaço, por isso devem ter refratariedade e alto ponto de fusão, resistência ao choque térmico e dilatação quase nula. A fixação desses tijolos é feita com argamassa refratária. Os principais componentes dos materiais refratários são o óxido de sílica, óxido de magnésio, grafite e silício. Recomenda-se, quando da utilização de tijolos refratários novos, que se aplique pouco calor nos primeiros momentos e se vá aumentando, gradativamente, até atingirem as características de operação.
Classificação das Fornalhas Várias são as maneiras de se classificar este componente importante dos geradores de
vapor, sendo assim optou-se pela classificação que engloba todas as fornalhas em apenas duas categorias:
1-
Fornalhas que queimam sobre suporte.
2-
Fornalhas de queima em suspensão.
A primeira categoria engloba todas as fornalhas que queimam combustíveis sólidos a granel, grosseiramente divididos, picados e britados. A segunda se preocupa com a queima de combustíveis líquidos, gasosos ou sólidos finamente pulverizados, que podem ser queimados em suspensão.
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5 TORRES, VASOS, REATORES E TANQUES 5.1 Torres
Os processos de destilação simples e redestilação são demorados e onerosos, especialmente, em se tratando de uma mistura de mais de dois componentes como no caso do petróleo. Para eliminar esse inconveniente, as indústrias usam determinadas torres ou colunas, que permitem, em uma única operação, realizar todas as destilações e redestilações necessárias. As torres, normalmente, servem para separar ou absorver componentes de misturas líquidas e gasosas. Esta separação pode ser feita por meio da destilação, daí também o nome de torre de destilação. Absorção é feita em torres absorvedoras, com finalidade de separar produtos indesejáveis no produto final. Existem duas grandes classes de torres: torres de pratos e torres recheadas. Na primeira, o contato entre as fases é feito em estágios. Na segunda, o contato é contínuo.
Torre de pratos: A torre de pratos é composta de uma carcaça cilíndrica vertical, comumente denominada de casco, no interior do qual são montados os diversos Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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pratos. Estes, também conhecidos como bandejas, são geralmente separados por distâncias iguais. Os produtos vaporizados sobem na torre, através das bandejas, por aberturas para tais destinadas, descendo o líquido por outras aberturas em contracorrente com o vapor que sobe.
Torre recheada: este tipo é semelhante, externamente, às torres de prato, sendo que no interior, em lugar de pratos são colocados um ou mais tipos de recheios, cuja finalidade é prover uma grande área que, em operação, funciona como superfície de contato entre líquido e vapor. Da mesma forma que nas torres de prato, os vapores são ascendentes e o líquido entra pela parte superior e é distribuído, homogeneamente, sobre o leito de recheio.
5.2 Vasos
Os vasos de pressão são todos os reservatórios destinados ao armazenamento e processamento (transformações físicas ou químicas) de líquidos e gases sob pressão ou sujeitos a vácuo total ou parcial. Pode-se, também, definir os vasos de pressão como sendo todos os reservatórios, de qualquer tipo, dimensões ou finalidade, não sujeitos a chama direta, que contenham qualquer fluido em pressão manométrica igual ou superior a 1,02 kgf/cm2 ou submetidos à pressão externa. Os vasos de pressão são empregados em três condições distintas:
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Armazenamento de gases sob pressão: os gases são armazenados sob pressão para que se possa ter um grande peso em um volume relativamente pequeno.
Acumulação intermediária de líquidos e gases: isto ocorre em sistemas no qual é necessária armazenagem de líquidos ou gases entre etapas de um mesmo processo ou entre processos diversos.
Processamento de gases e líquidos: inúmeros processos de transformação em líquidos e gases precisam ser efetuados sob pressão. A construção de um vaso de pressão envolve uma série de cuidados especiais relacionados
ao projeto, a fabricação, a montagem e aos testes. Isto porque um vaso de pressão representa:
Grande risco: Normalmente, opera com grandes pressões e temperaturas elevadas.
Alto investimento: É um equipamento de custo unitário elevado.
Continuidade Operacional: Deve-se operar por um máximo período possível em condições de segurança, sem a necessidade de parar o equipamento para manutenção, reduzindo os custos operacionais.
5.3 Reatores Reatores podem ser classificados como vasos de pressão nos quais ocorrem transformações químicas com o intuito de gerar energia ou produtos coligados sob efeito de um sistema de pressão positivo, de fluxo contínuo e fechado. Eles podem ser classificados em:
Reatores nucleares
Reatores químicos
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4.6.3.1 Reatores Nucleares
Um reator nuclear é uma câmara de resfriamento hermética, blindada contra a radiação, em que é controlada uma reação nuclear para a obtenção de energia, produção de materiais fissionáveis como o plutônio para armamentos nucleares, propulsão de submarinos e satélites artificiais ou para pesquisas. Uma central nuclear pode conter vários reatores. Atualmente, apenas os reatores nucleares de fissão são empregados para a produção de energia comercial, porém os reatores nucleares de fusão estão sendo empregados em fase experimental. De uma forma simples, as primeiras versões de reator nuclear produzem calor dividindo átomos, diferentemente das estações de energia convencionais, que produzem calor queimando combustível. O calor produzido serve para ferver água, que fará funcionar turbinas a vapor para gerar eletricidade. Um reator produz grandes quantidades de calor e intensas correntes de radiação neutrônica e gama. Ambas são mortais para todas as formas de vida, mesmo em quantidades pequenas, causando doenças, leucemia e, por fim, a morte. O reator deve estar rodeado de um espesso escudo de cimento e aço, para evitar fugas prejudiciais de radiação. Os materiais radioativos são manejados por controle remoto e armazenados em contentores de chumbo, um excelente escudo contra a radiação.
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4.6.3.2 Reatores Químicos
Em uma definição genérica, reator químico é um recipiente no qual ocorrem reações químicas, transferências de massa e calor. Em engenharia química, reatores químicos são vasos projetados para conter reações químicas de interesse e escala industrial. O projeto de um reator químico trata com múltiplos aspectos de engenharia química, sobre os quais os engenheiros químicos trabalham para obter a maximização dos valores possíveis para a reação dada. Projetistas garantem que a reação se processa, com maior eficiência, para o produto de saída desejado, produzindo o mais alto rendimento do produto, mas gerando o mínimo de custos para serem comprados e operarem. As despesas normais de operação incluem uma fonte de energia, remoção (dissipação) de energia, custos de matérias-primas, trabalho humano, etc. Transferências de energia podem vir na forma de aquecimento ou resfriamento, bombeamento para aumentar a pressão, a perda de pressão pelo atrito (como a queda de pressão através de um cotovelo de 90° na tubulação ou uma placa de orifício, agitação, etc.)
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5.4 Tanques
Um tanque de armazenamento ou de armazenagem também designado porreservatório é um recipiente destinado a armazenar fluidos em pressão atmosférica e a pressões superiores à atmosférica. Na indústria de processo, a maior parte dos tanques de armazenamento é construída de acordo com os requisitos definidos pelo código americano API 650 e no Brasil pela NR13. Estes tanques podem ter dimensões variadas, indo desde 2 ou 3 m de diâmetro até 50 m ou mais, sendo instalados no interior de bacias de contenção com a finalidade de conter os derrames em caso de ruptura do tanque. A construção de um tanque pode ser feita com teto fixo ou flutuante, interno ou externo, dependendo sempre das características e o tipo de produto a armazenar. É de extrema importância realizar-se, de forma regular e periódica, a verificação e a limpeza das estruturas e dos equipamentos utilizados para armazenar os produtos. Desta forma, garante-se que as características dos produtos não se alteram, bem como se busca evitar ou amenizar a possibilidade de contaminação do meio ambiente por degradação dos tanques.
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6. ELETRICIDADE
A eletricidade é a forma de energia mais utilizada na sociedade atual. A facilidade em ser transportada dos locais de geração para os pontos de consumo e a transformação simples desta, normalmente, em outros tipos de energia como: mecânica, luminosa, térmica, vem contribuindo para o desenvolvimento industrial. Com características adequadas para a moderna economia, a eletricidade facilmente é disponibilizada aos consumidores, embora a energia elétrica, sob certas circunstâncias, pode comprometer a segurança e a saúde das pessoas. A eletricidade é um termo geral que abrange uma variedade de fenômenos resultantes da presença e do fluxo de carga elétrica. Esses incluem muitos fenômenos facilmente reconhecíveis, tais como: relâmpagos, eletricidade estática e corrente elétrica em fios elétricos. Além disso, a eletricidade engloba conceitos menos conhecidos, como o campo eletromagnético e indução eletromagnética. Alguns conceitos importantes com nomenclatura específica, que dizem respeito à eletricidade são:
Carga elétrica: propriedade das partículas subatômicas, que determina as interações
eletromagnéticas dessas. Matéria eletricamente carregada produz e é influenciada por campos eletromagnéticos. Unidade SI (Sistema Internacional de Unidades): ampère segundo (A.s), unidade também denominada coulomb (C)
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Campo elétrico: efeito produzido por uma carga no espaço que a contém, o qual pode
exercer força sobre outras partículas carregadas. Unidade SI: volt por metro (V/m); ou newton por coulomb (N/C), ambas equivalentes.
Potencial elétrico: capacidade de uma carga elétrica de realizar trabalho ao alterar sua
posição. A quantidade de energia potencial elétrica armazenada, em cada unidade de carga, em dada posição. Unidade SI:volt (V); o mesmo que joule por coulomb (J/C). Corrente elétrica: quantidade de carga que ultrapassa determinada secção por unidade de tempo. Unidade SI:ampère (A); o mesmo que coulomb por segundo (C/s).
Potência elétrica: quantidade de energia elétrica convertida por unidade de tempo.
Unidade SI: watt (W); o mesmo que joules por segundo (J/s).
Energia elétrica: energia armazenada ou distribuída na forma elétrica. Unidade SI: a
mesma da energia, o joule (J).
Eletromagnetismo: interação fundamental entre o campo magnético e a carga elétrica,
estática ou em movimento. O uso mais comum da palavra "eletricidade" se relaciona com a acepção menos precisa, contudo. Refere-se à Energia elétrica (referindo-se de forma menos precisa a uma quantidade de energia potencial elétrica ou, então, de forma mais precisa, à energia elétrica por unidade de tempo) que é fornecida, comercialmente, pelas distribuidoras de energia elétrica. Em um uso flexível, contudo comum do termo, "eletricidade" pode referir-se à "fiação elétrica", situação em que significa uma conexão física e em operação a uma estação de energia elétrica. Tal conexão garante o acesso do usuário de "eletricidade" ao campo elétrico presente na fiação elétrica, e, portanto, à energia elétrica distribuída por meio desse. Antigamente, as etapas da produção de energia que consistem na geração, transmissão, distribuição e venda de energia elétrica eram feitas por empresas federais ou estaduais, formando-se um monopólio de todas as etapas de fornecimento de energia elétrica. Sendo assim, não havia negociação de preços e tudo que envolvia energia elétrica era submetido à legislação vigente. A cadeia de suprimentos é dividida entre: Geração, Transmissão, Distribuição e Comercialização de Energia Elétrica, sendo a figura a seguir ilustrativa desta cadeia.
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6.1 Riscos em instalações e serviços com eletricidade Pode-se dizer que a sociedade corre risco em vários ambientes, mas o que se irá analisar é o risco em Eletricidade. Existem diferentes tipos de riscos devido aos efeitos da eletricidade no ser humano e no meio ambiente. Os principais riscos são o choque elétrico, o arco elétrico, a exposição aos campos eletromagnéticos, incêndio e riscos adicionais.
6.1.1. Choque elétrico O choque elétrico é uma perturbação de características e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano, quando este é percorrido por uma corrente elétrica, ou seja, é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo, utilizando-o como condutora, e tal situação pode provocar, desde um leve formigamento, podendo chegar à fibrilação, PCR, queimaduras graves ou até a morte. Os fatores que determinam a gravidade implicam o percurso da corrente elétrica, as características de corrente elétrica e a resistência elétrica do corpo humano. O percurso da corrente elétrica tem grande influência na gravidade do choque elétrico, da mesma forma o percurso seguido pela corrente no corpo. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 150
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As características da corrente elétrica determinam a gravidade do choque elétrico, a intensidade da corrente era um fator determinante na gravidade da lesão por choque elétrico, porém para a corrente contínua (CC), as intensidades da corrente deverão ser mais elevadas para ocasionar as sensações do choque elétrico, a fibrilação ventricular e a morte. No caso da fibrilação ventricular, esta apenas ocorrerá se a corrente contínua for aplicada durante um instante curto e específico do ciclo cardíaco. A resistência elétrica que o corpo humano oferece à passagem da corrente é quase exclusivamente devida à camada externa da pele, que é constituída de células mortas. Esta resistência está situada entre 100.000 e 600.000 ohms, quando a pele se encontra seca e não apresenta cortes, e a variação apresentada é função da sua espessura. Quando a pele se encontra úmida, a resistência elétrica do corpo diminui. Cortes também oferecem uma baixa resistência. Pelo mesmo motivo, ambientes que contenham muita umidade fazem com que a pele não ofereça uma elevada resistência elétrica à passagem da corrente. Já a pele seca, relativamente difícil de ser encontrada durante a execução do trabalho, oferece maior resistência para a passagem da corrente elétrica. A resistência oferecida pela parte interna do corpo, constituída, pelo sangue, músculos e demais tecidos, comparativamente à da pele é bem baixa, medindo normalmente 300 ohms em média e apresentando um valor máximo de 500 ohms. As diferenças da resistência elétrica apresentada pela pele para a passagem da corrente, ao estar seca ou molhada, podem ser grandes, considerando que o contato foi feito em um ponto do circuito elétrico, que apresente uma diferença de potencial de 120 volts.
Causas determinantes: a seguir são expostos os meios pelos quais são criadas condições
para que uma pessoa venha a sofrer um choque elétrico. O contato com um condutor nu energizado é uma das causas mais comuns de acidentes, normalmente, o que ocorre é que os equipamentos, tais como: guindastes, caminhões basculantes tocam nos condutores, tornando-se parte do circuito elétrico, ao serem tocados por uma pessoa localizada fora dos mesmos, ou mesmo pelo motorista, se este, ao sair do veículo, mantiver contato simultâneo com a terra e o mesmo, causam um acidente fatal. Falha na isolação elétrica, a deterioração por agentes agressivos, o envelhecimento natural ou forçado ou mesmo o uso inadequado do equipamento podem comprometer a eficácia da película, como isolante elétrico. O calor e temperaturas elevadas, a circulação da corrente, em um condutor, sempre gera calor e, por conseguinte, aumento da temperatura do mesmo. Este aumento pode causar a ruptura de alguns polímeros, de que são feitos alguns materiais isolantes, dos condutores elétricos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 151
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Umidade, alguns materiais isolantes que revestem condutores absorvem umidade, como é o caso do nylon. Isto faz com que a resistência isolante do material diminua. Oxidação, esta pode ser atribuída em presença de oxigênio, de ozônio ou de outros oxidantes na atmosfera. O ozônio se torna um problema especial em ambientes fechados, nos quais operem motores, geradores. Estes produzem, em seu funcionamento, arcos elétricos, que por sua vez geram o ozônio. O ozônio é o oxigênio em sua forma mais instável e reativa. Embora esteja presente na atmosfera, em um grau muito menor do que o do oxigênio, por suas características, ele cria muito maior dano ao isolamento do que aquele. Radiação, as radiações ultravioletas têm a capacidade de degradar as propriedades do isolamento, especialmente, de polímeros. Os processos fotoquímicos iniciados pela radiação solar provocam a ruptura do polímeros, tais como, o cloreto de vinila, a borracha sintética e natural, a partir dos quais o cloreto de hidrogênio é produzido. Esta substância causa, então, reações e rupturas adicionais comprometendo, desta forma, as propriedades físicas e elétricas do isolante. Produtos químicos, os materiais normalmente utilizados como isolantes elétricos podem vir a se degradar na presença de substâncias como ácidos, lubrificantes. Desgaste mecânico, as grandes causas de dados mecânicos ao isolamento elétrico são a abrasão, o corte, a flexão e a torção do recobrimento dos condutores. O corte do isolamento ocorre, quando o condutor é puxado, por meio de uma superfície cortante. A abrasão tanto pode ser devida a puxada de condutores por sobre superfícies abrasivas, por orifícios por demais pequenos, quanto a sua colocação em superfícies que vibrem, as quais consomem o isolamento do condutor. As linhas de pipas com cerol também agridem o isolamento dos condutores.
Fatores biológicos: Roedores e insetos podem comer os materiais orgânicos de que são
constituídos os isolamentos elétricos, comprometendo a isolação dos condutores. Outra forma de degradação das características do isolamento elétrico é a presença de fungos, que se desenvolvem na presença de umidade. Altas tensões podem dar srcem a arcos elétricos ou efeitos corona, os quais criam buracos na isolação ou degradação química, reduzindo, assim, a resistência elétrica do isolamento. Pressão o vácuo pode causar o desprendimento de materiais voláteis dos isolantes orgânicos, causando vazios internos e consequente variação nas suas dimensões, perda de peso e, consequentemente, redução de sua resistividade.
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6.1.2 Queimaduras A corrente elétrica atinge o organismo por meio do revestimento cutâneo. Por esse motivo, as vitimas de acidente com eletricidade apresentam, na maioria dos casos, queimaduras. Em função da alta resistência da pele, a passagem de corrente elétrica produz alterações estruturais conhecidas como “marcas de corrente”. As características, portanto, das queimaduras provocadas pela eletricidade diferem daquelas causadas por efeitos químicos, térmicos e biológicos. Em relação às queimaduras por efeitos térmicos, aquelas causadas pela eletricidade são geralmente menos dolorosas, pois a passagem da corrente poderá destruir as terminações nervosas. Não significa, porém que esta condição se apresente menos perigosa, pois estas tendem a progredir em profundidade, mesmo depois de desfeito o contato elétrico ou a descarga. É importante lembrar que não há necessidade de contato direto da pessoa com partes energizadas. A passagem da corrente poderá ocorrer em uma descarga elétrica, em caso de proximidade do indivíduo com partes eletricamente carregadas. A eletricidade pode produzir queimaduras por diversas formas, o que resulta na seguinte classificação:
Queimaduras por contato: Quando se toca uma superfície condutora energizada, as queimaduras podem ser locais e profundas atingindo até a parte óssea, por outro lado muito pequenas, deixando apenas uma pequena “mancha brancana pele”. Em caso de sobrevirmorte, esse último caso é bastante importante, e deve ser verificado no exame necrológico, para possibilitar a reconstrução, mais exata possível, do caminho percorrido pela corrente.
Queimaduras por arco voltaico: O arco elétrico caracteriza-se pelo fluxo de corrente elétrica através do ar e, geralmente, é produzido quando da conexão e da desconexão de dispositivos elétricos e, também, em caso de curto-circuito, provocando queimaduras de segundo ou terceiro grau. O arco elétrico possui energia suficiente para queimar as roupas e provocar incêndios, emitindo vapores de material ionizado e raios ultravioletas.
Queimaduras por vapor metálico: Na fusão de um elo fusível ou condutor ocorre a emissão de vapores e derramamento de metais derretidos, podendo atingir as pessoas localizadas nas proximidades.
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6.1.3 Campos eletromagnéticos O campo eletromagnético é gerado quando da passagem da corrente elétrica nos meios condutores. Este campo está presente em inúmeras atividades humanas, tais como: trabalhos com circuitos ou linhas energizadas, solda elétrica, utilização de telefonia celular e fornos de micro-ondas. Os trabalhadores que interagem com Sistema Elétrico Potência estão expostos ao campo eletromagnético, quando da execução de serviços em linhas de transmissão aérea e subestações de distribuição de energia elétrica, nas quais se empregam elevados níveis de tensão e corrente. Os efeitos possíveis no organismo humano decorrentes da exposição ao campo eletromagnético são de natureza elétrica e magnética, uma vez que a pessoa fica exposta ao campo, no qual seu corpo sofre uma indução, estabelecendo um diferencial de potencial entre o empregado e outros objetos inerentes às atividades. Cuidados especiais devem ser tomados por trabalhadores ou pessoas que possuem em seu corpo aparelhos eletrônicos, tais como marca-passo, aparelhos auditivos, dentre outros, pois seu funcionamento pode ser comprometido na presença de campos magnéticos intensos.
6.1.4 Arco elétrico Toda a vez que ocorre a passagem de corrente elétrica pelo ar ou outro meio isolante óleo, por exemplo, está ocorrendo um arco elétrico. O arco elétrico (ou arco voltaico) é uma ocorrência de curtíssima duração (menor que ½ segundo), e muitos são tão rápidos que o olho humano não chega a perceber. Os arcos elétricos são extremamente quentes. Próximo ao "laser", estes são a mais intensa fonte de calor na Terra, cuja temperatura pode alcançar 20 000°C. Pessoas que estejam no raio de alguns metros de um arco podem sofrer severas queimaduras. Os arcos elétricos são eventos de múltipla energia. Forte explosão e energia acústica acompanham a intensa energia térmica. Em determinadas situações, uma onda de pressão também pode se formar, sendo capaz de atingir quem estiver próximo ao local da ocorrência.
6.1.4.1 Consequências de arcos elétricos Se houver centelha ou arco, a temperatura deste é tão alta que destrói os tecidos do corpo. Todo cuidado é pouco para evitar a abertura de arco através do operador. Também podem desprender-se partículas incandescentes, que queimam ao atingir os olhos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 154
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O arco pode ser causado por fatores relacionados aos equipamentos, ao ambiente ou a pessoas. Uma falha pode ocorrer em equipamentos elétricos, quando há um fluxo de corrente não intencional entre fase e terra, ou entre múltiplas fases. Isso pode ser causado por trabalhadores, que façam movimentos bruscos ou por descuido no manejo de ferramentas ou outros materiais condutivos, quando estão trabalhando em partes energizadas da instalação ou próximo a estas. Outras causas podem estar relacionadas aos equipamentos, e incluem falhas em partes condutoras, que integram ou não os circuitos elétricos. Causas relacionadas ao ambiente incluem a contaminação por sujeira ou por água ou pela presença de insetos ou outros animais (gatos ou ratos que provocam curtos-circuitos em barramentos de painéis ou subestações). A quantidade de energia liberada durante um arco depende da corrente de curto-circuito e do tempo de atuação dos dispositivos de proteção contra sobrecorrentes. Altas correntes de curtocircuito e tempos longos de atuação dos dispositivos de proteção aumentam o risco do arco elétrico. A severidade da lesão para as pessoas, na área na qual ocorre a falha, depende da energia liberada durante a falha, da distância que separa as pessoas do local e do tipo de roupa utilizada pelas pessoas expostas ao arco. As mais sérias queimaduras por arco voltaico envolvem a ignição da roupa da vítima pelo calor do arco elétrico. Tempos relativamente longos (30 a 60 segundos, por exemplo) de queima contínua de uma roupa comum aumentam tanto o grau da queimadura, quanto a área total atingida no corpo. Isso afeta, diretamente, a gravidade da lesão e a própria sobrevivência da vítima. A proteção contra o arco elétrico depende do cálculo da energia, que pode ser liberada no caso de um curto-circuito. As vestimentas de proteção adequadas devem cobrir todas as áreas que possam estar expostas à ação das energias oriundas do arco elétrico. Portanto, muitas vezes, além da cobertura completa do corpo, elas devem incluir capuzes. O que agora parece óbvio, nem sempre foi observado, isto é, se em determinadas situações uma análise de risco indica a necessidade de uma vestimenta de proteção contra o arco elétrico, essa vestimenta deve incluir proteção para o rosto, pescoço, cabelos, enfim, as partes da cabeça que também possam sofrer danos se expostas a uma energia térmica muito intensa. Além dos riscos de exposição aos efeitos térmicos do arco elétrico, também está presente o risco de ferimentos e quedas, decorrentes das ondas de pressão, que podem se formar pela expansão do ar. Na ocorrência de um arco elétrico, uma onda de pressão pode empurrar e derrubar o trabalhador, que está próximo da srcem do acidente. Essa queda pode resultar em lesões mais graves se o trabalho estiver sendo realizado em uma altura superior a dois metros, o que pode ser muito comum em diversos tipos de instalações. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 155
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6.1.4.2 Proteção contra perigos resultantes de faltas por arco Os dispositivos e equipamentos que podem gerar arcos durante a sua operação devem ser selecionados e instalados de forma a garantir a segurança das pessoas, que trabalham nas instalações. Apresentam-se relacionadas algumas medidas para garantir a proteção contra os perigos resultantes de faltas por arco: • Utilização de um ou mais dos seguintes meios: » dispositivos de abertura sob carga; » chave de aterramento resistente ao curto-circuito presumido; » sistemas de intertravamento; » fechaduras com chave não intercambiáveis. • Corredores operacionais tão curtos, altos e largos quanto possível; • Coberturas sólidas ou barreiras, em vez de coberturas ou telas; • Equipamentos ensaiados para resistir aos arcos internos; • Emprego de dispositivos limitadores de corrente; • Seleção de tempos de interrupção muito curtos, o que pode ser obtido por meio de relés instantâneos ou através de dispositivos sensíveis a pressão, a luz ou ao calor, atuando em dispositivos de interrupção rápidos; • Operação da instalação.
6.1.5 Riscos Adicionais São considerados como riscos adicionais aqueles que, além dos elétricos, são específicos de cada ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde dos que trabalham com eletricidade.
6.1.5.1 Classificação dos riscos adicionais Altura Em trabalhos com energia elétrica feitos em altura importante seguir as instruções relativas à segurança, que são descritas abaixo: • É obrigatório o uso do cinto de segurança e do capacete com jugular. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 156
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• Os equipamentos acima devem ser inspecionados pelo trabalhador antes do seu uso, no que concerne a defeito nas costuras, nos rebites, nas argolas, nos mosquetões, nas molas e travas, bem como quanto à integridade da carneira e da jugular. • Ferramentas, peças e equipamentos devem ser levados para o alto apenas em bolsas especiais, evitando o seu arremesso. Quando for imprescindível o uso de andaimes tubulares, em locais próximos à rede elétrica, estes deverão: • Respeitar as distâncias de segurança, principalmente, durante as operações de montagem e desmontagem; • Estar aterrados; • Ter as tábuas da(s) plataforma(s) com, no mínimo, uma polegada de espessura, travadas e que nunca ultrapassem o andaime; • Ter base com sapatas; • Ter guarda-corpo de noventa centímetros de altura em todo o perímetro com vãos máximos de trinta centímetros; • Ter cinturão de segurança tipo paraquedista para alturas iguais ou superiores a dois metros; • Ter estais a partir de três metros e a cada cinco metros de altura. Manuseio de escada simples e de extensão: • Inspecione visualmente antes de usá-las, a fim de verificar se apresentam rachaduras, degraus com jogo ou soltos, corda desajustada, montantes descolados, etc. • Se houver qualquer irregularidade, tal material deve ser entregue ao superior imediato para reparo ou troca. • Devem ser manuseadas sempre com luvas. • Limpe sempre asola do calçado antes de subir em uma escada. • No transportar em veículos, as escadas devem ser colocadas com cuidado nas gavetas ou nos ganchos suportes, devidamente amarradas. • Ao subir ou descer, conserve-se de frente para ela, segurando firmemente os montantes. • Trabalhe somente depois de a escadaestar firmemente amarrada, utilizando o cinto de segurança e com os pés apoiados sobre os seus degraus. • Devem ser conservadas com verniz ou óleo de linhaça. • Cuidado ao atravessar as vias públicas, observando que esta deverá ser conduzida paralelamente ao meio-fio. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 157
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• Ao instalar a escada, observe que a distância entre o suporte e o pé da escada seja de aproximadamente ¼ do seu comprimento. • Antes de subir ou descer, exija um companheiro ao pé da escada para segurá-la. Somente o dispense depois de amarrar a escada. • Instalar a escada usando o pé direto para o apoio e a mão fechando por cima do degrau, verificando o travamento da extensão. • Não podendo amarrar a escada (fachada de prédio), mantenha o companheiro no pé dela, segurando-a.
Ambientes Confinados Nas atividades que exponham os trabalhadores a riscos de asfixia, de explosão, de intoxicação e de doenças do trabalho devem ser adotadas medidas especiais de proteção, a saber: Treinamento e orientação para os trabalhadores quanto aos riscos a que estão
submetidos, em busca de aplicar forma de preveni-los e o procedimento a ser adotado em situação de risco;
Nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os trabalhadores não poderão realizar
as atividades sem um programa de proteção respiratória;
A realização de trabalho, em recintos confinados, deve ser precedida de inspeção prévia e
elaboração de ordem de serviço com os procedimentos a serem adotados;
Monitoramento permanente de substância que cause asfixia, explosão e intoxicação no
interior de locais confinados realizado por trabalhador qualificado, sob supervisão de responsável técnico;
Proibição de uso de oxigênio para ventilação de local confinado;
Ventilação exaustora local eficaz que faça a extração dos contaminantes e ventilação
geral, que execute a insuflação de ar para o interior do ambiente, garantindo de forma permanente a renovação contínua do ar;
Sinalização com informação clara e permanente durante a realização de trabalhos no
interior de espaços confinados;
Uso de cordas ou cabos de segurança e pontos fixos para amarração, que possibilitem
meios seguros de resgates;
Acondicionamento adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis utilizadas na
aplicação de laminados, pisos, papéis de parede ou similares; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 158
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A cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, pelo menos 2 (dois) devem ser treinados para
resgate;
Manter ao alcance dos trabalhadores ar mandado e/ou equipamento autônomo para
resgate;
No caso de manutenção de tanque, providenciar desgaseificação prévia antesda execução
do trabalho. Áreas classificadas: As denominadas áreas classificadas são consideradas como ambientes de alto risco, sendo aqueles nos quais existe a possibilidade de vazamento de gases inflamáveis em situação de funcionamento normal devido a razões diversas como, por exemplo, desgaste ou deterioração de equipamentos. Tais áreas, também chamadas de ambientes explosivos, são classificadas conforme normas internacionais, e de acordo com a classificação exigem a instalação de equipamentos e/ou interfaces, que atendam às exigências prescritas nas mesmas. As áreas classificadas, normalmente, cobrem uma zona, cujo limite envolve a presença de gás ou de gases inflamáveis e estes estarão tão diluídos ou dispersos que não poderão apresentar perigo de explosão ou combustão. Segundo as recomendações da IEC 79-10, as áreas são classificadas em:
Zona 0 área na qual uma mistura de gás/ar, potencialmente explosiva, está presente continuamente ou por grandes períodos de tempo;
Zona 1 área na qual a mistura gás/ar, potencialmente explosiva, pode estar presente durante o funcionamento normal do processo;
Zona 2 área na qual uma mistura de gás/ar, potencialmente explosiva, não está normalmente presente. Caso esteja, será por curtos períodos. É evidente que um equipamento instalado dentro de uma área classificada também deve ser classificado, e esta é baseada na temperatura superficial máxima que o mesmo possa alcançar em funcionamento normal ou em caso de falha. A EN 50.014 especifica a temperatura superficial máxima em seis níveis, assumindo como temperatura ambiente de referência 40ºC. Assim se tem: TEMPERATURA SUPERFICIAL MÁXIMA T1 450° C
T4 135° C
T 2 300° C
T5 100° C
T3 200° C
T6 85° C
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Para exemplificar: um equipamento classificado como T3 pode ser utilizado em ambientes cujos gases possuem temperatura de combustão superior a 200ºC. Para diminuir o risco de uma explosão, é possível adotar diversos métodos. Um deles é eliminar um dos elementos do triângulo do fogo: temperatura, oxigênio e combustível. Outro modo se faz por meio de uma das três alternativas a seguir: Contenção da explosão: na verdade, este é oúnico método que permite que haja a explosão, porque esta fica confinada em um ambiente bem definido e não pode se propagar para a
atmosfera do entorno.
Segregação: é o método que permite separar ou isolar, fisicamente, as partes elétricas ou
as superfícies quentes da mistura explosiva.
Prevenção: por meio deste método se limita a energia, seja térmica ou elétrica, em níveis
não perigosos. A técnica de segurança intrínseca é a mais empregada deste método de proteção e também a mais efetiva. O que se faz é limitar a energia armazenada em circuitos elétricos de modo a torná-los totalmente incapazes, tanto em condições normais de operação, quanto em situações de falha, de produzir faíscas elétricas ou de gerar arcos voltaicos, que possam causar a explosão. As indústrias que processam produtos e, em alguma de suas fases, estes se apresentem na forma de pó são indústrias de alto potencial de risco quanto a incêndios e explosões, e devem, antes de sua implantação, efetuar uma análise acurada dos riscos e tomar as precauções cabíveis, pois na fase de projeto as soluções são mais simples e econômicas. Porém, as indústrias já implantadas poderão equacionar razoavelmente bem os problemas, minorando os riscos inerentes com o auxílio de um profissional competente. A seguir são citados alguns tipos de indústrias reconhecidamente perigosas quanto aos riscos de incêndios e explosões:
Indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas; Indústrias fabricantes de rações animais;
Indústrias alimentícias;
Indústrias metalúrgicas;
Indústrias farmacêuticas;
Indústrias plásticas;
Indústrias de beneficiamento de madeira; Indústrias do carvão.
Instalações elétricas em ambientes explosivos As instalações e serviços de eletricidade devem ser projetados, executados, operados, mantidos, reformados e ampliados de forma que se permita a adequada distribuição de energia e Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 160
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isolamento, em correta proteção contra fugas de corrente, curtos-circuitos, choques elétricos, entre outros riscos. Os cabos e condutores de alimentação elétrica que são utilizados devem ser certificados por um organismo de certificação, credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO. Os locais de instalação de transformadores e de capacitores, seus painéis e respectivos dispositivos de operação devem atender aos seguintes requisitos: Ser ventilados e iluminados ou projetados e construídos com tecnologia adequada para
operação em ambientes confinados; Ser construídos e ancorados de forma segura;
Ser devidamente protegidos e sinalizados, indicando zona de perigo, de forma a alertar
que o acesso é proibido para pessoas não autorizadas;
Não ser usados para outras finalidades diferentes daquelas do projeto elétrico;
Possuir extintores portáteis de incêndio, adequados para classe de risco, localizados na entrada ou nas proximidades e, em subsolo, a montante do fluxo de ventilação. Os cabos, instalação e equipamentos elétricos devem ser protegidos contra impactos, água
e influência de agentes químicos, observando-se as aplicações, de acordo com as especificações técnicas. Os serviços de manutenção ou reparo de sistemas elétricos só podem ser executados com o equipamento desligado, etiquetado, bloqueado e aterrado, exceto se forem:
Utilizadas técnicas adequadas para circuitos energizados;
Utilizados ferramentas e equipamentos adequados para classe de tensão;
Tomadas precauções necessárias para a segurança dos trabalhadores. O bloqueio durante as operações de manutenção e reparo de instalações elétricas deve ser
realizado em aplicação de cadeado e de etiquetas sinalizadoras fixadas em local visível contendo, no mínimo, as seguintes indicações:
Horário e data do bloqueio; Motivo da manutenção; Nome do responsável pela operação.
Os equipamentos e máquinas de emergência são destinados a manter a continuidade do fornecimento de energia elétrica e as condições de funcionamento. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 161
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Redes elétricas, transformadores, motores, máquinas e circuitos elétricos devem estar equipados com dispositivos de proteção automáticos, para os casos de curto-circuito, sobrecarga, queda de fase e fugas de corrente. Os fios condutores de energia elétrica instalados no teto de galerias para alimentação de equipamentos devem ser protegidos contra contatos acidentais. Os sistemas de recolhimento automático de cabos alimentadores de equipamentos elétricos móveis devem ser eletricamente solidários à carcaça do equipamento principal. Os equipamentos elétricos móveis devem ter aterramento adequadamente dimensionado. Em locais com ocorrência de gases inflamáveis e explosivos, as tarefas de manutenção elétrica devem ser realizadas sob o controle de um supervisor, com a rede de energia desligada e a chave de acionamento bloqueada, monitorando-se a concentração dos gases. Os terminais energizados dos transformadores devem ser isolados fisicamente por barreiras ou outros meios físicos, a fim de evitar contatos acidentais. Toda instalação, carcaça, invólucro, blindagem ou peça condutora que possa armazenar energia estática com possibilidade de gerar fagulhas ou centelhas deve ser aterrada. As malhas, os pontos de aterramento e os para-raios devem ser revisados, periodicamente, sendo os resultados registrados. A implantação, a operação e a manutenção de instalações elétricas devem ser executadas somente por pessoa qualificada, que deve receber treinamento continuado em manuseio e em operação de equipamentos de combate a incêndios e explosões, bem como na prestação de primeiros socorros a acidentados. Trabalhos em condições de risco acentuado deverão ser executados por duas pessoas qualificadas, salvo critério do responsável técnico. Durante a manutenção de máquinas ou instalações elétricas, os ajustes e as características dos dispositivos de segurança não devem ser alterados, prejudicando a eficácia destes. Trabalhos em redes elétricas entre dois ou mais pontos sem possibilidade de contato visual entre os operadores somente podem ser realizados com comunicação por meio de rádio ou outro sistema de comunicação, que impeça a energização acidental. As instalações elétricas com possibilidade de contato com água devem ser projetadas, executadas e mantidas com especial cuidado para: a blindagem, a estanqueidade, o isolamento, o aterramento e a proteção contra falhas elétricas. Os trechos e pontos de tomada de força de rede elétrica em desuso devem ser desenergizados, marcados e isolados, ou retirados quando não forem mais utilizados. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 162
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Em locais sujeitos a emanações de gases explosivos e inflamáveis, as instalações elétricas devem ser a prova de explosão.
Condições atmosféricas
Umidade Deve-se considerar que todo trabalho em equipamentos energizados só deve ser iniciado
com boas condições meteorológicas, não sendo assim permitidos trabalhos sob chuva, neblina densa ou ventos. Pode-se determinar a condição de umidade favorável ou não com a utilização do termo higrômetro ou umedecendo levemente com um pano úmido a superfície de um bastão de manobra e aguardar durante aproximadamente cinco minutos. Desaparecendo a película de umidade, há condições seguras para execução dos serviços. Como visto em estudos anteriores, sabe-se que a existência de umidade no ar propicia a diminuição da capacidade disruptiva do ar, aumentando assim o risco de acidentes elétricos. Deve-se levar em consideração, também, que os equipamentos isolados a óleo não devem ser abertos em condições de umidade elevada, pois o óleo isolante pode absorver a umidade do ar, comprometendo, assim, as características isolantes.
Descargas atmosféricas O raio ou descargas atmosféricas são fenômenos da natureza absolutamente imprevisíveis
tanto em relação às características elétricas como em relação aos efeitos destruidores decorrentes de sua incidência sobre as edificações, as pessoas ou aos animais. Nada, em termos práticos, pode ser feito para impedir a queda de uma descarga em uma determinada região. Assim sendo, as soluções aplicadas buscam tão somente minimizar os efeitos destruidores, a partir de instalações adequadas de captação e de condução segura da descarga para terra. A incidência de raios é maior em solos considerados como mau condutores, do que em solos condutores de eletricidade, pois nos solos mau condutores, na existência de nuvens carregadas sobre o mesmo cria-se por indução, no terreno, cargas positivas, em que se tem a nuvem funcionando como placa negativa e o solo com placa positiva e o ar, naturalmente úmido e, às vezes, ionizado, servindo como um isolante de baixo poder dielétrico, propiciando assim a existência de raios. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 163
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Medidas Preventivas Importante observar que algumas medidas servem como aspecto preventivo, como:
Evitar a execução de serviços em equipamentos e instalações elétricas internas e externas. Nunca procurar abrigo sob árvores ou construções isoladas sem sistema de proteção atmosférico adequado.
Não entrar em rios, lagos, piscinas, guardando uma distância segura destes. Procurar abrigo em instalações seguras, jamais ficando ao relento. Caso não encontre abrigo, procurar não se movimentar e, se possível, ficar agachado, evitando assim efeito de pontas.
Evitar o uso de telefones, a não ser que seja em fio.
Evitar ficar próximo de tomadas e canos, janelas e portas metálicas.
Evitar tocar em qualquer equipamento elétrico ligado à rede elétrica.
Evitar locais extremamente perigosos, como topos de morros, topo de prédios, proximidade de cercas de arame, torres, linhas telefônicas, linhas aéreas.
Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas
Terminais aéreos – Conhecidos como para-raios, estes terminais são hastes montadas em bases instaladas acima do ponto mais alto das edificações com o objetivo de propiciar um caminho mais fácil para os relâmpagos, que venham a incidir na edificação, sendo geralmente interligados através de condutores horizontais.
Condutores de Descida - Cabos que conectam os terminais aéreos aos terminais de
Terminais de Aterramento - Condutores que servem para conectar os cabos de descida ao
aterramento. solo. Sendo os mesmos constituídos, usualmente, de cabos e de hastes enterradas no solo, propiciando uma baixa resistência a terra, sendo a mesma dependente das características do solo.
Condutores de Ligação Equipotencial – tais condutores visam interligação do sistema de aterramento com os outros sistemas de aterramento da edificação, impedindo assim a existência de diferenças de potenciais entre os elementos interligados. Observando-se o que já foi estudado sobre equipotencialização, todas as partes metálicas da edificação, os aterramentos de equipamentos, as estruturas, o sistema de proteção atmosférica, etc. devem ser interligados a um mesmo referencial de terra.
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Supressores de Surto, Varistores, Para-Raios de Linha, Centelhados – São instalados em pontos de entrada de energia, cabos telefônicos e de dados, instrumentação industrial, etc., com o intuito de proteger as instalações e equipamentos contra sobrecorrentes transitórias (sobretensões) provocadas por descargas, direta e indireta, bem como em manobras de equipamentos do sistema de alimentação elétrica.
6.2 Segurança no Trabalho com Eletricidade O profissional que convive com eletricidade deve estar ciente que um erro no trabalho pode levar à morte, seja de forma direta ou indireta. O resultado final da ação da corrente elétrica no corpo humano é letal. O estilo de vida atual envolve a utilização da eletricidade a todo o momento, aliás, eletricidade é o que movimenta todas as sociedades desenvolvidas em todo o globo. Desde um simples banho com água quente, passando por hospitais, bem-estar, a sociedade tem ficado cada vez mais dependente do uso intensivo da eletricidade para sobreviver. Exatamente por estar tão presente, nas vidas do ser humano, nem sempre as pessoas observam o tratamento necessário para com a eletricidade. Muitas pessoas, que trabalham diretamente com a eletricidade, não dão o devido respeito a esse bem mortal. O risco reside justamente nesses fatos. O desconhecimento de onde se encontra a eletricidade e o excesso de autoconfiança da pessoa pode levar a morte. O contato com partes energizadas fazem com que a corrente percorra o corpo humano, causando queimaduras tanto externas quanto internas, além de lesões físicas e traumas psicológicos. Instalações sem manutenção, o uso de equipamentos e materiais inadequados, falhas e desgastes podem srcinar incêndios. O simples ato de ligar um aparelho na tomada de força já incorre no risco de acidente com eletricidade. Tomar um banho com chuveiro elétrico pode ser um exercício de “bravura indômita”, principalmente, se não houver dispositivos de proteção adequadamente projetados, instalados e mantidos. Conclui-se, assim, que a vida diária do ser humano é sempre arriscada, mas se as pessoas observarem as Normas Técnicas e de Segurança no projeto, na execução e na operação de equipamentos e instalações e, principalmente, se aplicar o devido respeito pela eletricidade, seu uso e aplicação será seguro e tranquilo.
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6.2.1 Desenergização A desenergização é um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no circuito, trecho ou ponto de trabalho, durante todo o tempo de intervenção e sob controle dos trabalhadores envolvidos. Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados e obedecida a sequência a seguir:
Seccionamento: é o ato de promover a descontinuidade elétrica total, com afastamento adequado entre um circuito ou dispositivo e outro, obtida mediante o acionamento por meios manuais ou automáticos, ou ainda através de ferramental apropriado e segundo procedimentos específicos.
Impedimento de reenergização: é o estabelecimento de condições que impedem, de modo reconhecidamente garantindo, a reenergização do circuito ou equipamento desenergizado, assegurando ao trabalhador o controle de seccionamento. Na prática, trata-se da aplicação de travamentos mecânicos, por meio de fechaduras, cadeados e dispositivos auxiliares de travamento ou com sistemas informativos equivalentes.
Constatação da ausência de tensão: é a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico. Deve ser feita com detectores testados antes e após a verificação da ausência de tensão, sendo realizada por contato ou por aproximação e de acordo com procedimentos específicos.
Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos: constatada a inexistência de tensão, um condutor do conjunto de aterramento temporário deverá ser ligado a uma haste conectada ao fio terra. Na sequência, deverão ser conectadas as garras de aterramento aos condutores fase, previamente desligados.
Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada: define-se zona controlada como área em torno da parte condutora energizada, segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com nível de tensão, cuja aproximação só é permitida para profissionais autorizados, como disposto no anexo II da Norma Regulamentadora nº10. Podendo ser feito
com anteparos, dupla isolação invólucros, etc. Instalação da sinalização de impedimento de reenergização: Deverá ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação da razão de desenergização e informações do responsável. Somente após a conclusão dos serviços e verificação de ausência de anormalidades, o trabalhador providenciará a retirada de ferramentas, Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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equipamentos e utensílios e, por fim, o dispositivo individual de travamento e etiqueta correspondente.
6.2.2 Aterramento funcional (TN / TT / IT), de Proteção ou Temporário Aterramento é uma ligação intencional da energia elétrica junto a terra, por meio da qual a corrente elétrica pode fluir. O aterramento pode ser funcional, de proteção ou temporário:
Funcional é a ligação através de um dos condutores do sistema neutro, o mesmo é dividido em três esquemas, sendo estes: a) Esquema TN: ele possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse ponto por meio de condutores de proteção. São consideradas três variantes de esquema TN, de acordo com a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção. b) Esquema TT: este possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando massas da instalação ligadas aos eletrodos de aterramento eletricamente distinto do eletrodo de aterramento da alimentação. c) Esquema IT: todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é aterrado através de impedância.
Proteção é a ligação terra das massas e dos elementos condutores estranhos a instalação.
Temporário é a ligação elétrica efetiva com baixa impedância intencional e terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida, continuamente, durante a intervenção na instalação elétrica. O aterramento temporário elétrico de uma instalação tem por função evitar acidentes gerados pela energização acidental da rede, propiciando rápida atuação do sistema automático de seccionamento ou proteção. Também tem o objetivo de promover proteção aos trabalhadores contra descargas atmosféricas, que possam interagir ao longo do circuito em intervenção.
6.2.3 Equipotencialização A equipotencialização é o ato de se tomar medidas para fazer com que dois ou mais corpos condutores de eletricidade possuam a menor diferença de potencial elétrico entre eles. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 167
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O termo “equipotencialização” representa o ato e o resultado obtido , quando são colocadas em prática medidas para que a diferença de potencial entre dois ou mais corpos seja a mínima possível. Todas as massas de uma instalação devem estar ligadas aos condutores de proteção. Em cada edificação deve ser realizada uma equipotencialização principal, em condições específicas, e tantas equipotencializações suplementares quantas forem necessárias. Todas as massas da instalação situadas, em uma edificação, devem estar vinculadas a equipotencialização principal da edificação e, dessa forma, a um mesmo e único eletrodo de aterramento. Isso sem prejuízo de equipotencializações adicionais, que se façam necessárias, para fins de proteção contra choques e/ou de compatibilidade eletromagnética.
6.2.4 Seccionomento automático da alimentação O princípio do seccionamento automático da alimentação, sua relação com os diferentes esquemas de aterramento e aspectos gerais referentes com sua aplicação e as condições, em que se torna necessária proteção adicional. O seccionamento automático possui um dispositivo de proteção, que deverá seccionar, automaticamente, a alimentação do circuito ou equipamento por este protegido, sempre que na falta no circuito ou equipamento der srcem a uma corrente superior ao valor ajustado no dispositivo de proteção, levando-se em conta o tempo de exposição à tensão de contato. Cabe salientar que estas medidas de proteção requerem a coordenação entre o esquema de aterramento adotado e as características dos condutores e dispositivos de proteção. O seccionamento automático é de suma importância em relação a: • Proteção de contatos diretos e indiretos de pessoas e animais; • Proteção do sistema com altas temperaturas e arcos elétricos; • Quando as correntes ultrapassarem os valores estabelecidos para o circuito; • Proteção contra correntes de curto-circuito; • Proteção contra sobre tensões.
6.2.5 Dispositivos a corrente de fuga O dispositivo de proteção operado por corrente tem por finalidade desligar, da rede de fornecimento de energia elétrica, o equipamento ou instalação que este protege. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 168
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Nesse sentido, na ocorrência de uma corrente de fuga que exceda determinado valor, a atuação deve ser rápida, menor do que 0,2 segundos, em busca de desligar da rede de fornecimento de energia o equipamento ou instalação elétrica que protege. É necessário que tanto o dispositivo quanto o equipamento ou instalação elétrica estejam ligados a um sistema de terra. O dispositivo é constituído por um transformador de corrente, um disparador e o mecanismo liga-desliga. Todos os condutores necessários para levar a corrente ao equipamento, inclusive o condutor terra, passam pelo transformador decorrente. Este transformador de corrente é que detecta o aparecimento da corrente de fuga. Em uma instalação sem defeitos, a somatória das correntes no primário do transformador de corrente é nula. Em caso de uma fuga de corrente terra, a somatória das correntes no primário do transformador de corrente passa a ser diferente de zero, induzindo, desta forma, uma tensão no secundário, que está alimentando o disparador e que, em um tempo inferior a 0,2 segundos, acionará o interruptor. É oportuno ressaltar que o dispositivo não protegerá uma pessoa contra os riscos de choque elétrico e a quem tocar simultaneamente dois condutores, pois neste caso as correntes permanecem equilibradas no primário do transformador, e nenhuma tensão será induzida no seu secundário. O dispositivo oferece não somente uma proteção contra os riscos do choque elétrico, mas também contra os riscos de incêndios causados por falhas de isolação dos condutores.
6.2.6 Extra Baixa Tensão: SELV e PELV Define-se com SELV o sistema de extra baixa tensão, que é eletricamente separada da terra de outros sistemas e de tal modo que a ocorrência de uma única falta não resulta em risco de choque elétrico e PELV o sistema de extra baixa tensão, que não é eletricamente separado da terra, mas que preenche, de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV. Os circuitos SELV não têm nenhum ponto aterrado nem massas aterradas. Os circuitos PELV podem ser aterrados ou terem massas aterradas. Dependendo da tensão nominal do sistema SELV ou PELV e das condições de uso, a proteção básica é proporcionada por limitação da tensão ou isolação básica ou uso de barreiras ou invólucros, condições ambientais e construtivas, em que o equipamento está inserido. Assim, as partes vivas de um sistema SELV ou PELV não precisam, necessariamente, serem inacessíveis, podendo dispensar isolação básica, barreira ou invólucro. No entanto, para atendimento a este item importante que atendam as exigências mínimas das normas. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 169
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6.2.7 Barreiras e invólucros Barreiras e invólucros são dispositivos que impedem qualquer contato com partes energizadas das instalações elétricas, sendo componentes que visam impedir pessoas ou animais de tocarem, acidentalmente, nas partes energizadas, garantindo assim que as pessoas sejam advertidas de que as partes acessíveis através das aberturas estão energizadas e não devem ser tocadas. As barreiras devem ser reforçadas, fixadas de forma segura para que tenham durabilidade, tendo como fator de referência o ambiente, em que estão inseridas. Só poderão ser retiradas com chaves ou ferramentas apropriadas e também com predisposição a uma segunda barreira ou isolação, que não possa ser retirada sem ajuda de chaves ou ferramentas apropriadas. O uso de barreiras ou invólucros, como meio de proteção básica, destina-se a impedir qualquer contato com partes vivas. As partes vivas devem ser confinadas no interior de invólucros ou atrás de barreiras, que garantam grau de proteção. Quando o invólucro ou barreira compreender superfícies superiores, horizontais, que sejam diretamente acessíveis, estas devem garantir grau de proteção mínimo.
6.2.8 Bloqueios e impedimentos Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios mecânicos, dispositivo de manobra fixo, em uma determinada posição, de forma a impedir uma ação não autorizada, em geral, são utilizados cadeados. Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o acionamento ou religamento de dispositivos de manobra (chaves, interruptores). É importante que tais dispositivos possibilitem mais de um bloqueio, ou seja, a inserção de mais de um cadeado, por exemplo, para trabalhos simultâneos de mais de uma equipe de manutenção.
6.2.9 Obstáculos e Anteparos Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o contato que pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou contornar o obstáculo.
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Os obstáculos devem impedir a aproximação física, não intencional, das partes energizadas, os contatos não intencionais com partes energizadas durante atuações sobre o equipamento, estando o equipamento em serviço normal. Os obstáculos podem ser removíveis sem auxílio de ferramenta ou chave, mas devem ser fixados de forma a impedir qualquer remoção involuntária. As distâncias mínimas devem ser obedecidas nas passagens destinadas à operação e/ou manutenção, quando for assegurada proteção parcial, por meio de obstáculos, a distância entre obstáculos, entre manípulos de dispositivos elétricos é de 700 mm e a altura da passagem sob tela ou painel é de 2000 mm.
6.2.10 Isolamento das partes vivas Os isolamentos são elementos construídos com materiais dielétricos, que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura, que está energizada, para que os serviços possam ser executados com efetivo controle dos riscos pelo trabalhador. O isolamento deve ser compatível com os níveis de tensão do serviço. Esses dispositivos devem ser bem-acondicionados para evitar acúmulo de sujeira e umidade, que comprometem a isolação e possam torná-los condutivos. Tais dispositivos também devem ser inspecionados a cada uso e serem submetidos a testes elétricos anualmente.
6.2.11 Isolação dupla ou reforçada Este tipo de proteção é, normalmente, aplicado a equipamentos portáteis, tais como: furadeiras elétricas manuais, os quais por serem empregados nos mais variados locais e condições de trabalho, e mesmo por suas próprias características, requerem outro sistema de proteção, que permita uma confiabilidade maior que aquela oferecida, exclusivamente, pelo aterramento elétrico. A proteção por isolação dupla ou reforçada é realizada, quando se utiliza uma segunda isolação, para suplementar aquela normalmente aplicada e para separar as partes vivas do aparelho de suas partes metálicas. Para a proteção da isolação, geralmente, são prescritos requisitos mais severos do que aqueles estabelecidos para a isolação funcional. Entre a isolação funcional e a de proteção pode ser usada uma camada de metal, que as separe, totalmente ou em parte. Ambas as isolações podem ser
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diretamente sobrepostas uma a outra. Neste caso, as isolações devem apresentar características tais que a falha, em uma delas, não comprometa a proteção e não se estenda a outra. A maioria das causas de acidentes implica defeitos nos cabos de alimentação e as ligações ao aparelho, um cuidado especial deve ser tomado com relação a este ponto, no caso da isolação dupla ou reforçada. Deve ser realizada de tal forma que a probabilidade de transferência de tensões perigosas para as partes metálicas, susceptíveis de serem tocadas, seja a menor possível.
6.2.12 Colocação fora de alcance Em espaços nos quais for prevista, normalmente, a presença ou circulação de pessoas é importante existência de obstáculo, limitando a mobilidade no plano horizontal, com a demarcação da zona de alcance normal deve ser feita a partir deste obstáculo. No plano vertical, a delimitação da zona de alcance normal deve observar os 2,50 m da superfície S, independentemente da existência de qualquer obstáculo com grau de proteção das partes vivas. Em locais nos quais os objetos condutivos compridos ou volumosos forem manipulados, habitualmente, os afastamentos exigidos como acima descritos devem ser aumentados levando-se em conta as dimensões de tais objetos.
6.2.13 Separação Elétrica Ao contrário da proteção por seccionamento automático da alimentação, a separação elétrica não se presta ao uso generalizado. Pela própria natureza, é uma medida de aplicação mais pontual. No entanto, tal condição não impede que esta desperte certa confusão entre os profissionais de instalações. Alegam-se conflitos entre as disposições da medida e a prática de instalações. A separação elétrica, como mencionado, é uma medida de aplicação limitada. A proteção contra choques que ela proporciona repousa: Em uma separação entre o circuito separado e outros circuitos, incluindo o circuito primário que o alimenta, equivalente na prática a dupla isolação;
Na isolação entre o circuito separado e terra;
Na ausência de contato entre a massa do circuito separado, de um lado, e terra, outra
massa e/ou elemento condutivo, de outro. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 172
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O circuito separado constitui um sistema elétrico "ilhado". A segurança contra choques que este oferece se baseia na preservação dessas condições. Os transformadores de separação utilizados na alimentação de salas cirúrgicas também se destinam a criar um sistema isolado, mas não é por ser o transformador de separação que seu emprego significa, necessariamente, proteção por separação elétrica.
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7. INSTRUMENTAÇÃO A periodicidade de manutenção e a definição de quais instrumentos e controles dos vasos de pressão deverão ser englobadas, neste subitem, são de responsabilidade de profissionais legalmente habilitados para cada especialidade. Todos os vasos, quaisquer que sejam as dimensões, as finalidades ou pressões de projeto, devem ser protegidos por dispositivos de alívio de pressão. No caso em que a pressão é gerada, no interior do próprio vaso, é obrigatório que o dispositivo de alívio de pressão esteja, diretamente, acoplado a um bocal do vaso, isso acontece, entre outros, nos vasos em que há geração de vapor. Quando a fonte de pressão é extrema ao vaso, o dispositivo de alívio poderá estar em alguma tubulação ligada ao vaso, ou em outro vaso próximo, desde que seja capaz de proteger, eficientemente, o vaso considerado. É usual a colocação de dispositivos de alívio de pressão, individualmente, em todos os vasos de pressão importantes, tais como: torres de destilação, fracionamento, retificação, etc. reatores, bem como e, principalmente, em todos os vasos e esferas de armazenagem de gases liquefeitos. Os vasos de pressão menos importantes, ou de menor volume, vasos de acumulação intermediária, por exemplo, assim como os trocadores de calor são, em geral, protegidos, indiretamente, por dispositivos colocados no sistema, no qual o vaso de encontra, e não em cada vaso individual. Exceto como explicado a seguir, os dispositivos de alívio de pressão não permitem que a pressão em nenhum ponto no interior do vaso ultrapasse o valor da PMTA (Pressão Máxima de Trabalho Admissível) do vaso em 10% ou em 0,2kg/cm², o que for maior. Quando existir mais de um dispositivo de alívio, no mesmo vaso, a pressão no interior do vaso não deve ultrapassar o valor da PMTA do vaso em mais de 16%, ou em 0,3kg/cm², o que for maior. No caso de vasos sujeitos a incêndio, no próprio vaso ou em suas proximidades, permite-se a instalação de dispositivos adicionais de alívio de pressão, que podem deixar a pressão interna atingir, nessas circunstâncias excepcionais, até 21% acima do PMTA do vaso. Todos os dispositivos de alívio de pressão devem ser instalados na parte superior dos vasos e em local de fácil acesso para manutenção e inspeção. É obrigatório que entre o vaso e esses dispositivos não haja nenhuma válvula ou qualquer outra possível obstrução, bem como o bocal, o respectivo pescoço, ou a tubulação, que devem ter amplo diâmetro com o mínimo de perda de carga.
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Em vasos nos quais é necessária uma proteção mais segura contra surtos de pressão, costuma-se instalar pelo menos duas válvulas de segurança iguais, ambas diretamente acopladas a um bocal do vaso e dimensionadas, cada uma, para a vazão total. Entre cada bocal e a válvula de segurança há uma válvula de bloqueio, sendo obrigatórias nesse caso que haja também um dispositivo mecânico de intertravamento das válvulas de bloqueio, de forma a tornar completamente impossível o fechamento simultâneo de ambas as válvulas. Com essa disposição, cada uma das válvulas de segurança servirá como reserva da outra, permitindo assim a manutenção, ajuste e mesmo a substituição da válvula com o vaso em operação. Em vasos que contenham gases, os dispositivos de alívio de pressão mais empregados são as “válvulas de segurança”, colocadas sempre acima do nível máximo do líquido. Nos vaso contendo apenas líquidos são usadasas “válvulas de alívio”. Para qualquer vaso podem, também, ser usados “discos de ruptura”, só ou em combinação comválvulas de segurança ou de alívio.
7.1 Sistema de Indicação de Variável
Um instrumento de medição, normalmente, é composto por sensor, transdutor e transmissor. Os sensores são posicionados, diretamente, nos equipamentos, que realizam o processo, captam as alterações nas grandezas físicas relacionadas na medida a ser efetuada, realizam a transdução e transmitem as informações, na forma de sinais (elétricos, pneumáticos, etc.) para o sistema de controle. Os instrumentos indicadores não transmitem sinais para o sistema de controle e são utilizados somente para leitura visual.
7.1.1 Medição de Nível
O nível de água em uma caldeira é um dos principais parâmetros que garante o correto funcionamento desta. Se as superfícies metálicas expostas ao contato dos gases quentes estiverem banhadas pela água, nenhum dano ocorre ao equipamento, mas se o nível ultrapassar o limite mínimo ao estabelecido pode-se criar condições de ruptura das paredes metálicas ou mesmo de explosões, devido ao superaquecimento da placa metálica, comprometendo a segurança da unidade. Assim, a medição e monitoramento tem como finalidade permitir ao operador verificar o registro do nível de água no tubulão de vapor, fator este indispensável para a segurança de operação Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 175
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da caldeira. Aplica-se para estes instrumentos o princípio dos vasos comunicantes. Um tubo transparente é colocado a partir da base do reservatório até o seu ponto mais alto, permitindo a leitura precisa do nível do líquido, mesmo para altas pressões.
Ex: Visores “reflex”.
7.1.2 Sensores de Nível Os sensores são capazes de captar as variações de uma grandeza física e de produzir um sinal elétrico correspondente à variação da grandeza, além de transmitir este sinal para um regulador ou um sistema de controle automático.
7.1.2.1 Tipos de Sensores de Nível O sensor de nível com eletrodo aproveita a condutividade elétrica da água mediante três eletrodos de aço inoxidável e de tamanhos diferentes, correspondendo cada tamanho a um nível de água: a central, o máximo e o mínimo. Este dispositivo é montado na parte superior do tambor de vapor e os eletrodos estão ligados a um relé de nível de água, que envia sinais do nível da água para o regulador automático, ou sistema de controle, que comanda a bomba de alimentação de água. A bomba entrará em funcionamento, quando a água atingir a ponta de eletrodo central e deverá parar quando a água atingir o eletrodo de nível máximo (o menor eletrodo). Se o nível da água atingir a ponta do eletrodo maior, o relé, em alguns sistemas, poderá fazer funcionar um alarme, que dará ao operador a indicação do defeito. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 176
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Ex.: Sensor de nível com eletrodos
O sensor de nível com boia pode ser construído de várias formas, mas os principais constam de uma garrafa ligada ao tambor de vapor e uma boia, que flutua no seu interior. Qualquer flutuação do nível interno é transmitida para a esta boia, presa na parte superior por uma haste.
Ex.: Sensor de nível com boia
7.1.3 Medição de Pressão O conhecimento das pressões em uma caldeira é obrigatório, não só sob o ponto de vista de segurança como também para uma operação econômica e segura. Cada caldeira tem uma capacidade de pressão determinada, que por norma deve ter um instrumento de indicação extremamente visível, com escala também extremamente visível, e situar-se em local de fácil observação do operador. A pressão máxima de funcionamento da caldeira deverá estar sempre Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 177
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marcada sobre a escala do manômetro, com um traço feito com tinta vermelha, para servir de alerta ao operador para controle da pressão. Os indicadores recebem os sinais dos transmissores e/ou diretamente do ambiente, indicando a pressão ou depressão do mesmo. Esse tipo tem duas aplicações típicas, sendo uma para locais expostos ao tempo e outra em locais sujeitos à pressão pulsante. No primeiro caso, a caixa é constituída com um grau de proteção, definida por norma, que garante a condição de hermeticamente fechada. Podendo, portanto, esse manômetro estar sujeito à atmosfera, contendo pó em suspensão e/ou jateamento de água. No segundo caso, a caixa é preenchida em 2/3 com óleo ou glicerina para proteger o Bourdon e o mecanismo interno do manômetro em contrapressões pulsantes ou vibrações mecânicas. Esse enchimento aumenta a vida útil do manômetro.
Ex: Manômetros Tipo Bourbon
7.1.4 Sensores de Pressão Com a evolução da instrumentação digital, existem hoje transdutores de pressão extremamente confiáveis e de tamanho reduzido, indicados para caldeiras, nas quais o controle é item importante de segurança, como em caldeiras críticas e caldeiras de alta vazão de vapor. Entre os demais tipos de medidores se tem o transdutor de pressão e o com base em cristal piezoelétrico, sendo este mais comum. Esse instrumento utiliza um cristal de quartzo, ao qual, quando aplicada pressão, apresenta variação de propriedades elétricas proporcionais às tensões (consequência das pressões) a que foi submetido. Assim, o valor da pressão exercida sobre o cristal gera uma corrente elétrica, que pode ser indicada em escalas apropriadas ou transmitida para o sistema de controle.
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7.1.4.1 Tipos de Transmissores de Pressão O transmissor eletrônico de pressão tipo piezoelétrico é um instrumento que tem seu transdutor baseado na variação de comprimento e diâmetro, portanto, na variação de resistência que ocorre quando um fio de resistência sofre uma deformação elástica proveniente de uma tensão mecânica gerada por uma pressão.
Ex: Transdutor de pressão piezoelétrico
Os transmissores pneumáticos são pioneiros na instrumentação, possuindo um elemento de transferência que converte o sinal detectado pelo elemento receptor de pressão em um sinal de transmissão pneumático. Os transmissores eletrônicos analógicos são sucessores dos pneumáticos e possuem elementos de detecção similares ao pneumático, porém se utilizam de elementos de transferência que convertem o sinal de pressão detectado em sinal elétrico padronizado.
7.1.5 Medição de Temperatura Para medir a temperatura da caldeira, é necessária a utilização de transdutores de temperatura. Medidas de temperatura podem ser feitas utilizando-se diodos, transistores, sensores específicos. A escolha do transdutor mais adequado deve obedecer a algumas diretrizes, como: o tempo de resposta e o intervalo de temperatura de operação.
7.1.5.1 Tipos de Medidores de Temperatura O termopar é um simples sensor de temperatura, que consiste de dois materiais diferentes em contato térmico. O contato térmico chamado de junção pode ser feito pela fusão ou solda de dois materiais diferentes. A operação de um termopar é baseada na combinação de efeitos termoelétricos
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que produzem uma tensão de circuito aberto, quando duas junções são mantidas em temperaturas diferentes.
Ex.: Termopar
O termômetro bimetálico consiste em duas lâminas de metais com coeficientes de dilatação diferentes sobrepostas, formando uma só peça. Variando-se a temperatura do conjunto observa-se um encurvamento, que é proporcional à temperatura. Na prática, a lâmina bimetálica é enrolada em forma de espiral ou hélice, o que aumenta bastante a sensibilidade. O termômetro mais usado é o de lâmina helicoidal, que consiste em um tubo bom condutor de calor, no interior do qual é fixado um eixo. Este eixo, por sua vez, recebe um ponteiro, que se desloca sobre uma escala.
7.1.6 Medição de Vazão A medição de vazão inclui, no seu sentido mais amplo, a determinação da quantidade de líquidos, gases e sólidos que passam por um local específico na unidade de tempo e podem, também, serem incluídos os instrumentos, que indicam a quantidade total movimentada, em um intervalo de tempo. A quantidade total movimentada pode ser medida em unidades de volume (litros, mm3, cm3, m3, galões, pés cúbicos) ou em unidades de massa (g, kg, toneladas, libras). A vazão instantânea é 3 dada por uma dessas unidades, dividida por uma unidade de tempo (litros/min., m /hora,
galões/min.). No caso de gases e vapores, a vazão instantânea pode ser expressa em kg/h ou em m3/h.
7.1.6.1 Tipos de Medidores de Vazão A medição de vazão por pressão diferencial é produzida por vários tipos de elementos primários, colocados nas tubulações de forma tal, que o fluido passe através deles. A sua função é Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 180
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aumentar a velocidade do fluido, diminuindo a área da seção, em um pequeno comprimento, para haver uma queda de pressão. A vazão pode, então, ser medida a partir desta queda. Dos muitos dispositivos inseridos em uma tubulação para se criar uma pressão diferencial, o mais simples e mais comumente empregado é o da placa de orifício. A medição com placa de orifício é essencial para que as bordas do orifício estejam sempre perfeitas, porque se ficarem imprecisas ou corroídas pelo fluido, a precisão da medição será comprometida. Costumeiramente, essas bordas são fabricadas com aço inox, monel, latão etc., dependendo do fluido.
Ex.: Placa de Orifício
Medidor eletromagnético de vazão é, seguramente, um dos mais flexíveis e universais dentre os métodos de medição de vazão, uma vez que a perda de carga é equivalente a de um trecho reto de tubulação, já que não possui nenhuma obstrução, sendo potencialmente insensível à densidade e à viscosidade do fluido de medição. A aplicação deste medidor se estende desde o saneamento até indústrias químicas, de papel e celulose, de mineração e indústrias alimentícias. A única restrição, em princípio, é que o fluido tem que ser eletricamente condutivo. Apresenta, ainda, como limitação o fato de fluidos com propriedades magnéticas adicionarem certo erro de medição.
Controle da vazão da água de alimentação
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Os aparelhos de controle automático de alimentação de água se dividem, em dois grupos, identificados pelo critério de funcionamento em limites (liga-desliga) ou modulante (variação linear). Controle tipo liga-desliga - Há dois aparelhos básicos, que respondem por esta característica: um denominado regulador automático de nível, que recebe os sinais de liga-desliga do sensor de eletrodos; e outro que recebe estes sinais do sensor de nível com boia.
7.2 Dispositivos de Segurança Toda caldeira deve possuir dispositivos de segurança para proteger o pessoal e os equipamentos de possíveis falhas, que ocorram durante o funcionamento. Um dispositivo de segurança pode se apresentar de diversas formas, como um simples alarme, um bloqueio de algum componente da caldeira, ou mesmo um desarme de toda a caldeira, parando de forma imediata a geração de vapor. Todos os dispositivos de segurança de uma caldeira devem estar em serviço durante a operação. A retirada de um dispositivo de segurança de serviço só poderá ser autorizada, após minucioso estudo dos riscos envolvidos e da colocação, em prática, de técnicas que substituam, temporariamente, a proteção desativada.
7.2.1 Outros Dispositivos de Segurança
Os dispositivos de segurança são aqueles que têm por objetivo impedir que a pressão interna do vaso de pressão atinja valores, que comprometam a integridade da estrutura e são exemplos de outros dispositivos: os discos de ruptura, válvulas quebra vácuo, plugues fusíveis, etc. Válvulas de segurança-piloto operadas podem ser consideradas como outros dispositivos, desde que mantenham a capacidade de funcionamento, em qualquer condição de anormalidade operacional. As válvulas de segurança devem abrir em pressão estabelecia pelo código do projeto. No caso do código ASME VIII, este valor é igual ou inferior à PMTA. Após a abertura, a pressão da caldeira poderá se elevar um pouco acima da PMTA, até a atuação plena da válvula. Essa sobrepressão é definida pelo código de projeto, e não deve ser ultrapassada. O dispositivo de segurança é um componente que visa aliviar, automaticamente, e sem a ação do operador a pressão do vaso, independentemente, das causas que provocam a Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 182
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sobrepressão. Dessa forma, pressostatos, reguladores de pressão, malhas de controle de instrumentação, etc não devem ser considerados como dispositivos de segurança. O dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido é aplicável a vasos de pressão com dois ou mais dispositivos de segurança e ao conjunto de vasos interligados e protegidos por única válvula de segurança. Vasos com duas ou mais válvulas de segurança, com bloqueios independentes, são utilizados quando se deseja facilidade de manutenção e pode-se remover uma das válvulas de segurança para reparo ou inspeção, mantendo-se as demais em operação. Neste caso, as válvulas de segurança remanescentes, em conjunto, ou isoladamente, deverão ser projetadas com suficiente capacidade para aliviar a pressão do vaso. Não deve ser esquecido que bloqueios inadvertidos podem estar instalados acima ou abaixo das válvulas de segurança. O dispositivo que evita o bloqueio inadvertido do dispositivo de segurança é aplicável em vasos de pressão com dois ou mais dispositivos de segurança, sendo exemplos desses dispositivos de segurança as válvulas de duas ou mais vias, válvulas-gavetas sem volante ou com volante travado por cadeado, etc. Quando o vaso de pressão possuir apenas uma válvula de segurança, não é recomendável a existência de bloqueio entre a válvula de segurança e o vaso de pressão. Os instrumentos para indicação de pressão, por exemplo, manômetros, poderão ter mostrador analógico ou digital e a instalação dos mesmos poderá ser feita no próprio vaso ou em sala de controle apropriada.
7.3 Dispositivos de Controle O Pressostato tem por finalidade controlar a pressão máxima do vapor da caldeira (pressão interna), por meio de comando para os queimadores. Este dispositivo de controle tem uma conexão (tubo metálico de fino diâmetro) com a câmara de vapor da caldeira, de modo que a pressão possa atuar sobre um diafragma, que movimenta uma haste contra uma mola pré-ajustada. Este mecanismo atua, então, sobre uma chave elétrica, desligando o queimador no caso de atingir a pressão máxima. No caso oposto, caindo a pressão, a mola empurra de volta a haste fechando os contatos da chave e dando a partida no queimador.
Chave sequencial (programador) tem por finalidade promover um ciclo completo e sequenciado durante o acendimento da caldeira, esta sequência se aplica nos casos de combustíveis fluidos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 183
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7.4. Válvulas As válvulas são dispositivos destinados a estabelecer, controlar e interromper o fluxo em uma tubulação, sendo os acessórios mais importantes existentes nas tubulações e, por isso, devem merecer o maior cuidado na seleção, especificação e localização. Em qualquer instalação deve haver sempre o menor número possível de válvulas, compatíveis com o funcionamento das mesmas, porque as válvulas são peças caras, em que sempre há possibilidade de vazamentos e que introduzem perdas de carga, às vezes, de grande valor. As válvulas são peças indispensáveis, sem as quais as tubulações seriam inteiramente inúteis.
7.4.1 Classificação das válvulas Existe uma grande variedade de tipos de válvulas, algumas para uso geral, e outras para finalidade específica, sendo os seguintes os tipos de válvulas os mais importantes:
7.4.1.1
Válvulas de bloqueio Tais válvulas denominadas de bloqueio são as que se destinam apenas a estabelecer ou
interromper o fluxo, isto é, que só devem funcionar completamente abertas ou completamente fechadas. As válvulas de bloqueio costumam ser sempre do mesmo diâmetro nominal da tubulação, e têm uma abertura de passagem de fluido com secção transversal comparável com a da própria tubulação.
Válvulas de gaveta
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Esse é o tipo de válvula mais importante e de uso mais generalizado. As válvulas de gaveta são as válvulas de bloqueio de líquido por excelência, empregadas em quaisquer diâmetros, na maioria das tubulações de água, de óleos e de líquidos em geral, desde que não sejam muito corrosivos nem deixem muitos sedimentos ou tenham grande quantidade de sólidos em suspensão. As válvulas de gaveta são usadas para quaisquer pressões e temperaturas. O fechamento nessas válvulas é feito pelo movimento de uma peça chamada de gaveta, ou de cunha, em consequência da rotação da haste, a gaveta desloca-se, paralelamente, ao orifício da válvula e perpendicularmente ao sentido de escoamento do fluido e se assenta sobre duas sedes, uma de cada lado. Essas válvulas só devem trabalhar completamente abertas ou completamente fechadas, isto é, são válvulas de bloqueio e não de regulação. Quando parcialmente aberta, estas causam perdas de carga muito elevadas e, também, laminagem da veia fluida, acompanhada muitas vezes de cavitação e violenta corrosão e erosão. Tais válvulas têm sempre fechamento lento, sendo impossível fechá-las instantaneamente: o tempo necessário para o fechamento será tanto maior quanto maior for a válvula. Essa é uma grande vantagem das válvulas de gaveta, porque assim se evitam os efeitos, que podem ser desastrosos, de golpes de aríete, consequentes da paralisação repentina da circulação de um líquido, com gases não existem golpes de aríete, porque são fluidos compressíveis. As válvulas de gaveta, dificilmente, dão uma vedação absolutamente estanque, entretanto, na maioria das aplicações práticas, tal vedação não é necessária. Diz-se que uma válvula propicia uma vedação absolutamente estanque, quando a válvula está completamente fechada, submetendose a um dos lados da válvula em máxima pressão de serviço, não há a menor queda de pressão, que seria causada por qualquer vazamento ou gotejamento através da válvula, ainda que insignificante. Antes de se abrir a válvula principal deve ser aberta a pequena válvula do contorno para equilibrar as pressões nos dois lados da gaveta, facilitando desse modo a operação da válvula. As válvulas de gaveta não são recomendadas para velocidades de escoamento muito altas, isto é, muito acima dos valores usuais, nem para tubulações sujeitas a fortes e constantes vibrações, que podem fazer movimentar a gaveta. Essas válvulas também não são apropriadas para trabalho em líquidos com sedimentos ou sólidos em suspensão, que podem se depositar no sulco de sede da gaveta, dificultando ou impedindo o fechamento da válvula.
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Válvulas de macho
As válvulas de macho aplicam-se, principalmente, nos serviços de bloqueio de gases e também no bloqueio rápido da água, de vapor e de líquidos em geral. As válvulas de macho são recomendadas, também, para serviços com líquidos que deixem sedimentos ou que tenham sólidos de suspensão. Umas das vantagens dessas válvulas sobre a de gaveta é o espaço ocupado, por ser muito menor. As válvulas de macho só devem ser usadas como válvulas de bloqueio, isto é, não devem funcionar em posição de fechamento parcial. Quando totalmente aberta, a perda de carga causada é bastante pequena, porque a trajetória do fluido é reta e livre. Existem dois tipos gerais de válvulas de macho, as válvulas com e sem lubrificação. Nas válvulas com lubrificação há um sistema de injeção de graxa lubrificante sob pressão, por meio do macho para melhorar a vedação e evitar que o macho possa ficar preso, assim, são válvulas geralmente empregadas em serviços com gases. As válvulas sem lubrificação, de boa qualidade, usadas para gases têm o macho e as sedes endurecidos e retificados, ou sedes removíveis de material flexível. São comuns também as válvulas de macho pequenas e baratas, não lubrificadas, chamadas de “torneiras”, nas quais o macho é integral com a haste, empregam -se as torneiras para drenos e outros serviços secundários com água, vapor e óleos.
Válvulas de esfera
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O macho nessas válvulas é uma esfera, que gira sobre um diâmetro, deslizando entre anéis retentores de material flexível não metálico, tornando a vedação absolutamente impermeável. O emprego das válvulas de esfera tem aumentado muito, principalmente, como substitutas das válvulas de gaveta, em numerosos casos de bloqueio de líquidos e de gases. As vantagens das válvulas de esfera sobre as de gaveta são o menor tamanho e peso, melhor vedação, maior facilidade de operação e menor perda de carga. Essas válvulas são também melhores para fluidos que tendem a deixar depósitos sólidos, por arraste, polimerização, coagulação etc. A superfície interna lisa da válvula dificulta a formação desses depósitos, enquanto que, para a válvula de gaveta, o depósito de sólidos pode impedir o fechamento completo ou a própria movimentação da gaveta. As válvulas de esfera convencionais não são adequadas para serviços em temperaturas elevadas, devido a limitação de temperatura dos anéis retentores não metálicos. As válvulas de esfera podem ser de “passagem plena” ou de “passagem reduzida”, nas primeiras, o orifício da válvula é equivalente à seção interna do tubo e, nas outras, é menor. Essas últimas são bastante usadas por motivo de economia.
Válvulas de comporta
Este tipo de válvula é aquele em que a gaveta é uma comporta que desliza livremente entre guias paralelas. Essas válvulas denominadas de comporta não dão fechamento estanque, são usadas em grandes diâmetros, para ar, gases em baixa pressão e, também, em quaisquer diâmetros, para produtos espessos ou de alta viscosidade e para fluidos abrasivos.
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7.4.1.2
Válvulas de rotulagem Válvulas de regulagem são as destinadas especificamente para controlar o fluxo, podendo
por isso trabalhar em qualquer posição de fechamento parcial. Essas válvulas são, às vezes, por motivo de economia, de diâmetro nominal menores do que a tubulação. As válvulas de borboleta e de diafragma, embora sejam especificamente válvulas de regulagem, também podem trabalhar como válvulas de bloqueio.
Válvula de globo
Nas válvulas de globo o fechamento é feito por meio de um tampão, que se ajusta contra uma única sede, cujo orifício está, geralmente, em posição ao sentido geral de escoamento do fluido. O tampão, também chamado de “obturador”, pode ter a superfície de assentamento cônica, plena, esférica etc. As válvulas globo podem trabalhar não só em posição aberta e fechada, como em qualquer posição intermediária de fechamento, isto é, são válvulas de regulagem. Causam, entretanto, em qualquer posição, fortes perdas de carga. As válvulas de globo são usadas, basicamente, para serviço de regulagem em linhas de água, óleos, líquidos em geral, bem como para vapor, ar e outros gases. Empregam-se, também, válvulas de globo para bloqueio em linhas de vapor e em muitos casos, para o fechamento estanque em linhas de gases em geral.
Válvula de agulha
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O tampão nessas válvulas é submetido por uma peça cônica, a agulha, permitindo um controle de precisão do fluxo, sendo estas válvulas usadas para regulagem fina de líquido e de gases, em diâmetro de até 2”, em princípio, a precisão da regulagem será tanto maior quanto mais agudo for o ângulo do vértice do tampão e maior o seu comprimento.
Válvula de Controle Válvula de controle é um nome genérico para designar uma grande variedade de válvulas
usadas em combinação com instrumentos automáticos e comandados a distância, por esses instrumentos, para controlar a vazão ou pressão de um fluido. A válvula tem sempre um atuador que comanda, diretamente, a peça de fechamento da válvula e que, por sua vez, é comandado por um sinal, enviado por um instrumento que está medindo a grandeza, que se deseja controlar. O corpo da válvula é quase sempre semelhante ao de uma válvula globo. É evidente que para qualquer tipo de válvula, a percentagem de fluxo permitido é função da percentagem de abertura da válvula, isto é, existe sempre uma relação de interdependência entre o fluxo permitido e a posição de abertura: quando a abertura é zero, o fluxo também é zero, quando a abertura é 100%, o fluxo é de 100%. Nas posições intermediárias, a percentagem de fluxo pode ser maior ou menor do que a percentagem da abertura, dependendo do tipo de válvula e dos perfis da sede e da peça de fechamento.
Válvula de borboleta
As válvulas de borboleta são, basicamente, válvulas de regulagem, mas também podem trabalhar como válvulas de bloqueio. O fechamento da válvula é feito pela rotação de uma peça circular, em torno de um eixo diametral, perpendicular a direção de escoamento do fluido. As válvulas do tipo wafer são leves e econômicas, destinadas a serem instaladas entre dois flanges da tubulação, com os parafusos passando em torno do corpo da válvula. Existem também válvulas de construção convencionais, com extremidades flangeadas, que são evidentemente mais pesadas, mais comprimidas e mais caras. Essas últimas são empregadas para pressões mais altas e para diâmetros grandes, nos quais a montagem das válvulas do tipo “wafer” pode ser difícil. Quase todas as válvulas borboletas têm anéis de sede não metálicos, com os quais se consegue uma boa vedação, algumas válvulas possuem um punho com catraca na alavanca, permitindo a fixação da alavanca nas posições aberta ou fechada, bem como em várias posições intermediárias. Existem, também, válvulas com sedes metálicas, que podem ser a prova de fogo.
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As válvulas de borboleta são muito apropriadas para a aplicação de revestimentos anticorrosivos, tanto no corpo como no eixo e no disco de fechamento, podendo assim ser usadas em serviços de alta corrosão. As válvulas de borboleta são empregadas, principalmente, para tubulações de grande diâmetro, baixas pressões e temperaturas moderadas, tanto para líquidos como para gases, inclusive para líquidos sujos ou contendo líquidos em suspensão, bem como para serviços corrosivos. Algumas válvulas de borboletas podem causar turbilhonamento e cavitação, quando em posição ligeiramente aberta. O emprego das válvulas de borboleta tem aumentado muito, por serem leves e baratas, e também por serem facilmente adaptáveis aos diversos tipos de atuadores e a comando remoto.
Válvula de diafragma
Estas válvulas, denominadas de diafragma, se apresentam sem engaxetamento (método de vedação entre duas peças unidas uma na outra), sendo desenvolvidas especialmente para bloqueio e regulagem de fluidos corrosivos, tóxicos, ou perigosos, de um modo geral, bem como para fluidos muito voláteis, ou que exijam total segurança contra vazamentos. O fechamento da válvula é feito pela deformação de um diafragma não metálico flexível, que é apertado contra a sede, o mecanismo móvel fica completamente fora do contato com o fluido, não necessitando assim de material resistente a corrosão. As válvulas de diafragma são quase sempre válvulas pequenas, frequentemente, com o corpo de materiais não metálicos, ou de matais com revestimento contra corrosão. A temperatura limite de trabalho da válvula está, em geral, na dependência do material empregado no diafragma, que varia conforme o fluido conduzido.
7.4.1.3
Válvulas que permitem o fluxo em um só sentido
Válvulas de retenção Essas válvulas consideradas como de retenção permitem a passagem do fluido, em um
sentido apenas, fechando-se automaticamente por diferença de pressões, exercidas pelo fluido em consequência do próprio escoamento, se houver tendência em inversão no sentido do fluxo e assim são, portanto, válvulas de operação automática. Empregam-se as válvulas de retenção, quando se quer impedir em determinada linha qualquer possibilidade de retorno do fluido por inversão do sentido de escoamento. Como todas essas válvulas provocam uma perda de carga muito elevada, só devem ser usadas quando forem de Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 190
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fato imprescindíveis. A seguir são citados três casos típicos de uso obrigatório de válvulas de retenção: a) Linhas de recalque de bombas, quando houver mais de uma bomba, em paralelo, descarregando no mesmo tronco. b) Linhas de recalque de uma bomba para um reservatório elevado. A válvula de retenção evitará o retorno do líquido, no caso de ocorrer uma paralisação súbita no funcionamento da bomba. c) Extremidade livre da linha de sução de uma bomba, no caso de sistemas com sução não afogada. As válvulas de retenção devem sempre ser instaladas, de tal maneira, que a ação da gravidade tenda a fechar a válvula. Por esse motivo, quase todas as válvulas apenas podem ser instalados em tubos verticais ou inclinados, quando o fluxo for ascendente.
Válvulas de retenção e fechamento Estas válvulas são semelhantes às válvulas de globo, sendo o tampão capaz de deslizar
sobre a haste. Na posição aberta, funcionam como válvulas de retenção pistão, e na posição fechada funcionam como válvulas de bloqueio, sendo empregadas nas linhas de saída de caldeiras.
Válvulas de pé Esta forma de válvula é como uma válvula de retenção especial para manter a escorva nas
linhas de sucção de bombas. Essas válvulas são semelhantes às válvulas de retenção de pistão tendo, geralmente, no tampão um disco de material resiliente (plástico, borracha, etc.), para melhorar a vedação. Possuem, normalmente, uma grade externa para evitar a entrada de corpos estranhos na tubulação e na bomba.
7.4.1.4
Válvulas que controlam a pressão de montante
Válvulas de segurança e de alívio Essas válvulas controlam a pressão a montante abrindo-se, automaticamente, quando essa
pressão ultrapassa um determinado valor para o qual a válvula foi calibrada, e que se denomina “pressão de abertura” da válvula. A válvula fecha-se, em seguida, também automaticamente, quando a pressão cair abaixo da pressão de abertura. Todas as válvulas são chamadas de “Segurança”, quando destinadas a trabalhar com fluidos elásticos, e “de alívio” quando destinadas a trabalhar com líquidos, que sãofluidos Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 191
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incompressíveis. A construção das válvulas de segurança e de alívio é basicamente a mesma, a principal diferença reside no perfil da sede e do tampão. As válvulas de segurança devem ser instaladas sempre acima do nível do líquido, para que não sejam atravessadas pelo líquido. Essas válvulas costumam ter uma alavanca externa, com a qual é possível fazer-se, manualmente, o disparo da válvula para teste. Modernamente, foram desenvolvidas válvulas de segurança que tanto podem servir para líquidos como para gases, de forma que, para essas válvulas, a distinção entre válvulas de segurança e de alívio, de certa forma, se apresenta como um conceito ultrapassado. Uma variante importante são as válvulas de segurança atuadas por piloto, nas quais existe um aspecto integral na própria válvula, outra válvula de segurança de pequenas dimensões. A pressão do fluido atua, diretamente, sobre a válvula piloto, que se abrindo permite a despressurização de um atuador, que por sua vez, aciona o tampão da válvula principal, proporcionando o alívio de pressão do sistema, conforme desejado. Quando essa pressão voltar ao normal, o piloto pressurizará o atuador, fechando a válvula principal. A vantagem dessas válvulas é a maior precisão de calibragem, em relação a uma válvula convencional de mesma capacidade de vazão. As válvulas de quebra de vácuo são destinadas a evitar a formação de vácuo em tubulações, sendo também semelhantes às válvulas de segurança, com a diferença de que se abrem de fora para dentro, admitindo ar atmosférico, quando há um vácuo ou uma depressão na tubulação, em lugar de se abrirem de dentro para fora. Essas válvulas são empregadas, principalmente, para a proteção de tubulações de grande diâmetro e pequena espessura, nas quais a formação acidental de um vácuo pode causar o colapso, em consequência da pressão atmosférica.
Válvulas de excesso de vazão Este tipo de válvula se apresenta como uma válvula pequena, que se fecha
automaticamente, interrompendo o fluxo na tubulação, quando a vazão do fluido ultrapassa um determinado limite. O princípio de funcionamento é semelhante ao das válvulas de segurança, com a diferença que a mola serve para manter a válvula aberta, quando a vazão é baixa. O fechamento ocorre por efeito da pressão do próprio fluido contra o tampão, contrariando a ação da mola. Essas válvulas são empregadas, por exemplo, em instalações de enchimento de veículos ou de vasilhames, para evitar o vazamento excessivo de líquido, no caso de ruptura ou desengate dos mangotes.
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Válvulas de contrapressão Em relação a um purgador ou a uma válvula, a 'contrapressão' é a pressão logo após o
purgador ou válvula. Em outras palavras, a 'contrapressão' é a saída ou a pressão secundária do purgador ou da válvula. A diferença entre a pressão (primária) de entrada e a 'contrapressão' de um purgador é a 'pressão diferencial' para a operação. Se o condensado for descarregado na atmosfera, logo após o purgador, nenhuma contrapressão será gerada. Mesmo se o condensado for descarregado na atmosfera, se o fluxo passar por uma série de curvas, ele encontrará resistência, que prejudicará o fluxo e será gerada uma contrapressão.
7.4.1.5
Válvulas que controlam a pressão de jusante
Válvulas redutoras e reguladoras de pressão As válvulas redutoras de pressão regulam a pressão a jusante da válvula, fazendo com que
essa pressão se mantenha dentro de limites preestabelecidos. Essas válvulas são automáticas, isto é, funcionam sem intervenção de qualquer ação externa. Em muitas delas, o funcionamento ocorre por meio de uma pequena válvula-piloto, integral com a válvula principal e atuada pela pressão de montante, que propicia ou não passagem ao fluido para a operação da válvula principal. Tanto a válvula-piloto como a principal se fecham, por meio de molas de tensão regulável de acordo com a pressão desejada.
Válvulas de quebra-vácuo O quebra vácuo oferece proteção ao seu processo e equipamentos, evitando a formação de
vácuo. Tal válvula facilita a entrada de ar, quando a pressão for negativa, tanto em equipamentos quanto em linhas de vapor. Este robusto e eficiente produto tem sido utilizado em inúmeros processos de vapor, prevenindo a formação de vácuo, tais como: trocadores de calor, panelões de cozinha, vasos pressurizados, autoclaves, esterilizadores e linhas de vapor. Protege o equipamento do risco de formação de vácuo, permite drenagem efetiva do sistema, simples, robusto e confiável.
Válvulas solenoides: são válvulas comandadas eletricamente (possuem uma bobina que movimenta a haste da válvula) abrindo ou fechando a passagem de um fluido, por exemplo, combustível para o queimador, ou ar comprimido para uma válvula pneumática. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 193
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Válvulas borboletas: são válvulas de deslocamento rotativo, com o corpo de duas vias de passagem reto, com internos de sede simples e elemento vedante constituído, por um disco ou lâmina de formato circular, acionado por eixo de rotação axial.
Válvulas de alívio: são dispositivos automáticos de alívio de pressão, caracterizado por uma abertura progressiva e proporcional ao aumento de pressão acima da pressão de abertura. Usada para fluidos incompressíveis. Algumas das definições de válvulas de alívio:
Pressão máxima de trabalho permitida (PMTP) ou Pressão Máxima de trabalho Admissível (PMTA): maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros operacionais.
Pressão de abertura: pressão manométrica, na qual a válvula é ajustada para abrir quando solicitada;
Pressão de ajuste: pressão manométrica, na qual a válvula abre em bancada de teste,
Pressão de fechamento: pressão de entrada da válvula, na qual o disco reassenta
incluindo correções para contrapressão e temperatura. sobre o bocal, e não há fluxo mensurável. Deve ser sempre acima da pressão de trabalho.
Pressão máxima de operação: máxima pressão esperada durante operação normal do sistema.
As válvulas de alívio podem ser do tipo piloto, operada, balanceada, convencional, alívio de pressão a vácuo e entre outras.
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8. OPERAÇÃO DA UNIDADE A operação, bem como todos os procedimentos, que envolvem os vasos de pressão são, de modo geral, definidos pelo fabricante (que fornece o manual técnico do produto), pelo profissional habilitado (que é o responsável pelo projeto, acompanhamento da operação e manutenção dos vasos) e profissionais de Segurança do Trabalho da empresa que, em conjunto, devem (caso necessário) elaborar os manuais de operação. Estes manuais são fundamentais, visto que cada equipamento possui particularidades, dependendo de cada projeto, modelo e fabricante. Segundo a NR13 todo vaso de pressão enquadrado nas categorias “I” ou “II” deve possuir Manual de Operação de fácil acesso aos operadores, contendo: a) procedimentos de partidas e paradas; b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina; e) procedimentos para situações de emergência; d) procedimentos gerais de segurança, de saúde e de preservação do meio ambiente. O Manual deverá ser mantido atualizado, sendo que todas as alterações ocorridas nos procedimentos operacionais ou nas características dos equipamentos deverão ser de pleno conhecimento dos operadores e serem prontamente incorporadas nos respectivos manuais. Vale relembrar que, conforme a NR13, todo o acompanhamento da operação e da manutenção deve ser realizado por um profissional habilitado, que é aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes ao projeto de construção, acompanhamento da operação e da manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras, vasos de pressão e tubulações, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no País. Portanto, os procedimentos de operação dos vasos de pressão deverão ser realizados no estágio supervisionado, conforme determina a Norma Regulamentar, visto que há para cada equipamento os procedimentos e os parâmetros específicos de operação. Este estágio deve ser realizado na empresa, na qual o profissional trabalha ou irá trabalhar.
8.1 Descrição do Processo O nome vasos de pressão designa, genericamente, todos os recipientes estanques, de qualquer tipo, dimensões, formato ou finalidade, capazes de conter um fluido pressurizado. Dentro de Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 195
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uma definição tão abrangente inclui-se uma enorme variedade de equipamentos, desde uma simples panela de pressão de cozinha até os mais sofisticados reatores nucleares. Abaixo será apresentada a classificação, segundo a NR-13 dos vasos de pressão.
8.1.1 Classificação dos vasos de pressão segundo a NR-13 Para efeitos da norma regulamentar NR-13, os vasos de pressão são classificados em categorias, segundo o tipo de fluido e o potencial de risco. 8.1.1.1 Classe A
Fluidos inflamáveis;
Combustível com temperatura superior ou igual a 200 ºC;
Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
Hidrogênio;
Acetileno.
8.1.1.2 Classe B
Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC;
Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.
8.1.1.3 Classe C
Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
8.1.1.4 Classe D
Água ou outros fluidos não enquadrados nas classes A, B ou C, com temperatura superior a 50 ºC.
Quando se tratar de mistura deverá ser considerado, para fins de classificação, o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores e instalações, considerando-se a toxicidade, a inflamabilidade e a concentração. Os vasos de pressão são classificados, em grupos de potencial de risco, em função do produto “P.V”, P é a pressão máxima de operação em MPa e V o seu volume geométrico interno em m³, conforme pode ser visto abaixo: Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 196
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Grupo 1001 - PV Grupo 2 - PV < 30100 e PV Grupo 3 - PV < 2.530e PV Grupo 4 - PV < 12.5e PV Grupo 5 - PV < 1 Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo deverão se enquadrar nas seguintes categorias: ategoria I: para fluidos inflamáveis ou combustíveis;
C
ategoria V: para outros fluidos.
C
A tabela a seguir classifica os vasos de pressão em categorias, de acordo com os grupos de potencial de risco e a classe de fluido contido.
Grupo de Potencial de Risco Classe de Fluido
1 P.V 100
2 P.V < 100 P.V 30
3 P.V < 30 P.V 2,5
4 P.V < 2,5 P.V 1
5 P.V < 1
Categorias A” - Líquidos inflamáveis, combustíveis com temperatura igual ou superior a 200 °C. - 20 ppm.Tóxico com limite de tolerância - Hidrogênio. - Acetileno. “B” - Combustível com temperatura menor que 200 °C. “
-tolerância Tóxico com limite > 20 ppm.de “C” - Vapor de água. - Gases asfixiantes simples. -Ar comprimido. “D” - Água ou outros fluidos não
I
I
II
III
III
I
II
III
IV
IV
I
II
III
IV
V
II
III
IV
V
V
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enquadrados nas classes "A", "B" ou "C" com temperatura superior a 50 °C Notas: 1.Considerar volume em m³ e pressão em MPa; 2. Considerar 1 MPa correspondente a 10,197 kgf/cm².
8.1.2 Tipos de Vasos de Pressão Exemplos de Vasos de Pressão:
Vasos de armazenamento e de acumulação intermediários;
Torres de destilação fracionada;
Torres de absorção;
Torres de extração;
Reatores químicos;
Evaporadores; Esferas de armazenamento de gases liquefeitos;
Vasos separadores de fases;
Trocadores de calor.
A norma não se aplica aos seguintes equipamentos:
Recipientes transportáveis, vasos de pressão destinados ao transporte de produtos, reservatórios portáteis de fluido comprimido e extintores de incêndio;
Vasos de pressão destinados à ocupação humana;
Vasos de pressão, que façam parte integrante de pacote de máquinas de fluido rotativas ou
alternativas; Dutos;
Fornos e serpentinas para troca térmica;
Tanques e recipientes para armazenamento e estocagem de fluidos não enquadrados em normas e códigos de projeto relativos aos vasos de pressão; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Vasos de pressão com diâmetro interno inferior a 150 mm (cento e cinquenta milímetros) para fluidos das classes B, C e D, conforme especificado no item 13.5.1.2, alínea “a)”;
Trocadores de calor por placas corrugadas gaxetadas;
Geradores de vapor não enquadrados em códigos de vasos de pressão;
Tubos de sistemas de instrumentação com diâmetro nominal ≤ 12,7 mm (doze milímetros e
sete décimos); Tubulações de redes públicas de tratamento e distribuição de água e gás e de coleta de esgoto.
8.2 Partida e Parada Todo vaso de pressão deve possuir Manual de Operação de fácil acesso aos operadores. Estes manuais devem conter os procedimentos de partidas e paradas específicos para cada vaso, bem como procedimentos e parâmetros operacionais de rotina, procedimentos para situações de emergência e procedimentos gerais de segurança, de saúde e de preservação do meio ambiente. Geralmente, as indústrias de processo trabalham em regime contínuo, dia e noite, durante muitos meses a fio, desta forma, os equipamentos ficam submetidos a um regime severo de operação. Por esse motivo, os vasos sempre devem ser submetidos a uma parada de manutenção e de inspeção. Geralmente, os diversos equipamentos formam uma cadeia contínua, através da qual circulam os fluidos de processo, deste modo, a falha ou paralisação de um único equipamento, por qualquer motivo, obriga à paralisação de toda instalação. Evidente que toda paralisação não programada de uma indústria resulta sempre em vultosos prejuízos e perda de produção e de lucros cessantes, vindo daí a necessidade do máximo de segurança e confiabilidade de funcionamento desses equipamentos. A parada para manutenção e/ou inspeção é importante, visto que nestes processos existem, muitas vezes, condições de grande risco, devido ao manuseio de fluidos inflamáveis, tóxicos, explosivos, ou em elevadas pressões ou temperaturas, condições para as quais qualquer falha pode resultar, em um acidente grave ou mesmo em um desastre de grandes proporções. Os vasos de pressão constituem não só os equipamentos mais importantes da maioria das indústrias de processo, como também são, geralmente, os itens de maior tamanho, peso e custo unitário nessas indústrias, representando em média 60% do custo total dos materiais e equipamentos de uma unidade de processo. Esses mesmos equipamentos estão igualmente presentes, como itens de maior importância, em muitas outras indústrias de outros ramos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 199
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Os procedimentos realizados na parada e na partida de um vaso de pressão devem ser executados durante a realização do estágio, para que o profissional possa saber como funcionam os procedimentos e como agir durante quaisquer situações.
8.2.1 Parada Programada de Planta para Manutenção A parada programada para manutenção de uma unidade de processo visa restaurar e/ou melhorar as condições dos equipamentos e das instalações. Como já citado, nas indústrias de processo, muitos equipamentos operam em regime contínuo e não podem ser desligados sem comprometer a produção e/ou os próprios equipamentos devido aos choques térmicos. Durante o funcionamento, na operação normal, ocorrem os desgastes provocados por corrosão, erosão, fadiga, perda de lubrificação, entupimentos, deposição de camadas na superfície interna das tubulações, etc. Após um determinado período de tempo de operação, perde-se a capacidade de produção e pode ocorrer degradação de produtos e perda de produção, comprometendo a segurança das instalações e a confiabilidade dos equipamentos, surgindo assim necessidade de recondicionamento. Tipos de ciclos operacionais de uma unidade de produção industrial: Processamento por bateladas. Um processo industrial que, prioritariamente, programa curtos ciclos de produção.
Processamento contínuo. Processo no qual as interrupções são mínimas em qualquer corrida de produção ou entre corridas de produção, que exibam características de processo, tais como: líquidos, fibras, pulverizados ou gases.
8.2.2 Tipos de paradas programadas Parada programada geral: É toda parada previamente planejada, a ser realizada periodicamente, com a cessação total da produção e a liberação total de todos os equipamentos e sistema de execução de serviços de manutenção e/ou projetos de melhorias.
Parada programada parcial: É toda parada previamente planejada, a ser realizada durante o ciclo operacional de uma unidade de produção, podendo ocasionar perda total ou parcial da produção, para execução de serviços específicos de manutenção e/ou projetos, como remoção da fina camada de coque que se forma no interior das tubulações, troca de catalisador, manutenção de uma grande máquina, etc. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 200
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8.2.3 Parada de Emergência
A parada de emergência é uma parada não programada, provocada por falha inesperada de equipamentos. Alguns vasos de pressão, além da válvula de segurança, utilizam também sistemas de controle de nível para segurança dos vasos e da qualidade do produto. Os Sistemas Instrumentados de Segurança (SIS) são os sistemas responsáveis pela segurança operacional e que garantem a parada de emergência, dentro dos limites considerados seguros, sempre que a operação ultrapassar estes limites. O objetivo principal é evitar acidentes dentro e fora das fábricas, como: incêndios, explosões, danos aos equipamentos, proteção da produção e da propriedade e mais do que isto, evitar riscos de vidas ou danos à saúde pessoal e impactos catastróficos para a comunidade. Deve-se ter, de forma clara, que nenhum sistema é totalmente imune a falhas e sempre deve proporcionar, mesmo em caso de falha, uma condição segura. O funcionamento adequado de SIS requer condições de desempenho e diagnósticos superiores aos sistemas convencionais. A operação segura em SIS é composta de sensores, programadores lógicos, processadores e elementos finais projetados com a finalidade de provocar a parada, sempre que houver limites seguros sendo ultrapassados (por exemplo, variáveis de processos como pressão e temperatura acima dos limites de alarme muito alto) ou mesmo impedir o funcionamento em condições não favoráveis às condições seguras de operação.
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9 PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias “I” ou “II” deve possuir manual de operação próprio ou instruções de operação contidas no manual de operação de unidade na qual estiver instalado, em Língua Portuguesa e de fácil acesso aos operadores. O manual deverá conter informações sobre os procedimentos para situações de emergência.
9.1 Plano de Emergência
As ações de emergência são formalizadas em um documento chamado Plano de Emergência ou Plano de Contingência, e este plano deve possuir um coordenador geral com nível de autoridade compatível com as responsabilidades exigidas para a condução e resolução de conflitos, que poderão surgir durante a solução de emergência. O projeto de plano de emergência deve ser analisado e aprovado pelo grupo de coordenação de emergência. É fundamental que a alta organização participe deste processo, pois existirá a necessidade de aprovação de verbas para a implementação dos recursos humanos e materiais necessários para a sua operacionalização. Tendo em vista estas afirmações, é importante ressaltar que cada empresa possuirá o seu plano de emergência a ser utilizado, em qualquer eventualidade, com os vasos de pressão.
9.1.2 Composição do plano de Ação O plano de ação de emergência deve ser feito, por escrito, e deve cobrir as ações designadas aos empregadores e empregados, de forma a garantir a segurança dos funcionários contra incêndio e outras emergências. Os seguintes elementos, no mínimo, devem ser incluídos no plano:
Procedimentos de fuga de emergência e atribuições de rota de fuga de emergência;
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Procedimentos a serem seguidos pelos funcionários, que permanecem para atuar em operações críticas da planta, antes da evacuação;
Procedimentos para contabilizar todos os funcionários, após a evacuação de emergência e verificar se as ações foram concluídas;
Salvamento e deveres médicos para os empregados, que devem realizá-los.
O empregador deve rever com cada empregado na primeira atribuição as partes do plano que o empregado deve saber para se proteger em caso de emergência. O plano escrito deve ser mantido no local de trabalho e disponibilizado para revisão pelos funcionários. Para os empregadores com dez ou menos empregados, o plano pode ser comunicado oralmente aos empregados e o empregador não precisa manter um plano escrito.
9.3 Definições Básicas de Situações de Emergência Algumas situações são consideradas como de emergência e importante entender conceitos que se referem a estas, como:
Abandono: retirada das pessoas que não estejam protegidas contra os riscos; Equipamentos de respiração com pressão positiva: Proporcionam fluxo constante de ar, mesmo com alta demanda respiratória decorrente de trabalhos pesados durante a emergência;
Exposição aguda: caracterizada por altas concentrações ou dose de exposição em um curto espaço de tempo, sendo resultado de grandes vazamentos como, por exemplo, ruptura de válvula, abertura de disco de ruptura, ruptura de tubulação;
Exposição Crônica: caracterizada por baixas concentrações ou dose de exposição em um curto ou longo espaço de tempo, sendo resultado de pequenos vazamentos como, por exemplo, problema de estanqueidade de válvulas de operação, abertura da válvula de segurança fora do ponto de abertura, furo em tubulação;
Isolamento da área: implica em impedir que as pessoas desprotegidas permaneçam no local da emergência; Zonas de Risco: áreas monitoradas, continuamente, para que sejam identificadas as concentrações, nas quais as pessoas poderão ficar perigosamente expostas. Esta avaliação irá definir o melhor ponto de entrada, bem como estabelecer no local uma zona de decomposição. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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10. DESCARTE DE PRODUTOS QUÍMICOS E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE Discutir a questão de resíduos gerados nos processos industriais é tratar de uma polêmica e problemática de ampla abrangência em relação à saúde humana e ao meio ambiente. Para se entender melhor seguem expostas as definições de alguns termos:
Resíduos: Qualquer substância ou resto de processo, que resulte de atividades industriais ou de seu processo de transformação de matéria-prima.
Resíduos perigosos: materiais, substâncias ou misturas de substâncias com potencial de causar danos aos organismos vivos, materiais, estruturas ou ao meio ambiente ou, ainda, que podem tornarse perigosos por interação com outros materiais.
Dano: explosão, fogo, corrosão, toxicidade a organismos ou outros efeitos deletérios. Certos reagentes químicos são nocivos para a saúde das pessoas, que os manipulam ou que inalam os seus vapores. Além dos venenos notórios, certo número de resíduos e reagentes químicos é conhecido como tendo vários efeitos tóxicos. Deve-se observá-los e não descartá-los, diretamente, na pia ou no lixo, pois causariam graves deteriorações ao meio ambiente.
10.1 Resíduos Químicos Líquidos Não Perigosos
Soluções aquosas de sais inorgânicos de metais alcalinos e alcalinos terrosos:
NaCl, KCl, CaCl2, MgCl2, Na2SO4, MgSO4 e tampões PO43, não contaminados com outros produtos, podem ser descartados diretamente na rede de esgoto, respeitando-se os limites estabelecidos nos Decretos Estaduais nº 8.468/1976 e nº 10.755/1997.
10.1.1 Resíduos Químicos Líquidos Perigosos Materiais que não foram misturados com outras substâncias devem ser mantidos nas embalagens srcinais. Na impossibilidade da utilização da embalagem srcinal e para acondicionar misturas deverão ser usados galões e bombonas de plástico rígido, que são fornecidos aos laboratórios, resistentes e estanques, com tampa rosqueada e vedante. • Encher o frasco somente até 90% da sua capacidade. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 204
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• Quando forem utilizadas bombonas ou galões de 20 litros ou mais, estes devemser preenchidos até 3/4 da capacidade total.
10.1.2 Soluções de ácidos ou bases inorgânicas H2SO4, HCl, H3PO4, HNO3, KOH, NaOH, Na2CO3, K2CO3, NaHCO3, KHCO3. Devem ser diluídas e neutralizadas, podendo então serem desprezadas na rede de esgoto, desde que não contaminados com outros produtos, respeitando-se os limites estabelecidos nos Decretos Estaduais nº 8.468/1976 e nº 10.755/1997.
10.1.3 Soluções de sais de metais de transição Prata, chumbo, mercúrio, cromo, ósmio, etc. podem ser misturados em recipientes identificados, respeitando se as possíveis incompatibilidades. Cada recipiente deve ser corretamente identificado. Os laboratórios capacitados podem precipitar e filtrar o material. A fase líquida deverá ter destinação adequada, conforme a composição, e o precipitado deverá ser descartado, como resíduo químico sólido. Colocar em cada caixa, apenas reagentes do mesmo grupo de risco, não aproveitar o espaço em uma caixa para colocação de substâncias de grupos diferentes. Para evitar atrito entre os frascos, colocar jornal ou papelão entre estes. Todos os sacos/caixas que saem da indústria devem ser identificados, por meio do preenchimento dos campos impressos na etiqueta e afixados na própria embalagem. Com o material, as indústrias deverão encaminhar a “Ficha para inventário de resíduos”, que deverá ser devidamente preenchida, não sendo permitida a inclusão ou a exclusão de qualquer item após o envio do formulário.
10.1.4 Coleta de Resíduos Químicos O lixo de laboratório pode ser coletado para descarte em recipientes separados de acordo com o tipo de produto químico envolvido. Os recipientes podem, por exemplo, ser rotulados de acordo com a programação descrita abaixo e rotulados com as letras A – K. Ao fazer isso, precisa Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 205
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ser garantido que os produtos químicos coletados, em qualquer uma das categorias, não têm possibilidade de reagir uns com os outros. Pelo menos uma verificação deve ser feita para conteúdos ácidos e básicos. Qualquer empresa de descarte requer uma solução neutra para ser fornecida. a) Solventes orgânicos livres dehalogênios e substâncias orgânicas emsolução. b) Solventes orgânicos contendo halogênio e substâncias orgânicas em solução, sendo que não poderá utilizar recipientes de alumínio. c) Resíduos sólidos de produtos químicos orgânicos do laboratório. d) Sais em solução; os conteúdos de tais recipientes devem serajustados para pH 6 - 8. e) Resíduos inorgânicos tóxicos e sais de metais pesados e soluções. f) Compostos inflamáveis tóxicos. g) Mercúrio e resíduos de sais de mercúrio inorgânicos. h) Resíduos de sal metálico; cada metal deve ser coletado separadamente. i) Sólidos inorgânicos. j) Coleta separada de materiais descartados de vidro, de metal e de plástico. Os recipientes de coleta devem ser claramente etiquetados com os conteúdos, e fornecidos com os símbolos de riscos e frases de segurança. Observar que a rotulagem dupla pode ser necessária, por exemplo, se líquidos inflamáveis são coletados em soluções aquosas, se soluções orgânicas reagem causticamente, se bases e ácidos são mantidos sob controle. É recomendado que aquelas substâncias, que causem risco à saúde, bem como substâncias irritantes e tóxicas, sejam coletadas juntas, entretanto, sendo usados dois recipientes: um para substâncias que causem risco à saúde e outro para substâncias venenosas. Para possibilitar que os resíduos sejam dispostos adequadamente e para minimizar o efeito sobre as rotinas da indústria, os recipientes de coleta para materiais descartados precisam ser:
Aptos para suportar os produtos químicos envolvidos;
Inquebráveis;
Resistentes aos vazamentos de líquidos e de gases;
Na posse de um certificado das Nações Unidas para transporte, se estes forem transportados em rodovias públicas. Além disso, os seguintes pontos devem ser levados em consideração:
Os recipientes devem ser alojados em um local bem ventilado;
Os recipientes devem ser mantidos fechados para prevenir a evaporação de vapores
prejudiciais; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 206
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Seleção de recipientes de um tamanho que prevenirá que o descarte seja mantido por
muito tempo no local de armazenamento. Isso também diminui o risco de derramamento.
Para o recolhimento dos rejeitos químicos devem ser utilizados recipientes de vidro ou
de plásticos resistente, que estejam em perfeitas condições, principalmente, com relação à vedação dos mesmos. Evitar frascos com vazamentos; O recolhimento dos rejeitos químicos não deve ultrapassar 2/3 da capacidade do recipiente. Frascos extremamente cheios criam riscos, quando transportados;
Antes do recolhimento dos rejeitos químicos ativos, deve-se ter o devido cuidado no
sentido da desativação destes. Lembrar que frascos contendo rejeitos químicos ativos, sem nenhuma indicação no rótulo, expõem os funcionários do setor a sérios riscos;
Para o recolhimento de rejeitos químicos deve-se dar preferência à utilização de
frascos de um litro, na cor âmbar, e procurar evitar misturas muito complexas.
Os rótulos deverão ser preenchidos com caneta esferográfica azul ou preta, nunca
usar caneta hidrocor ou pincel atômico;
Os rótulos deverão conter todas as informações sobre os componentes das misturas
existentes no frasco, tanto os solutos como os solventes, inclusive indicações de possíveis riscos na operação de tratamento. A indicação apenas do solvente principal pode criar problemas no tratamento adequado;
Os rótulos deverão conter, de forma clara: o laboratório, o responsável pelo mesmo e
a data do recolhimento.
Os rótulos deverão ser fixados nos frascos com a aplicação de cola plástica, e nunca
com uso de fita adesiva. A fita adesiva resseca com o tempo levando a perda do rótulo devido à estocagem;
Nunca se devem misturar substâncias, que possam reagir entre si. Exemplo, mistura
de solventes orgânicos clorados com não clorados, mistura de solventes orgânicos com ácidos, mistura de material orgânico com inorgânico, etc.
10.2 Preservação do Meio Ambiente
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Preservação ambiental é a prática de preservar o meio ambiente. Essa preservação é feita para beneficiar o homem, a natureza ou ambos. A pressão por recursos naturais, muitas vezes, faz com que a sociedade degrade o ambiente a sua volta, por isso são essenciais as medidas de preservação do meio ambiente. A preservação ambiental tem sido uma preocupação crescente, por parte das pessoas, das organizações e do governo. Desde os anos 1960, a atividade de organizações de proteção do meio ambiente vem atuando em favor da preservação ambiental, para tentar garantir que se tenha um planeta ambientalmente mais sustentável. A preservação ambiental é um dever de todas as pessoas. Desde o início do século XXI, os governos e as organizações do mundo inteiro têm tentado colaborar entre si, fechando acordos de preservação ambiental que visam melhorar a utilização do Planeta nos anos que virão. Porém, infelizmente, a tentativa de preservar o Planeta tem tido pouco sucesso entre governos. Os grandes encontros ambientais, como o Rio+20, têm gerado muito pouco resultado, em termos de ações de preservação ambiental.
Algumas dicas de preservação ambiental A decisão de proteger os ambientes naturais e controlar a poluição não está apenas nas
mãos dos políticos e dos grandes industriais. Está, sobretudo, na rotina diária de cada cidadão comum do Planeta. Abaixo, as atitudes que você pode tomar, seguindo o lema: "Pense globalmente, aja localmente". Reduza desperdícios de toda ordem. Quanto mais recursos são desperdiçados, tanto a mais é preciso tirar do meio ambiente. Evite o consumo desnecessário de energia. Não há produção de energia sem impacto ambiental. Compre eletrodomésticos e lâmpadas eficientes e mantenha os aparelhos sem vazamentos, não deixe luzes acesas. Opte por residências com boa iluminação natural, use aquecimento solar. Reduza o uso de veículos, sobretudo, em dias de inversão térmica. Pelo menos uma vez por semana, deixe seu carro em casa. Recicle seu lixo. Separe papéis, garrafas, vidros, plásticos e latas os entregue a sucateiros. A reciclagem diminui a demanda por matérias-primas virgens e reduz o consumo de energia. Evite os descartáveis. Embalagens de espuma, frascos “one-way”, latas de cerveja e plástico são materiais difíceis de serem degradados no meio ambiente. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 208
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Também provocam poluição atmosférica, quando queimados. Reduza o consumo de água. A água encanada demanda energia e tratamento para chegar até sua casa. Evite vazamentos e desperdícios. Boicote produtos que causam impacto ambiental, como spray com CFC. Boicote alimentos e mercadorias, que implicam na morte de animais selvagens ou dano à flora: palmito silvestres, xaxins, orquídeas, atum, tartaruga (carne, ovos e subprodutos do casco), colares de coral, casacos de pele, bolsas e cintos de jacaré, peças de marfim. Não compre animais silvestres para criar em casa. Não estimule o comércio ilegal da fauna. Micos, macacos, onças, tucanos, araras, papagaios, tartarugas, peixes ornamentais fazem falta na natureza. Tenha mascotes nascidos e criados em cativeiro. Não jogue lixo na natureza ou nas ruas das cidades. Não deixe um rastro de sujeira por onde passa. Use corretamente produtos químicos, pesticidas, substâncias tóxicas. Verifique a destinação adequada dos restos. Não contamine o lixo e o esgoto de sua cidade. Proteja parques, áreas verdes, praias, rios e mares. Não compre lotes irregulares no litoral. Não construa sobre o mangue. Outra maneira de preservar o meio ambiente é reduzindo, reutilizando e reciclando o lixo. LIXO: REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR Importante entender que grande parte do lixo humano pode ser reaproveitado, reduzido ou reciclado. Comece por observar o que é jogado fora todos os dias. Veja, a seguir, como diminuir este lixo.
Reduzindo o lixo
Evite levar para casa embalagens plásticas e de papel, que não serão novamente utilizados;
Evite comprar alimentos com embalagens desnecessárias;
Prefira, sempre que possível, produtos com vasilhames reaproveitáveis;
Escreva nos dois lados do papel e use, sempre que puder produtos feitos com papel
reciclado;
Não jogue lixo no chão; Evite desperdício.
Reaproveitando o lixo Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 209
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Jornais e papéis velhos podem ser vendidos ou doados aos catadores de papel, que
percorrem as ruas da cidade; Compre, sempre que possível, bebidas com embalagens de vidros retornáveis e quando
puder leve os vidros usados a um coletor de garrafas; Procure reaproveitar melhor os legumes e frutas, usando novas receitas, diminuindo assim as
sobras que vão para o lixo; Roupas, brinquedos, livros e jogos que você não usa mais podem ser reaproveitados por outros, portanto, não os jogue fora, doe a instituições e bazares de caridade; Latas e peças de metais sem utilização devem ser vendidas para os catadores ou ferro velho
existentes na cidade.
Reciclando o lixo A indústria da reciclagem cuida de transformar componentes do lixo como o vidro, o papel, o metal e o plástico em matéria-prima, para novos produtos. "Reciclando, preserva-se a qualidade da vida e se evita a formação de lixões, sendo que ao reaproveitar o lixo se está contribuindo para a utilização mais adequada dos recursos naturais." O que se deve fazer para tornar a reciclagem viável para todos?
Reduzir a quantidade do lixo produzido;
Proceder ao acondicionamento seletivo do lixo.
O acondicionamento seletivo do lixo consiste na separação de materiais, que podem ser reutilizados ou reciclados. Por que é importante reciclar?
Diminui a exploração de recursos naturais e o consumo de energia;
Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população;
Contribui para diminuir a poluição do solo, da água e do ar;
Prolonga a vida útil de aterros sanitários e melhora a produção de compostos orgânicos;
Gera emprego para a população não qualificada;
Gera receita pela comercialização dos recicláveis;
Contribui para formar uma consciência ecológica e para valorização da limpeza urbana.
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Reciclagem de Papel Separe: jornais, revistas, embalagens, caixas, formulários, cadernos, etc. A cada cinquenta quilos de papel reciclado se evita que uma árvore seja cortada. O papel pode ser reciclado várias vezes, dependendo do tamanho de suas fibras.
Reciclagem de Vidro Separe: vasilhame nas cores: âmbar, verde ou transparente (garrafas, copos, cacos de vidro). Um quilo de vidro usado transforma-se em um quilo de vidro novo. Não há perda de matériaprima, praticamente não produz resíduo e economiza 30% de energia elétrica.
Reciclagem de Metal Separe: Latas, fios, pregos, grampos, arames, panelas, alumínios, talheres, cobre, etc. Cada tonelada de alumínio reciclado economiza a retirada de cinco toneladas de minério bauxita e 95% de energia elétrica.
Reciclagem de Plástico Separe: Plástico filme (mole), plástico duro. A reciclagem do plástico economiza produtos derivados de petróleo. Os plásticos serão transformados, em sua maioria, em produtos como engradados, tubulações para esgoto, sacos de plástico, sacolas, baldes, etc.
Matéria Orgânica Separe: Restos de comida, folhagens, produtos de poda, bagaço, palhas, cascas de frutas, ovos e verduras. Esses materiais podem ser levados às usinas de compostagem, nos quais serão transformados em adubo orgânico.
Compostagem do lixo A compostagem do lixo é a produção do adubo orgânico, a partir do lixão não reciclável e, sempre que possível, deverá estar associada a um processo de recuperação dos subprodutos recicláveis do lixo. A reciclagem de materiais encontrados no lixo é de grande importância sobre o aspecto ambiental, sanitário, social, econômico, pedagógico e político. A coleta seletiva, o reaproveitamento, a redução e a reciclagem do lixo são soluções mais adequadas para se resolver o grave problema do lixo no Planeta. A participação de cada um e da comunidade é a base para solução do problema. Separar o lixo não é uma tarefa difícil, requer apenas mudança de hábito e um pouco de boa vontade. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 211
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Alguns materiais não são recicláveis, como lâmpadas, cristais, louças, celofane, porcelana, pneus, espumas, isopor, papel laminado, papel carbono, fralda descartável e absorvente higiênico, filtro de ar de veículos, papel higiênico, retalho de tecido e carpete.
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11. AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS INERENTES AO PROCESSO
Risco é a avaliação de um perigo associado com a probabilidade de ocorrência de um evento. Os riscos presentes na operação dos vasos de pressão podem ser caracterizados pela energia interna acumulada, em seu interior, por trabalharem sob pressão acima da pressão atmosférica e, normalmente, com substâncias dotadas de potencial para causar danos ao ser humano ou ao meio ambiente. Nas indústrias de processos, comumente caldeiras e vasos de pressão fazem parte do aparato tecnológico, sendo necessários para a produção de calor e pressão, sendo imprescindíveis em grande parte dos processos de transformação primária, seja esta física ou química. Posto tal necessidade, deve ser enfatizado que os referidos equipamentos são, normalmente, de grande porte e geram condições de altas temperaturas e pressão. Tais condições são elementos, que por si podem srcinar acidentes e, ainda, se somado à falta de atenção e importância ao atendimento aos preceitos de segurança, podem elevar o grau de seriedade destes acidentes. Os vasos de pressão são amplamente utilizados em indústrias de processo, nas quais os materiais sofrem transformações físicas e ou químicas ou, ainda, em alguns casos podem ser armazenados ou distribuídos, por meio da utilização dos referidos equipamentos. Desta forma, muitas vezes existem condições de grande risco, devido ao manuseio de fluidos inflamáveis, tóxicos, explosivos ou em elevadas pressões ou temperaturas, condições para as quais qualquer falha pode resultar em um acidente grave ou mesmo em um desastre de grandes proporções (Telles, 1996). Cardella (1999) define que o Sistema de Gestão de Risco ou simplesmente Gestão de Riscos implica um conjunto de instrumentos, que a organização utiliza para planejar, operar e controlar as atividades no exercício da Função Controle de Riscos, com o objetivo de manter os riscos abaixo dos valores tolerados. Ainda, segundo o autor, são instrumentos do sistema de gestão como princípios, Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 213
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políticas, diretrizes, objetivos, estratégias, metodologia, programas, sistemas organizacionais e sistemas operacionais. De forma unificada é possível definir o estudo de risco como um processo de estimativa da probabilidade de ocorrência de um evento e a magnitude provável de seus efeitos adversos, durante um período de tempo específico.
11.1 Objetivos do Controle e Avaliação de Riscos
O objetivo da avaliação de risco é identificar, avaliar e controlar perigos presentes em um determinado processo. Os perigos podem ser definidos como as características dos sistemas, dos processos ou das unidades, que devem ser controlados para evitar a ocorrência de eventos indesejáveis. As características deste tipo de situação:
Propriedades gerais
Reatividade
Inflamabilidade Toxidez
Estabilidade
Condições de processo As condições de processo, tais como pressão e temperatura, têm as próprias implicações e perigos. Altas pressões e temperaturas criam tensões, que devem ser acomodadas pelo projeto. Temperaturas e pressões extremas não se apresentam como um problema, quando tratadas individualmente, mas quando consideradas juntas. A combinação das condições extremas resulta em um aumento no custo, em função de necessidade de material com alta resistência mecânica e à corrosão.
Volume do in ventário Um fator comum nos maiores desastres da indústria química é a liberação de grandes quantidades de substâncias perigosas. Um dos melhores caminhos para obter uma unidade segura envolve a redução quantitativa de substâncias perigosas armazenadas, diante de possibilidade de em uma emergência vir a ser liberadas. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 214
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Dispositivos de proteção Embora considerando a maior pressão possível em operação e registros estabelecidos nos códigos de projeto, os vasos de pressão devem possuir um sistema de alívio de pressão. Estes dispositivos, normalmente, são representados por válvulas de segurança ou discos de ruptura. Os dispositivos supramencionados necessitam estar adequadamente instalados, isto é, devem estar ligados ao vaso de pressão ou ao sistema a este conectado. Vasos de pressão protegidos por duas ou mais válvulas de segurança com bloqueios independentes são utilizados, quando se deseja a facilidade de manutenção. É mandatório e exigido pela legislação brasileira que os bloqueios, que permitam isolar a válvula de segurança do vaso, disponham de dispositivo contra o bloqueio inadvertido.
11.2 Processos de identificação de perigos e de avaliação e controle de riscos É recomendado que os processos de identificação de perigos e de avaliação e controle de riscos sejam documentados e incluam os seguintes elementos:
Identificação de perigos;
Avaliação de riscos, considerando as medidas de controle existentes (ou propostas), levando em conta a exposição a perigos específicos, a probabilidade de falha das medidas de controle e a possível gravidade das consequências de lesões ou de danos;
Avaliação de tolerabilidade aos riscos remanescentes (residuais);
Identificação de quaisquer medidas adicionais de controle de riscos necessários;
Avaliação de medidas de controle de riscos deve ser suficiente para reduzir os riscos em um nível tolerável. Para acompanhar o desempenho dos processos de identificação de perigos e de avaliação e
controle de riscos:
É recomendado que se verifique a clara evidência de que quaisquer ações corretivas ou preventivas, identificadas como necessárias, sejam monitoradas para serem concluídas no prazo previsto (isso pode exigir que sejam conduzidos processos adicionais de identificação de perigos e de avaliação de riscos, que reflitam as alterações propostas nas medidas de controle de riscos e que se proporcionem estimativas revisadas dos riscos residuais);
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É recomendado que seja comunicada para a Administração os resultados e o progresso alcançado, ao término das ações corretivas e preventivas, como entrada para a análise crítica pela Administração e para o estabelecimento de objetivos novos ou revisados de SST;
É recomendado que a organização se posicione, de tal forma, que possa determinar se a competência do pessoal responsável por tarefas perigosas específicas é consistente com a competência especificada por meio do processo de avaliação de riscos, no estabelecimento dos controles de riscos necessários;
É recomendado que a informação proveniente de experiências operacionais subsequentes seja utilizada, quando aplicável, para modificar os processos ou os dados, nos quais esses processos estão baseados.
11.3 Condições de Riscos Inerentes
Tais condições de riscos inerentes se constituem como riscos graves, envolvendo os seguintes itens:
Falta de válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior a PMTA, instalada diretamente no vaso ou no sistema que o inclui;
Falta de dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula, quando esta não estiver instalada diretamente no vaso;
Falta de instrumento, que indique a pressão de operação; Vasos instalados em ambientes confinados, que não dispõem de saídas amplas, ventilação permanente e iluminação;
Vasos instalados em ambientes abertos que não dispõem de saídas amplas e desobstruídas;
Vasos instalados em ambientes abertos, que operem à noite e que não possuem sistema de iluminação de emergência; Emprego de artifícios que neutralizem os sistemas de controle e segurança; Alterar o projeto srcinal sem que seja este novamente projetado e adotados procedimentos de segurança decorrentes de nova classificação;
Realizar qualquer atividade sem o devido treinamento.
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11.4 Métodos de Controle de Riscos 11.4.1 Evitar Mistura Explosiva Os gases inflamáveis, como: hidrogênio, metano, propano e outros, bem como os vapores liberados pelos líquidos inflamáveis (acetona, gasolina, querosene, entre outros), quando misturados em proporções adequadas, com o ar ou com o oxigênio puro, formam as chamadas misturas inflamáveis ou misturas explosivas. Uma das formas de reduzir a probabilidade de explosões, em vasos de pressão, é eliminar a formação de misturas explosivas, quando do comissionamento, da operação ou da parada. Uma das formas usuais de evitar a faixa de explosividade implica o deslocamento do ar (purga) com vapor ou nitrogênio, antes de alimentar a substância inflamável.
11.4.2 Evitar Resfriamento Abaixo do Limite do Material Em todos os vasos nos quais existirem gases, em temperatura ambiente ou mais alta, liquefeitos sob pressão, a temperatura pode cair até o valor da temperatura de ebulição do gás, à pressão atmosférica, em qualquer ponto em que houver, por alguma razão, um escapamento do gás para o exterior ou uma despressurização brusca para um sistema de menor pressão. Como as temperaturas de ebulição dos gases em pressão atmosférica são muito baixas, podem acontecer acidentes catastróficos de fratura frágil em equipamentos construídos de açocarbono e dos aços-liga e alguns aços inoxidáveis.
11.4.3 Contaminação do Fluido de Trabalho Todas as salvaguardas que um bom projeto oferece podem ser eliminadas se durante a operação ou manutenção o meio ambiente for alterado. O resultado da interação do metal do vaso de pressão com o meio ambiente é chamado de corrosão. Havendo contaminação do fluido de trabalho com algumas substâncias é possível ter consequências graves para os equipamentos de processo, sendo que em alguns casos podem levar a falhas catastróficas. METAL
MEIO CORROSIVO Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Aço inoxidável austenítico
Cloretos (CI)
Cáusticos concentrados
Aço Carbono
Sulfeto de Hidrogênio (H2S) Cáustico concentrado Solução de nitratos concentrada
Amônia anidra Soluções de
carbonato
e
bicarbonatos Ligas de Cobre
Vapores e soluções amoniacais Aminas
Dióxido de enxofre
Nitratos e nitritos
11.4.4 Acompanhamento dos Elementos de Proteção
Uma das formas de garantir que o elemento de proteção do vaso de pressão atue adequadamente implica o correto acompanhamento periódico. A seguir são listados alguns cuidados que o corpo operacional deve ter com estes elementos.
VÁLVULAS DE ALÍVIO Estes equipamentos necessitam ser recalibrados, periodicamente, e inspecionados com frequência visando determinar se:
não há nenhum bloqueio isolando a válvula do vaso;
a válvula está dando passagem corretamente;
se o seu suporte está evitando tensão na flange de descarga;
se há algum vazamento pelo corpo;
o orifício de drenagem de líquido da tubulação de descarga não está obstruído. O acúmulo de liquido, nesta tubulação, se constitui em situação de alto risco devido ao golpe de aríete;
ocorre corrosão interna;
ocorre deposição de depósitos via tubulação de descarga.
DISCOS DE RUPTURA Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 218
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Os discos de ruptura devem ser inspecionados quanto: • ruptura indicativa de que o equipamento esteve sobrepressurizado. • montagem correta. • situação do bloqueio a montante (quando houver).
PLANO DE RAQUETEAMENTO Para facilitar os serviços de liberação de equipamentos, permitir o acesso seguro e evitar formação de misturas explosivas deve existir, em cada unidade, um plano de raqueteamento. Por meio de um plano de raqueteamento, uma lista de flanges e raquetes adequadas são elaboradas, previamente ao uso. A tarefa da instalação e remoção passa a ser item incluso no detalhamento dos serviços de manutenção.
VERIFICAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DE INTERLOQUES O sistema de interloque das unidades químicas visa impedir que aconteça condição de segurança inaceitável. Por meio de estudos de análise de risco se verifica o quanto estão adequados os interloques, considerando-se que os mesmos atuem, automaticamente, independentemente de permissão do operador. Portanto, é muito importante que antes de cada partida da unidade, o perfeito funcionamento dos interloques seja realizado pelo operador. A cada desarme da unidade se deve constatar se o sistema de intertravamento operou conforme o previsto em projeto. O conhecimento dos sistemas de interloques, a execução de testes de operação e a disponibilidade de diagramas lógicos ao operador são condições fundamentais para a segurança da unidade.
EVITAR A FORMAÇÃO DE VÁCUO Qualquer operador experiente tem alguma passagem a contar sobre a formação de vácuo no interior de equipamentos e os riscos desta situação. O projeto de vasos de pressão para resistir a pressões internas é o usualmente praticado e bem compreendido. Em condições de vácuo, os equipamentos ficam sob a pressão externa da atmosfera e o projeto é mais difícil do que para pressões internas. A seguir são citadas algumas causas óbvias de formação de vácuo em vasos de pressão:
Retirada de líquido por bomba ou drenagem pela gravidade;
Remoção de gás ou vapor pela ação de soprador ou ejetor; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Sifonamento de líquidos. Causas menos óbvias são:
Condensação do vapor;
Resfriamento de gás quente;
Combinação de resfriamento e condensação de uma mistura de gás e vapor. Causas ainda menos óbvias são:
Absorção de um gás, em um líquido, como amônia em água, gás carbônico em água, cloreto
Reação entre dois ou mais gases, formando um líquido ou sólido, como a reação de amônia
Reação de um gás e um sólido para formar um sólido, como ar mais óxido de ferro (FeO)
Obstrução das válvulas em quebra de vácuo por depósitos de respingos, em tanques de
de hidrogênio em água. com brometo de hidrogênio para formar brometo de amônia. para formar Fe2O3 na presença de água. armazenamento óleos pesados.
TIPOS DE FALHAS EM VASOS DE PRESSÃO DE UNIDADE DE AMONIA A deterioração dos vasos de uma unidade de amônia depende das condições de temperatura, pressão e composição do fluxo. O potencial de ataque pelo hidrogênio existe na seção de conversão de CO, metanação (em plantas de Reforma a Vapor) e na seção de conversão de amônia. O fenômeno denominado “metal dusting” (corrosão em alta temperatura) é encontrado em modernas (mega) plantas de amônia e metanol. Em plantas de amônia ocorre em regiões, em que há elevadas concentrações de CO entre 700 e 800 C, isto é, após o Reformador Secundário. Nas plantas de metanol ocorre a jusante do reformador. O fenômeno de “metal dusting” está relacionado com o potencial do carbono presente no gás cru e se caracteriza como uma carbonetação catastrófica, levando a danos intensos em questão de semanas. Outro fenômeno possível de ocorrer em Unidades de Amônia é a nitretação. A nitretação poderá ocorrer no interior do Reator de Síntese, Trocador Gás-Gás e Pré Aquecedor de Partida. Normalmente, o reparo ou substituição de componentes, tais como: cestos, telas ou tubos por metais mais resistentes é uma alternativa possível. A necessidade de substituição dos vasos é improvável, mas dependerá do intervalo de inspeções e previsão de vida útil residual. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 220
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Uma ocorrência importante em Unidades de Amônia se refere à corrosão sob tensão em vasos de Armazenamento.
CORROSÃO SOB TENSÃO NO ARMAZENAMENTO DE AMONIA Amônia anidra é, usualmente, estocada em tanques e vasos de aço carbono, que é o material mais econômico atualmente conhecido. É fato conhecido que vasos de aço carbono utilizados com amônia desenvolvem uma forma lenta e progressivade corrosão denominada “corrosão sob tensão”. Vários estudos têm sido desenvolvidos nesta área, obtendo as seguintes conclusões:
A corrosão sob tensão é influenciada pelo teor de água e pelo teor de oxigênio dissolvido.
A adição de água na amônia reduz a incidência da corrosão sobtensão, porém não evita sua ocorrência na fase vapor devido a distribuição adversa da água com o tempo.
O crescimento das trincas diminui, sensivelmente, com o tempo.
A ocorrência da corrosão sob tensão é reduzida e sua propagação é mais lenta a -33ºC do que a 18ºC. Para minimizar o fenômeno da corrosão sob tensão os seguintes controles operacionais devem
ser efetuados: TEOR DE OXIGÊNIO: As esferas que são alimentadas, exclusiva e diretamente, com amônia apresentam teor de oxigênio inferior às esferas, que recebem amônia importadas de várias procedências.
As
manobras
mais
críticas
se
constituem
nos
comissionamentos
e
recomissionamentos. Portanto, a purga das esferas e tanques criogênicos deve seguir um procedimento orientativo de forma a assegurar um valor máximo de 2-3 ppm de oxigênio na amônia líquida, após o comissionamento. TEOR DE ÁGUA: Estudos de longa data demonstram que vasos de estocagem de amônia, que operam a 18ºC e que tenham um teor de oxigênio inferior a 10 ppm têm o processo de corrosão sob tensão inibido se o teor de água for mantido, em valor superior a 250 ppm. Se o teor de oxigênio aumentar a 50 ppm, o teor de água necessário será de 1000 ppm no mínimo.
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12 PREVENÇÃO COMO DETERIORAÇÃO, EXPLOSÃO E OUTROS RISCOS Trabalhar com vasos de pressão implica a presença de riscos dos mais diversos: explosões, incêndios, choques elétricos, intoxicações, quedas, ferimentos diversos, etc. Os riscos de explosões são, entretanto, os mais importantes pelas seguintes razões:
Por se encontrar presente durante todo o tempo de funcionamento, sendo imprescindível o controle de forma contínua, ou seja, sem interrupções.
Em razão da violência com que as explosões acontecem. Na maioria dos casos, as consequências são catastróficas, em virtude da enorme quantidade de energia liberada instantaneamente.
Por envolver não só os operadores, como também as pessoas que trabalham nas proximidades.
Porque a prevenção deve ser considerada, em todas as fases: projeto, fabricação, operação, manutenção, inspeção e outras. O risco de explosão está sempre presente em vasos de pressão, pois a pressão reinante
nesse lado é sempre superior à pressão atmosférica. Todo fluido compressível tem o seu volume bastante reduzido, quando comprimido. Essa redução é tantas vezes maior quanto for o aumento de pressão. A massa comprimida de fluido procura, então, ocupar um espaço maior, por meio de fendas e de rupturas e isso é conseguido com a explosão, quando por algum motivo, a resistência do recipiente que o contém é superada. Para evitar a explosão surge a necessidade de se empregar espessuras adequadas em função da resistência do material e das características de operação. Neste sentido, os danos provocados pela explosão de um vaso de pressão serão grandes devido ao material armazenado, sendo muitas vezes materiais como: gases, combustíveis e outros. Risco de explosão pode, então, ser srcinado pela combinação de três causas:
Diminuição da resistência, que pode ser decorrente da deterioração o ou da modificação da
Diminuição de espessura, que pode ser srcinada da corrosão ou da erosão.
Aumento de pressão decorrente de falhas diversas, que podem ser operacionais ou não.
estrutura do material.
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12.1 Deterioração Em um aspecto muito difundido e aceito, universalmente, pode-se definir corrosão como a deterioração de um material, geralmente metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente, sendo esta associada ou não a esforços mecânicos. Nesse sentido, a corrosão, em geral, é um processo espontâneo, que está constantemente transformando os materiais metálicos, de modo que a durabilidade e o desempenho dos mesmos deixam de satisfazer os fins a que se destinam. No seu todo, esse fenômeno assume uma importância na vida moderna, que não pode prescindir dos metais e suas ligas. Algumas dessas ligas estão presentes:
Nas estruturas metálicas enterradas ou submersas, tais como: minerodutos, oleodutos, gasodutos, adutoras, cabos de comunicação e de energia elétrica, píeres de atracação de embarcações, tanques de armazenamento de combustíveis como gasolina, álcool e óleo diesel, emissários submarinos;
Nos meios de transportes, como: trens, navios, aviões, automóveis, caminhões e ônibus;
Nas estruturas metálicas sobre o solo ou aéreas, como torres de linhas de transmissão de energia elétrica, postes de iluminação, linhas telefônicas, tanques de armazenamento, instalações industriais, viadutos, passarelas, pontes;
Em equipamentos eletrônicos, torres de transmissão de estações de rádio, de TV, repetidoras, de radar, antenas, etc.;
Em equipamentos como reatores, trocadores de calor e caldeiras. Todas essas instalações representam investimentos vultosos, que exigem durabilidade e
resistência à corrosão e que justifiquem os valores investidos, bem como em evitar acidentes com danos materiais incalculáveis ou danos pessoais irreparáveis. Com exceção de alguns metais nobres, como o ouro, que pode ocorrer no estado elementar, os metais são, geralmente, encontrados na natureza sob a forma de compostos, sendo comuns as ocorrências de óxidos e sulfetos metálicos. Os compostos que possuem conteúdo energético inferior ao dos metais são relativamente estáveis. Desse modo, os metais tendem a reagir espontaneamente com os líquidos ou gases do meio ambiente, em que são colocados: o ferro se "enferruja" ao ar e na água, e objetos de prata escurecem, quando expostos ao ar.
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12.1.1 Formas de Deterioração A caracterização, segundo a morfologia, auxilia bastante no esclarecimento do mecanismo e na aplicação de medidas adequadas de proteção, aspecto pelo qual são apresentadas, a seguir, as características fundamentais das diferentes formas de corrosão:
Uniforme: a corrosão se processa em toda a extensão da superfície, ocorrendo perda uniforme de espessura. É chamada, por alguns, de corrosão generalizada, mas essa terminologia não deve ser usada só para corrosão uniforme, pois pode se ter também corrosão por pite ou alveolar generalizada, sendo também uma corrosão comum, em vasos de pressão e dutos.
Por placas: a corrosão se localiza em regiões da superfície metálica e não em toda sua extensão, formando placas com escavações.
Alveolar: a corrosão se processa na superfície metálica, produzindo sulcos ou escavações semelhantes a alvéolos apresentando fundo arredondado e profundidade, geralmente, menor que o seu diâmetro.
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Puntiforme ou por pite: a corrosão se processa em pontos ou em pequenas áreas localizadas na superfície metálica, produzindo pites.
Em torno do cordão de solda pode-se formar. Ocorre em aços inoxidáveis não estabilizados ou com teores de carbono maiores que 0,03%, e a corrosão se processa intergranulamente.
Entre os fatores que mais frequentemente estão envolvidos, em casos de ataque localizado, devem ser citados: relação entre áreas catódica e anódica, aeração diferencial, variação de pH e produtos de corrosão (óxidos, por exemplo) presentes na superfície metálica ou formados durante o processo corrosivo.
12.1.2 Métodos para combate à Deterioração
Os métodos práticos, adotados para diminuir a taxa de corrosão dos materiais metálicos, podem ser esquematizados, segundo Vernon (1957), da seguinte forma: as condições ambientais em que os diferentes métodos são comumente usados foram representadas pelas letras: A (atmosfera), W (submersa em água) e G (subterrânea). 1- Método - Baseado na Modificação do Processo:
Projeto de estrutura (A,W,G);
Condições da superfície (A, W, G); Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Pela aplicação de proteção catódica (W, G).
2- Método - Baseado na Modificação do Meio Corrosivo:
Desaeração da água ou solução neutra (W);
Purificação ou diminuição da umidade do ar (A);
Adição de inibidores de corrosão (W) (A e G em casos especiais).
3- Método - Baseado na Modificação do Metal:
Aumento da pureza (A, W, G);
Adição de elementos de liga (A, W, G);
Tratamento térmico (A, W, G).
4- Método - Baseado nos Revestimentos Protetores:
Revestimentos com produtos da reação - tratamento químico ou eletroquímico da superfície metálica (A e W);
Revestimentos orgânicos - tintas, resinas ou polímeros (A, W, G);
Revestimentos inorgânicos - esmaltes, cimentos (A, W, G); Revestimentos metálicos (A, W, G);
Protetores temporários (A). Em todos esses métodos usados para controlar a corrosão, o fator econômico é o primordial.
Qualquer medida de proteção será vantajosa, economicamente, se o custo da manutenção baixar. Assim, deve-se levar em consideração, os gastos relacionados com a deterioração do equipamento, bem como os prejuízos resultantes dessas deteriorações como, por exemplo, paradas de unidades, perda de eficiência, perda de produto, e contaminações. A avaria de um simples tubo de um condensador pode ocasionar a parada total de uma unidade em operação, acarretando prejuízos elevados, enquanto a deterioração do tubo pode representar pequeno gasto.
12.1.2 Problemas causados pela Deterioração Os problemas de corrosão são frequentes e ocorrem nas mais variadas atividades como, por exemplo, nas indústrias químicas, petrolíferas, naval, de construção civil, automobilísticas, nos meios Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 226
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de transporte aéreos, ferroviários, metroviários, marítimos, rodoviários, e nos meios de comunicação, como sistemas de telecomunicação, na odontologia, na medicina e em obras de arte como monumentos e esculturas. A deterioração causada pela interação físico-química entre o material e o seu meio operacional representa alterações prejudicais indesejáveis, sofridas pelo material, tais como: desgaste, variações químicas ou modificações estruturais, tornando-o inadequado para o uso. A corrosão é um mecanismo de vasos de pressão, que agrava e pode colocar em risco toda uma planta industrial, levando a inúmeros prejuízos econômicos, tais como: reposição de peças e estruturas, parada não programada, acarretando em perda de produção, prejuízos financeiros, uma vez que as explosões comprometem o ambiente e, algumas vezes, a falha desses equipamentos vem acompanhada de perdas humanas.
12.2 Explosão Uma explosão é um evento em que ocorre uma liberação brutal de energia associada a uma expansão rápida de gás. As explosões podem ser classificadas, em função de sua natureza, em:
EXPLOSÕES Pneumáticos/Mecânicos FÍSICAS Vaporização brutal Homogêneas QUÍMICAS Heterogêneas ELÉTRICAS NUCLEARES
12.2.1 Explosões Físicas As explosões físicas são aquelas em que não ocorre uma reação química, isto é, não ocorre mudança na composição dos produtos envolvidos. Há dois tipos de explosões físicas: as pneumáticas ou mecânicas e aquelas caracterizadas por uma “vaporização brutal”. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 227
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Estes fenômenos são produzidos pela brusca expansão de um gás ou líquido mantido a uma alta pressão interna, decorrente do rompimento do recipiente que o contém. O rompimento do recipiente pode ter duas causas básicas:
Aumento da pressão interna em um nível muito elevado (devido a uma combustão interna ou um enchimento excessivo do recipiente).
Diminuição da resistência do recipiente (por exposição ao fogo, por corrosão, por uma falha mecânica). A “vaporização brutal” de um líquido ocorre, quando dois líquidos A e B de pontos de ebulição
muito distintos são misturados, se o líquido A, de maior ponto de ebulição, estiver a uma temperatura superior ao ponto de ebulição do líquido B, este se vaporizará, rapidamente, expulsando bruscamente todo o conteúdo do recipiente que receber os dois líquidos. Uma ignição não imediata de uma liberação contínua ou instantânea de vapores inflamáveis pode resultar em uma explosão não confinada. Existem dois efeitos associados com a combustão de uma grande nuvem de vapores ou gases não confinados:
Efeito térmico.
Efeito de pressão.
12.2.2 Efeitos de uma Explosão Os efeitos de uma explosão dependerão de diversos fatores, entre os quais se destacam:
O tipo de explosão (química, física).
A quantidade de produtos envolvidos.
Se a explosão ocorre em um local aberto ou confinado (o efeito será mais danoso neste último caso).
A localização do equipamento em relação aos outros equipamentos ou unidades.
Uma explosão poderá, então, causar danos das mais variáveis formas, em particular se cita: Destruição do equipamento (se este não resistir à pressão da explosão).
Chamas, gases quentes, produtos incandescentes poderão ser lançados nas regiões vizinhas, causando incêndios.
A onda de pressão dos gases quentes pode causar ferimentos e danos pelo efeito direto da rápida aplicação de alta pressão à unidade, aos prédios e às pessoas. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Objetos no caminho da onda de explosão podem se transformar em níveis perigosos. Dentro dos limites de inflamabilidade, a chama se propaga em temperaturas acima de 1000
°C. O volume dos gases expandidos, após a combustão, é da ordem de 5 a 8 vezes maior do que o volume inicial da nuvem. É possível, também, que os gases inflamáveis entrem em salas e prédios causando explosões confinadas com poder de destruição muito maiores. As consequências da radiação emitida por uma explosão são as mesmas apresentadas para o caso de incêndios.
12.3 Incêndio O fogo é conhecido desde a pré-história e desde aquele tempo tem trazido inúmeros benefícios ao homem, uma vez que propicia aquecimento e serve para preparar alimentos, mas o fogo, quando foge ao controle do homem, recebe o nome de incêndio, e causa inúmeros danos para as pessoas.
12.3.1 Consequências de Incêndio Um incêndio pode gerar explosões, quando equipamentos são envolvidos pelas chamas ou recebem radiações incidentes importantes. Um exemplo clássico é a ignição de um material inflamável perdido por um reservatório de estocagem. A poça formada no dique queima e as paredes do próprio reservatório, ou dos existentes nas proximidades se aquecem e se pressurizam até a ruptura, com efeitos de sobrepressão e bola de fogo. O calor gerado por um incêndio é dissipado por meio de condução, de convecção e de radiação. A maior parte do calor transferido de um incêndio é por convecção e radiação. Os efeitos sobre equipamentos, prédios e outros materiais também dependem do tempo de exposição e de variáveis mais complexas como:
A natureza do material. A capacidade de absorver radiação e convertê-la em calor.
A taxa de formação de produtos voláteis, quando aquecida.
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As consequências de uma chama direta ou de radiação emitida por uma chama sobre equipamentos pode ser avaliada por meio do aquecimento das paredes submetidas a uma dada radiação em função do tempo. Com a comparação da variação de temperatura da chapa metálica, em função do tempo de duração de um incêndio, com a temperatura provável de fragilização do metal nas condições de pressão e temperatura dentro do equipamento, pode-se estimar o tempo, após o início do incêndio, no qual o equipamento tem grande probabilidade de romper por fragilização. O efeito da radiação térmica, em seres humanos, tem sido constantemente estudado e existem tabelas publicadas como a representada abaixo:
DOSE
DE
RADIAÇÃO
TIPO DE DANO
TÉRMICA (kj/m2) 40
Limite da dor
100
Queimadura solar (Queimadura de 1º grau)
150
Queimadura de 2° grau (chagas)
250
Queimadura de 3° grau com 1% de fatalidade
500
Queimadura de 3° grau com 50% de fatalidade
1200
Queimadura de 3° grau com 100% de fatalidade
12.4 Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion (BLEVE)
BLEVE é uma explosão de gás ou vapor em expansão, proveniente de um líquido em ebulição. Este fenômeno é também definido como o mais grave modo de falha de um recipiente como resultado da ruptura de seu casco no momento, em que o conteúdo líquido está acima do seu ponto de ebulição em relação à pressão atmosférica normal, geralmente, devido a uma exposição de recipiente a um incêndio. Ocorre quando um vaso de pressão é aquecido de forma que o metal perde sua resistência e falha.
12.4.1 Condições para ocorrer uma BLEVE Deve haver uma substância líquida confinada. A maioria das BLEVES ocorridas envolve líquidos inflamáveis e gases liquefeitos inflamáveis, porém mesmo se o fluido não for inflamável Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 230
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(água em tubulão de caldeira, por exemplo) haverá danos devido à propulsão do recipiente ou de seus fragmentos O líquido deve estar em um recipiente que o deixe confinado. Uma BLEVE pode ocorrer, mesmo se o recipiente possuir válvula de alívio. O líquido do recipiente deve estar a uma temperatura acima de seu ponto de ebulição normal em pressão atmosférica. Deve ocorrer uma falha no recipiente. Esta falha pode ser causada por contato com fogo, que enfraquece o recipiente na região do vapor, resultando na perda da resistência à tensão e o recipiente não consegue suportar a pressão interna. Fraqueza inerente estrutural do recipiente, por exemplo, perda de espessura por corrosão. Falha, falta ou uso impróprio das válvulas de segurança, que permitem que a pressão interna aumente até determinado nível. Impacto de srcem mecânica como um acidente rodoviário ou descarrilamento de vagões, permitindo que os líquidos inflamáveis vaporizem e formem uma nuvem de gás. A força física, que causa a BLEVE, se deve à grande taxa de expansão líquido/vapor do líquido contido no recipiente. O propano sofre uma expansão de 2500 vezes o seu volume, quando passa de líquido a vapor e a água 1700 vezes o seu volume srcinal. E esse processo de expansão, que fornece a energia para a propagação de fendas na estrutura do recipiente, propulsão do recipiente ou de seus fragmentos, e a rápida mistura do vapor do recipiente com o ar, resultando na característica bola de fogo, quando líquidos inflamáveis estão envolvidos.
12.4.2 Como prevenir uma BLEVE
Limitação de Pressão: sempre que houver possibilidade se deve despressurizar o
vaso sob fogo, de forma a minimizar a pressão interna do mesmo.
Limitação de Temperatura do Recipiente: a limitação da temperatura da parede do
recipiente evita o atingimento da zona de influência/escoamento do material, evitando que o mesmo falhe. A proteção contra incêndio é baseada na extinção do fogo, ao qual o recipiente está exposto ou na limitação do tamanho e/ou duração do fogo. O resfriamento do recipiente é obtido pela aplicação de água (aplicável apenas para BLEVES causados por fogo, inadequado para vasos criogênicos).
Limitação Contra Impacto: alternativa adequada para vasos de pressão móveis.
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12.5 Sobrepressão Os vasos de pressão podem ser submetidos em níveis de pressão, em que os dispositivos de alivio devem ser acionados para evitar a ruptura do vaso. Os cenários possíveis para que uma sobrepressão possa ser criada são: 1. Fogo. 2. Falha operacional. 3. Falha de equipamento. 4. Anormalidades do processo. 5. Falha de utilidades.
12.5.1 Fogo O principal resultado de uma exposição ao fogo de um vaso de pressão é o ingresso de calor, causando expansão térmica, vaporização ou decomposição induzida pelo calor, resultando em aumento de pressão. Como resultado adicional da exposição ao fogo ocorre o superaquecimento da parede do vaso, em altas temperaturas, no espaço do vapor no qual a parede não é resfriada pelo líquido. Neste caso, a parede do vaso poderá falhar em pressões inferiores ao ponto de abertura do sistema de alívio. Um vaso de pressão exposto a fogo, não protegido por anéis de resfriamento, jatos de água de resfriamento ou por isolamento poderá se superaquecer e falhar em poucos minutos.
12.5.2 Falha Operacional Os seguintes cenários de falhas operacionais poderão resultar em condições de sobrepressão:
Bloqueio a jusante: Erros operacionais ou de manutenção (especialmente, após uma parada longa de manutenção) podem bloquear a saída de um fluxo líquido ou gasoso de um equipamento de processo, resultando em uma condição de sobrepressão.
Perda de uma Relação Reacional Adequada: Em reatores nos quais ocorre redução de volume, a perda de uma relação adequada entre os reagentes, durante a operação, provocará uma condição de sobrepressão.
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Flasheamento de um Líquido em Vaso a Jusante: Em caso de falha de válvulas de controle instaladas em vasos de alta pressão, contendo líquidos, as gerações de enormes quantidades de vapor poderão pressurizar os vasos situados à jusante.
Perda de Refluxo ou de Recirculação: A perda de refluxo ou de recirculação em torres de destilação pode ser causada por falhas de energia elétrica, falhas de bombas ou falhas de controle de vazão, que poderão causar sobrepressurização das colunas.
12.5.3 Falha de Equipamento Ruptura de Tubos em Trocador de Calor: o Código ASME estabelece que os trocadores de calor e outros vasos devem ser protegidos com um dispositivo de alívio de capacidade suficiente para evitar sobrepressão no casco, em caso de falha interna.
Válvulas de Controle: As premissas de projeto devem incluir a possibilidade de sobrepressão devido falha de válvula de controle. Dois cenários podem ser avaliados: Falha de válvula de controle na posição totalmente aberta, causando um elevado fluxo de liquido entrando em um vaso de menor pressão. Neste caso, é possível ocorrer um flasheamento parcial do fluido por meio da válvula, causando fluxo bifásico em falha de válvula de controle na posição fechada, submetendo um vaso a pressão total de um compressor ou bomba.
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13 PRIMEIROS SOCORROS
Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional. Geralmente, presta-se atendimento no próprio local. As providências a serem tomadas inicialmente são:
Uma rápida avaliação da cena e vítima; Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima, com a utilização de técnicas simples; Acionar corretamente um serviço de emergência local. Atuar conforme o seu conhecimento. Assistir a vítima até que chegue o socorro médico.
Anualmente, milhares de pessoas se acidentam nas ruas, nas rodovias, em casa e no trabalho. Geralmente, são quedas, queimaduras, envenenamentos, cortes, choques, e situações que exigem, na maioria das vezes, socorro imediato. É importante lembrar que, como adulto, a pessoa é responsável pela própria segurança e, muitas vezes, também pela segurança de terceiros, principalmente, de crianças e de idosos. Eles precisam e devem ser protegidos. Apesar das medidas de segurança comumente adotadas e dos cuidados que as pessoas têm com as próprias vidas, nem todos os acidentes podem ser evitados, porque nem todas as causas podem ser controladas. Assim, os riscos de acidente fazem parte do cotidiano, o que requer a presença de pessoas treinadas para atuar de forma rápida.
Cada vez se investe mais na prevenção e no atendimento às vítimas. No entanto, por mais que se aparelhem hospitais e prontos-socorros, ou se criem os Serviços de Resgate e SAMU’s – Serviços de Atendimento Móvel de Urgência – sempre vai haver um tempo até a chegada do Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 234
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atendimento profissional. Nesses minutos, muita coisa pode acontecer. Nesse tempo, as únicas pessoas presentes são as que foram envolvidas no acidente e as que estavam ou passaram pelo local. Somente a equipe especializada é composta por socorristas, ou seja, socorrista é a pessoa que está preparada, treinada e habilitada a fazer os primeiros socorros e transporte de acidentados. A pessoa que presta os primeiros socorros, em casos de acidentes ou mal súbitos, deve ter noções de primeiros socorros. Esta função é importante, pois pode manter a vítima viva até a chegada do socorro adequado, bem como não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes. A pessoa que presta os primeiros socorros deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter grande capacidade de improvisação. Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer coragem e o conhecimento das técnicas adequadas em face de ser pessoa capaz de auxiliar em uma emergência. O socorro imediato evita que um ferimento se agrave ou que uma simples fratura se complique, ou que um desmaio resulte na morte do acidentado. É comum que as pessoas se sintam incomodadas e até não gostem de socorrer uma pessoa estranha. No entanto, não se esqueça de que qualquer pessoa ou amigos também podem ser vítimas de acidentes ou de um mal súbito. Os primeiros socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada, para garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes. O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como objetivo fundamental salvar vidas. Se a pessoa não tiver condições emocionais de prestar socorro direto à vítima, procure por alguém que o auxilie no atendimento e, em seguida, acione os serviços especializados: médicos, ambulâncias, SAMU e bombeiros. Não deixe uma pessoa acidentada sem uma palavra de apoio nem um gesto de solidariedade, nem deixe de adotar os procedimentos cabíveis. Existem várias maneiras de ajudar em um acidente, até um simples ato de chamar assistência especializada como ambulância e bombeiros, sendo de suma importância para o atendimento adequado. Ao pedir ajuda, a pessoa deve procurar passar o máximo de informações, como endereço do acidente, ponto de referência, sexo da vítima, idade aproximada, tipo de acidente e número de vítimas. Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial, colocar um curativo em um ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa chamar a equipe especializada (Bombeiros, SAMU), pegar na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os que estão assustados ou em pânico, dar um pouco de si. Define-se o socorrista como o profissional em atendimento de emergência. Portanto, uma pessoa que possui apenas o curso básico de primeiros socorros não deve ser chamada de socorrista e sim de atendente de emergência. É importante queem quem presta socorro deve saber que não sua tarefa realizar o diagnóstico, mas sim,entender ocupar-se prover os cuidados necessários para o ésuporte básico à vida. Sendo assim, existem algumas regras básicas que devem ser seguidas em qualquer situação de emergência, que são: a) socorrista sempre inicia sua ação executando a avaliação primária da vítima; b) a vítima não deve ser movimentada desnecessariamente, e não deve ser permitido a ela que se movimente bruscamente; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 235
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c) as roupas e sapatos da vítima devem ser afrouxados; d) deve ser impedida aaglomeração em torno do local do atendimento; e) não se deve oferecer líquidos, alimentos oumedicamentos, sem indicação médica; f) conforto da vítima deve ser priorizado, alémdo apoio emocional. A importância dos primeiros socorros reside no fato de que, apesar da grande maioria dos acidentes poderem ser evitadas, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. No entanto, do mesmo modo, um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.
13.1 Procedimentos Gerais
Um atendimento adequado depende, antes de tudo, de uma rápida avaliação da situação, que indicará as prioridades. Há três passos básicos para uma avaliação que são:
Observação Palpação Diálogo
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13.1.1 Observação A pessoa que está preparada e treinada deve fazer uma observação detalhada da cena, certificando-se de que o local em que se encontra a vítima está seguro, analisando a existência de riscos, como desabamentos, atropelamentos, colisões, afogamento, eletrocussão, agressões entre outros. Socorrer alguém pode ser perigoso. Não descuide de sua segurança pessoal. Não corra riscos em resgates heroicos. Somente depois de assegurar-se da segurança da cena é que a pessoa deve se aproximar da vítima para prestar assistência. Não adianta tentar ajudar e, em vez disso se tornar mais uma vítima. Lembre-se: primeiro você, depois as demais pessoas e por ultimo a vítima. Após a avaliação da cena, identificado os riscos existentes e verificando que não há ameaças, a pessoa que irá prestar os primeiros socorros poderá se aproximar da vítima. A observação da vítima pode revelar vários fatos como:
Alteração ou ausência da respiração Hemorragias externas Deformidades de partes do corpo Coloração diferente da pele Presença de suor intenso Inquietação Expressão de dor
13.1.2 Palpação Antes de examinar a vítima, a pessoa deve se proteger para evitar riscos de contaminação por meio do contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos. Por isso, é importante a utilização de kits de primeiros socorros como: luvas, óculos, máscaras, entre outros. Na ausência desses dispositivos, vale o improviso com sacos plásticos, panos ou outros utensílios que estejam disponíveis.
13.1.3 Diálogo Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo tempo, avaliar as condições destas, enquanto conversa com ela. A tentativa de diálogo com a vítima permite perceber:
Nível de consciência Sensação e localização da dor Incapacidade de mover o corpo ou partes dele Perda ou sensibilidade em alguma parte do copo
Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para: Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 237
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Pedido de ajuda qualificada e especializada Avaliação das vias áreas Avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos Prevenção do estado de choque Aplicação de tratamento adequado para as lesões menos graves Preparação da vítima para remoção segura Providências para transporte e tratamento médico (dependendo das condições)
A pessoa que presta os primeiros socorros deve lembrar que sua tarefa se restringe sempre em só prestar o socorro básico de urgência. Não deve fazer nada que não seja rigorosamente essencial para a vida do acidentado, enquanto aguarda o auxílio médico. As situações de emergência podem variar desde um corte até uma parada cardíaca e, neste caso, a vítima corre risco de vida. O objetivo do primeiro atendimento deve ser o de mantê-la viva e protegê-la de novos e maiores riscos até a chegada da equipe especializada.
13.1.4 Princípios para os Primeiros Socorros Os principais princípios para atendimento de primeiros socorros são: Agir com calma e confiança – evitar o pânico; Ser rápido, mas não precipitado; Usar bom senso, sabendo reconhecer limitações; Usar criatividade para improvisação; Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança; Se houver condições solicitar ajuda de alguém do mesmo sexo da vítima; Manter a atenção voltada para a vítima, quando estiver interrogando-a; Falar de modo claro e objetivo; Aguardar a resposta da vítima; Não atropelar com muitas perguntas; Explicar o procedimento antes de executá-lo; Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer; Usar luvas descartáveis para proteção contra doenças de transmissão por sangue; Atender a vítima em local seguro (removê-la do local se houver risco de explosão, desabamento ou incêndio).
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13.2 Legislação Sobre o Ato de Prestar Socorro
Devido à importância do ato de prestar socorro, há artigos específicos na legislação brasileira acerca do assunto. Para o Código Penal Brasileiro, por exemplo, todo indivíduo tem o dever de ajudar um acidentado ou chamar o serviço especializado para atendê-lo, a omissão de socorro constitui crime previsto no Artigo 135. Código Penal - Art. 135 – Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada extraviada, à pessoa inválida oupública. ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou pedir,ou nesses casos, ou o socorro da autoridade Pena – detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se a omissão resulta lesão corporal ou de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
13.2.1 Aspectos Legais Durante uma emergência, as pessoas podem se deparar com questões jurídicas, por tanto são comentados os principais tópicos penais, que podem ser de interesse.
Homicídio simples Art. 121 - Matar alguém. Pena - Reclusão de seis a vinte anos. Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo. Pena - Detenção de um a três anos. Nulidade do crime Art. 19 - Não há crime quando o agente pratica o fato. IEm estado de necessidade. II Em legítima defesa. III Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 239
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Estado de necessidade Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. Parágrafo 1º Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. Parágrafo 2º Embora reconheça que era razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois terços. Lesões corporais Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem. Pena - Detenção de um a três anos. Omissão de socorro:Art. 135 deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
Exposição ao perigo Art. 132 Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente. As questões jurídicas em relação aos Primeiros Socorros são bem complexas, visto que deixar de prestar socorro como no item 3.1 código penal art. 135, a omissão de socorro é crime, cujo sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o dever jurídico de prestar assistência. Esta assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os Primeiros Socorros. Por outro lado o artigo 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde de outrem. Por este motivo, a pessoa deve estar muito confiante, preparada e treinada para iniciar os procedimentos de primeiros socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma de manter a vítima viva. Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar uma assistência psicológica para a vítima, especialmente, quando a pessoa não se sinta preparada para iniciar manobras complexas.
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13.3 Urgências Coletivas
Acidentes em locais em que há aglomeração de pessoas costumam envolver um grande número de vitimas e, nesses casos, geralmente, o atendimento é muito confuso.
Urgências coletivas podem acontecer em:
Igrejas; Estádios; Casa de Espetáculo; Protestos, entre outros.
Ao se deparar com uma urgência coletiva, a pessoa deve tomar as seguintes medidas:
Providenciar comunicação imediata com os serviços de saúde, defesa cível, bombeiros e polícia; Isolar o local, para proteger vítimas e demais pessoas; Determinar locais diferentes para a chegada dos recursos e saída das vítimas; Retirar as vítimas que estejam em local instável; Determinar as prioridades de atendimento, fazendo uma triagem rápida das vítimas para que as mais graves possam ser removidas em primeiro lugar Providenciar o transporte, de forma adequada, para não complicar as lesões (Somente quando a vitima está correndo risco em permanecer no local).
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13.4 Caixa De Primeiros Socorros
É importantíssimo e recomendável ter em casa, no trabalho e no carro uma caixa de primeiros socorros, para que no caso de algum inconveniente a pessoa esteja preparada. Há alguns itens necessários para uma caixa de primeiros socorros como: Compressas de gaze (preferencialmente esterilizadas); Rolos de atadura de crepe ou de gaze (tamanhos diversos); Esparadrapo; Tesoura de ponta arredondada; Pinça; Soro fisiológico ou água bidestilada; Luvas de látex; Lanterna. Lembra-se que não é recomendável dar qualquer tipo de medicação para vítimas.
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13.5 Parada Cardiorrespiratória – PCR
A parada cardiorrespiratória é a parada dos movimentos cardíacos e respiratórios, ou seja, é a ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência isolada de uma delas só existe em curto espaço de tempo, a parada de uma acarreta a parada da outra. A parada cardiorrespiratória leva à morte no período de 3 a 5 minutos. O atendimento bem-feito é vital.
13.5.1 Parada Respiratória Como se sabe, o ser humano não vive sem o ar (oxigênio), quando ocorre por alguma razão uma parada respiratória, a pessoa para de respirar ou sofre uma asfixia. A parada respiratória pode ocorrer por diversas situações, como afogamento, sufocação, aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, soterramento, presença de corpos estranhos na garganta, choque elétrico, parada cardíaca, entre outros. Há um modo bem simples para perceber os movimentos respiratórios da vítima, chegando bem próximo da boca e do nariz da vítima e verificar:
Se o tórax se expande; Se há algum ruído de respiração; Sentir na própria face se há saída de ar. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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13.5.1.1 Sinais de Parada Respiratória
Os sinais de parada respiratória são: Inconsciência; Tórax imóvel; Ausência de saída de ar pelas vias aéreas (nariz e boca).
13.5.2 Parada Cardíaca Ocorrendo uma parada respiratória é importante ficar atento, pois pode ocorrer uma parada cardíaca simultaneamente, ou seja, pode parar os batimentos do coração. As pulsações cardíacas indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o sangue o corpo, estas pulsações sempreum o mesmo ritmo e força em situações normais. Porém, para quando isso não ocorre, pode seguem estar havendo problema com a circulação do sangue, ou seja, pode estar havendo uma parada cardíaca. 13.5.2.1 Sinais de Parada Cardíaca
Os sinais de parada cardíaca são: Inconsciência; Ausência de pulsação (batimentos cardíacos); Ausência de som de batimentos cardíacos. Para verificar as pulsações é necessário senti-las nas artérias principais, que passam pelo corpo, as mais utilizadas são as que passam pelo pescoço, denominadas carótidas. Quando ocorre ausência de pulsação, nessas artérias, é possível dizer que se está diante de um dos sinais mais evidentes de que ocorreu uma parada cardíaca.
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Quando a pessoa ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve observar se a vítima apresenta algum sinal de circulação como: Respiração Tosse ou emissão de som Movimentação Em casos em que esses sinais não são evidentes, deve-se considerar que a vítima está sem circulação e iniciar as compressões torácicas.
13.5.3 Procedimentos Para Parada Cardiorrespiratória Em condição de estar diante de uma parada cardiorrespiratória, a pessoa deve observar: primeiramente, realizar a verificação de segurança do local, em seguida, deve falar com a vítima buscando saber se ela está consciente ou não. Após confirmação do estado de inconsciência, a prioridade é pedir auxílio qualificado. Deve-se lembrar de que antes de avaliar as condições da vítima, é importante usar os dispositivos de proteção possíveis ou improvisados, como: luvas, panos ou sacos plásticos. A iniciação deve começar com o ABC da vida, que consiste em avaliar:
A - Vias Aéreas; B - Boca (Respiração) ou Boa respiração; C – Circulação.
Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), esta deverá ser tratada com a Reanimação Cardiopulmonar (RCP). Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 245
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13.5.3.1 Obstrução das Vias Aéreas
A obstrução das vias aéreas (nariz e boca) é uma das principais causas de morte em pessoas inconscientes, as vias aéreas podem estar obstruídas em função de várias situações, como: sangue, secreções e corpos estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”. Quando a pessoa está inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua caia para trás, impedindo a passagem do ar.
13.5.3.2 O que fazer em casos de obstrução
Diante de uma situação de urgência, algumas situações devem ser observadas como: Remover dentadura, pontes dentárias, excesso de secreção, dentes soltos etc. Na obstrução por presença de sangue ou secreção, deve-se limpar a boca e nariz da vítima com um pano limpo e virar a cabeça para o lado facilitando a saída do líquido. Colocar uma das mãos sobre a testa da vítima e com a outra elevar o queixo, essa manobra reposicionará corretamente a língua, desobstruindo as vias aéreas. Em casos de suspeitas de a vítima ter sofrido algum tipo de traumatismo, por queda e acidente de trânsito, agressão entre outros fatores é necessário proteger a coluna cervical (pescoço). A manobra a ser aplicada é a de “elevação modificada da mandíbula”, que consiste simplesmente no posicionamento dos dedos bilateralmente por detrás dos ângulos da mandíbula do paciente, seguido do deslocamento destes para frente, ou seja, mantendo a cabeça e o pescoço em uma posição neutra abrindo somente a boca da vítima. Em caso de presença de secreção com suspeita de traumatismo, para retirar esta secreção deve-se virar a cabeça junto com o corpo (sendo necessários três socorristas ou pessoas treinadas), mantendo assim a coluna cervical alinhada.
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É importante salientar que virar a cabeça da vítima não corrige a queda da língua, mas é uma tentativa de evitar que a pessoa aspire para os pulmões as secreções, que estão na cavidade oral. 13.5.3.3 Respiração
A pessoa que presta os primeiros socorros deve ser capaz de observar, de ouvir e sentir a respiração. E caso a vitima esteja respirando, esta pessoa deverá avaliar a pulsação. Em parada cardiorrespiratória o tempo é fundamental, pois dependendo do tempo pode levar a vítima a ter lesão cerebral.
ATENDIMENTO
LESÃO CEREBRAL
Até 4 minutos De 4 a 6 minutos Em mais de 6 minutos
Improvável Provável Muito provável
13.5.4 Reanimação Cardiopulmonar (RCP) Se os procedimentos de obstrução das Vias Aéreas não foram suficientes para a vítima retornar a respirar, ou até mesmo se a vítima não apresenta pulsação será necessário aplicar manobras para a reanimação cardiopulmonar (RCP). Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca, pois leigos não precisam fazer respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010. Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três vezes as chances de vida. Até então, no Brasil, 95% dos que sofreram ataque repentino morreram antes de chegarem ao hospital. A mudança ocorre com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de fazê-lo pelo receio de encostar a boca na boca de desconhecidos. Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas normas, as chances de sucesso em salvar a vida de uma pessoa por meio de massagem cardíaca Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 247
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recebida corretamente são praticamente as mesmas de quem recebe a massagem e a respiração artificial, além de contar com a vantagem de se ganhar tempo, considerado essencial no processo. Pela nova norma, a respiração artificial deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde, que sabem fazê-la com a qualidade e a agilidade adequada, além de possuírem os equipamentos de proteção necessários. Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de esta vítima sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase 50% até a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.
13.5.5 Modo de fazer a massagem cardíaca
A massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) com os braços retos, que devem fazer ao menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.
Os movimentos servem para retomar a circulação do sangue e, consequentemente, de oxigênio, para o coração e o cérebro, que é interrompida, quando o coração para. Não espere mais de dez segundos para começar a compressão e a faça até o resgate chegar, sem qualquer interrupção. Como esta atividade demanda esforço físico é importante revezar com outra pessoa, de forma coordenada, se puder. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 248
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13.5.5.1 Procedimentos
Os procedimentos a serem aplicados para a massagem cardíaca implicam: Realizar o procedimento, apenas quando tiver certeza de que o coração da vítima parou. Manter a vítima deitada de barriga para cima, em uma superfície rígida e plana como um solo ou uma taboa. Caso a superfície não seja rígida e plana, deve-se colocar uma bandeja entre as costas e o leito.
Ajoelhar-se aoseus lado dedos, da vítima. Entrelaçar os estendendo-os de forma que não toquem no meio do peito da vítima (entre os dois mamilos).
Posicionar os ombros diretamente acima das mãos sobre o peito da vítima. Manter os braços retos e os cotovelos estendidos. Pressionar o osso esterno para baixo, aproximadamente 5 centímetros.
Fazer as compressões uniformemente e com ritmo. As compressões devem ser feitas até o resgate chegar ou a vítima voltar a respirar ou ter pulso. Durante as compressões deve-se flexionar o tronco ao invés dos joelhos. Evite que os dedos apertem o peito da vítima durante as compressões.
Deve-se verificar a cada minuto se a vítima voltou a respirar ou a ter pulso, caso contrário, é importante continuar com as manobras até a chegada do socorro médico. Se a vítima for uma criança, aquele que presta socorre deverá usar somente uma das mãos na massagem.
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Fonte: Senac
Já em bebes ele é feita apenas com dois dedos. Em todos os casos o ponto da massagem é o mesmo: terço inferior do esterno, na linha entre os mamilos.
Fonte: Senac
ATENÇÂO: As manobras de Primeiros Socorros sempre são reformuladas sendo necessário o aluno sempre estar buscando se atualizar.
13.5.6 Infarto
Infarto do miocárdio é a necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação sanguínea, que leva nutrientes e oxigênio ao coração. Esta situação é o resultado de Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 250
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uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos, mas pode ser caracterizado pela oclusão das artérias coronárias em razão de um processo inflamatório associado à aderência de placas de colesterol em suas paredes. O desprendimento de um fragmento dessas placas ou a formação de um coágulo de sangue, um trombo, dentro das artérias acarreta o bloqueio do fluxo de sangue causando sérios e irreparáveis danos ao coração (necrose do músculo cardíaco). 13.5.6.1 Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas identificados para um infarto podem ser: Dor fixa no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação de compressão no peito que, geralmente, dura cerca de trinta minutos; Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, que pode ocorrer associado ou não à ingestão de alimentos; Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços (mais frequentemente do lado esquerdo do corpo); Ocorrência de suor, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento; Ansiedade, agitação e sensação de morte iminente. 13.5.6.2 Fatores de risco e prevenção
Não há dúvida defumo, que aobesidade, melhor maneira de evitar o infarto níveis é reduzir a exposição aos fatores de risco: diabetes, hipertensão, altos de colesterol, estresse, vida sedentária e/ou histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas. Assumir uma atitude mental confiante e positiva é um passo decisivo para a recuperação dos infartados. É importante deixar claro que pessoas que sobrevivem a um infarto e adotam estilos de vida saudável, em sua maioria, conseguem retornar à vida normal e reassumir as atividades profissionais.
13.5.6.3 Procedimentos
Ao surgirem os primeiros sintomas, a pessoa deve procurar socorro imediatamente. A pessoa não deve dirigir automóvel e deve evitar andar ou carregar peso mesmo que a dor seja mínima;
Se estiver com alguém que apresente sintomas de infarto por mais de dez minutos, não perca tempo: procure socorro urgente. Mantenha a pessoa aquecida e calma.
Salvo orientação médica em contrário, não lhe dê coisa alguma para beber ou comer; Desde que a pessoa consiga engolir sem dificuldade e não seja alérgica ao medicamento, dê-lhe um comprimido de aspirina; Se a pessoa desfalecer, verifique a respiração e o pulso dela. Na ausência desses sinais vitais inicie, imediatamente, os procedimentos adequados de recuperação cardiopulmonar, mantendo-os até que o socorro chegue. Não tente transportar a Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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pessoa desfalecida, porque ela corre sério risco de morrer no caminho. Coloque-a em posição confortável, levemente inclinada, e afrouxe suas roupas;
Não se iluda com a aparência de sintomas de azia intensa, pois eles podem indicar, na verdade, alterações cardíacas importantes;
Transmita confiança ao infartado e evite entrar em pânico. Os primeiros socorros são fundamentais para salvar vidas.
13.6 Afogamento
Sabe-se que afogamentos são constantes em praias, rios e até mesmo em piscinas, principalmente, no verão. Calor e água combinam perfeitamente, mas o que costuma estragar essa harmonia são as imprudências dos banhistas. Segundo o Corpo de Bombeiros, o afogamento é a segunda causa de óbitos em jovens e adultos, só perdendo para os acidentes de trânsito. O consumo de álcool e de outras drogas está entre os principais motivos de afogamento, e não é difícil de entender o motivo pelo qual o indivíduo perde a percepção do local e dos perigos que corre, dificultando uma reação rápida caso caia em um buraco ou mesmo seja levado por uma onda. Além disso, o banhista pode vomitar, e isso acelera o afogamento. Se uma pessoa presenciar algum afogamento deve chamar, rapidamente, um salva-vidas, pois o salvamento aquático é de alto risco e exige treinamento e preparo físico. Se não houver um salva-vidas por perto, é preciso manter a calma e ajudar com recursos como: boias, cordas e pedaços de madeira. A tentativa de salvamento só deve ser para feita auxiliar. por alguém que saiba boa resistência física, juntamente com outra pessoa Esta ajuda deve nadar ocorreredatenha seguinte maneira, enquanto uma pessoa conversa com a vítima, tentando acalmá-la, a outra se aproxima por trás e lhe dá apoio ou a segura, ajudando a retirá-la da água. Esse procedimento evita que o afogado se agarre na pessoa que irá socorrê-la, tornando difícil e perigoso o salvamento.
13.6.1 Procedimento
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Após retirar a vítima da água, é necessário:
Posicioná-la deitada de costas, paralelamente ao mar, de modo que a cabeça fique alinhada com o tórax. (Cabeça mais baixa que o corpo) Verificar o ABC da vida, ou seja, avaliar as vias Aéreas, a Boa Respiração e a Circulação. (Conforma já visto nos procedimentos para a parada cardiorrespiratória).
Caso a vítima apresente uma parada cardiorrespiratória por afogamento, os procedimentos são diferentes da parada cardiorrespiratória que foram vistos anteriormente. Apesar de a nova norma mundial não exigir a respiração artificial em reanimação cardiopulmonar desde 2010, para uma suposta vítima de afogamento ou por asfixia, a prioridade é fornecer cerca de cinco ciclos (aproximadamente dois minutos) de RCP - Reanimação Cardiopulmonar convencionais, incluindo resgate de respiração. A relação entre compressões e ventilações varia segundo a faixa etária da vítima:
Adultos: Cada ciclo corresponde a duas respirações boca a boca e trinta massagens cardíacas; Crianças de 0 a 8 anos: uma ventilação e cinco compressões. Maiores de 8 anos: uma ventilação e quinze compressões.
13.6.1.1 Técnicas de respiração boca a boca
Para desenvolver a respiração boca a boca, alguns procedimentos em técnica devem ser observados como: Manter a cabeça da vítima estendida para trás, sustentando o queixo e mantendo as vias aéreas abertas. Fechar as narinas da vítima.
Cobrir toda a boca da vítima com a sua boca e sobrar duas vezes com um intervalo entre as ventilações. Liberar as narinas para que saia o ar que foi insuflado. Observar se o tórax da vítima se expande (sobe), enquanto está recebendo ventilação. Aplicar uma respiração boca a boca a cada 5 ou 6 segundos; Continuar até que a vítima volte a respirar ou o atendimento médico chegue ao local. Não tentar retirar água dos pulmões ou do estômago da vítima, tampouco provocar vômito. Se isso ocorrer, de forma natural, deve-se colocar a vítima de lado para que esta não aspire ao vômito para os pulmões. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Mantenha a vítima aquecida e encaminhe para a avaliação médica. Ao movimentar ou transportar a vítima é importante cercar-se de todo o cuidado, imobilizando-a em tábua longa, pois esta pode ter sofrido algum traumatismo na coluna antes do afogamento.
No caso de atendimento a um bebê, deve-se cobrir a boca e o nariz com a sua própria boca, para realizar a ventilação.
13.7 Distúrbios Causados Pela Temperatura
A temperatura, calor ou frio, e os contatos com gases, eletricidade, radiação e produtos químicos podem causar lesões diferenciadas no corpo humano. A temperatura do corpo humano, em um determinado momento, é o resultado de vários agentes que atuam como fatores internos ou externos, aumentando ou reduzindo a temperatura. Mecanismos homeostáticos internos atuam para manter a vida com a constância da temperatura corporal dentro de valores ideais para a atividade celular. O contato com chamas e substâncias superaquecidas, a exposição excessiva ao sol e até mesmo à temperatura ambiente muito elevada provocam reações no organismo humano, que podem se limitar à pele ou afetar funções orgânicas vitais.
13.7.1 Queimaduras Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente calor, que podem atingir graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo de localização, extensão e grau de profundidade. A tabela a seguir se refere à extensão da área lesada, ajudando assim a avaliar a gravidade de uma queimadura.
ÁREA ATINGIDA
EXTENSÃO
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Cabeça Pescoço Tórax e Abdome Costas e Região Lombar Cada Braço Cada Perna Genitália
7% 2% 18% 18% 9% 18% 1%
13.7.1.1 Profundidade ou Grau das Queimaduras
Dependendo da profundidade queimada do corpo, as queimaduras são classificadas em graus para melhor compreensão e adoção de medidas terapêuticas adequadas. São consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no caso de adultos, e mais de 10% do corpo, no caso de crianças de até dez anos.
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13.7.1.1.1 Queimadura de Primeiro Grau
A queimadura de primeiro grau é a mais comum, pois deixa a pele avermelhada, além de provocar ardor e ressecamento, sendo a lesão considerada como superficial. Trata-se de um tipo de queimadura causado, quase sempre, por exposição prolongada à luz solar ou por contando breve com líquidos ferventes.
Providências As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem recurso ao hospital, a não ser que atinjam uma área muito grande ou ocorram com bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora em três dias.
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13.7.1.1.2 Queimadura de Segundo Grau
A queimadura de segundo grau é mais grave do que a de primeiro grau, essa queimadura é aquela que atinge as camadas um pouco mais profundas da pele. Caracteriza-se pelo surgimento de bolhas, desprendimento das camadas superficiais da pele, com formação de feridas avermelhadas e muito dolorosas. Providências
Queimaduras do 1º e 2º grau (de baixa gravidade) podem ser tratadas sem recurso ao hospital. Em situações consideradas como casos mais graves, a vítima deve ser encaminhada ao hospital. Algumas providências podem ser tomadas, pois se deve fazer:
Aplicação de água fria até alivio da dor, pelo menos cinco minutos; Secagem da zona afetada com compressa esterilizada; Cobrir com um pano limpo; Aplicação de gaze vaselinada (não aderente) sobre a queimadura e um penso absorvente para absorver exsudado, que deve ser mudado regularmente; Não devem ser estouradas as bolhas; Os cremes/loções calmantes só estão indicados para as queimaduras de 1º grau; Não colocar nenhum produto caseiro.
Nota: Não se deve usar algodão, porque este tende a aderir à ferida.
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13.7.1.1.3 Queimadura de Terceiro Grau
As consideradas queimaduras de terceiro grau são aquelas em que todas as camadas da pele são atingidas, podendo ainda alcançar músculos e ossos. Essas queimaduras se apresentam secas, esbranquiçadas ou de aspecto carbonizado, fazendo com que a pele se assemelhe ao couro, diferentemente do que acontece nas queimaduras de primeiro e segundo graus. Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos, que transmitem a sensação de dor. Geralmente, a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas, líquidos inflamáveis ou eletricidade. Este tipo de queimadura é grave e representa sérios riscos para a vítima, sobretudo, se atingir grande extensão do corpo. Providências
O tratamento de queimaduras, de modo geral, pode ser feito da seguinte forma, podendo ser aplicado para as queimaduras de primeiro, segundo ou terceiro grau.
Deve-se resfriar com água o local atingido, pelo menos 5 minutos. Proteger o local com um pano limpo. Providenciar atendimento médico.
Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro e segundo grau, em que a área lesada não seja muito extensa. 13.7.1.2 Queimaduras elétricas
As queimaduras elétricas requerem urgência hospitalar, pois podem afetar áreas não visíveis, como órgãos internos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 258
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13.7.1.3 Queimaduras provocadas por substância químicas
As queimaduras provocadas por substâncias químicas precisam ser bem analisadas, uma vez que se a substância que provocou a queimadura for líquida (ácidos, removedores, tintas etc.) devese lavar o local afetado com bastante água, para retirar todo o qualquer resíduo do produto. Depois de lavar a área, esta deve ser protegida, em especial, as feridas com gazes ou um pano limpo. Se a substância for sólida (geralmente em pó), antes de lavar o local em que ocorreu a queimadura, esta substância deve ser retirada com um pano limpo, observando a exclusão de todo e qualquer resíduo do produto, para depois lavar e proteger a região com gazes ou um pano limpo. 13.7.1.4 Queimaduras nos Olhos
Havendo queimadura nos olhos, por terem sido atingidos por substância química (ácidos, cal, gasolina etc.), estes devem ser lavados de imediato, pois a visão poderá ser seriamente afetada. O ideal é fazer a lavagem direta na torneira, mas caso não seja possível, usa-se então uma garrafa, mangueira etc. Se apenas um olho foi atingido, é preciso tomar cuidado para não prejudicar o outro olho. Depois de ser lavado, o olho afetado deve ser coberto com um curativo de gaze ou um pano limpo, sendo a pessoa encaminhada, rapidamente, para o atendimento médico. Se os olhos sofrerem queimaduras causadas por irradiações, fachos de luz intensos ou luz artificial deve-se encaminhar a pessoa para um especialista. Esse tipo de lesão ocorre, geralmente, com quem trabalha com solda elétrica e não usa equipamento de proteção. Apesar de não ser uma queimadura, que se manifesta somente pela Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 259
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ardência e irritação dos olhos (como se contassem grãos de areia), trata-se de casos sérios, que podem levar à cegueira.
13.7.2 Insolação
A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares, podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém a pulsação e a respiração. A insolação acontece quando o organismo fica incapacitado de controlar a temperatura. Quando a pessoa tem insolação, sua temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em 10 a 15 minutos. Insolação pode causar morte ou incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado. 13.7.2.1 Sinais e Sintomas
São sinais e sintomas de insolação: Tontura; Enjoo; Dor de cabeça; Pele seca e quente; Rosto avermelhado; Febre alta; Pulso rápido; Respiração difícil. Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente, observam-se apenas alguns deles. 13.7.2.2 Providências
Em condição de identificação de ocorrência de insolação, algumas providências devem ser tomadas como: Remover a vítima para lugar fresco e arejado; Aplicar compressas frias sobre sua cabeça; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 260
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Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas umedecidas; Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma frequente (caso esteja consciente); Manter a pessoa deitada; Avaliar nível de consciência, pulso e respiração; Providenciar transporte adequado;
Encaminhar para atendimento hospitalar. O ideal é deixar que a temperatura corporal diminua bem lentamente, para não ocorrer um colapso, devido quedas bruscas de temperatura.
13.7.3 Intermação
A intermação ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (nas fundições, padarias, caldeiras etc.) com temperaturas muito altas. A intermação acarreta uma série de alterações no organismo, com graves consequências para a saúde da vítima. 13.7.3.1 Sinais e Sintomas
São sinais e sintomas da intermação: Temperatura do corpo elevada; Diferentes níveis de consciência; Pele úmida e fria; Palidez ou tonalidade azulada no rosto; Cansaço; Calafrios; Respiração superficial;
Diminuição Náuseas. da pressão arterial;
Para prevenir a intermação, a pessoa não deve permanecer por longos períodos de tempo em ambientes quentes e fechados, é necessário ingerir muito líquido e alimentos que contenham sal. 13.7.3.2 Providências
Em situação em que se identifique ocorrência de intermação, algumas providências devem ser observadas como: Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 261
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Remover a vítima para lugar fresco e arejado; Manter a pessoa deitada com o tronco ligeiramente elevado; Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, aplicando compressas de pano umedecido com água; Avaliar nível de consciência, pulso e respiração; Encaminhar imediatamente para atendimento hospitalar.
13.7.3.3 Temperatura Corporal
Foi visto que um dos sinais da intermação é a temperatura corporal elevada. Assim, expõe-se um pouco mais sobre o assunto. A Temperatura Corporal implica a avaliação do grau de calor do corpo. Em temperatura normal, o corpo fica entre 36,2ºC e 37ºC. Quando a temperatura de uma pessoa ultrapassa os 37ºC diz-se que esta pessoa está com febre. Esse fato, por si só, não constitui uma moléstia (Doença; mal-estar, sofrimento físico), mas pode ser um sinal de alguma doença. 13.7.3.3.1 Sinais e sintomas de Febre
Podem ser descritos como sinais e sintomas de febre: Sensação de frio; Mal-estar geral; Respiração rápida; Rubor facial; Sede; Olhos brilhantes e lacrimejantes;
Pele quente.
13.7.3.3.2 Procedimentos
Sendo identificada situação de febre em um indivíduo, alguns procedimentos podem ser realizados como: Retirar qualquer tipo de agasalho, deixando apenas uma roupa leve, até que a temperatura volte ao normal. Dar bastante líquido para a pessoa beber. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 262
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Por panos molhados com água gelada sobre a testa, nas axilas e nas virilhas, e manter as compressas frias até que a febre ceda. Havendo condições, dar um banho prolongado, de banheira, chuveiro ou mesmo de bacia, com água na temperatura ambiente, abaixo da temperatura da pessoa com febre.
Febre muito alta e persistente, se não for controlada, torna-se perigosa podendo provocar delírios e convulsões. Para prestar informações mais detalhadas ao médico, é importante saber quando a febre começou, quanto tempo durou e como cedeu.
13.8 Choques Elétricos
Com o avanço da tecnologia cada vez mais a sociedade está circulada por máquinas, por aparelhos e equipamentos eletrônicos. Por isso, as ocorrências de choques elétricos se tronam mais frequentes. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e provocar queimaduras graves, às vezes, levando até a morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de apresentarem riscos menores, por serem de baixa voltagem, também merecem atenção e cuidado, pois em alguns casos também podem levar à morte. Em um acidente que envolva eletricidade, a rapidez no atendimento é fundamental. A vítima de choque elétrico, às vezes, apresenta no corpo queimaduras nos lugares percorridos pela corrente elétrica, além de poder sofrer arritmias cardíacas se a corrente elétrica passar pelo coração. Em algumas vezes, dependendo da corrente elétrica, a vítima que leva o choque fica presa no equipamento ou nos fios elétricos, isso pode ser fatal. Se a pessoa que irá prestar os primeiros socorros tocar na vítima, a corrente também irá atingi-la, por isso, antes de tudo é necessário desligar o aparelho, tirando-o da tomada ou até mesmo desligando a chave geral.
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13.8.1 Procedimentos para choque elétrico Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material que não seja condutor de eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa, luvas e etc. Para atender uma vítima de choque elétrico é importante seguir alguns passos básicos como:
Realizar avaliação primária (grau de consciência, respiração e pulsação); Deite a vítima e flexione a cabeça dela para trás, de modo a facilitar a respiração. Se constatar parada cardiorrespiratória, aja imediatamente, aplicando massagem cardíaca. Caso esteja respirando normalmente e com batimentos cardíacos, verifique se ocorreu alguma queimadura, cuidando delas de acordo com o grau de extensão que tenha atingido. Depois prestar os primeiros socorros, providencie assistência médica imediata.
As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que são vistos nas ruas, quando ocorre algum choque envolvido com esses cabos, geralmente, há morte instantânea. Apenas pessoas autorizadas ou da central elétrica podem desligar a corrente elétrica que passa por tais cabos. Nesse caso, entre em contato com a central, os bombeiros ou a polícia, indicando o local exato do acidente. Procedendo dessa maneira, certamente, é possível evitar novos acidentes. deixe que ninguém se aproxime vítima, nemdetente ajudá-la antes de a correnteLembre-se: elétrica sernão desligada, sendo a distância mínima da recomendada quatro metros, somente depois de desligada é que é possível prestar socorro. Dependendo das condições da vítima e das características da corrente elétrica, o acidentado pode apresentar: Sensação de formigamento; Contrações musculares fracas que poderão tornar-se fortes e dolorosas; Inconsciência; Dificuldade respiratória ou parada respiratória; Alteração do ritmo cardíaco ou parada cardíaca; Queimaduras; Traumatismos como fraturas e rotura de órgãos internos. No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância. 13.8.1.1 Para evitar ou prevenir acidentes de srcem elétrica
Para que se possam evitar ou prevenir acidentes de srcem elétrica, é importante observar alguns aspectos, como: Muito cuidado ao trabalhar nas proximidades de rede ou chaves elétricas de alta tensão (AT). Nunca improvise em eletricidade, mesmo em situação de emergência. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 264
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Não solte pipas junto a fios de eletricidade. Não mexa em fio caído no solo e que ainda esteja preso à rede elétrica. Sempre mantenha em condições adequadas o funcionamento de instalações e equipamentos elétricos residenciais. Contrate só profissionais qualificados e com curso de NR-10, para fazer as revisões nas instalações elétricas. Se precisar trocar um fusível ou desligar a chave geral e estiver no escuro, use lanterna ou velas para iluminar.
13.9 Estado De Choque
O estado de choque se caracteriza pela falta de circulação e de oxigenação dos tecidos do corpo, provocada pela diminuição do volume de sangue ou pela deficiência do sistema cardiovascular. Em todos os casos, os resultados do choque são exatamente os mesmos. Existe circulação insuficiente de sangue por meio dos tecidos para fornecer nutrientes e oxigênio necessários a eles. Todos os processos corporais normais ficam afetados. Quando uma pessoa está em choque, as funções vitais diminuem e se as condições que causam o choque não forem interrompidas e revertidas imediatamente, logo ocorrerá a morte. As principais causas do estado de choque são: hemorragias e queimaduras graves, choque elétrico, ataque cardíaco, dor intensa de qualquer srcem, infecção grave e envenenamento por produtos químicos. O estado de choque é um complexo grupo de síndromes cardiovasculares agudas, que não possuem uma definição única que compreenda todas as diversas causas e srcens. Didaticamente, o estado de echoque ocorre, quando há um maldesequilíbrio funcionamento o coração, vasos sanguíneos (artérias ou veias) o sangue, instalando-se no entre organismo. O estado de choque põe em risco a vida da vítima, sendo assim uma grave emergência médica. O correto atendimento exige ação rápida e imediata.
13.9.1 Sinais e sintomas O estado de choque pode se manifestar de diferentes formas. A vítima pode apresentar diversos sinais de sintomas ou apenas alguns deles, dependendo da intensidade em cada caso. O Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 265
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quadro clínico, portanto é praticamente o mesmo, não importando a causa que desencadeou o estado de choque. A vítima de estado de choque ou na iminência de entrar em choque apresenta, geralmente, os seguintes sintomas: Pele pálida, úmida, pegajosa e fria. Cianose (arroxeamento) de extremidades, orelhas, lábios e pontas dos dedos. Suor intenso na testa e palmas das mãos.
Fraqueza geral. Pulso rápido e fraco. Sensação de frio, pele fria e calafrios. Respiração rápida, curta, irregular ou muito difícil. Expressão de ansiedade ou olhar indiferente e profundo, com pupilas dilatadas, agitação. Medo (ansiedade). Sede intensa. Visão nublada. Náuseas e vômitos. Respostas insatisfatórias a estímulos externos. Perda total ou parcial de consciência. Taquicardia. Queda de pressão arterial. Tonturas e calafrios.
13.9.2 O Providências tomadas passo inicialanoserem tratamento do estado de choque é reconhecer a sua presença. Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. No entanto, infelizmente, não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima do choque. 13.9.2.1 Deitar a Vitima
A primeira atitude é tentar acalmar a vítima que esteja consciente. Vítima deve ser deitada de costas, com as pernas elevadas (30 cm) e a cabeça virada para o lado, evitando assim, caso ela vomite, que aspire podendo provocar pneumonia. (Caso não houver suspeita de lesão ou fraturas na coluna). No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou de ferimento na cabeça, os membros inferiores não devem ser elevados. Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura, para facilitar a respiração e a circulação. Verificar se há presença de prótese dentária, objetosou alimento na boca e os retirar. No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca ou nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia, conforme demonstrado na Figura.
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Obs.: se a vitima sofreu alguma lesão grave que possa ter causado algum dando na coluna a vitima não deve ser movimentada. 13.9.2.2 Como colocar a vítima em posição lateral
A Posição Lateral de Segurança (PLS) é também conhecida como Posição de Descanso. • • •
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• •
Deite-a de barriga para cima. Coloque-se de um lado da vítima e ajoelhe-se de frente para ela. Flexione a perna da vítima que está mais próxima de você.
Pegue a mão da vítima que está desse mesmo lado e coloque-a sob a nádega, com a palma da mão virada para baixo.
Com cuidado e vagarosamente, vire a vítima para o seu lado. Posicione a cabeça da vítima de lado, de modo que, se ela vomitar, a secreção saia facilmente da cavidade oral, impedindo que seja aspirada para os pulmões.
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Feche a mão livre da vítima e a coloque sob o queixo ou a bochecha, para evitar que a face vire para baixo.
13.9.2.3 Respiração
Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar a reanimação cardiopulmonar, caso a vítima pare de respirar. 13.9.2.4 Pulso
Enquanto as providências já indicadas anteriormente são executadas, é importante observar o pulso da vítima. No choque, o pulso da vítima apresenta-se rápido e fraco (taquisfigmia). 13.9.2.5 Conforto
Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou casacos. 13.9.2.6 Tranquilizar a Vítima
Se o socorro médico estiver demorando, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem demonstrar apreensão quanto ao seu estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.
Atenção: Em todos os casos de reconhecimento dos sinais e sintomas de estado de choque, providenciar imediatamente assistência especializada. A vítima vai necessitar de tratamento complexo, que só pode ser feito por profissionais e recursos especiais para intervir nestes casos. Não se deve dar nada para beber Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 268
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13.10 Intoxicações
As intoxicações constituem problemas médicos mais frequentes nos atendimentos de urgência. As intoxicações podem acontecer por contato, inalação, contato ou ingestão e por uso indevido de medicamentos e agrotóxico, alimentos mal conservados ou contaminados, contatos com animais peçonhentos, plantas tóxicas, etc. Dentre os acidentais, os mais frequentes são os profissionais, isto é, aqueles relacionados à exposição a substâncias potencialmente tóxicas usadas no serviço, como: agrotóxicos, material de limpeza e produtos químicos. Em geral, o veneno destrói ou pelo menos prejudica o lugar pelo qual passa ou se instala. Pode irritar os olhos, pulmões, a pele e também causar danos em todo o organismo, quando vai para o sangue. A substância tóxica pode penetrar por qualquer via. As mais comuns, por ordem de frequência, são a boca, o nariz e a pele. O tratamento adequado a ser aplicado depende do tipo de veneno e da reação da vítima, mas nem sempre é possível identificar o que causou o problema. Às vezes, a pessoa ignora sua exposição à substância tóxica, ou fica impossibilitada de se comunicar por já se encontrar inconsciente. Quando a vítima puder se comunicar, é importante que conte o que aconteceu, há quanto tempo e, se souber informar a substância causadora da intoxicação. Também se deve perguntar se ela já tomou alguma providência e qual. Essas informações vão ajudar muito a quem estiver atendendo a vítima, pois o tratamento visa eliminar a substância tóxica, neutralizar a ação e combater os efeitos. O atendimento a uma vítima de Intoxicação é muito variado, dependendo do produto, forma e quantidade de substância que está no organismo da vítima, por isso sempre que surgir alguma dúvida deve-se ligar para oCentro de Informações Toxicológicas. O CIT/SC mantém um serviço de plantão 24 horas, em que se prestam informações específicas em caráter de urgência para profissionais de saúde, principalmente, médicos da rede Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 269
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hospitalar e ambulatorial e de caráter educativo/preventivo à população em geral, diretamente ou por meio de ligação gratuita pelo telefone:
0800 643 5252
13.10.1 Intoxicação Alimentar
A intoxicação alimentar é uma infecção causada ao consumir alimento contaminado com bactéria patogênica, toxinas, vírus, príons ou parasitas. A contaminação, geralmente, decorre do modo inapropriado de manusear, preparar ou estocar comida. Intoxicação alimentar também pode ser causada ao adicionar pesticidas ou medicamentos ao alimento, ou ao acidentalmente consumir substâncias naturalmente venenosas como alguns cogumelos e peixes. O contato entre alimento e pestes, especialmente moscas, ratos e baratas, também é causa de contaminação do alimento. A boa higiene antes, durante e depois da preparação do alimento pode reduzir as chances de sofrer intoxicação alimentar. 13.10.1.1 Sinais e Sintomas de Intoxicação Alimentar
Os sintomas de intoxicação alimentar, geralmente, começam várias horas depois da ingestão e, dependendo do agente envolvido, pode incluir alguns dos seguintes aspetos:
Enjoo Vômito Diarreia Suor abundante (sudorese) Palidez Febre Dor no abdome por irritação gástrica ou por cólica intestinal
13.10.1.2 Procedimentos
No tipo de intoxicação alimentar se deve: Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 270
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Manter a vítima deitada após o vômito. Não dar remédio para interromper a diarreia. Procurar orientação médica. Iniciar o mais rápido possível a reidratação, com o soro caseiro.
13.10.1.2.1 Soro Caseiro
Hoje em dia, já há nos postos de saúde a mistura do soro caseiro, sendo necessário somente acrescentar água para o soro estar pronto para o consumo. A função do soro caseiro, dado por via oral, é repor água e sais minerais perdidos com os vômitos e diarreia. O soro deve ser tomado à vontade, a cada 20 minutos, e após cada evacuação líquida ou vômito. Caso não tenha sache com soro caseiro pronto, há duas formas de fazê-lo:
1ª Preparo do Soro Caseiro com Colher Padrão Para evitar erros na concentração, preconiza-se a utilização de uma colher-padrão (disponível em todo posto de saúde) que apresenta as medidas corretas para a preparação do soro:
Duas medidas rasas de açúcar (medida maior da colher-padrão); Uma medida rasa de sal (medida menor da colher-padrão); Um copo (200 ml) de água filtrada e/ou fervida.
2ª Preparo do Soro Caseiro sem Colher Padrão O soro não deve ser nem mais doce do que água-de-coco ou mais salgado que lágrima. Caso não se disponha de colher-padrão, pode ser feito o soro da seguinte forma:
Modo 1: com uma balança de cozinha - 40g de açúcar; - 3,5g de sal; - 1 litro de água filtrada e/ou fervida. Modo 2: com as próprias mãos - três pitadas de açúcar (alguns textos descrevem como um punhado); - uma pitada (de três dedos) de sal; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 271
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- um copo (200 ml) de água filtrada e/ou fervida. Obs.: Não se esqueça de lavar as mãos antes de preparar o soro! 13.10.1.3 Prevenção para Intoxicação Alimentar
São muitas as providências que auxiliam a prevenir a intoxicação alimentar como: Consumir só produtos, cujo rótulo contenha tanto o registro do órgão fiscalizador quanto o prazo de validade. Conservar alimentos cozidos, de um dia para o outro, na geladeira. Desprezar latas amassadas, enferrujadas, estufadas ou que apresentam espuma ou vazamento. Só comprar e consumir carnes vermelhas ou brancas e frutos do mar (camarões, ostras, mexilhões) que estejam frescos, e cuja srcem seja conhecida.
13.10.2 Intoxicação Medicamentosa
A intoxicação medicamentosa pode ocorrer quando alguém ingere quantidade excessiva de um medicamento, mistura vários medicamentos ou até quando toma remédios fora do prazo de validade. Os sinais e sintomas variam conforme o tipo de medicamento e a via de penetração (boca, injeção no músculo ou na veia, pele etc.), a quantidade ingerida e a sensibilidade de cada organismo. É importante saber que um medicamento injetado age no organismo de forma muito mais rápida do que um medicamento ingerido. 13.10.2.1 Sinais e sintomas de Intoxicação por Medicamentos
Como visto anteriormente, os sinais e sintomas de intoxicação medicamentosa variam, mas de modo geral os sintomas e sinais são: Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 272
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Azia Náuseas e vômitos Diarreia Sonolência Sensação de fraqueza Suor Palidez Inconsciência Dificuldade respiratória Parada cardiorrespiratória
Havendo alguma suspeita de intoxicação por medicamentos (confirmada pelas informações da vítima ou de testemunhas que estejam próximas, pelos sinais e sintomas ou pela presença de medicamentos nas proximidades da cena), independentemente da causa, deve-se providenciar assistência médica imediata. 13.10.2.2 Procedimentos
Enquanto se aguarda o atendimento especializado deve-se:
Manter a vítima aquecida; Observar o ritmo da respiração e a frequência cardíaca, e se identificar algum problema, realizar os procedimentos necessários (Parada Cardiorrespiratória); Sempre que possível, levar para o médico a embalagem ou o nome do medicamento que causou a intoxicação e informações, mesmo que aproximadas, sobre a quantidade ingerida.
13.10.2.3 Prevenção
Há algumas medidas que devem ser tomadas para evitar a intoxicação por medicamentos como:
Apenas usar medicamentos se houver orientação médica e jamais indicá-los para alguém, só porque eles surtiram efeitos em você ou em algum conhecido. Guardar os medicamentos em locais fora do alcance das crianças. Manter os medicamentos sempre em suas embalagens originais, preservando o rótulo e observando tanto o prazo de validade quanto as condições ideais para o armazenamento.
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13.10.3 Intoxicação Por Substâncias Químicas
A intoxicação por substâncias químicas pode ocorrer por ingestão (via oral), inalação (via respiratória) e pelo contato direto com a pele.
13.10.3.1 Ingestão
Sinais e sintomas de Ingestão de Substâncias Químicas
Respiração ou hálito com cheiro de veneno ou tóxico; Mudança de cor de lábios (que podem ficar descorados e, em uma fase mais tardia, apresentar um tom azul-escuro causado por falta de oxigenação); Dor ou sensação de ardência na garganta e no estômago; Inconsciência, perturbação mental ou mal-estar súbito; Vômito.
A suspeita é reforçada quando existe a possibilidade de uma pessoa ter tido acesso a venenos ou quando forem encontrados frascos de veneno no local. Deste modo, deve-se agir com rapidez antes que o veneno seja absorvido pelo organismo e o atendimento médico deve ser providenciado com urgência. Procedimentos
Se a vítima estiver inconsciente deve-se: Eliminar da boca da vítima o resto de vômito e de alimento, retirando também a prótese dentária (se houver), de modo que ela não sufoque. Deixar a vítima em repouso e agasalhada até a chegada do socorro médico. Prevenção
Para evitar a intoxicação por ingestão de produtos químicos deve-se: Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 274
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Manter venenos, ácidos, tintas e outras substâncias tóxicas nas embalagens srcinais e, quando for necessário mudar de frasco, providenciar rótulos que identifiquem os produtos. Guardar sempre as substâncias tóxicas longe do alcance das crianças.
13.10.3.2 Inalação
Sinais e Sintomas de Inalação de Substâncias Químicas
Podem ser entendidos como sinais e sintomas de inalação de substancias químicas: Dor de cabeça; Sonolência; Enjoo; Fraqueza muscular; Respiração difícil; Inconsciência (em casos graves); Mudança da cor da pele (em casos graves). Em atendimentos a vítimas de intoxicação por inalação, deve-se tomar cuidado para não se transformar em mais uma vítima, expondo-se a intoxicação. Procedimentos
Em situações de intoxicação identificada em uma pessoa, alguns procedimentos devem ser observados como: Afastar imediatamente a vítima do ambiente contaminado e levá-la para um local arejado; Observar o pulso e respiração, adotando os procedimentos adequados caso haja necessidade. (Caso haja uma parada cardiorrespiratória); Manter a vítima quieta e agasalhada; Encaminhá-la imediatamente para o atendimento médico. Prevenção
Os casos de inalação de substâncias químicas podem ser evitados se foram tomados alguns cuidados como:
Fechar o registro de gástóxicas após o(querosene, uso; Ao utilizar substâncias produtos de limpeza etc.) abrir portas e janelas para deixar sair o cheiro do veneno; Não deixar o carro ligado em ambiente fechado; Ao trabalhar com substâncias químicas sempre utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados ao tipo de trabalho e da substância.
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13.10.3.3 Contato Direto com a Pele
Há substâncias que penetram no organismo por meio da pele, como: inseticidas usados na lavoura, tintas e vários outros produtos químicos. Em contato com a pele, algumas dessas substâncias são absorvidas sem provocar lesões aparentes. Outras, no entanto, podem causar queimaduras. Queimaduras por contato direto com Substância Química
Caso ocorram queimaduras por contato com substância química deve-se:
Retirar da vítima as roupas contaminadas pela substância e colocá-las em um saco, identificando-o como material contaminado. Lavar a pele da vítima com bastante água (de chuveiro, torneira oumangueira); Encaminhar a vítima ao médico.
13.10.4 Intoxicação Por Drogas
13.10.4.1 Overdose
A overdose é também denominada como superdose ou dose excessiva. Overdose é um termo, em inglês, utilizado cientificamente para indicar a exposição do organismo a alta dose de uma ou mais substâncias químicas, lícitas ou ilícitas, tais como: drogas de abuso, medicamento, álcool, ou alguma outra substância.
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Esta dose excessiva é capaz de provocar efeitos adversos agudos, físicos e/ou mentais, acusando sintomas clínicos que debilitam o organismo, levando à falência de órgãos vitais, como coração e pulmões, causando graves consequências ao indivíduo, inclusive a morte. Geralmente, liga-se o termo overdose à droga de abuso, e à dependência química, porém sabe-se que o corpo humano tem seus limites, e várias substâncias. quando utilizadas acima do que este possa suportar, poderão desencadear reações imprevisíveis e desagradáveis. Fisiologicamente o que ocorre?
A metabolização, ou seja, a eliminação da droga ingerida, geralmente, é feita pelo fígado. Nesta metabolização, as drogas são decompostas, resultando em outros compostos mais simples e menos tóxicos que estas. Quando a ingestão é maior que a velocidade de metabolização, ocorre no corpo um acúmulo de substâncias tóxicas (intoxicação), alcançando níveis capazes de provocar parada cardíaca ou respiratória, ou ainda depressão total do SNC (Sistema Nervoso Central), sendo fatal. Como exemplo pode-se citar o álcool, quando o nível de ingestão atinge 0,4% a 0,5% no sangue, equivalendo a 600 ml de uísque bebido em um período igual ou inferior a 60 minutos, provoca o coma. Quando o nível ingerido atinge 0,6% a 0,7%, o equivalente a 750 ml, no mesmo período de tempo, todo o cérebro e medula entram em depressão profunda, provocando paralisia do centro respiratório e, consequentemente, a morte. Já a quantidade suficiente de cocaína capaz de causar uma overdose, seguida de parada cardíaca é de 1,2 g, porém os usuários desenvolvem tolerância. Sinais de overdose
Normalmente, os efeitos podem variar de indivíduo para indivíduo, devido aos vários fatores, tais como: tipo de droga ingerida, quantidade desta, via de administração utilizada, procedência da droga, constituição física e psicológica, circunstâncias em que ocorre a overdose. No entanto, de um modo geral, são: problemas respiratórios e perda de consciência. A overdose pode ser acidental, provocada, fatal ou não, porém torna-se difícil estabelecer um critério para cada uma dessas situações, uma vez que na grande maioria dos casos, ela ocorre quando o usuário busca maiores efeitos, e perde o controle das doses, encaminhando-se às vezes, acidentalmente, e outras vezes consciente do risco que corre para quadros que poderão levá-lo à morte. A overdose é hoje uma das principais causas de morte entre os dependentes químicos. Um grande número de mortes por overdose poderia ser evitado, desde que o indivíduo em crise por overdose recebesse socorro adequado e imediato de um atendimento especializado. Devese ressaltar que os amigos ou a(s) pessoa(s) que o socorrem terão o direito ao anonimato, não correndo o risco de serem delatados. Uma das coisas que não se deve fazer é provocar vômitos, o que em caso de overdose não auxiliaria, e seria ainda mais prejudicial. O ideal é que sempre se procure um serviço médico especializado, com profissionais preparados para esse tipo de atendimento, em que se encontra na rede hospitalar pública ou privada. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 277
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13.10.4.2 Intoxicação
O Consumo de Drogas (Álcool, Maconha, Cocaína, etc.) vem aumentando significativamente a cada dia, por mais que se comprovem os malefícios por elas causados. As reações ao uso variam conforme o tipo de droga e a quantidade consumida, considerando-se também o estado geral de cada usuário. De todas as formas, o álcool é a droga mais consumida. E seus efeitos podem se tornar muito mais graves, quando o uso for combinado ao de outras drogas. De um modo geral, as reações se assemelham em qualquer que seja o tipo de droga consumido. Sinais e Sintomas do uso excessivo de drogas
Os principais sinais e sintomas do uso excessivo de drogas são:
Agitação Motora ou Sonolência/Inconsciência; Alucinações; Respiração Acelerada (podendo evoluir para respiração lenta); Batimentos cardíacos acelerados (que podem se tornar lentos); Salivação Excessiva; Suor Abundante.
Providências
No tratamento de emergência, deve-se:
Observar o nível de consciência, ficando atento para o fato de a vítima se mostrar desorientada e com alucinações. Em caso de agitação, conter a vítima, para evitar que ela machuque a si mesma ou quem estiver próximo. Se a vítima estiver inconsciente, verificar o ABC da vida, ou seja, as vias Aéreas, a Boa respiração e a Circulação. Providenciar atendimento médico de imediato.
Jamais dê líquidos, alimentos ou qualquer medicamento a uma vítima de uso excessivo de drogas, sem orientação médica.
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13.11 Picadas E Mordidas De Animais
Em diversos ambientes há presença de animais peçonhentos e é muito importante tomar certos cuidados com eles, pois as picadas destes podem provocar intoxicação ou envenenamento. Até os animais que partilham o convívio doméstico, às vezes, apresentam diversos riscos para o homem. É muito importante tomar cuidado com os animais, sejam eles domésticos (gato, cachorro) ou não. Com os peçonhentos, então, a atenção deve ser redobrada. Animais peçonhentos ou venenosos são todos aqueles que expelem substâncias tóxicas (venenos) e que têm órgãos específicos para esta inoculação. Entre eles, os mais importantes, pelo número de acidentes que provocam são as serpentes (cobras), os escorpiões e as aranhas.
13.11.1 Serpentes
As serpentes são classificadas em venenosas e não venenosas. A picada das serpentes não venenosas não provoca manifestações gerais, mas pode causar alterações locais, como dor moderada e, eventualmente, discreta inchação. Já uma picada de cobra venenosa, se não forem Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 279
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tomadas as providências imediatas em atendimento, pode levar a vítima à morte. Por isso, é tão importante que todos aqueles que trabalham em espaços confinados, que estão sujeitos à aparição de cobras, tenham informações suficientes que permitam identificá-las. As cobras venenosas distinguem-se das não venenosas por vários fatores. Um deles tem a ver com o comportamento: enquanto as venenosas ficam agressivas e tomam posição para dar o bote na presença de outro animal ou pessoa, as cobras não venenosas se tornam medrosas e fogem. Segundo o Instituto Butantã, aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas é fatal, quando a vítima não é socorrida a tempo. Principais diferenças entre cobras venenosas e não venenosas:
Venenosas
Não Venenosas
Cabeça chata, triangular, bem destacada.
Cabeça estreita, alongada, mal destacada.
Olhos pequenos, com pupila em fenda
Olhos grandes, com pupila circular, fosseta
verticalnarinas e fosseta loreal entre preto). os olhos e as (quadradinho
lacrimal ausente.
Escamas do corpo alongadas, pontudas, Escamas achatadas, sem carena, dando ao imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio. tato uma impressão de aspereza.
Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo.
Cabeça com placas em vez de escamas.
Cauda curta, afinada bruscamente.
Cauda longa, afinada gradualmente.
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Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se.
Quando perseguida, foge.
Tudo poderá ser facilmente verificado, se houver um animal morto ou imobilizado, que poderá ser examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a situação é bem outra. No entanto, há algumas observações que, geralmente, são possíveis de fazer. 1) Verifique a coloração do corpo do animal que lhe mordeu. Os característicos anéis coloridos das cobras corais são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma cobra coral. A confusão com as serpentes corais falsa é irrelevante, pois não trará nenhum perigo a sua saúde. 2) Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o chocalho típico da cascavel. O chocalho também se ouve: antes de dar o bote, a cascavel balança, vigorosamente, a cauda para espantar com o ruído. Repete-se que o chocalho é muito óbvio e fácil de ser reconhecido. Já a escama eriçada da cauda da surucucu é muito mais difícil de ver. As serpentes crescem rapidamente após o nascimento e alcançam a maturidade após dois anos (as grandes cobras, jiboia e sucuri, após 4 ou 5). Durante suas vidas, os ofídios mudam a pele regularmente e é comum encontrar-se cascas de serpentes abandonadas no campo. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. A finalidade é de advertir a presença e espantar os animais de grande porte, que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto.
Chocalho
3) Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada. 4) Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc.
13.11.1.1 Procedimentos
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Como o veneno se difunde para os tecidos nos primeiros trinta minutos após a picada, a ação precisa ser rápida, seja qual for a cobra que tenha provocado o acidente.
Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma. Retirar anéis se o dedo for atingindo, pois o edema pode tornar-se intenso e produzir garroteamento. Lavar o local com bastante água Compressas de gelo ou água friacorrente. retardam os efeitos do veneno. Mantenha o local da mordida sempre que possível, abaixo do nível do coração. Remover a vítima rapidamente para o local mais próximo, que disponha de soro antiofídico, único tratamento eficiente para combater os males causados por serpentes venenosas.
13.11.1.2 O que não deve ser feito
Os cuidados que devem ser observados incluem não executar certas atividades, como: Não dar álcool a vítima, sedativos ou aspirinas. Nunca fazer cortes ou incisões. O uso do torniquete é contraindicado. Não deixe a vítima ir caminhando em busca de atendimento médico, pois quanto mais ela se movimentar mais risco há de o veneno se espalhar pelo organismo. Os primeiros socorros são úteis e importantes até trinta minutos depois da picada, portanto encaminhar a vítima para atendimento médico, com a maior rapidez, é fundamental.
13.11.2 Escorpiões e Aranhas Tanto os escorpiões quanto as aranhas representam perigo não só para o homem, mas também para as próprias espécies, pois estes se devoram mutuamente. São também seus inimigos naturais: pássaros, galinhas, seriemas, corvos e alguns anfíbios, principalmente sapos, e no caso dos escorpiões: e lagartos, camaleões, sapos e pássaros, no caso das aranhas. Ambos têm como característica comum o fato de não serem agressivos e de picarem somente quando molestados ou para se defender. As picadas que provocarem dor intensa podem ser graves. Segundo o instituto Butantã, cerca de 4% das vítimas de ferroadas de escorpião morrem. Quanto maior for o número de ferroadas, mais grave será o envenenamento. 13.11.2.1 Aranhas
Nem todas as aranhas representam perigo de vida. Isto faz tomar pouco cuidado com elas. Algumas espécies, porém, são muito venenosas. Deve-se dar ênfase às precauções, para que as picadas não ocorram.
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Caranguejeira é preta e peluda.
Tarântula é marrom-clara e peluda. Vive nos gramados e jardins.
Armadeira não tem pelos e fica na posição de bote para atacar, apoiada nas pernas de trás e com as da frente levantadas. Sua cor é marrom-café.
A aranha marrom tem o corpo escuro e as pernas mais claras. É pouco agressiva e não causa dor local, assim, a mordida deste aracnídeo pode passar despercebida. Os sintomas aparecem depois de oito a vinte horas, com inchaço local e bolhas são os mais comuns. Nos casos graves, a urina do acidentado fica com uma cor marrom escura. Sintomas
Configura acidente grave o aparecimento de tremores, vômitos, espasmos musculares e dificuldade respiratória. Neste caso, procure assistência médica imediata. Procedimentos
Em caso de acidente com aracnídeos, se for possível apanhar o animal, deve-se leválo junto, quando a pessoa for ao hospital. Deste animal será extraído o antídoto que poderá salvar a vida do acidentado.
Nunca se deve fazer torniquete em um membro picado.
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A vítima deve ser mantida no mais completo repouso para que o veneno não se espalhe no organismo, sendo importante providenciar ou aguardar o atendimento médico.
Lavar o local afetado com água corrente.
13.11.2.2 Escorpiões
O veneno de escorpiões pode levar crianças e pessoas desnutridas à morte. Estes animais têm hábitos noturnos e não são agressivos. Sintomas de uma picada
Os sintomas de uma picada de escorpião são:
Formigamento no local, podendo espalhar-se por todo o corpo. Dor moderada a intensa. Se aparecerem outros sintomas, como taquicardia, aumento da pressão arterial, temperatura baixa, suores intensos seguidos de tremores ou salivação exagerada, enjoos ou vômitos, procure um pronto-socorro. Nas primeiras vinte e quatro horas após a picada do escorpião, a pessoa corre risco de vida.
Procedimentos
Em condições de picada de escorpiões, alguns procedimentos devem ser observados como: Se for possível pegar o escorpião, este deve ser guardado para levar ao médico, que extrairá dele o antídoto contra o veneno da picada. O repouso é importante para que o veneno não se espalhe pelo corpo da vítima. Torniquete não é aconselhado. Aplicação de compressas frias nas primeiras horas. Ir imediatamente à procura de atendimento médico, não espere o aparecimento dos sintomas mais graves. A pessoa acidentada deverá ficar em observação por um período de seis a oito horas.
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13.11.3 Gatos E Cachorros
A raiva, ou hidrofobia, é uma doença viral causada por um RNA vírus do gênero Lyssavirus, transmitida via mordedura, lambida ou arranhadura de um animal infectado. O contato com a urina, fezes ou sangue desses indivíduos, embora menos frequentes, são outras formas de contágio, sendo o período de incubação compreendido entre um mês e um ano após a exposição. Apesar de ser associada a cães de rua, a raiva pode ser transmitida por diversos outros mamíferos, como morcegos e macacos, tanto urbanos quanto selvagens. O quadro se agrava em pouco tempo, levando o indivíduo a óbito em mais de 99% dos casos, se as devidas providências pós-exposição não forem tomadas. 13.11.3.1 Animal Raivoso
Pode-se reconhecer um animal raivoso quando este:
Mostra alteração no comportamento. Apresenta boca espumante com baba. Fica impossibilitado de comer e de beber. Repele a claridade. Morre no período de cinco a sete dias após ter contraído a doença.
Sinais e Sintomas
Os principais sinais e sintomas de uma pessoa contaminada são:
Dor de cabeça. Febre. Mal-estar geral. Dor e dificuldade para engolir. Intolerância ao vento e à luz. Convulsão e paralisia respiratória (em situações graves).
Caso um animal com suspeita de raiva morda uma pessoa, este não deve ser sacrificado, mas precisa ser confinado e observado por dez dias. Se nesse período não manifestar sinais da Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 285
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doença, pode ser solto. E a pessoa mordida por este animal pode ficar tranquila, pois não corre perigo. No entanto, se o animal apresentar algum sinal indicativo de raiva (hidrofobia), fugir ou morrer, a vítima tem que ser tratada o mais rápido possível. Há também para diagnóstico, a análise de material córneo ou epidérmico, sendo também requeridos exames salivares ou sanguíneos. Providências
O tratamento de emergência consiste em: Lavar o ferimento com bastante água e sabão. Encaminhar a vítima para o posto de saúde mais próximo. Lá serão tomadas as providências cabíveis. Prevenção
Quanto à prevenção, é necessário evitar o contato com animais selvagens e de rua, bem como vacinar cães, gatos, e outros animais de convívio com pessoas. Biólogos, veterinários e outros profissionais que têm contato direto com mamíferos devem fazer o uso da vacina preventiva.
13.12 Ferimentos
13.12.1 Contusão
A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão dos tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, conta os ossos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 286
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Em alguns casos, quando a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos sanguíneos na região, srcinando um hematoma. 13.12.1.1 Procedimentos
Em situação de lesão, alguns procedimentos podem ser tomados como: Manter em repouso a parte contundida. Aplicar compressas frias ou saco de gelo até que a dor melhore e a inchação se
estabilize. Caso utilize o gelo, deve-se proteger a parte afetada com um pano limpo para evitar queimaduras na pele.
13.12.2 Escoriações
As consideradas escoriações são lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas, apresentando solução de continuidade do tecido, sem perda ou destruição do mesmo, com sangramento discreto, mas que costumam ser extremamente dolorosas. Não representam risco à vítima, quando isoladas. Geralmente, as escoriações são causadas por instrumento cortante ou contundente. As escoriações acontecem quando o objeto atinge apenas as camadas superficiais da pele. Esse tipo de ferimento acontece, geralmente, em consequência de quedas, quando a pele de certas partes do corpo sofre arranhões em contato com as asperezas do chão, que são as escoriações mais frequentes. 13.12.2.1 Procedimentos
Em situações que se identificam escoriações, alguns procedimentos precisam ser observados, como: Lavar as mãos com água e sabão e protegê-las para não se contaminar. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 287
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Lavar a ferida com água e sabão para não infeccionar. Secar a região machucada com um pano limpo. Verificar se existe algum vaso com sangramento. Se houver, comprimir o local até cessar o sangramento. Proteger o ferimento com uma compressa de gaze ou um curativo pronto. Caso não seja possível, usar um lenço ou pano limpo. Prender o curativo ou pano com cuidado, sem apertar nem deixar que algum nó fique
sobre ooferimento. Manter curativo limpo e seco.
As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e também evitar contaminação. Lembre-se: Em casos graves, depois do curativo feito deve-se encaminhar a vítima para atendimento médico.
13.12.3 Amputações As amputações são definidas como lesões em que há a separação de um membro ou de uma estrutura protuberante do corpo. Podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou por forças de tração. O reimplante é a primeira opção para pessoas que perderam um membro (se houver esmagamento em qualquer parte do membro, as chances de reimplante diminuem). A primeira providência, ao presenciar esse tipo de acidente, é ligar para 193 (serviço de resgate móvel). Se a cidade dispuser de SAMU (Serviço de Atendimento Municipal ao Usuário), deve-se ligar para 192. 13.12.3.1 Procedimentos
Em situações em que se identifique amputação de um membro, os procedimentos a serem observados incluem:
Chamar ajuda : tempo é crucial nesse tipo de trauma. Quanto mais rápido for feito o atendimento, maiores as chances de sucesso no reimplante. Primeiro chamar o socorro e depois cuidar da vítima.
Assistência à vítima : Se a vítima estiver consciente fazer o possível para acalmá-la. Providenciar compressas (panos limpos) e fazer compressão no local da amputação, isso evita grandes perdas sanguíneas, pois com a ruptura de vasos a hemorragia é constante.
Compressas: Envolver a parte amputada em panos limpos. Muito Importante: não trocar os panos usados para fazer a compressão. Desse modo, a equipe médica poderá dimensionar a perda sanguínea.
Recuperar o membro: Colocar o membro dentro de dois sacos plásticos.
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Isopor e gelo : Colocar o membro embalado dentro de um isopor com gelo e tampar, caso haja tampa. Nunca colocar a parte amputada diretamente em contato com o gelo, pois isso pode causar morte celular e não haverá possibilidade de reimplante.
Encaminhar para hospital: Enviar o seguimento com a vítima na ambulância. Caso isso não seja possível, deve-se ter o cuidado de
enviar a parte amputada para o mesmo hospital em que a vítima está sendo atendida. É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna ou mesmo estado de choque.
13.12.4 Ferimentos No Tórax Os ferimentos no Tórax podem ser muito graves, principalmente, se os pulmões forem atingidos. Quando o pulmão é atingindo de forma a ter um orifício de tamanho considerável na parede do tórax, pode-se ouvir o ar saindo ou ver o sangue que sai borbulhando por esse mesmo orifício. 13.12.4.1 Procedimentos
Em situação em que se pode identificar existência de ferimentos no tórax, alguns procedimentos devem ser observados como: Utilizar um pedaço de plástico limpo ou gazes. Fazer curativo de três pontas (três lados fechados e um lado aberto). Encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico. O curativo impedirá a entrada de ar na inspiração, mas permitirá a saída de ar na expiração.
Caso não se consiga fazer o curativo de três pontas, deve-se cobrir o ferimento todo com uma compressa ou um pano limpo e levar a vítima imediatamente para o hospital. Atenção: a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato em que terminou uma expiração, ou seja, após a saída do ar.
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13.12.5 Ferimentos No Abdome Os ferimentos profundos no abdome costumam ser graves, podendo atingir algum órgão abdominal. Dependendo do tipo de ferimento, este pode perfurar a parede abdominal, deste modo, partes de algum órgão (ex: intestino) podem vir para o exterior. Neste caso, não tente de forma alguma colocá-los no lugar. 13.17.5 .1Procedimentos
Em condição de identificação de ferimentos no abdome, alguns procedimentos devem ser observados, como: Chamar atendimento especializado (SAMU 192, Bombeiros 193). Cobrir as partes expostas com panos limpos, umedecidos com água e mantidos úmidos.
Nunca se devemalgodão), cobrir osque órgãos expostos com material aderentes (papel, toalha, papel higiênico, deixam resíduos difíceis de serem removidos. Caso tenha algum objeto encravado não se deve tentar retirá-lo.
13.12.6 Ferimentos Nos Olhos Os olhos são órgãos muito sensíveis e, quando feridos, somente um especialista dispõe de recursos para tratá-los. Portanto, é importante tomar muito cuidado para não ferir ainda mais os olhos, que estiverem sendo tratados. 13.17.6.1 Procedimentos
Em situação de ferimentos nos olhos, alguns procedimentos devem ser observados, como: Nunca retirar dos olhos um objeto, que esteja entranhado ou encravado. Cobrir os olhos com gazes ou pano limpo. Prenda o curativo com duas tiras de esparadrapos, pois esta ação evitará mais irritação. Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não deve ser feita, quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.
13.12.7 Ferimento com Objeto Encravado
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Quando houver ferimento causado por faca, canivete, lasca de madeira, vidro ou outro objeto e algum objeto ficar encravado, em princípio ele não deve ser retirado, pois isso pode provocar hemorragias graves ou lesão de nervos e músculos próximos à região afetada.
13.13 HEMORRAGIA
Hemorragia é a perda de sangue que acontece quando há rompimento de veias ou artérias, provocado por cortes, amputações, esmagamentos, fraturas, úlceras, tumores e outras situações. As hemorragias podem ser classificadas, inicialmente, em arteriais e venosas e, para fins de primeiros socorros, em internas e externas. A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em três a cinco minutos. O sangue de uma hemorragia pode sair como fluxo contínuo e não muito intenso (sangramento venoso) ou pode esguichar em ondas, que correspondem aos batimentos cardíacos. Esta segunda situação é a característica de um ferimento arterial e precisa de maior atenção. Como visto, as hemorragias podem ser externas ou internas. As externas são aquelas em que ocorre o derramamento de sangue para fora do corpo, sendo esta situação o caso dos cortes ou esmagamentos. Já nas hemorragias internas, o sangue se acumula dentro das cavidades do corpo. A hemorragia interna é provocada por ferimentos no fígado, no baço, no cérebro e outros órgãos.
13.13.1 Hemorragia Externa
Hemorragia externa é causada pela perda de sangue alterando o fluxo normal da circulação devido ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou artéria). Se não for prestado atendimento, esta condição pode levar ao estado de choque. Uma hemorragia externa não controlada pode até mesmo causar a morte em três a cinco minutos. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 291
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13.13.1.1 Sinais e Sintomas
Identificam-se como sinais e sintomas da hemorragia: Sangramento visível; Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea; Palidez de pele e mucosa. 13.13.1.2 Procedimentos
Em situação de hemorragia, alguns procedimentos devem ser tomados, como: Comprimir o local usando um pano limpo. (Quantidade excessiva de pano pode mascarar o sangramento); Manter a compressão até os cuidados definitivos; Se possível, elevar o membro que está sangrando; (Nunca eleve o membro se existir a possibilidade de fratura.) Não utilizar qualquer substância estranha para coibir o sangramento; Encaminhar para atendimento hospitalar.
Se essas medidas não forem suficientes, então se faz necessário comprimir a artéria afetada um pouco acima da lesão. 13.13.1.3 Regiões para compressão das Artérias
De acordo com as figuras a seguir, observe as regiões que pode ser utilizada compressão:
Nunca use torniquete. O uso de torniquete pode levar a amputação cirúrgica do membro, caso não seja afrouxado corretamente e no tempo certo.
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13.13.2 Hemorragia Interna
A hemorragia interna é o extravasamento de sangue para o interior do corpo. Geralmente, precedido de história de trauma no abdome ou tórax, como socos, contusão do tórax no volante em acidente automobilístico e outros. Uma contusão ou fratura de costela pode lesar uma artéria do pulmão, causando hemorragia pulmonar. No abdome, uma compressão externa, por um dos motivos acima citados, pode romper o baço, fígado, rins ou intestino fazendo-os sangrar internamente. Pode ainda haver "explosão" de órgãos ocos como estômago, intestinos e bexiga. 13.13.2.1 Sinais e Sintomas
As hemorragias internas, geralmente, não são fáceis de serem identificadas, mas alguns sinais e sintomas podem ser observados: Sangramento geralmente não visível; Nível de consciência variável dependendo da intensidade e local do sangramento; Sangramento pela urina; Sangramento pelo ouvido; Palidez; Sede; Fratura de fêmur; Dor com rigidez abdominal; Vômitos ou tosse com sangue; Aumento dos batimentos cardíacos; Traumatismos ou ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou abdome. 13.13.2.2 Procedimentos
Havendo identificação de sinais e sintomas desta situação de hemorragia interna, alguns procedimentos devem ser realizados como:
Chamar urgente o atendimento hospitalar especializado; Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais e atuando adequadamente; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Afrouxar a roupa apertada (no pescoço, peito e na cintura); Retirar da boca da vítima, caso haja, prótese dentária, goma de mascar ou qualquer alimento; Observar a respiração e os batimentos cardíacos e, se for necessário, providenciar a reanimação ou respiração artificial.
13.13.2.3 O que não fazer
Da mesma forma que alguns procedimentos em cuidados devem ser observados, em caso de hemorragia há procedimentos que não devem ser realizados como: Não dar qualquer tipo de alimento ou bebida para a vítima, uma vez que esta pode tornar-se inconsciente, vomitar e aspirar ao alimento e/ou água. Se a vítima se queixar muito de sede, molhe um lenço apenas para umedecer a língua. Não retire objetos incrustados no ferimento como gravetos, hastes metálicas (vergalhões, facas, etc.)
13.13.3 Hemorragia Nasal
As hemorragias nasais são muito comuns devido à grande quantidade de vasos sanguíneos no nariz. Quase todas as pessoas já tiveram uma hemorragia nasal pelo menos uma ou várias vezes. A epistáxis (hemorragias nasais) anterior é mais comum nas crianças e nos adultos jovens ao passo que a epistáxis posterior ocorre com mais frequência nos doentes idosos, porque têm vasos frágeis devido a situações como: hipertensão, aterosclerose, distúrbios da coagulação sanguínea ou debilidade dos tecidos. A epistáxis tem dois picos de incidência: dos dois aos dez e dos cinquenta aos oitenta anos de idade. Afeta da mesma maneira ambos os sexos.
13.13.3.1 Sinais e Sintomas
Pode ser visto como sinais e sintomas da hemorragia nasal: Sangramento nasal visível.
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13.13.3.2 Procedimentos
Em condição de hemorragia nasal, alguns procedimentos podem ser feitos, como: Tentar acalmar a vítima; Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe a(s) narina(s) durante cinco minutos; Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco
commesmo gelo; assim a hemorragia não ceder, encaminhar para atendimento hospitalar. Se,
13.14 Entorses, Luxações e Fraturas
Quedas, pancadas e encontrões podem lesar os ossos e as articulações e provocar entorses, luxações ou fraturas.
13.14.1 Entorse A entorse é a separação momentânea das superfícies ósseas articulares, provocando o estiramento ou rompimento dos ligamentos, quando há um movimento brusco. Caso no local afetado apareça mancha escura em vinte e quatro horas ou quarenta e oito horas após o acidente pode ter havido fratura, assim, deve-se procurar atendimento médico de imediato.
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13.14.1.1 Procedimentos
Em situação que ocorra entorse se deve proceder da seguinte forma: Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas; Após este tempo aplicar compressas mornas; Imobilizar o local (por meio de enfaixamento, usando ataduras ou lenços); A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado; Dependendo do caso, encaminhar para atendimento médico.
13.14.2 Luxações As luxações ocorrem por meio da perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas em uma articulação. Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum ocorrer junto com a luxação uma fratura.
13.14.2.1 Sinais e Sintomas
Em condição de luxação é possível identificar os seguintes sinais e sintomas: Dor local intensa; Dificuldade ou impossibilidade de movimentar a região afetada; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 296
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Hematoma; Deformidade da articulação; Inchaço.
13.14.2.2 Procedimentos
Em condição de luxação, alguns procedimentos devem ser observados como:
Manipular o mínimo possível Não colocar o osso no lugar; o local afetado; Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário); Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado; Encaminhar para atendimento hospitalar.
13.14.3 Fraturas Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso. Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de entorse ou luxação sejam atendidas como possíveis fraturas. Existem dois tipos de fraturas:
Fechadas: sem exposição óssea. Expostas: o osso está ou esteve exposto.
13.14.3.2 Procedimentos
Em situação de possibilidade de ter ocorrido uma fratura, deve-se observar alguns cuidados: Manipular o mínimo possível o local afetado; Não colocar o osso no lugar; Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas; Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário); Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado (fratura fechada); Encaminhar para atendimento hospitalar
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13.15 Vertigens, Desmaios e Convulsões
A sensação de um mal-estar e a impressão de tudo girar em volta pode ser resultado de uma vertigem. O desmaio caracteriza-se pela perda temporária e repentina da consciência, causada pela diminuição do sangue. Já na convulsão, a perda da consciência é acompanhada de contrações musculares violentas.
13.15.1 Vertigens
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A vertigem não é uma doença, mas uma manifestação de um problema orgânico ou de um desajuste funcional dos elementos que participam na manutenção do equilíbrio corporal. Deve-se a uma falha na informação recebida pelo cérebro sobre a posição do corpo e os seus movimentos, uma informação proveniente de três fontes: a sensibilidade, que registra a posição das diferentes partes do corpo; a visão, que determina a relação do corpo relativamente ao espaço circundante; e o órgão do equilíbrio do aparelho vestibular, que pressente os movimentos da cabeça. Com a informação proveniente destas fontes, o cérebro pode avaliar o estado estático ou dinâmico do corpo e ordenar os ajustes necessários para manter o equilíbrio. No entanto, se estas fontes de informação falham ou, ainda, se a informação for contraditória, esta causa perturbações funcionais ou orgânicas, de forma que o cérebro não pode elaborar convenientemente os dados que recebe e surge, então, a sensação de vertigem. As causas das vertigens são muito diversas e, em muitos casos, não chega a ser possível determinar a srcem do problema. Classicamente, distingue-se a vertigem devido a um problema no aparelho vestibular do ouvido interno (vertigem periférica) e como tendo a srcem em uma disfunção do sistema nervoso central (vertigem central). O motivo mais habitual da vertigem corresponde a uma alteração no ouvido interno: doença de Ménière, processos inflamatórios (labirintite) ou infecciosos, traumatismos, intoxicações, perturbações vasculares, tumores, entre outras. No entanto, a srcem também pode radicar em lesões ou alterações circulatórias do tronco cerebral e do cerebelo, doenças gerais, problemas oculares e até problemas de natureza psicológica. 13.15.1.1 Causas
As vertigens podem ter diversas causas, como: Alturas elevadas; Mudanças bruscas de pressão atmosférica; Ambientes abafados; Movimentos giratórios rápidos; Mudanças bruscas de posição. 13.15.1.2 Sinais e Sintomas
Sensação de mal-estar; Zumbidos; Surdez momentânea; Vertigem acompanhada de náuseas; Pode manter-se consciente.
13.15.1.3 Procedimento
Diante de um quadro de vertigem, deve-se:
Colocar a vitima deitada de barriga para cima (em decúbito dorsal), mantendo a cabeça sem travesseiro ou qualquer outro apoio. Impedir que a vítima realize qualquer movimento brusco, sobretudo com a cabeça. Afrouxar toda a roupa da vítima para que a circulação sanguínea se restabeleça sem dificuldade. Animar a vítima com palavras confortadoras.
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13.15.2 Desmaios
Os desmaios são vistos como a perda breve e repentina da consciência, geralmente, com rápida recuperação, podendo ocorrer devido a múltiplas causas, desde um simples susto (ansiedade, tensão emocional) até um quadro encefálico. Existe prevalência elevada em pessoas de idade. 13.15.2.1 Causas
Podem ser consideradas causas dos desmaios: Jejum prolongado (hipoglicemia); Permanência em ambiente abafado com muitas pessoas; Condições psicológicas (emoção forte); Fadiga; Condições patológicas (arritmias, infarto do miocárdio, etc.); Grande perda de sangue. 13.15.2.2 Sinais e Sintomas
Configuram-se como sinais e sintomas dos desmaios: Fraqueza; Tontura; Perda da consciência, com queda do paciente; Relaxamento muscular; Pupilas dilatadas; Escurecimento da vista; Sudorese fria; Palidez; Pulso filiforme; Pode apresentar respiração superficial O desmaio pode ser visto como situação grave, quando causado por grandes hemorragias, ferimentos e traumatismos na cabeça. 13.15.2.3 Procedimentos
Ao atender uma pessoa com sensação de desmaio, deve-se:
Colocar a vítima deitada de barriga para cima, com os pés ligeiramente elevados ou sentá-la com a cabeça abaixada. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Conversar com ela, orientando-a para que respire profunda e lentamente. Permanecer ao lado da vítima para, em caso de perda da consciência, fazer a avaliação das vias aéreas, da respiração e da circulação.
Enquanto a vítima estiver inconsciente e respirando normalmente, é aconselhável mudá-la para uma posição lateral mais segura (PLS). Conforme já visto no capítulo 10 item 10.2.2 “Como colocar a vítima em posição lateral.”
Nunca deixe uma pessoa que acabou de se recuperar de um desmaio levantar-se ou andar de súbito, pois o esforço despendido nessas tentativas poderá causar novo desmaio. Não acorde uma pessoa que está inconsciente com atitudes como jogar água fria, colocá-la de pé ou sacudi-la, dar tapas no rosto ou oferecer-lhe substâncias para cheirar.
13.15.3 Convulsões
Convulsões são contrações musculares involuntárias de parte ou de todo o corpo, decorrente do funcionamento anormal do cérebro. Tem duração aproximada de três a cinco minutos. A crise convulsiva pode ter como causa febre muito alta, intoxicações ou, ainda, epilepsia ou lesões cerebrais. 13.15.3.1 Causas
Podem ser vistas como causas das convulsões: Hipertermia; Intoxicações; Epilepsia; Meninge encefalite; Traumatismos crânio-encefálicos; Tumores; Tétano; Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 301
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Lesões cerebrais e etc.
13.15.3.2 Sinais e sintomas
Consideram-se como sinais e sintomas das convulsões: Perda da consciência; Movimentação brusca e involuntária dos músculos; Enrijecimento da mandíbula, travando os dentes; Salivação excessiva; Queda abrupta, em qualquer lugar, com riscos de ferimentos, fraturas e outros tipos de lesões. Pode apresentar cianose devido à dificuldade respiratória relacionada, principalmente, com o tempo de duração da crise; Frequentemente, ocorre relaxamento esfincteriano com micção e/ou evacuação após a crise. 13.15.3.3 Procedimentos
Alguns procedimentos devem ser observados em situações de convulsões: Deitar a vítima ao chão e afastar tudo que esteja ao redor desta e possa machucá-la. Retirar prótese dentária, óculos, colares e outros objetos que possam se quebrar e machucar ou sufocar a vítima. No caso de a vítima ter cerrado os dentes, não tentar abrir a boca. Proteger a língua da pessoa, colocando uma trouxinha de pano ou, se tiver, uma
cânula deaGuedell forçar se os que dentes Afrouxar roupa da(não vítima e deixar ela estiverem se debata travados). livremente. Colocar um pano debaixo da cabeça da vítima para evitar que ela se machuque. Observar a respiração durante e após a crise convulsiva. Encaminhar esta vítima ao médico o mais rápido possível.
Não se deve jogar água ou oferecer algo para cheirar durante a crise Durante uma crise convulsiva, jamais impeça os movimentos da vítima e tampouco dê a ela qualquer líquido ou medicação pela boca.
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13.16 Técnicas para Remoção e Transporte de Acidentados
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de Bombeiros, SAMU entre outros). O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao acidentado. A vítima contar somente deverá ser especializadas transportada com meios nos casos, que não é possível com equipes emtécnica resgatee ou se opróprios, local apresenta um em grande risco de morte. OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte seguro. A melhor forma de transporte de uma vítima é feito por maca. Se por acaso não houver uma disponível no local, esta maca pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga. Porém, em alguns casos, na impossibilidade de uso de maca, o transporte pode ser feito de outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados para não agravar o estado da vítima. A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não há suspeita de lesões na coluna vertebral e bacia.
13.16.1 Transporte em Maca A maca é a melhor maneira de transportar uma vítima, mas dependendo do local em que o acidente tenha acontecido, muitas vezes será necessário improvisar uma. Dessa forma, o mais importante é saber colocar a vítima sobre a maca. A maca improvisada com uma porta ou uma tábua de aproximadamente 50 cm de largura é muito eficiente, usada nos casos de suspeita de lesão da coluna vertebral, com a vítima imobilizada.
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Maca improvisada com porta. Fonte: Senac
Exceto a maca improvisada com porta ou tábua, todas as demais têm como base cabos de vassouras ou galhos de árvores, varas, guarda-chuvas grandes entre outros. O que irá variar é a superfície sobre a qual a vítima será colocada. Para utilizar o transporte em maca feita por varas, é imprescindível que as mesmas sejam resistentes para suportar do peso da vítima. Para transportar para a maca uma vítima com indícios de lesão na coluna ou na bacia, são necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas. Como deve ser feito o transporte para maca:
Em primeiro lugar, alguém coloca a maca bem perto da vítima.
Estando a vítima deitada de barriga para cima, os socorristas se ajoelham ao lado dela e todos, ao mesmo tempo, passam os braços por sobe o corpo da vítima, de modo que ele fique todo no mesmo nível.
Com bastante cuidado, vão levantando a vitima, sem deixar que ele dobre qualquer parte de seu corpo, e a colocam sobre a maca.
Caso a suspeita da coluna seja na cervical, um dos socorristas ou pessoa treinada deverá cuidar, exclusivamente, da cabeça da vítima, de forma a mantê-la estabilizada. Deve-se suspeitar de lesão na coluna, quando a vítima apresentar marcas de trauma no tronco ou ainda das clavículas, ou ainda, se estiver inconsciente. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 304
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Se houver suspeitas de fratura na coluna ou na bacia, a vítima deverá, necessariamente, ser transportada em maca plana e rígida (do tipo porta ou tábua) A seguir são expostos alguns exemplos de como fazer macas improvisadas com cabo(s):
Pegue camisas ou paletós e enfie as mangas para dentro, no caso de paletós ou similares, abotoe-os inteiramente e passe os cabos pelas mangas.
Consiga cobertores, toalhas, colchas ou lençóis e enrole o tecido em torno dos cabos ou dobre as laterais do tecido sobre eles.
Usando sacos de estopa, de aniagem ou náilon trançado, enfie um cabo em cada lateral do saco.
Pegue cintos, cordas ou tiras largas de tecido e amarre-os aos dois cabos, em cada lateral.
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Fonte: Senac
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13.16.2 Transporte Sem Maca Na impossibilidade do uso de maca ou padiola e sendo vital a remoção de uma pessoa acidentada, o transporte terá que ser feito de outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados para não agravar o estado da vitima. 13.16.2.1 Transporte com um socorrista
Transporte de Apoio
Esses são recursos a serem adotados, quando o acidentado está consciente e tem apenas ferimentos leves:
Passar um dos braços da vítima em torno do seu pescoço.
Colocar um de seus braços em torno da cintura da vítima e segurá-la pelo punho. Dessa forma, a vítima pode caminhar apoiada no socorrista.
Transporte nas Costas
De costas para a vítima (que deve estar de pé), passar os braços dela em torno do seu pescoço. Com seu corpo um pouco inclinado para frente, levantar e carregar a vítima.
Se a pessoa tiver condições de se firmar no tronco do socorrista, este poderá usar os braços para segurá-la pelas pernas, o que proporciona maior firmeza durante o transporte.
Transporte nos Braços O transporte nos braços se apresenta como recurso adequado quando a vítima está consciente, porém com ferimentos nos pés ou nas pernas que a impedem de caminhar.
Colocar um braço sob os joelhos e o outro em torno da parte superior do tórax da vítima, e levantá-la. Quanto mais alta for a posição da vítima no colo do socorrista, menos este vai se cansar.
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13.16.2.2 Transporte com dois socorristas
Transporte em cadeirinha Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se manter segura.
Faça a cadeirinha conforme figura. Passe os braços da vítima o redor do pescoço dos socorristas e estes podem levantar a vítima.
Transportes pelas extremidades
Um socorrista segura a vítima por debaixo dos braços e o outro pelas pernas.
Esse tipo de transporte só deve ser feito se não houver suspeita de fraturas na coluna ou nos membros da vítima.
Transporte por cadeira
Sentar a vítima em uma cadeira. Um socorrista segura a cadeira pelas pernas e o outro pelo encosto.
Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas, que apresentam problemas respiratórios.
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13.16.2.3 Transporte com três socorristas
Transporte no Colo Para esse transporte é exigida a presença de três socorristas, e só é valido caso a vítima não tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.
Estando a vítima deitada de barriga para cima, os três socorristas se ajoelham ao lado
dela:pés. um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo aos Pegando a vítima por baixo, em um tempo só, os três a carregam juntos ao tórax.
13.16.2.4 Transporte com quatro socorristas
Semelhante ao de três pessoas. A quarta pessoa imobiliza a cabeça da vítima impedindo qualquer tipo de deslocamento.
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13.17 Corpos Estranhos no Organismo
Corpos estranhos são pequenas partículas de vidro, de madeira, de poeira, de carvão, de areia ou de limalha, bem como de grãos diversos, de sementes, de insetos, de mosquitos, de formigas, de moscas, de besouros, que podem penetrar nos olhos, nariz e ouvidos. Crianças pequenas podem, acidentalmente, introduzir objetos nas cavidades do corpo, em especial no nariz, na boca e nos ouvidos. Estes objetos são, na maioria das vezes, peças de brinquedos, sementes, moedas, bolinhas de papel e grampos. Se houver asfixia, a vítima apresentará pele azulada e respiração difícil ou ausente. Assim, corpo estranho pode ser qualquer material, que entrando em contato com algum local do organismo (olhos, nariz, garganta, pele) pode causar desconforto, ferimento ou prejuízo de alguma função. Um cisco, uma farpa nodedo, um inseto dentro do ouvido, uma espinha de peixe entalada na garganta, um corpo estranho no nariz, a primeira vista, são situações corriqueiras e de fácil solução que, às vezes, a pessoa que presta os primeiros socorros ou a própria vítima pode resolver. Outras vezes, porém estas situações podem provocar problemas sérios, exigindo atendimento especializado. Quando há a presença de um corpo estranho, é de fundamental importância conhecer técnicas apropriadas para cada caso e agir de acordo com elas.
13.17.1 Corpo Estranho nos Olhos
Os olhos são muito delicados e, se atingidos por poeira, areia, insetos ou outros pequenos corpos estranhos, estes podem sofrer irritação, inflamações e ferimentos mais sérios podendo até as vezes acarretar na perda de visão. Mesmo pequenos cortes ou arranhões infeccionam e prejudicam a visão se não forem bem cuidados. São frequentes também os acidentes causados por brinquedos pontiagudos ou que lancem projéteis, por exemplo, espingardas de chumbinho, atiradeiras e arco e flecha.
Se algum corpo estranho ficar encravado no globo ocular, não tente retirá-lo. 13.17.1.1 Procedimentos
Quando um corpo estranho entrar em contato com os olhos deve-se:
Lavar os olhos atingido com água ou soro fisiológico em abundância.
Protegê-lo com gaze ou um pano limpo (de preferência com um curativo macio), mesmo que o corpo estranho lá permaneça. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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Cobrir também o olho não atingido para evitar qualquer movimento do olho afetado. Caso necessário, deve-se encaminhar imediatamente a pessoa para o socorro médico.
Não permita, de forma alguma, que a vítima esfregue o olho afetado, já que esse movimento pode aumentar o ferimento
13.17.2 Corpo Estranho na Pele
Quando corpos estranhos ficam encravados na pele, podem causar ferimentos e infecções. Deve-se remover o corpo estranho com uma pinça limpa ou agulha flambada (aquecida em uma chama até ficar em brasa). Nunca use canivete ou faca. Se o corpo estranho estiver muito encravado e difícil de retirar, encaminhe a vítima ao prontosocorro. Não esqueça, mesmo em casos leves, é melhor encaminhar o paciente ao serviço médico, do que agravar a lesão, principalmente, porque não configura uma emergência. Em qualquer caso de ferimento da pele faça uma limpeza com água e sabão e adote as medidas apropriadas aos casos de ferimento.
13.17.3 Corpo Estranho no Ouvido
A presença de um corpo estranho no ouvido, geralmente, não se constitui em um problema de urgência e, por isso, não há necessidade de afobação ou desespero. Caso o objeto introduzido esteja obstruindo totalmente o ouvido, a vítima sentirá um pequeno mal-estar por ouvir menos. Deste modo, a ida ao médico poderá ser providenciada com calma. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 311
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Quando o corpo estranho for um inseto, este provocará um ruído que desespera a vítima, podendo gerar estado de inquietação e de irritabilidade. Neste caso, deve-se agir rápido para aliviar de imediato a vítima. 13.17.3.1 Procedimentos 13.17.3.1.1 Retirada de Inseto
Caso o corpo estranho seja um inseto:
Deve-se puxar a orelha para trás e dirigir o facho de luz, sendo uma lanterna, por exemplo, para o canal auditivo. Isso serve para atrair o inseto. O inseto atraído pela luminosidade, deverá sair com certa facilidade.
Caso o inseto permaneça no ouvido, pingue uma gota de azeite e procure atendimento médico para que possa ser realizada uma lavagem do ouvido e a consequente retirada de inseto.
13.17.3.1.2 Retirada de Grãos de Cereais ou Fragmentos Metálicos
Caso o corpo estranho seja um grão de cereal ou algum fragmento metálico, para retirá-lo deve-se:
Inclinar a cabeça da vítima para baixo e para o lado do ouvido atingido.
Com o punho ou a vítima ou o socorrista devem dar leves toques na cabeça no lado do ouvido afetado pelo corpo estranho.
Não se deve tentar retirar corpo estranho do ouvido com cotonete, pinça ou outro instrumento qualquer, pois corre-se o risco de empurrá-lo ainda mais para dentro. Ele pode atingir o tímpano, perfurando-o, podendo provocar até surdez.
13.17.4 Corpo Estranho no Nariz
Quando o órgão em que se encontra um corpo estranho for o nariz, deve-se comprimir a narina que esteja livre e pedir que a vítima mantenha a boca fechada e tente expelir ar pela narina tampada. É necessário avisar a vítima para que não assoe o nariz com muita violência. Isto poderia ferir a cavidade nasal. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 312
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Em nenhuma hipótese deve-se introduzir algum instrumento na narina atingida. Isso pode provocar outras complicações ou empurrar o que está obstruindo ainda mais para dentro. É comum crianças muito pequenas introduzirem corpos estranhos no nariz. Se a pequena vítima não souber assoar o nariz sozinha, deve-se encaminhar a criança ao pronto-socorro imediatamente, pois o objeto pode estar prejudicando a respiração.
13.17.5 Corpo Estranho na Garganta Um corpo estranho localizado na garganta pode provocar obstrução (completa ou incompleta) das vias aéreas. Na obstrução incompleta, o ar continua passando pelas cordas vocais e a vítima consegue emitir sons e tossir. Já na obstrução completa, o ar deixa de passar pelas cordas vocais e a vítima, além de não emitir qualquer tipo de som, apresenta uma coloração arroxeada. Em qualquer das duas situações, a primeira providência a se tomar é acalmar a vítima, para que se possa proceder da forma mais eficaz. 13.17.5.1 Procedimentos 13.17.5.1.1 Obstrução incompleta
Em casos de obstrução incompleta deve-se:
Encorajar a vítima a tossir para expelir o corpo estranho sem, no entanto, bater nas costas desta.
Encaminhá-la para atendimento médico, caso a medida adotada não surta efeito.
13.17.5.1.2 Obstrução Completa (Vítima Consciente)
Em casos de obstrução completa em uma vítima consciente deve-se:
Abraçar a vítima pelas costas, posicionando as mãos acima do umbigo dela.
Realizar compressões para dentro e para cima do abdome da vítima, observando se ela expele o corpo estranho.
É importante saber que sendo esta vítima uma gestante ou uma pessoa obesa, as compressões devem ser feitas no tórax, no mesmo local da massagem cardíaca (o osso esterno, na linha entre os mamilos). Se a manobra das compressões não der resultado, provavelmente, a vítima perderá a consciência, pela falta de oxigênio no cérebro. 13.17.5.1.3 Obstrução Completa (Vítima Inconsciente)
Caso a vítima de obstrução completa fique inconsistente, será necessário: Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento Profissional Ltda. Lei 9.610/98. Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-13 313
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Deitá-la no chão (de barriga para cima).
Posicionar as mãos sobre o umbigo dela e realizar cinco compressões no abdome, para dentro e para cima, tentando expulsar o corpo estranho.
Logo após a quinta compressão, abrir a boca da vítima e tentar visualizar o corpo estranho.
Se conseguir vê-lo, procurar retirá-lo, passando o dedo indicador (protegido) pela lateral do objeto e puxando-o de trás para frente.
Mesmo após a expulsão do corpo estranho, a vítima pode continuar inconsciente. Nesse caso, deve-se verificar se a respiração e pulso da vítima, para identificar se a pessoa está em parada cardiorrespiratória. Estando a vítima em Parada Cardiorrespiratória, é preciso iniciar os procedimentos cabíveis. 13.17.5.1.4 Obstrução em Bebês
Para desobstruir as vias aéreas de um bebê deve-se:
Sentar-se e apoiar o braço direto sobre a perna direita ou braço esquerdo sobre a perna esquerda.
Colocar o bebê sobre o braço apoiado, de barriga para baixo e ligeiramente inclinado.
Com a mão, manter a boca do bebê aberta, para desobstruir as vias aéreas.
Dar cinco palmadas nas costas do bebê, no sentido do chão. Se a manobra não surtir efeito, virar o bebê, de barriga para cima, apoiado no outro braço, mantê-lo ligeiramente inclinado e fazer cinco compressões no tórax, usando apenas dois dedos, na mesma região da massagem cardíaca externa.
Verificar se há algum corpo estranho na boca do bebê e proceder da mesma forma que com um adulto. (Retirando de dentro para fora).
Repita a manobra quantas vezes forem necessárias.
Providenciar socorro médico ou remoção realizando a manobra de reanimação durante o transporte.
Nunca se deve introduzir o dedo na boca de uma vítima consciente, quando o corpo estranho não estiver visível.
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13.18 AVC - Acidente Vascular Cerebral / Derrame
O acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, pode ser de dois tipos: a)
Acidente Vascular Isquêmico – falta de circulação nem uma área do cérebro provocada por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes.
b)
Acidente Vascular Hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas coagulação do ou sangue, traumatismos. Pode ocorrer em pessoas mais jovens ena a evolução é mais grave.
13.18.1 Sinais e Sintomas a) Acidente Vascular Isquêmico
Perda repentina da força muscular e/ou da visão; Dificuldade de comunicação oral; Tonturas; Formigamento nem um dos lados do corpo; Alterações da memória.
Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios, sendo denominado de ataque isquêmico transitório (AIT). Nem por isso tais situações deixam de exigir cuidados médicos imediatos.
b) Acidente Vascular Hemorrágico
Dor de cabeça; Edema cerebral; Aumento da pressão intracraniana; Náuseas e vômitos; Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico. Curso NR-13 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO
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13.18.2 Recomendações
Controle a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Hipertensos e diabéticos exigem tratamento e precisam de acompanhamento médico permanente. Pessoas com pressão e glicemia normais raramente têm derrames;
Procure manter abaixo de 200 o índice do colesterol total. Às vezes, só se consegue esse equilíbrio com medicamentos. Não os tome nem deixe de tomá-los por conta
própria. Ouça sempre a orientação de um médico; Adote uma dieta equilibrada, reduzindo a quantidade de açúcar, de gordura, de sal e de bebidas alcoólicas;
Não fume. Está provado que o cigarro é um fator de alto risco para acidentes vasculares;
Estabeleça um programa regular de exercícios físicos. Faça caminhadas de 30 minutos diariamente;
Informe seu médico se em sua família houver casos doenças cardíacas e neurológicas como o AVC;
Procure distrair-se para reduzir o nível de estresse. Encontre os amigos, participe de atividades culturais, comunitárias, etc.
13.18.3 Fatores de risco Os fatores de risco para AVC são os mesmos que provocam ataques cardíacos, como:
Hipertensão arterial; Colesterol elevado; Fumo; Diabetes; Histórico familiar; Ingestão de álcool; Vida sedentária; Excesso de peso; Estresse.
13.18.4 Procedimentos Acidente vascular cerebral é uma emergência médica. O paciente deve ser encaminhado imediatamente para atendimento hospitalar. Trombolíticos e anticoagulantes podem diminuir a extensão dos danos. A cirurgia pode ser indicada para retirar o coágulo ou êmbolo (endarterectomia), aliviar aInfelizmente, pressão cerebral ou cerebrais revascularizar veias ou artérias células não se regeneram nemcomprometidas. há tratamento que possa recuperá-las. No entanto, existem recursos terapêuticos capazes de ajudar a restaurar funções, movimentos e fala e, quanto antes começarem a ser aplicados, melhores serão os resultados.
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13.19 Telefones Úteis
CORPO DE BOMBEIROS (RESGATE) ......................................................................... 193 AMBULÂNCIA SAMU...................................................................................................... 192 POLÍCIA MILITAR............................................................................................................ 190 POLICIA RODOVIÁRIA FEDERAL.................................................................................. 191 CENTRO DE INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS........................................0800-643-5252 EM CASO DE INTOXICAÇÃO LIGUE............................................................0800-721-3000
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ROMAGNOLI, M. Instrumentação e Elementos de Controle de Caldeiras Água tubulares, 1ª edição, Ed. Funec, Santa Fé do Sul– SP, 2010. RUBENS, E.P.; Manutenção de Caldeiras, 1ª edição, Ed. UFP, Passo Fundo– RS, 2012. SANTIAGO, E.F.; Vasos de Pressão, 1ª edição, Ed. Senai, São Paulo– SP, 2008. SILVA, D.B.; Manual de Primeiros Socorros, 1ª edição, Ed. Unifenas, Alfenas – MG, 2007. VATALINI, M.R.; Descarte de Produtos Químicos, 1ª edição, Ed. Virtus, Vinhedo – RS, 2010.
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