TREINAMENTO
Treinamento de PLC – Básico
Prefácio
A Omron Eletrônica do Brasil Ltda - Divisão de Automação, está presente no mercado nacional desde 1979, fornecendo produtos de automação industrial e de processos. Com a preocupação em satisfazer e atender todas as necessidades de seus clientes, foi inaugurada em 1997 a nova sede da Omron no Brasil, com recursos de Marketing, Vendas, Estoque, Engenharia, Treinamento e Show Room. Apresentamos uma expressiva participação no segmento de Automação Industrial, fornecendo produtos eletro-eletrônicos, tais como: • • • • • • • • • • • • •
Sensores; Controladores Lógicos Programáveis; Fontes de Alimentação; Controladores de Temperatura e Processos; Contadores; Produtos para rede DeviceNet; Interfaces Homem-Máquina; Temporizadores; Sistemas de Visão; Encoders; Componentes Eletrônicos; RFID & Leitores de Código de Barras; Relés, etc.
Com o compromisso de garantir a satisfação de todos os seus clientes, a OMRON Eletrônica do Brasil está cada vez mais se dedicando para aumentar o reconhecimento do nome OMRON no mercado brasileiro como fornecedor de tecnologia avançada e de soluções com qualidade garantida.
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Sumário 1.0
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 5 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7
2.0
DIAGRAMA EM BLOCOS ....................................................................................................................... 5 HISTÓRIA ........................................................................................................................................... 6 APLICAÇÃO DOS CLP´S...................................................................................................................... 6 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ............................................................................................................ 6 COMPONENTES BÁSICOS .................................................................................................................... 7 DIAGRAMA LADDER ............................................................................................................................ 7 FUNCIONAMENTO DO CLP .................................................................................................................. 8 TIPOS DE PLC ...................................................................................................................................... 9
2.1 – SÉRIE DE PLC COMPACTO .................................................................................................................. 10 2.2 – SÉRIE DE PLC MODULAR .................................................................................................................... 11 2.3 – SÉRIE DE PLC EM RACK...................................................................................................................... 12 3 O PLC CP1 E SUAS CARACTERÍSTICAS.............................................................................................. 13 3.0
SISTEMAS NUMÉRICOS.................................................................................................................... 23 3.1 3.2
4.0
SISTEMAS DECIMAL/HEXADECIMAL/BINÁRIO/BCD ............................................................................ 23 CONVERSÃO DE BINÁRIO PARA HEXADECIMAL .................................................................................. 23 ENDEREÇAMENTO ............................................................................................................................ 23
4.1 5.0
FORMATO DO ENDEREÇAMENTO ........................................................................................................ 23 FUNÇÕES LÓGICAS .......................................................................................................................... 26
5.1 5.2 5.3
FUNÇÃO OR .................................................................................................................................... 26 FUNÇÃO AND .................................................................................................................................. 26 FUNÇÃO NOT (INVERSORA) .............................................................................................................. 26
6.0
SOFTWARE CX-PROGRAMER ......................................................................................................... 30
7.0
MEMORIZAÇÃO DE PULSOS............................................................................................................ 36 7.1
8.0
FUNÇÃO KEEP (11) ......................................................................................................................... 36 GERAÇÃO DE PULSOS ..................................................................................................................... 37
8.1 8.2 8.3 8.4 9.0
FUNÇÃO DIF UP - DIFU (13) ............................................................................................................ 37 FUNÇÃO DIF DOWN – DIFD (14) .................................................................................................... 38 EXEMPLO - LIGA / DESLIGA DE MOTOR .............................................................................................. 39 EXERCÍCIO ....................................................................................................................................... 40 TEMPORIZADORES ........................................................................................................................... 41
9.1 9.2 9.3 10.0
FUNÇÃO TIM .................................................................................................................................... 41 FUNÇÃO TIMH (15) .......................................................................................................................... 42 EXEMPLO - TEMPORIZAÇÃO À ENERGIZAÇÃO ..................................................................................... 43 PARTIDA ESTRELA / TRIÂNGULO ................................................................................................... 43
10.1 11.0
CONTADORES .................................................................................................................................... 45
11.1 11.2 11.3 11.4 12.0
EXERCÍCIO ....................................................................................................................................... 44 FUNÇÃO CNT/CNTR ....................................................................................................................... 45 FUNÇÃO CNTR(12) - CONTADOR UP/DOWN ..................................................................................... 46 EXEMPLO ......................................................................................................................................... 46 EXERCÍCIO ....................................................................................................................................... 47
COMPARAÇÃO DE DADOS .............................................................................................................. 48
12.1 12.2
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FUNÇÃO CMP(20) - FUNÇÃO DE OMPARAÇÃO ................................................................................... 48 EXEMPLO ......................................................................................................................................... 48
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12.3 13.0
TRANSFERÊNCIA DE DADOS .......................................................................................................... 50
13.1 13.2 14.0
EXERCÍCIO ....................................................................................................................................... 49 FUNÇÃO MOVE - MOV(21) ............................................................................................................... 50 EXEMPLO ......................................................................................................................................... 50
DESLOCAMENTO DE DADOS .......................................................................................................... 51
14.1 14.2
FUNÇÃO SHIFT - SFT(10) ............................................................................................................... 51 EXEMPLO ......................................................................................................................................... 51
PINAGEM ........................................................................................................................................................ 52 14.3 14.4 14.5
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CABO DE PROGRAMAÇÃO DE IHM E PC ............................................................................................ 52 CABO DE COMUNICAÇÃO ENTE IHM E CLP ....................................................................................... 53 CABO DE COMUNICAÇÃO ENTE CLP E PC ......................................................................................... 54
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1.0 Introdução 1.1 Diagrama em blocos Instruções Armazenadas
Lógica Sequencial
Temporização Controlador Programável
Contagem
Comunicação
Aritmética
Processo ou máquinas
medidas controle Controlador Programavel Campo de Saídas
Campo de Entradas
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1.2 História O controlador lógico programável (CLP) é um dispositivo eletrônico que controla máquinas e processos. Utiliza uma memória programável para armazenar instruções e executar funções específicas que incluem controla de energização/desenergização, temporização, contagem, seqüenciamento, operações matemáticas e manipulação de dados. O desenvolvimento dos CLP´s começou em 1968 em resposta a uma necessidade da industria automotiva. Os primeiros CLP´s forma instalados em 1969, fazendo sucesso quase de imediato.Funcionando como substitutos de relés, os primeiros CLP´s eram mais confiáveis, principalmente devido a robustez de seus componentes de estado sólido. Os CLP´s permitiram reduzir os custos de materiais, mão-de-obra, instalação, espaço e localização de falhas ao reduzir a necessidade da fiação e erros associados.
1.3 Aplicação dos CLP´s As aplicações desse tipo de produto (CLP) no mercado de automação industrial são inúmeras. Podemos citar entre elas: controle de elevadores, sistemas de entretenimento, sistemas de peso ou balanças de pesagem, sistemas de controle e automação industrial em fábricas de ramos de atividades diversificados, etc. Os controles de processos industriais ou automação da manufatura é sem dúvida, uma das aplicações de maior impacto; é também onde se alcançou o maior sucesso comercial dos microprocessadores. O controlador programável pode ao mesmo tempo automatizar uma grande quantidade de informações, substituindo assim o homem com mais precisão, confiabilidade, custo e rapidez. O controlador lógico programável é constituído com periféricos de entradas e saídas. As variáveis de entrada do controlador programável informam em cada instante as condições do processo. Isso é feito por um deslocamento mecânico, posição de uma haste fim–de-curso, temperatura de um termostato, pressão etc., fornecendo ao CLP um nível lógico um ou zero, ou seja binário ou nível de sinal analógico. Segundo o programa armazenado na memória do CLP e esses dados de entrada, o CLP atua sobre o processo através de suas saídas, acionando relês, controladores, válvulas, etc., realizando desde uma simples operação mecânica em uma máquina-ferramenta até o controle total de uma linha de montagem industrial. Sistema desse tipo são ditos de tempo real, ou seja, as informações de entrada são analisadas, as decisões tomadas, os comandos ou acionamentos são enviados às saídas, tudo com o desenrolar do processo. Nos sistemas de tempo real, portanto, o computador trabalha em paralelo com o sistema ou processo, controlando, processando e acionando. Devemos lembrar que o trabalho de automação industrial era antigamente realizado por meio de circuitos e relês acionadores. A partir de desenhos representativos dos controles industriais, eram elaboradas listas de trabalho e posteriormente eram montados em armários elétricos todos esses comandos. Cada comando , simbolizado através de um circuito elétrico era traduzido em uma lista de instruções e desta para uma montagem, alojada normalmente em armários, chamados armários elétricos. Assim, quando era necessário efetuar uma modificação no comando, por qualquer motivo, isso implicava em um rearranjo na montagem, via de regra cansativo, demorado e dispendioso. Para quem não tem uma idéia do que era o processo, uma modificação às vezes implicava em uma reforma total nos armários elétricos. As substituições das peças em caso de manutenção de montagem tornavam-se difíceis, quando não impossível. O CLP veio, assim, trazer um grande avanço tecnológico, facilidade nas manutenções, redução de tempo de engenharia e muitos outros benefícios.
1.4 Principais características • • • • • • •
Velocidade (tempo de scan rápido) Tamanho reduzido Baixo custo Flexibilidade Funções avançadas Comunicações Diagnósticos
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1.5 Componentes Básicos
Fonte de alimentação Entradas digitais ou analógicas Saídas digitais ou analógicas CPU Software de programação
Fonte de alimentação
Memória s a d a r t n e
s a d í a s
CPU
Dispositivo de programação
1.6 Diagrama Ladder L1 L1 L3
L2 L3
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L2
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1.7 Funcionamento do CLP Basicamente, os CLP’s devem possuir no mínimo um módulo de entrada, o módulo de processamento e um módulo de saída, independente de serem compactos ou modulares. De uma forma bem simples, podemos explicar o funcionamento do CLP através do diagrama a seguir:
Os sinais são gerados através das entradas, que por sua vez podem ser botões, sensores, chaves fim-de-curso, etc. Somente lembrando, os sinais gerados pelas entradas representadas acima, são sinais binários, ou seja, só pode assumir dois valores: 0 (desligado) e 1 (ligado). Conforme as entradas são acionadas ocorre a seguinte seqüência:
Os sinais gerados pelas entradas são enviados para a memória imagem de entrada (PII ou Proccess Image Input );
O processador faz a leitura da memória imagem e realiza então, o “scan rate” (ou varredura) no programa de usuário. Este sempre ocorre de cima para baixo da direita para a esquerda;
Após concluir o “scan rate” (ou varredura), o processador atualiza a memória imagem de saída (PIO ou Proccess Image Output );
Atualizada a memória imagem de saída, o sinal binário é escrito no cartão de saída do CLP, e é comutado acionando a carga.
OBS: As entradas do CLP podem ser à Transistor (24 Vcc) ou à TRIAC (110/220 Vac) e as saídas, podem ser a Transistor, à TRIAC ou à Relé.
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2.0 Tipos de PLC •
Série compacto – Até 320 pontos E/S
•
Série Modular – Até 2500 pontos de E/S
•
Série em Rack – Até 5000 pontos E/S
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2.1 – Série de PLC Compacto Esta série suporta até no máximo 320 pontos de entradas e saídas.
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2.2 – Série de PLC Modular Esta série suporta até no máximo 2500 pontos de entradas e saídas.
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2.3 – Série de PLC em Rack Esta série suporta até no máximo 5120 pontos de entradas e saídas.
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3 O PLC CP1 E SUAS CARACTERÍSTICAS
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- 4 entradas rápidas - 2 saídas rápidas - CPUs com fonte de alimentação CA ou CC - 14, 20, 30 ou 40 E/S incorporadas - Conjunto de instruções compatíveis com PLC, séries CP1H-, CJ1 e CS1 - Portas seriais opcionais RS232C e RS422A/485 - Porta de programação USB - Suporta expansões de E/S (160 pontos) - Funcionalidade de movimento - Único software de programação
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A estrutura da área de memória do CP1L e suas especificações seguem nas tabelas abaixo:
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3.0 Sistemas Numéricos 3.1 Sistemas Decimal/Hexadecimal/Binário/BCD Decimal 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Hexadecimal 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E F
Binário 0000 0001 0010 0011 0100 0101 0110 0111 1000 1001 1010 1011 1100 1101 1110 1111
BCD 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 -------
3.2 Conversão de Binário para Hexadecimal 23 22 21 20
0 1 1 1
Peso Estado do bit
3
Nº do bit
2
1
0
1 – ON 0 - OFF
0x23 + 1x22 + 1x21 + 1x20 = 0 + 4 + 2 + 1 = 7H
4.0 Endereçamento 4.1 Formato do endereçamento
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Estado do bit:
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Para cada modelo de CLP, tem uma estrutura e capacidade de memória.
XX
001
13
bit
Quando a área for CIO não utiliza-se prefixo.
Word/Canal/Registro Área
Exemplo de uma word com seu valor interno (binário) e visualizado em formato decimal.
0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 15 14
13 12 11 10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
4+2+1=7 8=8 4=4 4+1=5
Word
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5 4 8 7
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ENDEREÇAMENTO DAS E/S DO PLC CP1
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5.0 Funções Lógicas 5.1 Função OR A B
S
A 0 0 1 1
B 0 1 0 1
S 0 1 1 1
A 0 0 1 1
B 0 1 0 1
S 0 0 0 1
5.2 Função AND A B
S
5.3 Função NOT (Inversora)
A 0 1
S 1 0
Utilização das Funções Lógicas Antes de utilizamos as instruções lógicas, devemos conhecer as instruções básicas, pois será através delas que poderemos construir as portas lógicas básicas, e demais circuitos combinacionais (ou seqüenciais).
LOAD – LD (Carregar contato NA). Inicia uma linha ou um bloco lógico
B
B: Bit IR,SR,AR,HR,TC,LR,TR
LOAD NOT – LD NO (Carregar contado NF) B
B: Bit IR,SR,AR,HR,TC,LR,TR
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AND – AND (Lógica série de contatos NA com NA) A
B
B: Bit IR,SR,AR,HR,TC,LR,TR
AND NOT - AND NOT (Lógica série de contatos NA com NF). Realiza um E lógico com o estado inverso do bit especificado. A
B
B: Bit IR,SR,AR,HR,TC,LR,TR
OR – OR (Lógica paralela de contato NA com NA). Realiza um OU lógico com o bit especificado.
A
B: Bit IR,SR,AR,HR,TC,LR,TR
B
OR NOT - OR NOT (Lógica paralela de contato NA com NF). Realiza um OU lógico com o inverso do estado do bit especificado.
A
B: Bit IR,SR,AR,HR,TC,LR,TR
B
OUT – OUT (Bobina). Faz a saída para o bit especificado.
B
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B: Bit IR,SR,AR,HR,TC,LR,TR
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OUT NOT - OUT NOT (Bobina negada/Invertida). Faz o inverso da saída.
B
B: Bit IR,SR,AR,HR,TC,LR,TR
END – FUN(01) - É obrigatório o uso desta instrução no final do programa. Sem esta instrução o programa nunca será executado.
END (01)
Porta lógica AND de três entradas
000.00
000.01
000.02
100.03
LD AND AND OUT END (01)
00000 00001 00002 10003
LD OR OR OUT END (01)
00000 00001 00002 10005
END (01)
Porta lógica OR de três entradas 000.00
100.05
000.01
000.02
END (01)
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AND LOAD - Realiza um E lógico entre dois blocos. OR LOAD - Realiza um OU lógico entre dois blocos. Nº Máximo de AND LOAD / OR LOAD por malha é de 8.
AND LOAD - AND LD 000.02
000.00
100.00
LD OR LD OR NOT AND LD OUT END (01)
00000 00001 00002 00003
LD AND LD AND OR LD OUT END (01)
00000 00002 00007 00008
10000
000.03 Bloco B
000.01 Bloco A
OR LOAD - OR LD Bloco A 000.00 000.02
000.07
100.02
000.08
Bloco B
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10002
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6.0 Software CX-Programer Para desenvolvimento do programa de usuário, utilizaremos o software CX-Programer, através deste torna-se possível o desenvolvimento e alteração dos automatismos em questão. Para uma maior compreensão seguiremos passo a passo as configurações e elaboração de um programa simples com o objetivo de uma familiarização com o ambiente de trabalho. Clique no menu iniciar, selecione a opção Programas em seguida, CX Programer:
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Após aberto o software, selecione a opção File e clique em New no sub menu, conforme mostrado a seguir:
Ou clique no ícone Novo, cujo atalho são as teclas (Ctrl + N)
Antes de começarmos o desenvolvimento da aplicação, devemos ‘configurar o CLP’. Configurar o CLP, como normalmente é falado, significa definir qual o modelo de CPU, qual protocolo, e, principalmente, qual o Canal de comunicação serial irá utilizar. Para definir qual a família de CLP estaremos trabalhando, selecione através da opção “Device Type” o modelo do CLP em questão. Verifique isso no frontal do CPU
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Após definido a família de CLP que estaremos trabalhando, defina especificamente o modelo da CPU em questão. Isto também deve ser observado do frontal do CLP.
Depois de concluído a configuração da família e modelo do CLP, confirme com OK e, em seguida, clique na opção Settings dentro do campo Network Types, selecione a paleta conforme mostrado a seguir (para colocar a comunicação nos parâmetros padrão – Default.
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Confirme com Ok em todas as janelas e, em seguida será aberta a seguinte janela:
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Através desta janela já se torna possível a elaboração e alteração do programa de usuário, finalmente estamos na área de desenvolvimento da aplicação. Para um primeiro contato com o software, iremos construir o seguinte programa:
Através de pulsos que são gerados na entrada 2960.00, acionaremos a saída 2961.00. Para construir essa aplicação, contaremos com a paleta de edição disponível na parte superior do software:
Como podemos observar acima, através dessa paleta temos acesso as instruções binárias, sendo estas:
Modo de Seleção: com ele podemos escolher uma ou mais instruções, para editá-las, apagá-las, etc.
Instrução Novo Contato: com ele podemos criar novos contatos NA (normalmente aberto), cujo atalho é a letra (C).
Instrução Novo Contato Fechado: com ele podemos criar novos contatos NF (normalmente fechado), cujo atalho é a barra (/).
Instrução Novo Contato OU: com ele podemos criar novos contatos OU NA, ou seja, usado para criar lógicas OU NA, cujo atalho é a letra (W).
Instrução Novo Contato Fechado OU: com ele podemos criar novos contatos OU NF, ou seja, usado para criar lógicas OU NF, cujo atalho é a letra (X).
Novo Vertical: com ele podemos criar ou apagar “Linha” na direção vertical, ou seja, podemos “ligar” ou “unir” duas ou mais instruções na direção vertical, cujo atalho são as teclas (Ctrl + Right).
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Novo Horizontal: com ele podemos criar ou apagar “Linha” na direção horizontal. Ou seja, podemos “ligar ou “unir” duas ou mais instruções na direção horizontal, cujo atalho são as teclas (Ctrl + Right).
Instrução Nova Bobina: com ela podemos criar novas bobinas NA (normalmente abertas), cujo atalho é a letra (O).
Instrução Nova Bobina Fechada: com ela podemos criar novas bobinas NF (normalmente fechado), cujo atalho é a letra (Q).
Nova Instrução CLP: com ela podemos criar novas instruções avançadas do CLP, como temporizadores, contadores, movimentadores de dados, deslocadores de dados, etc, cujo atalho é a letra (I).
Modo ligar Linhas: com ele podemos criar novas “Linhas” tanto na direção vertical quanto na direção horizontal ou as duas ao mesmo tempo, não contem atalho.
Modo Apaga Linhas : com ele podemos apagar “Linhas” tanto na direção vertical quanto na direção horizontal ou as duas ao mesmo tempo, não contem atalho.
Inicialmente vamos nos ater somente as instruções binárias. Uma vez concluído a edição do programa, devemos então transferi-lo para o CLP, porém, para que haja essa transferência, o CLP deve estar On Line, isto significa que devera estar comunicando com o Programador. Faça isso clicando sobre o ícone:
Uma vez o CLP estando em On Line, podemos transferir o programa clicando sobre o ícone mostrado a seguir:
CLP está neste momento com o programa em sua memória, para efetuarmos então os testes, basta constatar se este encontra-se “rodando”, ou seja, com os “scans” ou “varreduras” sendo executado. Caso não esteja, clique sobre o ícone mostrado a seguir:
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7.0 Memorização de Pulsos 7.1 Função KEEP (11) 000.00 Set
B: Bit IR, AR, HR, LR, SR
KEEP (11) B
000.01 Reset
(100.00)
O bit ‘B’ (100.00) assume o estado ON quando é gerado um sinal ON na condição 00000 mesmo que este seja um impulso. O bit ‘B’ (10000) assume estado OFF, quando é gerado um sinal ON na condição reset. S – ON
B – ON
R – ON
B - OFF
S ON R OFF B
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8.0 Geração de pulsos 8.1 Função DIF UP - DIFU (13) 000.00
B: Bit IR, SR, AR, HR, LR,
DIFU (13) B (100.00)
Quando o estado do bit “000.00” passa de OFF a ON o bit “B” (100.00) assume o estado ON, durante um ciclo do programa.
A ON B Tempo de 1 ciclo de programa
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OFF
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8.2 Função DIF DOWN – DIFD (14) 000.00
B: Bit IR, SR, AR, HR, LR,
DIFD (14) B (100.00)
Quando o estado do bit “00000” passa de ON a OFF o bit “B” (10000) assume o estado ON, durante um ciclo do programa.
ON
A OFF
B
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Tempo de 1 ciclo de programa
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8.3 Exemplo - Liga / Desliga de motor contator K (mantêm-se ligado devido o selo), este por sua vez liga o Acionando o botão A liga o contator K motor M, que ficará ligado até que o botão P seja acionado.
K
A
000.00
K
DIFU (13) W0.00
W0.00
P
KEEP (11) 000.01
K M
LD DIFU (13) LD LD NOT KEEP (11) END (01)
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00000 20000 20000 00001 10001
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100.01
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8.4 Exercício Montar um circuito para que os equipamentos relacionados cumpram as seguintes tarefas:
Sensor a - Detectar a presença do produto quando chegar ao cilindro A e ligar o cilindro A; Sensor c - Detectar a presença do produto, ligar o motor C e após o produto já estar completamente na próxima esteira desligar o cilindro A; Sensor d - Detectar a presença do produto quando chegar ao cilindro B, ligar o cilindro B e desligar o motor C; Sensor b - Detectar a presença do produto e após o produto estar completamente na próxima esteira, desligar o Cilindro B; Cilindro A com retorno por mola - Empurrar o produto para a esteira B; Motor C - Ligar a esteira; Cilindro B com retorno por mola - Empurrar o produto. Sensores - a, b , c e d Cilindros - A e B Motor da esteira – C
Produto
b
o t u d o r P
o t u d o r P
C
o t u d o r P
o t u d o r P
o t u d o r P
d
c
B
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a
A
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9.0 Temporizadores 9.1 Função TIM 000.00
N: Número do Temporizador # (000-127) CPM1/CPM1A # (000-511) CQM1
TIM N SV
SV: Valor de Contagem IR, SR, AR,DM, HR, LR, #
Base de Tempo – 0000 a 9999 0,1 segundo – 0001 1 segundo – 0010 10 segundos – 0100 1 minuto – 0600
000.00 ON
OFF
TIM N SV
SV
Tempo de 1 ciclo de programa Pela análise efetuada ao diagrama de tempo, podemos concluir que para que o contato associado ao temporizador TIM feche (ON), é necessário que o sinal da condição (A) se mantenha fechado (ON), pelo menos durante o tempo de contagem (SV).
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9.2 Função TIMH (15) Algumas instruções necessitam de um número para que possa ser identificada pelo o programa ou software. A
N: Número Temporizador # (000 à 127) CPM1/CPM1A # (000 à 511) CQM1
TIMH N SV
SV: Valor Contagem IR, SR, AR, DM, HR, LR, #
Base de Tempo – 0000 a 9999 (centésimos de segundos) 0,1 segundo – 0010 1 segundo – 0100 10 segundos – 1000 1 minuto – 6000
A ON
OFF
TIM N SV
SV
Tempo de 1 ciclo de programa
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9.3 Exemplo - Temporização à energização
000.00
KEEP (11) TIM000
LD LD KEEP LD TIM 000 LD OR OUT END(01)
012.00
012.00
TIM 000 #0050 TIM000
00000 T000 01200 01200 #5065 T000 10000 10000
100.00
100.00
10.0 Partida Estrela / Triângulo Este circuito tem como finalidade de acionar um motor primeiramente em estrela e após 5 segundos mudar para fechamento triângulo. Este tipo de circuito é utilizado para diminuir o pico de corrente do motor. Quando se aciona o botão b1 energiza-se o contator K1 e K3 (estes permanecem ligados devido o selo) fechando assim os terminais das bobinas do motor em estrela. Após 5 segundos deve-se desligar K3 e ligar K2 que irá trocar a ligação dos terminais do motor para triângulo.
K - Bobina T - Temporizador B0 - Botão normalmente fechado B1 - Botão normalmente aberto e1 - Relé termomagnético f n - Fusíveis de proteção (Tipo Diazed) K1 - Terminais 1, 2 e 3 do motor K2 - Terminais 4, 5 e 6 em curto K3 - Terminais 1 com 6, 2 com 4 e 3 com 5.
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10.1 Exercício
Diagrama de Comando Principal R S T
Diagrama de Comando Auxiliar
fn
220Vac 60Hz
e1
K1
K2
K3
B0 B1
K1
e1
K1
T1
k2
1 2 3
6 4 5
K1
4 5 6
K3
T1
Monte um circuito no PLC equivalente ao diagrama de comando auxiliar acima.
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K2
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11.0 Contadores 11.1 Função CNT/CNTR A
N: Número Contador # (000 – 511)
CNT N
B
SV: Valor Contagem IR, SR, AR, DM, HR, LR, #
SV
A – Pulso para decremento B – Reset do contador
ON
OFF
SV
SV-1 SV-2
SV-3
SV-4 0000
0000
0000
SV
SV-1
Os contadores são decrementais, isto é, por cada pulso (OFF-ON) no bit ‘A’, o valor SV é decrementado (subtraído) de uma unidade até atingir o valor mínimo (0000), quando o SV = 0000, o contato associado ao contador CNT N fecha (ON). O bit ‘B’ a qualquer altura faz o reset do contador, quer dizer que o SV vai ser igual ao valor inicial.
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11.2 Função CNTR(12) - Contador Up/Down
000.00
000.01
000.02
CNTR (12)
N: Número Contador # (000 – 511)
N
SV: Valor Contagem IR, SR, AR, DM, HR, LR, #
SV
000.00 – Impulso para incrementação 000.01 – Impulso para decrementação 000.02 – Reset do contador
11.3 Exemplo
000.00 LD 00001 LD 00002 CNT 040 #0100 LD C040 OUT 10000 END(01)
CNT 000.01
040 #0100
CNT040
100.00
A entrada 000.00 recebe os pulsos e envia-os para o contador que contará de modo decrescente (Down)
A entrada 000.01 quando recebe pulsos reseta o contador, ou seja, reinicia a contagem. Não é necessário manter a entrada 000.00 ligada para que o contador acione, basta completar a contagem especificada pelo SV e não resetá-lo. Quando o contador é acionado este inverte todos os seu contatos. (NA passa para NF, e NF passa para NA).
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11.4 Exercício
Liga b
o t u d o r P
o t u d o r P
o t u d o r P
Desliga
o t u d o r P
o t u d o r P
a, b - Sensores A – Cilindros retorno por mola B – Motor da passadeira
o t u d o r P
B
a A
Após pressionar o botão liga a máquina começa a funcionar ligando primeiramente o Motor B. Após terem passado 3 produtos pelo sensor a, desliga o Motor B e liga o Cilindro A. O sensor b detecta quando os produtos terminam de passar pelo o mesmo, manda desligar ou desnergizar o Cilindro A que é retorno por mola e manda ligar novamente o Motor B e qual reinicia assim o processo. Se acionar o botão desliga a qualquer momento deverá ser desligado todas as saídas.
Sensor a – Detecta a presença do produto e manda pulsos para um contador que conta até 3, o contador então manda ligar o cilindro A e desligar o Motor B Sensor b – Desliga o cilindro A e manda reiniciar o processo após os produtos terem passado pelo o mesmo. O cilindro A quando acionado desliga o motor B e reseta o contador, fazendo assim reiniciar o processo.
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12.0 Comparação de dados 12.1 Função CMP(20) - Função de omparação 000.00
A: Canal IR, SR, AR, DM, HR, TC, LR, #
CMP (20) A
B: Canal IR, SR, AR, DM, HR, TC, LR, #
B
000.00 – Condição de execução 000.00 – ON – Faz a comparação 000.00 - OFF – Não faz a comparação
12.2 Exemplo 000.00
CMP (20)
LD OUT CMP(20)
A B
255.06
LD AND OUT END(01)
100.00
00001 TR0 DM0000 DM0100 TR0 25506 10000
255.05 - Indicador de maior que 255.06 - Indicador de igual que 255.07 - Indicador de menor que Quando a entrada 000.00 é acionada (ON) a instrução de comparação é executada, ou seja, compara-se A com B. Se estes valores forem iguais aciona-se o bit 255.06 consequentemente acionando a saída 100.00. Se o valor de A comparado B for menor ou maior, os bits 255.07 e 255.05 também sâo acionados.
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12.3 Exercício Objetivo:
Ativar a saída 100.00 quando A < 100 Ativar a saída 100.01 quando A > 100 e A < 200 Ativar s saída 100.02 quando A > 200
Canal A – Valor analógico
Resolução: 000.00 LD OUT CMP(20)
CMP (20) DM0000 #0100
255.07
100.00
255.05
200.00
LD AND OUT LD AND OUT LD CMP LD AND AND OUT LD AND OUT END(01)
000.01
CMP (20) DM0000 #0200
255.07 200.00 100.01
255.06
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100.02
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00000 TR0 DM0000 #0100 TR0 25507 10000 TR0 25505 20000 00001 DM0000 #0200 TR0 25507 20000 10001 TR0 25505 10002
Treinamento de PLC – Básico
13.0 Transferência de dados 13.1 Função Move - MOV(21) 000.00
F: Canal IR, SR, AR, DM, HR, TC, LR, #
MOV (21) F
D: Canal IR, SR, AR, DM, HR, LR
D
000.00 – Condição de execução 13.2 Exemplo 000.00
LD LD CNT LD MOV
CNT 000.01
000 #0014
000
00000 00001 #0014 25313 C000 DM0000
P_On
END (01)
MOV CNT000 DM0000
O bit 253.13 é um bit especial, sempre que estiver em ON, este tem a finalidade de acionar a função MOV. No exemplo acima a função MOV está transferindo o valor do contator para a DM0000.
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14.0 Deslocamento de dados 14.1 Função SHIFT - SFT(10) 000.00
000.02
000.04
SFT (10)
ST: Canal inicial IR, SR, AR, HR, LR
ST
SE: Canal final IR, SR, AR, HR, LR ST – Word inicial SE – Word final
SE
000.00 – Entrada de dados 000.02 – Deslocador 000.04 – Reset SE
ST + 1
ST
14.2 Exemplo 000.00
SFT (10) 000.02
000.04
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LD LD LD SHIFT (10)
001
00000 00002 00004 001 001
END (01) 001
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Pinagem 14.3 Cabo de programação de IHM e PC CLP e IHM – Conector Macho / Computador – Conector Fêmea - DB-9 (RS 232)
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