Gestão Empresarial em Cooperativas de Saúde
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A MODERNA ADMINISTRAÇÃO EM COOPERATIVAS Professor José Horta Va Valadares, PhD.
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Realização Fundação Getulio Vargas FGV Consulting – Curso in Company Todos odos os direit direitos os em relaç relação ão ao design design deste deste materi material al didáti didátio o são reserv reservad ados os ! Fundação Getulio Vargas" Todos os direitos #uanto ao onteúdo deste material didátio são reservados ao$s% autor$es%" Valadares& 'os( )orta" * +oderna *dministração *dministração em Cooperativas" Rio de 'aneiro"– +,* em Gestão Empresarial em Cooperativas de Saúde – Realização Fundação Getulio Vargas – Cursos -in Company." p" ,i/liogra0ia 1" *dmin dminis istr traação ção 2" Coope oopera rati tiva vass 3" * +od +odern erna *dministração em Cooperativas Coordenador *ad4mio5 6ro0" 'os( )orta Valadares
Sumário 1. PROGRA PR OGRAMA MA DA DISCIPLINA DISCIPLI NA
5
1.1 EMENTA 1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 1.3 O!ETIVOS 1." METODOLOGIA 1.5 CRIT#RIOS DE AVALIAÇÃO C$RRIC$L$M RES$MIDO DO PRO%ESSOR
5 5 5 5 5 &
2. INTROD$ÇÃO INTRO D$ÇÃO
'
3. REVE HIST(RIA HIST (RIA DA COOPERAÇÃO COOP ERAÇÃO
5
3.1 INTROD$ÇÃO 3.2. %ORMAS PRIMITIVAS E TRADICIONAIS DE A!$DA M)T$A 3.3. S$RGIMENTO DO COOPERATIVISMO MODERNO 7"7"1"C89TR3,:3;
3ST*S :T?63C8S 6*R* 8 6E9S*+E9T8 C886ER*T3V8 3.". A REG$LAMENTAÇÃO COOPERATIVA 7"A"1" 6R39CB638S =8 9EG?C38 C886ER*T3V8 7"A"2" )3ST?R3* =8S 6R39CB638S C886ER*T3V3ST*S 886ER*T3V3ST*S 9* *T:*>3=*=E 7"A"7" 8S 6R39CB638S C886ER*T3V3ST*S 9* 3.5. O PENSAMENTO COOPERATIVISTA CONTEMPOR,NEO 3.&. O COOPERATIVISMO NO RASIL
5 & * @ 1+ 1 1 1D 2+ 25
". A MODERNA MODER NA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTR AÇÃO DE COOPER CO OPERATIV ATIVAS AS
31
".1. O CONCEITO DE COOPERATIVA ".2. A ORGANI-AÇÃO COOPERATIVA ".3. A D$PLA NAT$RE-A DA COOPERATIVA ".". A AÇÃO COOPERATIVA ".5. A ESTR$T$RA ORGANI-ACIONAL DA COOPERATIVA ".&. A ORGANI-AÇÃO %ORMAL DO PODER ".'. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA ".*. OS DESA%IOS DO COOPERATIVISMO NA SOCIEDADE MODERNA ".. SOREVIV/NCIA E COMPETITIVIDADE DAS COOPERATIVAS ".1+. PARTICIPAÇÃO E ED$CAÇÃO COOPERATIVISTA
31 2* 2* 3 "1 "& " 52 "* &+
5. PODER PO DER E DECISÃ D ECISÃO O EM COOP C OOPERATIVA ERATIVAS S
&*
5.1. A GESTÃO DEMOCRÁTICA 5.2. O CONTROLE DEMOCRÁTICO 5.3. PARTICIPAÇÃO E ESTRAT#GIA EMPRESARIAL 5.". ATIVIDADES DOS DIRIGENTES 5.5. PAP#IS DOS DIRIGENTES E DOS GERENTES 5.&. E%ICI/NCIA EMPRESARIAL E RELAC0ES COM ASSOCIADOS
&* & &2 &2 &" &"
ANEOS
&&
COMO ACAAR COM A COOPERATIVA DE $EM # A DECISÃO CARACTERSTICAS DAS COOPERATIVAS DECADENTES E DE %$T$RO COOPERATIVAS DE TRAALHO4 ORGANI-AÇ0ES COM$NITÁRIAS A$TOGESTIONADAS PADRONI-AÇÃO...EM REDE ASSOCIATIVA
1. Pror6m6 76 7i89i:;i<6 1.1 Em=<>6 )istrio do Cooperativismo" 8 Cooperativismo e o Conteto Eonmio ,rasileiro e 3nternaional" * Empresa Cooperativa" * +oderna *dministração em Cooperativas" =ireção e Gestão de Empresas Cooperativas" +odernização& Glo/alização e Competitividade" * 9ova Geração de Cooperativas" Re0ormas no ooperativismo"
1.2 C6r6 ?orári6 >o>6; 22 HorasIaula
1.3 O@=>iBo8 8portunizar a re0leão so/re aspetos terios e prátios do ooperativismo tendo em vista os impatos das trans0ormaçJes na eonomia e na soiedade mundial"
1." M=>o7o;oi6 *ulas epositivas& tra/alHos de grupo& estudo de asos e leitura de tetos"
1.5 Cri>rio8 7= 6B6;i6o Realização de prova esrita"
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Curri9u;um r=8umi7o 7o :roF=88or 'os( )orta Valadares ( +estre em *dministração Rural $:F>*%& *dministrador $:FV%& e Tenlogo em Cooperativismo $:FV%" 6ro0essor *ssistente da :niversidade Federal de Viçosa& =epartamento de Eonomia Rural& 6ro0essor da Fundação Getulio Vargas – R'& =iretorL6residente do 3=EC886 – 3nstituto de =esenvolvimento da Cooperação& Consultor do SE,R*E 9aional& SE,R*EL+G e SE,R*ELR'& Consultor de organismos internaionais $F*8& ,ano +undial& F3=*% e naionais ligados ao ooperativismo& de rgãos governamentais e de empresas ooperativas& *ssessor do Sistema 8C,ISESC886"
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2. I<>ro7uo EstimaLse #ue DNN milHJes de Homens e mulHeres são assoiados de ooperativas em todo o mundo" *l(m disso& pelo 0ato de os negios ooperativos serem importantes não somente para seus assoiados e 0unionários& mas tam/(m para seus 0amiliares& o total de pessoas #ue& direta e indiretamente& t4m suas vidas ligadas ao ooperativismo ( estimado em 7 /ilHJes& o #ue representa a metade da população mundial1" Em muitos paOses& os assoiados de ooperativas atingem elevadas proporçJes em relação ! população total" Considerando somente as ooperativas vinuladas ! *liança Cooperativa 3nternaional – *C3& esta proporção atingia& no ano de 1@@A& entre NP e @P da população da Qustria& Canadá& CHipre& Finlndia& 3srael e :ruguai" *lançava M1P na França& entre KNP e K@P na ,(lgia e 9oruega& e se situava entre ANP e A@P na =inamara& Bndia& 'apão& +alásia& 6ortugal& Sri >ana e Estados :nidos" Em termos eonmios& o movimento ooperativista mundial ( /astante signi0iativo" 6or eemplo& em 1@@7 as ooperativas na Su(ia produziam era de DP do 63," Em outros paOses de eonomia desenvolvida a partiipação da produção ooperativa no 63, ( /astante elevada5 na região /asa da EspanHa Hegou a 1KP do 63, regional em 1@D@" 9os paOses em desenvolvimento& a eportação de produtos agrOolas gerados por ooperativas possui uma partiipação entre 1NP a 2NP do 63, desses paOses" 8s empreendimentos ooperativos estão presentes em todas as áreas da atividade eonmia e& pratiamente em todos os paOses& o ooperativismo se destaa em& pelo menos& uma área" 6or eemplo& em 1@@7 na :nião Europ(ia& Qustria& Finlndia e Su(ia& 1A milHJes de empreendimentos rurais partiipavam omo mem/rosLproprietários de ooperativas& #ue lHes 0orneeram KKP dos insumos agrOolas e omerializaram MNP da sua produção" 9o 'apão& as ooperativas de omerialização movimentaram @KP do om(rio de arroz e @NP do pesado" 9a Bndia& o movimento ooperativo onHeido omo *nand& #ue reúne K"NNN ooperativas de latiOnios& om M milHJes de assoiados& onstituiLse no maior 0orneedor de latiOnios do merado naional" 9o ,rasil& na relação das dez maiores empresas de latiOnios& #uatro são ooperativas" uarenta e tr4s por ento do r(dito rural da Bndia ( via/ilizado pelas ooperativas de r(dito ou pelos /anos ooperativos" 9o ,rasil& um terço dos m(dios são assoiados 1
=ados da *liança Cooperativa 3nternaional – *C3& divulgados no Congresso +undial para o =esenvolvimento Soial& realizado em CopenHagen& =inamara& +arço& 1@@K"
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! maior ooperativa m(dia da *m(ria >atina" Em 1@@1& as ooperativas de onsumo 0oram responsáveis por KNP das vendas na SuOça e 7AP na =inamaraU em 1@@2& os /anos ooperativos 0oram responsáveis por 1P dos negios de aptação de poupançaU em 1@@7& as ooperativas de seguros assumiram 2NP do merado europeu" *o 0inal de 1@@2& os assoiados das ooperativas de r(dito do tipo credit unions representavam entre 7KP a AKP da população adulta da *ustrália& Canadá& 3rlanda e Estados :nidos da *m(ria" 9o ,rasil& o S3C88,& Sistema das Cooperativas de Cr(dito 3ntegrantes do ,*9C88, – ,ano Cooperativo do ,rasil SI*& situaLse entre os 2N maiores onglomerados 0inaneiros do paOs" 6or sua vez& o ,*9C88, oupa a seta posição em número de ag4nias e pontos de atendimento ao pú/lio ooperado" 9o Canadá& o grupo de ooperativas onHeido omo Caias 6opulares =esardins oupa a seta posição entre as empresas 0inaneiras do paOs e& na França& o Credit *griole& segundo /ano do paOs& om K milHJes de assoiados& movimenta :SW7KN /ilHJes& o #ue orresponde ao orçamento da França" 8 Ra/o/an& na )olanda& ( o KNX /ano do mundo" *liás& entre os in#Yenta maiores /anos do mundo tr4s são ooperativas de r(dito $=GL,an& na *lemanHa& o Ra/o/an e o Credit *griole%" *s 9açJes :nidas admitem #ue -os empreendimentos ooperativos prov4em os meios organizaionais para #ue signi0iativa parela da Humanidade sea apaz de onduzir& om as prprias mãos& a missão de gerar empregos produtivos& superar a po/reza e promover a integração soial.$Relatrio do Seretariado Geral& 'ulHo& 1@@A%" São inegáveis as vinulaçJes entre a 0iloso0ia e a prátia empresarial ooperativista e as neessidades e os desa0ios atuais do desenvolvimento da Humanidade" * livre adesão& epressão máima da li/erdade de epressão sem disriminação de raça& redo ou religião" 8 ontrole demorátio dos ooperados& #ue se soma ! distri/uição e#unime da ri#ueza gerada pela eonomia ooperativa& /ase da demoraia eonmia e em 0rana oposição ! aumulação da ri#ueza e 0ranamente 0avorável ao 0ortaleimento soial e polOtio das omunidades" 8utro prinOpio ooperativo nos remete ! Have do mundo moderno5 a eduação& únio aesso ao onHeimento e !s tenologias de todos os tipos e para todas as 0inalidades" * onviv4nia omunitária preonizada pelo ooperativismo omo modelo de um novo omportamento #ue se oponHa ! elusão glo/al e ! ruptura ultural entre os povos" *s neessidades do mundo moderno se en#uadram no mesmo onunto de valores #ue o ooperativismo vem depurando Há mais de 1KN anos& em torno do valor maior& #ual sea a promoção de um am/iente soial no #ual a )umanidade sea o entro das onsideraçJes para um desenvolvimento sustentável e voltado ! 6az" * despeito de todas as onsideraçJes de ordem prátia deorrente do 0ato de ser um empreendimento negoial de natureza eonmia& o Cooperativismo demonstra #ue a natureza do eonmio s se ompleta na dimensão soial da vida em omunidade" Z possOvel gerar desenvolvimento eonmio sem elusão& desemprego& onentração de renda e 0ome" ____________________________________________________________________ D _ Moderna Administração em Cooperativas
____________________________________________________________________ @ _ Moderna Administração em Cooperativas
3. r=B= Hi8>ri6 76 Coo:=r6o 3.1 I<>ro7uo COOPERAÇÃO ( uma das palavras mais utilizadas na atualidade" FalaLse de ooperação entre paOses& entre empresas& entre instituiçJes de ensino e pes#uisa& e entre todo tipo de organizaçJes" *reditaLse #ue ( possOvel alançar melHores resultados atuando por meio de parerias& aordos e açJes onuntas& do #ue atuando isoladamente" * Cooperação não ( nova" Em todas as soiedades& das mais primitivas !s mais modernas& a ooperação aparee ao lado de dois outros proessos soiais em #ue os indivOduos e grupos são envolvidos simultaneamente5 o on0lito e a ompetição" * organização soial de #ual#uer omunidade ou soiedade re0lete o e#uilO/rio #ue se proessa entre essas 0orças" +as a 0orma pela #ual esses proessos soiais se apresentam em di0erentes soiedades ( a0etada pela ultura e pelo tipo de organização eonmia dominante" [ medida #ue uma soiedade se di0erenia& e ( apro0undada a divisão do tra/alHo& tornaLse ada vez mais neessário o desenvolvimento de 0ormas mais avançadas de tra/alHo assoiado" uando os indivOduos tra/alHam untos& tendo em vista um o/etivo omum& seu omportamento ( Hamado ooperação" uando lutam um ontra o outro& temos o on0litoU algumas vezes essa disputa se arateriza omo ompetição" * aomodação& por sua vez& ( uma 0orma de austamento deorrente de situaçJes de on0litos não resolvidos" 8s diionários de0inem a Cooperação omo -a assoiação de um determinado número de pessoas #ue visam um /ene0Oio omum por meio de uma ação oletiva& ação essa #ue oorre em alguns proessos empresariais& industriais ou omunitários o/etivando a produção de /ens ou de serviços." =e aordo om Rol0 EsHen/urg2& e no onteto da Teoria da Cooperação& o oneito de ooperação ( utilizado omo oneito de 6o& e tam/(m omo oneito i<8>i>u9io<6;"
2
EsHen/urg& R" Cooperação e organização da suprema vontade" 3n5 ,oettHer& E"$org"% 6ro/lemas de direção em ooperativas" Florianpolis5 :FSCI*ssoene& 1@D7"
____________________________________________________________________ 1N _ Moderna Administração em Cooperativas
Como oneito de ação a Cooperação (= trabalho conjunto) é a ação conscente de undades econ!"cas (pessoas f#scas ou pessoas jur#dcas) para u"a fnaldade co"u", sendo as at$dades nd$duas dos partcpantes coordenadas atra$és de ne%ocação e acordo .
9este oneito& a Cooperação implia na interação onsiente de várias pessoas& uma vez #ue o esta/eleimento da 0inalidade omum eigirá uma onduta individual interdependente" *lançar o resultado individual s ( possOvel se Houver um omportamento mutuamente adaptado e onsiente de várias pessoas" uando dois ou mais indivOduos ooperam entre si signi0ia #ue& geralmente& eles adaptam mutuamente o seu omportamento em pelo menos um ampo de atividade e #ue& pelo menos em um ampo de atividade& eles não ompetem entre si" 8u sea& suas motivaçJes e açJes onse#Yentes são paralelas e mutualOstias" Como oneito instituional Coo:=r6o se re0ere a uma instituição ou organização& #ue ( denominada ooperativista" Esta organização se /aseia essenialmente no livre aordo de vontades individuais para alançar o/etivos de emanipação e de epansão eonmia e soial" 8 alane desses o/etivos se dá pela imposição de uma organização relativamente omplea de gestão e de planeamento voltada& por um lado& para as #uestJes eonmias da produção e de merado& e por outro& para a melHoria das ondiçJes de vida e& so/retudo& para a eduação e a solidariedade" 8 prprio grupo de mem/ros da organização tem ou delega& a um rgão deisrio su/ordinado a seu ontrole& a ompet4nia de deidir so/re a 0inalidade da ação omum e so/re a sua realização" Como oneito instituional& e onretizada na 0orma organizaional ooperativa& a Cooperação não ( somente um grupamento Humano 0ormado a partir de /oas intençJes e vontades" * ooperativa (& tam/(m& dependente do onunto de meios materiais e 0inaneiros em torno dos #uais se dará a reorganização das relaçJes de produção"
3.2. %orm68 Primi>iB68 = Tr67i9io<6i8 7= Au76 MJ>u6 Em sentido lato& ooperar #uer dizer unir e oordenar os meios e os es0orços de ada um para realização de uma atividade omum& visando alançar um resultado prourado por todos" Z um omportamento #ue se o/serva ao longo de toda a Histria da Humanidade" * despeito do sentido prprio #ue o termo C886ER*;\8 ad#uiriu nos tempos modernos& ( onveniente ressaltar #ue esta palavra ( apenas uma apliação partiular de uma noção mais geral" 8s povos antigos á pratiavam a ooperação na sua luta pela so/reviv4nia" * aça e a pesa em omum& a onstrução de Ha/itaçJes e a de0esa da omunidade eram realizadas em onunto pelos mem/ros dos grupos" *l(m dessas atividades& nas soiedades mais primitivas& a ooperação apareia nas mani0estaçJes religiosas& ____________________________________________________________________ 11 _ Moderna Administração em Cooperativas
omponentes da vida soial& mantendoLse pelo ostume ou pela autoridade dos He0es tradiionais" Em #ual#uer aso& a ooperação eprime a solidariedade instintiva do grupo" Em todos os povos enontramos vestOgios e instituiçJes /aseadas na ooperação sem pr(vias 0ormulaçJes urOdias ou normatizaçJes esritas" Constituem espontneos movimentos de mutualidade& /ene0Oio omum& solidariedade e audaLmútua" * antigYidade& várias vezes seular& e a persist4nia desses ostumes e instituiçJes trazem um onHeimento de ordem mais geral e evideniam o instinto e a tradição de auda mútua para a ação& a posse e a gestão em omum& #ue se mani0estam na onsi4nia e na vida omunitária de todos os tempos e em todos os povos" Este instinto e esta tradição são relevantes para epliar as regras e os ostumes ooperativos& possi/ilitando pere/er a origem e a impulsão autentiamente populares do movimento ooperativo moderno" 9a a0irmação de CHarles Gide& o ooperativismo ( um movimento radialmente popular& originado diretamente do povo e para seu prprio /ene0Oio" *lgumas das regras #ue regem essas instituiçJes tradiionais são simples& outras ompleasU raramente são suseptOveis de serem 0ormuladas em termos ontratuais mas inorporamLse duma maneira natural no omportamento dos indivOduos" 6ossuem apaidade de se adaptar !s novas irunstnias e de evoluir untamente om o grupo soial #ue as produziu" Se& na origem& essas regras orrespondem !s neessidades da onviv4nia omunitária primitiva& Historiamente evoluem para epressar o livre aordo das vontades individuais estruturadas em torno de um empreendimento eonmio oletivo" Em todos os povos sempre eistiram slidas tradiçJes de solidariedade soial& om primitivas signi0iaçJes rituais" Esses ostumes tradiionais revelam #ue a ooperação responde a uma neessidade pro0unda da )umanidade" *s di0erenças esseniais entre essas assoiaçJes /aseadas na tradição e a organização assoiativa moderna onsiste em #ue as primeiras respondem& mediante uma organização interna espontnea& !s ondiçJes eternas originadas loalmente5 neessidade de proteção do grupo e de entralização do mandoU imperativos de divisão da produção e das terrasU satis0ação de neessidades oletivas& et" e se /aseiam em regras rituais ou ulturais" Este tipo de organização não omporta nenHuma noção de planeamento& de resimento ou de promoção& não indo al(m da satis0ação imediata de neessidades 0ragmentadas do grupo originadas da prpria oletividade& num #uadro de eonomia de su/sist4nia" * assoiação ooperativa moderna& por outro lado& /aseiaLse essenialmente no livre aordo de vontades individuais para alançar o/etivos de emanipação e de desenvolvimento eonmio e soial& esta/eleendo 0ormas de artiulação dos grupos ooperados om o merado& por meio de um empreendimento eonmio ompleo7" 7
83T" CaraterOstias y 0uniones de la empresa ooperativa" ,uenos *ires5 3nteroop& 1@A" S(rie +anuales& nX A"
____________________________________________________________________ 12 _ Moderna Administração em Cooperativas
9a ,a/ilnia& no Egito e na Gr(ia antiga& á eistiam 0ormas de ooperação muito /em de0inidas5 nos ampos omunitários de plantio de trigo& no artesanato e no sepultamento dos mortos" 9a ,a/ilnia& muito antes de Cristo& á eistia um sistema de eploração em omum de terras arrendadas" 9a Gr(ia antiga& Havia diversas 0ormas de assoiação& entre as #uais as #ue o/etivavam garantir enterro e sepultura deente aos seus assoiados" uatroentos anos antes do nasimento de Cristo& os meradores Hineses se organizavam em grupos para o transporte de meradorias no Rio *marelo" 9o +(io& os indOgenas organizavamLse em omunidades Hamadas -eidos.& Hoe trans0ormadas em ooperativas integrais de produção agrOola" 8 mesmo aonteeu om os indOgenas peruanos #ue& organizados em omunidades Hamadas -aylHos.& semeavam e olHiam suas lavouras om instrumentos de propriedade oletiva" :ma das 0ormas mais ompletas de ooperação 0oi desenvolvida no s(ulo ]V& ! (poa do deso/rimento da *m(ria& pelas ivilizaçJes *stea e +aia na *m(ria Central& e pela ivilização 3na& na *m(ria do Sul" Esses povos viviam em regime de audaLmútua& sustentado pela organização ooperativa das atividades agrOolas" Entre nossos povos indOgenas& a realização de atividades eonmias e soiais em omum deu origem ! prátia do mutirão& omum em nosso paOs" *s #ueiarias ooperativas nas montanHas 0ranesas de 'ura naseram das ^0rutarias^ ua eist4nia 0oi assinalada desde o s(ulo ]333" =o mesmo modo& na 3ugoslávia& o nome de ^_adruga^& #ue sempre designou as ooperativas& ( tam/(m o da ^grande 0amOlia^ s(rvia& agrupamento igualitário anestral #ue eplora um patrimnio omum indivisOvel e elege o seu He0e"
3.3. Surim=<>o 7o Coo:=r6>iBi8mo Mo7=ryon& 1D7K% na FrançaU $RoHdale&1DAA% na 3nglaterraU $CHemnitz& 1DAK% na *lemanHa" [ proura de uma solução para o pro/lema soial& os soialistas utpios da (poa imaginaram riar olnias autoLsu0iientes" +ais notável ainda #ue os 6ioneiros de RoHdale& (le/res pelo seu sentido prátio& primeiramente tenHam dado omo 0im ! sua ____________________________________________________________________ 17 _ Moderna Administração em Cooperativas
ooperativa riar& ou audar a riar tais olnias& uos mem/ros seriam não apenas os prprios omeriantes& mas tam/(m os prprios produtores empregados" Re0letindo toda a angústia de uma soiedade em rápida trans0ormação& as primeiras ooperativas são resultado da eonomia industrial no momento Histrio em #ue se rompe o e#uilO/rio eonmio e soial das omunidades dom(stias e 0az pesar so/re as lasses populares uma pressão #ue se tornaria ada vez mais intolerável"
3.3.1. Co<>ri@uiK=8 7o8 8o9i6;i8>68 u>:i9o8 :6r6 o :=<86m=<>o 9oo:=r6>iBo >em/rar a origem popular da instituição ooperativa não e#Yivale a dizer #ue o movimento ooperativo se desenvolveu em am/iente 0eHado& isolado de todo o pensamento e in0lu4nia eteriores" 8 pensamento soialista utpio dos s(ulos ]V33 e ]V333 epressa o deseo de um mundo novo& de uma nova organização soial alierçada na solidariedade entre os Homens e na ustiça soial" =e aordo om 6aul )ugonA& o soialismo utpio surge om o advento da grande indústria e desenvolveLse do 0inal do s(ulo ]V333 ! metade do s(ulo ]3]& prinipalmente na França e na 3nglaterra" 8 soialismo utpio tem omo araterOstias prinipais os 0undamentos de ustiça e de 0raternidade voltados ! melHoria do meio eonmio& ! organização soial e#Yitativa e mais usta repartição da ri#ueza" * orrente soialista utpia assoiaionista v4& no regime de livreLonorr4nia& a prinipal ausa dos pro/lemas eonmios e soiais da (poa& sendo responsável pela má produção e pela inusta repartição das ri#uezas" * solução& para os assoiaionistas& está na trans0ormação do meio eonmio e soial& su/stituindo o indivOduo pela assoiação& onstitutiva do novo meio am/iente" =este 0orma& o antagonismo dos interesses privados& oriundos da onorr4nia& seria su/stituOdo& nos setores da produção e da repartição& pela ola/oração destes mesmos interesses& deorrentes da assoiação" =uas prinipais orrentes assoiaionistas ontri/uem para a 0ormação do pensamento eonmio ooperativo5
A
L
a orrente li/eral& #ue de0ende a livre iniiativa e adesão dos indivOduos ! assoiação& representada por Ro/ert 8`en e CHarles Fourier& devendo ser onsideradas& tam/(m& as ontri/uiçJes de 6lo/oy e ,ellersU
L
a orrente autoritária& #ue onsidera indispensável uma autoridade superior #ue imponHa o omportamento assoiativo aos indivOduos& representada por ,uHez e ,lan"
)ugon& 6" Hi8>ri6 768 7ou>ri<68 =9o<mi968 " São 6aulo5 *tlas& 1@DA"
____________________________________________________________________ 1A _ Moderna Administração em Cooperativas
Todos esses pensadores ontri/uOram para a 0ormação da onepção ooperativa e para de0inição de0 inição dos prinOpios /ásios da organização e do 0unionamento das instituiçJes ooperativas modernas" Enontramos neles elementos #ue 0ormam a onepção e a polOtia ooperativa moderna" Eistem& entre eles& di0erenças de pontos de vistas so/re ertos aspetos terios da ooperação eonmiaU essas di0erenças persistem& ainda& entre os diversos ramos do ooperativismo mundial" SalientamLse nesses autores ertos pontos omuns su0iientes para imprimir ao movimento ooperativo o aráter de um sistema eonmio e de uma ação soial unitários" *s araterOstias 0undamentais do movimento ooperativo moderno& enontradas na o/ra dos grandes preursores e aeitas atualmente& podem assim ser resumidas5 1" * id(ia id(ia de asso assoia iaçã ção5 o5 a oop oopera eraçã çãoo reali realiza za a asso assoia iação ção das 0orça 0orçass eonmias na onseução de um 0im omum" *pela para o espOrito de solidariedade& e não para a ompetição dos assoiados" Esta/elee o prinOpio da Harmonia de vida e não o de luta pela vida" 2" * ooperação ooperação ( uma uma ação de emanipação emanipação das lasses lasses tra/alHadoras tra/alHadoras da da nação partindoLse da id(ia de organização dos interesses do tra/alHo" 7" * org organi anizaçã zaçãoo do tra/a ra/alH lHo& o& a ação ação de eman emani ipa paçã çãoo das das las lasse sess operárias& se 0az por iniiativa prpria de interesses" Z uma ação de autoa autoauda& uda& muito muito di0eren di0erente te das açJes açJes 0ilant 0ilantrpi rpias as e de autori autoridad dadee pú/lia& uo o/etivo ( a de0esa de interesses eonmios dos 0raos" 8 poder pú/lio s eventualmente oordena esta ação de self de self help" help" A" * oope oopera raçã çãoo 0az um apel apeloo ao Homem Homem para para #ue se assoie assoie om seus seus semelHantes" *ssim& o apital não ( senão o meio de realização dos 0ins da instituição" * ooperação não tem em vista o luro& mas a proura de tra/alHo para os assoiados" Esta id(ia de eliminação do lur luroo indu indust stri rial al ou ome omer ria iall ( eno enont ntra rada da em muit muitos os dess desses es pensadores" K" *s unid unidad ades es empr empres esar aria iais is oop ooper erat ativ ivis ista tass não não são são ons onsid ider erad adas as isoladamente& mas omo (lula de uma grande organização 0ederativa& a serviço do interesse geral" M" Esta organi organização zação tem tem aráter aráter permanente" permanente" 8s 0undos 0undos aumulados aumulados pelas pelas instituiçJes durante anos servirão para o desenvolvimento 0uturo do movimento"
3.". A R=u;6m=<>6o Coo:=r6>iB6 ________________________________________________________ ____________________________ ________________________________________ ____________ 1K _ Moderna Moderna Administração em Cooperativas
8 Cooperativismo moderno se origina em torno de 1DAA& pela iniiativa de um grupo de operários da idade de RoHdale& na 3nglaterra" 9a#uela (poa& a modernização da indústria su/stituiu o tra/alHo artesanal e outras atividades pelas má#uinas& e os operários tiveram #ue en0rentar vários pro/lemas5 o desemprego& as más ondiçJes de vida& a esassez de alimentos e de moradia& et" 6assaram& então& a se preoupar om outras alternativas para garantir o sustento de suas 0amOlias" =isutindo suas di0iuldades e /usando soluçJes para pro/lemas #ue á se tornavam angustiantes em toda a Europa& o grupo de operários de RoHdale deidiu pela riação de uma soiedade de onsumo popular& /aseada no ooperativismo" Com/inaram #ue ada um eonomizaria pe#uenas parelas de seus pouos rendimentos& pelo menos durante um ano& para 0ormarem uma empresa #ue pudesse tiráLlas da situação de mis(ria em #ue se enontravam" Em reunião& #ue teve a partiipação de 2D pessoas& no dia 21 de dezem/ro de 1DAA& deli/eraram pela 0undação de um armaz(m omunitário& om um apital de 2D li/ras& representando uma li/ra de ada mem/ro do grupo" Estava 0ormada a Soiedade dos 6ro/os 6ioneiros de RoHdale& a primeira empresa ooperativa moderna" =ispondo de pe#uenos esto#ues de açúar& gordura& 0arinHa e outros g4neros de primeira neessidade& o modesto esta/eleimento omerial& o merial& administrado pelos prprios prp rios 0undadores& 0oi alvo da desrença e da invea dos tradiionais omeriantes da idade" 6or(m 6or(m&& despe despert rtou ou a aten atençã çãoo dos dos on onsum sumid idore oress loa loais is e prini prinipa palm lment entee da lass lassee tra/alHadora& pela onsiderável prosperidade alançada em pouo tempo" * partir da riação dessa empresa& seu modelo organizaional passou a ser opiado no mundo todo& dando origem ao movimento ooperativista" *s normas #ue regulam regulamenta entavam vam o 0union 0unioname amento nto do esta/el esta/elei eimen mento to omeri omerial al omuni omunitár tário io deram deram origem aos -6rinOpios do Cooperativismo.& adotados posteriormente por ooperativas surgidas em diversos paOses do mundo" *inda durante o s(ulo ]3]& outros grupos de pessoas promoveram a riação de empre empresas sas omuni omunitá tári rias& as& na 0orma 0orma de oope oopera rati tiva vas& s& dedi dedia ada dass a ou outr tras as ativ ativid idade adess eonmias" 9a França e 3nglaterra& surgiram as empresas ooperativas de tra/alHo& na *lemanHa e na 3tália& apareeram as primeiras ooperativas de r(dito rural e r(dito ur/ano& na ,(lgia e paOses vizinHos& surgiram as primeiras organizaçJes ooperativas de produção agropeuária" * partir dessa (poa& o ooperativismo& omo proposta de organização empresarial na 0orma de empresas ooperativas& disseminouLse pelo mundo"
3.".1. Pri<9:io8 7o N=9io Coo:=r6>iBo 8 neg negi ioo oope oopera rati tivo vo se 0unda 0undame ment ntaa em um on onunt untoo de orient orientaç açJes Jes #u #uee esta/eleem a 0orma de relaionamento entre a ooperativa e seus mem/ros" Estas orientaçJes são denominadas Prnc#pos Prnc#pos Cooperat$stas Cooperat$stas e distinguem a Cooperativa de outros tipos de empreendimento eonmio" ________________________________________________________ ____________________________ ________________________________________ ____________ 1M _ Moderna Moderna Administração em Cooperativas
:ma Cooperativa ( de0inida omo um empreendimento eonmio ontrolado pelos seus proprietáriosLusuários #ue se s e /ene0iiam de seus serviços de 0orma e#Yitativa de aordo om a neessidade de ada um" So/ ertos aspetos& as ooperativas se assemelHam a outros tipos de empresas" 6ossuem instalaçJes 0Osias similares& eeutam 0unçJes semelHantes e neessitam orientarLse por prátias administrativas& 0inaneiras e operaionais id4ntias a outros empreendimentos eonmios de mesma natureza" *l(m de serem normatizadas por lei espeO0ia& a elas se apliam as normas legais prprias aos negios a #ue se dediam" Seus ooperados elegem dirigentes #ue esta/eleem polOtias para o desenvolvimento empresarial e ontratam gerentes para a administração das atividades do diaLaLdia empresarial" 6or outro lado& as ooperativas se distinguem aentuadamente de outros tipos de empresas" Estas di0erenças são enontradas na 0inalidade da ooperativa& a 0orma de propriedade e de ontrole& e omo são distri/uOdos os /ene0Oios" Estas di0erenças são usualmente usualmente de0inidas pelos Prnc#pos epliam omo as ooperativas ooperativas Prnc#pos Cooperat$stas e epliam 0uni 0union onam am"" 6ara 6ara ompre ompreen ender der omo omo os Prnc#pos Prnc#pos Cooperat$stas Cooperat$stas são de0inidos na atualidade neessitamos onHeer a sua Histria"
3.".2. Hi8>ri6 7o8 Pri<9:io8 Coo:=r6>iBi8>68 :ma das primeir primeiras as empres empresas as oop oopera erativ tivas as 0oi a Soied Soiedade ade dos 6ionei 6ioneiros ros de RoHdale& RoHdale& 0undada na 3nglaterra& 3nglaterra& em 1DAA" 8 grupo original original dos 0undadores 0undadores era 0ormado 0ormado por 2D pessoas& pessoa s& inluindo desde operários da indústria de teelagem at( sapateiros" Eram pro0issionais li/erais ou pe#uenos empreendedores #ue se reuniram para a a#uisição de g4neros alimentOios em omum" * su/srição iniial de apital orrespondia a uma li/ra inglesa" * Soiedade de RoHdale reuniu as melHores id(ias desenvolvidas ao longo da Histria do ooperativismo e deu a elas a 0orma de polOtias e prátias administrativas e opera ope raio iona nais is as #ua #uais is&& ao longo longo dest destes es 1KN anos anos&& evol evoluO uOram ram na 0orm 0ormaa do doss atua atuais is Prnc#pos Prnc#pos Cooperat$stas Cooperat$stas" Estes prinOpios distinguem as empresas ooperativas de outras 0ormas empresariais nãoLooperativas" :m prinOpio ooperativista epressa uma doutrina geral ou uma id(ia id(ia #ue de0ine ou identi0ia uma araterOstia" =e 0orma lara& separa a ooperativa de outras 0ormas de organização empresarial" * prátia ooperativa ( uma ação ou atividade #ue dá suporte& omplementa ou torna pratiável um prinOpio" * prátia ( partiularmente importante para o suesso de uma ooperativa& mesmo onsiderando #ue tais prátias não são neessariamente de apliação únia !s ooperativas"
3.".3. O8 Pri<9:io8 Coo:=r6>iBi8>68 <6 A>u6;i767= 8s 6rinOpios Cooperativistas na atualidade de0inem e identi0iam as araterOstias distintivas da 0orma empresarial ooperativa5 ________________________________________________________ ____________________________ ________________________________________ ____________ 1 _ Moderna Moderna Administração em Cooperativas
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O Pri<9:io 7o Doro;67or4 os ooperados #ue ontrolam a ooperativa são as mesmas pessoas #ue utilizam seus serviços e dela se /ene0iiam" O Pri<9:io 7o $8uário=<=Fi9iário4 a 0inalidade da ooperativa ( propiiar e distri/uir /ene0Oios e ganHos aos usuários proporionalmente ! sua partiipação no negio"
* =elaração so/re a 3dentidade Cooperativa enuniada pela *liança Cooperativa 3nternaional – *C3& em seu Congresso realizado em 1@@K& de0ine a Cooperativa& esta/elee os valores ooperativos e renova o enuniado dos prinOpios ooperativos" =e aordo om esta =elaração& uma ooperativa ( uma assoiação de pessoas #ue se unem& voluntariamente& para satis0azer aspiraçJes e neessidades eonmias& soiais e ulturais omuns& atrav(s de uma empresa de propriedade omum e demoratiamente gerida" *s ooperativas /aseiamLse em valores de auda e responsa/ilidade prprias& demoraia& igualdade& e#uidade e solidariedade" 9a tradição dos seus 0undadores& os mem/ros das ooperativas areditam nos valores (tios da Honestidade& transpar4nia& responsa/ilidade soial e preoupação pelos outros" 8s prinOpios ooperativos são as linHas orientadoras atrav(s das #uais as ooperativas levam ! prátia os seus valores" Em sua mais reente 0ormulação& em 1@@K& pela *liança Cooperativa 3nternaional – *C3& os prinOpios ooperativistas passaram a ter a seguinte redação5 1 Pri<9:io4 A7=8o Vo;u<>ári6 = ;iBr= *s ooperativas são organizaçJes voluntários& a/ertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços& e dispostas a assumir as responsa/ilidades omo mem/ros& sem disriminaçJes de seo& soiais& raiais& polOtias ou religiosas"
2 Pri<9:io4 G=8>o D=mo9rá>i96 :=;o8 M=m@ro8 *s ooperativas são organizaçJes demorátias ontroladas pelos seus mem/ros& #ue partiipam ativamente na 0ormulação das suas polOtias e na tomada de deisJes" 8s Homens e as mulHeres eleitos omo representantes dos outros mem/ros são responsáveis perante estes" 9as ooperativas de primeiro grau& os mem/ros t4m igual direito de voto $um mem/ro& um voto%& e as ooperativas de grau superior são tam/(m organizadas de 0orma demorátia"
3 Pri<9:io4 P6r>i9i:6o E9o<mi96 7o8 M=m@ro8 8s mem/ros ontri/uem e#Yitativamente para o apital das suas ooperativas e ontrolamL no demoratiamente" 6elo menos parte desse apital (& normalmente& propriedade omum
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da ooperativa" 8s mem/ros ree/em& Ha/itualmente& e se Houver& uma remuneração limitada ao apital su/srito omo ondição da sua adesão" 8s mem/ros a0etam os eedentes a um ou mais dos seguintes o/etivos5 desenvolvimento das suas ooperativas& eventualmente atrav(s da riação de reservas& parte das #uais& pelo menos& será indivisOvelU /ene0Oio dos mem/ros na proporção das suas transaçJes om a ooperativaU apoio a outras atividades aprovadas pelos mem/ros"
" Pri<9:io4 Au>o
5 Pri<9:io4 E7u96oQ %orm6o = I
& Pri<9:io4 I<>=r9oo:=r6o *s ooperativas servem de 0orma mais e0iaz os seus mem/ros e dão mais 0orça ao movimento ooperativo& tra/alHando em onunto& atrav(s das estruturas loais& regionais& naionais e internaionais"
' Pri<9:io4 I<>=r=88= :=;6 Comu= 4 ICA N=8Q No. 5&Q 15.
3.5. O P=<86m=<>o Coo:=r6>iBi8>6 Co<>=m:or<=o =urante muito tempo& #uase todos os estudiosos do ooperativismo s se preouparam om a onepção do sistema ooperativista de inspiração doutrinária roHdaleana& ou sea& o ooperativismo inspirado no pensamento e na prátia originada pela eperi4nia de RoHdale"
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Reentemente& surgiram tentativas de ela/oração do ara/ouço terio de um sistema ooperativista om um onteúdo doutrinário voltado para a raionalidade eonmia& generiamente denominado de ooperativismo nãoLroHdaleano de aráter empresarialK" Esse movimento terio ( representado essenialmente pelos autores #ue reeitam ompletamente o mito de RoHdale e en0atizam a neessidade da empresa ooperativa ser apenas e0iaz" ,oettHer& um dos prinipais autores da Teoria de +unster M& ou Teoria Eonmia da Cooperação& onsidera os prinOpios roHdaleanos uma esp(ie de -teoria eonmia de empresas. riada por alguns dos dediados pioneiros de RoHdale& mas uos onHeimentos eram reduzidos" 6or isso ( -tão in0erior ! teoria aad4mia de eonomia de empresas omo um aviãozinHo de papel diante de um moderno avião a ato. e om ela -nuna será possOvel organizar ooperativas superiores !s organizaçJes empresariais privadas. nem eliminar a onorr4nia ou a eonomia de merado" Esse modelo& #ue ( o mais di0undido& -tem ausado e ontinua ausando grande dano.& so/retudo aos paOses emergentes5 -"""por um lado& por#ue essa teoria desperta a grande esperança entre os Homens de #ue& ao se eliminar a onorr4nia eonmia e ao se passar a uma eonomia de ooperação $uos pro/lemas ningu(m onHee%& tudo melHoraria omo por milagre""".U -por outro lado& por#ue os 0raassos so0ridos pelo movimento ooperativista em todas as partes do mundo não t4m passado desapere/idos""". 9o mesmo sentido& a0irma ,enee #ue ( omum& nos paOses emergentes& -esperarLse verdadeiros milagres das ooperativas." +as não se eslaree #ue teoria 0undamenta essas epetativas e a mera re0er4nia ! ideologia ooperativa não ( su0iiente para usti0iar tais esperanças" >aidla`D& em seu estudo so/re as tend4nias de desenvolvimento do ooperativismo mundial& ritia o ooperativismo roHdaleano a0irmando #ue5 - a visão roHdaleana tornouLse uma imagem on0usa e longOn#ua de uma idade terminada& sem grande signi0iação atual" Raros são a#ueles #ue partiipam ainda da rença de #ue o mundo moderno possa ser re0ormado ou mudado por um sistema limitado de om(rio vareista" uase ningu(m está verdadeiramente satis0eito om a maneira pela #ual os prinOpios ooperativos são presentemente 0ormulados." $"""% [ medida #ue a estrutura ooperativa tornaLse mais vasta e mais omplea& ( ada vez mais di0Oil assegurar omo a demoraia eonmia pro0essada pelas ooperativas poderia enontrar sua epressão e tornarLse operatria." *pesar dessa o/servação so/re a visão roHdaleana& as ooperativas são enaradas omo solução a vários dos mais s(rios pro/lemas do 0inal deste s(ulo& espeialmente a produção de alimentos e a riação de emprego produtivo"
6inHo& ="," Si8>=m68 E9o<mi9o8 Com:6r67o8" São 6aulo5 SaraivaIE=:S6& 1@DA" Em alusão ! :niversidade de +unster& *lemanHa& onde se desenvolveu a maior parte do orpo terio do ooperativismo empresarial" ,enee& =" Coo:=r6o = D=8=o " 6orto *legre5 Cooornal& 1@D" D >aidla`" A8 9oo:=r6>iB68
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Com o desenvolvimento da eonomia moderna& tem sido ada vez mais neessário superar a oloação romntia da ooperativa omo instrumento de de0esa dos mais d(/eis atores eonmios& posição #ue onduz a uma ação marginal e limitada" * proposta ( desenvolver uma onepção empresarial da ooperativa omo es#uema organizatrio om dimensJes su0iientes para a0irmar sua apaidade ompetitiva dentro do #uadro de uma eonomia de merado& 0rente !s respetivas organizaçJes nãoL ooperativas" *s tentativas terias atuais de ela/oração teria do ooperativismo enontram seu eemplo mais ela/orado na Teoria de +unster& ou Teoria Eonmia da Cooperação& desenvolvida por um grupo de pro0essores do 3nstituto de Cooperativismo da :niversidade de +unster& na *lemanHa" 9os omentários de 6inHo@& a Teoria de +unster tem omo prinipais pressupostos5 1" a ooperação não elui o interesse pessoal& nem a onorr4nia $tal omo a0irmam as outras teorias ooperativistas%U ao ontrário& permite aos 0raos desenvolveremLse dentro da eonomia ompetitivaU 2" os assoiados /usam satis0azer seus interesses pessoais atrav(s de ooperativas #uando veri0iam #ue a ação solidária ( mais vantaosa do #ue a ação individual – #ue ( a apaidade e#uili/radora da ooperativaU 7" a ooperativa ad#uire sua prpria importnia eonmia& independentemente das unidades eonmias dos assoiadosU A" os dirigentes $onselHeiros de administração& diretores e gerentes% atendem aos seus prprios interesses na medida em #ue 0omentam os interesses dos mem/ros da ooperativaU suas rendas e seu prestOgio devem aumentar proporionalmente ! melHoria da situação dos assoiadosU daO& a neessidade de 0isalizar a gestão empresarial e esta/eleer ontroles instituionalizados ontra açJes negativas dos mem/ros $omo sa/otagens na entrega de produtos& a0astamento& et"%U K" entre os assoiados e a ooperativa deve Haver solidariedade ou lealdade onsiente& em/asada em normas ontratuais ou estatutárias – #ue legitimam essa lealdade – e não solidariedade ega – tal omo preonizam as outras teorias ooperativistas" 9este partiular& o grupo de +unster desenvolveu tam/(m uma -teoria eonmia da demoraia." 6ara a teoria de +unster& tanto o interesse individual dos assoiados #uanto o interesse oletivo são importantes na ooperativa& uma vez #ue os interesses eonmios individuais são realizados por meio da empresa #ue mant4m onuntamente" *s ooperativas não estão em ontradição om a eonomia ompetitiva" 6ara isto& devem utilizar as modernas t(nias de organização empresarial& garantir a #ualidade dos seus produtos e serviços& utilizar as inovaçJes tenolgias e apresentar as vantagens tOpias das empresas eonmias& para a atividade ooperativista ser ompetitiva" =essa 0orma& as vantagens produzidas pela soiedade podem retornar aos assoiados& sem @
6inHo& ="," O P=<86m=<>o Coo:=r6>iBo = o Coo:=r6>iBi8mo r68i;=iro" São 6aulo5 C96#& 1@D2"
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disriminaçJes" TornaLse& portanto& neessária a partiipação de todos nos proessos de tomada de deisJes do grupo& /em omo a neessidade dos assoiados ontrolarem a úpula dirigente" Z evidente a pertin4nia dessas onsideraçJes terias em relação !s mudanças estruturais pelas #uais atravessa o ooperativismo no ,rasil e no mundo" *lguns 0atores são relevantes na on0ormação do enário de ompetição na atualidade e suas onse#Y4nias mais imediatas para o ooperativismo moderno" *s mudanças reentes oorridas no ooperativismo agropeuário norteLameriano e europeu& relatadas por +iHael Coo e *drei _`anen/erg& podem ilustrar a aplia/ilidade dos preeitos terios de +unster ao ooperativismo ontemporneo" * despeito da eplOita re0er4nia ao ooperativismo agropeuário& as o/servaçJes e onlusJes de +iHael Coo e *drei _`anen/erg são importantes e úteis para o entendimento dos proessos de mudança #ue oorrem em outros tipos de ooperativas" Em sua on0er4nia no ]3 Congresso ,rasileiro de Cooperativismo& o pro0" +iHael C88 1N& analisando o ooperativismo agropeuário norteLameriano& assinala a semelHança da rise e dos proessos de modernização do ooperativismo ligado ! agriultura em diversos paOses de agriultura avançada" Em sua disussão& importante para o entendimento da situação atual do ooperativismo agropeuário mundial& e em partiular do aso /rasileiro& C88 a0irma #ue5 “a partir de 1983, os Estados Unidos presenciam uma das piores crises que seu setor agrícola já enfrentou !om a chamada "epress#o $grícola, as cooperati%as de produtores perdem grande parte de sua import&ncia econ'mica( at) 1989, a participa*#o das cooperati%as na comerciali+a*#o de produtos agrícolas cai para cerca de -. do total norte/americano, enquanto que a fatia ocupada na %enda de insumos para produ*#o tam0)m decresce, para um igual montante de -. Esta no%a situa*#o pro%oca uma parada para refle#o nas empresas cooperati%as 2s líderes destas empresas passam a tomar cincia dos no%os desafios que o sistema cooperati%ista de%eria enfrentar para so0re%i%er num no%o am0iente, muito mais hostil a suas empresas 2 no%o conteto que se apresenta%a significa%a a industriali+a*#o cada %e+ maior dos produtos de origem agropecuária, a glo0ali+a*#o crescente dos mercados, com conseq4ente aumento da concorrncia nos di%ersos setores de ati%idade, inclusi%e no setor agrícola 2utro fator perceptí%el neste no%o am0iente ) a intensifica*#o do uso de capital nos sistemas agroalimentares, com no%as tecnologias e processos de produ*#o mecani+ados e altamente demandantes de recursos financeiros 2 desafio destinado 5s cooperati%as de produtores rurais di+ia respeito 5 ina0ilidade intrínseca destas empresas em e%oluírem como organi+a*6es originalmente defensi%as 1N
C88& +" NoB6 G=r6o 7= Coo:=r6>iB68" 3n5 ]3 Congresso ,rasileiro de Cooperativismo" *nais""",rasOlia5 8C,& 1@@"
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em suas estrat)gias para uma atua*#o mais agressi%a de mercados, fa+endo frente a empresas de capital a0erto $ ina0ilidade inerente 5s empresas cooperati%as neste no%o am0iente esta%a muito relacionada 5s características naturais da maiorias das cooperati%as no mundo 2riginalmente constituídas por produtores rurais, que procura%am uma melhor condi*#o de comerciali+a*#o de sua produ*#o e de compra de insumos e produtos, as cooperati%as sempre carregaram como principais características a tradi*#o, o gerenciamento ineficiente de seus neg7cios empresariais e a dificuldade de ado*#o de no%os modelos de administra*#o, gra*as a uma mentalidade tradicionalista e at) mesmo retr7grada de seus dirigentes, em sua totalidade produtores rurais $l)m disso, quest6es institucionais trata%am de dificultar ainda mais o processo e%oluti%o das cooperati%as, já que os princípios legais, nos quais se 0asea%am estas empresas, eram elementos desestimuladores da participa*#o do capital de terceiros neste empreendimento "esta forma, cooperati%as originalmente formadas para defenderem seus associados, produtores rurais, do ele%ado poder de 0arganha das empresas com os quais estes esta0eleciam rela*6es, 0asea%am/se em premissas como, por eemplo, o limitado retorno so0re o capital nelas in%estido e o controle democrático, que afasta%am o capital de risco, pro%eniente de terceiros e necessário para esta0elecimento de no%os in%estimentos na ati%idade da empresa "esta forma, a nica op*#o para as cooperati%as foi a de capitali+a*#o atra%)s de lenta aquisi*#o de capital %ia reten*#o de lucros da pr7pria empresa, em detrimento ao capital pro%eniente de fora da cooperati%a ais do que um fen'meno local particular 5s cooperati%as norte/americanas, o fato descrito pode ser generali+ado como comum 5s cooperati%as da maioria dos países de agricultura a%an*ada "entre eles, podem ser citados a $ustrália, a $rgentina, o !anadá, a :frica do ;ul, os países europeus de forma geral e tam0)m o
_b*9E9,ERG& *" Euro:=6< D6irU Coo:=r6>iB=8 D=B=;o:i< N= S>r6>=i=8 " :treHt& )olanda5 Ra/o/an& 1@@" 271 p"
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paOses não europeus $Common *griultural 6oliy& C*6% e a resente preoupação e intervenção governamental em #uestJes relaionadas a ontrole am/iental" Essas mudanças t4m provoado impatos diretos tanto a nOvel da propriedade rural #uanto a nOvel das estruturas empresariais de proessamento industrial do leite" +udanças nas polOtias governamentais& na demanda do onsumidor& no om(rio vareista internaional& nas tenologias de produção a nOvel de 0azenda e a nOvel da indústria t4m provoado a neessidade de reonsiderar as estrat(gias empresariais usualmente aeitas pelas ooperativas de leite" *tualmente& as ooperativas de leite europ(ias não s analisam se estão produzindo os produtos ertos para os merados ertos& mas tam/(m avaliam e testam novas estrat(gias de aptação de leite& sua estrutura e seus m(todos de 0inaniamento das atividades /em omo as relaçJes empresariais entre os produtores rurais assoiados e a ooperativa proessadora de leite" 8 estudo de _b*9E9,ERG enri#uee a disussão so/re o moderno ooperativismo mundial& independente do tipo de ooperativa& e não somente no aso europeu& ! medida em #ue onsidera os #uatro aspetos estrat(gios omo neessários e passOveis de serem tra/alHados simultaneamente" Em todos os tipos de ooperativas o/servaLse a neessidade de desenvolver novas 0ormas de ação no merado& de gestão de aptação dos insumos dos ooperados $leite – no aso agropeuárioU depsitos – no aso de r(ditoU tra/alHo espeializado – no aso do ooperativismo m(dioU et" %& de 0inaniamento das atividades e novas 0ormas de relaionamento entre o ooperado e sua ooperativa" Con0rontadas om a neessidade de se adaptar om e0ii4nia e rapidez !s mudanças eonmias& as ooperativas t4m #ue evitar duas rotas para seu 0uturo desenvolvimento e #ue podem omprometer sua posição no merado e sua identidade empresarial ooperativa5 a% a primeira rota 0oaliza a unidade de produção assoiada omo entro do negio empresarial ooperativo" Em virtude dos inúmeros pro/lemas espeO0ios de produção de produtos ou de serviços a serem oloados no merado& a nOvel de unidade de produção de produtos ou de serviços $por eemplo& produção dos diversos serviços m(dios realizada& pelo m(dio& em seu onsultrio ou lOnia%& os ooperados instintivamente podem optar por esta perigosa estrat(gia" 8 resultado provável ( #ue o empreendimento ooperativo não so/reviverá ! ompetição do merado& naional ou internaional" 9esse aso& s teoriamente os interesses /ásios dos ooperados são atendidos" /% * segunda rota 0oaliza eessivamente o merado dos produtos ou serviços omo entro do negio empresarial ooperativo& ainda #ue a usta do distaniamento entre a ooperativa e as unidades de produção de produtos ou serviços assoiadas& om perda das araterOstias ooperativas" *dministradores e gestores om inipiente 0ormação ooperativa e om eperi4nia anterior em empresas privadas de prestação de serviços $m(dios& por eemplo% tendem a seguir instintivamente esta perigosa ____________________________________________________________________ 2A _ Moderna Administração em Cooperativas
orientação" 8 resultado provável ( o 0ortaleimento das relaçJes de merado da ooperativa e a postergação dos interesses dos ooperados" Considerando essas duas estrat(gias& am/as indeseáveis pelo etremismo das posiçJes assumidas& de0endeLse modernamente a adoção de um tereiro en0o#ue do empreendimento ooperativo evitando tanto o 0oo nos interesses da unidade de produção de produtos ou serviços assoiada ! ooperativa #uanto o 0oo nos interesses elusivos do merado" 8u sea& trataLse de desenvolver uma estrat(gia empresarial #ue responda ! #uestão5 omo as ooperativas podem om/inar o desenvolvimento de novas estrat(gias para seus negios empresariais om a manutenção de uma organização verdadeiramente assoiativaIooperativac 8s dois asos $ Coo e _`anen/erg% eempli0iam& por um lado& a inapaidade do instrumental terio roHdaleano em atender as neessidades de ompetitividade e de gerar /ene0Oios ao ooperado 0ae os nOveis de ompetição nos merados modernosU por outro lado& re0orça o elemento entral do oneito de ooperativa – um empreendimento eonmio #ue& em deorr4nia de suas araterOstias empresariais& demanda a utilização das modernas t(nias de gestão de negios& aspetos entrais das modernas a/ordagens terias da ooperação"
3.&. O Coo:=r6>iBi8mo imeira& S6 $1D@1%U a Cooperativa +ilitar de Consumo do Rio de 'aneiro $1D@A%U a Cooperativa de Consumo de Camaragi/e& 6E $1D@K%& eemplos das primeiras ooperativas /rasileiras"
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*s primeiras ooperativas surgidas no meio rural 0oram as Caias Rurais Rai00eisen& no Rio Grande do Sul $a partir de 1@N2%& as ooperativas de plantadores $de diversos produtos agrOolas& prinipalmente de a0(% e de latiinistas& promovidas por 'oão 6inHeiro em +inas Gerais $iniiada em 1@N%" 9esse primeiro momento $at( o inOio dos anos 7N%& o ooperativismo agrOola aparee vinulado ! neessidade de omerialização da produção e de a/asteimento dos entros ur/anos" ConstituiLse em um meanismo utilizado pelos produtores para en0rentar diretamente a ação dos intermediários" Consistia de uma ação ooperativa ligada ! agriultura& 0ormada por pe#uenos produtores& tendo um aráter de de0esa da remuneração do tra/alHo 0amiliar 0rente ao om(rio e ! indústria de trans0ormação& restringindoLse ! omerialização dos eedentes agrOolas" * sua depend4nia em relação ao Estado era mOnima& uma vez #ue a pe#uena agriultura& nessa 0ase Histria& possuOa um grau maior de autonomia em relação ! agroindústria e !s polOtias o0iiais" 8 ooperativismo agrOola ligado ! a0eiultura e promovido pelo governo de 'oão 6inHeiro em +inas Gerais não se en#uadra nessa tend4nia geralU no aso da a0eiultura& era uma proposta de riação de ooperativas so/ o patroOnio do Estado para via/ilizar a omerialização do a0( sem as inger4nias dos grupos de eportadores do porto de Santos& S6" Essas ooperativas& 0ormadas por m(dios e grandes produtores de a0(& rapidamente desapareeram& om/atidas pelos grupos dos grandes eportadores deste produto" *t( a d(ada de 1@7N& al(m do ooperativismo agrOola e de r(dito& prinipalmente desenvolvido nas regiJes de imigração estrangeira& surgiram algumas ooperativas de onsumo ligadas a empresas nos prinipais entros ur/anos" * partir de 1@72& om a promulgação do =ereto 22"27@& normatizando a onstituição e o 0unionamento das ooperativas& 0ailitando e simpli0iando a sua 0undação e isentandoLas de uma s(rie de impostos& o Estado prourou inentivar ao máimo o desenvolvimento do ooperativismo no ,rasil" *o a/rigo desse teto legal& 0loreseram nos entros ur/anos o ooperativismo de onsumo& esolar& de prestação de diversos serviços& e& no meio rural& o ooperativismo agropeuário om a 0unção primordial de produzir alimentos para o merado interno" 9esse segundo momento& o ooperativismo agrOola não pode ser interpretado apenas omo um movimento isolado dos produtores& araterOstia predominante no perOodo anterior ! d(ada de 1@7N" +uito mais do #ue na#uele perOodo& o ooperativismo 0oi tutelado e estimulado pelo Estado& na medida em #ue esta 0orma de organização dos produtores se ade#uava aos interesses representados pelo novo modelo de desenvolvimento naional" 9esse perOodo& tem origem a araterOstia 0undamental do ooperativismo /rasileiro #ue perdurará at( o 0inal da d(ada de 1@DN5 a tutela do Estado" *s trans0ormaçJes apitalistas #ue se proessaram a partir de 1@7N& om a rise eonmia mundial& provoando o 0eHamento do om(rio internaional e a rise do setor a0eeiro& onduz ao redimensionamento da eonomia naional& no sentido de su/stituição de importaçJes e de industrialização de /ens não duráveis" ____________________________________________________________________ 2M _ Moderna Administração em Cooperativas
Con0orme aponta =uarte12 -estas trans0ormaçJes iriam re0letirLse diretamente no setor rural& posto #ue& a partir de então& a/eria ! agriultura a 0unção primordial de produzir alimentos para o merado interno& /arateando os ustos da 0orça de tra/alHo do setor industrial e ur/ano em epansão" *s ooperativas 0oram vistas omo um meanismo de organização da produção em moldes assoiativos& #ue tanto atenderiam aos interesses do Estado& #uanto aos dos produtores." =uas razJes levam o Estado a intervir na eonomia agrária& e tam/(m ur/ana& por meio do ooperativismo5 o potenial eonmio e o potenial ideolgio do movimento ooperativista" Como o/serva Fleury17& a nOvel eonmio& o ooperativismo se apresentou omo elemento 0undamental no proesso de modernização agrOola& 0ailitando sua integração no merado" E& em termos ideolgios& o ooperativismo& pelo seu onteúdo doutrinário roHdaleano& revestiaLse de aráter re0ormista& neessário para usti0iar suas intervençJes na eonomia& pois estas seriam 0eitas em nome das lasses menos 0avoreidas& /em ao gosto do estilo populista do governo da (poa" *ssim& as 0orças produtivas seriam desenvolvidas e mantidas as tensJes e on0litos soiais nos limites do politiamente viável para os interesses do Estado populista" Este potenial re0ormista& #ue se traduz em termos onretos apenas em um proeto de modernização agrOola e integração dos produtores no merado& evitava o on0lito om os interesses das lasses dominantes agrárias& estrat(gia esta #ue ainda permanee nos dias atuais" Se na d(ada de 1@7N a polOtia do Estado 0oi no sentido de inentivar ao máimo a riação de ooperativas agrOolas& na d(ada seguinte grande parte dessas ooperativas se enontravam paralisadas ou se#uer Hegaram a 0unionar" * razão omum para este 0ato era a não orrespond4nia das ooperativas !s neessidades reais dos grupos de produtores" Somente as ooperativas #ue lidavam om produtos de a/asteimento $Hortigraneiros& leite& aviultura% 0oram /em suedidas& uma vez #ue se orientavam pelas resentes neessidades de a/asteimento das idades das regiJes Sul e Sudeste& em virtude da intensi0iação da industrialização e da ur/anização" Com as alteraçJes e0etivadas na eonomia naional a partir do 0inal da d(ada de 1@KN& o setor rural e o ooperativismo agrOola passariam por pro0undas alteraçJes" Tam/(m o ooperativismo ur/ano& 0undamentalmente 0ormado pelas ooperativas de onsumo e de r(dito mútuo& são in0lueniados pelo novo padrão de desenvolvimento eonmio e soial #ue o paOs atravessa" 8 novo modelo de desenvolvimento naional se araterizava pela5 a% inserção do paOs no padrão de aumulação apitalista internaionalU /% eeução de polOtias de desenvolvimento industrial de /ens duráveisU % aeleração do desenvolvimento do ompleo agroindustrial& de apital naional e internaional" 9essa perspetiva desenvolvimentista& 0aziaLse neessária a modernização tenolgia do setor rural visando o desenvolvimento de uma agriultura de eportação para gerar divisas& e de =uarte& >"+"," C6:i>6;i8mo = Coo:=r6>iBi8mo 6+I*npos& 1@DM" 17 Fleury& +"T">" Coo:=r6>iB68 Ar9o;68 = C6:i>6;i8mo
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a/asteimento do merado interno& 0undamentalmente uma agriultura onsumidora de produtos industrializados" 8 ooperativismo se apresenta omo instrumento pre0erenial do Estado para via/ilizar a eeução das polOtias dirigidas ao setor rural& inserindoLo no novo padrão de desenvolvimento apitalista& assentado na assoiação do apital eterno& estatal e privado naional" *s ooperativas apresentavam uma s(rie de vantagens& tais omo5 a redução dos ustos operaionais e os gastos de irulação da produçãoU 0ailidades para a ompra de grãosU a di0usão e inorporação de tenologia avançadaU garantia de maior produtividade 0Osia e eonmia da lavoura" Entretanto& o ooperativismo então eistente apresentavaLse inepressivo eonomiamente e sem estrutura organizaional #ue lHe possi/ilitasse operar nos moldes re#ueridos pelas polOtias estatais" =esta 0orma& diante das eig4nias importadas pelo novo modelo eonmio e por um merado altamente ompetitivo omposto por empresas apitalistas rurais ligadas ao apital 0inaneiro internaional e naional& ao ooperativismo restou a alternativa de se trans0ormar no sentido de uma modernização organizaional e epansão eonmia& o #ue s 0oi possOvel alançar om o seu desenvolvimento empresarial e om sua adaptação ! dinmia do modelo de aumulação e epansão do apital1A" * trans0ormação do ooperativismo agrOola dáLse no sentido da integração da produção agrOola ao apitalismo industrialLur/ano& em espeial ! agroindústria& e ! atuação do Estado /rasileiro" 9esse onteto& o advento da >ei K"MA& de 1M de dezem/ro de 1@1& apresenta a ade#uada 0lei/ilidade ! renovação e modernização estrutural das ooperativas /rasileiras& possi/ilitando sua atuação omo empresas modernas e dinmias" 8peraçJes om tereiros& atualização dos valores do ativo imo/ilizado& partiipação em soiedadesLnãoLooperativas& pú/lias ou privadas& por eemplo& são algumas das atividades propiiadas por este instituto legal" Conomitantemente& 0loresem nos entros ur/anos novas ategorias ooperativistas para atender !s múltiplas neessidades da população" *s ooperativas de tra/alHo& espeialmente& multipliamLse om intensidade signi0iativa em atividades as mais Heterog4neas& gerando emprego ou reunindo grupos de pro0issionais& desde t(nios altamente espeializados at( mãoLdeLo/ra semi#uali0iadaU as ooperativas de eonomia e r(ditoLmútuoU as ooperativas de r(dito ruralU as ooperativas de eletri0iação e tele0onia ruralU as ooperativas Ha/itaionais& et" 8 #uadro geral do desenvolvimento do ooperativismo /rasileiro1K& nas d(adas de 1@MN a 1@DN& pode ser sintetizado da seguinte maneira5 1" Cooperativas de onsumo – apresentam grande prosperidade at( o inOio da d(ada de 1@MN" =elinam por 0orça da supressão do /ene0Oio tri/utário de #ue gozavam $isenção de 3C+%& ! rápida desapitalização provoada pela in0lação dos anos M7IMA e @ID1& e ! 0orte onorr4nia de grandes redes de 1A 1K
=uarte& >"+"G" 8p" Cit" 6inHo& ="," 8p" Cit"
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supermerados #ue ontam om grandes reursos 0inaneiros& modernas t(nias de mareting& raionalização administrativa e linHas espeiais de r(dito" =e um total de 2"A2N ooperativas de onsumo registradas na d(ada de 1@MN& restaram era de 7KN na d(ada de 1@DN" *tualmente& as ooperativas de onsumo renasem apoiadas em novas t(nias administrativas" 2" Cooperativas de Cr(dito – a mortalidade ooperativista 0oi igualmente muito intensa nos anos MN" * partir de 1@MA& so/retudo& o ,ano Central etinguiu #uase ompletamente as ooperativas rai00eisen e os /anos luzzatti& om /ase nas restriçJes importas pela re0orma /anária e pelas normas da polOtia 0inaneira do governo 0ederal" *l(m disso& at( os primeiros anos da d(ada de 1@DN& o ,ano Central não onedia autorização de 0unionamento a ooperativas de r(dito& eetuando somente as de r(ditoLmútuo& ooperativas 0eHadas a tra/alHadores de empresas nos entros ur/anos" * partir dos anos DN& prinipalmente na d(ada de 1@@N& o ooperativismo de r(dito se 0ortalee no paOs& prinipalmente no meio rural& om o apareimento das ooperativas de r(dito rural do modelo S3CRE=3& #ue se organizam atualmente& em onunto om as ooperativas de r(ditoLmútuo& em torno de dois grandes /anos ooperativos& o ,*9S3CRE=3 e o ,*9C88," 7" Cooperativas )a/itaionais – a estrutura ooperativista Ha/itaional 0oi riada om /ase na legislação #ue instituiu o ,9)& e ( pouo epressivo no onteto do ooperativismo /rasileiro" =ez anos aps a instituição do 6lano 9aional de )a/itação& em 1@A& á 0unionavam mais de KNN ooperativas Ha/itaionais" Como são ooperativas de duração limitada – ou sea& onstruOdas as Ha/itaçJes& são etintas as ooperativas L& o total de ooperativas osila periodiamente& de modo #ue mais signi0iativos são os dados so/re unidades Ha/itaionais5 em 1@@ o total de unidades 0oi da ordem de 7NN"NNN e em 1@DN& de ANN"NNN" A" Cooperativas de tra/alHo – at( 1@MK& os tipos de ooperativas de tra/alHo ontemplavam ooperados #ue& 0re#Yentemente& eram mãoLdeLo/ra semiL #uali0iada ou tra/alHadores /raçais5 transportadores de arga& motoristas de aminHão& artesãos& pesadores artesanais e tra/alHadores em edi0Oios" * partir dessa d(ada& outros pro0issionais& inlusive t(nios espeializados& omeçaram a se reunir em ooperativas5 m(dios& dentistas& pro0essores universitários& ornalistas& esritores& músios& ineastas& radialistas& et" 9a área rural& entretanto& a utilização da 0orma ooperativa omo meanismo para /urlar a legislação tra/alHista& o ooperativismo de tra/alHo enontra di0iuldades em se araterizar omo alternativa viável ! geração de emprego e renda" *tualmente& esta modalidade de ooperativa desponta omo o segmento #ue mais rese no ooperativismo /rasileiro& prinipalmente no meio ur/ano"
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8 sistema ooperativista no ,rasil movimenta perto de RW 7N /ilHJes na eonomia e ongrega perto de A milHJes de assoiados1M" Z omposto de K"1N2 ooperativas& sendo 7A&AP no setor agropeuário& estando presente nos importantes setores de onsumo& 0inaneiro& de eduação& de tra/alHo& de prestação de serviços& da Ha/itação& de produção& de mineração& e da saúde" 3sto ertamente 0az do ooperativismo /rasileiro um importante agente na eonomia naional" 8 #uadro seguinte mostra o número de ooperativas& de ooperados e de empregados& por segmento5
NJm=ro 7= Coo:=r6>iB68Q Coo:=r67o8 = Em:r=67o8Q :or S=m=<>o 68=4 31 7= 7==m@ro 7= 1* S=m=<>o8 *gropeuário Consumo Cr(dito Eduaional Energia e TeleomuniaçJes Espeial L esolar )a/itaional +ineração 6rodução Saúde Tra/alHo Total
NJm=ro 7= Coo:=r6>iB68 1"AND 1@7 D@N 1@7 1D A 2N2 1K @1 KDK 1"77A K"1N2
NJm=ro 7= NJm=ro 7= Coo:=r67o8 Em:r=67o8 1"N2D"7D 1N"NDM 1"A12"MMA D"N1 D2K"@11 K"DNN MK"D1D 2"77N K27"1@ K"1M1 1"@MA M AM"21M 1"22M A"N2 2A A"72 7K 2DD"@2@ 1K"AA7 22"AM K"NK A"A2D"@2K 1KN"1DK
%o<>=4 OCDETEC6<9o 7= D67o8
1M
8C," ]3 Congresso ,rasileiro de Cooperativismo" *nais""",rasOlia5 8C,& 1@@"
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". A Mo7=r<6 A7mir6o 7= Coo:=r6>iB68
".1. O Co<9=i>o 7= Coo:=r6>iB6 9a literatura espeializada& enontramos diversos oneitos para o termo cooperat$a " *lguns eemplos estão listados a/aio em ordem ronolgia15 +ariani 1@NM> “Uma associa*#o cooperati%a ) a associa*#o %oluntária de compradores ou %endedores de tra0alho ou de outros produtos com o o0jeti%o de melhorar os pre*os pagos ao tra0alho ou aos produtos, por meio da organi+a*#o de um empreendimento comercial que se responsa0ili+a pelas opera*6es de compra e de %enda= Emeliano00 1@A25 “$ cooperati%a $cooperation& no original% ) um conjunto de unidades econ'micas cujas ati%idades s#o autogestionadas, mantendo cada uma das unidades a sua independncia e indi%idualidade econ'mica= 8Hm 1@KK5 “$ cooperati%a forma uma economia auiliar comum 5s economias de seus mem0ros= aarleHto 1@KM5 “$ cooperati%a ) uma entidade formada por um certo nmero de firmas ou unidades dom)sticas ? os mem0ros da cooperati%a ? que tem por o0jeti%o atuar como uma empresa de propriedade dos seus mem0ros condu+indo ati%idades econ'micas e prestando ser%i*os diretamente 5s ati%idades dos associados da forma mais %antajosa para todos= Ro/ota 1@K@5 “$ organi+a*#o empresarial cooperati%a ) uma associa*#o de duas ou mais unidades de produ*#o @ou unidades dom)sticasA que %oluntariamente esta0eleceram um acordo entre si com a finalidade de coordenar e condu+ir em comum determinadas ati%idades negociais das suas unidades econ'micas indi%iduais, e 1
_b*9E9,ERG& *"C"+" Euro:=6< D6irU Coo:=r6>iB=8 D=B=;o:i< N= S>r6>=i=8" :treHt& )olanda5 Ra/o/an& 1@@"
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juntamente fornecer, controlar e operar quaisquer ser%i*os necessários ao alcance dos o0jeti%os= ,arton 1@D@5 “$ cooperati%a ) um empreendimento de propriedade de seus donos/ usuários que distri0ui 0enefícios com 0ase na utili+a*#o dos ser%i*os prestados= Cosgrave 1@@A5 “$ cooperati%a de produtores rurais ) uma organi+a*#o empresarial de propriedade de seus controladores / os associados, consistindo de uma forma especial de integra*#o %ertical de produtores nos mercados= =isutindo as tentativas terias de de0inir um oneito de ooperativa& diversos autores onluem #ue a /usa de uma de0inição onisa do termo -ooperativa. ( improdutiva em virtude da multipliidade de aspetos #ue tal de0inição deve inorporar" Em outras palavras& eiste um número eessivo de aspetos #ue devem ser onsiderados e #ue não a/eriam em uma únia 0rase" *l(m disso& não eiste aordo entre os terios so/re todos os aspetos relevantes #ue araterizam uma ooperativa" 8s oneitos aa/am re0orçando simplesmente o ponto de vista su/aente em suas de0iniçJes partiulares $vea& ao 0inal deste apOtulo& outros oneitos de ooperativa%" 1D
9ilsson1@ relaiona tr4s elementos enontrados na maioria das de0iniçJes de ooperativa5 $i% a ooperação ( uma atividade eonmia& #ue ( $ii% onduzida na direção da satis0ação de neessidades omuns das pessoas $assoiados% envolvidas& e #ue $iii% ( propriedade e ( ontrolada pelos mem/ros assoiados" 6odem ser distinguidas #uatro orrentes terias ooperativistas5 $i% a orrente teria ooperativaLsoialista& $ii% a orrente teria ooperativaLsolidária& $iii% a orrente teria ooperativista germnia& e $iv% a orrente teria eonmia ou norteLameriana& #ue possuem a/ordagens di0ereniadas so/re o ooperativismo& os o/etivos dos ooperados e as ondiçJes soietárias em relação !s #uais os negios empresariais são realizados" * orrente teria ooperativaLsoialista adota uma posição soialLre0ormista na #ual o movimento ooperativo /usa inspiração em ideais polOtios e soiais" * a/ordagem original nesta orrente teria evidenia um ponto de vista antiapitalista" * evolução dessa linHa de pensamento onduziu a um movimento soialLdemorata preonizando o esta/eleimento de uma eonomia ooperativa& uma Tereira Via& omo alternativa aos sistemas eonmios apitalista e soialista" 8s mais importantes representantes desta orrente teria 0oram Ro/ert 8`en na 3nglaterra e CHarles Fourier na França" * riação da Cooperativa de RoHdale em 1DAA ( onsiderada um sOm/olo do ooperativismo soialista" Esta orrente teria onsidera a ooperativa omo um instrumento de polOtias eonmioLsoiais" * orrente teria ooperativaLsolidária surge no s(ulo ]3]& no onteto de movimentos religiosos europeus& #ue promoviam a riação de ooperativas omo instituiçJes soiaisLristãs /aseadas na solidariedade" Seus promotores onsideravam o 1D 1@
_b*9E9,ERG& 8p" Cit" _b*9E9,ERG& 8p" Cit"
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ristianismo omo a /ase para a mudança e renovação da soiedade" Foram promovidas a riação de sindiatos de tra/alHadores e de produtores rurais e de ooperativas omo demonstração de #ue a solidariedade ristã poderia ser levada ! prátia eonmia e polOtia" Rai00eisen& na *lemanHa& Van del Elsen& na )olanda& e +ellaerts& na ,(lgia& são os mais importantes pioneiros na riação de ooperativas& prinipalmente ooperativas de r(dito& utilizando a a/ordagem soialLristã" * orrente teria ooperativista germnia analisa a organização ooperativa omo um ompleo 0enmeno soial no #ual as motivaçJes soiolgias& psiolgias& ideolgias e eonmias são reunidas para onsolidar uma organização eonmiaL soial" Seus mais importantes terios são =raHeim e )enzler" =esse ponto de vista terio& a ooperativa deve ser interpretada omo um negio empresarial diretamente vinulado !s #uestJes de merado e ua organização deve se pautar pelos prinOpios gerais da administração empresarial" Eiste uma onverg4nia teria entre esta orrente e os pressupostos da a/ordagem eonmia ou norteLameriana" * orrente teria eonmia $ou norteLameriana% da ooperação signi0ia uma reação !s orrentes de pensamento desritas anteriormente" 8s prinipais terios dessa orrente $Emeliano00& 6Hillips& Ro/ota& 8Hm& Ter boorst% interpretam a ooperativa omo uma 0orma de organização eonmia independente" Esta a/ordagem possi/ilitou a emerg4nia do oneito de ooperativa omo uma etensão da propriedade do ooperado" =e aordo om ,arton2N& a perspetiva teria eonmia possi/ilita a identi0iação de #uatro distintas -lasses de prinOpios.5 1% RoHdale& 2% tradiional& 7% proporional& e A% ontemporneo" 8s pioneiros de RoHdale 0oram mais realistas #ue idealistas" 3maginaram um empreendimento ooperativo #ue orrespondesse !s suas neessidades e so/revivesse en#uanto negio" * partir de sua prpria eperi4nia& e de outros& 0ormularam e aper0eiçoaram regras de onduta e premissas organizaionais para orientar a eeução dos negios da soiedade empresarial" 8s prinOpios tradiionais oinidem om sete dos prinOpios de RoHdale" *lguns prinOpios tradiionais não 0oram 0ormulados por RoHdale mas& omo ,arton identi0ia& -podemos ertamente assumir #ue onstituOam prátia omum dos pioneiros de RoHdale." *tualmente são epressos nos prinOpios ooperativistas de0inidos pela *liança Cooperativa 3nternaional – *C3& em 1@MK" 8s prinOpios proporionais se /aseiam em uma de0inição mais preisa e espeO0ia de ooperativa omo um empreendimento /aseado na proporionalidade no #ue se re0ere ao meanismo de ontrole /aseado no voto& na 0ormação do apital e no investimento pelos prprios mem/ros e na distri/uição das so/ras" =e aordo om ,arton& os prinOpios ontemporneos são simples& 0leOveis e pouo numerosos" 9ão inluem aspetos espeO0ios do 0unionamento ooperativo& tais 2N
,*RT89& =" 6riniples" 3n5 =" Co/ia$ed"%" Coo:=r6>iB=8 i< Ari9u;>ur= " 9e` 'ersey5 6rentie )all& 1@D@" 21L7A"
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omo polOtias e prátias empresariais" Representam um onunto de orientaçJes relativas a tr4s aspetos 0undamentais do ooperativismo5 o ontrole demorátio& a propriedade ooperativa e o retorno dos /ene0Oios" 6ara o entendimento dos prinOpios ontemporneos& ( neessário onsiderar a distinção entre prinOpios e prátias ooperativas5 um prinOpio ( uma doutrina 0undamental #ue implia no esta/eleimento de araterOstias distintivasU uma prátia ( uma ação #ue suporta e implementa um prinOpio" * despeito da multipliidade de de0iniçJes& de di0erentes interpretaçJes do #ue seam os -prinOpios.& da in0inidade de araterOstias e orientaçJes na teoria ooperativista& alguns aspetos da realidade ooperativa são motivo de onordnia entre os estudiosos5 $i% na sua ess4nia& a ooperativa ( uma empresa eonmiaU $ii% a empresa ooperativa deve servir aos interesses dos seus mem/rosU $iii% por etensão& a ooperativa /ene0iia a omunidade de um modo geralU $iv% omo empreendimento eonmio& a ooperativa realiza a intermediação dos interesses dos seus mem/ros om o meradoU $v% e nesse aso prevaleem as #uestJes imperativas de e0ii4nia& produtividade e ompetitividade eonmia& tanto no #ue se re0ere !s relaçJes internas da ooperativa om seus ooperados& #uanto no #ue se re0ere !s relaçJes eternas om o merado"
".2. A Or6iB6 :ma organização ooperativa surge de um aordo voluntário de ola/oração empresarial L ooperação entre vários indivOduos& om a 0inalidade prinipal de soluionar pro/lemas ou satis0azer !s neessidades omuns #ue eedem a apaidade individual" * intenção ( melHorar a situação eonmia individual por meio de tal ola/oração" 8s indivOduos /usam satis0azer seus interesses pessoais por meio de ooperativas& #uando veri0iam #ue a ação solidária ( mais vantaosa do #ue a ação individual $( a apaidade e#uili/radora da ooperativa%" Em/ora se onsidere o interesse individual dos assoiados omo o o/etivo da entreauda ooperativa& não se prioriza o indivOduo em detrimento do oletivo5 am/os são importantes na ooperativa" *ssim& as ooperativas não estão em ontradição om a eonomia ompetitiva& #uer se trate de ooperativas #ue tra/alHem apenas para o/rir os ustos& #uer se trate de empresas #ue devem gerar /ene0Oios& tais omo as demais empresas voltadas para o merado" * ola/oração empresarial entre indivOduos& #uando relaionada& por eemplo& om organização do tra/alHo agrOola& pode proessarLse por meio de duas opçJes /ásias" * primeira& em #ue os produtores se unem em ampla unidade de produção de serviços agropeuários – empresa ooperativa de produção – a ser eplorada oletivamente" E a segunda& em #ue apenas determinadas atividades ou 0unçJes eonmias dos produtores são trans0eridas para uma empresa orgnia – uma ooperativa auiliar – espeialmente ____________________________________________________________________ 7A _ Moderna Administração em Cooperativas
riada om o 0im de prestar serviços a esses produtores" Tanto na primeira #uanto na segunda opção& a ooperação tem por o/etivo atender aos interesses dos diversos grupos de produtores organizados"
".3. A Du:;6 N6>ur=6 76 Coo:=r6>iB6 * organização ooperativa ( um sistema impulsionado por metas individuais& metas organizaionais e metas do maro instituional da soiedade em geral" *s negoiaçJes eonmias #ue a ooperativa realiza internamente om seus mem/ros& para inrementarLlHes a situação eonmia& regemLse pelo :ri<9:io 7= i7=<>i767=5 os usuários dos serviços são os mesmos proprietários" 8 interesse do ooperado e o da ooperativa& nessas negoiaçJes ou operaçJes& o/edee ! mesma ausa 0inal5 a ooperativa visa servir o assoiado& para melHorar sua atividade eonmia& e o assoiado serveLse da ooperativa para o mesmo 0im" 8 interesse em ser omum o 0im 0az ser omum o interesse" =istingueLse& portanto& dupla natureza orgnia na ooperativa5 de um lado& o grupo ooperativo $a assoiação% e& de outro& a atividade ooperativa $a empresa%& destinada ao serviço das eonomias individuais assoiadas $Figura 1%" * natureza dúplie onstitui uma das araterOstias 0undamentais desse tipo soietário" * assoiação ( a entidade 0ormada pelo agrupamento de pessoas om interesses semelHantes& en#uanto a empresa ( a unidade eonmia riada pela assoiação para produzir /ens eIou serviços re#ueridos pelos indivOduos ooperados" Giere& numa itação de balmor Frane21& á advertia #ue “a cooperati%a @A ) uma associa*#o econ'mica, de nature+a mutualística, cuja miss#o fundamental se concentra na efeti%a*#o de rela*6es negociais dirigidas para a sua esfera interna= Z preiso ressaltar #ue esses negios internos& em #ue o interesse das partes L ooperativa e ooperado – ( id4ntio& onstituem o -ato ooperativo.& s podendo ser realizado& om /ene0Oio do ooperado& se preedido ou suedido de um negio eterno ou de merado" En#uanto assoiação eonmia& a ooperativa onsiste no aordo multilateral entre as unidades de produção ou de onsumo dos indivOduos ooperados e& omo empresa& ( o empreendimento eonmio #ue& omo parte integrante das unidades eonmias individuais assoiadas& se enontra na propriedade e eploração omuns" 9a realidade& oorre a trans0er4nia de parte da atividade eonmia das unidades de produção ou de onsumo individuais para o empreendimento omum& #uando essas unidades eonmias individuais& nas suas relaçJes om o merado& não #uerem ou não podem eerer& isoladamente& as 0unçJes de relaionamento om o merado"
FR*9E& b"& A8:=9>o8 ur7i9o8 7=9orr=<>=8 76 9o<9=i>u6o 76 Coo:=r6>iB6 9omo =W:6<8o 768 =9oiB6768" 3n5 6erspetiva Eonmia" São >eopoldo& :93S398S& 1@D2" 21
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"UP'A "IMENSÃO "A COOPERATI(A
COMUNICAÇÃO INFORMAÇÃO
ASSOCIAÇÃO
Relações Societárias Participação Política E!cação e "ese#$ol$i%e#to
AÇÃO "O PO"ER lanejamento* !r.ani&a'/o* Dire'/o* %ontrole e Avalia'/o
EMPRESA INSTRUMENTO
Relações Operacio#ais e F!#cio#ais Participação Eco#&%ica
CANAIS "O PO"ER
ESTRUTURA DE !DER
Assembl)ias* %onselhos* Diretoria* +er#ncia* ,-cleos %omunit(rios* %omit#s de %ooperados
! rinc"pio da Transpar#ncia e da $dentidade %ooperativa se Reali&a neste Espa'o da r(tica %ooperativa
Bigura 1 ? $ dupla nature+a da cooperati%a 9a realidade& as onepçJes de assoiação e de empresa se interpenetram de maneira indissolúvel e não devem simplesmente se ustaporem" Raymond >ouis22 o/serva #ue a ooperativa de produtores rurais ( um onunto de estruturas de tra/alHo ou produção e de prestação ou utilização de serviços& #ue surge so/ a 0orma de um organismo eonmio #ue tem por /ase a assoiação dos mem/ros& e no #ual ada um tem a #ualidade de proprietário& usuário& tra/alHador e empresário" =essa a0irmação se deduz a dupla ondição ou posição da pessoa assoiada5 oL proprietários da empresa e usuários de seus serviços" São& portanto& id4ntios os #ue possuem a empresa $donos% e os #ue 0azem uso dos seus serviços ou de suas instalaçJes >8:3S& R" Or6o 67mir6>iBo 7= ;68 9oo:=r6>iB68 " ,uenos *ires5 3nteroopI83T& 1@A" 22
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$usuários%" =e aordo om ,enee27& essa identidade ( intenional& #uer dizer& os assoiados $donos% da ooperativa pJem seu apital ! disposição da empresa ooperativa& om o o/etivo de produzir um serviço #ue eles& donos& neessitam& assumindo& então& a 0unção de usuários"
FORNECE"ORES
"ONOS "O CAPITA'
EMPRESA COOPERATI(A
TRA*A'+A"ORES
USU)RIOS OU CONSUMI"ORES
* identi0iação oorre toda vez #ue ao menos duas #ualidades dos omponentes aima se identi0iarem" 8s assoiados não são s oLproprietários& mas tam/(m os -usuários. da empresa ooperativa" *ssim& na Cooperativa )a/itaional& a identi0iação dáLse entre donos do apital e usuários" 9a Cooperativa *grOola& Há identi0iação entre 0orneedores e donos do apital" 9uma Cooperativa de Consumo& identi0iaLse o onsumidor om o dono do apital" 9as ooperativas de Tra/alHo& o prprio tra/alHador ou 0unionário se identi0ia om o dono do apital" 9a Cooperativa :93+E=& o prprio m(dio& usuário e /ene0iiário dos serviços prestados pela empres& se identi0ia om o dono do apital" *o se analisar a motivação 0undamental dos indivOduos para a riação de uma organização soietária so/ a 0orma de empreendimento oletivo& o/servaLse #ue os empreendimentos eonmios ooperativos surgem em virtude da posição #ue tomam entre as eonomias dos sios& de um lado& e o merado& de outro" ConstituemLse em eonomias omuns intermediárias& #ue& inum/idas pelos sios& o/t4m ou oloam determinados serviços& eeutando& mediante essa o/tenção ou oloação& uma atividade prpria2A $Figura 2%"
27
,enee& =" op"it" 2A Frane& b" Dir=i>o 768 8o9i=767=8 9oo:=r6>iB68 " São 6aulo5 SaraivaIEdusp& 1@7"
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RE'AÇÃO COOPERATI(A . MERCA"O
MERCA"O
COOPERATI(A A,re,a $alor Fortalece o Poer e *ar,a#-a os Cooperaos
Prestação e Ser$iços
COOPERA"OS RE'AÇÃO COOPERATI(A . /UA"RO SOCIA'
Bigura ? $ posi*#o intermediária da cooperati%a com rela*#o aos cooperados e o mercado
Essas eonomias ooperativas intermediárias onstituem& de on0ormidade om sua missão e sua atividade& rgãos de interesse omum das eonomias ooperadas" Estas& #uando e ! medida #ue se servem do empreendimento ooperativo& não mais realizam& por si prprias& o ontato om o merado" 9essa posição intermediária& por meio de um empreendimento negoial omum& reside a ausa das peuliaridades #ue distinguem& na sua ess4nia& o empreendimento negoial ooperativo dos demais tipos de organizaçJes empresariais" =aO se onsiderar a ooperativa omo empreendimento integrante das eonomias assoiadas& omo prolongamento ou etensão dessas eonomias2K" 9o aso das Cooperativas +(dias& a empresa ooperativa surge omo etensão da unidade produtora de serviços m(dios representada pelo m(dio em si& pelo seu onsultrio ou lOnia" * empresa ooperativa m(dia a/sorve algumas 0unçJes eonmias antes realizadas elusivamente pela unidade de produção assoiada $por eemplo& 0unçJes de omerialização& mareting& pes#uisa de merado& realização de ontratos& assessorias urOdia& ontá/il& 0inaneira& et"% e estrutura meanismos administrativos apazes de o0ereer ! omunidade assoiada todos estes serviços" 9a realidade& as onepçJes de assoiação e de empresa se interpenetram de maneira indissolúvel e não devem simplesmente se ustaporem" Com e0eito& o/servaLse 2K
FR*9E& b" op" it"
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#ue a ooperativa ( um onunto de estruturas de tra/alHo ou produção e de prestação ou utilização de serviços& #ue surge so/ a 0orma de um organismo eonmio #ue tem por /ase a assoiação dos mem/ros& e no #ual ada um tem a #ualidade de proprietário& usuário& tra/alHador e empresário" =essa a0irmação se deduz a dupla ondição ou posição da pessoa assoiada5 oL proprietários da empresa e usuários de seus serviços" São& portanto& id4ntios os #ue possuem a empresa $donos% e os #ue 0azem uso dos seus serviços ou de suas instalaçJes $usuários%" Essa identidade ( intenional& #uer dizer& os assoiados $donos% da ooperativa pJem seu apital ! disposição da empresa ooperativa& om o o/etivo de produzir um serviço #ue eles& donos& neessitam& assumindo& então& a 0unção de usuários" :ma visão mais omplea do papel de intermediação desempenHado pela empresa ooperativa entre ooperados e merado pode ser o/servado no modelo operaional terio representado na Figura 7" Z /om salientar #ue o -insumo assoiado. a #ue se re0ere o es#uema pode ser representado& na prátia& pela produção agrOola do ooperado $ooperativa agropeuária%& pela 0orça de tra/alHo espeializado $ooperativa m(dia%& potenial de ompra $ooperativa de onsumo%& demanda de insumos para produção $ooperativa agropeuária%& demanda de in0ormaçJes e tenologia& et"
".". A Ao Coo:=r6>iB6 Considerando as organizaçJes omo a reunião de pessoas #ue t4m um o/etivo omum& dois elementos de0inem seu aráter5 os 0ins para os #uais 0oi riada e os meios para alançáLlos" * organização eonmia& estruturada na empresa ooperativa& tem seus 0ins 0ormalmente esta/eleidos& no momento de sua riação& pelos indivOduos assoiados" 8s 0ins da organização possuem sua dinmia prpria e orrespondem ! interação dos 0atores operantes no sistema soial" Re0eremLse ! promoção da de0esa e ao 0omento da eonomia individual dos assoiados& mediante a prestação de serviços de0inidos pelos estatutos" * ooperativa tem& portanto& aráter instrumental ou auiliar em relação !s eonomias individuais" 8s meios para alançar esses 0ins são& essenialmente& dois5 a estrutura organizaional e as normas ou regras de onduta #ue determinam o proesso da administração" Esses meios estão sueitos a um proesso dinmio de mudanças no #ual a tomada de deisão e a onduta dos administradores t4m importnia 0undamental& mesmo #uando não seam produto espontneo da interação soial& uma vez #ue tenHam sido de0inidos -a priori. para guiar as atividades da organização"
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Moelo Te0rico e e%presa cooperati$a
CEN)RIO 2 Relação %E,3R$! 4 5 Rel4a'o %ooperatiCooperati$a.Mercao va/2ercado
MERCA"O Sa"da do $nsumo rocessado pela %ooperativa para o Saía o I#s!%o 2ercado Processao pela Cooperati$a para o Mercao
RespostaResposta do o 2ercado ao Mercao ao I#s!%o $nsumo pela Processao rocessadoCooperati$a pela %ooperativa
COOPERATI(A A.re.a'o de valor ao insumo cooperado Aumento da capacidade de bar.anha do cooperado
Prestação e Ser$iços I#3or%ação
Resultado 0"1uido da A'o %ooperativa para os %ooperados
$nsumo Associado para a %ooperativa
COOPERA"OS CEN)RIO 1 2 Relação Cooperati$a.Cooperaos
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".5. A E8>ru>ur6 Or6iB6 =ois elementos de0inem o aráter de uma organização5 o8 Fi<8 para os #uais 0oi riada e o8 m=io8 para alançáLlos" 8s meios são onstituOdos pela estrutura da organização e pelas normas ou regras de onduta #ue determinam o proesso administrativo" * estrutura esta/elee a Hierar#uia e o papel de ada mem/ro no interior da organização" *s normas ou regras de onduta são derivadas5 $a% da tenologia utilizada pela organizaçãoU $/% do tamanHo da organizaçãoU $% dos valores& e& no aso das ooperativas& dos prinOpios em #ue se 0undamenta a organização" 8 modelo `e/eriano& utilizado omo 0undamento das teorias modernas de administração& onsidera a organização 0ormal omo o prinipal instrumento para mo/ilizar as energias neessárias para alançar os 0ins das soiedades modernas" Esse modelo esta/elee tr4s rit(rios /ásios #ue determinam a estrutura da organização5 a divisão do tra/alHo& a oordenação entre as diversas 0unçJes& e a autoridade ou as Hierar#uias de autoridade" =o ponto de vista 0unional e om /ase na id(ia de #ue a organização& omo #ual#uer sistema soial& deve resolver #uatro pro/lemas /ásios& #uais seam5 a adaptação ao meio am/iente& o alane dos o/etivos epliitamente esta/eleidos& a integração de seus omponentes em uma únia entidade& e assegurar a perman4nia de sua motivação& podem ser identi0iados tr4s nOveis administrativos #ue de0inem a estrutura da organização2M5
<B=; >9
o <B=; 7ir=>iBo& dediado a mo/ilizar reursos e a oordenar as atividades das diversas partes #ue ompJem a organização"
o <B=; i<8>i>u9io<6;& #ue oneta a organização om o sistema soial irundante"
)er/ert Simon one/e a organização& do ponto de vista administrativo& prinipalmente omo uma estrutura de tomada de deisão" Essa onepção está 0undamentada na onduta Humana e& tratandoLse da sua apaidade de deidir ou esolHer entre várias alternativas" Simon assume& ! semelHança dos eonomistas lássios& #ue o G*>& 9" L6 or6iB6 U =; 7=86rro;;o rur6; " 'erusalem& 3srael5 Centro de Estudios Cooperativos y >a/orales& 1@DN" 2M
____________________________________________________________________ A1 _ Moderna Administração em Cooperativas
Homem tra/alHa raionalmente" Evidentemente #ue a raionalidade do -Homem administrativo. ( di0erente da#uela do -Homem eonmio.& pois ( uma raionalidade relativa e limitada" 6ara Simon& a desrição ientO0ia apropriada da 8rganização ( a#uela #ue& at( onde sea possOvel& assinala as deisJes tomadas pelos indivOduos da organização e as in0lu4nias a #ue eles estão sueitos ao tomar ada uma dessas deisJes" Tr4s 0atores primordiais limitam tal raionalidade5 $a% as limitaçJes do onHeimento& $/% as di0iuldades em anteipar as onse#Y4nias das deisJes& e $% as limitaçJes provenientes dos omportamentos alternativos" Esses di0erentes en0o#ues terios da estrutura das organizaçJes não são& neessariamente& eludentes ou inompatOveis& e podem apareer so/repostos na análise da estrutura organizaional de ooperativas" =entro desses en0o#ues terios& será analisado o aso espeO0io da organização ooperativa" 8s manuais de organização ooperativa resumem as prátias usuais nas organizaçJes ooperativas por meio de um organograma estereotipado& #ue ( apliado indisriminadamente a todo tipo de ooperativa" Essa estrutura onsiste de tr4s ou #uatro instnias5 a *ssem/l(ia Geral& o ConselHo de *dministração& o ConselHo Fisal e a Ger4nia& on0orme o seguinte diagrama5
Assembl)ia +eral
%onselho de Administra'o
%onselho 6iscal
+er#ncia
Z evidente #ue esse esteretipo ( demasiado vago e não responde !s demandas espeO0ias de distintos tipos de organização& nem resiste ! análise mais pro0unda om o instrumental terio da administração moderna" 6odemos apreiar algumas limitaçJes desse desenHo de estrutura de organização ooperativa& omparandoLo om a de0inição de 6arson2" Essa estrutura apenas orresponde ao #ue 6arson denomina de -nOvel instituional. ignorando os demais nOveis #ue são tão deisivos para o proesso administrativo" 6ara as 0inalidades deste teto& a estrutura organizaional da ooperativa será dividida em tr4s nOveis distintos5 2
G*>& 9" op" it"
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NB=; E8>r6>i9o =e0ine o/etivos e metas Esta/elee polOtia EsolHe estrat(gia *loa reursos Eere ontroles NB=; Tá>i9o Esta/elee as tátias =elega autoridade =istri/ui tare0as 8rienta e ontrola a eeução das tare0as NB=; O:=r69io<6; Eeuta as tare0as
%u<K=8 6lanear 8rganizar Controlar %u<K=8 Coordenar =irigir Supervisionar %u<K=8 Eeutar
Esta/eleidos os nOveis e determinadas as respetivas 0unçJes& tornaLse /em mais ompreensOvel a estrutura vertial da organização ooperativa& omo mostra o diagrama seguinte"
Assembl)ia +eral %onselho de Administra'o Diretoria E7ecutiva %onselho 8iscal +er#ncia +eral +er#ncias Departamentais *ssessorias T(nias 6essoal& Reursos +ateriais& Finaneiros 6roduçãoIServiços Comerialização *ssist4nia T(nia
Tendo por /ase essas proposiçJes podemos distinguir tr4s instnias na estrutura organizaional da empresa ooperativa& om os seguintes rgãos soiais5 1" A i<8><9i6 7=;i@=r6>iB6 #ue governa a organização& 0ormada pela *SSE+,>Z3* GER*>& ua 0unção ( deli/erar e de0inir so/re assuntos importantes #ue servirão de orientação para o 0unionamento da ooperativaU e o C89SE>)8 =E ____________________________________________________________________ A7 _ Moderna Administração em Cooperativas
*=+393STR*;\8 ou =3RET8R3* #ue deli/era so/re #uestJes de ordem polOtioL administrativa da empresaU 2" A i<8><9i6 7= 9o<>ro;= = 7= Fi896;i6o representada pelo C89SE>)8 F3SC*>& ua 0unção ( 0isalizar a gestão da empresa e erti0iarLse de #ue a deisão dos assoiados e seus interesses estão sendo umpridos e atendidos" 7" A i<8><9i6 67mir6>iB6 = =W=9u>iB6& 0ormada pela GER9C3* e pelo #uadro de 0unionários enarregados de eeutar as diversas atividades operaionais da empresa"
6odeLse analisar& tam/(m& a estrutura organizaional 0ormal da ooperativa en0atizando o proesso de tomada de deisJes $o eerOio do prinOpio da administração demorátia%" 9esse aso& o modelo desenvolvido por Raymond >ouis 2D identi0ia ino instnias na estrutura organizaional ooperativa5 1" P6>rimro;=& #ue inlui as 0unçJes de avaliação e supervisão" 7" Dir=o ou GoB=rr6o& onstituOda pela implementação das deisJes e pela direção das operaçJes e atividades" K" O:=r69io<6;i6o& tra/alHo ou eeução das atividades" Essas ino instnias se relaionam da seguinte 0orma5 *" *o m@i>o 7=;i@=r6>iBo orrespondem as instnias5 6atrimnio& Controle& =ireção e Governo ," *o m@i>o 67mir6>iBo orrespondem as instnias5 *dministração e 8peraionalização
2D
G*>& 9" op" it"
____________________________________________________________________ AA _ Moderna Administração em Cooperativas
ATR$29,$! S;cios/usu(rios
+!ER,! Assembl)ia<
%!,TR!0E %onselho 6iscal<
AD2$,$STRA=>!/D$RE=>! %onselho de Administra'o<
!ERA%$!,A0$?A=>! 8uncion(rios<
*s linHas indiam a direção da relação Hierár#uia de deisão e de omando" =ada a Ontima depend4nia eistente entre a apaidade de tomar deisJes e o 0luo de in0ormaçJes& ada uma dessas instnias toma deisJes e gera in0ormaçJes tendo& portanto& o poder de ondiionar& de erta 0orma& as deisJes das outras instnias Hierar#uiamente superiores" * relação dos 0luos de in0ormaçJes está indiada pelas linHas pontilHadas" * 0onte do poder so/erano na organização ooperativa reside em seus assoiados& e esse poder ( o atri/uto primordial de sua ondição de proprietários da empresa& respaldado pela parela de responsa/ilidade assumida por ada um dos assoiados para om o destino da organização" 6ortanto& o patrimnio onstitui a /ase legal do poder na ooperativa" 8 poder de deisão e de ontrole demorátio #ue t4m os assoiados so/re a ooperativa deriva de dois aspetos prinipais5 da #ualidade de proprietários e da ondição de usuários" 8 poder de mando& entendido omo o poder de deisão oletiva& e o poder de ontrole& entendido omo a vigilnia so/re o umprimento de tais deisJes& são elementos araterOstios inerentes ao modelo ooperativo" ____________________________________________________________________ AK _ Moderna Administração em Cooperativas
".&. A Or6
9este modelo& a *ssem/l(ia Geral de assoiados elege um r6o 7= Coo:=r6>iB68 Arári68 " 6orto *legre5 F=R)& 1@@" 2@
____________________________________________________________________ AM _ Moderna Administração em Cooperativas
esolHido pelos os mem/ros do ConselHo de =iretores e dentre eles" Esse ( #ue aompanHa& mais amiúde& as atividades do gerente" uanto ao aspeto 0isalização apenas anual e oasionalmente interv4m os auditores e pro0issionais #ue garantem a onta/ilidade e os relatrios apresentados ! *ssem/l(ia Geral" & 'odelo +er"nco
9esse modelo& a *ssem/l(ia Geral de assoiados elege um $ufsichtsrat & um ConselHo de Supervisão #ue representa os interesses dos assoiados unto ! ooperativa e #ue eere um ontrole permanente e direto das atividades de gestão desenvolvidas pelo Corstand & o ConselHo de =ireção" Esse ConselHo de =ireção ( designado pelo ConselHo de Supervisão& aps onsulta ! *ssem/l(ia Geral ou& por vezes& designado por esta& om /ase em proposta da#uele" 8 ConselHo de =ireção ( o rgão de gestão da ooperativa e a representa eternamente" Sua atuação ( eminentemente pro0issional e pode ser de onstituição unipessoal ou pluripessoal e integrado por assoiados eIou não assoiados" 9o aso de ter vários omponentes& ( presidido pelo Gerente Geral ou pelo -6residente do ConselHo =iretor.& #ue& então& pode ontratar um Gerente Geral" 6eriodiamente& segundo o porte da ooperativa& esta ( auditada& sendo sua onta/ilidade e relatrios eaminados antes de apresentados pelo ConselHo de =ireção ! *ssem/l(ia Geral" & 'odelo -atno
Segundo o modelo latino& a *ssem/l(ia Geral de assoiados elege um ConselHo de *dministração& integrado elusivamente por assoiados& o #ual tem 0unçJes diretivas e eeutivas& podendo ontratar gerentes para a eeução das atividades orri#ueiras so/ sua orientação" 8s gerentes& so/ a supervisão do ConselHo de *dministração& oupamLse das atividades ordinárias das ooperativas" 6ara o aompanHamento e 0isalização permanente das atividades da ooperativa& zelando pelo umprimento das normas legais e estatutárias& a *ssem/l(ia Geral elege um ConselHo Fisal& tam/(m integrado& elusivamente& por ooperados" 8 modelo latino ( predominante no ooperativismo /rasileiro" *lgumas ooperativas sou/eram aproveitar elementos dos modelos norteLameriano e germnio& introduzindo as t(nias da moderna administração por o/etivos" *s 0unçJes e as tare0as re0eremLse ao alane dos o/etivos& esta/eleidos de aordo om os interesses omuns dos assoiados& sem a inter0er4nia de interesses de pe#uenos grupos de assoiados" *lguns ConselHos de *dministração são mais amplos em número ou riam grupos de tra/alHo $ComissJes Espeiais%& a 0im de aproveitar a espeialização pro0issional no estudo dos pro/lemas& sem preudiar a unidade da soiedade ooperativa" 8 ConselHo mais amplo pode de0inir sua polOtia por meio de um Comit4 Eeutivo mais reduzido" 8utras vezes& os ConselHos de *dministração disutem os pro/lemas em suas reuniJes ____________________________________________________________________ A _ Moderna Administração em Cooperativas
unto ao ConselHo Fisal& #ue& desse modo& pode seguir mais de perto a marHa da ooperativa" *lgumas ooperativas ompletam a tare0a on0erida ao ConselHo Fisal& om auditoria peridia" * *ssem/l(ia Geral tem sido estruturada de 0orma a garantir a grande número de assoiados as melHores ondiçJes de partiipação" SHulze7N aponta algumas alternativas adotadas& om 4ito& pelas ooperativas5
1. R=uri68 8s assoiados são divididos& in0ormalmente& em grupos de número tal #ue sua reunião sea viável e& nesta& ( apresentada e ( de/atida toda a 8rdem do =ia da *ssem/l(ia" 6osteriormente& na assem/l(ia 0ormal& os assuntos poderão ser apresentados de 0orma resumida& e os de/ates estarão estimulados pelo seu pr(vio estudo" Formalizadas as propostas #ue possam ter surgido dentre os assoiados& a votação poderá ser onluOda& rapidamente" 2. A88=m@;i68 R=io<6i8 9ada Há& no teto da >ei K"MAI1& #ue determine& taativamente& #ue uma assem/l(ia deva ser realizada num s momento e num s loal" >ogo& desde #ue previsto estatutariamente& a Hiptese de reuniJes preparatrias& antes apresentada& poderia ser 0ormalizada" =e ada *ssem/l(ia Regional seria lavrada uma ata parial e& nesta& seriam eleitos -0isais de ata." ConluOdas as reuniJes& os 0isais redigiriam e su/sreveriam& untamente om os integrantes dos demais rgãos soiais& a ata onsolidada" Essas alternativas são omumente onHeidas omo 6r(L*ssem/l(ias" Caraterizadas omo reuniJes loais ou regionais& para garantir maior partiipação e 0luo de in0ormaçJes& tendem a organizarLse nas ooperativas de muitos assoiados& omo núleos estáveis om rit(rios geográ0ios e& ou& segundo serviços ou 0unçJes dentro da ooperativa" Esses núleos loais e regionais ou por atividade são utilizados tam/(m nos asos em #ue as ooperativas mant4m as *ssem/l(ias Gerais om todos os assoiados" *s estruturas intermediárias estáveis& nas grandes ooperativas agropeuárias& permitem ade#uada oordenação das aspiraçJes dos assoiados& segundo loalidades& tamanHo e ondiçJes da produção& tipos de produtos e serviços& et" *s 0ormulaçJes dos pe#uenos grupos são disutidas em nOvel regional e glo/al da ooperativa e trans0ormadas em propostas ao ConselHo de *dministração ou ! prpria *ssem/l(ia de Representantes dos núleos" * proposta glo/al dos assoiados ostuma ser enri#ueida& por sua vez& om propostas t(nias de solução #ue voltam a ser disutidas por todos os grupos de assoiados& esta/eleendoLse um 0luo de omuniaçJes a partir dos assoiados"
SC):>_E& E" E8>ru>ur6 7= :o7=r =m 9oo:=r6>iB68" São >eopoldo5 :nisinos& 6erspetiva Eonmia& 1@D" 7N
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".'. Co<8=;?o 7= A7mir6o = Dir=>ori6 * >ei K"MAI1 esta/elee #ue -a soiedade ooperativa será administrada por uma =iretoria ou ConselHo de *dministração& omposto elusivamente de assoiados eleitos pela *ssem/l(ia Geral& om mandato nuna superior a A $#uatro% anos& sendo o/rigatria a renovação de& no mOnimo& 1I7 $um terço% do ConselHo de *dministração." * 0orma de sua onstituição 0oi normatizada pela Resolução n"X 12 do ConselHo 9aional de Cooperativismo – C9C& rgão etinto em razão de disposiçJes onstituionais& #ue esta/elee o seguinte5 -3 – 9os termos do artigo A da >ei K"MA& de 1M&12&1& a soiedade ooperativa será administrada por um dos seguintes rgãos5 a% =iretoriaU /% ConselHo de *dministração& em #ue todos os omponentes tenHam 0unção de direçãoU % ConselHo de *dministração& onstituOdo por uma =iretoria eeutiva e por mem/ros vogais" 33 – Renovação o/rigatria& re0erida no artigo A da >ei K"MA& de 1M"12"1& s se aplia aos +em/ros do ConselHo de *dministração" 333 – 9o aso previsto na alOnea e do item 1& o terço o/rigatrio renovável será omputado so/re o total dos +em/ros do ConselHo& mas todos os =iretores poderão ser reeleitos." Com o tempo 0oram desenvolvidas as seguintes 0ormas de omposição de diretoria e onselHo de administração5 Dretora
* 0orma de =iretoria araterizaLse pelo 0ato de eistirem assoiadosL diretores eleitos para 0unçJes espei0ias" Z omum eistir um diretor para ada área de atividade da ooperativa& todos eles su/ordinados a um 6residente& tam/(m assoiado" CaraterizaL se por onstituir um grupo essenialmente eeutivo& eigindo a dediação integral de seus mem/ros aos interesses da ooperativa5
ASS!%$AD!S
ASSE20B$A +ERA0 %!,SE0C! 6$S%A0
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RES$DE,TE
D $ R E T ! R E S
9a 0orma de =iretoria& o 6residente e os =iretores& podem ser reeleitos para um mandato não superior a A $#uatro% anos" 8s oupantes de argos eletivos terão a denominação de& por eemplo5 =iretorL6residente& =iretorLSeretário& =iretorLFinaneiro& =iretorLComerial" Cada um ( responsável pelas atividades do seu argo& de0inidas em estatuto ou Regimento 3nterno& sendo todos su/ordinados ao 6residente"
Conselho de *d"nstração
São tr4s as 0ormas de onstituição de um ConselHo de *dministração5
PRIMEIRA5 Esta 0orma apresenta uma únia di0erença em relação ! =iretoria pelo 0ato de o 6residente& untamente om todos os =iretores& onstituOrem um grupo no #ual as deisJes são tomadas em onunto" Seus integrantes t4m& portanto& 0unçJes deli/erativas e eeutivas" * renovação de 1I7 ( 0eita em 0unção do total dos mem/ros #ue a ompJem5 6residente e =iretores" ASSE20B$A +ERA0 %!,SE0C! 6$S%A0 %!,SE0C! DE RES$DE,TE D $ R E T ! R E S
SEG$NDA5 Esta 0orma pode ser em todo semelHante ! anterior& om a di0erença de estarem inluOdos no ConselHo de *dministração assoiados eleitos sem uma 0unção ____________________________________________________________________ KN _ Moderna Administração em Cooperativas
espei0ia& al(m de partiipar da tomada de deisJes" Esta 0orma propiia um melHor e#uilO/rio entre as aspiraçJes do assoiado e a operaionalidade da empresa" 9este ConselHo os =iretores& pelo menos teoriamente& de0endem o ponto de vista da empresa& ! #ual dediam tempo integral& en#uanto #ue os ConselHeiros sem 0unção eeutiva& os vogais& de0endem as aspiraçJes do #uadro soial" Z indispensável& portanto& #ue o número de vogais sea pelo menos igual ao de =iretores" :sualmente tr4s =iretores Eeutivos5 o 6residente& o VieL6residente e o Seretário& ou =iretor Superintendente& sendo omum terem os tr4s 0unçJes eeutivas espei0ias" * renovação de 1I7 ( 0eita so/re o total dos mem/ros do onselHo $=iretoria mais vogais%" Entretanto& a prátia tem demonstrado #ue a renovação ( 0eita apenas no grupo de vogais"
Assembl)ia +eral %onselho 6iscal %onselho de Administra'o D$RET!RES !+A$S RES$DE,TE
$%E5
SE%RET3R$!
TERCEIRA 5 Esta 0orma di0ereniaLse da anterior em dois aspetos5 a% a *ssem/l(ia Geral elege um grupo de assoiados #ue onstituirão o ConselHo de *dministração e estes& entre si& esolHerão seus =irigentes& usualmente 6residente& Vie 6residente e SeretárioU /% os dirigentes& pelo 0ato de terem sido eleitos pelo ConselHo de *dministração e não pela *ssem/l(ia Geral& det4m menor poder individual& permaneendo a autoridade no grupo de ConselHeiros" *dotada esta 0orma& ( omum enontrarLse os dirigentes sem maiores atri/uiçJes eeutivas& permaneendo o ConselHo intensamente voltado a sua 0unção deisria& no m/ito polOtio empresarial& e 0isalizadora de um grupo de eeutivos pro0issionais ontratados" * renovação de 1I7 ( 0eita so/re o total dos mem/ros do ConselHo de *dministração" Se este 0or omposto de @ $nove% mem/ros& so/re estes nove reai a renovação de 1I7 e& entre si& esolHem os 7 $tr4s% #ue irão desempenHar os argos de 6residente& VieL6residente e Seretário" :ma variante desta 0orma ( a *ssem/l(ia Geral eleger um onunto de assoiados omo onselHeiros de administração e este& por sua ____________________________________________________________________ K1 _ Moderna Administração em Cooperativas
vez& eleger um dos mem/ros 6residente do ConselHo" * este se liga um Gerente Geral ou Superintendente ontratado"
Assembl)ia +eral
%onselho
%!,SE0C! DE AD2$,$STRA=>! $%E 5RES$DE,TE
RES$DE,TE
%!,SE0C! EE%UT$! !U +ERE,TES
*o se deidir #uanto ao modelo do rgão de administração a ser adotado por uma ooperativa& pelo menos tr4s 0atores devem ser onsiderados5 a% ( onveniente #ue o modelo adotado possi/ilite a partiipação de #ual#uer assoiado no proesso de esolHa dos dirigentes& so/ pena de gerar 0rustração e insatis0ação do #uadro soialU /% deve ser assegurada a renovação peridia e alternada de seus integrantes a 0im de possi/ilitar o aesso de novas lideranças e o surgimento de id(ias inovadoras na ondução do negio ooperativoU % a apaidade gerenial dos assoiados da ooperativa deve ser analisada em 0unção do onHeimento e Ha/ilidades eigidas pelo ramo de atividade e pela estrutura t(nioLoperaional"
".*. O8 D=86Fio8 7o Coo:=r6>iBi8mo <6 So9i=767= Mo7=r<6 *s evid4nias nos mostram #ue a so/reviv4nia das ooperativas no sistema eonmio onorrenial apitalista re#uer a sua integração !s regras impostas pelo sistema" Esta integração provoa um onunto de modi0iaçJes na 0orma organizaional das ooperativas pela inessante /usa da raionalidade e da e0ii4nia eonmia" 6ara atingir seus o/etivos empresariais& tomamLse deisJes sem o envolvimento da#ueles #ue partiiparam diretamente do proesso produtivo& despersonalizando a
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0iloso0ia /ásia do ooperativismo e privilegiando determinados grupos de ooperados melHor posiionados no proesso produtivo71" *s ooperativas de0rontamLse& portanto& om uma situação em #ue t4m #ue oniliar sua atividade eonmia empresarial om a onretização de 0ormas mais partiipativas e ontroladoras da parte de seus ooperados" Esta ( a ontradição 0undamental da ação ooperativa numa eonomia de merado" 9esse sentido o ooperativismo onstitui um meio #ue o apitalismo utiliza para reduzir ou ontrolar as ontradiçJes soiais do proesso de desenvolvimento eonmio" 9a perspetiva de desenvolvimento eonmio em moldes apitalistas& a organização ooperativa surge omo uma instituição mediadora& uo papel ( administrar as ontradiçJes engendradas pelo desenvolvimento apitalista& atenuando seus e0eitos& evitando a emerg4nia de on0litos soiais72" * organização ooperativa ( uma resposta sinr(tia a essas ontradiçJes& permitindo atenuar e mediar a trans0ormação das -relaçJes. do eonmio& do polOtio e do ideolgio" 8 poder de seus dirigentes eleitos e de seu #uadro gerenial e t(nio reside na apaidade de -riar. soluçJes mediadoras para as ontradiçJes soiais e #ue artiulem interesses representativos e o/etivos dos atores soiais& por meio de meanismos e arranos organizaionais estruturados para via/ilizar a partiipação de assoiados no proesso deisrio" Esses meanismos partiipativos estão direionados para a renovação do sentido da ação ooperativa& instrumentalizando os assoiados& por meio da eduaçãoIapaitação& a eererem e0etivamente o poder deisrio dentro da sua organização" Fae os imperativos do 0enmeno da glo/alização& entendido tam/(m omo modi0iação dos padrJes de interm/io omerial e de geração e di0usão de onHeimento e tenologia& muitos desa0ios se apresentam para o ooperativismo" =entre esses& ressaltamos5 a pro0issionalização& o relaionamento interno ooperativaIooperado& a 0alta de orientação para o merado e a desapitalização" * #uestão da pro0issionalização passa por meanismos de ontrole& independente das #uestJes de propriedade" * esta/ilidade do ontrole da gestão ad#uire relevnia #uando se onstata #ue& nos empreendimentos modernos& ( neessário #ue Haa ontinuidade do omando" 9ão eiste ompetitividade sem um mOnimo de ontinuidade nas atividades gereniais" *l(m de um presidente 0orte& a ooperativa preisa ter pro0issionais ompetentes& ontratados no merado& de nOvel ompatOvel om a ompleidade da empresa" 9a #uestão do relaionamento o/servaLse 0re#Yentemente #ue ooperados e ooperativa /usam o /ene0Oio prprio e imediato" 8 ooperado usa os /ene0Oios V*>*=*RES& '")" P6r>i9i:6o = :o7=r4 o 9omi> =7u96>iBo <6 9oo:=r6>iB6 6ro:=9uári6 " >avras& :F>*& 1@@K" $=issertação de +estrado em *dministração Rural%" 72 6*GZS& +" et al" O :o7=r 76 or6
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o0ereidos pela ooperativa mas não esta/elee om a empresa uma relação de elusividade na sua atividade produtiva& motivo da ooperação" * ooperativa& por sua vez& na preoupação de resolver os pro/lemas do ooperado& ger4nia mal os reursos prprios e& onse#uentemente& por eemplo& aumenta seus ustos operaionais" Com relação ao merado& o ooperado tem de adaptarLse a ele& e não o ontrário" * ooperativa deve /usar sua 0ronteira de e0ii4nia e de0inir as atividades #ue estão dentro do seu negio& onentrandoLse no #ue dá resultado& no #ue ela 0az /em" 9esse sentido& são importantes as alianças estrat(gias& /em omo a apitalização por meio de atração de apitais eternos" Tudo india #ue a utilização de t(nias e modelos gereniais modernos nas organizaçJes empresariais ooperativas tem resido ultimamente em virtude dos seguintes aspetos5 a% da sensi/ilização ada vez mais 0orte so/re o grau de riso #ue a organização ooperativa vem assumindo& resultante das inertezas #ue o meio am/iente lHe apresenta" * veloidade e a dinmia das mudanças nos merados& no setor tenolgio e no ampo soial& tem sido onsideráveis" Essas mudanças& por sua vez& t4m in0lueniado& de 0orma omplea& as atividades e o 4ito empresarial" SomaLse a isto o 0ato de #ue& nos merados onde atuam espei0iamente as ooperativas de produção& vem sendo registradas altas taas de resimento do volume de omerialização de produtos e serviços" Conse#uentemente& tem aumentado a pressão ompetitiva entre empresas do setor #ue o0ereem esses serviços e produtosU /% do aumento dos o/stáulos e das inertezas na adaptação de medidas no urto prazo" 8 resimento da ompleidade da tenologia e dos proessos empresariais& /em omo o aumento das restriçJes legais e soiais no ampo do proesso deisrio& t4m ontri/uOdo para #ue as deisJes& no urto prazo& tenHam um raio limitado de açãoU % da disponi/ilidade ada vez maior de onHeimento so/re o planeamento e so/re as áreas espeO0ias das empresas $mareting& produção& 0inanças& por eemplo%& e uma resente disponi/ilidade de reursos materiais #ue possi/ilitam a o/tenção de in0ormaçJes em urtos espaços de tempo por meio da in0ormatização" 8 0uturo de uma organização empresarial& em tal situação& somente pode ser assegurado por meio do desenvolvimento de onepçJes e modelos gereniais& em re0er4nia aos #uais devem ser de0inidas e onduzidas as suas metas" * segurança 0utura re#uer um omportamento empresarial estrat(gio e uma ger4nia adaptada e ondiionada a esse omportamento $ger4nia estrat(gia%"
".. So@r=BiB<9i6 = Com:=>i>iBi767= 768 Coo:=r6>iB68 ____________________________________________________________________ KA _ Moderna Administração em Cooperativas
* ação das ooperativas 0ae !s eig4nias eonmias e soiais do mundo moderno passa neessariamente pela /usa de novos modelos de gestão& na tentativa de austar suas estruturas ! realidade" *s ooperativas se v4em 0orçadas ! evolução& assim omo as demais organizaçJes& no #ue diz respeito !s suas atividades& ! inter0ae tenolgia& ! gestão& ! ompleidade da estrutura organizaional& e no #ue diz respeito aos relaionamentos om pessoas e instituiçJes" 9o #ue toa !s atividades& podeLse dizer #ue as ooperativas estão migrando de um omportamento de0ensivo& araterOstio dos anos N e DN& para uma atuação mais agressiva nos merados 0inais& por 0orça dos altos nOveis de ompetitividade eigidos pelos novos merados" 9o #ue diz respeito ! gestão& nas ooperativas mais simples prevalee o prinOpio da autogestão& onde os prprios ooperados eleitos omo dirigentes eerem a administração" 6or(m& nas ooperativas om maior ompleidade administrativa& e #ue atuam em merados e atividades mais dinmias& a gestão passou a re#uerer um maior grau de pro0issionalização e& portanto& investimento na #uali0iação de seus assoiadosL administradores& e na ontratação de pro0issionais no merado de tra/alHo" 9a /usa desse novo modelo de gestão& as eperi4nias atuais t4m demonstrado #ue ( neessário uma re0leão iniial para #ue a ooperativa se posiione em relação ! sua missão& ao seu negio& aos seus o/etivos e metas" E #ue 0aça tal re0leão por meio da análise da adeia de valor de seu proesso produtivo& detetando 0alHas e eel4nias& e analisando as ameaças e oportunidades do am/iente eterno no #ual se insere" =essa /usa& á iniiada por algumas ooperativas /rasileiras& alguns 0atores Have de suesso á 0oram identi0iados e atualmente direionam a ação de várias delas"
Profssonalação da %estão
*s açJes& nesse enário& englo/am a neessidade de aelerar o proesso de pro0issionalização e enampam a tend4nia de #ue eeutivos eternos ontratados são neessários para gereniar a empresa" 8 amadorismo e a improvisação não t4m mais espaço na administração das ooperativas" Z neessário direionar es0orços para a gestão da #ualidade& para a implementação de sistemas de in0ormação gerenial e para a mudança do padrão ultural ainda muito arraigado nas ooperativas analisadas e #ue se re0erem ! tend4nia ao paternalismo e ao empreguismo& e !s rivalidades internas e inter0er4nias polOtias e #ue onduzem a aentuadas diverg4nias administrativas om preuOzos ao desempenHo organizaional" 9esse enário urge simpli0iar e agilizar o proesso administrativo& enugar a estrutura e aumentar a produtividade" *l(m disso& manter o máimo de transpar4nia administrativa nas deisJes ( uma meta a ser rigorosamente umprida& /em omo periodiamente esta/eleer prioridades e metas de tra/alHo e avaliar a situação empresarial" * empresa ooperativista terá portanto de modi0iar sua postura no merado na /usa de vantagens ompetitivas #ue garantam a sua so/reviv4nia 0utura" ____________________________________________________________________ KK _ Moderna Administração em Cooperativas
3sto signi0ia #ue devem iniiar um proesso de mudanças planeadas apaz de alterar oneitos& estrat(gias e açJes ultrapassadas em paradigmas de gestão estruturados para en0rentar os novos desa0ios" * implementação de planos de desenvolvimento empresarial ela/orado om t(nias de planeamento estrat(gio tem intensi0iado o proesso de pro0issionalização da gestão e a modernização do aparato administrativo" * intenção ( dotar as ooperativas de grande apaidade de gestão e interação om o am/iente por meio de proessos de gestão estrat(gia& 0undamentado em um plano de gestão dos negios ooperativos" Este posiionamento tem omo ontraponto os modelos de gestão estruturados na linHa tradiional& no #ual os negios da empresa são onduzidos pelos ooperados dirigentes eleitos& assistidos por alguns pro0issionais ontratados sem nenHuma li/erdade deisrio nas áreas t(nias da empresa e #ue re#uerem onHeimento espeializada& prinipalmente as áreas 0inaneiras& omerial& produção industrial e in0ormátia" Z omum os proessos de modernização empresarial desenvolvidos em ooperativas serem interrompidos por #uestJes polOtias dos dirigentes #ue interpretam omo perda de poder a trans0er4nia de autoridade administrativa para administradores ontratados"
/nanca"ento das at$dades
8/servaLse #ue as polOtias 0inaneiras das ooperativas são inipientes& mesmo na#uelas ooperativas mais avançadas na gestão pro0issionalizada" * depend4nia de apitais de agentes 0inaneiros e a inepressiva ontri/uição 0inaneira dos assoiados& araterOstios do ooperativismo /rasileiro& t4m onduzido as ooperativas a vinularem seu resimento ao 0inaniamento /anário& ao omprometimento do apital de giro& ao não desenvolvimento de estrat(gias de investimentos autoL0inaniados pelos ooperados" * gestão 0inaneira e de ustos& normalmente& ( preária não possi/ilitando a utilização de dados e in0ormaçJes 0inaneiras atualizadas para a gestão dos negios" 6ouas estrat(gias voltadas ! saúde 0inaneira& e relaionadas om o envolvimento dos seus assoiados& são desenvolvidas pelas ooperativas" =entre elas destaamLse5 não anteipação de dinHeiro de 0inaniamento a ooperadoU não onessão de r(dito al(m da apaidade de endividamento do ooperadoU o/rança rigorosamente em dia das dOvidas dos assoiadosU su/srição e integralização de novas #uotasLpartes de apitalU e elusão de ooperados #ue se /ene0iiam da ooperativa mas #ue não mant4m 0idelidade"
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Em sOntese& o grande desa0io das empresas ooperativistas ( enontrar respostas para e#uaionar a distri/uição de luros e /ene0Oios ao ooperado e apitalizar a empresa" 6ara tanto& ( neessário a riação e a disseminação de meanismos de preços #ue valorizem a esala de produção de produtos ou de serviços& a #ualidade do produto ou do serviço e a regularidade da o0erta" Z neessário& tam/(m& onsientizar o ooperado de #ue ( 0undamental investir para a ooperativa reser"
0ecnolo%a e produt$dade nas cooperat$as
* modernização e o progresso tenolgio das ooperativas /aseiaLse na in0ormação& no valor do onHeimento& na importnia da #ualidade e da di0ereniação de produtos e serviços no merado onorrenial" 9esse enário voltar as atençJes para a pessoa #ue produz o produto ou serviço ( o passo número um" Z do suesso das unidades produtivas individuais #ue depende o suesso das ooperativas" 8 desa0io imediato das ooperativas ( lutar ontra a 0alta de in0ormação /usando vantagem ompetitiva no inOio da adeia produtiva" 8u sea& o paternalismo na assist4nia t(nia aos ooperados ( tOpia dos modelos de gestão ooperativa do passado" * produtividade e a modernização tenolgia devem ser /usadas em toda a adeia de valor" 8 desta#ue ao ooperado ( usti0iado pela poua atenção #ue as ooperativas& em sua maioria& sempre deram ao seu assoiado nesta #uestão" 9esse novo enário& a/erá !s ooperativas liderar a riação e a implantação de meanismos #ue inentivem a espeialização dos ooperados" 6or eemplo& no aso das ooperativas m(dias ( pertinente pensar no esta/eleimento de meanismos e proedimentos de sele*#o e especiali+a*#o dos ooperados m(dios& prinipalmente pela introdução do pagamento di0ereniado por %olume individual de produção de serviços& qualidade serviço prestado e regularidade do 0orneimento de serviços" 9ão Há melHor 0orma de espeializar e pro0issionalizar o ooperado #ue o pagamento di0ereniado" *o inentivar estes itens& penalizando a 0alta deles& a ooperativa 0orça a melHoria dos Ondies t(nios de produção de serviços m(dios e o nOvel de #ualidade desse serviço"
&r%anação e"presaral
Considerando a situação atual das ooperativas e as tend4nias do merado& tr4s opçJes se apresentam aos dirigentes dessas empresas5 0eHar as portas da empresa& suum/indo ! riseU ontinuar om as atividades da ooperativa& sem mudanças estruturais muito importantes na organização& o #ue tam/(m levaria ao 0im a organização& de uma 0orma mais lentaU analisar as mudanças no am/iente de negios e as ____________________________________________________________________ K _ Moderna Administração em Cooperativas
possi/ilidades eistentes para suas empresas om vistas ! mudança na 0orma de organização em /usa de modelos mais adaptados !s novas eig4nias e neessidades do novo paradigma de ação ooperativa no merado – a ação integrada" 8s resultados o/servados em algumas ooperativas #ue desenvolvem mudanças do paradigma de organização ooperativista& na tentativa de enontrar novos modelos de gestão #ue permitam maior adaptação ao novo am/iente& sinalizam orientaçJes para o desenHo de estrat(gias de ompetitividade e so/reviv4nia das ooperativas" 9os novos modelos de gestão em surgimento& duas araterOstias t4m sido ressaltadas pelos dirigentes ooperativistas5 *" !onsolida*#o – 0ortaleimento da empresa ooperativa nos seus merados de atuação& atrav(s da transmissão de uma imagem #ue gera on0iança nas atitudes e no 0uturo da empresa& nos seus di0erentes nOveis de atuação $naional& regional e loal%" ," Droporcionalidade – re0erente ! partiipação de apitais na empresa ooperativa" araterizaLse pelo planeamento da estrutura de apital a ser utilizada& onsiderando port0lios de apital #ue onsiderem apital de riso de tereiros& apital prprio e outros" 9este sentido& alianças& ointLventures e assoiaçJes entre ooperativas e entre ooperativas e empresas de apital a/erto passam a 0igurar omo alternativas para a estruturação do pool 0inaneiro desta empresa" 9ovamente& essas tend4nias oinidem om as o/servaçJes de C88 e _b*9E9,ERG77 relaionadas ao #uadro atual do per0il de modernização dos modelos de gestão empresarial no ooperativismo dos paOses do primeiro mundo" =esta 0orma& utilizandoLse de di0erentes 0ormas de assoiação empresarial& modernização administrativa e alavanagem de apitais& as ooperativas poderão se estruturar para este novo am/iente de negios" Como prinipais araterOstias destas novas 0ormas de estruturação das ooperativas& podem ser itados os seguintes aspetos5 •
=ireitos de assoiação sueitos a apreiaçãoU
•
=e0inição do #uadro de assoiadosU
•
Compromisso ontratual entre assoiado e ooperativaU
•
9eessidade de apitalização permanente para 0ormação do apital da ooperativa"
=esta 0orma& 0ia esta/eleida uma nova 0orma de relaionamento entre assoiados e ooperativa& notadamente araterizada pela maior esta/ilidade desta relação 77
8p" it"
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e maiores vOnulos entre as duas partes envolvidas" *ssim as ooperativas terão uma atuação muito mais agressiva nos merados 0inais& atuando de 0orma glo/alizada e assumindo uma natureza o0ensiva inerente a estes novos modelos& em detrimento ao omportamento de0ensivo araterizado por seus modelos de estrutura tradiionais *s mudanças neessárias a serem proessadas no ooperativismo impliam a revisão dos oneitos tradiionais #ue guiam o ooperativismo /rasileiro& no sentido de novos modelos de organização empresarial& mais ágeis& dinmios e e0iientes" *s alteraçJes devem se orientar para a geração de um #uadro de assoiados muito mais ompromissado om as atividades e deisJes tomadas pela sua ooperativa" *s novas 0ormas de vOnulo ooperadoLooperativa devem ser estruturadas para garantir o omprometimento dos produtores om as deisJes da direção da ooperativa e& onse#uentemente& propiiar um maior nOvel de investimentos dos ooperados" Em deorr4nia& as ooperativas terão ondiçJes de atuar de 0orma mais agressiva nos merados de produtos e serviços nos #uais t4m partiipação" 6ere/eLse em algumas ooperativas #ue& atrav(s da resente pro0issionalização de seu #uadro diretivo e do maior omprometimento do seu #uadro soial& atrav(s da 0idelidade& aompanHamento e monitoramento das deisJes da direção& tem oorrido a evolução de um modelo de0ensivo de organização – voltado ao merado loal e araterizado pelo 0alta de pro0issionalismo em todos os nOveis de atividades –& para um modelo #ue possi/ilita assumir uma atitude o0ensiva om relação aos merados& pro0issionalizando todas as suas atividades e aumentando o omprometimento de seus ooperados om os destinos traçados para a empresa" 1nfo2ue no clente
Com relação a esse aspeto as ooperativas devem se voltar para o merado& pois ( nele #ue se enontram as 0orças e as demandas #ue irão in0lueniar e inter0erir na sua manutenção& so/reviv4nia e desenvolvimento" *ssim& a pes#uisa de merado& o mareting e a pu/liidade passam a ser 0undamentais para a empresa moderna e a/e ! ooperativa onsientizar todos os assoiados para tal eig4nia" *s epetativas do onsumidor #uanto aos produtos e serviços Hoe á são muitas e em 0uturo primo a tend4nia ( #ue seam ada vez mais auradas" Com vistas a garantir sua produtividade e ompetitividade no merado& as empresas ooperativas preisam administrar o vasto deserto tenolgio #ue as arateriza – om relação ao padrão tenolgio do ooperado& aos modelos de gestão e !s estrat(gias de integração regional – e& om lareza de propsitos& desempenHar pap(is #ue lHes permitam espeializarLse e alançar nOveis de ompetitividade"
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".1+. P6r>i9i:6o = E7u96o Coo:=r6>iBi8>6 PARTICIPAÇÃO E CONTROLE DEMOCRÁTICO NAS ORGANI-AÇ0ES VOL$NTÁRIAS *s organizaçJes são& 0undamentalmente& deorrentes de um proesso soial& por#ue esta/eleem em seu interior relaçJes soiais #uando de sua prpria onstituição e durante o seu desenvolvimento" Este proesso& segundo Etzioni7A& visa a onstrução de um o/eto $a estrutura% e a prpria reonstrução da estrutura soial7K" TrataLse de um proesso intenional de riação por parte dos atores soiais #ue riam um am/iente espeO0io para sua atuação na direção de um o/etivo determinado" 8 proesso visa a om/inação de reursos e a sua trans0ormação em determinados tipos de produtos e serviços" Entre os atores soiais se esta/eleem relaçJes ontratuais& #ue disriminam os elementos om os #uais se vai tra/alHar" *ssim& as organizaçJes são um proesso de ontrole soial das 0orças produtivas #ue a onstituem& disiplinando a divisão do tra/alHo" Tendo os atores soiais meios di0erentes de se apropriarem do resultado do tra/alHo L na medida em #ue a organização 0ormal emerge da organização soial reproduzindo& em seu interior& as regularidades o/servadas na organização soial ampla L& a organização pode ser entendida eminentemente omo a divisão do poder 7M" *s organizaçJes 0ormais #ue t4m no tra/alHo assoiado e na autogestão demorátia seus prinipais pontos de identi0iação& apresentam em seu proesso organizaional interno um pro/lema ruial& #ual sea o de enontrar soluçJes para seu desenvolvimento e resimento empresarial por meio de proedimentos di0erentes da#ueles usualmente utilizados pelas organizaçJes empresariais não ooperativas" 3sto se deve ! sua araterOstia /ásia #ue ( a reunião de pessoas para& atrav(s de proessos deisrios oletivos& 0undamentados na autogestão& de0inir sua polOtia empresarial" 9uma organização totalmente partiipativa& omo as organizaçJes voluntárias& o traço araterOstio entral ( #ue todo mem/ro tem total e igual direito de partiipar em todas as deisJes" Em virtude dessa partiularidade& uma análise do poder nessas organizaçJes& deve ressaltar determinados proessos gen(rios da demoraia organizaional" 8 pro/lema ruial nesse tipo de organização 0ormal ( o de manter os proessos demorátios internos& permitindo partiipação e ontrole por parte dos seus mem/ros" F
Etzioni& *" 8rganizaçJes modernas" D ed" São 6aulo& 6ioneira& 1@D@" 1M7 p"
G
,enson& '"" 8rganization5 a dialetial vie`" 3n5 *dministrative Siene uarterly& 22$1%5 1L21" +ar" @"
7M
Valadares& '")" op" it"
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Essa 0orma de determinação do poder possi/ilita ! organização en0rentar dois pro/lemas prinipais5 a apatia dos seus mem/ros e a tend4nia ! oligar#uia7" =essa 0orma& assume espeial signi0iado a disussão da partiipação e do ontrole demorátio #uando se analisa o poder nas organizaçJes voluntárias& espeialmente nas organizaçJes ooperativas" 9estas organizaçJes& a partiipação dos mem/ros ( neessária para #ue a organização permaneça viável" * esse respeito& )all7D a0irma #ue5 -* maioria das análises aponta para o aráter ruial do proesso demorátio para as organizaçJes voluntárias uma vez #ue essa 0orma de determinação do poder visa assegurar uma partiipação ontOnua $"""% al(m disso& as organizaçJes voluntárias devem permaneer permeáveis a novas id(ias e interesses aso se pretenda manter a demoraia" Essa permea/ilidade garante a partiipação ontOnua atrav(s da manutenção do interesse dos mem/ros nas #uestJes #ue são novas e em torno das #uais o poder pode agruparLse& impedindo assim a tend4nia ! oligar#uia" * manutenção do envolvimento dos mem/ros ( ruial para tais organizaçJes $"""% isso envolve distri/uir alguma 0orma de poder entre todos os partiipantes organizaionais& independentemente da 0orma de poder e de outras onsideraçJes $""%^" 6ortanto& ( ruial para o pleno desenvolvimento das organizaçJes voluntárias a epansão do poder internamente entre os mem/ros da organização" * esse respeito Tannen/aum7@ o/serva #ue a epansão do poder ^pode oorrer so/ duas lasses de ondiçJes" * primeira ( a de uma epansão eterna de poder para o am/iente organizaional" * segunda diz respeito a várias ondiçJes internas #ue inluem5 $1% ondiçJes estruturais #ue aeleram a interação e a in0lu4nia entre os mem/ros e $2% ondiçJes motivaionais #ue impliam o interesse aumentado por parte dos mem/ros em eerer o ontrole e uma maior possi/ilidade de os mem/ros serem ontrolados" Com relação !s organizaçJes ooperativas& ( relevante disutir as ondiçJes internas estruturais e motivaionais #ue permitem aos ooperados partiiparem da tomada de deisJes e eererem o ontrole da gestão ooperativa"
A ORGANI-AÇÃO DO $ADRO SOCIAL COMO PRÁTICA INSTIT$CIONAL DA PARTICIPAÇÃO
7
Valadares& '")" op" it" )*>>& R")" 8rganizaçJes5 estruturas e proessos" Rio de 'aneiro& 6rentieL)all do ,rasil& 1@DA" 2MN p"
H 7@
)all& R" )" op" it"
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So/ a denominação 8rganização do uadro Soial $8S% se inluem diversas prátias #ue t4m por o/etivo a 0ormação de uma nova instnia de eerOio de poder nas ooperativas& al(m das instnias usualmente enontradas" Estas prátias onduzem ! 0ormação de Comit4s Eduativos& ou ConselHos de Representantes& #ue& a despeito de di0erentes 0ormas organizaionais e partiularidades no seu 0unionamento& estão orientados pelos mesmos o/etivos5 estruturar um espaço de poder na ooperativa& via/ilizando a partiipação demorátia do maior número de assoiados na gestão do empreendimento ooperativo" *trav(s da partiipação polOtia& os assoiados reduzem o espaço da /uroraia& entendida omo o loal onde se reproduzem determinadas relaçJes de poder" * despeito de suas limitaçJes e ontradiçJes as prátias de 8S& 0undamentadas no tra/alHo eduativo de apaitação e 0ormação dos assoiados& ontri/uem& dentro da estrutura soial eistente& para o avanço partiipativo na organizaçãoAN" * prátia omumente o/servada em 8S apresenta um onunto de açJes #ue poderiam ser assim resumidas" Em primeiro lugar& o esta/eleimento de uma instnia de poder loal& na menor unidade territorial da área de ação da ooperativa L uma omunidade loal de assoiados& 0ormada por ^vizinHos^ L& uo elemento polOtio entral ( o representante omunitário& demoratiamente eleito entre os assoiados da loalidade" Em segundo lugar& a aglutinação dessas instnias de poder loal $denominados 9úleos& ou Comunidades *ssoiadas%& numa instnia superior& entralizadora& de 0orma a permitir uma dominação mais direta so/re os espaços de poder loal& modi0iando o signi0iado das oletividades territoriais" 9este aso& a nova estrutura riada ( denominada Comit4 Eduativo& ou ConselHo de Representantes& sendo onstituOda pelos assoiadosLrepresentantes eleitos nas omunidades de /ase" Esta estrutura se oupa de parte da administração loal $ou de todo o onunto de omunidades%& e esta/elee um relaionamento direto entre a úpula dirigente da ooperativa e as unidades loais" 8 pano de 0undo destas açJes de artiulação seria& portanto& a neessidade de ontrole polOtio do espaço pelas diversas instnias de poder"
AS CONTRADIÇ0ES DA PRÁTICA DE OS NAS COOPERATIVAS * partiipação polOtia proposta pelos programas de organização do #uadro soial de ooperativas tem impliaçJes sioLpolOtias ! medida #ue a0eta as posiçJes relativas dos grupos soiais no m/ito regional da área de ação da empresa ooperativaA1" 6ara os pe#uenos ooperados& ela pode signi0iar um aesso maior a /ens e serviços prestados FI
SC)9E3=ER& '"8" =emoraia& partiipação e autonomia ooperativa" São >eopoldo& :93S398S& 1@@1" A1 p" $S(rie Cooperativismo& 2@L7N%"
FJ
SC)9E3=ER& '"8" Cooperativismo agrOola na dinmia soial do desenvolvimento peri0(rio dependente5 o aso /rasileiro" 3n5 >8:RE3R8& +"R" $org"%" Cooperativas agrOolas e apitalismo no ,rasil" São 6aulo& Cortez& 1@D1" 1KK p"
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pela ooperativa en#uanto& para os grandes ooperados& #ue tradiionalmente oupam os postos entrais da estrutura de poder das ooperativas& a partiipação pode signi0iar uma ameaça& pela introdução de novos atores soiais& partiipando do proesso deisrio da ooperativa" *s prátias de organização do #uadro soial& via/ilizadas por interm(dio de arranos instituionais omo Comit4s Eduativos& e direionadas para ampliar as possi/ilidades de envolvimento direto de di0erentes grupos de ooperados no proesso de tomada de deisão e ontrole da gestão empresarial de ooperativas& traz impliaçJes polOtias signi0iativas na on0ormação do on0lito entre grupos dominantes e dominados em espaços regionais da área de ação da ooperativa" =e erto modo& se esta/elee um anal de omuniação mais direto entre a omunidade de /ase de ooperados de uma mesma região ou de mesmas araterOstias pro0issionais e o poder polOtio entral /uroratizado& #ue ^moderniza^ as 0ormas tradiionais de mediação de interesses dos ooperados" 9essa perspetiva& a organização dos ooperados em /ases omunitárias& ou pelo rit(rio de organização por araterOstias pro0issionais $omo oorre no aso de ooperativas de tra/alHo e de prestação de serviços na área da saúde% seria um momento do proesso de etensão a um grande número de ooperados do eerOio do poder deisrio da ooperativa& no sentido de ampliar os nOveis de integração soial do sistema& e de aumentar a margem de onsentimento em torno de valores& normas e padrJes neessários ao 0unionamento de uma organização empresarial ooperativa" *s prátias usuais de organização do #uadro soial de ooperativas& ao umprir suas atri/uiçJes de promotora da demoratização do proesso deisrio e de ontrole da gestão& desempenHa um papel de mediação e artiulação polOtia entre ooperados e dirigentes da ooperativa" Tam/(m& de um erto modo& a organização do #uadro soial ontri/ui para administrar as ontradiçJes engendradas pelo desenvolvimento apitalista& atenuando seus e0eitos& evitando a emerg4nia de on0litos soiais no m/ito polOtioL administrativo da empresa ooperativa" * aeitação arOtia pelos ooperados de uma onepção de estrutura organizaional ooperativa de araterOstias maradamente autorátia e onentradora das deisJes leva o Comit4 Eduativo a desempenHar o tradiional papel de ^ponte de ligação^ entre a administração entral e o #uadro soial& repassando in0ormaçJes e deisJes tomadas pela administração e reolHendo sugestJes e ^pedidos^ dos ooperados& desde #ue não inter0iram signi0iativamente no poder entralA2" *ssim& a partiipação demorátia no proesso deisrio e no ontrole da gestão está ondiionada pelo aráter onservador ou reprodutor da soiedade& e a partiipação ooperativa& por sua vez& está limitada aos espaços #ue lHe são a/ertos no ogo de 0orças e interesses de uma soiedade Heterog4nea"
A2
Valadares& '")" op" it"
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* instituionalização da partiipação ooperativa por meio dos arranos organizaionais possi/ilita o eerOio de dupla 0unção dentro desta soiedade5 0unção reprodutora e 0unção inovadora" * ooperativa o0eree tanto um espaço para a reprodução das ontradiçJes da soiedade #ue a enerra #uanto um espaço para operaionalizar mudanças" 6or(m& na prátia do diaLaLdia não se pode desonHeer a relação de 0orças #ue se esta/elee dentro dela" Essa relação de 0orças está diretamente relaionada om a reprodução das 0orças soiais& atrav(s do seu #uadro soial" * dimensão dos espaços para a reprodução ou para a inovação são determinados pelo ogo das 0orças soiais #ue agem entre si& atrav(s desses espaços" *o reproduzirem& tam/(m& situaçJes de on0litos& as ooperativas orrem o riso do disurso da ooperação assumir um aráter ideolgio& ao desonHeer a diversidade e a Heterogeneidade do #uadro soialA7"
A ED$CAÇÃO COOPERATIVISTA EM $ESTÃO *s atividades de omuniação e eduação ooperativista devem onstituir a /ase da prátia administrativa de uma ooperativa& om vistas a promover a identi0iação dos assoiados om sua organização" 9a ooperativa a partiipação não pode ser imposta" Esta deve resultar de um movimento espontneo de adesão #ue se origina no indivOduo e #ue se epressa em atividades solidárias #ue o levam a ompartilHar direitos e deveres om os demais mem/ros do grupo" Este movimento espontneo de adesão ( a materialização de ertos valores #ue o indivOduo adota omo seus& inorporados ! sua onsi4nia e #ue o levam a se mani0estar sem neessidade de oerção eterna para apoiar sua empresa& por#ue ele a sente omo sua propriedade& valorizaLa e desea #ue prospere" 6ara provoar essa interiorização de valores& a eduação e a omuniação são os meanismos privilegiados" >ogo& eduação& omuniação& partiipação e ooperativa são realidades inseparáveis" 3sto nos leva a duas a0irmaçJes importantes5 3. a cooperação de$e ser ensnada por "eo da correspondente pr4tca5 6. a e"presa cooperat$a necessta da educação e da co"uncação de for"a "as ntensa do 2ue outros tpos de or%anaç7es socas.
8 desenvolvimento da ooperativa ( diretamente proporional ao desenvolvimento da eduação e omuniação ooperativista" Falar de avanço& estanamento ou retroesso do proesso ooperativo& ( 0alar do aerto ou desaerto do tra/alHo de eduação e omuniação ooperativa"
A7
Frantz& b" sem tOtulo" 3n5 6inHo& ="," *dministração de ooperativas" ,rasOlia& C96#& 1@D2"
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* ineist4nia de um /om e e0iiente sistema de eduação e omuniação entre assoiados& dirigentes e 0unionários& voltado aos interesses da omunidade ooperativa& preudia o assoiado na sua 0unção de dono e usuário da ooperativa& #ue passa a distaniarLse progressivamente de sua 0unção primordial& #ue ( a prestação de serviços aos assoiados" Trans0ormaLse numa empresa ine0iiente& por não onseguir o su0iiente grau de adesão dos assoiados& arentes das in0ormaçJes neessárias para se omprometerem mais om sua organizaçãoU ou trans0ormaLse numa empresa e0iiente& progressista& mas apenas uma empresa omo outra #ual#uer& valorizando apenas a dimensão eonmia e relegando a dimensão soial a segundo ou tereiro plano" 6or outro lado& a eduação ooperativista sendo desenvolvida no m/ito da empresa& 0az ver aos assoiados os pro/lemas& as realizaçJes e os proetos de sua organização& permitindoLlHes& tam/(m& de maneira onstante& 0azeremLse ouvir unto ! direção da ooperativa& na medida em #ue Houver reiproidade no 0luo de in0ormação entre a úpula e a /ase" =epoimentos de lideranças ooperativistas apontam #ue& a /aia partiipação dos assoiados& o imediatismo e o distaniamento entre dirigentes e orpo assoiativo& aliada ! entralização do poder e ao lento poder deisrio& t4m gerado onse#Y4nias desastrosas para todo o sistema ooperativista& marando& ao longo do tempo& insuessos #ue preudiam não s sua e0ii4nia& /em omo sua imagem perante o pú/lio" 6or tudo isso ( neessário sensi/ilizar administradores de ooperativas da in0lu4nia e da importnia da integração do assoiado ! ooperativa" Z preiso tam/(m deiar laro #ue esse tra/alHo #uase sempre se apresenta om resultados a m(dio e longo prazo e #ue nem sempre pode ser avaliado de 0orma #uantitativa& mas sim #ualitativamente" * Eduação e Comuniação em ooperativas não se limita ! pregação da doutrina e ! de0esa dos prinOpios ooperativistas" Ela vai ao 0undo da #uestão relaionada om a apaitação do assoiado para interagir na vida da entidade e /usa a partiipação do #uadro soial de modo a via/ilizáLla omo empresa& dandoLlHe ondiçJes o/etivas de ompetir no merado e de promover seu desenvolvimento organizaional& estrutural e eonmio" 9ão se pode desvinular a evolução do proesso de partiipação soial da e0ii4nia empresarial ooperativa" 6ara alançar uma partiipação e0etiva e raional& a diretoria representativa deve a/rirLse ao diálogo& na rença de #ue& sem assoiados partiipantes& di0iilmente teremos ooperativas slidas"
A AT$ALIDADE DA ED$CAÇÃO COOPERATIVISTA * partir da d(ada de 1@DN a Eduação Cooperativista se insreve no rol das atividades administrativas do moderno ooperativismo /rasileiro& om a mesma importnia dada !s atividades 0inaneiras& ontá/eis& omeriais& et" ____________________________________________________________________ MK _ Moderna Administração em Cooperativas
* evolução Histria do oneito e das prátias da Eduação Cooperativista pode ser visualizada em tr4s momentos distintos" 8 primeiro& oinidente om o inOio dessas atividades ao 0inal da d(ada de 1@N& araterizaLse pela disseminação de onteúdos doutrinários maradamente roHdaleanos no am/iente das ooperativas agropeuárias" 6reoupação 0undamental neste perOodo ( a organização do #uadro soial em /ases omunitárias& gerando os modelos /ásios dos Comit4s Eduativos e ConselHos de Representantes omo -ponte de ligação. entre o #uadro soial e o #uadro dirigente da empresa" *o 0inal desta 0ase Histria& dirigentes #uestionam os meanismos de partiipação #ue& supostamente& pertur/am o 0unionamento da empresa e inter0erem no seu papel de dirigentes" 8 segundo momento& 0inal da d(ada de 1@DN e inOio dos anos @N& araterizaLse pela interrupção das atividades eduativas em algumas ooperativas e pela revisão dos m(todos de tra/alHo utilizados& em outras" 8 esgotamento das estrat(gias de organização do #uadro soial da primeira 0ase leva as ooperativas a repensarem a 0inalidade& os propsitos e os meios para desenvolver a Eduação Cooperativista no am/iente empresarial ooperativo& 0ae a nova realidade da atuação das ooperativas em um merado ada vez mais ompetitivo" 8 momento atual da prátia eduaional nas ooperativas& araterizaLse pela retomada das atividades eduativas omo estrat(gia gen(ria de modernização das relaçJes entre a ooperativa e o #uadro soial" 8 interesse pela Eduação Cooperativista aparee em outros segmentos ooperativos& al(m das agropeuárias& #ue ontinuam sendo as #ue mais dediam atenção a esta atividade" 8 onteúdo doutrinário neste tereiro momento privilegia a visão da ooperativaLempresa e suas neessidades para atuar num merado glo/alizado e ompetitivo" * organização do #uadro soial ressurge omo estrat(gia de omuniação& estreitamente vinulada aos es#uemas de assist4nia t(nia& e voltada a agilizar e modernizar o proesso de produção das eonomias assoiadas e a sua adaptação !s perspetivas da estrat(gia de desenvolvimento do empreendimento ooperativo" 6reonizaLse o papel do ooperado omo oLgestor do empreendimento ooperativo em uma das suas dimensJes5 a /ase produtiva da ooperativa representada pelo onunto dos ooperados" 9a outra dimensão do empreendimento& a -empresaL propriamenteLdita.& a gestão 0ia a argo de um grupo pro0issional uo papel ( garantir ondiçJes de via/ilidade das relaçJes da ooperativa om o merado e& onse#uentemente& garantir a via/ilidade das unidades de produção assoiadas" * Eduação Cooperativista& Hoe& umpre papel relevante na moderna administração de ooperativas araterizandoLse omo proesso de aprendizagem de tenologias de produção e de gereniamento dos negios do produtor rural& ontri/uindo para a 0ormação e onsolidação de mentalidade empreendedora nos #uadros diretivo e assoiativo das ooperativas"
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5. Po7=r = D=9i8o =m Coo:=r6>iB68
5.1. A G=8>o D=mo9rá>i96 *s ooperativas são organizaçJes empresariais #ue t4m no >r6@6;?o 688o9i6>iBo e na =8>o 7=mo9rá>i96 seus prinipais pontos de identi0iação" Sua araterOstia entral ( #ue todo assoiado tem total e igual direito de partiipar em todas as deisJes" Em virtude dessa partiularidade& a estrutura de poder nas ooperativas /aseiaLse em proedimentos demorátios" Esses proedimentos reúnem& sempre& a om/inação de tr4s elementos" 8 primeiro& ( a id(ia de autogoverno om a partiipação de todos& on0orme o modelo lássio de demoraia" 8 segundo& diz respeito ! id(ia de salvaguarda dos direitos individuais& tanto ontra as pressJes do grupo dirigente #uanto ontra as pressJes dos demais indivOduos envolvidos na ação oletiva" E o tereiro& 0inalmente& se re0ere ! id(ia de representação" =os prinOpios em #ue se /aseia a ooperação eonmia& /em omo do aráter da sua natureza& derivamLse alguns elementos distintivos #ue permitem uma on0iguração mais preisa do modelo de estrutura de poder em ooperativas" =e aordo om SHneider& podem ser assinalados os seguintes5 a% a ooperativa se onstitui omo uma soiedade de pessoas& onse#uentemente& todos os seus mem/ros se enontram em posição de igualdade& uns em relação aos outros" 9a vida instituional da organização isto se traduz no voto unitário de ada mem/ro assoiado no proesso de tomada de deisão" /% essa igualdade entre os assoiados determina #ue a de0inição e 0iação de o/etivos e das polOtias empresariais da ooperativa seam esta/eleidas por deisJes oletivas e em 0unção das neessidades e interesses de seus mem/ros& os #uais podem delegar a um grupo de assoiados eleitos a direção das atividades administrativas& mas mant4m seu poder de ontrole relativamente ! gestão desses dirigentes" 8s mem/ros assoiados da organização onentram o poder de deisão e de ontrole so/re a empresa" ____________________________________________________________________ M _ Moderna Administração em Cooperativas
% a propriedade e o ontrole dos meios de produção da unidade produtiva ( prerrogativa dos assoiados& os #uais& por sua vez& são os tra/alHadores& produtores e usuários e os únios /ene0iiários das atividades desenvolvidas pela empresa" d% os resultados eonmios das operaçJes realizadas& remuneração pr(via dos 0atores de produção a preços de merado& orresponde aos assoiados na medida proporional em #ue onorrem para a sua geração" 9este sentido& o apital onorre apenas omo um 0ator de produção remunerado om uros 0io& independentemente do volume dos resultados das operaçJes" =a onentração nos mem/ros assoiados da ondição de proprietários dos meios de produção& de tra/alHadores& produtores e usuários e de /ene0iiários da ação eonmia ooperativa – aos #uais orresponde assumir as deisJes oletivas /em omo veri0iar a sua eeução – deriva o 0ato de #ue a :6r>i9i:6o e o 9o<>ro;= 7=mo9rá>i9o da gestão são elementos onstitutivos do modelo eonmio empresarial ooperativo"
5.2. O Co<>ro;= D=mo9rá>i9o [ medida #ue o onunto dos assoiados delega a alguns de seus mem/ros a responsa/ilidade da eeução das deisJes tomadas& mant4m para si a 0auldade e#uivalente de ontrole so/re esses seus representantes" * partiipação dos indivOduos organizados em ooperativas implia no eerOio do ontrole permanente da atuação de seus representantes de modo a evitar #ue as deisJes oletivas seam alteradas" * so/reviv4nia das ooperativas no sistema apitalista re#uer a sua integração !s regras por ele impostas" Essa integração provoa um onunto de modi0iaçJes na sua 0orma organizaional" *s deisJes passam a ser tomadas sem o envolvimento da#ueles #ue partiiparam diretamente do proesso& despersonalizando a 0iloso0ia /ásia do ooperativismo e privilegiando determinados grupos" *s ooperativas de0rontamLse& portanto& om uma situação em #ue ( neessário oniliar sua atividade eonmia empresarial om a onretização de 0ormas instituionais mais partiipativas e ontroladoras por parte de seus assoiados" 8rganizar as relaçJes de poder ( organizar as /ases& organizar o #uadro soial& de onde se origina o poder da organização" 8rganizar as relaçJes de poder ( dotar a estrutura organizaional de meanismos e arranos organizaionais #ue via/ilizem o proesso deisrio oletivo& possi/ilitando a partiipação do assoiado na de0inição da polOtia da empresa"
____________________________________________________________________ MD _ Moderna Administração em Cooperativas
* 0undamentação administrativa da partiipação dos ooperados na deisão e na gestão do negio ooperativo se epressa no 0ato de #ue as ooperativas não podem desartar a neessidade de desenvolver estruturas organizaionais e0iazes& nem de esta/eleer um proeto oletivo de ação eonmia #ue integre os assoiados& satis0aça seus interesses e promova a integração da ooperativa na soiedade"
5.3. P6r>i9i:6o = E8>r6>i6 Em:r=86ri6; *s estrat(gias eonmias das ooperativas& suas estruturas organizaionais& a ultura dos assoiados e os proessos deisrios representam di0erentes dimensJes #ue deverão estar integradas numa totalidade oerente em toda deisão #ue envolve uma ação empresarial" Esse ( o pro/lema entral da gestão estrat(gia nas empresas ooperativas" 6ortanto& a estrutura de poder nas ooperativas eere grande in0lu4nia em sua administração" *l(m de seguir todos os ditames da i4nia da administração moderna& omo em #ual#uer outra empresa& a ooperativa neessita& no mOnimo5
riar transpar4nia entre a empresa e o #uadro soial& pois ( ondição neessária para #ue Haa plena on0iança& auda mútua e partiipaçãoU
servir da melHor 0orma possOvel ao seu #uadro soial& 0ormado pelos donos e usuáriosU
via/ilizar a maior partiipação possOvel dos assoiados nos negios da ooperativa& pois disso depende sua e0ii4nia e e0iáia empresarial"
Sintetizando& a estrutura de poder deve possi/ilitar a transpar4nia& omuniação& on0iança& partiipação e auda mútua omo ondição para a prpria eist4nia da ooperativa"
5.". A>iBi767=8 7o8 Diri=<>=8 1" A 6>iBi767= m6i8 im:or>6<>= 7o8 7iri=<>=89o<8=;?=iro8 r=F=r=8= X =89o;?6 7o m=;?or =r=<>= #ue puderem enontrar no merado de tra/alHo e aompanHar& de 0orma sistemátia& a sua administração na empresa ooperativa" 9este sentido os dirigentes t4m por inum/4nia a de0inição das atividades& metas e prioridades da ooperativa em relação !s #uais o gerente e seus ola/oradores deverão se orientar" 8s dirigentes aompanHam e avaliam os resultados administrativos da gestão& eaminando mensalmente os pontos 0ortes e os pontos 0raos& os desa0ios e as oportunidades dos negios onduzidos pelo #uadro gerenial" ____________________________________________________________________ M@ _ Moderna Administração em Cooperativas
2" O8 7iri=<>=8 7=B=m 6B6;i6rQ 9om r=u;6ri767=Q = r=B=rQ Yu6<7o For r=9om=<7áB=;Q 68 7=FioriB6Q o8 o@=>iBo8 = m=>68& e devem implementar um plano estrat(gio viável no sentido de alançar seus o/etivos" * visão dos assoiados devem sempre ser onsideradas nesse proesso" 7" A >=r9=ir6 6>iBi767= Fu<76m=<>6; 7o8 7iri=<>=8 o =8>6@=;=9im=<>o 768 :o;>i968 =m:r=86ri6i8" Essas polOtias devem ser úteis tanto para garantir o suesso dos negios empresariais #uanto para garantir o alane dos o/etivos dos assoiados" 8s dirigentesIonselHeiros esta/eleem as polOtias $ as 0inalidades % e o grupo de ola/oradores L gerente e 0unionários L onduzem a sua eeução $ os meios%" Esta divisão de tare0as L tomar deisJes polOtias e eeutar a deisão tomada L ( muito pouo ompreendida entre os dirigentes de ooperativas pelo 0ato de #ue& em nossos negios partiulares& somos os deisores e eeutores da ação& simultaneamente" Entender a distinção entre a tomada de deisão polOtia $direção% e a eeução das atividades neessárias ao atendimento da polOtia de0inida $ gestão% onstitui o ponto de partida para o suesso administrativo da empresa ooperativa" A" $m6 :r=o9u:6o Fu<76m=<>6; 7o8 m=m@ro8 7iri=<>=8 7= um6 9oo:=r6>iB6 86;B6u6r76r o8 i<>=r=88=8 7o8 m=m@ro8" :m dirigente preisa5 a% entender o signi0iado de relatrios 0inaneiros& por eemplo& e tomar os devidos uidados em situaçJes de perigo ou insta/ilidade" /% analisar todos os relatrios de avaliação 0inaneira e eonmia e atentar para as neessidades de alteração do rumo dos negios" Esses proedimentos auiliam na manutenção da ordem diretiva da ooperativa" Se a empresa vai /em e a ordem diretiva& ou sea& as polOtias de0inidas estão sendo via/ilizadas& será possOvel determinar o volume e as 0ormas de distri/uição de /ene0Oios aos assoiados $ distri/uição de serviços e de so/ras%" K" $m m=m@ro 7ir=>iBo 7= 9oo:=r6>iB6 =<>=<7= Yu= <o :o88ui <=6<>= :6r6 o 7iri=<>= 9o<9=<>r6r8= =m >or67o8 768 :o;>i968 =m:r=86ri6i8" Resultados operaionais onstituem responsa/ilidade dos administradores da empresa ooperativa" " A r=8:o<86@i;i767= :rimor7i6; 7= um 7iri=<>= 7ur6<>= 6 r=u= F6=r o8 Yu=8>io<6m=<>o8 ou :=ru<>68 :=r>i<=<>=8Q 9orr=>68" :m dirigente deve onHeer su0iientemente a ooperativa e os negios aos #uais ela se dedia para #ue sea possOvel a identi0iação das #uestJes relevantes em uma deisão a ser tomada" Esse onHeimento ( propiiado 0undamentalmente pelo estudo uidadoso ____________________________________________________________________ N _ Moderna Administração em Cooperativas
dos relatrios& avaliaçJes e outros su/sOdios in0ormativos preparados pelos administradores da empresa e o0ereidos aos dirigentes" D" $m6 B= >om676 6 7=9i8o o ru:o 7iri=<>= 7=B= r=;69io<6r8= 9om o ru:o 67mir67or r6@6;?o 7= =Yui:=& de modo a propiiar a unidade de entendimento neessário ! ondução dos negios empresariais& ou sea& a neessária ligação entre o orpo de deisão polOtia e o orpo de operaionalização administrativa da deisão.
5.5. P6:i8 7o8 Diri=<>=8 = 7o8 G=r=<>=8 8 grupo dirigente se envolve primordialmente om deisJes em torno da id(ia entral do negio empresarial& en#uanto o grupo gerenialIadministrativo se envolve primordialmente om deisJes em torno da ação administrativa" R=8:o<86@i;i767= 7o R=8:o<86@i;i767= 7o Gru:o Diri=<>= G=r=<>= G=r6; 1. D=9i8K=8 r=;69io<6768 6o8 o@=>iBo8 =r6i8Q X8 1. D=9i8K=8 r=;69io<6768 6 $ANDO = :o;>i968 =m:r=86ri6i8Q X8 m=>68 COMO o8 o@=>iBo8Q m=>68 = :o;>i968 :o7=m 8=r 6;96<67o8 2. D=9i8K=8 Yu= =im=<>o 2. D=9i8K=8 Yu= =rimoim=<>o 7= r=9ur8o8 o = m7io :r6o8Q = 6 or6ro;= 7=88=8 r=9ur8o8 3. D=9i8K=8 Yu= =8:=9iFiYu=m o :67ro i7=6; 7= 3. D=9i8K=8 r=;69io<6768 X =;6@or6o = :ro7u>iBi767= 7o8 >r6@6;?o8 7o ru:o =W=9uo 7= :ror6m68 = :ro=>o8 7= 7iri=<>=Q Yu= :romoB6m 8u6 r=Bi8o Yu6<7o 96:69i>6o >96o =7u96o 9oo:=r6>iBi8>6 7o8 m=m@ro8 >9ri<ári6 7o8 m=m@ro8 7iri=<>=8 76 9oo:=r6>iB6. ". Co<>ro;= 8o@r= o 9om:rom=>im=<>o 7= ". Co<>ro;= 8o@r= 68 o:=r6K=8Q 8o@r= o8 r=9ur8o8 Fi<6<9=iro8 ru>ur6 7=m6i8 =r=<>=8 = Fu<9io<ário8Q 8o@r= o8 Fi<6<9=ir6Q o@=>iBo8Q :o;>i968Q r=;6K=8 r=;6>rio8 7= :r=8>6o 7= 9o<>68 = :J@;i968 = 9om o8 688o9i67o8Q = 8o@r= o8 6B6;i6K=8Q 8o@r= 6 :ro7uoQ :;667o8 76 67mir6o =r6; 9om=r9i6i8Q r=;6K=8 i<7u8>ri6i8 = r=;6K=8 ?um6<68 5. Co<>ro;6 o mu<7o =m:r=86ri6; 9oo:=r6>iBo 5. O G=r=<>= 9o<>ro;6 68 o:=r6K=8 o8 Fi<6<9=iro8Q r=;6K=8 9om 7iári68Q 6 6o 7o8 9o;6@or67or=8Q o8 688o9i67o8 = r=8u;>67o8 76 67mir6o 8i8>=m68 o:=r69io<6i8 7= :ro7uoQ 9om=r9i6;i6oQ =>9.
____________________________________________________________________ 1 _ Moderna Administração em Cooperativas
5.&. EFi9i<9i6 Em:r=86ri6; = R=;69K=8 9om A88o9i67o8 *s empresas ooperativistas possuem algumas peuliaridades #ue as di0ereniam das empresas de apital a/erto mas& em geral& estão sueitas a uma permanente avaliação por parte de seus pú/lios relevantes $internos e eternos% por padrJes #ue não respeitam a sua di0ereniação" 6ara ompreendermos e analisarmos a e0ii4nia empresarial de uma ooperativa devemos& primeiramente& tentar onHeer seus aspetos di0ereniadores e& a partir daO& energar& de 0orma orreta& o papel do assoiado no seu #uadro soial" Em primeiro lugar& as ooperativas são soiedades de pessoas e não soiedades de apital" 8 apital ( meio e não 0inalidade" *pesar de neessitar deste 0ator eonmio omo #ual#uer outra empresa& as ooperativas não se estruturam estrategiamente somente na /ase de sua aumulação" *valiar uma ooperativa somente atrav(s da renta/ilidade e produtividade de apital não ( su0iiente para de0inir sua e0ii4nia empresarial" * avaliação eonmioL 0inaneira está atrelada ! sua apaidade de prestar os serviços neessários e soliitados pelo #uadro soial" Em segundo lugar& as ooperativas são empresas onde o dono não deve ter um omportamento apitalista puro& visando tão somente a remuneração de seu investimento" 9a #ualidade de dono e usuário& ele demanda da ooperativa um proesso eonmio mais ompleo" *ssim ( #ue os investimentos& estrat(gias e tátias empresariais de ooperativas t4m omo re0erenial sua lientela primária e 0undamental #ue ( o assoiado" 9a mesma linHa de raioOnio de di0ereniação entre uma ooperativa e demais empresas podemos itar a sua estrutura deisria" =eveLse sempre lem/rar #ue os donos da ooperativa neessitam dela omo lientes e 0orneedores e dela dependem para o suesso de suas atividades individuais" 6ortanto& as estrat(gias de investimento e resimento da ooperativa não se norteiam somente pelo determinismo de merado e de sua per0ormane omo empresa eonmia individual" )á tam/(m #ue se nortear pela neessidade de so/reviv4nia e resimento das unidades produtivas de seus assoiados" 8 #ue está em ogo não ( somente a apaidade de aumulação& resimento da empresa e onse#Yente remuneração do apital investido mas sim& a apaidade de aumulação e resimento dos assoiados en#uanto unidades produtivas e& a remuneração de seu tra/alHo" * 0alta de onHeimento das peuliaridades de uma ooperativa #ue tem sido um grande entrave para a onsientização de seus assoiados" Estes& sueitos ! in0lu4nia da ____________________________________________________________________ 2 _ Moderna Administração em Cooperativas
eonomia& tendem a avaliar o desempenHo da empresa ooperativa ! luz de parmetros e#uivoados"
____________________________________________________________________ 7 _ Moderna Administração em Cooperativas
ANEOS C8+8 *C*,*R C8+ :+* C886ER*T3V* =E_ 6R8CE=3+E9T8S 6*R* 39V3*,3>3_*R * C886ER*T3V*"" 1" 2"
9ão 0re#Yente a sede da ooperativa& e #uando 0or lá& proure algo para relamar" *o partiipar de #ual#uer atividade& enontre apenas 0alHas no tra/alHo de #uem está lutando para aertar" 7" 9una aeite uma inum/4nia& pois ( muito mais 0áil ritiar do #ue 0azer" A" uando a =iretoria soliitar sua opinião& diga #ue não tem nada para 0alar& e depois 0ale tudo o #ue lHe vem na a/eça para outras pessoas" K" Faça apenas o a/solutamente neessário e #uando outros 0izerem algo a mais& diga #ue a ooperativa ( dominada por um pe#ueno grupo" M" 9ão leia as omuniaçJes da ooperativa& alegando #ue elas não trazem nada de interessante ou diga #ue não as ree/eu" " Caso sea onvidado para algum argo eletivo& diga #ue não tem tempo e depois a0irme #ue t4m pessoas #ue não #uerem largar o poder" D" uando Houver #ual#uer diverg4nia na =iretoria& opte logo por uma 0ação e rie toda ordem de 0o0oas" @" Sugira& insista e o/re a realização de eventos pela ooperativa& mas não partiipe deles" =epois diga #ue tinHa poua gente" 1N" 9ão preenHa #ual#uer #uestionário da ooperativa& #uando ela soliitar sugestJes" Caso a =iretoria não adivinHar as suas epetativas& HameLa de ignorante" uando a ooperativa 0raassar -om essa ooperação 0antástia.& estu0e o peito e onlua om o orgulHo de #uem sempre tem razão5 Eu <o 7i88=Z
OSERVAÇÃO4 uem tiver esse tipo de proedimento numa ooperativa& deve ser a0astado de imediato& pois invia/iliza #ual#uer ooperativa" 9a ooperativa s deve entrar e nela permaneer a pessoa #ue se omprometer a partiipar e0etivamente das suas atividades"
AA
Teto original da autoria de =r" Ronaldo Ernesto Suato& retirado de 8C," 8rientaçJes para onstituição de ooperativas" ,rasOlia5 8C," 1@@D" 8 teto pode ser o/tido na 3nternet ```"o/"org"/r
____________________________________________________________________ A _ Moderna Administração em Cooperativas
DE $EM # A DECISÃOZ Teste seu onHeimento respondendo este pe#ueno #uestionário" Considere os enários possOveis para ada situação e responda5 uem toma a deisão em ada asoc +ar#ue sua resposta no espaço orrespondente" MAT#RIAS A SEREM DECIDIDAS...
ASSOCIADOS
DIRIGENTES
GERENTES
*lteração de estatuto =e0inição de polOtia de r(dito =e0inição de venimentos de dirigentes Epansão de instalaçJes *#uisição de veOulo *valiação de desempenHo dos gerentes =emissão de 0unionário Esta/eleimento de polOtia de preços Treinamento de 0unionários 6laneamento da *ssem/l(ia Geral =e0inição do salário do gerente 9egoiação de um aordo omerial Treinamento de dirigentes Esta/eleimento de uma prátia operaional Contratação de empresa de auditoria *valiação dos resultados operaionais anuais *#uisição de material de esritrio Forneimento de apital *ustamento salarial de um 0unionário Enerramento de atividade de supervisão Convoação de um enontro espeial de mem/ros Esta/eleimento de taas de retenção Esta/eleimento de polOtia de pessoal
C*R*CTERBST3C*S =*S C886ER*T3V*S =EC*=E9TES E =E F:T:R8
____________________________________________________________________ K _ Moderna Administração em Cooperativas
%6>or=8 A<6;i867o8 1. Coo:=r67o
• • • • •
2. Diri=<>=8
• • •
3. PJ@;i9o I<>=r
• • •
". P=r9=:o 7o Am@i=<>=
• • •
5. E8>ru>ur6 76 Or6
&. P;6<=6m=<>o E8>r6>i9o
'. Iim=<>o8
Centralizadores *utopromoção *pegados a 0unção Con0litos Segmentados 9ão omprometidos 9ão pere/e situação 6osição de0ensiva Culpa os onorrentes
•
9ão Há organograma 6oder entralizador Vários esalJes
•
9ão Há
• •
• •
*. C6:i>6; Pr:rio
Coo:=r6>iB6 D=967=<>= =esontente S usuário *usente nas deisJes 9ão omprometimento Visto omo aproveitador
• • •
8asionais * rit(rio da =iretoria *Ha desneessário 3mpopular ao ooperado Evita disutir o assunto
Coo:=r6>iB6 7= %u>uro ♦ Tem orgulHo ♦ 6artiipa das deisJes ♦ =e0ende a ooperativa ♦ Está preoupado om a sua via/ilidade ♦ Visto om respeito ♦ Coordenadores ♦ Tem liderança ♦ 6reoupados om suessores ♦ Cooperados eemplares ♦ 3ntegrado ♦ Comprometido om resultados ♦ 3n0ormado ♦ Estudos de oportunidades ♦ Rapidez na implantação de estrat(gias ♦ ,em in0ormado ♦ 6arerias ♦ 6irmide aHatada& voltada para resultados e e0iáia ♦ n0ase no tra/alHo de e#uipes ♦ Gestão pro0issionalizada ♦ Ela/orado om a partiipação de 0unionários& gerentes& dirigentes& e su/metido aos ooperados ♦ */erta a mudanças ♦ 6es#uisa de oportunidades ♦ 6laneamento dos investimentos ♦ ,usa autonomia 0inaneira ♦ 6ossui apital de giro ♦ *ssunto permanente
____________________________________________________________________ M _ Moderna Administração em Cooperativas
C*R*CTERBST3C*S =*S C886ER*T3V*S =EC*=E9TES E =E F:T:R8 [9o<>i
%6>or=8 A<6;i867o8 . Tr=i<6m=<>o
•
1+. Comu
• •
•
11. D=8=o 7= Su9=88or=8
12. E8>i;o G=r=<9i6;
•
• •
Coo:=r6>iB6 D=967=<>= 9ão eiste ou são oasionais
Coo:=r6>iB6 7= %u>uro ♦ =esenvolvimento gerenial permanente ♦ Treinamento voltado ! #ualidade ♦ :tilização da apaidade riativa dos pro0issionais ontratados ♦ *tualização e 0ormação geL renial do ooperado ♦ ,usa inessante de novas tenologias =e0iiente ♦ =á 4n0ase ! omuniação Cumpre 0unção polOtia de de0esa ♦ *tualização permanente dos interesses dos dirigentes do ♦ Visa divulgar produtos e momento serviços =irigentes onsideram usto ♦ 3n0ormação ao ooperado elevado e desneessário 9ão Há ♦ Treinamento intensivo de suessores para argos eeL utivos ♦ 6reoupação em 0ormação de lideranças ♦ Gerente eduador *utorátio eIou 6aternalista ♦ Corresponsa/ilização na implementação das mudanças ♦ Comprometimento das e#uipes de tra/alHo ♦ Consientização #uanto ! renovação permanente ♦ *dministração partiipativa por resultados
____________________________________________________________________ _ Moderna Administração em Cooperativas
Cooperativas de Tra/alHo5 organizaçJes omunitárias autogestionadas 'os( )orta ValadaresAK
O $E # $MA ORGANI-AÇÃO COM$NITÁRIA A$TOGESTIONADA *s organizaçJes de autoLauda& omo modelo de estruturação da soiedade& o/etivam o predomOnio do F6>or >r6@6;?o so/re o F6>or 96:i>6;& ontrapondoLse ! estrutura apitalista propriamente dita& #ue sueita o 0ator tra/alHo ao 0ator apital" Estas organizaçJes esta/eleem relaçJes soiais de produção #ue se opJem essenialmente !s relaçJes apitalistas& o #ue não impede #ue& om 0re#Y4nia e en#uanto são 0rágeis em seus propsitos e estruturação& seam instrumentalizadas pelos interesses apitalistas predominantes" :ma de0inição de organizaçJes de autoLauda poderia ser a seguinte5 2rgani+a*#o de auto/ajuda ) o organismo t)cnico, econ'mico e financeiro com finalidade s7cio/econ'mica, so0 uma administra*#o coleti%a, que mant)m em m#os dos tra0alhadores ? seus proprietários e usuários ? toda a gest#o e todo o risco da produ*#o e que entrega ao fator tra0alho e 5 sociedade em geral, todo %alor agregado depois de pagos os juros @ou taa fia de arrendamento do fator capitalA Z organismo t(nio& por#ue om/ina os 0atores de produção" Z organismo eonmio por#ue o/etiva a máima produção ou resultado om o usto mOnimo" Z organismo 0inaneiro& por#ue utiliza apitais prprios e de tereiros" Tem 0inalidade sio eonmia& ou sea& a solução de pro/lemas de produção de /ens e de serviços soiais $esolas& Ha/itaçJes& """% e eonmios propriamente ditos" 9ão tem 0ins -reivindiativo polOtio. direto omo o sindiato& mas 0inalidade sioLeonmia" 6ode tam/(m de0inirLse tal organização omo a empresa riada por um grupo de pessoas #ue prouram o/ter os resultados sioLeonmioLeduativos em omum& atrav(s dessa empresa uo 0unionamento ( demorátio e ua propriedade ( oletiva" 8utros a one/em omo uma 0orma de ooperação& na #ual os #ue ontri/uem om o apital$proprietários% são& ao mesmo tempo& tra/alHadores da empresa& os #uais investem este apital om o o/etivo de desenvolver suas #ualidades e Ha/ilidades de tra/alHo dentro da mesma empresa"
AK
6ro0essor da :niversidade Federal de Viçosa& 6ro0essor da Fundação Getúlio VargasLR'& *dministrador& +S em *dministração Rural"
____________________________________________________________________ D _ Moderna Administração em Cooperativas
8s tra/alHadores na organização de autoLauda assumem a gestão e o riso& pagam taa 0ia de arrendamento pelo 0ator apital e 0iam om todo eedente ou valor agregado& depois de pagos os impostos para a oletividade" 8rganizamLse os tra/alHadores ou em -ooperativas.& ou em -empresas de autogestão.& ou em -empresas omunitárias.& ou em -untas agrárias.& ou em -omunidades amponesas& de tra/alHadores rurais ou indOgenas.& ou em -soiedades agrOolas de interesse soial.& ou em outras 0ormas& om ou sem personalidade urOdia"
RELAÇ0ES ASSOCIATIVAS NO COOPERATIVISMO DE TRAALHO =o ponto de vista doutrinário e& at( mesmo& do ponto de vista legislativo de outros paOses& independentemente da lassi0iação de ooperativas de tra/alHo adotada& não se dá a relação de emprego entre assoiados e suas ooperativas& nem entre estes e os tomadores dos serviços da#uelas" * relação #ue se esta/elee ( de ordem meramente assoiativa e seus atos pratiados& por oasião do tra/alHo& são Hamados atos ooperativos" * relação assoiativa elui uma relação de direito de tra/alHo& por#ue na verdade não se pere/e a eist4nia de patrão e su/ordinados" ConluiLse desse entendimento& ser impossOvel a eist4nia de ontrato de tra/alHo& pois o prprio tra/alHador& assoiado ! ooperativa& se trans0orma em empresário de seus prprios negios& epressos em 0orma de tra/alHo& tare0a& o/ra ou serviços" *ssim& o sio de Cooperativa de Tra/alHo tornaLse dono do apital do empreendimento ooperativo e autogestor dos negios omuns" 'os( 8delso SHneider& pes#uisador ooperativista da :93S398SLRS& apresenta uma sugestiva omparação entre a empresa apitalista e a empresa de autogestão omunitária& lassi0iação gen(ria onde se inluem as ooperativas de tra/alHo" 9esta omparação& os ontrastes entre os dois modelos de organização empresarial apareem relaionados aos mesmos indiadores da 0orma soial de produção"
CARACTERSTICAS DA EMPRESA CAPITALISTA E DA EMPRESA COOPERATIVA ____________________________________________________________________ @ _ Moderna Administração em Cooperativas
I#icaores a For%a Social e Pro!ção J. Kuem assume a esto* o mando e viabili&a o trabalho do empreendimento... 4. Kual o 8ator de produ'o 1ue ) arrendado . Kual a ta7a 8i7a de arrendamento pao ao 8ator de produ'o F. A 1uem ) destinado o e7cedente ou mais valia* ou sobretrabalho* ou lucro ou sobra l"1uida< G. Kuem assume o risco do empreendimento
M. Sob 1ue 8orma ) remunerada a renda representada pelo e7cedente
O. Kual o objetivo da atividade s;cio5econPmica como crit)rio interno de racionalidade da empresa H. Kual a suposi'o do modelo de estrutura
Q. Tipo de economia 1ue procura ser implantada pelo sistema s;cio5 econPmico
E%presa e Tipo Capitalista
E%presa Cooperati$a
%apitalistas
Trabalhadores Associados trabalhadores diretos da empresa
Trabalho
%apital
Sal(rio
Luro com corre'o monet(ria<
%apitalistas
Trabalhadores associados usu(rios e trabalhadores diretos<
%apitalistas
$nvestimento sob 8orma de novas a'Nes %onsumo sob 8orma de dividendos ene8iciar capitalistas: lucros
os erar
A acumula'o dos capitalistas* com subordina'o do trabalho ao capital* bene8iciar( todos os trabalhadores Economia do %apital: ropriedade privada dos meios de produ'o da e7plora'o coletiva
e
Trabalhadores associados usu(rios e trabalhadores diretos< 5 $nvestimento social para o conjunto dos associados sob 8orma de reservas 5 $nvestimento pessoal para aumento do capital ou 1uotas5partes dos associados 5 %onsumo* melhorando o pre'o dos produtos* das mercadorias e o sal(rio dos trabalhadores diretos da empresa ene8iciar aos trabalhadoresaos associados usu(rios e trabalhadores diretos<: erar servi'os A acumula'o social e pessoal dos trabalhadores* com subordina'o do capital ao trabalho* bene8iciar( a todos os trabalhadores Economia do Trabalho: ropriedade individualno privada< dos meios de produ'o da e7plora'o coletiva e propriedade privada dos meios de produ'o da e7plora'o individual
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O!ETIVOS DAS COOPERATIVAS DE TRAALHO 9a visão de VirgOlio 6(riusAM& ao eliminar o intermediário entre o apital e o tra/alHo& as Cooperativas de Tra/alHo onseguem atingir& entre outros& os seguintes o/etivos5 a% m=;?ori6 76 r=<76 7= 8=u8 688o9i67o8& na medida em #ue onseguem reter para o grupo assoiado& a maisLvalia #ue& numa relação de tra/alHo& 0ia em poder do empregador" Segundo os protagonistas das Cooperativas de Tra/alHo& estas onstituemLse em instrumentos para orreção do sistema de salários& notadamente nos paOses onde oorre um demasiado dese#uilO/rio entre a o0erta e a proura no merado de tra/alHo" *liás& esse tipo de ooperativas não tem alançado grande resimento nas estruturas empresariais de uma eonomia de merado /em desenvolvida& pois nesta& os salários tendem a ser superiores& om uma melHor o0erta de emprego e a onse#Yente retração da proura& em 0unção da plena a/sorção da mãoLdeLo/ra& pelo merado de tra/alHo" 6or isso& nas eonomias em desenvolvimento& esse tipo ooperativo onsegue organizar mais rapidamente as lasses soiais mais desamparadas ou desprotegidas" *tuando omo todo o sistema ooperativo segundo os prinOpios ooperativos roHdaleanos& universalmente onsagrados& as Cooperativas de Tra/alHo devolvem o eedente gerado pelo tra/alHo oletivo aos assoiados& na proporção da #uantidade ou #ualidade do tra/alHo prestado" *s so/ras ou resultados do tra/alHo oletivo& portanto& não privilegiam o apital mas o tra/alHo& na medida em #ue este onstitui o 0ator de produção preponderante" GeraLse uma renda adiional ao tra/alHo& via inorporação das so/ras ao 0ator tra/alHo& possi/ilitando& de 0ato& a primazia do tra/alHo so/re o apital" 3nternamente& os on0litos gerados entre os dois 0atores são neutralizadosU por#uanto& os entendimentos ou dissOdios oorrem entre pessoas #ue de0inem elas mesmas& o rendimento do seu tra/alHoU /% m=;?ori6 768 9o<7iK=8 7= >r6@6;?o& na medida em #ue as ooperativas trans0ormam empregados em empresários& os #uais determinam em omum e de 0orma demorátia& as regras de atuação" 8s direitos dos tra/alHadores& garantidos pelas leis tra/alHistas& passam a ser garantidos& so/ outras denominaçJes urOdias& de 0orma estatutária& de modo #ue assiste ao assoiado a possi/ilidade de ação Ovel& visando reparar #ual#uer direito estatutário 0erido& #uando não resguardado pela instnia maior da ooperativa& via assem/l(ia geral" Fia assegurado& dessa 0orma& o mesmo rol de direitos mOnimos #ue a prpria legislação tra/alHista e dissOdios oletivos o0ereem& por#uanto 0iadas pelos prprios sios5 as ondiçJes de tra/alHo& a 0orma de repouso& 0(rias& seguros& 0undos soiais& adiantamento de so/ras& om os respetivos pisos ou mOnimos& adiionais& et"" 8s direitos soiais passam a ser estatutários& visando resguardar& sempre& a predominnia do tra/alHo so/re o apitalU % m=;?ori6 76 :romoo 7o8 >r6@6;?67or=8& pois estes& ao ad#uirirem o status de empresários& tornamLse autogestionários de suas prprias atividades" Esse status demanda& por parte dos assoiados& um permanente programa de apaitação e de AM
6ZR3:S& V $org"%" Cooperativas de Tra/alHo" +anual de 8rganização" São >eopoldo& :93S398S& 1@@"
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promoção em vista do sistema ooperativista eigir& na prátia& o respeito ! li/erdade& ! demoraia& ! igualdade e ! solidariedade" * prais solidária demanda restrita o/edi4nia aos prinOpios ooperativos& em espeial& o da livre adesão" Esta deve ser onsiente& sem onstrangimentos e pressJes eternas& so/ pena de não eistir araterização de soiedade ooperativa" 8s assoiados ao aderirem ! proposta ooperativa& devem ter onHeimento dos direitos e deveres& epressos nos estatutos soiais e lara noção de #ue estão a/diando dos direitos tra/alHistas& em 0avor dos direitos assoiativos de igual importnia& valor e epressão aos da C>T" 9ão /astam& portanto& estOmulos 0inaneiros para #ue numa Cooperativa de Tra/alHo os grupos de pessoas permaneçam estáveis" São neessários estOmulos eduaionais e promoionais& no sentido de #ue todos deidam de 0orma igual so/re seus interesses e neessidades" *ssim& não eistem donos& patrJes ou proprietários individuais de Cooperativas de Tra/alHo"
O MODELO DE EMPRESA COM$NITÁRIA A$TOGESTIONADA 6ara a 0ormulação de um modelo de empresa omunitária autogestionada& #ue possua a 0inalidade de organizar o tra/alHo oletivamente& deveLse onsiderar as araterOstias da realidade onreta em #ue se pretende atuar& ou sea& a realidade onreta dos grupos #ue pretendem organizar oletivamente o tra/alHo& e os o/etivos espeO0ios da organização re0erentes ! autogestão& #uais seam5 a% realizar uma mudança radial na estrutura e na modalidade da gestão empresarialU /% modi0iar a mentalidade& ou sea& os valores e os omportamentos da omunidade de tra/alHoU 6ara a onseução desses o/etivos& neessitaLse& pelo menos& ter um grupo de tra/alHadores interessados #ue& ampliando sua :6r>i9i:6o <6 :ro7uo para a :6r>i9i:6o <6 =8>o& /usam atrav(s da eduação e da apaitação a maior raionalidade eonmia e soial na organização empresarial de /ase omunitária" Esta raionalidade proura ompati/ilizar a e0ii4nia om a partiipação na gestão& o #ue ( possOvel se onsiderarmos o tra/alHo omo a únia 0onte geradora do poder de gestão e a demoraia omo o m(todo mais raional apliável ao proesso de tomada de deisJes nesse tipo de organização empresarial" *s diversas modalidades e variantes dos modelos de organização empresarial autogestionada são de0inidas pela 0orma omo se om/inam os seguintes 0atores5 1% a propriedade dos meios de produçãoU 2% o usu0ruto dessa propriedadeU 7% o tra/alHoU A% a assoiação de pessoasU K% a partiipação polOtia& eonmia e soial na 0ormação do apital e na gestão dos reursosU M% a distri/uição da renda e dos /ene0Oios entre os mem/ros da organização" =e aordo om esses 0atores& e de sua om/inação& diversas modalidades de empresas autogestionadas podem ser araterizadas5 ooperativas de tra/alHo& empresas omunitárias de produção& ooperativas operárias de produção& ooperativas de tra/alHo ____________________________________________________________________ D2 _ Moderna Administração em Cooperativas
pro0issional para prestação de serviços& mirounidades de produção de /ens e de prestação de serviços omunitários& assoiaçJes de produção omunitária& e outros tipos de soiedades #ue eventualmente podem ser adaptadas !s araterOstias autogestionárias omo as soiedades omeriais solidárias& em nome oletivo& em omandita simples ou por açJes& ou os onsrios& et"
A ESTR$T$RA ORGANI-ACIONAL DAS COOPERATIVAS DE TRAALHO =ado o aráter voluntário das ooperativas de tra/alHo distinguemLse os seguintes omponentes na sua estrutura organizaional5 a% 68 i<8><9i68 7=;i@=r6>iB68 #ue governam a entidade& a *ssem/l(ia Geral& ua 0unção ( deli/erar e de0inir resoluçJes #ue& uma vez aprovadas& tenHa vig4nia eeutivaU e o ConselHo de *dministração ou =iretoria #ue deli/era so/re todos os pro/lemas administrativos e operaionais do otidiano da empresaU /% 6 i<8><9i6 67mir6>iB6=W=9u>iB6& omposta pela$s% ger4nia$s% e pelo #uadro de 0unionários enarregados de eeutar as diversas atividades operaionais da empresaU ( omum o envolvimento direto de =iretores nessas atividades gereniaisU % 6 i<8><9i6 7= 9o<>ro;= = Fi896;i6o& representada pelo ConselHo Fisal& ua 0unção ( 0isalizar a gestão da empresa e erti0iarLse de #ue as deisJes dos assoiados e seus interesses estão sendo umpridos e atendidos" * implementação das atividades gereniais da empresa omunitária tem omo aspeto 0undamental a estruturação de um sistema de tomada de deisJes #ue inorpora os assoiados em todos os momentos e nOveis empresariais" =e 0orma gen(ria a estrutura organizaional das ooperativas de tra/alHo se apresenta omo se segue5
A88=m@;i6 G=r6; dos assoiados ( o rgão supremo da soiedade& dentro dos limites legais& tendo poderes para deidir os negios relativos a soiedade e tomar resoluçJes onvenientes ao desenvolvimento e de0esa da mesma& traçar o/etivos e metas para #ue a ooperativa possa prosperar e evoluir" Suas deli/eraçJes vinulam a todos& ainda #ue ausentes ou disordantes" Co<8=;?o %i896;& omo rgão olateral da administração& deve aompanHar a vida da ooperativa em todos os seus aspetos& vida #ue ( razão de ser& seus prprios interesses eonmioLsoiais" São atri/uiçJes5 Contri/uir& om o aonselHamento e vigilnia& para o regular 0unionamento da ooperativa& al(m de opinar e sugerir propostas ! administração" Co<8=;?o 7= A7mir6o" 3nterpretar e oloar em prátia as deisJes da *ssem/l(ia Geral& 0ormular& planear e traçar normas para as operaçJes e serviços& e ____________________________________________________________________ D7 _ Moderna Administração em Cooperativas
ontrolar os resultados da ooperativa são as prinipais atri/uiçJes do ConselHo de *dministração" Este organizará a ooperativa em :nidades& =epartamentos& =ivisJes& SeçJes ou Serviços"
Dir=o" 8s diretores serão oriundos do ConselHo de *dministração& a #uem 0iam su/ordinados" * =ireção eere a 0unção eeutiva dos proetos e programas ela/orados ou desenvolvidos pelos rgãos Superiores" G=r<9i6" Z uma 0unção da administração" Gerente ( o eeutivo #ue tra/alHa no nOvel intermediário da ooperativa& su/ordinado a outros eeutivos do nOvel instituional $diretores% e dirigindo outros eeutivos no nOvel operaional $su/ordinados%" * tare0a /ásia ( a mediação& isto (& a redução da inerteza& trazida do am/iente de tare0as pelo nOvel instituional e sua ola/oração em termos de programas e operaçJes padronizadas ao nOvel operaional" =eve tam/(m riar 0rum de disussão a nOvel de #uadro 0unional para /usar a #ualidade em todos os nOveis" A88=88ori6" 80eree apoio e suporte ! área diretiva e administrativa da ooperativa omposta& por eemplo& pelas assessorias5 urídica5 *ssessora e representa a ooperativa 0rente !s ausas de aráter urOdio" Dlanejamento5 Eeuta o planeamento dos proetos e açJes #ue são desenvolvidas pela ooperativa" !apacita*#o5 Edua e apaita o #uadro soial e 0unional da ooperativa a 0im de #ue possam desenvolver suas 0unçJes om a e0ii4nia deseada" !ontá0il 5 *nálise& interpretação e auditoria dos 0atos ontá/eis& a 0im de 0orneer in0ormaçJes #ue sirvam de /ase slida na tomada de deisJes" D=:6r>6m=<>o Com=r9i6;& atuando sempre entrosado om os demais departamentos& visa vender e divulgar os produtos ou serviços prestados pela ooperativa" =ivideLse nas áreas de5 prestação de serviços e produção" * área de 6restação de Serviços su/divideLse em pú/lio e privadoU * área de 6rodução su/divideLse nas novas atividades em #ue a ooperativa possa atuar& om via/ilidade eonmia e garantia de resultados positivos para a mesma" D=:6r>6m=<>o 7= E7u96o" 8 =epartamento de Eduação& /usa apaitar e eduar o assoiado e o #uadro 0unional e diretivo a 0im de #ue possam aprimorar suas atividades& demonstrandoLlHes seus direitos e o/rigaçJes e a /usa inessante do /emLestar soial" D=:6r>6m=<>o 7= A7mir6o" Responsável pelo proesso de oordenação e ontrole das atividades da ooperativa& assessora a ger4nia e os demais departamentos na eeução de suas tare0as" 9ormalmente ( 0ormado pelo Setor Finaneiro& Setor de Cadastro e Setor de Conta/ilidade"
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PADRONI-AÇÃO... EM REDE ASSOCIATIVA $m o :6r6 um6 & *>& #ue ( entend entendido ido omo omo o on onun unto to de organi organizaç zaçJes Jes #ue #ue&& num agre agrega gado do&& ons onsti titu tuem em uma uma reo reonH nHe eid idaa área área ou espa espaço ço de vida vida inst instit itu uio iona nal5 l5 0ornee 0orneedore dores& s& on onsumi sumidore doress de produto produtoss e reursos reursos&& ag4nia ag4niass regulad reguladoras oras&& e outras outras organizaçJes #ue produzem produtos ou serviços similares" * rede instituional das Cooperativas de Tra/alHo& uma vez araterizada& pode ser onsiderada omo um ampo organizaional" :m ampo organizaional eiste uma vez instituionalmente de0inido L por meio de um proesso pr oesso de estruturação" 8 proesso de de0inição instituional do ampo organizaional das Cooperativas de Tra/alHo onsiste de #uatro momentos5 a" *ument *umentoo da interaçã interaçãoo entre organ organiza izaçJes çJes do re0eri re0erido do ampo ampo /" Emerg4nia de /em de0inidas estruturas interorganizaionais de dominação e de padrJes de oalizão " *ument *umentoo no volume volume de in0ormaç in0ormaçJes Jes no m/it m/itoo do ampo& ampo& em relação relação !s #uais as organizaçJes ompetem entre si d" 8 desen desenvol volvi vime ment ntoo da perep perepçã çãoo omum omum entre entre os part parti iip ipant antes es do onunt unto de organizaçJ açJes de #ue estã stão envol volvidos em um empreendimento omum L 8 8=u<7o :ro9=88o denomi ominado nado 3S8+8R 3S8+8RF3S F3S+8 +8 39ST3T 39ST3T:C38 :C389*> 9*>&& :ro9=88o ( den araterizado pela Homogeneização de araterOstias organizaionais e diminuição da variaçã variaçãoo e diversi diversidad dadee de proedi proedimen mentos tos admini administra strativ tivos os e ope operai raionai onais" s" :ma vez estruturadas estruturadas em um ampo& as organizaçJe organizaçJess ooperativas ooperativas de tra/alHo tra/alHo tendem a se tornar etremamente semelHantes umas em relação !s outras& modi0iando seus o/etivos e desenvolvendo novas prátias& por meio do proesso de Homogeneização denominado isom isomor0 or0is ismo mo"" 3somo 3somor0i r0ism smoo ( um proe proesso sso persu persuas asiv ivoo #u #uee ond onduz uz uma uma un unid idad adee organizaional em um onunto de organizaçJes a se assemelHar a outras unidades #ue viveniam o mesmo onunto de ondiçJes am/ientais" *s araterOstias organizaionais são modi0iadas no sentido de aumentar a ompati/ilidade e om as araterOstias am/ientais e a apaidade de adaptação das organizaçJes" A
Teto /aseado no tema de tese de doutorado -3nstituionalização -3nstituionalização 8rganizaional5 liçJes do ooperativismo de r(dito rural de +inas Gerais.& do 6ro0" 'os( )orta Valadares" Valadares"
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São identi0iados tr4s meanismos por meio dos #uais a mudança isomr0ia instituional oorre5 $1% isomor0ismo oeritivo& originado da in0lu4nia polOtia e dos pro/lemas de legitimidade& $2% isomor0ismo mim(tio& resultante de respostas padronizadas ao #uadro geral de inertezas& e $7% isomor0ismo normativo& assoiado om a pro0issionalização administrativa" =ois =o is outr outros os aspe aspet tos os deve devem m ser ser ons onsid ider erad ados os na inte integr graç ação ão do sist sistem emaa ooperativo de tra/alHo5 estrutura organizaional e estrat(gia instituional" Estrutura 8rganizaional 9os am/ientes Hiperompetitivos da atualidade as organizaçJes de0rontamLse om #uadros gerais de ompetitividade etremamente mutantes& o #ue determina notáveis modi0iaçJes nas 0ontes de dominnia e suesso empresarial no merado" * id(ia entral no oneito de Hiperompetitividade ( #ue a únia vantagem duradoura resulta da Ha/ilidade em gerar novas vantagens& por eemplo5 en#uanto nova vantagem em #ualidade ou usto se mostra insustentável& a Ha/ilidade em gerar novas vantagens em #ualidade ou usto se torna sustentável" * dinmia dinmia do merado de prestação prestação de serviços serviços onde operam estas ooperativas ooperativas tem provoado trans0ormaçJes nestas organizaçJes no sentido de #ue elas migrem dos modelos tradiionais de estruturação /aseada em omando e ontrole para organizaçJes /aseadas em in0ormação" Esta tend4nia oinide om as araterOstias apontadas por 'oHnson e >undval $2NNN% so/re o novo onteto eonmio de intensa ompetição e rápida mudança – a economF%& ou eonomia /aseada no onHeimento" 9esta eonomia do aprender $learning $learning economF%& eonomia& a dial(tia entre aprendizagem e mudança implia em #ue rápidas mudanças provoam a neessidade de rápida aprendizagem& e em rápida ela/oração de novas ompet4nias e a#uisição de novas Ha/ilidades" AD
8 oneito en0atiza as altas taas de mudança eonmia& soial e t(nia #ue ontinuamente eram a riação e destruição de onHeimento espeializado" 3ndivOduos e instituiçJ instituiçJes es neessitam neessitam renovar suas ompet4nias ompet4nias om mais 0re#Y4nia em virtude virtude da mudança aelerada dos pro/lemas #ue en0rentam" =esta 0orma& o #ue realmente interessa na per0ormane eonmia ( a Ha/ilidade em aprender e desaprender onHeimentos $-na medid medidaa em #ue #ue as velHa velHass manei maneiras ras de 0azer 0azer as ois oisas as se torne tornem m impe impedi diti tiva vass da aprendizagem de novas 0ormas.%& e não somente aumular onHeimento e in0ormaçãoA@" 9ovas 0ormas de organizar& e não de organização& t4m emergido so/ o termo gen(ri gen (rio o de on0i on0igu guraç raçJe Jess orga organi niza zaio iona nais is em rede rede $net` $net`or or%& %& ino inorpo rporad radas& as& ou oei oeist stin indo do&& nas nas estr estrut utur uras as orga organi niza zai iona onais is de grand grandes es omp omple leos os empre empresar saria iais is /urorátios& so/ a 0orma de -/loos. -/ loos. ou su/unidades organizaionais on0iguradas on0 iguradas para AD
'8)9S89& ,"& >:9=V*>& >:9=V*>& ,L*" 6romoting 3nnovation Systems as a Response to tHe Glo/alising >earning Eonomy" Rio de 'aneiro5 ,9=ESIF39E6I3EL:FR'& 2NNN" $9ota T(nia A& 6roeto de 6es#uisa *rranos e Sistemas 6rodutivos >oais e as 9ovas 6olOtias de =esenvolvimento 3ndustrial e Tenolgio%" Tenolgio%" A@ Esta disussão ( /astante ela/orada por Teee& Teee& ="'" Capturing Value Value 0rom no`ledge *ssets5 tHe 9e` Eonomy& +arets +arets 0or no`L)o`& and 3ntangi/le *ssets" *ssets" 3n5 Cali0ornia +anagement Revie`& R evie`& vol" AN& n" 7& Spring& 1@@D" pp" KKLD"
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disponi disponi/il /ilizar izar reursos reursos de on onHe Heime imento& nto& a Have Have da so/revi so/reviv4n v4nia ia empresa empresarial rial na Hiperompetitividade" *s 0orm 0ormas as orga organi niza zai ion onai aiss org orgni nia ass $org $organ aniz izaç ação ão em rede rede%% prop propi iia iam& m& simultaneamente& a e0ii4nia e a 0lei/ilidade ! empresa em am/ientes muito dinmios om uma uma vant vantag agem em adii adiiona onal5 l5 suas suas propr proprie ieda dade dess estrut estrutura urais is oe oeis iste tem m om om as propriedades /urorátias das 0ormas meaniistas& de 0orma #ue& as pressJes e eig4 eig4ni nias as on onte temp mpor orne neas as por por velo veloid idad adee e respo respons nsa/ a/il ilid idad adee não sari sari0i 0i#u #uem em a e0ii4nia" *s neessidades de oordenação em rede são atendidas pelas novas tenologias de in0ormação #ue propiiam a emerg4nia de e#uipes multi0unionais $cross/functional $cross/functional teams% teams% e de meanismos similares aos de oordenação de merados" *diionalmente a estes aspetos& o/servaLse #ue a /uroraia não desaparee nessas novas 0ormas de organizarU Hierar#uias& em sentido geral& onstituOda por sistemas estáve estáveis is de dei deisã são& o& perm permane aneem em omo omo o modo modo domin dominan ante te de orga organi niza zarU rU e #ue o pro/lema entral relaionado ! organização em rede ( a e0etiva disponi/ilização dos reursos de onHeimento $intellect $intellect %" %" * perspetiva do onHeimento privilegia mais a ação empreendedora do governo orporativo do #ue a ação administrativa" 9o aso da integração do sistema ooperativo de tra/alHo atenção espeial deve ser dediada ! 0orma de organizar organizar em rede para a estruturação estruturação do ompleo ompleo ooperativo de prestação de serviços" Estrat(gia 3nstituional * natureza das instituiçJes e dos ampos organizaionais sugere #ue as estrat(gias instituionais inluem açJes #ue in0lueniam as estruturas urOdias e de regulamentação& a0etam valores e normas ulturais& ou esta/eleem estruturas ou proessos /aseados no onsenso" *s regras e os padrJes de ação instituional propiiam o onteto para as estrat estrat(gi (gias& as& posiçJes posiçJes e reursos reursos ompet ompetiti itivos vos atrav( atrav(ss das pressJes pressJes isomr isomr0i 0ias as #ue eerem" 9esse sentido& ( onveniente onsiderar as mudanças nas regras de assoiação olet oletiva iva $est $estrat rat(g (gia iass de asso assoi iaç ação ão%% e nas nas práti prátias as admini administ stra rati tivas vas padro padroni niza zadas das $estrat(gias de padronização%" *s estrat(gias de assoiação envolvem a de0inição dos pap(is dos mem/ros de uma oleti oletivid vidade ade deline delineand andoo os limite limitess instit institui uionai onaiss e o espaço espaço de operaçã operaçãoo dos mem/ros" mem/ros" 9esse sentido& essas estrat(gias estrat(gias onstituemLse onstituemLse em elementos elementos estruturantes estruturantes dos espa espaço çoss da lide lidera ranç nçaa e do eer eerO Oi ioo do po pode derr inst instit itu uio iona nall e orga organi niza zai ion onal al&& prinipalmente para ontrole da in0ormação instituional" Essas estrat(gias suportam a riação de redes assoiativas assoiativas nas #uais organizaçJes organizaçJes e indivOduos indivOduos esta/eleem esta/eleem proessos omuns de omuniação& eduação e representação oletiva" *s estrat estrat(gi (gias as de pad padroni ronizaçã zaçãoo env envolv olvem em a instit institui uional onaliza ização ção de prátia prátias& s& produtos e serviços por meio de meanismos soiais e ulturais" RelaionamLse ao esta/eleimento de padrJes t(nios& legais e in0ormais #ue de0inem o #ue ( -normal. ________________________________________________________ ____________________________ ________________________________________ ____________ D _ Moderna Moderna Administração em Cooperativas
om relação a uma prátia& produto ou serviço& por meio de regulamentaçJes ou esta/eleimento de normas e padrJes semi0ormalizados" *s estrat(gias de padronização 0re#Yentemente envolvem o desenvolvimento de pressJes oerivas ou mim(tias #ue o/rigam os atores a atenderem aos normativos t(nios e legais instituionalmente gerados pelos atores lOderes no ampo organizaional" 9esse aspeto& destaaLse o papel das -organizaçJes lOderes. de um ampo #ue se onstituem em re0er4nias para outras organizaçJes em momentos de inerteza" Estudos demonstram #ue perOodos de inerteza provoam inovaçJes oordenadas por organizaçJesLlOderes& #ue passam a ser imitadas por outras organizaçJes" Se 0ormuladas deli/eradamente& as estrat(gias instituionais servirão para ampliar a posição ompetitiva das organizaçJes ooperativas e suportar suas estrat(gias ompetitivas" 8 desa0io da 3ntegração do Sistema Cooperativo de Tra/alHo ( planear uma estrat(gia de estruturação de Rede *ssoiativa para via/ilizar a ooperação empresarial" C89S3=ER*;
L
o/ter uma solução de sistema de gestão polOtia& administrativa e operaional e de in0ormação #ue satis0aça da melHor 0orma essas neessidades"
:EST)8 1" RedesenHo dos 9egios Estrat(gios – omo os negios atualmente estruturados podem utilizar tenologia de in0ormação para desenHar organizaçJes #ue seam ompetitivas e e0etivasc 2" +udança Glo/alizada – omo as ooperativas de tra/alHo pere/em as neessidades do negio e do sistema empresarial em um am/iente eonmio glo/al altamente ompetitivo e /aseado no onHeimentoc 7" =e0inição dos 3nvestimentos om 3ntegração do Sistema – omo as organizaçJes podem determinar o usto das iniiativas de integração em rede empresarial ooperativac A" +udança no Controle e na Responsa/ilidade – omo as organizaçJes podem one/er sistemas de governo ooperativo em rede #ue as pessoas ontrolem e entendamc
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A NoB6 E9oi>u9io<6; u7o 7= 9oo:=r6>iB68 =e 0orma es#uemátia& podeLse distinguir duas di0erentes orrentes nos estudos so/re ooperativas $yriaopoulos& 2NNN KNU _`anen/erg& 1@@%" * /ase teria da primeira orrente de pes#uisa está re0ereniada ! apropriação da teoria neolássia da 0irma ao estudo das ooperativas& pere/endo as ooperativas omo uma 0unção de produção" Esta orrente tenta derivar o e#uilO/rio preçoLproduto $prieLoutput e#uili/ria% e assume& de 0orma implOita& #ue as ooperativas& ao adotarem o prinOpio de negios ao usto de oportunidade $/usinessLatLost%& adesão livre& e o/etivos unanimemente aeitos pelos assoiados& se en#uadram na estrutura do ramo de negio a #ue se dediam na eonomia& podendo on0rontar a ação monopolOstia de outros ompetidores no merado" * segunda orrente se apropria de reentes avanços terios& tal omo a teoria da ag4nia $ageny tHeory%& teoria dos ustos de transação $transation osts tHeory% e teoria dos direitos de propriedade $property rigHts% $_`anen/erg& 1@U yriaopoulos& 2NNNU *modeo& 1@@@U 8llila& 1@@A%" *s onlusJes de ada a/ordagem podem ser proetadas nas araterOstias organizaionais das ooperativas" Considerando a de0inição de ooperativa omo empreendimento eonmio organizado em torno dos interesses do usuárioL/ene0iiárioLontrolador& os traços estruturais das ooperativas são espei0iados pelo ontrole& pela propriedade e pelos prinOpios de aloação dos /ene0Oios" ,aseado nessas araterOstias do empreendimento o/servaLse #ue as ooperativas possuem estruturas variáveis e #ue a maioria das a/ordagens terias não leva em onsideração esta diversidade estrutural e& onse#Yentemente& analisa as ooperativas omo portadoras de uma únia& generalizada e Homog4nea 0orma instituional $yriaopoulos& 2NNN%" Gunnarsson $1@@@& p"2N% assinala a tend4nia de ooperativas tradiionais assumirem novas estruturas organizaionais para se adaptarem !s ondiçJes da mudança eonmia"
1.5.1 A 6<á;i8= i<8>i>u9io<6; 7o 9oo:=r6>iBi8mo 1. I<8>i>uiK=8 = Or6
KN
riaopoulos* . The maret orientation o8 cooperative orani&ations. Assen* Colanda: an +orcum* 4III.JGp. K1 2)nard* %. Econom"a de las orani&aciones. oot( Editoria Universidad ,acional* JQQO.
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*nalisando as ontri/uiçJes de 9ortH $1@@K% K2 so/re as am/igYidades da relação entre os oneitos de organizaçJes e instituiçJes& +(nard $1@@K51AL1K% K7 destaa #ue ^a on0usão oorre pela eist4nia da relação sim/itia entre instituiçJes e a organização onse#Yente^" * palavra Have& segundo +(nard& ( conseq4ente5 evidenia tanto a relevnia de distinguir instituiçJes de organizaçJes& #uanto o 0ato de #ue 0re#Yentemente uma organização onstituiLse na 0orma de implementar e operaionalizar as ^regras do ogo^ de0inidas pelo am/iente instituional" *s instituiçJes são operaionalizadas por ^/raços seulares^& ou sea& as organizaçJes& uo papel ( monitorar& re0orçar e administrar o onunto de regras de0inido no plano instituional" Em nossa re0leão& argumentamos #ue& no aso do ooperativismo& o/servaLse uma relação sim/itia entre as dimensJes instituional e organizaional5 al(m do am/iente instituional amplo e gen(rio& eiste um am/iente instituional prprio ao ooperativismo& #ue imprime araterOstias únias ! organização re0erente – a empresa ooperativa" KA 6or esse motivo& uma análise sioLeonmia do ooperativismo deve onsiderar não s as peuliaridades do am/iente instituional gen(rio L apliável a todas e #uais#uer organizaçJes e merados L& mas tam/(m as espei0iidades instituionais #ue de0inem as regras do ogo empresarial ooperativo& e em relação !s #uais se estrutura o modelo organizaional ooperativo" 9ão se trata de disutir evid4nias de um Hi/ridismo no plano instituional do ooperativismo& mas de delinear algumas peuliaridades 0undamentais da sua 0orma organizaional deorrentes das araterOstias instituionais prprias" * in0lu4nia de um 0orte e espeO0io re0erenial instituional ooperativo traz uma s(rie de di0iuldades de adaptação dessas organizaçJes !s mudanças no 0unionamento do merado" Se o ooperativismo se onsolidou num momento Histrio onde os merados se araterizavam pela relativa esta/ilidade& no onteto atual de merados ompetitivos e instáveis surgem 0ortes desa0ios para a so/reviv4nia das ooperativas" * so/reviv4nia das ooperativas no sistema eonmio onorrenial apitalista re#uer a sua integração !s regras impostas pelo sistema" Esta integração provoa um onunto de modi0iaçJes na sua 0orma organizaional& alterando seus m(todos organizaionais e operaionais& na inessante /usa da raionalidade e da e0ii4nia eonmia" * estrutura organizaional da ooperativa& al(m de atender as eig4nias de raionalidade e e0ii4nia empresarial& deve& ao mesmo tempo& ompati/ilizar estas eig4nias om a demoraia e a partiipação dos assoiados no proesso deisrio& num neessário& mas di0Oil e tenso e#uilO/rio $Valadares& 1@@K% KK" =e aordo om +(nard $1@@512%& a perepção eonmia da organização re0orça a neessidade de onsiderar o impato das suas propriedades estruturais na natureza das suas atividades produtivas e nas araterOstias das suas transaçJes"
2. $m 9o<9=i>o i<8>i>u9io<6; 7= 9oo:=r6>iBi8mo Eiste um plano instituional geral da soiedade ao #ual se re0ereniam as atividades eonmias& polOtias e soiais" +(nard $1@@K&1@@% relaiona as araterOstias #ue devem ser onsideradas para um oneito ompreensivo de instituição KM5 K2
,orth* D. %. $nstitutions* $nstitutional %hane and Economic er8ormance. %ambride: %ambride Universit ress* JQQG. K7 2)nard* %. 2arets as institutions versus orani&ations as maretsV Disentanlin some 8undamental concepts. Lournal o8 Economic ehavior and !rani&ation. ol. 4HJQQG< JMJ5JH4. KA 2int&berop.cit* p. JHF< trabalha esta 1uesto 1uando discute o desenvolvimento da ideoloia orani&acional atrav)s das tradi'Nes e das identi8ica'Nes nas orani&a'Nes mission(rias. %itando Sel&nic e Edwards* os autores re8erem5se a orani&a'Nes com 8ortes ideoloias como Westilisticamente ricasX e como Winstitui'NesX. A presen'a de 8orte ideoloia habilita uma orani&a'o a ter vida pr;pria para emerir como uma institui'o social viva. KK aladares* L.C. articipa'o e poder: o comit# educativo na cooperativa aropecu(ria. 0avras: U60A* JQQG. HM p. Disserta'o de 2estrado em Administra'o Rural<. KM Essas caracter"sticas so semelhantes Y1uelas apontadas por Codson* +.2. 1uando discute a nature&a das institui'Nes* em WCidden ersuaders: institutions and choice in economic theorX. ,ert8ord* Enland: Universit o8 Cert8ordshire* 4III. authorZs inauural lecture on JM 2arch 4III<.
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a% * dimensão Histria das instituiçJes& #ue eslaree as ondiçJes espeO0ias da sua emerg4nia e on0orma a natureza das suas operaçJesU /% * transend4nia instituional so/re indivOduos e suas organizaçJes empresariaisU o onunto de regras ( a/strato e impessoal& apliável a todos os agentes e #ue predeterminam as esolHas individuais e a elas se so/repJemU essas regras são epressas pela tradição& pelo ostume ou pelas normasU % 8 aráter normativo das instituiçJes& esta/eleendo a distinção entre o aeitável e o ilegOtimoU onstituem normas de omportamento& delineando o espetro de esolHas disponOveis para os agentes& o #ue pode ou não ser realizadoU uma vez organizados em oletividade& agem de aordo om as normas& não em relação direta !s possi/ilidades de esolHa K" 9a visão parsoniana& essas normas devem ser internalizadas& implementando padrJes de omportamento #ue são onsiderados pelos agentes omo prprios e legOtimos modos de ação" Estas araterOstias são reunidas por +(nard numa de0inição de instituição esta/eleida nos seguintes termos5 - Entendemos por institui*6es ao conjunto de regras socioecon'micas, esta0elecidas em condi*6es hist7ricas, so0re as quais os indi%íduos, ou grupos de indi%íduos, quase n#o tm possi0ilidade de influenciar nos aspectos essenciais, no curto ou m)dio pra+os "o ponto de %ista econ'mico, estas regras se orientam no sentido de definir as condi*6es nas quais as escolhas, indi%iduais ou coleti%as, de aloca*#o e utili+a*#o de recursos podem se efetuar . $+(nard& 1@@522%" Considerando essas araterOstias ( apropriado analisar o ooperativismo de uma perspetiva instituional" 6odeLse argumentar em 0avor da eist4nia de um plano instituional prprio ao ooperativismo& omo se este 0osse um su/onunto dos re#uerimentos gerais produzidos pelo am/iente instituional em relação aos #uais o ooperativismo se estrutura" En#uanto instituição& o ooperativismo aparee omo um am/iente estruturante relaionado a uma espeO0ia ^estrutura de governo^ L epressa no modelo de organização empresarial ooperativa" Comparando om as araterOstias instituionais alinHavadas por +(nard& laramente identi0iamos5 a% * Historiidade instituional do ooperativismo& /% 8 universo de normas e regras #ue de0inem a identidade e autonomia ooperativa $saramentadas em um orpo doutrinário reonHeido em termos terios e prátios%& % * transend4nia dos normativos ooperativos so/re as possi/ilidades de esolHa e ação individual& om impliaçJes omportamentais relevantes so/re os indivOduos #ue partiipam da ação eonmia ooperativa e tam/(m so/re a prpria organização ooperativa" Evid4nias são enontradas na eist4nia de ompleos organismos ooperativos internaionais& naionais e regionais& nos normativos onstituionaisIlegais assentados no ostume& na tradição e num re0erenial doutrinário reonHeido internaionalmente& no araterOstio orpo doutrinário e terio onstruOdo nos últimos 2NN anos& e na relevnia da eonomia ooperativa no plano da eonomia internaional" 3negável o 0ato de #ue o plano instituional ooperativo está vinulado a um plano instituional amplo& de erta 0orma -eternalizado.& #ue in0luenia& prinipalmente& as #uestJes operaionais da eonomia empresarial ooperativa" * in0lu4nia prinipal se dá no nOvel do merado& en#uanto arrano instituional espeO0io" *ssim onsiderado& podemos entender o ooperativismo omo alternativa de intermediação eonmia de merado entre indivOduos organizados empresarialmente e outras unidades empresariais da eonomia" 8s elementos normativos do ooperativismo lHe dão araterOstias distintivas su0iientes #ue torna possOvel onsiderar a eist4nia de um plano instituional ooperativista espeO0io e em interLrelação om um plano instituional geral da soiedade" Tam/(m pode ser identi0iado de 0orma lara um re0erenial instituional espeO0io do ooperativismo5 um onunto a/strato de regras #ue disiplinam e orientam a distri/uição dos ganHos e das perdas eonmias do proesso eonmio interno e eterno da organização ooperativa" 8s parmetros para de0inição desses resultados& por sua vez& são dependentes de um onHeimento omum ompartilHado pelos agentes $assoiados& dirigentes e 0unionários%& de 0orma #ue o suesso na K
[illiamson* !. E. Cuman Actors and Economic !rani&ation. %ali8ornia: Universit o8 erele. JQQH.
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implementação dessas regras depende do omportamento oordenado desse grupo de agentes& omo esta/eleido pela teoria da ag4nia" Fundamentalmente& esse omportamento está re0ereniado a uma aeitação das regras oletivas" * organização ooperativista ontri/ui para a 0ormação desse omportamento& /aseandoLse em araterOstias instituionais espeO0ias L #ue produzem as espei0iidades do modelo organizaional L por meio das atividades de eduação" 9o ooperativismo moderno essas atividades são araterizadas& por um lado& omo estrat(gias espeO0ias para produzir e distri/uir in0ormação e tenologia voltadas ao aprimoramento de Ha/ilidades espeO0ias dos agentes ooperados e& por outro& omo estrat(gias de reordenamento e reestruturação do proesso produtivo das unidades de produção ooperadas& relaionadas a espeO0ios resultados eonmios de0inidos a priori pela organização ooperativa" * eduação ooperativista aparee omo ^reurso^ de natureza eonmia $Valadares& 1@@D% KD" 6odemos onluir #ue& do ponto de vista instituional& o ooperativismo em sua 0orma organizaional lida om padrJes de omportamento re0ereniados a regras esta/eleidas" =o ponto de vista da in0ormação& ou sea& do onHeimento eigido dos agentes ooperados& a instituição ooperativa pode ser oneituada omo meanismo de in0ormação #ue oordena as açJes dos agentes ooperados K@" Eiste um onunto de resultados soiais previamente esta/eleidos re0ereniados aos oneitos doutrinários em torno da ação ooperativa& sendo #ue o aordo em torno desses resultados ( dependente da natureza e da omunalidade do onHeimento" =e aordo om )ur`iz& a aeitação dos resultados depende tanto da #ualidade do sistema de sinais $in0ormação% #uanto da e0ii4nia dos meanismos de transmissão das in0ormaçJes $+(nard& 1@@K5 1MM%"
3. $m 9o<9=i>o 7= or6
aladares* L.C. %ooperativismo no mundo em trans8orma'o. ras"lia: Sebrae* JQQH. J4I p. Esta a8irma'o pode ser sustentada pela a8irma'o de Teece JQQQ< de 1ue Wa 8irma ) um reposit;rio para o conhecimento \ o conhecimento sendo estruturado nas rotinas e processos do ne;cio ...< a base do conhecimento da 8irma inclui suas compet#ncias tecnol;icas e seu conhecimento sobre as necessidades dos consumidores e as capabilidades de seus 8ornecedores...< p. OG. K@
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* produção de in0ormação para deisão onstitui a atividade 0undamental das organizaçJes5 as relaçJes inter e intraorganizaionais se dão por meio das in0ormaçJes& prinipalmente in0ormação na 0orma de preços" Teee $1@@D% ( partiularmente enri#ueedor na disussão deste aspeto #uando a0irma #ue “a essncia da firma ) sua ha0ilidade em criar, transferir, reunir, integrar e eplorar 0ens de conhecimento
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6ara +(nard $1@@577% a organização omo lugar de deisão eonmia ( a orientação metodolgia 0undamental" *l(m de se 0undamentarem so/re uma avaliação dos ustos& as esolHas entre alternativas eonmias possuem& tam/(m& aráter eminentemente oletivo& tri/utário das araterOstias organizaionais epressas em regras e onvençJes" =essa 0orma& os omportamentos de esolHa entre alternativas oorrem no interior da estrutura organizaional& e resultam da interdepend4nia regulamentada dos partiipantes num onteto de relaçJes de autoridade e de Hierar#uia" Tomar uma deisão eonmia signi0ia lidar om in0ormaçJes" * deisão& por sua vez& se onverte em nova in0ormação para outras deisJes" =essa 0orma& os proessos deisrios dependem do sistema de in0ormação& espeialmente das modalidades de investigação e de transmissão de in0ormaçJes" =ependem& tam/(m& da in0ormação em si5 da in0ormação egena $o am/iente% e endgena& so/re as relaçJes entre os partiipantes L a estrutura na #ual interagem& e os proessos internos de ontrole $+(nard& 1@@5M2%" 8s partiipantes det4m uma in0ormação espeO0ia de uo onHeimento depende o /om 0unionamento do onunto organizaional" * in0ormação intraorganizaional onduz a um sistema de representaçJes5 a representação do #ue devem sa/er para atuar de on0ormidade om os o/etivos da organização" TornaLse ruial a revelação desta in0ormação& o #ue implia em proedimentos ade#uados para levar os agentes a transmitir& !s instnias deisrias& a in0ormação disponOvel e neessária ! deisão – ( um pro/lema de motivação e de inentivo& o #ue dá margem a se onsiderar #ue eiste uma dimensão soial 0undamental e irredutOvel das motivaçJes $+(nard& 1@@5D2%" 8s proedimentos de ontrole se ristalizam num onunto de t(nias e de meanismos #ue asseguram a oesão dos partiipantes e& onse#Yentemente& a integridade das operaçJes" 6or seu interm(dio& a organização tra/alHa as assimetrias eistentes entre os partiipantes e o merado5 assimetria na in0ormação o/tida e na apaidade de o/teLla $assimetria de repartição e de a#uisição%" 8s o/etivos da organização supostamente são omuns aos partiipantes& mas onstruOdos so/re /ases de motivaçJes di0ereniadas dos mesmos%" 3.8.6 o$as *borda%ens 0e9rcas no 1studo do Cooperat$s"o
* Teoria dos Custos de Transação * teoria dos ustos de transação pertene ! esola da 9ova Eonomia 3nstituional $9E3% e tem oupado signi0iativo espaço nas pes#uisas so/re ooperativismo $Gunnarsson& 1@@@U *modeo& 1@@@U )aelius& 1@@DU ,ialosorsi 9eto& 1@@DU _`anen/erg& 1@U 9ilsson& 1@@U Coo& 1@@AU 8llila& 1@@AU%" :tilizando um maro analOtio instituional& tenta epliar omo os ustos de transação induzem as organizaçJes a adotarem modos alternativos de organização da produção $oordenação%" * teoria e a prátia eonmia -tradiional. onentra a atenção nos ustos visOveis e mensuráveis" * 9E3 tem 0oalizado a análise nos ustos de di0Oil onstatação e mensuração" =e aordo om billiamson $1@DK% a transação em si onstitui a unidade de análise 0undamental na teoria de ustos de transação" =e 0orma ampla& são os ustos inorridos pela empresa na troa de /ens& serviços e in0ormaçJes om outros atoresU inlui os ustos de reunir e proessar a in0ormação neessária ! ondução de uma transação& ! tomada de deisJes& ! negoiação e gestão do umprimento de ontratos" TrataLse& portanto& dos ustos para 0azer 0unionar o sistema eonmio e apareem em deorr4nia de in0ormaçJes imper0eitas& inerteza e espei0iidade dos ativos produtivos& orrelaionados om raionalidade limitada e omportamentos oportunistas #ue aumentam os ustos de transação" * teoria dos ustos de transação sugere #ue a estrutura organizaional – ou estrutura de governança – ( determinada pelas araterOstias da transação& ou& #ue o tipo de transação ( determinante da estrutura de governança" *s estruturas de governança são idiossinrátias& relaionandoLse om a estrutura geral da organização e om as estrat(gias" * 0orma omo se dá a governança ( di0ereniada5 na perspetiva da nova eonomia instituional a unidade de análise ( representada pelas transaçJes5 a 0irma de um lado& o merado de outroU tanto as espei0iidades da 0irma #uanto as do merado onstituem dados instituionais etremamente relevantes para uma análise" 9o aso do merado 0inaneiro eiste uma maior determinação das araterOstias das transaçJes $pe#uena varia/ilidade das transaçJes& muita Homogeneidade do merado& p"e"%& o #ue pode ser evideniado no papel aentuadamente 0orte do ponto de vista instituional do ,ano Central do ,rasil" 6odeLse esta/eleer&
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portanto& #ue a estrutura ( determinada pelas araterOstias das transaçJes em um merado etremamente instituionalizado" 8 aspeto entral no proesso de determinação da melHor estrutura de governança& de aordo om ReveMN $1@@N% ( a análise das Ha/ilidades entrais – ou Ha/ilidades estrat(gias – #ue a organização possui" Essas Ha/ilidades estrat(gias originamLse de #uatro tipos de espei0iidade de ativos5 $1% espei0iidade de loalização& relaionada aos ativos 0Osios imo/ilizadosU $2% espei0iidade 0Osia& relaionada aos ativos 0Osios #ue propiiam vantagens tenolgias espeO0ias a uma transaçãoU $7% espei0iidade do apital Humano& relaionada aos investimentos em onHeimento e aprendizagem HumanaU $A% os ativos dediados& representados pelos investimentos espeializados relativos a uma transação partiular" 8 oneito de espei0iidade de ativo ( útil para analisar a mudança estrutural de ooperativas devido ! sua estreita oneão om as onepçJes omportamentais relaionadas ! raionalidade limitada e omportamento oportunista" 6ara ser /em suedida& a organização ooperativa neessita de0inir sua Ha/ilidade estrat(gia e austar a sua estrutura de governança a estas espei0iidades" Tam/(m ( importante #ue a estrat(gia entral sea a permanente re0er4nia para as deisJes estrat(gias& e #ue sea protegida e austada om relação aos inessantes movimentos de mudança dos am/ientes eternos e internos da organização"
* Teoria da *g4nia $*geny THeory% * teoria da *g4nia onsidera as organizaçJes ooperativas omo uma 0unção de ontrole e de propriedade para o/servar #ue as ooperativas potenialmente en0rentam um onunto de pro/lemas #ue di0iultam ou impossi/ilitam a aloação tima de reursos e os investimentos" Esse #uadro terio estuda a relação entre propriedade e ontrole& entre o agenteLprinipal $o proprietário da empresa% e o agenteLgestor $o administrador a #uem a/e a gestão e direção do negio%" * id(ia /ásia na teoria da ag4nia ( a relação entre um ou mais agentesLprinipais e um ou mais agentesLgestores" 6ortanto& o aspeto entral ( o relaionamento entre os dois tipos de atores organizaionais" =e aordo om )aelius $1@@D%& algumas vezes um prinipal e um agente são estudados& outras vezes um agente e vários prinipais& sendo possOvel estruturar di0erentes om/inaçJes de atores" 6or eemplo& no aso do estudo #ue está sendo realizado unto ao ooperativismo de r(dito rural ( onsiderada a seguinte estruturação de atores organizaionais& numa variação em torno da versão modi0iada da Teoria da *g4nia proposta por )aelius $1@@D%5 L São analisados dois tipos de pessoas urOdias – a ooperativa entral& e as ooperativas de r(dito rural assoiadas" L =essa 0orma& 0oram estruturadas as ategorias agenteLprinipal e agenteLgestor em duas dimensJes5 •
•
* primeira dimensão onsidera a ooperativa entral& pessoa urOdia& omo agenteLgestor& e as ooperativas singulares assoiadas omo agenteLprinipalU nesse aso& onsideramLse as ooperativas assoiadas omo as proprietárias da ooperativa entralU * segunda dimensão analisa a ooperativa singular individualmenteU nesse aso& o agenteLprinipal ( o produtor rural assoiado em argos de direção eeutiva e o agenteLgestor ( representado pelos gerentes ontratados"
9a ooperativa os pap(is de agenteLprinipal e agenteLgestor podem estar om/inados em um grupo de mem/ros& uma vez #ue todos os mem/ros são usuários e proprietários simultaneamente" :m assoiado& uma vez eleito dirigente& ( simultaneamente administrador& usuário e proprietárioU onse#Yentemente& ( MN
REE* T. The 6irm as a ,e7us o8 Treaties. 0ondon: Sae ublications. JQQI. pp. J5JMJ.
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agenteLprinipal e agenteLgestor& na 0unção dirigente" 8s únios atores em posiçJes administrativas na ooperativa de r(dito #ue não são agenteLprinipal são os gerentes e t(nios ontratados" 6ara e0eitos de um estudo desta natureza& são onsiderados agenteLprinipal os assoiados eleitos para os argos de direção eeutiva& e agenteLgestor os pro0issionais ontratados para o argo de ger4niaLgeral" Relaionados aos aspetos de patrimnio e ontrole& e de grande importnia nas análises terias& são as #uestJes de divisão de resOduos e ompartilHamento dos risos& a 0ormalização de ontratos& /em omo os ustos do monitoramento e0etuado pelo agenteLprinipal em relação ! atuação do agenteLgestor" =essa 0orma& surgiriam os ustos de ageniamento& á #ue os atores eonmios na 0unção de agenteL gestor di0iilmente priorizariam o /ene0Oio do agenteLprinipal& !s ustas do seu prprio /ene0Oio" 3sso se deve a pro/lemas de assimetria de in0ormação& á #ue o agenteLprinipal não pode& geralmente& ontrolar o agenteLgestor e evitar açJes de riso moral e de seleção adversa& ou os ustos de monitorar o agenteLgestor podem eeder os /ene0Oios a serem o/tidos pelo agenteLprinipal $*modeo& 1@@@%" *s teorias de ustos de transação e da ag4nia possuem alguns pontos em omum& por eemplo& o 0ato de #ue os indivOduos se es0orçam para o/ter maior e0ii4nia individual& o #ue implia no surgimento de on0litos permanentes em torno dos o/etivos" *s di0erenças entre as duas teorias relaionamLse aos tipos de variáveis independentes onsideradas $Reve& 1@@@%5 as variáveis independentes na teoria dos ustos de transação são a espei0iidade de ativos& inerteza e 0re#Y4nia das transaçJesU para a teoria da ag4nia as variáveis independentes entrais são as atitudes dos atores diante do riso& o grau de riso e de inerteza implOitos em di0erentes e alternativas soluçJes aos pro/lemas& e #ue tipo& e para #ual dos atores& a in0ormação está disponOvel" * despeito dessas di0erenças& ( possOvel om/inar as duas teorias na análise da traetria das ooperativas de r(dito rural& uma vez #ue possuem id4ntios pressupostos" =e 0orma simpli0iada& a teoria da ag4nia pode ser utilizada omo 0erramenta para desvendar a natureza das estruturas e as relaçJes entre indivOduos #ue intentam diminuir ou minimizar os ustos de transação no onunto das ooperativas de r(dito rural organizadas em torno de uma ooperativa entral" Custos de transação 0undamentais ! análise da eonomia ooperativa são representados pelos ustos gerados no monitoramento administrativo e no proesso deisrio oletivo& am/os relaionados ! distri/uição de resOduos $resultados eedentários gerados pela eonomia da empresa ooperativa& as so/ras% e ao en0rentamento de risos – ustos de ageniamento" 8s dois pro/lemas entrais #ue levam a esses ustos de transação são $1% omo os risos e os resOduos poderiam ser distri/uOdos entre os atores envolvidos& e $2% omo o agenteLprinipal poderia ontrolar da melHor 0orma as açJes do agenteLgestor e omo os on0litos poderiam ser ontrolados $ou prevenidos%" 9a interpretação de )aelius $1@@D% estes pro/lemas surgem em virtude de um onunto de araterOstias Humanas5
* inapaidade Humana de agir de 0orma raionalmente per0eita pelas di0iuldades de o/ter e analisar in0ormação"
* aversão Humana ao riso& espeialmente se eistirem alternativas -seguras. disponOveis"
* tend4nia natural de o/ter ganHos individuaisU o agente pere/e a sua relação om o prinipal mais omo uma 0orma de alançar seus prprios o/etivos do #ue uma 0orma de auiliaLlo" 8s o/etivos do agente não orrespondem plenamente aos o/etivos do prinipal – espeialmente no aso de o/etivos relaionados a #uem se /ene0iiará de ganHos o/tidos"
6ortanto& a teoria supJe a eist4nia de ustos de transação relaionados ! solução de pro/lemas en0rentados pelo agenteLprinipal" 6ara minimizar os ustos de transação originados do relaionamento entre agenteLprinipal e agenteLgestor – ustos de ageniamento L& são esta/eleidos os ontratos& aspeto entral na teoria da ag4nia" Fundamentalmente& estas novas relaçJes ontratuais impliam na emerg4nia de pro/lemas de ageniamento em torno dos direitos de propriedade omum" Esses pro/lemas surgem em deorr4nia do aumento da ompleidade das estruturas organizaionais adotadas pelo ompleo ooperativo 0ormado& por
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eemplo& entre ooperativa entral e suas assoiadas" Estes pro/lemas podem ser en#uadrados nos seguintes tipos $Gunnarsson& 1@@@U )aelius& 1@@D%5 $i%
pro0lemas deri%ados da propriedade comum& originados da reusa dos assoiados em ampliar a sua partiipação na 0ormação do apital da empresa& e originados pela entrada de novos assoiados #ue assumem os mesmos direitos de partiipação nas deisJes e ad#uirem os mesmos direitos de utilização da estrutura de prestação de serviços gerada pelos antigos assoiadosU
$ii%
pro0lemas de hori+onte& ligados ao 0ato de #ue os direitos aos resOduos $so/ras% essam #uando o assoiado se desliga da ooperativa& e os onse#Yentes impatos da interrupção desse direito no planeamento dos investimentos da empresaU
$iii%
pro0lemas de portfolio& originados das di0erentes perepçJes so/re o riso e so/re os negios alternativos em #ue a ooperativa deveria se envolver& e os onse#Yentes impatos no relaionamento entre dirigentes eleitos $o poder patrimonial /aseado na propriedade e no ontrole% e dirigentes ontratados $o poder t(nio /aseado no onHeimento pro0issional espeializado%U
$iv%
os pro0lemas de continuidade& originados da perda de interesse dos assoiados em partiiparem dos negios ooperativos& o #ue leva ao surgimento de omportamentos oportunistas& diminuição do envolvimento dos assoiados& utilização da estrutura da ooperativa para o interesse prprio dos dirigentes& et"U
$v%
pro0lemas de decis#o& derivados dos pro/lemas anteriores& relaionaLse ! /oaL vontade e !s possi/ilidades dos mem/ros em monitorarem e governarem a organização& o #ue leva ! ruptura da omuniação entre assoiados e dirigentes& desonsideração !s opiniJes dos assoiados& supervalorização dos interesses do #uadro dirigente& et"
'ensen e +eling $1@M%& itados em Gunnarsson $1@@@%& ressaltam a neessidade de delegação de autoridade deisria ao agenteLgestor& ao mesmo tempo em #ue são estruturados meanismos de inentivo #ue garantam o omportamento apropriado do agenteLgestor om relação aos interesses do agenteLprinipal& /em omo estruturados meanismos de aompanHamento e de ontrole de resultados" *speto importante da teoria da ag4nia para a análise de ooperativas ( a divisão do proesso deisrio em dois grupos5 deisão de ontrole e deisão de administração" 8s agentesLadministradores maneam a deisão de administração e implementam as deisJes em nome dos agentesLprinipais" 8s detentores dos direitos ao resOduo $os assoiados%& representados pelos diretores eleitos& uidam da deisão de ontrole& ou sea& rati0iam deisJes tomadas e monitoram a per0ormane do m/ito deisrio administrativo" 9as ooperativas de r(dito rural& por eemplo& araterizadas por alta ompleidade tenolgia& grandes eig4nias de apital e alto riso operaional& a separação e a espeialização dos planos deisrios araterizam o proesso de pro0issionalização administrativa dessas empresas" 9esse proesso& a lara separação entre 0unçJes de direção e de gestão empresarial se e0etiva por meio de introdução de novos elementos ontratuais na dinmia operaional da ooperativa om a 0inalidade de garantir direitos de propriedade e altos padrJes de e0ii4nia empresarial" * 0ormação de um ampo organizaional ( ondição 0undamental para o proesso de pro0issionalização administrativa #ue poderá ser entendido omo o proesso isomr0io de trans0ormação das ooperativas de r(dito rural"
* Teoria dos =ireitos de 6ropriedade $6roperty RigHts% :ma etensão apropriada da Teoria da *g4nia& a Teoria dos =ireitos de 6ropriedade apresenta rOtias ! 0orma organizaional ooperativa" Re0ereLse ao onunto de #ualidades #ue de0inem os direitos& privil(gios e limitaçJes dos proprietários om relação ao uso de reursos" * e0iiente aloação de reursos s (
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possOvel numa eonomia onduente ! e0ii4nia& ou sea& não eiste 0alHa de merado om direitos de propriedade per0eitamente esta/eleidos" 9um merado e0iiente& os direitos de propriedade são ondição essenial para negoiação" =iversos pro/lemas das ooperativas estão assoiados ! teoria da ag4nia em virtude da separação entre propriedade e ontrole da empresa" Esses pro/lemas se aentuam nessas empresas devido ao 0ato de #ue as múltiplas interpretaçJes e as vagas de0iniçJes dos direitos de propriedade onduzem a on0litos so/re as so/ras residuais e o ontrole deisrio& partiularmente no aso de aumento da ompleidade organizaional das estruturas destas empresas" M1 * teoria dos direitos de propriedade será utilizada em omplemento ! teoria da ag4nia para analisar as modi0iaçJes #ualitativas dos direitos& privil(gios e limitaçJes dos proprietários $agenteLprinipal% e dos gestores $agenteLgestor% om relação ao uso dos reursos empresariais"
MJ
De acordo com Tietenber* citado em +unnarsson JQQQ<* as principais caracter"sticas de uma e8iciente estrutura de direitos de propriedade bem estabelecidos so: a universalidade \ todos os recursos so propriedade privada e todas as 1uali8ica'Nes plenamente especi8icadas a e7clusividade \ todos os bene8"cios e custos acumulados resultantes da apropria'o e utili&a'o dos recursos devem ser direcionados ao propriet(rio* e somente a ele a trans8eribilidade \ todos os direitos de propriedade podem ser trans8eridos de um a outro propriet(rio por meio de troca volunt(ria a imposi'o \ direitos de propriedade devem estar a salvo do embaro involunt(rio ou invaso por outros indiv"duos ou orani&a'Nes.
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Kuadro J 5 Rela'Nes entre os conceitos te;ricos do 1uadro de re8er#ncia da ,ova Economia $nstitucional na concep'/o da Estrutura de +overnan'a da %oo perativa
RACIONA'I"A"E 'IMITA"A COMPORTAMENTO OPORTUNISTA
TEORIA "OS CUSTOS "E TRANSAÇÃO
+A*I'I"A"ES ESTRAT;5ICAS "ERI(A"AS"AE SPECIFICI"A"E"OS ATI(OS
ASSIMETRIA "E INFORMAÇÃO
FRE/U6NCIA "AS TRANSAÇ8ES
CONCEPÇÃO "A ESTRUTURA "E 5O(ERNANÇA
CUSTOS "E A5ENCIAMENTO
SE'EÇÃO A"(ERSA
TEORIA "A A56NCIA
TEORIA "OS "IREITOS "E PROPRIE"A"E
INCERTE7A RISCO MORA'
2 "ECISÃO "E CONTRO'E
A5ENTE2PRINCIPA'
PROPRIE"A"E E CONTRO'E
A5ENTE25ESTOR
ESPECIFICI"A"ES"OS CONTRATOS
P'ANOS "ECIS9RIOS:
Proprieae Co%!% +ori
PROCESSO "ECIS9RIO CO'ETI(O MONITORAMENTO A"MINISTRATI(O OR5ANI7AÇÃO "A AUTORI"A"E
2 "ECISÃO "E A"MINISTRAÇÃO
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