Bertolt Brecht : Schriften zum Theater I-VII SUHRKAMP VERLAG, FRANKFURT am Main 1963-1964Full description
Edição 317 Dezembro de 2017Descrição completa
Bertold Breht BallFull description
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Revista Galileu de agosto de 2015
Galileu - Edição 325 - (Agosto 2018)Full description
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Galileu - Edição 325 - (Agosto 2018)
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A VIDA DE GALILEU Bertolt Brecht
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“Quem, hoje em dia, quiser combater a mentira e a ignorância e escrever a verdade tem de vencer, pelo menos, cinco obstáculos. Tem de ter coragem de escrever a verdade, muito embora por toda a parte ela seja encoberta; tem de ter a arte de a tornar manejável como uma arma; tem de ter capacidade para ajuizar, para selecionar seleci onar aqueles em cujas cuj as mos ela será ser á e!icaz; tem de ter o engenho de a di!undir entre estes." #amoso por sua concep$o inovadora do teatro, %ertolt %recht coloca nessas palavras as coordenadas que orientaram todo seu trabalho art&stico. 'ara ele, a poesia e o teatro no eram simplesmente maneiras de e(pressar a sensibilidade espec&!ica de um indiv&duo, mas elementos ativos e dinâmicos dentro do processo social, cuja !un$o seria determinar a verdade de cada acontecimento. )as, por outro lado, %recht no empregava o termo verdade como algo abstrato, no qual se deve crer em virtude da !*, e sim como uma demonstra$o da maneira pela qual os !atos ocorrem. +ssim, o teatro seria um meio de levar as pessoas a raciocinar sobre o mundo que as cerca e de chegar s verdades sociais mais amplas. + !orma$o desse pensamento cr&tico levaria, de acordo com %recht, a uma participa$o consciente do indiv&duo indiv& duo na vida da coletividade. - essa participa$o implicaria uma adequa$o ao processo de mudan$a das coisas. +creditando que a humanidade humanidade está constantement constantementee evoluindo evoluindo e trans!ormando trans!ormando suas institui$es institui$es / mesmo mesmo nos per&odos per&odos hist0ri hist0ricos cos em que tudo parece parece imutável imutável / %recht %recht via na busca da verdade o nico caminho para uma arte consciente. 2erdade que, a!irma ele em um de seus artigos, estaria ligada trans!orma$o das coisas e ao surgimento surgimento de uma nova era, era, pois “no há de p3r em dvida dvida que, no pa&s pa&s onde vivo, se trabalha para a modi!ica$o do mundo, para a modi!ica$o do conv&vio doss ho do homen mens. s. - talve talvezz estej estejam am co comig migoo qu quan anto to a ha have verr ne nece cess ssida idade de de uma uma trans!orma$o do mundo".
A CRÍTICA AO EXPRESSIONISMO EXPRESSIONISMO 'oeta e teatr0logo, %ertolt %recht nasceu em +ugsburg, na +lemanha, a 14 de !evereiro de 1565. -studou )edicina e 7i8ncias 9aturais em )unique e, já em 161:, publicou seus primeiros poemas. -m 16:, mudoueinhardt ?15@A < 16:AB e -rCin 'iscator ?156A < 16DDB. Eua !orm !ormaa$o art&s t&stic tica !oi !oi bastante in!l in!luuenciad iada pelo movime imento e(pressionista, que ele, entretanto, captou de !orma especialmente cr&tica. -ssa cr&tica vinculava
no desejo de reviver o Eanto Hmp*rio >omano Fermânico a esperan$a para um presente tumultuado. )as havia tamb*m os que se re!ugiavam num cinismo sard3nico, assumindo uma atitude de desprezo e rebelio total. +creditando na salva$o do homem por meio do desenvolvimento espiritual, os e(pressionistas a!irmavam, de acordo com as palavras de um de seus basties, Theo Theodo dorr =a =aub uber, er, que “n “nos ossa sa *p *poc ocaa po poss ssui ui um grand grandee de des& s&gn gnioI ioI uma no nova va erup$o da alma". 7aracterizando dessa !orma os anseios de alguns setores da sociedade sociedade alem, os e(pressionistas e(pressionistas possu&am uma cren$a em comumI a !* no eu absoluto. =e acordo com eles, as coisas nada signi!icariam por si mesmas, mas somente em !un$o do que cada indiv&duo acredita que elas sejam. Eegundo o cr&tico +natol >osen!eld, >osen!eld, “o autor Je(primeK Je(primeK suas vises pro!undas pro!undas propondoelacionada >elacionada com a pr0pria pr0pria participa$o participa$o pol&tica de %recht / que chegou a integrar um conselho de trabalhadores e soldados de +ugsburg /, Tamb desmiti!ica !ica os her0is her0is e(p e(pres ression sionista istas, s, que buscav buscavam am Tambor ores es na No Noit itee desmiti A
valores transcendentes e mostravam um apego animal aos valores burgueses. -m 161, viajando para %erlim, %recht dedica
UM TEATRO BUMERANGUE 'or volta de 16D, com a estr*ia de /m 0omem #m 0omem (ann ist ann), já se percebem novas e pro!undas trans!orma$es no teatro brechtiano. G palco dei(a de ser um local onde sobretudo se conta uma hist0ria, para se tornar tamb*m o espa$o onde se e!etua uma mudan$a. +ssim, em /m 0omem * #m 0omem, o personagem central, FalO FaO, * levado a trans!ormar
espectador deseja ver da vida no teatro" ?. . .B quanto ?. . .B “outras coisas que no desejava ver, como v8 seus desejos criticados" ?. . .B. +ssim, de acordo com essa proposta, a R -era e aha$onn7 agiriam como uma esp*cie de bumerangue, na medida em que receberiam os sonhos da plat*ia burguesa e os devolveriam imersos numa realidade muito menos r0sea. + partir de aha$onn7, %recht e seu colaborador, o compositor Surt Peill ?1644<164B, acabam por criticar a pr0pria 0pera como !orma est*tica e rompem de!initivamente com o teatro tradicional. =essa maneira, a obra teatral de %recht volta a mudar de rumoI ela dei(a de destruir o teatro tradicional a partir de seu interior e passa a situar
O TEATRO ÉPICO %recht sempre partiu do princ&pio de que o homem * alterável na medida que conduz e * conduzido pelo processo hist0rico. -ncontrar um mecanismo teatral capaz de mostrar ao pblico seu papel dentro desse processo passa a ser ento um objetivo do autor. lnicialmente, ele se contrape a todos os grandes te0ricos do teatro clássico