Esta página está baseada no Ritual do Simbolismo do Grau de Mestre, como ensinada nas Lojas Maçônicas. Alguns pormenores foram deliberadamente ocultados, mas a essência está inteiramente preservada. Este texto foi composto com auxílio de outros, citados integralmente ou em partes aqui, encontrados em livros, apontamentos de irmãos e lojas ou sites diversos que continham fragmentos usados para complementar alguma referência cronológica ou tradicional, e também por uma percepção crítica acerca do perfil ideológico da interpretação da Lenda de Hiram por alguns.
Eis a lenda lenda de Hiram Hiram Abiff Ab iff : Quando Salom Salomão ão mandou construi r o templo, confiou seus planos a um arquiteto chamado Hiram. Este arqu arquiteto, iteto, para por ordem nos trabalhos, trabalhos, dividiu os trabalhadores trabalhadores segundo sua habilidade e como era grande o número d eles, a fim de reconhecê-los, quer para empr empregáegá-los los segundo s egundo seu méri to, quer para remunerá-Ios remunerá-Ios segund o seu trabalho, ele deu a cada categor categoria ia de aprendizes, de companheiros comp anheiros e aos aos mestres m estres palavras de passe e senhas particu lares... lares... Três Três comp anheiros qu iseram usur par a posição de mestres, sem o devido merecimento; puseram-se de emboscada nas três portas principais do templo, e quando Hiram se apresentou apresentou para sair, um dos co mpanheiro s pediu-lhe a palavra palavra de ordem dos m estres, ameaçando-o ameaçando-o com sua régua. Hiram Hiram lhe l he respond eu: " Não Não foi assim qu e recebi recebi a palavra que me pedis." O companheiro fu rioso rio so bateu em Híram Híram com sua régua faze fazendo-lh ndo-lhe e uma prim eira ferida. Hiram correu a uma outra porta, onde encontrou o segundo companheiro; mesma pergunta, a mesma resposta, e esta vez Hiram foi f erido co m um esquadr o, dizem outros com uma u ma alavanca. alavanca. Na terceira por ta estava o terceiro assassin o que abateu o mestre com uma machadinh a. Estes três companheiro s esconderam em seguida o cadáver cadáver sob um mo ntão de escom escom bros , e plantaram plantaram sobr e este este túmulo improvis ado um ramo de acácia, acácia, fugindo depois como Caim Caim após a morte mor te de Abel. Salom Salomão, ão, porém, não não vendo regr essar seu arqu arquiteto iteto,, despachou despachou nove mestres para proc urá-lo; o ramo de acácia acácia lhes revelou o cadáver, eles o tiraram de sob os escom bros bro s e como com o lá havia ficado b astante tempo, eles eles exclamaram, levantando levantando-o: -o: Mach Benach Benach o que sign ifi ca: a carne solt a-se a-se dos osso s. A Hiram Hiram for am prestadas as as últimas últ imas hon ras, mandando mandando depoi s Salom Salomão ão 27 27 mestres à cata cata dos assassino s. O primeiro pri meiro fo i surpreendido sur preendido nu ma caverna: caverna: perto dele ardia uma lâmpada, corri a um regato a seus p és e para sua defesa defesa achava-se achava-se a seu seu lado um p unhal. O mestre que penetro penetrou u na caverna caverna e reconheceu o assassino, tomo u o punh al e feriu-o feriu -o gritando : Nekun Nekun palavra que quer di zer zer vi ngança; su a cabeça cabeça foi levada a Salom Salomão ão que estremeceu ao vê-la vê-la e disse ao que tin ha assassin assassinado: ado: " Desgraçado, Desgraçado, não sabias tu que eu eu me reservava reservava o direito d e puni r?" Então todos os mestres mest res se ajoelharam e pedir pediram am perdão para aquele aquele cujo zelo zelo o levara tão longe. O segund segund o assassino fo i traído por u m homem hom em que lhe dera asilo; ele se escon escon dera num roch edo perto de um espi nheiro ardent e, sobr e o qual bril hava um arco arco-íris; -íris; ao seu lado achava-se achava-se deitado deitado um cão cuja vigi lância os mestres enganaram; pegaram pegaram o crim inoso, ino so, amarraram-no amarraram-no e o conduziram-no conduziram-no a Jerusalém Jerusalém onde sofreu o últim o suplício. O terceiro terceiro f oi mor to por um leão que foi preciso precis o vencer para apoderar-se do cadáver; cadáver; outr o utras as versões dizem que ele se defendeu a machadadas machadadas con tra os m estres que chegaram enfim a desarmá-lo e o levaram a Salom Salomão ão que lhe fez expiar expiar seu cri me. Tal Tal é a primeira lenda; eis agora a expl explicação. icação. Salom Salomão ão é a person person dicação da ciência ciênci a e da sabedoria supr emas. O templo é a realização realização e a figur a do reino h ierárqui co da verdade e da razã razão o sobre so bre a terra. Hiram é o hom em que chegou ao domíni o pela ciênci a e pela pela sabedoria. Ele governa pela just iça e pela ordem, dando a cada um segun do suas su as obras. Essa é, é, basicamente, a Lenda de Hiram. Não Não pod emos negar determin ado grau de sim boli smos que remetem a um fundo fu ndo m oral com características in teressantes. Se Se Salomão Salomão tiv esse sido realmente uma grande alma, essa essa lenda seria ainda mais útil. úti l. Esse era era o tal t al homem c uja sabedori a era maior maior do que qu e a de todo s do Ori ente e do que qu e toda a sabedor sabedoria ia dos egípcio s... certamente quem escreveu escreveu isso jamais ouviu falar falar sob re o conhecimento espiritual do Oriente Oriente ou o grau de conhecimento conh ecimento ci entífico dos egípcio s... Talvez Talvez seja seja por esse pequeno versículo (o qu e mais
chamou a atenção dos Maçons por causar admir ação) que tenham escol hido o t al Salomão como ídolo... que pena! Mas a verdade é que Salomão, ao con trário do qu e muitos pensam, só fo i considerado o homem "mais sábio" por que mandava matar aqueles que eram agraciados com esse adjetivo. Assim fi ca fácil ser o mais alto: cor tando a cabeça dos outr os. O que realmente não sei é se era por inveja, por medo de acharem outro m ais " sábio" do que ele, mas iss o nem me importa. Tenho coisas mais úteis para estudar do que me aprof undar na vida de um homem medroso , covarde (pois abusava da for ça militar que tinh a para mandar matar pessoas boas, apenas por serem mais inteligentes que ele), violentamente machist a (Salomão jamais considerava o testemunho de uma mul her, teve a fama de ter centenas de mulheres e trata-las sem o mínimo de respeito), ditador , racista, maldoso e no jento (I Reis 5, 13: " Também o r ei Salomão fez, dentre todo o Israel, uma leva de gente para trabalho forçado; e a leva se compunha de trin ta mil ho mens." Me desculp em, mas para mim um homem que ESCRAVIZA milhares e desmerece outr os po r sua nacionalidade merece outro adjetivo?), burro (você já leu os tais "Provérbios de Salomão"? São realmente ultrapassados e quase sem valor. Demonstr am a exteriorização de uma personalid ade violenta, machista ao extremo, autori tária e sem criati vidade) e, entre tantas outras coisas, IDIOTA (afinal, de que adiantava tanta "sabedoria" se no final da vida Salomão passou a prestar cul tos para Aschtarot (emanação de Béelzebub, o deus das mos cas) junto com a rainha de Sabáth? Este é Salomão, o homem da Lenda... (Desculpem essa interru pção, mas não dá mais pr a ficar inventando mentir as para engrandecer o que não merece ser admirado e colo cado num p edestal por causa de um acordo de hip ocrisias. O nome dis so é algo que não sup ort o: IDEOLOGIA. Chega disso!) Contin uando, cada grau da ordem possui uma palavra que lhe expri me a intelig ência. Não há senão uma palavra para Hiram, mas esta palavra pronuncia-se de três maneiras di ferentes. De um modo para os aprendizes, e pron unci ada por eles signifi ca natur eza e explica-se pelo trabalho. De outro modo pelos companheiros e entre eles signi fica pensamento explicando-se pelo estud o. De outro modo para os mestres e em sua boc a signi fica verdade, palavra que se explica pela sabedoria. Esta palavra é a de que servem para design ar Deus, cujo verdadeiro nom e é indi zível e incomu nicável. Assim há três graus na hierarquia como h á três portas no templo. Há três raios na luz. Há três forças na natureza. Estas for ças são figuradas pela régua que un e, a alavanca que levanta e a machadinha que firma. A rebelião dos ins tintos brutais, contra a aristo cracia hierática da sabedoria, arma-se sucessivamente destas três for ças que ela desvia da harmonia. Há três rebeldes típico s: O rebelde à natureza; o rebelde à ciência; o rebelde à verdade. Eles eram figurados n o inf erno dos anti gos pelas três cabeças de Cérbero. Eles são figur ados na Bíblia por Coié, Dathan e Abiro n. Na lenda maçonic a, eles são designados por nomes que variam segundo as ritos. O primeiro qu e se chama ordi nariamente Abiran ou assassino d e Hiram, fere o grão-mestre com a régua. É a história do usto que se mata, em no me da lei, pelas pai xões hu manas. O Segundo, chamado Mephib oseth, do nome de um pretendente ridículo e enfermo à realeza de Davi, fere Hiram com a alavanca ou a esquadria. É assim que a alavanca popular ou a esquadri a de uma louca igualdade toma-se o instru mento da tir ania entre as mãos da mul tid ão e atenta, mais infelizmente ainda do qu e a régua, à realeza da sabedoria e da virtu de. O terceiro enfim acaba com Hiram co m a machadinha, Como fazem os inst int os brutais qu ando querem fazer a ordem em nome da violênci a e do medo, abafando a inteligência. O ramo de acácia sobr e o túmul o de Hiram é como a cru z sobre nosso s altares. É o sinal da ciência que sobreve à ciência; é o raio verde que anunc ia uma outra pri mavera. Quando os homens perturbam assim a ord em da natureza, a Providênci a intervém para restabelecê-la, como Salomão para vingar a morte de Hiram. Aquele que assassinou c om a régua, morre pelo punhal. Aquele que fer iu com a alavanca ou a esquadr ia, m orrer á sob o machado d a lei . É a sentença eterna dos regici das. Aquele que triunf ou pela machadinha, cairá vítim a da for ça de que abusou e será estrangulado pelo leão. O assassin o pela régua é denunci ado pela lâmpada mesma que o esclarece e pela fonte on de bebe , isto é, a ele será aplicada a pena de talião. O assassino pela alavanca será surpreendido quando sua vigilância for deficiente como um cão adormecido e será entregue por seus cú mplices; po rque a anarquia é a mãe da traição (isso por q ue dizem que a Maçonaria é apolítica...). O leão que devora o assassino pela machadinha, é uma das form as da esfinge de Édipo . E aquele que vencer o leão merecerá suceder a Hiram na sua di gnidade. ' O cadáver putrefato de Hiram most ra que as for mas mudam, mas que o espírito f ica. A fonte de água que corre perto do p rimeiro f ascínora lembra o dilúv io que puni u os c rimes contr a a natureza. O espinheiro ardente e o arco-íris que fazem descobrir o Segundo assassino, representam a luz e a vida, denunciando os atentados contra o pensamento.
Enfim o l eão vencido r epresenta o trinunfo do espírito sobr e a matéria e a submiss io definiti va da força à inteligência. Desde o começo do trabalho do espírit o para edificar o templo da unidade, Hiram fo i mo rto muitas vezes e ressuscita sempre. É Adonis m orto pelo javali; é Osíris assassinado por Tífon. É Pitágoras proscrito, é Orfeu despedaçado pelas bacantes, é Moisés abandonado nas cavernas do Monte Neba, é Jesus m orto por Caifás, Judas e Pilatos. Os verdadeiros maçons são pois os que persistem em querer construi r. o templo, segundo o p lano de Hiram. Tal é a grande e principal lenda da maçonaria; as outras são m enos belas e menos prof undas, luas não pensamos dever div ulgar-se-lhe os mistéri os, e se bem que não tenhamos recebido a inic iação senão de Deus e de nossos t rabalhos, consideramos o segredo da alta maçonaria como o no sso. Chegado por nossos esforços a um grau científico que nos im põe silêncio, não nos julgamos melhor empenhados por nossas convicções do qu e por um jur amento. A ciência é u ma nobreza que obriga a não desmerecemos a c oroa p rinc ipesca dos Rosacruzes. Nós não cremos tamb ém na ressur reição de Hiram. Os ritos da maçonaria são destinados a transmitir a lembrança das lendas da inici ação e a cons ervá-la entre nossos ir mãos. Pergmit a-nosào talvez como, se a maçonaria é tão sub lime e tão santa, pôde ela ser proscr ita e tantas vezes condenada pela igreja. Já respon demos a esta questão, falando das cisõ es e das profanações da maçonaria. A maçonaria é a gnose e os falsos gnóstieos fizeram condenar os verdadeiros . O que os obrig a a esconder-se, não é o temor da luz, a luz é o que eles querem, o que eles procuram, o que eles adoram. Mas eles temem os prof anadores, isto é, os falsos i ntérpr etes, os caluniadores, os céticos de sorriso estúpido, os ini migos de toda crença e de toda moralidade. Em nosso tempo aliás um grande numero de homens que se julgam f rancos-maçons, igno ram o sentido que seus rit os e perderam a chave de seus mistérios. Eles não comp reendem mesmo mais seus quadros si mból icos , e não entendem mais nada dos sinais hieroglíiicos com q ue são pintados os tapetes de suas lojas. Estes quadros e estes si nais são páginas do liv ro da ciência absolut a e univ ersal. Podem ser lidas com o auxílio das chaves cabalísticas e não têm nada de oculto p ara o iniciado que possui as clavículas de Salomão. A maçonaria foi não somente profanada mas serviu m esmo de véu e de pretexto às cabalas da anarquia, pela influênci a oculta dos vi ngadores de Jaques de Molay, e dos continuadores da obra cism ática do templo . Em lugar de vingar a mort e de Hiram, vingaram-se seus assassinos. Por enquanto é só.