VELHICE Ciclo Vital e Aspectos Sociais
Formadora:
Dr.ª Liliana Liberato - Gerontologa
Ciclo vital Todo o ser vivo nasce, reproduz-se e morre… Ou seja, o ciclo vital começa com concepção e termina com a morte!!!
Ciclo vital O aumento da esperança média de vida gerou um crescimento acentuado da população idosa, o que criou problemas, devido à falta de preparação da sociedade para esta realidade. Como se pode verificar, por exemplo, ao nível dos sectores – social e da saúde.
Ciclo vital Para melhor compreender-mos esta realidade é importante perceber as diversas etapas de desenvolvimento do ser humano, que se caracterizam por tarefas biopsicossociais.
Tarefas de desenvolvimento – são aquelas que a pessoa deve cumprir para garantir o seu desenvolvimento e consequente ajustamento psicológico e social.
Ciclo vital São tarefas com as quais as pessoas satisfazem as suas necessidades pessoais e garantem o desenvolvimento e manutenção de padrões sociais e culturais. Desta forma dão sustentação ao progresso social e cultural e em consequência ao bem-estar do indivíduo.
Ciclo vital Segundo Netto, são “lições” que as pessoas devem aprender ao longo da sua existência para se desenvolverem de forma satisfatória e terem êxito na vida.
Ciclo vital As tarefas não são estanques em cada etapa, embora algumas sejam preferencialmente típicas de uma determinada fase. Em cada fase todas se relacionam entre si e o prejuízo numa das tarefas pode comprometer o desenvolvimento futuro dessa tarefa ou de outras.
Ciclo vital Assim, como o individuo, a família passa por estágios de desenvolvimento, conduzindo ao crescimento e à transição para um novo nível necessário e importante no ciclo vital: Formação do Casal Família com filhos Pequenos; Família com Filhos na Escola; Família com Filhos Adolescentes Família com Filhos Adultos
Velhice e as Tarefas do Desenvolvimento Psicológico
As tarefas são básicas em cada sequência do ciclo de vida; Há uma expectativa social de que as pessoas em cada sequência cumpram com êxito as suas tarefas; Na última parte do ciclo também a pessoa idosa tem tarefas de desenvolvimento a cumprir, de modo a ser feliz e a ter qualidade na sua vida.
Velhice e as Tarefas do Desenvolvimento Psicológico Infância Tarefa Básica: Dominar a leitura e a escrita Servirá de instrumento para a sua independência, para uma comunicação mais ampla e efectiva, que posteriormente facilitarão as escolhas de formação e profissionalização, entre outras possibilidades.
Velhice e as Tarefas do Desenvolvimento Psicológico Adolescência
Tarefa Básica:
Formação Pessoal, Emancipação
Relacionam-se com a fase anterior e prolongam-se para o período subsequente. permite a autonomia e independência.
Velhice e as Tarefas do Desenvolvimento Psicológico Adulto
Tarefa Básica: Responsabilidades cívicas e sociais; Estabelecer e manter um padrão económico de vida; Ajudar os filhos a serem futuros adultos responsáveis e felizes; Desenvolver actividades de lazer; Relacionamento com o(a) esposo(a) Aceitar e ajustar-se às mudanças físicas da meia-idade e ajustar-se aos pais idosos.
Velhice e as Tarefas do Desenvolvimento Psicológico Velhice Tarefas Básicas: Ajustar-se ao decréscimo da força e saúde; Ajustar-se à reforma; Ajustar-se à morte do(a) esposo(a) Estabelecer filiação a um grupo de pessoas idosas; Manter obrigações sociais e cívicas assim como investir no exercício físico satisfatórios para viver bem a VELHICE.
Velhice e as Tarefas do Desenvolvimento Psicológico Educação para o envelhecer Cumprir todas as tarefas é importante, como é importante também que o idosos conte com o apoio da família, da sociedade e dos profissionais que actuam na área. dessa forma, ele poderá ter uma velhice bem sucedida e usufruir do prazer de ser e de viver, contribuindo para o bem de todos…
Teorias sobre o envelhecimento psicossocial
Segundo Papaleo Netto: O envelhecimento é um processo; A velhice é uma fase da vida; E o velho ou idoso é o resultado final.
Teorias sobre o envelhecimento psicossocial
Envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, com modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo à morte.
Envelhecimento são as mudanças morfofuncionais ao longo da vida, que ocorrem após a maturação sexual e que, progressivamente, comprometem a capacidade de resposta dos indivíduos ao estresse ambiental e à manutenção da homeostasia.
Teorias sobre o envelhecimento
Diversas Teorias envelhecimento.
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desenvolvidas
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Julga-se que o envelhecimento físico é resultante da ação de vários mecanismos: disfunção do sistema imunológico; programação genética e lesões celulares; modificações das moléculas de DNA e de radicais livres; e controle neuroendócrino da atividade genética e neurofuímico.
Teorias Biológicas sobre o envelhecimento
Envelhecer é um fenômeno natural dos seres humanos. As terias biológicas tentam encontrar determinantes ou marcadores dessa fase da vida. Os biólogos definem esta fase, como uma série de mudanças letais que diminuem as probabilidades de sobrevivência do indivíduo.
As primeiras teorias fundamentavam-se em aspectos fisiológicos e, mais tarde, bioquímicos. Hoje, com o advento da genética, consideram-se os aspectos moleculares. As principais teorias biológicas são: imunológica, genética, erro da síntese protéica, uso e desgaste, radicais livres e neuro-endócrina.
Teorias Biológicas sobre o envelhecimento
Teoria Imunológica Defende que as transformações imunológicas resultantes do envelhecimento resultam na formação de anticorpos que atacam as células sãs do organismo. Portanto, o sistema imunológico não conseguiria distinguir as células sãs existentes no organismos das substâncias estranhas.
Teorias Biológicas sobre o envelhecimento
Teoria do Uso e Desgaste Os teóricos crêem que o organismo humano funciona como uma máquina, cujas partes se estragam com o uso. Esse desgaste provocaria anomalias que parariam os seus mecanismos. Embora desatualizada, a teoria persiste, pelo fato de se reforçar nas observações quotidianas. Exemplo: para os idosos - o exercício da mente.
Teorias Biológicas sobre o envelhecimento
Teoria dos Radicais Livres O princípio desta teoria é que a longevidade seria inversamente proporcional à extensão do dano oxidativo e diretamente proporcional à actividade das defesas antioxidantes. De acordo com essa teoria, o envelhecimento e a morte celular provêm de efeitos nefastos causados pela formação dos radicais livres a biomoléculas diferentes. Essa teoria estimula o uso de fármacos e a prática de terapias supostamente “antienvelhecimento”, difundidas na década de 1990 no Ocidente e que até hoje refletem acções individuais de crenças e consumismo voltados para o rejuvenescimento.
Teorias Biológicas sobre o envelhecimento
Teorias neuroendócrinas Grupo de teorias que postulam a falência progressiva das células com funções integradoras entre o organismo e o sistema nervoso, levando ao colapso da homeostasia corporal, a senescência e à morte. Para os pesquisadores, a longevidade seria regulada por um relógio biológico que agiria sobre as glândulas endócrinas, sobretudo na hipófise, a fim de provocar falhas nos sistemas imunológico e circulatório. Os relógios hipofisários ou celulares desencadeariam processos humanos como crescimento, puberdade, menopausa e envelhecimento.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento São classificadas de acordo com as gerações, para que seja possível conhecer as suas origens intelectuais e a contribuição das teorias anteriores para novas explicações. A primeira geração compreende teorias elaboradas entre 1949 e 1969. A análise incide no indivíduo, sendo abordados os papéis sociais e as normas para explicar o ajustamento ao inevitável declínio decorrente do envelhecimento - nível microssocial.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento
A segunda geração abrange teorias elaboradas entre 1970 e 1985, que se concentram nas transformações das condições sociais, as quais influenciam o processo de envelhecimento e a situação social dos idosos - nível macrossocial.
A terceira geração agrupa teorias que criticam e sintetizam as proposições das anteriores a aliam os níveis micro e macrossocial de análise.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento
Teorias sociológicas da 1 geração: Teoria do afastamento – Cumming e Henry (1961) Esta teoria representa a primeira tentativa de explicar o processo de envelhecimento e as mudanças nas relações entre o indivíduo e a sociedade, com base nas proposições do funcionalismo estrutural à análise da condição do idoso e de suas reações psicológicas e sociais diante da velhice. Ela propõe que o afastamento seja considerado natural e espontâneo, reforçando a idéia de que o decréscimo nas interações sociais é inerente ao processo de envelhecimento e, por isso, inevitável.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento Teorias sociológicas da 1 geração: Teoria do afastamento – Cumming e Henry (1961)
O afastamento é proposto como um pré-requisito funcional para a estabilidade social. A teoria admite que, para manter o equilíbrio, todo sistema social precisa promover o afastamento de seus idosos, daí a idéia de universalidade do processo.
A teoria aborda o processo de envelhecimento apenas sob a óptica das demandas e dos requisitos da sociedade, ou seja, o idoso é visto como agente passivo do sistema social.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento Teorias sociológicas da 1 geração: Teoria da actividade – Havighurst (1968)
Segundo esta teoria, o declínio das atividades físicas e mentais associado à velhice é um fator determinante das doenças psicológicas e da retracção social do idoso. O interesse em manter os mesmos níveis de actividade dos estágios anteriores da vida adulta contribui de forma significativa para um envelhecimento bem sucedido. Para a manutenção do autoconceito positivo, os idosos devem substituir os papéis sociais perdidos com o processo de envelhecimento por novos papéis, de modo que o bem-estar na velhice seja o resultado do incremento de actividades relacionadas a esses novos papéis sociais.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento Teorias sociológicas da 1 geração: Teoria da actividade – Havighurst (1968) A teoria reforça o poder do pensamento positivo, que, por sua vez, enfatiza o senso comum sobre o envelhecimento bem-sucedido. Questiona-se o exagero deste reforço, segundo o qual “o idoso não pode queixar-se, sentir ou verbalizar suas dificuldades, para não se comportar como velho” nos grupos de terceira idade. É preciso estimular o pensamento positivo, mas não reprimir as dificuldades da vida.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento
Teorias sociológicas da 1 geração: Teoria da actividade – Havighurst (1968)
A teoria da actividade continua a influenciar os movimentos sociais de idosos e orienta proposições nas áreas do lazer e da educação não formal, afirmando que eles são veículos privilegiados para a promoção do bem-estar na velhice.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento Teorias sociológicas da 1 geração: Modernização – Cowgill e Holmes (1972)
O conceito de modernização refere-se ao processo de industrialização que conduz a mudanças estruturais particulares a cada contexto histórico e cultural. O argumento central é que o estatuto dos idosos está diretamente ligado ao grau de industrialização da sociedade. Ela define como declínio do estatuto a redução nos papéis de liderança, no poder e na influência, bem como o afastamento do idoso da vida e da sua comunidade. Essa teoria preocupa-se com a exclusão dos idosos.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento Teorias sociológicas da 1 geração: Modernização – Cowgill e Holmes (1972)
Há quatro fatores destacados pelo autor para explicar assuas proposições: 1. Tecnologia científica: leva à criação de novas ocupações profissionais em contextos urbanos, absorvendo os jovens e tornando obsoletos os conhecimentos e as aptidões das pessoas mais velhas. Esse facto foi realmente muito marcante no processo de industrialização, no qual se rompe com o trabalho artesanal passado de geração em geração pelos mais velhos e se inicia o trabalho mecânico, em série e grande escala.
Teorias Sociológicas sobre o envelhecimento
Teorias sociológicas da 1 geração: Modernização – Cowgill e Holmes (1972) 2. Urbanização: inclui a separação entre trabalho e a vida doméstica e o distanciamento geográfico entre os jovens migrantes urbanos e suas famílias, acarretando mudanças profundas nas relações intergeracionais. Atualmente, vive-se o drama da diminuição do núcleo familiar (do número de filhos) e da saída da mulher do lar para o trabalho; dessa forma, a mesma mulher que cuidava dos mais velhos começou a ser substituída pelos cuidadores informais ou, como são conhecidos, pelos acompanhantes de idosos.
Relações Familiares e Envelhecimento
As relações pais e filhos são simétricas ? Para a maioria das pessoas os pais têm deveres para com os filhos.
Para outros os filhos têm deveres para com seus pais.
Relações Familiares e Envelhecimento
Gerar um filho acarreta um vínculo perene de responsabilidades, principalmente durante os primeiros anos de vida. Este vínculo moral se manifesta desde o planeamento da sua concepção. Aristóteles já afirmava que os pais tinham deveres associados e obrigatórios de cuidarem de seus filhos.
Relações Familiares e Envelhecimento Para alguns é discutível se os filhos têm deveres para com seus pais. Aristóteles, na Ética a Nicômacos, propunha que a dívida dos filhos para com os seus pais era impagável.
Myers e colaboradores propõem que: "quando se trata de prover a subsistência, temos de ajudar nossos pais antes de quaisquer outras pessoas, já que lhes devemos a nossa subsistência até certa idade “Segundo Jane English “os deveres dos filhos adultos são aqueles dos amigos, e resultam do amor entre eles e seus pais, ao invés de ser uma obrigação de retribuição aos sacrifícios anteriores de seus pais”.
Relações Familiares e Envelhecimento Questões para discussão: Convivência intergeracional Abuso ao Idoso Motivação para o cuidado Envelhecimento em Familia
A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adopção. Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco. A família como unidade social, enfrenta uma série de tarefas de desenvolvimento, diferindo a nível dos parâmetros culturais, mas possuindo as mesmas raízes universais
A família assume uma estrutura característica. Por estrutura entende-se, “uma forma de organização ou disposição de um número de componentes que se inter-relacionam de maneira específica e recorrente”
A família pode então, assumir uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste num homem, numa mulher e nos seus filhos, biológicos ou adoptados, habitando num ambiente familiar comum. Existem também famílias com uma estrutura de pais únicos ou monoparental, tratando-se de uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a fenómenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou adopção de crianças por uma só pessoa.
A família ampliada ou extensa (também dita consanguínea) é uma estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais os parentes directos ou colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos.
Para além destas estruturas, existem também as denominadas de famílias alternativas, sendo elas as famílias comunitárias e as famílias homossexuais. As famílias comunitárias, ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total responsabilidade pela criação e educação das crianças se cinge aos pais e à escola, nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças da responsabilidade de todos os membros adultos. Nas famílias homossexuais existe uma ligação conjugal ou marital entre duas pessoas do mesmo sexo, que podem incluir crianças adoptadas ou filhos biológicos de um ou ambos os parceiros (Idem).
Relações pessoais que se apresentam numa família: 1.a de aliança (casal), 2.a de filiação (pais e filhos) 3.a de consanguinidade (irmãos).
A família é um sistema social uno, composto por um grupo de indivíduos, cada um com um papel atribuído Em todas as famílias, independentemente da sociedade, cada membro ocupa determinada posição ou tem determinado estatuto, como por exemplo, marido, mulher, filho ou irmão, sendo orientados por papéis. Papéis estes, que não são mais do que, “as expectativas de comportamento, de obrigações e de direitos que estão associados a uma dada posição na família ou no grupo social
Papel do adultos na família: 1. 2. 3. 4.
5.
6. 7. 8.
“socialização da criança”, relacionado com as actividades contribuintes para o desenvolvimento das capacidades mentais e sociais da criança; “cuidados às crianças”, tanto físicos como emocionais, perspectivando o seu desenvolvimento saudável; “papel de suporte familiar”, que inclui a produção e/ ou obtenção de bens e serviços necessários à família; “papel de encarregados dos assuntos domésticos”, onde estão incluídos os serviços domésticos, que visam o prazer e o conforto dos membros da família; “papel de manutenção das relações familiares”, relacionado com a manutenção do contacto com parentes e implicando a ajuda em situações de crise; “papéis sexuais”, relacionado com as relações sexuais entre ambos os parceiros; “papel terapêutico”, que implica a ajuda e apoio emocional aquando dos problemas familiares; “papel recreativo”, relacionado com o proporcionar divertimentos à família, visando o relaxamento e desenvolvimento pessoal.
Funções da família regem-se por dois objectivos: 1. protecção psicossocial dos membro; 2. acomodação a uma cultura e sua transmissão. Funções familiares: 1. “geradora de afecto”, entre os membros da família; 2. “proporcionadora de segurança e aceitação pessoal”, promovendo um desenvolvimento pessoal natural; 3. “proporcionadora de satisfação e sentimento de utilidade”, através das actividades que satisfazem os membros da família; 4. “asseguradora da continuidade das relações”, proporcionando relações duradouras entre os familiares; 5. “proporcionadora de estabilidade e socialização”, assegurando a continuidade da cultura da sociedade correspondente; 6. “impositora da autoridade e do sentimento do que é correcto”, relacionado com a aprendizagem das regras e normas, direitos e obrigações características das sociedades humanas.
Família: Para o bébé – resume-se ao pai e a mãe Para o Adolescente – acrescenta-se irmãos e Tios Para o Idoso – Filhos e netos
Alterações Estruturais da Família Família Americana - “ When will you sart your family” - “What will you do when your family was left”
• A família Americana começa quando um individuo casa e tem filhos (se não tiverem filhos não são considerados família). • A família termina quando os filhos saem de casa
Alterações Estruturais da Família Família Americana • Os pais preparam desde cedo a saída dos filhos – processo doloroso do ponto de vista emocional
•“Self made man” – o homem que se faz a ele próprio •“American Dream” – mobilidade social (passagem de estrato social para o outro)
Alterações Estruturais da Família Família Americana • Consequências deste conceito de Família: 1. Self made man / American Dream 2. Retiro para a Florida 3. A noção de família Americana e pensada para a liberdade das gerações 4. Generation Cap – conflito de Gerações 5. A própria herança pode não ser deixada aos filhos
Alterações Estruturais da Família Família Americana • Implicações Gerontologicas: Os pais não podem ficar a cargo dos filhos. Quem vai tratar dos pais? •
Nos últimos 50 anos desenvolveram-se as caixas de assistência de Reforma que são administradas pelo Estado.
Fenómenos Estruturantes das Relações familiares na Família Ocidental Contemporânea Industrialização
Urbanização Desestruturação espaço tempo
Fenómenos Estruturantes das Relações familiares na Família Ocidental Contemporânea Industrialização Grande parte da população activa em Portugal passou da agricultura para a industria. O processo de industrialização ocorreu sobretudo no litoral, assim como a urbanização este processo começou no sec. XX no nosso pais, nos outros países Europeus começou bastante mais cedo.
Fenómenos Estruturantes das Relações familiares na Família Ocidental Contemporânea Factores que derivam destas alterações: 1. Dimensão da habitação (diminuiu e adaptou-se para a família nuclear 2. Valorização do Individuo Activo 3. Papel da mulher (aumento da variedade de papeis da mulher) 4. Desfamiliarizaçao das relações familiares
Fenómenos Estruturantes das Relações familiares na Família Ocidental Contemporânea Factores que derivam destas alterações: 5. Diminuição das relações Inter-geracionais 6. Perda das Redes de Solidariedade familiares e vizinhança 7. Perda da expressão rural e urbana das redes de solidariedade
Fenómenos Estruturantes das Relações familiares na Família Ocidental Contemporânea Papel da Mulher:
Com a Industrialização o papel da mulher torna-se mais independente Torna-se mais fácil a família nuclear desagregar-se Alteração do papel de Cuidadora (as crianças vão para as creches e escolas e os Idosos são institucionalizados)
TRABALHOS DE GRUPO
1. O que mudou no papel da mulher? Que influencias tem para o Idoso? 2. Qual o Papel do Idoso no século XXI? 3. Isolamento do Idoso no meio rural e meio urbano (o que o provocou, o que o caracteriza, que soluções se encontram disponíveis?) 4. Representação da morte (que alterações ocorreram?) 5. Reforma (alteração da vida activa, planear a reforma) 6. Que Respostas institucionais, existem? Pensar novas respostas?
MITOS E ESTEREOTIPOS O estereótipo nada mais é do que um padrão de comportamento, previsto, que acredita-se característico e esperado em relação a determinada pessoa individualmente ou a todos membros de um grupo social, cultural, profissional ou etário. O estereótipo seria um conjunto de características, positivas e/ou negativas, que atribuímos a um grupo de pessoas de maneira generalizada, ou seja, consideram que todos os elementos de um grupo agem/são da mesma forma. O estereótipo também pode ser uma forma simplista e redutiva de retratar uma pessoa ou um determinado grupo, instituição ou cultura. Alguém pode achar que uma pessoa, por ser idosa, agirá de uma determinada maneira. O que necessariamente não acontece, uma vez que há inúmeros tipos de idosos, cada qual com a sua personalidade e singularidades.
CARACTERÍSTICAS RELACIONADAS AOS IDOSOS Estériotipos Negativos: Doença Morte Solidão
Perda de Memória Diminuição de Habilidades Físicas e Sensoriais
Estereótipos positivos: Sabedoria Amabilidade
Generosidade Solidariedade Bondade Concelheiros
Cultura que edifica a juventude
NO MUNDO CIVILIZADO DE HOJE, A VELHICE É TIDA COMO UMA DOENCA INCURÁVEL, COMO UM DECLINIO INEVITAVEL, QUE ESTÁ VOTADO AO FRACASSO
Estereótipos mais frequentes relativos aos idosos (Chanpagne e Frennet, 1997)
Os idosos não são sociáveis e não gostam de se reunir; Divertem-se e gostam de rir Temem o futuro Gostam de jogar cartas e outros jogos; Gostam de conversar e contar as suas recordações; Gostam do apoio dos filhos; São pessoas doentes que tomam muita medicação Fazem raciocínios senis Não se preocupam com sua aparência; São muito religiosos e praticantes; São muito sensíveis e inseguros; Não se interessam pela sexualidade; São frágeis para fazer exercícios físicos; São na maioria pobres.
Estão ligados a traços de personalidade e a fatores socioeconômicos!!!
Não estão relacionados ao Envelhecimento!!!!!!!
Mito
É uma construção do espírito que não se baseia na realidade e por isso constitui uma representação simbólica;
Conjunto de expressões feitas ou eufemismos, que mantemos relativamente aos idosos: “ela tem um ar jovem para a idade”;”idade de ouro”;”melhor idade”...
Os mitos escondem muitas vezes uma certa hostilidade, e impedem o contato verdadeiro com os idosos
Origem dos Estereótipos e Mitos
Desconhecimento do processo de envelhecimento
Velhice não é Doença! 82%
dos idosos estão bem de saúde
Envelhecemos
como vivemos (fatores culturais e socioeconômicos ao longo da vida).
A pessoa idosa não volta a ser criança!
Encobre o estereótipo da fragilidade da velhice;
“vózinha, idosinho...”
queridinho,
fragilzinho,
As pessoas idosas não são todas iguais! Cada
pessoa envelhece de um jeito, As mudanças biológicas do envelhecimento ocorrem de maneiras diferentes em cada individuo, Cada um de nos possui um ritmo próprio de mudanças e adaptações, Somos seres únicos ...
A velhice é a melhor idade?
Não é uma verdade para todos os idosos, Eufemismo que encobre as desigualdades presentes em nossa sociedade, Afasta os idosos da reflexão do lugar que o velho tem na sociedade – o “desempodera” Desconsidera o princípio de uma sociedade para todas as idades
Melhor idade é aquela em que a pessoa está feliz consigo mesma, independe da idade cronológica!!
As pessoas idosas não são um peso para a sociedade!
A geração actual de idosos gerou riqueza para a humanidade Muitos, idosos, geram riqueza As pensões e aposentadorias de idosos tem importante papel no sustento de muitas famílias no Brasil A longevidade é uma conquista da humanidade!
Velhice não e sinônimo de perda de autonomia
Aspectos econômicos, sociais e de saúde interferem na manutenção da autonomia
A promoção da autonomia deve ser prática frequente
Isto não é normal para a idade
Não existe nenhuma doença que seja normal da idade
Falta de vontade, confusão mental, esquecimentos, sonolência, dores, quedas, osteoporose, incontinência urinária, etc. não são aceitáveis e devem ser investigadas de forma apropriada.
A pessoa idosa deve ter uma excelente qualidade de vida
O idoso não pode ser excluído da decisão do que e mais importante e significativo para ele
Imperativo ético que deve ser seguido por todos os profissionais que lidam com idosos
A dieta da pessoa idosa não deve ser restrita
Somente um médico ou nutricionista é capaz de orientar adequadamente uma dieta
A pessoa idosa não deve praticar atividade física! A atividade física traz benefícios para todas as faixas etárias e todos estados funcionais, desde que bem orientadas
Ele ou ela é muito velho para ser submetido a isto ou aquilo...
Os direitos a acesso a serviços, a programas sociais, participação na sociedade são invioláveis
Outros mitos....
Criados sempre desconhecimento....
a
partir
do
Educação DA SOCIEDADE é FUNDAMENTAL
Os estereótipos e mitos
São elementos impeditivos na procura de soluções precisas e de medidas adequadas as pessoas idosas
Levam as pessoas a adotarem medidas e comportamentos inadequados face aos idosos
É urgente o seu combate!!!!!!!!!!!
BARREIRAS Impedimentos, obstáculos que dificultam a mobilidade, o acesso e a integração
ECONÔMICAS
Arquiteta FLAVIA BONI LICHT -
[email protected]
Libertemos os velhos da nossa fatigante bondade. Que exagerem, se lhes der vontade, na comida e na bebida, esqueçam de tomar o remédio, fumem, apanhem sol, chuva, sereno. É nas imprudências que ainda encontram o gosto pela vida. Não ter muito juízo é a sabedoria da velhice. (Paulo Mendes Campos)