• M ATR IZES DE C O N T E Ú D O S • T E S T E S D E DIAGNÓSTICO • T E S T E S D E A V A LIA ÇÃ O • CEN Á R IO S DE R ES P O S TA
SEN TID O S PORTUGUÊS ANA CATARINO CÉLIA FONSECA ISABEL CASTIAJO MARIA JOSÉ PEIXOTO
01 02 03
| |
i
04
1
H
Matrizes de conteúdos dos testes
3
Testes de diagnóstico ..
17
Teste de diagnóstico n.° 1
18
Teste de diagnóstico n.° 2
24
Testes de avaliação
31
Teste de avaliação n.° 1 .
32
Teste de avaliação n.° 2 .
36
Teste de avaliação n.° 3 .
40
Teste de avaliação n.° 4 .
45
Teste de avaliação n.° 5 .
50
Teste de avaliação n.° 6 .
55
Teste de avaliação n.° 7 .
61
Teste de avaliação n.° 8 .
65
Teste de avaliação n.° 9 .
69
Teste de avaliação n.° 10
73
Teste de avaliação n.° 11
77
Cenários de resposta
81
Nota de Editor Este projeto, por determinação do Ministério da Educação e Ciência, encontra-se de acordo com a norma ortográfica, com exceção dos textos de Educação Literária (poesia trovadoresca, Fernão Lopes, Gil Vicente e Luís Vaz de Camões).
02. T E S T E S D E D IA G N O S T I C O
GRUPO I PARTE A Leia o texto. Em caso de necessidade, consulte o glossário apresentado. Se estás a ler estas páginas é porque estás vivo
Não quero enganar ninguém. Sobretudo, não me quero enganar a mim próprio. Detesto perder tempo. Sempre confiei nos livros. - Viajar é interpretar. Duas pessoas vão ao mesmo país e, quando regressam, contam histórias diferentes, descrevem os naturais desse país de maneiras diferentes. Uma diz que são simpáticos, s a outra diz que são antipáticos. Uma diz que são tímidos, a outra diz que não se calam durante um minuto. Isto é radicalmente verdade em relação à Coreia do Norte. O secretismo e as enormes idiossincrasias1 desta sociedade fazem com que o olhar do visitante seja muito conduzido por aquilo que leu em livros antes de chegar. Ao fazê-lo, parece-me, acaba to por procurar na paisagem exemplos do que já sabe. Por isso, a interpretação que cada um faz de pende dos livros que leu. Para quem procure esclarecimento, os guias norte-coreanos são de pouca utilidade. Sabem de cor todos os números e datas, mas falham na descrição de outros dados também objetivos: a his tória da guerra da Coreia, o desenvolvimento do país, as qualidades dos líderes, etc. Se as questões is não lhes interessam, mudam de assunto ou respondem qualquer coisa só para despachar. Quando se escondem tanto, estimula-se a imaginação na mesma medida. O cérebro propõe hipóteses para as perguntas que não são respondidas. É essa a natureza do cérebro. Além disso, a intensa extravagância da lógica a que se chegou na Coreia do Norte faz com que essa mesma extravagância, comprovada em inúmeros casos, seja seguida em muitos outros que 20 estão por comprovar. Se a imparcialidade é sempre impossível, na Coreia do Norte é mais impossível ainda. Às vezes, parece que ninguém tem toda a informação. Ninguém. Não existe um único indivíduo que detenha toda a informação sobre o que se passa de facto. Nem de um lado da fronteira, nem do outro, nem os guias, nem os serviços secretos, nem o líder. 25 Com frequência, senti que apenas me restava o papel de testemunha alucinada, tentando dis tinguir a realidade real da realidade retórica apenas através do instinto. Não foi por acaso que escolhi reler D. Quixote na Coreia do Norte. Como ele, basta-me ser fiel à verdade que conheço e em que acredito. Na vida, talvez seja sem pre assim. A sinceridade salva-nos perante nós próprios. 3o Se estou a escrever estas palavras é porque estou vivo. Quase no topo da colina Moran, no parque Moranbong, depois da curva ao longo do muro de pedra, estava toda a gente a dançar. De amplo sorriso, gente de todas as idades, vestida com a melhor roupa, a dançar. Muitas mulhe res de vestido tradicional, muitos homens com aquele conjunto que Kim Jong-il2 costumava usar, 35 espécie de fato de macaco, calças e casaco com um fecho à frente, muitas crianças também. Todos a dançarem, cada um para seu lado, dessincronizados. Os estrangeiros que viajavam comigo também EDI TÁVEL SENTIDOS 10 - Livro de Testes • A S A
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estavam lá no melo, a dançar com eles. Os mais tímidos, encostados ao tronco de árvores, recebiam convites sucessivos de coreanos que se aproximavam a sorrir, lhes esticavam a mão e os tentavam levar para o meio da dança. [...] José Luís Peixoto, Dentro do segredo - uma viagem na Coreia do Norte. Lisboa, Quetzal Editores, 2014, pp. 61-63.
1 idiossincrasias - comportamentos específicos de um a pessoa ou de um grupo. 2 Kim Jong-il - chefe de Estado, ditador, que, de 1994 a 2011, exerceu as funções de Líder Supremo da República Popular Democrática da Coreia do Norte e de Secretário-Geral do Partido dos Trabalhadores da Coreia - cargos m áxim os de âmbito militar e político da nação coreana.
Responda aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que Lhe são dadas. 1.
As afirmações apresentadas de (A) a (G) referem-se às impressões de José Luís Peixoto, aquando da sua viagem, em abril de 2012, à Coreia do Norte. Escreva a sequência de Letras que corresponde à ordem sequencial do relato feito. Term ine a se quência com a Letra (F). (A) Os homens usavam fatos semelhantes aos do Líder supremo da RepúbLica. (B) Ninguém consegue ser imparcial, particularmente na Coreia do Norte. (0
A imaginação é estimulada quando não se obtêm respostas para as perguntas colocadas.
(D) 0 que se lê condiciona a perceção daquilo que se vê. (E) Viajar possibilita a cada um de nós interpretar o que observa. (F) Os coreanos convidavam toda a gente a dançar. (G) Não é nos guias norte-coreanos que se encontram os esclarecim entos que procuramos. 2. Selecione, para responder a cada item (2.1. a 2.4.), a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. 2.1. Quando duas pessoas visitam o mesmo país vão (A) ter histórias iguais para contar. (B) visitar os mesmos Locais. (0
passar pelas mesmas experiências.
(D) experienciar tudo distintamente. 2.2. As opiniões sobre os norte-coreanos ou sobre algum país que se visita são condicionadas (A) por aquilo que se leu sobre o assunto. (B) peLa experiência de vida do visitante. (C) pelo que se observa no local visitado. (D) pela bagagem cultural do turista. 2.3. Na opinião do autor, os guias norte-coreanos (A) estão sempre prontos a responder às questões dos turistas. (B) esquivam-se a todo o tipo de questões, sorrindo. (C) fogem às questões de natureza político-económica coreana. (D) são muito conhecedores da história do seu país. EDITÁm SEtfflDO SlO • Livro de Testes • A S A
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2,4. O autor-narrador confessa que (A) teve uma enorme dificuldade em obter a verdade. (B) se perdeu no decurso da visita à Coreia do Norte. (0
a verdade se obtém facilmente neste país asiático.
(D) sentiu medo quando chegou à fronteira. 3.
Selecione a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto. (A) “ele" (linha 28) refere-se a “D. Quixote”. (B) “que” (linha 34) refere-se a “muitos homens”. (C) "que" (Linha 36) refere-se a "Os estrangeiros”. (D) “lhes" (linha 38) refere-se a “Os mais tím idos”. PARTE B
Leia o poema de Florbela Espanca. Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente! Amar só por amar: Aqui... além... Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente... Amar! Amar! E não amar ninguém! s Recordar? Esquecer? Indiferente!... Prender ou desprender? É mal? É bem? Quem disser que se pode amar alguém Durante a vida inteira é porque mente! Há uma Primavera em cada vida: É preciso cantá-la assim florida, Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar! E se um dia hei de ser pó, cinza e nada Que seja a minha noite uma alvorada, Que me saiba perder... pra me encontrar... Florbela Espanca, Sonetos - texto integral e estudo da obra. Porto, Paisagem Editora Lda., 1982, p. 132.
Responda, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 4.
Demonstre que 0 importante é amar, independentemente de quem.
5.
Comprove a desorientação do sujeito poético, justificando a sua resposta com elementos textuais pertinentes.
6.
Explique 0 sentido do primeiro terceto, referindo a expressividade do verbo “cantar” (verso 11 ).
7.
Indique a razão pela qual a expressão "um dia hei de ser pó” (verso 12) pode ser considerada um eufemismo. EDITÀVEL
20
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8.
Leia os versos de Eugênio de Andrade, apresentados abaixo, e a afirmação que se lhes segue.
É urgente o amor. É urgente um barco no mar. É urgente destruir certas palavras, ódio, solidão e crueldade, s alguns lamentos muitas espadas. Tanto nestes versos de Eugênio de Andrade como no soneto de Florbela Espanca, é possível ver-se um apelo ao amor. Porém, nestes últimos versos, há sugestões para que esse sentimento se possa impor, ao contrário do que acontece no primeiro poema apresentado. Defenda este comentário, explicitando as semelhanças e diferenças entre os versos dos dois autores, fundamentando a sua resposta em elementos textuais pertinentes.
PARTEC
Leia as estâncias 119 a 121 do Canto I I I de Os Lusíadas, a seguir transcritas, e responda, de forma completa e bem estruturada, ao item 9. Em caso de necessidade, consulte as notas apresentadas.
119
121
«Tu só, tu, puro Amor, com força crua, Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à molesta1 morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga, É porque queres, áspero e tirano, Tuas aras2 banhar em sangue humano.
«Do teu Príncipe ali te respondiam As lembranças que na alma lhe moravam, Que sempre ante seus olhos te traziam, Quando dos teus fermosos se apartavam; De noite, em doces sonhos que mentiam, De dia, em pensamentos que voavam; E quanto, enfim, cuidava e quanto via Eram tudo memórias de alegria.
120
«Estavas, linda Inês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruto, Naquele engano3 da alma, ledo e cego, Que a Fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos do Mondego, De teus fermosos olhos nunca enxuto, Aos montes ensinando e às ervinhas O nome4 que no peito escrito tinhas. Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas de A. J. Costa Pimpão), 4.a ed., Lisboa, Instituto Camões - Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2000.
1 lastim osa; 2 altares; 3 êxtase, enlevo; 4 o de D. Pedro
E DI TAVEl SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
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9.
Escreva um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual explicite o conteúdo das estrofes apresentadas, O seu texto deve incluir introdução, desenvolvimento e conclusão. Organize a informação da forma que considerar mais pertinente, tratando os seis tópicos apresen tados a seguir. - Indicação do episódio a que pertencem as estâncias. - Identificação das personagens referidas/aludidas. - Explicitação de um aspeto que ilustre o caráter lírico deste episódio. - Explicação do sentido dos versos “Se dizem, fero Amor, que a sede tua / Nem com lágrimas tristes se mitiga" (est. 119, w. 5-6). - Indicação da(s) razão(ões) para se dizer que Inês estava “Naquele engano da alma, ledo e cego", apelando aos seus conhecimentos sobre o episódio destacado. - Referência a uma semelhança entre o conteúdo destas estâncias e o dos versos de Florbela Espanca e de Eugênio de Andrade, relativamente à forma como o Amor é percecionado.
GRUPO II
Responda aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que lhe são dadas. 1.
Qual dos conjuntos seguintes é constituído apenas por palavras cujo processo de formação é o mesmo? (A) pinga-amor - desamor - amorosa - amante (B) ajoelhar - enfeitar - amanhecer - escurecer (C) argonauta - cosmonauta - memorização - exploração (D) porco-montês - montanha - relembrar - crueldade
2,
Associe cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de modo a identificar a classe e a subclasse da palavra destacada em cada frase.
COLUNAB
COLUNAA (A) Quando visitou a Coreia, José Luís Peixoto teve contacto com os costumes locais. (B) O visitante colocou várias questões a que ninguém respondeu.
( 1) (
conjunção subordinativa consecutiva
2 ) advérbio de inclusão/exclusão
(3) pronome indefinido (4) quantificador
(C) Só alguns guias ousavam falar da guerra. (5) conjunção subordinativa condicional (D) Dezenas de turistas queriam saber se também podiam dançar. (E) Este foi o livro que resultou da viagem.
6 pronome relativo
( )
(7) preposição (
8) pronome pessoal
EDI T AV E l 22
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C2. T E S T E S D E D IA G N Ó S T I C O
3. CompLete cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre parênteses, no tempo e no modo indicados, Pretérito imperfeito do conjuntivo Se os turistas a .___(dançar) como os coreanos teriam a sua alegria. Futuro simples do conjuntivo Quando vós b.___(visitar) a Coreia do Norte, sereis capazes de compreender as palavras do autor. Presente do indicativo José Luís Peixoto c .___(intervir) numa conferência sobre as guerras na Coreia do Norte. Pretérito perfeito composto do conjuntivo Os turistas mais tímidos são quem talvez d.___(apreciar) menos aquele país. 4. Reescreva a frase seguinte, substituindo a expressão destacada pela forma adequada do pronome pessoal e fazendo apenas as alterações necessárias. • O autor relatou-nos as aventuras vividas de forma evasiva. 5. Indique em qual das frases seguintes o grupo destacado desempenha a função sintática de com plemento oblíquo. (A) Os turistas perguntaram ao guia onde ficava o parque Moranbong. (B) Os mais tímidos assistiam ao baile encostados ao tronco de árvores. (0 Os mais ousados agarravam-se aos coreanos para dançar. (D) Alguns visitantes respondiam aos guias com entusiasmo.
6. Transcreva a oração subordinada substantiva completiva que a frase complexa que se segue integra. • 0 cérebro propõe que encontremos respostas que possam responder às nossas dúvidas, ainda que
não seja a todas.
GRUPO III Há quem considere perigoso visitar países com regimes totalitários ou com religiões fundamentalistas. Porém, alguns defendem que só o contacto com essas realidades permitirá ter uma visão correta sobre essas questões. Escreva um texto de opinião, onde apresente razões para defender ou não o contacto direto com esse tipo de realidades, referindo a sua perspetiva pessoal sobre o assunto. 0 texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras.
E DI TAVEl SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes ■ A S A
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oz
TESTE DE DIAGNÓSTICO Turma:
Nome:
Data:
GRUPO I PARTE A Leia o texto. Em caso de necessidade, consulte o glossário apresentado. Uma portuguesa em Malaca
5
10
15
20
25
30
“Cuidado, são portuguesas”, diz-me o Vasco em surdina1. O Vasco é operador de câmara. Anda mos juntos pela Ásia a filmar um documentário para a RTP2 sobre Femão Mendes Pinto. É, pois, um colega de trabalho. Mas a vida em comum entre pensões bafientas2 e autocarros desengonça dos, as dificuldades do projeto multimédia, que, quando resolves uma nascem logo outras duas, os problemas habituais de quem viaja por conta própria - ainda por cima há pouco dinheiro, somos só os dois, nem produtor, nem sonoplasta3 nem intérprete, temos de ser nós a fazer tudo -, somando também as sinergias4 e o sentido de humor de quem olha para 0 mundo a partir da mesma pers petiva cultural (“achas normal aqueles tipos a comer lulas fritas e malaguetas ao pequeno-almo ço?”), e assim as semanas passam e o colega de trabalho passa também a ser confidente e amigo. E cúmplice. Por isso, basta a voz em surdina e um certo tipo de expressão de cautela. “São portuguesas”, diz. Cuidado com o que dizes, que palavras usas, que comentários fazes. Estão na mesa ao lado na pequena esplanada improvisada na ruazita que passa pela mesquita mulçulmana, paredes-meias5 com o templo hindu e com 0 pagode budista6. A ruazita chama-se "da harmonia” e nestes poucos metros explica-se Malaca, a velha princesa dos mares, uma pré-Singapura antes de os ingleses chegarem ao Sudeste Asiático. Em Malaca atracavam milhares de navios, comerciava-se em dezenas de idiomas, 0 porto era uma porta, daquelas abertas de par em par, para a passagem de mercadorias entre o Extremo Oriente e as várias índias, uma passagem entre 0 Pacífico e o índico. A porta estava aberta, mas os portugueses preferiram arrombar com a parede. Em 1511, Afonso de Albuquerque conquistava Malaca, um feito de armas extraordinário mas de uma crueldade pragmática7, que deixaria os por tugueses com uma reputação duradoura na Ásia. A conquista de Malaca seguia uma lógica, um desígnio8, uma quimera9: criar bases em terra para um império no mar. O império marítimo portu guês durou um século. A Malaca10 portuguesa um pouco mais, século e meio. Uma mulher está ao telefone, percebe-se que não voltará tão cedo a Portugal [...]. Meto conversa antes que inicie outro telefonema. É melhor que saiba que os dois tipos da mesa ao lado também são portugueses [...]. Em Malaca, cruzamento de povos dos mares, uma pequena comunidade católica resiste à uni formização religiosa e cultural imposta pela maioria muçulmana que governa a Malásia. Dizem-se portugueses e comovem os outros portugueses que por lá passam. [...] A comunidade é pequena e pobre, três mil pescadores, iletrados, alguns analfabetos. Portugal, Goa, Macau, os pontos de re ferência dos séculos passados, diluem-se nos enredos da História. [...] É estranho, surreal mesmo. Mas estes descendentes dos homens que com Afonso de Albuquerque conquistaram Malaca não conhecem outra realidade. [...] Gonçalo Cadilhe, Encontros marcados, Lisboa, Clube do Autor, SA, 2011, pp. 10 9 -111.
1 em voz baixa; 2 que cheira a bafio/mofo; 3 responsável pelos efeitos sonoros; 4 esforços coletivos; 5 junto de ou ao lado de; 6 templo de Buda; 7 hábil; 8 propósito, intenção; 9 fantasia, ilu s ã o ;10 cidade situada na M alásia, num estreito entre o índico e o Mar da China.
EOI TÁVEL
................ —
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
02. T E S T E S D E D IA G N Ó S T I C O
Responda aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que Lhe são dadas. 1.
As afirmações apresentadas de (A) a (G) referem-se a factos decorrentes do trabalho de Gonçalo Cadilhe e do seu colega. Escreva a sequência de letras que corresponde à ordem sequencial do relato feito. Termine a se quência com a letra (F). (A) Os hábitos culturais e alimentares malaios causam alguma estranheza aos dois visitantes. (B) A religião muçulmana convive com a hindu e a budista. (C) Vasco e Gonçalo Cadilhe vão film ar um documentário na Ásia para a RTP2. (D) As portuguesas estavam sentadas ao lado de ambos, numa esplanada. (E) Malaca já foi território português e porto com ercial estratégico, no século XVI.
Andal, pois, gonçauas, os nos só nando i persalmoamigo. aesas” ado na meias5 TOUCOS
ígleses
(F) Atualmente, são muito poucos os portugueses sediados neste território malaio. (G) O trabalho dos dois viajantes torna-se mais difícil devido aos parcos recursos de que dispõem. 2. Selecione, para responder a cada item (2.1. a 2.4.), a única opção que permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto. 2.1. O trabalho conjunto (de Vasco e de Gonçalo) gerou (A) algumas desavenças e discussões entre ambos. (B) alguma cumplicidade mas também animosidade. (0
aproximação e amizade entre os dois viajantes.
(D) vários conflitos por terem perspetivas diferentes.
2.2. 0 comentário parentético presente no primeiro parágrafo deve-se (A) a fatores xenófobos e racistas, típicos dos europeus. (B) à perspetiva europeizante dos dois visitantes.
rto era ctremo a, mas listava )s por ta, um portunversa mbém à uni;em-se iquena de reíesmo. ca não
(C) à convicção de superioridade dos portugueses. (D) à não aceitação das diferenças culturais. 2.3. A rua a que 0 autor faz referência (A) apresenta alguns vestígios da presença portuguesa. (B) foi totalm ente transformada pelos colonizadores ingleses. (C) é local de convívio de várias raças e diferentes credos. (D) é 0 retrato da pobreza e da ignorância de quem lá vive. 2.4. A conquista de Malaca por Afonso de Albuquerque (A) decorreu de forma pacífica e conciliadora. (B) resultou de uma estratégia delineada na índia. (C) foi uma iniciativa prodigiosa e ainda hoje recordada. (D) tratou-se de uma iniciativa bélica marcante. 3. Selecione a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com 0 sentido do texto. (A) "me” (linha 1) refere-se a Gonçalo Cadilhe.
10 9 -aii.
lado de; idico e o
(B) “que” (linha 13) refere-se a “ruazita". (C) “que” (linha 29) refere-se a “maioria muçulmana". (D) “que” (linha 33) refere-se a “estes descendentes dos homens".
EDITÁVEL jstes • A S A
SEIfTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
02. T E S T E S D E D IA G N Ó S T IC O
PARTEB Leia o poema de Carlos de OLiveira. Vilancete Castelhano de Gil Vicente
Por mais que nos doa a vida nunca se perca a esperança; a falta de confiança só da morte é conhecida. 5 Se a lágrimas for cumprida a sorte, sentindo-a bem, vereis que todo o mal vem achar remédio na vida. E pois que outro preço tem 10 depois do mal a bonança, nunca se perca a esperança enquanto a morte não vem. Carlos de Oliveira, Obras de Carlos Oliveira, Lisboa, Caminho, 1992, p. 143.
Responda, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem. 4. Explique 0 valor da esperança, atendendo ao conteúdo dos primeiros quatro versos. 5. Registe de que modo a sorte se pode articular com a vida.
6 . Exponha, por palavras suas, 0 conteúdo dos últimos quatro versos do poema. 7.
Estabeleça uma aproximação entre 0 poema lido e 0 aforismo popular “Para tudo na vida há solução, exceto para a morte".
8. Leia os versos de Camões, apresentados abaixo, e a afirmação que se Lhes segue. 84 «E já no porto da ínclita Ulisseia, Cum alvoroço nobre e cum desejo (Onde o licor8 1 mistura e branca areia Co salgado Neptuno2 o doce Tejo) As naus prestes estão; e não refreia Temor nenhum 0 juvenil despejo, Porque a gente marítima e a de Marte3 Estão pera seguir-me a toda a parte,
85 «Pelas praias vestidos os soldados De várias cores vêm e várias artes, E não menos de esforço aparelhados Pera buscar do mundo novas partes. Nas fortes naus os ventos sossegados Ondeiam os aéreos estandartes; Elas4 prometem, vendo os mares largos, De ser no Olimpo5 estrelas, como a de Argos.
Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas de A. Júlio Costa Pimpão), 4* ed., Lisboa, Instituto Camões - Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2000. 1 água; 2 mar; 3 os guerreiros; 4 as naus; 5 tornadas imortais
Nos versos de Carlos de Oliveira há uma espécie de apelo para que nunca se perca a esperança. Mas nas estâncias selecionadas de Os Lusíadas também é possível ver que a esperança, pelo menos na hora da partida, acompanhava os marinheiros na busca de novos mundos. Defenda esta perspetiva, explicitando possíveis articuLações entre 0 conteúdo do primeiro texto poético e 0 das estâncias camonianas selecionadas, fundamentando a sua resposta em elementos textuais pertinentes. EDITÁVE1 SENTIDOS IO • Uvro de Testes • A S A
02. T E S T E S D E D IA G N Ó S T I C O
PARTEC Leia o segmento selecionado de O Auto da índia, de Gil Vicente, a seguir transcrito, e responda, de forma completa e bem estruturada, ao item 9. Em caso de necessidade, consulte o glossário apresentado,
Ama
5
Moça, tu que estás olhando? Vai muito asinha saltando, faze fogo, vai por vinho, e a metade d'um cabritinho, enquanto estamos falando.
35
40
Ora como vos foi lá?
Marido Durou-nos três dias. As minhas três romarias Ama com outras, mais de quarenta. Marido Fomos na volta do mar, quase, quase a quartelar:6 a nossa Garça voava, que o mar se espedaçava.
Marido Muita fortuna1 passei. Ama E eu, oh, quanto chorei, quando a armada foi de cá! io E quando vi desferir2 que começastes de partir, Jesu, eu fiquei finada! Três dias não comi nada, a alma se me queria sair.
Fomos ao rio de Meca7, pelejámos e roubámos, e mui risco passámos 45 à vela, árvore seca8. Ama E eu cá esmorecer9, fazendo mil devações10, mil choros, mil orações. Marido Assi havia de ser.
15 Marido
5o Ama
Ama 20
E nós, cem léguas daqui, saltou tanto sudoeste, sudoeste e oeste-sudoeste, que nunca tal tormenta vi. Foi isso à quarta-feira, aquela logo primeira?
55
Marido Si; e começou n’alvorada. Ama E eu fui-me de madrugada a nossa Senhora d’Oliveira3,
25
3o
e co’a memória da cruz fiz-lhe dizer ua missa. E prometi-vos em camisa4 a santa Maria da Luz: e logo, à quinta-feira, fui-me ao Espírito Santo com outra missa também; chorei tanto, que ninguém nunca cuidou ver tal pranto. Correstes aquela tromenta? Andar5.
6o
Juro-vos que de saudade tanto de pão não comia a triste de mi, cada dia. . Doente, era ua piedade. Já carne nunca a comi: esta camisa 11que trago em vossa dita12 a vesti, porque vinha bom mandado13. Onde não há marido cuidai que tudo é tristura14, não há prazer nem folgura15; sabei que é viver perdido. Alembrava-vos eu lá?
Marido E como!
65
Marido Lá vos digo que há fadigas, tantas mortes, tantas brigas, e perigos descompassados16, que assi vimos destroçados, pelados c o m a f o r m i g a s .
EDITAVEL
SENTIDOS 10 ■ livro de Testes • A S A
02. T E S T E S D E D IA G N Ó S T I C O
Ama Porém vindes vós mui rico? to Marido Se não fora o capitão, eu trouxera, a meu quinhão, um milhão vos certifico. Calai-vos que vós vereis quão louçã17 haveis de sair!
m
[...] Auto da índia, in Gil Vicente, Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente, vol. II, Lisboa, INCM, 1983, pp. 357-359.
1 A expressão "fortuna" designa um acontecimento im previsível e/ou inevitável, de que decorre a perda ou o dano do navio, ou de sua carga; risco marítimo; 2 desfraldar as velas; 3 capela que se situava na Igreja de São Julião, em Lisboa, destruída pelo terremoto de 1755; 4 prometer o peso de si m esm o ou de alguém em cera; 5 prosseguir; 6 quase a pôr os quartéis, isto é, as peças com que se aum entava a grossura e o comprimento dos m astros e vergas. O termo tam bém designa o grau m áxim o de inclinação permitido à nau. O navio estava quase tom ando ou mudando de ru m o ;7 Mar Vermelho; 8 em barcação sem velas, ou com as velas amarradas; 8 perder o ânimo, a coragem ;18 devoções, cultos religiosos;11 vestim enta fem inina de dorm ir;12 vossa sorte em vossa h o n ra ;13 boas n otícias;14 tristeza;15 prazer, alegria;16 descom un ais;17 elegante
9.
Escreva um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual explicite o conteúdo do segmento textual vicentino atrás apresentado. O seu texto deve incluir introdução, desenvolvimento e conclusão. Organize a informação da forma que considerar mais pertinente, tratando os seis tópicos seguintes. - Identificação da obra e do autor. - IntencionaLidade de Gil Vicente. - Caracterização sumária das personagens destacadas, - Explicitação da conduta da Ama. - Referência ao verdadeiro objetivo da viagem à índia, por parte do Marido. - Confirmação da conduta adúltera da Ama e da falsidade percecionada nesta passagem textual.
GRUPOU
Responda aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que lhe são dadas. 1.
Qual dos conjuntos seguintes é constituído apenas por palavras cujo processo de formação é o mesmo? (A) ruazita - crueldade - cabritinho - realidade (B) norte-coreanos - engalanar - marítima - escurecer (C) exploração - paredes-meias - cabotagem - iletrados (D) surreal - peixe-espada - comunidade - dolorosa
EDITAVEL SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
02. T E S T E S D E D iA G N Ó S T IC O
2. Associe cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de modo a
identificar a classe e a subclasse da palavra destacada em cada frase. COLUNAB
COLUNAA (A) Estavam a filmar um documentário sobre
Fernão Mendes Pinto para a RTP2. (B) Quando os dois viajantes resolviam um
problema, aparecia outro. (C) Ambos tinham os problemas de quem
viajava. (D) Percebeu que a jovem não voltaria tão
cedo a Portugal. (E) Meteu conversa com aquela jovem antes que iniciasse outro telefonema.
3.
(1) lo c u ç ã o su b o rd in a tiva te m p o ra l ( 2)
pronome relativo
(3) quantificador numeral (4) conjunção subordinativa completiva (5) preposição
6 determinante indefinido
( )
(7) pronome pessoal (
8) conjunção subordinativa causal
Complete cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre parênteses, no tempo e no modo indicados, Pretérito imperfeito do conjuntivo Se os visitantes a .____ (fazer) muitos planos, não os conseguiriam concretizar. Pretérito perfeito do indicativo Quando eles b .____(propor) o documentário à RTP2, não imaginavam as dificuldades ,que iriam encontrar. Condicional composto Gonçalo Cadilhe c .____(divertir-se) mais se visitasse um país sul-americano. Pretérito mais-que-perfeito composto do conjuntivo Talvez eles d. ____ (perceber) que se deve respeitar todas as cuLturas.
4.
Reescreva a frase seguinte, substituindo a expressão destacada pela forma adequada do pronome pessoal e fazendo apenas as alterações necessárias. • O realizador participar-me-ia as dificuldades com toda a celeridade.
5. Indique em qual das frases seguintes o grupo destacado desempenha a função sintática de predi cativo do complemento direto. (A) Os visitantes viram portugueses em Malaca. (B) As jovens portuguesas estavam sentadas numa esplanada. (C) Os dois viajantes acharam a mesquita um pouco degradada. (D) Assiste-se ao cruzamento de diferentes raças nesta região asiática, 6. Transcreva a oração subordinada adjetiva relativa que a frase complexa seguinte integra. • Dizem que os portugueses que vivem em Malaca são pobres e iletrados. EDITAVEl SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • AS A
02. T E S T E S
D E D IA G N O S T IC O
GRUPO III O Auto da índia podia, na época da publicação/representação, considerar-se inovador e provocatório, uma vez que aborda uma temática nunca tratada até então. Escreva um texto de opinião, onde apresente a sua perspetiva sobre a conduta adúltera, assumida quer pelo homem quer pela mulher, referindo aspetos conducentes à assunção desse comportamento. O texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras.
EDITAVEl 30
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • AS A
03. TESTES
DE AVALIAÇÃO
T
TESTE DE AVALIAÇÃO Turma:_ _ _ _ _
Nome:
Data:
GRUPO I A Leia com atenção o texto,
Ora nom moiro, nem vivo, nem sei como me vai, nem rem1 de mi, se nom atanto que*12 ei3 no meu coraçom coita d’amor qual vos ora direi: 5 tam grande que me faz perder o sém4, e mia senhor sol nom sab’ende rem .5
l i
Nom sei que faço, nem ei de fazer, nem em que ando, nem sei rem de mi, se nom atanto que sofr’e sofri io coita d’amor qual vos quero dizer: tam grande que me faz perder o sém, e mia senhor sol nom sab’ende rem. Nom sei que é de mim, nem que sera, meus amigos, nem sei de mi rem al 15 se nom atanto que eu sofr’atal coita d’amor qual vos eu direi ja: tam grande que me faz perder o sém, e mia senhor sol nom sab’ende rem. Bonifácio Calvo, A 266/B 450, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos,
A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicação, 1983, p. 232.
1 coisa, algo; 2 se nom / atanto que: a não ser que; 3 ten h o ;4 ju ízo ;5 sol nom sab'ende rem: nem sequer sabe nada
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem. 1.
Identifique 0 tema desta composição Lírica, justificando a sua resposta com expressões do texto.
2. O sujeito lírico desta cantiga sente-se “perdido de amores". Demonstre-o. 3.
Indique a posição tomada pela “senhor" em relação aos sentimentos do sujeito poético, fundamen tando a sua resposta.
EOiTAVEL 32
SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
03. T E S T E S S E A V A L I A Ç Ã O
B Leia com atenção a cantiga de amigo que se segue.
Dizia la fremosinha: “ai, Deus, vai !1 Contestou d’amor ferida! ai, Deus, vai!” 5 Dizia la bem talhada2: “ai, Deus, vai! Contestou d’amor coitada! ai, Deus, vai! Contestou d'amor ferida! io ai, Deus, vai! Nom vem o que eu bem queria! ai, Deus, vai! Contestou d’amor coitada! ai, Deus, vai! 15 Nom vem o que eu muit’amava! ai, Deus, vai!” Dom Afonso Sanches, B 784/V 368, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos, A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicação, 1983, p. 318.
1 vale-m e 2 bem talhada: elegante, de boas formas
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 4.
Demonstre de que forma esta cantiga apresenta marcas características do texto narrativo.
5.
Estabeleça uma comparação em termos temáticos entre esta cantiga e a presente no grupo A.
GRUPOU Leia atentamente o texto.
Após ter conquistado milhares de espetadores em França, A Gaiola Dourada prepara-se agora para ser um grande sucesso comercial em Portugal, onde já foi visto por mais de catorze mil espetadores durante as suas primeiras vinte e quatro horas em cartaz. Esta imediata atração do público português por esta obra luso-francesa compreende-se perfeitamente, não só por causa da impressionante onda 5 de publicidade positiva que o filme tem recebido por parte da imprensa, mas também por causa do contagiante estilo corriqueiro desta agradável comédia familiar de Ruben Alves, onde somos apre sentados à simpática Família Ribeiro, que vive, há cerca de trinta anos, na portaria de um prédio de luxo que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital francesa. Os pilares desta afável família são Maria e José Ribeiro (Rita Blanco e Joaquim de Almeida), um simpático ca to sal de emigrantes portugueses que se tornou, com o passar dos anos, numa parte indispensável do EDITAVEL SEIfílDOS 10 • livro de Testes • AS A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
quotidiano da pequena comunidade que os acolheu e que agora os poderá perder, já que Maria e José poderão em breve concretizar o seu grande sonho de regressarem permanentemente a Portugal, onde poderão levar uma vida mais simples, pacífica e próxima das suas tradições. O problema é que nenhum dos seus amigos, vizinhos e patrões quer deixar partir esta simpática '5 família, que também está fortemente dividida, já que Maria e José parecem ser os únicos que estão dispostos a regressar às suas origens e abandonar definitivamente a sua preciosa comunidade que, durante três décadas, lhes deu tudo aquilo que eles precisavam para levar uma vida esforçada mas feliz. Será que Maria e José estão mesmo dispostos a regressar ao nosso país e a virar para sempre as costas à sua inestimável gaiola dourada? 20 Esta simples pergunta não tem de todo uma resposta óbvia, já que é a sua procura por parte dos dois protagonistas que alimenta o caricato desenrolar do prático guião desta simples mas agradável comédia luso-francesa, que denota todos os seus traços e influências francesas graças à forma re quintada e pragmática como os seus criadores construíram e decidiram contar esta simples história familiar, cujo principal apelo humano deriva da contagiante áurea popular bem portuguesa que 25 marca presença um pouco por todo o filme, e que acaba por acrescentar um reconfortante e atrativo elemento de tradição, descontração, diferenciação e diversão a esta honrosa comédia que, embora não seja abismalmente criativa ou irreverente, aposta numa história com pés e cabeça que enfatiza os dilemas e os dramas da comunidade emigrante nacional sem nunca esquecer os estereótipos culturais portugueses, que foram aqui aproveitados da melhor maneira possível para desenvolver 30 um estupendo ambiente tradicional e familiar, que tanto promove a diversão como a emoção. Para este atrativo resultado final muito contribuiu a capacidade criativa de Ruben Alves (Realizador/ Guionista), que soube aproveitar o melhor de dois mundos para criar e evidenciar esta ligeira mas francamente apelativa comédia familiar, que beneficia ainda de uma ótima prestação do seu elenco nacional e internacional.
O
http://www.p0rtal-cinema.c0m/2013/08/critica-gai0la-d0urada-2013.html (consultado em janeiro de 2015).
1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta. 1.1. O film e A Gaiola Dourada retrata uma família portuguesa que
(A) não se adaptou à vida em França e que vê agora a possibilidade de regressar ao seu país de origem.
(B) não equaciona a possibilidade de regressar a Portugal porque os seus empregos e as suas raízes estão em França. (0
O
hesita entre manter-se em França e regressar a Portugal.
(D) deseja regressar a Portugal por se sentir dispensável em França. 1.2. Segundo o autor do artigo, o filme A Gaiola Dourada é uma comédia
(A) extremamente irreverente, agradável e simples. (B) simples, contagiante e pouco tradicional. (C) divertida, emocionante e simples. (D) simples, muito criativa e marcadamente portuguesa. 1.3. A forma verbal “ter conquistado" (1.1) encontra-se no
(A) pretérito mais que perfeito composto do indicativo. (B) pretérito mais que perfeito composto do conjuntivo. (C) pretérito perfeito composto do conjuntivo. (D) infinitivo composto.
EDI TAVEL 34
SENTIDOS 10 - Livro de Testes ■ A S A
03, T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
1.4. Na frase "A Gaiota Dourada prepara-se agora para ser um grande sucesso comercial em Por
tugal, onde já foi visto por mais de catorze mil espetadores durante as suas primeiras vinte e quatro horas em cartaz" (ll. 1-3), a expressão sublinhada desempenha a função sintática de (A) predicativo do complemento direto. (B) predicativo do sujeito. (0
complemento agente da passiva,
(D) complemento oblíquo. 1.5. O termo “corriqueiro” (L 6) é antónimo de
(A) lento.
(C) inquietante.
(B) invulgar.
(D) subtil.
1.6. O p r o c e s s o
fo n o ló g ic o o c o rrid o na p a s s a g e m de s t i l u - p a ra " e s tilo " (L. 6) é a
(A) prótese. (B) epêntese. (0
paragoge.
(D) síncope. 1.7. Na frase “Esta simples pergunta não tem de todo uma resposta óbvia, já que é a sua procura por
parte dos dois protagonistas que alimenta o caricato desenrolar do prático guião desta simples mas agradável comédia luso-francesa” (ll. 20-23), o determinante possessivo “sua” refere-se a
2.
(A) pergunta.
(C) caricato.
(B) resposta.
(D) comédia.
Responda de forma correta aos itens apresentados. 2.1. Retire do primeiro parágrafo do texto três palavras que pertençam ao campo lexical de cinema. 2.2. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em “somos apresen
tados à simpática Família Ribeiro, que vive, há cerca de trinta anos, na portaria de um prédio de luxo" (ll. 7-8). 2.3. Explique o significado literal do vocábulo “capitaL" (l. 8), sabendo que a palavra latina significa 'cabeça'.
c a p it ia
GRUPO III Escreva um texto expositivo, com um mínimo de 120 e um máximo de 150 palavras, no qual apresente as principais diferenças entre as cantigas de amigo e as cantigas de amor. O seu texto deve incluir uma parte introdutória, uma de desenvolvimento e uma conclusão e incluir os aspetos abaixo apresentados. • Origem. • Objeto. • Sujeito de enunciação. • Características da figura feminina. • Características da figura masculina. • Ambiente.
EDITAVEl
SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
03. TESTES DE AVALIAÇÃO
A Leia com atenção a cantiga de escárnio que se segue.
De vós, senhor, quer’eu dizer verdade e nom ja sobr’ [o] amor que vos ei1: senhor, bem [moor]*12 á vossa torpidade3 de quantas outras eno mundo sei; s assi de fea come de maldade nom vos vence oje senom filha dum rei. [Eu] nom vos amo nem me perderei, u4 vos nom vir, por vós de soidade. E se eu vosco na casa sevesse5 10 e visse vós e a vossa color, se eu o mundo em poder tevesse, nom vos faria de todos senhor, nem dtoutra coisa onde sabor ouvesse. E d'ua rem seede sabedor: is que nunca foi filha d’emperador que de beldade peor estevesse. Todos vos dizem, senhor, com enveja, que desamades eles e mi nom. por Deus, vos rogo que esto nom seja 20 nem façades cousa tam sem razom: amade vós [o] que vos mais desseja, e bem creede que eles todos som; e se vos eu quero bem de coraçom, leve-me Deus a terra u vos nom veja. Pero Larouco, B 612 /V 214, B 784/V 368, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos, A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicação, 1983, p. 182.
1 tenho; 2 maior; 3 estupidez; 4 onde; 5 estivesse
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem. 1.
Identifique o alvo de sátira visado nesta cantiga.
2.
Explicite 0 pedido que 0 sujeito Lírico dirige à dama no final da cantiga.
3.
Demonstre de que forma esta cantiga se constitui, em termos temáticos, como uma antítese das cantigas de amor. EDITAVEL
36
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
03. TESTES
DE AVALIAÇÃO
B Leia a cantiga apresentada,
Proençaes1 soem mui bem trobar e dizem eles que é com amor; mais os que trobam no tempo da frol e nom em outro, sei eu bem que nom 5 am tam gram coita no seu coraçom qual m’eu por mia senhor vejo levar. Pero que2 trobam e sabem loar sas senhores o mais e o melhor que eles podem, sõo sabedor io que os que trobam quand’a frol sazom 3 á, e nom ante, se Deus mi perdom, nom am tal coita qual eu ei sem par. Ca os que trobam e que s’alegrar vam eno tempo que tem a color is a frol consigu’e, tanto que se for aquel tempo, logu’em trobar razom nom am, nom vivem em qual perdiçom oj’eu vivo, que pois m'á de matar. Dom Dinis, B 524 [ter]/V 127, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos,
A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicação, 1983, p. 286.
1 Provençais; 2 Pero que: embora; 3 quand'afrol sazom: na estação das flores
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 4. Explique o paralelismo que o sujeito Lírico estabelece entre si e os trovadores provençais. 5. Identifique o recurso expressivo presente em “mais os que trobam no tempo da frol" e comente o seu valor.
GRUPOU Leia atentamente o texto. Renováveis garantiram 63% do consumo elétrico em Portugal em 2014
5
Quase dois terços de toda a eletricidade consumida em Portugal em 2014 foram produzidos a partir da água, do vento e do sol. O saldo do ano aponta para 62,7% de eletricidade de origem reno vável, um valor inédito pelo menos nos últimos 15 anos e possivelmente sem paralelo desde a dé cada de 1960. A maior fatia da produção elétrica veio das grandes barragens, que supriram 29,4% do consumo, segundo as contas da APREN-Associação de Energias Renováveis. A seguir vêm os parques eólicos, com 23,7%. Ou seja, hoje em Portugal praticamente uma em cada quatro lâmpadas elétricas é acesa com a energia do vento. EDI TAVEL
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • AS A
03. TESTES
DE AVALIAÇÃO
A terceira fonte para a eletricidade em 2014 foi 0 carvão - a antítese das renováveis. Dos com10 bustíveis utilizados nas centrais térmicas do país, é 0 mais sujo e o que mais liberta dióxido de car bono, 0 principal gás que está a aquecer o planeta. Mas com 0 valor do CO2 em baixa no mercado europeu de licenças de emissões, tem sido o preço do carvão em si - e não a sua fatura ambiental - o determinante para a sua utilização para produzir eletricidade em Portugal. Em 2014, a fatia que lhe coube foi de 22,2%. is O país também registou uma dependência menor da eletricidade importada. Na verdade, Portu gal exportou mais 30% e importou menos 22 % de energia elétrica. O saldo ainda foi negativo, mas representou apenas 1,8% do consumo total - um terço do valor de 2013. O valor absoluto do peso das renováveis é o maior desde pelo menos 1999. António Sá da Costa, presidente da APREN, refere mesmo que só quando Portugal dependia essencialmente das barra20 gens, nos anos 1960, é que a proporção de eletricidade renovável terá sido superior. A meteorologia conta muito para a produção das renováveis, dada a variação do nível das barra gens ano a ano. Descontado este fator - que é corrigido por um índice de produtibilidade hidroelé trica - a parcela das renováveis chegou em 2014 a 55,4%, contra 53,1% em 2013. A meta do Governo é que haja 60% de eletricidade renovável em 2020. “Só precisamos de cres25 cer 1% por ano. É possível”, avalia António Sá da Costa. Ainda este ano a barragem do Baixo Sabor deverá começar a produzir eletricidade e há mais projetos em curso. As eólicas, que tiveram um crescimento de apenas 0,5% no ano passado, também ainda poderão subir nos próximos anos. Mas um novo salto grande, como foi dado nos últimos dez anos, está mais comprometido com a intenção do Governo de não garantir tarifas especiais para a eletricidade 30 produzida pelos parques eólicos. “Potencial para crescer existe. O problema é como será a remune ração”, resume o presidente da APREN. Público, edição Online, 6 de janeiro de 2015 (consultado em janeiro de 2015).
1.
Para responder a cada um dos itens de 1. 1. a 1. 7., selecione a opção correta.
1.1. O consumo de energias renováveis em Portugal, em 2014, (A) só tem paralelo com o ocorrido na década de 1960. (B) triplicou face aos últimos anos.
(0
apresentou o maior aumento dos últimos anos.
(D) continua a ser inferior comparativamente ao consumo de energias não renováveis. 1.2. Da análise dos dados conclui-se que
(A) o carvão foi a terceira fonte de energia renovável mais utilizada em 2014. (B) se verificou, no país, um aumento na importação de energia elétrica. (C) apesar de não se ter verificado um crescimento do seu consumo, as eólicas são a segunda fonte de energia renovável mais utilizada em 2014.
(D) a produção de energia elétrica proveniente das barragens aumentou em 2014.
1.3. Na frase "A maior fatia da produção elétrica veio das grandes barragens" (l. 5), a expressão sublinhada desempenha a função sintática de (A) complemento direto. (B) modificador.
(C) complemento oblíquo. (D) predicativo do sujeito. EDITAVEl SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • AS A
03. TESTES
DE AVALIAÇÃO
1.4. Quanto ao processo de formação, o termo "APREN" (l. 6) cLassifica-se como
(A) sigla, ÍB) amálgama. (0
acrónimo.
(D) empréstimo. 1.5. Na fra s e "... dióxido de carbono, o principal gás que está a aquecer o planeta" (u. 10-11), a oração sublinhada classifica-se como
(A) subordinada substantiva completiva. (B) subordinada substantiva relativa. (C) subordinada adjetiva relativa explicativa.
(D) subordinada adjetiva relativa restritiva. 1.6. A forma verbal “tem sido” (l. 12) encontra-se no
(A) pretérito perfeito composto do indicativo. (B) pretérito perfeito composto do conjuntivo.
(C) pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. (D) pretérito mais-que-perfeito composto do conjuntivo. 1.7. 0 termo "terço" (l. 17) classifica-se como
(A)
quantificador numeral.
ÍB) quantificador universal.
(C) adjetivo numeral. (D) adjetivo qualificativo. 2. Responda de forma correta aos itens apresentados. 2.1. Identifique a relação semântica que se pode estabelecer entre os termos 'energias renováveis’ e “água", "vento” e “sol" (l. 2). 2.2. Na frase "A seguir vêm os parques eólicos" (l. 7), identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada. 2.3. Indique uma palavra que integre o mesmo constituinte etimológico que "meteorologia" (l. 21).
GRUPO III Redija a síntese (entre 100 a 120 palavras) do texto apresentado no grupo II.
£ 0 1 TÁVEl SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
FliTOCOPIAVEl
39
a TESTES DE AVALIAÇÃO
Â
Leia o seguinte excerto do capítulo 115 da Crónica de D. João I.
Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de Castela pôs cerco sobr’ela. Nem uu falamento1 deve mais vizinho seer deste capitulo que havees ouvido2, que poermos logo aqui brevemente de que guisa estava a cidade, jazendo el-Rei de Castela sobr’ela; e per que modo poinha em si guarda o Meestre, e as gentes que dentro eram, por nom receber dano de seus êmigos3; e o esforço e fouteza4 que contra eles mostravom, em quanto assi esteve cercada. 5 Onde sabee que como5 o Meestre e os da cidade souberom a viinda del-Rei de Castela, e esperarom seu grande e poderoso cerco, logo foi ordenado de recolherem pera a cidade os mais mantiimentos que haver podessem, assi de pam e carnes, come quaes quer outras cousas. E iam-se muitos aas liziras6 em barças e batees, depois que Santarém esteve por Castela, e dali tragiam muitos gaados mortos que salgavom em tinas, e outras cousas de que fezerom grande açalmamento7; e colheromio -se 8 dentro aa cidade muitos lavradores com as molheres e filhos, e cousas que tiinham; e doutras pessoas da comarca d’arredor, aqueles a que prougue9 de o fazer; e deles10 passarom o Tejo com seus gaados e bestas e o que levar poderom, e se forom contra11 Setuval, e pera Palmeia; outros ficarom na cidade e nom quiserom dali partir; e taes i12 houve, que poserom todo o seu13, e ficarom nas vilas que por Castela tomarom voz. is Os muros todos da cidade nom haviam mingua 14 de boom repairamento15; e em seteenta e sete torres que ela teem a redor de si, forom feitos fortes caramanchões de madeira, os quaes eram bem fornecidos d’escudos e lanças e dardos e beestas de torno16, e doutras maneiras com grande avondança17 de muitos viratões18. [...] E ordenou o Meestre com as gentes da cidade que fosse repartida a guarda dos muros pelos fidal20 gos e cidadãos honrados19, aos quaes derom certas quadrilhas20 e beesteiros e homêes d’armas pera ajuda de cada uu guardar bem a sua. Em cada quadrilha havia uu sino pera repicar quando tal cousa vissem, e como21 cada uu ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente22 corriam pera ela [...] E nom soomente os que eram assiinados23 em cada logar pera defensom, mas ainda as outras gentes da cidade, ouvindo repicar na See, e nas outras torres, avivavom-se os corações deles24; e 25 os mesteiraes25 dando folgança 26 a seus oficios, logo todos com armas corriam rijamente pera u 27 diziam que os Castelãos mostravom de viinr. Ali viriees os muros cheos de gentes, com muitas trombetas e braados e apupos esgremindo espadas e lanças e semelhantes armas, mostrando fou teza contra seus êmigos. Fem ão Lopes, in Teresa Amado (apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária), Crónica de D. João I de Femão Lopes (textos escolhidos), ed. revista, Lisboa, Editorial Comunicação, 1992, pp. 170-172.
1 palavras, ditos; 2 alusão ao capítulo anterior, onde se descreve o soberbo acampamento do rei de Castela, que se estendia de Santos até Campolide e outros lugares em volta; 3 inimigos; 4 coragem; 5 logo que; 6 lezírias (terras que ficam na margem do rio); 7 abastecimento; 8 refugiaram-se; 9 aprouve, agradou;10 e algu ns;11 em direção a ; 12 a í;13 que poserom todo o seu: que puseram em segurança os seus haveres;14 necessidade;15 reparação, fortificação;16 armas que disparavam setas a grandes distâncias 17 abundância;18 setas grandes; 19 de boa categoria social, burgueses; 20 quadrelas, lanços de muralha onde se colocavam os vigias; 21 quando; 22 apressadamente; 23 designados; 24 avivavom-se os corações deles: sentiam-se mais corajosos; 25 operários; 26 folga; 27 onde
E DITÁVE L SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • AS A
03. TESTES
DE AVALIAÇÃO
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 1.
Justifique a importância do primeiro parágrafo do excerto, tendo em conta a globalidade do texto.
2. Indique as medidas tomadas pelo povo e pelo Mestre, assim que souberam que o cerco à cidade estava iminente. 3. Releia o último parágrafo do excerto. Demonstre que o povo estava todo unido na defesa da cidade. B Leia a cantiga abaixo apresentada.
Vedes, amigo, [o] que oj’oí1 dizer de vós, assi Deus me perdom, que amades ja outra e mi nom; mais, s’é verdade, vingar-m'ei assi: 5 punharei2*4 5ja de vos nom querer bem e pesar-mi-á ém mais que outra rem. Oí dizer, por me fazer pesar, amades vós outra, meu traedor; e, s’é verdade, par Nostro Senhor, io direi-vos como me cuid’a vingar: punharei ja de vos nom querer bem e pesar-mi-á ém mais que outra rem. E se eu esto por verdade sei que mi dizem, meu amigo, par Deus, is chorarei muito d’estes olhos meus e direi-vos como me vingarei: punharei ja de vos nom querer bem e pesar-mi-á ém mais que outra rem. Fem am Velho, B 819/V 403, in Bisa Gonçalves e Maria Ana Ramos,
A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicação, 1983, p. 178. 1 ouvi; 2 esforçar-m e-ei
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 4, Descreva a atitude do sujeito lírico em relação ao objeto do seu amor, apresentando as respetivas
razões. 5. Justifique 0 emprego do futuro do indicativo no refrão.
EDI TAVEL SENTIDOS 10 ■ Livro de lestes • AS A
kl
03. T ES TES D E A VALIAÇÃO
GRUPOU Leia atentamente o texto.
O autocarro desde Joanesburgo sai às 8 da manhã para Maputo - entre tempos de paragem nou tras cidades ao longo do percurso e a travessia da fronteira de Ressano Garcia, chego a Maputo já de noite. Fico plantado numa esquina à espera de um amigo de amigo de outros amigos. Não sei sequer se existe, mas se existir, chama-se Henrique. O que ficou combinado foi uma boleia com o Henrique até um promontório mítico para pratican tes de surf, onde quebra uma onda secreta, de qualidade mundial e de difícil acesso para viajantes so litários, daí melhor apoiar-me na experiência e na viatura de quem sabe. O Henrique, se existe, sabe. Por ironia do destino ou, quem sabe, por malícia das sinergias que a História tece, tanto Portugal como as suas ex-colónias são excelentes destinos para o surf. A diferença é que na (ex) metrópole 10 as ondas estão à distância de um parque de estacionamento. Já em Angola e Moçambique, a logística de chegar à praia envolve guias locais, veículos todo-terreno, provisões, equipamentos de outdoor e um espírito desinibido e aventureiro. Tal como fiz há uns anos em Angola, socorro-me agora da ajuda de um português expatriado para chegar até às ondas. Henrique, se existe, imigrou para Moçambique não apenas pelo trabalho mas também pelo '5 surf. Provavelmente até na ordem contrária de prioridades. A noite cai suavemente sobre esta cidade que me faz pensar no Portugal que eu nunca tive, no português que nunca fui. É uma cidade bonita, apesar do degrado e da incúria e da miséria. Uma cidade que desce para o mar, que permite sempre um tom de azul no fundo do olhar, um pouco como Lisboa com o Tejo. 20 No entanto, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei, é aquela que menos me recorda Portugal. Maputo é demasiado recente e demasiado airosa, demasiado planificada e escorreita para recor dar uma cidade portuguesa. O que o caráter e a fisionomia urbana de Maputo me recorda, na brisa suave do fim da tarde, é 25 um Portugal que ficou por acontecer, uma possibilidade de evolução paralela que se perdeu nas ra mificações do destino. Tento imaginar uma outra História pátria que teria resultado de uma aproxi mação mais humilde, menos aguerrida, às culturas do índico, uma outra miscigenação, uma outra abertura de espírito aos povos e às religiões que íamos encontrando. Só Moçambique poderia evocar esta dimensão paralela e perdida da História de Portugal, só aqui só tivemos a porta aberta para esse oceano índico que durante séculos promoveu comércio, provocou diásporas, acomodou a diferença, ensinou a Humanidade a lidar com o Outro. Só aqui poderíamos ter sido Outros, diferentes. Angola, pelo contrário, que portas nos teria jamais aberto? Em que mundos nos teria introdu zido? O mesmo Atlântico cinzento e tenebroso que já conhecíamos; um planalto esquecido pelos 35 fluxos da História; uma cultura tribal e fratricida que se fechava em si própria e que do exterior só conheceu agressões e esclavagismo. Não é por acaso que Moçambique é solar e colorida e mediterrânica como só a orla do índico o consegue ser; enquanto que Angola é atlântica e sombria, envolta em brumas matinais que não conseguem dar alegria a um litoral árido e estéril. Não é por acaso que Moçambique é banhada por «o uma corrente tépida, transparente e tropical; enquanto que em Angola passa uma das correntes mais gélidas, escuras e densas do mundo. Não é por acaso que a navegação do oceano índico é previsível, suave e de monção; enquanto que a do Atlântico é turbulenta, irregular e traiçoeira. E o estado do mar não será alheio à perceção que o resto do mundo tem destes dois países - benevo lência para com o primeiro, comiseração para com o segundo. 45 Ou talvez esta seja apenas a opinião de quem olhou para os dois países a partir da cristã de uma onda, deslizando sobre uma prancha no meio do mar, em solidão serena e refletiva, ao largo. Gonçalo Cadilhe, in Visão, edição Online, 30 de março de 2014 (consultado em janeiro de 2015).
E01TÁVEL
kZ
SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • AS A
03. TESTES
1.
DE AVALIAÇÃO
Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta. 1.1. O autor serve-se da ironia quando afirma "O Henrique, se existe, sabe" (l. 7), porque
(A) não lhe reconhece autoridade como guia. (B) está cansado de esperar por ele. (0
não quer ir ao promontório aconselhado por ele.
(D) prefere prescindir da sua companhia. 1.2. Para Gonçalo Cadilhe,
(A) o Portugal de hoje assemelha-se ao Moçambique do passado, (B) Angola e Moçambique são dois locais igualmente representativos da cultura portuguesa. (C) Moçambique espelha um Portugal que podia ter sido diferente do que o que foi.
(D) Angola em nada se assemelha com Portugal. 1.3. A palavra "até” (1.5) classifica-se como
(A) preposição. (B) conjunção. (0
advérbio.
(D) pronome. 1.4. Na frase "onde quebra uma onda secreta" (1.6), a palavra sublinhada introduz uma oração
(A) subordinada substantiva completiva. (B) subordinada substantiva relativa. (C) subordinada adjetiva relativa restritiva. (D) subordinada adjetiva relativa explicativa. 1.5. Na frase "A noite cai suavemente sobre esta cidade" (l. 16), o termo sublinhado desempenha a
função de (A) modificador. (B) complemento oblíquo. (0
modificador apositivo do nome.
(D) modificador restritivo do nome. 1.6. A palavra "incúria" (l. 18) significa
(A) doença. (B) desleixo. (C) incoerência. (D) incompatibilidade. 1.7. Na frase "de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei, é aquela que menos me recorda
Portugal”, (ll. 20-21), o verbo “recordar” classifica-se como (A) in tran sitivo . (B) transitivo direto. (C) transitivo indireto. (D) transitivo direto e indireto.
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
mm
03. TESTES D E A VALIAÇÃO
2. Responda de forma correta aos itens apresentados.
2.1. Tendo em conta a palavra sublinhada em "Fico plantado numa esquina" (i. 3), escreva uma outra frase que com ela se possa constituir como um campo semântico do vocábulo.
2.2. Explique o significado da palavra “fratricida" (i. 35), sabendo que em latim
fratre-
significa
‘irmão’.
2.3. Classifique a palavra “fratricida" (l. 35), quanto ao processo de formação.
GRUPO III Observe a pintura de Cândido Portinari.
Os Retirantes (1994), Cândido Portinari (1903-1962), M useu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.
Faça uma apreciação crítica desta pintura, num texto de 120 a 150 palavras, considerando, entre ou tros que julgue pertinentes, os seguintes aspetos: • apresentação dos elementos que integram a imagem; • sentimentos transmitidos; • impacto; • pertinência da imagem em relação ao capítulo 148 da Crónica de D. João I de Fernão Lopes. Deverá exprimir a sua opinião (positiva ou negativa) na introdução do texto. A fundamentação da opinião e x p re ssa deverá o c o rre r a sso cia d a à e x p lo ra ç ã o dos e le m e n to s constantes da pintura.
EDITAVEl SENTIDOS 10 - Livro de Testes ■ A S A
03. TES T ES D E AVALIAÇÃO
A Leia o seguinte excerto do capítulo 148 da Crónica de D. João I.
5
10
is
20
25
o
3
Ó quantas vezes encomendavom nas missas e preegações que rogassem a Deos devotamente por o estado da cidade! E ficados os geolhos1, beijando a terra, braadavom a Deos que lhes acorres se, e suas prezes nom eram compridas! Uus choravom antre si, mal-dizendo seus dias, queixando-se por que tanto viviam, como se dissessem com o Profeta: “Ora veesse a morte ante do tempo, e a terra cobrisse nossas faces, pera nom veermos tantos males!” Assi que rogavom a morte que os levasse, dizendo que melhor lhe fora morrer, que lhe seerem cada dia renovados desvairados padecimentos. Outros se querelavom 2 a seus amigos, dizendo que forom desaventuirada gente, que se ante nom derom a el-Rei de Castela que cada dia padecer novas mizquiindades3, firmando-se de todo nas peores cousas que fortuna em esto podia obrar4. Sabia porem isto o Meestre e os de seu Conselho, e eram-lhe doorosas d’ouvir taes novas; e veendo estes males a que acorrer nom podiam, çarravom suas orelhas do rumor do poboo. Como nom querees que maldissessem sa vida e desejassem morrer alguus homêes e molheres, que tanta deferença há d’ouvir estas cousas aaqueles que as entom passarom5, como há da vida aa morte? Os padres e madres viiam estalar de fame os filhos que muito amavom, rompiam 6 as faces e peitos sobr’eles, nom tendo com que lhe acorrer, senom planto7 e espargimento de lagrimas; e sobre todo isto, medo grande da cruel vingança que entendiam que el-Rei de Castela deles havia de tomar; assi que eles padeciam duas grandes guerras, ua dos êmigos que os cercados tiinham, e outra dos mantiimentos que lhes minguavom, de guisa que eram postos em cuidado de se defen der da morte per duas guisas8. Pera que é dizer mais de taes falecimentos9? Foi tamanho o gasto das cousas que mester haviam que soou uu dia pela cidade que o Meestre mandava deitar fora todolos que nom tevessem pam que comer, e que soomente os que o tevessem ficassem em ela; mas quem poderia ouvir sem ge midos e sem choro tal ordenança de mandado aaqueles que o nom tiinham? Porem sabendo que non era assi, foi-lhe já quanto10 de conforto. Onde sabee que esta fame e falecimento que as gentes assi padeciam, nom era por seer o cerco perlongado, ca nom havia tanto tempo que Lixboa era cer cada; mas era per aazo das muitas gentes que se a ela colherom de todo o termo; e isso meesmo da frota do Porto quando veo, e os mantiimentos seerem muito poucos. Ora esguardae11 como se fossees presente, ua tal cidade assi desconfortada e sem neua certa feúza de seu livramento12, como veviriam em desvairados cuidados quem sofria ondas de taes aflições? Ó geeraçom que depois veo, poboo bem aventuirado, que nom soube parte de tantos m a les, nem foi quinhoeiro13 de taes padecimentos! Os quaes a Deos por Sua mercee prougue de cedo abreviar doutra guisa, como acerca14 ouvirees. Fem ão Lopes, in Teresa Am ado (apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária), Crónica de D. João I de Femão Lopes (textos escolhidos), ed. revista, Lisboa, Editorial Comunicação, 1992, pp. 197-199.
1 ajoelhados; 2 queixavam; 3 misérias; 4firmando-se de todo nas peores cousas que fortuna em esto podia obrar: só pensando nos maiores m ales que naquelas circunstâncias lhes podiam acontecer; 5 dbuvir estas cousas aaqueles que as entom passarom: entre ouvir estas coisas e passá-las; 6 feriam; 7 pranto; 8 maneiras; 9 m isérias; 10 um pouco; 11 olhai; 12 sem neua certa feúza de seu livramento: sem certeza da libertação;13 participou; 14 daqui a pouco.
EDITAVEL SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
03. TES T ES D E AVALIAÇÃO
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem. 1.
Refira as diferentes reações do povo face às privações que enfrentava.
2.
Identifique as duas situações que, segundo o cronista, mais preocupavam as pessoas que estavam cercadas.
3.
Releia o último parágrafo do excerto. Explique a intenção de Fernão Lopes ao comparar duas gerações distintas. B
Leia a cantiga de escárnio a seguir apresentada.
Vem um ricome1 das truitas, que compra duas por muitas,2 e coz’end’a ua.3 Por quanto xi querem chêas,4 s compra ém duas pequenas, e coz’end’a ua. Vendem cem truitas vivas, e compra ém duas cativas, e coz'end’a ua. >° E, u as vendem bolindo5, vai-se’ém com duas friindo6, e coz’end’a ua. Roi Paes de Ribela, V 1027, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos, A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicação, 1983, p. 276
____________
c
1 hom em rico (pertencente à nobreza); 2 duas por muitas: duas como se fossem muitas; 3 e coz‘end'a ua: e coze um a delas; 4 Por quanto xi querem chêas: apesar de se quererem grandes (grossas);5 fresquinhas, a saltar; 6 como se estivessem a frigir, isto é, não frescas, por oposição a bolindo (v. 10)
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 4.
Identifique 0 alvo de sátira desta cantiga, apresentando as razões para tal.
5.
Justifique a importância da antítese nesta composição lírica.
EDI TAVEL
A6
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
03. TES T ES D E AVALIAÇÃO
GRUPOU Leia a te n ta m e n te o texto.
Macacos também conseguem reconhecer-se ao espelho - como nós ou os chimpanzés
Experiências envolveram macacos Rhesus, manchas de tinta e pontos de luz projetados nas suas caras.
5
io
15
20
25
3o
Por volta dos dois anos de idade, os seres humanos conseguem reconhecer o seu reflexo no es pelho. Os grandes símios, incluindo chimpanzés, orangotangos, bonobos e gorilas, também exibem este aspeto-chave de inteligência. E os macacos? Nem por isso. Têm falhado consistentemente em reconhecerem-se a si próprios em experiências ao espelho. Mas uma nova investigação de cientistas chineses mostrou que os macacos Rhesus podem ser ensinados a reconhecer que a face que está a olhar para eles no espelho é a sua própria face. Numa experiência ao espelho, pôs-se uma mancha de tinta na cara dos macacos que só podia ser vista se estivessem a olhar para o espelho. Os macacos passavam o teste se tocassem na mancha depois de se terem visto ao espelho, indicando que sabiam que era o reflexo deles. “O autorreconhecimento ao espelho é uma indicação de consciência de si próprio, que é um sinal de inteli gência elevada nos humanos”, diz o neurocientista Neng Gong, da Academia Chinesa das Ciências em Xangai, que coordenou o estudo publicado na edição desta semana da revista Current Biology. "Normalmente, os macacos não conseguem reconhecer-se ao espelho, presumivelmente devido à falta de capacidade de consciência de si próprios”, acrescenta o investigador. "[Mas] nós m os trámos que os macacos podem realmente aprender a adquirir esta capacidade através de treino, o que sugere que o seu cérebro tem o 'equipamento’ básico, mas precisa de treino para adquirir o 'programa’ que lhes permita chegar ao autorreconhecimento.” Os macacos foram ainda colocados em frente a um espelho para outra experiência. Desta vez, um ponto de luz vermelha foi projetado em vários locais da face dos macacos através de um laser suficientemente poderoso para causar uma sensação de irritação. Quase invariavelmente, os m a cacos tocavam no local da cara onde o ponto vermelho apareceu e o laser causou irritação - e, ao fazerem-no, recebiam uma recompensa. O procedimento foi depois repetido utilizando um laser de baixa energia que não causava irritação, mas que continuava a projetar um ponto vermelho na cara. Quando o macaco olhava no es pelho e tocava no ponto de luz, apesar de não ter sentido irritação, era recompensado com comida. Ao fim de duas a cinco semanas de treino, os macacos aprenderam a tocar no ponto de laser ou numa marca de tinta na cara enquanto se viam ao espelho, o que indicava que estavam a autorreconhecerem-se. Neng Gong recorda que algumas pessoas com problemas cerebrais perdem a capacidade de au torreconhecimento ao espelho, como no autismo, na esquizofrenia, na doença de Alzheimer e em deficiências mentais. "Embora a deficiência de autorreconhecimento implique a existência de dé fices nos mecanismos cerebrais de autoprocessamento, a nossa descoberta levanta a possibilidade de que tais défices possam ser tratados através de treino”, refere Neng Gong. Público (Ciência), edição Online, ío de janeiro de 2015 (consultado em janeiro de 2015).
EDITÁVEL SENTIDOS 10 • Livro de Testes • ASA
03. TES TES D E AVALIAÇÃO
1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta.
1.1. O texto dá-nos conta de uma nova investigação que (A) comprova que os macacos não se conseguem reconhecer ao espelho.
(B) atesta que os macacos desde sempre se conseguiram reconhecer ao espeLho. (C) revela que, apesar de não possuírem mecanismos para o efeito, os macacos conseguem aprender a reconhecerem-se ao espelho. (D) evidencia que os macacos têm a mesma capacidade que outros símios maiores quanto a reconhecerem-se ao espelho.
1.2. Os resultados desta nova investigação (Â) permitirão conhecer melhor o cérebro de pessoas com problemas cerebrais.
(B) poderão possibilitar o tratamento de défices de reconhecimento. (C) ajudarão a compreender o porquê de algumas pessoas com problemas cerebrais terem
c
défices de reconhecimento, (D) poderão contribuir para evitar défices de reconhecimento em pessoas com problemas ce rebrais. 1.3. Na frase "Os grandes símios, incluindo chimpanzés, orangotangos, bonobos e gorilas" (l. 2), a palavra “símios" e os restantes nomes comuns (Â) pertencem ao mesmo campo lexical, (B) estabelecem uma relação de hiperonímia/hiponímia.
(C) pertencem ao mesmo campo semântico. (D) estabelecem uma relação de holonímia/meronímia.
1.4. O termo "aspeto-chave" (i. 3), foi formado por (Â) composição morfossintática.
ÍB) composição morfológica. (C) derivação parassintética.
(D) derivação por prefixação e sufixação. 1.5. Na frase "Mas uma nova investigação de cientistas chineses mostrou que os macacos Rhesus podem ser ensinados a reconhecer que a face que está a olhar para eles no espelho é a sua própria face" (n. 5-7), estão presentes
(A) uma oração subordinada substantiva completiva e duas adjetivas relativas. (B) uma oração subordinada substantiva completiva, uma adverbial consecutiva e uma adjetiva relativa, (O uma oração subordinada adverbial consecutiva e duas adjetivas relativas.
(D) duas orações subordinadas completivas e uma adjetiva relativa. 1.6. Na frase “pôs-se uma mancha de tinta na cara dos m acacos" (i. 8), a expressão sublinhada de sempenha a função sintática de
(A) m odificador. (B) predicativo do complemento direto.
(C) complemento oblíquo. (D) complemento indireto.
mm SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
c
03. TESTES
DE AVALIAÇÃO
1.7. A forma verbal "estivessem” (l. 9) encontra-se no (A) pretérito mais que perfeito do indicativo. (B) pretérito imperfeito do indicativo. (C) presente do conjuntivo. (B)
pretérito imperfeito do conjuntivo.
2. Responda de forma correta aos itens apresentados. 2.1. Na frase "O autorreconhecimento ao espelho é uma indicação de consciência de si próprio” (ll. 10-11), identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada. 2.2. Indique duas palavras que integrem o mesmo constituinte etimológico que "neurocientista” 1 12) .
( .
2.3. Classifique a oração sublinhada em "Quando o macaco olhava no espelho e tocava no ponto de luz, apesar de não ter sentido irritação, era recompensado com comida" (ll. 25-26).
O GRUPOU! Redija a síntese do artigo apresentado no grupo II, num texto com cerca de 110-130 palavras.
EPITÁVEL SENTIDOS 10 ■ livro de Testes • AS A
a T E S T E S D E A V A L IA Ç Ã O
Â
Leia, atentamente, o texto que se segue.
Vem a Mãe, e não na achando lavrando, diz:
5
10
15
Logo eu adevinhei lá na missa onde eu estava, como a minha Inês lavrava a tarefa que lhe eu dei... Acaba esse travesseiro! Hui! naceo-te algum unheiro? Ou cuidas que é dia santo? Inês Praza a Deos que algum quebranto me tire de cativeiro. Mãe Toda tu estás aquela1... Choram-te os filhos por pão? Inês Prouvesse a Deos! Que já é rezão de eu não estar tão singela2. Mãe Olhade lá o mao pesar3... Como queres tu casar com fama de preguiçosa? Mas eu, mãe, são aguçosa4 Inês e vós dais-vos de vagar.
[entra Lianor Vaz]
35
40
45
50
20
25
30
Mãe Ora espera, assi vejamos. Inês Quem já visse esse prazer! Mãe CaTte, que poderá ser, que "ante a Páscoa vem os Ramos.” Não te apresses tu, Inês. "Maior é o ano que o mês”: quando te não precatares, virão maridos a pares, e filhos de três em três. Inês Quero-m'ora alevantar. Folgo mais de falar nisso, - assi Deos me dê o paraíso, mil vezes que não lavrar. Isto não sei que o faz... Mãe Aqui vem Lianor Vaz. Inês E ela vem-se benzendo...
55
60
[...] Lia. Venho eu, mana, amarela5? Mãe Mais ruiva que uma panela! Lia. Não sei como tenho siso! Jesu, Jesu, que farei? Não sei se me vá a el-Rei, se me vá ao Cardeal. E como? Tamanho é o mal? Mãe Lia. Tamanho? Eu to direi: vinha agora pereli6 ò redor da minha vinha, e um clérigo, mana minha, pardeos7, lançou mão de mi.8 Não me podia valer. Diz que havia de saber se era eu fêmea, se macho. [...] Leixemos isto! Eu venho com grande amor que vos tenho, porque diz o exemplo antigo que amiga e bom amigo mais aquenta que o bom lenho. Inês está concertada pera casar com alguém? Mãe Até 'gora com ninguém não é ela embaraçada9. Lia. Em nome do anjo bento eu vos trago um casamento. Filha, não sei se vos praz10. Inês E quando, Lianor Vaz? Lia. Já vos trago aviamento11.
EDITAVEl SENTIDOS 10 • Livro de Testes ■ A S A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
65
Lis.
In ês Porém, não hei-de casar senão com homem avisado12. Ainda que pobre e pelado, seja discreto em falar, que assi o tenho assentado.
o
7
Eu vos trago um bom marido, rico, honrado, conhecido. Diz que em camisa vos quer13 Inês Primeiro eu hei-de saber se é parvo, se sabido.
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira, in António José Saraiva (apresentação e leitura), Teatro de Gil Vicente, ed. revista, Lisboa, Dinalivro, 1988, pp. 165-170.
1 hoje dir-se-ia "lá estás tu..." 2 sozinha, solteira; 3 “vejam que desgraça., "(ironia); 4 diligente; 5 pálida; 6 por ali; 7 interjeição “por Deus”; 8 agarrou-me; 9com prom etida;10 agrad a;11 arranjo de v id a ;12 discreto;13 Diz que em camisa vos quer: "diz que vos aceita sem dote”
Apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem. 1,
Explique a reação da Mãe, considerando os versos “Hui! naceo-te aLgum unheiro? / Ou cuidas que é dia santo?” (w. 6-7).
2,
Lianor Vaz, nos versos 38-40, coloca a hipótese de apresentar uma queixa ao Rei ou ao Cardeal.
2.1. Enuncie os motivos que originam essa intenção. 3,
Explicite as razões da visita da alcoviteira e a reação de Inês à sua proposta.
B Leia atentamente o seguinte texto poético.
Fui hoj’eu, madre, veer meu amigo, que enviou[u] muito rogar por en, porque sei eu ca mi quer mui gram bem; mais vedes, madre, pois m’el vio consigo, 5 foi el tam ledo que, des que naci, nunca tam led’home com molher vi. Quand’eu cheguei, estava el chorando e nom folgava o seu coraçom, cuidand’em mi, se iria, se nom, mais, pois m’el viu, u m'el estava asperando, foi el tam ledo que, des que naci, nunca tam led’home com molher vi.
'5
E, pois Deus quis que eu fosse u m'el visse, diss’el, mia madre, como vos direi: “Vej’eu viir quanto bem no mund’hei”; e vedes, madre, quand’el esto disse, foi tam ledo que, des que eu naci, nunca tam led’home com molher vi. Juião Bolseiro, B1167, V 773 in Cantigas Medievais Galego-Portuguesas (www.cantigas.fcsh.unl.pt).
EDITAVEL SEKIID OS10 ■ livro de Testes • A S A
03. TESTES
DE AVALIAÇÃO
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 4.
Explicite o papel que a mãe assume nesta cantiga.
5.
Demonstre a evolução no estado de espírito do amigo, expondo as razões que a originam. GRUPOU
Leia atentamente o seguinte texto. Quantos graus vaie uma Playstation
Desta vez não fui eu, mas um grupo de cientistas - categoria humana acima de qualquer suspei ta - quem apontou o dedo a mais um i n i m i g o do c l im a : a s c o n s o l a s de j o g o s . [...] O resultado encontra-se estampado numa revista científica, que é onde normalmente as verda des são publicadas. Antes, também vinham nos jornais, mas já ninguém acredita.[...] s Os aludidos cientistas computaram as emissões de C0 2 de um jogo de Playstation ao longo de toda a sua existência, passando pela sua criação, utilização e eliminação. É o que se chama “análise de ciclo de vida” [...]. Não sem surpresa, o que mais suga energia é a fase do jogo em si. Mobiliza no máximo quatro dedos, mas requer 137 watts de potência. Três miúdos à frente de três consolas durante uma hora in por dia consomem tanta eletricidade como um frigorífico. Desde o momento em que é instalado até ao dia em que é deitado fora, um jogo é utilizado em média 232 horas, segundo o estudo. [...] Revelação surpreendente é a de que comprar um jogo numa loja, em CD, implica menos emis sões de C0 2 do que fazer o download do programa na Internet. O quê? Absurdo? Pois é, parece. Ao '5 longo de anos de vassalagem ideológica, forno-nos acostumando à imagem da Internet como um mundo desmaterializado e libertador, capaz de mobilizar massas e promover a economia com um simples clique, sem sacar pedaços ao planeta. Mas eis que cientistas [...] conseguem provar o contrário, que 0 material às vezes pode ser m e lhor do que o imaterial. Os cálculos, depois de varridas para baixo do tapete todas as incertezas, 20 mostram que a eletricidade utilizada para transferir um ficheiro pesado como 0 de um jogo é supe rior a toda a energia gasta no processo de produção, distribuição, venda, transporte e eliminação de um disco blu-ray - um DVD de alta capacidade. Com tudo incluído, a vida de um jogo baixado da internet é responsável por 5 a 32% mais emissões de C0 2 do que as do mesmo produto em disco. Como há coisas que têm mesmo de ser 25 conversadas em família, comuniquei estas conclusões ao meu filho, que, muitíssimo interessado, respondeu: “ok, pai”, e voltou para a consola. Texto de Ricardo Garcia, in Público - blogues (Nós no Mundo), 27 de outubro de 2014 (consultado em janeiro de 2015).
1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta. 1.1. De acordo com 0 texto, um jogo de computador
(A)
é mais prejudicial para 0 ambiente se for comprado em formato DVD.
(B) não é muito nocivo para 0 ambiente. (C)
só é fonte de poluição se for colocado no lixo indiferenciado.
(D) é mais nocivo se for transferido da internet do que se for produzido e vendido em formato DVD. E D IT A V E l 52
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
a T E S T E S D E A V A L IA Ç Ã O
. . Consciente de que as questões ambientais são importantes, o autor comunicou-as ao filho que
1 2
(Â)
ficou também muito interessado no assunto.
(B)
desvalorizou o problema,
(O
ficou muito interessado no assunto, parando de jogar.
{D) agradeceu ao pai as informações que este lhe deu, . . No contexto em que surge, o termo "estampado" (i. 3) tem o significado de
1 3
(A)
desenhado.
CB]
pintado.
(Cl
gravado.
(D)
publicado.
1.4. 0 termo destacado em "M o publicadas” (l. 4) e em "Este fruto não está M o!" tem origens etimológicas diferentes; logo, essas palavras designam-se de (AI
convergentes.
(B)
divergentes.
(C)
homófonas.
(D)
parónimas.
. . 0 termo download (i. 14) exemplifica o processo de formação de palavras denominado
1 5
(ÂJ
empréstimo.
(B)
acronímia,
(O
extensão semântica,
(□}
truncação.
1.6. 0 termo sublinhado em "gue o material" (l. 18) é uma conjunção subordinativa (Aí
consecutiva,
ÍB)
concessiva.
(O
causal.
(D)
completiva.
1.7. 0 elemento sublinhado em "comuniquei estas conclusões ao meu filho" (i. 25) desempenha a função sintática de
2.
(Ã)
sujeito.
(B)
vocativo.
(0
complemento indireto.
(D)
complemento direto.
Responda aos itens seguintes. 2.1. Identifique o sujeito do predicado “é utilizado em média 232 horas" (ll. 1 1 -12 ).
. . Indique 0 valor lógico do conector presente no segmento “desmaterializado e libertador" (i. 16).
2 2
. . Transcreva uma oração subordinada adverbial causal do último parágrafo.
2 3
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03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
GRUPO III Observe atentamente a imagem, atendendo a: •tema /realidade representada; • objetos e elementos; • pessoas: atitudes e fisionomias; • sensações sugeridas e/ou convocadas.
Elabore uma apreciação crítica da figura, considerando os elementos recolhidos anteriormente. Construa um texto correto e coerente, contendo entre 120-150 palavras, respeitando as orientações: Introdução - apresentação sucinta do objeto. Desenvolvimento - informações sobre o conteúdo/realidade representada; - opinião valorativa e fundamentada sobre a imagem, atendendo às formas, sensações despertadas,... Conclusão - síntese da informação mais importante.
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03. TES T ES D E AVALiAÇÃO
TESTE DE AVALIAÇÃO N.G: _ _ _ _ _
Turma:_ _ _ _ _
Data:
GRUPO I Selecione o item A - 1 ou A - 2, conforme a obra estudada. Â- 1 Leia, atentamente, o excerto do Auto da Feira que se segue.
Vai-se Roma ao Tempo e Mercúrio, e diz: Rom.
Tão honrados mercadores não podem leixar de ter cousas de grandes primores; e quanto eu houver mister1 5 deveis vós de ter, senhores. Ser. Sinal é de boa feira virem a ela as donas tais; e pois vós sois a primeira, queremos ver que feirais io segundo vossa maneira. Ca2, se vós a paz quereis, senhora, sereis servida, e logo a levareis a troco de santa vida. Mas não sei se a trazeis... Porque, Senhora, eu me fundo que quem tem guerra com Deos, não pode ter paz c’o mundo; porque tudo vem dos céos, daquele poder profundo.
is
2o Rom.
25
Ser. o
3
A troco das estações3 não fareis algum partido, e a troco de perdões, que é o tesouro concedido pera quaisquer remissões? Oh! Vendei-me a paz dos céos, Pois tenho o poder na terra! Senhora, a quem Deos dá guerra, grande guerra faz a Deos, que é certo que Deos não erra.
Vede Vós que Lhe fazeis, vede como O estimais, vede bem se O temeis... Atentai com quem lutais, 35 Que temo que caireis. Rom. Assi que a paz não se dá A troco de jubileus4? Mer. Ó Roma, sempre vi lá que matas pecados cá, «o e leixas viver os teus. Tu não te corras de mi: mas com teu poder facundo 5 assolves6 a todo o mundo, e não te lembras de ti, « nem vês que vás ao fundo. Rom. Ó Mercúrio, valei-me ora, que vejo maos aparelhos7! Mer. Dá-lhe, Tempo, a essa Senhora o cofre dos meus conselhos: só e podes-te ir muito embora.
55
o
6
Um espelho i acharás, que foi da Virgem sagrada. Co’ele te toucarás, porque vives mal toucada, e não sintes como estás: e acharás a maneira como emendes a vida. E não digas mal da feira, porque tu serás perdida, se não mudas a carreira.
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03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
65
to
Não culpes aos reis do mundo, Que tudo te vem de cima, polo que fazes cá no fundo: que, ofendendo a causa prima, se resulta o mal segundo. E também o digo a vós, e a qualquer meu amigo, que não quer guerra consigo: tenha sempre paz com Deos, e não temerá perigo. Gil Vicente, Auto da Feira, in António José Saraiva (apresentação e leitura), Teatro de Gil Vicente, ed. revista, Lisboa, Dinalivro, 1988, pp. 280-283.
1 precisar; 2 porque; 3 visitas a igrejas; 4 visitas a Rom a em certas datas; 5 grande, eloquente; 6 absolves; 7 prenúncios
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem. 1.
Explicite 0 que pretende Roma encontrar na Feira e a opinião do Serafim sobre tal pretensão, fun damentando a sua resposta com citações textuais pertinentes.
2.
Releia os versos 38 a 40. 2.1. Explique 0 seu conteúdo, evidenciando a crítica que encerram.
3. Clarifique a importância do espelho que será dado a Roma pelo Tempo. A -2 Leia, atentamente, o excerto da Farsa de Inês Pereira que se segue.
[Pero vai-se, dizendo]
[Vai-se Pero Marques e diz] Inês Pereira:
(Estas vos são elas a vós: anda homem a gastar calçado, e quando cuida que é aviado, Escarnefucham 1 de vós! Não sei se fica lá a pea... Pardeus! Bom ia eu à aldeia!)
Pessoa conheço eu que levara outro caminho... Casai lá com um vilãzinho, mais covarde que um judeu! Se fora outro homem agora, e me topara a tal hora, estando assi às escuras, falara-me mil doçuras, ainda que mais não fora...
[voltando atrás] Senhora, cá fica 0 fato2? Inês Olhai se 0 levou o gato... Pero Inda não tendes candea3? Ponho per cajo4 que alguém vem como eu vim agora, e vos acha só a tal hora: parece-vos que será bem? Ficai-vos ora com Deos: çarrai a porta sobre vós com vossa candeazinha. E sicais5 sereis vós minha, entonces veremos nós...
[torna a Mãe e diz] Pero Marques foi-se já? Inês Pera que era ele aqui? Mãe E não t’agrada ele a ti?
M ãe
30
EDITAVEl SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
05. T ES T ES DE AVALIAÇÃO
Inês Vá-se muitieramá6! Que sempre disse e direi: mãe, eu me não casarei senão com homem discreto7, e assi vo-lo prometo ou antes o leixarei.
50
Que seja homem mal feito, feo, pobre, sem feição, como tiver descrição, não lhe quero mais proveito. E saiba tanger viola, e coma eu pão e cebola. Siquer ua canteguinha! Discreto, feito em farinha, porque isto me degola.8
Mãe Sempre tu hás-de bailar e sempre ele há-de tanger? Se não tiveres que comer, o tanger te há-de fartar? Inês Cada louco com sua teima. Com ua borda de boleima9 E ua vez d’água fria, não quero mais cada dia.
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira, in António José Saraiva (apresentação e leitura), Teatro de Gil Vicente, ed. revista, Lisboa, Dinalivro, 1988, pp. 176-178.
1 escarnecem; 2 fato é um a palavra do vocabulário dos pastores que designa os objetos de uso pessoal; 3 candeia (Pero espanta-se por ser escuro e Inês não ter acendido “um a luz"; 4 suponham os; 5 se por ventura; 6 em m á hora; 7 qualidade do que possui as virtudes palacianas - saber, educação, finura, etc.; 8 é disso que eu gosto, sou doida por isso; 9 um bocado de bolo.
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem. 1.
Explicite 0 conteúdo dos versos parentéticos da primeira estrofe.
2.
Releia os versos 23 a 27. 2.1. Comente as palavras de Inês Pereira, evidenciando a crítica que encerram.
3.
Trace 0 retrato do homem que Inês Pereira pretende para marido, fundamentando a sua resposta com citações textuais pertinentes, B
Leia 0 seguinte excerto da Crónica de D. João I, de Fernão Lopes.
O
Soarom as vozes do arroido pela cidade ouvindo todos braadar que matavom o Meestre; e assi como viuva que rei nom tiinha, e como se lhe este ficara em logo1 de marido, se moverom todos com mão armada, correndo a pressa pera u 2 deziam que se esto fazia, por lhe darem vida e escusar morte. Alvoro Paaez nom quedava3 d‘ ir pera alá4, braadando a todos: 5 - Acorramos ao Meestre, amigos, acorramos ao Meestre que matam sem por quê! A gente começou de se juntar a ele, e era tanta que era estranha cousa de veer. Nom cabiam pelas ruas principaes, e atravessavom logares escusos, desejando cada uu de seer o primeiro; e preguntando uus aos outros quem matava o Meestre, nom minguava5 quem responder que o matava 0 Conde Joam Fernandez, per mandado da Rainha. 10 E per voontade de Deos todos feitos duu coraçom6 com talente7 de o vingar, como forom8 aas portas do Paaço que eram já çarradas, ante que chegassem, com espantosas palavras começarom de dizer: - U matom o Meestre? que é do Meestre? quem çarrou estas portas? Ali eram ouvidos braados de desvairadas maneiras. Taes i havia que certeficavom que o Meestre 15 era morto, pois as portas estavom çarradas, dizendo que as britassem 9 pera entrar dentro, e veeriam que era do Meestre, ou que cousa era aquela.
mrlm SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
E . T E S T E S D E AVALIAÇÃO
Deles10 braadavom por lenha, e que veesse lume pera poerem fogo aos Paaços, e queimar o treedor11 e a aleivosa12. Outros se aficavom 13 pedindo escaadas pera sobir acima, pera veerem que era do Meestre; e em todo isto era o arroido atam grande que se nom entendiam uus com os outros, nem 20 determinavom neua cousa. E nom soomente era isto aa porta dos Paaços, mas ainda arredor deles per u homeês e molheres podiam estar. Úas viinham com feixes de lenha, outras tragiam carqueija pera acender o fogo cuidando queimar o muro dos Paaços com ela, dizendo muitos doestos14 contra a Rainha. De cima nom minguava quem braadar que o Meestre era vivo, e o Conde Joam Fernandez morto; 25 mas isto nom queria neuu creer, dizendo: - Pois se vivo é, mostrae-no-lo e vee-lo-emos. Fem ão Lopes, in Teresa Am ado (apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária), Crónica de D. João I de Femão Lopes (textos escolhidos), ed. revista., Lisboa, Editorial Comunicação, 1992, pp. 96-98.
1 em lugar de; 2 onde; 3 não parava; 4 lá; 5 não faltava; 6 todos feitos duu coraçom: todos anim ados pela m esm a coragem; 7 desejo; 8 comoforom-, logo que chegaram; 9 arrom b assem ;10 alguns d e le s;11 traidor;12 adultera (alusão a D. Leonor Teles); 13 in sistiam ;14 insultos
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem, 4
. Transcreva dois segmentos exemplificativos da sensação auditiva e dois que exemplifiquem a sen sação visual, comentando 0 seu valor expressivo.
5
. Clarifique 0 modo de sentir do povo relativamente ao Mestre e à rainha, fundamentando a sua res posta com citações textuais pertinentes. GRUPOU
Leia atentamente o texto. Como melhorar o meu cérebro Em
Lucy,
a h e r o ín a d o f ilm e s e n s a ç ã o d o m o m e n t o g a n h a s u p e r p o d e r e s a o c o n s e g u ir u s a r
1 0 0 % d a s u a c a p a c id a d e c e re b r a l. S a ib a c o m o o s o n o , a a lim e n t a ç ã o , m e d ic a m e n t o s e 0 e x e r c íc io f ís ic o e m e n t a l n o s p o d e m a ju d a r a m o d e la r a in t e lig ê n c ia .
É difícil não acreditar em Morgan Freeman. [...]. Mas a sua afirmação, que dá o mote ao filme Lucy , [...] de que só usamos 10% da nossa capacidade cerebral, não podia estar mais errada. “É 0 maior mito urbano que existe”, sublinha Tiago Reis Marques, 37 anos, psiquiatra e investigador do Kings College, em Londres. O médico, que trabalha num dos maiores institutos do mundo na área das neurociências, está farto de desconstruir esta falsa ideia. [...] Afinal, 0 cérebro representa 3% do peso do corpo, consumindo 20% da sua energia. Só pode 10 estar a fazer alguma coisa! “Essa ideia, errada, também se alimenta do facto de, em exames ao cérebro, só uma parte parecer ativa, a funcionar. O que acontece é que, tal como num computador, boa parte do órgão é constituído por sistemas de apoio, como vias de transmissão da informação, que circula de um lado para o outro”, continua o médico. Mas uma coisa está certa, no filme de Luc Besson, em que a protagonista ingere uma droga, is aumentando, assim, a sua capacidade cognitiva e alcançando superpoderes: é possível aumentar a capacidade do nosso cérebro. Uma melhoria que até já vem acontecendo. É bastante claro que os seres humanos estão a ficar mais inteligentes. A conclusão, extraída da análise dos resultados dos testes de Q. I. (Quociente de Inteligência), não é nada mais que o reflexo da escolarização cada vez mais generalizada e precoce - a educação revela-se, efetivamente, o mais 20 poderoso método de aumentar a nossa capacidade cerebral. 5
EOI TÂVEL 58
SENTIDOS 10 - Livro de Testes • A S A
03. TES T ES D E AVALIAÇÃO
Mas há outros. A Ciência tem vindo a desenvolver medicamentos, chips, campos eletromagnéti cos, estimulação elétrica, entre outras tecnologias, para tratar patologias neuronais, como a doença de Alzheimer ou a depressão. [...] “O aumento cognitivo é uma inevitabilidade”, afirma João Relvas, neurocientista do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto. [...] 25 De todas as causas da perda de memória, o sono, ou a falta dele, é a mais fácil de alterar. Hoje é ponto assente: dormir bem é essencial para a aprendizagem e a formação de memórias. E este efeito produz-se de duas formas. Por um lado, uma boa noite de sono é fundamental para que se possa aprender. Por outro lado, é durante a noite que o cérebro processa as informações captadas durante o dia, armazenando-as. Num estudo publicado na revista Science, no passado mês de ju30 lho, cientistas americanos e chineses viram este processo de formação de memórias a acontecer em ratinhos. [...] Num trabalho gigantesco que seguiu mais de um milhão de pessoas, ao longo de seis anos, concluiu-se que a menor mortalidade estava entre as pessoas que dormiam de 6,5 a 7,4 horas. [...] Num estudo publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience concluiu-se que 0 desempenho 35 cognitivo dos voluntários ia aumentando à medida que as pessoas dormiam mais, atingindo um pico nas sete horas. Sara Sá, in Visão n.° 112 3 ,11 a 17 de setembro de 2014, pp. 62-64 (adaptado).
1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta. 1.1.
No que se refere ao funcionamento do cérebro, Tiago Reis Marques afirma que (A) só cerca de 10% da sua capacidade é utilizada. (B) uma parte está ativa, mas a restante funciona como sistema de apoio a outros órgãos. (C) este consome cerca de 20% da sua própria energia. (D) não será possível aumentar a sua capacidade.
1.2. A capacidade cognitiva do ser humano poderá ser aumentada através
(A) de métodos cujo desenvolvimento se deve exclusivamente à investigação científica. (B) do aumento de número de horas de sono e da qualidade do mesmo. (0
da escolarização, mas também dos componentes desenvolvidos pela ciência.
(D) do incremento da escolaridade e do aumento de número de horas de sono. 1.3. 0 constituinte sublinhado em "Essa ideia, errada" (l. 10) desempenha a função sintática de
(A) modificador do nome apositivo, (B) modificador do nome restritivo. (C) complemento direto. (D) predicativo do sujeito. 1.4. 0 articulador "tal como" (l. l l ) estabelece entre as duas frases uma relação (A) causal.
(B) co m pa rativa. (0
concessiva.
(D) consecutiva.
EDI TAVEL SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
FOTOCOPIÁVEL
59
03. TESTES
DE AVALIAÇÃO
1.5. A r e la ç ã o q u e se e s t a b e le c e e n tre os t e r m o s “ m e d ic in a " e "m e d ic a m e n to s ", “ p a to lo g ia s n e u ro nais", " n e u r o c ie n tis ta " d e n o m in a - s e
(A) sinonímia. CB) a n to n ím ia .
1.6.
(C)
c a m p o s e m â n tic o .
{D)
c a m p o le x ic a l.
No segmento “a mais fácil de alterar" (l. 25), o adjetivo encontra-se no grau (Â) comparativo de superioridade. íB) s u p e r la t iv o a b s o lu to s in té tic o . (C)
s u p e r la t iv o r e la tiv o de s u p e rio rid a d e .
CD) s u p e r la t iv o a b s o lu to a n a lític o . 1.7. O segmento "que dormiam de 6,5 a 7,4 horas" (l. 33) corresponde a uma oração subordinada
CA) s u b s ta n tiv a c o m p le tiv a . CB) a d je tiv a re la tiv a r e s tr itiv a .
2,
CC)
a d je tiv a re la tiv a e x p lic a tiv a .
(D)
a d v e r b ia l c o n s e c u tiv a .
R e s p o n d a de fo r m a c o r r e ta a o s ite n s s e g u in te s . 2.1. Indique o referente do determinante "sua” em "sua capacidade", (i. 2) 2.2. Identifique o processo de formação da palavra “neurociências". 2.3. I n d iq u e a fu n ç ã o s in tá tic a da o r a ç ã o s u b o rd in a d a p re s e n te em “ É b a s ta n te c la r o que o s s e r e s h u m a n o s e s tã o a f ic a r m a is in te lig e n te s ". (1.17)
[!E
Considere o texto apresentado em I I de “E bastante claro" (l. 17) até ao final. R e d ija a s ín te s e d e s ta s e q u ê n c ia n u m t e x to c o r r e to e c o e re n te , c o n te n d o e n tre 65 e 75 p a la v ra s . O b s e rv e a s s e g u in te s o rie n ta ç õ e s : • r e s p e ite a s id e ia s do texto ; • e v ite o d e c a lq u e do te x to de p a rtid a ;
• utilize linguagem própria; e re s p e ite o lim it e de p a la v r a s p ro p o s to ,
E D IT A V E L SENTIDOS 10 • Livro de Testes • ASA
Leia, agora, o excerto apresentado.
Inês (Não lhe quero mais saber, já me quero contentar...)
Vai Lianor Vaz por Pero Marques, efica Inês Pereira só, dizendo: Andar1! Pero Marques seja. Quero tomar por esposo quem se tenha por ditoso de cada vez que me veja. Por usar de siso mero,2 asno que me leve quero, e não cavalo folão3. Antes lebre que leão, antes lavrador que Nero.
5
Lia.
20
25
Ora dai-me essa mão cá. Sabeis as palavras, si? Pero Ensinaram-mas a mi, perém esquecem-me já... Lia. Ora dizei como digo. Pero E tendes vós aqui trigo pera nos jeitar por cima5? Lia. Inda é cedo... Como rima6! Pero Soma, vós casais comigo,
Vem Lianor Vaz com Pero Marques e diz Lianor Vaz: 30
io Lia.
No mais cerimónias agora; abraçai Inês Pereira por mulher e por parceira. Pero Há homem empacho, má ora,4 quant’a dizer abraçar... is Depois que a eu usar entonces poderá ser.
Lia.
e eu com vosco, pardelhas7! Não compre aqui mais falar. E quando vos eu negar que me cortem as orelhas. Vou-me, ficai-vos embora.
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira, in António José Saraiva (apresentação e leitura), Teatro de Gil Vicente, ed. revista, Lisboa, Dinalivro, 1988, pp. 198-199.
1 adiante!; 2 para proceder com todo o juízo; 3fogoso; 4 sente-se um hom em atrapalhado, que diabo!; 5 alusão a um antigo costume de lançar grãos de trigo sobre os noivos; 6 que disparate; 7 (o m esm o que pardeos) interjeição “por Deus!”
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 4. Indique três aspetos que Levam Inês Pereira a aceitar Pero Marques como marido, fundamentando a sua resposta com citações textuais pertinentes. 5.
Relacione o conteúdo dos versos parentéticos (ll. 17-18) com a réplica de Pero Marques que os ante cede.
EDI TAVEl 62
SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • ASA
03. TESTES
DE AVALIAÇÃO
GRUPOU Leia atentamente o texto. A vitória de Murilo A o b r a v e n c e d o r a d a p r im e ir a e d iç ã o d o P r é m io L e Y a é u m to m o a m b ic io s o e u n iv e r s a li s t a , q u e p a r t e d a p e q u e n a h is t ó r ia p a r a c h e g a r à g r a n d e H is tó r ia
E foi um romance histórico que venceu a primeira edição do Prém galardão associado à mega-editora-de-muitas-editoras que, através de um júri presidido ± . uel Alegre, recom5 pensou com 100 mil euros a obra do jornalista e documentarista brasileiro Murilo Carvalho - agora regressado à paixão da literatura, depois de duas experiências dedicadas ao género do conto na ju ventude. O Rastro do Jaguar (LeYa), 600 páginas editadas em duas versões - de capa dura amarela, com 0 perfil de um jaguar, e com capa mole, com um olho-aguarela felino a espreitar - lê-se, sur preendentemente, a um ritmo veloz e ávido. Ajuda a essa missão o pendor cinematográfico, resul10 tado de uma confessa experiência em “vida de estrada" da palavra, a escrever guiões de cinema e a realizar filmes e documentários sobre os índios e os proprietários, pelos brasis de que não se fala muito, rodapés antropológicos numa era de informação global. Ajuda igualmente uma vontade de vocabulário próprio e desenvolto, uma cadência narrativa de passada larga e vigorosa, um colorido produzido por horas e anos de pesquisa assumida, is Murilo Carvalho quis, como um qualquer primeiro romancista que admira a grande literatura, produzir um romance épico, marcante, ambicioso, universalista, capaz de migrar entre a pequena biografia e 0 gigantesco mosaico da humanidade; de inserir o pequeno soldado na guerra de mun dos; de pressentir nas aventuras e desventuras singulares (ou minoritárias, melhor dizendo) uma revelação metafísica e uma solução existencialista. 20 O mote veio da leitura das pesquisas do naturalista francês Auguste Saint’Hilaire, que andarilhou pelo Brasil do século XIX, mapeando a flora tropical e que quis levar para a Europa, à guisa de oferta para um seguidor de Napoleão, um índio guarani infante. O bom senso fmstrou-lhe as in tenções, a História perdeu o rasto ao “presente”. Murilo Carvalho ficcionou 0 "depois” dessa figura, supondo que chegava a França. 25 A partir daí, segue o rastro do jaguar (o guarani Pierre), atravessando os paradigmas literários e musicais europeus, a cultura dos índios guarani, as guerras que levaram à constituição de uma parte da América do Sul - Brasil e Paraguai incluídos. Esta é uma reflexão sobre a história brasileira e as perdas de identidade e inocência, que deixa protagonistas e leitores a sonhar com uma Terra Sem Males. Sílvia Souto Cunha, in Visão, n.° 8 4 1,16 a 22 de abril de 2009, p. 110.
1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta.
1.1. O autor da obra literária analisada (A) tem-se dedicado exclusivamente à escrita de romances. (B) revela alguma experiência na poesia. (C) revela experiência cinematográfica. (D) escreveu 0 seu romance baseado num documentário. 1.2. No parágrafo introdutório, 0 segmento “um tomo ambicioso e universalista" (l. 1) corresponde ao (A) sujeito. (B) complemento direto. (C) complemento do nome. (D) predicativo do sujeito. E D IT A V E l SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
03. TESTES
1.3.
DE AVALIAÇÃO
A palavra “tomo" (l. 1) é sinónima de (A) romance. (B)
conto.
( 0 volume. (D)
coleção.
1.4. Com o uso do travessão duplo, nas linhas 7-8, a autora (A) especifica a informação apresentada anteriormente. (B) generaliza a informação apresentada anteriormente. (C) especifica a informação apresentada posteriormente. (D)
generaliza a informação apresentada posteriormente.
1.5. O segmento sublinhado na frase “Ajuda a essa missão o pendor cinematográfico" (l. 9) desem
penha a função sintática de (A) complemento direto. (B) sujeito. (C) modificador do nome restritivo. (D) complemento indireto.
..
16 0 antecedente do pronome pessoal presente na frase “O bom senso frustrou-lhe as intenções" (ll. 22-23) é (A) "Brasil” (1.21). (B)
“Auguste SainfH ilaire" (l. 20).
(C) "Napoleão” (1.22). (D)
"um índio guarani” (l. 22).
1.7. No constituinte "os paradigmas literários e musicais europeus" (ll. 25-26), podemos encontrar
(A) três adjetivos qualificativos. (B) dois adjetivos qualificativos e um nome. (C) dois adjetivos qualificativos e dois nomes. (D) 2.
três nomes e um adjetivo qualificativo.
Responda de forma correta aos itens apresentados. 2.1.
Construa um campo lexical, com três palavras, partindo do vocábulo sublinhado em "guerra de mundos" (ll. 17-18).
2.2.
Identifique o referente da expressão “dessa figura” (l. 23).
2.3.
Classifique a oração “que chegava a França” (l. 24). GRUPO III
Redija a síntese da apreciação crítica apresentada no grupo II, num texto com 80 a 100 palavras.
EDITÁVEl SENTIDO S 1 0 -
Livro de Testes • ASA
[3. T E S T E S D E A V A L I A Ç A O
A Leia o texto seguinte.
A este mote alheio Campos bem-aventurados, tomai-vos agora tristes, que os dias em que me vistes alegre são já passados. Campos cheios de prazer, vós que estais reverdecendo, já me alegrei com vos ver; agora venho a temer 5 que entristeçais em me vendo. E, pois a vista alegrais dos olhos desesperados, não quero que me vejais, para que sempre sejais 10 campos bem-aventurados. Porém, se por acidente, vos pesar de meu tormento, sabereis que Amor consente que tudo me descontente, is senão descontentamento. Por isso vós, arvoredos, que já nos meus olhos vistes mais alegrias que medos, se mos quereis fazer ledos, 20 tornai-vos agora tristes.
Já me vistes ledo ser, mas despois que o falso Amor tão triste me fez viver, ledos folgo de vos ver, 25 porque me dobreis a dor. E se este gosto sobejo de minha dor me sentistes, julgai quanto mais desejo as horas que vos não vejo 3o que os dias em que me vistes. O tempo, que é desigual, de secos, verdes vos tem; porque em vosso natural se muda o mal para o bem 35 mas o meu para mor mal. Se perguntais, verdes prados, pelos tempos diferentes que de Amor me foram dados, tristes, aqui são presentes, «o alegres, já são passados.
Luís de Camões, Rimas. Texto estabelecido e prefaciado por Álvaro J. da Costa Pimpão, Coimbra, Almedina, 2005 [1994], pp 53-54.
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem. 1.
Justifique 0 recurso à apóstrofe no mote da composição poética apresentada.
2.
Identifique 0 recurso expressivo que estrutura 0 conteúdo do poema, fundamentando com expres sões textuais.
3.
Explique, considerando 0 tema da mudança, os efeitos da passagem do tempo tanto nos campos como no sujeito poético.
EOITÁVEI SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
a T E S T E S D E A V A LIA Ç Ã O
B Leia o texto,
Amigas, que Deus vos valha, quando veer1 meu amigo, falade sempr’úas outras2, enquant’el falar comigo, ca3 muitas cousas diremos que ante vós nom diremos. 5 Sei eu que por4 falar migo chegará el mui coitado,5 e vós ide-vos chegando lá todas per ess’estrado, 6 ca muitas causas diremos, que ante vós nom diremos. João Garcia de Guilhade, B749, V352, in Cantigas Medievais Galego-Portuguesas (www.cantigas.fcsh.unl.pt). 1 vier; 2 falade sempr'uas outras: falai sempre um as com as outras; 3 porque; 4 para; 5 chegará el mui coitado: chegará muito ansioso; 6 local onde se colocavam alm ofadas e estava destinado às m ulheres
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 4.
Defina o papel desempenhado pelas “amigas” e pelo “amigo”.
5.
Estabeleça a relação entre os dois últimos versos de cada cobla e o conteúdo que os antecede. GRUPO II
4
Leia 0 texto que se segue. Uma praia chamada Portugal F o r a m q u a s e 9 0 0 q u iló m e t r o s d e n o r te p a r a su l, c o m o m a r à v i s t a e a s p r a n c h a s n o te ja d ilh o
5
10
15
20
Há pouco mais de um mês, depois de os ouvir falar durante quase uma hora sobre praias e ondas numa sala cheia de livros no Clube Recreativo Penichense, uma miúda de cabelo castanho e calças de ganga parou diante de Pedro Adão e Silva e João Catarino com o livro de ambos na mão. Entregou-o sorridente e disse-lhes baixinho: “Eu também faço surfe também quero fazer esta viagem.” Eles sorriram de volta. Um ano antes, para conhecerem a costa portuguesa de Caminha a Vila Real de Santo António, tinham partido à aventura numa carrinha pão de forma amarela, pouco dada a autoestradas, com um cão e duas pranchas. A soma do que foram escrevendo (Pedro Adão e Silva) e desenhando (João Catarino), parcelas que o Expresso publicou numa série de reportagens na Revista, chama-se “Tanto Mar - À Descoberta das Melhores Praias de Portugal” (edição Clube do Autor). A viagem foi feita, sempre que possível, com o mar à vista. Sem prazos nem pressas, dormindo na carrinha ou perto, partindo apenas quando era hora de partir. Adão e Silva,' politólogo e pro fessor universitário, escrevia, quase sempre, no iPad. João Catarino, ilustrador e professor univer sitário, desenhava. A leitura faz-se entre dois mundos, o das letras e o das linhas, uma espécie de caminho à beira-mar que se faz página após página. Há muito para ler e para ver. “Tanto Mar” é, ao mesmo tempo, um livro de viagens, um catálogo de ilustrações, uma reflexão sobre o potencial económico da costa portuguesa e também sobre as a m e a ç a s q u e espreitam, umas ao longe outras mais perto. Mas sempre com calma, ao ritmo da pão de forma ou de um peixe grelhado ao almoço. Das praias do Minho, “onde as terras vivem ainda de costas para o mar", até “às noites quentes e secas” da costa algarvia, há um país inteiro de areia, água salgada e ondas. EDÍTÁVEL
66
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • AS A
03. T E S T E S D E A V A L 1 A Ç A U
25
30
Não é obrigatório começar o livro pelo início. E é provável que a maioria dos leitores o não faça. A vontade de procurar “aquela praia, a da juventude ou das férias de hoje, é irresistível”. Seguir-se-ão outras: aquelas onde um dia se esteve, aquelas que nem sequer se sabia existirem. As esquecidas e as da moda, as dos banhos e as do surf. Hoje à noite, na Ericeira, os autores fazem uma nova apresentação do livro. Hão de falar de li vros de Ramalho Ortigão e de Raul Proença, das noites ao relento, dos problemas com o carro e do cão Buggy. É provável que lamentem (o único lamento que o leitor encontrará nas páginas de “Tan to Mar”) as poucas ondas que surfaram. Nas últimas páginas, Adão e Silva esclarece que “fazer uma surftrip” é a ambição de qualquer surfista. Sejam dois professores universitários ou uma miúda de calças de ganga na mão. O fim da viagem deles parece ser o início da dela. Ricardo Marques, in Atuai (Revista Expresso), 15 de setembro de 2012, p. 30 (adaptado).
1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta.
1.1.
O objeto de reflexão do autor é (A) uma reportagem que saiu na Revista do Jornal Expresso. (B) uma viagem feita por Pedro Adão e Silva e João Catarino pela costa portuguesa, numa carrinha pão de forma amarela. (C) um Livro de relatos de viagens pela costa de Portugal. (D) uma espécie de roteiro turístico escrito por dois professores universitários na área da po lítica.
1.2. Ao referir “Mas sempre com calma, ao ritmo da pão de forma ou de um peixe grelhado ao al moço" (u. 18-19), o autor do texto pretende (A) dar conta da forma tranquila como decorreu a viagem de Adão e Silva e João Catarino. (B) mostrar os hábitos alimentares saudáveis dos autores de "Tanto Mar". (C) mostrar o tipo de alimentos preferido de Adão e Silva e João Catarino. (D) ilustrar a simplicidade das refeições dos autores de “Tanto Mar”. 1.3. No contexto em que surgem, as palavras “ondas” e “s u r f (ll. 2 e 4) (A) pertencem ao mesmo campo lexical. (B) estabelecem uma relação de hiperonímia/hiponímia. (C) pertencem ao mesmo campo semântico. (D) estabelecem uma relação de holonímia/meronímia. 1.4. A forma verbal “tinham partido" (l. 7) encontra-se no (A) pretérito perfeito composto do indicativo. (B) pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. (C) pretérito perfeito composto do conjuntivo. (D) pretérito mais-que-perfeito composto do conjuntivo. 1.5. O sujeito do predicado “é irresistível” (l. 23) é (A) "A vontade" (l. 23). (B) “a q u ela p ra ia ” (l. 23). (C) “A vontade de procurar" (l. 23). (D) "A vontade de procurar ‘aquela praia, a da juventude ou das férias de hoje'” (l. 23). EPITÀVE1 SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
03. T ES TES D E AVALIAÇ ÃO
1.6. No excerto “É provável que lamentem (o único lamento que o leitor encontrará nas páginas de “Tanto Mar") as poucas ondas que surfaram." (ll. 28-29), podemos encontrar
(A) uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva, uma subordinada adverbial causal e uma subordinada substantiva completiva. (B) uma oração subordinada substantiva completiva e duas subordinadas adjetivas relativas restritivas. (C) uma oração subordinada substantiva completiva e duas subordinadas adjetivas relativas
explicativas. (D) duas orações subordinadas adjetivas relativas, uma restritiva e outra explicativa, e uma subordinada substantiva completiva. 1.7. Os parênteses utilizados nas linhas 28-29 introduzem
(A) um comentário dos autores do livro. (B) a opinião dos Leitores de “Tanto Mar”, ( 0 uma característica da obra "Tanto Mar". (D) um comentário do autor do texto. 2.
Responda de forma correta aos itens apresentados. 2.1. Identifique o referente do pronome pessoal presente na frase: “depois de os ouvir falar durante
quase uma hora sobre praias e ondas numa sala cheia de livros no Clube Recreativo Penichense" (ll. 1-2). 2.2. Indique a função sintática do constituinte “sobre o potencial económico da costa portuguesa e
também sobre as ameaças que espreitam” (ll.
17-18),
2.3. Classifique a oração “onde as terras vivem ainda de costas para o mar" (ll. 19-20). GRUPO 111
Escreva um texto expositivo, com um mínimo de 120 e um máximo de 150 palavras, no qual explicite a importância da sátira na poesia trovadoresca e na obra dramática vicentina. O seu texto deve incluir uma parte introdutória, uma de desenvolvimento e uma conclusão. Organize a informação da forma que considerar mais pertinente, tratando os tópicos apresentados a seguir. Na poesia trovadoresca
Na obra vicentina
• Apresentação dos temas objeto de crítica.
• Os alvos da crítica na obra estudada.
• Referência aos dois subgéneros satíricos:
• A forma como o autor cumpre a função satírica.
- explicitação das suas diferenças;
- apresentação de um exemplo para cada.
E D IT A V E l SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
03. TES T ES D E AVALIAÇÃO
A
Leia, agora, este conjunto de estâncias, pertencentes ao canto VI. 95
Por meio destes hórridos1 perigos, Destes trabalhos graves e temores, Alcançam os que são de fama amigos As honras imortais e graus maiores; Não encostados sempre nos antigos Troncos nobres de seus antecessores; Não nos leitos dourados, entre os finos Animais de Moscóvia2 zibelinos3; 96 Não cos manjares novos e esquisitos, Não cos passeios moles e ouciosos, Não cos vários deleites e infinitos4, Que afeminam os peitos generosos; Não cos nunca vencidos apetitos, Que a Fortuna tem5 sempre tão mimosos, Que não sofre a nenhum que o passo mude Pera algua obra heroica de virtude; 97
Mas com buscar, co seu forçoso braço, As honras que ele chame próprias suas; Vigiando e vestindo o forjado aço, Sofrendo tempestades e ondas cruas, Vencendo os torpes6 frios no regaço Do Sul, e regiões de abrigo nuas, Engolindo o corrupto mantimento Temperado com um árduo sofrimento;
98 E com forçar o rosto, que se enfia, A parecer seguro, ledo, inteiro, Pera o pelouro7 ardente que assovia E leva a perna ou braço ao companheiro. Destarte o peito um calo honroso cria, Desprezador das honras e dinheiro, Das honras e dinheiro que a ventura Forjou, e não virtude8 justa e dura. 99
Destarte se esclarece o entendimento, Que experiências fazem repousado9, E fica vendo, como de alto assento, O baxo trato humano embaraçado. Este, onde tiver força o regimento Direito e não de afeitos10 ocupado, . Subirá (como deve) a ilustre mando, Contra vontade sua, e não rogando. Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas de A. J. Costa Pimpão), 4.a ed., Lisboa, Instituto Camões Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2000.
1 h orríveis;2 Rússia do N orte;3 martas, anim ais das regiões frias, cujas peles são caríssim as;4 vários e infinitos deleites; 5 con serva;6 que entorpecem ;7 bala de metal para arm a de fogo; 8 v a lo r;9 refletido;10 afeições
Responda de forma completa aos itens seguintes. 1.
Segmente a reflexão do poeta em quatro partes, considerando 0 conteúdo temático e a pontuação.
2.
Identifique 0 recurso expressivo presente nos três primeiros versos da estância 96, referindo a sua fu n c io n a lid a d e .
3.
Relacione a reflexão do poeta no canto I com 0 conteúdo dos quatro primeiros versos da estância 97. E DI I ÁV E L
SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
B Leia o vilancete seguinte, cuja autoria é atribuída a Luís de Camões.
a este moto: Descalça vai pera a fonte Lianor pela verdura; vai fermosa e não segura. Leva na cabeça o pote, o testo nas mãos de prata, cinta de fina escarlata, saínho de chamalote; s traz a vasquinha de cote, mais branca que a neve pura; vai fermosa, e não segura. Descobre a touca a garganta, cabelos d’ouro o trançado, io fita de cor d’encarnado, tão linda que o mundo espanta; chove nela graça tanta que dá graça à fermosura; vai fermosa, e não segura. Luís de Camões, Rimas. Texto estabelecido e prefaciado por Álvaro J. da Costa Pimpão, Coimbra, Almedina, 2005 [1994], pp 55-56.
Responda de forma completa às questões que se seguem. 4.
Indique o assunto do texto e o modo como se desenvolve.
5.
Proceda ao levantamento de dois recursos expressivos e dê conta do seu valor significativo.
GRUPO II Leia 0 seguinte texto. As 7 coisas mais originais que apareceram, em Lisboa e no Porto, em 2014
Um pedaço de rio devolvido à cidade O calor e os turistas em calção e biquíni já lá vão, agora é o sol de inverno que convida ao passeio ou a ficar a contemplar o rio. Removida a camada de esquecimento que cobriu a Ribeira das Naus durante décadas e concluídas as obras de requalificação em julho passado, Lisboa ganhou mais um 5 troço de passeio ribeirinho e não demorou muito para que tanto os lisboetas, como os estrangeiros que visitam a cidade, se apropriassem deste pedaço à beira do Tejo, entre o Cais do Sodré e o bo nito Terreiro do Paço. Se é agora uma Ribeira das Naus da qual podemos desfrutar, é também um l u g a r c h e i o d e h i s t ó r i a q u e f o i d e v o l v i d o à c id a d e , e v o c a d a p e l o s d o i s r e l v a d o s e m l i g e i r o d e c l i v e a
lembrar as rampas para os barcos, e pela recuperação da antiga Doca Seca, posta a descoberto, e da io Doca da Caldeirinha, destinada à reparação de embarcações, que hoje se atravessa por um passa diço em madeira. E01TÁVE1 70
SENTIDOS 10 • livro de Testes • A S A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
O Porto é uma tela O ano de 2014 vai ficar marcado a tinta. A figura de D. Quixote de La Mancha, acompanhado pelo inseparável e fiel escudeiro Sancho Pança, desenhada e pintada por três artistas do Coletivo RU+A, 15 deixou de ser símbolo de uma utopia para se tornar um caso bem real. Um ano depois do licencia mento do primeiro mural legal da cidade, no cruzamento entre as ruas de Diogo Brandão e Miguel Bombarda, 0 Porto vive agora tempos menos cinzentos. A honra de abrir 0 caminho para uma li berdade nunca antes vista na arte urbana coube a Mesk, Fedor e Mots, os autores da pintura, mas 0 que se seguiu foi uma explosão de criatividade e cor. Hoje são vários os edifícios e as paredes que 20 a autarquia permitiu transformar em tela gigante, como o parque de estacionamento da estação de metro da Trindade, assinado por Mr. Dheo e Hazul Luzah, dois dos mais conhecidos graffiters na cionais. Entre os vários momentos altos do ano, esteve, também, a exposição de dezenas de artistas no edifício AXA, que se estendeu a outras ruas da cidade (incluindo a Avenida dos Aliados, com as velhinhas, e cada vez menos usadas, cabinas telefónicas a ganharem nova e colorida roupagem), 25 e o festival Push Porto, realizado pela organização cultural CIRCUS e que contou com workshops, palestras, conferências e exposições de pinturas do melhor que a cidade tem para oferecer. Visão, edição Online, 31 de dezembro de 2014 (consultado em janeiro de 2015, adaptado).
1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., selecione a opção correta.
1.1. O texto dá conta (A) dos Locais mais visitados no ano de 2014. (B) de mudanças nas duas cidades mais visitadas. (O dos pontos turísticos mais apreciados no verão, (D) da reestruturação das cidades do Porto e de Lisboa. 1.2. As referências temporais no primeiro segmento textual (A) são pouco concretas. (B) são algo imprecisas. (C) são bastante concretas. (D) percorrem todo 0 segmento. 1.3. 0 título do segundo segmento textual (A) é confirmado no corpo do texto. (B) está em total desacordo com 0 conteúdo. (0
é pouco apropriado, atendendo ao conteúdo.
(D) é pouco sugestivo e inadequado. 1.4. 0 constituinte sublinhado em “que convida ao passeio" (L. 2) desempenha a função sintática de (A) complemento direto. (B) sujeito. (C) complemento oblíquo. (D) predicativo do sujeito.
EDITAVEl SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
1.5. O segmento sublinhado em “se apropriassem deste pedaço à beira do Teio” (l. 6) corresponde ao (A) complemento direto. (B) complemento indireto. (0
modificador.
(D) complemento oblíquo. 1.6. A palavra "desfrutar” (l. 7) foi obtida pelo recurso à (A) composição morfológica. (B) parassíntese.
(C) prefixação e sufixação. (D) composição morfossintática. 1.7. 0 termo sublinhado em "primeiro mural legal da cidade" (l. 16) é um (A) quantificador numeral. (B) artigo indefinido.
(C) adjetivo qualificativo. (D) adjetivo numeral. 2. Responda aos itens a seguir apresentados. 2.1. Classifique a oração “que a autarquia permitiu transform ar em tela gigante" (ll. 1 9 - 2 0 ) . 2.2. Identifique o processo irregular de formação configurado no vocábulo “graffiters” (l. 21). a
2.3. Indique a função sintática do grupo sublinhado em "Entre os vários momentos altos do ano,
esteve, também, a exposição de dezenas de artistas no edifício AXA" (ll. 22-23). GRUPO III Os Descobrimentos portugueses foram de importância capital para o desenvolvimento de conhecimen tos a vários níveis. Num texto expositivo, entre 150 a 180 palavras, refira-se à importância das descobertas portuguesas para o alargamento do conhecimento ao nível da geografia, das técnicas e instrumentos de navegação, bem como da fauna e da flora de diferentes regiões do globo. Atente nos aspetos que deverá abordar: Introdução - justificação para a expansão marítima. Desenvolvimento - evolução da arte de marear, de instrumentos de navegação e da construção naval; - conhecimento de novos fenómenos naturais, novos territórios, novas faunas e floras, novos hábitos ou culturas. Conclusão - aproximação entre povos e territórios graças à expansão marítima.
EDITAVEL SENTIDOS 10 ■ Uvro de Testes • A S A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
A Leia as estâncias seguintes, pertencentes ao canto IX.
Assi a fermosa e a forte companhia O dia quási todo estão passando Nua alma1, doce, incógnita alegria, Os trabalhos tão longos compensando. Porque dos feitos grandes, da ousadia Forte e famosa, o mundo está guardando O prémio lá no fim, bem merecido, Com fama grande e nome alto e subido.
90 Que as imortalidades4 que fingia5 A antiguidade, que os Ilustres ama, Lá no estelante6 Olimpo, a quem subia Sobre as asas ínclitas da Fama, Por obras valerosas que fazia, Pelo trabalho imenso que se chama Caminho da virtude, alto e fragoso7, Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso,
89 Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas, Tétis*12 e a Ilha angélica pintada, Outra cousa não é que as deleitosas Honras que a vida fazem sublimada. Aquelas preminências gloriosas, Os triunfos, a fronte coroada De palma e louro, a glória e maravilha3, Estes são os deleites desta Ilha.
91 Não eram senão prémios que reparte, Por feitos imortais e soberanos, O mundo cos varões que esforço e arte Divinos os fizeram, sendo humanos. Que Júpiter, Mercúrio, Febo8 e Marte, Eneas e Quirino9 e os dous Tebanos10, Ceres, Palas e Juno com Diana, Todos foram de fraca carne humana.
88
Luís de Camões, Os Lusíadas ((leitura, prefácio e notas de A. J. Costa Pimpão), 4.a ed., Lisboa, Instituto Camões - Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2000.
1 reconfortante, santa; 2 deusa do mar, esposa do Oceano; 3 admiração; 4 condição de imortal; 5 inventava; 6 constelado; 7 pedregoso; 8 Apoio; 9 R ó m u lo ;10 Hércules e Baco
Responda de forma completa aos itens seguintes. 1.
Indique 0 local onde se encontram os navegadores portugueses, justificando a sua paragem nesta região.
2. Explique o sentido alegórico deste momento textual. 3. Justifique a referência aos deuses pagãos na última estrofe.
.SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • A S A
E DI TAVEl fOTOCOPlÀVEl
73
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O ________________________________________________________________________________ ________________________________________ ________
B Leia o texto seguinte.
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2°
Carregada a nau de muita fazenda no belo porto de Olinda, deu à vela com o vento em popa a 16 de maio de 65. Não eram ainda bem saídos da barra quando se acalmou 0 vento com que partiram; logo depois se lhes tornou contrário, os levou de través e os atirou para um baixo, onde permanece ram por quatro marés e se viram em risco de se perderem, o que lhes teria sem dúvida acontecido se fossem então os mares mais grossos. Acudiram-lhes com presteza muitos batéis, que lograram salvar a gente toda e a maior parte da carregação. Porém, nem assim descarregada se desencalhou, pelo que decidiram cortar os mastros; então, nadou e saiu dos baixos. Tornada a nau ao porto da vila, foi examinada por oficiais para verem se poderia seguir viagem; e, por acharem que não recebera dano que a impossibilitasse para a navegação, se tornou a preparar e a carregar. Vários amigos de Albuquerque Coelho, vendo que ele pensava em reembarcar na nau, quiseram dissuadi-lo de tal proceder pelos maus princípios que já tivera; mas nem ele, nem os demais pas sageiros quiseram dar ouvidos a tais prognósticos, e tornaram a embarcar na “Santo António”, que largou enfim da vila de Olinda a 29 de junho de 65. Cinco dias depois da largada mudou o vento de maneira súbita, tornando-se tão contrário e de tal violência que trataram de alijar1 fazenda ao mar, por isso que a nau lhes mareava*2 mal, pela muita carga com que dali partira. Pela tarde piorou ainda e o casco3 abriu água. Davam à bomba continuamente, às seis mil zonchaduras4 entre noite e dia. Pouco depois, um pé de vento quebrou o gurupés5. Finalmente, já nos doze graus de latitude norte, o vento acalmou. Andaram dezanove dias em calmarias, acompanhadas de trovoadas. Resolveram, então, demandar5 uma das ilhas de Cabo Ver de, em cuja latitude se encontravam para tirarem a água que no navio entrava e repararem a avaria do gurupés. História Trágico-Marítima - narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos (adaptação de António Sérgio e ilustrações de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, Edição Expresso, 2008, pp. 126-127.
1 tirar ou deitar fora; 2 andava; governava; 3 parte do navio que assenta na água; 4 operação de levantar o zoncho ou o êmbolo da bomba do navio, para fazer subir a água; 5 mastro colocado na extremidade da proa, para diante, formando com a horizontal um ângulo de 30 a 40 graus; 6 procurar
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 4,
Explique o que aconteceu à nau que partira do porto de Olinda, referindo-se ao modo como foi recu perada.
5.
Justifique a paragem numa das ilhas de Cabo Verde.
EDI TAVEL 74
SENTIDOS W • Livro de Testes • AS A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
GRUPOU Inventar-se no Equador
Viajar serve também para perceber quem somos, o que nos diferencia, o que nos pertence e, pelo contrário, o que é apenas tomado de empréstimo de outros. Pergunto-me que revelação será para um francês comer os queijos italianos e beber os vinhos sul-africanos: "Afinal, não somos os melhores do mundo”, terá ele de concluir. Se tiver capacidade para isso. 5 Um dos lugares-comuns que nós, os portugueses, temos sobre nós próprios é que somos uma nação de poetas. Talvez sim, mas não mais do que os chilenos, com dois poetas distinguidos com o Prémio Nobel; ou do que os italianos, com outros dois Nobel e provavelmente o maior poeta de todos os tempos, Dante; não para os ingleses, que dizem isso de Shakespeare. Os húngaros con sideram os seus poetas heróis nacionais e os chineses cultivam a poesia há milénios, e os persas, io já que lhes é proibido o vinho, escrevem poesia que o exalta. Mas não quero falar desse lugar-comum. Interessa-me hoje outro: o de que nós, os portugue ses, somos extremamente criativos e desenrascados, que sabemos sempre dar a volta ao bico do prego, que temos uma capacidade acima da média internacional para inventar soluções, para os problemas que nos afligem. Uma voltinha pelo Equador, esse país com um pé em cada hemisfério 15 e a cabeça acima das nuvens, faz-me pensar que não há nada como viajar para questionar certos lugares-comuns nacionais. Passear a pé pelas ruas de Quito, a capital da nação sul-americana, ou de Guayaquil, o seu m o tor económico, é revelador. Nunca vi em Portugal nada que se assemelhe à enorme inventividade, imaginação e esperteza desta gente desesperada por chegar ao fim do dia com algo na barriga. Bem 20 se diz que a necessidade aguça o engenho, e o engenho dos equadorenhos é notável. Cada esquina, cada semáforo, cada arcada apresenta uma nova solução para o velho problema de ganhar a vida. Inventa-se em todo o lado uma ocupação, uma fonte de rendimentos, um modo de arranjar uns trocos. O nível de receitas é quase sempre mínimo, e pergunto-me como é possível viver com tão pouco. Mas é uma pergunta banal, típica de um europeu que observa a vida dos sul25 -americanos. Eles perguntariam como podemos viver nós com tanto, e perguntariam, sobretudo: Para quê? Gonçalo Cadilhe, Encontros Marcados, Lisboa, Clube do Autor, SA, 2011, pp. 39-40.
O 1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1. a 1.7., seLecione a opção correta. 1.1. De acordo com o conteúdo dos dois primeiros parágrafos, os portugueses (A) têm razão para se acharem superiores, ao nível da Literatura. (B) possuem o mesmo valor que outros povos em termos literários. (C) receberam o mesmo número de prémios Nobel que os italianos. (D) manifestaram a sua inferioridade relativamente aos italianos. 1.2. Atendendo ao conteúdo do terceiro parágrafo, e segundo o autor, há um outro Lugar-comum característico dos portugueses que (A) corresponde, realmente, à verdade. (B) permite salientar a sua supremacia. (C) merece ser questionado/desmistificado. (D) inviabiliza a criatividade dos outros. EDITAVEl
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
B . T E S T E S D E A V A L IA Ç Ã O
1.3. A ideia de superioridade dos portugueses é (A) comprovada nos dois últimos parágrafos do excerto, (B) questionável, quando se passa pela capital do Equador. (C) comparável às dos equadorenhos, de Quito. (D) devida à sua capacidade para inventar. 1.4. O vocábulo "Viajar" (l. l), quanto ao processo de formação, exemplifica um caso de (A) composição morfológica. (B) derivação por parassíntese. (C) composição morfossintática. (D) derivação por conversão. 1.5. A oração “que revelação será para um francês...” (ll. 2-3) classifica-se como subordinada (A) substantiva completiva. (B) substantiva relativa. (C) adjetiva relativa restritiva. (D) adjetiva relativa explicativa, 1.6. O grupo nominal "uma nação de poetas" (ll. 5-6) desempenha a função sintática de (A) sujeito. (B) complemento direto. (C) predicativo do sujeito.
j
(D) predicativo do complemento direto. 1.7. O conector "ou” (L. 7), no contexto em que surge, adquire um valor (A) disjuntivo. (B) aditivo. (C) explicativo. (D) adversativo. 2. Responda aos itens apresentados. 2.1. Indique a função sintática do constituinte "heróis nacionais” (l. 9). 2.2. Classifique a oração “já que lhes é proibido o vinho” (l. 10). 2.3. Identifique o referente do pronome “nús” em “que nos afligem" (l. 14). GRUPO 111 O maravilhoso surge por diversas vezes em Os Lusíadas, apesar de Camões destacar a veracidade dos factos narrados, ao contrário do que acontecia nas epopeias da Antiguidade. Num texto de 150 a 180 palavras, e contemplando os aspetos abaixo listados, apresente uma aprecia ção crítica sobre a inclusão do maravilhoso numa narrativa onde o real se deveria impor, de acordo com as palavras do seu autor. • Introdução - presença do maravilhoso na epopeia de Camões • Desenvolvimento - momentos em que o maravilhoso ocorre e justificação para tal • Conclusão - pertinência (ou não) da inclusão do maravilhoso no poema épico camoniano
ED1TÁVEL SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
Nome:
N.°:
Turma:
Data:
GRUPO 1 A
Leia o texto com atenção. A manobra da bomba custava-lhes muito. Alguns, no meio dela, caíam no convés sem vista nos olhos, de pura fome e cansaço. Considerando isto, num dia de calma e de mar chão, rogou Jorge de Albuquerque a Domingos da Guarda, marinheiro com fama de mergulhador, que visse se conseguia tomar de mergulho uma 5 parte da água que fazia a nau, já que era impossível tomá-la por dentro, por ser muito em baixo que ela entrava; e prometeu que lho pagaria muito bem. Ao querer Domingos lançar-se à água, todos se puseram de joelhos. Com três mergulhos, tomou o marinheiro a maior parte da água, resultado com que todos se alegraram muito, por os poupar à necessidade de dar à bomba. Pouco lhes durou essa alegria. No dia seguinte ao de se tomar a água voltou o nordeste a soprar io rigíssimo, com grandes vagas e com muito frio. Mal se aguentavam com os balanços da nau, as mesas da guarnição, por andarem soltas, faziam uma marinada de mil demónios; as ondas galga vam e invadiam tudo; e já o alimento chegava ao fim. Só três cocos se distribuíam por dia, isto para cerca de quarenta pessoas. Assim seguiam ao sabor do vento. Voltou a tortura de dar à bomba; vieram o desânimo e a fome 15 horrível. Jorge de Albuquerque, além dos trabalhos comuns aos outros - pois de todos irmãmen te partilhava ele - tinha ainda o cuidado de prover a tudo, e o de comandar, consolar, animar os homens, comunicar o seu fogo à companhia inteira; e em tão amigos, tão brandos, tão piedosos termos lhes falava sempre, que quase sem forças se levantava a gente: rediviva, pronta, - retomava a faina. Embarcara doente no Brasil; e agora, depois de tantas lutas e de tanto esforço, de tantas pri20 vações e de tantas penas, jamais se lhe ouvia a menor das queixas. Tão são lhes parecia e tão bem disposto, tão prazenteiro, tão forte continuador dos seus trabalhos que causava espanto e enver gonhava a todos. Para sugestioná-los, afirmava-se convicto de que iriam chegar não a outro porto, mas à própria Lisboa. Pensava-se, vendo-o e ouvindo-o, que era digno sobrinho do seu célebre tio, o grande Afonso de Albuquerque. 25 Com a rijeza do vento, romperam-se as velas que levavam; e estando eles na faina de consertá-las, eis que acabou de desapegar-se o leme, quebrando-se o ferro que lhe restava e rompendo-se os cabos com que o tinham atado. Foi então o cúmulo do desespero. Deixaram-se cair todos no convés, desamparadamente, com a certeza absoluta de que morreriam de fome. História Trágico-Marítima - narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos (adaptação de António Sérgio e ilustrações de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, Edição Expresso, 2008, 2011, pp. 141-142.
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem. 1.
Indique quatro dos efeitos provocados pela intempérie descrita no excerto. c
2. C o m p a re as a ç õ e s da N a tu reza com 0 c o m p o rt a m e n t o de J o r g e de Albu que rqu e. 3.
Retire, do texto, um exemplo que comprove o estatuto de herói atribuído a Jorge de Albuquerque Coelho, justificando a sua resposta. EDITÁVEl
SENTIDOS 10- Livro de Testes • AS A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
B
Leia com atenção as três primeiras estâncias do canto I de 1 As armas e os Barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
O s L u s ía d a s .
3
Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta.
2
E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando, Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas de A. J. Costa Pimpão), 4,a ed., Lisboa, Instituto Camões Ministério dos Negócios Estrangeiros, 2000.
Apresente, de forma bem estruturada, as respostas aos itens que se seguem. 4.
Classifique, quanto à estrutura interna, a parte da epopeia camoniana que corresponde às estâncias transcritas, justificando a sua resposta.
5.
Indique o que, na opinião de Camões, distingue a sua obra das epopeias que Lhe serviram de modelo. GRUPO II
Leia
0
texto que se segue.
São onze da manhã de uma noite não dormida quando chego ao Lubango. Parti de Santa Clara, a fronteira de Angola com a Namíbia, às cinco da tarde de ontem. Foram necessárias dezoito horas para conduzir 450 km - tento fazer contas, indeciso se incluir ou não na média horária as três horas de descanso, entre as duas e as cinco da manhã, debaixo de um embondeiro. 5 Estou tão cansado, que acabo é por não fazer contas nenhumas. Já não sou um adolescente, noites em branco dão-me cabo do dia. Agora, devia recolher ao quarto, tomar um duche, deitar-me e descansar. Mas o Lubango será para mim uma viagem no tempo, e a primeira etapa dessa viagem é a adolescência. Não a que vivi quando era a minha altura de a viver, mas a que estou a viver ago ra - porque me passa o sono, e uma energia alegre substitui o cansaço quando chego ao Lubango. 10 Uma energia adolescente. Apetece-me devorar o centro desta cidade. Caminhar por todas as calçadas portuguesas, tomar u m c a f é e m t o d o s o s c a f é s q u e a p r e s e n t a m o t r i â n g u lo D e lta p e n d u r a d o p o r c i m a d a p o r t a , c o m
15
prar carcaças e papo-secos em todas as mercearias e minimercados que se chamem “Tio Patinhas”, “Silva & Silva”, “Elite”, “Benfica”, pedir o prato do dia em qualquer tasca que proponha “prego no prato” e “bacalhau com todos”. EDI TAVEL
78
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
Estas banalidades que me estão a emocionar têm que ser postas em perspetiva: ando a viajar há várias semanas por África, e de repente chego a casa sem sair de África. “Vá para dentro lá fora” podia ser o slogan desta cidade se ela se quisesse promover turisticamente em Portugal. A segunda etapa da viagem no tempo é a infância - a minha. Desta vez, regresso definitivamente 20 aos anos da escola primária quando vejo a fachada das escolas primárias da antiga cidade de Sá da Bandeira. E as outras fachadas: o hospital, o grande hotel, o prédio da cooperativa, o Palácio da Justiça, a sede do grémio, a estação de comboios, a garagem de autocarros. São as fachadas que vigoravam nas cidades portuguesas da minha infância, e o Lubango é uma cidade ancorada em 1975 - o meu primeiro ano na primária, o último ano em que se construiu aqui. Gonçalo Cadilhe, África Acima,
1.
edição, Alfragide, Oficina do Livro, 2007, pp. 95-96.
Para responder a cada um dos itens de 1,1. a 1.7., selecione a opção correta. 1.1. O narrador-personagem do excerto apresentado não consegue dormir, depois de tantas horas de viagem, (A) por ter chegado à terra onde viveu a sua adolescência.
(B) devido ao seu cansaço extremo. (C) por causa do fuso horário. (D) por ter sido despertado pelas lembranças do passado. 1.2. No contexto em que surge, o slogan criado pelo autor do texto, “Vá para dentro lá fora”
(L. 17), significa que (A) se deve viajar dentro do nosso país.
(B) o local visitado tem muitas semelhanças com Portugal. ( 0 as viagens físicas despertam recordações. (D) viajar é uma forma de descobrir a importância do nosso país. 1.3. Em “indeciso se incluir ou não na média horária as três horas de descanso” (ll. 3-4) , o constituinte
sublinhado corresponde ao (A) modificador do nome restritivo.
(B) complemento do adjetivo. (C) complemento do nome. (D) modificador do nome apositivo. 1.4. A conjunção sublinhada na frase “que acabo é por não fazer contas nenhumas"
(linha
5) introduz
uma oração subordinada (A) adverbial causal.
(B) adverbial condicional. ( 0 adverbial consecutiva. (D) substantiva completiva. 1.5. 0 pronome demonstrativo sublinhado na frase “Não a que vivi quando era a minha altura de a
viver" (l. 8) retoma o referente: (A) “uma viagem no tempo” (l. 7). (B) "a primeira etapa" (l. 7).
(C) “a primeira etapa dessa viagem” (i. 7). (D) "a adolescência” (l. 8). editávTÍ SENTIDOS 10 • Livro de Testes • A S A
03. T E S T E S D E A V A L I A Ç Ã O
1.6. Na frase “Apetece-me devorar o centro desta cidade.” (1.11), está presente (A) uma metáfora. (B) uma personificação. (0
uma antítese.
(D) uma comparação. 1.7. A palavra sublinhada no segmento “A seaunda etapa da viagem" (l. 19) é um (A) advérbio. (B) adjetivo qualificativo. (C) adjetivo numeral. (D) quantificador numeral. 2. Responda de forma correta aos itens apresentados. 2.1. Identifique a função sintática do constituinte “de Santa Clara" (l. 1). 2.2. Classifique a oração “quando chego ao Lubango" (l. 1). 2.3. Identifique a classe e subclasse da palavra sublinhada em “o meu primeiro ano na primária"
(L 24). GRUPO III Num texto coerente, entre 120 e 150 palavras, redija uma apreciação crítica sobre uma das obras literárias que estudou este ano letivo. Deve estruturar o seu texto em três partes (introdução, desen volvimento e conclusão). O seu texto deve contemplar os seguintes aspetos: • Apresentação da obra e do respetivo autor, situando-a no tempo. • Descrição sucinta da obra, acompanhada de um comentário crítico.
EDI TAVEl 80
SENTIDOS 10 - Uvro de Testes • A S A
04. C E N Á R I O S D E R E S P O S T A
d e s c o n h e c e a s i n t e n ç õ e s d o re i p o r i s s o e s t a v a “N a q u e l e e n g a n o d a a l m a l e d o e c e g o ”. N a s t r ê s c o m p o s i ç õ e s líric a s é n o tó rio q u e a m a r fa z p a r te d a c o n d iç ã o h u m a n a . (1 1 6 p a la vra s)
TESTE DE DIAGNÓSTICO N.° 1 (p p - i b - 23 ) GRUPO I PARTE A 1.
(E)-(D)-(G)-(C)-(B)-(A)-(F)
2.
2,1. ( D ) ; 2.2. ( A ) ; 2.3. ( C ) ; 2.4. ( A )
3.
(B) PARTEB
4.
5.
.
6
7.
8.
L o g o n o p rim e iro v e rso , o su je ito p o é tic o a fir m a q u e r e r a m a r " p e r d i d a m e n t e ” e, d e p o i s , n o s e g u n d o , a o d i z e r " A m a r s ó p o r a m a r . . . " (v. 2 ) , d e i x a a n t e v e r q u e a s u a p r e o c u p a ç ã o s e c e n tra a p e n a s n a v iv ê n c ia d e s s e s e n tim e n to ; p o r isso , n o s te r c e ir o e q u a r t o v e r so s , e re co rre n d o à e n u m e ra ç ã o , co n firm a que n ão im p o rta q u e m se a m a , p o rq u e o im p o rta n te é am ar, c o m o se vê e m "... E s t e e A q u e l e , o O u t r o e t o d a a g e n t e . . . / A m a r ! A m a r ! E n ã o a m a r n i n g u é m ! " (vv. 3 - 4 ) . A d e s o r ie n ta ç ã o é v isív e l n a s e g u n d a q u a d ra , u m a v e z q u e a s in t e r r o g a ç õ e s s u g e r e m a s d ú v id a s, o q u e a c a b a p o r se c o n firm a r lo g o no se g u n d o verso, a tra v é s de ex p r e s s õ e s c o n t r a d i t ó r i a s e a n t i t é t i c a s ( “P r e n d e r o u d e s p r e n d e r ”, v. 6 ) e d a d ú v i d a m a n i f e s t a d a n a s p e r g u n t a s " É m a l ? ”, É b e m ? ” (v. 6 ) , r e v e l a d o r a s d e a l g u m d e s n o r te q u e n ã o lh e p e r m ite d istin g u ir v a lo r e s o p o s to s. N o p r im e iro te rc e to , a s s is t e - s e a u m a a titu d e m a is o tim ista , a o c o n tr á r io d o q u e s e d e p r e e n d e p e la le itu ra d a s q u a d r a s . C o m e fe ito , a e v o c a ç ã o d a p r im a v e r a , c o m o m e t á f o r a d a v id a , o n a s c e r e o flo rir, f a z c o m q u e o v e r b o “c a n t a r ” a s s u m a o s i g n i f i c a d o d e c e l e b r a ç ã o d a v id a q u e n o s foi d a d a p o r D e u s. A e x p re ssã o pode c o n sid e ra r-se u m e u fe m ism o , d a d o re m e te r para a m orte, a p ó s a q u al o corp o se tra n sfo r m a e m pó, s u a v iz a n d o - s e , d e s t e m o d o , a id e ia n e g a t i v a q u e e s t á a s s o c i a d a a o f im d a n o s s a vid a . C o m p a r a n d o o s v e r s o s d e F lo rb e la E s p a n c a c o m o s de E u g ê n io de A n d ra d e , há c la ra m e n te e m a m b o s u m a p e lo ao am or. E m E u g ê n io de A n d ra d e , o a p e lo é p e rm a n e n te e a c o m p a n h a d o de su g e stõ e s que o farão p e rd u rar, c o m o é o c a s o d e te r d e s e b a n ir s e n tim e n t o s o u a t it u d e s n e g a t iv o s , c o m o o ód io , a s o lid ã o e a c r u e l d ad e , e e vitar o s la m e n t o s e a s e sp a d a s , t e r m o s u s a d o s c o m o m e t á f o r a d e dor. A l é m d is s o , a m e n s a g e m de E u g ê n io de A n d r a d e a s s u m e u m c a rá te r u n iv e rsal, e n q u a n to n o te x to d e F lo rb e la E s p a n c a o c o n te ú d o é de c a rá te r m a is su b je tivo e a n e c e ss id a d e de s e c e le b r a r a v id a s ó s u r g e no p rim e iro terce to .
G R U P O II
1. 2.
(A) 7 ; (B) 3 ; ( 0 2 ; ( D ) 5 ; ( E ) 6
3.
a) d a n ç a s s e m ; b) v i s i t a r d e s ; c) i n t e r v e i o ; d) t e n h a a p r e c ia d o .
4.
A s e s t â n c i a s , p e r t e n c e n t e s a o c a n t o I I I d e Os Lusíadas, i n t e g r a m o e p i s ó d i o d e I n ê s d e C a s t r o , i d e n tific a d a n a s e g u n d a e stâ n c ia , h a v e n d o t a m b é m re fe r ê n c i a a o a lv o d o s e u a m o r , o P r í n c i p e D. P e d r o .
(B)
6.
“q u e e n c o n t r e m o s r e s p o s t a s " . G R U P O III
P a ra a lé m de o u tro s a sp e to s, s u g e re m -s e o s tó p ic o s s e gu in te s: - a e x istê n c ia d e in ú m e r o s p a íse s, m a ir o rita r ia m e n te á r a bes, n o r te -a fr ic a n o s e a siá tic o s, c o m r e g im e s p o lítico s to ta litá rio s e re ligiõ e s fu n d a m e n ta lista s; - o risco a q ue o s tu rista s se p o d e m e x p o r fa c e à a d o ç ã o de c o n d u ta s / a t itu d e s d ife re n te s; - v a n t a g e n s d e c o r r e n te s d o c o n t a c to d ire to c o m e s s a s re a lid a d e s; - d e se jo /v o n ta d e p e s s o a l d e c o n h e c e r c u ltu ra s d ife re n te s d a s e u ro p e ia s; - in d ic a ç ã o d o ( s ) lo c a l( a is ) q u e m a i s lh e a p r a z ia v isita r.
TESTE DE DIAGNÓSTICO N.° 2 (PP.24-30) GRUPO I PARTE A 1.
(C)-(G)-(A)-(D)-(B)-(E)-(F)
2.
2.1. (C); 2.2. (B); 2.3. (C); 2.4. (D)
3
.
(C) PARTE B
4.
N o s p rim e iro s q u a tro v e rso s, é e vid e n te u m fo rte e lo g io à e s p e r a n ç a , a t é p o r q u e a í s e d iz q u e , p o r m a i s d o re s q u e a v id a n o s p ro v o q u e , n u n c a s e d e v e p e rd é -la . I n s i s t e - s e e c o m p r o v a - s e e s t a id e ia , q u a n d o s e a f i r m a q u e s ó a m o r te n o s p o d e re tira r a c o n fia n ç a .
5.
N o s d o is p rim e iro s v e r s o s d a s e g u n d a q u a d ra , d iz -se q u e a s o r t e p o d e c u m p r i r - s e s ó d e l á g r i m a s , i s t o é, a s o rte é a lg o im p re v isív e l e in c o n to rn á v e l, q u e ta n to p o d e g e r a r e fe ito s p o s itiv o s c o m o n e g a tiv o s, p e lo q u e s e e x ige a p r o c u ra de s o lu ç õ e s , p rin c ip a lm e n te p a ra a m á s o rte q u e n o s p o s s a e s t a r d e stin a d a .
6.
N a ú lt im a p a r te , r e f o r ç a - s e a ide ia d e q u e s e a p r e c ia r á m e l h o r o b o m / o b e m (a “b o n a n ç a " ) , q u a n d o e s t e c h e g a “d e p o i s d o m a l " (v. 1 0 ) . I s t o s i g n i f i c a q u e , d e p o i s da te m p e sta d e , v e m a b o n a n ç a e e sta é m a is a p re c ia d a d e p o is d e s e te r p a s s a d o p o r d ific u ld a d e s; d a í q u e s e j a i m p o r t a n t e q u e “n u n c a s e p e r c a a e s p e r a n ç a / e n q u a n t o a m o r t e n ã o v e m ” (vv. 1 1 - 1 2 ) .
7.
O a fo rism o p o p u la r tra n sm ite a m e n s a g e m da não d e s is t ê n c ia p e r a n te q u a lq u e r tip o d e d ific u ld a d e s, a té
E s t e e p i s ó d i o a s s u m e u m c a r á t e r líric o , j á q u e a p r e o c u p a ç ã o d o p o e ta s e c e n tra na e x p lic ita ç ã o do s e n t im e n t o a m o r o s o q u e u n e I n ê s a P e d r o e q u e a
c o n d u z irá à m orte , ju stific a n d o -se a s p a la v r a s q ue c u lp a b iliz a m o A m o r, á vid o d e m a is e m a io r tris te z a (est. 1 1 9 , vv. 1 -2 ), e q u e la n ç a r á I n ê s n o a b i s m o da m o rte . P o ré m , n o m o m e n t o d e scrito , I n ê s a in d a
0 a u to r re la to u -n o -la s de fo r m a e va siva .
5.
PARTEC
9.
(B)
nmAm SENTIDOS 10 • Livro de Testes • ASA
04. C E N Á R I O S D E R E S P O S T A
p o rq u e p a ra tu d o n a vid a h á s o lu ç ã o , e x c e to p a ra a m o rte . O ra, e s t a s id e ia s s u r g e m n o p o e m a d e C a r lo s d e O live ira , q u a n d o s e a f ir m a q u e , m e s m o q u e h a ja m o m e n t o s m a u s n a v id a , n u n c a s e p o d e p e r d e r a e s p e r a n ç a e n q u a n t o v i v e m o s ( “n u n c a s e p e r c a a e s p e r a n ç a / e n q u a n t o a m o r t e n ã o v e m " (v v . 1 1 - 1 2 ) . 8,
N o p o e m a d e C a r l o s d e O live ira, é n o tó rio o a p e lo con stan te para que não se perca a esperança; é u m a e sp é c ie d e g rito p a r a q u e n in g u é m s e d e ix e d e r r u b a r p e la fa lta de so rte , a té p o rq u e e sta d e p e n d e d a a titu d e q u e c a d a u m t e m p e r a n t e a vid a . O ra , n a s e s t â n c i a s d e Os Lusíadas, p e r c e b e - s e o e n t u s i a s m o q u e s e a p o s s o u d o s m a r in h e iro s q u e p a rtia m , le d o s e c o ra jo so s, c o m a e sp e ra n ç a de o b te r m e lh o re s c o n d iç õ e s p a ra e le s e p a r a o p a ís. C o m o s e s a b e , foi g r a ç a s a e s s a garra, d e te rm in a çã o e à e sp e ra n ç a que le v a v a m q ue a v i a g e m s e c o n c r e t iz o u e foi b e m s u c e d id a . PARTE C
9,
O e x c e r t o , e x t r a í d o d o Auto da índia, d e G i l V i c e n t e , e v id e n c ia a d e n ú n c ia q u e o a u to r s is t e m a t ic a m e n te fa z de situ a ç õ e s so c ia is c a ra c te rístic a s d a s u a é p o ca. E s s a c rític a s o c ia l é v e ic u la d a p e la s p e r s o n a g e n s s e le c io n a d a s . P o r isso , a A m a , q u e a q u i s e m o s t r a a le g r e c o m o r e g r e ss o do M a rid o , a p ro v e ita a s u a a u sê n c ia p a ra v iv e r u m a vid a d e lib e rtin a g e m , re a firm a n d o , agora, a su a d e vo çã o p e rm a n e n te e o se u d e sin te re s s e p e lo d in h e iro . M a s , lo g o a p ó s , p e r g u n t a - lh e s e v e m “m u i t o r i c o " , a o q u e e s t e r e s p o n d e q u e “S e n ã o f o r a o c a p i t ã o ”, e l e t r a r i a o s e u " q u i n h ã o " . N o fu n d o , o q u e fe z m o v e r o M a r id o foi f u n d a m e n t a l m e n te o in t e r e s s e m a te ria l, a liá s, m u it o s e m e lh a n t e à q u e le q u e fe z o s m a r in h e iro s p o r tu g u e s e s p a r tir e m p a ra a í n d ia e q u e va i s e r d e n u n c ia d o p e lo V e lh o d o R e ste lo . (1 2 0 p a la vra s)
SOLUÇÕES DOS TESTES DE AVALIAÇÃO
TES TE DE AVALIAÇÃO N.° 1 (PP. 32 - 35 ) 1.
2.1. É e v i d e n t e , a o l o n g o d e t o d a a c a n t i g a , q u e o s u j e i t o líric o n ã o t e m n o ç ã o d o q u e s e p a s s a c o n s i g o n e m c o n s e g u e d e sc re v ê -lo . S e n t e -s e e n tre a vid a e a m o r te - “ O r a n o m m o i r o , n e m v i v o . . . " (v. 1 ) c o m p l e t a m e n t e d e s c o n c e r t a d o - "... n e m s e i / c o m o m e v a i , n e m r e m d e m i. . . " ( v v . 1 - 2 ) s e m sa b e r o q u e fa z e r - "N o m sei q u e f a ç o , n e m e i d e f a z e r , " (v. 7 ) - n ã o c o n s e g u i n d o v islu m b r a r o q u e se rá o se u fu tu ro - "N o m sei q ue é d e m i m , n e m q u e s e r a , " (v. 1 5 ) . O ú n i c o f a c t o d e q u e e l e te m a c e rte z a é d e e s t a r a s o fre r de t a l fo rm a p o r a m o r q u e se n te e sta r a e n lo u q u e c e r - "se n o m / a ta n t o q u e ei n o m e u c o r a ç o m / c o it a d 'a m o r... / t a m g r a n d e q u e m e f a z p e r d e r o s é m ” (vv. 2 - 5 ) .
3.
C o m o s e d e p re e n d e d o ú ltim o v e r so d o re frão, a " s e n h o r" n ão te m c o n h e c im e n to do e sta d o de so frim e n to e m q u e o s u j e it o lír ic o s e e n c o n t r a , s i t u a ç ã o q u e p a re c e c o n s titu ir -se c o m o o p o n to fu lc ra l d a s u a co ita a m o r o s a : e s t a r a p a ix o n a d o e o a lv o d o s e u a m o r n ã o t e r s e q u e r c o n s c iê n c ia d is s o , p e lo q u e , d e s t a fe ita, n ã o p o d e rá a sp ira r a u m a co fre sp o n d ê n cia a m o ro sa .
4.
E p o s s í v e l id e n tific a r, n a c a n t ig a , a v o z d e u m n a r r a d o r - " D i z i a l a f r e m o s i n h a " (v. 1 ) - b e m c o m o a p e r s o n a g e m p rin c ip a l d a a ç ã o q u e e stá s e r n a r ra d a e d e sc rita -e q u e m a is n ã o é d o q u e o la m e n to d e u m a d o n z e la a p a ix o n a d a e q u e s o fr e d e v id o à a u s ê n c ia d o a m ig o . V e rifica -se , a in d a , q u e o n a r r a d o r c o lo c a a p e r s o n a g e m a fa la r n a p r i m e i r a p e s s o a a t r a v é s d o d i s c u r s o d i r e t o - "ai, D e u s , v a i ! / C o m ' e s t o u d ' a m o r f e r i d a ! ” (v v . 2 - 3 ) .
5.
A m b a s a s c a n tig a s v e rsa m so b re o so frim e n to c a u s a d o p e lo a m o r. N a p rim e ira , a s s i s t i m o s à c o n f is s ã o d o e s t a d o d e i n s a n i d a d e e d e a n g ú s t i a q u e o s u j e i t o líric o e x p e rim e n ta p o r e sta r a p a ix o n a d o e a s u a a m a d a n ão te r c o n h e c im e n t o d isso ; n a s e g u n d a , a d e a m ig o , s o m o s co n fro n tad o s c o m a m á go a e o desesp ero de u m a d o n z e la a p a ix o n a d a q u e la m e n ta a a u s ê n c ia d o a m a d o .
GRUPO II 1.
(A)
2.
(A) 5; (B) 3; (C) 2; (D) 4; (E) 1
3.
a) f i z e s s e m ; b) p r o p u s e r a m ; c) t e r - s e - i a d i v e r t i d o ; d) t i v e s s e p e r c e b i d o .
4.
O r e a liz a d o r p a r t ic ip a r - m a s - ia c o m to d a a c e le rid a d e .
5.
(C )
6.
“q u e v i v e m e m M a l a c a " .
GRUPO III P a ra a lé m de o u tro s a sp e to s, s u g e re m -s e o s tó p ic o s s e gu in te s; -
d e fin iç ã o d e a d u lté r io /o q u e s e e n te n d e p o r a d u lté rio ; p e r c e ç ã o e r e a ç ã o s o c ia l a o ad u lté rio ; f a t o r e s e v o c a d o s p a r a e s s a a titu d e ; a c e ita ç ã o /in a c e ita ç ã o so c ia l d e p e n d e n te do g é n e ro s e x u a l d e q u e m o p ra tic a ; - a titu d e s/c o n d u ta s/e stra té g ia s d is s u a so r a s d e sse c o m portam en to.
E s t a c a n tig a v e r s a s o b re o s o frim e n to a m o r o s o - co i t a d e a m o r : "... e i n o m e u c o r a ç o m / c o i t a d ’a m o r . . . " (vv. 3 - 4 ) .
GRUPOU 1.1. ( C ) ; 1.2. ( C ) ; 1.3. ( D ) ; 1.4. ( C ) ; 1.5. ( B ) ; 1.6. ( A ) ; 1.7. ( B ) 2.1. E s p e t a d o r e s , c a r t a z , p ú b l i c o , f i l m e , c o m é d i a . 2.2. C o m p l e m e n t o o b l í q u o .
3.
A le t r a , c a p i t a l s i g n i f i c a a c a b e ç a (a p a r t e p r in c ip a l) d e u m p a ís.
E DI TAVEl SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes ■ AS A
04. C E N Á R I O S D E R E S P O S T A
GRUPO III
2.2. S u j e i t o .
A re s p o s ta d o a lu n o d e v e rá c o n te m p la r, e n tre o u tro s, o s se g u in te s asp e tos: Cantigas de amor
Cantigas de amigo
Origem
• provençal
• au tócton e
Sujeito de enunciação
• trovador
• d o n z e la
Objeto
•a dona (a " s e n h o r " )
• o a m igo
Características da figura feminina
• s e r d iv in iz a d o , quase in a tin g ív e l, d a a risto c ra c ia
• ser terre stre , de c a riz e s s e n c ia l m e n te p o p u lar
Características da figura masculina
• v a ssa lo • su b m isso • sofre dor
• a p a ix o n a d o • ausente • m e n tiro so
Ambiente
• p a la c ia n o • cortês
• d o m é stico • fa m ilia r • rural • m a rítim o
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 3 (PP 40-44) O p rim e iro p a r á g r a fo s e r v e de in tro d u ç ão , u m a ve z q u e n e le s e re fe re m , d e f o r m a s u m á r ia , o s a s p e t o s q u e v ã o se r d e se n v o lv id o s ao lo n g o do c a p ítu lo e q ue d iz e m re s p e ito à a titu d e a s s u m id a p e lo p o v o e p e lo M e s t r e p a r a f a z e r fa c e a o c e r c o a q u e f o r a m su je ito s.
2.
Q u a n d o s o u b e r a m d a s in t e n ç õ e s d o rei d e C a s t e la , a lg u n s d e ix a r a m a c id a d e . O s q u e s e m a n t iv e r a m e a q u e le s q ue para aí se d e slo c a ra m p re o cu p a ra m -se , p rim e ira m e n te , e m re c o lh e r o m a io r n ú m e r o de m a n t im e n t o s p o ssív e l; d e p o is c e n t r a r a m a s u a a te n ç ã o n a p r o te ç ã o d a c id a d e , fo r tific a n d o o s m u r o s e a s u a guarda.
3.
É e v id e n te a u n iã o d e t o d o s n a d e fe s a d a cid a d e , u m a v e z q ue, q u a n d o o sin o d a S é r e p ic a v a - s in a l d e p e r ig o im in e n te -, n ã o s ó re s p o n d ia m à c h a m a d a o s q u e e s t a v a m d e s ig n a d o s p a r a d e fe s a d e d e t e r m in a d o s lo c ais, " m a s a in d a a s o u t r a s g e n t e s d a c id a d e " que, a b a n d o n a n d o o s s e u s o fício s, a c o r r ia m p r o n t a m e n t e , m u n id a s d e a r m a s , p a r a c o m b a t e r o s in im igo s.
4.
A d o n z e la s e n te -s e p e s a r o s a e c o m v o n ta d e de s e v in g a r d o s e u a m ig o , s e fo r v e r d a d e a q u ilo q u e o u v iu d i zer, q u e e le a m a o u t r a m u l h e r e q u e , p o r is so , e la e s t á a s e r v ítim a d e tra iç ã o .
O s u je ito líric o c o m p a r a - s e c o m o s p r o v e n ç a i s p a r a d e m o n s t r a r q ue o se u a m o r é m a is se n tid o e c a u s a m a is s o f r im e n t o d o q u e o d e le s, já q ue, a o c o n trá r io do que acontece na Provença onde os trovadores só c o m p õ e m n a p r i m a v e r a e, p o r i s s o , s ó n e s s a e s t a ç ã o é q u e s o f r e m , e le s e n t e c o n s t a n t e m e n t e a d o r in e re n te a o fa c to d e e s t a r a p a ix o n a d o .
5.
O u s o d o fu tu r o d o in d ic a tivo ju s tific a -se p e lo fa c to de n o r e f r ã o o s u j e it o lír ic o m a n i f e s t a r a s u a in t e n ç ã o f u tu ra - e s f o r ç a r -s e p o r e s q u e c e r o a m ig o - e a n te c ip a r já a s c o n s e q u ê n c ia s q u e is s o lh e tra rá : a d o r in c o m p a r á v e l q u e irá se n tir .
A p e rífra se p r e se n te no v e rso se r v e p a ra d e s ta c a r u m a d a s m a r c a s m a is e v id e n te s e p ró p rias da p r im a
1.1. ( B ) ; 1.2. ( C ) ; 1.3. ( A ) ; 1.4. ( D ) ; 1.5. ( A ) ; 1.6. ( B ) ; 1.7. ( D )
1.
E s t a c a n t i g a é d ir ig id a a u m a m u lh e r fe ia , o q u e p o r e x t e n s ã o s e re v e la c o m o u m a sá tira à fo r m a e x a g e r a d a c o m o a m u lh e r su rg ia re tra ta d a n a s c a n tig a s de am or.
2.
N o f in a l d a c a n t ig a , o s u je ito líric o p e d e à " s e n h o r " q u e d e d iq u e o se u a m o r à q u e le s q ue se q u e ix a m de n ão s e r c o r r e s p o n d i d o s e q u e n ã o o a m e m a i s a e le .
3.
A o c o n trá rio d a s c a n t ig a s de am o r, q u e n o s a p r e s e n t a m u m s u j e i t o líric o , n a g r a n d e m a i o r ia d a s v e z e s , a p a d e c e r d e co ita d e a m o r p o r n ã o s e r c o rre sp o n d id o , n e sta c a n tig a de e sc á rn io , s o m o s c o n fr o n t a d o s c o m u m s u je ito líric o q u e n ã o s ó n ã o e s t á a p a i x o n a d o c o m o é e le q u e n ã o c o r r e s p o n d e a o a m o r d a d a m a . E s ta , p o r se u turno, q u e n a s c a n tig a s de a m o r é s e m p r e d e s c rita d e f o r m a s o b r e v a lo r iz a d a , a t r a v é s d o e n a lt e c im e n t o a s s u a s q u a lid a d e s, a p a r e c e re tra ta d a n e s ta c a n tig a de e sc á r n io c o m o e sta n d o n o s s e u s a n típ o d a s, já q u e é e stú p id a , fe ia e m á .
5.
GRUPO III E m 2 0 1 4 , c e rc a d e d o is t e r ç o s d a e le tric id a d e c o n s u m i d a e m P o r t u g a l f o r a m de o r ig e m re n o v á v e l, s e n d o q u e a m a io r p a r c e la se fico u a d e v e r à e n e rg ia p ro d u z id a p e la s b a r r a g e n s , s e g u in d o - s e a o b tid a a t r a v é s d o s p a r q u e s e ó li cos. E s t e s re s u lta d o s re v e la m , a ssim , q u e o c o n s u m o d e s te tip o d e e n e r g ia foi o m a is e le v a d o d e s d e 1 9 9 9 . A in d a a s sim , c o n tin u a a v e rific a r-se a lg u m a d e p e n d ê n c ia d o p a ís e m re la ç ã o à s e n e rg ia s n ã o re n o v á v e is, já q u e a t e r c e ir a f o n t e e lé t r ic a m a i s u t iliz a d a foi o c a r v ã o . D e q u a lq u e r fo r m a , o o b je tiv o d o g o v e r n o é q ue, e m 2 0 2 0 , 6 0 % d a e le tric id a d e c o n s u m id a se ja de o r ig e m re n o v á v e l, s it u a ç ã o p a r a a q u a l p o d e r ã o c o n tr ib u ir a s e n e r g ia s e ó li ca s, a in d a q u e o E s t a d o n ã o g a r a n ta ta rifa s e sp e c ia is p ara e ste tip o d e e le tric id a d e . (1 2 0 p a la v r a s )
1.
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 2
4.
2.3. M e t e o r i t o , m e t e o r o . . .
v e ra : s e r a é p o c a d a s f lo r e s .
G R U P O II
GRUPOU
2.1. O c a m p o f o i t o d o p l a n t a d o c o m m o r a n g o s . 2.2. H om icídio de irmão. 2.3. C o m p o s t o m o r f o l ó g i c o .
1.1. ( C ) ; 1.2. ( D ) ; 1.3. ( C ) : 1.4. ( C ) ; 1.5. ( D ) ; 1.6. ( A ) ; 1.7. ( A ) 2.1. H i p e r o n í m i a / h i p o n í m i a .
GRUPO III R e s p o s t a p e sso a l. EDITÁVEl
SENTIDOS 10 ■ Livro de Testes • AS A
04. C E N Á R I O S D E R E S P O S T A
m a rid o , u m a v e z q u e tin h a f a m a de p r e g u iç o s a ( " C o m o q u e r e s t u c a s a r / c o m f a m a d e p r e g u i ç o s a ? ”, vv, 1 5 - 1 6 ) .
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 4 (PP. 45-49) 1.
U n s c h o r a v a m , m a ld iz e n d o a s u a vid a e a d m itin d o q u e p re fe ria m m o r re r do q u e c o n tin u a r a p a s s a r p o r t a n t a s p riva çõ e s; o u tro s m o s t r a v a m a rr e p e n d im e n to p o r te r e m fic a d o d o lad o d o M e stre , p o rq u e c o m e ç a v a m a a c re d ita r q u e e sta r ia m e m m e lh o re s c o n d içõ e s, se t i v e s s e m a p o i a d o o rei d e C a s t e l a .
2.
U m a d iz ia r e s p e it o à s c o n s e q u ê n c i a s q u e o p o v o a c r e d ita v a q u e p o d e ria m a d v ir d o c o n fr o n to q u e e st a v a a v iv e r c o m o rei d e C a s t e l a ; a o u t r a p r e n d i a - s e c o m a c a r ê n c ia d e a lim e n t o s q u e s e fa z ia s e n tir n a c id a d e , p e lo fa c to d e a m e s m a e s t a r c e rc a d a .
3.
A o d ir ig ir -s e à g e r a ç ã o q u e v e io d e p o is d a c r is e viv i da e m P o rtu g a l, a p e lid a n d o -a d e b e m -a v e n tu ra d a p o r n ã o te r p a s s a d o p o r a q u ilo q u e o p o v o de L isb o a p a s s o u d u ra n te o cerco, F ern ão L o p e s d e sta c a o so fri m e n to e a s p riv a ç õ e s q u e fo r a m viv id a s n e s sa é p o c a b e m c o m o re força o p a p e l p re p o n d e ran te que o p ovo de L isb o a te v e n a h istó ria de P o rtu g a l, n o m e a d a m e n te p o r t e r c o n trib u íd o d e f o r m a in c isiv a p a r a a é p o c a á u r e a q u e s u r g iu d e p o is d e s t a c rise .
4.
5.
3.
L ia n o r V a z v e m p ro p o r a In ê s u m p re te n d e n te , a s s e g u r a n d o q u e s e t r a t a d e u m h o m e m "rico , h o n r a d o , c o n h e c i d o ”. N o e n t a n t o , a d o n z e l a , n ã o r e j e i t a n d o d e i m e d i a t o a p r o p o s t a , a f i r m a q u e g o s t a r i a d e s a b e r c o m o e l e é, u m a vez q ue s ó c a sa ria c o m h o m e m "a v isa d o " que, “a i n d a q u e p o b r e e p e l a d o , s e j a d i s c r e t o e m f a l a r . "
4.
A m ã e é c o n fid e n t e , u m a v e z q u e a d o n z e la Lhe c o n t a o e n c o n tro q u e te v e c o m o a m ig o e a s ra z õ e s p e la s q u a is o f o i v i s i t a r ( " F u i o j ’e u , m a d r e , v e e r m e u a m i g o " ) .
5.
A d o n z e L a c o n t a à m ã e q u e foi v is it a r o a m ig o , u m a v e z q u e e s t e L h e p e d i u (v. 2 ) , e o e n c o n t r o u c h o r a n d o (v. 7 ) ; c o n t u d o , q u a n d o a viu , o s e u e s t a d o d e e s p ír it o m u d o u , t e n d o f i c a d o “t a n l e d o " c o m o n u n c a t i n h a v i s t o , d e s d e q u e n a sc e ra , u m h o m e m tã o c o n te n te c o m a v isã o de u m a m u l h e r (vv. 5 - 6 ) .
B
N e s t a c a n t i g a é s a t i r i z a d o u m f i d a l g o - “r i c o m e " - q u e dem onstra, através d as su a s com p ras, ou ser avaren to ou e sta r a p a s s a r n e c e ss id a d e s e c o n ó m ic a s, a lg o q u e n ã o e sta ria e m c o n fo r m id a d e c o m a s u a co n d içã o . A a n títe se se rv e p a ra re fo rç a r a a v a re z a o u a n e c e ss id a d e d o "r ic o m e " q u e c o m p r a p o u c o e d e f r a c a q u a lid a d e . GRUPOU
1.1. ( D ) ; 1.2. ( B ) ; 1.3. ( B ) ; 1.4. ( A ) ; 1.5. ( D ) ; 1.6. ( C ) ; 1.7. ( D ) 2.1. C o m p l e m e n t o d o n o m e . 2.2. N e u r ó n i o , n e u r o l o g i a , n e u r ó t i c o , 2.3. O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d v e r b i a l c o n c e s s i v a . GRUPO III A o c o n trá rio d o s g r a n d e s s ím io s e d o s h u m a n o s c o m c e r ca de d o is a n o s q u e se c o n s e g u e m re c o n h e c e r a o espeLho, o s m a c a c o s n ã o t ê m re v e la d o e s s a c a p a c id a d e . M a s u m a n o v a in v e s t ig a ç ã o ve io d e m o n s t r a r q u e o c é re b r o d o s m a c a c o s e stá p re p a ra d o p a ra e fe tu a r e sse re c o n h e c im e n to e q u e , p o r isso , e le s p o d e m a p r e n d e r a fa z ê -lo . E s t a c o n c lu s ã o su rg iu no s e g u im e n to de o s m a c a c o s te re m s id o c a p a z e s d e id e n tific a r u m a m a n c h a d e tin ta v e r m e lh a , v isív e l a p e n a s a o e sp e lh o , d e p o is de t e r e m sid o tre in a d o s e re co n h e cê -la q u a n d o a m e s m a e sta v a a sso c ia d a a u m a s e n s a ç ã o d e ir r ita ç ã o q u e lh e s fo i in flig id a . O s re su lta d o s d e ste e stu d o re v e la m -se , a ssim , fu lc ra is p a ra o d e se n v o lv im e n to de te ra p ia s q u e p e rm ita m u ltra p a s s a r o d é fice de a u to rr e c o n h e c im e n to e m p e s s o a s c o m p r o b le m a s c e re b ra is. (1 1 9 p a la v r a s)
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 5 (PP. so-54) GRUPO I 1.
2.1. L i a n o r V a z a f i r m a t e r s i d o v í t i m a d e a t a q u e p o r p a r t e d e u m c l é r i g o ( " v i n h a a g o r a p e r e l i [...] e u m c l é r i g o [...] L a n ç o u m ã o d e m i ”, v v . 4 2 - 4 5 ) , o q u e a l e v a a c o l o c a r a h i p ó t e s e d e a p r e s e n t a r u m a q u e ix a , o u a o R e i o u a o C a r d e a l, u m a v e z q u e s e tra ta v a de u m m e m b r o da Ig re ja .
A Q u a n d o c h e g o u da m issa , a m ã e p e rce b e u q ue a ta re fa d e b o r d a r q u e tin h a d a d o à filh a n ã o tin h a sid o c u m p r i da; e s t a c o n s t a t a ç ã o n ã o a g r a d o u à m ã e , o q u e a le v o u a a firm a r q u e n ão a d m ira v a que In ê s n ão a rra n ja sse
GRUPOU 1.1. ( D ) ; 1.2. ( B ) ; 1.3. ( D ) ; 1.4. ( A ) ; 1.5. ( A ) ; 1.6. ( D ) ; 1.7. ( C ) . 2.1. " u m j o g o " ; 2.2. a d i t i v o ; 2.3. " C o m o h á c o i s a s q u e t ê m m e s m o d e s e r c o n v e r s a d a s e m f a m í l i a " (ll. 2 4 - 2 5 ) . GRUPO III R e s p o s t a p e sso a l, N o e n tan to , d e v e m s e r re fe rid o s o s s e gu in te s a sp e to s; - r e p r e s e n t a ç ã o d e c r i a n ç a s / j o v e n s , o c u p a n d o t e m p o s li v r e s (p r o v a v e lm e n te ) e m a tiv id a d e s d ife re n te s - jo g o s de c o m p u t a d o r p o r o p o s iç ã o à p rá tic a de d e sp o rto ; - s e d e n ta r ism o d a s c ria n ç a s/jo v e n s q u e jo g a m c o m p u t a dor, q u e s e o p õ e à p r á t ic a d e a t iv id a d e física; - p r á t i c a d e s p o r t i v a d o s j o v e n s vs. d e s g a s t e p s i c o l ó g i c o (e f í s i c o ) d o j o v e m q u e u t i l i z a a Playstation ( v i s í v e l a t r a v é s d a e x p r e s s ã o fa c ia l e co rp o ra l).
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 6 (PP. 55-eo) GRUPO I A-1 1.
R o m a p re te n d e c o m p ra r a paz, o q u e c o n se gu irá , se l e v a r " s a n t a v i d a ”, s e g u n d o o S e r a f i m . N o e n t a n t o , o A n j o a d v e r t e a p e r s o n a g e m d e q u e i s s o s e r á d ifícil, u m a v e z q u e a g u e rra e m q u e se vê m e tid a é fru to d a s g u e r r a s q u e f a z a D e u s ( “q u e m t e m g u e r r a c o m D e o s , / n ã o p o d e t e r p a z c ’o m u n d o " , v v . 1 7 - 1 8 ) . A p e s a r d e t o d a s a s in sistê n c ia s e p r o m e s s a s de p e rd õ e s a tro c o d e b e n s m a t e r i a i s (” e a t r o c o d e p e r d õ e s , / q u e é o t e s o u r o c o n c e d i d o ”, v v . 2 3 - 2 4 ) , R o m a n ã o o b t é m d o S e r a fim o q u e de seja. 2.1. M e r c ú r i o a l e r t a R o m a p a r a o f a c t o d e e s t a p e r d o a r o s p e c a d o s d o s outros, co m e te n d o , a ssim , o s seu s. C r itic a e s t a p e r s o n a g e m a le g ó r ic a , q u e r e p r e s e n t a a Ig r e ja , o s p e r d õ e s e in d u lg ê n c ia s q u e atrib u i à q u e le s q u e lh e o f e r e c e m q u a n t ia s e m d in h e iro o u p e n itê n c ia s;
EDI TAVEL SENTIDOS 10 • Livro de Testes • AS A
C l C E N Á R IO S D E R E S P O S T A
p o r t a n t o , c e n s u r a o L a d o “m e r c a n t i l " d a ig re ja : c o m p r a -s e p e rd ã o p a ra p e c a d o s, p a g a n d o e n ã o p ra tic a n do b o a s ações, 3.
N o e sp e lh o q u e s e r á d a d o p e lo T e m p o a R o m a , e sta ve rs e - á re fle tid a. A s s im , p o d e r á p e r c e b e r o s s e u s e r r o s e m o d ific a r o se u c o m p o rta m e n to , q u e c o n sistirá s o b r e tu d o e m não o fe n d e r a D eus. D e sta fo rm a, a gu e rra q u e v i v e t e r m i n a r á ( “N ã o c u l p e s a o s r e i s d o m u n d o , / Q u e t u d o te v e m d e cim a , / p o lo q u e f a z e s c á n o fu n do : (v v. 6 1 - 6 3 ) ; “t e n h a s e m p r e p a z c o m D e o s , / e n ã o t e m e r á p e r i g o ”, v v . 6 9 - 7 0 ) . A -2
1.
O s v e rso s sã o u m lam e n to e u m d e sa b a fo de P e ro M a r q u e s, e m v irtu d e d o s u c e d id o n o e n c o n tro c o m I n ê s P e re ira , e m q u e e s t e é r e c u s a d o p e la d o n z e la , d e v id o a o s s e u s m o d o s p o u c o c o r t e s e s ; c o m o s e v e rific a p e lo v e r b o “e s c a r n e f u c h a m " , o l a v r a d o r s e n t e - s e t r is t e , p o i s p e r c e b e u q u e I n ê s t r o ç o u d e le e d o s s e u s m o d o s , d a í o fa c to de L a m e n ta r até o d e s g a s te d o calçad o . 2,1. M a i s u m a v e z , I n ê s t r o ç a d e P e r o M a r q u e s . A q u i c r i t i c a o s s e u s m o d o s de b o m h o m e m , u m a ve z que, te n d o v o lta d o a trá s e e n c o n tra n d o In ê s so z in h a e m c a s a e à s e sc u ra s, p re o c u p o u -se c o m a su a re p utação, o que n ã o a g r a d o u à d o n z e la q ue o c o m p a r o u c o m o u tro s ra p a z e s que, c e rta m e n te , a p ro v e ita ria m o m o m e n t o p a r a a c o r t e j a r ( “e s t a n d o a s s i à s e s c u r a s , / f a l a r a - m e m i l d o ç u r a s , ”, v v . 2 5 - 2 6 ) . 3,
4,
5,
I n ê s in siste n o c a s a m e n t o c o m u m b o m h o m e m , c o m m o d o s c o r t e s e s (“n ã o c a s a r e i / s e n ã o c o m h o m e m d is c r e t o " , vv. 3 3 - 3 4 ) . N ã o p r o c u r a b e le z a n e m r iq u e z a ( “Q u e s e j a h o m e m m a l f e i t o , / f e o , p o b r e , s e m f e i ç ã o " , vv. 3 7 -3 8 ), is s o n ã o im p o rta ; o q u e I n ê s p re te n d e é u m h o m e m c o m m o d o s c o r t e s e s e g a l a n t e ( “s a i b a t a n g e r vio la , / e c o m a e u p ã o e ce b o la ", vv. 4 1 - 4 2 ). A p e s a r d o s r e p a r o s d a m ã e , q u e a f ir m a q u e a v id a n ã o é s ó fo lia , I n ê s n ã o tra n sig e , c o m o se c o m p r o v a p e lo s ú ltim o s q u a t r o v e r s o s d a s u a ú ltim a ré p lic a . B A s s e n s a ç õ e s v is u a is d e c o r r e m d a u tiliz a ç ã o d e v e r b o s d e m o v i m e n t o ( “s e m o v e r o m t o d o s c o m m ã o a r m a d a ” (ll. 2 - 3 ) ; “c o r r e n d o a p r e s s a " (l. 3 ) ; " N o m c a b i a m p e la s r u a s p rin c ip a e s, e a t r a v e s s a v o m lo g a r e s e s c u s o s " (ll. 6 - 7 ) ) ; a s s e n s a ç õ e s a u d i t i v a s s ã o t r a n s m i t i d a s p e lo u s o d e v e r b o s o u n o m e s re la c io n a d o s c o m o s e n t i d o d a a u d i ç ã o ( “v o z e s d e a r r o í d o " (l. 1 ) ; “b r a a d a n d o " (l. 4 ) ; " b r a a d o s d e d e s v a i r a d a s m a n e i r a s " (l. 1 4 ) ; “d e l e s b r a d a v o m p o r l e n h a ” (l. 1 7 ) ) , e n t r e o u t r o s . A u t i liz a ç ã o d e s te s r e c u r s o s e x p r e s s iv o s p e rm ite v is u a li z ar o c o m p o rta m e n to , a a g ita ç ã o e a m o v im e n ta ç ã o d a m u ltid ã o e o m o d o c o m o a n s e ia m c h e g a r ao lo c a l o n d e s e d iz q u e m a t a m o M e s t r e p a r a o sa lv a r. A u rgê n c ia e a n e c e ssid a d e q u e o povo te m de co rre r p a ra s a lv a r o M e s tr e s ã o re fle x o d o ca rin h o q u e n u tre p o r e l e ; e r a c o m o s e o p o v o " s e s e n t i s s e v i ú v o ” e o re i d e v e s s e o c u p a r o l u g a r d e m a r i d o ( “a s s i c o m o v i u v a q u e rei n o m tiin h a , e c o m o s e lh e e s t e f ic a r a e m lo g o d e m a r i d o " , ll. 1 - 2 ) . O p o s t a m e n t e , o p o v o n ã o e s t i m a n e m s im p a t iz a c o m a ra in h a , a a le iv o sa , o q u e é e v i d e n c i a d o e m " d o e s t o s c o n t r a a R a i n h a " (ll. 2 2 - 2 3 ) .
GRUPO II 1.1. ( B ) ; 1.2. ( D ) ; 1.3. ( A ) ; 1.4. ( B ) ; 1.5. ( D ) ; 1.6. (C); 1.7. ( B ) .
2.1. “a h e r o í n a d o f i l m e s e n s a ç ã o d o m o m e n t o " ; 2.2 c o m p o s i ç ã o m o r f o l ó g i c a ; 2.3. s u j e i t o . GRUPO III O s te ste s de Q I a p o n ta m para u m a re la ç ã o e n tre a c a p a c i d a d e c o g n itiv a e a e sc o la rid a d e . M a s a c iê n c ia t e m v in d o a c ria r o u tro s m é t o d o s p a ra d e s e n v o lv e r o cé re b ro . O s o n o t a m b é m é im p o rta n te p a ra a a p re n d iz a g e m ; e n q u a n to d o rm im o s, o c é re b ro tra b a lh a , p r o c e s s a n d o in fo r m a ç ã o r e c e b i d a d u r a n t e o dia, c o m o fo i p r o v a d o p o r e s t u d o s e f e tu a d o s c o m ra tin h o s e co rro b o rad o por ou tro c o m p e sso a s, v e rific a n d o -se q u e o d e s e m p e n h o c o g n itivo cre sc ia , c o n fo r m e a s h o r a s d e s o n o a u m e n ta v a m . (75 p a la v r a s)
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 7 (PP e i - 6 4 ) GRUPO I A
1.
2.
O re trato da figu ra fe m in in a c e n tra -se na d e sc riç ã o de a lg u n s a s p e t o s físico s, n o m e a d a m e n t e o t o m d o u r a d o d o s s e u s c a b e l o s ( “O n d a d o s f i o s d ' o u r o ”, v. 1 ) , a d o ç u r a d o m o v i m e n t o d o s s e u s o l h o s ( “o l h o s , q u e v o s m o v e i s t ã o d o c e m e n t e ”, v. 5 ) , a h o n e s t i d a d e d o s e u r i s o ( “H o n e s t o r i s o " , v. 9 ) . A s trê s p r im e ira s e str o fe s lig a m -s e p e lo c a rá te r e n u m e ra tiv o q u e a p r e se n ta m . T o d a s e la s a n u n c ia m q u a li d a d e s da m u lh e r re p re se n ta d a , d e sta c a n d o p a rte s de u m t o d o q u e é c a r a c t e r i z a d o p e l a “b e l e z a ” (v. 1 2 ) .
3.
O ú lt im o t e r c e t o r e ú n e a id e ia c e n t r a l d o s o n e to , a b e le z a d a m u lh e r au se n te . N a s u a a u sê n c ia , o "e u " im a gin a -a , c o n c e n tra -se na s u a fo r m o su ra , d e se ja n d o re v ê -la . B
4.
I n ê s a c e ita o lav ra d o r, u m a v e z q u e e s t e g o s t a d e la ( “q u e m s e t e n h a p o r d i t o s o / d e c a d a v e z q u e m e v e j a ”, vv. 3 -4 ). A l é m d is s o , p r o c e d e n d o d e f o r m a a ju iz a d a , p r e f e r e “ u m a s n o " , i s t o é, u m a p e s s o a d e c o n d i ç ã o s o c ia l in fe rio r, c o m p o u c a c u l t u r a e d e m a n e i r a s r u d e s , a a lg u é m c o m m o d o s c o r t e s e s (c a v a lo ). F in a lm e n te , e i n t e r p r e t a n d o a m e t á f o r a “A n t e s l e b r e q u e l e ã o " , (v. 8 ) , a c r e s c e n t e - s e q u e , e m v e z d e a l g u é m v i s t o s o e g a la n te , c o n t u d o m a is fe ro z , a c e ita r á a lg u é m m e n o s e sb e lto , m a s t a m b é m m e n o s d e s u m a n o .
5.
N o s v e r so s p a re n té tico s, e m ap arte , In ê s d e sv a lo ri za o co m p o rtam e n to de Pero M arques, que se m o stra e m o c i o n a d o c o m o “c a s a m e n t o ” e r e l u t a n t e e m a b r a ç a r a m u lh e r. GRUPO II
1.1. ( C ) ; 1.2. ( D ) ; 1.3. ( C ) ; 1.4. ( A ) ; 1.5. ( B ) : 1.6. (B); 1.7. ( A ) 2.1. A r m a s , f e r i d o s , m o r t o s , t e r r o r , ... 2.2. O r e f e r e n t e é " u m í n d i o g u a r a n i i n f a n t e ” ( l i n h a 2 3 ) . 2.3. O r a ç ã o s u b o r d i n a d a s u b s t a n t i v a c o m p l e t i v a . GRUPO III
A a u t o r a d e s t a c a o r o m a n c e Rastro do Jaguar, d e M u r i l o d e C a r v a lh o , c o m o u m a o b r a d e le itu ra s u rp re e n d e n te , r e s u lt a n te d a e x p e riê n c ia jo rn a lístic a e c in e m a t o g r á f ic a d o s e u autor. EDÍ I ÁV E L
SENTIDOS 10 • Livro de Testes • ASA
M. C E N Á R I O S D E R E S P O S T A
A c r e s c e n t a - lh e o s e u p e n d o r histó rico , b a s e a d o e m le itu ra s q u e o e s c r i t o r fe z d a s p e s q u i s a s d e A u g u s t e S a i n t ’ H ila ire , s o b r e u m ín d io g u a r a n i, p e r m itin d o - lh e d e p o is fic c io n a r e s s a fig u r a . A c u lt u r a b r a s ile ir a foi o m o t e p a r a u m a r e fle x ã o d e c a r á t e r e x iste n c ia lista . T o d o s e s t e s a s p e t o s c o n t rib u ír a m p a ra q u e o ro m a n c e tiv e sse sid o re c o n h e c id o c o m u m g a la r d ã o d a e d ito ra LeY a, p r é m io d e 1 0 0 m il e u ro s. (8 8 p a la v r a s)
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 8 (PP. 65-68) GRUPO I A 1.
O su je ito p o é tic o re c o rre à a p ó s t r o fe n o m o t e ( " C a m p o s b e m - a v e n t u r a d o s ”, c o m o f o r m a d e c o n c r e t i z a r u m p e d id o à re a lid a d e in te rp e lad a . N e s te ca so , p e d e a o s " C a m p o s " p a r a s e t o r n a r e m triste s, o u seja, re fle t i r e m o e s t a d o d e e s p í r i t o d o “e u ”.
2.
O con teú do do p o e m a está e stru tu rado co m b ase no r e c u r s o à a n títe se . E s t a e s t á p a te n te n a o p o s iç ã o d e d o is t e m p o s v iv e n c ia is d o su je ito p o é tic o ( p a s s a d o vs. p r e s e n t e ) . N e s t e s e n tid o , r e fle te d o is e s t a d o s d e a lm a o p o s t o s : a a le g r ia v iv id a n o p a s s a d o ("o s d ia s e m q u e m e v i s t e s / a l e g r e " , n o m o t e ; “J á m e v i s t e s l e d o s e r ”, v. 2 1 ) e a t r i s t e z a d o p r e s e n t e ( “A m o r c o n s e n t e / q u e t u d o m e d e s c o n t e n t e " , v v . 1 3 - 1 4 ; " t e m p o s [...] t r i s t e s , a q u i s ã o p r e s e n t e s / alegres já são passados", vv. 3 7 - 4 0 ) .
3.
O t e m a d a m u d a n ç a e stá , d e facto , p la s m a d o n o p o e m a , o q u e v e m c o n f ir m a d o n a ú ltim a e stro fe . A q u i, o "e u " re fe r e q u e a m u t a ç ã o n a N a t u r e z a é p o sitiva , p o is " s e m u d a o m a l p a r a o b e m " (v. 3 4 ) , o q u e c o n t r a s t a c o m a v i d a d o s u j e i t o lír ic o c u j o m a l m u d a “p a r a m o r m a l " (v. 3 5 ) , o u s e j a , p a r a p io r .
4.
O " a m i g o " é o r a p a z p o r q u e m a d o n z e la (o s u je it o p o é tic o ) e s t á e n a m o r a d a , p o is é p e r c e t ív e l a fe lic i d a d e d e l a e m i m a g i n a r o e n c o n t r o d o s d o i s ; a s “a m i g a s " a p r e s e n t a m -s e c o m o a s c o n fid e n te s d a ra p a riga , a q u e la s q u e t ê m c o n h e c im e n t o d o s e n t im e n t o q u e e la n u t r e p e l o “a m i g o " .
d o s v íc io s e rid íc u lo s in d iv id u a is (o ra d e f o r m a g r o s s e ir a e o b s c e n a ora c a ric a ta e gro te sc a ), c o m o a la m e n ta ç ã o de d e c a d ê n c ia d o s v a lo re s m o ra is, c o m o a re p ro v a ç ã o de c o m p o r t a m e n t o s d e h o m e n s d a po lítica (tra iç ã o d e fid a l g o s , c o b a r d i a d o s h o m e n s d a s a r m a s ) , [...]; • o s s u b g é n e r o s c o r r e s p o n d e m à s c a n t ig a s de e sc árn io , re c o r r e n d o - s e à ir o n i a e à a m b i g u i d a d e ("A i, d o n a f e a , f o s t e - v o s q u e ix a r"), e à s c a n t ig a s d e m a ld ize r, a t r a v é s d a s q u a is o t r o v a d o r c ritic a d e f o r m a a b e r t a e d ire ta ( " M a r t im / G il, u m o m e n v il"). Na obra vicentina, • n a Farsa de Inês Pereira, a s á t i r a é e s s e n c i a l m e n t e d e c a r á t e r s o c i a l e c e n t r a - s e n o s c o s t u m e s d a é p o c a (a im o r a l i d a d e , a a m b i ç ã o d e s m e d i d a , ...); • a s f o r m a s d e v e i c u l a r a c r ít ic a d o a u t o r s ã o : a iro n ia , a p e r s o n a g e m -tip o e o s d ife re n te s tip o s de có m ico .
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 9 (P P 6 9 - 7 2 ) GRUPOl A 1.
E s ta re fle x ã o d o p o e ta p o d e s e g m e n t a r -s e do m o d o se g u in te : a p rim e ira p a rte c o r r e s p o n d e a o s q u a tr o p ri m e iro s ve rso s, u m a ve z q u e aí se co n fig u ra u m a e s p é c ie d e in tro d u ç ã o à f o r m a d e a lc a n ç a r "A s h o n r a s i m o r t a i s . . . " (v. 4 ) ; c o n t u d o , a p a r t i r d o v e r s o c i n c o d a p rim e ira e stâ n c ia até ao fim d a e stâ n c ia 96, s ã o e n u m erad os todos os aspetos que não conduzem ao m é rito o u à g ló ria , p e lo q u e p o d e r ã o c o n s t it u ir a s e g u n d a p a r t e ; a t e r c e ir a p a r t e in ic ia n o v e r s o u m d a e s t â n c i a 9 7 , q u e a b r e c o m a c o n j u n ç ã o a d v e r s a t i v a “ M a s ”, d e m o d o a in tro d u z ir u m a o p o siç ã o , e le n c a n d o -s e a s f o r m a s c o n d u c e n te s ao a lc a n c e da gló ria e da honra. P o r fim , e c o r r e s p o n d e n d o a u m a q u a r t a p a rte , s u r g e a ú ltim a e stâ n c ia , ilu stra tiv a d a c o n c lu s ã o , a liá s c o n f i r m a d a p e l a v o c á b u l o " D e s t a r t e " , s i n ó n i m o d e “D e s t e m o d o ” o u "A ssim ".
2.
N o s trê s p rim e iro s v e r so s d e s ta c a m -s e a a n á fo ra e u m a e n u m e r a ç ã o , d a d o q u e a í s e e le n c a a q u ilo q u e n ã o p o d e n e m d e v e s e r u s a d o p a r a s e o b te r h o n r a s e gló ria s.
3.
N o c a n to I re fe r e -se a fra g ilid a d e d o s e r h u m a n o , o ta l “b i c h o d a t e r r a t ã o p e q u e n o " , q u e e s t á s u j e i t o a v á r i o s p e r ig o s, t a n to n a te r ra c o m o n o m ar. O ra , n a e s t â n c ia s e le c io n a d a , t a m b é m há re fe rê n c ia a o s s a c rifíc io s p o r que os H o m e n s terão de passar, quer na terra quer no m ar, p a ra a lc a n ç a r e m a s h o n r a s e a g ló ria m e re c id a s. P o r ta n to , o e sp írito d e s a c rifíc io é re fe r id o q u e r n a p a s s a g e m te x tu a l se le c io n a d a q u e r n a s re fle x õ e s do p o e ta d o p rim e iro can to .
B
5.
O s d o is ú lt im o s v e r s o s d e c a d a c o b la , e m je ito d e refrão, a p r e s e n t a m a c a u s a d o e n u n c ia d o a n te rio r m e n te , o u seja, o q u e ju s tific a a n e c e s s id a d e d a p r iv a c i d a d e d o c a s a l ( d a d o n z e l a e d o s e u “a m i g o ”), n e s t e c a s o a v o n ta d e de a ra p a rig a u su fru ir de a lg u n s m o m e n t o s d e in tim id a d e , a c e n t u a n d o -s e , a s sim , u m p o u c o o s e u la d o lev ian o . GRUPOU
1.1. ( C ) ; 1.2. ( A ) ; 1.3. ( A ) ; 1.4. ( B ) ; 1.5. ( D ) ; 1.6. ( B ) ; 1.7. ( D ) 2.1. " P e d r o A d ã o e S i l v a e J o ã o C a t a r i n o " ( l i n h a 4 ) . 2.2. C o m p l e m e n t o d o n o m e .
B
GRUPO lll
O v ila n c e te se le c io n a d o a p r e se n ta o a s s u n to no m ote. P o r e s t e s e p e r c e b e q u e s e irá t r a ç a r o r e t r a t o d e 'L ia n o r' e a a ç ã o q u e e s t a v a i le v a r a c a b o . P o r isso , n o s d o is p rim e iro s v e r s o s d a p rim e ira e stro fe , re fe re -se o o b je to q u e le v a n a c a b e ç a . M a s , a p a r tir d o te r c e ir o
A resposta do aluno deverá contem plar, entre outros, os
verso, predom ina a d e scrição da indum entária que a
se g u in te s aspe tos:
d o n z e la e stá a usar, e n q u a n to na s e g u n d a e stro fe se d e s t a c a m o s s e u s t r a ç o s físico s, c o m o a c o r d o s c a b e los, e a q u ilo q u e o s d e c o ra , a s u a b e le z a e f o r m o s u r a , q u e c o n t r ib u e m p a r a lh e d a r a in d a m a is g r a ç a .
2.3. O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d j e t i v a r e l a t i v a e x p l i c a t i v a .
Na poesia trovadoresca,
• a s á t ir a c e n t r a - s e e m a s p e t o s d e c a r á t e r s o c ia l e in d i v id u a l; a p r e s e n t a - s e , p o r e x e m p lo , c o m o a c a r ic a t u r a
4.
m m SENTIDOS 10 ■ livro de Testes • A S A
fU r .F N Á R I O S D E R E S P O S T A
A m b a s a s e str o fe s t e r m in a m c o m a re p e tiçã o d o m e s m o m o n ó s t i c o - r e f r ã o ( “V a i f e r m o s a , e n ã o s e g u r a " ) q u e p e rm ite a c e n tu a r a fo r m o s u r a e a in se g u ra n ç a da d o n z e la . 5. N o t e x t o d e s t a c a - s e a a d j e t i v a ç ã o , a o s e r v i ç o d a c a r a c t e r i z a ç ã o d a d o n z e l a ( “f e r m o s a " , n o m o t e , “ m a i s b r a n c a q u e a n e v e p u r a " , v. 6 , - e x p r e s s ã o e x e m p l i f i c a t iv a d a c o m p a r a ç ã o ) e a m e t á f o r a e m “m ã o s d e p r a t a ” (v. 2 ) e “c a b e l o s d ' o u r o " (v. 9 ) . E s t e s r e c u r s o s e x p r e s siv o s t o r n a m o re tra to m a is im p re ssiv o e su g e stiv o . GRUPO II U (B); 1.2. (C); 1.3. (A); 1.4. (B); 1.5. (D); 1.6. (B); 1.7. (D) 2.1. O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d j e t i v a r e l a t i v a r e s t r i t i v a .
p o d e r e m d e s fru ta r do p ré m io ou re c o m p e n s a p e lo s tra b a lh o s p a ssa d o s. 3.
A re fe rê n c ia a o s d e u s e s p a g ã o s c o n stitu i u m a e sp é c ie d e ju s tific a ç ã o p a r a s e p o d e r a trib u ir a o s p o r t u g u e s e s u m e s t a t u t o d iv in o , u m a v e z q u e a s d iv in d a d e s e v o c a d a s t a m b é m já t in h a m s id o h u m a n a s . Foi g r a ç a s a o s s e u s fe ito s e x c e c io n a is q u e a lc a n ç a r a m o p a t a m a r d o s d e u se s, su g e rin d o -se que os lu sita n o s ta m b é m p o d e r i a m a s c e n d e r a e s s e níve l. B
4.
A n a u p a rtira c o m c o n d iç õ e s fa v o r á v e is à n a v e g a ç ã o . C o n tu d o , p o u c o t e m p o d e p o is, o v e n to a s s u m iu o u t r a s p ro p o rç õ e s, o q u e fez c o m q u e a n a u fo s s e a rr a s ta d a p a ra u m b a ix o o n d e fic o u e n c a lh a d a , e o s s e u s o c u p a n t e s p o d e r ia m t e r p e r d id o a vid a , c a s o o m a r e s t i v e s s e m a is ira d o e n ã o t iv e s s e m sid o s o c o r r id o s p o r o u tro s b a té is m a is p e q u e n o s. P a r a q u e a n a u d e s e n c a l h a s s e , foi n e c e s s á r io l a n ç a r fo ra p a rte d o c a rr e g a m e n to , te n d o d e p o is sid o le v a d a e r e c u p e r a d a n o p o r to d a vila p ara, d e n o v o e d e p o is d e p re p a ra d a , se r la n ç a d a ao m ar.
5.
A p a r a g e m n u m a d a s ilh a s d e C a b o V e rd e d e v e u -s e a u m n o v o d e s a str e m a rítim o q u e fe z c o m q u e o c a s c o da n a u a b r iss e e e n t r a s se g r a n d e q u a n tid a d e de á gu a . O ra, e a p e sa r de a á g u a e sta r co n tin u a m e n te a se r b o m b e a da, e sta c o n tin u a v a a a la g a r a e m b a rc a ç ã o , te n d o o s m a s t r o s t a m b é m a c a b a d o p o r quebrar, o q u e o b rigo u o s m a re a n te s a fazer nova p a ra g e m para re co m p o r o n a v io e e lim in a r d e fin itiv a m e n te a á g u a q u e aí e n tra ra . GRUPOU
2.2. E m p r é s t i m o . 2.3. S u j e i t o . GRUPO III Introdução; A s itu a ç ã o g e o g r á f ic a d e P o r t u g a l e ra p ro p ícia à n a v e g a ção , m a s o m a is im p o r t a n t e e ra s a ir d a c r ise e d a d e p e n d ê n c ia e m q u e a n a ç ã o s e e n c o n tra v a . A lé m d isso , d o m in a r a s r o t a s c o m e r c i a i s e, p r e f e r e n c i a l m e n t e , c o n t r o l a r o s l o c a is d e p r o d u ç ã o t r a n s f o r m a r a - s e n u m a p rio rid a d e . Desenvolvimento; A s s im , a n e c e s s id a d e e o e sp írito a v e n tu re iro d o s p o r tu g u e s e s i m p e l i a - o s p a r a n o v a s p a r a g e n s . C o n t u d o , p a r a ta l, e r a m n e c e s s á r io s p r o g r e s s o s a o n ív e l d a c o n s t r u ç ã o n a v a l e d o s in stru m e n to s de n avegação. G r a ç a s a o d e s e n v o lv im e n t o d e n o v a s té c n ic a s, a s n a u s su b s titu ír a m a s c a ra v e la s, p e rm itin d o a v a n ç a r c o m v e n to s co n trá rio s. M as, n e ssa s navegações, os portu gu e ses confron taram -se c o m fe n ó m e n o s n a tu ra is e c o m s itu a ç õ e s a d v e rsa s, c o m o s e n a r r a e m Os Lusíadas, c o r r i g i n d o - s e , d e s t e m o d o , r e a l i d a d e s e r r a d a m e n t e d e s c r it a s e m liv ro s e e n fa tiz a n d o -s e o c o n h e c im e n t o e x p e rie n c ia l. A lé m d isso , a s n a v e g a ç õ e s d e t e r m in a r a m o c o n t a c to c o m o u t r a s re g iõ e s, h a b it a d a s p o r e sp é c ie s a n im a is e b o t â n ic a s d ife re n te s, e p o r p o v o s c u ja s c u ltu r a s o u h á b ito s s e o p u n h a m à s d o s p o v o s o c id e n ta is. Conclusão: P e lo e xp o sto , fa c ilm e n te se co n c lu i q u e o s D e s c o b r im e n to s n ão só u n ific a ra m o m u n d o c o m o o d o ta ra m de m a is c o n h e c im e n to s, fa z e n d o c o m que a h u m a n id a d e d e se n v o l v e s s e o u tra s ca p a c id ad e s. 1 7 6 p a la v ra s
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 10 (PP. 73-76) GRUPO I 1.
2.
A O s n avegad o re s e n co n tram -se na Ilh a do s A m o re s e a s u a e s t a d ia n e s s e lo c a l foi d e t e r m in a d a p o r T é tis q u e a co lo c o u no c a m in h o d o s p o rtu gu e se s, p a ra que e ste s aí a p o r ta s s e m e aí fo s s e m p re se n te a d o s e re c o m p e n s a d o s , p e lo s fe ito s re a liz a d o s, a in d a a n t e s de c h e g a r à P á tria . E ste m o m e n to a s s u m e -s e c o m o sim b ó lic o ou a le g ó rico , p o is n e s t e l o c a l o s p o r t u g u e s e s a s c e n d e r ã o a o p a t a m a r d o s d e u s e s , i s t o é, s i m b o l i c a m e n t e s e r ã o d iv in iz a d o s, a n u n c ia n d o - s e a s u a s u p e r io r id a d e p o r aí
1.1. ( B ) ; 1.2. C ; 1.3. B ; 1.4. D ; 1.5. A ; 1.6. C ; 1.7. B 2.1. P r e d i c a t i v o d o c o m p l e m e n t o d i r e t o . 2.2. S u b o r d i n a d a a d v e r b i a l c a u s a l . 2.3. O r e f e r e n t e é " o s p o r t u g u e s e s " . GRUPO III Introdução; E fe tiv a m e n te , C a m õ e s c o lo c a n u m p a t a m a r s u p e rio r a su a e p o p e ia , c o n s id e r a n d o -a m a is v e r d a d e ira d o q u e a s d a A n tigu id a d e . P o ré m , a v e r d a d e é q u e o m a r a v ilh o s o s e e n c o n tra p re se n te e m in ú m e r o s ca n to s, d ista n c ia n d o -se , a ssim , d a v e r a c id a d e re c la m a d a . Desenvolvimento: R e c o r d e -s e , p o r e x e m p lo , o C o n s ílio d o s d e u s e s, re fe rid o n o c a n to I, e q u e re ú n e p a ra d e c id ir o fu tu r o d o s n a v e g a d o re s p o r tu g u e se s, ou a in d a a figu ra do g ig a n te A d a m a sto r, e m d iá lo g o c o m V a s c o d a G a m a , e t a m b é m o e p isó d io d a Ilh a d o s A m o re s, o n d e o s h u m a n o s e a s n in fa s c o n fra te r n iz ara m . E s t a s e o u tra s situ a ç õ e s fa z e m -n o s p e n s a r q ue C a m õ e s te rá e sq u e c id o o se u p ro p ó sito de ve rd ad e , p e rm itin d o -n o s q u e stio n a r o p o rq u ê d e sta in c u r sã o p e lo m a r a v i lh o so . E a m e n o s q u e a o b e d iê n c ia a o s c â n o n e s d o g é n e r o o t iv e s s e m im p e lid o a e sta in c lu sã o , n ã o s e p e rc e b e o u n ã o s e j u s t if ic a e s t a a titu d e . Conclusão: T a lv e z o o b je tivo d o p o e ta f o s s e u lt r a p a s s a r o s s e u s a n t e c e s s o r e s e q u is e s s e e n a lte c e r a s u a ge n te, c o lo c a n d o -a a d e sa fia r e a ig u a la r o s p ró p rio s d e u se s. S ó a s s im s e c o m p re en d e a c o n te m p la ç ã o do m a ra v ilh o so n e ste p o e m a é p ico . 1 6 8 p a la v r a s
F im im SENTIDOS 10 • Livro de Testes • AS A
04. C E N Á R I O S D E R E S P O S T A
TESTE DE AVALIAÇÃO N.° 11 (PP. 77-8O) GRUPO I A 1.
2.
3.
4.
5.
A in te m p é rie d e sc rita n o e x c e rto p ro vo co u , e n tre outros: - g ra n d e s b a la n ç o s na nau; - e n tra d a de g ra n d e q u a n tid a d e de á g u a na n a u e a n e c e s s id a d e d e s e dar, d e n o v o , à b o m b a ; - p e r d a d o s p o u c o s a lim e n t o s já e s c a s s o s ; - re striç ã o na d istrib u iç ã o d o s a lim e n to s; - ro m p im e n to d a s v e la s e d o s cabos. En q u an to a força da N atureza, d e m o n strad a n os ve n tos e n a s v a g a s fortes, p ro ta g o n iz a a ç õ e s d e stru tiv a s c a p a z e s d e tira r a e n e rg ia a o s h o m e n s /m a r in h e ir o s , J o r g e d e A lb u q u e rq u e , p e lo co n trá rio , c o m a s s u a s p a la v r a s e o s s e u s e x e m p lo s, tin h a 0 p o d e r de r e a n im a r a q u e le s q u e v i r a m a m o r t e p e l a f r e n t e (“e e m t ã o a m i g o s , t ã o b ra n d o s, tã o p ie d o so s te r m o s lh e s fa la v a se m p re , que q u a s e s e m f o r ç a s s e le v a n t a v a a g e n te : re d iv iva, p ro n ta , - r e t o m a v a a f a i n a . " , ll. 1 7 - 1 9 ) . N o e x c e r t o “E m b a r c a r a d o e n t e n o B r a s il; e a g o r a , d e p o is d e t a n t a s lu t a s e d e t a n t o e sfo rç o , d e t a n t a s p ri v a ç õ e s e d e t a n t a s p e n a s , j a m a is s e lh e o u v ia a m e n o r d a s q u e ix a s. I ã o s ã o lh e s p a re c ia e tã o b e m d isp o sto , t ã o p ra z e n te iro , t| o fo r te c o n t in u a d o r d o s s e u s t r a b a lh o s q u e c a u s a v a e sp a n to e e n v e rg o n h a v a a todos." (ll. 1 9 - 2 2 ) , p o d e m o s o b s e r v a r a f o r ç a f í s i c a e p s í q u i c a d e J o r g e d e A lb u q u e r q u e , a s u a re sid ê n c ia e 0 s e u e sp íri to de sa c rifíc io q u e s e r v e m d e e x e m p lo a to d o s, a s p e t o s q u e s u r g e m d e s t a c a d o s c o m 0 re c u r s o a o q u a n tific a d o r e x i s t e n c i a l ( " t a n t a s " / “t a n t o ”) e a o a d v é r b i o d e q u a n t i d a d e e g r a u “t ã o " ( s u b l i n h a d o s n o e n u n c i a d o ) . B
Título
f i
Sentidos 10 Livros de Testes Português 10.” Ano Autoras
Ana Catarino Célia Fonseca
i
Isabel Castiajo Maria José Peixoto Execução Gráfica
CEM Depósito Legal
387 143/15 ISBN
978-888-89-0432-0 Ano / Edição / Tiragem / N.° Exemplares
2015 / l . a Edição /1." Tir. / 6000 Exs.
t ( r
í í
A s e stâ n c ia s tr a n s c r ita s r e p o rta m -s e à P ro p o siç ã o , m o m e n t o e m q u e C a m õ e s d iz 0 q u e s e p r o p õ e c a n ta r. A s s im , d e sta c a , na p rim e ira e stâ n c ia , o s n a v e g a d o r e s lu sita n o s que, p e la s u a c o ra g e m , o u s a d ia e e sp írito de s a c r i f í c i o , “P a s s a r a m a i n d a a l é m d a T a p r o b a n a , " (v. 4 ) ; n a s e g u n d a e s t â n c i a , d iz c a n t a r a q u e l e s “R e i s " q u e e s p a lh a r a m a Fé c ristã e a u m e n t a r a m 0 Im p é r io p o r tu g u ê s e a in d a im o r ta liz a r á , p e la p a la v r a p o é tica , t o d o s a q u e le s que, p e la s o b r a s g r a n d io sa s q u e re a liza ra m , m e r e c e m se r e te rn a m e n te le m b ra d o s/re c o n h e c id o s. O q u e d is t in g u e a e p o p e ia c a m o n ia n a d a s o u t r a s q u e lh e s e r v i r a m d e m o d e l o é, f u n d a m e n t a l m e n t e , a n a t u r e z a d o herói c a n ta d o . C a m õ e s c a n ta rá u m herói c o le tiv o e re al, 0 p o v o p o r tu g u ê s , 0 q u e s e a f a s t a d o h e ró i f ic c io n a l e in d iv id u a l d a s o u t r a s o b r a s. GRUPO I!
I
I. !• (
AMOSTRA NÃO COMERCIALIZÁVEL
1.1. ( D ) ; 1.2. ( B ) ; 1.3. ( B ) ; 1.4. ( C ) ; 1.5.( D ) ; 1.6. ( A ) ; 1.7. ( C ) 2.1. C o m p l e m e n t o o b l í q u o . 2.2. O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d v e r b i a l t e m p o r a l . 2.3. D e t e r m i n a n t e p o s s e s s i v o . GRUPO III
i
LeYa E D U C A C A O www.leyaeducacao.com
R e s p o s ta de c a r á te r p e sso a l.
978-888-89-0432-0 | llll
1 9
| www.leya.com
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LeYa
88
I
De acordo com a lei n! 47/2006, este exemplar destina-se eo órgão da escola competente para a avaliação e a adoção de projetos escolares
w w w .asa.pt
7 8 8 8 S 58
9 0 4 3
III 2 0
PO R T U G U Ê S «10?A no A n t ó n io V ila s - B o a s M a n u e l V ie ira
• 2 T e s te s de D ia g n ó s tic o
s
• 15 T e s te s de A v a lia ç ã o
/
(M o d e lo IA V E - A d a p t a d o s )
• 7 T e s te s de C o m p re e n s ã o do O ra l • M a triz e s de C o n te ú d o s • G re lh a de C o rre ç ã o /C o ta ç ã o >
• C e n á rio s de R e sp o sta
Materiais disponíveis em formato editável em / '
E 3 AULA DIGITAL
Título Entre Palavras 10 Livro de Testes 10? Ano de Escolaridade Autores António Vilas-Boas Manuel Vieira Capa Alberto Faria Execução Gráfica CEM, Artes Gráficas, S.A. Depósito Legal N.° 387 160/15 ISBN 978-888-89-0441-2 Ano / Edição / Tiragem / N.° de Exemplares 2 0 15 / 1 f Edição / 1 f Tir. / 6000 Ex.
Nota do Editor Este projeto, por determinação do Ministério da Educação e Ciência, encontra-se de acordo com a nova norma ortográfica, com exceção dos textos de Educação Literária (poesia trovadoresca, Femão Lopes, Gil Vicente e Luís Vaz de Camões).
E d ições ASA ií, S.A. © 2015, ASA, uma editora do Grupo Leya E-mail:
[email protected] . Internet: www.asa.pt Linha do Professor 707 258 258 LIVRARIAS Aveiro Leya em Aveiro Centro Comercial Glicínias Plaza, Lj 68-70 Rua D. Manuel Barbuda e Vasconcelos 3810-498 Aveiro Funchal
Porto ,Leya na Latina Rua de Santa Catarina, 2-10 4000-441 Porto
Rua do Hospital Velho, 44 Sta. Maria Maior 9060-129 Funchal
Santarém Leya na Caminho Rua Pedro de Santarém, 41 2000-223 Santarém
Lisboa
Viseu
Leya na Buchholz Rua Duque de Palmeia, 4 1200-098 Lisboa
Leya na Pretexto Rua Formosa, 83 3500-135 Viseu
Leya n o F u nch a l
AMOSTRA NÃO COMERCIALIZÁVEL
índice T e s te s d e d ia g n ó s tic o
T e s te s -m o d e lo I A V E
T e s te s d e c o m p re e n s ã o d o o ra l
A n e x o s ........................................................................
4
12
68
8 4
Critérios gerais de classificação dos te ste s....................................... Matriz dos testes de diagnóstico Matriz dos testes-modelo IAVE .. Grelha de correção/cotação.......
88
S o lu ç õ e s
9 0
8 4
86 8 7
T e s t e s d e d i a g n ó s t ic o
T e s te d e d ia g n ó s tic o
Nome
Data
T u rm a
V__
GRUPO I Â Lê o texto seguinte, Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
• s
10
15
20
25
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto1 enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas2. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas3. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife4 mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima5 palavras como «data natalícia» e «saudade». Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado6 como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a mi nha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do «dia seguinte» com ela ia se repetir com meu coração batendo. Clarice Lispector, «Felicidade clandestina», in Contos de Clarice Lispector, Lisboa, Relógio d'Agua, 2006.
Vocabulário 1 seios; 2 os seios não se notavam ainda; 3 rebuçados;4 cidade do nordeste brasileiro; 6 muito bem desenhada; 6 edifício com vários andares
Apresenta, de form a clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Divide o texto em duas partes lógicas, justificando.
2. Caracteriza psicologicam ente a narradora, tendo principalm ente em atenção a sua relação com a leitura. EDI TAVEL 4
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3. Para sugerir a sua felicidade perante a perspetiva de poder ter acesso a um Livro que muito desejava ler, a narradora serve-se de uma sucessão do mesmo recurso expressivo, Identifica-o apresentando pelo menos um exemplo. 4. Explica por que razão a narradora ficou «Boquiaberta», L. 20, quando percebeu que não iria receber o livro emprestado.
B Escreve um texto que tenha entre 80 e 130 palavras no qual apresentes um livro que tenhas lido e aconselhes outros jovens da tua idade a lê-lo.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário.
In ês de C astro e o seu tem po A figura de Inês de Castro, na aventura amorosa que viveu com D. Pedro, herdeiro do reino de Portugal, bem como a sua morte trágica, quase sempre é evocada em termos romanceados, tendo servido de mote a uma gama variada de expressões artísticas. Mas certo é que esse acontecimento deve ser explicado pela investigação histó rica inserido no conhecimento genérico do tempo em que ocorreu. De facto, Inês de Castro não era uma dama de 5 família desconhecida. Antes pertencia a um núcleo que, no reino vizinho1, engrossava as fileiras de uma oposição senhorial2com que o respetivo rei permanentemente se confrontava. Por isso, a sua ligação ao reino de Portugal, nomeadamente ao herdeiro do trono, não estava isenta de consequências políticas. Importa, pois, analisá-las para que possamos perceber as circunstâncias concretas que poderão explicar a atitude de Afonso IV de Portugal ao consentir no assassínio da jovem apaixonada de seu filho e herdeiro. io Essas explicações não poderão cingir-se àpolíticaintemaportuguesa, às rivalidades sociais, ou aos problemas económicos, mas deverão enquadrar-se no todo peninsular, onde importa confrontar sobretudo a política luso-castelhana, nas relações de proximidade entre os reinos no período que decorreu entre 1325 e 1369. Quer isso dizer que importa entender, por parte de Portugal, os reinados de D. Afonso IV (1325-1357) e de D. Pedro I (1357-1367) e, em Castela, a parte final do reinado de Afonso XI (1312-1350) e o de Pedro, o Cruel (1350-1369). 15 Mas impõe-se ainda ter presente que toda esta ação decorre no século XIV, século marcado por um cortejo de calamidades que tiveram amplas repercussões a nível social, económico e, obviamente, político, nos reinos do ocidente europeu. Tradicionalmente, caracteriza-se esse século como o do outono da Idade Média3, mas tam bém como 0 século «das fomes, das pestes e das guerras», desastres capazes de alterar 0 processo dos reinos que, depois do século XI, tinham iniciado um caminho de reorganização de instituições e reconhecimento do poder 20 régio. Precisamente esse caminho visava a recuperação da autoridade dos monarcas, o que exigia o domínio dos grandes poderes senhoriais-feudais, que haviam caracterizado 0 tempo anterior. Ora, de entre os desastres que marcaram o novo século, devemos distinguir dois que tiveram uma extraordi nária dimensão e de algum modo foram pano de fundo em muitas das situações calamitosas vividas na Europa de - Trezentos: a Guerra dos Cem Anos que, iniciada em 1337, se estenderia, ainda que com algumas interrupções, até 25 1453, e a Peste Negra, com um período de ação fortíssima, que decorreu entre 1347 e 1350. (...) Estas calamidades seriam responsáveis por graves crises sociais. Manuela Mendonça. « Inê s de Castro - uma vítim a da política ibérica do século X IV ?» , in In ê s de Castro 1355-2005 - Exposição bibliográfica, Lisboa,
Biblioteca Nacional, 2005, pp. 21-22. (Texto adaptado)
V ocab u lá rio
1 em Espanha; 2 oposição ao rei por partes de senhores, de nobres; 3 fase da Idade Média em que esta se aproxima do seu fim
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T e s t e s d e d i a g n ó s t ic o
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 A história amorosa de Inês de Castro deu origem
D (A) a muitos romances. □
(B) a investigações históricas.
□ (C) a poemas, romances, peças de teatro, quadros. □
(D) a expressões figurativas.
1.2 Para se compreender bem a história de Inês de Castro, é necessário
□
(A) conhecer o contexto histórico da época em que se desenrolaram os acontecimentos.
O ( B ) conhecer bem quem era a família de Inês de Castro. 0 ( C ) saber quem, em Espanha, se opunha ao rei. C j (D) compreender as consequências políticas da ligação de Inês a Pedro de Portugal. 1.3 Para se perceber porque é que D. Afonso IV consentiu o assassínio de Inês de Castro, é preciso conhecer bem
□
(A) a realidade política europeia da época.
[ 1(B) a realidade política portuguesa da época. O (C) a realidade política da Península Ibérica da época. □
(D) os reinados de D. Afonso IV e de seu filho D. Pedro I.
1.4 O texto refere o conjunto de desgraças que caracterizam o século XIV através de uma
□
(A) hipérbole.
□
(B) anáfora.
□
(C) comparação.
□
(D) metáfora.
1.5 A relação que a autora estabelece, no terceiro parágrafo, entre as «calamidades», L. 16, nele referidas e deter
minados acontecimentos políticos é de O (A) possibilidade. □
(B) causalidade.
O (C) consequência. □
(D) oposição.
2. Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1 Indica, justificando, o processo de formação presente na palavra «luso-castelhana», ll. 11-12, (texto do
Grupo II). 2.2 Indica a função sintática da expressão destacada em «que haviam caracterizado o tempo anterior.», I. 21,
(texto do Grupo II). 2.3 Classifica a oração subordinada presente em «disse-me que havia emprestado o livro a outra menina»,
1.19, (texto do Grupo I).
GRUPO I I I Ler por prazer é uma atividade a que se dedicam jovens e pessoas de todas as idades. Escreve um texto de opinião, que pudesse ser publicado num jornal escolar, no qual demonstres a importância da leitura. O teu texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras. EDITAVEl 6
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T e s te d e d ia g n ó s tic o
Nom e
T u rm a
D a ta
J
V
GRUPO I A Lê o texto seguinte.
As armas e os barões assinalados Que, da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando: Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram; Cale-se deAlexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram; Que eu canto o peito ilustre Lusitano, A quem Neptuno e Marte obedeceram. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta. Luís de Camões, Os Lusíadas, 3.* edição, Porto, Porto Editora, 1987. (Edição organizada por Emanuel Paulo Ramos)1
1. Identifica o texto, inserindo-no na estrutura interna da obra a que pertence. 2. Refere os vários assuntos presentes nas duas primeiras estâncias que vão ser alvo do canto do Poeta. 3 . Na terceira estância, está implícita a expressão do sentimento de orgulho. Refere as causas que estão na origem
desse sentimento. 4. Identifica, justificando, o recurso expressivo presente em «Por mares nunca dantes navegados», v. 3, da primeira estância. EDI TAVEL Entre Palavras 10 •Livro de Testes •
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T e s t e s d e d ia g n ó s t ic o
B Escreve um texto no qual, recorrendo à tua experiência de leitura, exponhas os motivos de crítica apresentados por GiL Vicente no Auto da Barca do Inferno ou no Auto da índia em relação ao Fidalgo ou a Constança, respetivamente. O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário.
P reparação p a ra um a v iag e m de auto n om ia - por F ilo m en a Gomes A preparação para uma viagem de bicicleta em autonomia não é nova para nós. Na verdade, há alguns anos que o fazemos. Começámos com pequenas viagens, de 2 ou 3 dias, e fomos evoluindo para viagens um pouco maio res, à medida que a paixão pelas viagens e pela bicicleta crescia. Primeiro andámos por Portugal, depois fomos até Espanha, percorrendo os vários Caminhos de Santiago e depois mais longe, pela Europa e não só. 5 Gostávamos que as pessoas percebessem e se convencessem que não é preciso ser dotado fisicamente para fazer isto; basta ser empenhado e esforçado. Também não é preciso ser rico ou dispor de grandes recursos finan ceiros para colocar em prática uma viagem em bicicleta; nós até somos adeptos do low cost, e poupamos 0 mais possível durante estas nossas viagens. Nem tão pouco é preciso estar desempregado ou abandonar o emprego ou a vida que se tem para poderviajar em bicicleta; basta guardar as férias a que se tem direito por lei e utilizá-las nes10 tas viagens. Pois outra coisa não sabemos fazer e não gastamos nem férias nem dinheiro em cruzeiros, excursões ou viagens exóticas organizadas. A organização fazemos nós, os locais exóticos somos nós que os delineamos, com estudo de percursos/fracfe de GPS, alojamentos, inffaestruturas existentes, tudo retirado da Internet, de sites oficiais ou de blogs e fruto de muitos, muitos pedidos de colaboração com pessoas que sabemos já terem pedalado nos locais onde queremos ir. Estas pessoas são muitas vezes desconhecidas, que encontramos Online, 15 portugueses ou estrangeiros, e após as sucessivas conversas via e-mail e trocas de informação, tomam-se verda deiramente nossas conhecidas de há muito tempo! O mundo ésimples, é um título de um livro de Gonçalo Cadilhe, e é verdade! As pessoas estão dispostas a dar o que têm. Não só fornecem voluntariamente a informação de que dispõem para ajudar quem quer viajar, como também, em viagem, as pessoas que se encontram por esse mundo fora são, regra geral, amistosas. Convidam20 -nos para sua casa. Oferecem de comer e de beber. Conversam. Apreciam e admiram. Gostam de saber e de co nhecer. Incentivam. E são generosas e bem-intencionadas. Independentemente do local do mundo. Os viajantes em bicicleta não são alvos a abater. Pelo contrário, chamam a atenção pela simplicidade do seu meio de transpor te e não atraem a cobiça alheia, pois são encarados como gente despojada de grandes bens. Por isso, atrevam-se, partam e não receiem pois quem não se atreve, mais tarde lamentará não o ter feito... 25 Viajar de forma simples significa também ser simples na bagagem, sobretudo quando temos de carregar tudo numa bicicleta! Assim, basicamente, o que carregamos para uma viagem de 3 dias é o mesmo que carregamos para uma viagem de 1 mês, por estranho que possa parecer! A roupa lava-se diariamente e há truques para ajudar à secagem. (...) Também temos de ser simples e contidos nos artigos de higiene e dormida. Bolsas, necessaires1 e carteiras só fazem peso e volume; há que acondicionar tudo em sacos de plástico e ter 0 cuidado de transportar 30 roupa e saco-cama (forçosamente de pequeno peso e volume) em sacos estanques, para 0 caso de chuva. EDI TAVEL 8
(continua)
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A nossa preparação física não é específica. Desde há vários anos que temos hábitos desportivos diários. Sabe mos que estamos fisicamente preparados porque temos experiência e, por isso, temos noção do que é pedalar dias e dias seguidos, numa média de 100 km diários, com alforges2 a pesar 10 ou 15 kg, com chuva, frio e vento, ou com calor abrasador. Na realidade, o fator físico é aqui secundário. O principal é 0 fator psicológico, é a determi35 nação mental em prosseguir, aconteça o que acontecer, o caminho é para a frente. Ninguém fica no meio de uma montanha ou de um deserto. Se ficar, por motivo de uma avaria ou intempérie, há que manter a calma, analisar a situação e decidir em conformidade. Mas tudo tem solução e há que ser forte, flexível e ter espírito de sacrifício. Ninguém se perde, pois os preciosos GPS Garmin indicam 0 caminho a seguir, bem como as estradas/vias alter nativas existentes por perto. (...) 40 Manter o espírito aberto, ser otimista, permeável ao que nos rodeia e bom observador, são estas as chaves para qualquer viagem em bicicleta. Uma certa dose de audácia, boa disposição e pronto! http://eupedalo.blogs.sapo.pt/62203.html (Texto adaptado, com supressões, consultado em 24-10-2014)
V ocab u lário 1 p e q u e n a b o l s a p a r a c o l o c a r o b j e t o s d e toilette, 2 t i p o d e s a c o
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta, 1.1 Na opinião da autora, as qualidades que permitem 0 sucesso no tipo de atividade desportiva que refere são de natureza □
(A) exclusivamente física.
□
(B) física e psicológica.
□ (C) mais física do que psicológica, ( 1(D) principalmente psicológica. 1.2 A referência ao livro de Gonçalo Cadilhe 0 mundo é simptes, 1.17, serve para
CD (A) apresentar um livro que aconselha solidariamente sobre como viajar de bicicleta. Q (B) indicar um livro que comprova a solidariedade recebida por quem viaja de bicicleta.
O (C) indicar um livro que comprova a solidariedade oferecida por quem viaja de bicicleta. O (D) apresentar um Livro que aconselha sobre como ser solidário para quem viaja de bicicleta. 1.3 De acordo com 0 quarto parágrafo, LL. 25-30, a simplicidade em viagem deve incidir sobre □
(A) toda a bagagem.
□
(B) a maior parte da bagagem.
O (C) a bagagem mais importante. □
(□) a bagagem menos útil.
1.4 A função da tecnologia referida no quinto parágrafo, ll. 31-39, é [ ) (A) ajudar à preparação física. Q (B) contribuir para a preparação psicológica.
CD (c ) possibilitar a orientação. CD (°) encontrar alternativas a um caminho. EDI TÁVEL Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes • /\^\
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T e s t e s d e d i a g n ó s t ic o
0 recurso expressivo presente na frase «são estas as chaves para qualquer viagem em bicicleta.», ll. 40-41, é a
1.5
□
(A) comparação.
O (B) hipérbole.
□
(C) sinédoque.
( ) (D) metáfora. 2. Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1 Indica qual o processo fonológico que se verifica na passagem da «alevanta», v. 8, estância 3, para Levanta
(texto do Grupo I). 2.2 Identifica a função sintática da expressão «empenhado e esforçado», l. 6, (texto do Grupo II). 2.3 Classifica a oração subordinada presente na frase «Sabemos que estamos fisicamente preparados», ll. 31-32,
(texto do Grupo II).
GRUPO I I I A juventude é uma fase da vida frequentemente associada ao desporto e ao exercício físico, Escreve um texto de opinião, que pudesse ser publicado num jornal escolar, no qual demonstres a importância da atividade física para um harmonioso desenvolvimento pessoal dos jovens - física e psicologicamente. 0 teu texto deve ter um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras.
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
A | T e s t e Nom e
d e a v a lia ç ã o
Sequência 1
______________________
T u r m a ___________ D a t a ____________
V____
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y
GRUPO I
A Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
Relato de 'viagans Em v iag e m p@l@ A feg an istão MAZAR-I-SHARIF, 27 de maio Esta cidade deve a existência a um sonho. No tempo do sultão Sanj ar, que reinou na primeira metade do século XII, chegou a Balkh, vindo da índia, o boato de que 0 túmulo de Hazrat Ali, 0 quarto califa1, se encontrava ali perto. Tal ideia foi negada por um dos mullahs2 locais, o qual acreditava, como ainda acontece hoje com a maioria dos xiitas3, que o túmulo se achava em Nejef, na 5 Arábia. Então o próprio Ali apareceu ao mullah em sonhos e confirmou o boato. O túmulo foi encontrado, e o sultão Sanj ar mandou erigir um santuário sobre ele, que ficou pronto em 1136 e se transformou no núcleo da cidade atual. O santuário foi depois destruído por Gengis Khan4. Em 1481, substituiu-se 0 primeiro santuário por outro, a pedido de Hussein Baikara, que no ano anterior estivera em campanha em Oxiana. Desde então, Mazar passou a ser um local de peregrinação, destituindo gradualmente as ruínas de Balkh, cidade atacada pela febre, tal como 10 Mashad substituiu Tus pelo mesmo processo em Coraçone. MAZAR-I-SHARIF, 28 de maio
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-
Em frente ao hotel há um jardim público, onde florescem cravos-dos-poetas, bocas-de-lobo e até primaveras. Entre os canteiros, dispuseram-se banquinhos, bem como esteiras5, que são mais populares, e onde as pessoas se sentam com bebidas, enquanto ouvem música. Há duas bandas. A primeira - uma fila de velhotes com ins trumentos de metal - está ao sol. Sabem três músicas europeias e são acompanhados por dois jovens, que se encontram atrás deles e batem cada compasso nos ferrinhos e no tambor. A outra banda, em pose indolente em cima de um estrado à sombra de uma árvore, toca música indiana com uma viola, vários tambores e um harmónio pequeno. Ficamos a ouvir música dos nossos quartos, com j anelas de sacada que dão para uma varanda nas
traseiras do jardim. Todas as tardes, quando as nuvens se aglomeram sobre as montanhas, abate-se sobre a cidade uma lassitude5 ir20 resistível. As moscas e um calor húmido invadem o quarto. Os cacarejos de perdizes levaram os meus devaneios para uma tarde de setembro em casa, até que me lembrei que deviam aguardar uma luta. Porquê estas nuvens? Estábastante - calor, mas o verão já devia ter-se instalado há seis semanas. Não há memória de um ano semelhante. A chuva da noite - em que chegamos fechou a estrada para Cabul7 durante um mês. Em Haibak, houve uma aldeia inteira que caiu para o - desfiladeiro. Se prosseguirmos a cavalo, como talvez se venha a revelar necessário, teremos de montar acampamento. Robert Byron, A estrada p ara Oxiana. Lisboa, Tinta da China. 2014. pp. 355-358. (Texto adaptado) Vocabulário e notas 1 o quarto dirigente máximo da religião muçulmana, o terceiro depois de Maomé; 2 espécie de sacerdotes muçulmanos;
um dos dois ramos
principais da religião muçulmana; 4 guerreiro lendário mongol que conquistou grandes territórios na Ásia; 5 espécie de tapetes; 6 diminuição de interesse; enfastiam ento, tédio; 7 capital do A feganistão
EOITAVEl
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T e s t e d e a v a lia ç ã o 1 1 S e q u ê n c i a 1
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Identifica, justificando, o tema dominante no texto. 2. Comprova que a variedade de temas é uma característica deste relato de viagens. 3. As dimensões narrativa e descritiva são evidentes no texto, Apresenta exemplos que comprovem esta afirmação. 4. Sensações e sentimentos do narrador estão presentes nos dois últimos parágrafos. Explicita essa presença.
B Para os adolescentes, a viagem, principalmente com amigos e em férias, é uma tentação sempre presente. Escreve um texto no qual procures explicar porque é que assim sucede. O teu texto deve ter entre 80 e 130 palavras.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
E x p o s iç ã o s o b re u m te m a
A v iag e m fe m in in a s -
Historicamente, a viagem feminina tem sido de modo geral considerada de natureza mais íntima e confessional do que a viagem masculina. Mas ignorar na mulher o ânimo de conquista ou exploração, tradicionalmente associado ao universo masculino, significa obliterar1, por exemplo, os meses que Alexandra David Néel2 passou tentando tomar-se na primeira ocidental a entrar em Lhasa3, na altura um território proibido a estrangeiros; ou ignorar o mapeamento da região do nordeste do Irão feito por Freya Stark (1893-1993) enquanto buscava os castelos da histórica seita dos Assassinos. Ou mesmo a infortunada holandesa Alexandrine Tinne (1835-1869), que
perdeu a vida no Saara, em busca da fonte do Nilo. Estas mulheres foram aventureiras e procuraram ser as primeiras nas explorações que se propunham fazer. Assim, não se pode negar que a vontade de mapear4existiu em numerosos casos. A diferença em relação ao ho10 mem surge na maneira como a história é contada e recebida pelo público, bem como em todos os constrangi mentos levantados pelo facto de ser uma mulher, e não um homem, a narrar a aventura. Até bem adiantado o século XX, uma mulher que viajasse só era objeto de espanto, curiosidade ou escânda• lo, quando não o conjunto dos três sentimentos, traduzindo a estupefação perante uma representante do sexo «fraco» a aventurar-se no mundo dos homens. (continua)
EDITAVEl
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
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Esta estranheza perante a mulher que se desloca é uma ideia dominante nos diversos livros de conduta que ao
longo dos séculos foram aparecendo sobre as mulheres. Num deles, em que se dão conselhos ajovens solteiros Theart ofgovemingawife (1747) afirma-se claramente: «É suposto os homens irem para fora e arranjarem a sua vida, lidar com outros homens, tratar de todos os assuntos de portas abertas.» O mundo dos homens é o mundo do exterior, do visível, enquanto das mulheres se espera que «assentem e poupem, tomem conta da casa, falem 20 com poucos, guardem tudo dentro delas». O mundo do interior, do invisível, da ausência de descoberta. (...) Mas sim, elas viajam, e fazem-no cedo como peregrinas, missionárias, monjas, mulheres de exploradores ou missionários, até que no século XIX, apesar de ainda se julgar estranha a mulher viajante, se assiste à grande explosão da mobilidade feminina. As saint-simmoniennes5 em França e sobretudo as vitorianas5 inglesas dão 0 exemplo e partem em viagens de conhecimento e exploração: 25
Nós, duas mulheres (...) descobrimos e afirmamos que as mulheres sozinhas viajam muito melhor do que com homens: elas obtêm 0 que querem de uma forma calma e sempre conseguem levar a sua avante, enquan to os homens vão ficar seguramente nervosos e armar confusão se as coisas não estão imediatamente como eles querem. Sónia Serrano, M ulheres viajantes, Lisboa, Tinta da China, 2014, pp. 27-29. (Texto adaptado)
Vocabulário e notas* 1 1 apagar, esquecer; 2 nascida em 1868; 3 principal centro religioso do Nepal; 4 elaborar os primeiros mapas de certas regiões; 5 s a in t - s im m o (...) vitorianas - mulheres viajantes do século XIX, respetivamente francesas e inglesas
n ie n n e s
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta, 1.1 A frase que melhor sintetiza o conteúdo deste texto é
□
(A) As mulheres só tardiamente começaram a viajar. O (B) As mulheres souberam ganhar o direito à viagem. O (Q) As mulheres começaram a viajar muito depois dos homens. ( ) (B) As mulheres são melhores viajantes do que os homens. 1.2 De acordo com o primeiro parágrafo, ao longo do tempo, considerava-se que as mulheres viajavam O (A) somente para expressar sentimentos e emoções.
Q (B) principalmente para realizar explorações e elaborar mapas. O (C) também para realizar explorações e eLaborar mapas. □
(D) também para expressar sentimentos e emoções.
1.3 A «estranheza» referida no texto, na 1.15, derivava de condicionalismos e preconceitos de ordem
O (A) psicológica. O (B) social.
□
(C) económica.
□
(D) física.
1.4 A condição de viajante das mulheres, historicamente considerada, expressa-se no texto através de uma ( ) (A) a n t í t e s e .
O (B) metáfora. □
(C) comparação.
□
(D) enumeração,
E DI TÁY El
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1.5
De acordo com as autoras das palavras com que o texto termina, em tipo de letra mais pequeno, a diferença entre mulheres viajantes e homens viajantes é de natureza [ ] (A) exclusivamente física,
O (B) física e psicológica, CD (C) exclusivamente psicológica. □
(D) parcialmente psicológica.
2. Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1 Indica o processo de formação presente na palavra «cravos-dos-poetas», L. 11, (texto do Grupo I).
2.2 Indica a função sintática da expressão destacada na frase:
Essas mulheres estavam admiradas com a paisagem. 2.3 Classifica a oração destacada na frase «Ou mesmo a infortunada holandesa Alexandrine Tinne (1835-1869),
que perdeu a vida no Saara», ll. 6-7, (texto do Grupo II).
GRUPO I I I Hoje em dia, é frequente entidades como câmaras municipais ou juntas de freguesia proporcionarem viagens ou excursões a pessoas idosas. Num texto bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 300 palavras, expõe as tuas ideias sobre a importância destas viagens para essas pessoas.
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Nome
T u rm a
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GRUPO I
A Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. A p r e c ia ç ã o c r ític a d e liv r o
Ingredientes vitais Ricardo Ribeiro Breve História de Quase Tudo, de Bill Bryson Tradução de Daniela Garcia Lisboa: Quetzal Editores, 2003,496 pp.
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Os livros de ciência acessível a todos podem ser considerados um género próprio, apesar do lugar onde colo cam a tal ciência ficar muito discutivelmente à mão de verdadeiramente «todos». Este tipo de obras surge com alguma frequência no nosso mercado, com balizas temáticas mais ou menos definidas. Um dos históricos, será Cosmos, de Cari Sagan, e, para completar o enquadramento, teremos em Ao Encontro de Espinosa, de António Damásio, um dos mais recentes casos. E à luz desta categoria que deveremos observar Breve História de Quase Tudo, cuja primeira particularidade pode ser assinalada no percurso profissional e literário do seu autor, Bill Bryson. Basicamente desde sempre, Bryson escreveu sobre viagens. Os seus travelbooks1são famosos, sobretudo no mundo anglo-saxónico, e a sua presente incursão no ramo da ciência terá surpreendido muita gente. Segundo as suas palavras, o desejo de escrever algo assim partiu dos seus pesadelos enquanto jovem aluno, obrigado a encarar a ciência com materiais de estudo pouco claros e extremamente aborrecidos. Vai daí, decidiu arranjar maneira de pintar todas essas cinzentas ma térias com cores bem mais alegres, e aqui temos este Breve História de Quase Tudo. E quando escolheu o título, não estava a brincar! Na realidade, ao longo das suas quase quinhentas páginas, uma infinidade de ciências é desdobrada perante 0 atónito olhar do leitor, que nem se apercebe da passagem de uma para outra. Geologia, paleontologia2, sismologia, antropologia, física quântica, química, farmacologia... um leitor apenas terá de escolher, porque qualquer ramo da ciência que lhe ocorra terá elevadas probabilidades de se encontrar representada neste extenso tratado. A divisão dos capítulos não coincide obrigatoriamente com a transição entre estas áreas do saber; nem o ritmo adotado por Bryson o permitiria, tal é a velocidade com que muda de assunto. Não pense o leitor que por ação desta dinâmica as coisas são expostas de forma atabalhoada e superficial. Bom, superficial talvez, que afinal de contas este livro é sobre quase tudo, mas há aqui margem para vários conceitos, e não poderá mesmo assim ser de ânimo leve que se classificará o texto de superficial. Uma das características da escrita do autor é o humor despretensioso com que se exprime. Por incrível que possa parecer, quem lê este livro pode dar consigo mesmo a rir literalmente à gargalhada, perante as situações narradas, mas, sobretudo, pela forma como estas são descritas por Bryson. (...) Quanto à edição portuguesa da Quetzal Editores, há que se lhe tirar o chapéu: «plasticamente» muito agradá vel, é enriquecida por um excelente trabalho de tradução assinado por Daniela Garcia. http://critioanarede.com/lds_histquase.html (Consultado em 18 -11-2 0 14 )
V ocab u lário 1 liv ro s d e via g e n s; 2 ciê n cia q u e e s t u d a o s f ó s s e is EDITAVEl 6
Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
T e s t e d e a v a lia ç ã o 2 | S e q u ê n c i a 1
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Identifica, justificando, o tema dominante no texto. 2. Divide-o em três partes lógicas, justificando. 3. Apresenta uma justificação plausível e adequada ao sentido geral do texto para o uso do sinal de pontuação com que termina a frase «E quando escolheu o título, não estava a brincar!», 1.13. 4. O texto apresenta pelo menos uma característica do livro que pode ser alvo de crítica e duas que são obviamente
positivas. Justifica esta afirmação, com base em elementos textuais pertinentes.
B A edição de livros de divulgação científica tem em Portugal uma expressão e tradição notáveis. Existe mesmo uma coleção, «Ciência aberta», da responsabilidade da editora Gradiva, que é escolhida até por autores estrangeiros para lançamento mundial de obras suas. Entre muitos outros títulos, nesta coleção foi editado o famoso Cosmos de Cari Sagan, que deu origem a uma conhecida série televisiva e ao filme Contacto, com Jodie Foster. Escreve um texto no qual indiques justificadamente se, na tua opinião, é preferível ler um livro ou ver uma série televisiva ou um filme nele baseado. i O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
A r t i g o d e d iv u lg a ç ã o c ie n tífic a M a n e ia p a r a E T 1
s
Há lugares na Terra cuj as condições, verdadeiramente extremas, não ficam atrás das que reinam em certas luas e planetas, e onde prosperam criaturas que proporcionam pistas sobre como poderá ser a vida extraterrestre. Na cada vez mais febril procura de planetas habitáveis noutros mundos, dentro e fora do nosso Sistema Solar, os astrobiólogos descobriram que não é preciso mergulhar nos lagos de metano de Titã (uma das luas da Saturno), perfurar rochas marcianas ou submergir sob a espessa camada de gelo de Europa (satélite de Júpiter) para encontrar vida extraterrestre ou imaginar como poderá ser. No segundo caso, existem no nosso próprio planeta recantos que abrigam micro-organismos tão espantosamente resistentes, obstinados2 e adaptáveis a ambientes extremos como os que poderiam habitar outros mundos. (continua)
EDI TÁVEL Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
17
T e s t e s - m o d e lo I A V E
Enquanto se espera que a tecnologia, a vontade política e o dinheiro permitam o ideal, que seria viajar di10 retamente para esses sítios longínquos em busca de vestígios de vida, cientistas como Chris McKay, astrobiólogo do Centro de Investigação Ames da NASA, na Califórnia, estudam cenários terrestres que mantêm cer tas semelhanças com alguns planetas e satélites vizinhos. O objetivo é procurar reconhecer indícios de vida em ambientes que podem ser considerados incompatíveis com ela, tal como a conhecemos. Obtém-se, assim, um profundo conhecimento da enorme diversidade metabólica3 terrestre, fundamental para as missões interplane15 tárias já em curso, como a da Curiosity em Marte, planeta onde o veículo robótico da NASA chegou em agosto de 2012. Com efeito, o rover4, verdadeiro laboratório com rodas, procura indícios de vida no planeta vermelho. Os dados recolhidos pelos investigadores na Terra poderão revelar-se fundamentais para o Curiosity poder explorar onde interessa e o que interessa. Estão em jogo interrogações sobre o que é a vida, como podemos defini-la, quais os requisitos para poder existir, e quais os limites que a inibem (temperatura, salinidade, acidez...). 20
A formação da crosta terrestre, dos oceanos e da atmosfera são processos que ainda não compreendemos bem. Sabe-se que, há cerca de 3500 milhões de anos, época em que os investigadores situam a origem da vida, a Terra era um lugar muito mais quente do que hoje: a temperatura à superfície oscilava entre os 55 e os 85 graus Celsius, precisamente 0 nível em que prosperavam muitos extremófilos, os micro-organismos que vivem em condições extremas. Naquela época, a nossa casa poderia ser definida como uma concentração em constante 25 transformação, embora inerte, de rochas, gases e água. Nesse caso, como foi possível surgir vida da não-vida? A resposta poderia residir na química, nomeadamente no estudo dos compostos que contêm ferro e enxofre. Em laboratório, minerais como a pirite, que possui estes dois elementos, produziram reações químicas que ser viram de base a uma hipótese sobre a origem da vida: 0 ferro e o enxofre poderiam ter desempenhado um papel importante na formação de aminoácidos, as substâncias químicas orgânicas que constituem os componentes 30 fundamentais das proteínas, as quais formam as células de animais e vegetais. (...) Nestas páginas, visitamos alguns dos sítios mais extremos do nosso planeta, lugares onde McKay e outros espe cialistas procuram as chaves para o aparecimento da vida. Talvez nos ajudem a encontrá-la não muito longe daqui. Revista Superinteressante, n.° 197, setembro de 2014, p. 76. (Texto adaptado, com supressões)
V ocab u lário e n o tas 1 e xtra te rre stre s; 2 t e im o so s ; 3 v a rie d a d e de t r a n s f o r m a ç õ e s q u ím ic a s e m s e r e s v iv o s ; 4 ve ícu lo a p ro p ria d o p a ra a n d a r e m s u p e rfíc ie s irre g u la re s1 1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 A frase que melhor sintetiza o conteúdo dos dois primeiros parágrafos é
O (A) Não é necessário explorar outros planetas para descobrir marcas de vida típica de ambientes de natu reza extraterrestre, □ (B) É necessário explorar outros planetas para descobrir marcas de vida típica de ambientes de natureza extraterrestre. □ (C) Os astrobiólogos estão convencidos de que é muito importante visitar outros planetas para descobrir pistas do que poderá ser a vida extraterrestre. Q (D) Os astrobiólogos descobriram na terra micro-organismos de natureza idêntica aos que poderão existir noutros planetas. 1.2 A consecução do objetivo apresentado no terceiro parágrafo depende (
) (A ) da a p lic a ç ã o d e d o is fa to re s.
O (B) da aplicação de três fatores. ( ) (C) do conhecimento de duas características. Q (D) do conhecimento de três características. EDITAVEl
Entre Palavras 10 • Livro de Testes ■ fÇj\
T e s t e d e a v a lia ç ã o 2 | S e q u ê n c i a 1
1.3 0 planeta Terra é apresentado, no quarto parágrafo, através de uma
D (A) hipérbole, □
(B) comparação.
( ) ( C) metáfora. □
(D) personificação.
1.4 O quinto parágrafo refere um processo no qual os aminoácidos
O (A) não desempenham qualquer papel. ( 1(B) desempenham um papel inicial. [ ) (O) desempenham um papel intermédio, □
(D) desempenham um papel final.
1.5 A prova de que este texto funciona como introdução a um texto mais extenso encontra-se □
(A) no primeiro parágrafo.
□
(B) no terceiro parágrafo.
D (C) no quinto parágrafo. □
(D) no último parágrafo.
2. Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1 Indica o processo morfológico de formação de palavras presente na criação do neologismo «astrobiólogos», l. 4. 2.2 Indica a função sintática da expressão destacada na frase «precisamente o nível em que prosperavam muitos extremófilos», l. 23. 2.3 Classifica a oração destacada na frase «Em laboratório, minerais como a pirite, que possui estes dois elem en tos, produziram reações químicas», l. 27.
GRUPO I I I Escreve um texto bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 300 palavras, no qual aprecies criti camente um livro ou um filme que te tenha marcado especialmente.
EDI T AV E l Entre Palavras 10 • Livro de Testes • /\$/\
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
T e s te d e a v a lia ç ã o
Sequência 2
Nom e
T u r m a ___________ D a t a
GRUPO I A Lê o poema seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
C a n tig a s d e a m ig o
Cantiga de romaria Fui eu, madr’, en romaria a Faro con meu amigo e venho del namorada por quanto falou comigo, ca1 mi jurou que morria por mi, tal bem mi queria 5
Leda2venho da ermida3 e desta vez leda serei, ca falei com meu amigo que sempre muito desejei, ca mi jurou que morria por mi, tal bem mi queria
io
Du m’eu vi4 com meu amigo, vin leda, se Deus mi perdon, ca nunca lhi cuid’ a mentir por quanto m’ele disse’ enton,5 ca mi jurou que morria por mi, tal bem mi queria Joan de Requeixo, in Poem as portugueses - A n tologia da poesia portuguesa do século X I I I ao século XXI, Porto, Porto Editora, 2009, p. 149.
V o cab u lário e n o ta s 1 p o r q u e ; 2 a le g r e , fe liz ; 3 p e q u e n a igre ja ; 4 e n q u a n t o v i n h a ; 5 v. 1 0 : p o r q u e e s t o u c e r t a d e q u e m e n ã o m e n tiu e m t u d o o q u e m e d isse.
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Explicita, justificando, a relação entre o sujeito poético e a sua mãe. 2. Indica as causas do estado psicológico do sujeito poético, apresentando pelo menos três, uma relativa a cada estrofe.. 3. Tem em atenção o refrão. Explica em que consiste a sua expressividade literária. 4. Apesar da existência de marcas paralelísticas como, entre outras, o refrão, esta cantiga não é um exemplo de paralelismo perfeito. Justifica esta afirmação. EDITAVEL 20
Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes * f£f\
T e s t e d e a v a lia ç ã o 1 1 S e q u ê n c i a 2
B A variedade do sentimento amoroso é uma característica da expressão do amor nas cantigas de amigo. Escreve um texto no qual comproves esta afirmação com base na tua experiência de leitura. O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
Homens e mulheres da Idade Média, livro coletivo organizado pelo historiador francês Jacques Le Goff, retrata a época em questão como um tempo «muito mais positivo e mais progressista do que se pensou», nas palavras do próprio Le Goff, que já se debruçara em diversas outras obras sobre esse tema que tanto o fascina. O livro apresenta um panorama com 112 de seus personagens mais notórios, cujos perfis traçados por Le Goff e equipa 5 não se limitam a resumir a vida e a exaltar os feitos dos retratados, mas mostrá-los como testemunhas da época em que viveram, o que permite novos olhares sobre a História dita oficial, aquela muitas vezes propagada de for ma simplista ou reducionista1, quando não equivocada, nos livros didáticos2. Cristóvão Colombo, por exemplo, embora fosse um homem tipicamente medieval, «teria ficado muito surpreso que se fizesse dele um inventor da modernidade», como o livro o considera. 10 E na Idade Média que, talvez pela primeira vez, se verifica um certo equilíbrio entre homens e mulheres nas suas dimensões históricas. O que se deve, em grande parte, à mudança de estatuto da figura feminina na perspe tiva da Igreja - a santidade. As mulheres puderam, enfim, tomar-se monjas, desempenhando papel decisivo na espiritualidade da época, nomeadamente no culto à Virgem Maria. Outro foco bem evidenciado é o dinamismo artístico do período, materializado3, sobretudo, na produção mu15 sical (vocal e instmmental), na pintura e na arquitetura religiosa - embora grande parte daqueles que fizeram da época o «tempo das catedrais» tenham os seus nomes ignorados pela História. Homens e mulheres da Idade Média está dividido em cinco partes. A primeira abarca o período entre a Antiguida de tardia e a alta Idade Média, cujo personagem central é Carlos Magno, sagrado imperador pelo papa e que assu me a missão de submeter os bárbaros à civilização romana. A morte de Carlos Magno é o que principia a segunda 20 parte, que vai até ao ano 1000, momento em que se afirma a cristandade. A terceira aborda a fase mais luminosa da Idade Média, não por acaso intitulada na obra como «0 apogeu medieval», quando as cidades aceleraram o desenvolvimento urbano, e as universidades cresciam com a participação dos teólogos4. A quarta parte é intitu lada «Perturbações e mutações», e trata do período de transição rumo ao Renascimento, quando se multiplicam as revoltas campesinas conhecidas por jacqueries, e também algumas movimentações que, de certa forma, anun25 ciam a Reforma protestante vindoura. Para encerrar, há 0 capítulo sobre «Personagens imaginários», em que são evocadas figuras míticas como a da Virgem Maria, a do rei Arthur, a de Robin Hood e a de Satanás. Le Goff justifica a inclusão destas personagens - «Numa sociedade o imaginário tem seguramente tanta importância e eficácia quanto as condições reais da vida e do pensamento». http://w w w .livra riacultura. com.br/scripts/resenha/resenha. asp?nitem =421S7466
(Texto adaptado, consultado em 26-10-2014) Vocabulário e notas 1 simplificada em excesso; 2 livros destinados ao ensino básico, manuais escolares; 3 concretizado; 4 especialistas em teologia, a ciência ou estudo que se ocupa de Deus, da sua natureza e seus atributos e das suas relações com o homem e com o universo
Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
EDITAVEL FOTOCOPIÁVEl
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 Este texto apresenta o livro Homens e mulheres da Idade Média, coordenado por Jacques Le Goff,
CD (A) de forma tendencialmente objetiva. CD (B) de forma tendencialmente subjetiva.
CD (C) equilibrando objetividade e subjetividade. CD (D) dando maior ênfase à subjetividade. 1.2 O livro apresenta a Idade Média partindo
CD (A) de resumos da vida de 112 personagens importantes nesse período histórico. CD da exaltação de grandes feitos dessas personagens. CD (C) da condição de observadores do seu tempo dessas personagens. (B )
□
(D) da crítica aos «livros didáticos», l. 7.
1.3 A «arquitetura religiosa», 1.15, é uma das marcas mais importantes da Idade Média, «o 'tempo das catedrais'»,
1.16. Contudo, segundo o texto,
CD (A) a produção artística também foi muito importante. □
(B) a música «vocal e instrumental», 1.15, teve grande desenvolvimento também.
CD (C) desconhecem-se os nomes dos arquitetos responsáveis por essas construções. □
(D) ignoram-se os nomes dos trabalhadores que construíram esses edifícios.
1.4 A terceira das fases em que o livro divide a Idade Média é apresentada através de
CD (A) uma hipérbole. □
(B) uma metáfora.
CD (C) uma anáfora. □
(D) uma comparação.
1.5 O último capítulo do livro Homens e mulheres da Idade Média distingue-se dos outros devido a
CD (A) ter uma extensão bastante superior à média. □
(B) abordar um tema de natureza diferente dos outros.
CD (C) tratar do tema do imaginário da sociedade medieval. CD (D) ser importante o tratamento do tema do imaginário das sociedades em geral. 2. Responde, de forma correta aos itens apresentados. 2.1 Indica o processo fonológico de alteração que se verifica na evolução da palavra latina
a m ic u
-
para a palavra
portuguesa «amigo», v. 1, (texto do Grupo I). 2.2 Indica a função sintática desempenhada pelo pronome pessoal átono existente na frase «que já se debruçara em diversas outras obras sobre esse tema que tanto o fascina.», I, 3, (texto do Grupo II). 2.3 Classifica a oração subordinada presente na frase «A quarta parte (...) trata do período de transição rumo ao Renascimento, quando se multiplicam as revoltas campesinas», ll. 22-24, (texto do Grupo II).
GRUPO I I I Escreve um texto cuja função seja apreciar criticamente um livro recentemente lido ou um filme visto há pouco tempo. O teu texto deve ter um mínimo de 200 e um máximo de 300 palavras. EDITÁVEL 22
Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes •
T e s t e d e a v a lia ç ã o 2 | S e q u ê n c i a 2
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~ T e s te d e a v a lia ç ã o
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Nom e
T u rm a
D a ta
V— ___ ____________________________________________________________________________________________________________________________________ _
GRUPO I A L ê o p o e m a se g u in te . E m c a s o d e n e c e ssid a d e , c o n s u lta o v o c a b u lá r io e a s n o t a s a p r e se n ta d o s .
C a n tig a s d e a m o r Quantos an1 gran coita d'amor eno mundo, qual oj ’ eu ei2, querrian morrer, eu o sei, e haverian en sabor.3 Mais4mentr’eu5vos vir, mia senhor, sempre m’eu querria viver, e atender6e atender!
5
10
Pero7já non posso guarir8, ca já cegam os olhos meus por vós, e non me vai’ i9Deus nem vós; mais por vos non mentir, enquant’ eu vos, mia senhor, vir, sempre m’eu querria viver, e atender e atender!
15
E tenho que fazem mal sem10 quantos d’amor coitados son de querer sa morte, se non houveron nunca d’amorben, com’eu faço11. E, senhor, por en12 20 sempre m’eu querria viver, e atender e atender! Joan Garcia de Guilhade, in Poem as portugueses - A n toíogia do poesia portuguesa do século X I I I ao século XXI, Porto, Porto Editora, 2009, pp. 63-64.
V o cab u lário e n o ta s 1 t ê m ; 2 t e n h o ; 3 v. 4: t e r i a m n i s s o p r a z e r ; 4 m a s ; 5 e n q u a n t o eu; 6 e s p e r a r ; 7 m a s ; 8 c u r a r - m e ; 9 n i s s o ; 10 v. 1 5 : e n t e n d o q u e a j u í z a m m a l ; 11 c o m o m e a c o n t e c e a m i m ; 12 p o r i s s o A p r e se n ta , d e fo r m a c la ra e b e m e str u tu ra d a , a s t u a s r e s p o s t a s a o s ite n s q u e se se g u e m . 1. Id e n t if ic a , ju s t if ic a n d o , o s e n t im e n t o q u e o s u je ito p o é t ic o e x p r e s s a n o s vv. 1 -2 . 2. E x p l i c i t a a r e l a ç ã o e x i s t e n t e e n t r e o s u j e i t o p o é t i c o e o s o u t r o s n a m e s m a s i t u a ç ã o . EDI TÁVEL Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
T e s t e s - m o d e lo I A V E
3. Identifica, justificando, o recurso expressivo presente no v. 9. 4. Tem em atenção as repetições constantes do refrão. Refere, justificando, a sua expressividade literária,
B A coita amorosa é uma característica fundamental da expressão do amor nas cantigas de amor. Escreve um texto no qual comproves esta afirmação com base na tua experiência de leitura. O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário.
0 S
Os j ograis são uma das mais importantes instituições da Idade Média, porque são eles quem conserva e vulga riza1 a cultura da palavra num tempo em que o livro era um objeto tão precioso como uma j oia cara. Através dele se comunicam entre si os diversos grupos sociais com os seus valores; as diferentes regiões culturais do mundo com as suas criações próprias. Eles transmitem o repertório folclórico internacional, assim como as invenções 5 que o vão enriquecendo. Além disso, é por via deles que passam à cultura oral muitas criações registadas em li vros. São os intermediários culturais por excelência (...). O camponês, o burguês, o senhor, ou nas feiras e romarias, ou nos festins e banquetes, ao ar livre ou em salões, até mesmo nas naves das igrejas, entretinham-se a ver o jogral que tocava, cantava e bailava, mostrava o macaco dançarino, executava malabarismos com facas ou maçãs, fazia trejeitos2 e paródias3 e por vezes recitava poemas io ou relatava notícias de longínquas e extraordinárias terras. Se o sacerdote tinha o prestígio do saber e entendia os mágicos sinais que enegreciam os livros, o jogral despertava a imaginação com as suas estórias de países fan tásticos ou de guerreiros invencíveis, com as suas canções, a desenvoltura4 de viaj ante sabedor e de aventureiro. Enquanto no clérigo se via um ministro de Deus, um guardião da porta do Céu, o jogral parecia um discípulo do Diabo, sem vergonha, sem eira nem beira, errante5. E a mulher que o acompanhava, dançarina ou cantadeira, não 15 era também uma mulher como as outras: livre e devassa6, mostrava o corpo no bailado e nas acrobacias, e os seus cantares eram uma provocação ao j ogo erótico. Do ponto de vista eclesiástico, o jogral, parente do Diabo, só como agente do mal podia encontrar o seu lugar. Mas isso mesmo o tomava perigosamente sedutor. As suas estórias e cantares levavam a imaginação para um mundo livre bem longe das naves da igreja: para o luar, para as florestas na primavera, para as cidades de sonho, 20 para as ilhas encantadas do mar desconhecido. Por isso, durante muito tempo a Igrej a e os moralistas condena ram os jograis. Lembrava-se afrase de Santo Agostinho segundo a qual dar presentes aos jograis era o mesmo que dá-los ao Diabo. São Gregório Magno, Papa, num texto traduzido em Alcobaça, narrava complacentemente7 a morte desastrosa de um jogral em castigo de se ter intrometido numa festa religiosa. (continua)
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Numa iluminura8francesa do século XII, num manuscrito do Breviário de Amor, de Matfré de Armengaud, os 25 jograis são representados como demónios à mesa de um festim, servindo os manjares e tocando trompa e violi no. Algum rei mais piedoso os expulsou da sua corte. Afonso X, o Sábio, conta nas Cantigas de Santa Maria como um j ogral que quis arremedar® uma imagem da Virgem com o Menino nos braços foi logo castigado, ficando torto na boca e nos braços. Mas não era fácil dispensá-los. Os moralistas distinguiram subtilmente entre os bons e os maus jograis, e a 3o joglaria10 acabou por adquirir direitos de cidade na sociedade medieval. António José Saraiva, A cu ltu ra em Portu gal - teoria e história - Livro I I - prim eira época: a formação, Lisboa, Livraria Bertrand, 1984, pp. 56-57.
Vocabulário 1 divulga; 2 gestos estranhos, cheios de comicidade; 3 brincadeiras imitativas de natureza cómica;4 o à vontade;5 viajante;6 pecadora;7 com satisfação; 8 desenho, miniatura, grafismo que ornamenta livros, especialmente manuscritos medievais; 9 imitar de forma caricatural, distor cida, zombeteira;10 os jograis enquanto instituição
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 A frase que melhor sintetiza o conteúdo do primeiro parágrafo é O (A) A função dos jograis na Idade Média consistia em substituir os Livros. O (B) Durante a Idade Média, os jograis foram o principal veículo das trocas culturais. □
(C) A função dos jograis na Idade Média consistia em transmitir informações que constavam dos livros.
O (D) Durante a Idade Média, os jograis foram o principal veículo de divulgação dos Livros, 1.2 0 segundo parágrafo estrutura-se através de uma comparação entre □
(A) as várias classes sociais e os eclesiásticos.
O ( B ) as várias classes sociais e os jograis. O (C) os jograis e os eclesiásticos.
( ) (D) Deus e o Diabo. 1.3 0 conector «por isso», 1. 20, refere-se a um facto O (A) enunciado antes, concretamente à capacidade de os jograis serem capazes de libertar as imaginações. □
(B) enunciado depois, concretamente à condenação que a igreja lançava sobre os jograis.
O (C) enunciado depois, concretamente às condenações que Santo Agostinho e São Gregório Magno Lançaram
sobre os jograis. O (D) enunciado antes, concretamente à capacidade de os jograis serem considerados parentes do Diabo. 1.4 O quarto parágrafo apresenta dois exemplos cuja função no texto é ( 1(A) mostrar como a arte medieval representava os jograis. O (B) ilustrar informação anteriormente apresentada sobre os jograis. O
(C) ilustrar informação posteriormente apresentada sobre os jograis.
O
(D) exemplificar uma visão negativa dos jograis na Idade Média. EDITÁVEL
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
Apesar de mal vistos, os jograis eram aceites na sociedade. Os «moralistas», L. 29, encontraram um modo de os integrar porque □
(A) admitiam a inexistência de maus jograis.
( ) (B) não admitiam a existência de bons jograis. □
(C) não admitiam a inexistência de maus jograis.
□
(D) admitiam a existência de bons jograis.
2. Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1 Indica o processo fonológico que se verifica na evolução da palavra «eno», v. 2, para no (texto do Grupo I), 2.2 Indica a função sintática desempenhada pelo pronome pessoal átono existente na frase «dar presentes aos jograis era o mesmo que dá-los ao Diabo.», 11. 21-22, (texto do Grupo II). 2.3 Classifica a oração subordinada presente na frase «(...) entretinham-se a ver o jogral que tocava», l, 8, (texto do Grupo II).
GRUPO I I I Escreve um texto cuja função seja apreciar criticamente uma série da TV que vejas frequentemente, 0 teu texto deve ter um mínimo de 200 e um máximo de 300 palavras,
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T e s t e d e a v a lia ç ã o 3 | S e q u ê n c i a 2
fS M | ÍÉ£< j Teste de avaliação
P
Nnmp ç „
Turma
Data J
GRUPO I A Lê o poema seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado,
Canf igas de escárnio e maldizer
5
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is
Ai, dona fea, foste-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais1 ora2 quero fazer um cantar em que vos loarei toda via3; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia4! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a] tam gram coraçom que eu vos loe, em esta razom vos quero já loar toda via; e vedes qual sera a loaçom: dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora já um bom cantar farei, em que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia!
Vocabulário
1 m a s ; 2 a g o r a ; 3 a p e s a r d e t u d o ; 4 t o la
Joam Garcia de Guilhade, in A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicação, 1983, p. 160. (Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise titerária de Elsa Gonçalves)
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Identifica o tema da cantiga. 2. Relaciona-a com o louvor da dama típico das cantigas de amor. 3. Ide n tifica o recurso expressivo utilizado recorrentem ente no decurso da cantiga - ao serviço da chacota.
Ju stifica, apresentando pelo menos um exemplo. 4.
Identifica estruturas paralelísticas cuja função é acentuar a sátira. Justifica a tua resposta,
B As cantigas de escárnio e maldizer abordam um variado leque de alvos de sátira. Escreve um texto que tenha entre 120 e 150 palavras no qual, apelando à tua experiência de leitura, comproves esta afirmação.
FõítàvFl Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes •
T e s t e s - m o d e lo I A V E
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
M edos m ed ievais, m e d o s de h o j e s p arale lism o leg ítim o ?
s
10
is
20
25
o
3
Os homens e as mulheres que viviam há mil anos são nossos antepassados. Falavam uma língua parecida com a nossa e as suas conceções do mundo não andavam muito longe das nossas. Há portanto analogias1 entre as duas épocas, mas também diferenças e são estas diferenças que têm muito a ensinar-nos. Não são as semelhan ças que vão impressionar-nos, é o que nos afasta que nos leva a interrogar-nos. Mudamos porquê e em quê? E em que pode o passado trazer-nos confiança? A nossa sociedade sente-se inquieta. O simples facto de ela se voltar resolutamente2 para a sua memória3 é prova disso. Os franceses nunca comemoraram tanto. Todas as semanas se festeja aqui ou além o aniversário de qualquer coisa. Se nos agarramos assim à memória dos acontecimentos ou dos grandes homens da nossa histó ria é também para recuperarmos a confiança. É portanto porque está oculta no fundo de nós uma inquietação, uma angústia. A Idade Média está longe da nossa história e as informações são raras. Temos portanto que considerar a Idade Média no seu conjunto. Verificamos que esta sociedade foi tomada, entre o ano íooo e o século XIII, por um pro gresso material fantástico, comparável ao que se desencadeou no século XVIII e ainda hoj e prossegue. A produ ção agrícola multiplicou-se por cinco ou seis e, em dois séculos, a população das regiões que constituem a França atual triplicou. Este mundo mudava muito depressa. Acelerava-se a circulação dos homens e das coisas. Depois, nos meados de século XIV, entrou-se numa fase de quase estagnação que durou até meados do século XVIII. As sim, por exemplo, nenhum progresso notável se registou nos transportes entre o reinado de Filipe Augusto e o de Luís XVI, a duração do traj eto de Marselha a Paris mantém-se praticamente igual num período de cinco séculos. Vemos também claramente a evolução das mentalidades. Num período de forte crescimento, como atualmente, os filhos não pensavam como os pais. Apesar de esta sociedade muito hierarquizada4 cultivar fundamen talmente o respeito pelos anciãos. Ora aí temos uma diferença em relação a hoje. Todavia, não podemos responder a todas as perguntas que se fazem sobre a Idade Média. Para compararmos 0 homem medieval e o homem de hoj e nos seus temores é necessário abrir um pouco o campo a fim de recolher indicações, factos suficientes. Temos também de tentar esquecer o que pensamos e meter-nos na pele dos homens de há oito ou dez séculos para penetrarmos na civilização da Idade Média, tão diferente da nossa. Nesse tempo, ninguém duvidava que houvesse outro mundo situado além das coisas visíveis. Impunha-se então uma evidência: os mortos continua vam a viver nesse outro mundo. E, à exceção das comunidades judaicas, toda a gente estava convencida de que Deus tinha encarnado5. (...) Tudo o que parecesse um desregramento6 da natureza era considerado sinal anunciador das atribulações7 que haviam de preceder o fim do mundo. Tomo um exemplo: toda a gente pensava que, segundo a vontade divina, o curso dos astros é regular. O aparecimento de um cometa, isto é, de uma irregularidade, suscitava inquietação. Georges Duby, A n o 1 00 0 ano 2 00 0 - no rosto dos nossos medos, Lisboa, Teorema, 1997, pp. 13 -18 . (Texto adaptado)
V o c a b u lá r io e n o t a s 1 s e m e lh a n ç a s ; 2 c o r a j o s a m e n t e ; 3 p a r a a le m b r a n ç a , a t r a v é s d e c o m e m o r a ç õ e s , d e m o m e n t o s o u p e r s o n a g e n s im p o r t a n t e s d a h is t ó r ia ; 4 s o c ie d a d e d iv id id a e m e s t r a t o s s e g u n d o a im p o r t â n c ia d e c a d a u m , f u n d a m e n t a lm e n t e c le r o , n o b r e z a e p o v o ; 5 D e u s t in h a v in d o a o m u n d o , f a z e n d o - s e h o m e m n a p e s s o a d e J e s u s C r is t o ; 6 a lg o in v u lg a r ; 7 s o f r im e n t o s
E DI TAVEl 28
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T e s t e d e a v a lia ç ã o 3 | S e q u ê n c ia 2
1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 Pode dizer-se que a função deste texto é
( ] (A) fazer uma apreciação crítica sobre a m entalidade medieval. □
(B) convencer da inferioridade da m entalidade m edieval com parada com a nossa.
O (C) expor modos de viver e de pensar do homem medieval. □
1.2
(D) narrar os medos do homem medieval.
A frase que melhor sintetiza o primeiro parágrafo é O (A) As nossas sociedades podem aprender conhecendo principalmente o que há de comum entre elas e a sociedade medieval. O (B) As nossas sociedades podem aprender conhecendo o que há de diferente entre elas e a sociedade me dieval. ( 1(C) As nossas sociedades podem aprender conhecendo o que há de comum e de diferente entre elas e a sociedade medieval.
□
(D) As nossas sociedades podem aprender conhecendo principalmente o que há de diferente entre elas e a
sociedade medieval. 1.3
O «progresso materiaL», ll. 12-13, registado na Idade Média, a partir do ano 1000, □
(A) não é com parável ao dos nossos tempos.
O (B) é comparável ao dos nossos tempos.
1 .4
□
(C) não é comparável ao que se iniciou no século XVIII.
□
(D) foi de curtíssima duração.
No que respeita às relações familiares, uma grande diferença entre o nosso tempo e a Idade Média do tempo do progresso material - séculos XI a XIV - reside □
(A) no modo como olhamos para os idosos.
( ) (B) no modo como os filhos se relacionam com os pais. □
(C) no modo como os idosos eram tratados nesse tempo.
□
(D) no modo como os pais se relacionavam com os filhos.
1.5 O homem m edieval via em determ inados fenómenos físicos, para ele incompreensíveis,
□
(A) um sinal de Deus.
Q
(B) um s in a l de d esgraça.
□
(C) um aviso de desgraça próxima.
□
(D) um sinal de que se aproximava o fim do mundo.
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
2. Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1 Indica, justificando, o processo fonoLógico que se verifica na evolução da palavra do português antigo «fea», v. 1, para feia, no português contemporâneo (texto do Grupo I).
2.2 Indica a função sintática das palavras destacadas na frase «está oculta no fundo de nós uma inquietação»,
I. 9, (texto do Grupo II). 2.3 Classifica a oração subordinada presente em «Nesse tempo, ninguém duvidava que houvesse outro mundo»,
II. 26-27, (texto do Grupo II).
GRUPO I I I Escreve um texto de natureza expositiva no qual apresentes, justificando, pelo menos três problemas que conside res dos mais graves do mundo atual. O teu texto deve ter entre 200 e 300 palavras.
EDITÁVEL 30
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T e s t e d e a v a lia ç ã o 1 1 S e q u ê n c i a 3
P
Sequência 3
T e s te d e a v a lia ç ã o
Nome
T u r m a ___________ D a t a ____________
J
GRUPO I
A Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados a seguir ao texto.
De triinta e oito portas que há na cidade, as doze eram todo o dia abertas, encomendadas1 a boõs homees d’armas que tiinham cuidado de as guardar; pelas quaes neua pessoa, que muito conhecida nom fosse2, havia d’entrar nem sair, sem primeiro saber em certo por que razom ia ou viinha; e ali atravessavom paos com tavoado pera dormir os que tal cuidado tiinham3, por de noite serem deles acompanhadas4, e neuu malicioso seer atrevi5 do de cometer neuu erro. E dalguas portas tinham certas pessoas de noite as chaves, por razom dos batees5 que taes horas iam e viinham d’aalem6 com trigo e outros mantimentos, segundo leedes7 em seu logar; outras chaves apanhava uu homem cada noite de que o Meestre muito fiava, e veendo primeiro como as portas ficavom fechadas, lhas levava todas aos Paaços onde pousava8. Acerca da9 porta de Santa Catarina da parte do arreai10 per onde mais acostumavom io sair aa escaramuça, estava sempre uma casa prestes11, com camas e ovos e estopas12, e triaga13, e outras necessá rias cousas pera pensamento14 dos feridos quando tomavom 15 das escaramuças. Na ribeira havia feitas duas grandes e fortes estacadas16 de grossos e valentes paos, que o Meestre mandara fazer ante que el-Rei de Castela veesse, por defender17 o combato da ribeira; e eram feitas des onde18 o mar mais longe espraia ataa19 terra junto com a cidade. E ua foi caminho de Santos, a fundo da torre de atalaia contra aquela 15 parte20, onde entendeo que el-Rei poeria seu arreai21; outra fezerom no outro cabo da cidade junto com o muro dos fomos da cal contra o moesteiro de Santa Clara. (...) Nom leixavom os da cidade, por serem assi cercados, de fazer a barvacãa22 d’arredor do muro da parte do ar reai, des a porta de Santa Caterina, ataa torre d’ Alvoro Paaez, que nom era ainda feita, que seeriam dous tiros de besta23; e as moças sem neuu medo, apanhando pedra pelas herdades, cantavom altas vozes24 dizendo: 20
25
Esta é Lixboa prezada, mirá-la e leixá-la25. Se quiserdes carneiro26, qual derom ao Andeiro25; se quiserdes cabrito27, qual deram ao Bispo27, e outras razões semelhantes. (...)
(continua)
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As outras cousas que pertenciam ao regimento28 da cidade, todas eram postas em boa e igual ordenança; i nom havia neuu que com outro alevantasse arroido23 nem lhe empecesse per talentosos excessos30, mas todos usavom d’amigavel concordia, acompanhada de proveito comuu. Fernão Lopes, Crónica de D. J o ã o l, «Capítulo 115 » , (Textos escolhidos), Lisboa, Seara Nova / Comunicação, 1980, pp. 173-175. (Apresentação crítica, seleção, notas e sugestões para análise literária de Teresa Amado)
V o c a b u lá r io e n o t a s 1 entregues, confiadas; 2 exceto se fosse muito conhecida; 3 os que estavam encarregados das portas construíram uma espécie de casas onde podiam dormir, junto às portas; 4 para de noite as portas se manterem sob a sua vigia; 5 barcos; 8 do margem sul do rio Tejo; 7 conforme les tes; 8 onde o Mestre de Avis vivia; 3 perto da;10 arraial, acampamento;11 pronta;12 usados para fazer curativos;13 medicamento;14 curativo; 15 regressavam;16 espaços defendidos por estacas;17 para defender;18 desde onde;19 até; 20 perto de Santos; 21 onde o Mestre de Avis entendeu que o rei de Castela estabeleceria o seu acampamento; 22 os da cidade, apesar de cercados, continuavam a construir uma parte da muralha (barbacã) ainda não terminada; 23 seria este o comprimento da muralha em construção: a distância que percorre, em duplicado, a flecha arremessada de uma besta, tipo de arco; 24 cantavam em voz alta, de modo a serem ouvidas pelos castelhanos; 25 olhá-la e ir embora;
28 r e fe r ê n c ia a o a s s a s s i n a t o d o C o n d e A n d e ir o , p a r t id á r io d a r a in h a D o n a L e o n o r e d o re i d e C a s t e la , m o r t o p e lo M e s t r e d e A v is ; 27 r e fe r ê n c ia a o a s s a s s i n a t o d o B is p o d e L is b o a , p e la p o p u la ç ã o e n fu r e c id a , c o n v e n c id a d e q u e e le s e r ia p a r t id á r io d o re i d e C a s t e l a ; 2 8 g o v e r n o , o r g a n iz a ç ã o ; 29 p r o v o c a s s e d e s a c a t o s ; 30 n e m lh e c a u s a s s e d a n o p o r a t o s in t e n c io n a lm e n t e d e s o r d e ir o s
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Indica as várias precauções tomadas relativamente às portas da cidade cercada abertas durante o dia. 2.
Elabora uma caracterização do Mestre de Avis com base nos elementos textuais pertinentes.
3.
Tem em atenção a letra da cantiga que cantavam as «moças» de Lisboa, e identifica os seus destinatários externos e internos, justificando.
4.
Identifica a personagem coletiva referida na globalidade do texto, justificando.
B
A afirmação da consciência coletiva do povo de Lisboa durante o cerco é uma característica com a qual o leitor da C ró n ica de D. J o ã o I se depara frequentemente. Escreve um texto no qual comproves esta afirmação com base na tua experiência de leitura, O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.
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GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
Na Crónica de D. João I a narrativa apoia-se em dois tipos de personagens: os grupos e os indivíduos. Entre os primeiros, encontramos: as populações civis, em que se avantaja a de Lisboa, seguida das de várias outras cidades e vilas, e faz sentir a sua presença a «arraia meúda»1 não necessariamente localizada; e os grupos militares, seja os exércitos portugueses (nas quatro grandes batalhas) e castelhanos (sempre numerosíssimos), seja os pequenos 5 contingentes que saem a tomar um castelo, pôr cerco a uma vila, realizar uma pilhagem para reabastecimento, ou simplesmente fazer negaças ao inimigo do outro lado da fronteira. Entre os segundos, destacam-se a grande dis tância dos outros, pela importância que assumem na ação e pela minuciosa caracterização, D. João I, NuriÁlvares e D. Leonor. As cenas em que são protagonistas os populares caracterizam-se em geral pelo movimento, rápido, precipitaio do mesmo, como precipitados são os seus atos, não gastando muito tempo a ponderar razões. Nos poucos casos em que há diálogo, é sob a forma de vozes, nem sempre identificadas, que se isolam da multidão, representando-a face a um interlocutor externo, ou dirigindo-se aos próprios companheiros. Ocorre, raramente e quando em situações de oposição aos burgueses ou aos nobres, que se assista a uma tirada relativamente longa, ameaçando ou anunciando a decisão duma passagem à ação. Mas mais normalmente as falas são curtas, incitando a uma 15 ação violenta ou à vigilância, insultando um traidor, proclamando fidelidade a um senhor, pedindo favores ao Mestre ou ao rei. Não é um discurso refletido. (...) [D. João I] surge-nos como chefe militar sem prestígio, traído pelos que supõe seus mais dedicados, desobe decido pelas suas tropas, escarnecido pelos habitantes dos castelos2 que interminavelmente cerca com a mais estrondosa ineficácia, posto em xeque por pactos vexatórios3 que nada o obrigava a aceitar, sempre apanhado 20 desprevenido por toda a espécie de obstáculos, naturais ou outros. Apesar disso, é querido e seguido por mui tos. No episódio do cerco de Coira, uma conversa entre o rei e alguns cavaleiros traduz claramente a sua inépcia como chefe, mas revela também a relação de boa amizade que o une aos seus (cap. 76,2.a Parte): porque sabe rir e sorrir, porque conhece o prazer de passar um serão «em sabor» com os seus homens, porque ouve igualmente conselhos e censuras, porque reconhece fraquezas, porque é sensível a pedidos e fiel à palavra dada, porque pro25 cura que reine a concórdia à sua volta, porque é capaz de levar a amizade até ao sacrifício. Fernão Lopes, Crónica de D. Joã o I (Textos escolhidos), Lisboa, Seara Nova / Comunicação, 1980, pp. 38, 39 e 46. (Apresentação crítica, seLeção, notas e sugestões para análise literária de Teresa Amado) Vocabulário
10 povo ;2c a s te lo s de lo ca lid a d e s que to rna ra m
0 p artido do rei de C a s te la ;3 aco rd os vergon hosos
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 0 primeiro parágrafo do texto está assente numa lógica de progressão textual que caracteriza ( ) (A) em primeiro lugar, as personagens individuais e seguidamente as coletivas. [ ) (B) em primeiro lugar, as personagens coletivas e depois as individuais, exemplificando pela mesma ordem. O (C) em primeiro lugar, as personagens individuais e depois as coletivas, exemplificando pela ordem inversa. [ 1(D) em primeiro lugar, as personagens individuais e depois as coletivas.
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1.2 No segundo parágrafo, explicita-se a relação entre O (A) as palavras que saem da multidão e os atos desta. □
(B) as açoes da multidão e as paLavras de quem a dirige.
Q (C) as palavras que saem da multidão e os objetivos desta. □
(D) as ações da multidão e as palavras de oposição aos nobres e burgueses,
1.3 A visão de D. João caracteriza-se □
(A) por um acumular de características positivas,
□
(B) por um acumular de características negativas,
O
(C)
pelo equilíbrio entre características positivas e negativas.
O (D) pelo predomínio das características negativas sobre as positivas. 1.4 0 «episódio do cerco de Coira», l. 21, O (A) tem como função exemplificar informação que é apresentada posteriormente, □
(B) é um exemplo relativo às qualidades de D, João I.
□
(C) exemplifica um defeito de D. João I.
( ) (D) acentua alguns dos defeitos de D. João I, 1.5 A sequência de várias orações subordinadas adverbiais causais presente no final do texto, entre as ll. 22-25, tem como função Q (A) realçar a camaradagem entre □. João I e os seus soldados e cavaleiros. O (B) comprovar que □. João I não tinha somente defeitos. O (C) chamar a atenção para as qualidades humanas e de chefia de D. João I. O (D) ilustrar as suas capacidades militares. 2.
Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1
Indica o processo fonológico presente na evolução da palavra do português antigo «batees», l. 6, para batéis, no português moderno (texto do Grupo I).
2.2 Indica a função sintática desempenhada por «D. João I, Nun'Alvares e □. Leonor.», ll. 7-8, (texto do Grupo II). 2.3 Classifica a segunda oração coordenada presente em «ameaçando ou anunciando a decisão duma passagem à ação.», ll. 13-14, (texto do Grupo II).
GRUPO I I I Escreve um texto expositivo no qual apresentes o contexto histórico em que ocorreu o cerco de Lisboa narrado por Fernão Lopes na Crónica de D. João I. O teu texto deve ter um mínimo de 200 e um máximo de 300 palavras.
EDITAVEL 34
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Nom e
T u rm a
D a ta
V.
GRUPO I A Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado. Toda a cidade era dada a nojo1, cheia de mezquinhas querelas2, sem neuu prazer que i houvesse: uus com gram mingua do que padeciam; outros havendo doo3 dos atribulados4; e isto nom sem razom, ca se é triste e mezquinho o coraçom cuidoso5 nas cousas contrairás6 que lhe aviinr podem7, veede que fariam aqueles que as continuadamente tão presentes tiinham? 5 Pero com todo esto, quando repicavom, nenhuu non mostrava que era faminto, mas forte e rijo contra seus emigos. Esforçavom-se uús por consolar os outros, por dar remédio a seu grande nojo, mas nom prestava conforto de palavras nem podia tal door seer amansada com neuas doces razões; e assi como é natural cousa a mão ir ameúde onde se a door, assim uus homees falando com outros, nom podiam em ai departir senom em na mingua que cada uu padecia. O quantas vezes encomendavom nas missas e preegações que rogassem a Deos devotamente por o estado 10 da cidade! E ficados os geolhos, beijando a terra, braadavam a Deos que lhes acorresse, e suas prezes nom eram compridas! Uus choravam antre si, mal-dizendo seus dias, queixando-se por que tanto viviam, como se disses sem com o Profeta: «Ora veesse a morte ante do tempo, e a terra cobrisse nossaS faces, pera nom veermos tantos males!» Assi que rogavam a morte que os levasse, dizendo que melhor lhe fora morrer que lhe serem cada dia renovados desvairados padecimentos. Outros se querelavom a seus amigos, dizendo que foram desventuirada 15 gente, que se ante nom deram a el-rei de Castela que cada dia padecer novas mizquiindades, firmando: se de todo nas peores cousas que fortuna em esto podia obrar. Sabia porém isto o Mestre e os de seu Conselho, e eram-lhe doorosas d’ouvir estas novas; e veendo estes males a que acorrer nom podiam, çarravom suas orelhas do rumor do poboo. Como nom querees que maldissessem sa vida e desejassem morrer alguus homees e molheres, que tanta de20 ferença há d’ ouvir estas cousas aaqueles que as entom passarom, como há da vida aa morte? Os padres e madres viiam estalar de fame os filhos que muito amavom, rompiam as faces e peitos sobrieles, nom teendo com que lhe acorrer, senom planto e espargimento de lagrimas, e sobre todo isto, medo grande da cruel vingança que enten diam que el-Rei de Castela deles havia de tomar; assi que eles padeciam duas grandes guerras, ua dos emigos que os cercados tiinham, e outra dos mantiimentos que lhes minguavom, de guisa que eram postos em cuidado de se 25 defender da morte per duas guisas.
a d v e rsa s;7 que podem suceder de vez em quando
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. A cidade é apresentada como um ator coletivo. Justifica esta afirmação transcrevendo pelo menos dois exemplos pertinentes. 2.
Explica por que razão havia pessoas na cidade cercada que desejavam a morte. EDITAVEL
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3. Explicita e justifica as reações do Mestre de Avis e de outros responsáveis pela defesa da cidade aos lamentos dos
habitantes cercados. 4. Identifica, justificando, o recurso expressivo presente em «padeciam duas grandes guerras», l, 23, tendo em consi
deração o sentido geral do parágrafo em que ocorre a frase.
B Escreve um texto que tenha entre 120 e 150 paLavras no qual apresentes as linhas gerais do contexto histórico em que decorre o cerco da cidade de Lisboa pelo exército castelhano.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário.
h is tó ria da cidade p ro ib id a
5
io
15
20
25
Durante cinco séculos, o Palácio de Pequim foi a residência oficial dos imperadores da China e o centro do seu poder. O lugar sempre fascinou pelas suas dimensões, pelo seu aspeto secreto e, para os privilegiados que a ele tinham acesso, pela magnificência dos seus edifícios e o luxo dos seus aposentos. (...) O palácio inscreve-se numa longa tradição de residências imperiais que se sucedem ao longo de vários milénios. Inúmeros elementos fazem dele o centro cosmológico1 do mundo. Assim, a cor vermelha era a cor imaginada da Estrela Polar, único ponto fixo no céu da cosmografia2 chinesa. O próprio palácio era comummente designado por esse epíteto: Cidade Púrpura Proibida. Diversos elementos, simultaneamente simbólicos e decorativos, pontuam o conjunto do complexo. Um leão e uma leoa de bronze guardam as portas. Abrigo para uma medida de cereal, qua drante solar, animais emblemáticos (como a tartaruga) sublinham as funções religiosas e judiciais do monarca. Vários templos estão espalhados por toda a extensão do palácio. O serviço religioso era desempenhado por clérigos específicos e apenas uma parte dos habitantes do palácio os frequentava. (...) O palácio está dividido em duas partes: o átrio exterior, consagrado a vida cerimonial e, nas traseiras, o átrio in terior, para utilização do imperador e sua família. Pátios sucessivos - alguns de grandes dimensões - e passagens ao ar livre entre longos muros delimitam os espaços de área variável, com afetações3 precisas. A partir da Praça da Paz Celestial, uma sequência de portas monumentais e átrios - orientados de sul para norte, como manda a tra dição chinesa, e dispostos segundo um ritmo intencional - conduz ao pavilhão da Suprema Harmonia, o edifício mais sumptuoso e mais vasto do palácio, coração do Império, onde se realizavam as audiências mais importan tes, frente ao trono imperial. Atrás, dois outros edifícios, construídos sobre o mesmo envasamento4 de mármore com três níveis, completam este primeiro conjunto e constituem um cenário grandioso para uma grande parte das cerimónias oficiais. Três alamedas sublinham o eixo sul-norte do palácio. O caminho central só era percorri do pelo imperador, num palanquim5. Neste percurso solene, as escadas são substituídas por rampas de mármore branco, esculpidas com dragões de corpo reptilíneo, símbolos por excelência do imperador. Por detrás do átrio exterior, um longo átrio, perpendicular ao eixo principal, separa o palácio em dois. A porta da Pureza Celestial dá acesso a uma outra fiada de três pavilhões erigidos sobre um envasamento comum. Residência dos imperadores e imperatrizes até 1723, esta parte traseira será a seguir utilizada como aposentos de aparato; assim 0 Pa lácio da Tranquilidade Terrena era utilizado para a noite de núpcias do casal imperial. Oj ardim imperial ocupa a parte posterior do recinto. O seu plano simétrico rompe com a ordenação habitual dos jardins chineses. A despeito de fre quentes alterações, os elementos deste eixo central conservaram, em geral, o aspeto que tinham no século XV. AA. W „ A B Cedárío da cidade proibida, Lisboa, Público, 2003, pp, 11-16 .
(Texto adaptado) Vocabulário 1 centro da conceção do mundo; 2 representação gráfica do cosm os; 3 funções; 4 base; 5 veículo para uma pessoa, espécie de liteira
EDI TÁVEL Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes • jjjjj
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1, Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1
Sendo este texto de natureza expositiva, a sua linguagem caracteriza-se Q (A) pelo recurso à objetividade, embora com algumas marcas de subjetividade. í ) (B) pelo recurso à subjetividade, embora com ligeiras marcas de objetividade. O (O) pelo recurso à objetividade, sem marcas de subjetividade. □
1.2
(□) pelo recurso à subjetividade, sem qualquer marca de objetividade.
Da leitura do segundo parágrafo infere-se que a civilização chinesa, no que respeita à arquitetura monumental, se caracteriza tradicionalmente por
CD (A ) dar muita importância aos elementos decorativos. CD (B) dar tanta importância a elementos decorativos como a elementos simbóLicos.
1.3
□
(C) privilegiar os elementos simbólicos em detrimento dos decorativos.
□
(D) privilegiar os elementos simbólicos.
A importância do pavilhão da Suprema Harmonia é realçada, no quarto parágrafo, através da utilização de uma □
(A) metáfora.
□
(B) comparaçao.
CD □ 1.4
(C )
personificação.
(D) hipérbole.
A solenidade do percurso referido no quarto parágrafo, ll. 12-22, é sublinhada através da referência
CD (A) a elementos arquitetónicos como as «rampas» feitas de material nobre. CD (B) a elementos simbólicos gerais. CD a elementos simbólicos específicos. (C )
□ 1.5
(D) à utilização de um «palanquim» para transportar o imperador.
A frase que mais se aproxima pelo sentido da última frase do texto, «A despeito...», ll. 27-28, até ao fim, é □
(A) os elementos do «eixo central» continuam com o aspeto que tinham no século XV.
CD (B) o aspeto atual do «eixo central» mudou muito porque houve muitas alterações ao longo do tempo. CD (G) apesar de o aspeto do «eixo central» ter mudado, é idêntico ao que tinha no século XV. CD (D) apesar de ter sofrido muitas alterações, o aspeto do «eixo central» é idêntico ao que tinha no século XV. 2.
Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1
Indica o processo fonológico de alteração presente na evolução de «contraíras», l. 3, para contrárias (texto do Grupo I).
2.2
Indica a função sintática da palavra destacada na expressão «Neste percurso soLene...», 1.21, (texto do Grupo II).
2.3
Classifica a oração subordinada presente na frase «O palácio inscreve-se numa longa tradição de residências imperiais que se sucedem ao Longo de vários milénios.», I. 4, (texto do Grupo II).
GRUPO I I I Elabora uma síntese do texto do Grupo I I que tenha cerca de um quarto da sua dimensão. EDI TÁVEL Entre Palavras 10 • Livro de Testes • /\^\
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
GRUPO 1 A Lê o poema seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
Inês Renego deste lavrar e do primeiro que o usou! ò Diabo que o eu dou, que tão mao é d’aturar! Ó Jesu! que enfadamento1, e que raiva, e que tormento, que cegueira, e que canseira2! Eu hei-de buscar maneira d’algum outro aviamento3. Coitada, assi hei-de estar encerrada nesta casa como panela sem asa4 que sempre está num lugar? E assi hão-de ser logrados5 dous dias amargurados, que eu possa durar viva? E assi hei-de estar cativa em poder de desfiados6?
Antes o darei ao Diabo 20 Que lavrar mais nem pontada. Já tenho a vida cansada de jazer sempre dum cabo7. Todas folgam e eu não todas vêm e todas vão 25 onde querem, senão eu. Hui! e que pecado é o meu, ou que dôr de coração? Esta vida é mais que morta. São8 eu coruj a ou corujo 3o ou são algum caramujo9 que não sai senão à porta? E quando me dão algum dia licença, como a bugia10, que possa estar à janela 35 éjámaisqueaMadanela quando achou a aleluia11.
Gil Vicente, «Auto de Inês Pereira», in Teatro de Gil Vicente, 6.s edição, Lisboa, Portugália Editora, s/d, pp. 159-160. (Apresentação e leitura de António Jose Saraiva)
Vocabulário e notas 1 aborrecimento; 2 desgraça; 3 vv. 8-9; hei de encontrar uma solução para este problema; 4 panela que não era usada;5 vividos; 6 v. 18: Sempre a trabalhar nos panos;7 no mesmo sítio; 8 sou;9 espécie de lapa, molusco marinho;10 macaca;11 alusão à alegria de Maria Madalena quando soube da Ressurreição de Cristo - a de Inês é idêntica, quando se põe à janela
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T e s t e d e a v a lia ç ã o 1 1 S e q u ê n c i a 4
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Integra o texto na estrutura da peça a que pertence explicitando a sua função, 2. Refere, justificando, o estado psicológico em que se encontra Inês. 3. Este monólogo permite traçar um quadro do quotidiano de uma moça do povo do início do século XVI. Justifica esta afirmação. 4. Inês apresenta-se como uma jovem diferente de todas as outras. Explica como o faz, indicando os dois recursos expressivos que contribuem para a sua individualização.
B A dimensão satírica da Farsa de Inês Pereira é uma das suas características mais evidentes. Escreve um texto no qual comproves esta afirmação com base na tua experiência de leitura - referindo pelo menos Pero Marques e Brás da Mata. O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
Gil Wieente - A sátira soeial O tipo mais insistentemente observado e satirizado por Gil Vicente é sem dúvida o clérigo, e especialmente o frade, presente em todos os setores da vida portuguesa, na corte e no povo, na cidade e na aldeia. Gil Vicente censura nele a desconformidade entre os atos e os ideais, pois, em lugar de praticar a austeridade, a pobreza e a renúncia ao mundo, busca as riquezas e os prazeres, é espadachim, blasfema1, tem mulher e prole2, ambiciona 5 honras e cargos, procedendo como se a ordenação sacerdotal o imunizasse contra os castigos que Deus tem re servados para os pecadores. (...) Outro tipo insistente nos autos vicentinos é o Escudeiro, género de parasita ocioso e vadio (...). O Escudeiro imita os padrões da nobreza, toca guitarra, verseja, faz serenatas às filhas dos «oficiais mecânicos», pavoneia-se de bravo e cavaleiro, espera o seu «acrescentamento», que o instalará de vez na nobreza. Mas não trabalha, passa io fome estreme3, tem medo, é corrido sob a chuva de insultos da mãe da pretendida, que o aconselha a aprender um oficio para não morrer à míngua4. Esta parasitagem faminta, que tendia a multiplicar-se com a decadência da baixa nobreza e seus ramos desqualificados, levantava protestos da parte de burgueses e artífices. Também aqui Gil Vicente se faz eco de um sentimento popular, ao mesmo tempo que de um problema colo cado ao nível dos governantes. Mas cabe perguntar em que medida ele visa, através do Escudeiro, o próprio ideal 15 de vida nobre. O facto é que, embora relativamente raros, os fidalgos aparecem também duramente atacados nos autos. Na Barca do Inferno e na Farsa dosAlmocreves caracterizam-se por uma presunção balofa5 e por explorarem o trabalho dos servidores sem lhes pagar (o que também sucede com os Escudeiros relativamente aos respetivos moços). (continua)
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Não fica mais favorecido o grupo dos magistrados e dos administradores. Meirinhos6, corregedores, juízes, in20 saciáveis espoliadores7 do povo, são impiedosamente fustigados8 na Barca do Inferno, na Floresta de Enganos, na Frágua do Amor, onde a Justiça é uma velha corcovada9 com as algibeiras repletas de galinhas, perdizes e bolsas, as mãos enormes, habituadas a «apanhar». (...) Quem suporta a carga desta hierarquia social de parasitas e ociosos? Segundo Gil Vicente, o «Lavrador». Este Lavrador, que faz duas rápidas mas impressionantes entradas em cena (Barca do Purgatório, Romagem deAgra25 vados), (...) é uma personagem patética cuja voz acusadora tem acentos comoventes. Trabalha até à extenuação, sem tempo sequer para limpar as gotas de suor. O produto do trabalho é-lhe arrancado pelos cobradores de rendas ou pelos frades. Na igreja escorraçam-no como um cão. Até Deus, segundo João Murtinheira, parece comprazer-se em persegui-lo enviando-lhe o sol e a chuva fora de tempo (...). Em resumo, segundo o Lavrador do Auto impropriamente dito da Barca do Purgatório: só
Nós somos vida das gentes e morte das nossas vidas.
E todavia, pondera o mesmo Lavrador, todos vimos do mesmo pai Adão. Este sentimento da condição miserável do camponês, aliás sustentáculo dos privilégios senhoriais, tem um acento proíundamente sincero em Gil Vicente, e é a contrapartida grave do riso que ele prodigaliza10 a propósito 35 das outras camadas. A. J. Saraiva e Óscar Lopes, H istória da litera tura portuguesa, 17.a edição, Porto, Porto Editora, 1996, pp. 199-201.
V o c a b u lá r io 1 p r o fe r e i n s u lt o s c o n t r a o s a g r a d o ; 2 f i l h o s ; 3 v e r d a d e ir a ; 4 d e f o m e ; 5 rid íc u la ; 6 o fic ia is d a j u s t iç a ; 7 l a d r õ e s ; 8 c r it i c a d o s ; 9 c o r c u n d a ; 10 o f e r e c e 1
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta, 1.1 De acordo com o primeiro parágrafo do texto, Gil Vicente satiriza os clérigos porque a sua vida O (A) não decorre de acordo com o princípio de desapego pelas riquezas do mundo. □
(B) revela incoerência entre o que pregam e o que fazem.
O (C) não revela incoerência entre as palavras e as ações. O (D) decorre de acordo com o princípio de desinteresse pelas honrarias mundanas. 1.2 0 segundo parágrafo refere vários aspetos da vida dos Escudeiros, exceto □
(A) a origem da sua posição social.
□
(B) os seus anseios de ascensão social.
O (C) críticas que a sociedade lhes fazia. O (D) o modo como desapareceram da sociedade. 1.3 A possibilidade de a crítica aos Escudeiros ser, talvez, um ataque à nobreza, baseia-se no facto de [
) (A ) o s E s c u d e ir o s p e r t e n c e r e m a u m a n o b r e z a d e c a íd a .
O (B) tanto os Escudeiros como os nobres terem certos comportamentos idênticos. Q (C) tanto os Escudeiros como os nobres serem presunçosos.
CD (D) os Escudeiros estarem ao serviço da nobreza. EDITAVEl
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1.4 O recurso expressivo presente na frase «Meirinhos, corregedores, juízes, insaciáveis espoliadores do povo, são impiedosamente fustigados na Barca do Inferno, na Floresta de Enganos, na Frágua do Amor», ll. 19-21, é uma □
(A) comparação.
□
(B) hipérbole.
□
(C) metáfora.
( ) (D) personificação. 1.5 A frase que melhor sintetiza o último parágrafo do texto é □
(A) Gil Vicente tanto sabe criticar com seriedade como através do riso.
O ( B ) Gil Vicente tanto critica o clero através da seriedade como através do riso.
□ (C) Gil Vicente critica principalmente através do riso. [ ) (D) Gil Vicente critica especialmente a exploração dos pobres pelos poderosos. 2.
Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1 Identifica, justificando, um arcaísmo entre os vv. 14-16 (texto do Grupo I). 2.2 Indica a função sintática da expressão destacada na frase Inês julgava a sua vida um verdadeiro martírio. 2.3 Classifica a oração subordinada presente na frase «O Escudeiro (...) espera o seu "acrescentamento", que o instalará de vez na nobreza», ll. 7-9, (texto do Grupo II). ,
GRUPO I I I Elabora uma síntese do texto do Grupo I I que tenha cerca de um quarto da sua dimensão.
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a Teste de avaliação w
Nome _ .... Turma Data V_________________________________________________________________________________________________ J
GRUPO I A Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados. Ida a Mãe, fica Inês Pereira e o Escudeiro. E senta-se Inês Pereira a lavrar, e canta esta cantiga: Inês Si no os huviera mirado no penara, pero tampoco os mirara 25 O Escudeiro, vendo cantara Inês Pereira, mui agastado1lhe diz:
5
10
15
20
Esc. Vós cantais, Inês Pereira? Em vodas m’andáveis vós2? Juro ao Corpo de Deos que esta seja a derradeira! Se vos eu vejo cantar, eu vos farei assoviar... Inês Bofé, senhor meu marido, se vós disso sois servido, bem o posso eu escusar.
3o
35
Esc. Mas é bem que o escuseis, e outras cousas que não digo! Inês Porque bradais3vós comigo? Esc. Será bem que vos caleis. E mais, sereis avisada que não me respondais nada, em que ponha fogo a tudo, porque o homem sesudo4 traz a mulher sopeada5.
4o
45
Vós não haveis de falar com homem, nem mulher que seja nem somente ir à igrej a não vos quero eu leixar. Já vos preguei as j anelas, por que não vos ponhais nelas. Estareis aqui encerrada nesta casa, tão fechada como freira d’Oudivelas. Inês Que pecado foi o meu? Por que me dais tal prisão? Esc. Vós buscastes discricão, que culpa vos tenho eu? Pode ser maior aviso, maior discrição e siso que guardar eu meu tisouro? Não sois vós, mulher, meu ouro? Que mal faço em guardar isso? Vós não haveis de mandar em casa somente um pêlo6. Se eu disser: - isto é novelo havei-lo de confirmar. E mais quando eu vier de fora, haveis de tremer; e cousa que vós digais não vos há de valer mais que aquilo que eu quiser.
Gil Vicente, «Auto de Inês Pereira», in Teatro de Gil Vicente, Lisboa, Portugália Editora, s/d, pp. 188-189. (Apresentação e leitura de António Jose Saraiva)
Vocabulário e notas 1 zangado; 2 a festa já acabou; 3 gritais; 4 que se dá ao respeito; 5 presa; 6 nem um bocadinho
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Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Refere, justificadamente, as reações do público a esta cena. 2. Indica sobre quem recai a sátira no texto, justificando. 3. Explicita a relação entre Brás da Mata e Inês Pereira. 4. Comprova que, mesmo numa situação de domínio, Brás da Mata não deixa de usar um discurso com marcas de se dução, referindo os recursos expressivos pertinentes.
B A relação entre Inês Pereira e sua mãe, ao longo da farsa, não é, por norma, pacífica. Escreve um texto no qual comproves esta afirmação com base na tua experiência de leitura. O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
P a ra um «dágsieo» da in q u is içã o portuguesa Os Episódios dramáticos da Inquisição portuguesa de António Baião, textos de referência nos estudos sobre o Santo Oficio1, apesar dos anos, não perderam o viço2. Alimentam-se da fonte viva dos documentos e continuam a satisfazer a sede dos seus leitores. O segredo da sua perenidade3 está na segurança das informações e no estilo jornalístico, quase folhetinesco4, com que apresenta os resultados da investigação. Não se trata de uma elabo5 ração hermética5, voltada para os seus pares6, mas de uma pesquisa a par e passo partilhada com o comum dos leitores. António José Saraiva queixava-se, nos seus estimulantes estudos sobre a Inquisição Portuguesa, de que peran te mais de 40 000 processos e quilómetros de prateleiras de documentos, referentes ao Santo Oficio, não restava ao investigador outro caminho a não ser o da pesca à linha. 10 António Baião, que foi durante quarenta anos diretor do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, teve tempo para lançar a cana e o anzol e obteve assim uma bela pescaria, sobretudo de peixes graúdos: Femão de Oliveira, Damião de Góis, 0 cónego Baltasar Estaço, António Homem, o padre António Vieira, Duarte da Silva e tantos mais. António Baião parte do concreto. Multiplica-se em narrativas breves, retiradas dos processos, acompanha al15 guns autos de fé7, visita com D. João V 0 tribunal de Évora. O título da obra Episódios dramáticos da Inquisição por tuguesa conforma-se inteiramente com o conteúdo. E não tendo a pretensão de desenhar a estmtura do edifício inquisitorial, consegue introduzir o leitor nas paredes daquele mundo sinistro. (...) (continua)
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Têm-se multiplicado nos últimos anos os estudos sobre a Inquisição Portuguesa. A metodologia utilizada é mais complexa. O Arquivo da Inquisição, conservado na sua maior parte na Torre do Tombo, mantém ainda in20 tacta boa parte da riqueza, essencial para a história cultural e social. E no entanto, apesar de publicados na pri meira metade do século XX, não só o leitor, mas também o investigador não podem dispensar a leitura e o estudo destes Episódios dramáticos da Inquisição portuguesa de António Baião e também a História dos cristãos-novos portugueses do seu contemporâneo Lúcio de Azevedo. (...) Para a vida e obra de António Baião, o leitor não tem mais que ater-se à excelente biografia e à bibliografia 25 exaustiva que lhe dedicou o responsável por esta nova edição dos Episódios dramáticos da Inquisição portuguesa, Ana Cristina da Costa Gomes, mestre em História Moderna com uma tese inovadora sobre o esquecido huma nista Diogo de Sá. Estamos-lhe gratos por trazer de novo António Baião ao convívio dos leitores. António Borges Coelho, in António Baião, Episódios dram áticos da Inquisição portuguesa. Volume I, Lisboa, Prefácio, 2004, pp. 23-24.
Vocabulário e notas
1 outra designação do Tribunal da Inquisição; especializado em questões de fé religiosa, perseguiu principalmente os judeus, desde o século XVI até ao século XVIII, tendo terminado no início do século XIX; 2 importância; 3 duração, atualidade; 4 estilo agradável de ler, simples; 5 estilo dificilmente compreensível;6 intelectuais como ele;7 cerimónias durante as quais eram punidos os condenados pela Inquisição, por vezes com a morte no fogo
1.
Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1
Este texto foi escrito com a função de □
(A) relacionar o livro de António Baião nele referido com outros de temática afim.
O (B) apreciar criticamente o livro de António Baião nele referido. O (C) comprovar a atualidade da obra de António Baião nele referida. O (D) convencer sobre a importância da aquisição e leitura deste livro. 1.2
0 recurso expressivo com o qual o autor designa a documentação consultada por António Baião para escrever o seu livro, presente na frase «Alimentam-se da fonte viva dos documentos», l. 2, é uma O (A) personificação. O (B) hipérbole. □
(C) comparação.
O (D) metáfora. 1.3 Com a utilização da expressão «pesca à linha», l. 9, António José Saraiva não pretendia O (A) enfatizar a dificuldade do investigador perante a enormidade da tarefa. O (B) realçar a sorte do investigador se acaso encontrasse material interessante. O (C) demonstrar que o investigador necessitava de auxiliares no seu trabalho. O (D) evidenciar o tempo que o investigador tinha de dedicar à tarefa. 1.4
0 terceiro parágrafo apresenta, para referir o percurso de investigação de António Baião, uma sucessão de □
(A) duas metáforas.
O ( B ) três metáforas. □
(C) quatro metáforas.
□
(D) cinco metáforas.
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T e s t e d e a v a lia ç ã o 2 | S e q u ê n c i a 4
0 texto termina com uma agradecimento cuja causa reside
1.5
2.
□
(A)
na obtenção de um grau académico.
O
(B)
na reedição de um Livro.
Q
(C) na elaboração de uma bibliografia.
O
(D)
na redação de uma biografia.
Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1
Indica o processo irregular de formação de palavras através do qual a palavra «leitor», l. 21, (texto do Grupo II), adquire o significado de dispositivo de leitura para CD ou DVD, no domínio da informática.
2 .2
Indica a função sintática da expressão destacada na frase António Borges Coeího considera de grande valor o trabalho de investigação de António Baião.
2 .3
Indica a função sintática da expressão destacada na frase «Os Episódios dram áticos da Inquisição portuguesa de António Baião, textos de referência nos estudos sobre o Santo Ofício, apesar dos anos, não perderam o viço.», ll. 1-2, (texto do Grupo II).
GRUPO I I I As relações entre pais e filhos são hoje muito mais consensuais e flexíveis do que eram antigamente. Escreve um texto bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 300 paíavras, em que exponhas os vários modos que essas relações assumem nos nossos dias - destacando o melhor e o pior deles.
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A ■
1
T e s te d e a v a lia ç ã o
Nnmp
Turma
Data y
GRUPO I A Lê o poema seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados a seguir ao texto.
a este moto1seu2: Se Helena apartar3 do campo seus olhos, nascerão abrolhos4.
5
VOLTAS A verdura amena5, gados, que paceis6, sabei que a deveis aos olhos d’ Helena. Os ventos serena, faz flores d’ abrolhos o ar de seus olhos.
Faz serras floridas7, faz claras as fontes: 10 se isto faz nos montes, que fará nas vidas? Trá-las suspendidas como ervas em molhos, na luz de seus olhos. 15
20
Os corações prende Com graça inhumana8; de cada pestana u’ alma lhe pende8. Amor se lhe rende, e, posto em giolhos10, pasma nos seus olhos11. Luís de Camões, Rim as, Coimbra, Almedina, 2005, p. 19. (Texto estabelecido e prefaciado por Álvaro J . da Costa Pimpão)
Vocabulário e notas 1 mote; 2 da autoria do próprio Camões; 3 afastar, deixar de olhar; 4 plantas espinhosas; 5 agradável, bela; 6 pastais; 7 v. 9: o olhar de Helena transforma a água turva das fontes em água límpida; 8 enorme; 3 está suspensa;10 posto de joe lhos, em adoração;11 encanta-se com os seus olhos, aos quais fica preso, sem poder deixar de os fitar
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Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Explica a relação entre o «moto» ou mote e as voltas da cantiga. 2. Explicita o sentido da pergunta feita pelo sujeito lírico nos vv. 10-11, tendo em consideração a relação entre Helena e a Natureza, 3. Identifica, justificando, o primeiro recurso expressivo que, na segunda estrofe, contribui para a sugestão do poder transformador dos olhos de Helena. 4. Prova que o primeiro e o segundo versos da cantiga, «A verdura amena / gados, que pasceis», têm o mesmo número de sílabas métricas mas não têm o mesmo número de sílabas gramaticais.
B Apoiando-te na tua experiência de leitura, escreve um texto que tenha entre 120 e 150 palavras, no qual apresen tes as principais características físicas e psicológicas que Camões atribui às mulheres que canta.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta a nota apresentada.
Os grandes tem as cam onianos O amor
5
t,
O amor é, de facto, o principal tema de toda a lírica camoniana - como é, n’Os Lusíadas, uma das grandes li nhas que movem, organizam e dão sentido ao universo, elevando os heróis à suprema dignidade de, através dele, atingirem a divinização. Na Lírica de Camões, o amor é, contudo, fonte de contradições vivamente sentidas: ele é sucessivamente «fogo que arde sem se ver», «ferida que dói e não se sente», «contentamento descontente» - daí que ele dificilmente possa tra zer consigo a alegria e a paz. É algo de indefinível ou, nas próprias palavras do Poeta, «um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como e dói não seiporquê.» (...)
A mulh@r am ida: a natureza Ligado ao tema do Amor, encontramos, como vimos, o tema da mulher amada, entendida como ser celestial «celeste formosura» - ou como fera, Circe1; da ausência da mulher amada, vivida como ocasião de purificação do io amor, ou como mágoa e saudade; o da morte da amada, encarada com mágoa serena e resignação cristã (soneto «Alma minha gentil que tepartiste») ou como mágoa revoltada, impotente e, esta sim, «sem remédio» (sonetos Quando de minhas mágoas a comprida ou O céu, a terra, o vento sossegado). É bom de ver que estas visões contras tantes da amada, da sua ausência ou morte, têm que ver com a dupla visão do amor, atrás referida. Mas o entendimento amoroso exige um enquadramento natural. A natureza aparece-nos na poesia camonia15 na, na lírica como na épica, como uma natureza alegre (Alegres campos, verdes arvoredos), serena, luminosa, perfu mada, em que avultam o verde, o cristal das águas límpidas, os frutos saborosos, as flores. Neste cenário se vivem sentimentos amorosos - e se a natureza, por vezes, fica indiferente (soneto O céu, a terra, o vento sossegado), de outras vezes ela compartilha da tristeza dos amantes (Aquela triste e leda madrugada).
(continua)
E DI TAVEl Entre Palavras 10 • Livro de Testes • f^j\
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O «desconcerto do mundo» Experiência amorosa e experiência de vida colocam Camões perante uma constatação: a de que no mundo 20 a realidade é absurda e domínio do «desconcerto», em que se premeiam os maus e se castigam os bons. Esta constatação deixou marcas amargas n’Os Lusíadas - e deixou-as na Lírica, em poemas de revolta, de queixa, de sengano, perplexidade angustiada. (...) A mudança, que é a condição de tudo, para ele fez-se sempre para pior. Por isso se sente com o direito de se interrogar se o bem passado foi de facto bem ou se já era prenúncio do mal presente. Amélia Pinto Pais, Eu contarei de a m o r - lír ic a de Luís de Camões, Porto, Areal Editores, 2007, pp. 27-29. (Texto adaptado)
Nota
1 feiticeira, na mitologia grega; modelo de maldade
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 A frase que melhor sintetiza os dois primeiros parágrafos é í
1(A) O amor é o tema central da obra de Luís de Camões; mas apresenta faces diferentes, conforme se trate da poesia lírica ou da poesia épica.
O (B) O amor é o grande tema da obra de Luís de Camões; na poesia lírica apresenta-se como um fenómeno contraditório.
□
(C) 0 amor é o grande tema da obra de Luís de Camões, apresentando, na poesia épica, um caráter de sen timento pleno de dignidade.
□
(D) O amor é o tema central da obra de Luís de Camões; apresenta faces diferentes, sendo valorizado na poesia épica.
1.2 De acordo com o segundo parágrafo, o sentimento amoroso expresso por Camões na poesia lírica caracteriza-se por ser de natureza
CD (A) contraditória. CD (B) problemática. CD (C) pessimista.
CD (O) injusta. 1.3 A «mulher amada» é apresentada por Camões como □
(A) um ser angélico e formoso.
□
(B) um ser diabólico e feroz.
CD (£) um misto de bom e de mau. □
(□) um ser ora bom ora mau.
1.4 A natureza apresenta-se, na poesia lírica de Camões,
CD (A) s e m l i g a ç ã o c o m o s e s t a d o s d e a l m a d o s a m a n t e s . CD por vezes como confidente dos amantes. (B)
□
(C) por vezes tomando parte nos estados de alma dos amantes.
□
(D) enquadrando os estados de alma dos amantes.
EOITÁVEl Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
T e s t e d e a v a lia ç ã o 1 1 S e q u ê n c i a 5
1.5
De acordo com o último parágrafo do texto, o tema camoniano do desconcerto do mundo tem na origem Q (A) a constatação de que o mundo se caracteriza pela diversidade, □
(B) a verificação de que o mundo se caracteriza pela contradição.
D (C) a constatação de que o mundo é ilógico.
□ 2.
(D) a verificação de que o mundo se caracteriza
pela mudança contínua.
Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1 Seleciona, no quarto parágrafo do texto, três nomes que possam integrar o campo lexical da Natureza. 2.2 Indica a função sintática da expressão «a divinização», l. 3, 2.3 Transcreve, do último parágrafo, a oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
GRUPO I I I O amor é um sentimento que todos atinge a partir da adolescência. Os mais velhos estão também a ele sujeitos. Num texto bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 300 palavras, expõe as tuas ideias sobre a importância deste sentimento para o bem-estar desta camada populacional idosa,;
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
Sequência 5
T e s te d e a v a lia ç ã o P
Nome
Turma_______Data
k.
GRUPO I A Lê o poema seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados a seguir ao texto.
Grão tempo há já1 que soube da Ventura2 a vida que me tinha destinada; que a longa experiência da passada me dava claro indício da futura. 5
Amor fero3, cruel, Fortuna4 dura, bem tendes vossa força exprimentada: assolai5, destruí, não fique nada; vingai-vos desta vida, qu’ inda dura.
Soube Amor da Ventura, que a não tinha,6 ío e, por que mais sentisse a falta dela, de imagens impossíveis me mantinha. Mas vós, Senhora, pois que minha estrela7 não foi milhor, vivei nesta alma8minha, que não tem a Fortuna poder nela. Luís de Camões, Rimas, Coimbra, Almedina, 2005, p. 129. (Texto estabelecido e prefaciado por Álvaro J. da Costa Pimpão)
Vocabulário e notas 1 há muito tempo; 2 felicidade; 3 feroz; 4 a sorte, o acaso; 5 arruinai; 6 v. 9: Amor soube que não podia ter a Ventura; 7 vv. 12-13: o Poeta dirige-se à «Senhora» dizendo-lhe que também com ela não teve sorte; 8 espírito, memória
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Indica o tema do soneto, 2. Divide o poema em duas partes lógicas, justificando. 3. Explicita a reflexão pessoal sobre o amor presente no soneto. 4. Identifica o primeiro recurso expressivo presente no último verso do soneto. EDITÁVEL Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
T e s t e d e a v a lia ç ã o 2 | S e q u ê n c i a 5
B Apoiando-te na tua experiência de Leitura, escreve um texto que tenha entre 120 e 150 palavras, no qual apresen tes as temáticas do desconcerto do mundo e da mudança - centrais na lírica camoniana.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário.
Breve história do perfume
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A perfumaria não tem nada de futil. .Trata-se de um grande fenómeno de sociedade que, associando perfu maria e maquilhagem, ao longo de milénios indiferente às mutações políticas, sociais ou religiosas, tem estado presente em todas as civilizações e associado a todas as culturas. No entanto, em nenhum lugar do mundo, a perfumaria terá constituído, como aconteceu no Ocidente, um fenómeno técnico e económico de tal amplitude, A evolução da perfumaria deve ser abordada, tendo sempre em conta quatro elementos variáveis: a evolu ção das sociedades, as estruturas económicas, a evolução das técnicas, o hedonismo1. Ignorar qualquer destes elementos é perder a sequência de uma história particularmente complexa, já por si perturbada pelos nossos hábitos e pelos nossos preconceitos. Existem grandes áreas geográficas, cada uma das quais corresponde a um comportamento relativamente aos perfumes. A zona que nos é mais facilmente percetível é, evidentemente, a? que corresponde ao conjunto do mundo ocidental, onde os símbolos, as modas e as práticas comerciais são semelhantes durante dois milénios distintos, o anterior à Idade Média e o que lhe sucede. (...) A antiguidade conhecia o alambique2 mas ignorava o fabrico do álcool, contentando-se com matérias gordas aromatizadas, águas, pós, essências obtidas por pressão. O álcool é mencionado pela primeira vez em Itália no século VIII. No século XIV, surge um alcoolato3 de rosmaninho4 e de essência de terebintina5, utilizado mais como um remédio universal do que como um perfume, a que se deu - primeiro exemplo de estratégia publicitária moderna - o nome de Água da Rainha da Hungria, mítica soberana a quem esta água teria restituído e conservado uma juventude resplandecente. A perfumaria medieval, com a predominância de notas suaves, parece ter bastado a uma sociedade à qual as Cruzadas trouxeram o hábito de banhos públicos, das bolas de sabão (o verdadeiro sabão) e da água-de-rosas. Podemos aqui acrescentar o esboço de uma nova arte de viver, descoberta pelos cruzados na mais sumptuosa e elegante das cidades, Constantinopla. A perda de Constantinopla, conquistada pelos otomanos em 1453, acaba por determinar o poderio de Veneza. É aqui que nasce a perfumaria moderna, no início do século XVI. As obras dos botânicos alemães e dos engenheiros venezianos aperfeiçoam o alambique, aumenta o número de óleos essenciais extraídos por destilação, permitindo o nascimento da perfumaria alcoólica que, em pouco tempo dei xará de ser italiana para se tomar francesa. Durante mais de três séculos, apesar do aparecimento de algumas. fragrâncias6, esta perfumaria pouco evoluiu, contentando-se com perfumes florais. (...) Será necessária a chegada de um autodidata genial, François Coty, para que nasça a perfumaria tal como a conhecemos hoje, fundada numa arquitetura olfativa muito subtil, onde vegetais e corpos sintéticos se articulam para criar fragrâncias totalmente novas. AA. VV., A B Cedário do perfum e, Lisboa, Público, 2003, pp. 1 1 - 1 5 .
V o c a b u lá r io 1 a b u s c a d o p r a z e r ; 2 a p a r e lh o p r ó p r io p a r a r e a liz a r a d e s t ila ç ã o d e m a t é r ia s v e g e t a is , p a r a p r o d u z ir á lc o o is o u p e r f u m e s ; 3 s u b s t â n c ia d e r iv a d a d o á lc o o l ; 4 p la n t a a r o m á t ic a ; 5 t ip o d e r e s in a e x t r a íd a d e u m a r b u s t o d e s ig n a d o t e r e b in t o ; 6 a r o m a s , p e r f u m e s
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1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta, 1.1 De acordo com o primeiro parágrafo do texto, o uso de perfumes □
(A) acompanha as variações sociais, políticas e outras.
□
(B) não acompanha as variações sociais, políticas e outras,
□
(C) não é indiferente às variações sociais, políticas e outras,
CD (D) está ligado às variações sociais, políticas e outras. 1.2 A relação entre áreas geográficas e uso de perfumes CD (A) é uniforme: todas apresentam a mesma reLação com os perfumes. O (B) é variada: cada uma apresenta uma relação diferente com os perfumes, CD (c ) é ambígua: não é clara a relação de cada uma com os perfumes, CD
(D) é intensa: todas apresentam
uma forte relação com os perfumes.
1.3 O perfume que surgiu no sécuLo XIV com a designação Água da Rainha da Hungria é ainda hoje, por causa desse nome, um exemplo de CD (A) perfume moderno. O (B) perfume com poderes curativos. □
(C) técnica de marketing.
□
(D) técnica curativa através de um perfume.
1.4 O nascimento da «perfumaria moderna» em Veneza, no começo do século XVI, não está ligado ao CD (A) desenvolvimento de estudos botânicos. CD (B) melhoramento do alambique. □
(C) desenvolvimento de técnicas de destilação.
CD (D) aparecimento de novos aromas. 1.5 O último parágrafo do texto refere a perfumaria contemporânea através de uma □
(A) metáfora,
□ (B) comparação. □
(C) personificação.
□
(D) hipérbole.
2. Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1 Elabora duas frases em que a palavra «água», 1.17, apresente significados inequivocamente diferentes. 2.2 Indica a função sintática da palavra destacada na frase «Trata-se de um grande fenómeno de sociedade (...) indiferente às mutações políticas», ll. 1-2. 2.3 Classifica a oração destacada na frase «A antiguidade conhecia o alambique mas ignorava o fabrico do álcool,..», 1,13.
GRUPO I I I Escreve uma síntese do texto «Breve história do perfume» que tenha cerca de um quarto da sua dimensão. EDITÁm 52
FOTOCOPIAVEI
Entre Palavras 10 -Livro de Testes •
T e s t e d e a v a lia ç ã o 1 1 S e q u ê n c i a 6
GRUPO I A Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
4 *
E vós, Tágides1 minhas, pois criado Tendes em mi um novo engenho ardente, Se sempre em verso humilde2, celebrado Foi de3 mi vosso rio alegremente, Dai-me agora um som alto e sublimado, Um estilo grandíloco4e corrente5, Por que6de vossas águas Febo ordene Que não tenham enveja às de Hipocrene7. 5
Dai-me hua fúria8grande e sonorosa, E não de agreste avena ou frauta rudas, Mas de tuba canora e belicosa10, Que o peito acende e a cor ao gesto muda. Dai-me igual canto aos feitos da famosa Gente vossa, que a Marte tanto ajuda11; Que12 se espalhe e se cante no Universo, Se tão sublime preço cabe em verso.
Vocabulário e notas 1 Nipfas do Tejo; 2 referência à poesia líri ca de caráter bucóLico; 3 por; 4 grandioso; 5 impetuoso; 8 para que; 7 vv. 7-8: para que Apoio, deus da Poesia, ordene que as águas do Tejo não tenham inveja das águas de Hipocrene, fonte na qual, acreditava-se, os poetas encontravam, «bebiam», inspiração, na Grécia antiga; 8 exaltação; 0 a «avena» e a «frauta» são símbolos da poesia lírica de caráter pastoril; 10 a «tuba», trombeta de guerra, associa-se à poesia epica;11 vv. 5-6: os Portugueses, favorecidos por Marte, isto é, bons guerreiros;12 para que
Luís de Camões, Os Lusíadas, «Canto I, estâncias 4-5», 3.a edição, Porto, Porto Editora, 1987. (Edição organizada por Emanuel Paulo Ramos)
Apresenta, de forma cLara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Identifica o texto, justificando. 2. Explicita o contraste entre dois tipos de poesia nele presente. 3. Caracteriza o «canto», v. 5 da estância 5, solicitado pelo autor. 4. Identifica, justificando, os dois versos seguidos nos quais Camões, tal como fez na Proposição, aponta no sentido de os feitos dos Portugueses serem superiores aos dos Antigos. EOiTÁVEl Entre .Palavras 10 • Livro de Testes •
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B Na Dedicatória de Os Lusíadas, Camões apresenta a D. Sebastião as características do seu Poema. Escreve um texto no qual comproves esta afirmação, apresentando exemplos pertinentes, com base na tua expe riência de leitura. O teu texto deve ter entre 120 e 150 palavras.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário.
Séeulo XVI: s. deeadênôa.
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Em meados do século XVI, produz-se uma série de acontecimentos que ensombram o ambiente nacional: são abandonadas algumas das praças do Norte de África que exigiam um enorme esforço financeiro, Sanfim e Azamor em 1541; Arzila em 1549; Alcácer Ceguer em 1550. Conservam-se apenas Ceuta, Tânger e Mazagão. O debate que precede esta decisão leva a tomar consciência de que muita coisa mudara relativamente aos ideais de cruzada contra o islão formulados no início das descobertas e põe a nu as dificuldades para manter um império disseminado por espaços tão vastos, tanto mais que no Brasil começam a surgir os franceses, procurando substituir-se aos portugueses. (...) Vive-se então uma «hora depressiva e amarga» [palavras de Hemâni Cidade], que Camões tem ocasião de experienciar na própria índia para onde tinha partido pouco antes. A fase da descoberta e da consolidação do Império dera lugar à exploração comercial, em que os interesses económicos se sobrepunham ao espírito de ser viço, e escasseavam os gestos de dedicação e de nobreza, uma vez que os pequenos aprendem com os grandes a ambição e a ganância do lucro. Diogo do Couto - 0 continuador de João de Barros, nas Décadas da Ásia, e amigo de Camões - traça no Soldado prático uma visão da índia que é um quadro de decadência deplorável, de indisciplina e de corrupção: abusos de toda a ordem dos governadores, dos capitães, dos vedores da fazenda; as armadas são preparadas com desleixo; domina o desperdício na gestão dos dinheiros públicos; o suborno, 0 roubo e a venalidade1 são moeda corrente; ninguém está disposto a sacrificar o seu interesse pelo do reino; os criminosos e toda a espécie de burlões ficam impunes; não se faz justiça porque os cargos são vendidos; e os obscuros soldados sobre os quais assenta a cons trução do Império, no regresso ao reino, em vez do justo pagamento, encontram desprezo e abandono. Camões não foi indiferente a esta visão sombria; no poema encontramos entusiasmo, mas também deceção. A epopeia quer exaltar os «lusíadas», os portugueses. Mas sem perder de vista os seus erros e defeitos, por vezes graves. (...) [Camões] denuncia o desprezo do bem comum, a ambição ilegítima, o exercício viciado do poder, a hipocrisia dos que pretendem agradar ao povo escondendo interesses inconfessáveis, a exploração dos pobres feita pelos ministros apenas desejosos de cumprir formalmente os preceitos legais, sem atenderem à lei moral que obriga a pagar com justiça a quem trabalha. Dir-se-ia que a deceção vai subindo de tom, progredindo em desassombro2 e na coragem de visar ffontalmente ou com pouca dissimulação até figuras régias. Veja-se a áspera censura a D. Manuel (X, 22-25) e as críticas a D. Sebastião (IX, 25-29) lembrando-lhe a responsabilidade da soberania e advertindo-o quanto aos perigos da adulação de privados que desviam a autoridade dos seus objetivos - o serviço do povo - para fazer dela um ins trumento de tirania e opressão, apenas em benefício do egoísmo e das ambições pessoais. Maria Vitalina Leal de Matos, Tópicos p ara a leitura de Os Lusíadas, Lisboa, Verbo, 2003, pp. 22 a 24. (Texto adaptado) Vocabulário 1 corrupção dos funcionários públicos; 2 determinação
E DI TAVEl Enlre Palavras 10 ■ Livro de Testes •
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1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta, 1.1 0 recurso expressivo presente no início do primeiro parágrafo que sugere bem o estado depressivo do país «em meados do século XVI» é a □
(A) personificação.
O (B) metáfora.
1.2
□
(C) comparação.
□
(D) antítese.
O «debate» referido na L. 3 foi O (A) consequência do abandono de algumas praças no Norte de África. □
(B) posterior ao abandono de algumas praças no Norte de África.
O (C) causado pelo abandono de algumas praças no Norte de África. O (D) contributo decisivo para o abandono de algumas praças no Norte de África. 1.3
Com a frase «uma vez que os pequenos aprendem com os grandes a ambição e a ganância do lucro.», U. 10-11, a autora apresenta O (A) uma consequência dos factos negativos anteriormente apresentados. O (B ) um contraste com os factos negativos anteriormente apresentados, □
(C) uma explicação dos factos negativos anteriormente apresentados.
O (D) uma causa para os factos negativos anteriormente apresentados. 1.4
A função dos dois pontos presentes na 1.13 é de □
(A) introduzir uma enumeração.
O (B) enfatizar a informação que se segue.
1.5
2.
□
(C) introduzir uma explicação.
□
(D) iniciar um esclarecimento.
Para a autora, o «desassombro» e a «coragem» de Camões, referidos no último parágrafo, justificam-se porque foi capaz de criticar os aduladores de D. Sebastião.
□
(A)
□
(B) centrou a crítica em censuras a D. Manuel.
□
(C) lembrou a □. Sebastião os seus deveres.
□
(D) não hesitou em criticar representantes máximos do Estado.
Responde de forma correta aos itens apresentados. 2.1 Indica a palavra divergente de «feito (s)», v. 5 da estância 5, e cujo étimo latino é f a c t u (texto de Grupo I). 2.2
Indica a função sintática da expressão destacada na frase Camões mostra-se descontente com os governantes.
2.3
Classifica a oração iniciada por «que» em «produz-se uma série de acontecimentos que ensombram o ambiente nacional», L. 1, (texto de Grupo II).
GRUPO I I I Escreve uma síntese do texto do Grupo I I que tenha cerca de um quarto da sua dimensão.
EDI TAVEL Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
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GRUPO I A Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
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Mas eu que falo, humilde, buxo e rudo1, De vós não conhecido nem sonhado?
Ou fazendo que, mais que a de Medusa,
A vista vossa tema o monte Atknte12,
Da boca dos pequenos2sei, contudo, Que o louvor sai às vezes acabado. Nem me falta na vida honesto estudo, Com longa esperiencia misturado, Nem engenho, que aqui vereis presente, Cousas que juntas se acham raramente3.
Ou rompendo nos campos deAmpelusa Os muros de Marrocos e Trudante13. A minha já estimada e leda Musa Fico que em todo o mundo de vós cante14, De sorte queAlexandro em vós se veja, Sem à dita de Aquiles ter enveja15.
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Pera servir-vos, braço às armas feito; Pera cantar-vos, mente às Musas dada; Só me falece4ser a5vós aceito6, De7 quem virtude8deve ser prezada. Se me isto9o Céu concede, e o vosso peito Dina empresa tomar de ser cantada10, Como a pressaga mente vaticina Olhando a vossa inclinação divina11,
Luís de Camões, Os Lusíadas, (X, 154-156) 3.3 edição. Porto. Porto Editora, 1987. (Edição organizada por Emanuel Paulo Ramos)
V o c a b u lá r io e n o t a s 1 Camões exibe a sua origem social, o povo; 2 de pessoas do povo; 3 vv. 5-8: Camões apresenta várias qualidades suas - o conhecimento baseado nos livros, o «estudo», o conhecimento facultado pela «experiência» da vida, o «engenho», isto é, a capacidade poética, «aqui» - em O s L u s ía d a s - concretizada; 4 só me falta; 5 por; 6 conhecido; 7 por; 8 a capacidade engenhosa que lhe permitiu cons truir O s L u s í a d a s ; 9 ser reconhecido pelo rei; 10 w. 5-6: e o rei decidir empreen der façanhas dignas de serem epicamente cantadas;11 vv. 7-8: como se adivinha que sucederá, dada a intenção do rei;12 Atlas ficou petrificado ao ver a Medusa, ser horripilante; o sentido destes dois primeiros versos é que o Norte de África, isto é, os Mouros, fiquem ainda mais petrificados ao verem D. Sebastião do que ficou Atlas ao ver a Medusa; o Monte Atlante fica em Marrocos;13 Ampelusa e Trudante são terras de Marrocos; por estes versos e pelos dois últimos da estân cia anterior se verifica que a intenção de atacar Marrocos era do conhecimento geral no reinado de D. Sebastião; a tentativa levará pouco depois ao desastre de Alcácer Quibir;14 Camões oferece-se para cantar epicamente os futuros feitos de D. Sebastião;15 Alexandre Magno foi o maior general da Antiguidade Clássica; dizia lamentar não ter um Homero que lhe cantasse os feitos - como Aquiles teve; tinha inveja de Aquiles por isso; Camões promete, jura, («Fico») que cantará epicamente os feitos de D. Sebastião.
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Indica o destinatário das palavras de Camões. Na tua resposta, deves referir, justificadamente, se esta é ou não a primeira vez que Camões se lhe dirige em Os Lusíadas. 2.
E x p lic ita o s p r o je to s a p r e s e n t a d o s p o r C a m õ e s n a s d u a s ú lt im a s e s t r o fe s .
3. Identifica, justificando, a personificação presente na última estrofe. 4. Relaciona, justificadamente, os dois últimos versos da terceira estrofe com a Proposição de Os Lusíadas. EDITÁVEL
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FQIÇCQPiÀ.l!
Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes • ^
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T e s t e d e a v a lia ç ã o 2 | S e q u ê n c i a 6
B 0 plano das considerações do Poeta foi, no decurso do estudo de Os Lusíadas, o mais trabalhado nas tuas aulas, Escreve um texto que tenha entre 120 e 150 palavras no qual, apelando à tua experiência de leitura, apresentes os principais temas nele tratados.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
O Creoula
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O NTM Creoula celebrou em 2012 duas importantes efemérides: a 10 de maio 0 75° aniversário do seu lança mento à água e a 1 de junho os vinte e cinco anos que leva como Navio de Treino de Mar [NTM] que na tutela do Ministério da Defesa Nacional, é mantido e operado pela Marinha. Trata-se, em ambas as situações, de números inusitados1 em certa medida corroborados pelo facto de em todo o mundo não subsistirem muitos navios que ostentem pergaminhos com esta relevância. O NTM Creoula foi construído em 1937 nos estaleiros da Companhia União Fabril (CUF) em Lisboa para a Parce ria Geral de Pescarias, tendo em vista reforçar a respetiva frota na pesca do bacalhau à linha. Pelo facto de a sua cons trução ter contado com o apoio do Estado, cujo intuito era dinamizar a pesca do bacalhau e, sobretudo, a indústria da construção naval nacional, o Presidente da República, general Óscar Carmona, marcou presença na cerimónia de lançamento à água dos dois navios-irmãos - Creoula e Santa Maria Manuela - construídos lado a lado e em simul tâneo nos mesmos estaleiros. Constituindo, ainda hoj e, os melhores veleiros alguma vez construídos em Portugal, o regime2 aproveitou a ocasião para enaltecer o facto de os estaleiros, propriedade do industrial Alfredo da Silva, terem levado a cabo tamanha tarefa em somente sessenta e dois dias de trabalho. Concluído o seu aprontamento, 0 Creoula iniciou ainda esse ano a sua primeira campanha da pesca do bacalhau, nos longínquos bancos da Terra Nova e da Gronelândia. Em virtude da evolução tecnológica, mas também como reflexo da definição das zonas eco nómicas exclusivas (ZEE) por parte dos países ribeirinhos3, a pesca do bacalhau à linha deixou, entretanto, de ser rentável. Quando todos os demais veleiros tinham j á sido encostados por inviabilidade económica, a história reser vava ao Creoula o protagonismo de efetuar em 1973, nas vésperas da Revolução de Abril, a última das suas 37 cam panhas de pesca, durante as quais capturou cerca de 23 mil toneladas de bacalhau. Após cessar a atividade de pesca de bacalhau como veleiro, em 1975 a Parceria Geral da Pescarias ainda colocou a hipótese de converter o Creoula em navio-motor, a exemplo do que sucedera anteriormente com o navio-irmão Santa Maria Manuela. No entanto, por essa altura começaram também a surgir propostas de armadores4estrangeiros interessados na sua aquisição, facto que terá obstado à sua reconversão. Atendendo à conjuntura que então se vivia, aliada ao facto de se tratar do der radeiro exemplar da famosa White Fleet5em condições de preservar, o Estado também demonstrou interesse na sua aquisição, começando por colocar entraves6 à sua venda para o estrangeiro. Em virtude das dificuldades financeiras que o país então atravessava, a aquisição do Creoula só se viria a concretizar em 1979. (...) A principal missão do NTM Creoula é proporcionar treino de mar aos jovens portugueses, razão pela qual par ticipa regularmente em regatas e em concentrações de veleiros internacionais de elevado prestígio, em expedi ções científicas e em missões de difusão da imagem de Portugal, da sua cultura e das suas tradições. António Manuel Gonçalves, Creoula - tradição e juventude, Lisboa, CTT, 2014, pp. 6-9. (Texto adaptado)
Vocabulário e notas 1 invulgares; 2 o regime político do Estado Novo (1928-1974);3 países que, como a Islândia ou o Canadá, têm mares onde os portugueses pes cavam o bacalhau; 4 industriais da pesca e/ou transporte marítimo; 5 a frota portuguesa de pesca de bacalhau; 6 obstáculos
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1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 0 facto de o NTM Creoula ser um navio invulgar quando comparado com outros congéneres é destacado no primeiro parágrafo através de uma O (A) comparação. O (B) metáfora. □
(C) personificação.
O (D) anáfora. 1.2 0 objetivo principal da construção do navio Creoula teve origem no facto de se pretender O (A) fazer propaganda ao regime político vigente. ( ) (B) dinamizar a economia do país. O (C) aumentar a pesca do bacalhau. □
(D) fomentar a construção naval.
1.3 A falta de rentabilidade da pesca do bacalhau à linha derivou O (A) exclusivamente de inovações tecnológicas. O (B) principalmente de opções políticas. ( ) (C) tanto de inovações tecnológicas como de opções políticas. ( ) (D) mais da evolução da tecnologia do que de decisões políticas. 1.4 A «reconversão» referida na l. 23 trata-se O (Â) da passagem do Creoula de veleiro a navio-motor. O (B) da venda do Creoula a armadores estrangeiros. O (C) da venda do Creoula para ser navio-motor. Q (D) da passagem do Creoula de navio-motor a veleiro. 1.5 A compra do Creoula pelo Estado só se concretizou em 1979 devido a fatores □
(A) políticos e sociais.
□
(B) meramente financeiros.
CD (C) principalmente financeiros. CD (D) financeiros e sociais. 2. Responde, de forma correta aos itens apresentados.
2.1 Identifica, justificando, o processo de formação irregular de palavras presente em «CUF», 1. 6, (texto do Grupo II). 2.2 Indica qual o primeiro modificador de grupo verbal presente no texto do Grupo II. 2.3 Refere a função sintática da expressão destacada na frase «durante as quais capturou cerca de 23 mil tonela das de bacalhau.», 1.19, (texto do Grupo II).
GRUPO I I I Escreve uma síntese do texto do Grupo I I que tenha cerca de um quarto da sua dimensão.
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Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes •
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Teste de avaliação
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GRUPO I A Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
Depois da tem pestade
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Passados três dias, em que continuamente se deu à bomba, começou enfim a abonançar a procela1. Dos pedaços da ponte que o mar abatera, e de três remos do batel que escaparam do estrago, trataram logo de improvisar um mastro e armaram nele uma velazinha. Os nossos, então, pensaram em dar cabo dos estrangeiros. Jorge de Albuquerque dissuadiu-os disso. No estado em que estavam, o único remédio era a nau dos corsários. Se ela escapara, trataria decerto de demandar a nos sa, por causa dos Franceses que nela iam; e vindo-os buscar, e não os achando, decerto matariam os Portugueses todos. Lembrou-lhes também que já não tinham água, nem vinho, nem mantimento algum, e só podiam esperar
o que os Franceses lhes dessem. Assim discutiam, travando razões, quando deram vista da nau francesa. Fizeram-lhes fogos. Ela acudiu, desbaio ratada também, mas não destroçada como estava a nossa. Tendo sabido que a nossa gente se quisera levantar contra os Franceses, e que Jorge de Albuquerque se opu sera a tal, mostraram-se gratos os compatriotas daqueles. Ofereceram-se para o levar consigo, e mais três portu gueses que ele indicasse; deixá-los-iam desembarcar na primeira terra que tomassem, se assim desejava. Jorge de Albuquerque agradeceu-lhes muito: mas que muito mais lhes agradeceria se quisessem levá-los a todos eles, pois is jamais desampararia a sua gente, e em tal transe. O destino dos outros seria o seu. Responderam os Franceses que não podiam. Dois dias depois, aquietava o tempo. Os corsários, aproveitando abonança, trataram de descarregar a «Santo António» das muitas mercadorias que nela vinham, e que haviam escapado do furacão ou do alijar de carga que se havia feito. Até despoj aram alguns portugueses dos próprios fatos que traziam vestidos. 20 Outros, porém, mais humanos, andavam curando os que estavam doentes e lhes davam de comer e de beber. Negaram-se a prover os desgraçados de algumas coisas que precisavam, como enxárcias, antenas, velas; a mui to rogo, deram-lhes dois sacos de biscoito podre; e na segunda-feira, 17 de setembro, afastou-se a nau deles a todo o pano, e foi-se esbatendo na atmosfera turva. (...) Então, vendo-se desamparados na vastidão oceânica, sem nenhuns recursos, sem um livor2 de esperança, caí25 ram de joelhos no convés da nau, puseram-se a rezar 0 Miserere3. Rezado o Miserere e as ladainhas4, Jorge de Albuquerque começou a mandar, a tomar providências para a sal vação de todos. Só se encontraram em todo 0 navio: numa botija, duas canadas de vinho; uma pequena quan tidade de cocos; alguns poucos punhados de farinha-de-pau: e meia dúzia, ao todo, de tassalhos5 de carne e de peixe-cavalo. Isto para quarenta pessoas que abordo havia. «As terríveis aventuras de Jo ro6 de Albupuercjue Coelho (1565)», in H istório trogico-m ontim o —norrotivos dB noufrágios do époco dos conguistos Adaptação de António Sérgio, Lisboa, Sá da Costa Editora, 2009, pp. 126-129.
Vocabulário 1 tempestade;2 sinal; 3 oração a pedir misericórdia a Deus; 4 orações; 5 pedaços
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Elabora uma caracterização psicológica de Jorge de Albuquerque CoeLho com base nas suas atitudes referidas no texto. 2. Explicita em que consistiu a humanidade, l. 20, de alguns inimigos dos portugueses. 3. Explica, justificando, o sentido da expressão «a todo o pano», ll. 22-23. 4. Refere o que esteve na causa de os portugueses terem rezado o «Miserere» e várias «ladainhas», ll. 25-26.
B Os naufrágios relatados na História Trágico-Marítima eram, como sucede no relato das aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho que leste, frequentemente originados na ganância e na imprevidência. Recorrendo a tua experiência de leitura, escreve um texto que tenha entre 120 e 150 palavras no qual mostres a veracidade desta afirmação.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário.
R elatos de n au frág io s Na Biblioteca Nacional de Lisboa e na do Palácio Real da Ajuda, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, nas Bibliotecas de Évora, de Vila Viçosa e Coimbra, em bibliotecas estrangeiras e alguns fundos1 privados en contram-se, manuscritos ou impressos, vários exemplares de uns vinte relatos de naufrágios, compostos entre a segunda metade do século XVI e finais do século XVII por diferentes autores portugueses, uns famosos, outros 5 desconhecidos, outros ainda anónimos. Publicados originariamente em folhas soltas, estes relatos vieram a con fluir nos dois volumes da coletânea de Bernardo Gomes de Brito intitulada História Trágico-Marítima (Lisboa 1.735-1736) - onde os vemos frequentemente sujeitos a alterações e diluições2 textuais consideráveis, no limiar da reescrita (...). De um ponto de vista temático, para todos estes relatos se pode estabelecer um paradigma3 comum: os navios, 10 apinhados de cargas preciosas - especiarias, lacas, essências, pedras preciosas, esplêndidos panos -, zarpam de um porto das costas ocidentais da índia, de volta ao Reino. É j aneiro, fevereiro, por vezes março: um período, por tanto, em que decerto os ventos, para dobrar 0 cabo da Boa Esperança, não garantem uma navegação tranquila nem ao mais experimentado timoneiro4 nem à mais robusta embarcação, mesmo se favorecidos por uma benig na ventura. Como previsto ou previsível, o desafio aos elementos desencadeia raivosas tempestades celestes e 15 marítimas, a cuja fúria os navios só podem opor, intrepidamente, a sua preparação improvisada, o seupatchwork* de velas, lemes, mastros, sirgas3 e cabrestantes7 da mais diversa proveniência. Para aguentar os golpes não é ajuda que valha a pródiga cooperação dos aristocráticos passageiros que, à compita com marinheiros, grumetes8 e oficiais, acorrem a religar velas, a calafetar fendas com sacos de arroz e voluptuosos tecidos orientais, a libertar as bombas entupidas de pimenta. Os navios acabam por despedaçar20 -se contra as rochas da terra hostil habitada pelas bárbaras gentes cafres9, entre gritos e estridores, lágrimas e prantos de pecadores arrependidos, já só interessados em salvar a alma com públicas confissões. Aos que conseguem salvar também a pele, os deuses não reservam melhores destinos: a fome primordial, a sede, o calor diurno ou o frio noturno, a extenuante travessia dos rios, vales, pântanos, florestas e montes, as ciladas dos indígenas e os ataques das feras ritmam obsessivamente a peregrinação dos sobreviventes do naufrágio. É Dí TÁVEL
(continua) Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
T e s t e d e a v a lia ç ã o 1 1 S e q u ê n c i a 7
25 Drasticamente selecionados, de modo mais ou menos natural, bem poucos são os que chegam a bom porto: para recomeçarem de novo, já se sabe, porque a avidez10 humana não tem fundo. Giulia Lanciani, Sucessos e naufrágios das naus portuguesas, Lisboa, Caminho, 1997, pp. 9-10.
Vocabulário 1 coleções;2 modificações;3 modelo;4 piloto;5 conjunto, estrutura; 6 cabos para reboque de navios;7 mecanismo para içar âncoras; 8 marinhei ros em início de funções, o grau mais baixo no navio; 8 africanos habitantes da costa oriental de África;10 ganância
1, Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 De acordo com o primeiro parágrafo do texto, Bernardo Gomes de Brito ( 1(A) coligiu com fidelidade os relatos de naufrágios dos séculos XVI e XVII.
O (B) agrupou com critérios rigorosos estes relatos de naufrágios. □
(C) coligiu estes relatos com atenção deficiente aos originais.
O (D) agrupou os relatos de naufrágios dos séculos XVI e XVII com raras alterações aos originais. 1.2 O segundo parágrafo apresenta um modelo das relações dos naufrágios O (A) que não integra uma visão crítica das viagens. ( ) (B) que apresenta uma visão crítica das viagens. ( ) (C) que refere de modo incipiente uma visão crítica dos naufrágios. □
(D) que apresenta uma visão crítica da preparação das viagens.
1.3 Neste parágrafo, a palavra «portanto», ll. 11-12, funciona como
□ (A) um marcador textual para organizar a informação. CD (B) um conector textual que se refere à informação à sua esquerda. □ (C) um conector textual que aponta para informação à sua direita. □ (D) um marcador espacial. 1.4 No último parágrafo, a autora sugere a infelicidade até dos que escapam aos naufrágios através de uma
□ (A) comparação.
CD
(B )
Q (C) enumeração.
antítese.
Q (D) metáfora.
1.5 Na parte final do texto, a autora exprime
2.
□ (A) o seu desencanto com a natureza humana.
Q (C) a sua perplexidade perante a natureza humana.
O (B) a sua esperança na natureza humana.
□
(D) o seu orgulho na natureza humana.
Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1
Indica a função sintática desempenhada pelas palavras destacadas em «relatos
2 .2
Indica a função sintática desempenhada pela expressão destacada em «bem poucos são os que chegam a porto», l. 25.
2 .3
Classifica a oração «porque a avidez humana não tem fundo», l. 26.
de naufrágios» ,
l. 3. bom
GRUPO I I I Escreve um texto que tenha entre 200 e 300 palavras no qual faças a apreciação crítica de um livro que tenhas lido, de um filme que tenhas visto ou de um quadro que tenhas observado numa exposição. Entre Palavras 10 •Livro de Testes •
EDITÁVEL
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GRUPO I Â Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados.
Tempestade Às dez, escureceu por completo; parecia noite. O negro mar, em redor, todo se cobria de espumas brancas; o estrondo era tanto, - do mar e do vento, - que uns aos outros se não ouviam. Nisto, levanta-se de láumavaga altíssima, toda negra por baixo, coroada de espumas; e, dando na proa com um borbotão1 do vento, galga sobre ela, a submerge, e arrasa. Estrondeando2 e partindo, leva o mastro do traquete3 5 com a sua verga e enxárcia4; leva a cevadeira5, o castelo de proa, as âncoras; estilhaça a ponte, o batel, o beque5, arrebatando pessoas, mantimentos, pipas. Tudo se quebra e lá vai no escuro. A nau, até o mastro grande, fica rasa e submersa, e mais de meia hora debaixo de água. Os sobreviventes, que se arrastavam pávidos7, confluem8 a um padre que se acha a bordo e atropela as rezas e as confissões9. Um relâmpago risca, ilumina a treva: vêem-se todos de j oelhos, com as mãos no ar, a pedir mise10 ricórdiae a clamar por Deus. Jorge de Albuquerque, como de costume, falava aos outros para lhes dar coragem. Confiassem em Deus, e ao mesmo tempo fossem dando à bomba, esgotando a água que invadira o convés. Enquanto houver vida dizia-lhes - trabalhem todos por a conservar. E se Deus dispusesse por outra forma, tivessem paciência ante os seus decretos: somente Ele sabe o que nos é melhor. is Com estas palavras os persuadia à faina. Deram à bomba, com imensa dificuldade de se aguentarem de pé, e esgotaram a água. Mas outro vagalhão se lançou sobre a nau. Cobrindo o convés, arrebatou o mastro grande, verga, vela, enxár cias, camarotes, borda; levou o mastro da mezena com o aparelho todo, uma parte da popa, e também um dos franceses dos de maior jerarquia10. Os Portugueses que trabalhavam nabomba foram logo arrojados aqui e além; 20 cobertos pelo mar, todos se convenceram de que se afogariam. Levantaram-se aos poucos, queixando-se este de que partira um braço, aquele uma perna. Ficou tudo mergulhado por algum tempo; e o mar, depois, dava ainda pelos joelhos dos desgraçados. Mandou o Albuquerque alguém à coberta, para ver a água que nela entrava. Só fal tavam três palmos para chegar acima, e a encher de todo. Fuzilavam relâmpagos; a força do vento, a imensidade das ondas, aterravam os ânimos; a água que entrava vinha cheia de areia. Jorge de Albuquerque, apesar de tudo, 25 consolava os tristes, afirmando-lhes a esperança de se saírem daquilo.
(continua)
EDITÁVEL fOTOCOPÉEL
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Á
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O mastro grande, quando caiu, ficou preso na enxárcia; por debaixo de água, passara para abanda de barlaven to11; e de aí, jogado na vaga, dava choques horríveis de encontro ao costado, que tremia todo com som cavernoso. Enfim, vieram uns mares que o levaram para longe, e de mais esse tormento se viram livres. Passados três dias, em que continuamente se deu à bomba, começou enfim a abonançar a procela. «As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)», in H istória trágico-m arítim a - narrativas de naufrágios da época das conquistas, Adaptação de António Sérgio, Lisboa, Sá da Costa Editora, 2009, pp. 13 3 e seguintes.
V o c a b u lá r io e n o t a s 1 t r a j a d a ; 2 a v a n ç a n d o c o m e s t r o n d o ; 3 m a s t r o n a p r o a d o b a r c o ; 4 c a b o s d o m a s t r o d o t r a q u e t e ; 5 t ip o d e v e l a ; 6 p e ç a d e m a d e ir a n a p r o a d a n a u ; 7 c h e io s d e p a v o r; 8 d ir ig e m - s e ; 9 r e z a e c o n f e s s a m u it o d e p r e s s a ; 10 p o s iç ã o s o c i a l ; 11 la d o d o n a v io o n d e b a t e o v e n t o q u e o im p e le
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem. 1. Identifica dois tipos de sensações referidas pelo narrador para caracterizar a tempestade. 2. Refere, justificando, as atitudes dos náufragos apresentadas no texto que contribuem para caracterizar a sua men talidade religiosa. 3. Identifica, justificando, o recurso expressivo presente no sexto parágrafo que melhor contribui para sugerir a vio lência do mar, 4. Explica o sentido da frase «vieram uns mares que o levaram para longe», l. 28.
B Na narrativa que leste, as ações de Jorge de Albuquerque Coelho revelam frequentemente grande capacidade de liderança. Apelando à tua experiência de leitura, escreve um texto que tenha entre 120 e 150 palavras, mostrando que assim é.
GRUPO I I Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário e as notas apresentados,
h á f j t s a n© século XKi um p ro b lem a de todos nós
5
«Bebemos 90% das nossas doenças.» Em grande parte do mundo, esta afirmação de Louis Pasteur continua, infelizmente, atual; 1200 mil milhões de habitantes não têm acesso à água potável e 2 mil milhões não têm sanea mento. No dealbar1 do século XXI, a primeira das urgências é portanto sanitária, e a qualidade da água encontra-se no âmago da aposta do futuro. A água é um bem raro e frágil. A imensidade dos oceanos e a etema renovação do ciclo da água não devem provocar-nos ilusões: é certo que não se «consome» água como se consome petróleo; após o seu uso, de novo parte para os rios, para os lençóis de água subterrânea ou para a atmosfera. Mas, através desta perturbação no ciclo da água, é subtraída aos outros seres vivos, e a sua qualidade, por vezes, degrada-se de forma irremediável. Sendo certo que se fizeram, (...) nestes últimos anos, importantes progressos em matéria de qualidade das águas, não se devem subestimar os esforços ainda a empreender para reduzir toda a espécie de poluição e recuperar os nossos rios e lençóis de água. (continua)
EOI TÁm
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T e s t e s - m o d e lo I A V E
is
20
4500 litros de água para produzir um quilo de arroz. Alimentar dentro em breve 8 a 9 mil milhões de habitantes será, antes de tudo, utilizar melhor a água na produção alimentar. A agricultura representa hoj e 70% dos consu mos da água no mundo. Em inúmeros países, a autossuficiência alimentar já é um problema de água e as situa ções de sobre-exploração de recursos multiplicam-se. A secagem do mar de Arai2mostrou-nos as consequências dramáticas de uma gestão irrefletida da água. Após a «revolução verde», que permitiu um extraordinário cresci mento das quantidades de alimento produzidas nos últimos quarenta anos, é uma «revolução azul» que se toma agora necessário empreender. Manon des Sources3lembrou-nos em que medida a água, quando falta, pode estar no centro das rivalidades e dos conflitos. O que não é só verdade à escala das cidades: mais de metade das terras emersas pertencem a bacias hidrográficas partilhadas por vários países. Manter a paz, supõe, e suporá ainda mais amanhã, repartir equitativamente este recurso raro entre montante e jusante4. É verdade que a tecnologia oferece continuamente novos progressos no tratamento e economia da água: a
dessalinização, por exemplo, permite hoje às cidades costeiras ricas disporem de um importante recurso. No entanto, não é assim, nem mesmo deslocando icebergues, que se encontrará água para os milhares de milhões de 25 indivíduos que não dispõem de 2 euros por dia para viver. Perante estes desafios, a educação, a sensibilização das opiniões públicas, a difusão de novas práticas são in dispensáveis. Hoje, a gestão da água diz respeito a cada cidadão, pelo uso inteligente que dela poderá fazer na sua vida quotidiana. A salvação deste bem comum, condição para um desenvolvimento sustentável, exige a parti cipação de todos nas decisões. E nada se fará sem a solidariedade que devemos àqueles que não dispõem deste 30 mínimo vital: beber um pouco de água limpa todos os dias é pedir demasiado? Hervé Manéglier e Myriam Schleiss, A B Cedário da água, Lisboa, Público, 2003, p. 7. (Texto adaptado)
V o c a b u lá r io e n o t a s 1 in ic ia r; 2 m a r in t e r io r n a Á s ia : s e c o u d e v id o à e x p lo r a ç ã o in t e n s iv a d a s u a á g u a ; 3 t ít u lo d e u m liv ro d e M a r e e i P a g n o l e d e u m f ilm e h o m ó n im o o n d e s e r e t r a t a m c o n f lit o s e n t r e c a m p o n e s e s d o s u l d e F r a n ç a d e v id o à f a l t a d e á g u a p a r a a r e g a ; 4 e n t r e a n a s c e n t e e a fo z d o rio 1
1. Para responder a cada um dos itens de 1.1 a 1.5, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta. 1.1 A frase que melhor sintetiza a temática geral do texto é O ( A ) É urgente deixar de consumir tanta água em todo o mundo. □
(B) É importante lutar contra o consumo excessivo de água no mundo.
□
(C) É fundamental usar a água com equilíbrio.
□
(D) É absurdo o consumo de água no mundo.
1.2 Relativamente ao acesso à água por parte dos «1200 mil milhões de habitantes» referidos na l. 2, o problema dessas pessoas é de natureza □
(A) qualitativa.
O (B) quantitativa. O (C) qualitativa e quantitativa. □
(D) climática.
EDITÁVEL FQIQCQPiAVEl
Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes ■
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1.3 Segundo o texto, não se consome água como se consome petróleo porque □
(A) a água não é um recurso natural renovável.
□
(B) o petróleo é um recurso natural renovável,
Q (C) existe um ciclo do petróleo, mas não dá água. ( ) (D) existe um ciclo da água, mas não do petróleo. 1.4
1.5
A referência ao «mar de Arai», 1.15, tem como função apresentar um exemplo O
(A) das origens do mau consumo de água.
O
(B) dos efeitos da deficiente gestão do consumo da água.
O
(C) dos defeitos que podem ocorrer na gestão do consumo da água.
Q
(D) dos efeitos da «revolução verde», 1.16.
O texto termina com uma interrogação retórica cuja função é O
(A) persuadir, convencer.
( ) (B) explicar, ensinar. O
(C) admitir, aceitar.
Q (D) justificar, provar, 2.
Responde, de forma correta, aos itens apresentados. 2.1
Indica o processo irregular de formação de palavras que justifica o uso, na língua portuguesa, da palavra «ice bergues», L. 24.
2.2
Identifica o modificador de frase presente no primeiro parágrafo.
2 .3
Classifica a oração subordinada presente na frase «não se “consome" água como se consome petróleo;», l. 6.
GRUPO I I I Seleciona um quadro de um pintor famoso que conheças e redige um texto que tenha entre 200 e 300 palavras que constitua uma apreciação crítica desse objeto artístico.
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P
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Nom e
Sequência 1 Turma_______Data
Escolha P@rtugal - Açores l . a e s c u ta / 1 . ° v is io n a m e n to - a p r ie n s i© d e s e n tid o s g le fe â is 1. Procede ao visionamento do anúncio publicitário «Escolha Portugal - Açores» tomando notas sobre os tópicos seguintes.
a. Tema do anúncio b. Recursos expressivos utilizados c. Tempos / modos verbais mais frequentes d. Efeitos de áudio, vídeo e texto e. Slogan 2. Indica o tema deste anúncio publicitário.
Seleciona a opção correta. 0 objetivo principal deste anúncio é
3.
□
a. expor factos relativos às qualidades turísticas dos Açores.
□
b . apreciar criticamente as suas belezas naturais.
□
c. persuadir os turistas a visitarem os Açores.
□ d . informar os turistas sobre a oferta hoteleira do arquipélago. 4.
Seleciona a opção incorreta. Este anúncio dirige-se, em especial, a um público-alvo que
□ □ □ □d.
a. valoriza o desporto e o lazer.
b. gosta de mare praia.
c. aprecia a tranquilidade e o contacto com a Natureza. pretende conhecer a vida noturna de Ponta Delgada, a capital da ilha de S. Miguel.
lo® Ê s e n t a / 2o® vmiomsímmmt© - a p r e e n s ã o d® p o r m e n o r e s Centra-te na figura de Pedro Pauleta, na linguagem e nos recursos expressivos utilizados. 5.
Apresenta uma explicação possível para a presença de Pedro Pauleta, um destacado fu teb o lista português, neste anúncio.
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8. Identifica, entre as seguintes informações, a única subjetiva sobre os Açores. D a. «Estamos aqui (...) na ilha de S. Miguel, a ilha maior dos Açores». □
b . «uma praia que costumo frequentar muitas vezes, porque acho que é [uma praia] lindíssima».
□
c. «A Lagoa do Fogo é uma das maiores da ilha».
D d. «[A Lagoa do Fogo] ocupa a grande caldeira do vulcão adormecido do Fogo». Justifica.
6.1
O texto dito apresenta frases curtas com repetição de alguns adjetivos no grau superlativo.
7,
7.1
Relaciona a utilização de adjetivos no grau superlativo com o objetivo do anúncio.
7.2
Indica o valor expressivo a.
da repetição do superlativo «lindíssima(s)».
b.
do conjuntivo [com valor de imperativo] «descubra».
Centra-te no som e imagens do vídeo. 8 . Indica de que modo a banda sonora e a captação de imagens concorrem para a ação persuasiva do discurso.
Tem em atenção o texto e os níveis de destaque em que aparece nos l.°, 2.° e último frames.
9.
9.1
10.
Justifica a diferença de destaque atribuído às palavras «AÇORES» (2.° frame), e «PORTUGAL» (último frame) e à expressão «Pub. Institucional» (l.° e 2,° frames).
Tendo em conta o organismo patrocinador (Turismo de Portugal), o local e o objetivo do vídeo, cria uma frase ou expressão que possam servir de slogan para este anúncio.
EDITAVEL
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Santa-feira 1 3 , em Montalegre
S e x t a - f e ir a 1 3 , e m M o n t a le g r e
A reportagem documenta um conjunto de festividades criadas em torno de mitos e crenças populares, que se realiza em Montalegre, em todas as sextas-feiras 13 de cada ano.
l . a e s c u ta / l .° v is io n a m e n to - a p re e n s ã o d e s e n tid o s g lo b a is 1. Procede ao visionamento da reportagem «Sexta-feira 13, em Montalegre» tomando notas sobre os tópicos seguin tes.
2.
a.
Tema da reportagem
b.
Número e variedade de intervenientes
c.
Opinião geral dos intervenientes/visitantes sobre a celebração da sexta-feira 13
d.
Factos relativos à comemoração da sexta-feira 13
e.
Efeitos verbais e não verbais
Indica o tema desta reportagem.
3. Seleciona a opção correta. 0 objetivo desta reportagem é
CD a, expor factos relativos à feitiçaria e ao paranormal verificados no decorrer das festas de Montalegre.
CD b. persuadir o auditório a visitar Montalegre nas festividades da sexta-feira 13. CD c. informar o público sobre as comemorações da sexta-feira 13, mostrando Montalegre como a capital do mis ticismo.
□ d. relatar o estranho aparecimento de bruxas, duendes e outras criaturas durante as festas de Montalegre. 4. Identifica, entre as seguintes, as características desta reportagem.
CD a. As intervenções do repórter são feitas na 3.° pessoa, e refere, em geral, factos. □
b.
Os entrevistados exprimem-se na l. a pessoa e apresentam opiniões.
□
c. O s i n t e r v e n i e n t e s s ã o v a r i a d o s e e m e le v a d o n ú m e r o ,
□ d. Apresenta-se claramente dividida em diversas partes. □
e. Apresenta diversos efeitos verbais e nao verbais.
□ f. Trata de um tema próprio da cultura popular. EDITAVEl
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2»a e s c u t a / 2.® v i s i o n a m e n t o - a p r e e n s ã o d e p o r m e n o r e s Identifica os tipos de figuras da mitologia popular que desfilam nesta comemoração, em Montalegre.
5.
6 . Indica duas razões possíveis para que esta festa se realize à noite.
7.
Seleciona a opção incorreta. Com as opiniões que lhes são solicitadas pelo repórter, os entrevistados O a. manifestam entusiasmo pela sua participação nas comemorações. □
b. salientam a originalidade e a qualidade desta comemoração.
□
c, mostram querer divertir-se com os amigos.
O d. pretendem encontrar namorado ou namorada.
8 . Identifica a metáfora utilizada pelo P.e Fontes para se referir ao grande número de visitantes de Montalegre.
9.
Identifica o recurso expressivo usado pelo presidente da câmara de Montalegre para salientar a excelência daquele acontecimento cultural.
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P
flBBSIgia
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Nom e
T u r m a ___________ D a t a ____________
I m w perfeif©- F@m® @m Portuga!
©
Amor perfeito - Fome em Portugal
l.a escuta / 1 . ° v i s i o n a m e n t o - a p r e e n s ã o d e s e n t i d o s g l o b a i s 1. Procede ao visionamento da reportagem «Amor perfeito - Fome em Portugal» tomando notas sobre os tópicos seguintes.
a. Partes em que se estrutura b. Variedade de intervenientes c. Comportamento dos utentes dos serviços de ajuda d. Características da postura, tom de voz e olhar dos utentes dos serviços de ajuda e. Opiniões dos voluntários das instituições de solidariedade social envolvidas 2. Identifica o tema dominante nesta reportagem.
3.
Seleciona a opção correta. 0 objetivo fundamental deste vídeo é
□ □ b. □ □d.
a. convencer o auditório a praticar ações de solidariedade para com os mais afetados pela crise. informar o auditório sobre o alastramento da fome em Portugal e o papel das IPSS no seu combate.
c. expor factos relativos ao papeL das IPSS no combate à pobreza.
4.
relatar factos e acontecimentos que estiveram na origem do alastramento da fome em Portugal.
Seleciona as características que encontraste nesta reportagem. □
a. Tem como objetivo informar.
□ b. Apresenta um tema dominante. □
c. Expõe grande multiplicidade de intervenientes.
□
d . Revela diversidade de pontos de vista.
□
e. Utiliza discursos de I a e de 3.a pessoas.
□
f . Prevê multiplicidade de recursos expressivos.
□
s . Confere-se a presença dominante da subjetividade.
EDI TÁVEL FQT0CQP1ÁVEL
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2 .a e s c u t a / 2 . ° v i s i o n a m e n t o - e s c u t a s e l e t i v a / a p r e e n s ã o d e p o r m e n o r e s Tem em atenção a l.a parte do vídeo.
5. Ordena a sequência dos seguintes factos.
□ □ □ □ □
a. Há crianças com fome a chegarem às urgências dos hospitais. b. 0 CSI foi atribuído a mais 45 000 idosos.
a. 0 abono de família passou a ser atribuído a mais pessoas.
d. 0 número de pedidos aprovados de RSI diminuiu. e. Uma utente do hospital troca trabalho por comida.
Tem em atenção a 2.a parte do vídeo - distribuição de alimentos, no Porto.
6= Indica uma razão possível para que esta distribuição se faça à noite.
7. Identifica a função dos efeitos técnicos áudio e vídeo durante as entrevistas (iluminação, distorção de imagem e de som e utilização de legendas).8 9
8 . Seleciona a opção correta. A principal causa que leva os utentes a solicitar alimentos é □
a. a pobreza.
□
b. o desemprego.
D c. a doença. □
d. a emigração.
Centra a tua atenção na 3.a parte do vídeo - em Paredes, um caso particular. 9. Identifica a única afirmação verdadeira. □
a. A entrevistada ilustra um caso de pobreza envergonhada.
□
b . Os motivos da fome têm como origem a emigração.
□
c. A postura, o tom de voz, o ritmo do discurso e o olhar contrastam com os sentimentos que a entrevistada evidencia.
CD d. Apesar do sofrimento e da tristeza, a entrevistada mantém a fé num futuro melhor.
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T e s te d e c o m p r e e n s ã o d o o r a l Nome
. Turm a.
.D a ta .
D ia In te rn a c io n a l da M u lh e r l . a e s c u ta / 1 . ° v is io n a m e n to - a p re e n s ã o d e s e n tid o s g lo b a is 1. Procede ao visionamento da reportagem «Dia Internacional da Mulher» tomando notas sobre os tópicos seguintes.
a. Tema b. Partes em que se estrutura a reportagem c. Intervenientes d. Pontos de vista de Sara e. Pontos de vista de Manuela
2. Seleciona a opção correta. 0 objetivo principal deste vídeo é O a. homenagear as figuras que se destacaram na luta das mulheres pela igualdade de direitos. CD b. informar sobre a história da luta das mulheres pela igualdade de direitos, celebrando o Dia Internacional da Mulher. O c. persuadir o auditório quanto à necessidade de defender os direitos das mulheres. □ 3.
d, historiar os acontecimentos que ilustram a luta das mulheres pela igualdade de direitos. Partindo do visionamento desta reportagem, seleciona as características formais próprias do género.
O a. Tem como objetivo informar. □
b . Apresenta um tema dominante.
□
c. Apresenta múltiplos intervenientes.
□
d . Exibe diversidade de pontos de vista sobre o tema.
□
e. Ocorrem discursos de l. a e de 3.a pessoas.
□ f. Verifica-se a presença exclusiva de objetividade. □ 4.
g. Verifica-se a presença de objetividade e de subjetividade. Indica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F),
V/F
a. Na l . 8 parte do vídeo o discurso do jornalista, em «off», é em 3.a pessoa. b. Nesta parte do vídeo a informação é sobretudo factual e objetiva. c. A 1. parte do vídeo é constituída por uma resenha histórica dos movimentos feministas internacionais. d. As entrevistadas apresentam, em geral, factos e não opiniões.
e. As entrevistadas raramente discordam quanto às questões colocadas. EDI TÁVEL FOTOCOPIÁVEL
□ □ □ □ □
Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
T e s te d e c o m p r e e n s ã o d o o r a l | S e q u ê n c ia 4
2 .a ement a / 2.® v is io n a m ® n t @ - e s c u t a s e l e t i v a / a p r e e n s l © d e p o r m e n o r e s Tem em atenção a l . a parte do vídeo - história da luta das mulheres, 5. Ordena a sequência dos seguintes factos, referentes à luta das mulheres pela igualdade de direitos.
O a. As mulheres apenas começaram a votar no final do século XIX. □
b. 0 dia da mulher foi celebrado pela 1° vez nos Estados Unidos em 1909.
CD c. Um milhão de pessoas manifestou-se na Europa em 1911 a favor dos direitos das mulheres. CD d. Um grande incêndio numa fábrica têxtil em Nova Iorque provoca a morte de 150 trabalhadores, a maioria mulheres, vítimas de precárias condições de trabalho. . No século XX (década de 70), a ONU institui o 8 de março como Dia Internacional da Mulher.
Centra-te na 2.a parte do vídeo - opiniões de mãe e filha, 6. Indica a posição de Sara relativamente à l . a questão colocada pelo jornalista.
7. Centra-te na 2.a questão. De acordo com Sara, as principais desigualdades que ainda subsistem entre homens e mulheres têm que ver com CD a. acesso a cargos elevados.
□ b . divisão das tarefas domésticas. CD c. salários.
□ d . educação dos filhos. 8. Indica os comportamentos de Manuela que eram alvo de observações preconceituosas e as razões por que eram feitas.
9. Sintetiza a posição de Manuela relativamente ao que ainda é preciso fazer para evitar as desigualdades entre ho mens e mulheres.
Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes •
EDITÁVEL 75
T e s te s d e c o m p re e n s ã o d o o ra l
P
T e s te d e c o m p r e e n s ã o d o o r a l
Nome
Turma_______Data
C^uçã® «A paiirn®» Hui ¥el@i®
C a n ç ã o « A p a ix ã o » d e R u i V e lo s o
l . a e s c u ta - a p r e e n s ã o d e s e n tid o s g lo b a is 1. Escuta a canção «A paixão (segundo Nicolau da Viola)» de Rui Veloso usando a greLha seguinte para tomares notas.
a. Assunto do texto b. Estruturação do texto c=Intervenientes na ação narrada d. Características repetitivas do texto 2.
Indica o tema do texto.
3.
Seleciona a opção correta. O principal objetivo do texto é □
a . fazer
uma exposição sobre o poder do amor.
□
b . contar a'história de uma paixão falhada.
□
c . documentar a influência da música sobre as relações amorosas.
□
d. argumentar sobre os efeitos nefastos da paixão amorosa.
4. Ordena as seguintes afirmações, numerando-as de 1 a 7, de forma a reconstituíres a sequência do texto. A primeira e a última encontram-se já ordenadas. ©
a. Ela era aquela com quem ele sonhava andar e, talvez, casar.
□
b . Apesar disso, ela não fez o menor esforço para gostar e foi-se rapidamente embora.
D c. Ele empenhou o anel de rubi para a levar ao concerto no Rivoli, contando com o poder persuasivo da música. O d. No entanto, nem a força da música a demoveu.
D e. Daí, ele, retirou a lição de que não se ama alguém que não ouve a mesma canção. D f. Ele gastou muito tempo a tentar convencê-la a sair do seu mundo.
® g . Foi isso mesmo que o fez compreender que essa paixão se tinha extinguido. 5. Identifica uma das características repetitivas do texto ouvido.
EDIÍÁVEL
Entre Palavras 10 •Livro de Testes •
T e s te d e c o m p r e e n s ã o d o o r a l | S e q u ê n c ia 5
2 „a e s c u t a - a p r e e n s ã o d e p o r m e n o r e s Centra-te na l. a parte do texto (iniciada em «Tu eras aquela (.,.)» até «(.,.) ele se moveu»),
6. Identifica a frase com que o sujeito poético identifica a amada.
Seleciona a opção correta. A oração coordenada adversativa «Mas esse teu mundo era mais forte do que eu» esta
7.
belece relativamente à relação com a amada uma O a. condição.
CD b. oposição. □
c. finalidade.
CD d. causa. Centra-te no refrão. 8. Seleciona a opção correta. Na frase «Empenhei o meu anel de rubi / para te levar ao concerto que havia no Rivoli»,
a frase destacada indica relativamente à intenção do sujeito poético uma □
a. condição.
CD b. hipótese. CD c. finalidade, □ d . consequência. Centra-te na segunda parte (iniciada em «Era só a ti que eu mais queria» até «(...) mesma canção»), 9. Identifica o valor expressivo da repetição da negação em «não ficaste», «não fizeste», «nem meia hora».
10.
Explicita a «lição» aprendida pelo sujeito poético.
Centra-te na conclusão (iniciada em «foi nesse dia que percebi»),
11.
Considera o verso «A minha paixão era um lume». 11.1 Indica o recurso expressivo aí presente.
11.2
Explica o seu valor Literário.
EDITAVEL
Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
T e s te s d e c o m p re e n s ã o d o o ra l
P
Sequência 6
T e s te d e c o m p r e e n s ã o d o o r a l
T u r m a ___________ D a t a
Nom e
As m a ra v ilh a s d® P o rtu g al n@ v elh a de Simtigà§|®9 Cato® ¥erd®
- eidad®
A s m a r a v ilh a s d e P o r t u g a l n o m u n d o - c id a d e v e lh a d e S a n t ia g o , C a b o V e r d e
l . a e s c u ta - a p r e e n s ã o d e s e n tid o s g lo b a is
1. Procede ao visionamento do documentário «As maravilhas de Portugal no mundo - cidade velha de Santiago, Cabo Verde» usando a grelha seguinte para tomares notas.
a.
Apreciação geral sobre a cidade de Santiago
b.
História da cidade: 1.
c.
2.
Fundação
2.
Arquitetura - tipos de edifícios predominantes
3.
Clichés da cidade
4.
Importância da cidade
Razões da decadência
Identifica o tema dominante neste documentário.
0 objetivo principal deste documentário é:
3. □
a.
Informar sobre alguns aspetos da vida quotidiana da cidade velha de Santiago, em Cabo Verde.
□
b.
Documentar factos da história e da realidade atual da cidade velha de Santiago, em Cabo Verde.
□
c.
Expor factos relativos a pontos turísticos de relevo da ilha de Santiago, em Cabo Verde.
D d. Relatar factos sobre as atividades desenvolvidas pelos portugueses radicados no arquipélago. Identifica, entre as afirmações seguintes, a única que não corresponde às características de um documentário.
4. □
a.
Tem como objetivo informar/documentar uma determinada realidade.
□
b.
T e m c o m o o b je t iv o p u b lic it a r u m d e t e r m in a d o a c o n t e c im e n t o .
□
c.
Apresenta um tema dominante ilustrado pela perspetiva dos intervenientes.
□
d. Inclui variedade de registos linguísticos.
O e . Documenta a realidade histórica da antiga capital de Cabo Verde. EDI TAVEl Entre Palavras 10 • Livro de Testes • (^f\
T e s t e d e c o m p r e e n s ã o d o o r a l | S e q u ê n c ia 6
Indica se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F). Corrige as falsas.
5.
V/F
a. A cidade velha de Santiago foi a primeira capital de Cabo Verde.
D
b. A cidade foi fundada por António da Nola em 1462 e recebeu a visita de figuras ilustres como
CD D
Vasco da Gama, Cristóvão Colombo e o Padre António Vieira, que aí pregou. c. Em meados do século XVI a cidade apresentava ainda um tecido urbano pouco desenvolvido, com
O
muito poucas casas e edificações religiosas.
d. Na atualidade, das edificações religiosas do século XVI, apenas restam vestígios arqueológicos.
CD
e. Santiago deveu o seu desenvolvimento ao facto de ser uma placa giratória comercial entre três
O
continentes.
f. A sua decadência deveu-se a dois factos: a exposição a ataques frequentes de corsários e a
CD
mudança das rotas comerciais.
2 .a e s c u t a - a p r e e n s ã o d e p o r m e n o r e s Centra-te na intervenção do Professor José Maria Semedo.
Para este professor, Santiago foi um espaço de convivência entre a escravatura e a população europeia, facto que,
6.
na. sua opinião, gerou CD a. um novo tipo de discriminação.
□ b . um novo tipo de globalização. D c. uma nova cultura,
□ d . um novo tipo de organização social. 7.
Na opinião de Rosalinda Barreto, a Cidade Velha deveria «passar para o património» porque assim os cabo-verdianos mais jovens poderiam □
a . saber que Santiago foi a primeira capital do país.
CD b. criar negócios turísticos de sucesso. □
c. evitar a migração para outras cidades do país.
□ d . conhecer a cidade onde o seu país nasceu e cresceu. 8. Indica três edificações dos séculos XV e XVI que se podem encontrar e visitar na atualidade.
9.
Na sua segunda intervenção, o Professor José Maria Semedo ilustra o facto de Santiago ter sido um importante entreposto que permitiu CD a. o comércio de escravos. CD b. o comércio entre Portugal e as suas colónias africanas. CD c. a circulação de plantas e alimentos entre diversos continentes.
CDd. a
c i r c u l a ç ã o d e plantas e alimentos entre Portugal e as suas colónias africanas.
Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
EDI TAVEL 79
T e s te s d e c o m p re e n s ã o d o o ra l
Teste de compreensão do oral Nom e.
. T u rm a .
NRP Sagres Volta n© Mundo 201©
D a ta .
NRP Sagres V o lt a a o M u n d o 2010
l . a e s c u ta - a p r e e n s ã o d e s e n tid o s g lo b a is 1. Procede ao visionamento do vídeo «NRP Sagres Volta ao Mundo 2010» e usa a grelha seguinte para tomares notas.
a. Calendário e percurso da terceira volta ao mundo do veleiro Sagres b. As missões da Sagres c. As expectativas da guarnição
d. Os tempos livres e. As saudades
2. indica o tema dominante neste documentário.
3. Seleciona a opção correta. 0 objetivo principal deste vídeo é CD a. convencer os jovens portugueses a alistarem-se na marinha portuguesa. CD b. informar/documentar a terceira viagem de circum-navegação do NRP Sagres. CD c. relatar as atividades desenvolvidas pela guarnição da Sagres durante a sua terceira viagem de circum-nave gação.
□ d . fazer uma exposição detalhada sobre os portos, países e comunidades portuguesas visitados pelo NRP Sagres. 4. Identifica entre as seguintes a única informação subjetiva. O a. 0 NRP Sagres faz a sua terceira viagem de circum-navegação, visitando 19 países. CD b. O NRP Sagres será o primeiro navio da Marinha portuguesa a passar o cabo Horn. CD c. As comunidades portuguesas são, talvez, os maiores apreciadores do NRP Sagres. CD d. Uma das missões do NRP Sagres é fazer diplomacia cultural.
EDITÁVEL 80
Entre Palavras 10 • Livro de Testes • f ^ \
T e s t e d e c o m p r e e n s ã o d o o r a l | S e q u ê n c ia 7
2=a Escuta - apresnsi© de pormenores 5. Identifica a única afirmação falsa. Corrige-a.
CD a. A terceira viagem de circum-navegação do NRP Sagres demora cerca de um ano e visita 19 países. CD b. Um dos objetivos do NRP Sagres consiste em apoiar a diplomacia do Estado português.
DC c. A guarnição do navio não pratica desporto uma vez que as dimensões do navio não o permitem. □
d . A equipa médica acha que estudar as doenças tropicais, já pouco usuais nos nossos hospitais, é uma das aliciantes desta viagem do NRP Sagres.
CDe. Uma das principais funções da guarnição do NRP Sagres é receber os emigrantes portugueses nos diversos portos onde atraca. Centra-te na intervenção inicial do comandante do N R P Sagres.
6. Indica dois objetivos do NRP Sagres nesta sua terceira viagem de circum-navegação.
7. Seleciona a opção correta. De acordo com o comandante na sua última intervenção, todos os elementos da guarni ção da Sagres são iguais porque □
a. ninguém está sujeito à hierarquia militar durante a viagem.
□
b . ninguém se preocupa com as saudades da família.
□
c. todos estão sujeitos à hierarquia militar,
□
d . todos sofrem com as saudades da família.
8.
Recorda as intervenções do comandante e do contramestre e seleciona a opção correta. 0 entusiasmo sereno que evidenciam face à terceira viagem do NRP Sagres é percetível através □
a. do olhar fixo e postura rígida.
□
b. da postura rígida e tom de voz muito alto.
□
c. do tom de voz expressivo e postura descontraída.
□
d . do tom de voz ponderado, marcado por frequentes silêncios/pausas.
EDITÁVEL Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
81
Anexos
TE
Critérios gerais d@glassifieação des testes Grupo I 4 itens de Educação Literária + parte B -100 pontos Itens de resposta restrita (Educação Literária) - As respostas deverão ser classificadas quanto aos aspetos de conteúdo (C) e quanto aos aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F), numa proporção de 60% para 40%. Exemplos: Item cotado com 15 pontos
r
'
\
Conteúdo - 9 pontos Forma - 6 pontos, assim distribuídos: • 3 pontos: aspetos de estruturação do discurso • 3 pontos: correção linguística
V ________________________________________________________________ , Item cotado com 20 pontos —
^
Conteúdo - 1 2 pontos Forma - 8 pontos, assim distribuídos: • 4 pontos: aspetos de estruturação do discurso • 4 pontos: correção linguística V ______________________________________________________________ / Item cotado com 30 pontos -
v
Conteúdo - 1 8 pontos Forma - 1 2 pontos, assim distribuídos: • 6 pontos: aspetos de estruturação do discurso • 6 pontos: correção linguística
V__________________________________________ -_______________________ y A atribuição de zero pontos nos aspetos relativos ao conteúdo implica a classificação com zero pontos nos aspetos de estruturação do discurso e correção linguística. As respostas apresentadas nas soluções constituem apenas uma proposta. Serão, portanto, admissíveis outras interpretações consideradas válidas pelo professor.
Grupo II 5 itens de Leitura + 3 itens de Gramática - 5 pontos cada (40 pontos)
Nos itens de escolha múltipla (Leitura), a cotação do item só é atribuída às respostas que apresentem de forma inequívoca a opção correta. Todas as outras respostas são classificadas com zero pontos. Nos itens de resposta curta (Gramática), a cotação do item só é atribuída às respostas totalmente corretas. Todas as outras respostas são classificadas com zero pontos, EOI TÁVEL EOTOCOPIÁVEL
ErtréPalavras 10 •Livro de Testes • ^ J \
Anexos
Se a resposta contiver dados que revelem contradição em relação aos elementos considerados corretos, ou se apresentar dados cuja irrelevância impossibilite a identificação objetiva dos elementos solicitados, é atribuída a clas sificação de zero pontos. Nos itens em que se solicita o uso de terminologia linguística, são classificadas com zero pontos as respostas que contenham abreviaturas ou representações ortográficas incorretas dos termos.
Grupo III Item único - 60 pontos A cotação do item de resposta extensa é distribuída por parâmetros de estruturação temática e discursiva (ETD) - 36 pontos - e de c o rre ç ã o linguística (CL) - 24 pontos - numa proporção de 60% por 40%. Os critérios de classificação relativos à estruturação temática e discursiva apresentam-se organizados por níveis de desempenho nos parâmetros seguintes: (A) tema e tipologia, (B) estrutura e coesão, (C) léxico e adequação discursiva: Descritores dos níveis de desempenho (ETD)
18
Tema e tipologia
- T r a t a , s e m d e s v io s , o t e m a p ro p o sto . - M o b iliz a in f o r m a ç ã o a m p la e d iv e r s if ic a d a r e la t iv a m e n t e à t ip o lo g ia t e x t u a l s o lic it a d a : p ro d u z u m d is c u r s o c o e re n te e s e m q u a lq u e r t ip o d e a m b ig u id a d e . 13
Estrutura e coesão
15
- M o b iL iz a , c o m i n t e n c i o n a l i d a d e , r e c u r s o s d a lín g u a e x p r e s s iv o s e ad e q u ad o s. - U t i li z a o r e g i s t o d e l ín g u a Léxico e a d e q u a d o a o te x to , adequação e v e n t u a lm e n t e c o m e s p o r á d ic o s discursiva a fa sta m e n to s, q u e se e n co n tra m , n o e n t a n t o , j u s t i f i c a d o s p e la i n t e n c io n a l i d a d e d o d i s c u r s o e a s s in a la d o s g r a fic a m e n te (c o m a s p a s o u s u b lin h a d o s ).
9
- T ra ta o te m a p ro p o sto , e m b o r a c o m a lg u n s d e s v io s . - M o b iliz a in fo r m a ç ã o s u fic ie n te , r e la t iv a m e n t e à t ip o lo g ia t e x t u a l s o lic it a d a : p r o d u z u m d is c u r s o g lo b a lm e n t e c o e r e n te , a p e s a r d e a lg u m a s a m b ig u id a d e s . 10
4
7
3 - M o b iliz a u m r e p e r tó r io le x ic a l a d e q u a d o , m a s p o u c o v a r ia d o . - U t i li z a , e m g e r a l , o r e g i s t o d e lín g u a a d e q u a d o a o t e x t o , m a s a p r e s e n t a n d o a lg u n s a fa s ta m e n to s q u e a fe ta m p o n t u a lm e n t e a a d e q u a ç ã o g lo b a l.
6 - A b o r d a la t e r a lm e n t e o t e m a p ro p o sto . - M o b iliz a m u it o p o u c a in fo r m a ç ã o r e la t iv a m e n t e à t ip o lo g ia t e x t u a l s o lic it a d a : p ro d u z u m d is c u r s o g e r a lm e n t e in c o n s is t e n t e e, p o r v e z e s , i n i n t e l i g í v e l .
1
4
- R e d ig e u m t e x t o s a tis fa t o r ia m e n t e e stru tu ra d o n a s trê s p a r t e s h a b it u a is , n e m s e m p r e d e v id a m e n te a r t ic u la d a s e n tre si o u c o m d e s e q u ilíb r io s d e p r o p o r ç ã o m a is o u m e n o s n o t ó r io s . - M a rc a p a rá gra fo s, m a s co m a lg u m a s fa lh a s . - U t i li z a a p e n a s o s c o n e c t o r e s e o s m e c a n is m o s d e c o e sã o t e x t u a l m a is c o m u n s , e m b o r a s e m in c o r r e ç õ e s g r a v e s .
- R e d ig e u m t e x t o b e m e s t r u t u r a d o , c o n s t it u íd o p o r t r ê s p a r t e s (in t r o d u ç ã o , d e s e n v o lv im e n t o , c o n c lu s ã o ), p r o p o r c io n a d a s e a r t ic u la d a s e n tre si d e m o d o c o n s is t e n t e . - M a rc a c o rre ta m e n te o s p a rá gra fo s. - U t iL iz a , a d e q u a d a m e n t e , c o n e c t o r e s d iv e r s if ic a d o s e o u tr o s m e c a n is m o s d e c o e s ã o t e x t u a l.
5
12
- R e d ig e u m t e x t o c o m e s t r u t u r a ç ã o m u it o d e fic ie n t e , em que não se co n se gu e m id e n t if ic a r c la r a m e n t e t r ê s p a r t e s (in t r o d u ç ã o , d e s e n v o lv im e n t o e c o n c lu s ã o ) ou e m que e sta s e stã o in s u fic ie n te m e n t e a r t ic u la d a s . - R a ra m e n te m a rc a p a rá g ra fo s d e fo r m a c o rre ta . - R a r a m e n t e u t iliz a c o n e c t o r e s e m e c a n is m o s d e c o e sã o t e x t u a l o u u t iliz a - o s d e f o r m a in a d e q u a d a . 2
1 - M o b iliz a u m r e p e r tó r io le x ic a l a d e q u a d o , m a s p o u c o v a r ia d o . - U t i li z a , e m g e r a l , o r e g i s t o d e lín g u a a d e q u a d o a o t e x t o , m a s a p r e s e n t a n d o a lg u n s a fa s ta m e n to s q u e a fe ta m p o n t u a lm e n t e a a d e q u a ç ã o g lo b a l.
EDITAVEl Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
Anexos
Fatores de desvalorização linguística (para resposta restrita e resposta extensa). Fatores de desvalorização
1 llt e á t fif t M R D íâ S v í-i
• E r r o in e q u ív o c o d e p o n t u a ç ã o ■ E r r o d e o r t o g r a f ia ( in c lu in d o e r r o d e a c e n t u a ç ã o , u s o in d e v id o d e le t r a m in ú s c u la o u d e le t r a m a iu s c u la e e rr o d e t r a n s lin e a ç ã o )
1 p o n to
■ E r r o d e m o r fo lo g ia • In c u m p r im e n t o d a s r e g r a s d e c it a ç ã o d e t e x t o o u d e r e f e r ê n c ia a t ít u lo d e u m a o b r a • E r ro d e s in ta x e
2 p o n to s
• Im p r o p r ie d a d e le x ic a l
--
Matriz dos testes de diagnóstico Domínios - Educação Literária; Leitura / Gramática; Escrita r- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Objetivos Educação Literária In t e r p r e t a r t e x t o s d e d ife r e n t e s t ip o lo g ia s e g r a u s d e c o m p le x id a d e . (E L 9 ; 9)
Estrutura
Conteúdos T e x t o l it e r á r i o c o n s t a n t e d a lis t a d e o b ra s e te x to s para e d u c a ç ã o lit e r á r ia d e 9 S a n o (p á g s. 8 2 -8 3 d o Programa e
P a rte A 4 it e n s d e r e s p o s t a c u rta
1 ite m d e r e s p o s t a e x te n s a (8 0 a 1 3 0 p a la v r a s )
T e x t o s d e le it u r a n ã o l it e r á r i a r e la c io n a d o s t e m a tic a m e n t e c o m o t e x t o d e le it u r a l it e r á r i a
3.
1 5 p o n to s
4.
2 0 p o n to s
B. Total-
3 0 p o n to s 1 0 0 p o n to s
5 it e n s d e e s c o lh a m ú lt ip la e /o u d e a s s o c ia ç ã o
1 .1
5 p o n to s
1 .2 1 .3
5 p o n to s 5 p o n to s
1 .4
5 p o n to s
1 .5
5 p o n to s
2 .1
5 p o n to s
2 .2
5 p o n to s
b) E x p l i c i t a r a s p e t o s d a f o n o l o g i a d o p o r tu g u ê s . (G 9 ; 2 4 )
2 .3
5 p o n to s
c) E x p l i c i t a r a s p e t o s f u n d a m e n t a i s d a s in ta x e d o p o r tu g u ê s . (G 9 ; 2 5 )
Total-
Gramática
G ru p o I I - 2 0 %
a) E x p l i c i t a r a s p e t o s f u n d a m e n t a i s d a m o r fo lo g ia . (G 7 ; 2 1 .4 )
Escrita a) P l a n i f i c a r a e s c r i t a d e t e x t o s . (E 9 ; 1 3 ) b ) R e d ig ir t e x t o s c o m c o e r ê n c ia e c o r r e ç ã o lin g u ís t ic a . (E 9 ; 1 4 ) - E s c r e v e r t e x t o s e x p o s it iv o s . (E 9 ; 1 6 ) - E scre v e r te x to s a r g u m e n t a t iv o s . (E 9 ; 1 7 ) c) R e v e r o s t e x t o s e s c r i t o s . ( E 9 ; 1 9 )
EDITAVEl 86
1 5 p o n to s 20 p o n to s
P a rte B
E n s in o S e c u n d á r io )
In t e r p r e t a r t e x t o s d e d ife r e n t e s t ip o lo g ia s e g r a u s d e c o m p le x id a d e . (L 9 ; 9 )
A . 1. 2.
G ru p o I - 5 0 %
Metas Curriculares de Português d o
Leitura
----------------------------- 1 Perguntas/ cotação
4 0 p o n to s
a) P l a n i f i c a ç ã o b) R e d a ç ã o / t e x t u a liz a ç ã o : - t e x t o e x p o s it iv o - te x to a r g u m e n t a tiv o c) R e v i s ã o
G ru p o I I I - 3 0 %
1 ite m d e r e s p o s t a e x te n sa.
Item único - 6 0 p o n t o s
(1 8 0 a 2 4 0 p a la v r a s )
Total-
2 0 0 p o n to s
Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
Anexos
Matriz dos»testes-modelo IAVE Domínios - Educação Literária; Leitura / Gramática; Escrita
Objetivos Educação Literária L e r e in t e r p r e t a r t e x t o s lit e r á r io s . (E L 1 0 ; 1 4 )
Conteúdos T e x t o l it e r á r i o d o s d i f e r e n t e s p e r ío d o s d a lit e r a t u r a p o rtu g u e sa c o n sta n te s do p ro g ra m a (p o n to s 1 a 6 d o Programa e
P a rte A
Gramática
P a rte B 1 it e m d e r e s p o s t a e x te n sa (1 2 0 a 1 5 0 p a la v r a s )
a) C o n h e c e r a o r i g e m e e v o l u ç ã o d o p o r tu g u ê s . (G 1 0 ; 1 7 ) b ) E x p lic ita r a s p e t o s e s s e n c ia is d a s in ta x e d o p o r tu g u ê s . (E 1 0 ; 1 8 ) c) E x p l i c i t a r a s p e t o s e s s e n c i a i s d a le x ic o lo g ia d o p o r t u g u ê s . (E 1 0 ; 1 9 )
T e x t o s d e le it u r a n ã o lit e r á r ia r e la c io n a d o s t e m a tic a m e n t e c o m o t e x t o d e le it u r a lit e r á r ia a) P o n t o s 1 . 2 e 1 . 3 do p ro gram a
a) P l a n i f i c a r a e s c r i t a d e t e x t o s . (E 1 0 ; 1 0 )
b ) S ín t e s e ; e x p o s iç ã o so b re u m te m a ; a p r e c ia ç ã o c r ít ic a
c) R e d i g i r t e x t o s c o m c o e r ê n c i a e c o r r e ç ã o lin g u ís t ic a . (E 1 0 ; 1 2 ) d ) R e v e r o s t e x t o s e s c r it o s . (E 1 0 ; 1 3 )
G ru p o 1 1 - 2 0 % 3 it e n s d e r e s p o s t a r e s t r it a
c) p o n t o s 3 .1 , 3 .2 e 3 .3 d o P r o g r a m a
a) P l a n i f i c a ç ã o
b ) E s c r e v e r t e x t o s d e d ife r e n t e s g é n e r o s e fin a lid a d e s . (E 1 0 ; 1 1 )
5 it e n s d e e s c o lh a m ú lt ip la e /o u d e a s s o c ia ç ã o
b ) p o n t o s 2 . 1 e 2 .2 do p ro gram a
Escrita
c) R e d a ç ã o / t e x t u a liz a ç ã o
1 5 p o n to s
G ru p o I - 5 0 %
E n s in o S e c u n d á r io ) Leitura
A . 1.
4 it e n s d e r e s p o s t a c u rta
Metas Curriculares de Português d o
L e r e in t e r p r e t a r t e x t o s d e d ife r e n t e s g é n e r o s e g r a u s d e c o m p le x id a d e . (1 0 ; 7 )
Perguntas/ cotação
Estrutura
2.
20 p o n to s
3.
1 5 p o n to s
4.
2 0 p o n to s
B. 5. Total1 .1
5 p o n to s
1 .2
5 p o n to s
1 .3
5 p o n to s
1 .4
5 p o n to s
1 .5
5 p o n to s
2 .1
5 p o n to s
2 .2
5 p o n to s
2 .3
5 p o n to s
Total-
G ru p o I I I - 3 0 %
3 0 p o n to s 1 0 0 p o n to s
4 0 p o n to s
1 ite m d e r e s p o s t a e x te n sa.
Item único - 6 0 p o n t o s
(1 8 0 a 2 4 0 p a la v r a s )
Total-
2 0 0 p o n to s
d ) R e v is ã o
EDI TÁVEL Entre Palavras 10 •Livro de Testes • f£j\
87
S o lu ç õ e s
Nota; n a s p e r g u n t a s d e r e s p o s t a f e c h a d a , a s s o l u ç õ e s s ã o a s in d ic a d a s ; n a s d e r e s p o s t a a b e r t a , n a t u r a l m e n t e , o u t r o s m o d o s d e r e s p o n d e r c o r r e ta m e n t e d e v e m s e r tid o s e m c o n ta .
T e s te s d e d ia g n ó s tic o
Grupo I A
1.
0 t e x t o p o d e d iv id ir - s e e m d u a s p a r t e s d is t in t a s : a p r im e ir a , c o r r e s p o n d e n t e à a p r e s e n t a ç ã o f ís ic a e p s ic o ló g ic a d a m e n in a a m i g a d a n a r r a d o r a , c u jo p a i e r a d o n o d e u m a liv ra r ia , v a i d e s d e o in íc io a t é à p r o m e s s a q u e e la f e z à n a r r a d o r a d e lh e e m p r e s t a r u m liv r o « o e m p r e s t a r ia » , 1 .1 5 ; a s e g u n d a p a r t e c o r r e s p o n d e a o r e s t a n t e t e x t o : n e la s e v e r if ic a a a le g r ia d a m e n in a p e la p o s s ib ilid a d e d e p o s s u ir o liv r o e a d e s i lu s ã o q u e s e lh e s e g u iu . 2 . A n a r r a d o r a é u m a m e n i n a q u e t e m u m a m u it o f o r t e r e l a ç ã o c o m a le it u r a , e m b o r a t e n h a a l g u m a d i f i c u l d a d e n o a c e s s o a o s liv r o s . A p r o m e s s a d e u m liv r o d e s e j a d o m o s t r a - a , p s i c o l o g i c a m e n t e , c o m o i m e n s a m e n t e fe liz , e m p o l g a d a m e s m o . 3 . T r a t a - s e d a s u c e s s ã o d e m e t á f o r a s p r e s e n t e n a f r a s e « e u n ã o v i v ia , nadava d e v a g a r n u m mar suave, a s ondas m e l e v a v a m e m e t r a z ia m . » , ll. 1 6 - 1 7 . 4 . A m e n in a f i c o u « b o q u i a b e r t a » c o m o r e a ç ã o d e e n o r m e e s p a n t o a o f a c t o d e n ã o lh e s e r e m p r e s t a d o o liv r o t ã o d e s e j a d o : e la n ã o e sp e ra va , de m o d o n e n h u m , q u e ta l su c e d e sse . Grupo I I
1 . 1 .1 ( C ); 1 . 2 ( A ) ; 1 . 3 ( C ) ; 1 . 4 ( D ); 1 . 5 (B ) 2 . 2 .1 0 p r o c e s s o d e f o r m a ç ã o p r e s e n t e n a p a la v r a é a c o m p o s i ç ã o m o r f o l ó g i c a ( p o r r a d ic a i s ) , u m a v e z q u e a p a l a v r a s e f o r m a p e la a s s o c i a ç ã o d e u m r a d ic a l e d e u m a p a la v r a . 2 . 2 C o m p l e m e n t o d ir e t o 2 . 3 O r a ç ã o s u b o r d i n a d a s u b s t a n t i v a c o m p le t i v a [ « q u e h a v ia e m p r e s t a d o o liv r o a o u t r a m e n in a » ; a s u a f u n ç ã o s i n t á t i c a é d e c o m p l e m e n t o d ir e t o d o e le m e n t o s u b o r d i n a n t e « h a v i a e m p re sta d o » .]
Grupo I I
1 . 1 .1 ( D ); 1 . 2 (B ); 1 .3 (A ) ; 1 . 4 ( C ) ; 1 .5 (D ) 2 . 2 . 1 O p r o c e s s o f o n o l ó g i c o é a f é r e s e - q u e d a d e u n id a d e f ó n ic a n o in ic io d e u m a p a la v r a . 2 . 2 P r e d i c a t i v o d o s u j e it o 2 . 3 O r a ç ã o s u b o r d i n a d a s u b s t a n t i v a c o m p le t i v a [ « q u e e s t a m o s fis ic a m e n t e p r e p a ra d o s» ; a s u a fu n ç ã o s in tá t ic a é d e c o m p l e m e n t o d ir e t o d o e le m e n t o s u b o r d i n a n t e « s a b e m o s » ] .
T e s te s -m o d e lo I A V E T E S T E DE A VA LIA ÇÃ O 1 - S E Q U Ê N C IA 1
Grupo I A
1.
0 t e m a d o m in a n t e é o d e u m a v i a g e m q u e o n a r r a d o r f a z p e lo A f e g a n i s t ã o , c o m o s e v e r if i c a p e lo t í t u l o e p o r r e f e r ê n c ia s a l o c a lid a d e s a fe g ã s . 2 . A v a r i e d a d e d e t e m a s a b a r c a t e m a s h i s t ó r i c o s , le n d á r io s , u r b a n í s t i c o s , c u l t u r a i s e d e n a t u r e z a p e s s o a l. 3 . A d i m e n s ã o n a r r a t iv a e s t á p r i n c i p a l m e n t e p r e s e n t e n a p r im e ir a p a r t e d o t e x t o q u a n d o o n a r r a d o r c o n t a a h is t ó r ia d a f u n d a ç ã o d e u m a c id a d e ; já a s e g u n d a p a r t e d o t e x t o s e c a r a c t e r i z a p o r n o t a ç õ e s d e s c r i t i v a s d e e s p a ç o s e d e a m b i e n t e s c it a d in o s . 4 . 0 n a r r a d o r f a c u lt a - n o s s e n s a ç õ e s p r o v e n ie n t e s d e c a r a c t e r í s t i c a s d o c l im a d a r e g i ã o o n d e e s t á , p o r e x e m p lo , s e n s a ç õ e s t á t e i s d e h u m id a d e , m a s t a m b é m s e n s a ç õ e s d e n a t u r e z a a u d it iv a r e l a c i o n a d a s c o m a m ú s i c a q u e e s c u t a . P o r o u t r o la d o , t r a n s m it e -n o s s e n tim e n t o s d e s a u d a d e d o p a s s a d o q u e s u r g e m a p r o p ó s i t o d e s e n s a ç õ e s d e n a t u r e z a a u d i t i v a p r o v o c a d a s p e lo c a c a r e ja r d a s g a lin h a s . Grupo I I
1 . 1 .1 2. 2 .1 2 .2 2 .3
T E S T E DE D IA G N Ó S T IC O 2
Grupo I A
1 . T r a t a - s e d a P r o p o s i ç ã o d e Os Lusíadas, a p r im e ir a p a r t e d a e s t r u t u r a in t e r n a d o P o e m a , c o m p o s t a a in d a p e la I n v o c a ç ã o , p e la D e d i c a t ó r i a e p e la N a r r a ç ã o . 2 . 0 P o e t a v a i c a n t a r h e r ó is d a n o s s a h is t ó r ia , f a c t o s h is t ó r ic o s n o t á v e is , n a v e g a ç õ e s p o r m a r e s d e s c o n h e c id o s , g u e r r a s c o n t r a o s in fié is, n o m e a d a m e n t e e m Á f r i c a e n a Á s ia , s e m e s q u e c e r q u e m s e n o t a b iliz o u p o r o u t r o s m o t i v o s e s e m a n t é m n a m e m ó r ia c o le t iv a . 3 . T r a t a - s e d o o r g u lh o d e r iv a d o d a c o n s c i ê n c i a d e q u e o s f e i t o s d o s P o r t u g u e s e s s ã o s u p e r io r e s a o s d o s a n t i g o s g r e g o s e r o m a n o s, e s p e c ia lm e n t e a s n a v e g a ç õ e s , m a s t a m b é m o s fe it o s de n a t u r e z a b é lic a . 4 . 0 r e c u r s o e x p r e s s iv o é a h ip é r b o le , u m e x a g e r o , u m a v e z q u e o s m a r e s o r ie n t a is , p o r e x e m p lo , e r a m d e s d e h á m u it o n a v e g a d o s ; e s t e e x a g e r o é c o m p r e e n s ív e l n u m p o e m a é p ic o n o q u a l a b u n d a m a s h i p é r b o l e s - a o s e r v i ç o d o e n g r a n d e c im e n t o d o h e r ó i, d o s h e r ó is .
pp. 12-15
(B ); 1 .2 ( A ) ; 1 . 3 (D ); 1 . 4 ( D ); 1 .5 (C ) 0 p r o c e s s o d e fo r m a ç ã o é a c o m p o s iç ã o m o r fo s s in t á t ic a . C o m p l e m e n t o d o a d j e t iv o O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d j e t iv a r e l a t i v a e x p li c a t i v a [ D e s e m p e n h a a f u n ç ã o s i n t á t i c a d e m o d if ic a d o r d o n o m e a p o s i t iv o « A le x a n d r i n e T in n e » , q u e m o d if ic a ; e s t e n o m e é o s e u e le m e n t o s u b o r d in a n t e . ]
T E S T E DE A V A LIA Ç Ã O 2 - S E Q U Ê N C IA 1
pp. 16-19
Grupo I A
1.
0 t e m a d o m in a n t e é a r e c e n s ã o c r ít i c a a o liv r o d e B i l l B r y s o n Breve História de Quase Tudo. [ T r a t a - s e , p o r is s o , d e u m t e x t o
d e a p r e c ia ç ã o c r ít ic a .] 2 . A p r im e ir a p a r t e , c o r r e s p o n d e n t e a u m a in t r o d u ç ã o , v a i d e s d e o in íc io a t é « r e c e n t e s c a s o s » , l. 5: o a u t o r a p r e s e n t a , d e u m m o d o g e r a l, u m t ip o d e liv r o - o liv r o d e d i v u lg a ç ã o c ie n t íf ic a ; a s e g u n d a p a r t e , c o r r e s p o n d e n t e a o d e s e n v o lv im e n t o , v a i d e s d e « E à lu z » , l. 6 , a t é « p o r B r y s o n » , l. 2 5 : s ã o a p r e s e n t a d a s v a r i a d a s c a r a c t e r í s t i c a s t e m á t i c a s d o liv ro ; n a t e r c e ir a p a r t e ( ú lt im o p a r á g r a f o ) , c o r r e s p o n d e n t e à c o n c lu s ã o , n e la s e r e f e r e m c a r a c t e r í s t i c a s m a t e r i a i s d o liv ro .
Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes • (Çfr
S o lu ç õ e s
3 , 0 t í t u l o d o liv r o p o d e p a r e c e r e x c e s s i v o , a o p r e t e n d e r a b a r c a r « q u a s e t u d o » ; c o n t u d o , d a l e it u r a d o liv r o c o n s t a t a - s e q u e o p r o j e t o d o t í t u l o s e r e v e la v e r d a d e ir o : d a í o e s p a n t o t r a d u z i d o p e lo p o n t o d e e x c l a m a ç ã o . 4 . U m a c a r a c t e r í s t ic a q u e p o d e s e r a lv o d e c r ít ic a é a l g u m a s u p e r f i c i a li d a d e q u e n e le s e p o d e d e t e t a r , e m b o r a o a u t o r d a a p r e c ia ç ã o a d m it a q u e n ã o s e r á f á c i l r e f e r ir a s u p e r f i c i a li d a d e a r e s p e it o d e s t e liv r o ; c a r a c t e r í s t i c a s p o s i t i v a s s ã o , p o r e x e m p lo , o h u m o r d o a u t o r o u a q u a li d a d e d a t r a d u ç ã o . Grupo I I
1 . 1 . 1 ( A ) ; 1 . 2 ( B ) ; 1 . 3 ( C ); 1 . 4 ( C ) ; 1 . 5 (D ) 2 . 2 . 1 0 p r o c e s s o d e f o r m a ç ã o é a c o m p o s i ç ã o m o r f o ló g ic a . 2 . 2 S u j e it o 2 . 3 O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d j e t iv a r e l a t i v a e x p lic a t iv a [ D e s e m p e n h a a f u n ç ã o s i n t á t i c a d e m o d if ic a d o r d o n o m e a p o s i t iv o « p ir it e » , q u e m o d if ic a ; e s t e n o m e é o s e u e le m e n t o s u b o r d i n a n te .]
3 . M e t á f o r a , e m « c e g a m o s o lh o s m e u s » ; d o m e s m o m o d o q u e q u e m c e g a n a d a v ê , o s u j e it o lír ic o n a d a v ê t a m b é m d e v id o à f o r ç a d a coita. E s t a m e t á f o r a t e m d e r e l a c i o n a r - s e c o m « g u a r ir » , v. 8 , c u r a r - s e - o s u j e it o lír ic o n ã o p o d e c u r a r - s e d a f o r ç a c e g a d a p a ix ã o . 4 . A d u p la r e p e t iç ã o d a f o r m a v e r b a l p r e s e n t e n o r e fr ã o , « a t e n d e r » , c o n t r ib u i p a r a a e x p r e s s ã o d o a m o r a b s o lu t o : a p e s a r d e n a d a e s p e r a r, a c o n s t â n c i a d o s u j e it o lír ic o s o f r e d o r n ã o e s t á e m c a u s a . G ru po I I 1 . 1 .1 ( B ) 1 .2 ( C ) ; 1 . 3 ( A ) ; 1 . 4 (B ) ; 1 .5 (D ) 2 . 2 .1 O p r o c e s s o f o n o l ó g i c o é a a f é r e s e - q u e d a d e u m a u n id a d e f ó n i c a n o in íc io d e u m a p a la v r a . 2 . 2 C o m p l e m e n t o d ir e t o [ d á - l o s ] 2 . 3 O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d j e t iv a r e la t iv a r e s t r i t iv a [ « q u e t o c a v a » ; d e s e m p e n h a a f u n ç ã o s i n t á t i c a d e m o d if ic a d o r r e s t r i t i v o d o n o m e « j o g r a l» , o s e u e le m e n t o s u b o r d in a n t e . ] pp, 2 7 -3 0
T E S T E DE A VA LIA ÇÃ O 1 - S E Q U Ê N C IA 2
Grupo I A
Grupo I A
1 . A m ã e a s s u m e o p a p e l d e c o n f i d e n t e d o s u j e it o p o é t ic o : a amiga co n ta à m ãe o s se u s a m o re s. 2 . N a p r im e ir a e s t r o f e o u c o b la , o s u j e it o p o é t ic o , a amiga, s e n t e - s e a p a ix o n a d a ( « e n a m o r a d a » ) p e lo s e u amigo q u e lh e « j u r o u » q u e m o r r ia p o r e la ; n a s e g u n d a e s t r o f e , e la c o n f e s s a q u e r e g r e s s a d e F a r o « L e d a » , v. 5, is t o é, c h e ia d e a le g r i a p o is c o n s e g u i u f a l a r e t e r o a m o r d e q u e m d e s e j a v a h á m u it o ; n a t e r c e ir a e s t r o f e , e la c o n f e s s a a in d a a s u a a le g r ia , d e s t a v e z f u n d a d a e m q u e n ã o a c r e d it a q u e o s e u amigo lh e p o s s a m e n t ir . 3 . 0 r e f r ã o é l it e r a r i a m e n t e e x p r e s s iv o d e s d e l o g o p e lo s e u c a r á t e r r e p e t it iv o a t r a v é s d o q u a l a amiga a p a i x o n a d a r e it e r a a c o n f i s s ã o d e a m o r d o s e u amigo. 4 . P a r a s e r p e r f e it a , a t é c n ic a p a r a le l ís t i c a e x ig e n ú m e r o p a r d e c o b la s , o q u e n ã o é o c a so .
1 . 0 t e m a d a c a n t i g a é u m a p a r ó d ia d o e lo g io d o a m o r c o r t ê s . P a r o d ia -s e o lo u v o r d a d a m a q ue, se n d o s e m p r e d e g r a n d e fo r m o s u r a , a q u i é a p r e s e n t a d a , lo u v a d a , c o m o id o s a , « f e i a » e t o la . 2 . E n q u a n t o q u e o l o u v o r t íp ic o d a s c a n t i g a s d e a m o r a p r e s e n t a a d a m a c o m o a m a i s b e la d e t o d a s , d e u m a b e le z a s e m p a r , q u e r f í s i c a q u e r p s i c o l o g i c a m e n t e , a m u lh e r a q u i a p r e s e n t a d a f i s i c a m e n t e j á p e r d e u q u a lq u e r e n c a n t o q u e p o s s a t e r t i d o d a d a a s u a id a d e , e, p s i c o l o g i c a m e n t e , é d o id a - t r a t a - s e d e u m a e v id e n t e p a r ó d ia q u e f u n c io n a p o r c o n t r a s t e . 3 . T r a t a - s e d a ir o n ia . 0 l o u v o r é a p r e s e n t a d o i r o n ic a m e n t e : a in t e n ç ã o d e lo u v a r é n e g a d a p e lo s a t r ib u t o s a p r e s e n t a d o s , p o r e x e m p L o , n o re frã o , 4 . A e s t r u t u r a p a r a le lís t ic a q u e m a is r e a lç a a p a r ó d ia é o re fr ã o , a t r a v é s d o q u a l s e c r it i c a o u s a t i r i z a u m a p o é t i c a c o n v e n c i o n a l - a d a s c a n t ig a s d e a m o r, n a s q u a is o lo u v o r d a d a m a e ra ape n as um a convenção.
Grupo I I
1 . 1 . 1 ( A ) ; 1 . 2 ( C ) 1 . 3 (D ) 1 . 4 ( B ) ; 1 . 5 (B ) 2. 2 .1 O p r o c e s s o fo n o ló g ic o é a s o n o r iz a ç ã o - c o n s o a n t e s s u r d a s e m p o s iç ã o in t e r v o c á lic a t o r n a m - s e s o n o r a s . 2 . 2 C o m p l e m e n t o d ir e t o - o 2 . 3 O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d v e r b i a l t e m p o r a l [ « q u a n d o s e m u lt i p lic a m a s r e v o lt a s c a m p e s in a s » ; a s u a fu n ç ã o s in tá t ic a é d e m o d if ic a d o r d o g r u p o v e r b a l. ] T E S T E DE A VA LIA ÇÃ O 2 - S E Q U Ê N C IA 2
Grupo I A
1 . T r a t a - s e d o s e n t i m e n t o d a coita d e a m o r , t í p i c o d a s c a n t i g a s d e a m o r, à s q u a is p e r te n c e o te x to ; c o n s is t e n a e x p r e s s ã o d o s o f r i m e n t o p o r p a r t e d o s u j e it o p o é t ic o d e v id o à in d if e r e n ç a d a senhor.
2. T r a t a - s e d e u m a re la ç ã o d e o p o s iç ã o o u d e c o n t r a s t e : e n q u a n to o s o u t r o s q u e r e m m o r r e r d e a m o r e m c o n s e q u ê n c i a d a coita, o s u j e it o p o é t ic o p r e f e r e v iv e r .
Entre Palavras 10 • Livro de Testes •
Grupo I I
1 . 1 .1 ( C ) ; 1 .2 ( D ); 1 . 3 (B ) ; 1 . 4 (A ) ; 1 . 5 (D ) 2 . 2 . 1 0 p r o c e s s o f o n o l ó g i c o é a e p ê n t e s e - in s e r ç ã o d e u n id a d e f ó n i c a n o in t e r io r d a p a L a v r a . 2 .2 S u je ito 2 .3 O r a ç ã o s u b o r d in a d a s u b s t a n t iv a re la tiv a [« q u e h o u v e s s e o u t r o m u n d o » , a s u a f u n ç ã o s i n t á t i c a é d e c o m p le m e n t o d ir e t o d o s e u e le m e n t o s u b o r d i n a n t e - « d u v i d a v a » ] . T E S T E DE A V A LIA Ç Ã O 1 - S E Q U Ê N C IA 3
Grupo X A
1 , E s t a s p o r t a s d a m u r a l h a d a c id a d e c e r c a d a , e m b o r a a b e r t a s t o d o o d ia , e s t a v a m g u a r d a d a s p o r p e s s o a s a g u e r r i d a s ; p o r o u t r o la d o , e s t a s p e s s o a s t i n h a m d e v e r if i c a r b e m q u e m p r e t e n d ia e n t r a r e s a ir.
91
S o lu ç õ e s
2 . N o t e r c e ir o p a r á g r a f o , o c o r r e m r e f e r ê n c ia s a o M e s t r e d e A v is . P e la s in f o r m a ç õ e s q u e F e m ã o L o p e s f a c u lt a , p o d e c o n c l u i r - s e q u e o M e s t r e e r a u m a p e s s o a p r e v id e n t e , p o is t r a t o u d e p r o v i d e n c ia r c e r t o s m o d o s d e d e f e s a , a o s a b e r d o c e r c o q u e s e a p r o x i m ava. 3. O s d e s tin a t á r io s e x t e r n o s d a c a n t ig a sã o , c e rta m e n te , o s q u e c e r c a v a m L is b o a : a c a n t i g a t i n h a c o m o f u n ç ã o d e s m o r a l i z á - l o s , a o m a n d á - l o s e m b o r a : o s i n t e r n o s s ã o , e v id e n t e m e n t e , o s l i s b o e t a s c e r c a d o s : a c a n t i g a t in h a c o m o f u n ç ã o a le n t á - l o s . 4 . A p e r s o n a g e m c o l e t i v a é a c id a d e d e L i s b o a c e r c a d a - q u e a g e c o m o u m t o d o - « o s d a c id a d e » , l, 1 7. Grupo I I
1 . 1 . 1 (B ) : 1 . 2 ( A ) ; 1 . 3 ( C ) ; 1 . 4 ( C ) ; 1 . 5 (A ) 2 . 2 . 1 S i n é r e s e - a s d u a s v o g a i s c o n t í g u a s /e e /, e m h ia t o , d ã o l u g a r a o d i t o n g o /e i/ p o r s e m i v o c a l i z a ç ã o d e u m a d e la s . 2 . 2 S u j e it o 2 . 3 O r a ç ã o c o o r d e n a d a d i s j u n t iv a [ « o u a n u n c i a n d o a d e c i s ã o d e um a passage m à ação»]
"
;
:
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T E S T E DE AVA LIA ÇA O 1 - S E Q U E N C IA 4
pp. 3 8 -4 1
Grupo I A
1 . T r a t a - s e d o m o n ó l o g o in ic ia l d e I n ê s , n o in íc io d a p e ç a , n o q u a l e la a p r e s e n t a a s u a s i t u a ç ã o - a r e c u s a - e c o n f e s s a t e r u m p r o j e t o p a r a d e la s e lib e r t a r : e s s e p r o j e t o d e lib e r t a ç ã o é o a s su n to da peça. 2 . E n c o n t r a - s e b a s t a n t e z a n g a d a , f u r i o s a m e s m o , p o is e n t e n d e q u e a s u a v id a é u m a e s c r a v a t u r a . 3 . V e r i f i c a - s e a q u i q u e o q u o t id ia n o d e u m a m o ç a d o p o v o p a s s a v a m u it o p o r t r a b a l h o s m a n u a is , n o m e a d a m e n t e b o r d a d o s , t r a b a lh o s o r d e n a d o s p e la s m ã e s . 4 . E la a p r e s e n t a - s e c o m o t e n d o u m a s i t u a ç ã o d if e r e n t e d e t o d a s a s o u t r a s m o ç a s d a s u a id a d e e c o n d iç ã o , o q u e é m a n i f e s t a m e n t e e x a g e r a d o - u s a p o is u m a h ip é r b o le q u a n d o d iz s e r a ú n ic a q u e e s t á p r is io n e ir a e m c a s a . P o r o u t r o la d o , a c e n t u a e s s a c o n d iç ã o d e lib e r d a d e d a s o u t r a s a t r a v é s d a a n á f o r a « T o d a s » / « t o d a s » , v v . 2 3 - 2 4 ; a s u a in d iv id u a liz a ç ã o p o d e r ia a in d a s e r a c e n t u a d a a t r a v é s d a a n t í t e s e e n t r e e la e a s o u t r a s . Grupo I I
T E S T E DE A V A LIA Ç Ã O 2 - S E Q U Ê N C IA 3
pp. 3 5 -3 7
Grupo I
1 . 1 .1 (B ) ; 1 . 2 ( D ); 1 . 3 (B ); 1 . 4 ( C ); 1 . 5 (A ) 2 . 2 . 1 A p a l a v r a « d o u s » , v. 1 5 , é u m a r c a í s m o , v i s t o q u e e s t a f o r m a e n t r o u e m d e s u s o , s e n d o s u b s t i t u í d a p e la p a L a v r a a t u a l dois.
A
1 . A c id a d e é a p r e s e n t a d a c o m o u m a p e r s o n a g e m c o le t iv a , u m a fo rç a q u e a g e c o m o u m to d o ; c o m p ro v a m -n o e x p re s s õ e s c o m o « T o d a a c id a d e » , 1 .1 , « n e n h u ú n o n m o s t r a v a » , l. 5 , q u e m o s t r a m e s s a u n id a d e . 2 . O d e s e j o d a m o r t e p o r p a r t e d e h a b it a n t e s d a c id a d e c e r c a d a s u r g e n a s ll. 1 2 - 1 3 , q u a n d o o n a r r a d o r i n f o r m a q u e a l g u m a s p e s s o a s a d e s e j a v a m s o b p r e t e x t o d e , d e s s e m o d o , d e ix a r d e t e s t e m u n h a r o c o n j u n t o d e d e s g r a ç a s q u e t i n h a m c a íd o s o b r e L i s b o a - ll. 1 2 - 1 6 . 3 . O s r e s p o n s á v e is p o lític o s e o M e s t r e d e A v is s a b ia m d o s o f r i m e n t o d o p o v o e c o n d o í a m - s e c o m e le , m a s c o m o n a d a p o d ia m fa z e r , t o r n a r a m - s e i n d i f e r e n t e s à s q u e ix a s p o p u l a r e s - c f. o q u a rto p a rá gra fo . 4 . A p a l a v r a « g u e r r a s » r e f e r e - s e a d u a s r e a lid a d e s : p o r u m la d o , a v e r d a d e i r a g u e r r a , c o m o s c a s t e l h a n o s q u e c e r c a v a m L is b o a : (a p a l a v r a e s t á a q u i n o s e n t i d o d e n o t a t i v o ) m a s o c o r r e t a m b é m n o s e n t i d o c o n o t a t iv o , s i g n i f i c a n d o o s o f r i m e n t o d e q u e p a d e c i a m p o r n ã o t e r e m d e c o m e r - l. 2 4 . T r a t a - s e , p o r is s o , d e u m a m e t á fo r a d e s s e s o fr im e n t o . Grupo I I
1 . 1 . 1 ( C ) ; 1 . 2 (B ) ; 1 . 3 ( A ) ; 1 . 4 ( C ) ; 1 . 5 (D ) 2 . 2 . 1 M e t á t e s e - t r a n s p o s i ç ã o d e s e g m e n t o s o u d e s í l a b a s n o in t e r i o r d e u m a p a la v r a . 2 . 2 M o d i f i c a d o r d o n o m e r e s t r i t iv o 2 . 3 O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d j e t iv a r e la t iv a r e s t r i t iv a [ « q u e s e s u c e d e m a o l o n g o d e v á r i o s m ilé n io s » ; t e m a f u n ç ã o s i n t á t i c a d e m o d if ic a d o r d o n o m e r e s t r it iv o « r e s i d ê n c i a s im p e r ia is » , o s e u e le m e n t o s u b o r d i n a n t e ] .
2 . 2 P r e d i c a t i v o d o c o m p le m e n t o d ir e t o 2 . 3 O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d j e t iv a r e l a t i v a e x p li c a t i v a [ « q u e o in s ta la r á d e v e z n a n o b re z a » ; t e m a fu n ç ã o s in tá t ic a de m o d if ic a d o r d o n o m e a p o s i t iv o « a c r e s c e n t a m e n t o » , q u e é o s e u e le m e n t o s u b o r d in a n t e . ]
T E S T E DE A V A LIA Ç Ã O 2 - S E Q U Ê N C IA 4
pp. 4 2 -4 5
Grupo I A
1 . N a t u r a l m e n t e o p ú b lic o r i a - s e b a s t a n t e d a d o o c ó m i c o d a s i t u a ç ã o : o p r o j e t o d e lib e r t a ç ã o d e I n ê s a t r a v é s d o c a s a m e n t o r e v e l a - s e u m f a l h a n ç o t o t a l : f i c a p io r d o q u e o q u e e s t a v a . 2 . A s á t i r a r e c a i p r e c i s a m e n t e s o b r e I n ê s q u e a s s i m é c r it ic a d a , a p o n t a d a , p o r t e r p r e t e n d id o s e r m a i s d o q u e o q u e e r a , s o c i a l m e n t e . O q u e p a r a n ó s h o je s e r i a a c e it á v e l, n ã o o e r a n a s o c i e d a d e e s t r a t i f i c a d a m e d ie v a l. 3 . B r á s d a M a t a r e v e la -s e u m m a r id o c iu m e n t o e m a c h is t a q u e p r e t e n d e d o m in a r I n ê s c o m p le t a m e n t e , n ã o lh e p o s s i b i li t a n d o o u s u f r u t o d e q u a lq u e r lib e r d a d e e a m e a ç a n d o - a d e a g r e s s ã o f ís ic a . 4 . O d is c u r s o d e s e d u ç ã o d e B r á s d a M a t a c o n c r e t iz a -s e , e m b o r a r e p le t o d e ir o n ia , q u a n d o c h a m a a I n ê s o s e u « t i s o u r o » , o s e u « o u ro » , vv. 3 7 -3 8 . Grupo I I
1 . 1 .1 2. 2 .1 2 .2 2 .3
(B ) ; 1 . 2 ( D ); 1 .3 ( C ) ; 1 . 4 ( C ); 1 .5 (B ) E x t e n s ã o s e m â n t ic a P r e d i c a t i v o d o c o m p l e m e n t o d ir e t o M o d i f i c a d o r d o n o m e a p o s i t iv o
Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes • (£j\
Soluções
T E S T E DE AVA LIA ÇÃ O 1 - S E Q U Ê N C IA 5
pp. 4 6 -4 9
Grupo I A
1. A s v o lt a s r e t o m a m , d e s e n v o lv e n d o o t e m a d o m o te . 2 . S e a f o r ç a t r a n s f o r m a d o r a d e H e l e n a a t in g e a N a t u r e z a in e r t e , q u a l s e r á a s u a in f lu ê n c ia s o b r e o s s e r e s v iv o s , s o b r e a s p e s s o a s ? E s t e é o s e n tid o d a p e r g u n ta . 3 . T r a t a - s e d a a n á f o r a « F a z » , « f a z » , vv . 8 - 9 , a t r a v é s d a q u a l s e e v id e n c ia o p o d e r t r a n s f o r m a d o r d e H e le n a ; [ E s t a a n á f o r a p r o lo n g a - s e , d e a l g u m m o d o , n a s p a l a v r a s « f a z » , « f a r á » , n o s d o is v e r s o s s e g u i n t e s ; e, n a p r im e ir a e s t r o f e , j á t i n h a o c o r r id o a p a l a v r a « f a z » , v. 6.] 4 . O v e r s o « A v e r d u r a a m e n a » t e m s e t e s íla b a s g r a m a t ic a is e c in c o s í l a b a s m é t r i c a s ; o v e r s o « g a d o s , q u e p a s c e i s » t e m c in c o s í l a b a s g r a m a t i c a s e c in c o s í l a b a s m é t r i c a s . Grupo I I
1. 1 .1 2. 2 .1 2 .2 2 .3
( A ) ; 1 . 2 ( A ) ; 1 . 3 ( D ); 1 . 4 ( C ) ; 1 . 5 (C ) « c a m p o s » , « á g u a s » , « flo r e s » C o m p le m e n t o d ir e t o « q u e é c o n d iç ã o d e t u d o » [A s u a fu n ç ã o s in t á t ic a é d e m o d i f i c a d o r d o n o m e a p o s i t iv o « m u d a n ç a » , o s e u e le m e n t o s u b o r d in a n t e . ]
T E S T E DE AVA LIA ÇÃ O 2 - S E Q U Ê N C IA 5
pp. 5 0 -5 2
Grupo I A
1. T r a t a -s e d o t e m a d o d e s e n c a n to a m o r o s o , d a d e s ilu s ã o a m o r o sa. 2 . N a p r im e ir a p a r t e , q u e o c u p a a s t r ê s p r i m e i r a s e s t r o f e s , o s u j e it o p o é t ic o c o n f e s s a - s e d e r r o t a d o p e L o A m o r : n u n c a o c o n s e g u iu r e a l i z a r p l e n a m e n t e . N a s e g u n d a p a r t e , c o r r e s p o n d e n t e a o ú l t i m o t e r c e t o , d i r ig e - s e a u m a « S e n h o r a » c o m q u e m t a m b é m n ã o t e v e s o r t e , p a r a lh e d iz e r q u e , p e lo m e n o s , p e r d u r a r á n a m e m ó r i a d e le e c o n t r a i s s o n a d a p o d e a « F o r t u n a » . 3 . T r a t a - s e d e u m a r e f le x ã o p e s s o a l m a r c a d a p e lo d e s e n c a n t o , p e la d e s i lu s ã o , p e la c o n f i s s ã o d e q u e o A m o r s ó t r o u x e s o f r i m e n to ; n ã o h á e sp e ra n ç a p a ra o p o e ta. 4. A p ó stro fe - « S e n h o ra »
2 . C a m õ e s c o n t r a s t a a p o e s ia é p ic a , o p r e s e n t e , e a p o e s ia lír ic a , o p a s s a d o . É p ic a : « u m s o m a lt o e s u b l i m a d o » , v. 5 ; lír ic a ; « v e r s o h u m ild e » , v. 3, a m b o s n a e s t â n c i a 4. 3. T r a t a -s e d e u m « c a n t o » q u e d e v e c o rre sp o n d e r, n a g r a n d io s id a d e , a o s e u a s s u n t o - vv . 5 - 6 d a e s t â n c i a 5. 4 . V e r s o s 7 e 8 d a p r im e ir a e s t r o f e ; C a m õ e s p r e t e n d e u m e s t i l o g r a n d i o s o (v. 6 , e s t . 4 ), p a r a q u e a s á g u a s d o T e jo ( o s P o r t u g u e s e s ) n ã o in v e j e m a s á g u a s d e H ip o c r e n e ( o s a n t i g o s g r e g o s ) : s e n ã o in v e j a m , é p o r q u e s ã o s u p e r io r e s . Grupo I I
1 . 1 .1 2, 2 .1 2 .2 2 .3
(B ) ; 1 .2 ( D ); 1 . 3 ( D ); 1 . 4 (A ) ; 1 . 5 (D ) A p a l a v r a d i v e r g e n t e é facto. C o m p l e m e n t o d o a d j e t iv o O r a ç ã o s u b o r d i n a d a a d j e t iv a r e la t iv a r e s t r it iv a [ D e s e m p e n h a a f u n ç ã o s i n t á t i c a d e m o d if ic a d o r r e s t r it iv o d o n o m e « a c o n t e c i m e n t o s » , o s e u e le m e n t o s u b o r d in a n t e . ]
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pp. 5 6 -5 8
Grupo I A
1 . O d e s t i n a t á r i o é o re i D . S e b a s t i ã o . C a m õ e s j á s e lh e d ir ig iu n a D e d ic a t ó r ia . 2 . C a m õ e s o f e r e c e - s e a o re i: p a r a o s e r v ir , p a r a l u t a r p o r e le , c o m a e x p e r iê n c ia d a g u e r r a (v. 1 , e s t . 1 5 5 ) ; p a r a o l o u v a r a t r a v é s d o c a n t o , a e x p e r iê n c ia d a c r ia ç ã o l it e r á r ia (v. 2 , e s t . 1 5 5 ) ; o p r o j e t o lit e r á r io p r o l o n g a - s e p e la ú l t i m a e s t r o f e , vv . 6 - 8 , e s t 1 5 6 : C a m õ e s p r o p õ e - s e c a n t a r o s f e i t o s d e D. S e b a s t i ã o . , 3 . O « m o n t e A t l a n t e » e s t á p e r s o n if ic a d o , p o is a p r e s e n t a s e n t i m e n t o s d e r e c e io e t e m o r p e r a n t e a a m e a ç a c o n s t it u í d a p o r D. S e b a s tiã o . 4 . T a n to n e s t e s v e r s o s c o m o n a ú ltim a e s t â n c ia d a P r o p o s iç ã o s e c o m p a r a m o s P o r t u g u e s e s c o m o s a n t ig o s g r e g o s e r o m a n o s p a r a r e a l ç a r a s u p e r io r i d a d e d o s p r im e ir o s , Grupo I I
1 . 1 .1 (B ) ; 1 . 2 (B ); 1 . 3 ( C ); 1 . 4 (A ) ; 1 .5 (B ) 2 . 2 . 1 T r a t a - s e d e u m a c r ó n im o , u m a v e z q u e a s in ic ia is d e q u e s e f o r m o u s e p r o n u n c ia m c o m o u m a p a la v r a só . 2 .2 « e m 2 0 1 2 » 2 .3 C o m p le m e n t o d o n o m e
Grupo I I
1 . 1 . 1 ( B ) ; 1 . 2 (B ) ; 1 . 3 ( C ) ; 1 . 4 ( D ) ; 1 . 5 ( A ) 2 . 2 . 1 A á g u a - d e - c o l ó n i a a in d a é u m d o s p e r f u m e s m a i s p o p u la r e s ; o s í m b o l o q u ím ic o d a á g u a é H 20 . 2 .2 C o m p le m e n t o d o n o m e 2 .3 O r a ç ã o c o o rd e n a d a a d v e r s a tiv a
*
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T E S T E DE AVA LIA ÇÃ O 1 - S E Q U Ê N C IA 6 ^
pp. 5 3 -5 5
Grupo I A
1 . T r a t a - s e d a I n v o c a ç ã o d e O s Lusíadas: C a m õ e s in v o c a a s N i n f a s d o T e jo , a s T á g id e s , p a r a q u e o a j u d e m n a c o m p o s i ç ã o d o s e u Poem a.
Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes •
T E S T E DE A V A LIA Ç Ã O 1 - S E Q U Ê N C IA 7
pp. 5 9 -6 1
Grupo I A
1 . J o r g e d e A l b u q u e r q u e é u m líd e r q u e s e c a r a c t e r i z a p e la p r u d ê n c ia q u a n d o c o n v e n c e o s c o m p a n h e i r o s a n ã o a t a c a r o s e s t r a n g e i r o s , m a i s f o r t e s ; q u a n d o l h e s f a z v e r a s i t u a ç ã o p r e c á r ia e m q u e se e n c o n tra m , s e m te r d e c o m e r n e m d e b e be r; m o s t r a - s e s o li d á r i o c o m o s s e u s c o m p a t r i o t a s q u a n d o Lhe é p r o p o s t o p a r t ir c o m o s f r a n c e s e s , p r e f e r in d o f i c a r c o m o s s e u s ; m o s t r a - s e u m líd e r d e c id id o n a a d v e r s id a d e q u a n d o , n a p a r t e f i n a l d o te x to , m a n d a « t o m a r p r o v id ê n c ia s » t e n d e n te s à « s a lv a ç ã o d e to d o s» .
93
S o lu ç õ e s
2. A lg u n s in im ig o s d o s p o r t u g u e s e s , c o n t r a r ia m e n te a o u t r o s q u e a t é a r o u p a l h e s r o u b a r a m , t i v e r a m a t it u d e s d ig n a s , h u m a n a s , q u e c o n s i s t i r a m e m t r a t a r d o s d o e n t e s e d a r - lh e s « d e c o m e r e d e b e b e r » , l. 2 0 . 3 . O « p a n o » é a v e la , o u o v e l a m e q u e , b a t id o p e lo v e n t o , f a z i a o n a v io d e s lo c a r - s e . E s t a e x p r e s s ã o s i g n i f i c a q u e t o d o o v e l a m e e r a a t in g id o p e lo v e n t o , lo g o , o n a v io d e s l o c a v a - s e à v e l o c i d a d e m á x i m a q u e o v e n t o lh e c o n s e g u i a im p r im ir . 4 . R e z a r a m , a f l i t o s , d e v id o à c o n s t a t a ç ã o d a m i s é r i a e m q u e o s t i n h a m d e ix a d o o s f r a n c e s e s n a v a s t i d ã o d o o c e a n o . Grupo I I
1 . 1 .1 2, 2 .1 2 .2 2 .3
2 . 0 t e m a d o a n ú n c io é a d e s c o b e r t a t u r ís t ic a d o s A ç o r e s . 3. c. 4. d.
5 . A p r e s e n ç a d e P e d ro P a u le t a t o r n a o a n ú n c io m a is c r e d ív e l e m a is s u s c e t ív e l d e a t r a ir v is it a n t e s a o s A ç o r e s , n ã o s ó p o r s e r u m a p e r s o n a l i d a d e d e s t a c a d a n o m e io d e s p o r t iv o , m a s s o b r e t u d o p o r s e r a ç o r ia n o . T r a t a n d o - s e d e u m a f i g u r a q u e n o s é f a m ilia r e s im p á t ic a , a s u a p r e s e n ç a s u g e r e o p a p e l d o a n fit r iã o q u e fa z a s h o n r a s d a c a s a , le v a n d o -n o s a v is it á -la e m o s t r a n d o - n o s o q u e e la t e m d e m e lh o r . 6 . b.
(C ) ; 1 . 2 ( B ) ; 1 . 3 (B ) ; 1 . 4 ( C ) ; 1 .5 (A ) C o m p le m e n t o d o n o m e C o m p l e m e n t o o b líq u o O r a ç ã o s u b o r d in a d a a d v e r b ia l c a u s a l [T e m a fu n ç ã o s in t á t i c a d e m o d if ic a d o r d e g r u p o v e r b a l. ] 7.
T E S T E DE A V A LIA Ç Ã O 2 - S E Q U Ê N C IA 7
pp. 62-65
Grupo I A
1 . S e n s a ç õ e s v i s u a i s / c r o m á t i c a s : « e s c u r e c e u p o r c o m p le t o » , 1 . 1 , « o n e g r o m a r » , 1 .1 , « e s p u m a s b r a n c a s » , 1 . 1 , « t o d a n e g r a p o r b a ix o » , l. 3 , e tc . ; s e n s a ç õ e s a u d it iv a s : « o e s t r o n d o e r a t a n t o » , l. 2 « E s t r o n d e a n d o » , l. 4 , « c l a m a r p o r D e u s » , 1 .1 0 . 2 . A m e n t a li d a d e r e l i g i o s a d o s n á u f r a g o s r e v e l a - s e n o s b r a d o s c o m q u e p e d e m o a u x ílio d iv in o , a j o e lh a n d o - s e , l. 9, m a s , p r in c ip a lm e n t e , n a p r e o c u p a ç ã o c o m a s a l v a ç ã o d a a lm a , q u a n d o s e d ir ig e m a u m « p a d r e » p a r a s e c o n f e s s a r e m n a q u e le t r a n s e a flitiv o e p r e n u n c ia d o r d a m o r te : o q u e m a is d e s e ja m é s a lv a r a a l m a p a r a a e t e r n id a d e - ll. 8 - 1 0 . 3 . T r a t a -s e d a e n u m e r a ç ã o d a s v á r ia s p a r t e s o u c o m p o n e n te s d o b a r c o d e s t r u í d a s p e lo « v a g a l h ã o » , 1 .1 7. 4 . E s t a f r a s e s i g n i f i c a q u e a á g u a d o m a r le v o u p a r a lo n g e , n o s e u m o v i m e n t o c o n t ín u o , o « m a s t r o g r a n d e » , l. 2 6 ; « m a r e s » a q u i é u m a p a la v r a g e n é r ic a q u e s ig n if ic a a á g u a e m m o v im e n to c o n t í nuo. Grupo I I
1. 1 .1 2. 2 .1 2 .2 2 .3
( C ) ; 1 . 2 ( A ) ; 1 . 3 ( D ); 1 . 4 ( B ) ; 1 . 5 (A ) O p r o c e s s o i r r e g u la r é o e m p r é s t i m o . « i n f e li z m e n t e » , l. 2 O r a ç ã o s u b o r d in a d a a d v e r b ia l c o m p a r a t iv a
8.
9.
10.
6 . 1 T r a t a - s e d a ú n ic a a f i r m a ç ã o e m q u e o l o c u t o r a p r e s e n t a o s e u p o n t o d e v i s t a s o b r e a p r a ia d o P ó p u lo , a t r a v é s d a f o r m a v e r b a l « a c h o » e d o a d j e t iv o « li n d a » n o g r a u s u p e r la t i v o . E s s a a p r e c ia ç ã o d e p e n d e a p e n a s d o s u j e it o q u e a f a z , e n ã o d o o b j e t o a p r e c ia d o , s o b r e o q u a l d i f e r e n t e s s u j e i t o s p o d e r ã o f a z e r a p r e c ia ç õ e s d i f e r e n t e s o u m e s m o o p o s t a s . 7 .1 A u t i li z a ç ã o d e s u p e r l a t i v o s c o m o « li n d í s s i m a » o u « o m e lh o r » , « a m a i o r » s u g e r e u m a p e r s p e t i v a d e s t a c a d a e ú n ic a d o s A ç o r e s i n s e r in d o - s e , a s s i m , n o o b j e t iv o d e p e r s u a d i r o t u r i s t a a « d e s c o b r i r » i lh a s t ã o e x c l u s i v a s . 7 .2 a . A r e p e t i ç ã o p e r m it e a m p li a r a id e ia d e b e le z a a s s o c i a d a a e s t a s ilh a s ; b . « D e s c u b r a » t e m o v a l o r d e u m a s u g e s t ã o o u c o n v it e - a d e c o n h e c e r ( d e s c o b r ir ) o s A ç o r e s . O s o m m e l o d i o s o d a g u i t a r r a p o r t u g u e s a d e s e n c a d e ia u m a a s s o c i a ç ã o im e d i a t a a P o r t u g a l . J á a a lt e r n â n c ia e n t r e p l a n o s p a n o r â m ic o s e g r a n d e s p la n o s fo r n e c e m t a n t o u m a v is ã o d a b e le z a d e c o n j u n t o d o m e l h o r d o s A ç o r e s c o m o o p o r m e n o r d a s s u a s f l o r e s , p l a n t a s e a n i m a i s c r ia n d o a id e ia d e u m a n a t u r e z a v a r i a d a e t r a n q u ila . S o m e i m a g e m c o n c o r r e m a s s i m p a r a a a ç ã o p e r s u a s i v a d o d is c u r s o . 9 .1 A s p a la v r a s e m m a iú s c u la s s ã o o o b je to fu n d a m e n t a l d o a n ú n c io , e n q u a n t o q u e a e x p r e s s ã o « P u b . I n s t i t u c i o n a l » t e m c a r á t e r m e r a m e n t e i n f o r m a t iv o . I n d i c a q u e o a n ú n c io p r o v é m d e u m o r g a n i s m o o f ic ia l, q u e é u m a i n f o r m a ç ã o a c e s s ó r ia . R e s p o s t a liv r e ( e x e m p lo p o s s í v e l: « u m p a í s d e e n c a n t o s m il» )
T E S T E D E COM PR EEN SÃO DO ORAL - S E Q U Ê N C IA 2
1. N o t a s p o s s í v e i s : a. Tema da reportagem - C o m e m o r a ç ã o d a s e x t a - f e i r a 1 3 e m M o n t a le g r e ; b. Número e variedade de intervenientes - I n t e r v e n i e n t e s m u it o d i v e r s o s ( n a c i o
n a is , e s t r a n g e ir o s , c r ia n ç a s , a d u lt o s . . . ) e e m g r a n d e n ú m e r o ;
T e s te s d e c o m p re e n s ã o d o o r a l T E S T E DE C O M PR EEN SÃ O DO O RA L - S E Q U Ê N C IA 1
1. N o t a s p o s s í v e i s : a. Tema do anúncio - V i s i t a r o s A ç o r e s ; b. Recursos expressivos utilizados - A r e p e t iç ã o d e « li n d í s s im a s » ; o u s o d o s u p e r la t i v o ; c. Tempos / modos verbais mais frequentes - P r e s e n t e d o in d ic a t iv o e d o c o n j u n t iv o ; d. Efeitos de áudio, vídeo e texto - A p r e s e n t a s o b r e t u d o e f e i
t o s d e v íd e o ; a lt e r n â n c ia d o s p l a n o s p a n o r â m i c o s (q u e s a l i e n t a m a b e le z a d o c o n j u n t o ) c o m g r a n d e s p l a n o s ( q u e s a l i e n t a m o p o r m e n o r ) ; e. Slogan - N ã o e s t á p r e s e n t e .
o. Opinião geral dos intervenientes / visitantes sobre a ce lebração da sexta-feira 13 - O s i n t e r v e n i e n t e s e n t r e v i s t a d o s
m a n i f e s t a m e n t u s i a s m o p o r e s t a c e le b r a ç ã o e e L o g ia m - lh e a o r ig in a lid a d e ; d. Factos relativos à comemoração da sexta-feira 1 3 - 0 n ú m e r o d e v i s i t a n t e s u l t r a p a s s a a s 3 0 m i l p e s s o a s , o s r e s t a u r a n t e s e n c h e m -s e ; t r a t a - s e d e u m e sp e tá c u lo a q u e a s p e s s o a s a d e r e m ; e. Efeitos verbais e não verbais V o z e s p r e t e n s a m e n t e a s s u s t a d o r a s , s o n s c o n d iz e n t e s . O s o m d o s i n o q u e a s s i n a l a a m e ia - n o it e , o s j o g o s d e lu z e a d e r e ç o s a d e q u a d o s p a r a c r ia r e m u m a m b ie n t e f a n t a s m a g ó r i c o . 2 . A c o m e m o r a ç ã o d a s e x t a - f e i r a 1 3 , e m M o n t a le g r e . 3. o. 4. a.; b.; o.; e. ef.
Entre Palavras 10 ■ Livro de Testes • /$ \
S o lu ç õ e s
5 . A s f ig u r a s q u e a q u i d e s fila m s ã o d u e n d e s , b r u x a s, b r u x o s e m o r t o s - v iv o s , 6 . A b r u x a r ia , b e m c o m o a s p r á t i c a s e s e r e s a e la a s s o c i a d o s , e s t á i n t i m a m e n t e r e l a c i o n a d a c o m a n o it e e c o m o m e d o q u e e la in f u n d e . E s t a c e le b r a ç ã o f u n c io n a c o m o u m a f o r m a d e r e c r i a r f e s t i v a m e n t e a s p r á t ic a s o c u l t a s a t r i b u í d a s à b r u x a r ia e, s i m u l t a n e a m e n te , d e a s e x o r c iz a r o u d e s m is tific a r , m o s t r a n d o q u e, d e f a c t o , s ã o i n o f e n s iv a s . 7. d.
2. b.
8. A m e t á fo r a d e q u e s e r v e é « m a r d e g e n te » . E n fa tiz a a s s im a e n o r m e q u a n t i d a d e d e p e s s o a s q u e p a r t ic i p a m n e s t a f e s t a . 9 . A r e p e t iç ã o d o a d v é r b io d e q u a n t i d a d e « m u i t a » , q u e a m p li a a « q u a l i d a d e » d o e s p e t á c u l o o f e r e c i d o p e la m u n ic íp io d e M o n t a le g r e .
T E S T E DE COM PREENSÃO DO ORAL - S E Q U Ê N C IA 3
L
e. Pontos de vista de Manuela - A lu t a e a s b a t a l h a s q u e a s m u lh e r e s c o n s e g u ir a m g a n h a r a o lo n g o d o te m p o . A in d a h á b a t a l h a s a t r a v a r p e t a s m u lh e r e s . N o p a s s a d o , p r o c u r o u c o n q u i s t a r o s e u e s p a ç o a p e s a r d a s r e s t r iç õ e s p a t e r n a s e d a p r e s s ã o s o c i a l r e l a t i v a m e n t e a o c o m p o r t a m e n t o t id o c o m o c o n v e n c i o n a l n a s m u lh e r e s . A id a à d i s c o t e c a o u a o c a f é e r a r e p r o v a d a , p o r e x e m p lo . M e s m o h o je , m a n t é m - s e o m a c h i s m o m a s c u l i n o f a c e à s m u lh e r e s . 3. a., b., d., e., g. 4. a. V; b. V; c. F ( f a z u m a b r e v e h i s t o r i a ç ã o d a l u t a d a s m u lh e r e s
5. 6.
1
1 . N o t a s p o s s í v e i s - a. Partes em que se estrutura - E s t r u t u r a - s e e m t r ê s p a r t e s : 1 ." - a f o m e e m P o r t u g a l - a l g u n s n ú m e r o s ; 2 .a - A f o m e A n o P o r t o ; 3 .a - u m c a s o p a r t i c u l a r ( P a r e d e s ) ; b. Variedade de intervenientes - G r a n d e v a r i e d a d e d e in t e r v e n i e n t e s ( u t e n t e s d o s s e r v i ç o s , d i r ig e n t e s d e I P S S , d ir e t o r d e I P S S , v o l u n t á r i o s ) ; c. Comportamento dos utentes dos ser viços de ajuda - S i le n c i o s o s , e v i t a m a s c â m a r a s d a t e le v is ã o , p r o c u r a m o a n o n i m a t o ; d. Características da postura, tom de voz e olhar dos utentes dos serviços de ajuda - C a b i s b a i x o s , o l h a r t r is t e , d i s c u r s o c o m s i lê n c i o s , v o z e m b a r g a d a , v o z e s e i m a g e n s d i s t o r c i d a s p o r e f e i t o s t é c n ic o s ; e. Opiniões dos vo luntários das instituições de solidariedade social envolvi das - D e s c r e v e m a s s i t u a ç õ e s d e f o m e , c o l o c a m - s e n a s i t u a ç ã o
d o s u t e n t e s , t ê m v o n t a d e d e a g i r p a r a a ju d a r , i n d ic a m o s t i p o s d e m e n u s q u e d i s t r ib u e m . 2. 0 a la s t r a m e n t o d a fo m e e m P o r t u g a l.
3. b. 4. a.; b.; c.; e.
5 . 1 - a; 2 - e; 3 - c; 4 - d; 5 - b 6 . A n o it e p r o t e g e o a n o n i m a t o d o s q u e b u s c a m a j u d a , p e r m it in d o d is fa r ç a r u m p o u c o m e lh o r a p o b re z a e n v e rg o n h a d a . 7. E m g e r a l, e s t e s e f e i t o s c o n c o r r e m p a r a p r o t e g e r a id e n t id a d e d a s p e s s o a s q u e b u s c a m a j u d a . A l e g e n d a g e m t o r n a p e r c e t ív e is i n t e r v e n ç õ e s d i t a s e m v o z b a ix a , d e m o d o e n v e r g o n h a d o . 8. b.
9. d.
7.
8.
9.
p e la i g u a l d a d e d e d ir e it o s ) ; d . F ( a s e n t r e v i s t a d a s a p r e s e n t a m o p in iõ e s ) ; e. V. 1 - b; 2 - d; 3 - c; 4 - a ; 5 - e F a z s e n t i d o c o m e m o r a r o D I M p o r q u e lh e l e m b r a o s d ir e it o s q u e a s m u l h e r e s c o n q u i s t a r a m a t é a o m o m e n t o , t a n t o a n ív e l p e s s o a l, c o m o s o c i a l o u p r o f i s s i o n a l . ae c A id a à d i s c o t e c a e r a r e p r o v a d a p o r q u e e s s e s l o c a i s d e d iv e r s ã o e r a m v i s t o s c o m o p r ó p r io s p a r a r a p a r i g a s d e r e p u t a ç ã o d u v id o s a . J á a p r á t ic a d e f u t e b o l f e m in in o e r a r e c r i m i n a d a p o r q u e s e d e s t i n a r i a a j o v e n s d e b a i r r o s s o c ia is , is t o é, a g e n t e « in f e r io r » . M a n u e la a c h a q u e s e t r a t a d e u m a lu ta p e r m a n e n te , u m a v e z q u e o h o m e m t e m u m f u n d o m a c h i s t a , q u a s e « g e n é t ic o » , q u e o im p e le a m a n t e r e s s a d e s i g u a ld a d e .
T E S T E DE CO M PR EEN SÃO DO ORAL - S E Q U Ê N C IA 5
1 . N o t a s p o s s í v e i s : a. Assunto do texto - 0 s u j e it o p o é t ic o d ir ig e - s e a u m « t u » , « a q u e l a q u e e u m a i s q u e r ia » , r e c o r d a n d o a h i s t ó r i a d e u m a p a ix ã o f a l h a d a , b. Estruturação do texto - 0 t e x t o e s t r u t u r a - s e e m 3 p a r t e s . A p r im e ir a - o r o d e io a m o r o s o - d e « T u e r a s a q u e l a (...)» a t é « (...) e le s e m o v e u . » ; a s e g u n d a - a t e n t a t i v a d e c o n v e n c e r a a m a d a p e la m ú s ic a , n o c o n c e r t o - d e « E r a s ó a t i q u e e u m a i s q u e r ia » a t é « (...) m e s m a c a n ç ã o . » ; a t e r c e ir a - o f i m d a p a ix ã o - « F o i n e s s e d ia q u e p e r c e b i» a t é « p o r o n d e a n d e i.» . A s p a r t e s e s t ã o d i v id a s p e lo r e f r ã o ; c. Interve nientes na ação narrativa - O « e u » e « t u » ; d. Características repetitivas do texto - N a e s t r o f e : é a p e n a s c o n s t it u í d o p o r q u a d r a s . N a r im a : a p r e s e n t a s e m p r e r im a e m p a r e lh a d a , e x c e t o n o r e f r ã o , o n d e a r im a é c r u z a d a e n t r e o 2 .“ e 4 .“ v e r s o s . P r e s e n ç a d e re frã o a p ó s c a d a d u a s e stro fe s. 2 . 0 t e m a é o d a p a ix ã o n ã o c o r r e s p o n d id a . 3. b.
T E S T E DE CO M PREENSÃO DO ORAL - S E Q U Ê N C IA 4
1 . N o t a s p o s s í v e i s - a . Tema - A l u t a d a s m u l h e r e s p e la e m a n c i p a ç ã o ; b. Partes em que se estrutura a reportagem - D u a s : h i s t o r i a ç ã o d a l u t a d a s m u lh e r e s ; e n t r e v i s t a a m ã e e f i l h a s o b r e e s t e t e m a ; c. Intervenientes - M a n u e l a e S a r a , r e s p e t i v a m e n t e , m ã e e f ilh a ; d. Pontos de vista de Sara - O D ia I n t e r n a c io n a l d a M u lh e r s e r v e p a r a le m b r a r o q u e a s m u lh e r e s c o n s e g u i r a m a t é a g o r a . H o j e a s m u lh e r e s t ê m m a i s l ib e r d a d e q u e n o p a s s a d o . M e s m o a s s i m , h á c o i s a s q u e s e p r o íb e m à s m u lh e r e s m a s s e p e r m ite m a o s h o m e n s . A in d a h á d ife r e n ç a s e n tre h o m e n s e m u lh e r e s n o a c e s s o a c a r g o s e le v a d o s e n o s s a lá r io s ;
Entre Palavras 10 • Livro de Testes ■
4 . 1 - a; 2 - f; 3 - d; 4 - c; 5 - b; 6 - e; 7 - g 5 . A r im a e m p a r e lh a d a o u a r e p e t iç ã o d o r e f r ã o p o d e m e x e m p li f i c a r e s t a s c a r a c t e r ís t ic a s . 6 . « T u e r a s a q u e l a q u e e u m a i s q u e r ia » . 7. b. 8. c.
9 . A r e p e t iç ã o d a n e g a t i v a e n f a t i z a o d e s i n t e r e s s e q u e e la t e m p e l o s s e n t i m e n t o s q u e e le n u t r e p o r e la . 1 0 . A liç ã o r e t i r a d a p e lo s u j e it o p o é t ic o é a d e q u e n ã o s e a m a a l gu é m que não ouve a m e sm a canção. 1 1. 1 1 .1 M e tá fo ra
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S o lu ç õ e s
11,2 A m e t á f o r a t o r n a e v id e n t e a i n t e n s a e f e m e r i d a d e d a q u e L a p a ix ã o , p o r q u e d o m e s m o m o d o q u e u m l u m e ( u m f o g o ) a r d e i n t e n s a m a s b r e v e m e n t e , t a m b é m u m a p a ix ã o é in te n sa m a s de p e q u e n a du ração .
6. c.
7. d. 8 . A I g r e j a d e N o s s a S e n h o r a d o R o s á r io , o p e lo u r in h o e a f o r t a l e z a d e S . F ilip e . 9. c.
T E S T E DE COM PREENSÃO DO ORAL - S E Q U Ê N C IA 6 T E S T E DE CO M PR EEN SÃO DO ORAL - S E Q U Ê N C IA 7
1. S u g e s t ã o d e n o t a s : a. Apreciação geral sobre a cidade de Santiago - A n t i g a c a p i t a l d e C a b o V e r d e . U m a c id a d e c a l m a ,
h a b it a d a h o je p o r c e r c a d e m i l p e s s o a s . F o i a p r im e ir a c i d a d e c o n s t r u íd a p e lo s p o r t u g u e s e s a s u l d o tr ó p ic o d e C â n c e r; b . História da cidade: 1. Fundação - C i d a d e f u n d a d a p o r A n t ó n io d a N o la , e m 1 4 6 2 , v i s i t a d a p o r V a s c o d a G a m a e C r i s t ó v ã o C o lo m b o , 2 . Arquitetura - T i p o s d e e d i f í c i o s p r e d o m i n a n t e s P r e s e n ç a d o m in a n t e d e ig r e j a s , c a p e l a s e e r m id a s , d a s q u a i s r e s t a m h o je o c o n v e n t o d e S . F r a n c i s c o e a ig r e j a d e N o s s a S e n h o r a d o R o s á r i o ( 1 4 9 5 ) , a m a i s a n t i g a ig r e j a c o l o n ia l d o m u n d o , o n d e p r e g o u o p a d r e V ie ir a . 3. C lic h é s da cidade - A ig r e j a d e N o s s a S e n h o r a d o R o s á r io ; a p r im e ir a s é c a t e d r a l c o n s t r u í d a e m Á f r ic a , h o je u m p a l c o a c é u a b e r t o , r e c u p e r a d o p e lo a r q u i t e t o S i z a V ie ir a ; O p e lo u r in h o - s í m b o l o d o p o d e r j u d ic ia l; a f o r t a l e z a d e S . F ilip e , m a n d a d a c o n s t r u i r n o s é c u l o X V I p o r F ilip e I d e P o r t u g a l . 4 . Importância da cidade - E r a i m p o r t a n t e p o r s e r u m a e s t a ç ã o d e t r o c a d e p l a n t a s , h o m e n s e a n im a is , p l a c a g i r a t ó r i a e n t r e t r ê s c o n t i n e n t e s ; c. Razões da decadência - E n t r a e m d e c a d ê n c i a n o f i n a l d o s é c u l o X V I d e v id o à s a l t e r a ç õ e s d a s r o t a s d o t r á f i c o n e g r e ir o e a o s a t a q u e s d o s c o r s á r io s . 2 . A c id a d e v e l h a d e S a n t i a g o , e m C a b o V e r d e . 3. b. 4. b. 5. a. V ; b. V ; c. F ( e m m e a d o s d o s é c u l o X V I a p r e s e n t a v a j á c e r c a
d e 5 0 0 c a s a s e 2 4 ig r e j a s , c a p e l a s e e r m id a s ) ; d . F ( A m a io r ia d e s t a s e d i f i c a ç õ e s d e s a p a r e c e u , m a s r e s t a m a in d a a l g u m a s o u t r a s c o m o o c o n v e n to d e S . F r a n c is c o o u a Ig r e j a d e N o s s a S e n h o r a d o R o s á r i o ) ; e. V ; f. V
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1. N o t a s p o s s í v e i s : a. Calendário e percurso da terceira vol ta ao mundo do veleiro S a g r e s - D e j a n e ir o a d e z e m b r o d e 2010 - q u e le v a r á a Sagres a v i s i t a r 19 p a ís e s ; b. As missões da Sagres - D a r f o r m a ç ã o a o s c a d e t e s d a e s c o l a n a v a l; v i s i t a r
a s c o m u n i d a d e s p o r t u g u e s a s n o e s t r a n g e ir o ; a p o i a r a p o lít ic a e x t e r n a d o E s t a d o ; c. As expectativas da guarnição - C o n t r a m e s t r e : v i s i t a r m u it o s p a ís e s , p a s s a r o c a b o H o r n (o l. ° n a v io a f a z ê - lo ) ; c o z in h e ir o : c o n h e c e r q u a s e t u d o p o r q u e n u n c a f e z u m a v i a g e m d e s t a s ; m é d ic o : c o n h e c e r o s p a í s e s o n d e o n a v io a p o r t a ; lid a r c o m d o e n ç a s t r o p i c a i s q u e j á n ã o s ã o f r e q u e n t e s n o s n o s s o s h o s p i t a i s ; d. Os tempos livres - A g u a r n i ç ã o e x e r c i t a - s e n u m g i n á s i o i m p r o v i s a d o , f a z e m d e s p o r t o , o r g a n iz a m t o r n e i o s d e j o g o s d e c a r t a s , f u t e b o L d e c o n v é s ; e. As saudades - C o m a n d a n t e : a s f a m í l i a s s o f r e m c o m a a u s ê n c i a p r o lo n g a d a . T e le f o n a r d e v e z e m q u a n d o ; n ã o p e n s a r m u it o n is s o . 2 . P r e p a r a ç ã o d a t e r c e ir a v i a g e m d e c i r c u m - n a v e g a ç ã o d o NRP Sagres.
3. b. í 4. c. 5 . c. F (a g u a r n i ç ã o p r a t ic a d i v e r s o s d e s p o r t o s e o r g a n iz a d i v e r s o s
t o r n e io s , s e j a d e f u t e b o l d e c o n v é s o u d e c a r t a s , p o r e x e m p lo ) . 6 . F o r m a r o s c a d e t e s d a m a r in h a p o r t u g u e s a e v is it a r a s c o m u n i d a d e s p o r t u g u e s a s n o e s t r a n g e ir o , p o r e x e m p lo . 7. d. 8. c.
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Para o Aluno • Manual • 0 que é? +Auto da Feira (OFERTA) • Caderno de Atividades •www.entrepalavraslO.asa.pt • E 3 A U L A DIGITAL ALUNO
Para o Professor • Manual (Edição do Professor) • Pasta do Professor - Planificações e Planos de Aula - Livro Prático do Professor Programa e Metas Curriculares de Português -10 ° ano Quadro Comparativo Programa e Metas Curriculares vs Manual Guião de Exploração dos Recursos Multimédia Grelhas de Planificação - Expressão Oral e Escrita Grelhas de Avaliação - Expressão Oral e Escrita - Livro de Testes Testes de Diagnóstico Testes de Avaliação Modelo IAVE Testes de Compreensão do Oral Critérios Gerais de Classificação Matrizes de Conteúdos Grelha de Correção/Cotação Cenários de Resposta - Como Ensinar... Oralidade e Escrita •CD Áudio •www.entrepalavraslO.asa.pt • E J A U L A DIGITAL Í B
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