Terreiros de Nação Angola/Congo •
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Terreiro Terreiro Tumbensi Tumbensi – Salvador Inzo Nkosi Mukumbi Dendezeiro - Alto da Levada - Bairro Caquende CacoeiraMametu !ia Nkisi Nki si - "ambaleci Loan#o e Tatetu Tatetu N#an#a Mesu – $araun#e
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Mariquina Lemb%
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Terreiro Tumba Junçara
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Manoel Ciri%co de &esus 'nz( Matamba Tombenci Neto - Il)us M*e +a#ui
Terreiro Caxuté •
M*e B%rbara Maria Balbina dos Santos
Terreiro Bate Folha • • • • • • •
Manoel Bernardino da ,ai*o Samba Diamon#o Severiano Manoel de Abreu - &ubiab% Terreiro Terreiro da .om)ia .om)ia &o*ozino da .om)ia "ilondir% M*e /de Ceci
Bate - Folha Rio (u!a!a "nsaba# •
Mam0etu Mabe1i 2 $lori3es Correia da Silva .omes
Terreiro de Jau$ - T%&'' •
Tata Tata La)rcio de Lemba
Terreiro do )ortão - T%&''* •
M*e Mirina do ,ort*o
Terreiro +o,ambo - T%&'' • • • • •
Mi#uel Arcan1o de Souza ,ai Manuel !u4no do Beiru - !u4no do Beiru .iselle Cossard M*e Dan#o de 5on#olo Mametu Diamin67%
Terreiro Tumba Junçara
/ Tumba &un8ara 9oi 9undado em :;:; em Acu3e< na !ua Cam3o .rande< Santo Amaro da ,uri4ca8*o< Baia< 3or dois irm*os de esteira cu1os nomes eram= Manoel !odri#ues do Nascimento >di1ina= "ambambe? e Manoel Ciriaco de &esus >di1ina= Lud7amun#on#o?< ambos iniciados em :@ de 1uno de :;: 3or Maria .enoveva do Bon4m< mais conecida como Maria Nenem >Mam0etu Tuenda 'nambi< sua di1ina?< que era Mam0etu !i% N0"isi do Terreiro Tumbensi< casa de An#ola mais anti#a da Baia "ambambe e Lud7amun#on#o tiveram Sin% Bad% como m*e-3equena e Tio &oaquim como 3ai-3equeno / Tumba &un8ara 9oi trans9erido 3ara ,itan#a< no mesmo munic3io< e de3ois 3ara o Beiru A3(s al#um tem3o< 9oi novamente trans9erido< 3ara a Ladeira do ,e3ino nE F< e 4nalmente 3ara Ladeira da Gila Am)rica< nE H< Travessa nE @< Avenida Gasco da .ama >que o1e se cama Gila Colombina? nE @ Gasco da .ama< Salvador< Baia Na )3oca da 9unda8*o< os dois irm*os de esteira receberam de Sin% Maria Nenem os car#os de Tata "imbanda "ambambe e Tata Lud7amun#on#o Manoel Ciriaco de &esus 9ez muitas lideran8as de v%rias casas< como miliana do Terreiro do Bo#um< M*e Meninina do .antois< IlJ Bab% A#boul% >Amoreiras?< onde obteve car#os Tata Nlundi ia Mun#on#o teve como seu 3rimeiro 4lo de santo >rian#a? !icardino< cu1a di1ina era An#orense No 3rimeiro barco >recolimento? de Tata Nlundi ia Mun#on#o< 9oram iniciados K azenza >3lural de muzenza? m sendo o seu 3rimeiro barco< ele camou o 3essoal do Bo#um 3ara a1udar /s @ 3rimeiros azenza do barco 9oram iniciados se#undo os 9undamentos do Bo#un= An#orense >Mukisi 5on#olo?< Nanansi >Mukisi Nzumba? e &i1au >Mukisi "avun#u?< os @ outros azenza 9oram iniciados se#undo os 9undamentos do Tumba &un8ara No !io de &aneiro< 9undou< com o Sr Deoclecio >di1ina= Luemim?< uma casa de culto em Gilar dos Teles >n*o se sabe a data da 9unda8*o nem a rela8*o de 3essoas iniciadas? Dentre as 3essoas iniciadas< ainda eiste< na !ua do Carmo< @< Gilar dos Teles< uma delas< Tata Tala#7< "aae1e em Brasilia-D$-< "atendee e Gulai6 em B5teM. e outros< 4los de Sr Deoclecio Com a morte de Manoel !odri#ues do Nascimento >"ambambe?< que assumira sozino a dire8*o do Tumba &un8ara< Manoel Ciriaco de &esus >Lud7amun#on#o? assumiu a dire8*o at) sua morte< a qual ocorreu em de dezembro de :;K Com a morte de Manoel Ciriaco de &esus >Lud7amun#on#o?< assumiu a dire8*o do Tumba &un8ara a Sra Maria &os) de &esus >Der) Lubid?< que 9oi res3ons%vel 3elo ritual denominado Ntambi de Ciriaco< 1untamente com o sr Narciso /liveira >Tata Senzala? e o sr Nilton Maro9% Der) Lubid era Mam0etu !i% N0"isi do Ntumbensara< o1e situado O !ua Alto do .eni3a3eiro - ,lata9orma< Salvador< Baia< e de res3onsabilidade do sr Antonio Messias >"a1aun#on#o?
m :@ de dezembro de :;K< a3(s o ritual de Ntambi< Maria &os) de &esus >Der) Lubid? 3assa a dire8*o do Ntumbensara 3ara Benedito Duarte >Tata Nzamban#6? e .re#(rio da Cruz >Tata Lemboracimbe?< e em ato secreto ) em3ossada Mam0etu !i% N0"isi do Tumba &un8ara Maria &os) de &esus >Der) Lubid?< em :;H recebeu o car#o de "ota "amuken#e do Tumba &un8ara< e em :;@H< o car#o de Mam0etu !i% N0"isi m :;@ 9undou o Ntumbensara< na !ua &os) ,ititin#a nE : - Cosme de $arias< Salvador< Baia< que em :P de outubro de :;K 9oi trans9erido 3ara o Alto do .eni3a3eiro Com o 9alecimento de Der) Lubid< assumiu a dire8*o do Tumba &un8ara a Sra Iraildes Maria da Cuna >Mesoe1i?< nascida aos HK de 1uno de :;@ e iniciada em : de novembro de :;@< 3ermanecendo no car#o at) o 3resente momento sta ) uma sntese do ist(rico do Tumba &un8ara< com a#radecimento es3ecial a smeraldo meterio de Santana $ilo< QTata in#ue LunbondoQ< 3elo re9erente ist(rico< e tamb)m a QTata RuandiamdembuQ< smeraldo met)rio de Santana< o Sr Benzino< 3ois sem sua colabora8*o n*o 3oderamos ter ce#ado a tais 9atos Terreiro Bate Folha
Terreiro Bate $ola< Mansu Banduquenqu)< ou Sociedade Bene4cente Santa B%rbara do Bate $ola< ) um terreiro de candombl) localizado em Salvador< Baia $oi 9undado em :;:K 3elo Tata Manoel Bernardino da ,ai*o e ) atualmente 3residido 3or Tata Mu#uani< Ccero !odri#ues $ranco Lima / terreiro 3ossui a maior %rea urbana remanescente da Mata Atlntica< a3roimadamente :< ectares $oi tombado 3elo I,5AN em : de outubro de H@ rigem do Bate Folha da Bahia
No ano de :PP:< Salvador< Baia< nasceu Manoel Bernardino da ,ai*o Ruando 1% contava @P anos de idade< Bernardino 9oi iniciado na Na8*o do Con#o 3elo Muikon#o >desi#na8*o dos naturais do "on#o?< 3or Manoel Nkosi< sacerdote iniciado na 9rica< recebendo ent*o< a di1na de Am3umandezu De3ois da morte de Manoel Nkosi< Bernardino trans9eriu-se 3ara a casa de sua ami#a inse3ar%vel Maria .enoveva do Bon4m - MamUetu Tuenda Nzambi< mais conecida como Maria Nen)m< m*e do An#ola na Baia< onde tirou a Maku-a-Mvumbi >M*o do Morto? Maria Nenem era 4la de santo de !oberto Barros !eis< escravo an#olano< de 3ro3riedade da 9amlia Barros !eis< que le em3restou o nome 3elo qual era conecido A cerim6nia de Maku-a-Mvumbi< O qual Bernardino se submeteu em :@ de 1uno de :;:< coincidiu com a inicia8*o de Manoel Ciri%co de &esus< nascido em P de a#osto de :P;H< tamb)m na Baia< o que ocasionou a li#a8*o estabelecida entre Bernardino e Ciri%co que< anos mais tarde< com o 9alecimento de seu irm*o de santo mais velo< Manoel "ambambi< que na
)3oca tina casa aberta na Baia< Ciri%co sucedeu kambambi< no terreiro que o1e ) conecido 3or Tumba &unsara Com o 3assar do tem3o< Bernardino 1% muito 9amoso< 9undou o Candombl) Bate-$ola< situado na Mata scura do !etiro< em Salvador< Baia / terreno onde est% estabelecido o Candombl)< na Travessa de S*o &or#e< K< ) cercado de %rvores centen%rias e considerado o maior terreiro do Brasil que< na )3oca< 9oi 3resenteado O Bamburusema< seu se#undo mukii< 1% que o 3rimeiro era Lemba Desta 9orma 4ca claro que< 3elas ori#ens de Manoel Nkosi< o Bate-$ola ) Con#o e< mant)m o An#ola< 3or 3arte de Maria Nenem $oi no dia de dezembro de :;H; que Bernardino tirou seu 3rimeiro barco< cu1o !ian#a >:E $ilo da casa? 9oi &o*o Correia de Mello< que tamb)m era de Lemba !az do Bate $ola da Baia V Inzo 1idan1i "u3a3a 'nsaba>Casa raiz do Bate $ola? - 5enrique ,erret Neto- tata "itulan1J iniciado 3or mameto kitul% V Manoel Nkosi - Na8*o Con#o V Maria Nen)m - Na8*o An#ola V Manoel Bernardino da ,ai*o – :;:K V &o*o Lessen#ue - !io de &aneiro V Tata Mulandure V Samba Diamon#o >dit A3olin%ria de Santana?- at) :;F; Bate-Folha do Rio de Janeiro
,or volta de :;@< &o*o Correia de Mello< 1% ent*o conecido como &o*o Lessen#ue >Lesen#e?< mudou-se 3ara o !io de &aneiro Ao ce#ar< Lesen#e 9oi morar na !ua Navarro< no Catumbi< avendo trazido em sua com3ania al#uns irm*os de santo< dentre os quais< se destaca 3or sua atua8*o M*e N#ukui< com3onente do terceiro barco de Bernardino N#ukui seria ent*o o bra8o direito de &oao Lessen#ue na sua nova em3reitada no !io de &aneiro Aqui< &o*o Lessen#ue coneceu outras 3essoas de santo em sua maioria oriunda da Baia< 3assando ent*o a 3artici3ar dos rituais das diversas casas de candombl) 1% eistentes na cidade Diversas 3ersonalidades im3ortantes do candombl) 9aziam 3arte de seu crculo de amizades< como bomi Dila< M*e A#ri3ina do /3o A9on1%< M*e Tet)< M*e Bida de Ieman1%< &oana Cruz< &oana /basi< M*e Andreza< .uiomar de /#un< M*e Damiana< Tata $omotino< Gicente BankolJ< Ciri%co< Am)rica< Adal#isa< Marieta< Tia Marota< /baladJ< Nair de /al%< Marina de /ss*in< Nino de /#un< Mundino de $ormi#as< /t%vio da Ila Amarela< /#an Caboclo< lvaro do ,)-.rande< M*e Teodora de Weman1%< etc No incio dos anos < Lesen#e com3rou um terreno com a3roimadamente metros quadrados< no bairro Ancieta< 9undando ali< o Bate-$ola do !io de &aneiro Ao lon#o dos anos &o*o Lessen#ue tirou doze barcos< sendo o 3rimeiro em HK de novembro de :;< e o Xltimo em P de novembro de :;K; No dia H; de setembro de :;F< Os H@=s< morre &o*o Lesen#e< o senor do Bon4m de Ancieta
A3(s o 9alecimento de Tata Lesen#e em :;F< a ro8a atravessou um 3rolon#ado luto $oi somente em :;FH< em ocasi*o de Luvalu >cerim6nia de sucess*o?< que o Bate-$ola do !io de 1aneiro reabriu< sendo ali investida no car#o como Mam Uetu ri% Nkisi >sacerdote ce9e?< sua sobrina e 4la de santo< Mabe1i $lori3es Correia da Silva .omes< tornando-se< erdeira de seu tio Lesen#e em todo o sentido da 3alavra MamUetu Mabe1i< baiana do bairro da Liberdade< ce#ou ao !io de &aneiro 3ara residir com o Sr &o*o Lesen#e em :; de outubro de :;K e< iniciou-se no candombl) em H de abril de :;F A 3artir desta data< Mabe1i come8a a 9azer 3arte da ist(ria do Bate-$ola ,or volta dos anos < em com3ania de um ndio Ira3uru< ce#a ao Bate$ola o Sr &os) Mila#res Com o 3assar do tem3o< Mila#res casa-se com Mabe1i e 3osteriormente< se con4rma na casa como ,ok( >sacri4cador de animais? 3assando ent*o a ser conecido como Tata N#uzu-a-Nzambi< sua di1ina Dai em diante< Tata N#uzu tem sido um #uerreiro incans%vel na 3reserva8*o da ro8a em Ancieta m virtude da #rande obra que est% sendo 9eita< o Bate-$ola n*o vem 3ro3orcionando ao 3Xblico suas maravilosas 9estas< realizando a3enas< Os obri#a8Yes internas !essaltando< 3ara que 4que e3lcito Os muitas 3essoas que< 3or n*o terem mais notcias das 9amosas 9estas em Ancieta< comentam que o Bate-$ola acabou !essaltando ainda< que em abril do ano de >:;;F?< o bate-$ola reabriu suas 3ortas 3ara a #rande 9esta do s)culo< ocasi*o em que 9oi comemorado os anos de santo de MamUetu Mabe1i< m*e do "on#oZAn#ola no !io de &aneiro V A dire8*o do ,ainel Cultural 3arabeniza anteci3adamente MamUetu Mabe1i 3ela dedica8*o de anos de reli#iosidade< como tamb)m< 3arabeniza tata N#uzu-a-Nzambi que< ao lado de sua es3osa< vem mantendo a autJntica tradi8*o "on#o-An#ola< le#ada 3or aqueles que se 9oram Rue Lemba e Nsumbo nos dJem 9or8a[ V / Terreiro Bate $ola continua o1e sob a dire8*o de Mam0etu Mabe1i V m H< o Bate $ola lan8ou um cd< camado Canti#as de An#ola< 3roduzido 3ela $unda8*o 'niversidade de Braslia e 3ela Secretaria s3ecial de ,olticas de ,romo8*o da I#ualdade !acial >S,,I!?< com o a3oio do Museu da !e3Xblica e da $unda8*o Cultural ,almares< do Minist)rio da Cultura .aerdotes do Terreiro Bate-Folha no Rio de Janeiro
V V
Tat0etu Lesen#e >&o*o Correia de Mello? MamUetu Mabe1i - at) a 3resente data Terreiro Tumbensi
Rai0 do Tumbensi ou 1tumbensi ) uma casa de An#ola considerada como
a mais anti#a da Baia< 9undada 3or !oberto Barros !eis< >Tata "imbanda "inun#a sua di1na? 3or volta de :P< era um escravo an#olano< de
3ro3riedade da 9amlia Barros !eis< que le em3restou o nome 3elo qual era conecido A3(s seu 9alecimento a Inzo >casa? 3assou a ser comandada 3or Maria .enoveva do Bon4m< mais conecida como Maria Nenem Mam0etu >Tuenda 'nambi sua di1na?< era #aXca< 4la de "avun#o e 9oi considerada a mais im3ortante sacerdotisa do candombl) de An#ola< a m*e do an#ola na Baia la assumiu este car#o 3or volta dos anos :;;< 9alecendo em :; Iniciados em :@ de 1uno de :;:< Manoel !odri#ues do Nascimento >"ambambe sua di1ina? e Manoel Ciriaco de &esus >Lud7amun#on#o sua di1ina? tiveran Sin% Bad% de /al% como m*e 3equena e Tio &oaquim como 3ai 3equeno m :;:; 9undaram o Terreiro Tumba &un8ara Maria Nenem acoleu
$rancelina van#elista dos Santos >Mametu Dialumbid – Dona MiXda? 3ara ser iniciada em sua Inzo >casa? $ila de Ndanda Lunda< a3(s receber seu car#o 9undou o Terreiro Giva Deus situado na estrada das Barreiras<:H@@< Salvador< Baia Tamb)m recoleu Leoc%dia Maria dos Santos >Mametu '1ittX? 4la de "in#on#o< que 9undou o Terreiro Giva Deus $ilo< na $azenda .rande< que de3ois mudou 3ara n#omadeira< o1e quem zela 3ela Inz6 Giva Deus $ilo ) M*e Toina >Mametu "iima? / Tumbensi deu ori#em a inXmeras casas< entre elas o 'nz( Matamba Tombenci Neto< em Il)us< Baia e o /mbala Tumbansi Tua Nzambi N#ana "avun#u< diri#ido e or#anizado 3elo 'n#ombo "atuvan1esi \almir Damasceno em Ita3ecerica da Serra< re#i*o metro3olitana de S*o ,aulo. João0inho da 2omeia
&o*o Alves de Torres $ilo ou &o*ozino da .om)ia >Inambu3e< HF de mar8o de :;: - S*o ,aulo< :; de mar8o de :;F:? 9oi um sacerdote do Candombl) de an#ola 3ist4ria
istem muitas ist(rias sobre &o*ozino da .om)iaQDe 9amlia cat(lica< ce#ou a ser coroina< mas 3or motivo de saXde< ainda menino &o*o Alves Torres $ilo 9oi iniciado 3ara o mundo do candombl) na 9eitura de santo 3elo ,ai Severiano Manuel Com a morte de seu ,ai-de Santo< Qre9ezQ o santo no terreiro do .antois com M*e Meninina< mudando da na8*o an#ola 3ara ketu m :;H aos : anos< o #aroto 1% avia dado mostras de sua 3ersonalidade 9orte Contra a vontade dos 3ais< deiou a casa da 9amlia 3ara tentar a sorte na ca3ital Salvador Teve que se virar 3ara sobreviver e 9oi trabalar num armaz)m de secos e molados< onde coneceu e 9oi a3adrinado 3or uma senora que morava na Liberdade< e que ele considerava sua madrina $oi essa senora quem teve a id)ia de lev%-lo ao terreiro de Severiano Manoel de Abreu< conecido como &ubiab% >nome do seu caboclo? &o*ozino so9ria de 9ortes dores de cabe8a< que n*o eram e3licadas< nem curadas 3elos m)dicos Tamb)m tina sonos com Qum omem ceio de 3enasQ< que n*o o deiava dormir
,ara os ade3tos do Candombl)< ) 9acil inter3retar esse Qomem de 3enasQ como ,edra ,reta< seu caboclo Bastou que ele 9osse 9eito< no dia H: de dezembro de :;@:< 3ara que as dores 9ossem embora las seriam somente um aviso dos Minkisi< que cobravam a inicia8*o do menino )ol5mias
Sem3re eistiu 3olJmica< em se tratando de &o*ozino da .om)ia< 3ara al#uns estudiosos< o &ubiab% que o ]iniciou^ n*o ) o mesmo da obra de &or#e Amado_ 3ara outros< &o*o sequer 9oi ]9eito` >iniciado? ,or)m< % 4los de &o*ozino que contam detales de sua 9eitura< como a I7alori% Maria &os) dos Santos< de ;H anos< que declarou ao Correio da Baia= Qu duvido que< se ele 9osse vivo< al#u)m tivesse cora#em de questionar isso na 9rente deleQ m dire8*o totalmente o3osta vai a 3esquisadora norte-americano !ut Landes em seu livro A Cidade das Muleres= Q5% um sim3%tico e 1ovem 3ai Con#o< camado &o*o< que quase nada sabe e que nin#u)m leva a s)rio< nem mesmo as suas 4las-de-santo >?_ mas ) um ecelente dan8arino e tem certo encanto Todos sabem que ) omosseual< 3ois es3ica os cabelos com3ridos e duros e isso ) blas9emo – Rual[ Como se 3ode deiar que um 9erro quente toque a cabe8a onde abita um santo[ Q /utra 3olJmica levantada 3or Landes ) que &o*o ]recebia^ um caboclo /s caboclos n*o s*o /ri%s< mas es3ritos encantados< ori#in%rios das reli#iYes ind#enas< sem rela8*o com a 9rica sses candombl)s de caboclo eram alvo do des3rezo do 3ovo-de-keto< zelosos de sua ]3ureza^ a9ricana 3orque< nessa )3oca< avia um em3eno 3or 3arte de inuentes intelectuais comandados 3or Artur !amos e dison Carneiro em 4rmar a ideia de que avia nos terreiros keto uma ]3ureza^ com rela8*o Os razes a9ricanas / certo ) que &o*o 9oi um omem n*o s( adiante de seu tem3o como tamb)m dono de um 3ro1eto 3articular de ascens*o social e reli#iosa< buscando a di9eren8a como dado de divul#a8*o de si mesmo e sua Qro8aQ= ne#ro que alisava os cabelos 3or vaidade< sem se 3reocu3ar com a 3olJmica de 3oder ou n*o colocar 9erro quente na cabe8a de um iniciado_ omem que n*o se enver#onava de ser omosseual na omo9(bica Baia do incio do s)culo ++_ 3ai-de-santo que a9rontava os 3rinc3ios de que omens n*o 3odiam ]receber^ o /ri% em 3Xblico< tornando-se 9amoso 3ela sua dan8a_ incor3orava ao Candombl) a entidade ind#ena do Caboclo ,edra ,reta_ ade3to de An#ola< numa cidade dominada 3ela cultura 1e1e-na#6_ babalori% 1ovem< numa cultura dominada 3or I7alori%s mais velas o que< se#undo seus 4los-de-santo< ativou o des3eito das m*es-de-santo tradicionais da Baia Tamb)m sua ascens*o 3recoce era mal-vista no mundo do candombl)< onde a idade avan8ada ) considerada um atributo im3ortante 3ara a escola dos sacerdotes – e a 3r(3ria Meninina do .antois so9reu resistJncias 3or causa disso< quando assumiu a ce4a do seu terreiro aos HK anos de idade Lendas O 3arte< o caso ) que as ialori%s mais tradicionais n*o sabiam como encarar as novidades trazidas 3or &o*ozino Tamb)m n*o ) verdade a a4rma8*o de Landes de que &o*ozino n*o era res3eitado 3elos seus
Q4losQ< a quem na verdade tratava com m*o de 9erro= era muito autorit%rio e en)r#ico Seu 3rimeiro terreiro 9oi num bairro camado Ladeira de ,edra< mas lo#o 9oi 3ara o local que o tornou 9amoso< a 3onto de incor3orar o endere8o ao 3r(3rio nome= !ua da .om)ia L%< tocava indi9erentemente an#ola e keto< o que contribua – e muito – 3ara aumentar o escndalo em torno de seu nome Dentre seus 4los iniciados na Baia< 3oucos se tornarem sacerdotes< entre eles M*e Mirina erdeira do a) e 9undadora do Terreiro S*o &or#e $ilo da .omeia e o Babalori% &os) $erreira do Nascimento > ,ai ) Baiano?< 9undador da Irmandade Senor /#um em $ormosa no estado de .oi%s< tamb)m no ano de :;F:< recentemente descoberto 3elo cientista social e $atumbi do /36 A9on1% 1rre6er5nia
m :;P< des3ediu-se de Salvador com uma 9esta no Teatro &andaia< a3resentando ao 3Xblico 3a#ante dan8as t3icas do Candombl)< escndalo 4nal 3ara ade3tos baianos< e mudou-se 3ara o !io de &aneiro< onde abriu casa na !ua .eneral !ondon< nE @K< em Duque de Caias< Baiada $luminense Nesse endere8o a lenda em torno de &o*ozino da .om)ia s( 9ez aumentar< atendia 3olticos< embaiadores< consules< o 3r(3rio .etXlio Gar#as e a so#ra de &uscelino "ubitscek< al)m de artistas como n#ela Maria< na )3oca a ]!aina do !%dio^_ tudo isso 9ez com que 3assasse a 9requentar a im3rensa / 3r(3rio &o*o nunca revelou os nomes de seus 4los ou clientes_ seus 4los-de-santo que es3alaram essas notcias< or#ulosos do status da casa de seu 3ai Costas quentes ou n*o< o caso ) que &o*ozino nunca teve seu terreiro invadido 3ela 3olcia< nem 1amais 9oi 3reso< ao contr%rio de M*e Meninina< que tem re#istradas duas 3assa#ens 3ela 3olcia< acusada de ]tocar candombl)^ Diz a lenda que &o*ozino at) mesmo ce#ou a 9azer des3aco 3ara u em 3lena ,ra8a +G / caso ) que tornou-se o 3rimeiro 3ai-de-santo realmente conecido no Brasil Sabia do 3oder da im3rensa e manteve rela8Yes com 3ublica8Yes im3ortantes como a revista / Cruzeiro< deiando-se 9oto#ra9ar com os tra1es dos /ri%s m :;K< &o*o 3artici3ou do carnaval vestido de muler / assunto rendeu uma 3olJmica terrvel com outros babalori%s e ce9es de terreiros da 'mbanda &o*o de9endeu-se atrav)s d`/ Cruzeiro< reivindicando seu direito ao livre-arbtrio e declarando que 1amais 3ermitiria que qualquer outro 3ai ou m*e-de-santo se intrometesse em sua vida ,artici3ou de sos no Cassino da 'rca< a3resentando as dan8as dos /ri%s< sem3re unanimemente considerado um bailarino de raras qualidades Ce#ou a 3artici3ar do 4lme QCo3acabana moun amourQ< de !o#)rio S#anzerla< no 3a3el de um 3ai-de-santo que 9az um eb( na atriz 5elena I#nez
Teve numerosos 4los-de-santo= ce#ou a 9azer um barco com :; ia6s< 9a8ana lembrada 3or todos< dada sua etrema di4culdade de realiza8*o A3esar das bri#as com as alas mais conservadoras da reli#i*o< eis 3orque &o*ozino da .om)ia ) considerado um dos maiores divul#adores da reli#i*o dos /ri%s no Brasil m :;KK< outro momento re3leto de contradi8Yes= &o*o voltou O Baia e deu ]obri#a8*o^ com M*e Meninina do .antois Se#undo a I7alori% M*e TolokJ de Lo#uned)< Q9oi 9azer a obri#a8*o dele_ tirar a m*o de Gumbi e 9azer bodas de 3rata >? De3ois< ele 9ez a 9esta no !io de &aneiro< 3ara os 4los que n*o 3uderam ir O BaiaQ Ainda se#undo seus 4los< &o*ozino da .om)ia n*o a3enas 9ez sua obri#a8*o com M*e Meninina como 9oi o 3rimeiro omem que ela 3ermitiu que vestisse o /ri% e dan8asse em 3Xblico ]virado^ no santo ,ara entender a im3ortncia desse ato >mesmo que a3enas mais um as3ecto da lenda? ) 3reciso ler em !ut Landes as restri8Yes que M*e Meninina 9azia quanto O a3resenta8*o 3Xblica de omens em transe ,or)m< ) 9ato que< embora o 3r(3rio &o*ozino at) o 4m da vida continuasse tocando tanto an#ola quanto keto< a 3artir desse momento 3assou a insistir com seus 4los-de-santo 3ara que se#uissem uma orienta8*o Xnica< o3tando entre keto e an#ola &o*ozino da .om)ia morreu em S*o ,aulo< dia :; de mar8o de :;F:< no 5os3ital das Clnicas >Gila Clementino?< durante uma cirur#ia 3ara retirada de um tumor cerebral< e a3(s uma 3arada cardaca $oi se3ultado em um cemit)rio de Duque de Caias< na Baiada $luminense< num dia em que uma cuva de 3ro3or8Yes mticas caiu sobre o !io de &aneiro< eatamente na ora em que seu ataXde baiava O se3ultura ,ara os ade3tos< uma mani9esta8*o de Ians* recebendo seu 4lo< que culminou com muita #ente ]virando no santo^ em 3leno cemit)rio< a 3assa#em 9oi relatada na revista / Cruzeiro A .om)ia do !io st% atualmente< >H:? 3assando 3or um 3rocesso de tombamento e 3osterior reconstru8*o /s assentamentos de &o*ozino da .om)ia 9oram trans9eridos 3ara uma nova .om)ia< em $ranco da !oca< S*o ,aulo< onde os ib%s de seu /ossi e de sua Ians* est*o sendo devidamente cuidados e ]alimentados^< e 3odem ser visitados 3elos ade3tos que 9azem 3arte da 9amlia de santo Claudio Tata "a9un#elekeniz* 4lo da saudosa Mameto Dona Lurdes conecida como a 3ortu#uesa< 4la de Tata "ilondira< morava no !& na ,ena Circular en9rente a !adio &ornal do Brasil $undador da .om)ia no sul e 'ru#ua7 ,ai Claudio tem seu Inzo a @@ anos e ) 4el a .om)ia leg$rio de xum
/le#%rio de /um 9oi um sacerdote a9ro-brasileiro do candombl) A raiz dele teve incio com M*e ,ulc)ria >Wa W#ue? 3or sua vez 9oi iniciada 3or a9ricanos ,or sua vez< ,ulc)ria Maria da Concei8*o Nazar) ou M*e ,ulc)ria< >:P-:;:P?< 9oi a se#unda I7%lori% 3or sucess*o do Terreiro do .antois la iniciou al#umas 4las de santo
"ilondir%>&oaozino da .om)ia?
Mi#uel Arcan1o de Souza > - :;:? Massan#an#a de IndX Du( ou Massa#an#a de Cariol) do Santo amura( ra um Tat`etu ria mukii ou Tata Nkisi >babalori%? do candombl) bantu na8*o An#ola Musukon#o >ou Muikon#o? Dizem que morreu com P: anos de idade Mi#uel Arcan1o ) considerado o 3rimeiro morador do bairro do Beiru em Salvador: m :;: com3rou uma 3arte das terras da $azenda Beiru que 3ertenceu O 9amlia de 5)lio Silva .arcia stabeleceu um terreiro de candombl) na casa-#rande da 9azenda Anos de3ois recebeu obri#a8Yes 3elas m*os do Tata Deuand%< Mi#uel Arcan1o ,aiva que era mais conecido como QMi#uel de Tem3oQ ou QMi#uel .rossoQ 3or sua vez 4lo de santo de /le#%rio de /um< que o iniciou no Terreiro da .om)ia cedido 3elo babalori% &o*ozino da .om)ia +ametu 8iamin9:$
Marisol de M . da Silva ou Mam`etu Diamin67%< nascida em PZZ:;KK em S*o ,aulo< a Mameto-de-inquice 9oi iniciada no Candombl) Bantu< no mJs de A#osto de :;F< recebendo a Di1na de Diamin67% Seus 3ais com3letamente lei#os no assunto< e com a menina >sua Xnica 4la? internada no os3ital< de3ois de um desmaio< o qual ela n*o acordou< recorreram a tudo< at) ce#arem em um Casa s3iritual< na Gila BrasilndiaZS, /s diri#entes 1% 9alecidos< Seu ) e Dona Ana >Don`Ana?< como eram camados< 4zeram um trabalo es3ecial< com a querida lina das Almas= os ,retos Gelos $oi quando o Seu ) incor3orou o ,ai Tom%s de Aruanda e D Ana o ,ai &oaquim D`An#ola< e orientaram os 3ais de Diamin67%< o Sr .abriel .omes da Silva e a Sra Adair de Mello >ambos 9alecidos?< a lev%-la a uma casa de Candombl)< 3ois o desmaio que ocorrera era um camado es3iritual< ela teria que nascer 3ara o Santo assim 9oi 9eito Mas em 9un8*o da 3ouca idade< ela se a9astou do Candombl)< at) 3elo 9ato de n*o ter convivido na comunidade e n*o entender tantas obri#a8Yes< e continuou cultuando a3enas suas entidades< retomando O comunidade em :;P;< quando abriu seu modesto Barrac*o com a a1uda de seus 4los de Santo< no bairro da SaXde de S*o ,aulo e 9oi colocando em ordem suas /bri#a8Yes s3irituais< na casa de sua m*e de Santo< a amada e inesquecvel Nen#a Namboazazi > Terezina de &esus .uttierrez de Souza ? do Inquice Nzazi< que veio a desencarnar em dezembro de :;;;< 4la do Tat`etu Wabomim< na vida civil WelJ ,ires $ernandez< neta do Tat`etu Deuand%< na vida civil< Mi#uel Arcan1o ,aiva >Mi#uel .rosso? e bisneta de /le#%rio de /um $oram muitas 3erdas carnais que Diamin67% so9reu< come8ando 3ela M*e de Santo No ano se#uinte em &uno de H< 9oi embora seu ,ai carnal_ em &ulo de H:< como com3aneiros que eram O anos< 9oi ao encontro de sua m*e carnal< e em Mar8o de HH< 9oi ao encontro de sua M*e de Santo< o irm*o mais novo de M*e Namboazazi< ,ai $ame#i< que era Tata de inquice de al#umas 3essoas dividindo a tare9a com M*e Namboazazi e o4cialmente Tat`etu Nden#ue >,ai ,equeno? dentro da Casa de Santo< e
tamb)m o erdeiro< o qual avia assumido de3ois do desencarne dela Com o 9alecimento dele< a casa que 1% eistia % mais de anos< 9ecou / Candombl) n*o ) 9eito s( 3or uma 3essoa< ele s( eiste< no encanto< na ma#ia e na 9elicidade< em #ru3o< e dentro deste #ru3o cada qual eerce um car#o< o qual camamos ierarquia no res3eito as leis naturais< Diamin67%< 9oi em busca de al#u)m que 3udesse orient%-la ,ois dentro de sua ierarquia seus ,ais 1% n*o eistiam mais< materialmente 9alando $oram H anos de 3rocura< conversou com 3essoas maravilosas do Candombl) de "eto< de &e1e< mas Diamin67% n*o queria deiar as razes< ]/ Candombl) de An#ola^ Diamin67%< teve a1uda de al#uns irm*os de Santo< que le 4zeram eb(s< 3ara que continuasse a 1ornada 1% no deses3ero e como se suas 9or8as estivessem se esvaindo< a #ota d`%#ua aconteceu< que 9oi o 9alecimento do ,ai $ame#i< como descrito acima No mJs de &ulo 9oi 9eita a cerim6nia< que 9azemos quando 9alece al#u)m< o Mukondo_ e no 3enXltimo dia de ritual< Diamin67% coneceu M*e Dan#o de 5on#olo< de5ortolndia< S*o ,aulo< a qual o1e< ) sua orientadora es3iritual