UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - UCAM
José Silveira Dutra
São Paulo - 2015
José Silveira Dutra
Relatório de apresentação da atividade 4.2 da disciplina sobre Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, do Curso de Pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, da Universidade Candido Mendes – UCAM
Tutor: Vagner Lisoski Duarte
São Paulo - 2015
RESUMO
Este trabalho terá por finalidade discorrer sobre os acidentes de trabalhadores no exercício da função com máquinas e implementos agrícolas e florestais. Este setor produtivo e econômico é bastante significativo para o país e por este motivo merece uma avaliação dos acidentes e a comparação com outros segmentos produtivos.
Palavras-chave: Acidente do trabalho, máquinas agrícolas, equipamentos de proteção.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5 2 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................................... 5
2.1 VANTAGENS OU DESVANTAGENS ........................................................................................ 5 2.2 EQUIPAMENTOS DO SEGMENTO AGRICOLA ...................................................................... 6 2.3 NORMAS E LEGISLAÇÕES ....................................................................................................... 7 2.4 SEGURANÇA APLICADA NAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ....................................... 8 3 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES .......................................................................................... 8 REFERENCIAS ..................................................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO A coexistência de máquinas e o homem em um ambiente equilibrado de trabalho é o ideal o tempo todo. Nesta composição a segurança do trabalho busca a proteção da integridade física e mental do trabalhador no desempenho de suas funções nas variadas atividades econômicas. A eliminação ou a redução dos riscos refletem na diminuição dos índices de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, obrigando as organizações a investirem na saúde do trabalhador.
2 DESENVOLVIMENTO Para se manter o status econômico da agricultura em nosso país ocorre em paralelo o aumenta dos riscos ocupacionais diante da exposição do trabalhador aos agrotóxicos, intempéries climáticas, desgaste físico, poeira, ruído e acidentes dos mais variados envolvendo máquinas e equipamentos. Os dados oficiais sobre esse tema são escassos e os dados divulgados refletem registros dos três e quatro anos anteriores, nunca refletindo o quadro mais atualizado. Como resultado da pesquisa foi possível chegar aos relatos colecionados pelo Laboratório de Investigações de Acidentes com Máquinas e Equipamentos Agrícolas da Universidade Federal do Ceará – LIMA, onde constam registros de ocorrências em várias localidades do nosso país, normalmente com desfechos graves por tombamento da máquina, amputação de membros ou envenenamento por produtos tóxicos. Considerando a imensidão territorial do Brasil, estes casos não tem uma publicidade muito grande, porque ocorrem fora da mídia dos grandes centros, onde a impressa.
2.1 VANTAGENS OU DESVANTAGENS Ao se avaliar estes aspectos, pode-se identificar uma preocupação no desenvolvimento tecnológico das máquinas e equipamentos com vistas ao aumento da produtividade e por tabela a segurança e o conforto do trabalhador.
Pois, qualquer interrupção ou lentidão não planejada do processo causam prejuízos financeiros que refletirão sobre o desempenho para atingir as metas. Em comparação com outros setores produtivos e laborais, o setor do agronegócio tem particularidades que dependem da seu planejamento e investimentos e da infraestrutura de escoamento para os grandes centros e para a exportação Enquanto os demais setores são mais concentrados e estão mais ligados ao consumo interno e apresentam uma visibilidade maior em todas as situações, ou seja, resultados positivos ou negativos, como por exemplo acidentes. Às questões abordas anteriormente, pode-se vincular as ocorrências de acidentes aos seguintes motivos:
Falta de treinamento e habilitação dos operadores e gestores agrícolas;
Relevo do terreno irregular ou desconhecido do operador;
Operadores desqualificados para operação das mesmas;
Crianças e familiares operando equipamentos; e
Inexistência de fiscalização.
Nos outros segmentos de trabalho algumas destas práticas não ocorrem.
2.2 EQUIPAMENTOS DO SEGMENTO AGRICOLA Em atendimento ao propósito de trabalho seguem lista dos equipamentos mais conhecidos nos setores agrícola e florestal:
Adubadora automotriz : máquina destinada à aplicação de fertilizante sólido granulado e desenvolvida para o setor canavieiro.
Adubadora tracionada : implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a operação de aplicar fertilizantes sólidos granulados ou em pó.
Colhedora de café : equipamento agrícola automotriz que efetua a “derriça” e a colheita de café.
Colhedora de cana-de-açúcar : equipamento que permite a colheita de cana de modo uniforme, por possuir sistema de corte de base capaz de cortar a cana-de-açúcar acompanhando o perfil do solo.
Colhedora de algodão : a colhedora de algodão possui um sistema de fusos giratórios que retiram a fibra do algodão sem prejudicar a parte vegetativa da planta, ou seja,
caules e folhas. Colhedora de forragem ou forrageira autopropelida : equipamento agrícola automotriz apropriado para colheita e forragem de milho, sorgo, girassol e outros.
Colhedora de grãos : máquina destinada à colheita de grãos, como trigo, soja, milho, arroz, feijão, etc.
Colhedora de laranja : máquina agrícola autopropelida que efetua a colheita da laranja e outros cítricos similares.
Escavadeira hidráulica em aplicação florestal : escavadeira projetada para executar trabalhos de construção, que pode ser utilizada em aplicação florestal por meio da instalação de dispositivos especiais que permitam o corte, desgalhamento, processamento ou carregamento de toras.
Forrageira tracionada : implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a operação de colheita ou recolhimento e trituração da planta forrageira, sendo o material triturado, como forragem, depositado em contentores ou veículos separados de transbordo.
Harvester: trator florestal cortador de troncos para abate de árvores, utilizando cabeçote processador que corta troncos um por vez, e que tem capacidade de processar a limpeza dos galhos e corte subseqüente em toras de tamanho padronizado.
Motocultivador - trator de Rabiças, “mula mecânica” ou microtrator : equipamento motorizado de duas rodas utilizado para tracionar implementos diversos, desde preparo de solo até colheita.
Trator acavalado : trator agrícola em que, devido às dimensões reduzidas, a plataforma de operação consiste apenas de um piso pequeno nas laterais para o apoio dos pés e operação.
Trator agrícola: máquina autopropelida de médio a grande porte, destinada a puxar ou arrastar implementos agrícolas.
2.3 NORMAS E LEGISLAÇÕES Como em todo setor organizado há necessidade de normas e legislação para orientar todas as fases do processo para poder ser projetar, implantar, executar, controlar e avaliar. Portanto, seguem algumas normas e legislações que são aplicadas ao setor:
Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT: NBR – ISO 4252 – Tratores agrícolas (Ago/ 2011). NBR - ISO 4254-1 – Tratores e máquinas agrícolas e florestais – Recursos técnicos de segurança. Parte 1: Geral (Dez 1999); Parte 3: Tratores (Ago/2011).
Normas Regulamentadoras 12 e 31; Convenção 184 e Recomendação 192 – da OIT.
2.4 SEGURANÇA APLICADA NAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Os devem ser fabricados, importados e negociados com os seguintes aspectos de segurança:
Proteção com estrutura contra capotamento;
Protetores removíveis;
Dispositivos de parada de emergência;
Estrutura de proteção e cinto de segurança;
Proteção das partes móveis;
Proteção das aberturas para alimentação de máquinas; e,
Roçadeiras com proteção contra arremesso de materiais.
3 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES Considerando que os acidentes do trabalho são sempre uma derrota para qualquer empresa, setor e até mesmo para o país, observa-se as causas quase sempre poderiam ser evitadas e com isto o resultado seria outro. Sendo assim, seguem alguns itens para aumentar a segurança do trabalhador:
Somente utilizar máquinas e equipamentos móveis motorizados que tenham estrutura de proteção ao capotamento;
O trator é uma máquina que trabalha com intuito de gerar força e potência, portanto, não se deve imprimir velocidades excessivas, a fim de evitar a perda do controle, utilizar velocidades que permitam manobra e deslocamento seguro:
Uso do cinto de segurança;
Não se deve transportar pessoas além do operador no trator, trata-se de uma prática de alto risco que pode gerar sérios danos a pessoa, pois as proteções oferecidas pelo trator se limitam a proteger o operador.
Todos as máquinas agrícolas que possuam engrenagens e possam enroscar em qualquer parte do corpo, incluindo cabelo ou roupa, devem ser totalmente protegidos.
Antes da realização de qualquer inspeção ou a manutenção da máquina deverá baixar as laminas até o solo, desligar o motor remover a chave do contato e permitir o arrefecimento da máquina.
Não sobrecarregue o trator ou opere com implementos fora das condições de segurança, ou sem manutenção adequada.
Antes da realização de manutenção a máquina deverá estar apoiada e calçada de forma segura.
Ao realizar a separação do pneu ou aro da roda, tomar o máximo de precaução pois a separação pode ocorrer de forma explosiva causando ferimentos sérios inclusive com a morte do atingido;
Mantenha sempre os decalques de segurança limpos, legíveis e troque-os quando se danificarem.
REFERENCIAS Associação Brasileira De Normas Técnicas – ABNT. NBR - ISO 4252 – Tratores agrícolas – Local de trabalho do operador, acesso e saída – Dimensões (Ago/ 2011). Associação Brasileira De Normas Técnicas – ABNT. NBR - ISO 4254-1 – Tratores e máquinas agrícolas e florestais – Recursos técnicos para garantir a segurança. Parte 1: Geral (Dez 1999); Parte 3: Tratores (Ago/2011). Câmara Dos Deputados (Poder Executivo) - mensagem n.º 639, de 2010 Mecanização Agrícola da Universidade http://twitter.com/AcidentesTrator.
Federal
do
Ceará-UFC/LIMA-
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho - nºs. 12 e 31.