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O conceito de sistema social
TALCOTT PARSONS Este artigo trata do problema das relações entre a psicologia e a sociologia, enquanto disciplinas tericas! Entretanto, " bom que #ique claro desde o in$cio que o nosso ponto de %ista " muito especi#ico! O autor " um socilogo cu&a preocupaç'o principal n'o " responder ( quest'o de quais t)m sido as contribuições da psicologia para a sociologia, mas que procura estabelecer um quadro de re#er)ncia em #unç'o do qual se possa estudar, do ponto de %ista sociolgico, o estabelecimento de relações pro#$cuas entre as duas disciplinas! O problema centr central, al, portan portanto, to, " determ determina inarr as con condiç dições ões ideais ideais de a&usta a&ustame mento nto entre entre dois dois esque esquema mass tericos de tal maneira que possa ser t'o *til quanto poss$%el para ambos! A perspecti%a sociolg sociolgica, ica, pela qual essas essas questões questões s'o discutida discutidas, s, acarreta acarretar+ r+ ine%ita%e ine%ita%elmen lmente te algumas algumas cr$ticas das tend)ncias da psicologia no passado, assim como de algumas das suas tend)ncias atuais! Algumas posições da sociologia tamb"m ser'o criticadas, ainda que em grau menor! Ali+s, caso se tratasse de um psiclogo escre%endo sobre sociologia poderseia esperar o contr+rio! O leitor, portanto, de%e ter claro para si que a #inalidade deste artigo n'o " a de uma a%aliaç'o da teoria psicolgica em geral, mas de uma a%aliç'o de di#erentes tend)ncias em %ista de um propsito espec$#ico! A import-ncia desta #unç'o particular da psicologia em relaç'o (s outras " um problema no qual n'o nos poderemos deter aqui! .alar em /psicologia/ e em /sociologia/ en%ol%e certo grau de abstraç'o! Ambas s'o disciplinas em r+pido desen%ol%imento nas quais podemos encontrar di%ersas tend)ncias de pensamento! pensamento! Nen0um autor pode #alar por todo o seu setor pro#issional! 1as o elemento /pessoal/ pode in#luir de di#erentes maneiras, entre as quais eu gostaria de distinguir duas! Num artigo como este, e poss$%el tentar uma discuss'o cr$tica das principais principais tend)ncias atuais da teoria sociolgica para, em seguida, determinar o papel da psicologia com relaç'o a cada uma delas! Por outro lado, tamb"m " poss$%el partir de uma posiç'o especi#ica, n'o importa qual se&a, mas que, em contraposiç'o ( psicologia, ser+ claramente sociolgica, discutindo todo o problema a partir deste *ltimo ponto de %ista! Neste artigo, adotarei esta segunda possibilidade, possibilidade, n'o s por uma quest'o de espaço, espaço, mas tamb"m tamb"m pela min0a maior maior #amiliaridade com os problemas de um tipo particular de teoria sociolgica, no qual %en0o trabal0ando pessoalmente! pessoalmente! Cabe lembrar ao leitor, portanto, que um socilogo cu&as posições se&am di#erentes das min0as poder+ %er de outra maneira o problema de suas relações com a psicologia! Assim sendo, o titula deste artigo n'o o de#ine claramente e sua #orma completa de%eria ser2 /Alguns problemas sobre as relações entre a psicologia e a sociologia do ponto de %ista de um tipo particular de de teoria sociolgica/! A sociologia " uma ci)ncia que se relaciona claramente com a obser%aç'o e a an+lise do comportamento social 0umano, isto ", a interaç'o da pluralidade de seres 0umanos, com as #ormas assumidas por suas relações e a %ariedade das condições e determinantes destas #orm #ormas as,, assi assim m como como com com as muda mudanç nças as nela nelass ocor ocorri rida das! s! A psic psicol olog ogia ia rela relaci cion onas asee tradicionalmente com o comportamento do /indi%iduo/, ainda que uma grande parte do comportamento indi%idual se %eri#ique em relaç'o com outros indi%$duos! Naturalmente, algumas %e3es ocorre uma intersecç'o ainda maior, como acontece quando um /psiclogo social/ se ocupa com o comportamento das massas, com a #ormaç'o da opini'o p*blica etc! A distinç'o que aqui caberia #a3er, se realmente pode ser #eita, n'o de%e ser colocada em termos
/Ps4c0olog4 and Sociolog4/, por Talcott Talcott Parsons, in For a Science of Social Man, organi3ado por 5o0n 6illin, T0e 1acmillan Compan4, No%a 7or8, 7or8, 9:;<, p+gs! =>>
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de um estudo de #en@menos concretos di#erentes, mas da di#erença de abstraç'o b+sica ou da anise em n$%el di%erso dos dados relacionados com estes #en@menos 9! Segundo o nosso ponto de %ista, a teoria sociolgica de%e #ocali3ar certos aspectos da estrutura e dos processos que se %eri#icam nos sistemas sociais! Por sistema social, entendo o sistema constitu$do pela interaç'o direta ou indireta de seres 0umanos entre si! Por outro lado, a psico psicolog logia ia eu a relac relacion iono, o, em prime primeiro iro lugar lugar,, com com certos certos proce processo ssoss eleme elementa ntares res do comportamento, coma aprendi3ado e con0ecimento, os quais, por mais que possam ser concretamente en%ol%idos na interaç'o social, podem ser isolados do seu processo para um estudo especial! Em segundo lugar, a psicologia pode ser relacionada com a organi3aç'o dos componentes do comportamento que constituem a personalidade do indi%$duo2 o sistema de comportamento comportamento de um organismo %i%o particular e espec$#ico ! Esta Esta manei maneira ra de de#ini de#inirr as relaç relações ões das duas duas discip disciplin linas as teric tericas as possui possui certas certas implicações que de%em ser tornadas eBpl$citas! Sua re#er)ncia comum e o comportamento ! 1as " o comportamento estudado e analisado em termos de um quadro de re#er)ncia comum que que algu alguns ns soci socil log ogos os inti intitu tula lam m de pers perspe pect cti% i%aa da /aç' /aç'o/ o/!! Ela Ela estu estuda da e cate catego gori ri3a 3a o comportamento do organismo, sem #ocali3ar a sua estrutura e processos internos! Neste sentido, comportamento ou aç'o " um modo de relaç'o entre um /ator/, isto ", um organismo ou uma coleti%idade socialmente organi3ada, organi3ada, e uma situaç'o que pode ser concebida como um sistema de ob&etos dos quais os mais importantes s'o /ob&etos sociais/, isto ", outros atores! Portanto, a perspecti%a da aç'o nos condu3 diretamente para a concepç'o de interaç'o social! S'o as relaçõ relações es entre entre a organi organi3aç 3aç'o 'o dos compo componen nentes tes da aç'o aç'oint intera eraç'o ç'o em torno torno do organismo indi%idual como ator, por um lado, e o sistema constitu$do pela interaç'o de uma pluralidade de indi%$duos, por outro, que constituem o #ulcro dos problemas apresentados neste artigo! O postulado #undamental do qual decorre esta an+lise a que estes sistemas de re#er)ncia s'o independentes independentes e n'o mutuamente /redut$%eis/! Em termos um pouco di#erentes, o senso comum do psiclogo tende a sustentar que, se a aç'o a aceita como um quadro de re#er)ncia, ele se relaciona com a aç'o de indi%$duos Dorganismos e a interaç'o seria uma resultante que de%e ser considerada pela eBtrapolaç'o do nosso con0ecimento da aç'o dos indi%$duos! Por outro lado, o senso comum de alguns socilogos sugere que a interaç'o, como tal, constitui um sistema que est+, acima da aç'o dos indi%$duos sobre a qual tem prioridade! Nossa posiç'o na presente discuss'o e que ambos est'o certos, na medida em que a#irmam a eBist)ncia de dois sistemas importantes, aut)nticos e independentes, mas nen0um dos dois tem priorid prioridade ade sabre sabre o outro, outro, nenhum dos dois fornece as premissas das quais se possa derivar as principais características do outro ou da ação em geral. Poder$amos a#irmar, isto sim, que cada um dos sistemas #ornece algumas premissas para uma teoria geral da aç'o! Parte da di#iculdade 0istrica em reconciliar estas duas posições decorre da tend)ncia de ambos os lados da contro%"rsia de contrapor o indi%$duo ( sociedade, e em identi#icar o conceito de sociedade com o de sistema social! Este " um engano gra%e, na medida em que todo processo de interaç'o entre indi%$duos pode constituir um obsc obscur urec ecee o #ato #ato de que todo sistema social! E%identemente, uma comiss'o, um grupo de trabal0o ou uma #am$lia, n'o Portanto, a#irmar que o estudo da opini'o p*blica " ob&eto da psicologia, mas n'o da sociologia, signi#ica a#irmar que a sociologia n'o pode estudar a interaç'o social, o que por sua %e3 equi%ale ( negaç'o da sua possibilidade de eBist)ncia como disciplina particular! 2 Esta de#iniç'o #oi #ormulada tendo em %ista o problema da locali3aç'o do centro de gra%idade teórico da psicologia, no seio da #am$lia das ci)ncias da aç'o! N'o pretende de maneira alguma descre%er o campo de 1
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constitue constituem, m, no sentido sentido usual, usual, uma sociedade! sociedade! 1as " e%idente tamb"m que para os #ins da teoria sociolgica, constituem sistemas sociais! Hma sociedade n'o " somente um sistema soci social al,, mas mas tamb tamb"m "m uma uma rede rede muit muitoo comp comple leBa Ba de subs subsis iste tema mass inte inter rre rela laci cion onad ados os e interdependentes, cada um dos quais constitui de per si um outro sistema social aut)ntico! I desta perspecti%a que eu pretendo tratar o problema das relações entre personalidade personalidade e sistema < social ! Hma implic implicaç aç'o 'o desta desta perspe perspecti cti%a %a emer emerge ge inedit ineditame amente nte!! Se o proble problema ma " o do indi%$duo em oposiç'o a sociedade, " #+cil imaginar que a /unidade/ da sociedade e o prprio indi%$duo! Por"m, se tomamos em consideraç'o o subsistema, que algumas %e3es e tratado por /grupo/, ent'o o indi%$duo total concreto n'o pode ser a unidade social, polo simples #ato das suas m*ltiplas participaç'o e #iliaç'o! I o papel ou o statuspapel de um indi%$duo que se toma a unidade do grupo, isto ", da estrutura do sistema social! Hma consideraç'o t'o simples e b%ia como esta, se le%ada em conta sistematicamente, modi#ica de maneira #undamental as perspecti%as tradicionais tradicionais do problema problema personalidadesistema personalidadesistema social! Entretanto, outro aspecto do quadro de re#er)ncia geral da aç'o de%e ser bre%emente discutido antes de prosseguirmos! Aç'o, a#irmamos acima, e um modo de relaç'o entre um organismo %i%o e um con&unto de ob&etos num meio ou numa situaç'o dada! Ja$ podemos concluir que do nosso quadro de re#er)ncia decorre que o signi#icado b+sico dos ob&etos en%ol%idos numa aç'o resulta da sua signi#icaç'o para um ator! Significar pode ser %isto como como di%ersos mati3es e aspectos, mas, aqui, nos re#erimos aos n$%eis simblicos de signi#icaç'o! Gsto Gsto pode pode ser ser comp compre reen endi dido do como como uma uma impl implic icaç aç'o 'o de que que os sign signi# i#ic icad ados os n'o n'o s'o s'o /particulari3ados/, por"m organi3ados em sistemas! Portanto, um ob&eto especi#ico en%ol%ido numa situaç'o de aç'o a signi#icati%o, isto ", /possui um sentido/ em #unç'o da posiç'o que ocupa no quadro organi3ado do /sistema de signi#icaç'o/, e n'o simplesmente de acordo com o impacto isolado e imediato que pode pro%ocar! E isto que queremos di3er quando nos re#erimos ao seu signi#icado como /simblico/! Por conseguinte, em %irtude destas relações, os ob&etos podem ser interrelacionados uns com os outros em compleBos de signi#icado, de maneira tal que um ob&eto pode %ir a /substituir/ outros, ou mesmo o compleBo como um todo! Em outros termos, um ob&eto pode simboli3ar outros ob&etos! O elemento distinti%o da estrutura dos sistemas de aç'o " a organi3aç'o rec$proca e padroni3ada dos signi#icados dos ob&etosK e " por isto que a /orientaç'o/ com relaç'o aos ob&e ob&eto toss se torn tornaa dete determ rmin inad adam amen ente te esta estabi bili li3a 3ada da!! I a isto isto que que nos nos re#e re#erim rimos os quan quando do a#irmarmos que a aç'o a organi3ada /culturalmente/, que numa personalidade, enquanto internalizada a e que num sistema social a consi consider derada ada como um sistem sistema, a, 0+ uma uma cultur culturaa internalizad institucionalização corresponde a internali3aç'o na personalidade! Je certa maneira, portanto, a cultura " analiticamente independente da sua /incorporaç'o/ em sistemas de aç'o, em primeiro lugar porque pode ser abstra$da do comportamento comportamento real e considerada apenas como um compleBo de padrõesK em segundo lugar, porque pode ser transmitida de um sistema de aç'o para aç'o para outro2 pelo aprendi3ado, entre personalidade, e por di#us'o, entre sistemas sociais! Portanto, " necess+rio acrescentar o aspecto ou a /dimens'o/ cultural (queles do sistema social e da personalidade a #im de completar o quadro de re#er)ncia para a an+lise do comportamento comportamento interati%o em termos da aç'o! Hma %e3 estabelecidas estas premissas, " poss$%el agora di3er alguma coisa sobre a nature3a da articulaç'o entre as personalidades consideradas como sistemas e os sistemas sociais, que possa constituir um guia para a an+lise das relações tericas entre as duas disciplinas da teoria psicolgica e sociolgica! Os dois sistemas s'o aqui concebidos n'o s
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ualquer sistema social, isto ", sistema de interaç'o de uma pluralidade de indi%$duos, en%ol%e um setor do comportamento de cada um dos atores componentes, e, por conseguinte en%ol%e tamb"m um setor da sua personalidade! personalidade! Com o propsito de conceptuali3ar o sistema social, este setor " concebido como um papel, que no con&unto de situações de#inidas pela sua participaç'o, no grupo ou no sistema interati%o por um per$odo su#icientemente su#icientemente longo de tempo, constitui uma s"rie de comportamentos esperados ou padroni3ados, n'o de um *nico tipo, mas de um padr'o de tipos que %ariam de acordo com o desen%ol%imento da situaç'o interati%a! Nestes tipos padroni3ados de comportamento se incluem tamb"m certas #ases nas quais o indi%$duo n'o est+ e#eti%amente participando das ati%idades deste grupo particular! I o que acontece quando um indi%$duo, por estar em casa, n'o interage com seus compan0eiros de trabal0o, sem que sua participaç'o no grupo de trabal0o deiBe de continuar constituindo um aspecto importante da sua personalidade! A isto, c0amar$amos de #ase de /lat)ncia/ do seu papel pro#issional! pro#issional! Esta participaç'o n'o constitui uma ati%idade desordenada, mas, muito pelo contr+rio, " estruturada e organi3ada! Como parte do sistema de personalidade, ela tem de ser moti%ada no sentido da regulari3aç'o e da estabili3aç'o do padr'o de ati%idade, de tal maneira que n'o se c0oque com outros elementos! Ademais, ela de%e estarse adaptando continuamente ao desen%ol%imento da situaç'o interati%a, e especialmente aos atos dos outros membros do sistema interati%o! Os comportamentos do /ego/ s'o, portanto, interdependentes com as /sançõ /sanções/ es/ do /alter /alter// e " esta esta interd interdepe epend) nd)nci nciaa que entende entendemos mos por processo do sistema interati%o! Ao mesmo tempo, cada um dos outros membros do sistema interati%o ou grupo constitui um ob&eto para o /ego/, assim como ele, neste papel Dou em outros, constitui para si mesmo mesmo!! Cada Cada um possui possui qualida qualidades des das qua quais is o status no grupo " um dos aspectos mais importantes! Neste aspecto, cada ob&eto no grupo possui um signi#icado para o /ego/, constituindo s$mbolo ou um compleBo de s$mbolos! Ja reciprocidade ou complementaridade das orientações decorre ent'o que o sistema interati%o, enquanto sistema, necessita, como condiç'o de estabilidade, uma padroni3aç'o determinada dos signi#icados dos ob&etos e das orientações complementares! complementares! I a esta padroni3aç'o relati%amente est+%el est+%el dos signi#icados que entendemos cultura comum do sistema interati%o! A necessidade e a import-ncia de uma cultura comum para um sistema interati%o n'o implica que ele se&a /est+tico/, que /nada aconteça/ ou que uma mudança de estado se&a impo imposs ss$% $%el el!! Sign Signi#i i#ica ca apen apenas as que que as cara caract cter er$s $stic ticas as de cada cada ato ato e cada cada situ situaç aç'o 'o em organizado do com trans#orma trans#ormaç'o ç'o n'o s'o, determinan determinantes tes do processo processo,, mas que o processo processo " organiza relaç'o a estas caracter$sticas e que, no quadro de re#er)ncia da aç'o, a signi#icaç'o do conceito organi3aç'o organi3aç'o en%ol%e a padroni3aç'o das relações entre o s$mbolo e o seu signi#icado! Ao mesmo tempo, o sistema interati%o, enquanto sistema, n'o pode ser determinado semente por estes padrões signi#icados, pois est+ su&eito a eBig)ncias adaptati%as e integrati%as, isto ", a condições decorrentes da nature3a das situações e das unidadesatores de que se compõe! Ent'o, como resultante de sua padroni3aç'o cultural e das eBig)ncias integrati%as do sistema e, #inalmente, das #orças moti%adoras en%ol%idas, o sistema de interaç'o, em qualquer tempo dado, possui uma estrutura determinada! Ele possui partes as unidadespapel que se ligam entre si por relações relati%amente determinadas e que constituem pontos de re#er)ncia, canais de atuaç'o e #ontes de sanções! Ora, #oi a#irmado acima que o sistema de interaç'o social e o sistema de personalidade s'o s'o interd interdepe epende ndente ntes! s! No mais mais micros microsc= c=pic picoo dos n$%eis n$%eis,, ond ondee as unidad unidades es rele%a rele%ante ntess
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sistemas di#erentes, eles est'o subordinados a compleBos distintos de eBist)ncias adaptati%as e integrati%as, podemos a#irmar que o #oco destas coações resulta da presença da cultura comum! Os padrões dos signi#icadoss$mbolos, ou se!a, os padrões constituti%os da estrutura de um sistema de interaç'o, numa situaç'o est+%el, tamb"m de%em ser constituti%os dos sistemas de personalidade que o interpenetram! A cultura comum n'o de%e meramente a&ustar se /sobre as #ronteiras/ das personalidades constituintes do sistema de interaç'o, mas penetrar dentro destas mesmas personalidades! I a isto que se re#ere o a#orismo de JHRMEG1, /a sociedade eBiste somente na mente dos indi%$duos/! Agora podemos compreender mais claramente a nature3a da independ)ncia do sistema de personalidade com relaç'o aos sistemas sociais! Para cada indi%$duo o organismo %i%o " *nico *nico e indi%i indi%idua duall sob dois dois aspec aspectos tos!! Em primei primeiro ro lugar lugar,, con consti stitui tui a #onte #onte de energi energiaa moti%ado moti%adora ra da sua aç'o aç'o e como tal n'o pode ser repartido repartido com mais ningu"m! Em segundo segundo lugar, seu corpo, enquanto su&eito, constitui um e um s instrumento de aç'o, assim como, enquanto ob&eto, constitui um al%o *nico das relações! Ele possui qualidades e capacidades de atuaç'o sabre as quais eBerce um monoplio natural! Estas caracter$sticas do seu corpo ser%em tanto para identi#ic+lo a outros, como polo seBo, pela idade e intelig)ncia, quanto para distinguilo, e muito! Nesta altura da eBposiç'o, n'o nos de%emos esquecer da locali3aç'o #$sica do corpo de uma pessoa determina condições muito especi#icas para a sua aç'o! Por eBemplo, se ela mora em ?oston, somente poder+ assistir a uma con#er)ncia em No%a 7or8, 7or8, se transportada de um lugar para outro! Nestes dois aspectos #undamentais, cada personalidade " singular, isto ", um sistema independente de qualquer outro, porque cada organismo organismo " um sistema delimitado di#erente! Entr Entret etan anto to,, aind aindaa 0+ uma uma terc tercei eira ra #ont #ontee #und #undam amen enta tall da inde indepe pend nd)n )nci ciaa da personalidade enquanto sistema! Ela deri%a simplesmente das participaçõespapel no sistema soci social al!! Em qual qualqu quer er sist sistem emaa de inte intern rnaç aç'o 'o soci social al dado dado,, " impo imposs ss$% $%el el enco encont ntra rarr dois dois participantes eBatamente no mesmo papel, pois estes sistemas constituem sistemas di#erenciados! Gsto signi#ica que a autode#iniç'o de um membro como um ob&eto, em relaç'o a outros ob&etos, de%e ser di#erenciada daquela dos outros participantes! Suas relações m*tuas somente podem ser id)nticas no caso limite de um sistema per#eitamente sim"trico! Hm segundo aspecto da participaç'o pode ser in#erido do #ato de a sociedade ser constitu$da por uma rede compleBa de subsistemas de interaç'o social, e principalmente porque, num certo sentido, cada indi%$duo dado participa de uma combinaç'o especi#ica classes subsistemas! Assim, enquanto na nossa sociedade tanto o marido quanto a esposa participam da #am$lia ainda que por pap"is di#erenciados, a esposa n'o participa do sistema de interaç'o pro#issional do marido, a n'o ser com um papel muito peri#"rico! Gn%ersamente, cada um dos maridos que participa de um mesmo grupo pro#issional, " membro de sistemas di#erentes na es#era #amilial! #amilial! A estrutura delta participaç participaç'opa 'opapel pel %aria de socieda sociedade de para sociedade, sociedade, mas o #ato b+sico da participaç'o di#erenciada constitui um #undamento da estrutura social com implic implicaç ações ões pro#un pro#undas das para para a teoria teoria da person personali alidad dade! e! .inalm .inalment ente, e, as dua duass #ontes #ontes de di#erenciaç'o de personalidade que citamos acima, relati%amente ( participaç'o em sistemas sociais, s'o compostas por uma terceira, isto ", a ocorr)ncia de uma di#erenciaç'o, segundo a capacidade de participaç'o social de cada indi%$duo, durante a 0istria de %ida! Alguns padrões de sucess'o atra%"s das etapas do ciclo de %ida, s'o altamente estandardi3ados! 1as outros d'o margem a uma ampla %ariaç'o, de tal maneira que os resultados cumulati%os das participaçõespapel participaçõespapel pre%ias agem mais no sentido de di#erenciar os indi%$duos do que de aproBim+los dos tipos estandardi3ados! estandardi3ados!