RESUMO PARA O EXAME NACIONAL
PORTUGUES – 12º ANO
Fernando Pessoa ortónimo Síntese →
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Em Fernando Pessoa, há uma personalidade poética ativa, designada de ortónimo, que conserva o nome do seu criador e uma pequena humanidade, formada por heterónimos, que correspondem a personalidades distintas. No ortónimo, coexistem duas vertentes: a tradicional, na continuidade do lirismo portugus, e a modernista, que se manifesta como processo de rutura. Na primeira, o!serva"se a influncia l#rica de $arrett ou do se!astianismo e do saudosismo, apresentando suavidade r#tmica e musical, em versos geralmente curtos% na segunda, encontramos experimenta&'es modernistas com a procura da intelectuali(a&)o das sensa&'es e dos sentimentos. * poesia, a cu+o con+unto Pessoa queria dar o t#tulo ancioneiro, é marcada pelo conflito entre o pensar e o sentir, ou entre a am!i&)o da felicidade pura e a frustra&)o que a conscincia"de"si implica. Pessoa considera que a arte -é o resultado da cola!ora&)o entre o sentir e o pensar. /a# a sensi!ilidade a fornecer 0 inteligncia as emo&'es para a produ&)o do poema. Para exprimir a arte, o autor criativo precisa de intelectuali(ar o sentimento, o que pode levar a confundir a ela!ora&)o estética com um ato de -fingimento. 1 poeta parte da realidade mas só consegue, com autntica sinceridade, representar com palavras ou outros signos o -fingimento, que n)o é mais do que uma realidade nova. 1 fingimento art#stico n)o impede a sinceridade, apenas implica o tra!alho de representar, de exprimir intelectualmente as emo&'es ou o que quer representar. 1 conceito de fingimento é o de transfigurar, pela imagina&)o e pela inteligncia, aquilo que sente naquilo que escreve. Fingir é inventar, ela!orar mentalmente conceitos que exprimem as emo&'es ou o que quer comunicar. Entrar no +ogo art#stico, fingir ao exprimir as emo&'es, mas com toda a dimens)o de sinceridade, implica e explica a constru&)o da poesia de ortónimo. * dialética da sinceridade2fingimento liga"se 0 da conscincia2inconscincia e do sentir2pensar. Fernando Pessoa n)o consegue fruir instintivamente a vida por ser consciente e pela própria efemeridade. 3uitas ve(es, a felicidade parece existir na ordem inversa do pensamento e da conscincia. Pessoa procura, através da fragmenta&)o do eu, a totalidade que lhe permita conciliar o pensar e o sentir. * fragmenta&)o esta evidente, por exemplo, em Meu coração é um pórtico partido, ou nos poemas interseccionistas Hora Absurda e Chuva Obliqua. 1 intersecionismo entre o material e o sonho, a realidade e idealidade surge como tentativa para encontrar a unidade entre a experincia sens#vel e a inteligncia. 1 tempo, na poesia pessoana, é um fator de degrada&)o, porque tudo é efémero. 4sso leva"o a dese+ar ser crian&a de novo. 3as, frequentemente, o passado é um sonho in5til, pois nada se concreti(ou, antes se tradu(iu numa desilus)o. Pessoa sente a nostalgia da crian&a que passou ao lado das alegrias e da ternura. hora, por isso, uma felicidade passada, para lá da inf6ncia. 1 ortónimo tem uma ascendncia sim!olista evidente desde os tempos de 1rpheu e do Paulismo.
O fingimento artístico •
Para Fernando Pessoa, um poema -é produto intelectual, e por isso, n)o acontece -no momento da emo&)o, mas resulta da sua recorda&)o. * emo&)o precisa de -existir intelectualmente, o que só na recorda&)o é poss#vel.
Resumo para o Exame Nacional 12º ano – Português
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7á uma necessidade da intelectuali(a&)o do sentimento para exprimir a arte. *o n)o ser um produto direto da emo&)o, mas uma constru&)o mental, a ela!ora&)o do poema confunde"se com um -fingimento. Na cria&)o art#stica, o poeta parte da realidade mas só consegue, com autentica sinceridade, representar com palavras ou outros signos o -fingimento, que n)o é mais do que uma realidade nova, ela!orada mentalmente gra&as 0 conce&)o de novas rela&'es significativas, que a distancia&)o do real lhe permitiu. 1 fingimento n)o impede a sinceridade, apenas implica o tra!alho de representar, de exprimir intelectualmente as emo&'es ou o que quer representar.
A dor do pensar •
Fernando Pessoa n)o consegue fruir instintivamente a vida por ser consciente e pela própria efemeridade. 3uitas ve(es, a felicidade parece existir na ordem inversa do pensamento e da conscincia.
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1 pensamento racional n)o se coaduna com verdadeiramente sentir sensitivamente.
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* dialética da sinceridade 2 fingimento liga"se 0 da conscincia 2 inconscincia e do sentir 2pensar.
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* dor de pensar tradu( insatisfa&)o e d5vida so!re a utilidade do pensamento.
A nostalgia da infância •
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Frequentemente, para Fernando Pessoa o passado é um sonho in5til, pois nada se concreti(ou, antes se tradu(iu numa desilus)o. /a# o constante ceticismo perante a vida real e de sonho. 1 tempo, na poesia pessoana, é um fator de degrada&)o, porque tudo é efémero. 4sso leva"o a dese+ar ser crian&a novamente. Pessoa sente a nostalgia da crian&a que passou ao lado das alegrias e da ternura. hora, por isso, uma felicidade passada, para lá da inf6ncia. 7á uma nostalgia do !em perdido, do mundo fantástico da inf6ncia, 5nico momento poss#vel de felicidade.
Alberto Caeiro →
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Na o!ra de aeiro, há um o!+etivismo a!soluto. N)o lhe interessa o que se encontra por trás das coisas. 8ecusa o pensamento, so!retudo o pensamento metaf#sico, afirmando que -pensar é estar doente dos olhos. aeiro, poeta de olhar, procura ver as coisas como elas s)o, sem lhes atri!uir significados ou sentimentos humanos. onsidera que as coisas s)o como s)o. onstrói uma poesia das sensa&'es, apreciando"as como !oas por serem naturais. Para ele, o pensamento apenas falsifica as coisas. Numa clara oposi&)o entre sensação e pensamento, o mundo de aeiro é aquele que se perce!e pelos sentidos, que se apreende por ter existncia, forma e cor. 1 mundo existe e, por isso, !asta senti"lo, !asta experimentá"lo através dos sentidos, nomedamente através do ver. 9er é compreender. entar compreender pelo pensamento, pela ra()o, é n)o sa!er ver. *l!erto aeiro v com os olhos, mas n)o com a mente. onsidera, no entanto, que é necessário sa!er estar atento 0 -eterna novidade do mundo. ondena o excesso de sensa&'es, pois a partir de um certo grau as sensa&'es passam de alegres a tristes.
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Em aeiro, a poesia das sensa&'es é, tam!ém, uma poesia da nature(a. 1ptando pela vida no campo, acredita na Nature(a, defendendo a necessidade de estar de acordo com ela, de fa(er parte dela. Pela cren&a na Nature(a, o 3estre revela"se um poeta pag)o, que sa!e ver o mundo dos sentidos, ou melhor, sa!e ver o mundo onde se revela o divino, em que n)o precisa de pensar. *o procurar ver as coisas como elas realmente s)o, su!lima o real, numa atitude pante#sta de divini(a&)o das coisas da nature(a.
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Nesta atitude pante#sta de que as coisas s)o divinas, desvalori(a a categoria conceptual -tempo.
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1 poeta confessa n)o ter -am!i&'es nem dese+os. ;er poeta é a sua -maneira de estar so(inho.
Ricardo Reis →
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Na poesia de 8icardo 8eis, há um sentimento da fugacidade da vida, mas ao mesmo tempo uma grande serenidade na aceita&)o da relatividade das coisas e da miséria da vida. * vida é efémera e o futuro imprevis#vel. -*manh) n)o existe, afirma o poeta. Estas certe(as levam"no a esta!elecer uma filosofia de vida, de inspira&)o horaciana e epicurista, capa( de condu(ir o homem numa existncia sem inquieta&'es nem ang5stias. 8econhecendo a fraque(a humana e a inevita!ilidade da morte, 8eis procura uma forma de viver com um m#nimo de sofrimento. Por isso, defende um esfor&o l5dico e disciplinado para o!ter uma calma qualquer. ;endo um epicurista, o poeta advoga a procura do pra(er sa!iamente gerido, com modera&)o e afastado da dor. Para isso, é necessário encontrar a ataraxia, a tranquilidade capa( de evitar qualquer pertur!a&)o. 1 ser humano deve ordenar a sua conduta de forma a viver feli(, procurando o que lhe agrada. * o!ra de 8icardo 8eis apresenta um epicurismo triste, uma ve( que !usca o pra(er relativo, uma verdadeira ilus)o da felicidade por sa!er que tudo é transitório. * apatia, ou se+a a indiferen&a, constitui o ideal ético, pois, de acordo com o poeta, há necessidade de sa!er viver com calma e tranquilidade, a!stendo"se de esfor&os in5teis para o!ter uma glória ou virtude, que nada acrescentam 0 vida. Próximo de aeiro, há na sua poesia o sossego do campo, o fasc#nio pela nature(a onde !usca a felicidade relativa. /isc#pulo de *l!erto aeiro, 8icardo 8eis refugia"se na aparente felicidade pag) que lhe atenua o desassossego. Procura alcan&ar a quietude e a perfei&)o dos deuses, desenhando um novo mundo 0 sua medida, que se encontra por detrás das aparecias *firma uma cren&a nos deuses e nas presen&as quase " divinas que ha!itam todas as coisas. *firma que os homens se devem considerar com direito a vida própria. Pag)o por caráter e pela forma&)o helénica e latina, há na sua poesia uma atuali(a&)o de estoicismo e epicurismo, +untamente com uma postura ética e um constante diálogo entre o passado e o presente.
Álvaro Campos Resumo para o Exame Nacional 12º ano – Português
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hitmaniana, onde encontramos, por exemplo, a Ode riun!al e a Ode Mar"tima# e a intimista ou independente, marcada pela a!ulia e o tédio, pela ang5stia e o cansa&o, com poemas como O que há em mim é sobretudo cansaço, $sta velha an%ustua, Apontamento, ou os de &isbon revisited. Na primeira fase, encontra"se o tédio de viver, a mor!ide(, o decadentismo, a sonolncia, o torpor e a necessidade de novas sensa&'es% na segunda fase, há um excesso de sensa&'es, a tentativa de totali(a&)o de todas as possi!ilidades sensoriais e afetivas, a inquietude, a exalta&)o da energia, de todas as din6micas, da velocidade e da for&a até situa&'es de paroxismo% na terceira fase, perante a incapacidade das reali(a&'es, volta o a!atimento, a a!ulia, a revolta e o inconformismo, a dispers)o e a ang5stia, o sono e o cansa&o.
Mensagem e Lusíadas Síntese →
Os &us"adas
e a Mensa%em cantam, em perspetivas diferentes, a grande(a de Portugal e o sentimento
portugus. →
Nas duas primeiras partes da Mensa%em é poss#vel um diálogo com Os &us"adas% em O $ncoberto, Pessoa situa"se no momento em que o 4mpério Portugus parece desmoronar"se por completo e, assume, ent)o, o
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cargo de anunciador de um novo ciclo que se anuncia, o ?uinto 4mpério, que n)o precisa de ser material, mas civili(acional. →
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s)o uma narrativa épica, que fa( uma leitura m#tica da 7istória de Portugal. Em estilo elevado, canta uma a&)o heroica passada e analisa os acontecimentos futuros, cu+a vis)o os deuses s)o capa(es de antecipar. Os &us"adas
Fernando Pessoa, no poema épico @ l#rico, canta, de forma fragmentária e numa atitude introspetiva, o império territorial, mas retrata o Portugal que -falta cumprir"se, que se encontra em decl#nio a necessitar de uma nova for&a an#mica. am'es prop'e o povo portugus como su+eito da a&)o heroica. am'es procura perpetuar a memória de todos os heróis que constru#ram o 4mpério Portugus% Fernando Pessoa desco!re a predestina&)o desses heróis, para encontrar um novo hero#smo que exige grande(a de alma e capacidade de sonhar, quando o mesmo 4mpério se mostra mori!undo. 1s nautas, incluindo 9asco da $ama, s)o s#m!olo do hero#smo lus#ada, do seu esp#rito de aventura e da capacidade de vivncia cosmopolita. Em &us"adas, am'es consegui fa(er a s#ntese entre o mundo pag)o e o mundo crist)o% na Mensa%em, Pessoa procura a harmonia entre o mundo pag)o, o mundo crist)o e o mundo esotérico. Fernando Pessoa, na Mensa%em, procura anunciar um novo império civili(acional. 1 -intenso sofrimento patriótico leva"o a antever um império que se encontra para além do material. Estrutura tripartida da Mensa%em: Nascimento 9ida 3orte2renascimento 1s AA poemas que constituem a Mensa%em encontram"se agrupados em trs partes:
Primeira Parte – Brasão (construtores do Império) * primeira parte @ Brasão – corresponde ao nascimento, com referncia aos mitos e figuras
históricas até /. ;e!asti)o, identificadas nos elementos dos !ras'es. /á"nos conta do Portugal erguido pelo esfor&o dos heróis e destinado a grandes feitos.
Segunda Parte – Mar Portugus (o son!o marítimo e a o"ra das desco"ertas) Na segunda parte @ Mar Portugus @ surge a reali(a&)o e a vida% refere personalidades e
acontecimentos dos /esco!rimentos que exigiram uma luta contra o desconhecido e os elementos naturais. 3as, porque -tudo vale a pena, a miss)o foi cumprida.
Mensagem Lusíadas Mitificação do herói •
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1s lus#adas mostram a história do povo que teve a ousadia da aventura mar#tima e a inten&)o em exaltar os heróis que contri!u#ram a alargaram o 4mpério% 1s navegantes, com destaque para 9asco da $ama, ultrapassam a individualidade do herói coletivo BpovoC, e s)o s#m!olos do hero#smo lus#ada, do seu esp#rito de aventura e da capacidade de vivncia cosmopolita% Exprime a passagem do desconhecido para o conhecido, da realidade do 9elho ontinente e dos seus mitos indefinidos para novas realidades de um mundo a desco!rir.
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*o contrário dos épicos anteriores, am'es escolheu um herói coletivo, procurando que a sua epopeia anunciasse a história de todo um povo, afirmando que os navegantes, que chegaram 0 Dndia, e todos os heróis lus#adas merecem a mitifica&)o% Nega a existncia de deuses, di(endo que estes s)o cria&)o do homem para tentar +ustificar o que lhe parece dif#cil de explicar.
Felizmente há Luar →
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Feli(mente há luar é um drama narrativo, de caráter social, dentro dos princ#pios do teatro épico% na linha de recht, analisa criticamente a sociedade, mostrando a realidade com o o!+etivo de levar o espectador a tomar uma posi&)o. Exprime a revolta contra o poder despótico e mostra o direito e o dever da mulher e do homem de transformarem a sociedade. * o!ra Feli(mente há uar é entendida como uma alegoria politica. ;ttau 3onteiro remete o leitor2espectador para os pro!lemas sociais e pol#ticos de Portugal n)o apenas no in#cio do século =4= e durante o regime ditatorial do século ==, mas para todos os regimes despóticos e situa&'es repressivas. Existe um paralelismo entre a a&)o presente na pe&a e os contextos ideológico e sociológico do pa#s. 7á um mergulhador no passado onde se revisitam os acontecimentos históricos para levar o leitor2espectador a interpretar o presente e a refletir so!re a necessidade de lutar contra qualquer opress)o. $ra&as 0 distancia&)o histórica, den5ncia um am!iente politica repressivo dos in#cios do século =4=, para provocar a reflex)o so!re um tempo de opress)o e de censura que se repete no século ==. * figura central é o general Freire $omes de *ndrade, que, mesmo ausente, condiciona a estrutura interna da pe&a e o comportamento de todas as outras personagens. 1 monólogo inicial de 3anuel, - o mais consciente dos populares, coloca"nos no contexto histórico da o!ra: invas'es napoleónicas e prote&)o de 4nglaterra% situa&)o de repress)o do povo pelos -senhores do 8ossio. Feli(mente há uar é uma o!ra intemporal que nos remete para a luta do ser humano contra a tirania, a in+usti&a e todas as formas de persegui&)o. 3atilde de 3elo, - a companheira de todas as horas, possuidora de uma densidade psicológica notável, aparece na o!ra n)o apenas como sonhadora, que sa!e amar de verdade, mas a personagem que, cora+osamente, desmascara a hipocrisia e reage contra o ódio e as in+usti&as. Ela acredita na transforma&)o da situa&)o de opress)o em que o povo vive. /iversos s#m!olos favorecem a compreens)o da situa&)o vivida e da esperan&a de alcan&ar a li!erdade: a saia verde, a lu(, a noite, a lua, a fogueira, o lume, a moeda dos cinco réis, os tam!oresG Narra a luta pela li!erdade no in#cio do século =4= e serve de pretexto para uma reflex)o so!re a ditadura em Portugal no século ==. odos os opressivos, e concretamente o regime sala(arista, entre o inicio dos anos trinta e HIJA, foram denunciados e contestados pelos artistas. * literatura, a m5sica e outras artes foram o -ve#culo de protesto contra a censura, contra a miséria.
Memorial do Convento Síntese
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3emorial do onvento evoca a 7istória portuguesa do reinado de /. Ko)o 9. no século =9444, procurando uma ponte com as situa&'es pol#ticas de meados do século ==.
/urante o reinado de /. Ko)o 9, o rigor e as persegui&'es do ;anto 1ficio aumentam com v#timas que tanto podem ser crist)os"novos como todos os considerados culpados de heresias, por se associarem a práticas mágicas ou de supersti&)o.
3emorial do onvento caracteri(a uma época de excessos e diferen&as sociais, que se mantm na atualidade: opulncia2miséria% poder2opress)o% devassid)o2penitncia% sagrado2profano% amor ausente2amor sinceroG
3emorial do onvento é uma narrativa histórica que entrela&a personagens e acontecimentos ver#dicos com seres conseguidos pela fic&)o.
8omance histórico, oferece"nos uma minuciosa descri&)o da sociedade portuguesa no in#cio do século =9444% romance social, dentro da linha neorrealista, preocupa"se com a realidade social, em que so!ressai o operariado oprimido% romance de interven&)o, visa denunciar a história repressiva portuguesa na primeira metade do século ==% romance de espa&o, representa uma época, interessando"se por tradu(ir n)o apenas o am!iente histórico, mas tam!ém vários quadros sociais que permitem um melhor conhecimento do ser humano.
Existem duas linhas condutoras da a&)o: a constru&)o do convento de 3afra e as rela&'es entre alta(ar e limunda.
* a&)o principal é a constru&)o do convento de 3afra, que entrela&a o dese+o megalómano do rei com o sofrimento do povo.
Paralelamente 0 a&)o principal, encontra"se uma a&)o que envolve alta(ar ;ete";óis e limunda ;ete"uas, numa história de espiritualidade, de ternura, de misticismo e de magia.
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*s duas a&'es, que se encaixam, sugerem uma profunda humanidade trágica.
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1s espa&os f#sicos e sociais privilegiados s)o is!oa e 3afra.
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*s personagens servem a própria inten&)o do autor na necessidade de repensar os acontecimentos e as figuras históricas 0 lu( de uma nova realidade criada no presente e pressentida no futuro.
*s personagens femininas adquirem, na o!ra, claro relevo: /. 3aria *na é a rainha triste e insatisfeita, que vive um casamento de aparecia e com escr5pulos morais nas rela&'es sexuais e nos sonhos% limunda é a mulher com capacidades de vidente e possuidora de uma sa!edoria muito própria, cheia de sensualidade e amor verdadeiro.
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;aramago re+eita a omnipotncia do narrador, na medida em que considera que o é o autor que p'e em causa o presente que conhece e o passado que lhe chega através das suas investiga&'es. Para ;aramago a omnipotncia do narrador é pura fic&)o.
Lma vo( narrativa controla a a&)o narrada, as motiva&'es e os pensamentos das personagens, mas fa( tam!ém as suas reflex'es e +u#(os valorativos. * historia torna"se matéria sim!ólica para refletir so!re o presente, na perspetive da denuncia e dela extrair uma moralidade que sirva para o futuro.
1!servando 3emorial do onvento, +ulgamos que a escrita saramaguiana persegue uma preocupa&)o com o ser humano, a sua miséria e a sua luta, as in+usti&as e os seus anseios, a sua grande(a e os seus limites.
Em 3emorial do onvento há, diversas ve(es, um discurso de so!reposi&'es narrativas com uma vo( que tanto descreve como desconstrói as situa&'es, que dialoga com o narratário ou manuseia as personagens como t#teres, que domina os conhecimentos da historia ou se sente limitado, que fa( pondera&'es ou ironi(a.
#lassifica$ão (tipo de romance) 8omance histórico, social e de espa&o que articula o plano da história com o plano do fantástico e da fic&)o. 1 t#tulo sugere memórias de um passado delimitado pela constru&)o do convento de 3afra e memórias do que de grandioso e trágico tem o s#m!olo do pa#s. omo 813*NE 74;M841, oferece"nos: uma minuciosa descri&)o da sociedade portuguesa da época, a sumptuosidade da corte, a explora&)o dos operários, referncias 0 $uerra da ;ucess)o, autos de fé, constru&)o do convento, constru&)o da passarola pelo Padre artolomeu de $usm)o. omo 813*NE ;14*, é crónica de costumes. omo 813*NE /E 4NE89ENO1, pois apresenta"nos a história repressiva portuguesa.
#ategorias da %arrati&a A$ão •
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1 rei /. Ko)o 9, altasar, limunda e o padre artolomeu de $usm)o protagoni(am as diversas a&'es que se entretecem em 3emorial do onvento. * a&)o principal é a constru&)o do onvento de 3afra: entrela&amento de dados históricos com a promessa de /. Ko)o 9 e o sofrimento do povo que tra!alhou no onvento. onhece"se a situa&)o económica e social do pa#s, os autos de fé praticados pela 4nquisi&)o, o sonho e a constru&)o da passarola, as criticas ao comportamento do clero. Paralelamente 0 a&)o principal, encontra"se uma a&)o que envolve altasar e limunda: fio condutor da intriga e que lhe conferem fragmentos de espiritualidade, de ternura, de misticismo e de magia.
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ísico dois dos espa&os f#sicos onde se desenrola a a&)o s)o: *is"oa @ espa&o fulcral onde se destacam outros micro espa&os:
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H. erreiro do Pa&o: local onde altasar tra!alha num a&ougue, após a sua chegada a is!oa. onde decorre a prociss)o do orpo de /eus. Q. 8ossio: aparece no in#cio da o!ra como o local onde decorrem o auto de fé e a prociss)o do orpo de /eus. R. *s ruas da capital: espa&o onde o povo oprimido e ignorante sofre e, paradoxalmente vi!ra com as desgra&as dos seus iguais e onde vive as principais cele!ra&'es do calendário religioso. A. ;. ;e!asti)o da Pedreira: espa&o escolhido para a constru&)o da passarola% é o 5nico espa&o que escapa ao poder opressor da igre+a e 0 r#gida hierarquia social da época. Mafra espa&o escolhido para a constru&)o do onvento, particularmente 9ela, que deu lugar 0 9ila Nova, 0 volta do edif#cio. Nos arredores da o!ra surge a -ilha madeira @ local onde se alo+am os tra!alhadores.
Social é relatado através de determinados momentos e do percurso de personagens que tipificam um
determinado grupo social, caracteri(ando"o. * n#vel da constru&)o social destaca"se os seguintes momentos:
Procissão da +uaresma
H. Excessos praticados durante o Entrudo Bsatisfa&)o dos pra(eres carnaisC e !rincadeiras carnavalescas @ as pessoas comiam e !e!iam demasiado, atiravam água 0 cara umas das outras, !atiam nas mais desprevenidas, tocavam gaitas, espo+avam"se nas ruas. Q. Penitencia f#sica e mortifica&)o da alma após os desregramentos durante o Entrudo. R. /escri&)o da prociss)o A. 3anifesta&'es de fé que tocavam a histeria enquanto o !ispo fa( sinais da cru( e um acólito !alan&a o incensório% os penitentes recorrem 0 autoflagela&ao.
,isão do narrador
1 narrador afirma que apesar da tentativa de purifica&)o através do incenso, is!oa permanecia uma cidade su+a, caótica e as suas gentes eram dominadas pela hipocrisia.
Autos de fé
H. 1 8ossio está novamente cheio de gente: a popula&)o esta duplamente em festa, porque é domingo e porque vai assistir a um auto de fé. Q. * assistncia feminina, 0 +anela exi!e"se e preocupa"se com pormenores f5teis relativos 0 sua aparncia f#sica, e aproveita a ocasi)o para se entregar a +ogos de sedu&)o. R. * proximidade coma morte dos condenados constitui o motivo do am!iente de festa. A. 4nicio da rela&)o entre altasar e limunda S. Puni&)o dos condenados pelo ;anto 1ficio @ o povo dan&a em frente das fogueiras.
,isão do narrador
1 narrador revela a sua dificuldade em perce!er se o povo gosta mais de autos de fé ou de touradas, evidenciando de forma irónica o gosto sanguinário e procura nas emo&'es fortes uma forma de preencher o va(io da sua existncia que o povo releva.
-ourada
,isão do narrador
1 espetáculo come&a e o narrador enfati(a a forma como os touros s)o torturados: exi!i&)o do sangue, das feridas, das tripas em pu!lico% * sua ironia é ainda tradu(ida pela constata&)o de que, em is!oa, as pessoas n)o estranham o cheiro a carne queimada, acrescentando numa perspetiva cr#tica que a morte dos +udeus é positiva, pois os seus !ens s)o deixados 0 oroa.
Procissão do #orpo de .eus
Prepara&)o da prociss)o:
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H. 1 povo sente"se maravilhado com a rique(a da decora&)o. Q. *s damas aparecem 0s +anelas, exi!indo penteados. R. T noite, passam pessoas que tocam e dan&am, improvisa"se uma tourada. A. /urante a madrugada re5nem"se aqueles que formar)o a prociss)o. 8eali(a&)o da prociss)o: H. 1 evento come&a de manh) cedo Q. /escri&)o do aparato: 0 frente as !andeiras, seguidas dos tam!ores, trom!eteiros, as irmandades, o estandarte do ;ant#ssimo ;acramento, as comunidades e o rei, atrás risto crucificado e hinos sacros. ,isão do narrador
ensura o luxo da igre+a e do rei 7isteria coletiva das pessoas que se !atem a si próprias e aos outros como manifesta&)o da sua condi&)o de pecadores.
Síntese
BProciss)o da ?uaresma, autos de fé e Prociss)o do orpo de /eusC
*s prociss'es e os autos de fé caracteri(am is!oa como um espa&o caótico, dominado por rituais religiosos cu+o efeito exorci(ante escon+ura um mal moment6neo que motiva a exalta&)o a!surda que envolve os ha!itantes. * desmistifica&)o dos dogmas e acr#tica irónica do narrador ao clero su!+a(em ao ideário marxista que condena vis)o redutora do mundo que a igre+a apresenta, que condiciona os comportamentos, manipula os sentimentos e condu( os fiéis a atitudes estereotipadas. * violncia das touradas ou dos autos de fé apra( ao povo que, o!scuro e ignorante, se diverte sensualmente com as imagens de morte, esquecendo a miséria em que vive.
O tra"al!o do Po&o no #on&ento
H. 3afra sim!oli(a o espa&o de servid)o desumana a que /. Ko)o 9 su+eitou todos os seus s5!ditos para alimentar a sua vaidade. Q. 9ivendo em condi&'es deploráveis, os tra!alhadores foram o!rigados a a!andonar as suas casa e a erigir o convento para cumprir a promessa do seu rei e aumentar a sua glória. -empo
Personagens
'strutura #apítulo I •
*n5ncio da ida de /. Ko)o 9 ao quarto da rainha.
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/ese+o de /. 3aria *na: satisfa(er o dese+o do rei de ter um herdeiro para o reino.
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Passatempo do rei: constru&)o, em miniatura, da as#lica de ;. Pedro de 8oma.
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Premoni&)o de um franciscano: o rei terá um filho se erguer um convento franciscano em 3afra.
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Promessa do rei: mandar construir um convento se a rainha lhe der um filho no pra(o de um ano.
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hegada do 8ei ao quarto da rainha, decidido a ver cumprida a promessa feita a Frei *ntónio de ;. Kosé.
#apítulo II •
8eferncia a milagres franciscanos que auguram a promessa real: história de Frei 3iguel da *nuncia&)o Bo corpo que n)o corrompia e os milagresC% história de ; to. *ntónio Bseus milagres e castigosC% os precedentes franciscanos.
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9is)o cr#tica do narrador face 0s promessas e milagres dos franciscanos: o mundo marcado por excesso de rique(a e extrema po!re(a.
#apítulo III •
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8eflex'es so!re is!oa: condi&'es de vida% vis)o a!+eta da cidade no Entrudo% cr#tica a há!itos religiosos, 0 prociss)o da penitncia, 0 ?uaresma. 1 estado de gravide( da rainha Bda condi&)o de mulher comum 0 sua infinita religiosidadeC. 1 sonho da rainha com o cunhado Btópico da trai&)oC.
#apítulo I,
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*presenta&)o de altasar 3ateus: ;ete";óis, QU anos, natural de 3afra, maneta 0 esquerda, na sequncia da atalha de Kere( de los a!alleros BEspanhaC. Estada em vora, onde pede esmola para pagar um gancho de ferro e poder su!stituir a m)o
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Percurso até is!oa, onde vive muitas dificuldades.
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4ndecis)o de altasar: regressar a 3afra ou dirigir"se ao erreiro do Pa&o Bis!oaC e pedir dinheiro pela mutila&)o na guerra. Encontro de altasar ;ete";óis com um amigo, antigo soldado: Ko)o Elvas.
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8eferncias ao crime na cidade lis!oeta e ao imoeiro.
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#apítulo , • •
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Fragilidade de /. 3aria *na, com a gravide( e com a morte do seu irm)o Kosé Bimperador da
#apítulo ,I • •
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9is)o cr#tica das leis comerciais. Narrativa de Ko)o Elvas, a altasar, so!re um suposto ataque dos franceses a is!oa Bque mais n)o era do que a chegada de uma frota com !acalhauC. onflito de altasar: sa!er a cor dos olhos de limunda. /esloca&)o do Padre artolomeu ouren&o ao Pa&o para interceder por altasar Ba fim de este rece!er uma pens)o de guerraC e compromisso de falar com o 8ei, caso tarde a resposta. *presenta&)o, por Ko)o Elvas, de artolomeu ouren&o como o 9oador Bas diversas tentativas levadas a ca!o pelo padre para voar, +ustificando"se, este, que a necessidade está na !ase das conquistas do homem% o conhecimento da m)e de limunda, dadas as vis'es que esta tinha de pessoas a voarC.
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?uest)o de altasar ao padre: o facto de limunda comer p)o, de manh), antes de a!rir os olhos.
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*presenta&)o da passarola a altasar, pelo Padre . ouren&o B;. ;e!asti)o da PedreiraC.
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/escri&)o da passarola, a partir do desenho que o padre mostra a altasar.
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onvite do Padre para que altasar o a+ude na constru&)o da passarola.
#apítulo ,II •
ra!alho de altasar num a&ougue.
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Evolu&)o da gravide( da rainha, tendo o rei de se contentar com uma menina.
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8endi&)o das frotas portuguesas do rasil aos franceses.
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9isita de altasar e limunda 0 (ona enfeitada para o !atismo da princesa, estando aquele mais cansado do que ha!itualmente, por carregar tanta carne para o evento. 3orte do frade que formulou a promessa real% fidelidade de /. Ko)o 9 0 promessa.
#apítulo ,III • •
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8ela&)o amorosa de altasar e limunda. Procura de altasar a propósito do misterioso acordar de limunda: esta conta"lhe que, em +e+um, consegue ver o interior das pessoas% da# comer o p)o ao acordar para n)o ver o interior de altasar. 4ndica&)o de limunda, a altasar, acerca do seu dom: v o interior dos outros e -v a nova gravide( da rainha. Falha na o!ten&)o da ten&a pedida ao Pa&o para altasar e despedimento do local onde este tra!alhava Ba&ougueC. Nascimento do segundo filho do rei, o infante /. Pedro. /esloca&)o de El"rei a 3afra, para escolher a locali(a&)o do convento Bum alto a que chamam 9elaC.
#apítulo I/
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*ux#lio de altasar ao padre ouren&o na constru&)o da passarola, tendo"lhe este dado a chave da quinta do duque de *veiro, onde se encontra a -máquina de voar. 9isita de altasar 0 quinta, acompanhado de limunda.
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4nspe&)o de limunda, em +e+um, 0 máquina em constru&)o para desco!rir as suas fragilidades.
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*tri!ui&)o, pelo Padre . ouren&o, dos apelidos de ;ete";óis e ;ete"uas, respetivamente, a altasar e a limunda Bele v -0s claras e ela -v 0s escurasC. /esloca&)o do Padre 0 7olanda, para aprender com os alquimistas a fa(er descer o éter das nuvens Bnecessário para fa(er voar a passarolaC. 8eali(a&)o de novo auto de fé, mas altasar e limunda permanecem em ;. ;e!asti)o da Pedreira. Partida de altasar e limunda para 3afra e do padre para a 7olanda, ficando aqueles responsáveis pela passarola. 4da 0 tourada, antes de altasar e limunda partirem de is!oa.
#apítulo / •
9isita de altasar 0 fam#lia, com apresenta&)o de limunda e explica&)o da perda da m)o.
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9ivncia con+unta e harmoniosa na fam#lia de altasar.
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9enda das terras do pai de altasar, por causa da constru&)o do convento.
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ra!alho procurado por altasar.
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ompara&)o entre a morte e o funeral do filho de dois anos da irm) de altasar e a morte do infante /. Pedro.
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Nova gravide( da rainha, desta ve( do futuro rei.
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ompara&)o dos encontros de altasar com limunda e do rei com a rainha.
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* frequncia dos desmaios do rei e a preocupa&)o da rainha.
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1 dese+o de /. Francisco, irm)o do rei, casar com a rainha, 0 morte deste.
#apítulo /I
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8egresso de artolomeu ouren&o da 7olanda, passados trs anos, e o a!andono da a!egoaria Bquinta de ;. ;e!asti)o da PedreiraC. onstata&)o do padre de que altasar cuidara da passarola, conforme lhe havia pedido.
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/esloca&)o a oim!ra, passando por 3afra para sa!er de altasar e limunda.
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8eflex)o so!re o papel que cada um tem na constru&)o do futuro, n)o estando este apenas nas m)os de /eus.
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*tri!ui&)o de !n&)o a quem a pede, deparando o padre, no caminho para 3afra, com tra!alhadores Bcomparados a formigasC. onversa do Padre com um pároco, ficando a sa!er que altasar e limunda casaram e onde vivem.
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9isita do padre ao casal de amigos e conversa so!re a passarola.
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artolomeu ouren&o na casa do padre Francisco $on&alves, a pernoitar.
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Encontro de limunda e altasar com padre . ouren&o, de manh) muito cedo, quando ela ainda está em +e+um. *presenta&)o, a altasar e limunda, do resultado de aprendi(agem do Padre na 7olanda: o éter que fará voar a passarola vive dentro das pessoas Bn)o é a alma dos mortos, mas a vontade dos vivosC. Pedido de aux#lio do Padre a limunda: ver a vontade dos homens Besta consegue ver a vontade do padreC e colh"la num frasco. /esloca&)o de artolomeu ouren&o a oim!ra para aprofundar os seus estudos e se tornar doutor. 4da de limunda e altasar para is!oa: ela, para recolher as vontades% ele, para construir a passarola.
#apítulo /II
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omada da hóstia, em +e+um: limunda desco!re que o que está dentro desta é o mesmo que está dentro do homem @ a religi)o. Festividades da inaugura&)o da constru&)o do convento e do lan&amento da primeira pedra Btrs diasC, a ter lugar numa igre+a@tenda ricamente decorada e com a presen&a de /. Ko)o 9. altasar e limunda na inaugura&)o.
•
Passada uma semana, partida do casal para is!oa.
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#apítulo /III
•
9erifica&)o de altasar relativamente ao estado enferru+ado da máquina, seguida dos arran+os necessários e da constru&)o de uma for+a enquanto o padre n)o chega. hegada do padre, di(endo a limunda que ser)o necessárias, pelo menos, duas mil vontades para a passarola voar Btendo ela apenas recolhido cerca de trintaC. onselho do Padre para que limunda recolha vontades na prociss)o do orpo de /eus.
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8egresso do Padre a oim!ra para concluir os seus estudos.
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ra!alho de altasar e limunda na máquina, durante o inverno e a primavera, e chegada, por ve(es, do padre com esferas de 6m!ar amarelo Bque guardava numa arcaC. Perspetivas de a prociss)o do orpo de /eus ser diferente do normal.
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Perda da capacidade visionária de limunda, com a chegada da lua nova.
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;a#da da prociss)o BV de +unho de HJHIC @ só no dia seguinte, com a mudan&a da lua, limunda recupera o seu poder.
#apítulo /I, • • •
8egresso do Padre artolomeu ouren&o de oim!ra, doutor em c6nones. Novo estatuto do padre: fidalgo capel)o do rei, vivendo nas varandas do erreiro do Pa&o. 8ela&)o do padre com o rei: este apoia a aventura da passarola, exprimindo o dese+o de voar nela.
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i&)o de m5sica BcravoC da infanta /. 3aria ár!ara BV anosC, sendo o seu professor o maestro /omenico ;carlatti. onversa do padre com ;carlatti, depois da li&)o.
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*udi&)o, em toda a is!oa, de ;carlatti a tocar cravo, em privado.
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;carlatti em ;. ;e!asti)o da Pedreira, a convite de artolomeu ouren&o Bapós de( anos de altasar e limunda terem entrado na quintaC. *presenta&)o a ;carlatti do casal e da máquina de voar.
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onvite a ;carlatti para visitar a quinta sempre que quiser.
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Ensaio do serm)o de artolomeu ouren&o para o orpo de /eus Btema: $t e%o in illoC.
•
#apítulo /, •
ensura do serm)o de artolomeu ouren&o por um consultor do ;anto 1f#cio.
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;. ;e!asti)o da Pedreira rece!e o cravo de ;carlatti.
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9ontade de ;carlatti voar na passarola e tocar no céu.
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4da de altasar e limunda a is!oa Bdominada pela pesteC, 0 procura de vontades.
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/oen&a estranha de limunda, após a recolha de duas mil vontades.
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*poio de altasar e recupera&)o de limunda após audi&)o da m5sica de ;carlatti.
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Encontro do casal com o padre artolomeu ouren&o.
•
8emorsos de artolomeu ouren&o por ter colocado limunda em perigo de vida.
•
9ontade de artolomeu ouren&o informar o rei de que a máquina está pronta, n)o sem a experimentar primeiro.
#apítulo /,I •
8eflex)o so!re o valor da +usti&a.
•
3orte de /. 3iguel, irm)o do rei, devido a naufrágio.
•
•
Necessidade de o 8ei devolver a quinta de ;. ;e!asti)o da Pedreira ao /uque de *veiro, após anos de discuss)o na Kusti&a. 9ontade do Padre experimentar a máquina para, depois, a apresentar ao rei.
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8eceio do Padre face ao ;anto 1f#cio: o voo entendido como arte demon#aca.
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Fuga do Padre, procurado pela 4nquisi&)o, na passarola.
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•
/estrui&)o da a!egoaria para a passarola poder voar.
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9oo da máquina com o Padre, altasar e limunda e descri&)o de is!oa vista do céu.
•
*!andono do cravo num po&o da quinta para ;carlatti n)o ser perseguido pelo ;anto 1f#cio.
•
Persegui&)o de artolomeu ouren&o pela 4nquisi&)o.
•
/ivis)o de tarefas na passarola e preocupa&)o do Padre: se faltar o vento a passarola come&a a cair e o mesmo acontecerá quando o sol se puser. 9is)o de 3afra a partir do céu: a o!ra do convento, o mar.
•
eticismo dos ha!itantes que veem a passarola nos céus.
•
/escida e pouso da passarola numa espécie de serra, com a chegada da noite.
•
entativa de destrui&)o da passarola, por artolomeu ouren&o BfogoC, mas altasar e limunda impedem"no.
•
Fuga do padre e camuflagem da máquina com ramos das moitas, na serra do arregudo.
•
hegada de altasar e limunda, dois dias depois, a 3afra, fingindo que vm de is!oa.
•
•
Prociss)o em 3afra em honra do Esp#rito ;anto, que so!revoou as o!ras da !as#lica Bna perspetiva dos ha!itantesC.
#apítulo /,II •
ra!alho procurado por altasar e
•
altasar na 4lha da 3adeira, local de alo+amento para os tra!alhadores do convento.
•
/escri&)o da vida nas !arracas de madeira Bmais de QWW homens que n)o s)o de 3afraC.
•
• • •
9erifica&)o do atraso das o!ras Bfeita por altasarC @ motivos: chuva e transporte dos materiais dificultam o avan&o. Not#cias de um terramoto em is!oa. 8egresso de altasar ao 3onte Kunto, onde se encontra a passarola. 9isita de ;carlatti ao convento e encontro com limunda, sendo esta informada de que artolomeu de $usm)o morreu em oledo, no dia do terramoto.
#apítulo /,III •
Enumera&)o dos !ens do 4mpério de /. Ko)o 9.
•
Enumera&)o dos !ens comprados para a constru&)o do convento.
•
8eali(a&)o de uma missa numa capela situada entre o local do futuro convento e a 4lha da 3adeira.
•
*presenta&)o dos tra!alhadores do convento e apresenta&)o de altasar 3ateus B+á com AW anosC.
#apítulo /I/ •
1s tra!alhos de transporte de pedra"m)e B 'enedictioneC.
•
3udan&a de servi&o no tra!alho de altasar: dos carros de m)o 0 +unta de !ois.
•
Not#cia da necessidade de ir a Pero Pinheiro !uscar uma pedra enorme B 'enedictioneC.
•
ra!alho dos homens em época de calor e descri&)o da pedra.
•
Ferimento de um homem Bperda do péC no transporte da pedra B-Nau da DndiaC.
• •
Narrativa de 3anuel 3ilho Bhistória de uma rainha e de um ermit)oC. ;egundo dia do transporte da pedra e retoma da narrativa de 3anuel 3ilho.
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hegada a heleiros e morte de Francisco 3arques Batropelado pelo carro que transporta a pedraC !em como de dois !ois. 9elório do corpo do tra!alhador.
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3anuel 3ilho retoma a narrativa.
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3issa e serm)o de domingo.
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Final da história narrada por 3anuel 3ilho.
•
hegada da pedra ao local da as#lica, após oito dias de percurso.
•
#apítulo // •
8egresso de altasar, na primavera, ao 3onte Kunto, depois de seis ou sete tentativas.
•
ompanhia de limunda, passados trs anos da descida da passarola, nesse regresso.
•
onfidncia de altasar ao pai: o destino da sua viagem e o voo na passarola.
•
8enova&)o da passarola gra&as 0 limpe(a feita por altasar e limunda.
•
/escida do casal a 3afra, localidade infestada por doen&as venéreas.
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3orte do pai de altasar.
#apítulo //I •
•
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*ux#lio desmotivado da 4nfanta /. 3aria e do 4nfante /. Kosé na constru&)o da as#lica de ;. Pedro B!rinquedo de /. Ko)o 9C. Encomenda de /. Ko)o 9 ao arquiteto udovice para construir uma !as#lica como a de ;. Pedro na corte portuguesa. /esencora+amento de udovice, convencendo o rei a construir um convento maior em 3afra.
•
onversa de /. Ko)o 9 com o guarda"livros so!re as finan&as portuguesas e preparativos para o aumento da constru&)o do convento em 3afra. 4ntima&)o de um maior n5mero de tra!alhadores para cumprimento da vontade real.
•
1 rei e o medo da morte Bque o possa impedir de ver a o!ra finalC.
•
9ontade de /. Ko)o 9 em sagrar a !as#lica no dia do seu aniversário, da# a dois anos BQQ2HW2HJRWC.
•
hegada de um maior n5mero de tra!alhadores a 3afra BSWWC.
•
#apítulo //II
•
asamento da 4nfanta 3aria ár!ara com o pr#ncipe /. Fernando de astela e casamento do pr#ncipe /. Kosé com 3ariana 9itória. Participa&)o de Ko)o Elvas no corte+o real para encontro dos pr#ncipes casadoiros.
•
Partida do rei para 9endas Novas.
•
Percurso do rei na dire&)o de 3ontemor.
•
•
•
ra!alho de Ko)o Elvas no arran+o das ruas, após chuva torrencial, para que o carro da rainha e da princesa possa prosseguir para 3ontemor. Esfor&o dos homens para tirar o carro da rainha de um atoleiro.
•
Ko)o Elvas recorda o companheiro altasar 3ateus +unto de Kuli)o 3au"empo.
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onversa destes e a suspeita de que altasar voou com artolomeu de $usm)o.
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empo chuvoso no percurso de 3ontemor a vora.
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em!ran&a da princesa de que desconhece o convento que se está a erguer em favor do seu nascimento, depois de ver homens presos a serem enviados para tra!alhar em 3afra. Encontro do rei com a rainha e os infantes em vora.
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orte+o real dirigido para Elvas, oito dias após a partida de is!oa para troca das princesas peninsulares.
•
8eis de Espanha em ada+o(.
•
hegada do rei, da rainha e dos infantes ao aia, a HI de +aneiro.
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erimónia da troca das princesas peninsulares.
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#apítulo //III •
orte+o de estátuas de santos em Fanh'es.
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/esloca&)o de novi&os para 3afra nas vésperas de sagra&)o do convento.
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hegada dos novi&os.
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8egresso de altasar a casa depois do tra!alho.
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4da de altasar e limunda ao local onde se encontram as estátuas.
•
*preens)o de limunda ao sa!er que passados seis meses altasar vai ver a passarola.
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1 casal no c#rculo das estátuas e reflex)o so!re a vida e a morte.
•
/espedida amorosa de altasar e limunda na !arraca do quintal.
•
hegada de altasar 0 ;erra do arregudo.
•
Entrada de altasar na passarola, seguida da queda deste e do voo da máquina.
#apítulo //I, •
Espera de limunda e posterior !usca de altasar.
•
Entrada do rei em 3afra.
•
•
$rito de limunda ao chegar ao 3onte Kunto, depois de desco!rir que a passarola n)o se encontrava no local ha!itual. Encontro de limunda com um frade dominicano que a convida a recolher"se numa ru#nas +unto ao convento.
•
entativa de viola&)o de limunda pelo frade e morte deste com o espig)o que ela lhe enterra entre as costelas. limunda fa( o caminho de regresso a casa.
•
* ansiedade de limunda depois de duas noites sem dormir.
•
Final das festividades do dia, em 3afra.
•
4nforma&)o de
•
/ia do aniversário do rei e da sagra&)o da !as#lica.
•
orte+o assistido por 4ns *ntónia e
•
n&)o do patriarca na 'enedictione.
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Final do primeiro dos oito dias de sagra&)o e sa#da de limunda para procurar altasar.
•
#apítulo //, •
Procura de altasar por limunda ao longo de nove anos.
•
*pelido de limunda: a voadora.
•
4dentifica&)o de limunda com a terra onde ela permaneceu por largo tempo a a+udar os que dela se socorriam: 1lhos de
•
;étima passagem desta por is!oa.
•
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•
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Encontro de limunda Bem +e+umC com altasar, que está a ser queimado num auto de fé, +unto com *ntónio Kosé da ;ilva B1 KudeuC, em HJRI. 8ecolha da vontade de altasar por limunda.
Aspetos Sím"olicos onvento de 3afra •
8epresenta a ostenta&)o régia e o m#stico religioso, mas tam!ém testemunha a dure(a a que o povo está su+eito, a miséria em que vive, a explora&)o a que é su+eito apesar da rique(a do pa#s.
Passarola voadora • •
•
;im!oli(a a harmonia entre o sonho e a sua reali(a&)o, o dese+o de li!erdade. Permitiu a uni)o entre artolomeu ouren&o, altasar e limunda, que +untaram a cincia, o tra!alho artesanal, a magia e a musica para construir e fa(er voar a passarola. ;#m!olo de fraternidade e igualdade capa( de unir os homens cultos e os populares.
limunda •
•
8epresenta um elemento mágico dif#cil de explicar: possui poderes so!renaturais que lhe permite compreender a vida, a morte, o pecado e o amor. *través de limunda o narrador tenta entrar dentro da história da época e denunciar a moral duvidosa, os excessos da corte, o materialismo e hipocrisia do clero, as persegui&'es i in+usti&as da inquisi&)o, a miséria e diferen&as sociais.
N5mero -sete • •
o n5mero de dias de cada ciclo lunar, que regula os ciclos de vida e da morte na erra. ;#m!olo de sa!edoria e de descanso no fim da cria&)o.
;ete";óis 2 ;ete"uas 1 sete associa"se ao sol e 0 lua: H. 1 sol s#m!olo de vida, associa"se ao povo que tra!alha incessantemente, como o próprio altasar, apesar de decepado. Q. a lua n)o tem lu( própria, depende do sol, tal como limunda depende de altasar. * lua atravessa fases, o que representa a periodicidade e a renova&)o. o!ertor •
• •
;#m!olo de afastamento, da separa&)o que marca o casamento de convivncia entre o rei e a rainha. iga"se 0 frie(a do amor, 0 ausncia do pra(er, esconde dese+os insatisfeitos.
olher ;#m!olo de alian&a, da -uni)o de facto, de compromisso sagrado. Exprime o amor autntico numa rela&)o de paix)o, a atra&)o erótica de um casal que se c •
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