Disciplina Toxicologia 02 Resumo de aula: Cocaina
Introdução
A cocaína, benzoilmetil ecg d o ácido benzóico é um alcalóide, obtido das folhas de onina ou éster do ecg onina Erythroxylum coca Lamarck, utilizado como droga de abuso como estimulante do SNC(droga eufórica), com efeitos anestésicos anestésic os e cujo uso continuado, continua do, pode causar outros outr os efeitos indejados como dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos. Alcalóide cocaína foi isolado das folhas de coca por Albert Niemann em 1859 ou 1860, que lhe deu o nome. istóri co H istóri
Há mais de 1.200 1.2 00 anos, anos, era conhecida conheci da e empregada empre gada pelos povos po vos nativos nati vos da América Améri ca do Sul, principalmente pelos povos Andinos que mascavam suas folhas para poder suportar os problemas causados pela elevada altitude de suas terras cultivadasonde a rarefação do ar e o frio dificultavam o trabalho, por si só, já bem árduo. Por possuir uma grande ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia sobreviver com pouco alimento durante alguns dias, tornando o fardo a ser carregado bastante leve. O seu uso foi levado para a Europa (1580) pelos Espanhóis, que aprincípio observando o seu uso nos rituais rituais religiosos do novo mundo, acreditavam ser u ma coisa do diabo, a ser combatido pelos padres catequizadores mu ndo espalhou-se, sendo as folhas usadas, usadas, a princípio princípi o católicos. O seu uso entre os espanhóis do novo mundo
com fins terapêuticos no tratamento de feridas, fraturas, constipação e até resfriad os. Atualmente trata-se de uma droga ilícita, não obstante em casos especiais podendo ser utilizada como um forte anestésico, no tratamento da dor. É um forte agente simpatomimético, o que o torna forte estimulante do SNC. Alguns cientistas italianos, como o químico Angelo Mariani, após visita a América do Sul depois de contato com os habitantes habit antes que usavam usa vam as folhas de coca, co ca, levaram amostras amo stras para a Itália. Ele mesmo foi o responsável pelo des envolvimento envolviment o de uma bebida que chamou cham ou de vinho Mariani, uma infusão alcoólica das folhas de coca, que chegou a receber a premiação de medalha honorífica honorífica pelo Papa Leão XIII, devido a sua pretensa qualidade e grande apreciação.
A Coca-cola foi desenvolvida em uma tentativa de competição dos comerciantes americanos com o Vinho Mariani importado da Itália. Até 1903 foi produzzi produzzida da a partir desta utilização e provavelmente a sua apreciação, apr eciação, a princípio deva-se a presença pres ença da cocaina em sua composição pelos efeitos por ela causados.
Pel eudo bem est causado por esta droga, ela foi i dicada terapêuticamente para o tratamento da toxicodependência a morf ina. Foi isolada e caractr i ada quimicamente por Al ber t Niemann(1859), sendo ao mesmo tempo altura popular i ada no tratamento para a toxicodepêndencia de morf ina. Sigmund Freud o cr iador da psicanálise (Viena 1880) exper imentou-a(C C. Cl) em pacientes, fascinado pelos seus efeitos psicotrópicos. Publicou inclusi amente um li ro Über Coca sobre as suas exper iências. Ao observar os estragos causados pela droga, chegou a se desiludir com a dependência apresentada por alguns de seus amigos e pacientes. Foi ele que a forneceu ao of talmologista Car l Köller, que em 1884 a usou pela pr imeira vez como anest sico local, aplicando gotas de uma solução com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados. Em 1885 a companhia amer icana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido in jectável sob o lema de "substituir a comida; tornar os covardes cora josos, os silenciosos eloqüentes e os sofredores insensíveis à dor". At mesmo um personagem famoso, Sher lock olmes de Ar th r Conan Doyle, chega at a in jetar "cocaina" nas veias numa das suas aventuras.
Proi bição: Em 1891 a popular ização de seu uso resultou nos pr imeiros relatos de casos de intoxicação e mor tes (13 óbitos) o que levou a sua proi bição de abuso tal como no caso da morf ina, embora que só no ano de 1914. At 1970 acreditava-se que a cocaína não causasse dependência.
Pó de cocaína A cocaína é um pó branco e cr istalino (clor idrato de cocaina-C C. C ) obtido pelo tratamento da pasta de coca pur if icada com ácido clor ídr ico. Na forma de sal básico não se presta a ser fumada pois não se volatiliza e se decompoe por ação do ca lor, é consumida por aspiração nasal(³cafugada´), por via oral e intra venosa. O crack È a cocaina na forma de base livre, muito volátil podendo nesta forma ser fumada. Obtida pelo aquecimento da solução aquosa do clor idrato de cocaina com uma substância básica(bicarbonato ou hidróxido de sódio, por exemplo). É feito o aquecimento até o surgimento de uma substância oleosa, que após o resfdr iamento em banho de gelo, preci pita na forma de cr istais irregulares(³pedras´), de onde vem o nome de crack.
anto o pó quanto o crack podem ser adulterados para comercialização. A chamada ³droga de rua´ é composta de cocaina clor ídr ica(20 a 55%) adicionada de ane té icos g erai s(benzocaina, procaina, tetracaina, bupivacaina, etidocaina, lidocaina, mepivacaina, di bucaina, pr ilocaina), esti l antes(cafeina, teof ilina, ergotamina, estr icnina, efedr ina, fenil propanolamina, metilfenidato e anfetamina), veiculados em glicose, lactose, sacarose, manitol, amido, talco, carbonatos, sulfatos e até ácido bór ico. No caso do crack o adulterante mais utilizado é o bicarbonato de sódio(35 a 99%). T
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Exemplos de ³cachimbos´ improvisados para o fumo do crack. O uso do crack nos EUA datam, os pr imeiros relato de casos, de meados da década de 1980. Na Europa no início da década de 1990. No Bras il em 1992. Atualmente o uso do crack representa um grande problema social pr inci pamente nas grandes capitais onde os habitantes de rua são bastante numerosos e estão a mercê de uso e contrabando de drogas. Outras formas de uso da coca ina é através da associação com o alcool etílico que gera o subproduto cocaetileno, homólogo etílico da cocaina. O ³gr immie´ associação da cocaina com a Cannabis sat iva(maconha) ou com o Tabaco. Tambem a ³mer la´, obtida das folhas de coca após a extração pr inci pal do clor idrato de cocaína, sendo ainda e por isto, considerado como um subproduto. T
oxicocinética
1.-
Absorção-
A)- na forma de base livre(crack, mer la, pasta de coca ou ³free base´)-fumada com ve locidade comparada a via intravenosa, graças aos alvéolos pulmonares; B)- na forma de clor idrato de cocaína a absorção da-se pela mucosa nasal (³canfungada´) ou bucal(esfregasso); C)-Via oral, menos ef iciente, pela ionização da droga no suco gástr ico, sendo novamente desionizada no duodeno onde é absorvida. 2.- Di st ri bui ção- possue alta af inidade com a proteína E-1-glicoproteína ácida e baixa com a al bumina. Muito li pof ílica pode ser encontrada em todos os tecidos corpóreos inclusive no f ígado onde encontramos receptores com grande af inidade pela droga. Pode ser encontrada tambem nos cabelos provavelmente por simploes difusão. Atravessa facilmente a barreira hematoencefálica e a plascentár ia, podendo o neonato de uma toxicômana já ser um dependente químico da droga. devido a ser uma droga biotransformada em vár ios sítios diferentes, menos de 10% é excretada de forma inalterada pela ur ina . 3 .-
Ex cr eção-
4.- Biotransformação- a COC(benzoilmetilecgonina) é metabolizada a ester metilecgonina(EME) e benzoilecgonina(BE) em maior concentração, alem de ecgonina, norcocaína e benzoilnorecgonina e menor quantidade.
oxicodinâmica- Ocorre elevação da concentração de norepinefr ina(NE) e dopamina(DA) responsável pela eufor ia inicial com poster ior decrescimo a níveis abaixo da normalidade, o que causa a depressão sentida pelos usuár ios da cocaina, indenpendente da forma de uso. T
5.- Dependência síndrome de abstinênciaO prórpio efeito secundár io da droga, parace motivar o usuár io a procurar por uma nova dose da mesma. Quanto a abstinência, é retratada como uma das mais severas nos consumidores. É retratada uma profunda depressão, fadiga, irr itabilidade, perda do li bido e impotência sexual, tremores, for tes dores musculares e per turbações no padrão do sono. É impor tante salientar a polêmica existente quanto a dependência causada pela cocaína. Como sua ação está ligada a alteração dos níveis de norepinefr ina e dopamina, neurotarnmissores naturais do SNC, ocorrer ia a auto-regulação de tais não caracter izando a chamada dependência f ísica à cocaina, como acontece com o uso da morf ina, onde se faz necessár ia a substituição dela por outros fármacos que intera jam nos mesmos sítios. O fato é que o usuár io crônico exper imenta um estado de espír ito denominado de ³rush´ ou ³f lash´ que se caracter iza por um sensação de intensa eufor ia, autoconf iança e oni potencia que logo se transforma em disfor ia, compulsão e f issura para uma nova dose(³craving´) onde pode se tornar agressivo e sem limites morais para buscar o que precisa. 6.- Efeitos tóxicos em decorrecia do abuso- Disturbios psiquiátr icosAlterações de humor, aumento de energia f ísica,vigília, supressão do medo e de pânico pelo eufor ia exagerada, pre juizo da meór ia e da capacidade de julgamento(confusão mental), agitação, convulção e compor tamento violento com sentimento de paranóia, alucinações táteis(pseuda existência de insetos caminhando na pele) ate esquizofrenia pela diminuição de serotonina cerebral. - Disturbios respiratór ios- ligados a via de administração i peremia reativa da mucosa nasal, r inite e sinosite (aspiração da cocaina); Bronqueolite obstrutiva, inf iltrados, granulomas pulmonares e r inorréia de líquido pleural. Fi brose pulmonar e compromentimentos de adulterantes presentes( resíduos de querosene, gasolina, chumbo e manganês, etc. - Disturbios cardiovascularesaquicardia, f i br ilação ventr icular e possível parada cardíaca. Miocardite, cardiomiopatia e endocardites. i per tensão(vaso constr icção e estimulação adrenérgica) infar to ou hemorragia cerebral, AVC isquêmico ou hemorrágico. T
- Disturbios hepáticosOs metabólitos da biotransformaçao hepática(N-hidroxinorcocaína, nitróxido de norcocaína e íon nitrosônico) ligam-se covalentemente as proteínas celulares levando a necrose hepática. Ja foram relatados casos de aumento de aspar tato aminotransferase e de bilirrubina bem como de necrose de parênquima hepático. Aumento de transaminase e degeneração gordurosa do hepa tócito, acompanhada de necrose parenquimal.
7.- Análises Toxicológicas Cocaína(COC), benzoilecgonina(BEC), éster metilecgonina(EME) e metilanidroecgonina(EMA). Amostra: ur ina ou sangue Método: Cromatograf ia em Camada Gasosa (CCG) Cromatograf ia Líquida em Alta Resolução( PLC ou CLAE)
1 istór ia 1.1 Andes e arbusto da coca 1.2 Pr imeiras exper iencias 1.3 Popular ização 1.4 Proi bição 1.5 Uso moderno 2 Erythroxylum coca 3 Produção 4 Padrões de uso 5 Mecanismo de ação 5.1 Enquanto anestésico local 6 Toxicologia 7 Efeitos 7.1 Efeitos imediatos 7.2 Efeitos em altas doses 7.3 Efeitos a longo prazo 7.4 Efeitos tóxicos agudos 8 Tratamento da toxicodependência 9 Epidemiologia da toxicodependência 10 Tráf ico e custos sociais da cocaína 11 Propr iedades f ísicas e químicas o o o o o
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