A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ COLEÇÃO proposta universitária KARL KAUTSKY A questo a!rária a!rária
Tra"u#o "e C$%&ERO%'
Apresenta#o "e (O)%* +A),E%RA
&RO&OSTA E"itorial -. e"i#o / E"itora 0la1a 2.3 e"i#o / E"itora Lae11ert 4 -567
8. e"i#o / &roposta E"itorial 4 -579
Proposta Editorial Ltda. R$ :ar1onia3 669 / S& Printed in Brazil %1presso no +rasil
;),%CE )ota "o E"itor Lenin3 Kautsky e a io ? tra"u#o =ran>esa &re=á>io ? e"i#o ale1 A evolu#o "a a!ri>ultura na so>ie"a"e >apitalista %ntro"u#o O >a1pon@s e a in"stria A agricultura sob o feudalismo
A >ultura "e tr@s a=olBa1entos ,i1inui#o "a >ultura "e tr@s a=olBa1entos pela a#o "a !ran"e eplora#o "os senBores territoriais O >a1pones se to1a u1 =a1into O siste1a "e tr@s a=olBa1entos se to1a u1 entrave insuportável para a a!ri>ultura A agricultura moderna
Consu1o e pro"u#o "e >arne
-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ (Dto"o "e >ultura alterna"a$ ,iviso "o TraalBo$ A 1áquina na a!ri>ultura Ester>os3 a>tDrias$ A a!ri>ultura >o1o >i@n>ia$ O carát ráter capit pitalis alistta da agric ricultu ltura modern derna a.
O valor (ais/valia e lu>ro A ren"a "i=eren>ial A ren"a territorial asoluta O pre#o "o solo$ Grande e pequena exploração
A superiori"a"e tD>ni>a "a !ran"e eplora#o $ E>esso "e traalBo e insu=i>i@n>ia "e >onsu1o na pequena eplora#o As so>ie"a"es >ooperativas Os limites da exploração capitalista
Os "a"os "a estatFsti>a ,esapare>i1ento "a pequena proprie"a"e in"ustrial A li1ita#o "o solo A !ran"e eplora#o no D ne>essaria1ente a 1elBor O lati=n"io A =alta "e ra#os$ A proletarização dos camponeses
A ten"@n>ia ? =ra!1enta#o "o solo As "iversas o>upa#Ges a>essHrias "o >a1pon@s As dificuldades crescentes da agricultura que produz para o mercado
A ren"a territorial O "ireito "e su>esso 0i"ei>o1isso e IAnerenre>BtI A eplora#o "o >a1po pela >i"a"e ,espovoa1ento "o >a1po A concorrência dos produtos de além-mar e a industrialização da agricultura
A in"stria "e eporta#o As estra"as "e =erro Os "o1F "o1Fni nios os "a >on> on>orr@ orr@n> n>ia ia "os "os !@ne !@nero ross ali ali1ent 1entFF>ios >ios A re!resso "a pro"u#o "e >ereais Unio "a in"stria e "a a!ri>ultura Sustitui#o "a a!ri>ultura pela in"stria m ol!ar para o futuro
As 1olas "a evolu#o Os ele1entos "a a!ri>ultura so>ialista
2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ (Dto"o "e >ultura alterna"a$ ,iviso "o TraalBo$ A 1áquina na a!ri>ultura Ester>os3 a>tDrias$ A a!ri>ultura >o1o >i@n>ia$ O carát ráter capit pitalis alistta da agric ricultu ltura modern derna a.
O valor (ais/valia e lu>ro A ren"a "i=eren>ial A ren"a territorial asoluta O pre#o "o solo$ Grande e pequena exploração
A superiori"a"e tD>ni>a "a !ran"e eplora#o $ E>esso "e traalBo e insu=i>i@n>ia "e >onsu1o na pequena eplora#o As so>ie"a"es >ooperativas Os limites da exploração capitalista
Os "a"os "a estatFsti>a ,esapare>i1ento "a pequena proprie"a"e in"ustrial A li1ita#o "o solo A !ran"e eplora#o no D ne>essaria1ente a 1elBor O lati=n"io A =alta "e ra#os$ A proletarização dos camponeses
A ten"@n>ia ? =ra!1enta#o "o solo As "iversas o>upa#Ges a>essHrias "o >a1pon@s As dificuldades crescentes da agricultura que produz para o mercado
A ren"a territorial O "ireito "e su>esso 0i"ei>o1isso e IAnerenre>BtI A eplora#o "o >a1po pela >i"a"e ,espovoa1ento "o >a1po A concorrência dos produtos de além-mar e a industrialização da agricultura
A in"stria "e eporta#o As estra"as "e =erro Os "o1F "o1Fni nios os "a >on> on>orr@ orr@n> n>ia ia "os "os !@ne !@nero ross ali ali1ent 1entFF>ios >ios A re!resso "a pro"u#o "e >ereais Unio "a in"stria e "a a!ri>ultura Sustitui#o "a a!ri>ultura pela in"stria m ol!ar para o futuro
As 1olas "a evolu#o Os ele1entos "a a!ri>ultura so>ialista
2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _
)OTA ,O E,%TOR :á eata1ente oitenta anos atrás3 Karl Kautsky3 teHri>o 1arista "os 1ais notáveis e1 sua Dpo>a3 e lF"er in>ontestável "a %% interna>ional3 es>reveu sua !ran"e ora3 A Questão Agrária. ,ura ,urant nte e to"o to"oss este estess anos anos33 A Questão Agrária no per"eu sua atuali"a"e e i1portJn>ia$ &er1 &er1an ane> e>e e ain" ain"a a Boe Boe >o1o >o1o o 1ais 1ais >o1p >o1ple leto to estu estu"o "o sH>i sH>io/ o/e> e>on on1 1i> i>o o "as "as leis leis que que re!e re!e1 1 o "esenvolvi1ento "o >a1po3 so o >apitalis1o$ Este !ran"e teHri>o 1arista / que se!un"o Lenin3 I>onBe>ia "e >or O CapitalI / es>reve seu livro a partir "as "is>ussGes e ne>essi"a"es sur!i"as "entro "o &arti"o So>ial ,e1o>rata Ale1o3 e1 =ins "o sD>ulo passa"o$ ,ois anos "epois3 >o1ple1enta/a3 es>reven"o u1 outro livroM O Programa Agrário do Partido Socialista Alemão.
&orD13 al!uns anos "epois3 1ais eata1ente e1 -5-N3 as "iver!@n>ias entre Karl Kautsky e a ala esquer"a "o parti"o ale1o au1enta13 e se >on>retia1 a partir "o 1o1ento e1 que ele elaora a sua teoria "o super i1perialis1o e >on>ilia >o1 os so>iais patriotas3 parti"ários "a !uerra e "a "e=esa na>ional$ )essa 1es1a Dpo>a3 os ol>Beviques$ ta1D1 ro1pe1 >o1 Kautsky3 e Lenin o >Ba1a "e renegado. Este "eate D a>irra"o "evi"o ?s posi#Ges "e Kautsky sore o pro>esso revolu>ionário russo$ Ele a>re"itava que na Rssia3 a to1a"a "o po"er se e=etuaria pa>i=i>a1ente3 pela via parla1entar3 e a>Bava que o paFs no estava ain"a 1a"uro para o so>ialis1o$ )o entanto3 sua autori"a"e teHri>a era to !ran"e3 e to !ran"e =ora1 as suas >ontriui#Ges e1 sua >Ba1a"a Ipri1eira =aseI3 que Lenin e Trotsky3 e1 1eio ? !uerra >ivil3 vira1/se ori!a"os a es>rever u1 livro para reater as suas >rFti>as$ Lenin es>reveM IA revolu#o proletária e o rene!a"o KautskyI$ Trotsky3 e1 seu =a1oso tre1 lin"a"o3 es>reve ITerroris1o e Co1unis1oI Pou IO Anti/KautskyIQ$ ,a >Ba1a"a Ipri1eira =aseI "e Karl Kautsky3 Kautsky3 se1 "vi"as A "vi"as A Questão Agrária D a que 1ere>eu por parte "o pli>o rasileiro e e1 to"o o 1un"o3 o 1aior "estaque$ Ao la"o "ela3 po"e1os enu1erar Programa Agrário do Partido Partido Socialista Socialista Alemão Pa ser e"ita"o reve1enteQ3 ain"aM O Programa reve1enteQ3 O Cristianismo, A Doutrina Econm Econmica ica.. To"as3 oras que o >onsa!rara13 naquela Dpo>a3 >o1o u1 "os 1ais =iDis intDrpretes "a "outrina 1arista$ A presente e"i#o "e A "e A Questão Agrária, D na ver"a"e3 a ter>eira e1 lFn!ua portu!uesa$ Antes3 a E"itora 0la1a e a E"itora Lae11ert tivera1 o 1Drito "e puli>ar esta ora3 que rapi"a1ente se es!otou$ Te1os a a>res>entar3 que esta e"i#o =oi possFvel "evi"o ? >a1ara"a!e1 e !entilea "e :er1Fnio Sa>>Beta que nos autoriou a utilia#o "os ori!inais "a E"itora 0la1a3 >ui"a"osa1ente tra"ui"os por C$ lperoi!3 aliás i>tor Aeve"o$ A tra"u#o "e i>tor Aeve"o3 paulista "e +ariri3 1ere>e u1 "estaque espe>ial$ Este in>ansável atalBa"or3 que parti>ipou "a =un"a#o "o &arti"o So>ialista Revolu>ionário3 =oi u1 !ran"e ornalista e ensaFsta$ ensaFsta$ ,es"e seu traalBo traalBo no Correio Correio &aulistano &aulistano e "epois no ,iário "a )oite3 )oite3 atD oras Bistorio!rá=i>as Bistorio!rá=i>as sore persona!ens rasileiros i1portantes PRe!ente 0ei63 Raposo Tavares e (anuel &retoQ3 i>tor "e Aeve"o teve3 >o1o seu >o1panBeiro :er1Fnio Sa>>Beta3 u1a vi"a to"a "e"i>a"a e1 prol "o so>ialis1o$ E1 -553 no 1Ds "e unBo3 itor "e Aeve"o "eia "e viver aos N anos "e i"a"e$ ,os seus traalBos traalBos >o1o tra"utor3 tra"utor3 1ere>eu u1 !ran"e "estaque "estaque alD1 "e A "e A Questão Agrária, o livro Stálin, "e Leon Trotsky$ E =inal1ente3 nossos a!ra"e>i1entos a (oni +an"eira3 que autoriou a puli>a#o "e seu teto Lenin, !auts"# e a $uestão agrária, na apresenta#o "este livro$
So &aulo3 outuro "e -579
8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _
LE%&%, !A'(S!) E A Q'ES(*O A+-&A At /o0e, nos meios socialistas, o ep1teto de rene!a"o sempre este2e associado ao nome de !auts"#. Cele3rizou4o assim a 5amosa 3roc/ura / A revolu#o proletária e o rene!a"o3 Kautsky / $ue Lenin escre2eu para de5ender a 5orma de go2erno implantada, na 6ssia, pelos 3olc/e2i$ues, ap7s a tomada do poder, em de no2em3ro de -5-$ enegado por $ue8 9!auts"# con/ece :ar; $uase de cor9 < dizia Lenin, no ardor da polemica e, mais adiante, acrescenta2a= 9Por muitas de suas o3ras, recon/ecemos $ue !auts"# soue ser um /istoriador mar;ista e esses tra3al/os 5icarão como /eran>a ines$uec12el do proletariado, apesar da apostasia do autor9. %em mesmo a aspereza do com3ate le2aria Lenin a cometer uma in0usti>a. !auts"#, na 2erdade, a3andonara os princ1pios re2olucionários do mar;ismo, como a insurrei>ão armada e a ditadura do proletariado, imaginando $ue a 2it7ria do partido socialista, pela maioria esmagadora do 2oto popular, 5or>aria as classes dominantes a capitular e aceitar, paci5icamente, a re5orma das institui>?es. Considera2a, alm do mais, $ue o socialismo s7 se tornaria poss12el num pa1s onde as 5or>as de produ>ão, so3 as rela>?es do capitalismo, esti2essem completamente desen2ol2idas. E a 6ssia atrasada e semi45eudal não se inclu1a, naturalmente, neste caso. 'm /omem como !auts"#, legatário de :ar; e disc1pulo de Engels, não poderia adotar a$uelas concep>?es $ue o le2aram a colocar4se contra a tomada do poder pelos 3olc/e2i$ues e a criticar acer3amente a ep63lica dos So2ietes, sem a30urar a doutrina= A 2iol@ncia do ata$ue des5ec/ado por Lenin correspondia, portanto, ? estatura pol1tica e te7rica da$uele $ue con/ecia :ar; $uase de cor e escre2era o3ras $ue constitu1am preciosa /eran>a do proletariado. Culmina2a uma luta iniciada em -5-N3 $uando Lenin, os 3olc/e2i$ues russos e a ala es$uerda da social4democracia alemã, / osa Lu;em3urg e !arl Lie3"nec/t / di2ergiram, a3ertamente, de !auts"#, c/e5e da && &nternacional, a prop7sito da conceitua>ão do imperialismo e da posi>ão diante da guerra mundial. Entre a direita dos socialistas // $ue aderiu aos seus respecti2os go2ernos, no con5lito, apoiando a de5esa da pátria / e a es$uerda internacionalista / $ue propugna2a pela trans5orma>ão da guerra imperialista em guerra re2olucionária contra o regime 3urgu@s, nos pa1ses en2ol2idos pela con5lagra>ão / !auts"# assumiu uma atitude de centro, paci5ista. %ão apoia2a a guerra, a de5esa nacional, mas concilia2a com a ala direita / Sc/eidemann, +uesde, ander2elde, Ple"ano2, os social4patriotas. Lan>a2a o apelo paz, $uando, para L@nin e a es$uerda internacionalista, o apelo paz 9s7 ad$uiria sentido como apelo luta re2olucionária9. !art !auts"# P-7N / -587Q representou, at então, o papel de eminente te7rico mar;ista, 9autoridade suprema da && &nternacional9, para usar a e;pressão de Lenin. il/o de :ina !auts"#, con/ecida como atriz e escritora, militante socialista, nasceu em Praga e estudou na 'ni2ersidade de iena. Em -7783 5undou o )eue *eit3 $ue se tornou o 7rgão o5icial da &nternacional Socialista, constituindo, at -5-3 um dos principais 7rgãos de di2ulga>ão mar;ista, apesar dos seus des2ios, a partir de -5-N$ Como todos os socialistas da$uela poca, !auts"# te2e uma carreira 3astante mo2imentada, 2i2endo de cidade em cidade da Europa= de -779 a -7723 em uric/ em -7783 em Stuttgart em -77N3 no2amente em uric/ de -77 a -7753 em Londres em -7593 em Stuttgart em FGHI, radicou4se em Berlim, trans5erindo4se, na dcada de -5293 para iena, onde passa2a grande parte do ano. A autoridade de !auts"#, como pensador e l1der socialista, cresceu, nos 5ins do sculo passado, desde a pu3lica>ão de 2árias o3ras, como A "outrina e>on1i>a "e Karl (ar3 a Utopia3 s3re (omas :orus, O Cristianis1o$ o &ro!ra1a So>ialista3 A ialista e A "outrina so>ialista3 li2ro este em $ue de5endeu os princ1pios re2olucionários do mar;ismo contra as tentati2as de re2isão realizada por Eduard Bernstein P-79/-582Q3 no seu li2ro ,ie oraussetun!en "es Soialis1us un" "ie Au=!aen "er Soial"e1okratie P-755Q3 traduzido para o ingl@s so3 o t1tulo de Evolutionary So>ialis1 e, para o 5ranc@s, como So>ialis1e TBDorique et So>ial"e1o>ratie &ratique$ A ão $ue a$uele partido de2eria adotar diante dos camponeses. Os 3á2aros, dirigidos por +eorg 2on ollmar JFGK4FHMMN, entendiam $ue os socialistas de2eriam considerar os
N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ camponeses po3res como proletários e $ue estes não tendiam a desaparecer, esmagados pelo capitalismo. !auts"#, depois de in2estir contra essa pol1tica, atacou, 2eementemente, o in5orme do comit@ agrário do partido, composto por Be3el, Lie3"nec/t Jo paiN e ollmar, mostrando $ue muitas das medidas propostas 5ortaleceriam o Estado 3urgu@s, ao contrário de de3ilitá4lo, $ue era a tare5a dos socialistas. Seu ponto de 2ista pre2aleceu. Em A ão da ri$ueza, como ocorre na ind6stria. As grandes propriedades a3sor2em as pe$uenas e 2eri5ica4se a proletariza>ão das camadas mais po3res do campesinato, $ue não agentam o peso dos impostos e das d12idas co3radas pelos capitalistas e lati5undiários. Lenin em -59- escre2eu uma srie de artigos, $ue reuniu so3 o t1tulo A questo a!rária e os >rFti>os "e (ar3 não s7 de5endendo a o3ra de !auts"# contra os seus ad2ersários, como aplicando as suas conclus?es ao panorama da 6ssia. Ela constitu1a, por assim dizer, uma 5onte indispensá2el para a compreensão do pro3lema agrário, do ponto de 2ista de :ar;, complementando e desen2ol2endo as teorias ela3oradas no terceiro 2olume de O Capital$ A o1preen"er o prole1a "o >a1po e a sua evolu#o so o >apitalis1o3 no po"erá "eiar "e >onBe>e/la$
(O)%* +A),E%RA
PE-C&O (AD'*O A%CESA A presente edi>ão surge mais de um ano ap7s o original alemão. Pude, pois, 3ene5iciá4la >o1 as cr1ticas $ue este suscitou, e o 5iz satis5eito, na medida e1 $ue elas me c/egaram ao con/ecimento e em $ue l/es recon/eci a 0usteza. :as s7 ti2e a corrigir pe$uenos enganos e algumas passagens insu5icientemente claras. :in/as opini?es essenciais não mudaram, e 5oram mesmo con5irmadas pelas o3ser2a>?es dos meus cr1ticos, as $uais pro2in/am, na sua maioria, de di5eren>as de mtodo e de pontos de 2ista, e um pouco da circunstRncia de se pretender en;ergar nas entrelin/as de meu tra3al/o coisas $ue a1 não se encontra2am. A razão para tanto 2amos encontrá4la, em parte, na comple;idade do o30eto de meu estudo em parte, nos mal4entendidos relati2os ao mtodo $ue segui, em 2irtude dos $uais /ou2e $uem esperasse "es>ri#Ges "e esta"os t1picos onde eu dese0ei apresentar ee1plos de ten"@n>ias t1picas e1 parte, en5im, na pre2en>ão e2idente de muitos, $ue iniciaram a leitura de meu li2ro, com a con2ic>ão de $ue contin/a certas opini?es. A este respeito me acontece / si parva li>et >o1ponere 1a!nis / o $ue aconteceu a :ar; com a sua teoria do 2alor A teoria do 2alor de icardo 5ora utilizada pelos socialistas tanto para a demonstra>ão da ini$idade e;pressa no salariato $uanta para o esta3elecimento de u1 sistema socialista de produ>ão e de troca. :ar; desen2ol2eu4a a t1tulo de e;plica>ão do con0unto do processo da produ>ão capitalista. :as no come>o a maioria dos leitores, sa3endo $ue :ar; era socialista, empreendeu o estudo de O Capital >o1 a con2ic>ão de $ue ele desen2ol2eria a teoria do 2alor como os socialistas precedentes, no des1gnio de moralizar ou de construir utopias. Assim, o p63lico alemão, antes da leitura de meu li2ro, sa3ia $ue eu era mar;ista e $ue no congresso de Breslau eu me pronunciara contra $ual$uer de5esa arti5icial dos camponeses. Puseram4se, pois, a percorrer o meu li2ro com a certeza de $ue nele /a2ia uma tentati2a para 5undamentar e resguardar o "o!1a 1arista$ Com e5eito não encontraram outra coisa, e nas suas cr1ticas censuraram o 1eu 5acciosismo. Pe>o, pois, aos meus leitores 5ranceses $ue não tomem con/ecimento do meu tra3al/o com a mesma idia preconce3ida. %ão posso e não $uero, certamente, negar $ue me situa2a num determinado ponto de 2ista, o
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ponto de 2ista do mar;ismo, $uando me dispus a compor esta o3ra. %ingum, penso eu, poderá reproc/ar4 me por isto. :as eu não tin/a em 2ista nen/um 5im de5inido $ue dese0asse atingir, ao contrário "o $ue a5irmaram certos cr1ticos li3erais ou mesmo socialistas. Antes de empreender as pes$uisas so3re a $uestão agrária, cu0os resultados constam deste 2olume, a min/a concep>ão da e2olu>ão social era $ue a e;plora>ão camponesa se 2ia amea>ada de um lado pela 5ragmenta>ão, de outro, pela grande empresa. Portanto, o mesmo desen2ol2imento, em3ora tal2ez so3 5orma di2ersa, se produzia na agricultura e na ind6stria / a proletariza>ão num dos p7los, no outro a marc/a a2ante da grande e;plora>ão capitalista. %ão se trata2a de um dogma mar;ista era igualmente a concep>ão da economia 3urguesa, e esta opinião esta2a em /armonia com os 5atos o3ser2ados na &nglaterra e na Aleman/a at uma poca pouco distanciada de n7s, e na ran>a e na Blgica, como o demonstrou ander2elde, ainda recentemente. As 6ltimas estat1sticas da Aleman/a e da &nglaterra, contudo, mostraram $ue esta e2olu>ão não era uma lei geral. Elas conduziram certos te7ricos concep>ão de $ue o 5uturo, na agricultura, 0á não pertencia e;plora>ão capitalista, mas e;plora>ão camponesa. Pes$uisei $ual das duas opini?es era a e;ata. Os meus es5or>os 1e le2aram, contra $ual$uer pre2isão, ao resultado de $ue nen/uma delas se re2estia de uma 2erdade geral, "e $ue não de2er1amos esperar, na agricultura, nem o =i1 da grande nem o da pe$uena e;plora>ão. (1n/amos a$ui, num dos p7los, a tend@ncia uni2ersalmente 0usta para a proletariza>ão. %o outro p7lo 2eri5icá2amos uma oscila>ão constante entre os progressos da pe$uena e os da grande e;plora>ão. &sto não seguramente o $ue se entende de ordinário por dogma mar;ista. C/eguei tam3m ao resultado de $ue a agricultura não produz por si mesma os elementos de $ue necessita para alcan>ar o socialismo. Ao contrário, a agricultura independente da ind6stria, $uer se0a camponesa, $uer se0a capitalista dei;a cada 2ez mais de ter o seu papel na sociedade. A ind6stria su30uga a agricultura. Assim, a e2olu>ão industrial tra>a cada 2ez mais a lei da e2olu>ão agr1cola. E nisto, ao se pr em e2id@ncia a industrializa>ão da agricultura, $ue eu 2e0o a idia central "o 1eu li2ro. Seria di51cil des2endar4se nele u1 "o!1a parti>ular1ente 1arista$ ander2elde c/egou, e1 pontos essenciais, independentemente de mim, aos mesmos resultados. E ningum l/e $uererá atri3uir o t1tulo de mar;ista dogmático. %ão me 5oi in5elizmente poss12el apro2eitar, na edi>ão alemã de meu li2ro, os tra3al/os preciosos de ander2elde, so3re a situa>ão agrária na Blgica, pois sH ti2e con/ecimento dos mais importantes dentre eles depois de ultimado o meu estudo. Quanto tradu>ão 5rancesa, esta2a sendo conclu1da no momento em $ue a pol@mica com Bernstein 1e a3sor2ia inteiramente e me pun/a na impossi3ilidade "e re5undir pro5undamente este li2ro. enunciei, pois, utiliza>ão dos tra3al/os "e ander2elde e de outros autores, pu3licados depois de terminado o original alemão. :as apro2eito a oportunidade para c/amar a aten>ão do leitor so3re os estudos do nosso camarada 3elga, $ue se re2estem de interesse tão grande. Outro moti2o 1e 2edou o apro2eitamento para a edi>ão 5rancesa dos resultados a $ue c/egara ander2elde= parece4me $ue seria presun>ão da min/a parte, como estrangeiro, dizer so3re a situa>ão agrária da ran>a e da Blgica, ao dirigir4me ao p63lico 3elga e 5ranc@s, mais do $ue dissera ao p63lico alemão. Ao contrário de2o pedir indulg@ncia aos meus leitores $uando trato de coisas relati2as ran>a. Sem a Statistique A!ri>ole "e la 0ran>e3 tão minuciosa e e;celentemente redigida, eu não teria ousado 5alar nesta edi>ão de 5atos mais pr7;imos dos meus leitores "o $ue de mim. Em geral, s7 tratei de 5atos pertinentes ran>a $uando con5irmam ou ilustram os resultados $ue apurei al/ures. Ao p63lico 5ranc@s apresentada a$ui apenas a primeira parte de meu li2ro. Tesito e1 apresentar4 l/e tam3m a segunda, em3ora se0a o seu complemento necessário= ela tira as conse$@ncias práticas das teorias desen2ol2idas na$uela primeira parte, e tenta 5i;ar a pol1tica agrária da Social4Democracia alemã. :as somente da Social4Democracia alemã, não da Social4Democracia internacional. A$ui ainda encontramos a di5eren>a mencionada acima entre os esta"os e as ten"@n>ias$ O te7rico de2e pes$uisar as tend@ncias gerais da e2olu>ão social a pol1tica prática de2e partir dos estados particulares $ue 2@ diante de si. As tend@ncias da e2olu>ão social, assim como as da e2olu>ão agr1cola, são essencialmente as mesmas em todos os recantos ci2ilizados, mas os estados $ue criaram 2ariam e;tremamente nos di2ersos pa1ses, e mesmo nas di2ersas partes de um mesmo pa1s, em 2irtude das di5eren>as de situa>ão geográ5ica, de clima, de con5igura>ão de solo, de passado /ist7rico e, por conseguinte, de poderio das classes sociais,etc. Eis por$ue poss12el a 5ormula>ão de uma teoria uni2ersalmente 2erdadeira da e2olu>ão agrária,
6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ mas não um programa agrário internacional. E se 5ui o3rigado, na parte te7rica, a estender as min/as in2estiga>?es alm das 5ronteiras da Aleman/a, eu 1e 2i compelido, segundo o o30eti2o mesmo da parte prática, a limitar4me a um pa1s particular, o $ue está mais perto de 1i1$ $ Esta parte prática pode ter interesse para um p63lico não alemão8 %o caso a5irmati2o, e1 $ue medida8 Eis o $ue não posso decidir. %ão posso igualmente decidir se os meus cr1ticos t@m razão $uando dizem $ue a segunda parte possui mais 2alor do $ue a primeira. Sou de parecer oposto. :as um autor não mede as suas pre5er@ncias $uanto s suas di2ersas o3ras segundo o mrito respecti2o destas, mas segundo o es5or>o $ue l/e e;igiram, e a primeira parte me o3rigou a resol2er pro3lemas muito mais di51ceis, muito mais complicados $ue a segunda, na $ual se e;aminam 5atos relati2amente simples. Alm disso, eu ti2e, na primeira, de rasgar por conta pr7pria o meu camin/o, ao passo $ue na segunda eu pude, o mais das 2ezes, seguir camin/os 5re$entados. A segunda parte por esse moti2o muito mais clara e de mais 5ácil compreensão $ue a primeira mas a pre5er@ncia, $ue um grande n6mero dos meus cr1ticos, e so3retudo dos meus cr1ticos socialistas por ela e;i3em, poderia 3em pro2ir igualmente do 5ato de ser precisamente prática, e de o5erecer os meios de ati2idade prática, de propaganda prática. De resto, são muito mais as necessidades práticas do $ue as necessidades te7ricas $ue 5azem com $ue /o0e nos sintamos seduzidos pela $uestão agrária. Os cr1ticos $ue mais censuraram o meu 5acciocismo mar;ista são 0ustamente os $ue mais se impregnaram do dese0o de con$uistar os camponeses para o seu partido. Procurei li3ertar4me desse dese0o antes de empreender as min/as pes$uisas. ealizei4as sem cogitar das conse$@ncias $ue de2eria tirar relati2amente s rela>?es de meu partido com os camponeses, e 2e0o nisso uma condi>ão a permitir4me, na $uestão agrária, maior imparcialidade te7rica do $ue a dos cr1ticos aludidos. Quanto mais os leitores 5izerem a3stra>ão, na leitura das páginas $ue se seguem, da a>ão poss12el de algumas proposi>?es so3re as rela>?es práticas entre o socialismo e a classe camponesa, tanto mel/or será para mim e para o meu li2ro. Esta não D a primeira o3ra com $ue me apresento ao p63lico 5ranc@s. Tá alguns meses apareceu nesse idioma um escrito meu, 3astante longo, de pol@mica contra Bernstein PO (aris1o e o seu >rFti>o +ernsteinQ$ (eria pre5erido dirigir4me antes ao p63lico 5ranc@s por intermdio do presente 2olume. Possa ele ao menos pro2ar $ue o tra3al/o positi2o me agrada mais do $ue a luta contra camaradas cu0as opini?es não são as min/as, lutas $ue s7 aceito a contragosto, e $uando a tanto sou pro2ocado. %o presente escrito a3sti2e4me de $ual$uer pol@mica, em3ora as ocasi?es de de3ate não ten/am 5altado. 'm pro2r3io italiano diz tra"uttore tra"itore$ %ão posso con5irmar a 2erdade $ue enuncia. De2o, e1 particular, grandes agradecimentos aos meus tradutores 5ranceses. Se meu li2ro alcan>ar algum @;ito 0unto ao p63lico 5ranc@s, e1 parte não pe$uena será pelo cuidado e pela consci@ncia com $ue os srs. Edgard :il/aud e Camillo Polac" realizaram esta 2ersão. +erli13 aril "e -599 !. !auts"#
PE-C&O ED&UO ALE:U
A presente o3ra 5oi composta em seguida s discuss?es $ue se tra2aram em torno do programa agrário ela3orado em 2irtude das deli3era>?es da Social4Democracia alemã no congresso de ranc"5ort, e condenado no congresso de Breslau. O $ue $uer se pense a respeito dessas discuss?es, elas e2idenciaram $ue na Social4Democracia alemã, como na Social4Democracia internacional e;istem opini?es muito di5erentes so3re as tend@ncias de e2olu>ão da agricultura moderna. @4se $ue at /o0e ainda não se encontrou o 5undamento inatacá2el so3re o $ual possa a Social4Democracia erguer uma pol1tica agrária resoluta.
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ oi tam3m declarado em Breslau, por unanimidade, $ue se torna2a necessário um estudo te7rico pormenorizado da situa>ão agrária, de2endo ele ser 5eito o mais rapid amente poss12el. Certamente, não 5ora indispensá2el esta circunstRncia para dar4me gosto pela $uestão agrária. Vá no come>o de min/a 2ida pol1tica eu me ocupara ati2amente do assunto. Em FGIG, $uando eu escre2ia ainda so3 o pseudnimo de Sy11a>Bos3 pu3li$uei no So>ialista de iena uma srie de artigos so3re Os >a1poneses e o So>ialis1o P,ie +auern un" "er Soialis1usQ3 os $uais de2iam aparecer em separata como 5ol/eto de propaganda, mas $ue de 5ato não apareceram, 2isto ter sido con5iscada toda a edi>ão. Em FGIH, eu conclu1 o meu escrito so3re a %n=lu@n>ia "o >res>i1ento "a popula#o sore o pro!resso "a so>ie"a"e PEin=luss "er olsver1eBrun! au= "en 0orts>Bri=t3 "er 'esells>Ba=tQ3 no $ual a $uestão da produ>ão dos g@neros aliment1cios tem um grande papel em -7793 os Anais "a so>iolo!ia "e Ri>Bter pu3licaram o meu artigo so3re a propaganda entre os camponeses em -77- discuti nos Estu"os E>on1i>os PStaatsitBs>Ba=tli>Be ABan"lun!enQ o pro3lema da concorr@ncia dos cereais de alm mar. Alm disso, redigi então uma srie de 2olantes de propaganda destinados aos camponeses, O Tio "a A1Dri>a3 e outros .... Logo $ue, /á $uatro ou cinco anos, a $uestão agrária passou para o primeiro plano das discuss?es dos partidos socialistas da Europa, s7 ti2e de reatar um antigo con/ecimento. 'm con/ecimento $ue 0amais perdera de 2ista. Com o tempo o pro3lema apenas gan/ara interesse, tanto do ponto de 2ista prático $uanto do ponto de 2ista te7rico. O crescimento de nosso partido e a crise agrária o tornaram um dos mais importantes entre os pro3lemas práticos de $ue a Social4Democracia de2e cogitar. A esse tempo, o mar;ismo se constitu1ra em todos os lugares 3ase do mo2imento socialista. Aparecera o terceiro 2olume de O Capital com as suas 3ril/antes pes$uisas so3re a renda territorial, mas precisamente a e2olu>ão da agricultura produzira 5enmenos $ue pareciam inconciliá2eis com as teorias mar;istas. Assim, a $uestão agrária passa2a tam3m ao primeiro plano das preocupa>?es te7ricas. %as min/as pes$uisas so3re o pro3lema, $ue con/ecia de longa data, eu não espera2a es3arrar em em3ara>os especiais. Eu dese0a2a apresentar o mais rapidamente poss12el o meu tra3al/o ao p63lico, 2isto não tratar de $uest?es de interesse puramente te7rico mas de $uest?es da maior atualidade. Contudo tr@s anos se escoaram antes $ue meu li2ro pudesse aparecer. &sto em parte de2ido s numerosas interrup>?es determinadas pela min/a situa>ão, pelo cuidado $ue de2o dar aos pro3lemas do dia, pela tare5a $ue me cou3e em 2irtude da morte de Engels, de pu3licar os escritos dei;ados por :ar;, e em parte pelo dese0o de 3asear o meu estudo principalmente so3re os resultados das estat1sticas agr1colas mais recentes W do in$urito da comissão parlamentar agrária da &nglaterra, do terceiro 2olume do recenseamento americano de -759 pertinente agricultura, do in$urito agrário 5ranc@s de -7523 e do tom3amento das e;plora>?es e das pro5iss?es agr1colas na Aleman/a de -75 4 pu3lica>?es $ue surgiram apenas em FGHI, ou mesmo em FGHG. Alm disso, eu perce3i, no decurso do meu tra3al/o, $ue me era imposs12el limitar o $ue eu tin/a a dizer ao $uadro de um 5ol/eto, segundo o $ue imaginara. O de $ue temos necessidade mais premente não , ao $ue me parece, aumentar de mais uma unidade o n6mero das monogra5ias e in$uritos agr1colas, 0á tão a3undantes. Por mais preciosos $ue se0am, não se pode dizer $ue 5altem dados so3re a $uestão agrária= os go2ernos, a ci@ncia e a imprensa das classes 3urguesas os p?em em curso, do come>o ao 5im do ano em $uantidade a3solutamente esmagadora. O $ue nos 5alta D o 5io condutor $ue nos permita um rumo nesse em3aral/amento de 5atos tão di2ersos, D o con/ecimento das tend@ncias 5undamentais $ue atuam so3 os 5enmenos, e os determinam. (rata4se de considerar como 5enmenos parciais de um processo de con0unto as di2ersas $uest?es particulares integrantes da $uestão agrária, a rela>ão entre as grandes e as pe$uenas e;plora>?es, o endi2idamento, o direito de /eran>a, a 5alta de 3ra>os, a concorr@ncia de alm mar, etc., $ue são /o0e estudadas parte como 5enmenos especiais. (rata4se de tare5a di51cil, assunto de grande amplitude, e eu não con/ecia tra3al/os anteriores importantes ela3orados do ponto de 2ista do socialismo moderno. Os te7ricos da Social4Democracia se consagraram naturalmente de pre5er@ncia ao estudo da e2olu>ão industrial. Engels, e so3retudo :ar;, disseram com e5eito coisas muito importantes so3re 5atos de ordem agrária, mas em regra geral s7 o 5izeram em o3ser2a>?es acidentais. Ou em curtos artigos. A3rimos uma e;ce>ão para a parte da Ren"a Territorial no terceiro 2olume de X O CapitalV3 mas ela não 5oi inteiramente conclu1da. :ar; morreu sem ter terminado a sua o3ra 5undamental. :as mesmo $ue a /ou2esse terminado, nela não encontrar1amos todos os esclarecimentos $ue 3uscamos /o0e em dia. Sim, de acordo com o seu plano de tra3al/o, ele apenas trata da agricultura capitalista, Ora, o $ue mais nos ocupa atualmente o papel das 5ormas pr4capitalistas e não capitalistas da agricultura no interior da sociedade capitalista.
7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Contudo, X O CapitalV se re2este de interesse inapreciá2el para o nosso con/ecimento dos 5atos de ordem agrária, inapreciá2el não apenas pelos seus resultados, mas so3retudo pelo seu mtodo, $ue nos /a3ilita a prosseguirmos de maneira pro2eitosa alm dos seus dom1nios. Se consegui desen2ol2er na presente o3ra alguns pensamentos no2os, 5ecundos, eu o de2o antes de tudo aos meus dois grandes mestres, e insisto neste ponto tanto mais deli3eradamente $uanto certo $ue de algum tempo a esta parte, mesmo nos meios socialistas, /á 2ozes $ue declaram ter en2el/ecido o ponto de 2ista de :ar; e Engels $ue eles prestaram ser2i>os rele2antes na sua poca, e ainda /o0e dariam est1mulos preciosos mas $ue, so3 pena de nos ossi5icarmos no dogmatismo, de2eremos ultrapassá4los para alcan>armos planos mais altos. &sto seria e;igido mesmo do ponto de 2ista da dialtica mar;ista, segundo a $ual não /á 2erdades eternas e toda e2olu>ão nasce da nega>ão do $ue e;iste. Essa a5irmati2a tem uma apar@ncia muito 5ilos75ica, mas nos conduz 5amosa conclusão de $ue :ar; se enganara por $ue ti2era razão, $ue a dialtica de2era ser 5alsa pela simples razão de ser 2erdadeira. (al conclusão contm seguramente uma coisa inegá2el= o erro da dialtica / mas não da dialtica mar;ista. Engels 0á mostrou no seu X Anti/,WBrin!V P2$a edi>ão, pág. FYYN a 3o3agem de considerar4se uma nega>ão $ue se anula >o1o mem3ro do processo dialtico. O desen2ol2imento pela nega>ão não implica a3solutamente a nega>ão de tu"o o $ue e;iste ela pressup?e ao contrário, a persist@ncia da$uilo $ue 2ai desen2ol2er4se. A nega>ão da sociedade capitalista pelo socialismo não signi5ica a supressão da sociedade /umana, mas somente a supressão de certos lados de5inidos de uma das 5ases de sua e2olu>ão. E ela não signi5ica, muito menos, a supressão de todos os lados $ue distinguem a sociedade capitalista da 5orma social $ue a precedeu. Se a propriedade capitalista a ne!a#o "a proprie"a"e in"ivi"ual3 o so>ialis1o D a ne!a#o "a ne!a#o$ Esta resta3elecerá a propriedade indi2idual, mas 9na 3ase das con$uistas da era capitalista9 P(ARX3 ,as Capital3 2. E"$3 pá!$ 58Q$ A e2olu>ão será um progresso $uando não se limite a. negar, a suprimir, mas $uando conser2e tam3m $ual$uer coisa se ao lado da e;ist@ncia $ue mere>a desaparecer ela tam3m encontre a e;ist@ncia $ue mere>a ser conser2ada. Z nesta medida $ue o progresso consiste num conglomerado de con$uistas de 5ases anteriores da e2olu>ão. A e2olu>ão dos organismos não condicionada apenas pela a"apta#o mas tam3m pela Bere"itarie"a"e$ As lutas de classes $ue determinam a e2olu>ão da sociedade /umana não são dirigidas unicamente para a "estrui#o e para a >ria#o3 mas tam3m para a >onquista3 isto , para a manuten>ão de coisas $ue e;istem. O progresso da ci@ncia seria imposs12el sem a transmissão de seus tra3al/os anteriores, da mesma 5orma $ue sem a cr1tica $ue deles se 5a>a, e o progresso da arte não pro2m apenas da originalidade do g@nio a romper todos os $uadros da tradi>ão, mas tam3m .da compreensão das o3ras4primas dos seus predecessores. SH se pode ad$uirir o con/ecimento do $ue caducou e do $ue de2e ser conser2ado em determinado momento, pelas pes$uisas com 5undamento na realidade. A 57rmula da dialtica, somente a3solutamente incapaz de 5ornecer uma solu>ão á pronta de modo a dispensar essas pes$uisas. Ela apenas nos proporciona o meio de as realizarmos com mtodo, dando acuidade ao ol/ar .do pes$uisador. %isto, $ue consiste o seu grande mrito. :as ela não nos coloca na mão, sem mais nada, resultados 5inais. $ $ A suposi>ão de $ue da doutrina de :ar; se deduz a priori $ue ela de2a ser ultrapassada. repousa, pois, numa concep>ão inteiramente 5alsa da sua dialtica. Z ela um erro, e em $ue medida8 Em $ue medida ela um Κιηµα ες αει, uma con$uista de5initi2a da ci@ncia8 Eis o $ue não se pode decidir por um apelo pr7pria dialtica, mas unicamente, pelo estudo dos 5atos. :as at a$ui estes não me parecem ter contri3ui>ão para a ne!a#o do mar;ismo. e0o 3em o aparecimento de descon5ian>as e d62idas, mas em parte algumas 2erdades no2as, suscet12eis de ultrapassarem o mar;ismo. As simples descon5ian>as e d62idas não constituem uma nega>ão no sentido da dialtica, não signi5icam um desen2ol2imento conduzindo alm da 2erdade con$uistada, uma derrota desta. A causa dessas d62idas me parece ter origem antes na pessoa dos $ue du2idam do $ue na doutrina criticada. Esta conclusão decorre não somente dos resultados o5erecidos pelo e;ame de tais d62idas, como tam3m de min/a e;peri@ncia pr7pria. As min/as simpatias, logo $ue comecei a interessar4me pelo socialismo, não se orienta2am de modo algum para o mar;ismo. Eu dele me apro;imei com esp1rito tão cr1tico e ctico $uanto o dos $ue /o0e deitam um ol/ar desden/oso so3re o meu 5anatismo dogmático. oi a contragosto $ue me tornei mar;ista. :as então, >o1o mais tarde, todas as 2ezes $ue numa $uestão 5undamental as d62idas me assalta2am, eu sempre aca3a2a por 2eri5icar $ue o erro era meu, e não de meus mestres, pois um estudo apro5undado da matria me 5or>a2a a recon/ecer a 0usteza do seu ponto de 2ista. Eis como cada no2o e;ame, cada
5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ tentati2a de re2isão s7 me conduziam a uma con5ian>a maior, a uma adesão mais 5orte doutrina cu0a di5usão e cu0a aplica>ão se tornaram a 5inalidade de min/a 2ida. Os 5atos da e2olu>ão agrária t@m suscitado as d62idas mais o3stinadas contra o ponto de 2ista mar;ista. At $ue ponto se 0usti5icam8 Z o $ue o presente li2ro mostrará.
Berlim4riedenau, dezem3ro de FGHG
K$ Kautsky
&R%(E%RA &ARTE A evolu#o "a a!ri>ultura na so>ie"a"e >apitalista % %)TRO,UÇÃO o 1o"o "e pro"u#o >apitalista que "o1ina na so>ie"a"e atual$ o anta!onis1o "a >lasse "os >apitalistas e "o proletaria"o assalaria"o que 1ove nosso sD>ulo e lBe "á a sua =isiono1ia$ (as o 1o"o "e pro"u#o >apitalista no >onstitui a ni>a =or1a "e pro"u#o eistente na so>ie"a"e "e nossos "ias$ Ao la"o "ele se en>ontra1 ain"a restos "e 1o"os "e pro"u#o prD/>apitalistas que se 1antivera1 atD Boe$ E á se po"e i!ual1ente "es>orir e1 1uitas epressGes "a e>ono1ia "e Esta"o3 "a e>ono1ia >o1unal e "a >oopera#o3 os !er1es "e u1 novo 1o"o "e pro"u#o3 1ais eleva"o$ Assi13 pois3 o anta!onis1o "e >lasse "os >apitalistas e "o proletaria"o assalaria"o no D o ni>o anta!onis1o so>ial "e nosso te1po$ Ao la"o "essas "uas >lasses3 e atravDs "elas3 eiste1 1uitas outras 4 entre elas os >i1os >o1o os porGes "a so>ie"a"e3 aqui os 1onar>as e seus >ortesGes3 a>olá as "i=erentes espD>ies "o proletaria"o an"raoso PLumpenproletariat Q 4 to"as as >a1a"as que so resF"uos "e =or1as so>iais prD/>apitalistas e e1 parte pro"ui"as3 ou ao 1enos =avore>i"as3 no seu >res>i1ento3 pelas ne>essi"a"es "o prHprio >apitalis1o$ Essas "iversas >lasses3 u1as as>en"entes3 outras "e>a"entes3 >o1 os seus interesses etre1a1ente varia"os 3 perpetua1ente e1 1u"an#a3 >rua1/se e entrela#a1/se "a 1aneira 1ais >o1plea >o1 os interesses "os >apitalistas3 "e u1a parte3 "os proletários3 "e outra3 se1 >oin>i"ir inteira1ente >o1 os "e uns e outros$ E so elas que "o ?s lutas politi>as "e nosso te1po o seu >aráter "e in>ertea3 que as en>Be1 "as surpresas 1ais sin!ulares$ O teHri>o "eseoso "e pesquisar as leis =un"a1entais que !overna1 a vi"a "a so>ie"a"e atual no po"e "esen>a1inBar/se por essa 1ulti"o "e =en1enos$ Ele "eve >onsi"erar o 1o"o "e pro"u#o >apitalista na sua ess@n>ia3 nas suas =or1as >lássi>as3 separan"o/o "e to"os os restos e !er1es a1ientes "e outras =or1as "e pro"u#o$ %nversa1ente3 o polFti>o práti>o >o1eteria u1a !rave =alta se >onsi"erasse os >apitalistas e os proletários >o1o os ni>os =atores "a so>ie"a"e atual e "esviasse os olBos "as outras >lasses$ O Capital "e (ar trata apenas "os >apitalistas e "os proletários$ (as no FG Brumário e na e2olu>ão e Contra4e2olu>ão na Aleman/a3 "o 1es1o autor 4 ao la"o "os proletários e "os >apitalistas 4 1onar>as e proletários an"raosos PLumpenproletariat Q3 >a1ponesses e pequenos ur!ueses3 uro>ratas e sol"a"os3 pro=essores e estu"antes t@1 ta1D1 o seu papel$ Entre essas >a1a"as so>iais inter1e"iárias3 a >lasse "os >a1poneses3 que >onstituFa3 ain"a Bá pou>o te1po3 a parte 1ais >onsi"erável "a popula#o "e nossos Esta"os3 se1pre preo>upou3 ao 1ais alto ponto3 os parti"os "e1o>ráti>os e revolu>ionários "e nosso sD>ulo$ &ara esses parti"os3 ori!inários "as
-9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >i"a"es3 o >a1pon@s era u1 ser 1isterioso3 estranBo3 ?s vees 1es1o 1uito inquietante$ Ten"o outrora >o1ati"o "a 1aneira 1ais enDr!i>a a %!rea e os prFn>ipes3 a norea3 ele se a!arrava a!ora >o1 a 1aior ostina#o a essas institui#Ges$ iu/se 1es1o que punBa tanto ar"or e1 a"erir ao parti"o "os eplora"ores quanto as outras >lasses e1 lutar por sua e1an>ipa#o$ 0reqWente1ente voltou >ontra as "e1o>ra>ia as ar1as que esta lBe o=ere>eu$ A So>ial/,e1o>ra>ia3 no >o1e#o3 pou>o se preo>upou >o1 o >a1pon@s$ %sto se epli>a por no ser ela u1 parti"o "e1o>ráti>o no senti"o ur!u@s "a palavra3 u1a en=eitora "e to"o o 1un"o3 visan"o satis=aer os interesses "e to"as as >lasses3 por 1ais opostas que sea1 u1a "as outras$ Ela D u1 parti"o "e luta "e >lasse$ A or!ania#o "o proletaria"o urano re>la1ou3 nos pri1eiros anos "e sua eist@n>ia3 to"os os >ui"a"os$ E ela esperava que a evolu#o e>on1i>a lBe preparasse o >a1inBo no >a1po >o1o na >i"a"e3 e que a luta entre a pequena e !ran"e eplora#o >on"uisse ? supresso "a pri1eira3 "e 1aneira que lBe =osse ento =á>il tare=a a >onquista3 ain"a >o1o parti"o pura1ente proletário3 "a 1assa "a popula#o a!rF>ola$ :oe3 a So>ial/,e1o>ra>ia >res>eu to >onsi"eravel1ente que as >i"a"es á no lBe apresenta1 es=eras "e a#o su=i>iente$ (as3 asso1 que penetra no 1eio rural3 ela se >Bo>a >o1 essa =or#a 1isteriosa que á reservou tantas surpresas a outros parti"os "e1o>ráti>os revolu>ionários$ Ela v@ que a pequena eplora#o na a!ri>ultura no oe"e>e "e 1o"o al!u1 a u1 pro>esso "e "esapare>i1ento rápi"o3 que as !ran"es eplora#Ges sH lenta1ente >onquista1 terreno3 per"en"o/o 1es1o e1 al!uns lu!ares$ To"a teoria e>on1i>a e1 que se apHia pare>e =alsa "es"e que tenta apli>á/la na a!ri>ultura$ (as se esta teoria no se apli>asse real1ente ? a!ri>ultura3 ur!iria trans=or1ar inteira1ente no apenas a táti>a se!ui"a atD Boe3 1as ta1D1 os prHprios prin>Fpios "a So>ial/,e1o>ra>ia$ Z$ So1art no seu lti1o livro3 =risou astante as se!uintes >onsi"era#GesM Se /á na 2ida econmica dom1nios $ue escapam ao processo da socializa>ão e l/e escapam por$ue a pe$uena e;plora>ão tem s 2ezes neles uma importRncia maior, sendo mais produti2a a grande, $ue 5azer então8 Ci5ra4se nisto o pro3lema $ue se apresenta /o0e como $uestão agrária, á Social4Democracia. Será $ue o ideal comunista, $ue tem por 5undamente a grande empresa, e ao mesmo tempo o programa $ue dele resulta de2erão e;perimentar uma trans5orma>ão de princ1pio em 5ace dos camponeses se se c/ega a compreender, de 5ato, $ue na e2olu>ão agrária não ocorre a tend@ncia grande e;plora>ão, e $ue esta 6ltima, na es5era da produ>ão rural não a3solutamente a mais alta 5orma, teremos então a $uestão decisi2a, e da1 a pergunta= de2eremos ser democratas no sentido de en2ol2ermos em nosso mo2imento essas e;ist@ncias cu0a 3ase reside na pe$uena e;plora>ão, modi5icando em seguida o noso programa e renunciando ao o30eti2o comunista ou de2eremos continuar proletários, ol/os 5i;os [nesse o30eti2o[ e e;cluir assim os re5eridos elementos de nossa cogita>ão8... De2o 5alar a$ui com as part1culas [se[ e [mas[, por$ue at agora, ao $ue eu sai3a, não se pde esta3elecer com seguran>a $ual a tend@ncia e2oluti2a da agricultura, nem $ual a mais alta 5orma de e;plora>ão, ou mesmo se /á uma 5orma superior de e;plora>ão na produ>ão rural. :as dentro do $ue posso 0ulgar, a$ui se encontram, de modo geral, os limites do Sistema de :ar;. Dentro do $ue posso 0ulgar, as dedu>?es de :ar; não podem ser transportadas, tais $uais são, para o dom1nio da agricultura. :as a sua teoria do desen2ol2imento, $ue pressup?e o crescimento da grande e;plora>ão, a proletariza>ão das massas, e $ue deduz dessa e2olu>ão, como conse$@ncia necessária o socialismo W essa teoria s7 clara para o dom1nio industrial. Ela não o para o dom1nio agrário. Parece4me $ue apenas a pes$uisa cient15ica poderá preenc/er a lacuna, $ue e;iste certamente PSoialis1us un" soiale +ee!un! i1 -5 [aBrBun"ert3 pa!$ ---Q$ )o te1e1os seno u1a >oisaM que tenBa1os "e esperar 1uito te1po a esse respeito$ A questo "e se saer se a !ran"e ou a pequena proprie"a"e territorial D a 1ais vantaosa preo>upa os e>ono1istas Bá 1ais "e u1 sD>ulo3 e ain"a no se vislu1ra o =i1 "o "eate$ %sso no te1 i1pe"i"o3 >ontu"o que3 enquanto os teHri>os "is>ute1 o assunto3 a a!ri>ultura realie u1a po"erosa evolu#o3 evolu#o que se po"e a>o1panBar >o1 olBar atento$ (as3 para ener!á/la no se "eve =iar a retina e>lusiva1ente sore a luta "a !ran"e e "a pequena eplora#o3 no se "eve >onsi"erar a a!ri>ultura e1 si 1es1a3 in"epen"ente1ente "o 1e>anis1o >o1pleto "a pro"u#o so>ial$ Se1 "vi"a al!u1a 4 e o a"1iti1os >o1o prova"o 4 a a!ri>ultura no se "esenvolve se!un"o o 1es1o pro>esso "a in"stria$ Ela se!ue leis prHprias$ (as isto asoluta1ente no quer "ier que a evolu#o "a a!ri>ultura se >oloque e1 oposi#o ? in"ustria e que a1as sea1 in>on>iliáveis$ Ao >ontrário3 ul!a1o/nos >o1 ele1entos para "e1onstrar que a1as ten"e1 para o 1es1o =i13 u1a ve que no as isole1os u1a "a outra3 e as >onsi"ere1os >o1o partes "e u1 1es1o pro>esso >onunto$ ,e resto3 a teoria 1arista "o siste1a "e pro"u#o >apitalista no >onsiste si1ples1ente e1 re"uir a evolu#o "este ? =or1ula 4 Desaparecimento da pe$uena e;plora>ão diante da grande 4 que3 u1a ve "e>ora"a3 no pusesse por assi1 "ier no olso a >Bave "o e"i=F>io "a e>ono1ia 1o"erna$
--
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Se se "esea estu"ar a questo a!rária se!un"o o 1Dto"o "e (ar3 no se "eve equa>ionar apenas o prole1a "e saer se a pequena eplora#o te1 ou no =uturo na a!ri>ultura$ ,eve/se3 ao >ontrário3 pesquisar to"as as trans=or1a#Ges eperi1enta"as por esta lti1a no "e>urso "o re!i1e "e pro"u#o >apitalista$ ,eve/se pesquisar se e como o capital se apodera da agricultura" re#olucionandoa" sub#ertendo-a" sub#ertendo as antigas formas de produção e de propriedade" criando a necessidade de no#as formas .
So1ente quan"o tiver1os respon"i"o a estas per!untas D que po"ere1os ver se a teoria "e (ar D ou no apli>ável ? a!ri>ultura3 e se a supresso "a proprie"a"e priva"a "os 1eios "e pro"u#o "eve estar "iante "o 1ais >onsi"erável "e to"os os 1eios "e pro"u#o 4 a terra$ A nossa tare=a está assi1 >lara1ente tra#a"a$
%% O CA(&O)\S E A %),]STR%A O siste1a "e pro"u#o >apitalista se "esenvolve !eral1ente Pe>e#o "e >ertas >olniasQ e1 pri1eiro lu!ar nas cidades, e1 pri1eiro lu!ar na ind6stria. O 1ais >o1u1 D que a a!ri>ultura lBe es>ape ? in=lu@n>ia "urante 1uito te1po$ (as a evolu#o "a in"stria á >onse!uiu 1o"i=i>ar o >aráter "a pro"u#o rural$ A =a1Flia "o >a1pon@s "a %"a"e (D"ia >onstituFa u1a so>ie"a"e e>on1i>a astan"o/se inteira1ente3 ou quase inteira1ente3 a si 1es1a3 u1a so>ie"a"e que no apenas pro"uia os seus !@neros ali1entF>ios3 1as ta1D1 >onstruFa a sua >asa3 os seus 1Hveis e utensFlios "o1Dsti>os^ =ari>ava 1es1o a 1aior parte "as =erra1entas !rosseiras >o1 que >urtia peles3 preparava o linBo e a l3 >on=e>>ionava as suas roupas3 et>$ O >a1pon@s ia >erta1ente ao 1er>a"o3 1as uni>a1ente para ven"er o soeo "o que pro"uia3 e apenas >o1prava o supDr=luo3 e>eto o =erro que e1pre!ava3 aliás na 1enor quanti"a"e possFvel$ ,o resulta"o "o 1er>a"o po"eria1 "epen"er a sua aastan#a e o seu luo3 1as nun>a a sua eist@n>ia$ Esta so>ie"a"e3 que se astava a si 1es1a3 era in"estrutFvel$ O pior a lBe a>onte>er seria u1a pDssi1a >olBeita3 u1 in>@n"io3 a invaso "e u1 eDr>ito ini1i!o$ (as 1es1o esses !olpes "o a>aso sH >onstituFa1 u1 1al passa!eiro^ no se>ava1 as =ontes "a vi"a$ Contra as >olBeitas in=elies o >a1pon@s se prote!ia as 1ais "as vees >o1 as !ran"es provisGes ar1aena"as^ o !a"o lBe "ava o leite e a >arne^ a =loresta e o >Hrre!o pa!ava13 i!ual1ente3 seu triuto ? ali1enta#o$ )a 1ata >olBia ain"a a 1a"eira "e que se utiliava para a >onstru#o "e nova >asa3 "epois "e u1 in>@n"io$ aproi1a#o "o ini1i!o3 es>on"ia/se na =loresta >o1 o !a"o e os ens 1Hveis3 retornan"o quan"o o invasor se a=astava$ O que este po"ia ter "evasta"o3 a lavoura3 a pasta!e13 os osques3 no pu"era >ontu"o "estruir$ Se os ra#os ne>essários >ontinuava1 váli"os3 se os Bo1ens e o !a"o na"a Bavia1 so=ri"o3 o 1al era "e =á>il repara#o$ E1 nosso sD>ulo3 ain"a3 o e>ono1ista >onserva"or Sis1on"i nos "es>reveu >o1 a!ra"ável viva>i"a"e a situa#o "esses >a1poneses in"epen"entes3 >ua eist@n>ia >onstituFa o seu i"ealM A 5elicidade rural, cu0o $uadro nos o5erecido pela /ist7ria, nos tempos glor io sos da &tália e da +rcia, não tam3m descon/ecida em nosso sculo. Onde $uer $ue se encontrem camponeses proprietários, encontra4se igualmente a a3astan>a, na tran$ilidade, a con5ian>a no 5uturo, a independ@ncia $ue asseguram a 5elicidade e a 2irtude. O campon@s $ue 5az, com os 5il/os, todo o tra3al/o de sua pe$uena /erdade, $ue não paga renda a nen/um sen/or nem salário a nen/um su3alterno, $ue gradua a sua produ>ão pelo seu consumo, $ue come o seu pr7prio trigo, 3e3e o seu pr7prio 2in/o, $ue se 2este com o seu cRn/amo e a sua lã, pouco se preocupa com os pre>os do mercado por$ue ele pouco tem a 2ender e a comprar, e 0amais arruinado pelas re2olu>?es do comrcio. Longe de temer o 5uturo, ele o 2@ 3elo na sua esperan>a por$ue apro2eita em 5a2or dos 5il/os, para os sculos 2indouros, cada instante $ue o tra3al/o do ano não l/e re$ueira. Bastam4l/e poucos momentos para lan>ar terra a semente $ue dentro de cem anos será uma grande ár2ore, para ca2ar o a$ueduto $ue drenará para sempre o seu campo, para 5ormar a 3ica $ue l/e dará uma corrente de água pura, para mel/orar, atra2s de cuidados repetidos, mas 5urtados a seus instantes perdidos, todas as espcies de animais e de 2egetais $ue o cercam. O seu pe$ueno patrimnio uma 2erdadeira cai;a econmica sempre apta a rece3er todos os seus pe$uenos lucros, a 2alorizar todos os seus momentos de 5olga, A 5r>a sempre ati2a da natureza 5ecunda4os e centuplica4os. O campon@s e;perimenta 2i2amente o sentimento dessa 5elicidade, resultante da sua condi>ão de proprietário
-2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ P [$ C$ L$ S%S(O),E ,E S%S(O),%3 Ztudes sur l[Economie politi$ue3 %3 pá!s$ -93 --Q$ Essa =eli>i"a"e "o pequeno >a1pon@s po"ia3 Bá sessenta anos3 ain"a ser "es>rita e1 >ores to vivas por u1 "os e>ono1istas 1ais >onsi"eráveis "o te1po$ O retrato era >erta1ente u1 pou>o lisoneiro$ ,e resto3 no representava o esta"o !eral "os >a1poneses$ Sis1on"i tinBa e1 vista3 prin>ipal1ente3 a SuF#a e al!u1as re!iGes "a Alta %tália$ (as e1 to"o >aso no se trata "e u1 qua"ro i1a!inário3 1as pinta"o ao natural por u1 oserva"or penetrante$ Co1pare/se a situa#o >o1 a "os >a1poneses atuais "e to"a a Europa3 se1 e>etuar/se a SuF#a3 e no se "issi1ulará que u1a pro=un"a revolu#o e>on1i>a se pro"uiu a partir "aquele te1po$ O ponto "e parti"a "essa revolu#o =oi a "issolu#o que a in"stria essen>ial1ente urana e o >o1Dr>io "eter1inara1 na pequena in"stria "os >a1poneses$ )o seio "a =a1Flia rural sH era possFvel u1a =ra>a "iviso "e traalBo3 que no ia alD1 "a "iviso entre Bo1ens e 1ulBeres$ )o a"1ira3 pois3 que a in"stria urana tenBa ultrapassa"o a in"stria "o1Dsti>a "os >a1poneses e que tenBa >ria"o para estes as =erra1entas e os instru1entos que a se!un"a estava lon!e "e po"er =orne>er to per=eitos3 que ?s vees 1es1o no po"ia =ari>ar$ (as o "esenvolvi1ento "a in"stria e "o >o1Dr>io pro"uiu ta1D1 no 1eio urano novas ne>essi"a"es3 as quais3 "a 1es1a 1aneira que os instru1entos novos3 aper=ei#oa"os3 penetrava1 no 1eio a!rF>ola "e 1aneira tanto 1ais rápi"a e tanto 1ais irresistFvel quanto 1ais ativas se tornava1 as rela#Ges entre a >i"a"e e o >a1po / ne>essi"a"es a que a in"stria rural no po"ia satis=aer$ As lusas "e tela e as peles "e ani1ais =ora1 sustituF"as pelas roupas "e l3 os sapatos "e >orti#a "esapare>era1 "iante "os >al#a"os "e >ouro3 et>$ O `1ilitaris1o3 que arrasta os =ilBos "os >a1poneses ? >i"a"e e os =a1iliaria >o1 as ne>essi"a"es uranas3 =a>ilitou pro"i!iosa1ente essa evolu#o$ A isso se "eve atriuir prin>ipal1ente a "i=uso "o uso "o =u1o e "a a!uar"ente$ &or =i13 a superiori"a"e "a in"stria urana se tornou to !ran"e3 e1 1uitos "o1Fnios3 que "eu aos pro"utos "a in"stria >a1ponesa o >aráter "e arti!o "e luo3 os quais o lavra"or par>i1onioso no po"eria "ar/se ao requinte "e usar e ? elaora#o "os quais >onseqWente1ente renun>iou$ Assi1 =oi que o "esenvolvi1ento "a in"stria "o al!o"o3 que pro"uiu te>i"os a pre#os to aios3 por to"a parte li1itou3 e1 propor#Ges i1portantes3 a >ultura "o linBo para o uso pessoal "o >a1pon@s3 supri1in"o/a =reqWente1ente "e to"o$ A "issolu#o "a in"stria "o >a1pon@s que pro"uia para si 1es1o á >o1e#ara na %"a"e (D"ia3 quan"o apare>eu a pequena in"stria urana$ (ás esta pro"u#o apenas lenta1ente penetrava no 1eio rural$ )o saFa "os surios "as >i"a"es e in=luen>iava3 "e 1o"o "i=i>il1ente per>eptFvel3 as >on"i#Ges "e vi"a "os >a1poneses$ )a Dpo>a e1 que Sis1on"i >elerava a =eli>i"a"e "estes lti1os3 %11er1ann ain"a po"ia 1ostrar no seu a->ai"e Pno seu $%nc!!ausen N u1 >orpulento >a1pon@s est=aliano3 que "iiaM um trou;a, $uem dá ao 5erreiro o din/eiro $ue a gente mesma pode gan/ar e "o qual se a=ir1ava $ue conserta2a com as pr7prias mãos toda,s as 2igas, as portas e 3atentes, as arcas e 3a6s de sua casa, ou mesmo, se 5osse o caso, os 5azia no2os$ Penso W acrescenta2a4se W $ue se ele o dese0ar poderá 3ancar o marceneiro e 5azer um 2erdadeiro armário$ )a %slJn"ia ain"a no Bá Boe o=F>io espe>ial "i!no "e ser >ita"o$ Lá o >a1pon@s ain"a D o seu prHprio arteso $ SH a in"stria >apitalista se reveste "e to !ran"e superiori"a"e3 "e 1ol"e a eli1inar rapi"a1ente a in"stria "o1Dsti>a "o >a1pon@s que pro"u para o seu prHprio uso$ Uni>a1ente o siste1a "e >o1uni>a#Ges "a so>ie"a"e >apitalista3 >o1 as suas estra"as "e =erro3 os seus >orreios e ornais3 po"e transportar as i"Dias e os pro"utos uranos atD os >antos 1ais re>ua"os "o interior3 su1eten"o assi1 o >onunto "a popula#o a!rF>ola3 e no apenas os surios "as >i"a"es3 a esse pro>esso$ esso avan#a3 e 1ais se "esa!re!a a in"stria "o1Dsti>a a que se "e"i>ava pri1itiva1ente o >a1pon@s3 tanto 1ais au1enta a sua ne>essi"a"e "e "inBeiro3 no apenas para a >o1pra "e >oisas "ispensáveis3 e 1es1o supDr=luas3 1as ta1D1 para a >o1pra "e >oisas ne>essárias$ Ele no po"e 1ais lavrar a sua terra3 no po"e 1ais prover a sua 1anuten#o se1 "inBeiro$ (as3 unta1ente >o1 a sua ne>essi"a"e "e "inBeiro3 "esenvolvia/se e >res>ia i!ual1ente a "as =or#as que eplorava1 o >a1pon@s3 os senBores =eu"ais3 os prFn>ipes e outros "etentores "a autori"a"e pli>a$ %sto >on"uia3 >o1o se sae3 ? trans=or1a#o "as presta#Ges e1 !@neros "o >a1pon@s e1 presta#Ges 1onetárias3 as quais eperi1entava1 ta1D1 a ten"@n>ia a se elevare1 >a"a ve 1ais$ E1 >onseqW@n>ia3 a ne>essi"a"e "e "inBeiro por parte "o >a1pon@s au1entava natural1ente$ O ni>o 1Dto"o 1e"iante o qual ele po"ia >onse!uir "inBeiro >onsistia e1 trans=or1ar os seus pro"utos e1 1er>a"orias3 e levá/%as ao 1er>a"o para a ven"a$ (as no era >erta1ente para os arti!os "e sua in"stria atrasa"a que ele 1ais "epressa en>ontrava >o1pra"ores3 era para os que a in"stria urana no pro"uia$ Assim, o >a1pon@s =oi =inal1ente =or#a"o a tornar/se o que se enten"e Boe por >a1pon@s3 >oisa que asoluta1ente no =oi no inF>ioM u1 agricultor puro. (as quanto 1ais se >Be!ava a esta situa#o3
-8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ tanto 1ais a in"stria e a a!ri>ultura se separava1 u1a "a outra3 tanto 1ais se "istan>iava "aquela in"epen"@n>ia3 "aquela se!uran#a3 "aquele en>anto "e vi"a que Sismondi ain"a "es>oria3 aqui ou a>olá3 unto ao >a1pon@s livre$ O >a1pon@s >aFra a!ora so a "epen"@n>ia "o 1er>a"o3 que era para ele ain"a 1ais >apri>Boso e 1ais in>erto que a te1peratura$ Contra as per=F"ias "esta lti1a po"ia ao 1enos pre1unir/se atD >erto ponto$ &or 1eio "e =ossos "e "es>ar!a po"ia atenuar as >onseqW@n>ias "e verGes 1uito 1i"os^ por 1eio "e traalBos "e irri!a#o po"ia rea!ir >ontra u1a se>a e>essiva^ por 1eio "e =o!ueiras po"ia provo>ar espessas =u1a#as3 e assi1 preservar os seus vinBe"os "as !ea"as "a pri1avera3 et>$ (as no tinBa re>ursos >o1 que i1pe"ir a aia "os pre#os e tornar ven"áveis os !ros inven"áveis$ E usta1ente o que lBe =ora antes u1a en#o3 tornava/se u1 =la!eloM u1a oa >olBeita$ %sto se 1ani=estou >o1 relevo soretu"o no >o1e#o "e nosso sD>ulo3 quan"o a pro"u#o a!rF>ola "a Europa O>i"ental á re>eera universal1ente o >aráter "e pro"u#o "e 1er>a"orias3 1as quan"o ain"a os 1eios "e >o1uni>a#o era1 i1per=eitos e in>apaes "e estaele>er equilFrio entre a superaun"Jn>ia veri=i>a"a aqui e a es>asse evi"en>ia"a a>olá$ Assi1 >o1o as 1ás >olBeitas =aia1 >o1 que suisse1 os pre#os3 as oas os =aia1 >air$ )a 0ran#a a >olBeita "e tri!o "eu o ren"i1ento se!uinteM Anos -7-6 -7- -72-728
Ren"i1ento 1D"io por :e>tare / Be>tolitros 538 /// -232 ///
&re#o "o Be>tolitro 0ran>os 2738863-6 -35 -3N5
Os a!ri>ultores =ran>eses sH otivera1 e1 -72-/223 >o1 u1a >olBeita aumentada de um terço , para o ren"i1ento "e u1 Be>tare3 apenas >er>a "e 299 =ran>os3 um terço 1enos que e1 -7-6/-$ )o a"1ira3 por >onse!uinte3 que o rei "a 0ran#a epri1isse ento ? CJ1ara o seu pesar pelo =ato "e nenBu1a lei estar e1 >on"i#Ges "e remediar os incon2enientes resultantes da supera3undRncia das col/eitas. ola se trans=or1ava e1 pro"u#o "e 1er>a"orias3 tanto 1enos lBe era possFvel 1anter/se na =ase pri1itiva "a ven"a "ireta "o pro"utor aos >onsu1i"ores$ ia e a "ura#o "os 1er>a"os para os quais o >a1pon@s pro"uia3 e 1ais lBe era i1possFvel ven"er "ireta1ente aos >onsu1i"ores3 tanto 1ais tinBa ne>essi"a"e "e u1 inter1e"iário$ O >o1er>iante to1ou ento lu!ar entre os >onsu1i"ores "e u1 la"o e os pro"utores "e outro$ Era esse 1es1o >o1er>iante que3 >o1 u1a vista "`olBos3 aar>a o 1er>a"o e1 1elBor que os "e1ais3 que o "o1ina nu1a >erta 1e"i"a e que "ele se utilia para eplorar o >a1pon@s$ Ao ne!o>iante "e !ros e "e !a"o se asso>ia lo!o o usurário3 quan"o no se >on=un"e >o1 ele$ )os anos in=elies3 as re>eitas "o >a1pon@s no lBe asta1 para >orir as ne>essi"a"es "e "inBeiro$ )o lBe resta outro re>urso seno =aer uso "o seu >rD"ito3 "e "ar a sua terra e1 Bipote>a$ U1a nova "epen"@n>ia3 u1a nova eplora#o3 a pior "e to"as3 >o1e#a para ele3 a "o >apital usurário3 "o qual se "ese1ara#a >o1 1uito >usto$ E ne1 se1pre o >onse!ue$ s vees a nova >ar!a resulta 1uito pesa"a para ele3 e o =i1 "o ne!H>io ve1 a ser a ven"a e1 leilo "o e1 Bere"itário3 para >ontentar3 >o1 o pro"uto "a Basta pli>a3 o usurário e ta1D1 o a!ente "o =is>o$ O que antes no po"ia1 as 1ás >olBeitas3 o =o!o e a espa"a3 realia1/no as >rises "o 1er>a"o "e >ereais e "e !a"o$ Elas no a>arreta1 para o >a1pon@s apenas u1 1al passa!eiro$ &o"e1 arran>ar/lBe o !anBa/po 4 a sua terra 4 e =inal1ente separá/lo inteira1ente "ela3 para transformá-lo num proletário . Eis o que resulta "o e1/estar3 "a in"epen"@n>ia3 "a se!uran#a "o >a1pon@s livre3 lá on"e a sua in"stria "o1Dsti>a3 "estina"a ?s suas prHprias ne>essi"a"es3 se "esa!re!a e on"e as presta#Ges e1 espD>ie pesa1 sore ele$ O "esenvolvi1ento "a in"stria urana lan#a ta1D1 o !er1e "e "issolu#o "a =a1Flia rural pri1itiva$ %ni>ial1ente a proprie"a"e "o >a1pon@s >ontinBa a terra ne>essária ? ali1enta#o "a sua =a1Flia e ?s vees 1es1o para o pa!a1ento "o =ro aos senBores$ (as quanto 1ais o lavra"or >aFa so a "epen"@n>ia "o 1er>a"o3 quanto 1ais tinBa ne>essi"a"e "e "inBeiro3 quanto 1aior era por >onse!uinte o e>esso "e !@neros que "evia >olBer e ven"er3 tanto 1ais tinBa ne>essi"a"e "e terra$ propor>ional1ente ao ta1anBo "e sua =a1Flia3 e3 per1ane>en"o i"@nti>as as >on"i#Ges "e pro"u#o3 para >orir as suas "espesas$ Ele no po"ia 1o"i=i>ar ? sua vonta"e o 1o"o "e pro"u#o á estaele>i"o3 no po"ia au1entar a etenso "e sua terra$ (as possuFa3 no >aso "e =a1Flia 1uito nu1erosa3 o re>urso "e "i1inuF/%a3 "e a=astar "o "o1Fnio paterno o e>e"ente "e traalBa"ores "e que "ispunBa para p/los ao servi#o "e estranBos3 >o1o e1pre!a"os "e !rana3 sol"a"os ou proletários uranos3 ou "e 1an"á/%as para a A1Dri>a a =i1 "e >onstituFre1 novo lar$ A =a1Flia
-N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >a1ponesa se re"uiu3 assi13 o 1ais possFvel$ Outra rao a!iu no 1es1o senti"o$ A a!ri>ultura no D =or1a "e ativi"a"e que eia se1pre "o Bo1e1 o 1es1o !asto "e traalBo$ Te1poraria1ente "urante o arroteio "a terra3 1as prin>ipal1ente "urante as >olBeitas3 ela re>la1a 1uitos ra#os3 que3 e1 outras >ir>unstJn>ias3 po"e "ispensar$ )o vero3 a ne>essi"a"e "e ra#os na a!ri>ultura D "uas3 tr@s3 ?s vees 1es1o quatro vees 1aior que no inverno$ Enquanto "urou a in"stria "o1Dsti>a "o >a1pon@s3 essas "i=eren#as na pro>ura "e ra#os =ora1 "e pou>as >onseqW@n>ias$ Se na"a ou pou>o Bavia a =aer na lavoura3 a =a1Flia rural passava a traalBar >o1 a 1es1a intensi"a"e e1 >asa$ %sto >essou quan"o a in"stria "o1Dsti>a "o >a1pon@s "esapare>eu$ Eis o se!un"o 1otivo que usti=i>ava a re"u#o "a =a1Flia rural ao 1Fni1o3 a =i1 "e no se ter inativos a ali1entar "urante o inverno$ SH =ala1os aqui "os e=eitos "o "esapare>i1ento "a in"stria "o1Dsti>a "o >a1pon@s$ (u"an#as na pro"u#o a!rF>ola 4 >o1o por ee1plo a passa!e1 "a eplora#o "as pasta!ens ? pe>uária intensiva3 que ei!e 1ais traalBo 4 po"e1 paralisá/los$ (as outras 1u"an#as3 ao >ontrário3 so sus>etFveis "e esten"e/los ain"a 1ais$ Assi13 u1a "as 1ais i1portantes ativi"a"es a!rF>olas que o>upa1 o inverno D a "eulBa "o tri!o$ A intro"u#o "a "eulBa"ora ps =i1 a esse servi#o e3 "eu 1otivo ain"a 1ais =orte para 1aior retrai1ento "o >Fr>ulo "a =a1Flia rural$ Os que =i>a1 "eve1 natural1ente 1atar/se "e >ansa#o "urante o vero$ (as os seus es=or#os no asta1 para suprir o traalBo "os que partira1$ Ur!e3 portanto3 o en!aa1ento "e ra#os auiliares3 "e operários assalariados, que sH so o>upa"os "urante o te1po "o servi#o 1ais "uro e que po"e1 ser "ispensa"os lo!o que no se tenBa 1ais ne>essi"a"e "eles$ &or 1ais eleva"o que sea o seu !anBo3 ain"a assi1 sai 1ais arato "o que se =osse pre>iso "ar/%Bes >o1i"a3 >o1o 1e1ros "a =a1Flia3 "urante o ano to"o$ (as esses ra#os3 que se alu!a1 por u1 salário3 so "e >a1poneses proletários3 "e >a1poneses que us>a1 servi#os a>essHrios3 =ilBos e =ilBas "e >a1poneses que esto soran"o$ A 1es1a evolu#o que3 "e u1 la"o3 sus>itou a pro>ura "e operários assalaria"os3 >riou "e outro esses operários$ Ela proletaria 1uitos >a1poneses3 re"u a =a1Flia "e outros >o1o vi1os3 e atira ao 1er>a"o "o traalBo o e>e"ente "e seu^ =ilBos e =ilBas$ En=i13 >ria entre os pequenos lavra"ores a ne>essi"a"e "e !anBos a>essHrios3 oti"os =ora "e sua prHpria eplora#o$ A terra "eles D 1uito li1ita"a para =orne>er o e>e"ente sore as ne>essi"a"es "e sua prHpria >asa$ Eles no t@1 pro"utos a!rF>olas que possa1 levar ao 1er>a"o$ A ni>a 1er>a"oria que po"e1 ven"er D a sua força de trabal!o que sH te1poraria1ente D re>la1a"a e1 !loo pela sua prHpria eplora#o$ U1 "os 1eios "e aproveitá %a resi"e no traalBo assalaria"o3 e=etua"o nas e1presas 1aiores$ AtD o sD>ulo X%% sH rara1ente en>ontra1os ornaleiros >ria"os e >ria"as "e !rana3 ao servi#o "e >a1poneses3 uni>a1ente a partir "essa Dpo>a D que seu e1pre!o se torna 1ais !eral$ (as a sustitui#o "e 1e1ros "a =a1Flia por operários assalaria"os rea!iu por sua ve sore as >on"i#Ges "os traalBa"ores que per1ane>era1 no3 seio "aquela$ Estes ta1D1 !ra"ativa1ente >ae1 ao nFvel "os operários assalaria"os pelo >Be=e "a =a1Flia3 que ao 1es1o te1po se torna o "ono e>lusivo "a proprie"a"e >a1ponesa3 "a Beran#a "o1Dsti>a$ A anti!a so>ie"a"e "a =a1Flia rural3 eploran"o e>lusiva1ente por seu prHprio es=or#o o prHprio >Bo3 D sustituF"a nas !ran"es e1presas a!rF>olas por u1 !rupo "e operários >ontrata"os3 os quais3 so o >o1an"o "o proprietário3 traalBa1 para ele na lavoura3 !uar"a1 o seu !a"o3 en>eleira1 a sua >olBeita$ O anta!onis1o "e >lasses eistente entre o eplora"or e o eplora"o3 entre o possui"or e o proletário3 penetra na al"eia3 no prHprio lar "o >a1pon@s3 e "estrHi a anti!a Bar1onia e a anti!a >o1uni"a"e "e interesses$ To"o esse pro>esso >o1e#ou3 >on=or1e á "isse1os "urante a %"a"e (D"ia3 1as uni>a1ente o 1o"o "e pro"u#o >apitalista o a>elerou a ponto "e suor"inar/lBe to"a a popula#o rural$ Ele ain"a no >Be!ou ao =i13 e ain"a Boe prosse!ue3 aar>an"o novas re!iGes3 trans=or1an"o novas es=eras "e pro"u#o >a1ponesa para o >onsu1o pessoal e1 "o1Fnios "e pro"u#o "e 1er>a"orias3 au1entan"o "as 1ais "iversas 1aneiras a pro>ura "e "inBeiro por parte "o lavra"or3 sustituin"o o traalBo "e =a1Flia pelo traalBo assalaria"o$ E assi1 o "esenvolvi1ento "o 1o"o "e pro"u#o >apitalista na >i"a"e asta para trans=or1ar >o1pleta1ente a eist@n>ia "o >a1pon@s3 enten"i"a ? 1aneira anti!a$ &ara tanto3 ne1 1es1o D in"ispensável que o >apital penetre na pro"u#o a!rF>ola e se =or1e o anta!onis1o entre a !ran"e e a pequena eplora#o$ (as o >apital no restrin!e a sua a#o ? in"stria$ Assi1 que a"quire =or#as astantes3 apo"era/se ta1D1 "a a!ri>ultura$
-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _
%%% A A'R%CULTURA SO+ O 0EU,AL%S(O aQ A >ultura "e tr@s a=olBa1entos )o D este o lu!ar in"i>a"o para pesquisas a respeito "as ori!ens "a proprie"a"e >a1ponesa$ &ara o nosso oetivo asta "eter1inar1os as =or1as "e proprie"a"e e "e eplora#o >a1ponesas que se "esenvolvera13 apHs a tor1enta "a 1i!ra#o "os povos3 nos paFses o>upa"os pelos !er1Jni>os3 e aF se 1antivera1 >o1 pou>as e>e#Ges / entre as quais a 1ais i1portante D representa"a pela %n!laterra / atD u1 perFo"o avan#a"o "o sD>ulo X%%% e e1 >ertas lo>ali"a"es atD o nosso te1po$ Tratava$/e "e u1 >o1pro1isso entre a proprie"a"e >o1u1 "o solo3 tal >o1o a ei!ia a eplora#o >a1ponesa "as pasta!ens3 e a proprie"a"e priva"a "a terra3 que sur!ia "as ne>essi"a"es "e eplora#o >a1ponesa "as lavouras$ $ Assi1 >o1o >a"a =a1Flia "e >a1poneses =or1ava u1a so>ie"a"e "o1Dsti>a astan"o/se a si 1es1a3 >a"a al"eia =or1ava3 "o ponto "e vista e>on1i>o3 u1a so>ie"a"e =e>Ba"a3 astan"o/se a si 1es1a3 a sociedade de territ&rio '$ar(genossensc!aft) . 0ae1os aqui astra#o "a =or1a "e o>upa#o >onstituF"a por posses particulares "isse1ina"as3 e no por al"eias >o1pa>tas3 =or1a que "urante 1uito te1po =oi >onsi"era"a pri1itiva3 1as que3 >o1o D Boe oservável3 sH se apresenta e>ep>ional1ente3 e e1 virtu"e "e parti>ulari"a"es "a tra"i#o BistHri>a3 assi1 >o1o "a >on=i!ura#o "o solo$ O que D nor1al e tFpi>o D o siste1a "e al"eia3 e sH "ele tratare1os a se!uir$ O ponto "e parti"a "a eplora#o >a1ponesa oi o quintal >o1 a >asa '*aus!ofstiitte) , que se tornara1 proprie"a"e priva"a$ Esta >o1preen"ia3 alD1 "a >asa e "os e"i=F>ios "e eplora#o ne>essários3 u1a =aia "e terra e1 torno "o prD"io3 que era >er>a"o$ A >er>a envolvia a Borta3 on"e se en>ontrava1 as plantas 1ais ne>essárias ? ali1enta#o3 le!u1es o linBo3 árvores =rutF=eras3 et>$ A al"eia se >o1punBa "e u1 n1ero 1ais ou 1enos etenso "e quintais se1elBantes$ 0ora "a al"eia se situava o territHrio partilBa"o3 as terras lavra"ias$ Estas era1 "ivi"i"as on"e reinasse a >ultura "e tr@s a=olBa1entos$ %sto se veri=i>ava 1ais =reqWente1ente e1 tr@s =olBas '+luren) ou saGes ',elgen) . Ca"a =olBa se "ivi"ia por sua ve e1 "i=erentes >er>a"os3 isto D3 e1 super=F>ies >ultiváveis que "i=eria1 entre si pela situa#o e quali"a"e "o solo$ E1 >a"a >er>a"o3 >a"a >asa possui a u1 lote "e >Bo que lBe perten>ia privativa1ente$ 0ora "o territHrio partilBa"o Bavia o territHrio no partilBa"o 'allmends" territ&rio comum) 3 isto D3 o osque e a pasta!e1$ A so>ie"a"e eplorava e1 >o1u1 a ona no partilBa"a$ )a terra lavra "ia3 >a"a =a1Flia >ultivava por >onta prHpria os prHprios lotes3 1as no ? sua vonta"e$ )as lavouras plantava1/se os >ereais para a ali1enta#o "os Bo1ens$ (as a >ria#o3 a eplora#o "as pasta!ens "o1inava1 ain"a to"a a eplora#o a!rF>ola$ E se a >ultura "a terra se tornara ativi"a"e privativa "as "iversas =a1Flias3 a eplora#o "as pasta!ens per1ane>eu >o1o ne!H>io >o1u1 "e to"a a >oletivi"a"e$ Esta =or1a >o1ina"a rea!iu sore as rela#Ges "e proprie"a"e$ Co1o terra lavra"ia3 o solo >era proprie"a"e priva"a^ >o1o terreno "e pasta!e13 proprie"a"e >o1u1$ %sto quer "ier que >a"a %avoura3 lo!o "epois "e realia"a a >olBeita3 era aan"ona"a ? pasta!e1 su1eti"a >o1o tal ao "ireito "e "isposi#o "a >oletivi"a"e3 que eplorava e1 >o1u1 to"os os >a1pos$ E >o1o as "e1ais3 as terras se1 >ultura era1 utilia"as >o1o pasta!e1 >o1u1 pelo !a"o "e to"a a al"eia$ (as isto teria si"o i1possFvel se >a"a >o1ponente "a al"eia Bouvesse >ultiva"o os seus lotes ? vonta"e$ :avia ta1D1 u1a obrigação de fol!a '+lurzang) no interior "e >a"a =olBa ou sao$ To"os os proprietários "e lotes era1 ori!a"os a >ultivá/los "e 1aneira uni=or1e$ Ca"a ano3 u1a "as tr@s =olBas "e terra lavra "ia =i>ava "e pousio3 ao passo que a se!un"a se >onsa!rava ? >ultura "as se1enteiras "e outono e a ter>eira ? >ultura "os tri!os "e 1ar#o$ Anual1ente se 1u"ava a >ultura "a =olBa$ AlD1 "as anti!as pasta!ens e "as terras "e pousio3 os pra"os3 as pasta!ens perpDtuas e as =lorestas =orne>ia1 a nutri#o "os ani1ais3 >ua =or#a "e traalBo3 >uo estru1e3 >uo leite e >arne era1 i!ual1ente i1portantes para a eplora#o >a1ponesa$ Esse siste1a a!rF>ola veio a pre"o1inar on"e quer que se estaele>esse1 os povos !er1Jni>os$ A este respeito3 no =aia nenBu1a "i=eren#a que os a!ri>ultores estivesse1 e1 >on"i#Ges "e res!uar"ar a sua inteira lier"a"e3 que se e1pre!asse1 >o1o =oreiros no "o1Fnio "e u1 senBor3 que Bouvesse1 renun>ia"o ? in"epen"@n>ia para se >olo>are1 so a prote#o "e u1 =i"al!o po"eroso3 ou que Bouvesse1 si"o su1eti"os pela =or#a$ Tratava/se "e u1 siste1a "e eplora#o "e ener!ia e resist@n>ia notáveis3 ver"a"eira1ente
-6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >onserva"or3 no 1elBor senti"o "a palavra$ O e1/estar e a se!uran#a "a eist@n>ia >a1ponesa no repousava1 1enos sore a >onstitui#o "a so>ie"a"e "e territHrio 'mar(genossenc!aftlic! N "o que sore a pequena pro"u#o "o1Dsti>a$ O siste1a "e >ultura "e tr@s a=olBa1entos3 >o1 osque e pasta!e13 no >are>ia "e aaste>i1ento vin"o "e =ora$ &ro"uia os ani1ais e os ester>os que lBe era1 ne>essários para >ultivar a terra e prevenir o es!ota1ento "o solo$ &or outro la"o3 a >o1uni"a"e "as pasta!ens e "a =olBa lavra"ia >riava entre os >o1panBeiros "a al"eia u1a sHli"a >oeso3 a qual os prote!ia e=i>a1ente >ontra u1a eplora#o e>essiva por parte "os ele1entos eteriores$ (as3 por sHli"a que =osse a estrutura "esse siste1a a!rF>ola3 o "esenvolvi1ento "a in"stria urana3 e >orrelativa1ente "o >o1Dr>io3 a =eriu "e 1orte3 =erin"o "e i!ual passo a in"stria >a1ponesa$
Q Diminui>ão da cultura de tr@s a5ol/amentos pela a>ão da grande e;plora>ão dos sen/ores territoriais. i1os >o1o a in"stria urana au1entou a pro>ura "e "inBeiro por parte "o >a1pon@s3 e ao 1es1o te1po "os ele1entos que "ele3 inteira ou par>ial1ente3 tirava1 a sua =or#a vital 4 a norea =eu"al e o Esta"o 1o"erno nas>ente$ i1os ta1D1 >o1o tal situa#o =or#ou o >a1pon@s a pro"uir para a ven"a os !@neros ali1entF>ios que en>ontrava1 o seu 1er>a"o nas >i"a"es =lores>entes$ (as apenas >o1 isto á se ro1pia o equilFrio "o territHrio '$ar()3 >ua e>ono1ia repousava no =ato "e ela astar/se inteira1ente a si 1es1a3 na"a3 ou quase na"a3 re>een"o "e =ora3 1as ta1D1 no entre!an"o na"a3 ou ao 1enos na"a "e i1portante para =ora$ &ri1itiva1ente era proii"o e1 quase to"os os territHrios3 "a 1aneira 1ais severa3 >on>orrer/se para que "eles saFsse13 ou =osse1 ven"i"os =ora3 se1 per1isso "os >o1panBeiros3 os arti!os "e qualquer naturea / por ee1ploM 1a"eira3 =eno3 palBa3 ester>o3 et>$ (es1o os pro"utos "o solo >olBi"os no territHrio "evia13 na 1e"i"a "o possFvel3 ser ene=i>ia"os e >onsu1i"os "entro "o prHprio territHrio$ O 1es1o se "evia se!uir quanto aos ani1ais$ Os por>os en!or"a"os no territHrio "a al"eia no po"ia1 ser ven"i"os =ora$ O 1es1o a>onte>ia >o1 os =rutos "a terra3 e os vinBos$ ,evia1 ser 1oF"os3 >oi"os3 >o1i"os3 ou pisa"os e ei"os no prHprio territHrio$ Co1 o "esenvolvi1ento "esses usos3 eles =or1ara13 e1 1uitas al"eias3 direitos consuetudinários . A ne>essi"a"e "e na"a eportar3 "e tu"o >onsu1ir "entro "a prHpria al"eia3 to1ou3 ?s vees3 >o1o >onseqW@n>ia "a eplora#o =eu"al3 =or1as$ >uriosas$ '$ L$ (aurer alu"e3 na sua Tistoria da Constitui>ão da Aldeia P'es>Bi>Bte "er ,or=ver=assun!3 % pá!$ 8-6Q3 a um gentil4/omem da Alsácia $ue, em FK\, o3riga2a os seus camponeses, como cor2ia, a consumirem o resto dos seus 2in/os azedos, a 5im de se es2aziarem os tonis para o 2in/o recente do ano. Eles de2iam, como in5orma :aurer, 3aseado numa crnica antiga, 3e3er tr@s 2ezes por semana essa zurrapa, e não da2am mais nada ao no3re, em pagamento, a não ser pão e $uei0o. :as $uando os camponeses se em3riaga2am, e se pun/am a 3rigar, o 5idalgo os multa2a por tal crime, rece3endo assim mais dinheiro pelo vinho do que se o houvesse vendido . )ossos nores pro"utores "e ál>ool "everia1 levantar u1 1onu1ento a esse BerHi !er1Jni>o$ )esses te1pos lon!Fnquos ele á saia i1por/se to ener!i>a1ente por inter1D"io "o al>oolis1o3 "o lu>ro e "a e"u>a#o >rist$ Os entraves representa"os pelos "ireitos >onsuetu"inários se tornara1 insuportáveis3 ou provo>ara1 >Bi>anas inteis3 assi1 que a pro"u#o para o 1er>a"o se i1ps aos >a1poneses >o1o u1a ne>essi"a"e$ (as a re1essa per1anente ? >i"a"e / "e !@neros ali1entF>ios3 que no era1 1ais "evolvi"os ao solo3 "evia e1pore>@/lo e es!otá/%o pou>o a pou>o$ Entre1entes3 o equilFrio e>on1i>o "o territHrio era ain"a pertura"o "e outra 1aneira$ A 1e"i"a que os pro"utos "o solo se tornava1 1er>a"orias e re>eia1 u1 valor >o1er>ial3 a terra se tornava ta1D1 1er>a"oria possui"ora "e valor$ Assi1 que a pro"u#o "e 1er>a"orias a!rF>olas to1ou 1aiores propor#Ges3 no inF>io "os te1pos 1o"ernos3 o solo "eiou "e eistir >o1 superaun"Jn>ia3 >o1o na era e1 que os !er1Jni>os se Bavia1 estaele>i"o no paFs e sustituF"o a eplora#o n1a"e "as pasta!ens3 >o1pleta"a por urna >a#a etensa e por u1a lavoura 1e"Fo>re3 asoluta1ente pri1itiva3 pelo siste1a "e tr@s a=olBa1entos3 "e que trata1os aqui$ A >a"a 1o"o "e pro"u#o >orrespon"e u1 1ái1o "e popula#o sus>etFvel "e tratar "e >erta por#o "e terras$ Esse 1ái1o teria si"o al>an#a"o pelos !er1Jni>os3 ao te1po "a 1i!ra#o "os povosb A superpopula#o t@/los/ia =eito irro1per no %1pDrio Ro1ano >orno =ator 1ais sDrio "o que a i1possiili"a"e "e "e=esa e1 que este se a>Bavab Este ponto D "is>utFvel$ O >erto3 >ontu"o3 D que a sua passa!e1 a u1 1o"o "e eplora#o a!rF>ola 1ais eleva"o3 que "evia1 a seu >ontato >o1 a >ivilia#o ro1ana3 au1entou
-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >onsi"eravel1ente os re>ursos "e ali1enta#o "os !er1Jni>os na =ase i1e"iata ? 1i!ra#o "os povos$ A popula#o es>assa 1al supria as ne>essi"a"es "o novo 1o"o "e pro"u#o$ Este 1es1o era 1uito =avorável ao apelo a urna "es>en"@n>ia nu1erosa$ Assi13 passa"a a tor1enta 1i!ratHria3 quan"o a pa e a se!uran#a se instalara1 1ais ou 1enos na Europa3 a popula#o >o1e#ou a 1ultipli>ar/se rapi"a1ente$ O seu au1ento en>ontrou >o1 =a>ili"a"e3 nas re!iGes in>ultas3 o solo "e que >are>ia$ Se os Baitantes "a al"eia se 1ultipli>ava13 a sua =olBa lavra"ia era a1plia"a >o1 novas >ulturas3 =eitas no territHrio no partilBa"o$ :avia >asos e1 que urna =ra#o "este lti1o se separava3 =or1an"o/se >o1 ela o territHrio "e urna nova so>ie"a"e3 "e u1a nova al"eia ir13 que se elevava ? ilBar!a "a pri1itiva$ &or outro la"o3 os prFn>ipes "oava1 aos >onventos3 ou a nores personali"a"es "e seu sDquito3 !ran"es áreas "o paFs3 par>ial ou total1ente ineplora"as3 e nas quais os proprietários3 1e"iante u1 =oro 1H"i>o3 per1itia1 o estaele>i1ento "e so>ie"a"es "e >olonos i1i!rantes$ Os eslavos era1 repeli"os "e 1aneira siste1áti>a3 e "o1Fnios se1pre novos se aria1 ? >olonia#o !er1Jni>a$ )o >o1e#o "o sD>ulo X3 a !uerra "os Bussitas na +o@1ia e a "erro>a"a "a or"e1 ale1 na &olnia pusera1 =i1 ao pro!resso "a >olonia#o ale1 no senti"o "o leste$ (as na 1es1a Dpo>a a popula#o "a Europa Central Bavia3 seno al>an#a"o o 1ái1o que lBe =a>ultava o 1o"o "e pro"u#o "o te1po3 ao 1enos to1a"o u1a etenso satis=atHria3 "e 1aneira que no 1ais se veri=i>ava >ar@n>ia "e Bo1ens3 >ar@n>ia "e ra#os$ A terra >essava "e apresentar/se e1 superaun"Jn>ia tal que a =iesse "e so1enos i1portJn>ia$ Assi1 sur!iu a possiili"a"e tanto quanto o "eseo "e se 1onopoliar o 1ais >onsi"erável "e to"os os 1eios "e pro"u#o$ Eis porque as lutas 1ais en>arni#a"as e violentas se travara1 entre os >a1poneses3 "e u1 la"o3 e a norea =eu"al "e outro3 lutas que "urara1 atD o nosso te1po3 que a ri!or a1ais >essara1 inteira1ente3 1as >uas atalBas "e>isivas se veri=i>ara1 na Ale1anBa "es"e o sD>ulo X%$ Os seus resulta"os =ora1 quase que por to"a parte =avoráveis ? norea =eu"al3 que se su1etia ao prestF!io >res>ente "o Esta"o e assi1 otinBa o auFlio "este >ontra os >a1poneses$ A norea vitoriosa >o1e#ou a pro"uir 1er>a"orias "e u1a 1aneira que representa u1 1isto sin!ular "e >apitalis1o e =eu"alis1o$ Co1e#ou a etorquir 1ais/valia nas !ran"es eplora#Ges3 1as e1pre!an"o or"inaria1ente no o traalBo assalaria"o3 1as o traalBo =or#a"o "e naturea =eu"al$ Sua e>ono1ia =lorestal3 assi1 >o1o a sua eplora#o "as pasta!ens e "o solo3 re"uia1 o territHrio "os >a1poneses e ro1pia1 o equilFrio "o siste1a "e >ultura "e tr@s a=olBa1entos$ O que 1ais >onvinBa ? eplora#o =eu"al e >apitalista3 ? pro"u#o "e 1er>a"orias e1 !ran"es propor#Ges3 no >a1po3 era a silvi>ultura$ ,es"e que o "esenvolvi1ento "as >i"a"es tornou a 1a"eira u1a 1er>a"oria pro>ura"a / ela no =ora ain"a sustituF"a pela BulBa e pelo =erro3 e era portanto3 para o aque>i1ento >o1o para a >onstru#o3 1uito 1ais e1pre!a"a "o que Boe / os senBores pro>urara1 apropriar/se "as =lorestas3 sea to1an"o/as ? >o1uni"a"e3 quan"o esta as possuFa sea3 quan"o elas á e1 seu po"er3 li1itan"o o 1ais possFvel os "ireitos "os >o1panBeiros "e territHrio relativa1ente ao aprovisiona1ento "e 1a"eira e palBa e ? utilia#o "as pasta!ens$ [á entre os "oe arti!os "os >a1poneses revolta"os e1 -2 eistia u1 Po quintoQ3 que assi1 se enun>iaM Em $uinto lugar, n7s nos $uei;amos tam3m $uanto ao corte de madeira, por$ue nossos sen/ores tomaram para si e;clusi2amente todas as matas, e se o /omem po3re tem necessidade de alguma coisa, precisa comprá4la por um pre>o duplo. %ossa opinião $ue todas as matas $ue religiosos ou leigos possuem sem t@4&as comprado de2em re2erter propriedade da comuna inteira, e $ue $ual$uer integrante da coleti2idade de2e ter o direito de apan/ar no 3os$ue o $ue l/e se0a preciso em sua casa mesmo para construir, se tanto l/e 5r necessário, ele de2e ter madeira sem pagamento. Para a regulamenta>ão correspondente de2e /a2er apenas uma comissão eleita para tal 5im pela comuna= com isto será e2itada a e;plora>ão$ A e>luso "os >a1poneses "a utilia#o "a =loresta =oi =avore>i"a pelo "esenvolvi1ento "as >a#a"as$ As ar1as venatHrias era1 pri1itiva1ente ta1D1 as ar1as "e !uerra$ A prHpria >a#a"a era a es>ola preparatHria "a !uerra$ A1as an"ava1 li!a"as "a 1aneira 1ais estreita$ Enquanto a pri1eira =oi in"ispensável para >orir as ne>essi"a"es "o Bo1e1 >o1u13 este ta1D1 =oi u1 !uerreiro$ (as a sustitui#o "a >a#a"a3 >o1o 1eio "e susist@n>ia3 pela a!ri>ultura3 =avore>eu a "iviso "o traalBo entre u1a classe alimentadora e u1a classe militar, "iviso que teve se!ura1ente outras >ausas ain"a$ E inversa1ente3 ? 1e"i"a que a !uerra ten"ia a tornar/se atriuto e>lusivo "a norea3 a >a#a"a ten"ia a tornar/se u1 esporte e>lusiva1ente =i"al!o$ Assi1 que a norea se =e supDr=lua3 assi1 que o Esta"o 1o"erno lBe arran>ou as =un#Ges que eer>era na %"a"e (D"ia / a !uerra3 a 1a!istratura3 a polF>ia / virou norea "e >orte$ Co1pri1ia/se e1 torno "o 1onar>a para "ivertir/se e para pilBar o Esta"o$
-7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ A prosperi"a"e "a >a#a"a e a "a >ultura "o solo se e>lue13 portanto3 >a#a aun"ante sH po"e eistir e1 vastas =lorestas3 e >onstitui u1a =onte per1anente "e per"as e "anos para o >a1pon@s$ on=lito "e interesses entre o >ultivo "o solo e a >a#a"a3 esta triun=ou$ Triun=ou e1 =avor "a norea$ Aos pro!ressos "a a!ri>ultura3 que a1ea#ava1 li1itar a aun"Jn>ia "a >a#a3 =oi i1posto u1 ter1o3 o "esrava1ento =oi e>luF"o "os osques3 a ativi"a"e venatHria por parte "os >a1poneses =oi puni"a "a 1aneira 1ais severa$ E 1aisM estes lti1os =ora1 proii"os "e 1atar os ani1ais "a =loresta que "evastava1 os seus >a1pos$ ,isto nos "o teste1unBo os "oe arti!os "os >a1poneses "e -2$ )Hs le1os no quartoM Em $uarto lugar, at a$ui 5oi de5eso a todo /omem po3re ca>ar ou pescar na água corrente o $ue nos parece nada razoá2el e nada 5raternal, nem de acordo com a pala2ra de Deus. De resto, em algumas localidades a autoridade p63lica 5a2orece a ca>a sem nen/uma considera>ão por n7s e em nosso detrimento, em 2irtude do $ue as col/eitas propiciadas por Deus para utilidade dos /omens são inutilmente consumidas pelas 5eras. E a tudo assistimos em sil@ncio, o $ue a5inal contra Deus e contra o pr7;imo$ (as nos sD>ulos se!uintes a situa#o piorou ain"a 1ais$ So1ente a Revolu#o 0ran>esa ps =i1 a tal esta"o "e >oisas$ (as na Ale1anBa3 >e1 anos "epois3 os =i"al!os prussianos ain"a tinBa1 a ousa"ia "e3 no Rei>Bsta!3 reivin"i>ar que o >a1pon@s era ori!a"o a en!or"ar/lBes as leres >o1 as suas >ouves se1 que a pretenso en>ontrasse qualquer resist@n>ia sDria$ Se3 na re!io e1 que se =or1ara 1er>a"o para a 1a"eira3 era =á>il e si1ples a trans=or1a#o "a =loresta nu1a proprie"a"e priva"a3 a"1inistra"a se!un"o os prin>Fpios >apitalistas 4 e1ora ain"a so =or1as =eu"ais 4 no era 1enos si1ples e =á>il3 on"e se =or1ara u1 !ran"e 1er>a"o para os pro"utos pastoris Pa l3 parti>ular1enteQ e on"e o solo e o >li1a per1itia1 essa ativi"a"e3 a passa!e1 ao aproveita1ento >apitalista "as pasta!ens$ Tal aproveita1ento3 assi1 >o1o a silvi>ultura3 no re>la1a1 ne1 u1 proletaria"o assalaria"o nu1eroso ne1 !ran"es inversGes "e >apitais$ A sua e>ono1ia D etre1a1ente ele1entar$ Assi1 >o1o a eplora#o >apitalista "as =lorestas3 a =or1a etensiva "a eplora#o >apitalista "as pasta!ens sH re>la1a a proprie"a"e priva"a "e vastas áreas$ Os senBores territoriais tivera1 1uitas "i=i>ul"a"es "e as >onse!uir3 quan"o as >ir>unstJn>ias a>i1a 1en>iona"as a tanto os >o1pelira13 "urante os sD>ulos X e X%3 na %n!laterra e na EspanBa3 e 1ais tar"e e1 1uitas onas "a Ale1anBa "o )orte >o1 >on"i#Ges =avoráveis ? >ria#o "e ovinos$ A =or1a 1ais suave "o pro>esso =oi o 1onopHlio3 por parte "o senBor3 "o "ireito "a >ria#o "e ani1ais3 "o "ireito "e >on"uir as ovelBas ao pasto >o1u1$ As queias a este respeito sH >o1e#ara1 na Ale1anBa "epois "a !uerra "os >a1poneses$ (as =reqWente1ente o lu>ro resultante "a >ria#o "e >arneiros levou os senBores a trans=or1ar o pasto >o1u1 e1 proprie"a"e priva"a$ s vees >Be!ava1 atD a supri1ir a par>ela "os >a1poneses a =i1 "e =aere1 pasta!ens "a terra >ultivável$ )a re!io e1 que se =or1ara 1er>a"o para os pro"utos a!rF>olas3 os senBores =eu"ais quisera1 ta1D1 >olB@/los nos seus prHprios "o1Fnios$ %sto era se!ura1ente 1enos si1ples que a eplora#o "as 1atas e pasta!ens$ &re>isaria1 1enos "e terras suple1entares3 1as pre>isaria1 1ais3 ao >ontrário3 "e ra#os suple1entares3 e "e >ertos >apitais$ )a %"a"e (D"ia >a"a senBor sH >ultivava e1 re!ra3 quer "ireta1ente3 quer por inter1D"io "e u1 a"1inistra"or3 u1a =ra#o "e suas terras$ O resto "e seu "o1Fnio ele o entre!ava a =oreiros que se >o1pro1etia1 e1 parte a pa!ar presta#Ges Iin naturaI3 e1 parte a e=etuar >orvDia e1 sua prHpria eplora#o3 no "o1Fnio senBorial$ i1os que o apare>i1ento "o 1er>a"o urano para os !@neros "e pri1eira ne>essi"a"e "esenvolveu "e u1 la"o a possiili"a"e3 "e outro o "eseo "e trans=or1ar tais presta#Ges e1 presta#Ges e1 "inBeiro$ (as essa ten"@n>ia3 quan"o o "o1Fnio senBorial >o1e#a a pro"uir ta1D1 para a ven"a3 D >rua"a por outras$ O traalBo assalaria"o ain"a se a>Ba pou>o "esenvolvi"o3 a a!ri>ultura na proprie"a"e senBorial D ori!a"a a re>orrer ao traalBo =or#a"o "os =oreiros$ e"ente "os !@neros =orne>i"os pelo "o1Fnio senBorial3 tanto 1ais este te1 ne>essi"a"e "e ra#os e "e terra$ %sto pro"u3 "e u1 la"o a ten"@n>ia para a a1plia#o "a proprie"a"e "o nore3 ? >usta "a proprie"a"e >a1ponesa3 sea pela "i1inui#o "o territHrio no partilBa"o3 e1 parti>ular "as pasta!ens3 sea "ireta1ente pela epulso "os lavra"ores^ "e outro la"o3 sus>ita o es=or#o para u1 au1ento "as >orvDias "os >a1poneses3 es=or#o que "eter1inou >ertos li1ites ? sua epulso3 pois quanto 1enor =or o seu n1ero na al"eia tanto 1enor será o n1ero "e ra#os na terra "o senBor$ Este 1ovi1ento3 por sua ve3 D esti1ula"o no 1ais alto !rau pela epulso "os >a1poneses3 pois quanto 1enos operários Bouver na terra "o nore tanto 1ais a >ar!a "o traalBo "eve pesar sore >a"a in"ivF"uo$ e1os assi1 que o "esenvolvi1ento "a pro"u#o "e 1er>a"orias "eter1inou na a!ri>ultura as ten"@n>ias 1ais >ontra"itHrias$ To"as3 >ontu"o3 tivera1 por e=eito a li1ita#o3 para o >a1pon@s3 "e 1o"o se1pre >res>ente3 "a terra >ultivável3 e1 parti>ular "as pasta!ens e "as =lorestas3 e1 antes "e veri=i>ar/se u1a superpopula#o real3 isto D3 e1 antes "e al>an#ar/se o 1ái1o "e Baitantes e1 >on"i#Ges "e ser
-5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ali1enta"o pelo siste1a "e eplora#o a!rF>ola pre"o1inante$ A eist@n>ia >a1ponesa3 >o1 isto3 =oi suverti"a nos seus ali>er>es$ A trans=or1a#o pro=un"a que se pro"uira no teor "e vi"a "o >a1pon@ s á se 1ani=estava na sua alimentação .
>Q O campon@s se torna um 5aminto 5 aminto iona"a >o1 o nosso te1a !eral3 1as que nos pare>e sus>etFvel "e lan#ar sore ele al!uns es>lare>i1entos$ U1a es>ola que te1 Boe 1uitos a"eptos3 e "e que so >Be=es Co1te e Spen>er3 !osta "e transportar as leis "a naturea para o "o1Fnio "a so>ie"a"e$ O @ito "os estu"os "a naturea3 e1 nosso sD>ulo3 te1 si"o to rilBante que >on"uiu os >ientistas3 1uito =a>il1ente3 a >ren#a "e que tinBa1 no olso a >Bave "e to"os os eni!1as3 1es1o nas es=eras 1ais a=asta"as "a sua$ &or outro la"o3 para 1uitos so>iHlo!os era 1ais >1o"o levar si1ples1ente para a sua espe>iali"a"e as leis naturais re>ente1ente "es>oertas3 ao invDs "e pesquisar as leis parti>ulares "e seu "o1Fnio por 1eio "e estu"os >o1pli>a"os$ )o n1ero "os aio1as "essa so>iolo!ia naturalista se en>ontra a a=ir1a#o "e u1a estreita >orrespon"@n>ia entre o clima e a alimentação . :esmo se consumirmos, do ponto de 2ista do peso, a mesma $uantidade de alimento nas regi?es 5rias e nas regi?es $uentes, diz Lie3ig, uma sa3edoria in5inita 5az com $ue essa nutri>ão conten/a por>?es muito desiguais de car3nio. Os 5rutos $ue o /a3itante de um pa1s meridional consome s7 encerram, $uando 5rescos, FM] de car3nio, ao passo $ue o toicin/o e o 7leo de pei;e consumidos pelo /a3itante da zona polar cont@m de ^^ a G ] de car3nio PCBe1is>Be car3nio PCBe1is>Be +rie=e3 pá!$ 2N6Q$ +u>kle +u>kle tirou tirou "aF a >on>lu >on>luso so "e que a es>rav es>ravi"o i"o "os Bin"us Bin"us D o esta"o esta"o natural natural "esse povo3 o esta esta"o "o a que que está condenado condenado pelas leis irresist12eis irresist12eis da natureza natureza P'es>Bi>Bte "er *ivilisation3 / tra"u#o ale1 "e Ru!e3 %3 pá!$ --Q$ Co1o o >li1a os =a ve!etarianos3 ve!etarianos3 e as plantas plantas >res>e1 e1 pro=uso so os trHpi>os3 o >res>i1ento "a popula#o D assi1 =a>ilita"o3 >o1 o atravan>a1ento "o mercado do tra3al/o$ tra3al/o$ )o te1os a inten#o "e ne!ar a proposi#o =isiolH!i>a3 universal1ente re>onBe>i"a3 "e que o Bo1e1 "e u1a re!io =ria te1 1aior ne>essi"a"e "e >arnio3 isto D3 "e >arne3 "o que o "e u1a re!io quente$ (as esta "i=eren#a no D to !ran"e >o1o Baitual1ente se a=ir1a$ (es1o na ona polar3 o Bo1e1 Bo1e1 pro>ura pro>ura ali1en ali1enta# ta#o o ve!etal ve!etal$$ Alm do pei;e e da carne, conta %ordens"0oeld os tc/u"tc/is consomem quantidade prodigiosa de legumes e outros alimentos de natureza vegetal... Os autores $ue pintam os tc/u"tc/is como uma popula>ão $ue 2i2e apenas de su3stancias animais cometem, pois, um gra2e erro. Os tc/u"tc/is me parecem, ao contrário, em certas pocas do ano, mais 2egetarianos do $ue $ual$uer outro po2o $ue eu con/e>a P,ie con/e>a P,ie U1se!lun!3 Asiens un" Europas au= "er ea3 %%3 -973 55Q$ ,e outro la"o3 no D ta1D1 eato que so os trHpi>os a alimenta>ão /a3itual se0a 5eita $uase $ue unicamente de 5rutos de arroz e outras su3stancias 2egetais3 2egetais3 >o1o pensa +u>kle Pp!$ NQ3 sen"o e>ep>ional3 nessas re!iGes3 o ve!etarianis1o e>lusivo$ %ão passa de uma 5á3ula $ue se ten/a na -5rica menos necessidade necessidade de carne3 carne3 "i +u>Bner PKa1eru13 pá!$ -83 >= ta1D13 pá!$ --6Q$ Os =atos >on=ir1a1 a sua oserva#o$ E1 to"a a c=ri>a a ali1enta#o ani1al D 1uito pro>ura"a$ &arti>ular1ente apetitosa "eve ser a >o1i"a "os ne!ros "o Con!o3 a respeito "os quais S>Bein=urtB >onta que3 e>e#o =eita "o >o e "o Bo1e13 eles no "esprea1 nenBu1a sustan>ia3 ani1al 1es1o os ratos3 as serpentes3 os perenHpteros3 as Bienas3 os es>orpiGes3 as =or1i!as e as la!artas$ E "i/se "os Fn"ios "a 'uiana %n!lesa3 que vive1 so o equa"or3 que a ca>a e a pesca 5ormam a sua alimenta>ão alimenta>ão principal, principal, em3ora não desprezem os ratos, os macacos, macacos, os caimãos, as rãs, os 2ermes, as lagartas, as 5ormigas, as lar2as e os escara2el/os PAppu" escara2el/os PAppu" e1 &es>Bel3 dlkerkun"e3 pá!$ -68Q$ +e1 lon!e "e se nutrire1 nutrire1 uni>a1ente "e =rutas e le!u1es3 le!u1es3 1uitas "as popula#Ges popula#Ges que vive1 so os trHpi>os in>luFra1 1es1o a >arne Bu1ana na sua ali1enta#o$ Si13 pare>e que o >anialis1o perten>e 1ais parti>ular1ente aos trHpi>os$ apenas a u1 !rau 1ais alto "a >ivili >ivilia#o a#o que o Bo1e1 >onse!ue >onse!ue suu!ar naturea naturea ao ponto "e po"er es>olBer livre1ente a sua nutri#o3 na 1e"i"a "e suas ne>essi"a"es$ ontentar/se >o1 o que en>ontra3 e tanto 1ais "eve3 e1 lu!ar "e a"aptar a >o1i"a aos seus "eseos3 "eseos3 a"aptar/se ? >o1i"a "e que "isponBa$ Se o esqui1H esqui1H vive soretu"o "e >arne e "e Hleo "e peie3 D 1enos porque o >li1a lBe pres>reva essa ali1enta#o ali1enta#o e 1ais por no en>ontrar en>ontrar outra$ Ele no po"eria viver "e =rutos pela si1ples rao "e no os Baver astante na 'roenlJn"ia$ O pre#o que
29
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ atriui aos pou>os ve!etais ao seu al>an>e prova que a ali1enta#o e>lusiva1ente ani1al no =oi por ele es>olBi"a por 1otivos =isiolH!i>os$ Os esqui1Hs "o sul rene1 no vero al!u1as a!asM os que Baita1 o norte norte no >onBe> >onBe>e1 e1 ve!etai ve!etais3 s3 por assi1 assi1 "ier3 "ier3 >o1 e>e#o e>e#o "os que en>ontr en>ontra1 a1 se1i"i! se1i"i!eri eri"os "os no est1a!o "as renas3 e que >onsi"era1 !ulosei1a$ %sto representa se!ura1ente u1 >aso etre1o$ A parte 1uito 1ais >onsi"erável "o !loo nos o=ere>e e1 aun"Jn>ia as sustJn>ias ani1ais e ve!etais 1ais "iversas$ O Bo1e1 no D e1 to"os os lu!ares to li1ita"o na es>olBa "e sua >o1i"a >o1o na viinBan#a "o pHlo$ (as e1 parte al!u1a ele te1a lier"a"e "e es>olBer ? vonta"e o ali1ento$ O Bo1e1 sH en>ontra e1 quanti"a"e restrita a por#o 1ais i1portante "e sua >o1i"a3 e no se1 "i=i>ul"a"e e no e1 qualquer te1po$ Os !@neros sus>etFveis "e lBe asse!urare13 "e 1o"o su=i>iente e re!ular3 a sua susist@n>ia no "epen"e1 "e u1 >erto >onte"o "e >arnio3 >arnio3 ne1 "a sua ne>essi"a"e ne>essi"a"e "este ele1ento3 ele1ento3 1as antes "e tu"o "a espD>ie espD>ie e "o !rau "e seu saer tD>ni> tD>ni>o3 o3 "a sua arte "e "o1inar "o1inar a nature naturea3 a3 nu1a palavr palavra a / "o seu modo modo de produ>ão produ>ão.. quase nula3 >o1para"a >o1 a "este lti1o3 a in=lu@n>ia "o >li1a3 "a >on=i!ura#o "o solo e "e outras >on"i#Ges =Fsi>as$ a situa"as a u1 1es1o nFvel "e >ivilia#o e se verá que nos pa1pas >o1o nas (ontanBas Ro>Bosas3 ao lon!o "o A1aonas >o1o ao lon!o "o (ississipi eles >onso1e1 o peie3 a >a#a e os ve!etais e1 propor#Ges quase i"@nti>as$ Essas propor#Ges sH eperi1enta1 1u"an#as notáveis e1 virtu"e "e >on"i#Ges lo>ais / por ee1plo3 a riquea 1aior "e peie "e tal ou tal rio e outras "o 1es1o !@nero // e no e1 virtu"e "e =atores >li1áti>os$ Se o 1o"o "e pro"u#o "e u1 povo 1u"a3 sua ali1enta#o ta1D1 1u"a3 se1 que 1u"e o >li1a$ Se o IlaaroneI napolitano "e Boe se satis=a >o1 o 1a>arro3 sar"inBas e alBo3 ele no o "eve ao >li1a 1a!nF=i>o so o qual vive$ )a 1es1a latitu"e os Bo1ens rios te1pos BerHi>os "a 'rD>ia3 assi1 >o1o n/lo in=or1a1 a &l1ada e a Odissia, Odissia, !ostava1 no apenas "e >onsu1ir !ran"es quanti"a"es "e >arne3 1as ta1D1 a !or"ura 3ril/ante, ali1ento que po"eria satis=aer 1es1o a u1 esqui1H$ Os prHprios Bin"us no =ora1 se1pre ve!etarianos$ Antes "e inva"ire1 o vale "o 'an!es e "e nele se estaele>ere13 era1 pastores n1a"es >ua ali1enta#o se >o1punBa prin>ipal1ente "o leite e "a >arne "e seus reanBos$ 0oi uni>a1ente "epois que o seu 1o"o "e pro"u#o 1u"ou3 quan"o a a!ri>ultura sustituiu a >ria#o3 e1 virtu"e "e a re!io "o 'an!es o=ere>er >on"i#Ges =avoráveis ? >ultura "o solo e no a u1a eplora#o etensa "as pasta!ens3 =oi sH ento que a 1atan#a "e u1 oi e "e u1a va>a3 "o ani1al que lavra e "o que "á o leite3 se tornou pou>o a pou>o u1 ato "e pro"i!ali"a"e >ri1inosa$ Revolu#o se1elBante na ali1enta#o "o >a1pon@s$ se pro"uiu nas nossas re!iGes a partir "o sD>ulo X$ Ain"a no sD>ulo X% a =loresta3 a pasta!e1 a á!ua e o !alinBeiro =orne>ia1 u1 ali1ento ani1al aun"ante$ A >arne era ento >o1i"a >oti"iana or"inária "a !ente Bu1il"e e1 to"a a Ale1anBa$ ,ois ou tr@s pratos "e >arne ao "ia no era1 para u1 ornaleiro na"a "e etraor"inário$ U1 >ál>ulo "e Kloe"en nos 1ostra >o1o era etenso e1 tal Dpo>a o >onsu1o "a >arne$ Se!un"o esse autor3 e1 0ran>k=ort3 sore o O"er3 e1 -8973 ela se elevava no 1Fni1o a 29 =iras por >ae#a3 ao passo que os>ila Boe3 e1 +erli13 entre -89 e -9 liras$ )o perFo"o "e -779$-775 a >arne sH se elevou e1 +reslau a 76 liras$ )o sD>ulo X% o "es=e>Bo "a luta =oi "es=avorável aos >a1poneses$ A =loresta e a á!ua lBes =ora1 arreata"as^ a >a#a3 e1 lu!ar "e >onstituir u1 ali1ento para eles3 lBes to1ou os ali1entos$ A pasta!e1 =oi li1ita"a$ Tivera1 "e ven"er a >i"a"e3 a >ria#o "e pelo e "e pena que ain"a possuFa13 >o1 e>e#o "os ani1ais "e tiro3 a =i1 "e >o1 ela apurare1 o "inBeiro "e que pre>isava1$ A 1esa "o >a1pon@s ale1o se e1pore>eu rapi"a1ente$ Ele3 por sua ve3 virou ve!etariano3 tal >o1o o Bin"u$ [á e1 -9 o suavo :enri>B (Wller 3se la1entava nos se!uintes ter1osM IAo te1po "e 1eu pai3 que era >a1pon@s 4 "iia ele 4 >o1ia/se entre os a!ri>ultores "e 1o"o 1uito "iverso ao "e Boe$ ,iaria1ente Bavia ento >arne e i!uarias e1 quanti"a"e3 e "urante as quer1esses e outras =estas as 1esas se >oria1 "e tu"o o que pu"esse1 a!Wentar^ eia/se vinBo3 >o1o se =sse á!ua^ >a"a qual >o1ia e >arre!ava o que lBe aprouvesse3 porque tu"o aun"ava e superaun"ava$ (as as >oisas 1u"ara1$ ,e Bá 1uito3 os te1pos se =iera1 "i=F>eis e 1aus3 a ali1enta#o "o >a1pon@s 1ais aasta"o no está lon!e "e ser pior que a "os ornaleiros e >ria"os "e !rana "e outras erasI$ (as a re!resso "a pe>uária "evia ser lo!o a>o1panBa"a "e u1 1ovi1ento "a re!resso na pro"u#o "os >ereais$ &orque quanto 1enor D o !a"o3 tanto 1enor D a quanti"a"e $"e ester>o$ (as$ =reqWente1ente3 a >ultura "a terra so=ria ta1D1 quan"o u1a "i1inui#o "a >ria#o a>arretava u1a "i1inui#o "o n1ero "os ani1ais "e tiro$ )o 1es1o senti"o atuou o au1ento "as >orvDias e os seus re>ursos "e traalBo na Bora e1 que "eles 1ais ne>essitava para a sua prHpria lavoura$ &re>isa1ente quan"o =oi 1aior a quanti"a"e "e pro"utos que a a!ri>ultura tinBa "e entre!ar ? >i"a"e3 quan"o quan"o se lBe tornou i1perioso >orir o de5icit "aF "e>orrente >o1 1aiores provisGes "e ester>o ester>o e >o1 u1 traalBo 1ais intenso "o solo3 as provisGes "e ester>o e o traalBo "o solo se =ora1 re"uin"o
2-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >a"a ve 1ais$ Co1o >onseqW@n>ia veri=i>ara1/se o retro>esso "a eplora#o >a1ponesa3 o es!ota1ento3 a esterili"a"e >res>entes "a terra$ Esta 1al "ava para sustentar o >a1pon@s nos anos propF>ios$ U1 ano in=eli3 in=eli3 ou a irrup#o irrup#o "e u1 ini1i!o3 que era1 outrora 1ales passa!eiros3 passa!eiros3 astava1 astava1 ento para arruiná/%a inteira1ente$ i1os >o1o o >a1pon@s3 no sD>ulo X%3 se tornou ve!etariano$ )o sD>ulo X%% e X%%% ele "eiou3 e1 1uitas re!iGes3 "e ali1entar/se su=i>iente1ente$ >onBe>i"a a "es>ri#o que3 >e1 anos antes "a !ran"e revolu#o3 revolu#o3 La +ruyere +ruyere =e "o >a1pon@s "a 0ran#aM I@e1/se >ertos ani1ais selva!ens3 selva!ens3 1a>Bos e =@1eas3 "isse1ina"os pelo >a1po3 ne!ros3 lFvi"os e to"os quei1a"os "o sol3 presos ? terra que revolve1 e esqua"rinBa1 >o1 u1a ostina#o inven>Fvel^ t@1 >o1o que u1a vo arti>ula"a3 e quan"o se er!ue13 revela1 u1a =a>e Bu1ana$ noite3 re>olBe1/se a >ovis e1 que vive1 "e po ne!ro3 "e á!ua e "e razes ..$$ I E1 1ultas al"eias$ os >ari-poneses apenas se ali1entava1 "e >ouve e outras ervas$ (assilon3 ispo "e Cler1ont/0erran"3 es>revia3 e1 -N93 a 0leuryM IA nossa popula#o a!rF>ola vive nu1a terrFvel 1isDria $$$ a 1aior parte "ela no te1 1es1o3 "urante `1eta"e "o ano3 seno po "e >eva"a e "e aveia3 que =or1a a sua ni>a ali1enta#oI$ ,urante os anos 1aus a^situa#o "o >a1pon@s era si1ples1ente espantosa$ E1 virtu"e "a esterili"a"e >res>ente "o solo3 tais Dpo>as se tornava1 se1pre 1ais =reqWentes$ ,e -657 a --3 a popula#o "a 0ran#a >ai3 por Ie=eito "e >rises repeti"as3 "e -5 a -6 1ilBGes$ O !overno "e LuFs X =oi 1ais pa>F=i>o que o "e LuFs X%^ os en>ar!os oriun"os "a !uerra era1 1enores^ 1as a presso "os i1postos =eu"ais >ontinuou$ Estes se =iera1 insuportáveis$ (uitos >a1poneses saFra1 voluntaria1ente "e sua proprie"a"e3 que os un!ia ? 1isDria3 pre=erin"o3 1es1o3 o e1pre!o >o1o operários assalaria"os ou a vi"a "e 1en"i!os e la"rGes$ [á e1 -9 larava que u1 quarto "a terra lavra"a se a>Bava in>ulta$ %1e"iata1ente antes "a Revolu#o 0ran>esa3 ArtBur Youn! in=or1ava que u1 ter#o "o solo aproveitável P1ais "e 5 1ilBGes "e Be>taresQ aia se1 trato$ A situa#o no era por to"a parte assi1 rui1 >o1o na 0ran#a3 on"e o po"er !overna1ental "o1inava "o1inava o >a1pon@s3 >a1pon@s3 "e 1o"o asoluto3 asoluto3 e se >on>entrava3 >on>entrava3 ao 1es1o te1po3 nas 1os "e u1a norea >ortes to insolente >o1o "estituF"a "e >ons>i@n>ia3 >pi"a e >e!a$ Contu"o3 na Ale1anBa$ ta1D13 a >on"i#o "os lavra"ores era "e 1isDria3 e o aan"ono "as terras 1uito =reqWente$ "Q O sistema de tr@s a5ol/amentos se torna um entra2e insuportá2el para a agricultura (es1o nas re!iGes e1 que no Bavia u1a norea arro!ante para "i1inuir3 >o1 a viol@n>ia3 os re>ursos ali1entares o=ere>i"os pelo siste1a "e eplora#o a!rF>ola "o1inante3 este se tornou3 no "e>urso "o sD>ulo X%%%3 u1 entrave >a"a ve 1ais penoso$ E1 >ertos >asos3 a popula#o se >on!lo1erava tanto que re>la1 re>la1ava ava u1a a1plia# a1plia#o o "os re>urso re>ursoss ali1ent ali1entares ares 1e"iante 1e"iante a passa! passa!e1 e1 para para u1 siste1 siste1a a "e eplora#o 1ais eleva"o$ Tal siste1a á se "esenvolvera na %n!laterra3 on"e3 e1 virtu"e "e >on"i#Ges espe>iais3 os =un"a1entos "a a!ri>ultura =eu"al =ora1 suverti"os por u1a sDrie "e revolu#Ges3 a partir "a re=or1a "e :enrique %%% atD a !loriosa revolu#o "e -677I$ Ali se arira >a1inBo ao "esenvolvi1ento "esenvolvi1ento "e u1a a!ri>u a!ri>ultur ltura a >apitali >apitalista sta intensi intensiva3 va3 que susti sustitui tuiu u a eplor eplora# a#o o "as pasta!e pasta!ens ns pela pela estaul estaula# a#o o per1anente e a >ultura "as plantas =orra!eiras3 a!ri>ultura que pro"uia 4 ao la"o "os >ereais 4 atatas3 ráanos e >ouves$ (as veri=i>ava/se3 "e 1o"o !eral3 a i1prati>aili"a"e "e sua trans=er@n>ia para o >ontinente europeu se1 a suverso "as >on"i#Ges "e proprie"a"e aqui eistentes$ O e1aranBa1ento "as "iversas "iversas =ra#Ges "e terra >ultivável >ultivável e a >oer#o >oer#o "a =olBa i1pe"ia1 i1pe"ia1 qualquer inova#o no interior interior "o anti!o siste1a "e >ultura "e tr@s a=olBa1entos$ Se al!uns lavra"ores se "e"i>ara1 ao plantio "e espD>ies re>ente$ 1ente intro"ui"as3 intro"ui"as3 "e atatas3 por ee1plo3 =oi apenas nas suas Bortas para as quais a >oer#o >oer#o "a =olBa no eistia3 ou nas áreas 1ais i1portantes que se Bavia1 separa"o "a >o1uni"a"e territorial$ Ao la"o "a ne>essi"a"e "e u1 au1ento "os !@neros ali1entF>ios3 a ne>essi"a"e "e a"aptar a pro"u#o ?s ei!@n>ias "o 1er>a"o >on"enou o 1o"o "e eplora#o tra"i>ional3 ao 1enos para os a!ri>ultores aasta"os$ Estes >olBia1 para a ven"a u1 e>e"ente >onsi"erável$ O 1o"o "e pro"u#o "a %"a"e (D"ia se >on>iliava e>elente1ente >o1 as >on"i#Ges "e u1a so>ie"a"e "e i!uais3 to"os >o1 o 1es1o !@nero "e eist@n>ia e pro"uin"o para o seu prHprio >onsu1o$ Ento3 a >o1uni"a"e territorial >onvinBa3 >o1 as suas alternativas re!ulares "e tri!os "e 1ar#o e tri!os "e outono outono e "e pousio$ pousio$ A!ora3 A!ora3 sur!ia sur!ia o 1er>a"o 1er>a"o >o1 as suas suas ei!@n ei!@n>ia >iass instáv instáveis eis33 "esenv "esenvolv olvia/s ia/se e a "esi!ual"a"e entre os >o1panBeiros "a al"eia3 entre os quais al!uns pro"uia13 quan"o pro"uia1 e1 suas terras3 apenas o in"ispensável para si 1es1os3 ao passo que outros pro"uia1 u1 e>esso$ Uns3 os pequenos3 >ontinuava1 a >olBer para o seu >onsu1o prHprio3 a!arran"o se >o1 unBas e "entes ? >o1uni"a"e territorial$ &ara outros3 esta se trans=or1ava nu1 entrave$ ura "o 1er>a"o$ sH po"ia1 plantar nas suas lavouras o que a >o1uni"a"e territorial pres>revia$ ,o 1es1o 1es1o 1o"o3 1o"o3 "ese "esenv nvol olve veu/s u/se e u1 anta! anta!on onis is1o 1o "e inter inter@s @sse se e1 rela rela# #o o aos rest restos os "a
22
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ pasta!e1 >o1u1$ O pequeno >a1pon@s "ela "epen"ia3 pois no tinBa 1eios para passar a u1a =or1a 1ais alta "e eplora#o$ A su"iviso "a pasta!e1 >o1u1 lBe i1pe"ia quase a posse "e ani1ais$ O que pro>urava3 prin>ipal1ente3 era u1a 1aior quanti"a"e "e ester>o$ A partilBa lBe "aria3 talve3 1ais terra3 1as "i1inuiria as suas provisGes "e a"uo3 porque o ori!aria a re"uir o n1ero "e suas >ae#as "e !a"o$ Os >a1poneses aasta"os3 ao >ontrário3 >onsi"erava1 u1 "esper"F>io >ri1inoso o e1pre!o3 >o1o pastos3 "e !leas que po"eria13 >o1 os seus re>ursos3 eplorar "e 1aneira 1uito 1ais pro"utiva$ E "o seu la"o se a>Bava1 os teHri>os3 os representantes "o 1o"o "e eplora#o 1ais eleva"o que se "esenvolvera na %n!laterra$ &ara a passa!e1 a esse 1o"o "e eplora#o i1punBa/se a ruptura "o >o1pro1isso entre o >o1unis1o =un"iário e a proprie"a"e priva"a3 representa"o pelo siste1a "e >ultivo "a %"a"e (D"ia$ %1punBa/se o estaele>i1ento "a proprie"a"e priva"a >o1pleta3 a partilBa "a pasta!e1 >o1u13 a supresso "a >o1uni"a"e territorial e "a >oer#o "a =olBa3 a eli1ina#o "o e1aranBa1ento "os lotes "isse1ina"os3 e a sua reunio nu1a uni"a"e$ O proprietário =un"iário se tornaria assi1 o proprietário >o1pleto "e suas terras "ispostas nu1a super=F>ie >ontFnua3 super=F>ie que po"eria ento eplorar "e 1o"o e>lusivo3 se!un"o as re!ras "a >on>orr@n>ia e "o 1er>a"o$ (as por 1ais ur!ente que =osse a suverso "as >on"i#Ges "a proprie"a"e rural3 o "esenvolvi1ento e>on1i>o no >riara na popula#o a!rF>ola u1a >lasse que "esen>a"easse a =or#a in"ispensável para essa revolu#o$ Contu"o3 a a!ri>ultura no te13 na so>ie"a"e atual3 u1a eist@n>ia in"epen"ente$ O seu "esenvolvi1ento suor"ina/se3 "a 1aneira 1ais estreita3 ao "esenvolvi1ento so>ial$ Essa ini>iativa e essa =or#a revolu>ionárias que a a!ri>ultura no sus>itava por si 1es1a lBe =ora1 e1presta"as pela >i"a"e$ O pro!resso e>on1i>o "a cidade trans=or1ara inteira1ente a situa#o e>on1i>a "o >a1po e i1pusera u1a trans=or1a#o "as suas >on"i#Ges "e proprie"a"e$ O prHprio "esenvolvi1ento >riara na cidade as >lasses revolu>ionárias$ Estas3 insur!in"o/se >ontra o "o1Fnio =eu"al3 levara1 aos >a1pos a revolu#o polFti>a e urF"i>a3 neles realian"o3 e1 1eio a !ritos "e ale!ria "a 1assa "a popula#o rural3 =reqWente1ente3 1as ?s v@es ta1D1 >ontra a sua resist@n>ia3 as trans=or1a#Ges ne>essárias$ %ni>ial1ente3 =oi a uro>ra>ia urana "o asolutis1o es>lare>i"o que tentou essas inova#Ges3 ne1 se1pre "e 1aneira =eli3 1uitas vees >o1 u1a uni=or1i"a"e 1e>Jni>a3 a 1ais "as vees / apesar "e seu ar "es"enBoso / "e 1o"o irresoluto e 1esquinBo$ uni>a1ente e1 -753 quan"o as >lasses revolu>ionárias "e &aris se levantara1 so a "ire#o polFti>a "a ur!uesia$ e quan"o a to1a"a "a +astilBa >on>la1ou os >a1poneses opri1i"os a sa>u"ire1 os u!os =eu"ais3 =oi que a trans=or1a#o "as >on"i#Ges "a proprie"a"e rural >o1e#ou3 pri1eira1ente na prHpria 0ran#a3 e e1 se!ui"a3 so a sua in=lu@n>ia3 nos paFses viinBos3 a to1ar u1a 1ar>Ba "e>i"i"a e rápi"a$ )a 0ran#a a trans=or1a#o se pro"uiu ile!al e violenta1ente3 isto D3 "e !olpe e "e 1aneira tal que os >a1poneses no apenas se livrara1 "e seus triutos3 1as ain"a a"quiria1 terras perten>entes a "o1Fnios >on=is>a"os ao >lero e aos e1i!ra"os3 na 1e"i"a e1 que a ur!uesia "eles no se apo"erou$ )a &rssia3 a trans=or1a#o =oi a >onseqW@n>ia ne>essária "a "errota "e %ena$ Ela se veri=i>ou >o1o e1 to"a a Ale1anBa3 "e 1o"o pa>F=i>o e le!al3 isto D3 >o1 1u"an#as3 á inevitáveis3 realia"as pela uro>ra>ia >o1 "e1oras e Besita#Ges3 >o1 o 1aior !asto possFvel "e traalBo e "inBeiro$ Essa uro>ra>ia pro>urava se1pre3 ansiosa1ente3 oter a aquies>@n>ia "os nores3 e1 proveito "os quais re"un"ou3 a=inal "e >ontas3 to"o o 1ovi1ento3 que ain"a no estava >on>luF"o e1 -7N7$ Os >a1poneses tivera1 "e pa!ar >aro aos aristo>ratas esse >a1inBo pa>i=i>o e le!al / e pa!á/lo e1 "inBeiro "e >onta"o3 >o1 u1a parte "e suas terras e >o1 novos i1postos$ I&o"e1os >al>ular a so1a pa!a pelos >a1poneses ? norea e ao =is>o3 a =i1 "e se liertare1 "os en>ar!os que lBe Bavia1 si"o iniqua1ente atriuF"os3 nu1 1ini1o "e 899$999$999 "e táleres3 talve $$$$$$-$999$999$999 "e 1ar>os$ -$999$999$999 "e 1ar>os para re>uperare13 isenta "e !rava1es3 a parte 1ais insi!ni=i>ante "o solo que lBes =ora roua"o Bavia quatro>entos anosf A parte 1ais insi!ni=i>ante3 porque a norea e o =is>o se reservara1 u1a =ra#o 1uito 1ais i1portante so a =or1a "e 1or!a"ios3 senBorios e "o1FniosI P0R$ E)'ELS3 na sua intro"u#o aos eer>F>ios S>Blesis>Be (illiar"e$ "e Z%L:EL( Z9L003 que apare>era1 pri1eiro na )eue RBeinis>Be *eitun!3 e1 -7N53 e e1 -776 =ora1 puli>a"os e1 *uri>B$Q$ &esquisas 1ais re>entes sH t@1 >on=ir1a"o esta in=or1a#o "e Zol==$ ,o 1es1o 1o"o3 4 a a!ri>ultura se 1o"erniou na Rssia apHs a !uerra "a Cri1Dia$ Os >a1poneses =ora1 alivia"os no apenas "a servi"o3 1as ta1D1 "a 1elBor parte "e suas terras$ (as por 1ais 1esquinBa que Baa si"o a revolu#o on"e quer que ela se tenBa veri=i>a"o pelas vias pa>i=i>as e le!ais3 o seu resulta"o te1 si"o se1pre o 1es1oM a supresso "os en>ar!os =eu"ais "e u1 la"o3 "os restos "o >o1unis1o pri1itivo "o solo "e outro3 e o estaele>i1ento >o1pleto "a proprie"a"e
28
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ priva"a "a terra$ Aria/se >a1inBo para a a!ri>ultura >apitalista$
% A A'R%CULTURA (O,ER)A aQ Consu1o e pro"u#o "e >arne
Au1ento "as >otas "e ester>o3 isto D3 au1ento "o n1ero "e >ae#as "e !a"o3 apesar "a li1ita#o "a super=F>ie "o solo reserva"a ? pro"u#o "e =orra!e13 "e u1 la"o^ au1ento "a >apa>i"a"e "e a"apta#o ?s ne>essi"a"es "o 1er>a"o3 "o outro la"o / tais era1 as "uas >on"i#Ges prin>ipais re>la1a"as "a nova a!ri>ultura3 para o "esenvolvi1ento "a qual a revolu#o ur!uesa preparara o terreno urF"i>o3 "epois "e propor>iona"os os ele1entos prDvios "e or"e1 tD>ni>a$ (as o au1ento "as >ae#as "e !a"o no respon"ia a u1a ne>essi"a"e "a a!ri>ultura$ Respon"ia ta1D1 a u1a ne>essi"a"e "o 1er>a"o$ A partir "o sD>ulo X% o >onsu1o "e >arne "i1inuFra i!ual1ente nas >i"a"es3 1as "e 1o"o relativo3 e1 propor#o ao n1ero "a popula#o urana3 rara1ente "e 1o"o asoluto$ Ao >ontrário3 o epansionis1o "essa popula#o se!uia 1uitas vees u1a 1ar>Ba velo$ E1 parte al!u1a a "i1inui#o relativa "o >onsu1o "e >arne =oi to >onsi"erável nas >i"a"es quanto no >a1po$ Apesar "e to"a a 1isDria3 nas >i"a"es o nFvel "e vi"a D 1ais eleva"o3 e1 parte "evi"o ? eist@n>ia "os >apitalistas e aristo>ratas3 que nelas >onso1e1 os =rutos "a eplora#o que prati>a1 no pais to"o^ e1 parte porque a >on>entra#o "e operários =a>ilita a sua luta pelo salário^ en=i1 porque nelas o a1iente e o e1pre!o Baitual provo>a1 tais "anos ? sa"e que a repro"u#o "a =or#a "e traalBo ei!e >on"i#Ges "e susist@n>ia superiores ?s "a a!ri>ultura$ O >ita"ino3 que pro"u e1 espa#os =e>Ba"os3 que =ati!a =reqWente1ente apenas os nervos3 no os 1s>ulos3 pre>isa3 Se no quiser in>apa>itar/se para a a#o3 "e quanti"a"e 1aior "e ali1ento ani1al "o que o lavra"or$ (as o au1ento "o >onsu1o "e >arne3 relativa1ente 1ais a1plo na >i"a"e "o que nos >a1pos3 po"eria ta1D1 ter/se =a>ilita"o pelo =ato "o !a"o3 antes "a >onstru#o "as estra"as "e =erro3 ter si"o u1 "os pro"utos a!rF>olas transportáveis3 e1 vi"a3 "e 1o"o 1ais >1o"o e a 1aiores "istJn>ias3 pro"uto que o >a1pon@s3 1oran"o lon!e "o 1er>a"o3 >on"uiria 1ais =ol!a"a1ente$ Se!un"o Stte!ast3 as "espesas "e transporte pelas estra"as reais se eleva13 relativa1ente ao valor "a 1er>a"oria3 por quintal e por 1ilBa3 ?s so1as se!uintesM palBa -g3 atatas -9g3 =eno 39g3 leite3 =rutos =res>os 83g3 >enteio3 >eva"a3 aveia 2g3 tri!o3 le!u1es se>os -39g3 ani1ais vivos 932g$ A "i=eren#a entre as "espesas "e transporte "os outros pro"utos3 1es1o "o tri!o3 e a "os ani1ais vivos3 D enor1e$ A "i=eren#a entre o >onsu1o "e >arne nas >i"a"es e nos >a1pos =oi3 para a 0ran#a3 epresso e1 n1eros$ O >onsu1o "e >arne se elevava nesse paFs3 por >ae#a3 se!un"o inquDrito "e -7723 nesse anoM E1 &aris Outras >i"a"es )os >a1pos E1 to"a a 0ran#a
538- quilo!ra1as 737 2-375 8839
$ ,epois "e -772 se 1ani=esta3 "e resto3 na 0ran#a u1a ten"@n>ia ? eli1ina#o "a "i=eren#a eistente no >onsu1o "e >arne entre a >i"a"e e o >a1po$ Ele "i1inui na pri1eira e au1enta no se!un"o$ Se!un"o inquDrito "e -7523 o >onsu1o "e >arne3 por >ae#a3 na popula#o urana3 >aFra "e 6N quilos a 69 e1 -772 para 7 quilos e -93 "i1inuin"o portanto "e 6 quilos e 9^ e "urante esse te1po elevara/se na popula#o rural "e 2- quilos e 75 a 26 quilos e 23 au1entan"o portanto "e N quilos e 86$ apitalista e "os 1eios "e >o1uni>a#o3 quanto 1ais "epressa >res>e1 as >i"a"es3 tanto 1ais velo1ente "eve1 au1entar as ne>essi"a"es "e
2N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >arne$ %sto se1 que3 tanto na >i"a"e quanto no >a1po3 Baa au1enta"o o e1/estar "a popula#o$ &o"er/ se/ia "ar atD o >aso "e o >onsu1o "e >arne >res>er3 e o e1/estar "o interior "a >i"a"e ou "o >a1po$ ou e1 a1os ao 1es1o te1po3 si1ultanea1ente3 "e>res>er$ +astava para tanto que as >i"a"es pro!re"isse1 1uito rapi"a1ente$ O au1ento "o >onsu1o "e >arne a respeito "o qual os e>ono1istas apolo!Dti>os "is>ursa1 >o1 tanto !osto3 no seria 1ais "o que u1 sinal in=alFvel "o au1ento "o e1/estar na>ional$ (as a "i1inui#o relativa3 ?s vees 1es1o asoluta3 "a popula#o rural3 e1 >oteo >o1 a popula#o urB8na e1 >res>i1ento rápi"o3 asoluto e relativo3 esta "i1inui#o e1 1enos >ontestável3 e1 1ais eloqWente3 asta para epli>ar o au1ento "o >onsu1o "e >arne3 na 1e"i"a e1 que real1ente se veri=i>a$ O =en1eno po"e ta1D1 ter si"o =a>ilita"o pela "i1inui#o "a =reqW@n>ia "os nas>i1entos3 isto D$ pelo au1ento "a per>enta!e1 "e >ate!orias "e i"a"es >onsu1i"oras "e >arne3 e a "i1inui#o "os ele1entos "a popula#o que no a >o1e13 ou a >o1e1 e1 pequena quanti"a"e / as >rian#as$ )u1 arti!o "e O$ 'erla>B3 sore O consumo e o preço da carne P0leis>Bkonsu1 un" 0leis>Bpreise3 ln :an"drteru>B "er Staatsissens>Ba=tenQ3 no /ictionnaire des 0ciences de l12tat , en>ontra1/se 1uitos ee1plos "e >i"a"es que3 na pri1eira 1eta"e "o nosso sD>ulo3 evi"en>ia1 no >res>i1ento3 1as "i1inui#o "o >onsu1o "e >arne$ E1 (uni>B o >onsu1o anual "a >arne "e va>a3 "e vitela3 "e >arneiro e "e por>o3 por >ae#a3 se elevavaM 3erodo
4uilos
-795h-5
--
-7-5h25
-9N
-725h85
58
-785hN5
76
-7N5h9
A partir "essa Dpo>a o >onsu1o se elevou u1 pou>o$ E1 :a1ur!o o >onsu1o anual "e u1a =a1Flia se >al>ulava e1 1D"iaM 5o perodo
6ibras
-72-h2 -726h89 -78-h8 -786hN9 -7N-hN -7N6h9 -7-72
87 28 N2 NN7 N25 885 85 82
Entre os ee1plos re>entes "e "i1inui#o "o >onsu1o "e >arne3 o 1ais i1pressionante D >erta1ente o=ere>i"o por &aris3 P>ua popula#o3 "e -77 a -7563 au1entou "e 899 1il al1as$ O seu >onsu1o anual "e >arne "urante o 1es1o perFo"o >aiu "e -7 1ilBGes a -8 1ilBGes$ Aqui veri=i>a1os3 pois3 no apenas u1a "i1inui#o relati2a, 1as 1es1o u1a "i1inui#o a3soluta. Contu"o3 o =en1eno D e>ep>ional$ E1 re!ra3 o "esenvolvi1ento "as !ran"es >i"a"es se pro>essa to rapi"a1ente que nelas o >onsu1o "e >arne au1enta "e 1aneira asoluta3 1es1o quan"o aia relativa1ente$ O au1ento asoluto "o >onsu1o "e >arne se possiilitou pelo au1ento "o n1ero "e >ae#as "e !a"o3 >ara>terFsti>o "a pri1eira 1eta"e "e nosso sD>ulo$ )as oito anti!as provFn>ias prussianas3 por ee1plo3 o n1ero "e >arneiros se elevouM
Anos
-7-6
7nteiramente mel!orados
-5$295
0emi-mel!orados
2$86$9-9
0em mel!ora
$-N$-76
8on9unto
7$269$N9
2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ -7N5
N$N2$5-8
$5N2$-7
8$59-$25
-6$256$527
O n1ero "e >ae#as "e >arneiros atin!iu o seu 1ái1o entre -769 e -76$ E1 -76N >ontava1/se no territHrio 1en>iona"o -5$8-N$66 "esses ani1ais^ e1 -778 no se >ontava1 1ais "o que -2$862$586$ Esta "i1inui#o "eve ser prin>ipal1ente atriuF"a ? >on>orr@n>ia "e alD1/1ar3 =ato sore o qual voltare1os a tratar$ Co1 ela >o1e#a u1a nova Dpo>a para a a!ri>ultura$ &or enquanto apenas =ala1os3 e1 !eral "o que eistia atD ?s alturas "e -79/3 se e1 que ?s vees3 quan"o a ten"@n>ia no se Baa 1o"i=i>a"o3 ou quan"o no possua1os "a"os su=i>ientes "os te1pos anteriores e1pre!ue1os 1ateriais 1ais re>entes para ilustra#o "o que "ie1os$ 0a#a1os "es"e á esta "e>lara#o para evitar 1al/enten"i"os$ Ao la"o "o n1ero "e >ae#as "e >arneiros3 elevou/se ta1D1 o n1ero "e outros ani1ais$ Contava1/se nas oito anti!as provFn>ias "a &rssiaM /esignação
:;:<
Cavalos +ovinos Pno >o1preen"i"as as vitelasQ &or>os Caras
:;=>
-$2N8$26N$9-8$5-2 -$N5N$865 -N8$N88
:;<=
-$-2$N25 N$5$2 2$287$N5 85$729
-$768$995 6$---$55N 8$2$87-$25
O au1ento "a pro"u#o "e >arne era3 >ontu"o3 1aior ain"a "o que "ie1 os n1eros3 visto que ao 1es1o te1po3 no "e>urso "este sD>ulo3 se pro"uiu u1 aumento >onsi"erável "o peso mdio "e >a"a >ae#a "e !a"o$ TBaer >onsi"era N9 liras o peso 1D"io "e u1a va>a$ Cer>a "e 2 anos 1ais tar"e Pe1 -78NQ S>Beiter >al>ula o peso 1D"io "e u1a va>a e1 99/699 liras$ :oe Bá nu1erosas eplora#Ges nas quais as va>as pesa1 e1 1D"ia -$9993 ?s vees 1es1o -$299 liras$ Se!un"o o >enso a!rário =eito na 0ran#a3 e1 -7523 o peso 1D"io "a >arne se >al>ulava nesse paFsM /esignação
:;
&ara os ois3 va>as3 touros &ara as vitelas &ara os >arneiros &ara os por>os
:;@?
22 quilo!ra1as 85 quilo!ra1as -7 quilo!ra1as 77 quilo!ra1as
262 quilo!ra1as 9 quilo!ra1as 29 quilo!ra1as 5N quilo!ra1as
Si1ultanea1ente >o1 o au1ento "a pro"u#o "e >arne3 veri=i>ava/se u1 au1ento "a pro"u#o "e >ereais$ Esse =en1eno apare>e >o1 1aior niti"e3 na 0ran#a3 "epois "a Revolu#o "e -75$ Cal>ula/se a sua pro"u#o3 e1 1ilBGes "e Be>tolitrosM
/esignação
Tri!o Centeio3 et>$ +atatas
:;@
:;:B
8N N7 2
:;=;
NN NN 29
9 N9 -99
3N :todo de cultura alternada. Di2isão do tra3al/o ,epois que a"quiriu a posse >o1pleta "e sua terra3 que a =or1a#o pro=un"a opera"a no >onunto "a eplora#o a!rF>ola3 que su>e"eu3 na %n!laterra3 ?s revolu#Ges "o sD>ulo X%%3 e no >ontinente europeu ? revolu#o "e -75 e suas reper>ussGes$ ,epois que a"quiriu a posse >o1pleta "e sua terra3 que a >oer#o "a =olBa3 os anti!os pastos e os pastos >o1uns "eiara1 "e eistir3 e que o allmend =oi "ivi"i"o3 o proprietário =un"iário á no teve "i=i>ul"a"es para soltar o seu !a"o$ As >on"i#Ges tD>ni>as "e u1 1Dto"o superior "e >ria#o á se Bavia1 estaele>i"o >o1 a intro"u#o "e u1 >erto n1ero "e !ra1Fneas3 que3 nu1a 1es1a super=F>ie3 =orne>ia1 1aiores quanti"a"es "e =orra!ens "o que os pastos$ Se estes se trans=or1asse1 e1 terras >ultiváveis3 se =osse1 planta"os "e ervas =orra!eiras3 e se3 e1 lu!ar "e solto3 o !a"o =osse estaula"o3 1es1o no vero3
26
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ po"er/se/ia13 no 1es1o "o1Fnio3 >riar ani1ais 1uito 1ais nu1erosos3 se1 preuFo para as lavouras "e >ereais$ As vanta!ens "a >ultura "e ervas =orra!eiras e "a estaula#o per1anente era1 1es1o 1uito !ran"es$ )o se pre>isava >onsa!rar ao plantio "aquelas o >onunto "as pasta!ens trans=or1a"as e1 terras lavra"ias$ SH se >are>ia "e u1a parte "o >Bo para esta >ultura3 >o1 au1ento possFvel3 ain"a3 "o n1ero "e >ae#as "e !a"o$ A outra por#o "e solo assi1 >onquista"a po"ia ser >onsa!ra"a ? lavoura "e >ereais$ Esta lti1a3 assi13 !anBava super=F>ies enor1es$ Se!un"o Ros>Ber3 no se po"ia3 >o1 a >ultura "e tr@s a=olBa1entos nu1 solo 1D"io3 reservar/se ao plantio "e >ereais 1ais "o que 29g "o territHrio$ Ao >ontrár >ontrário3 io3 TBunen TBunen a"1iti a"1itia a que >o1 o 1Dto"o 1Dto"o "e >ultur >ultura a alterna alterna"a3 "a3 unta1 unta1ent ente e >o1 a estaul estaula# a#o o per1anente3 e 1es1o 69g "o territHrio po"ia1 ser e1pre!a"os na lavoura "e >ereais$ Ao 1es1o te1po3 a so1a 1ais 1 ais alta "e >ae#as >a e#as "e !a"o =orne>ia ao >a1po 1ais ester>o e =or#as = or#as "e traalBo ani1ais 1ais nu1erosas$ A >ultura "H solo3 >o1 isto apenas3 1elBorou$ )o apenas au1entou a área "e"i>a"a aos >ereais$ A >olBeita "e "eter1ina"a super=F>ie3 a eles reserva"a3 =oi 1ais aun"ante3 !ra#as a essa revolu#o a!rF>ola$ O pro"uto 1e"io "e tri!o3 por Be>tare3 D avalia"o3 no inquDrito á re=eri"o3 relativo ? 0ran#aM
3ara o perodo
!ectolitros
-7-6/-729
-9322
-72-/-789
--359
-78-/-7N9
-23
-7N-/-79
-8367
-7-/-769
-8355
-76-/-79
-N327
-7-/-779
-N369
-77-/-759
-36
-75-/-75
-378
(as os e=eitos "essa revolu#o nas$ >on"i#Ges "e pro"u#o no parara1 aF$ ,epois que o proprietário proprietário a"quiriu a"quiriu a posse >o1pleta >o1pleta "a terra "esapare>eu "esapare>eu ta1D1 a ori!a#o ori!a#o "e sH se1eare1 >ereais na super=F>ie que no servisse ao ali1ento "o "o !a"o$ Era1 >ultiva"as outras plantas plantas pe"i"as pelo 1er>a"o 4 ?s ei!@n>ias "o qual a lavoura teve "e a"aptar/se >a"a ve 1ais 4 plantas que3 no anti!o anti!o siste1 siste1a a "e tr@s tr@s a=olBa1e a=olBa1ento ntos3 s3 e1 !eral !eral no =i!urava1 =i!urava133 ou sH =i!ura =i!urava1 va1 nas Bortas quan"o "estina"as ? ali1enta#o$ )esse n1ero3 se a>Bava13 por ee1plo3 as le!u1inosas3 ou as plantas in"ustriais Polea!inosas3 >o1o a >ola3 a "or1i"eira3 et>$3 as plantas t@teis3 >o1o o linBo ou o >JnBa1o3 as plantas >orantes3 >o1o a !aran#a3 o pastel3 et>$3 as plantas aro$ 1áti>as3 >o1o o lpulo3 o >u1inBo3 ou outras3 >o1o o =u1oQ$ Co1 a >ultur >ultura a rotativ rotativa a "essas "essas "i=eren "i=erentes tes espD>i espD>ies es altern alterna"a a"a >o1 a "e >ereai >ereaiss e "e planta plantass =orra!eiras3 veri=i>a se que no es!ota1 o solo "a 1es1a 1aneira$ Assi13 por u1a su>esso ra>ional "os "i=erentes >ultivos3 po"er/se/á elevar 1uito o respe>tivo ren"i1ento$ Os >ereais3 as olea!inosas3 as plantas t@teis >olBe1 a sua nutri#o prin>ipal1ente ? super=F>ie "o solo$ So as que o es!ota1$ As outras poupa1/no3 poupa1/no3 1elBora1/no 1es1o so >ertos aspe>tos3 eli1inan"o eli1inan"o a erva 1á >o1 a sua so1ra espessa3 utilian"o3 utilian"o3 !ra#as a suas raFes pro=un"as3 o susolo3 susolo3 =ertilian"o =ertilian"o ain"a 1ais a terra$ U1 >erto nu1ero "e outras plantas3 en=i13 Pa luerna3 as le!u1inosasQ a!e1 no 1es1o senti"o3 >aptan"o o aoto "o ar e a>u1ulan"o/o$ Os resulta"os vantaosos "a su>esso "e >ulturas á era1 >onBe>i"os "os anti!os ro1anos$ (as ela sH re>eeu u1a apli>a#o siste1áti>a3 e1 !ran"es propor#Ges3 e13 1ea"os "o ulti1o sD>ulo3 na %n!laterra3 "e on"e >Be!ou a Ale1anBa e a 0ran#a$ SH se !eneraliou no nosso sD>ulo$ A >ultura alterna"a per1itia u1 n1ero in=inito "e >o1ina#Ges3 se se levasse1 e1 >onsi"era#o as >on"i#Ges variáveis "o plantio e "o 1er>a"o3 >o1ina#Ges que au1entava1 na 1e"i"a e1 que o
2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ "esenvolvi1ento "as >o1uni>a#Ges3 e "as pesquisas >ientF=i>as "ivul!ava1 as eperi@n>ias europDias >o1 novas espD>ies eploráveis$ Se!un"o Z$ :e>ke3 a a!ri>ultura "a Europa Central a"otou3 no "e>urso "os anos3 u1a >entena "e plantas >ultiva"as$ (as paralela1ente ao "esenvolvi1ento "a >ultura alterna"a se veri=i>ou o "esenvolvi1ento "a "iviso "o traalBo entre as eplora#Ges a!rF>olas$ A >ultura "e tr@s a=olBa1entos tivera por oetivo a satis=a#o "as ne>essi"a"es pessoais "o >a1pon@s e "o senBor^ ta1D1 tinBa ela3 e1 to"a a Europa Central3 os 1es1os >ara>terFsti>os$ Ca"a al"eia3 >a"a >a1pon@s pro"uia e1 re!ra as 1es1as >oisas3 quaisquer que =osse1 as >on"i#Ges "o solo$ A!ora apare>ia a pro"u#o para o 1er>a"o3 e ao 1es1o te1po a >on>orr@n>ia$ O prole1a3 para >a"a a!ri>ultor3 se torna ento3 entre os pro"utos pro>ura"os3 a es>olBa "aquele que se!un"o a naturea "o solo e a lo>alia#o "as suas terras3 se!un"o as >on"i#Ges "as >o1uni>a#Ges3 se!un"o a i1portJn>ia "e seu >apital e a área "e sua proprie"a"e3 et>$3 pu"esse plantar >o1 1ais proveito$ As "iversas eplora#Ges se espe>ialia1$ U1as "o pre=er@n>ia ? >ultura "e >ereais3 outras ? >ria#o3 outras ain"a ? =ruti>ultura =ruti>ultura ou a viti>ultura$ viti>ultura$ Os a!ri>ultores a!ri>ultores e os >ria"ores3 por sua ve3 se "ivi"e1 e1 nu1erosas su>ate!orias$ Al!uns entre os lti1os se "e"i>a1 ? pro"u#o "e leite3 outros ? en!or"a3 outros ? >ria#o "e ani1ais novos3 et>$3 et>$ A "iviso "o traalBo D leva"a parti>ular1ente lon!e na %n!laterra e nos Esta"os Uni"os$ I0ae1/se na %n!laterra3 e1 rela#o a u1a 1es1a espD>ie ani1al3 outras su"ivisGes ain"a3 >o1o3 por ee1plo3 na pro"u#o "e leite$ )ela se "istin!ue1 a pro"u#o "e leite =res>o para a ven"a3 a pro"u#o "e leite para o preparo "e 1antei!a e a pro"u#o pro"u#o "e leite para o preparo "o queio$ queio$ &ara >a"a =i1 espe>ial se e1pre!a1 e1pre!a1 ra#as "e ani1ais e 1Dto"os espe>iais espe>iais "e >ria#o$ A %n!laterra %n!laterra "o )orte "eve ser >onsi"era"a >onsi"era"a >o1o o pais >lássi>o "a 1ais etensa "iviso "o traalBo na a!ri>ulturaI P+ACK:AUS3 ,ie AreitstBeillun! in "er Lan"irtBs>Ba=t / Conra"s>Be [aBrW>Ber3 -75N3 pá!$ 8N-Q$ Esta "iviso "o traalBo po"e3 e1 >on"i#Ges =avoráveis P>li1a e solo apropria"os3 altos salários3 1er>a"o vantaosoQ >on"uir a u1 renas>i1ento "a eplora#o "as pasta!ens3 1as so u1a =or1a 1ais alta3 1ais intensiva3 so u1a =or1a >apitalista3 li!a"a a !ran"es "espesas para >olo>a#Ges "e lon!o prao3 para para este ester> r>os os supl suple1 e1ent entar ares es33 para para tra traal alBo Boss "e >ult >ultura ura e para para a aqui aquisi si# #o o "e ani1ai ani1aiss per=e per=eititos$ os$ En>ontra1os u1a eplora#o "e pasta!ens "esse !@nero3 eplora#o 1o"erna3 >apitalista3 na %n!laterra "o Sul3 por ee1plo$ Ela na"a te1 "e >o1u1 >o1 a "o siste1a "e tr@s a=olBa1entos$ Ao la"o "a "iviso "e traalBo entre as "iversas e1presas perten>entes a vários "onos se "esenvolve "esenvolve a "iviso "iviso "o traalBo traalBo no interior interior "e u1a 1es1a eplora#o3 ao 1enos no interior interior "as !ran"es eplora#Ges$ )a a!ri>ultura =eu"al3 as e1presas 1aiores no era13 "esse ponto "e vista3 essen>ial1ente superiores ?s pequenas$ A 1aior parte "e suas =or#as "e traalBo3 tanto Bu1anas >o1o ani1ais3 era =orne>i"a =orne>i"a a >a"a senBor pelos s"itos3 os >a1poneses$ >a1poneses$ Estes "evia1 e=etuar as suas >orvDias pessoais pessoais e as suas >orvDias "e tra#o ani1al >o1 seus prHprios instru1entos e =erra1entas3 >arros3 ara"os3 et>$ A "i=eren#a entre a !ran"e e a pequena eplora#o no >onsistia na superiori"a"e "a aparelBa!e1 e nu1 alto !rau "e "iviso "o traalBo "a pri1eira3 1as so1ente no =ato "e o >a1pon@s3 >oa!i"o ? >orvDia3 e=etuar nela3 "e 1o"o "ispli>ente "ispli>ente e "a pior 1aneira possFvel3 possFvel3 o servi#o servi#o ori!atHrio que prestava para u1 estranBo estranBo >o1 os 1es1os 1eios e1pre!a"os para si3 1as neste >aso >o1 o elo e o >ui"a"o i1plF>itos nu1 traalBo "e interesse prHprio e "e proveito para os seus$ Uni> Uni>a1 a1ent ente e a a!ri a!ri>u >ultltur ura a 1o"er 1o"erna na na qual qual o "ono "ono "a terra terra33 na !ran" !ran"e e >o1o >o1o na pequ pequen ena a eplora#o3 eplora#o3 atua >o1 os seus prHprios instru1entos3 instru1entos3 >o1 os seus prHprios ani1ais3 >o1 os seus prHprios operários3 p"e "esenvolver3 nas e1presas i1portantes3 nu1a "iviso "o traalBo e1 ess@n>ia superior ? lavoura >a1ponesa$ A "iviso "o traalBo no interior "e u1a ni>a3 ou entre as "iversas eplora#Ges3 a varie"a"e "as >ulturas e "os seus 1Dto"os3 "evia1 >on"uir3 >o1o real1ente >on"uira1 a u1 aper=ei#oa1ento "os operários3 "os instru1entos e =erra1entas3 "as se1entes e "as ra#as ani1ais$ (as au1entou3 ta1D1 "e 1o"o >onsi"erável3 a "epen"@n>ia "a a!ri>ultura para >o1 o >o1Dr>io$ Atual1ente o >a1pon@s no pro"u 1ais para si 1es1o3 no apenas >o1o in"ustrial3 1as 1es1o >o1o a!ri>ultor3 tu"o "e que te1 ne>essi"a"e$ Ele D ori!a"o a >o1prar no apenas os instru1entos e instru1entos 1ais >aros que os "e outrora3 1as ain"a u1a `parte "os seus !@neros ali1entF>ios3 que a sua eplora#o espe>ialia"a no propor>iona3 ou no propor>iona e1 quanti"a"e su=i>iente$ E1 parti>ular3 si1ult si1ultane anea1en a1ente te >o1 a "ivis "iviso o "o traalB traalBo o au1enta au1enta o n1ero n1ero "os a!ri>ul a!ri>ultore tores3 s3 prin>i prin>ipal pal1ent 1ente e "os pequenos3 pequenos3 que rele!a1 a se!un"o plano a >ultura >ultura "e >ereais3 >ereais3 e so por >onse!uinte ori!a"os ori!a"os a >o1prá/ >o1prá/ %as3 ou a >o1prar =arinBa$ As vees no 1ais >olBe1 a se1ente na sua prHpria eplora#o3 na qual e1 re!ra no 1ais >ria1 os ani1ais "estina"os ? repro"u#o3 ao 1enos no que >on>erne ao !a"o !rosso$ E1presas espe>iais se >onsa!ra1 ? repro"u#o e ? 1elBora "as se1entes e "as "iversas ra#as ani1ais$
27
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ a elas que o a!ri>ultor >o1pra tu"o o que 1elBor aten"a ?s ne>essi"a"es i1e"iatas "e sua lavoura$ ,e outro la"o3 ven"e parte "o !a"o que no tenBa 1ais utili"a"e para si / >o1o3 por ee1plo3 nu1a eplora#o "e leite3 u1a va>a "e pequeno ren"i1ento 4 os ani1ais que á tenBa1 ultrapassa"o a =ase >orrespon"ente ao =i1 espe>ial "a e1presa3 >o1o nu1a >ria#o "e eerros e eerras3 eerras3 os que se tornara1 1uito velBos para o traalBo ou para a pro"u#o$ ialia$ quanto 1ais o !a"o se torna utiliável utiliável para ela apenas so tais e tais =or1as3 tanto 1ais rápi"o D o seu 1ovi1ento 1ovi1ento "e transa#Ges$ transa#Ges$ (as quanto 1ais se "esenvolve o >o1Dr>io3 tanto 1ais ele suor"ina o pequeno >a1pon@s$ Este no te1 ele1entos para aar>ar nu1 lan>e "e olBos o 1er>a"o e se enre"a 1ais =a>il1ente e1 "i=i>ul"a"es$ O >o1Dr>io se trans=or1a nu1a =onte aun"ante "e opressGes para a lavra"or$ )a 1e"i"a e1 que se "esenvolve a >ir>ula#o e1 !eral e o >o1Dr>io3 na 1e"i"a e1 que a a>u1ul a>u1ula# a#o o "o >apita >apitall revolu> revolu>ion iona a as vias vias "e >o1uni> >o1uni>a#G a#Ges3 es3 au1enta au1enta ta1D1 ta1D1 a "epen"@ "epen"@n>i n>ia a "a a!ri>ultura$ Esta suverso3 que te1 por ponto "e parti"a o >apital urano3 a!rava a suor"ina#o "o a!ri>ultor ao lo>al "o 1er>a"o3 >uas >on"i#Ges ta1D1 1u"a13 se1 >essar3 para ele$ U1 ra1o "e pro"u#o outrora lu>rativo3 quan"o u1 !ran"e >a1inBo era o ni>o a li!ar o 1er>a"o viinBo ao 1er>a"o 1un"ial3 torna/se "esvantaoso3 e D sustituF"o por outro "es"e que se >onstrHi u1a estra"a "e =erro atravDs "a re!io3 para o transporte3 por ee1plo3 "e >ereais a aio pre#o$ Assi13 a >ultura "e >ereais "eia "e ser re1unera"ora3 1as ao 1es1o te1po se visa ? possiili"a"e possiili"a"e "e u1 1er>a"o 1er>a"o para o leite$ O "esenvolvi1ento "esenvolvi1ento "as vias "e >o1uni>a#Ges intro"u ta1D1 no paFs novas plantas >ultiva"as3 ou plantas "e >ultivo sele>iona"o3 e per1ite a >on"u#o3 a "istJn>ias >a"a ve 1aiores3 "e ani1ais` "e ra#a e "e >orte$ O ee1plo in!l@s "ivul!a/se Boe no 1un"o inteiro$ A i1portJn>ia "a re1essa "e ani1ais "e >orte para re!iGes lon!Fnquas se 1ani=esta "a 1aneira 1ais notável nos "ireitos a"uaneiros e na !rita "os a!rários3 que reivin"i>a1 i1postos 1ais eleva"os e1ora o !a"o no sea re>ei"o uni>a1ente para o aate i1e"iato3 1as ta1D1 para =ins a!rF>olas3 >o1o o>orre >o1 os ois 1a!ros "estina"os ? en!or"a3 as va>as3 os >avalos$ (as o pro>esso "a trans=or1a#o 1o"erna "a a!ri>ultura atin!e u1a altura parti>ular quan"o as >onquistas "a >i@n>ia 1o"erna3 a 1e>Jni>a3 a quF1i>a3 a =isiolo!ia ve!etal e ani1al3 se trans=ere1 "as >i"a"es3 on"e =ora1 elaora"as3 para os >a1pos$
cN A má$u má$uin ina a na agr agric icul ultu tura ra E1 tal tal senti senti"o3 "o3 "eve1os "eve1os in>luir in>luir as má$ui má$uina nass entre os =atores prin>ipais "e trans=or1a#o$ Os rilBa rilBantes ntes result resulta"os a"os oti"o oti"oss pelo pelo 1aquini 1aquinis1o s1o na in"str in"stria ia sus>it sus>itara1 ara1 natural natural1en 1ente te a i"Dia i"Dia "e sua intro"u#o na a!ri>ultura$ A !ran"e e1presa 1o"erna tornava a >oisa possFvel e1 virtu"e "a "iviso "o traalBo / `"e u1 la"o a "iviso "os traalBa"ores e1 traalBa"ores 1anuais e traalBa"ores servi"os "e >ultura >ientF=i>a3 "e outro la"o a espe>ialia#o "os instru1entos e =erra1entas e sua a"apta#o a ativi"a"e espe>iais / e >o1o >onseqW@n>ia3 a pro"u#o e1 1assa para o 1er>a"o$ A eplora#o por 1eio "e 1áquinas te13 >ontu"o3 "e ven>er 1aiores ostá>ulos na a!ri>ultura "o que na in"stria$ E1 pri1eiro lu!ar3 ostá>ulos "e or"e1 tD>ni>a$ )a in"stria3 o lu!ar e1 que se realia o traalBo3 a =ári>a3 D >ria#o arti=i>ial3 e portanto a"apta"a ?s ei!@n>ias "a 1áquina$ )a a!ri>ultura3 o lu!ar e1 que =un>iona =un>iona a 1aioria 1aioria "os aparelBos 1e>Jni>os 1e>Jni>os D propor>iona"o propor>iona"o pela naturea ? qual "eve1 a"aptar/se$ a"aptar/se$ %sto no D se1pre =á>il3 =á>il3 e ?s vees inteira1ente inteira1ente i1possFvel$ i1possFvel$ E1 re!ra3 o e1pre!o "a 1áquina na a!ri>ultura a!ri>ultura á pressupGe u1 alto !rau "e >ultura "o solo$ (as no so apenas "i=i>ul"a"es tD>ni>as3 so ta1D1 "i=i>ul"a"es e>on1i>as que se opGe1 a esses oetivos$ )a a!ri>ultura3 a 1aioria "os aparelBos 1e>Jni>os sH D utilia"a "urante >ertos 1eses$ )a in"stria3 =un>iona1 eles "o >o1e#o ao =i1 "o ano$ E1 i!ual"a"e "e >on"i#Ges3 a e>ono1ia "a =or#a "e traalBo =a>ulta"a pela 1áquina D 1uito 1ais >onsi"erável na in"stria$ Se to1ar1os as 1áquinas >o1 -9 =or#as "e traalBo por "ia3 u1a a>iona"a so1ente -9 "ias por ano e a outra 899 "ias3 a e>ono1ia anual "e servi#o se elevará >o1 u1a a -99 orna"as e >o1 a outra a 8$ 999 orna"as "e traalBo$ Se u1a e outra se "es!asta1 e1 anos3 a e>ono1ia total "e traalBo realia"a pela 1áquina a!rF>ola se elevará a 99 orna"as "e traalBo e a realia"a pela 1áquina in"ustrial a -$999$ %sto quer "ier que3 "a"o que o valor "e >a"a u1a sea3 por ee1plo3 "e -$999 orna"as "e traalBo3 a intro"u#o "a 1áquina in"ustrial i1pli>a nu1a e>ono1ia "e -N$999 orna"as "e traalBo3 ao passo que a 1áquina a!rF>ola i1pli>a nu1 "esper"F>io "e 99 orna"as "e traalBo$ Esta rela#o ain"a se a!rava3 no >aso "a a!ri>ultura$ %sto porque3 so o re!i1e "a pro"u#o >apitalista3 a 1áquina no te1 por =un#o realiar e>ono1ia "e =or#a "e traalBo3 1as "e salário$ il a intro"u#o "e 1áquinas$ Ora3 no >a1po os salários so3 e1 re!ra3 por u1a sDrie "e 1otivos3 1uito in=eriores in=eriores aos "a >i"a"e$ &or >onse!uinte3 >onse!uinte3 D aF 1enor a ten"@n>ia a sustituir/se sustituir/se a
25
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ =or#a "e traalBo Bu1ano pela 1áquina$ $ A isto se a>res>enta ain"a u1a outra "i=eren#a$ A 1áquina in"ustrial no ei!e3 or"inaria1ente3 operários 1ais inteli!entes e Báeis "o que os "o o=F>io ou "a 1anu=atura$ +asta1/lBe os traalBa"ores oriun"os "os 1o"os "e pro"u#o anteriores ? !ran"e in"stria$ E to"o operário que traalBe o ano inteiro$ na 1es1a 1áquina se torna lo!o etraor"inaria1ente Báil no seu 1aneo$ I "i=erente o que o>orre >o1 as 1áquinas a!rF>olas$ E1 !eral so 1uito >o1pli>a"os e á re>la1a1 para o servi#o u1a inteli!@n>ia >onsi"erável$ (as pre>isa1ente no >a1po3 nos lti1os sD>ulos3 as >on"i#Ges "e e"u>a#o popular e "o "esenvolvi1ento intele>tual t@1 si"o 1uito "es=avoráveis$ (uito =reqWente1ente3 pro>ura1/se "eal"e3 no 1eio rural3 as =or#as "e traalBo "e que a 1áquina pre>isa$ O operário a!rF>ola no traalBa o ano inteiro3 na 1es1a 1áquina$ &or >onse!uinte3 no po"e Baituar/se ao seu 1aneo >o1o o operário in"ustrial$ En=i13 ao inverso "a !ran"e in"stria3 a a!ri>ultura D 1uitas vees prati>a"a lon!e "as estra"as "e =erro e "as =ári>as "e 1aquinaria$ Co1 isto o transporte "e 1áquinas pesa"as e os reparos nas 1áquinas parti>ular1ente >o1pli>a"as se =ae1 "i=F>eis e onerosos$ Apesar "e to"os esses e1ara#os3 o e1pre!o "e 1áquinas na a!ri>ultura "esenvolve/se rapi"a1ente3 prova "a per=ei#o que atin!ira1$ &ara a 0ran#a3 te1os n1eros que nos per1ite1 se!uir o pro>esso veri=i>a"o3 no "e>urso "e trinta anos$ )esse paFs tinBa/se na a!ri>ulturaM :;
(áquinas a vapor e lo>o1Hveis ,eulBa"ores Se1ea"eiras Cei=a"eiras e raspa"ores
2$7N5 -99$88 -9$78 -7$8N5
:;;?
5$277 2--$9N 25$858$-2
:;@B
-2$98 28N$879 N$-58 62$-7
)o i1pDrio ale1o3 >ontava1/se eplora#Ges a!rF>olas$ >o1 apli>a#o "eM -778 -75 Ara"os a vapor 786 -$656 Se1ea"eiras 62$7N2 29$68 Cei=a"eiras -5$68N 8$97N ,eulBa"ores a vapor 6$659 25$965 Outros "eulBa"ores 257$86 56$765 Assi13 por to"a parte3 e1 parti>ular quanto aos "eulBa"ores3 veri=i>ou/se u1 =orte au1ento$ e#o3 pois =ora1 suplanta"as pelos "rils3 "e que e1 -772 asoluta1ente no se =alava$ E1 -75 eles á estava1 e1 uso e1 -N9$52 e1presas$ O paFs "e ori!e1 "as 1áquinas3 para =ins a!rF>olas3 D a %n!laterra3 que as apli>ara na in"stria 1ais >e"o "o que e1 qualquer outra re!io "o 1un"o$ A %n!laterra o=ere>ia ta1D1 as >on"i#Ges 1ais =avoráveis para o traalBo 1e>Jni>o na a!ri>ultura$ &erels v@ u1a "essas >on"i#Ges no =ato "aquele paFs en>ontrar/se e1 !eral nu1 esta"o "e >ivilia#o avan#a"a$ Os seus a!ri>ultores so e1 re!ra >apitalistas3 e as =ári>as "e 1áquinas eiste1 e1 !ran"e n1ero^ quase que >a"a pequena >i"a"e possui u1a "elas3 "e 1aneira que os reparos no apresenta1 "i=i>ul"a"es 1uito !ran"es$ Ao la"o "a %n!laterra =ora1 os Esta"os Uni"os que 1elBor "esenvolvera1 o 1aquinis1o a!rF>ola3 leva"os pela >ar@n>ia "e traalBa"ores rurais e pelas suas ei!@n>ias relativa1ente a salários$ Esse pro!resso era =a>ilita"o pela alta inteli!@n>ia "o operário a1eri>ano$ ,i=i>ultava1/no3 >ontu"o3 o es>asso >ultivo "o solo e a "istJn>ia interposta entre a 1aioria "as eplora#Ges e as =ári>as "e 1áquinas$ Assi13 as 1áquinas a!rF>olas "a A1Dri>a "i=ere1 "as ritJni>as$ ConstruF"as "e 1o"o 1uito 1ais si1ples e sHli"o3 o seu traalBo no D se1pre to per=eito >o1o o "as 1áquinas in!lesas$ )a Ale1anBa3 a situa#o D 1enos propF>ia ao pro!resso "o 1aquinis1o a!rF>ola$ )o Oeste e no Sul o solo D 1uito retalBa"o$ )o Leste pre"o1ina a !ran"e eplora#o3 1as o nFvel "e vi"a e o !rau "e >ultura "os traalBa"ores "o >a1po so aF 1uito aios3 en>ontran"o/se as =ári>as "e 1áquinas a !ran"es "istJn>ias$ E1 situa#o 1ais vantaosa se en>ontra a provFn>ia "e Sae$ AF se >onu!a1 ? !ran"e
89
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ eplora#o3 u1a popula#o operária inteli!ente e nu1erosas =ári>as "e 1áquinas$ E1 to"o o paFs "e +a"e re!istra/se apenas u1 ara"o a vapor^ no Zurter1er!3 nenBu1$ Ao >ontrário3 na provFn>ia "e Sae os ara"os a vapor so e1pre!a"os e1 N27 eplora#Ges$ (as ta1D1 no resto "a Ale1anBa a 1áquina sae ven>er os ostá>ulos que a ela se opGe1$ &rova/o3 in"epen"ente1ente "a estatFsti>a >ita"a 1ais a>i1a$ o surto rápi"o "as =ári>as "e 1áquinas a!rF>olas$ Co1 e>e#o "os ara"os a vapor3 que so se1pre 1elBor >on=e>>iona"os na %n!laterra3 e "as se1ea"eiras3 que v@13 na 1aioria3 "os Esta"os Uni"os3 a Ale1anBa pro"u to"os os vários 1aquinis1os "e que a a!ri>ultura3 Boe e1 "ia3 te1 ne>essi"a"e$ A e>ono1ia "e =or#a "e traalBo no e o ni>o oetivo "as 1áquinas$ )a %n!laterra esse =i1 se os>ure>e3 1es1o3 "iante "e outros$ E soretu"o >o1 o "eulBa"or que ele pare>e >olo>ar/se e1 pri1eira plana$ :á 1uitos a!rno1os3 >o1o3 por ee1plo TB$ v$ "$ 'olt3 que lBe atriue1 u1a in=lu@n>ia "e>isiva sore o "espovoa1ento "os >a1pos$ &or 1ais til e in"ispensável que sea o "eulBa"or na lavoura3 o seu lar!o e1pre!o te1 eer>i"o in=lu@n>ia =unesta na >on"i#o "os traalBa"ores a!rF>olas$ A "eulBa >o1 o 1an!ual era3 outrora3 a o>upa#o prin>ipal "esses operários "urante o inverno$ A "eulBa >o1 a 1áquina re>la1a pessoal 1uito 1enor$ s vees3 para oter/se o 1ais "epressa possFvel a 1aior quanti"a"e possFvel "e >ereais ven"áveis3 o servi#o D ini>ia"o e1 !ran"e parte á no outono3 parti>ular1ente on"e se e1pre!a o "eulBa"or a vaporI$ &ara re1e"iar o 1al3 v$ "$ 'olt propGe Ia li1ita#o "o e1pre!o "o "eulBa"or3 e parti>ular1ente "o "eulBa"or a vaporI no interesse aparente "os operários a!rF>olas3 1as na reali"a"e no interesse "os proprietários =un"iários$ &ara estes3 >o1o ele 1es1o "e>lara Ia "esvanta!e1 o>asiona"a por essa li1ita#o seria lar!a1ente >o1pensa"a3 se no i1e"iata1ente3 ao 1enos no =uturo3 pelo au1ento "o n1ero "os traalBa"ores "isponFveis no veroI P,ie ln"li>Be Areiterklasse un" "er preussis>Be Staat3 pá!s$ -NN3 -NQ$ &or =eli>i"a"e3 esta si1patia >onserva"ora pelos operários no passa "e u1a utopia rea>ionária$ O "eulBa"or D "e 1uita vanta!e1 imediata para que os proprietários =un"iários queira13 ten"o e1 vista u1 lu>ro 5uturo, renun>iar ao seu e1pre!o$ E assi1 ele >ontinuará a eer>er a sua ativi"a"e revolu>ionária^ epulsará os operários a!rF>olas para as >i"a"es e se tornará u1 1eio po"eroso3 "e u1 la"o3 para eleva#o "os salários3 "e outro para in>entivo >res>ente "o pro!resso 1e>Jni>o no >a1po$ Co1o a >ita#o pre>e"ente á o 1ostrou3 o "eulBa"or no D apenas a>onselBável por e>ono1iar3 1as ta1D1 por superar e1 rapi"e as =or#as "e traalBo Bu1anas$ Esta rapi"e no D "e so1enos i1portJn>ia "epois que a pro"u#o para a ven"a sustituiu a pro"u#o para o >onsu1o pessoal$ Trata/se a!ora "e tirar parti"o "as >onunturas "o 1er>a"o $$ o que po"e =aer tanto 1ais "epressa o pro"utor "e >ereais quanto 1ais "epressa a sua >olBeita D prepara"a para a ven"a3 isto D3 "eulBa"a$ A "eulBa era outrora u1 "os traalBos "e inverno3 que ao la"o "a in"stria "o1Dsti>a3 o>upava o >a1pon@s$ Atual1ente se e=etua >a"a ve 1ais pelo uso "o "eulBa"or3 i1e"iata1ente "epois "a >olBeita3 e1 plena lavoura$ %sto poupa o te1po !asto no transporte e evita as per"as "e !ros3 que3 para al!u1as espD>ies >o1o por ee1plo a >ola3 se veri=i>a se1pre "urante a >ar!a e a "es>ar!a$$ &erels3 no seu livro sore a &mportRncia das má$uinas para a agricultura P,ie +e"eutun! "es (as>Binenesens =Wr "ie Lan"irts>Ba=t$Q3 alu"e a >asos e1 que os !astos >onsi"eráveis "o "eulBa"or =ora1 >o1pensa"os >o1 u1a ni>a ven"a =avorável "o pro"uto 1ais rapi"a1ente ene=i>ia"o3 tal >o1o o 1er>a"o o ei!e$ (ais ain"a que o "eulBa"or3 a >ei=eira D i1portante no apenas pela e>ono1ia "e traalBo3 >o1o ta1D1 pela 1aior rapi"e "os servi#os que e=etua$ O @ito "a eplora#o "urante o ano inteiro "epen"e "o resulta"o "a >olBeita$ Esta D >on>luF"a e1 pou>os "ias$ To"a a per"a "e te1po po"e a>arretar !ran"es "anos$ U1a 1áquina que re"ua o 1ais possFvel o !asto "e te1po te1 aqui o 1ais alto valor$ (as a e>ono1ia "e traalBo e "e te1po torna o a!ri>ultor 1ais in"epen"ente "os seus operários3 que á no so in"ispensáveis >o1o na =ase "a >olBeita3 quan"o3 por >onse!uinte3 apresenta1 as suas 1ais altas reivin"i>a#Ges "e salários3 "ispon"o/se ? !reve 1uito =requente1ente$ si!ni=i>ativo que 1es1o eplora#Ges ain"a no re!i1e "a >ei=a 1anual se 1una13 ?s vees3 "e >ei=eiras3 se1 e1pre!á/%as3 uni>a1ente >o1o prote#o >ontra as !reves$ o que >onta Kaer!er no seu livro sore os operários "a SilDsia e "a &olnia3 que vo pro>urar traalBo e1 Sae$ )a provFn>ia "e Sae / oserva / Bá >ei=eiras e1 to"as as !ran"es eplora#Ges "e eterraa3 1as prin>ipal1ente >o1o 1eio "e i1pe"ir as !reves "e operários$ A >ei=a D aF prati>a"a "e pre=er@n>ia quan"o os traalBa"ores so nu1erosos e "H>eis3 pois o pro"uto3 por e=eito "e a"ua!e1 enDr!i>a3 ten"e a in>linar/se rente ao >Bo3 o que torna a 1áquina ine=i>a$ ,epois que Kaer!er =e esta >o1uni>a#o P-759Q3 =ora1 inventa"as >ei=eiras >apaes "e ativi"a"es 1es1o e1 rela#o ?s plantas "eita"as$ (as a 1áquina no sustitui apenas o Bo1e1$ Ela e=etua ain"a traalBos que este no po"e ou nun>a >onse!uiu =aer per=eita1ente$ CBe!a a tal resulta"o pela sua 1aior pre>iso ou pela sua =or#a 1ais >onsi"erável$
8-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Entre as 1áquinas "a pri1eira espD>ie se in>lue1 as se1 >a"eiras3 os "istriui"ores "e ester>o ou os "epura "ores "e >ereais$ A se1ea"ura se =a 1uito 1elBor a 1áquina "o que a 1o$ &or >onse!uinte3 a se1ea"ura 1e>Jni>a sustitui a se1ea"ura 1anual 1es1o on"e esta D 1ais arata$ So1ente as se1ea"eiras e1 linBa e as se1ea"eiras e1 sDrie tornara1 possFveis a >ultura e1 linBa e a >ultura e1 sDrie3 nas !ran"es super=F>ies$ Co1 isto se otivera1 resulta"os i1possFveis >o1 a se1ea"ura a lar!os a>tos$ IOs 1ais altos ren"i1entos sH po"e1 ser al>an#a"os >o1 u1a se1ea"ura e1 linBa ee>uta"a >ui"a"osa1enteI PSette!astQ$ O peneira1ento a pá >Beia3 Iao qual se >onserva1 =iDis ain"a Boe 1uitos >a1poneses "e >onvi>#Ges rF!i"as3 a=ir1an"o que ele =orne>e as 1elBores se1enteirasI3 =oi sustituF"o por 1áquinas "epura"oras e por 1áquinas "e separa#o3 os ventila"ores3 que a=asta1 to"as as ervas 1ás e outras i1pureas3 assi1 >o1o os >ereais "e se1entes estra!a"as3 "istriuin"o os ons se!un"o o ta1anBo3 o peso e a =or1a$ Assi13 possiilita1 as oas se1enteiras e prepara1 u1a 1er>a"oria uni=or1e e pura$ Entre essas 1áquinas3 >ua notável utili"a"e >onsiste na sua !ran"e >apa>i"a"e "e =or#a3 D pre>iso >itar3 e1 pri1eiro lu!ar3 o ara"o a vapor$ Os >ereais no >are>e1 asoluta1ente3 para vin!are1 e13 "e u1 arrotea1ento =un"o$ Aliás3 ao te1po "a >ultura "e tr@s a=olBa1entos$ isso no se veri=i>ava$ IE>kBar" in"i>a ain"a Pe1 -7NQ na sua Economia E;perimental, >o1o sen"o a 1elBor pro=un"i"a"e "o sul>o "o ara"o3 se!un"o a naturea "o solo3 2 j , 83 e quan"o 1uito3 N pole!a"as3 e apenas a tFtulo "e e>e#o3 para >ertas por#Ges "e terrenos3 a 6 pole!a"as$ O 1es1o autor a"verte epressa1ente >ontra u1 arrotea1ento 1ais pro=un"o "a terra$ %n"i>a#Ges se1elBantes se en>ontra1 ain"a no Dicionário Econmico +eral "e :$ :$ *i>kens PMa e"i#o3 -79QI PT:$ v$ "$ 'OLT*3 arti!o A>kerau P:an"drteru>B "er Staatsissens>Ba=ten3 %3 pá!$ 27Q$ (as quan"o a lavoura alterna"a sur!iu3 no se "e1orou a "es>orir que al!u1as "as plantas "e intro"u#o re>ente3 a luerna3 a atata3 a eterraa3 >res>ia1 1elBor quan"o o sul>o era 1ais >ava"o$ %nventara1/se novos ara"os3 re=or#ara1/se as untas "e tiro3 para lavrar/se 1ais pro=un"a1ente3 e se veri=i>ou que isto eer>ia ta1D1 u1a in=lu@n>ia =avorável sore a >ultura "os >ereais$ Co1 o arrotea1ento pro=un"o3 "i1inuFa o e=eito "e u1a !ran"e uni"a"e3 assi1 >o1o "e u1a sequi"o persistente$ AlD1 "isso3 o solo assi1 lavra"o se aque>ia 1ais =a>il1ente que o solo apenas traalBa"o ? super=F>ie3 sen"o 1enos =avorável ? erva 1á$ (as antes "e tu"o3 o arrotea1ento pro=un"o te1 por oetivo >olo>ar ? "isposi#o "a planta3 para a "eslo>a#o "as suas raFes3 1aior quanti"a"e "e B1us3 "e 1aneira que ela aF en>ontre as >on"i#Ges para/ seu "esenvolvi1ento$ $ E1 to"a eplora#o ra>ional lavra/se Boe 1uito 1ais sul>a"a1ente "o que no inF>io "o nosso sD>ulo$ Se N pole!a"as era1 ento a re!ra3 a re!ra D Boe o "oro$ )a >ultura pro=un"a vai/se atD -23 - e 1ais pole!a"as$ I no arrotea1ento pro=un"o que se a>Ba o =uturo "e nossa a!ri>ultura$ I (as para prati>á/lo "e 1o"o enDr!i>o3 pre>isa1os "e u1a =or#a "e traalBo 1ais re!ular e 1ais po"erosa que a =or#a ani1alI P&erelsQ$ A má$uina a 2apor =orne>eu essa =or#a "e traalBo$ O 1es1o &erels3 que á >ita1os várias vees3 e que D talve PQ Bo1e1 que 1ais >ontriuiu para "i=uso "o ara"o a vapor na Ale1anBa3 es>reveu a respeitoM IAs vanta!ens que a >ultura a vapor o=ere>e e1 rela#o ? >ultura por 1eio "a tra#o ani1al resulta1 "as >onsi"era#Ges se!uintesM -$ )o Bá "vi"a e no D >ontesta"o por nin!uD1 que o traalBo "o ara"o a vapor D in=inita1ente 1elBor que o "o ara"o 1ovi"o por u1a unta "e tiro $$$ A superiori"a"e "o traalBo "o ara"o a vapor se 1ani=esta por 1aior se!uran#a "e >olBeita e por u1 ren"i1ento 1ais alto$ %sto será prova"o por to"a parte on"e ele =oi e1pre!a"o "urante 1uitos anos$ Outra vanta!e1 "o ara"o a vapor >onsiste e1 que po"e1os >o1e#ar a traalBar a terra no o1 1o1ento e ter1inar antes "a >Be!a"a "o =i1 "o outono$ %1e"iata1ente "epois "a >olBeita3 isto D3 quan"o na 1aior parte "as eplora#Ges no Bá para o servi#o ne1 traalBa"ores3 ne1 ani1ais "e tiro3 se1pre se po"e ini>iar assi1 o revolvi1ento "a terra$$$ Ao =i1 "o outono3 Dpo>a e1 que o traalBo "everia ser suspenso3 o ara"o a vapor =un>iona ain"a se1 1uitas "i=i>ul"a"es$ ,esse 1o"o3 antes "o >o1e#o "o inverno o arrotea1ento "o solo po"e ser >on>luF"o$ Esta vanta!e1 "o ara"o a vapor "eve ser apre>ia"a >o1o >onv@13 e1 parti>ular nas re!iGes e1 que o inverno se ini>ia 1uito >e"oI P,ie Anen"un! "er ,a1p=kra=t in "er Lan"irts>Ba=t3 pá!s$ 893 895Q$ Se3 apesar "essas vanta!ens3 o ara"o a vapor3 e1 1uitas re!iGes3 no se a>li1ou3 =oi e1 virtu"e "os ostá>ulos 1en>iona"os 1ais a>i1a3 quanto ? apli>a#o "a 1áquina na a!ri>ultura3 os quais a!e1
82
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >ontra ele 1ais ain"a que >ontra qualquer outra 1o"ali"a"e "e traalBo$ Ele no po"e ser e1pre!a"o on"e eista1 "i=i>ul"a"es >onsi"eráveis3 on"e o terreno tenBa pe"ras nu1erosas e "uras^ no po"e ser e1pre!a"o 1uito 1enos nos ala!a"i#os e nas pequenas áreas$ O apren"ia"o "os operários no D =á>il3 os reparos so =reqWente1ente ne>essários$ (as3 soretu"o3 as "espesas i1portantes que o ara"o a vapor re>la1a3 eis o que i1pe"e o seu uso$ As >Barruas 1e>Jni>as "e "ois 1otores >usta1 N9$999 1ar>os3 e 1ais^ as "e u1 1otor3 que so 1ais ra>ionais3 1ais "e 89$999 1ar>os$ Seu e1pre!o 4 assi1 >o1o o "os "eulBa"ores a vapor 4 D =a>ilita"o por u1 siste1a "e lo>a#o$ A %n!laterra3 pátria "o ara"o a vapor3 D o paFs que o utilia 1ais etensa1ente$ 0oi apenas pelas alturas "e -79/-7 que se >onse!uiu u1 tipo "essa 1áquina "e e1pre!o práti>o$ E1 -763 se!un"o os relatHrios "a o#al Agricultural Societ#, a >ultura 1e>Jni>a "o solo sH era >onBe>i"a e1 -8 "o1Fnios$ Ao >ontrário3 as estatFsti>as o=i>iais =eitas para a eposi#o "e ZolverBa1pton3 e1 -7-3 "ivul!ara1 que nessa Dpo>a 1ais "e 2$999 ara"os a vapor =un>ionava1 na %n!laterra$ )a Ale1anBa3 sH Bavia3 ento3 2N$ Contu"o3 "es"e -772 á se >ontava1 786 eplora#Ges que o e1pre!ava1$ E1 -75 arrolava1/se -$656$ )as !ran"es eplora#Ges "a provFn>ia "e Sae os ara"os a vapor so "e uso !eneralia"o$ )os !ran"es "o1Fnios "a custria e "a :un!ria3 i!ual1ente3 o seu uso D >a"a ve 1aior$ (as no D apenas para o arrotea1ento3 >o1o para 3o aplana1ento e para o estorroa1ento que` a a!ri>ultura te1 ne>essi"a"e "os pro>essos 1e>Jni>os$ )a "eulBa3 a 1áquina a vapor supera a 1áquina "e rol"ana3 a>iona"a por u1 >avalo3 para no =alar/se "a 1áquina "e rol"ana a>iona"a a 1o$ )as planta#Ges "e ráano "e Sae 4 ver"a"eiras eplora#Ges/1o"elo "e >ultura intensiva 4 os >ereais3$ >o1 e>e#o "o >enteio3 >ua palBa "eve servir >o1o palBa para 1e"as3 so re!ular1ente ati"os por 1áquina a vapor$ (es1o entre os >a1poneses3 a rol"ana "o "eulBa"or á =oi quase inteira1ente sustituF"a pelo "eulBa"or 1e>Jni>o PKAER'ER3 ,ie Sa>Bsen!n!erei3 pá!$ -8Q$ )u1 siste1a "e o1as3 para traalBos "e irri!a#o e "e "rena!e1$ a 1áquina a vapor presta3 ta1D1 servi#os e>elentes3 assi1 >o1o no preparo "a =orra!e13 na sua se>a!e13 nos$ 1oinBos3 no >orte$ "e >api13 nas serrarias3 et>$ ZWst "e>lara no :anual de Agricultura "e 'olt P:an"u>B "er Lan"irts>Ba=t3 l%3 pá!$ 2-$QM IApesar "e 1á utilia#o "o >alor3 a =or#a "o vapor D para a a!ri>ultura a =or#a 1ais arata3 po"en"o ser e1pre!a"a e1 quase to"os os lu!aresI$ Eis porque o n1ero "e 1áquinas a vapor e1 uso na a!ri>ultura está ta1D1 e1 vias "e pro!re"ir >o1 rapi"e$ Contava1/se na &rssia3 >lassi=i>a"as >o1o 1áquinas a vapor i1Hveis e 1HveisM -75
)as eplora#Ges "as 1inas3 na in"stria3 1eios "e >o1uni>a#o P >o1 e>e#o "as estra"as "e =erro e ar>os a vaporQ
Cavalos/ vapor
au1ento
Cavalos/ vapor
n1ero
2$8-
2N$8-9
-2$76
-82$79
N9g
N6g
82$696
5-9$N
672$29N
2$N7$55N
295g
892g
nu1ero )a a!ri>ultura
-75 n1er o
Cavalos/ vapor
Co1o se v@ o au1ento "o n1ero "e 1áquinas a vapor a!rF>olas no =oi so1ente pro"i!ioso "e 1o"o asoluto$ 0oi ta1D1 1ais rápi"o "o que nos outros ra1os "o traalBo$ (as talve a eletri>i"a"e sea >Ba1a"a a >elerar nesta es=era triun=os ain"a 1aiores 4 >Ba1a"a3 "e u1 la"o3 a epulsar o vapor "as ativi"a"es e1 que penetrou3 "e outro a sustituir3 e1 setores e1 que este ain"a no >Be!ou3 a =or#a "e traalBo Bu1ana e ani1al$ Aos lu!ares e1 que o lo>o1Hvel e a trans1isso por >aos se 1ostra1 i1prHprios3 a =or#a elDtri>a po"e ser =a>il1ente transporta"a$ Ela D "istriuF"a se1 "i=i>ul"a"es$ A sua pro"u#o no pressupGe3 asoluta1ente3 o e1pre!o "o >arvo$ )as re!iGes a=asta"as "os >entros 1ineiros3 on"e o traalBo a vapor no D pro"utivo3 1as que "ispGe1 "e =or#a Bi"ráuli>a arata3 a eletri>i"a"e po"e tornar vantaoso o >ultivo 1e>Jni>o$ O ara"o elDtri>o D ta1D13 alD1 "isso3 >onsi"eravel1ente 1ais leve que o ara"o a vapor$ IOs !ran"es ara"os a vapor3 >uas 1áquinas =orne>e1 atD 9 >avalos "e =or#a3 pesa13 quan"o aaste>i"os3 isto D3 >o1 á!ua e >arvo3 atD 22 tonela"as3 ao passo que os pequenos >Be!a1 rara1ente a pesar 1enos "e -N a -6 tonela"asI$ O ara"o elDtri>o "e 29 >avalos/vapor pesa 7 tonela"as3 os "e 9 >avalos/vapor -2 tonela"as$ IA vanta!e1 prin>ipal que o ara"o elDtri>o o=ere>e sore o ara"o a vapor resi"e no peso 1enor "o pri1eiro3 o que asta para tornar possFvel a
88
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 1e>ania#o "a lavoura nos >asos "e u1 terreno a>i"enta"o e 1ole$ &er1ite3 alD1 "isso3 por 1otivo i"@nti>o3 a oten#o "e resulta"os 1uito superiores aos "a 1áquina a vaporI$ PC$ Kott!en$ A eletrotcnica no estado atual de eli desen2ol2imento á suscet12el de passar, com possi3ilidades de @;ito, ao ser2i>o da agricultura, tendo4se em 2ista o aumento do produto econmico l1$uido8 / Anais a!rF>olas "e TBiel3 XX%3 =as>F>ulos N e Q PT:%ELS$ Lan"irts>Ba=tli>Be [aBrW>Ber3 XX%3 :e=t N is $Q$ A eletri>i"a"e á D =reqWente1ente e1pre!a"a na ativi"a"e práti>a "o 1eio rural$ U1 espe>ialista nosso a1i!o nos >o1uni>a a eist@n>ia "e u1 siste1a "e eletri>i"a"e na proprie"a"e "e u1 senBor$ 0$ &rat3 no "eparta1ento "e Tarn P0ran#aQ$ U1a que"a "`á!ua >apa "e =orne>er 89 >avalos/vapor a>iona u1a turina3 que por sua ve D li!a"a a u1a 1áquina "Fna1o/elDtri>a$ Esta =orne>e u1a >orrente "e 8 volts$ Sore to"a a etenso "a proprie"a"e se esten"e1 =ios "e =erro =ia"os e1 postes3 >o1o D >o1u13 E a >orrente D >on"ui "a por esses =ios "e =erro ao lo>al e1 que D utilia"a$ AtD Boe3 tal =or#a te1 si"o utilia"a quase que e>lusiva1ente para o arrotea1ento por inter1D"io "e u1 1otor "e 1olinete "e -7 >avalos/vapor$ Ao la"o "e outras vanta!ens3 a =or#a elDtri>a propor>iona a ilu1ina#o "e to"a a super=F>ie "o "o1Fnio$ %sto possiilita nos >asos "e ur!@n>ia3 por ee1plo "urante a >olBeita o traalBo a!rF>ola noturno / o que a ri!or >onstitui u1a vanta!e1 no tanto para os assalaria"os >o1o para o proprietário$ )a Ale1anBa ta1D1 á eiste1 eplora#Ges rurais e1 que a eletri>i"a"e está sen"o utilia"a$ E1 sete1ro lti1o P-75Q$ 1en>ionara1$ se as tentativas =eitas3 nos arre"ores "e Koler!3 para aaste>i1ento "e =or#a elDtri>a a sessenta dom1nios com irradia>ão de u1 ponto central. TinBa/se e1 vista o 1elBora1ento e aratea1ento "a ativi"a"e a!rF>ola$ )o ouvi1os3 >ontu"o3 re=er@n>ias ao resulta"o "essas tentativas$ Entre as or!ania#Ges 1e>Jni>as que =a>ulta1 e>ono1ia "e =or#as >onta1/se3 ao la"o "as 1áquinas3 as estra"as "e =erro a!rF>olas$ As "espesas "e transporte eer>e1 na lavoura u1 !ran"e papel$ A a!ri>ultura "eve "eslo>ar a !ran"es "istJn>ias 1assas "e pro"utos "e valor relativa1ente eF!uo3 ester>o3 palBa3 =eno3 ráanos3 atatas et>$ A >onstru#o "e oas estra"as >usta 1uito "inBeiro e to1a 1uito espa#o3 E nos 1elBores >a1inBos rurais as resist@n>ias "evi"as ao atrito so ain"a 1uito !ran"es$ olas so astante vantaosas$ U1a unta "e ani1ais po"e3 nu1a estra"a "e =erro a!rF>ola3 "ar =a>il1ente >onta "o quá"ruplo "a >ar!a que po"eria transportar nu1a estra"a "e ro"a!e1$ E u1a estra"a "e =erro a!rF>ola po"e3 se1 traalBos preparatHrios e "i=i>ul"a"es3 ser >onstruF"a 1es1o on"e u1 >a1inBo >o1u1 D i1prati>ável3 nos ala!a"i#os3 nos >a1pos >ultiva"os3 nas >a1pinas pantanosas et>$ A estra"a "e =erro a!rF>ola no se li1ita a e>ono1iar traalBo "os ani1ais "e tiro$ 0reqWente1ente possiilita o transporte "e 1ateriais i1ensos3 se1 os quais 1uitos 1elBora1entos seria1 irrealiáveis$ Os 1elBora1entos se in>lue1 i!ual1ente3 na sua parte essen>ial / traalBos "e irri!a#o e "e "rena!e1 / entre os re>ursos 1e>Jni>os "a a!ri>ultura$ &or oposi#o aos postula"os atD aqui3 so "e Dpo>a 1ais anti!a$ %o Oriente en>ontra1os traalBos "esse !@nero "atan"o "os te1pos prD/BistHri>os$ )a parte "a Europa situa"a ao norte "os Alpes3 na era "a >ultura "e tr@s a=olBa1entos3 >ontu"o3 o seu "esenvolvi1ento era pequeno$ O >li1a no ei!ia oras "e irri!a#o e =aia1/se pra"os =ins terras 1i"as$ Enquanto Bouve novas onas3 =lorestas e pasta!ens a utiliar3 no se eperi1entou a ne>essi"a"e "e 1elBora1entos no senti"o estrito "a palavra$ ,e resto3 Bavia =alta "o 1o/"e ora$ E quan"o a popula#o se a"ensou3 os i1postos =eu"ais >o1e#ara1 a es1a!ar o >a1pon@s3 a asorver/lBe a Por#a e os re>ursos "e que po"eria "ispor para os 1elBora1entosM Uni>a1ente a Revolu#o >riou as >on"i#Ges para tanto ne>essárias$ Entre as en=eitorias 1o"ernas3 u1a "as 1ais i1portantes D a "rena!e13 o es!ota1ento "o solo por 1eio "e u1a$ re"e suterrJnea "e tuos "e terra >oi"a3 o que se tornou prati>ável apenas >o1 os pro!ressos "a =ari>a#o "e tiolos$ A "rena!e1 torna o solo 1ais se>o3 1ais suave3 1ais solto e traalBável >o1 1ais =a>ili"a"e$ A terra3 por esse 1eio3 Se aque>e 1elBor e "e 1aneira 1ais "urável$ IAssi13 as >onseqW@n>ias "a "rena!e1 equivale1 a u1a 1u"an#a "e >li1aI P:a11Q$ )a Es>H>ia oserva/ se que as >olBeitas "e solo "rena"o Baitual1ente se ante>ipa1 "e -9 a -N "ias ?s "o solo no "rena"o$ )a %n!laterra3 a "rena!e1 elevou o pro"uto ruto "e onas á >ultiva"as nu1a 1D"ia "e 29 a 89g$ 0oi por tal pro>esso que 1uitos >a1pos se tornara1 prHprios para a plantio "e >ereais e "e ervas =orra!eiras
dN Estercos, 3actrias )o 1enos que o en!enBeiro3 o quF1i>o e o =isiolo!ista3 este parti>ular1ente >o1 o auFlio "o
8N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 1i>ros>Hpio3 revolu>ionara1 a a!ri>ultura$ Ao te1po "a >ultura "e tr@s a=olBa1entos3 to"os os ani1ais se1 e>e#o3 "evia1 >ontentar/se >o1 o >api1 que os pastos lBe o=ere>ia1$ :oe o pro!resso "as >o1uni>a#Ges ps in1eras =orra!ens ? "isposi#o "a a!ri>ultura$ Ao la"o "as que o lavra"or planta as que ele >o1pra3 e1 parti>ular as que >onse!ue aratas >o1o supro"utos ou resF"uos "a in"stria$ Assi1 D possFvel o e1pre!o "as terras e1 outras >ulturas que no as "as plantas =orra!eiras$ A =isiolo!ia ani1al 1ostra ao a!ri>ultor o valor "as "i=erentes =orra!ens$ Ensina/lBe a usá/%as e prepará/%as "e a>or"o >o1 a i"a"e3 o seo3 a ra#a e o servi#o "os ani1ais / no que3 >o1o á vi1os3 a 1áquina eer>e u1 relevante papel / "e 1aneira a >onservar tanto quanto possFvel as =or#as e as quali"a"es "o !a"o e >onse!uir a par>ela 1aior "e e=eito til$ A =isiolo!ia ve!etal lBe ensina as >on"i#Ges e1 que "eve o=ere>er ? planta para que otenBa3 se1 "esper"F>io "e 1ateriais3 "e te1po e "e ener!ia3 o ren"i1ento 1ais >onsi"erável e "ura"ouro$ AlD1 "o traalBo "o solo3 no qual3 >o1o vi1os3 a 1áquina eer>e u1 relevante papel3 te1os "e >onsi"erar prin>ipal1ente a adu3agem, os >ui"a"os in"ispensáveis para que a terra >ontenBa e1 oa propor#o as sustJn>ias solveis "e que a planta >are>e para >res>er$ A quF1i>a no apenas lBe "eu a >onBe>er$ essas sustJn>ias3 1as preparou arti=i>ial1ente as que =altava1 ao solo3 que o a!ri>ultor no po"eria >riar e1 quanti"a"e su=i>iente3 ou se1 "espesas e>essivas3 na$ sua pr6pria eplora#o$ O estru1e "os estáulos no asta3 por si sH3 a 1anter o equilFrio "a a!ri>ultura 1o"erna3 que pro"u para o 1er>a"o3 e para u1 1er>a"o que3 na parte 1ais >onsi"erável3 no "evolve as sustJn>ias ali1entares que re>ee$ Co1 isto o solo "iaria1ente se "es=al>a "esses ele1entos 1inerais ne>essários ? >onstitui#o "as plantas >ultiva"as$ Os 1Dto"os aper=ei#oa"os "e lavoura3 a >ultura "e =orra!ens "e raFes penetrantes3 o arrotea1ento pro=un"o3 et>$3 au1entara1 "e >erto o ren"i1ento "os >a1pos3 1as "espoan"o/os e e1pore>en"o/os "e 1o"o 1ais intenso e rápi"o$ IA =ertili"a"e "o solo po"e >erta1ente ser >onsi"eravel1ente eleva"a ? >usta "e sua riquea e1 sustJn>ias nutritivas e isto >o1 o aper=ei#oa1ento pro!ressivo "a terra 1e"iante =orte apli>a#o "e estru1e "os estáulos3 por pro>essos "e revolvi1ento 1e>Jni>o3 pelo e1pre!o "o >al3 et>$ Contu"o3 >o1 o te1po3 este 1Dto"o no "i1inui apenas a riquea "o solo3 1as ta1e1 a sua =e>un"i"a"eI PZernerQ$ U1 "os inolvi"áveis 1Dritos "e Liei! =oi ter "es>oerto tal =ato e ter ener!i>a1ente >o1ati"o a eplora#o intensiva e i1pla>ável3 o espetá>ulo o=ere>i"o pela a!ri>ultura aper=ei#oa"a na pri1eira 1eta"e "e nosso sD>ulo$ Liei! =or1ulou o prin>Fpio "e que a =ertili"a"e "os >a1pos sH po"e "urar3 sH po"e au1entar "e 1aneira >ontFnua >o1 a restitui#o "os ele1entos >onstitutivos que lBe =ora1 arran>a"os so a =or1a "e pro"utos a!rF>olas re1eti"os ao 1er>a"o$ Os "eetos "as >i"a"es "eve1 ser re1eti"os para a lavoura$ )a sua ora sore A $u1mica aplicada agricultura e 5isiologia P,ie CBe1ie iniBrer Anen"un! au= A!ri>ultur un" &Bysiolo!ieQ P-. parte IO pro>esso quF1i>o "a nutri#o "os ve!etaisIQ3 esse autor es>reveu3 entre outras >oisasM IU1 >onunto "e >ir>unstJn>ias =ortuitas Pintro"u#o "a >ultura "a luerna3 "es>oerta "o !uano3 intro"u#o "a >ultura "a atata3 "e oras "e !essoQ =e au1entar a popula#o "e to"os os Esta"os europeus "e 1aneira anor1al3 e1 "espropor#o >o1 a riquea pro"utiva "os vários paFses$ A popula#o sH po"eria 1anter/se nesse nFvel3 inalterável o 1o"o atual "e eplora#o3 so as "uas >on"i#Ges se!uintesM -$ / Se por u1 1ila!re "ivino os >a1pos re>uperasse1 a =ertili"a"e que a urri>e e a i!norJn>ia lBes rouara1^ 2$ / Se se "es>orisse1 "ep6sitos "e ester>o ou "e !uano "e etenso >o1parável ?s "as 1inas "e BulBa "a %n!laterra$ Ora3 nenBu1 ser ra>io>inante >onsi"era pro2á2el ou possFvel a realia#o "essas >on"i#Ges $$$ A intro"u#o "as Iater/>losetsI na 1aioria "as >i"a"es in!lesas resultou no se!uinteM os ele1entos "e repro"u#o "e sustJn>ias ne>essárias ? nutri#o "e tr@s 1ilBGes e 1eio `"e Bo1ens ia1 sen"o irreparavel1ente per"i"os3 to"os os anos$ &arte etre1a1ente >onsi"erável "e enor1e 1assa "e a"uo que a %n!laterra i1porta anual1ente retorna3 pelos rios3 atD o 1ar$ Os pro"utos assi1 elaora"os no asta1 a ali1entar o au1ento "a popula#o$ O pior D que esta "estrui#o "eliera"a se veri=i>a e1 to"os os paFses europeus3 e1ora e1 propor#Ges 1enores "o que na %n!laterra$ )as !ran"es >i"a"es "o Continente3 as autori"a"es "espen"e1 to"os os anos =ortes so1as para a=astar "os >a1poneses as >on"i#Ges "e restaele>i1ento e a 1anuten#o "a =ertili"a"e "as terras$ ,a solu#o "o prole1a "os es!otos uranos "epen"e1 a per1an@n>ia "a riquea e "o e1/estar "os Esta"os e o pro!resso "a >ultura > "a >ivilia#oI Pop$ >it$ pá!s$ -23 -273 -253 -7Q$ Liei! enun>iava essas proposi#Ges3 pela pri1eira ve3 Bá 1eio sD>ulo$ A partir "essa Dpo>a =ora1 re>onBe>i"os o alto valor "os e>re1entos Bu1anos >o1o ester>o e a ne>essi"a"e "e sua entre!a ? a!ri>ultura$ (as a solu#o "o prole1a "os es!otos3 que Liei! pre>oniava3 está Boe protela"a 1ais "o
8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ que nun>a$ )o se >onse!uiu atD a!ora3 para a eli1ina#o "os e>re1entos Bu1anos "as !ran"es >i"a"es3 u1 siste1a que3 se1 "espesas ea!era"as3 satis=a#a ao 1es1o te1po ?s ei!@n>ias "a Bi!iene e ?s "a a!ri>ultura$ O 1Dto"o "e parques "e irri!a#o3 tal >o1o eiste e1 +erli13 pare>e/nos3 entre os a"ota"os atD Boe3 o 1ais >onveniente "o ponto "e vista "a sa"e pli>a3 porque evita a in=e>#o "os rios >o1 as i1un"F>ies "espea"as nos >anais$ A ri!or3 no po"e1 ser >onsi"era"os >o1o 1eio "e restituir ? a!ri>ultura as sustJn>ias que lBes so arreata"as os pou>os parques "e irri!a#o lo>aliáveis nos arre"ores "e >a"a >i"a"e$ A questo po"eria ser resolvi"a 1uito si1ples1ente3 no esta"o atual "a tD>ni>a3 se1 !ran"es "espesas3 e 1es1o >o1 lu>ros3 pelo siste1a "e irri!a#o3 por ee1plo3 se se supri1isse o anta!onis1o entre a >i"a"e e o >a1po3 se a popula#o =osse "istriuF"a "e 1aneira 1ais ou 1enos uni=or1e por to"o o paFs$ (as3 >o1 o atual 1o"o "e pro"u#o3 no se po"e pensar e1 tal >oisa$ ultura3os e>re1entos Bu1anos "as >i"a"es e quanto 1ais au1enta3 por outro %n"o3 o e1pore>i1ento "o solo pelos 1Dto"os "e >ultura intensiva "e que á =ala1os e pelo "esenvolvi1ento "a pro"u#o "estina"a ao 1er>a"o3 tanto 1ais a >i@n>ia e a práti>a se v@e1 >o1peli"as ao re>urso "os paliativos para restituFre1 ? terra ?s sustJn>ias nutritivas que lBes =ora1 roua"as$ )esse senti"o3 es=or#a1/se3 por inventar e =ari>ar a"uos susi"iários3 e1 >on"i#Ges "e propor>ionare1 os ele1entos "e que as plantas pre>isa13 e so a =or1a 1ais assi1ilável por estas$ O n1ero "esses =ertiliantes i1porta"os ou =ari>a"os D enor1e3 e au1enta "ia a "ia$ &ara >a"a quali"a"e "e terreno3 para >a"a !@nero "e >ultura3 para >a"a espD>ie "e plantas =ari>a1/se ou 1istura1/se espD>ies parti>ulares "e ester>os$ Co1 isto >Be!a/se no apenas a >onservar a riquea "o solo3 1as ain"a a re=or#á/ %a atD "eter1ina"o !rau$ E1 >ertos >asos3 os a"uos arti=i>iais "o 1es1o ao Bo1e1 "o >a1po a possiili"a"e "e "ispensar >o1pleta1ente a >ultura alterna"a e os estru1es3 "e a"aptar a lavoura ?s ei!@n>ias "o 1er>a"o > "e >onsa!rar a super=F>ie a!rF>ola "e que "ispGe ? pro"u#o "estina"a ? ven"a$ Esta lavoura livre D a =or1a 1ais per=eita a que atin!iu "o ponto "e vista tD>ni>o e e>on1i>o3 a a!ri>ultura 1o"erna$ (as no D sH a =ári>a "e 1áquinas e o laoratHrio "o quF1i>o que revolu>iona1 a a!ri>ultura$ ta1D1 a ativi"a"e "a Hti>a$ )o quere1os insistir aqui sore a si!ni=i>a#o "a análise espe>tral para a "es>oerta "e 1uitas sustJn>ias3 ne1 "os aparelBos "e polaria#o para a in"stria "o a#>ar3 "a =oto!ra=ia para o >onBe>i1ento "as ra#as e a >ria#o "os ani1ais$ a1ente >Ba1ar a aten#o "o leitor para instru1ento Hti>o "e 1aior i1portJn>ia para a a!ri>ultura3 o microsc7pio. I0oi pre>iso 1uito te1po3 "i :a113 para >o1preen"er/se o senti"o práti>o "esse instru1ento3 Boe insustituFvel$ (as Boe a sua i1portJn>ia D universal1ente re>onBe>i"a$ A agricultura, em particular, 0á não pode dispensá4lo. O ea1e "o solo3 "o ponto "e vista "os seus ele1entos >onstitutivos3 "eve =or#osa1ente3 no atual esta"o "e >oisas3 >o1e#ar pelo 1i>ros>Hpio$ I A estrutura interior "as plantas3 a naturea "a >Dlula e "o seu >onte"o3 a =or1a e a "i=eren#a "os !ros "e =D>ula e "e outras =or1a#Ges3 sH nos =ora1 revela"os >o1 eati"o por inter1D"io "o 1i>ros>Hpio$ A ele "eve1os o >onBe>i1ento "a repro"u#o "as plantas >ripto!J1i>as e "e nu1erosos >o!u1elos3 a 1an!ra ou =erru!e1 "o tri!o3 o =un!o "as atatas ou oF"io3 et>$3 que ata>a1 as plantas >ultiva"as e as "ani=i>a13 atD torná/%as i1pro"utivas$ A "istin#o entre as "i=erentes =iras$ "e3 te>i"os3 o >onBe>i1ento "a estrutura "a l e "os pelos$ a "es>oerta "e nu1erosos ani1ál>ulos que ata>a1 os pro"utos e os $seres3 tais >o1o as a>tDrias3 os viriGes "o tri!o3 as pequenas al!as "os >ar"os pentea"ores3 os ne1atHi"es "os ráanos3 et>$3 sH po"e1 resultar "e pesquisas ao 1i>ros>Hpio $$$ O 1i>ros>Hpio te1 =un#Ges parti>ulares na =is>alia#o "os !ros$$$ )a 1o "o Bo1e1 perito3 presta servi#os que sH ele po"e `$prestar3 >o1o 1eio para$ estaele>er/se a "iversi"a"e entre o ver"a"eiro e o =also3 a oa se1ente e a erva 1áI P:A(($ ,ie )aturkr=te in "er Lan"irts>Ba=t3 pá!s$ -N2 e -N$Q$ ,epois que :a11 es>reveu estas linBas P-76Q3 o 1i>ros>Hpio` `propor>ionou u1 "os pro!ressos 1ais "e>isivos "a a!ri>ultura3 1e"iante o "esenvolvi1ento "a a>teriolo!ia$ 'ra#as a essa >i@n>ia3 o lavra"or se a>Ba Bailita"o a preservar e >urar3 tanto as plantas >o1o os ani1ais3 "e 1olDstias 1uito "estrutivas / a lienite3 a erisipela "os por>os3 a tuer>ulose3 a =iloera / ou ao 1enos a ter se!uran#a quanto ? presen#a "e tais en=er1i"a"es$ )a se!un"a 1eta"e "o lti1o sD>ulo3 "es>oriu/se que as le!u1inosas Ple!u1es se>os3 trevos e luernasQ3 ao >ontrário "as outras plantas >ultiva"as3 retira1 o aoto "e que pre>isa1 no "o solo3 1as "o ar$ E1 lu!ar "e "es=al>are1 o solo "esse ele1ento3 elas o enrique>e1$ (as sH possue1 tal proprie"a"e quan"o en>ontra1 >ertos 1i>ror!anis1os que se =ia1 nas suas raFes$ o1 u1a opera#o a"equa"a3 po"e1os "ar ?s le!u1inosas a possiili"a"e "e re=or#are1 o aoto "a terra3 1elBoran"o/a3 assi1 nu1a >erta 1e"i"a3 para a >ultura "e outras plantas$ o1ina1 >o1 a"uos 1inerais apropria"os P=os=atos e potassasQ3 >onse!ue1 "ar ao solo3 "e 1o"o "ura"ouro3 se1 o re>urso "os estru1es3 os 1ais altos ren"i1entos$ 0oi esta "es>oerta que estaele>eu para a a!ri>ultura livre u1a ase se!ura$
86
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _
eQ A agricultura como ci@ncia ultura "e tr@s a=olBa1entos na Dpo>a =eu"al3 atD a eplora#o livre "o =i1 "o sD>ulo X%Xf E a parte 1ais >onsi"erável "essa trans=or1a#o se realiou e1 pou>as "eenas "e anosf Os traalBos "e Liei!3 arin"o u1a estra"a nova3 "ata1 "e -7N93 1as so1ente quine anos 1ais tar"e o seu 1Drito =oi universal1ente re>onBe>i"o quan"o a 1áquina a vapor penetrava na a!ri>ultura e a a>teriolo!ia re!istrava os seus pri1eiros su>essos práti>os nesse "o1Fnio Pe1 -783 "es>oerta "o a>ilo "a perina "o i>Bo/"a/se"a e "os >o!u1elos "a =er1enta#o^ e1 -7N5 "o a>ilo "a lieniteQ$ ` E1 al!u1as "D>a"as a a!ri>ultura / a 1ais >onserva"ora "o to"as as 1o"ali"a"es "e traalBo que "urante 1ilBares "e anos no realiara pro!ressos sensFveis e per1ane>era ?s vees sD>ulos se1 e=etuar 1es1o nenBu1 / tornou/se u1a "as 1ais revolu>ionárias3 seno a 1ais revolu>ionária "as =or1as "e eplora#o 1o"erna$ (as ? 1e"i"a que se trans=or1ava3 "eiava "e ser u1 o51cio, >ua rotina se trans1ite "e pai a =ilBos3 para to1ar a a1plitu"e "e u1a ci@ncia, ou antes u1 siste1a "o >i@n>ias3 que "iaria1ente alar!a o >a1po "e `suas investi!a#Ges e o Borionte "e seus >onBe>i1entos teHri>os$ O a!ri>ultor no =a1iliaria"o >o1 esses >onBe>i1entos3 o prático puro3 assiste i1potente e perpleo ?s inova#Ges$ E3 >ontu"o3 no po"e persistir no 1Dto"o anti!o3 porque á 3se lBe D i1possFvel o >ultivo se!un"o os pro>essos >onsa!ra"os "e pais e avHs$ O "esenvolvi1ento que pro1ove a entra"a "a a!ri>ultura no "o1Fnio "a >i@n>ia3 1ani=esta/se >o1 >larea na BistHria "as es>olas a!ron1i>as3 parti>ular1ente "as es>olas superiores$ Esse pro!resso no apare>e apenas na etenso e no >onte"o "os pro!ra1as "e ensino$ A BistHria eterior "os institutos a!ron1i>os atesta o @ito "o estu"o e1 que se espe>ialiara1$ TBaer que oservou a a!ri>ultura aper=ei#oa"a "a %n!laterra "o =i1 "o lti1o sD>ulo e "o >o1e#o "este3 pro>uran"o "ar/lBe u1 =un"a1ento >ientF=i>o e a>li1á/%a na Ale1anBa3 =oi o pri1eiro a re>onBe>er a ne>essi"a"e "e estaele>i1entos prHprios para esse ensino$ [á e1 -753 na sua ora intitula"a &ntrodu>ão ao con/ecimento da agricultura inglesa, "e=en"ia a idia de 5undar4se um instituto agronmico. Al!uns anos 1ais tar"e lan#ava as ases "o pri1eiro estaele>i1ento "esse !@nero Pe1 -792 e1 Celle3 e1 -79N e1 (oe!linQ$ Outros =ora1 =un"a"os quine3 vinte3 trinta anos 1ais tar"e3 o pri1eiro3 o "e :oBenBei13 no Zurte1er!3 e1 -7-7$ A >a"a u1 "esses institutos a!ron1i>os se a"i>ionava u1a !rana/1o"elo$ ConstruFra1/se3 pois e1 pleno >a1po$ Era esse o ni>o 1eio "e 1inistrare1 >onBe>i1entos que entrasse1 pelos olBos3 1ostran"o ao la"o "a pálida teoria, a apli>a#o práti>a$ Si13 porque o n1ero "as proprie"a"es eplora"as "e 1aneira ra>ional era ento ain"a 1uito "i1inuto$ A situa#o 1u"ou no "e>urso "a pri1eira 1eta"e "e nosso sD>ulo3 so "iversas in=lu@n>ias3 entre as quais no =oi "as 1enores a eer>i"a pelos estaele>i1entos a!ron1i>os$ U1 n1ero >onsi"erável "e "o1Fnios i1portantes passou para eplora#Ges ra>ionais3 or!ania"a se!un"o os prin>Fpios >ientF=i>os$ O ove1 a!ri>ultor no se viu 1ais ori!a"o3 para estu"ar a apli>a#o "a teoria3 a re>orrer ?s !ranas/1o"elo "os institutos$ (as ao 1es1o te1po que au1entava o n1ero "os "o1Fnios eplora"os ra>ional1ente3 alar!ava/ se e apro=un"ava/se a 1atDria "o ensino a!ron1i>o e1 virtu"e "as revolu#Ges re=eri"as 1ais a>i1a3 as quais se operara1 na 1e>Jni>a na quF1i>a3 na =isiolo!ia e nas >on"i#Ges e>on1i>as e so>iais e1 !eral$ O pro!ra1a "os institutos pre>isava3 >a"a ve 1ais3 "e novos re>ursos3 "e >i@n>ias auiliares e "e u1a at1os=era intele>tual se1pre 1ais alta$ Os estaele>i1entos isola"os e1 pleno >a1po astava1 >a"a ve 1enos ? sua nova tare=a$ )esta es=era3 ta1D1 Liei! =oi u1 pre>ursor$ )a quali"a"e "e presi"ente "a A>a"e1ia ávara "e >i@n>ias3 pronun>iou3 e1 -76-3 e1 (uni>B3 u1 "is>urso e1 que a>entuou "a 1aneira 1ais eloqWente a insu=i>i@n>ia "os institutos a!ron1i>os instala"os no >a1po3 re>la1an"o ener!i>a1ente a sua 1u"an#a para as >i"a"es universitárias$ E1 torno "esta questo travou/se u1a >ontrovDrsia quase to apaiona"a quanto a que se =eriu e1 torno "a teoria "e Liei! sore a riquea "o solo e seu es!ota1ento$ (as no pri1eiro >o1o no se!un"o >aso o !ran"e sáio saiu ven>e"or "a luta$ E1 !eral3 "eu/se satis=a#o ao seu ponto "e vista$ E>eto o "e :oBenBei13 to"os os !ran"es institutos a!ron1i>os esto Boe instala"os nas >i"a"es universitárias3 no apenas na Ale1anBa3 >o1o ta1D1 na custria3 na 0ran#a3 na %tália3 et>$ Assi1 se en>ontra1 sea a tFtulo "e =a>ul"a"e nas universi"a"es3 sea >o1o estaele>i1entos autno1os Pe1 +erli13 iena3 &arisQ$ O ensino a!rF>ola 1inistra"o na !ran"e >i"a"ef %sto >onstitui a ilustra#o 1ais eloqWente "e que o >a1po vive Boe na inteira "epen"@n>ia "o >entro urano3 que o pro!resso3 no "o1Fnio "a a!ri>ultura3 ve1 "a >i"a"e$
8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ (as3 para "ier tu"o3 a a!ri>ultura no po"e >ontentar/se >o1 a sua >i@n>ia universitária$ Se1 "vi"a3 seria ri"F>ulo querer apli>ar/lBe ain"a Boe o provDrioM mais 2ale a prática do $ue a gramática. (as seria i!ual1ente ri"F>ulo a"1itir/se que a >i@n>ia apenas aste$ (ais ain"a que na in"stria3 so ne>essárias aqui a >i@n>ia e a eperi@n>ia$ A reali"a"e a que se "eve apli>ar a teoria D e1 1ais varia"a e >o1plea na a!ri>ultura "o que na in"stria$ Ensaios e pesquisas so in"ispensáveis3 1as antes "e tu"o >onvD1 1anter/se u1a viso >lara sore >a"a parte "essa es=era "e aspe>tos 1ltiplos3 e %sto sH D possFvel 1e"iante u1 >ontaili"a"e eata e ra>ional$ )a =ase "a >ultura "e tr@s a=olBa1entos3 o a!ri>ultor3 que sH pro"uia para o seu >onsu1o pessoal3 no pre>isava "e >ontaili"a"e$ As >on"i#Ges "e qualquer eplora#o nu1a re!io "a"a no Bavia1 eperi1enta"o 1o"i=i>a#o essen>ial "es"e o te1po "os avHs 1ais "istantes^ era1 si1ples e =á>eis para o seu enten"i1ento$ (uito "i=erente o que o>orre na a!ri>ultura 1o"erna$ Esta se enqua"ra e1 >on"i#Ges 1ais etensas e varia"as3 "e aspe>tos instáveis3 >on"i#Ges "e$ pro"u#o e "e >ir>ula#o3 "e >o1pra e "e ven"a$ A a!ri>ultura >airia nu1a >on=uso inetri>ável se1 u1a >ontaili"a"e eata e re!ular$ %sto vale para to"o ra1o "e eplora#o "e >erta i1portJn>ia na or!ania#o atual "a pro"u#o3 1as vale3 1ais para a a!ri>ultura "o que para a in"stria$ U1a e1presa in"ustrial 1o"erna sH pro"u arti!os "a 1es1a espD>ie^ u1a proprie"a"e rural3 ao >ontrário D u1a reunio "as eplora#Ges 1ais "iversas 4 >ria#o3 >ultura "a terra3 Bortas3 po1ares3 !alinBeiros et> 4 que =orne>e1 os arti!os 1ais "i=erentes$ A eplora#o in"ustrial >o1pra e1 !eral to"os os seus 1eios "e pro"u#o3 ven"e to"os os seus pro"utor$ )o D a 1es1a >oisa na ativi"a"e a!rF>ola$ Aqui apenas se a"quire u1a parte "os 1eios "e pro"u#o$ A outra parte D pro"ui"a pela prHpria eplora#o3 o !a"o3 a =orra!e13 os a"uos3 os !ros e1 parte so >o1pra"os e1 parte =orne>i"os pela proprie"a"e$ Os salários so pa!os parte e1 "inBeiro e parte e1 !@neros$ &or >onse!uinte3 sH se leva ao 1er>a"o3 e nele se ven"e3 u1a parte "os pro"utos sen"o a outra >onsu1i"a na prHpria eplora#o$ En=i13 no D =á>il o >ál>ulo "os e=eitos "e u1 1eio ou "e u1 1Dto"o "e pro"u#o3 na a!ri>ultura >o1o na in"stria$ s vees "e>orre1 anos para se vere1 "istinta1ente to"os os seus resulta"os$ Tu"o isso torna in"ispensável u1a >ontaili"a"e eata e re!ular para a a!ri>ultura3 >ontaili"a"e que se esten"e ?s 1in>ias3 que no se aseia apenas e1 >onsi"era#Ges >o1er>iais3 1as ta1D1 e1 >onsi"era#Ges >ienti=i>as$ &orque a a!ri>ultura no "epen"e apenas "o >apital e "o lu>ro "o >apital3 1as ta1D1 "a terra e "a ren"a "a terra$ Ora3 esta3 no 1e"i"a e1 que D ren"a "i=eren>ial3 "epen"e "a riquea "o solo$ O a!ri>ultor 1o"erno3 traalBan"o ra>ional1ente3 "eve preo>upar/se tanto "e >onservar esta riquea e a1pliá/la o 1ais possFvel3 >o1o "e =aer =ruti=i>ar o seu "inBeiro$ )a"a >ara>teria 1elBor3 talve3 a a!ri>ultura >onte1porJnea "o que esta >ontaili"a"e to >ientF=i>a quanto >o1er>ial$ A alian#a estreita "a >i@n>ia$ e "os ne!H>ios3 que "á =isiono1ia a to"o o siste1a "a pro"u#o 1o"erna3 no apare>e e1 parte al!u1a to >lara1ente >o1o na a!ri>ultura$ Esta >onstitui o ni>o ra1o "e eplora#o >ua >ontaili"a"e se ensina nos >ursos universitários$ O CARATER CA&%TAL%STA ,A A'R%CULTURA (O,ER)A
aQ O 2alor &ara que n a!ri>ultura possa pro!re"ir3 >o1o pro!re"iu a partir "a Dpo>a =eu"al3 e para que possa parti>ipar "os 1elBora1entos >ontFnuos realia"os no "o1Fnio tD>ni>o e e>on1i>o3 pre>isa "e "inBeiro / 1uito "inBeiro$ A prova "isto D intil^ o seu ee1plo D quase3 1es1o supDr=luo$ Re>or"e1os uni>a1ente que na %n!laterra3 "e -78 a -7N23 !astara1/se3 apenas e1 "rena!ens3 1ais "e -99 1ilBGes "e 1ar>os^ "e -7-6 a -73 1ais "o 9 1ilBGes$ Co1 esses 9 1ilBGes =ora1 "rena"os $$$ -$86$999 a>res$ Restava1 ain"a 2-$2$999 a>res para sere1 "rena"os$ A eplora#o a!rF>ola 1o"erna D i1possFvel se1 "inBeiro3 ou3 o que ve1 a "ar no 1es1o3 sem capital. &orque na or!ania#o atual "a pro"u#o to"a so1a "e "inBeiro que no serve ao >onsu1o pessoal po"e tornar/se >apital Pvalor que pro"u 1ais/valiaQ3 e isto o>orre !eral1ente$ A eplora#o Ia!rF>ola 1o"erna D pois u1a eplora#o >apitalista$ )ela se revela1 os >ara>teres "istintivos "o 1o"o "e pro"u#o >apitalista3 1as so =or1as parti>ulares$ &ara a >o1preenso "essas =or1as pre>isa1os =aer aqui u1a pequena "i!resso no "o1Fnio "as astra#Ges e>on1i>as epon"o rapi"a1ente o nosso ponto "e vista "outrinário3 que D o "as teorias "e (ar sore o valor3 a 1ais/valia3 o lu>ro e a ren"a territorial$ Li1itar/nos/e1os3 "e >erto3 a in"i>a#Ges3 e re1ete1os aos nossos leitores que porventura no os >onBe#a13 aos tr@s volu1es "e O Capital "e (ar3 se "esea1 apro=un"ar a 1atDria prin>ipal "este >apFtulo$ Se ea1ina1os a a!ri>ultura 1o"erna3 nela oserva1os "ois =atos =un"a1entaisM a propriedade
87
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ indi2idual da terra e PQ caráter de mercadoria que apresenta1 to"os os pro"utos "a lavoura$ [á estu"a1os o pri1eiro "esses =atos na sua !@nese$ O>upar/nos/e1os a!ora "o se!un"o e ele suas >onseqW@n>ias$ U1a 1er>a"oria D resulta"o "o traalBo Bu1ano$ 0oi =eita no para ser utiliaria pelo prHprio pro"utor Pou para ser =a"a"a !ratuita1ente a outre13 1e1ros ela =a1Flia3 senBor territorial3 et>3 para o seu >onsu1oQ$ ,ela o pro"utor no te1 ne>essi"a"e$ ,eve entre!á/%a a outre1 e1 tro>a "o arti!o "e que tenBa ne>essi"a"e$ A rela#o rela#o "as quanti"a"es respe>tivas respe>tivas "os "ois pro"utos tro>a"os tro>a"os "epen"e3 no inF>io3 soretu"o soretu"o "o a>aso$ (as quanto 1ais se "esenvolve a =ari>a#o "e 1er>a"orias3 quanto 1ais li tro>a se 1ultipli>a e se re!ularia3 tanto 1enos essa rela#o se suor"ina ao a>aso$ Oserva/se que D "eter1ina"a por u1a lei$ Ca"a 1er>a"oria te13 e1 >ir>unstJn>ias "a"as3 u1 2alor de troca =io$ A u1 !rau 1ais avan#a"o "a evolu#o3 a tro>a se torna ven"a$ %sto quer "ier que >erta 1er>a"oria se torna 1oe"a$ Ten"o valor "e uso para to"o 1un"o3 to"o 1un"o !osta "e re>ee/%a e1 tro>a$ &assa ento a servir "e 1e"i"a "e valor para to"as as outras 1er>a"orias$ A quanti"a"e =ia "e 1oe"a / ouro ou prata / que se "á por u1 pro"uto qualquer >Ba1a/se pre> >Ba1a/se pre>o o "esse pro"uto$ O valor valor "a 1er>a" 1er>a"ori oria a sH apare>e apare>e >o1o tend@nci tend@ncia, a, >o1o lei orienta"a no senti"o "e re!er o =en1eno "e tro>a ou "e ven"a$ O resulta"o "esse pro>esso D a rela#o "e tro>a real nu1 1o1ento "a"o3 por outras palavras$ o pre#o real$ A lei e o seu resulta"o so natural1ente >oisas "i=erentes$ O sáio que estu"a os =atos naturais e so>iais se v@ ori!a"o a isolá/los se "esea "es>orir as leis que os re!e1$ ,eve >onsi"erar >a"a =en1eno e1 si 1es1o3 liertan"o/o "e >ir>unstJn>ias a>essHrias que o >o1pli>a1$ este o ni>o 1eio "e se >aptare1 as leis que atua1 sore as apar@n>ias eternas$ U1a ve >onBe>i"as essas leis3 >Be!a/se >Be!a/se =a>il1ente =a>il1ente ? >o1preenso >o1preenso "as 1ani=esta#Ge 1ani=esta#Gess super=i>iais super=i>iais$$ ,o >ontrário3 no se >apta1 ne1 as3 pri1eiras3 ne1 as se!un"as$ %sto D >laro >o1o o "ia e =oi repeti"o vees se1 >onta$ Contu"o3 "esta ver"a"e ne1 se1pre se to1a nota3 prin>ipal1ente na teoria "o valor$ a3 a rela#o =ia3 su$ 1eti"a a u1a lei que re!e a tro>a "e "uas 1er>a"oriasb A tro>a resulta "a "iviso "o traalBo$ A pro"u#o "e 1er>a"orias D a =or1a "e pro"u#o e1 que operários in"epen"entes entre si traalBa1 uns para os outros >a"a qual na sua in"stria$ )u1a so>ie"a"e so>ialista traalBaria1 "ireta1ente uns para 96 outros$ Co1o pro"utores in"epen"entes entre si sH po"e1 =a@/lo "e 1o"o in"ireto3 na 1e"i"a e1 que tro>a1 os arti!os que elaora1$ (as esses pro"utores so livres e i!uais$ Apenas >o1o livres e i!uais D que u1a ver"a"eira tro>a "e 1er>a"orias se =a possFvel$ On"e u1a parte "epen"e "a outra3 po"e/se =alar "e etorso ou "e rouo3 no "e tro>a$ Ora3 u1 Bo1e1 livre no "esea pro"uir !ratuita1ente para u1 estranBo^ no quer "ar 1ais "o que re>ee$ e1os assi1 nas>er a ten"@n>ia a >onsi"erar/se >o1o equivalentes para a tro>a "ois arti!os que >ustara1 a 1es1a so1a "e traalBo3 a >onsi"erar/se a so1a 1D"ia "e traalBo ne>essário para a elaora#o "e u1a 1er>a"oria >o1o "eter1inante "o seu valor$ (as trata/se "e in"a!ar se o pro"utor realiará esse valor no 1er>a"o3 se lBe será pa!o3 real1ente3 ao 1enos o pre#o "e seu traalBo$ %sto "epen"e "e u1a sDrie "e >ir>unstJn>ias que po"e1 ser resu1i"as so a ruri>a "a o=erta e "a pro>ura$ ver"a"e que a teoria se!un"o a qual o valor "e u1a 1er>a"oria "epen"e "a so1a "e traalBo so>ial1ente ne>essário para a sua pro"u#o D >o1ati"a "a 1aneira 1ais viva pela >i@n>ia universitária 1o"erna$ (as ea1ina"o o prole1a 1ais "e perto3 v@/se que to"as as oe#Ges "e>orre1 "a >on=uso entre o valor >o1er>ial e o 2alor de uso, "e u1 la"o3 e o pre> o pre>o, o, "e outro$ To"as as teorias universitárias >orrespon"entes re"un"a1 na representa#o3 >o1o ele1entos "o valor3 unta1ente >o1 a so1a "o traalBo3 "a utili"a"e "o pro"uto e "a sua pro>ura$ evi"ente que to"o arti!o "eve ser til3 aten"er a u1a ne>essi"a"e Preal ou i1a!ináriaQ3 para virar virar 1er>a" 1er>a"oria oria e a"q a"quir uirir ir valor valor$$ O 2alor 2alor de uso uso a condi> condi>ão ão pr2i pr2ia a do 2alor 2alor comerci comercial, al, 1as no "eter1ina o seu 1ontante$ A >on"i#o para to"a tro>a resi"e na naturea "iversa "e "ois pro"utos$ Se1 isto a tro>a no teria senti"o$ (as entre os valores "e uso "e "uas 1er>a"orias "e naturea "iversa no se po"e^ estaele>er u1a >o1para#o que se epri1a si1ples1ente e1 n1eros3 >o1o D o >aso "a rela#o "e tro>a$ a#o "e que u1a vara "e pano satis=a#a "e vees 1ais as ne>essi"a"es ou sea "e vees 1ais til que u1a lira "e =erro$ As utili"a"es "os "ois pro"utos so >on>eitos "e naturea inteira1ente "iversa e in>o1ensurável$ &o"e1os3 "e >ertoQ 1e"ir o valor "e uso relativo "e pe#as "i=erentes "a 1es1a espD>ie "e 1er>a"oriasM u1 par "e otas resistentes te1 u1 valor "e uso 1aior que u1 par "e otas 1enos resist resistente entes3 s3 u1 >op >opo o "e vinBo "e RW" RW"esB esBei1 ei1 te1 U1 valor "e uso 1aior 1aior que u1 >op >opo o "e vinBo "e 'rWner!$ ,e o1 !ra"o pa!are1os 1ais pelo valor "e uso 1aior$ O valor "e uso D pois3 ta1D13 u1 ele1ento "o valor >o1er>ialb &are>eria que si1$ (as ento sur!e13 as per!untasM se o valor "e uso 1aior >ria o valor >o1er>ial 1aior3 por que o pro"utor "e U1 !@nero "e 1er>a"oria no pro"u
85
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ uni>a1ente uni"a"es "a 1elBor quali"a"eb por que o sapateiro no pro"u uni>a1ente os sapatos "a espD>ie espD>ie 1ais resistenteb resistenteb por que o vinBateiro no >ultiva os vinBos vinBos "e tipo superiorb A respost resposta a D 1uito si1ples$ &ara os sapatos3 a 1elBor quali"a"e / se =ier1os astra#o "e "i=eren#as parti>ulares "e operários3 "e 1atDria pri1a3 "e =erra1entas3 et>$3 as quais "e resto3 e1 na"a alteraria1 o resulta"o // "e>orre "o traalBo 1ais resistente3 de uma soma maior de tra3al/o, portanto$ E D esta so1a "e traalBo 1aior3 no o 1aior valor "e uso3 que "eter1ina o valor e 1aior "a 1elBor quali"a"e$ ,i/se3 >o1o se sae3 que as 1er>a"orias 1ais >aras sae1 1ais aratas3 isto D3 que Bá entre o seu valor "e uso e o "as quali"a"es in=eriores u1a "i=eren#a 1uito 1ais =orte "o que entre os valores >o1er>iais respe>tivos$ U1 par "e otas "e -2 1ar>os "uraria talve "uas vees 1ais "o que u1 par "e -9 1ar>os$ Ao >ontrário3 >ontrário3 o pre#o 1ais e%eva"o e%eva"o "o [oBann [oBanniser! iser! ou "o RW"esBei1 RW"esBei1 epli>a epli>a se por no se po"ere1 >ultivar por to"a parte vinBos "essa espD>ie$ espD>ie$ Aqui3 a lei "o valor no te1 e=eito3 por tratar/se "e u1 1onopHlio$ A lei lei "o valor pressupGe a livre >on>orr@n>ia$ erto !@nero "e 1er>a"orias3 as "i=eren#as "e quali"a"e "eter1ina1 "i=eren#as "e pre#o3 elas po"e1 se1pre re"uir/se a "i=eren#as "e so1as "e traalBo ou a 1onopHlios Seria u1a lou>ura a"1itir/se que3 na aus@n>ia "esses "ois =atores Bouvesse u1 pro"utor "ota"o "a Baili"a"e 1D"ia >on>eFvel que no elaorasse e>lusiva1ente a 1elBor quali"a"e "o seu !@nero "e 1er>a"orias$ O que vale para a utili"a"e 1aior ou 1enor vale ta1D1 para a 1aior ou 1enor necessidade. As necessidade. As varia#Ges "a o=erta e "a pro>ura po"e1 se1 "vi"a epli>ar porque o pre#o // eu no "i!o o valor / "a 1es1a 1er>a"oria soe ou "es>e "e u1 "ia para outro$ (as no epli>a1 porque Bá u1a rela#o >onstante entre os pre#os "e "ois !@neros "e 1er>a"orias3 porque3 por ee1plo3 "urante 1uitos sD>ulos3 e apesar "e nu1erosas os>ila#Ges u1a lira "e ouro valeu se1pre e1 1e"ia >er>a "e -8 vees 1ais u1a lira "e prata$ O =ato sH po"e ser es>lare>i"o se le1rar1os que "urante 1uitos sD>ulos as >on"i#Ges "e pro"u#o "esses "ois 1etais per1ane>era1 inaltera"as$ Seria ri"F>ulo a"1itir/se que a pro>ura "e ouro se1pre =ui -8 vees 1aior que a pro>ura "e prata$ A !ente se enver!onBa3 enver!onBa3 seria1ente3 seria1ente3 "e ter "e repetir3 repetir3 pela "D>i1a ve3 estas epli>a#Ges epli>a#Ges33 1as >lasse i1pGe1 "e novo se1pre que se =ala "a teoria "o valor3 porque os seus a"versários no se >ansa1 "e invo>ar >ontra ela os 1es1os ar!u1entos$ Eis aF3 por ee1plo3 o pro=essor Luo +rentano3 no seu lti1o lti1o livro livro sore a Pol1tica Pol1tica agrária PL$ +RE)T +RE)TA)O3 A!rarpolitik A!rarpolitik33 % TBeil TBeoretis>Be TBeoretis>Be Einleitun! in "ie A!rarpolitik A!rarpolitikQ3 Q3 a tratar "a ren"a ren"a territorial territorial e "a teoria e1 que se aseia aseia a teoria teoria "o valor$ valor$ Ele "i IRi>ar"o IRi>ar"o e a sua es>ola es>ola =alara1 =alara1 "o valor valor natural^ natural^ assi1 assi1 "esi!nava "esi!nava1 1 a so1a so1a "as despesas despesas e1 que i1portou a pro"u#o "e u1a utili"a"e$ Os so>ialistas3 que "esenvolvera1 essa teoria3 >Ba1a1 2alor natural ? so1a "e tempo tempo de tra3al/o tra3al/o Social Social ne>essário ? pro"u#o "e u1a utili"a"eI$ )Hs sae1os o que +rentano enten"e por tempo de tra3al/o Social. O te1po "e traalBo socialmente necessário D >erta1ente outra$ >oisa$ +rentano >ontinuaM IAs "uas teorias "o valor / a "e Ri>ar"o e a "e (ar / so >onsi"era"as Boe re=uta"as pela >i@n>ia$ [á :er1ann 1ostrou sere1 insustentáveis quan"o =risou que as "espesas no >onstitue1 seno ele1entos nu1erosos que "eter1ina1 o pre#o= pre#o= que alD1 "elas Bá a per1an@n>ia "a ne>essi"a"e3 a utili"a"e3 Ia solvaili"a"e3 a possiili"a"e "e en>ontrar/se al!ures o oeto3 a ori!a#o para o ven"e"or3 "e ven"er3 O valor "e tro>a "o 1eio "e pa!a1ento3 e outras vanta!ens$ o=ere>i"as pelo >o1pra"or3 assi1 >o1o a =a>ul"a"e "e ne!o>iar e1 outra o>asio3 =atores to"os que eer>e1 o seu papel na "eter1ina#o "o pre#oI Ppá!$ 7NQ$ Assi13 Assi13 a ci@ncia no a"1ite 1ais a teoria do 2alor "e (ar porque o pre#o no D uni>a1ente "eter1ina"o pela so1a "o traalBo !asto$ Ri>ar"o3 e antes "ele A"a1 S1itB3 =alava1 "e pre> "e pre>o o natura natural.l. Tal D a >on=uso que reina nessas pou>as linBas entre o pre#o e o valorf (as se =ier1os astra#o "e =atores que "eter1ina1 as oscila>?es "e pre#o3 no restará no prHprio +rentano seno u1 ele1ento3 a so1a "e traalBo3 ou >o1o ele "iM corrigindo, as despesas de produ>ão produ>ão.. (as tal reti=i>a#o D "uvi"osa$ As "espesas "espesas "e pro"u#o pro"u#o pressupGe1 pressupGe1 o que elas "eve1 epli>ar epli>ar33 o valor$ valor$ ontu"o3 pri1eiro o valor pelas "espesas "e pro"u#o3 "epois as "espesas "e pro"u#o pelo valor$ Ca1inBa1os3 pois3 "e &n>io a &ilatosf A proposi# proposi#o o "e que o valor "e u1a 1er>a"oria 1er>a"oria D "eter1ina"o "eter1ina"o pelas "espesas "espesas "e pro"u#o pro"u#o no D3 porD13 inteira1ente "estituF"a "e senti"o$ (as a e>ono1ia polFti>a "as universi"a"es na"a nos "i sore as >ir>unstJn>ias que lBe "o senti"o$ &ara >o1preenso "essas >ir>unstJn>ias3 so1os ori!a"os a epli>ar a "i=eren#a eistente entre a pro"u#o si1ples e a pro"u#o >apitalista "e 1er>a"orias$
N9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _
3N :ais42alia e lucro A pro"u pro"u#o #o si1ples si1ples "e 1er>a"orias 1er>a"orias D a =or1a pri1itiva pri1itiva "esse !@ner !@nero o "e pro"u#o$ pro"u#o$ Ela se >ara>teria pelo =ato "e sere1 os traalBa"ores no apenas livres e i!uais entre si3 1as ain"a proprietário "os seus 1eioI "e pro"u#o$ Co1o to"as as !ran"es Dpo>as "a evolu#o e>on1i>a3 a pro"u#o si1ples "e 1er>a"orias no reinou e1 to"a a sua purea$ Ela se1pre se >o1inou >o1 outras =or1as e>on1i>as3 >o1o o re!i1e natural natural Pre!i1e Pre!i1e "e pro pro"u# "u#o o par para a o prH prHpri prio o >on >onsu1 su1o o "o pro pro"uto "utorQ3 rQ3 o re! re!i1e i1e =eu"al3 =eu"al3 o re! re!i1e i1e "o 1onopHlio "as >orpora#Ges$ ,a 1es1a =or1a3 a lei "o valor sH teve u1a a#o par>ial$ A!iu pre>isa1ente na 1e"i"a e1 que Se "esenvolvia3 e1 li1ites "eter1ina"os3 u1a e>ono1ia re!ular "e pro"utores traalBan"o3 e1 esta"o "e livre >on>orr@n>ia3 para 1er>a"o$ A >erto >erto !rau !rau "e evolu#o3 evolu#o3 a pro"u# pro"u#o o >apitalista >apitalista "e "e 1er>a"orias 1er>a"orias sustitui sustitui a pro"u#o pro"u#o si1ples$ si1ples$ &or &or outras palavrasM o traalBa"or "eia "e ser proprietário "e seus 1eios "e pro"u#o$ O >apitalista se opGe ao traalBa"or / que per"eu to"a proprie"a"e / na quali"a"e "e proprietário "os 1eios "e pro"u#o$ O pro"ut pro "utor or no po" po"e e 1ais 1ais traalB traalBar ar "ireta1 "ireta1ent ente e par para a o >on >onsu1 su1i"o i"orr$ &re>is &re>isa a 1ourea 1ourearr para o patro patro >apitalista3 a que1 ven"e a sua =or#a "e traalBo$ Torna/se u1 traalBa"or assalaria"o$ apenas nessa or!ania#o e>on1i>a que a pro"u#o "e 1er>a"orias se torna a =or1a univer universal sal33 ou ao 1enos 1enos pre pre"o1 "o1inan inante3 te3 "a pro pro"u# "u#o$ o$ O re! re!i1e i1e natural natural "es "esapar apare>e e>e rapi"a1 rapi"a1ente ente33 a eplora ep lora#o #o =eu"al e o 1onopH 1onopHlio lio "as >orpora#G >orpora#Ges es se inatual inatualia ia13 13 a lier"a lier"a"e "e e a i!ual"a i!ual"a"e "e "os pro"utores se eri!e1 e1 re!ra universal$ (as pre>isa1ente essa or!ania#o e>on1i>a3 sus>itan"o as >on"i#Ges ne>essárias para a epanso "a lei "o valor3 =a nas>er3 para en>ori/%a e 1o"i=i>ar seus e=eitos3 u1 inter1e"iário que se insinua entre o valor e o pre#o "o 1er>a"o$ Esse inter1e"iário D >onsti >on stituF tuF"o "o pelas pelas "espesas "espesas "e pro pro"u# "u#o3 o3 isto D a so1a so1a "as "espesa "espesass e1 "inBeiro "inBeiro ne>essár ne>essárias ias a elaora#o "e u1a 1er>a"oria$ )a elaora elaora#o #o si1ples si1ples "e 1er>a" 1er>a"oria orias3 s3 a "eter1i "eter1ina# na#o o "os seu seuss pre pre#os #os e1 =un#o =un#o "as "espesas "e pro"u#o no teria senti"o$ To1e1os o ee1plo 1ais ele1entarM u1 te>elo pri1itivo "o >a1po3 que >ria a sua 1atDria/pri1a e =ari>a o seu tear$ Ele no te1 o 1enor !asto >o1 o que pro"u$ O seu pro"uto sH asorve o seu traalBo$ A =ia#o "o pre#o se!un"o as "espesas$ "espesas$ "e pro"u#o pro"u#o á no pare>e to asur"a asur"a no >aso e1 que3 e1 irtu"e "a "iviso "o traalBo3 o operário >o1pre os seus 1eios "e pro"u#o$ Co1o para o te>elo pri1itivo3 para o te>elo pro=issional o valor "o pano D "eter1ina"o pelo te1po "e traalBo so>ial1ente ne>essário3 para >riá/%o$ (as isto á no D to evi"ente$ &orque o te>elo pro=issional á no pro"u o =io3 ne1 o tear$ Co1pra/os$ O valor "eles >onstitui "espesas "e pro"u#o3 e estas entra1 no valor "o arti!oM o valor "o =io inteira1ente3 o valor "o tear na 1e"i"a e1 que a elaora#o "o pano o "es!asta$ (as essas "espesas "e pro"u#o no =or1a1 o valor total "o pano$ &ara epressá/lo te1os "e a"i>ionar/lBes o valor >ria"o pelo traalBo "o te>elo$ (as tu"o o>orre "e 1o"o "iverso na or!ania#o >apitalista "a pro"u#o "e 1er>a"orias$ O proprietário "os 1eios "e pro"u#o e o traalBa"or se tornara1 "uas pessoas "istintas$ Se o >apitalista quer que se pro"ua3 te1 "e >o1prar no apenas a 1atDria/pri1a e os instru1entos >o1o =e o nosso te>elo no lti1o ee1plo3 1as ain"a a =or#a "e traalBo "o prHprio traalBa"or$ Se1 "vi"a3 para o >apitalista3 to"os os ele1entos "a pro"u#o se re"ue1 a !astos "e "inBeiro 3 a "espesas$ (as isto a>onte>e apenas >o1 ele$ A pro"u#o "e 1er>a"orias no lBe >usta tra3al/o, 1as din/eiro. &ara "e so as "espesas "e pro"u#o3 o din/eiro !asto3 que "eter1ina1 o pre#o3 no o tra3al/o =orne>i"o$ (as seria pre>iso i!norar1os a "i=eren#a entre a pro"u#o si1ples e a pro"u#o >apitalista "e 1er>a"orias para >onsi"erar1os >o1o lei universal "os pre#os a "eter1ina#o "os pre#os pelas "espesas "e pro"u#o para preten"er1os I>orri!irI assi1 a teoria "o valor "o traalBo$ As "espesas "espesas reais "a "a pro"u#o pro"u#o no no >oin>i"e1 >oin>i"e133 portanto3 portanto3 >o1 as "espesas "espesas "e pro"u#o pro"u#o tais >o1o >o1o o >apitalista as >al>ula para estaele>er os seus pre#os$ Se o pre#o "a 1er>a"oria =osse i!ual ? so1a "e "inBeiro !asta >o1 a pro"u#o3 ele na"a !anBaria >o1 a ven"a$ Ora3 o lu>ro D o 1Hvel "a pro"u#o >apitalista$ Se a inverso "e "inBeiro nu1a e1presa no "esse lu>ro ao >apitalista3 ser/%Be/ia 1ais vantaoso !astá/lo no >onsu1o pessoal$ usta1ente o lu>ro que =a "e qualquer so1a "e "inBeiro u1 >apital$ To"a so1a "e "inBeiro e1pre!a"a "e 1aneira a pro"uir lu>ro D >apital$ O >apitalista a>res>enta3 pois3 u1 >o1ple1ento ? so1a "as "espesas "e pro"u#o$ Ele ul!a ter pro"ui"o >o1 preuFo se no retira ao 1enos o lu>ro usual no paFs$ O total "o que >onsu1iu >o1 a 1er>a"oria3 1ais o lu>ro usual3 eis o que ele "esi!na >o1o despesas de produ>ão. Se!un"o estas3 ele >al>ula o pre#o que "esea >orar para >orir os seus gastos.
N-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Trata/se "e u1 =ato evi"ente "a práti>a >apitalista3 e por >onse!uinte >onBe>i"o Bá 1uito te1po$ [á A"a1 S1itB "istin!uia a "i=eren#a entre o valor "o traalBo / o qual3 na pro"u#o si1ples "as 1er>a"orias3 serve "e re!ra ?s =lutua#Ges "e pre#os "o 1er>a"o / e a 1o"i=i>a#o "o valor realia"a no siste1a >apitalista pelas "espesas "e pro"u#o3 que =or1a1 o pre>o natural Pno o 2alor, >o1o preten"e +rentanoQ isto D3 o que (ar >Ba1a o pre#o "e pro"u#o$ O pro!resso realia"o pela atual e>ono1ia polFti>a "as universi"a"es e1 rela#o aos e>ono1istas superados >onsiste e1 que >on=un"e no apenas a pro"u#o si1ples "e 1er>a"oria e a pro"u#o >apitalista3 1as ain"a o valor3 o pre#o natural e o pre#o "o 1er>a"o$ ,epois3 "e>lara que a teoria >lássi>a "o valor "eve ser aan"ona"a$ O 2alor natural no epli>aria as os>ila#Ges "e pre#os$ I)o esta"o pri1itivo "a so>ie"a"e3 "i S1itB no >apFtulo % "o pri1eiro livro "a sua _ealt/ o5 %ations, antes que a proprie"a"e in"ivi"ual se apo"erasse "o solo e o >apital se Bouvesse =or1a"o3 a rela#o entre as quanti"a"es "e traalBo ne>essárias ? >ria#o "os "i=erentes pro"utos pare>e ter si"o a ni>a 1e"i"a que serviu "e re!ra ? tro>a $$$ (as lo!o que o >apital se >on>entrou na 1o "e pou>os in"ivF"uos3 al!uns o utiliara13 natural1ente3 para "ar servi#o a Bo1ens in"ustriosos3 aos quais propor>ionava1 o que pre>isasse1 para pro"uir e viver3 ten"o e1 vista a oten#o "e u1 lu>ro >o1 a ven"a "os seus arti!os ou >o1 o valor a>res>enta"o pelo seu traalBo ? 1atDria "o traalBoI$ A "i=eren#a entre a pro"u#o si1ples e a pro"u#o >apitalista "a 1er>a"oria D assi1 posta e1 nFti"o relevo$ )o >apFtulo %%3 S1itB oserva que e1 >a"a so>ie"a"e e >a"a paFs Bá u1a taa 1D"ia "e salário3 "e lu>ro e "e ren"a territorial P=alare1os lo!o 1ais "esta lti1a e$ por esse 1otivo3 no nos "e1orare1os aquiQ$ Essas taas 1D"ias po"e1 ser >Ba1a"as taas naturais$ Ia"oria rene eata1ente a so1a "e "inBeiro ne>essária para que "ela se retire a taa natural "a ren"a territorial3 "o salário "o traalBo e "o lu>ro "o >apital e1pre!a"o e1 >riá/%a3 e1 prepará/%a e e1 >on"ui/%a ao 1er>a"o3 po"e "ier/se que D ven"i"a ao seu pre>o natural9. A taa natural "o lu>ro sH eiste3 assi1 >o1o o valor3 >o1`Q ten"@n>ia$ ,o 1es1o 1o"o que os pre#os !ravita1 e1 torno "o valor3 assi1 os lu>ros !ravita1 e1 torno "o lu>ro natural ou 1D"io$ (as que "eter1ina o 1ontante "esse lu>ro natural, ou corrente, >o1o se "i ta1D1b A respeito na"a nos ensina1 A"a1 S1itB3 Ri>ar"o3 ou qualquer "os e>ono1istas ur!ueses$ O =ato "e a"1itire1 aqui a interven#o "o 1aior ou 1enor ris>o3 "o salário 1ais ou 1enos eleva"o e "e outros ele1entos análo!os sH epli>a os des2ios entre o lu>ro real e o lu>ro 1D"io3 assi1 >o1o a o=erta e a pro>ura sH epli>a1 os des2ios entre o pre#o "o 1er>a"o e o valor ou pre#o "e pro"u#o3 no a taa 1D"ia "e lu>ro "e >a"a 1o1ento$ Se es>lare>e1 porque o lu>ro D aqui "e -5 e a>olá "e 2-3 e no "e 29g >o1o o lu>ro 1D"io3 no es>lare>e1 porque este D$ "e 29g e no "e 299 ou 2$999 g3 por ee1plo$ 0oi (ar que13 pela pri1eira ve3 "eu a epli>a#o "o =en1eno >o1 a sua teoria "a 1ais/valia$ (ar3 se1 "vi"a3 no "es>oriu pessoal1ente a reali"a"e "a 1ais/valia$ ,e resto3 no tinBa nenBu1a ne>essi"a"e "e pe"i/%a e1presta"a a TBo1pson porque po"eria en>ontrá/%a á no velBo A"a1 S1itB3 o qual na >apFtulo % "o pri1eiro livro "e sua _ealt/ o5 %ations, "i o se!uinteM IO valor que os operários a"i>iona1 ? 1atDria "o traalBo se "e>o1pGe3 pois3 neste >aso Ptrata/se "a pro"u#o >apitalistaQ e1 "uas partes3 u1a "as quais pa!a os salários e a outra >onstitui o lu>ro realia"o pelo patro sore o >apital total P1ateriais e saláriosQ que ele a"iantouI$ A 1ais/valia á está revela"a e "e=ini"a nessa passa!e13 e TBo1pson na"a a>res>entou ? veri=i>a#o "esse =ato e>on1i>o$ Ele apenas "e"uiu u1a re>la1a#o urF"i>a "e u1 valor prole1áti>o$ )o >onse!uiu epli>ar os =en1enos e>on1i>os por inter1D"io "a 1ais_valia3 >o1o no >onse!uira1 A"a1 S1itB ou outros e>ono1istas anteriores a (ar$ Serviu/se "a 1ais/valia para condenar o lu>ro3 no para e;plicá4&o. %sto =oi (ar que1 realiou e1 pri1eiro lu!ar$ Antes "e 1ais nin!uD13 1ostrou >o1 1in>ias e "e =or1a siste1áti>a3 >o1o nas>e e atua a 1ais/valia3 e to"as as "es>oertas "e Anton (en!er e >onsortes e1 na"a altera1 estes resulta"os $ A 1ais/valia "e>orre "o =ato "e ser a =or#a "e traalBo Bu1ana >apa "e >riar u1a so1a "e pro"utos superior ? que D ne>essária ? sua >onserva#o e ? sua repro"u#o3 a partir "o 1o1ento e1 que a evolu#o "o aparelBa1ento tD>ni>o atin!e u1 >erto !rau$ U1 e>e"ente "essa espD>ie3 u1 pro"uto lFqui"o D =orne>i"o3 "es"e te1pos i1e1oriais3 pelo traalBo Bu1ano$ To"o o pro!resso "e >ivilia#o se >on"i>iona ao au1ento pro!ressivo "esse e>e"ente 1e"iante o aper=ei#oa1ento "a tD>ni>a$ )a pro"u#o si1ples "e 1er>a"orias3 o pro"uto liqui"o to1a a =or1a "e 1er>a"orias3 1as no se po"e ain"a "ar ao seu valor o no1e "e 1ais/valia$ %sto porque3 nesse perFo"o3 a prHpria =or#a Bu1ana "e traalBo3 que >ria valores3 no te1 valor ain"a3 no sen"o ain"a u1a 1er>a"oria $ O 1ontante "o superpro"uto >ae nesse >aso ao traalBa"or$ Este po"e !asta -9 para au1entar
N2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ o e1/estar "e sua =a1Flia3 para =ruir praeres !rosseiros ou "eli>a"os3 para =or1al para si u1a pequena reserva ou 1es1o para entesourar ou 1elBorar os seus 1eios "e traalBo$ (as o traalBa"or D ori!a"o3 i!ual1ente3 a "eiar u1a par>ela 1ais ou 1enos >onsi"erável "o 1ontante "o pro"uto liqui"o e1 pa!a1ento "e =oro ao senBor3 ? >o1una3 ao proprietário territorial3 e1 pa!a1ento3 ?s vees3 "e uros ao usurário3 se por a>aso an"ou e1 aerturas$ E1 >ertos >asos3 po"e a>onte>er que lBe sea reti"o ante>ipa"a1ente3 no to"o ou e1 parte3 o 1ontante "o pro"uto lFqui"o$ no apenas o usurário3 1as ain"a$ e1 tal ou qual situa#o "o 1er>a"o3 o >o1er>iante / que 1uito =reqWente1ente no se "istin!ue "aquele / que1 eplora a 1isDria e1 que po"e >air o traalBa"or livre$ Este lu>ro "o >o1er>iante po"e resultar3 na pro"u#o si1ples "e 1er>a"orias3 no apenas "o =ato "e ven"er as 1er>a"orias >o1 as quais tra=i>a a>i1a "o seu valor3 1as ta1D1 "e >o1prá/%as aaio "o seu valor$ on>orr@n>ia no 1er>a"o e 1ais pre>ária a situa#o "os pro"utores3 tanto 1ais se eplora a se!un"a =onte "e lu>ro$ U1 passo 1ais nesse >a1inBo e nos en>ontra1os no "o1Fnio "a or!ania#o >apitalista "a e>ono1ia$ Co1preen"e/se =a>il1ente que o >o1er>iante3 e1 lu!ar "e etorquir ao pro"utor livre o seu arti!o aaio "o respe>tivo valor3 pre=ira eplorar/lBe a situa#o pre>ária para =aer "ele u1 assalaria"o3 o qual a!e no por sua >onta3 1as por >onta "o >apitalista3 o qual vive no "a ven"a "e suas 1er>a"orias3 1as "a ven"a "e sua =or#a "e traalBo$ A =or#a "e traalBo torna/se3 "es"e ento3 u1a 1er>a"oria3 a"quirin"o u1 valor i!ual ao valor "os !@neros ali1entF>ios ne>essários ? sua >onserva#o e ? sua repro"u#o$ O e>e"ente "o valor que o pro"utor >ria a>i1a "o valor "e sua prHpria =or#a "e traalBo vira assi1 1ais/valia$ Esta vai to"a para o >apitalista3 pois o pre#o "a =or#a "e traalBo3 o salário3 D >al>ula"o e1 rao "o seu valor$ Ao in"ustrial >apitalista >ae to"o o pro"uto >ria"o pelo traalBa"or assalaria"o$ O valor "esse pro"uto D i!ual ao valor "os 1eios "e pro"u#o e1pre!a"os / 1atDrias/pri1as3 "es!aste "as 1áquinas e "os e"i=F>ios3 et>$ / 1ais o valor "a =or#a "e traalBo "o operário3 ou3 >o1o se "i vul!ar1ente3 o salário3 e 1ais a 1ais/valia$ Esta lti1a D que >onstitui o lu>ro$ (as a trans=or1a#o "a 1ais/valia e1 lu>ro D opera#o ain"a 1enos si1ples "o que a trans=or1a#o "o valor e1 pre#o$ O que o >apitalista =orne>e na pro"u#o no D o traalBo3 1as o capital. O lu>ro no lBe apare>e >o1o pro"uto "o sore$ traalBo "os seus operários3 1as >o1o pro"uto "o seu >apital$ Ele >al>ula a taa "e seu lu>ro no se!un"o a quanti"a"e "e traalBo "espen"i"a3 1as se!un"o a quanti"a"e "e >apital a"ianta"o$ (as resulta "ai que se 1uitos =ari>antes realia1 a 1es1a taa "e 1ais/valia3 "eve1 realiar taas "e lu>ro "i=erentes3 >aso sea1 "i=erentes as quanti"a"es "o >apital a"ianta"o$ ia >o1 u1 ee1plo to si1ples quanto possFvel$ Supore1os3 pois3 tr@s e1presas3 nas quais no apenas a taa "a 1ais/valia3 isto D a eplora#o "os traalBa"ores3 D i"@nti>a3 1as on"e o D ta1D1 a >ir>ula#o "o >apital$ O >apitalista >al>ula a taa "e lu>ro se!un"o a rela#o eistente entre a quanti"a"e "e lu>ro realia"a nu1 ano pela sua e1presa e a quanti"a"e "e >apital a"ianta"o para tanto no 1es1o lapso "e te1po$ apital so i"@nti>as3 e a >ir>ula#o "o >apital se =a e1 te1pos "i=erentes3 a taa "e seu lu>ro será "iversa$ Se u1 >apital "e -99$999 =ran>os realia e1 >a"a rota#o u1a 1ais/valia "e -9$999 =ran>os3 a rela#o entre a 1ais_valia anual e o >apital será3 >aso o >apital >ir>ule u1a ve por ano3 "e F`FL >aso o >apital >ir>ule -9 vees3 "e -9h-9$ )a pri1eira BipHtese a taa "e lu>ro será "e -9g^ na se!un"a3 "e FLL]. 0ae1os aqui astra#o "essa "i=eren#a3 que >o1pli>aria 1uito o prole1a$ SuponBa1os3 pois3 tr@s e1presas e1 que a taa "e 1ais valia3 o perFo"o "e >ir>ula#o "o >apital e o n1ero "e traalBa"ores sea1 i"@nti>os$ O que "i=ere nas tr@s e1presas D a quanti"a"e "e >apital ne>essário para "ar traalBo ao n1ero >onstante "e operários$ )ote1os que (ar "istin!ue "uas espD>ies "e >apital3 o >apital variável e o >apital >onstante$ O >apital variável D !asto e1 saláriosM >ria a 1ais/valia$ Esta parte "o >apital >res>e "urante o pro>esso "a pro"u#o3 1u"a$ D variável$ Ao >ontrário3 a parte "o >apital apli>a"a e1 e"i=F>ios3 1áquinas3 1atDrias/pri1as3 et>$3 isto D3 e1 1eios "e pro"u#o3 no 1u"a "e valor no >urso "a pro"u#o$ Esse valor reapare>e inta>to no pro"uto >ria"o$ pois >onstante$ )o nosso ee1plo a"1iti1os que nas tr@s e1presas as quanti"a"es "e >apital variável so i!uais3 1as que as quanti"a"es "e >apital >onstante so "esi!uais$ SuponBa1os que na pri1eira e1presa o >apital >onstante sea e>ep>ional1ente =ra>o^ que sea3 por ee1plo3 u1 telBeiro e1 que se prepare3 se1 o uso "e e"i=F>ios ou 1áquinas3 >o1 si1ples =erra1entas3 1a"eira "e >onstru#o arata$ SuponBa1os que na se!un"a e1presa o >apital >onstante ^ sea e>ep>ional1ente eleva"o$ To1e1os3 por ee1plo3 u1a =ári>a quF1i>a3 que possui e"i=F>ios etre1a1ente vastos e sHli"os e 1áquinas nu1erosas3 o>upan"o u1 n1ero relativa1ente pequeno "e
N8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ traalBa"ores$ SuponBa1os3 en=i13 que a ter>eira e1presa sea tal que o >apital variável e >onstante e1pre!a"os per1ane#a1 na 1D"ia >o1u13 "i!a1os u1a =ári>a "e 1Hveis$ 0alta/nos ain"a a"1itir u1a BipHtese3 a =i1 "e si1pli=i>ar tanto quanto possFvel o nosso ee1ploM pre>isa1os >onven>ional que to"o o >apital >onstante se es>oe no "e>urso "e u1 ano e reapare#a no valor "o pro"uto$ >laro que isto talve nun>a a>onte#a3 "e =ato3 nu1a eplora#o >apitalista$ E"i=F>ios e 1áquinas no se "es!asta1 to "epressa$ iona3 por ee1plo3 "e anos3 ela sH trans1ite u1 "D>i1o "e seu valor aos pro"utos >ria"os por seu inter1D"io$ Entretanto3 se no =ier1os tal BipHtese3 >o1pli>are1os inutil1ente o nosso ee1plo3 se1 na"a 1u"ar1os o resulta"o =inal$ E1 >a"a u1a "as tr@s e1presas e1pre!a1/se -99 operários3 1e"iante salários >ua so1a anual representa -$999 =ran>os por in"ivF"uo$ A taa "e 1ais/valia representa e1 >a"a e1presa -99g3 a 1assa "a 1ais/valia3 -99$999 =ran>os$ (as suponBa1os que o >apital >onstante se eleve no telBeiro "e >onstru#o A -99$999 =ran>os3 na =ári>a "e 1Hveis + a 899$999 =ran>os$ )a =ári>a quF1i>a C a 99$999 =ran>os^ que nas tr@s e1presas o >apital >ir>ule u1a ve por ano$ Otere1os assi1M Capital Rela#o entre (ais/ ariável Constante Total a 1ais/valia valia E1presa =r =r =r e o >apital =r total A + C
-99$999 -99$999 -99$999
-99$999 899$999 99$999
299$999 N99$999 699$999
-99$999 -99$999 -99$999
-h2 -hN -h6
Se as 1er>a"orias =osse1 ven"i"as se!un"o o seu valor A realiaria u1 lu>ro "e 9g3 + u1 lu>ro "e 2g3 C "e -636g A lei supre1a "o siste1a "a pro"u#o >apitalista3 a i!ual"a"e no "os Bo1ens3 1as "os lu>ros3 seria viola"a "o 1o"o 1ais !rosseiro$ Os >apitais aan"onaria1 as =ári>as "o ra1o C >o1i se =u!isse1 "a peste3 e se pre>ipitaria1 e1 1assa nas e1presas "o ra1o A$ )o ra1o C3 a o=erta "os pro"utos aiaria3 e por >onse!uinte os pre#os ultrapassaria1 o respe>tivo valor3 O inverso se veri=i>aria` no ra1o A$ 0inal1ente3 os pre#os e1 3 e C atin!iria1 u1 nFvel e1 que "aria1 a 1es1a taa "e lu>ro "o >apital 1D"io +$ Essa taa "e lu>ro D a taa 1D"ia que "eter1ina o pre#o "e pro"u#o$ Tere1os3 entoM
E1presa A + C Total
Capital Total =r 299$999 N99$999 699$999 -$999$999
(ais/ alia =r
alor total "o &ro"uto =r
-99$999 -99$999 -99$999 899$999
899$999 99$999 99$999 -$99$999
Taa "e lu>ro 2g 2g 2g 2g
Lu>ro =r 9$999 -99$999 -9$999 899$999
&re#o total "e pro"u#o "o pro"uto anual 29$999 99$999 9$999 -$99$999
:á3 pois3 u1 "esvio entre os pre#os "e pro"u#o "eter1ina"os pelas despesas de produ>ão e os valores "os pro"utos$ Esse "esvio3 >ontu"o3 no eli1ina a lei "o valor$ (o"i=i>a/a3 apenas$ Essa lei per1ane>e >o1o o ele1ento re!ula"or que atua por trás "os pre#os "e pro"u#o e >ontinua asoluta1ente váli"a para o >onunto "as 1er>a"orias e para a 1assa total "e 1ais/valia$ Constitui3 assi13 u1a ase sHli"a tanto para os pre#os >o1o para a taa "e lu>ro3 que se1 isso no se =un"aria e1 na"a$ A e>ono1ia polFti>a "as universi"a"es >onsi"era >o1 "es"D1 a teoria "o valor "e (ar3 re=uta"a Bá 1uito te1po pela I>i@n>iaI$ %sso no i1pe"e3 se1 "vi"a3 que essa 1es1a e>ono1ia polFti>a ul!ue invariavel1ente ne>essário3 to"os os anos3 pro"uir to"a u1a sDrie "e !rossos livros e trata"os para "estruir 1ais u1a ve a teoria Bá 1uito te1po ti"a >o1o =alsa$ O valor "essas oras ne1 se1pre talve3 estará e1 propor#o >o1 o traalBo "espen"i"o na sua >on=e>#o$ (as que po"erá invo>ar essa >i@n>ia para "e=inir a taa "o lu>ro 1D"iob )a"a 1ais que a palavrinBa usual.
NN
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _
>Q A renda di5erencial A "e=ini#o "o lu>ro usual, 3urgu@s, leva/nos a =alar "a ren"a =un"iária$ U1a "as suas ori!ens resi"e na >ir>unstJn>ia "e o >apitalista po"er3 ao la"o "o lu>ro usual e 3urgu@s, realiar ain"a u1 lu>ro etraor"inário$ ,este lu>ro Bá 1uitas espD>ies$ Aqui sH nos interessa o que se rela>iona >o1 a es=era "a pro"u#o$ Ele se veri=i>a quan"o o in"ustrial3 !ra#as a 1eios "e pro"u#o parti>ular1ente vantaosos3 "e que D o ni>o a "ispor3 po"e elaorar 1er>a"orias a>i1a "o nFvel "e pre#o i1posto pelas >on"i#Ges "e pro"u#o >o1uns$ U1 ee1plo nos 1ostrará a naturea "esse lu>ro etraor"inário$ Si1pli=i>are1os as BipHteses3 >o1o no ee1plo pre>e"ente$ SuponBa1os3 por ee1plo3 "uas =ári>as "e >al#a"os nu1a >i"a"e$ U1a3 a >asa (Wller3 pro"u >o1 1áquinas >o1uns3 a outra3 S>Bule3 >onse!uiu 1áquinas e>ep>ional1ente vantaosas$ (W%ler pro"u por ano3 >o1 u1 >apital "e 829$999 =ran>o +3 N9$999 pares` "e sapatos$ A taa "e lu>ro 1D"io D "e 2g$ (Wller D3 pois3 ori!a"o a elevar o pre#o "os N9$999 sapatos3 que lBe >usta1 829$999 =ran>os3 "e 1aneira a realiar u1 lu>ro "e 79$999 =ran>os$ Apenas e1olsan"o esse lu>ro D que ele pro"u se1 per"a3 se!un"o a >on>ep#o >apitalista$ O pre#o "e pro"u#o "os N9$999 pares "e sapatos se eleva3 pois3 para a >asa (%ler3 a N99$999 =ran>os ? rao "e -9 =ran>os o par$ S>Bule3 ao >ontrário3 pro"u3 !ra#as ?s suas e>elentes 1áquinas3 N$999 pares "e sapatos >o1 829$999 =ran>os$ &ara ele3 o pre#o "e pro"u#o para u1 par "e sapatos no se eleva a -9 =ran>os3 1as si1 a 7 =ran>os e 77$ (as ele po"e ven"e/%o ao pre#o "e pro"u#o nor1al3 tal >o1o o seu >on>orrente3 isto D3 a -9 =ran>os o par$ Apura pois3 >o1 os seus sapatos3 N9$999 =ran>os$ AlD1 "e seu !anBo usual "e 79$999 =ran>os3 re>olBe ain"a a ela so1ainBa "e 9$999 =ran>os a tFtulo "e lu>ro etraor"inário$ Transporte1os a!ora este >aso para o "o1Fnio "a a!ri>ultura$ SuponBa1os3 e1 lu!ar "e "uas =ári>as3 "ois terrenos P>a"a u1 "e 29 Be>tares3 por ee1ploQ3 "e =ertili"a"e "esi!ual3 eplora"os por "ois >apitalistas$ U1 pro"u3 >o1 u1a "espesa "e 8$299 =ran>os3 N99 quintais "e tri!o3 e o outro3 >o1 a 1es1a "espesa3 N9 quintais$ O proprietário "o pri1eiro terreno "eve3 pois3 se "esea realiar o lu>ro usual3 au1entar 2 =ran>os no pre#o "e u1 quintal "e tri!o3 que lBe =i>a e1 7 =ran>os3 sen"o "e 2g a taa 1D"ia "e lu>ro$ O pre#o "a pro"u#o será "e -9 =ran>os3 o lu>ro "o a!ri>ultor "e 79 P=ran>os$ O se!un"o a!ri>ultor ven"e ta1D1 o seu tri!o a -9 =ran>os o quintal3 e1olsan"o assi1 N$99 =ran>os3 e realia por >onse!uinte3 alD1 "o lu>ro 1D"io3 u1 lu>ro etraor"inário P"e 99 =ran>os$ Aparente1ente3 esse >aso D i"@nti>o na a!ri>ultura e na in"stria$ :á >ontu"o entre u1a e outra BipHtese3 u1a "i=eren#a essen>ial$ Essa espD>ie "e lu>ro etraor"inário na a!ri>ultura está su1eti"a a leis parti>ulares e >onstitui3 portanto3 u1a >ate!oria espe>ial e1 e>ono1ia polFti>aM a renda territorial ou 5undiária. O solo / in>lusive to"as as =or#as "e pro"u#o $ue se de2em considerar ligadas ao solo P(arQ3 por ee1plo3 a =or#a "as que"as "`á!ua e e1 !eral as á!uas >orrentes / D >o1 e=eito u1 1eio "e pro"u#o "e u1a espD>ie parti>ular$ A sua quanti"a"e no po"e ser au1enta"a aritraria1ente3 a sua quali"a"e no D por to"a a parte a 1es1a$ As quali"a"es parti>ulares "e u1 terreno se li!a1 ao solo e no so trans1issFveis ao talante "os Bo1ens$ As 1áquinas e as =erra1entas so 1ultipli>áveis aritraria1ente3 trans1issFveis3 e po"e1 ser to"as "a 1es1a quali"a"e$ Se3 pois3 u1 >apitalista in"ustrial realia3 1e"iante >on"i#Ges "e pro"u#o e>ep>ional1ente vantaosas3 u1 lu>ro etraor"inário3 ele o "eve a quali"a"es pessoais ou a >ir>unstJn>ias invul!ares3 a u1 a>aso sore1o"o =eli3 a eperi@n>ia3 inteli!@n>ia ou ener!ia espe>iais3 ou a u1 >apital parti>ular1ente eleva"o$ (as o seu lu>ro etraor"inário "espertará lo!o a invea "e outros >apitalistas$ Estes pro>uraro or!aniar eplora#Ges nas 1es1as >on"i#Ges "e pro"u#o$ Ce"o ou tar"e3 as >on"i#Ges "e pro"u#o parti>ular1ente vantaosas sero universal1ente "i=un"i"asM a o=erta no 1er>a"o au1entará3 os pre#os aiaro3 e o lu>ro etraor"inário "o >apitalista que pri1eiro intro"uiu esses aper=ei#oa1entos "esapare>erá$ )a in"stria3 o lu>ro etraor"inário3 que resulta "e >on"i#Ges "e pro"u#o 1ais vantaosas3 sH D =en1eno e>ep>ional e passa!eiro$ Coisa "iversa o>orre na a!ri>ultura$ on"e o lu>ro etraor"inário resulta "a =ertili"a"e "esi!ual "as "i=erentes espD>ies "e terrenos$ Essa "esi!ual"a"e "e>orre "e >on"i#Ges naturais3 e D3 e1 "eter1ina"as >on"i#Ges "e tD>ni>a3 u1a !ran"ea =ia$ (es1o a"1itin"o/se que to"as as outras >on"i#Ges "e pro"u#o sea1 asoluta1ente i"@nti>as para os "iversos a!ri>ultores3 eistirá se1pre a "i=eren#a "a quali"a"e "o solo$ A ren"a territorial no D3 por >onse!uinte3 >o1o o lu>ro etraor"inário na in"stria3 u1
N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ =en1eno passa!eiroM D u1 5enmeno permanente. (as Bá 1ais$ O pre#o "e pro"u#o na in"stria D "eter1ina"o3 >o1o vi1os3 pelo lu>ro usual e pela 1D"ia "as "espesas ne>essárias nas >on"i#Ges "e pro"u#o "a"as3 isto D3 pelo >apital ne>essário ? >ria#o "e u1 arti!o$ A eplora#o e1 que as "espesas "e pro"u#o so in=eriores ? 1D"ia socialmente necessária realia u1 lu>ro etraor"inário$ A eplora#o que3 ao >ontrário3 pro"u a u1 pre#o 1uito eleva"o3 realia u1 lu>ro in=erior ao lu>ro usual3 e po"e 1es1o3 e1 >ertos >asos3 veri=i>ar/se u1 de5icit. %nversa1ente3 na a!ri>ultura3 no so as "espesas "e pro"u#o ne>essárias nu1 terreno 1D"io que "eter1ina1 o pre#o "e >usto$ ultiva u1 in=erior "e super=F>ie 1aior3 no pre>isa1os atriuir essa "i=eren#a3 >o1o á nota1os3 a >ir>unstJn>ias etraor"inárias ou a quali"a"es pessoais "o a!ri>ultor$ %sto a>onte>e porque o terreno 1elBor no asta3 por si sH 3 a pro"uir Os !@neros ne>essários para a susist@n>ia "a popula#o$ (as o >apitalista trata/se aqui apenas "a eplora#o >apitalista "o solo / ei!e "a e1presa a que se "e"i>a3 alD1 "o pre#o "e >usto3 o lu>ro usual$ O terreno in=erior sH será pois eplora"o por >apitalistas se a insu=i>i@n>ia "a o=erta =ier suir os pre#os "os !@neros a tal ponto que 1es1o a >ultura "esse terreno in=erior ren"a astante$ %sso quer "ier que na a!ri>ultura no so as "espesas "e pro"u#o3 ne>essárias para u1 terreno 1D"io3 1as as ne>essárias para o terreno pior, que "eter1ina1 o pre#o "e pro"u#o$ ,essas "uas "i=eren#as entre a ren"a territorial e o lu>ro in"ustrial resulta u1a ter>eira$ A popula#o >res>e soretu"o on"e a in"stria se "esenvolve3 e >o1 ela au1enta a pro>ura "e !@neros ali1entF>ios$ %1pGe/se o >ultivo "e novas terras$ (as por isso 1es1o as "i=eren#as "e =ertili"a"e entre as "iversas onas >ultiva"as au1enta1 no >urso "a evolu#o e>on1i>a3 e por conseguinte aumenta a renda 5undiária. . SH pre>isa1os "esenvolver o ee1plo a>i1a para 1ostra/%a >o1 >larea$ &ara ter1os u1a viso "e >onunto3 epore1os os resulta"os so a =or1a "e qua"ros$ A"1iti1os que a >ultura se esten"eu "o terreno in=erior "e que =ala1os no pri1eiro ee1plo3 e que pro"u3 >o1 u1a "espesa "e >apital "e 8$299 =ran>os3 N99 quintais "e tri!o3 a u1 terreno ain"a pior3 que3 >o1 a 1es1a "espesa "e >apital e e1 área i"@nti>a3 no "a^ 1ais "o que 829 quintais$ ular pro"u#o !eral
)aturea "o Terreno
Tri!o pro"ui"o PquintaisQ
A +
N9 N99
A"ianta/ 1ento "e >apital P=ran>osQ 8$299 8$299
Total P=ran>os Q
&or quintal P=ran>o sQ
Ren"a territorial P=ran>osQ
Taa "e lu>ro
Total P=ran>osQ
&or quintal P=ran>osQ
2g 2g
N$999 N$999
7377 -9399
N$99 N$999
-9 -9
99 9
7377 -9399 -239
$69 $999 N$999
-239 -239 -239
-$69 -$999 9
N9 N99 829
8$299 8$299 8$299
2g 2g 2g
N$999 N$999 N$999
@/se que3 e1 virtu"e "o "esenvolvi1ento "a pro"u#o3 "a etenso "a >ultura a u1 terreno pior3 que a ren"a =un"iária "o terreno A se elevou "e 99 =ran>os a -$69 =ran>os O terreno +3 que no possuFa antes ren"a =un"iária3 te1 atual 1ente u1a "e -$999 =ran>os$ A taa "e lu>ro apresenta u1a ten"@n>ia a 3ai;ar no >urso "a evolu#o >apitalista$ )o po"e1os "esenvolver aqui as >ausas "esse =en1eno$ Ele D in>ontestável$ Ao >ontrário3 a ren"a =un"iária apresenta u1a ten"@n>ia a su3ir. %sto no quer "ier >ontu"o3 que a ren"a =un"iária "e u1 terreno "eter1ina"o >res#a ori!atoria1ente se1pre$ )u1 paFs "e lavoura anti!a3 a epanso "o >ultivo "o solo irá se1 "vi"a3 !eral1ente3 "o terreno o1 ao terreno pior$ )u1 paFs novo3 D =reqWente1ente o inverso que se veri=i>a$ %sto porque no D o 1elBor terreno o que se lavra pri1eiro3 1as o 1ais a>essFvel$
N6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ A"1iti1os que$ e1 virtu"e "o "esenvolvi1ento "a a!ri>ultura3 sea "esrava"o o terreno 1elBor lo!o "epois "o pior$ Tere1os ento3 por ee1plo3 o qua"ro se!uinteM
)aturea "o terreno
X A +
Tri!o pro"ui"o PquintaisQ
99 N9 N99
&re#o "e pro"u#o parti>ular
A"ianta 1ento "e Capital P=ran>osQ
Taa "e lu>ro
8$299 8$299 8$299
2g 2g 2g
Total P=ran>osQ N$999 N$999 N$999
&or quintal P=ran>osQ 7$99 7377 -9$99
&re#o "e pro"u#o !eral
Total P=ran>os $999 N$99 N$999
&or quintal P=ran>osQ -9 -9 -9
Ren"a territorial P=ran>osQ
-$999 99 9
)esse >aso3 no Bouve au1ento "a ren"a =un"iária "o terreno A$ (as o terreno X3 que antes no "ava ren"a =un"iária3 apresenta a!ora u1a "e -$999 =ran>os$ A massa "a ren"a =un"iária que =i>a >o1 o proprietário "o solo D 1elBor e1 valor asoluto3 e ta1D1 e1 rela#o ao >apital total a"ianta"o3 que a estaele>i"a no qua"ro %$ &o"e/se 1es1o3 e1 >ertas >ir>unstJn>ias$ lavrar u1a tal quanti"a"e e u1a tal quali"a"e "e terreno que os pre#os "os !@neros aia1$ Ento3 a eplora#o "o terreno rui13 >ultiva"o atD esse 1o1ento no "á 1ais ren"a3 i1pon"o/se o seu aan"ono$ )esse >aso3 a ren"a =un"iária "e "eter1ina"os terrenos 3ai;a. Contu"o$ 1es1o nessa BipHtese3 a 1assa total "a ren"a =un"iária po"e tornar/se maior e1 valor asoluto e e1 rela#o ? 1assa total "o >apital apli>a"o na a!ri>ultura$ o que 1ostra o qua"ro se!uinteM ular !eral )aturea Tri!o Arren"a1e Taa "e Total &or quintal Total &or quintal Ren"a "o terreno pro"ui"o nto "e lu>ro P=ran>osQ P=ran>osQ P=ran>osQ P=ran>osQ territorial PquintaisQ >apital P=ran>os Y 699 8$299 2 g N$999 6399 $827 7377 -$827 X 99 8$299 2g N$999 7399 N$NN9 7377 NN9 A N9 8$299 2g N$999 7377 N$999 7377 9 O pre#o "e pro"u#o aiou3 o terreno + "eiou "e ser >ultiva"o$ O terreno A "eiou "e "ar ren"a3 a ren"a =un"iária "o terreno X >aiu "e -$999 =ran>os a NN9 =ran>os$ Contu"o3 a 1assa total` "a ren"a =un"iária elevou/se "e -$99 =ran>os Pqua"ro l%%Q a -$67 =ran>os Pqua"ro %Q$ O ee1plo e1 na"a se 1o"i=i>aria se3 e1 lu!ar "e !leas isola"as se tratasse "e to"as as espD>ies "e terrenos "e u1 paFs ou 1es1o "a eplora#o "o 1un"o inteiro$ A "i=eren#a ni>a >onsistiria e1 que3 ao invDs "e >entenas e "e 1ilBares3 terFa1os ento >entenas "e mil/?es e 3il/?es. )o so apenas as "i=eren#as "e 5ertilidade "os terrenos que >onstitue1 a ren"a =un"iária3 1as ain"a as di5eren>as de situa>ão, a distRncia do mercado. entro au1enta e =a au1entar3 "o 1es1o passo3 a pro>ura "e !@neros no 1er>a"o3 tanto 1aiores sero as "istJn>ias e1 que estes po"ero ser en>ontra"os$ (as os terrenos 1ais "istantes sH so lavra"os para o 1er>a"o no 1o1ento e1 que os pre#os "os !@neros soe1 a tal ponto que >ore13 alD1 "as "espesas "e pro"u#o3 as "espesas "e transporte3 "an"o o lu>ro 1D"io "o >apital$ ,isso resulta u1a ren"a =un"iária para os terrenos 1ais prHi1os "o 1er>a"o$ SuponBa1os tr@s terrenos3 a "istJn>ias "iversas "o 1er>a"o$ A"1ita1os3 para si1pli=i>ar3 que
N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ so "e =ertili"a"e i!ual$ As "espesas "e transporte se elevaro para o pro"uto "o tri!o3 por ee1plo3 a u1 >entavo por quintal e por quil1etro$ Tere1os entoM &re#o "e &re#o pro"u#o no ,espesas Tri!o &arti>ular Ren"a ,istJn>ia "o 1er>a"o "e pro"ui"o no lo>al "e Territorial Terreno 1er>a"o "e N99 transporte pro"u#o Pquil1etrosQ quintais PquintaisQ P=ran>osQ P=ran>osQ "e tri!o P=ran>osQ P=ran>osQ A + C
9 -99
N99 N99 N99
N$999 N$999 N$999
29 299 N99
N$N99 N$N99 N$N99
879 29 9
Esta espD>ie "e ren"a territorial3 por sua ve3 te1 u1a ten"@n>ia a >res>er propor>ional1ente ao au1ento "a popula#o$ (as o aper=ei#oa1ento dos 1eios "e >o1uni>a#o3 que "i1inue1 as "espesas "e transporte "os !@neros3 a!e e1 senti"o inverso$ En=i13 Bá ain"a u1a ter>eira espD>ie possFvel "e ren"a territorial$ a que a"quire 1aior i1portJn>ia nos paFses "e lavoura anti!a$ &o"e/se au1entar a pro"u#o "e !@neros no apenas >o1 o "esrava1ento "e u1 terreno ain"a no >ultiva"o3 1as ain"a >o1 1elBora1entos no solo á su1eti"o a trato3 nele se apli>an"o 1ais traalBo3 e1 su1a3 inverten"o/se u1 >apital 1aior P"espesas >o1 salários3 >o1 o !a"o3 >o1 ester>os3 instru1entos3 et>$Q$ Se o >apital a"i>ional3 e1pre!a"o nu1 terreno 1elBor3 >on>retia u1 proveito 1aior que o realia"o >o1 o >ultivo "o terreno pior3 que se1 isso serFa1os ori!a"os a lavrar3 esse !anBo a"i>ional >onstitui u1 lu>ro etraor"inário3 u1a nova ren"a =un"iária$ &ara 1ostrá/lo >o1 u1 ee1plo3 reto1are1os o qua"ro %$ Te1os ali "uas !leas "o 1es1o ta1anBo3 A e +$ A"1ita1os que + =a#a parte "o terreno pior e que o seu pre#o "e pro"u#o P-9 =ran>os por quintal "e tri!oQ sea o pre#o >orrente no 1er>a"o$ SuponBa1os3 pois3 que se realie no terreno A u1a nova apli>a#o "e =un"os3 que se "ore3 por ee1plo3 o >apital pri1itivo3 e que a nova inverso no sea to pro"utiva >o1o a pri1eira3 1as o sea 1ais que a inverso =eita no terreno pior$ Tere1os entoM a"o
Apli>a#o "e >apital
Tri!o &ro"ui"o PquintaisQ
(ontante "o Capital P=ran>osQ
A A2 >onunto +
N9 N29 79 N99
8$299 8$299 6$N99 8$299
Taa "e lu>ro
2g 2g 2g 2g
,espesas "e &ro"u#o P=ran>osQ
N$999 N$999 7$999 N$999
&or quintal P=ran>osQ
-9 -9 -9 -9
,o pro"uto Total P=ran>osQ
N$99 N$299 7$99 N$999
Ren"a territorial P=ran>osQ
99 299 99 9
O valor total "a ren"a territorial "e A3 portanto3 =oi au1enta"a pela inverso a"i>ional "e A2$ ies "e ren"a territorial que ea1ina1os3 Bá entre elas u1 caráter >o1u1M "eriva1 to"as "as di5eren>as "e =ertili"a"e ou "e situa#o "os terrenos parti>ulares$ So rendas di5erenciais. (as a que1 ene=i>ia1b
N7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Os lu>ros etraor"inários "a in"stria3 que resulta1 "o =ato "e o traalBo pro"uir 1ais "o que o lu>ro 1D"io3 =i>a1 >o1 o >apitalista$ %sto a>onte>e 1es1o que no tenBa inventa"o a 1áquina 1elBor3 que apenas se Baa assenBorea"o "a "es>oerta que lBe "á vanta!e1 sore os seus >on>orrentes3 e 1es1o que o ren"i1ento 1aior "o traalBo3 oriun"o "a apli>a#o "e >apital 1ais >onsi"erável3 por >onse!uinte "e ativi"a"e nu1a es>ala 1ais a1pla3 no sea "evi"o ao seu 1Drito$ Ele no D =avore>i"o por lu>ro etraor"inário proveniente "a =ertili"a"e 1aior ou "a situa#o 1ais vantaosa "e "eter1ina"o terreno$ Se D3 ao 1es1o te1po3 proprietário =un"iário e a!ri>ultor3 ento3 D >erto3 e1olsa ta1D1 o lu>ro etraor"inário$ Coisa "iversa a>onte>e quan"o o a!ri>ultor >apitalista e o proprietário =un"iário so "uas pessoas "i=erentes3 quan"o o pri1eiro apenas alu!a o terreno "e outre1$ O solo no D 1ultipli>ável3 ne1 trans1issFvel ao talante "os Bo1ens$ O a!ri>ultor que no D proprietário =un"iário no po"e >ultivar se1 per1isso "a pessoa que o D$ &ara oter tal per1isso3 te1 "e >e"er/lBe seu lu>ro etraor"inário3 a sua ren"a territorial$ Contu"o3 O proprietário territorial sH oterá !eral1ente "o arren"atário Pao 1enos quan"o este >ultiva se!un"o as lei "a eplora#o >apitalista3 o que a"1iti1os aqui por BipHteseQ apenas esse lu>ro etraor"inário$ Se o >apitalista no en>ontra 1eios "e >onse!uir o seu lu>ro usual3 ele renun>iara ao ne!o>io e "ono "a terra =i>ara se1 arren"atário$ Se3 ao >ontrário3 alu!uel D in=erior a ren"a territorial3 u1a parte "o lu>ro etraor"inário realia"o ira para as 1os "o arren"atário realian"o u1 lu>ro superior ao lu>ro 1D"io$ A >on>orr@n>ia será assi1 atraF"a para esse la"o3 e ela =ará suir o arren"a1ento$
dN A renda territorial a3soluta (as o 1onopHlio "o proprietário territorial3 se1 a per1isso "o qual to"a$ >ultura D proii"a3 se =a ain"a sentir "e outra 1aneira$ A"1iti1os atD aqui que o terreno pior no "á lu>ro etraor"inário$ (as se os pre#os >o1er>iais "os arti!os >ria"o pela pro"u#o >apitalista =osse1 "eter1ina"os "ireta1ente3 pelos seus valores3 e no pelo seu pre#o "e pro"u#o3 1es1o o terreno pior po"eria "ar u1 lu>ro etraor"inário ? eplora#o "o1inante$ &ara "e1onstrá_lo3 repro"uire1os o qua"ro "a pá!ina 653 on"e puse1os e1 evi"@n>ia a rela#o entre a 1ais/valia e >apital total "e tr@s e1presas "i=erentes$ Te1os as tr@s e1presas A3 +3 e C3 on"e a >o1posi#o "o >apital D Ior!Jni>a1ente "i=erenteI >o1o "i (ar3 que por tal >oisa enten"e a I>o1posi#o "o >apital na 1e"i"a e1 que D "eter1ina"o pela sua >o1posi#o3 tD>ni>a e na 1e"i"a e1 que re=leteI PKapital3 %%%3 -$ &á!$ -2NQ$ o D o >apital >onstante relativa1ente ao >apital variável e1pre!a"o3 tanto 1ais aia D a >o1posi#o "o >apital$ A eplora#o "os traalBa"ores3 por >onse!uinte3 a taa "a 1ais/valia3 D a 1es1a nos tr@s >asos$ CA&%TAL E1presa
ariável P=ran>osQ
Constante P=ran>osQ
Total P=ran>osQ
(ais/ valia P=ran>osQ
A + C
-99$999 -99$999 -99$999
-99$999 899$999 99$999
299$999 N99$999 699$999
-99$999 -99$999 -99$999
Rela#o entre a 1ais/valia e o Capital total -h2 -hN -h6
Se as 1er>a"orias =osse1 ven"i"as pelo seu valor se por >onse!uinte a 1assa "a 1ais_valia e1 >a"a >aso parti>ular =osse i!ual a "o lu>ro3 A realiaria u1 lu>ro etraor"inário alD1 "o lu>ro 1D"io3 se a"1itir1os que + represente a >o1posi#o 1e"ia "o >apital$ O lu>ro "e A D "e 9g3 o "e +3 "e MK].. Assi13 pois3 o lu>ro etraor"inário "e A D "e 2g$ Se A pro"u nas >on"i#Ges "a livre >on>orr@n>ia3 esse lu>ro etraor"inário no po"e "urar3 será &assa!eiro$ A BipHtese >ontrária se veri=i>ará se A tiver u1a situa#o e>ep>ional que lBe per1ita e>luir3 atD u1 >erto ponto3 a >on>orr@n>ia$ o >aso "a proprie"a"e territorial$ Ela >onstitui u1 1onopHlio e1 to"os os velBos paFses3 e po"e "eiar o seu solo se1 >ultivo se
N5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ este no "er nenBu1a ren"a$ On"e to"os a1a13 Carlos no po"e o"iar^ on"e >a"a proprietário =un"iário e1olsa a sua ren"a3 o "ono "o pior terreno3 terreno que no propor>iona nenBu1a ren"a "i=eren>ial3 reivin"i>a ta1D1 o seu quinBo$ Ele sH or"ena o aproveita1ento "o seu solo no 1o1ento e1 que os pre#os "os !@neros ultrapasse1 o seu pre#o "e pro"u#o "e 1aneira que lBe asse!ure13 i!ual1ente3 u1 lu>ro etraor"inário$ Ora3 esse lu>ro etraor"inário po"e eistir3 se1 que o pre#o "e pro"u#o "os >ereais supere o seu valor$ &orque a a!ri>ultura perten>e a esses ra1os "e eplora#o e1 que3 ao 1enos atD >erto ponto "a evolu#o tD>ni>a3 a >o1posi#o "o >apital D aia3 e1 que ela no apli>a3 por assi1 "ier3 matria 3ruta pro"uin"o ela 1es1a o que e1pre!a$ Ro"ertus teve o 1Drito "e Baver3 e1 pri1eiro lu!ar3 posto e1 evi"@n>ia o lu>ro etraor"inário que "aF resulta para a a!ri>ultura e que >onstitui u1a =onte "e ren"a territorial$ En!anou/se3 >ontu"o3 quan"o a>Bava que a aia >o1posi#o "o >apital3 na eplora#o a!rF>ola3 =un"a/se3 e1 quaisquer >ir>unstJn>ias3 na naturea "as >oisas$ ver"a"e que ela e1pre!a 1uito 1enos 1atDria ruta que outros ra1os "a in"stria >apitalista$ Entretanto3 as "espesas >o1 1áquinas e >onstru#Ges / >eleiros3 estáulos3 i>as "`á!ua3 et>$ / au1enta1 >a"a ve 1ais >o1 os pro!ressos "a tD>ni>a$ 1uito "uvi"oso que3 na >ultura intensiva "e Boe3 a >o1posi#o or!Jni>a "o >apital =ique aaio "a 1D"ia$ (as no >ál>ulo "o lu>ro3 D pre>iso levar$ se e1 >onsi"era#o3 i!ual1ente3 o perFo"o "a >ir>ula#o "o >apital$ )Hs "ele =ie1os astra#o3 atD aqui para no >o1pli>ar1os inutil1ente as nossas epli>a#Ges$ )o po"e1os$ porD13 "esprear a!ora esse ponto$ O >apitalista >al>ula a taa "e lu>ro se!un"o a rela#o que eiste entre o lu>ro total que realia nu1 te1po "eter1ina"o Pu1 anoQ e o >apital total inverti"o$ (as quanto 1ais lon!o D o perFo"o "e >ir>ula#o "o >apital3 tanto 1aior "eve ser o >apital total3 u1a ve que se >onserve1 inaltera"as a >o1posi#o or!Jni>a e as propor#Ges "a eplora#o$ Ora3 na a!ri>ultura3 o perFo"o "e >ir>ula#o "o >apital D parti>ular1ente lon!o$ U1 perFo"o 1ais etenso que o perFo"o 1D"io po"e 1uito e1 supri1ir u1 lu>ro etraor"inário3 proveniente "e outra =onte qualquer$ SuponBa1os que nas tr@s e1presas A3 + C3 "e nosso qua"ro a>i1a3 os perFo"os "e >ir>ula#o "o >apital sea1 "i=erentes$ A pri1eira "eve e1pre!ar 299$999 =ran>os3 a se!un"a3 N99$999 =ran>os3 a ter>eira3 699$999 =ran>os3 a =i1 "e realiare1 u1a 1ais/valia "e -993999 =ran>os$ O perFo"o "e >ir>ula#o "o >apital D3 na pri1eira e1presa3 "e u1 ano PastraF1os aqui a "i=eren#a entre o >apital =io e o >apital 1Hvel na se!un"a3 "e seis 1eses^ na ter>eira3 "e tr@s 1eses$ )esse >aso3 A D ori!a"o a apli>ar 299$999 =ran>os "e u1a ve para u1 >apital anual "e 299$999 =ran>os$ +3 para u1 >apital "e N99$999 =ran>os3 sH te1 ne>essi"a"e "e inverter 299$999 =ran>os$ 0inal1ente3 u1 >apital "e -9$999 =ran>os asta a C para =aer =a>e a u1a "espesa anual "e 699$999 =ran>os$ Tere1os entoM E1presa
Capital total P=ran>osQ
(ais/valia P=ran>osQ
A + C
299$999 299$999 -9$999
-99$999 -99$999 -99$999
Rela#o entre a 1ais/valia e o >apital total 9g 9g 6636g
A >ir>ula#o 1ais rápi"a >o1pensou "e sora a per"a eperi1enta"a por C no pri1eiro qua"ro3 por >ausa "a >o1posi#o eleva"a "o seu >apital$ Ro"ertus en!anava/se3 pois ao a"1itir que "a aia >o1posi#o "o >apital a!rF>ola resultava =atal1ente u1 lu>ro etraor"inário3 "a"o que os pro"utos "a lavoura =osse1 ven"i"os pelo seu valor$ E1 pri1eiro lu!ar3 a >o1posi#o "esse >apital no D ne>essaria1ente aia$ E1 se!un"o lu!ar3 os seus e=eitos po"e1 ser >o1pensa"os "e sora pelos lon!os perFo"os "e >ir>ula#o "o >apital na a!ri>ultura$ (as se Ro"ertus =oi 1uito lon!e3 ao "esear provar que "a aia >o1posi#o "o >apital e1pre!a"o na a!ri>ultura3 d, 2eria 5or>osamente resultar u1a =or1a espe>ial "e ren"a =un"iária3 =orne>eu ao 1enos pre>iosas in"i>a#Ges sore a 1aneira pela qual ela po"e >onstituir/se$ A (ar estava reserva"o estu"o "as leis "essa ren"a parti>ular3 que "eno1inou renda territorial a3soluta. Co1o to"o pre#o "e 1onopHlio3 o pre#o "os !@neros3 "$ ter1ina"o pelo privilD!io "a proprie"a"e territorial3 po"e elevar/se a>i1a "o valor "esses !@neros$ A propor#o "e tal au1ento sH "epen"e "o >a1po "e a#o e1 que as leis "a >on>orr@n>ia >ontinua1 a 1ani=estar/se3 "entro "os li1ites "3 1onopHlio$ As >ausas "eter1inantes3 no >aso3 so a >on>orr@n>ia "os proprietários =un"iários entre si3 a
9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >on>orr@n>ia " eterior3 o e>e"ente "e >apital que a=lui3 so3 a in=lu@n>ia "a alta "os pre#os3 para o solo 1elBor3 e lBe a1plia a pro"u#o3 en=i1 / e trata/se "o =ator 1ais i1portante / o po"e "e >o1pra "a popula#o$ ir>ulo "os >onsu1i"ores3 tanto 1ais >res>e o n1ero "os que no po"e1 al>an#ar tais pre#os e se v@e1 ori!a"os a li1ita#Ges$ ,isso resulta =atal1ente que a pro>ura "e su>e"Jneos au1enta e ten"e a sus>itar a sua pro"u#o$ Se3 por tais 1eios3 a 1assa "a popula#o ain"a no D aaste>i"a "e !@neros e1 quanti"a"e su=i>iente3 se!uir/se/á por =i1 u1 au1ento "a e1i!ra#o e "a 1ortali"a"e3 isto D3 u1a "i1inui#o "o n1ero "e Baitantes$ Os senBores proprietários territoriais no po"e13 pois3 =iar aritraria1ente o 1ontante "a ren"a =un"iária asoluta$ ,ela retira13 porD13 o 1ái1o possFvel$ U1a ve que o pior terreno Baa "a"o u1a ren"a territorial asoluta3 qualquer outro terreno ta1D13 ne>essaria1ente3 "ará a sua$ o que 1ostra u1 >ál>ulo si1ples$ Le1re1o/nos "o qua"ro %%$ Se!un"o ele3 o terreno pior C no pro"uia nenBu1a ren"a =un"iária3 estan"o o pre#o "o tri!o a -2 =ran>os e 9 o quintal$ ea1os a!ora >o1o =i>aria esse qua"ro3 se retirasse o terreno C "a >ultura3 atD que o pre#o "o tri!o Bouvesse ultrapassa"o "e 1uito os -2 =ran>os e 9$ A"1ita1os que este sea su=i>iente1ente alto para que o "esenvolvi1ento "o terreno C e o au1ento "a o=erta3 no 1er>a"o3 "aF resultante3 no o =a#a1 "es>er aaio "e - =ran>os$ TerFa1os entoM
&re#o "a pro"u#o por quintal &ro"uto "e tri!o PquintaisQ
%n"ivi"ual P=ran>osQ
A +
N9 N99
7377 -9399
-239 -239
C
829
-239
-239
)aturea "o terreno
'eral P=ran>osQ
&re#o no 1er>a"o por quintal P=ran>osQ - - -
Ren"a "i=eren>ial P=ran>osQ
Ren"a asoluta P=ran>osQ
Ren"a Total P=ran>osQ
-$69 -$999
-$-2 -$999
2$9 2$999
/
799
799
O proprietário ou proprietários "o terreno C >onse!uira13 pelo seu >ristianis1o práti>o3 que =e suir o pre#o "o tri!o3 no apenas u1a ren"a para si 1es1os3 1as ain"a quase "orar a "e seus >ole!as$ O 1eio e1pre!a"o para >Be!ar/se a este resulta"o =oi o "e to"os os >artDisM li1itar/se a pro"u#o para se elevare1 os pre#os$ :á u1a "i=eren#a entre o >artel in"ustrial e o >artel a!rF>ola$ 'ra#as ao seu 1onopHlio natural3 os senBores proprietários =un"iários po"e1 elevar os pre#os 1ais =a>il1ente que seus >ole!as "a in"stria e "o >o1Dr>io3 os quais pre>isa1 >riar antes u1 1onopHlio arti=i>ial$ %sto no i1pe"e3 natural1ente3 que esses 1es1os proprietários territoriais se in"i!ne13 1ais "o que nin!uD13 >ontra os a#a1ar>a"ores e os sin"i>atos "e ne!o>iantes "e tri!o$ So estes pre>isa1ente que i1pe"e1 os ne!H>ios a ter1o3 >o1Dr>io 0udeu que "i=i>ulta3 ao que pare>e3 a alta "o pre#o "o po$ &ara al!uD1 e1olsar u1a ren"a territorial asta/lBe o tFtulo "e proprietário =un"iário$ are>e 1eer o "e"o para ter o ene=F>io "a ren"a te territorial$ &ara realiaM o lu>ro que os traalBa"ores lBe propor>ionara13 o >apitalista3 1es1o no >aso "e no >olaorar ativa1ente na pro"u#o3 D ori!a"o ao 1enos a intervir na es=era "a >ir>ula#o "as 1er>a"orias3 na >o1pra e na ven"a$ A isso =oi ori!a"o3 ao 1enos3 atD o "ia e1 que as so>ie"a"es por a#o o tornara1 ta1D1 intil nessa es=era 1ostran"o P po"eria1 "ispensá/%a$ O proprietário territorial sH pre>isa a sua posse =un"iária para re>eer as suas ren"as e 1uito =reqWente1ente v@/%as au1entar$ Ur!e no >on=un"ir1os a ren"a territorial >apitalista >o1 os =oros que os >a1poneses outrora era1 ori!a"os a pa!ar ao$ senBor3 na era "o =eu"alis1o$ A esses =oros >orrespon"ia1 pri1itiva1ente3 e >orrespon"era1 1ais ou 1enos "urante to"a a %"a"e (D"ia3 =un#Ges i1portantes que o senBor tinBa "e >u1prir$ ,epois3 o Esta"o se en>arre!ou "essas =un#Ges3 e passou a per>eer e1 tro>a as >ontriui#Ges >a1ponesas$ 9 proprietário territorial tinBa "e "istriuir a usti#a3 "e realiar o poli>ia1ento3 "e "e=en"er os interesses "e seus vassalos no eterior3 "e prote!@/los a 1o ar1a"a3 "e asse!urar o servi#o "e !uerra$ )o se >o!ita "e na"a "isso na so>ie"a"e >apitalista$ )a 1e"i"a e1 que a ren"a territorial D ren"a "i=eren>ial e resulta "a >on>orr@n>ia^ na 1e"i"a e1 que D ren"a asoluta ela resulta e1 1onopHlio$ Se =i>a >o1 o proprietário =un"iário no i1pli>a3 tanto nu1 >aso quanto no outro3 e1 quais quaisquer =un#Ges so>iais$ Ela "e>orre e>lusiva1ente "a proprie"a"e in"ivi"ual "o solo$
-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ )a práti>a3 no se "istin!ue1 as "uas parte "a ren"a territorial$ )o se po"e "eter1inar qual D a propor#o "a ren"a "i=eren>ial e qual a "a ren"a asoluta$ Or"inaria1ente a essas "uas partes "a ren"a =un"iária ain"a se 1istura o uro "o >apital a"ianta"o pelo proprietário territorial3 para "espesa espe>iais$ ultor ren"a territorial apare>e >o1o u1a parte "o lu>ro "a eplora#o a!rF>ola$ ConvD13 >ontu"o3 que se "istin!a e1 ess@n>ia as "uas espD>ies "a ren"a$ A ren"a "i=eren>ial resulta "o >aráter >apitalista "a pro"u#o3 e no "a proprie"a"e priva"a "o solo$ Ela susistiria se o solo =osse na>ionalia"o3 >o1o o "esea1 al!uns parti"ários "a re=or1a a!rária3 so a >on"i#o "e >onservar/se a =or1a >apitalista "a eplora#o a!rF>ola$ Ela apenas no reverteria 1ais e1 ene=F>io "e parti>ulares3 1as "a >oletivi"a"e$ A ren"a territorial asoluta resulta "a posse priva"a "o solo e "a eplora#o eistente entre o interesse "o proprietário =un"iário e o interesse "a >oletivi"a"e$ A na>ionalia#o "o solo supri1i _la_%a3 re"uin"o o pre#o "os pro"utos a!rF>olas$ Co1 e=eito / e D esta a se!un"a "istin#o entre a ren"a "i=eren>ial e a ren"a asoluta / a pri1eira no >onstitui u1 =ator que "eter1ine os pre#os "os pro"utos a!rF>olas3 >o1o a lti1a$ A pri1eira resulta "os pre#os "e pro"u#o$ A lti1a provD1 "o "esvio entre os pre#os "o 1er>a"o e os pre#os "e pro"u#o$ A pri1eira D >onstituF"a pelo e>e"ente3 pelo lu>ro etraor"inário que o traalBo nu1 solo 1elBor3 ou "e situa#o 1ais =avorável3 propor>iona$ A lti1a3 pelo >ontrário3 no resulta "e 1ais/valia realia"a por >ertos servi#os a!rF>olas$ Ela sH D possFvel3 pois3 1e"iante u1 desconto =eito pelo proprietário territorial sore os valores eistentes3 u1 "es>onto sore a 1assa "a 1ais/valia3 u1a "i1inui#o3 portanto3 "o lucro, ou u1 "es>onto sore o salário$ Se os pre#os "os !@neros e os salários au1enta1 ao 1es1o te1po3 o lu>ro "o >apital "i1inui$ Se os pre#o3s "os !@neros au1enta13 se1 que se veri=ique u1a alta propor>ional "e salários3 as vFti1as sero os operários$ &o"e en=i1 a>onte>er3 e D !eral1ente o que se veri=i>a3 que os operários e os >apitalistas "ivi"a1 entre si a per"a que a ren"a territorial asoluta lBes in=lia$ :á =eli1ente li1ites ? alta "a ren"a territorial asoluta [á =ie1os aluso ao =ato "e os proprietários territoriais no po"ere1 =iar ? vonta"e o seu 1ontante$ AtD estes lti1os te1pos3 D >erto3 ela >res>ia >onstante1ente na Europa3 assi1 >o1o a ren"a "i=eren>ial3 !ra#as ao au1ento "a popula#o3 que a>entuava >a"a ve 1ais o >aráter "e 1onopHlio que a proprie"a"e territorial possui$ (as a >on>orr@n>ia "e alD1/1ar atenuou astante esse privilD!io$ )o te1os nenBu1 1otivo para a"1itir que a ren"a "i=eren>ial Baa so=ri"o na Europa a >on>orr@n>ia ultra1arina3 e>eto e1 al!uns "istritos "a %n!laterra$ ,e resto3 no vi1os e1 parte al!u1a que se tenBa "eia"o "e >ultivar o solo$ ContFnua/se a eplorar3 1es1o3 a terra 1ais in!rata$ ontrário3 aiou3 e isto soretu"o e1 proveito "as >lasses operárias$ Se as suas >on"i#Ges "e eist@n>ia 1elBorara1 1uito "epois "e -793 soretu"o na %n!laterra3 isto =oi "evi"o se!ura1ente3 e1 !ran"e parte3 ? aia "a ren"a asoluta$ &arte se po"e atriuir ta1D13 ? =or#a se1pre >res>ente "o proletaria"o3 tanto no "o1Fnio polFti>o >o1o no "o1Fnio e>on1i>o3 "e 1aneira a i1pe"ir que a >lasse >apitalista se ene=i>iasse >o1 to"as as vanta!ens "a situa#o$ (as3 ao la"o "essas vanta!ens3 Bouve ta1D1 in>onvenientes$ A aia "a ren"a territorial "eter1inou u1a >rise na a!ri>ultura3 >rise que no D passa!eira >o1o as >o1er>iais e in"ustriais3 1as >rni>a3 soretu"o nas re!iGes on"e / >o1o a>onte>e na 1aioria "os paFses / o proprietário =un"iário e o a!ri>ultor so u1a 1es1a e ni>a pessoa$ Ento3 to"o preuFo eperi1enta"o pelo proprietário territorial re>ai sore a a!ri>ultura$ O 1es1o o>orre on"e as ren"as =un"iárias se vin>ula1 ao pre>o do solo. A proprie"a"e priva"a "o solo3 que3 antes "e 1ani=estar/se "e >on>orr@n>ia ultra1arina3 era u1a "as prin>ipais =ontes "e 1isDria para as >lasses traalBa"oras3 e1 virtu"e "a alta ren"a =un"iária3 tornou/ se3 por e=eito "essa >on>orr@n>ia3 u1a =onte "e 1isDria para os proprietários territoriais e os a!ri>ultores$ To"a tentativa para sanar/se o 1al3 "e U1 %a o a!rava "e outro$ cN O pre>o do solo So o re!i1e "a proprie"a"e priva"a "o solo e "a pro"u#o "e 1er>a"orias na a!ri>ultura3 torna1/se 1er>a"orias prHprias par>elas "e terra$ apital3 =oi/se leva"o a >onsi"erar o solo3 ta1D1 >o1o u1 >apital$ Ele no D$ &or 1ais que Se lBe "@ >or nua1ente o no1e "e >apital3 >o1 isso no se enrique>e "e u1 tosto o proprietário territorial$ Se1 "vi"a3 a sua terra tornou u1a 1er>a"oria3 que possui u1 pre#o e u1 valor >o1er>ial "eter1ina"os3 (as esse valor
2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ oe"e>e a leis "iversas "as que re!ula1 o valor >o1er>ial >o1u1$ O solo no >onstitui u1a elaora#o "o traalBo Bu1anoM o seu pre#o no D portanto3 "eter1ina"o pelo traalBo ne>essário ? sua pro"u#o$ (uito 1enos pelas "espesas "e pro"u#o$ Ele D "eter1ina pela renda territorial. )a so>ie"a"e >apitalista3 o valor u1a par>ela "e >Bo ou "e u1 e1 se asse1elBa ao valor u1 >apital >uo ren"i1ento =osse i!ual ao 1ontante "a ren"a =un"iária "o solo e1 apre#o$ O valor "esse >apital D o vai >o1er>ial "a terra$ Este D3 pois3 "eter1ina"o "e u1 la"o pelo 1ontante "a ren"a =un"iária "e outro pela taa usual "e uro O uro "o >apital D a parte "e lu>ro que u1 e1presário >e"e a u1 proprietário >apitalista3 para que este ponBa o "inBeiro ? sua "isposi#o$ &or outras palavras3 D a parte "o lu>ro que o >apitalista po"e realiar3 si1ples1ente e1 virtu"e "o seu "ireito "e proprie"a"e3 se1 intervir pessoal e ativa1ente3 na quali"a"e "e e1presário3 no >o1Dr>io ou na in"stria$ o que a>onte>e no so1ente quan"o o >apital >olo>a"o so a =or1a "e e1prDsti1o3 1as ain"a quan"o D representa"o por a#Ges3 )o tratare1os aqui "as 1o"ali"a"es pri1itivas "o e1prDsti1o3 ne1 "e seu papel =ora "e es=era "a pro"u#o$ ,a 1es1a =or1a que as taas "o lu>ro3 as taas "o uros "o >apital ten"e1 a i!ualar/se$ Os novos >apitais a=lue1 para on"e se pa!a 1ais que o uro 1D"io3 e se a=asta1 "e on"e pa!a 1enos / to"as as >oisas per1ane>en"o inaltera"as3 P ris>os sen"o os 1es1os$ et>$ E 1ais3 o 0uro, se 5or mdio, 0uro com um, aparece muito mais claramente, como grandeza constante, determinada e con/ecida, do $ue a ta;a geral do lucro P(ARX3 Kapital3 %%%3 -3 pá!$ 8N5Q$ O nivela1ento "a taa "e uro se realia ta1D1 1uito 1ais rapi"a1ente "o que o "as taas "e lu>ro$ Este lti1o s veri=i>a por trans=or1a#Ges e1 to"a a or!ania#o "a e>ono1ia na>ional3 por au1ento "a pro"u#o nu1 "o1Fnio e "i1inui#o "essa 1es1a pro"u#o e1 outro$ &ara o >apital/ "inBeiro3 Bá u1 1Dto"o 1uito 1ais >1o"o para i!ualar a taa "e uroM isto po"e ser =eito nu1 instante$ )o 1er>a"o e1 que se >o1pra1 e se ven"e1 as >olo>a#Ges "e =un"os3 eleva/se natural1ente o pre#o "as que "o u1 uro superior ao uro 1D"io3 "i1inuin"o_se3 "e outro la"o3 o pre#o "as que "o u1 uro in=erior$ Se u1a a#o que eu >o1prei por 299 =ran>os "á u1 "ivi"en"o "e -9 por >ento3 sen"o "e g a taa >orrente "e uro3 eu posso ven"@/%a por N99 =ran>os3 qualquer que sea o valor "os 1eios "e pro"u#o que ela represente$ pre>isa1ente >o1 u1a >olo>a#o "esta naturea que /se >onsi"era o solo =ian"o/se o respe>tivo valor se!un"o o 1ontante "a ren"a territorial que asse!ure ao seu proprietário$ (as i"enti=i>ar3 por este 1otivo3 o solo a u1 >apital3 >o1o o =ae1 1uitos e>ono1istas3 D "es>onBe>er "i=eren#as essen>iais$ Os uros superiores ? 1e"ia que u1 >apital >olo>a"o nas e1presas in"ustriais propor>iona3 "a"o que sea livre a >on>orr@n>ia3 isto D3 e>etua "os os >asos "e 1onopHlios / >o1o por ee1plo as estra"as "e =erro3 as 1inas e outras eplora#Ges "o 1es1o !@nero / no po"e1 susistir in"e=ini"a1ente3 tanto quanto as taas "e lu>ro superiores ? 1D"ia$ A alta "e u1a >olo>a#o >uo valor D =ia"o a>i1a "e seu pre#o "e pro"u#o sH "eve3 pois3 ser u1 =en1eno passa!eiro$ )o D o que se veri=i>a quan"o se trata "o pre#o "a terra$ [á sae1os3 "e resto3 que o solo3 >o1o solo3 no te1 pre#o "e pro"u#o$ U1a aia !eral "a taa "e uro "e 1o"o al!u1 a=eta o valor >o1er>ial "o >apital/"inBeiro3 1as 1o"i=i>a o "o solo$ U1a par>ela "e terra que "@ u1a ren"a =un"iária "e 6$999 =ran>os3 valerá -99$999 =ran>os se a taa "e uro =or "e 6g3 -9$999 =ran>os$ se a taa =or "e Ng$ Seria ri"F>ulo supor/se que u1 >apital >olo>a"o so =or1a "e e1prDsti1o ou "e a#Ges e que ren"a Boe 6g3 valesse -9$999 =ran>os >aso a taa !eral "e uro >aFsse a Ng$ (uito ao >ontrário3 a>onte>eria3 e1 virtu"e "e u1a >onverso ou "e novas >olo>a#Ges no "o1Fnio >orrespon"ente3 que o >apital "eiaria "e ren"er 6g3 sH ren"eria Ng3 valen"o se1pre -99$999 =ran>os$ A aia !eral "a taa "e uro au1enta o valor >o1er>ial "o solo3 1as no o "o >apital/"inBeiro$ Se1 "vi"a3 D possFvel que Baa ta1D1 >apital >olo>a"o no solo3 o que a>onte>e =reqWente1ente nos paFses >apitalistas$ (as a oserva#o no =a 1ais "o que >o1pli>ar o ee1plo se1 1o"i=i>a/lo na ess@n>ia$ eri=i>a/se3 ento3 que a parte "a 1ais/valia a!rF>ola que =i>a >o1 o proprietário territorial >o1preen"e no apenas a ren"a =un"iária3 1as ain"a o uro "o >apital$ O pre#o "o solo >o1preen"e3 alD1 "a ren"a =un"iária >apitalista3 o uro >apitalia"o3 o que ve1 a ser3 >o1 e=eito3 nos >asos nor1ais o prHprio >apital$ (as e>lusiva1ente o uro "o >apital no po"e3 "e 1o"o al!u13 epli>ar o pre#o "o solo$ %sto porque a terra se1 nenBu1a apli>a#o "e >apital3 a terra inteira1ente in>ulta3 te1 ta1D1 u1 pre#o quan"o a pro"u#o >apitalista está su=i>iente1ente "esenvolvi"a$ esta a se!un"a "i=eren#a entre solo e o >apital$ O valor e=etivo "e u1 >apital/"inBeiro 1e"e/se3 no 1er>a"o "e >apital3 pelo uro que ele realmente "a$ O pre#o "e u1 pe"a#o "e terra 1e"e/se pela ren"a =un"iária que pode "ar$ :á ain"a u1a ter>eira "i=eren#aM os 1eios "e pro"u#o >ria"os pelo traalBo Bu1ano se "es!asta1 P=Fsi>a 1oral1ente^ 1oral1ente se "es!asta1 por novas "es>oerta e >e"o ou tar"e "eia1 "e eistir$ &re>isa1 ser
8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >onstante1ente renova"os$ O solo3 ao >ontrário3 D in"estrutFvel e eterno ao 1enos e1 rela#o ? so>ie"a"e Bu1ana$ As "uas lti1as raGes nos =aria1 >onsi"erar insensato proprietário "e u1a e1presa in"ustrial que3 e1 lu!ar "e eplorá/%a3 a "eiasse i1oiliar/se$ o1porta1ento no 1o1ento e1 que soe a ren"a =un"iária Pisto D3 prin>ipal1ente nas >i"a"esQ$ &ara eles3 D =reqWente1ente 1uito vantaoso no entre!ar u1 terreno ao >ultivo$ Estas "i=eren#as to"as se apa!a1 quan"o se "e=ine solo >o1o u1 >apital$ Contu"o3 1uitos e>ono1istas sustenta1 ain"a Boe esta "e=ini#o$ +rentano3 por ee1plo3 na sua ora Sore a polFti>a a!rária3 á >ita"a$ O que a usti=i>a a seu >ritDrio3 D o =ato "e Baver >apital no solo$ Ro"erB por a>aso no "esi!na >o1o >apital u1 e"i=F>io urano3 Ie1ora a super=F>ie que esse e"i=F>io o>upe sea u1a "á"iva "a naturea 1onopolia"a $$$ b O solo D Boe3 pois, um >apital$ Se1 "uvi"a ele se "istin!ue "e outros >apitais3 por ser u1a "á"iva "a naturea 1onopolia"a e por ter a sua quanti"a"e li1ita"a$ (as isto o>orre no apenas >o1 o sol >ultiva"o3 1as ta1D1 >o1 o solo >oerto "e prD"ios3 o utilia"o por eplora#Ges in"ustriais$ o que a>onte>e i!ual1ente3 >o1 as que"as "`á!ua3 as 1inas3 as estra"as "e =erro3 et>$I PA!rarpolitik3 pá!$ -8$Q O ale!a"o natural1ente no prova que o sol sea >apital3 1as prova que o terreno "as >i"a"es3 as que"a "`á!ua e as 1inas "o ta1D1 ren"a =un"iária$ (as pelo que to>a as estra"as "e =erro3 D pre>iso a !ente ter u1a i1a!ina#o 1uito viva para >lassi=i>a/%as no n1ero "as I"á"ivas "a naturea$I O episH"io le1ra u1a =rase "e ,o!erryM IU1 rosto onito D u1 presente "a sorte3 1as saer ler e es>rever D u1 dádi2a da natureza9 . CBa1e/se3 e1ora3 >apital ao solo$ %sto no =ará "o proprietário territorial u1 >apitalista$ &ara "eter1inar/se o pre#o "e u1a proprie"a"e D pre>iso se1 "vi"a que se leve1 e1 >onta outros =atores alD1 "a ren"a territorial$ :á3 ao la"o "o I>apital =un"iárioI3 isto D3 ao la"o "a ren"a =un"iária >apitalia"a3 o >apital real1ente a"ianta"o para a eplora#o a!rF>olaM >onstru#Ges3 traalBos3 ani1ai vivos e =erra1entas$ O valor 1er>antil "esse >apital D >al>ula"o se!un"o os pre#os "e pro"u#o P"e"ui"o o "es!asteQ$ (as u1 "o1Fnio po"e >o1preen"er i!ual1ente instala#Ges "e luo$ esta a re!ra "a !ran"e proprie"a"e$ Tais en=eitorias3 que na"a te1 "e >o1u1 >o1 a pro"u#o3 au1enta1 natural1ente o pre#o "o i1Hvel3 se1 au1entar/lBe a ren"a territorial$ erá =ra>o "a"o que aquele estea in>luF"o nesse >apital$ &ara li1itar1o/nos ao nosso ee1plo3 se u1a par>ela "e terra "á u1a ren"a =un"iária "e 6$999 =ran>os3 ela valerá3 ? taa >orrente "e uro "e 8g3 299$999 =ran>os$ Se o proprietário nela >onstrHi u1a viven"a que lBe >uste -99$999 =ran>os3 ele >al>ulará o valor >o1er>ial "o i1Hvel e1 899$999 =ran>os$ (as "aF resulta que o uro "o >apital =un"iário sH será "e 2g3 isto D3 1uito 1ais =ra>o que o uro >o1u1 "o >apital$ o Ouve/se "ier =reqWente1 ente que o >apital =un"iário te1 a =a>ul"a"e notável "e o=ere>er u1 uro parti>ular1ente =ra>o3 1ais =ra>o que qualquer outra espD>ie "e uro$ A a=ir1a#o D inteira1ente =alsa$ Co1o a>aa1os "e ver3 esta espD>ie "e >apital no eiste asoluta1ente$ )o passa "e u1a =i>#o$ O que eiste "e =ato D a ren"a territorial3 se!un"o a qual D calculado o 1ontante "o capital 5undiário. Se1 "vi"a3 te1/se por Báito avaliar o >apital "a ren"a territorial a u1a >i=ra 1uito eleva"a e1 rela#o ? taa 1D"ia "e uro$ (as isto no se veri=i>a porque o >apital =un"iário tenBa a =a>ul"a"e 1isteriosa "e "ar u1 uro 1enor3 1as porque o >apitalista te1 o >ostu1e3 na"a 1isterioso3 e1 inteli!ente ao >ontrário3 "e >onsi"erar o solo =onte "a ren"a territorial / u1a >olo>a#o "e vanta!ens parti>ulares$ M o que a>onte>e3 >o1 e=eito3 1ais =reqWente1ente$ Ao solo se vin>ula13 "e or"inário3 vanta!ens 1ateriais e 1orais3 que no =i!ura1 na ren"a territorial / a proprie"a"e "e u1a >asa "e >a1po ou "e u1 pala>ete >o1o no ee1plo que >ita1os a pro"u#o "e !enerosos para o >onsu1o pessoal3 a >a#a"a3 a in=lu@n>ia polFti>a$ ,e resto3 a ren"a territorial o=ere>eu3 atD estes lti1os te1pos3 na Europa a ten"@n>ia a su3ir / e ela ain"a a o=ere>e nas >i"a"es e seus surios / ten"@n>ia inversa ? tio uro "o >apital$ O >apitalista "eve pa!ar esta esperan#a3 "e 1o"o espe>ial3 quan"o >o1pra u1 terreno$ (as to"as essas transa#Ges no =ae1 "o proprietário territorial / >o1o proprietário territorial / u1 >apitalista$ U1a pessoa po"e natural1ente ser ao 1es1o te1po proprietário territorial e >apitalista3 1as isto D outro >aso$ A ven"a e a >o1pra =ae1 "a proprie"a"e =un"iária u1a >olo>a#o >apitalista3 1as no u1 >apital$ ,o 1es1o 1o"o3 u1 lu!ar "e ui3 a"quiri"o no lti1o sD>ulo 1e"iante >apital3 >o1 isto no se tornava >apital$ O proprietário =un"iário po"e se1 "vi"a3 ven"er a sua terra e assi1 tornar/se >apitalista$ (as no 1o1ento e1 que tal >oisa se veri=i>a3 "eia "e ser proprietário =un"iário$ %nversa1ente3 o >apitalista que !asta to"o o seu "inBeiro na >o1pra "e u1a terra3 "eia "e ser >apitalista no 1o1ento e1 que se torna proprietário =un"iário$ O proprietário =un"iário no D u1 >apitalista$ Os pri1eiros que "e tal >oisa se aper>eera1 =ora1
N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ os senBores territoriais in!leses3 priva"os3 antes que o =osse1 os "o >ontinente3 "os servi#os =eu"ais "os seus vassalos e ori!a"os a eperi1entar a eplora#o >apitalista$ Essa eperi@n>ia no "a o1 resulta"oM a or!ania#o "o >rD"ito no estava ain"a e1 "esenvolvi"a$ Eles se vira1 >o1peli"os P"es"e o sD>ulo XQ a "ivi"ir os seus ens e1 !ranas 1ais ou 1enos etensas "á/%as aos a!ri>ultores que possuFa1 ani1ais e instru1entos in"ispensáveis ? eplora#o$ O arren"a1ento >ontrata"o >o1 u1 arren"atário >apitalista =oi o 1eio que se es>olBeu para "ar ? a!ri>ultura o >apital ne>essário$ O arren"a1ento 1o"erno3 "e >unBo >apitalista3 está 1enos "esenvolvi"o no >ontinente europeu3 soretu"o ao norte "os Alpes3 "o que na %n!laterra$ )este paFs3 Bavia3 e1 -753 N$6N9$999 a>res "e super=F>ie eplora"os pelo proprietário3 e 2$5N9$999 a>res eplora"os por arren"atários$ :avia 6-$9-N eplora#Ges to>a"as pelos respe>tivos proprietários3 e N5$952 "iri!i"as por arren"atários$ Os n1eros so inteira1ente outros na Ale1anBa e na 0ran#a$ )este lti1o paFs3 >ontu"o3 a eplora#o por arren"a1ento ten"e ain"a a au1entar$ )o i1pDrio ale1o o n1ero "e proprie"a"es >o1 terras arren"a"as passou "e 2$822$755 2$69$2-9 entre -772 a -753 ou sea3 u1 au1ento "e 27N$8 eplora#Ges$ Enquanto isso3 o n1ero "as eplora#Ges se arren"a1ento "es>ia "e 2$58$NN para 2$5-$-9$ )a 0ran#a tinBa/seM A!ri>ultores proprietários -779 -752 ,i1inui#o P/Q ou au1ento PmQ
A!ri>ultores arren"atários
8$2$8N2 8$87$2N /-87$95
-$895$59N -$N9$65 m 5$66
(es1o nos Esta"os Uni"os o n1ero "e arren"atários au1enta$ TinBa/se nesse paFsM Terras eplora"as "ireta1ente pelo proprietário -779 -759
2$5N7$896 8$265$27
g 2g
Terras eplora"as por u1 arren"atário -$98N$69-$25N$5-8
2g 27g
(as e1 to"os esses paFses Bá a eplora#o "ireta pelo proprietário que ain"a pre"o1ina astante$ A eplora#o >apitalista sH >o1e#ou a =aer/se sentir na a!ri>ultura nu1a Dpo>a e1 que o >apitalis1o3 e por >onse!uinte o >rD"ito3 á estava astante "esenvolvi"o nas >i"a"es$ A a!ri>ultura tinBa assi1 u1 se!un"o 1eio para a pro>ura "o >apital3 ao re>orrer ao crdito. O >rD"ito po"e ser pessoal$ (as "esea1os tratar aqui apenas "o >rD"ito =un"iário ou >rD"ito sore Bipote>a$ O proprietário territorial Bipote>a3 isto D3 e1penBa a sua ren"a =un"iária3 e >o1 isto otD1 o "inBeiro in"ispensável para e1preen"er os 1elBora1entos "e que ne>essita3 para a"quirir !a"o3 1áquinas3 a"uos3 et>$ O siste1a >apitalista "e arren"a1ento nos 1ostra3 niti"a1ente separa"as3 as tr@s !ran"es espD>ies "e ren"i1entos "a so>ie"a"e >apitalista$ O proprietário "o solo e o proprietário "os outros 1eios "e pro"u#o / o >apitalista / so "uas pessoas "iversas3 E1 =a>e "elas apare>e o operário assalaria"o3 eplora"o pelo >apitalista$ O operário re>ee o salário "o traalBo3 o >apitalista o lu>ro "e e1presário3 o proprietário territorial a ren"a =un"iária$ A pessoa "este lti1o D inteira1ente supDr=lua na eplora#o a!rF>ola$ Ele no intervD1 ativa1ente na or!ania#o ou no >o1Dr>io3 >o1o o e1presário >apitalista$ Ele no =a 1ais "o que etorquir a este lti1o os >rD"itos "o arren"a1ento3 to eleva"os quanto possFvel3 para >onsu1i/los >o1 os seus parasitas$ O siste1a Bipote>ário D 1enos >laro e si1ples3 1as no =un"o se re"u á 1es1a >oisa$ Aqui ain"a reen>ontra1os a "istin#o entre o proprietário territorial e o e1presário3es>on"i"a3 D ver"a"e3 so =or1as urF"i>as parti>ulares$ A ren"a =un"iária3 que3 no $siste1a "e arren"a1ento3 =i>a >o1 o proprietário territorial3 reverte3 no siste1a Bipote>ário3 e1 ene=F>io "o >re"or$ Este D o "etentor "a ren"a =un"iária3 e por >onse!uinte o ver"a"eiro "ono "o solo$ O proprietário no1inal3 ao >ontrário3 D na reali"a"e u1 e1presário >apitalista$ Ele per>ee o !anBo "e e1presário e a ren"a territorial$ (as esta ele a restitui so a =or1a "e uros Bipote>ários$ Se sua e1presa 1alo!ra3 se no po"e pa!ar a ren"a territorial que "eve3 ver/se/á >o1peli"o a aan"onar sua pretensa proprie"a"e3 "a 1es1a 1aneira que o arren"atário3 que no pa!a o seu alu!uel3 "eve aan"onar o seu arren"a1ento$ E 1ais3 o >re"or Bipote>ário te1 1es1o
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ =reqWente1ente o "ireito "e epulsar u1 a!ri>ultor$ Res>in"e no >aso o >ontrato Bipote>ário3 assi1 >o1o o proprietário territorial po"e res>in"ir o >ontrato "e arren"a1ento$ A ni>a "i=eren#a entre o siste1a "e arren"a1ento e o siste1a Bipote>ário está e1 que3 no se!un"o >aso3 o proprietário real te1 o no1e "e >apitalista3 e o e1presário3 >apitalista real3 o "e proprietário =un"iário$ 'ra#as a esse quiproquH3 os nossos a!ri>ultores3 que eer>e13 na reali"a"e3 =un#Ges >apitalistas3 >ostu1a1 in"i!nar/se >ontra os que a!e1 por 1eio "o capital m72el, prin>ipal1ente >ontra os >re"ores Bipote>ários3 os quais representa1 "e =ato o 1es1o papel e>on1i>o atriuF"o3 no siste1a "e arren"a1ento ao proprietário territorial$ E1 to"os os Esta"os >ivilia"os veri=i>a1os u1 au1ento rápi"o "as "Fvi"as Bipote>árias$ )a &rssia3 a so1a "os novos nus que pesa1 sore proprie"a"es territoriais superou as a1ortia#GesM -776h7 "e -88 1ilBes "e 1ar>os -77h77 "e 78 -777h75 "e -2 -775h59 "e -5 -759h5"e -6 -75-h52 "e 29 -752h58 "e 295 -758h5N "e 227 -75Nh5 "e 2 O qua"ro a>i1a a>usa u1 au1ento "e u1 ilBo e 1e e1 al!uns anosf Esse au1ento rápi"o prova si1ples1ente que assisti1os por to"a parte ? 1es1a evolu#o3 á astante avan#a"a na %n!laterra3 a qual ten"e a arran>ar ? a!ri>ultura a proprie"a"e territorial$ %sto no quer "ier que o lavra"or se torne u proletárioM ele no o D 1ais "o que o arren"atário in!l@s$ &ossui3 >o1o este3 to"os Os 1eios "e pro"u#o3 e>eto o -9 PsH se trata aqui "e "Fvi"as Bipote>árias3 no "e "Fvi"as pessoaisQ $ A epanso "o en"ivi"a1ento Bipote>ário no prova 1uito 1enos3 que a a!ri>ultura atravesse u1a >rise$ Essa epanso pode ser o sinal "e u1a >rise / porque a ne>essi"a"e "e 1elBora e reer!ui1ento "a a!ri>ultura no D a ni>a >ausa "as "Fvi"as Bipote>árias$ Apresentare1os outras3 posterior1ente$ (as D >erto que o pro!resso e a prosperi"a"e "a a!ri>ultura se 1ani=esta1 ta1D1 por u1 au1ento "as "Fvi"as Bipote>árias$ %sto3 "e u1 la"o3 porque a pro>ura "e >apital >res>e >o1 o "esenvolvi1ento "a lavoura3 "e outro la"o por que a alta "a ren"a territorial per1ite a epanso "o >rD"ito a!rF>ola$ A custria possui se1 "vi"a a 1elBor estatFsti>a "e Bipote>as3 re=erente a u1 te1po relativa1ente lon!o$ Ela a>usoM o se!uinte au1ento "as "Fvi"as Bipote>árias Pe>etua"os 'alF>ia3 a +ukovina e o litoralQ M E1 -7- "e
E1 -77- "e
N6$N9$6- =lorins
-9$98N$6- =lorins
-72
-9$62-$66
I
-772
22$256$979
I
-78
292$N7$652
I
-778
8N$275$2-9
I
-7N
-6$-2$9-6
I
-77N
$2N-$2N9
I
-7
-86$652$6
I
-77
$7-$26N
I
-76
55$26$NN9
I
-776
2$97$28
I
-7
2N$65N$9-2
I
-77
6$889$628
I
-77
NN$-69$268
-777
6$5N$27
I
-75
22$6$98
I
-775
2$87$N5
I
-779
-7$N9N$7
I
6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ usta1ente nos anos que =ora1 os 1elBores para a a!ri>ultura Pe para a proprie"a"e =un"iária "as >i"a"esQ3 nos pri1eiros anos apHs -793 que o au1ento "as "Fvi"as Bipote>árias 1ais se a>entuou$ O "es"ora1ento "o a!ri>ultor/proprietário e1 "uas pessoas3 o proprietário territorial e o e1presário3 D u1a >onseqW@n>ia ne>essária "a posse in"ivi"ual "o solo na or!ania#o >apitalista "a pro"u#o$ (as3 e1 >o1pensa#o3 esse "es"ora1ento >riou a possiili"a"e "e supri1ir/se a proprie"a"e in"ivi"ual "a terra3 1es1o que as >on"i#Ges ne>essárias para supresso "a proprie"a"e in"ivi"ual "os outros 1eios "e pro"u#o na a!ri>ultura no se Baa1 ain"a realia"o$ )os paFses e1 que o siste1a "e arren"a1ento se "esenvolveu3 isto po"erá ser =eito pela na>ionalia#o ou a so>ialia#o "a proprie"a"e territorial^ nos paFses e1 que prepon"era o siste1a "as Bipote>as3 astará que estas sea1 na>ionalia"as$ As >on"i#Ges so tanto 1ais =avoráveis quanto 1ais pro!ri"e1 a >on>entra#o "a proprie"a"e =un"iária Pquan"o a eplora#o se en>ontra nas 1os "os arren"atáriosQ ou a >on>entra#o "as Bipote>as Pquan"o os a!ri>ultores ain"a eplora1 por sua prHpria >ontaQ$ %n=eli1ente3 D "i=F>il a prova3 atravDs "e estatFsti>as re=erentes a Esta"os inteiros e perFo"os astante lon!os3 "os pro!ressos "essa >on>entra#o$ &ossuF1os3 D ver"a"e3 u1a estatFsti>a "as eplora#Ges a!rF>olas que po"e astar3 1as a re=erente ?s Bipote>as =oi atD a!ora asoluta1ente la>unosa$ a "a proprie"a"e territorial3 no propi>ia a >o1para#o "e perFo"os "i=erentes e o estu"o "a 1ar>Ba "a >on>entra#o "os "o1Fnios$ Citare1os 1ais aaio3 nu1 outro "esenvolvi1ento3 ee1plos "e >on>entra#o "a proprie"a"e territorial3 e1 al!u1as provFn>ias prussianas$ &ara a Ale1anBa3 o siste1a "e Bipote>as D 1ais i1portante que o siste1a "e arren"a1ento$ Aqui ve1os "istinta1ente Os pro!ressos "a >on>entra#o "a proprie"a"e territorial3 ou3 1ais eata1ente3 "a ren"a =un"iária$ ere1os >o1o os nu1erosos pequenos usurários "e al"eia so >a"a ve 1ais a=asta"os3 "an"o lu!ar a !ran"es institui#Ges >apitalistas > a so>ie"a"es >entralia"as3 que 1onopolia1 o >rD"ito Bipote>ário$ ea1os "a"os "e 0$ :e>Bt na sua ora sore As institui>?es nacionais e pro2inciais de crdito 5undiário na Aleman/a P,ie staatli>Ben un" proviniellen +ankre"itinstitute in ,euts>Blan"Q$ A so1a total "as >D"ulas Bipote>árias3 postas e1 >ir>ula#o pelas or!ania#Ges !er1Jni>as "e >rD"ito =un"iário3 no =i1 "e -7773 =oi alD1 "e N ilBGes Y`\ "e 1ar>os$ ,estes3 -$599 1ilBGes se "estinava1 ?s so>ie"a"es3 N29 1ilBGes para as institui#Ges na>ionais ou provin>iais "e >rD"ito =un"iário3 e 2 1ilBGes F`M para os an>os$ O seu >rD"ito Bipote>ário se re=ere soretu"o3 D ver"a"e3 ? proprie"a"e territorial "as >i"a"es$ (as3 para estu"ar1os a >on>entra#o P>rD"ito Bipote>ário D pre>iso ain"a ter1os e1 >onta outras !ran"es institui#Ges3 as >aias e>on1i>as3 as so>ie"a"es Pse!uro3 as =un"a#Ges e >orpora#Ges "e to"a espD>ie$ 8 so>ie"a"es ale1s "e se!uro "e vi"a >olo>ara1 79g3 e as >aias e>on1i>as prussianas 1ais "e 9g "e seus =un"os e Bipote>as$ )a &rssia3 as >aias e>on1i>as possuFa13 e1 >i=ras re"on"as3 - ilBo "e 1ar>os e1 Bipote>as sore terras$ As - institui#Ges "e >rD"ito =un"iário 1tuo Pso>ie"a"es provin>iaisQ 3 Bavia1 posto e1 >ir>ula#o3 e1 -773 >D"ulas Bipote>árias representan"o -$69 1ilBGes "e 1ar>os3 enquanto que as institui#Ges priva"as "e >rD"ito =un"iário Bavia1 a"quiri"o3 e1 -7763 tFtulos Bipote>ários representan"o 8 1ilBGes "e 1ar>os$ Estas >i=ras á 1ostra1 que se veri=i>ou u1a >on>entra#o enor1e "a ren"a =un"iária e1 proveito "e al!u1as institui#Ges >entrais$ (as a >on>entra#o =a ain"a pro!ressos rápi"os$ E1 -7773 :e>Bt a>Bava que os an>os Bipote>ários ale1es Bavia1 posto e1 >ir>ula#o >D"ulas Bipote>árias representan"o 2 ilBGes F`M "e 1ar>os Pe1 -7 sH Bavia 59 1ilBGesQ$ Ora3 a partir "e -752 esta so1a se elevava a 8$N9 1ilBGes3 ou sea u1 au1ento "e - ilBo$ Esta so1a sH era reparti"a entre 8- an>os Pque e1 -7 era1 2Q$ :er1es "á no seu arti!o sore as Sociedades pro2inciais Pno se!un"o volu1e "o suple1ento "o ,i>ionário da Ci@ncias Pol1ticas PArti!o Lan"s>Ba=ten3 in :an"drteru>B "er Staatsissens>Ba=ten 2$ Er!nun!san"$Q3 al!uns ee1plos que 1ostra1 a rapi"e >o1 que as "Fvi"as Bipote>árias se >on>entra1 nas so>ie"a"es "e >rD"ito =un"iário "a !ran"e proprie"a"e territorial "a &rssia$ A %nstitui#o "e CrD"ito "a )orea "a (ar>a Eleitoral e "a )ova (ar>a epe"iu >D"ulas Bipote>árias P"e"u#o =eita "as a1ortia#GesQ "os se!uintes valoresM -79 --$2$999 1ar>os -7 87$25$999 -7 72$29N$999 -75 -75$62-$999 A )ova %nstitui#o "e CrD"ito "o +ran"enur!o =un"a"a e1 -653 epe"iu >D"ulas Bipote>árias P"e"u#o =eita "as a1ortia#GesQ "os se!uintes valoresM
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ -79 -779 -759 -75
N7$999 1ar>os 8$65$999 2$2$999 -9-$N8N$999
So >i=ras que pare>e1 in"i>ar que o dogma mar;ista no se apli>a 1enos ? propriedade territorial "o que ao >apital$ )esse senti"o3 "e resto3 no se lBe >ontesta a ustea$ E1 >o1pensa#o3 preten"e/se que no se apli>a ?s e;plora>Kes agr1colas Trata/se "e u1a questo 1uito 1ais i1portante3 que ea1inare1os 1ais a =un"o posterior1ente$ Aqui sH nos interessa a proprie"a"e territorial e as "uas =or1as que ela reveste no re!i1e >apitalista$ i1os que Bá entre o siste1a "e arren"a1ento e o siste1a Bipote>ário 1ais "e u1a analo!ia3 1as Bá ta1D1 i1portantes "i=eren#as$ A 1ais i1portante >onsiste e1 que a varia#o "o arren"a1ento >orrespon"e ?s varia#Ges "a ren"a territorial3 ao passo que o 1es1o no se veri=i>a no >aso "as Bipote>as$ Se1 "vi"a3 Bá ta1D1 u1a varia#o "o uro Bipote>ário3 e1ora a sua >onstJn>ia sea 1aior que a "o arren"a1ento$ (as esta D "eter1ina"a3 no pela varia#o "a ren"a territorial3 1as pela "o uro "o >apital3 que oe"e>e a leis "iversas$ O uro "o >apital e a ren"a territorial po"e13 no 1es1o 1o1ento3 variar e1 senti"os "ia1etral1ente opostosM u1 po"e aiar3 a outra po"e suir$ Tal era3 atD estes lti1os te1pos3 a varia#o re!ular e1 to"os os velBos paFses "e pro"u#o >apitalista$ O proveito "esse 1ovi1ento3 no siste1a "e arren"a1ento3 >aia ao proprietário territorial$ )o siste1a Bipote>ário3 ao >ontrário3 o a!ri>ultor3 o e1presário real3 que sH D proprietário no1inal3 otinBa tal proveito quan"o a ren"a territorial suia$ ,ela po"ia servir/se para a"quirir u1 novo >apital Bipote>ário$ O >re"or Bipote>ário se ene=i>ia "essas vanta!ens tanto quanto "as outras >ita"as 1ais a>i1a3 que au1enta1 o valor 1er>antil "a proprie"a"e territorial e =ae1 aiar o uro "o capital 5undiário. E1 >onseqW@n>ia3 o >re"or Bipote>ário ei!e3 para o seu >apital3 ao 1enos quan"o a ren"a =un"iária está e1 alta u1 uro superior ao que propor>iona o capital 5undiário. %sto quer "ier que a so1a "o >apital Bipote>ário3 que ei!e >o1o uro a ren"a territorial total3 D in=erior ao valor 1er>antil "o terreno Bipote>a"o$ &onBa1os o =ato e1 evi"@n>ia >o1 auFlio "o ee1plo "a"o a>i1a3 "e u1 "o1Fnio que propor>iona 6$999 =ran>os "e ren"a =un"iária$ A"1ita1os que a taa 1D"ia "o uro sea "e Ng$ A ren"a territorial >apitalia"a se elevaria3 pois3 -9$999 =ran>os$ (as a esse "o1Fnio esto vin>ula"as nu1 rosas vanta!ens3 "e que á =ala1os3 entre as quais3 e1 pri1eiro plano3 a esperan#a "e u1a alta "a ren"a =un"iária$ proprietário oterá3 pois3 >o1 a sua terra 1ais "e -9$999 =ran>os3 "i!a1os 299$999 =ran>os$ %sto poria o uro "o >apital =un"iário a 8g$ (as o >re"or Bipote>ário ei!e o seu uro taa 1D"ia "e Ng$. Ora3 o a!ri>ultor sH po"e pa!ar/lBe 6$999 =ran>os "e uro Bipote>ário$ A "Fvi"a Bipote>ária no po"e pois3 ultrapassar a so1a "e -9$999 =ran>os$ Ela s7 se ele a tr@s quartos "o valor "o "o1Fnio3 1as "evora3 >ontu"o3 to"a a ren"a territorial$ Se1pre que esta lti1a se a>Ba e1 alta3 o que a"1iti1os por BipHtese3 o a!ri>ultor D 1ais =avore>i"o pelo siste1a Bipote>ário "o que pelo siste1a "e arren"a1ento$ (as a 1e"alBa te1 ta1D1 o seu reverso3 que apare>e quan"o a renda territorial 3ai;a. )esse >aso o arren"atário3 pelo 1enos o arren"atário >apitalista3 "esvia as suas per"as para o proprietário territorial$ Este D ori!a"o3 apesar "e suas resist@n>ias e apHs u1a luta 1uito lon!a3 a a>eitar u1a re"u#o "o arren"a1ento$ A >ontrário3 o proprietário territorial que eplora pessoal1ente eperi1enta os in>onvenientes "a aia "a ren"a =un"iária Ele no po"e "esviá/la os i1e"iata1ente para o >re"or Bipote>ário$ O que3 no siste1a "e arren"a1ento3 "eter1ina3 apHs u1 perFo"o "e transi#o 1ais ou 1enos lon!o3 u1a >rise "a proprie"a"e territorial3 "eter1ina se1pre3 no siste1a Bipote>ário u1a >rise "as e1presas a!rF>olas3 ou3 >o1o se "i3 "a agricultura. Os proprietários reais3 os >re"ores Bipote>ários3 no so i1e"iata1ente atin!i"os por essa >rise$ A taa "as Bipote>as po"e aiar3 se1 "vi"a3 si1ultanea1ente >o1 a ren"a territorial$ (as ento D >onseqW@n>ia3 no "a >rise a!rF>ola 1as "a aia !eral "o uro "o >apital3 que atin!e o >onunto "o "inBeiro e1presta"o$ ,isso no tratare1os aqui$ A taa "o uro Bipote>ário D "eter1ina"a pela taa !eral "o uro " >apital3 e a pior "es!ra#a "a a!ri>ultura no po"e =a@/lo "es>er "esse nFvel$ Ao >ontrário3 quanto 1aior D a in=eli>i"a"e "o a!ri>ultor3 tanto 1aior D o
7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ pr@1io "e ris>o que D >o1peli"o a pa!ar^ 1aior será3 por >onse!uinte3 o a=asta1ento entre a taa a que D ori!a"o e a taa 1D"ia "e uro^ 1aior será ta1D13 a "i=eren#a entre o pre#o "a sua terra e a so1a 1ái1a "e Bipote>as >o1 que po"erá onerá/%a$ )o siste1a Bipote>ário3 a a"apta#o "a a!ri>ultura a aia "a ren"a =un"iária no se veri=i>a3 >o1o no siste1a "e arren"a1ento3 pela re"u#o "os uros$ Ela se veri=i>a pela an>arrota "o e1presário e a per"a "e >apital so=ri"a pele >re"or Bipote>ário$ E no D esta a opera#o 1enos "olorosa e 1ais ra>ional$ AlD1 "o siste1a "e arren"a1ento e "o siste1a Bipote>ário3 u1a ter>eira >o1ina#o D possFvelM o "ono "a terra po"e ser ao 1es1o te1po u1 >apitalista$ %sto quer "ier que po"e3 alD1 "a sua proprie"a"e3 possuir astante "inBeiro >onta"o para or!aniar >o1 os seus prHprios 1eios u1a eplora#o 1o"erna3 e arre>a"ar3 alD1 "o !anBo "e e1presário3 to"a a ren"a =un"iária$ $ Contu"o3 esta =uso "o proprietário territorial e "o >apitalista nu1a ni>a pessoa te1 si"o atD aqui pou>o >o1u1 na BistHria$ Será pou>o >o1u1 na evolu#o ulterior "o siste1a "e pro"u#o >apitalista$ A rao para tal =ato "eve1os pro>urá/%a3 "e u1 la"o3 na superioridade da grande e;plora>ão relati2amente B pe$uena, e "e outro3 na propriedade indi2idual do solo.
% 'RA),E E &Eni>a "a !ran"e eplora#o apitalis1o pro!ri"e na a!ri>ultura3 tanto 1ais a>entua ele a "i=eren#a qualitativa entre a tD>ni>a "a !ran"e e "a pequena eplora#o$ )a Dpo>a prD/>apitalista3 esta "i=eren#a >o1o á a>entua1os3 no eistia na a!ri>ultura3 se =ier1os astra#o "o siste1a "e planta#o e outros siste1as3 "e eplora#o análo!os3 "e que aqui no tratare1os$ O senBor territorial >ultivava o solo >o1 os Bo1ens3 ani1ais e =erra1entas =orne>i"os pelos servos sueitos ? >orvDia$ O que ele 1es1o =orne>ia era "e pou>a i1portJn>ia e no se revestia "e nenBu1a superiori"a"e sore os 1eios "e pro"u#o "os >a1poneses$ Se tinBa "o1Dsti>os e1 !ran"e nu1ero3 era soretu"o3 para aten"er as ne>essi"a"es 1aiores "e seu larM isto no in=luFa "e 1o"o al!u1 sore o >ultivo "a terra$ )o era3 i!ual1ente3 por ser 1aior e ininterrupta que a !lea "o senBor se "istin!uia "a !lea "o >a1pon@s$ Tanto esta3 >o1o aquela3 =or1ava1 par>elas "ispersas3 sueitas ? >oa#o "a =olBa$ A ni>a "i=eren#a entre a1as3 á =oi assinala"a 1ais a>i1a >onsistia no se!uinteM os operários que traalBava1 para o senBor no o =aia1 espontanea1ente 4 pro>urava1 >ansar os seus ani1ais e a si 1es1os o 1enos possFvel$ A eplora#o "o nore so=ria3 por >onse!uinte3 u1a per"a enor1e "e te1po e "e 1eios "e traalBo$ %sto >essou quan"o a servi"o =eu"al "esapare>eu e o senBor territorial se tornou livre proprietário "e seu "o1Fnio3 que pro>urou "ilatar o 1ais possFvel e >ultivar ? sua 1aneira3 >o1 os seus prHprios instru1entos3 os seus prHprios ani1ais e os seus prHprios operários assalaria"os$ Ento3 a !ran"e eplora#o se "i=eren>iou inteira1ente "a pequena$ Era a!ora esta que passava a "esper"i#ar traalBo e 1eios "e traalBo$ "isse1elBan#a entre a !ran"e e a pequena eplora#o se 1ani=estou lo!o na 1ora"a e suas "epen"@n>ias3 no lar3 >ua i1portJn>ia au1entou para a pri1eira a partir "o 1o1ento e1 que entrava a pro"uir >o1 ani1ais3 =erra1entas e operários prHprios$ U1 "os tra#os "istintos 1ais a>entua"os entre a in"ustria e a a!ri>ultura ve1 a ser que3 nesta lti1a3 a eplora#o e o lar ain"a esto in"issoluvel1ente =un"i"os3 ao passo que na pri1eira3 >o1 e>e#o "e al!uns ru"i1entos3 a1os apare>e1 asoluta1ente "isso>ia"os$ )o Bá eplora#o a!rF>ola se1 lar que lBe >orrespon"a$ &o"e1os3 ta1D13 inverter a proposi#o e "ier que no Bá3 no >a1po3 lar in"epen"ente se1 o >o1ple1ento "e u1a eplora#o a!rF>ola$ Ora3 u1a !ran"e =a1Flia realia u1a e>ono1ia "e traalBo e "e 1ateriais$ %sto quase que "ispensa "e1onstra#o$ Consi"ere1os u1a !ran"e proprie"a"e3 >o1 super=F>ie i!ual ? "e >inqWenta pequena par>elas >a1ponesas3 e >o1pare1osM "e u1 la"o3 tere1os u1a ni>a >oinBa >o1 u1 =o!o^ "e outro3 >inqWenta >oinBas >o1 >inqWenta 5og?es. ,e u1 la"o talve >in>o3 "e outro >inqWenta >oinBeiras$ ,e u1 la"o talve >in>o quartos aque>i"os no inverno3 >o1 >in>o la1piGes^ "e outro3 >inqWenta$ ,e u1 la"o3 querosene3 >a=D "e >Bi>Hria3 1ar!arina a"quiri"os por ata>a"o^ "e outro3 tu"o >o1pra"o ao vareo3 et>$ Se sair1os "a >asa para penetrar1os no pátio3 en>ontrare1os na !ran"e eplora#o u1 estáulo para >inqWenta a >e1 va>as3 ao passo que os pequenos >a1poneses3 possue13 so1a"os3 >inqWenta
5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ estáulos para u1a ou "uas va>as "e >a"a u1$ Ca"a u1 "eles te1 u1a !rana3 u1a nas>ente3 ao invDs "e >inqWenta$ Se >ontinuar1os nosso ea1e3 en>ontrare1os n1ero relativa1ente 1enor "e >a1inBos que >on"ua1 "o patio ?s lavouras 4 os >a1poneses no po"e1 >onstruir estra"as "e =erro rurais 4 n1ero 1enor "e sees3 pali#a"as e >er>as$ ie$ Se esse terreno te1 u1a =or1a retan!ular3 sen"o a respe>tiva super=F>ie "e -9 Be>t$ Be>t$ - Be>t$ 9 a$ 2 a$ -9 a$ a$ - a$ a etenso "e seu li1ite será3 por are, "e -3261 -391 N1 3661 71 -2361 -3751 N91 &ara >er>ar1os >inqWenta terrenos "e 29 ares >a"a u13 ser/nos/á in"ispensável u1 n1ero sete vees 1aior "e pali#a"as e "e traalBo "o que o ei!i"o para u1 ni>o terreno de -9 Be>tares$ SuponBa1os que a área e1 questo sea li1ita"a por u1a >er>a "e 29 >entF1etros "e lar!ura$ A terra que assi1 se torna i1pro"utiva será3 a"1iti"as para o >onunto "a !lea3 a =or1a retan!ular e u1a super=F>ie que sea "e -9 B$ B$ - B$ 9 a$ 2 a$ -9 a$ a$ - a$ (etros qua"ra"os por are 932 9386 9379 -3--8 -369 238 837 7399 Ao >er>ar1os u1 terreno "e -9 Be>tares3 sH se per"e1 2 ares e 1eio3 ao passo que ao >er>ar1os 2 terrenos "e 29 ares >a"a u1 "eles per"e -7 ares$ essário para o aproveita1ento "o >onunto "a !lea $ IA >ultura "o solo por 1eio "o ara"o3 "o etirpa"or3 "a !ra"e3 "o >ilin"ro3 "a ena"a "o ara"o para aa>elar e "a se1ea"ura 1e>Jni>a ei!e3 "i Kae1er no :anual de Agricultura P'OLT*3 :an"u>B "er Lan"irtBs>Ba=t3 %3 pá!$-57Q "e 'olt3 e1 super=F>ies i"@nti>as3 tanto 1ais "espesas quanto 1enor D a proprie"a"e$ Este a>rDs>i1o "e !astos para as pequenas par>elas provD1 "aM per"as "e te1po repeti"as que a >ultura "os >a1pos a>arreta$ O lavra"or per"e te1po3 "e 1o"o re!ular3 ao =aer 1eia volta nas etre1i"a"es3 ao >ultivar transversal1ente u1a =aia "e terra 1ais ou 1enos lar!a no senti"o "o >o1pri1ento total3 ao es>avar os seus la"os 1ais estreitos Pao lon!o "e u1 1uro3 nos Jn!ulos3 et>$Q e ao plantar se1 o auFlio "e instru1ento$ Os pontos no atin!i"os >o1 o traalBo nessa lti1a áreaI$ ,e resto3 as >inqWenta pequenas eplora#Ges >a1ponesas te1 ne>essi"a"e "e >inqWenta ara"os3 >inqWenta !ra"es3 >inqWenta >arro#as3 et>$3 ao passo que u1 n1ero e1 1enor "esses apetre>Bos3i!ual talve a u1 "D>i1o "o pri1eiro3 asta nu1a !ran"e proprie"a"e$ A !ran"e eplora#o realia3 por >onse!uinte3 nu1a >ultura i"@nti>a3 u1a e>ono1ia >onsi"erável "e ani1ais e "e instru1entos$ o que nos 1ostra3 ta1D13 a estatFsti>a "as 1áquinas a!rF>olas$ Entre as raras 1aquinas utiliáveis tanto na pequena >o1o na !ran"e eplora#o3 esta o de3ul/ador. Ora3 e1 -7783 Bavia3 nu1a super=F>ie >ultiva"a "e -$999 Be>tares3 nas eplora#Ges "e 2 a -99 Be>tares / 237N "eulBa"ores a vapor e -23NN outros "eulBa"ores^ nas eplora#Ges a>i1a "e -99 Be>ts$ / -397 "eulBa"ores a vapor e -358 outros "eulBa"ores )in!uD1 "irá que esta "i=eren#a se "eve ao =ato "e ser o "eulBa"or a vapor 1ais >o1u1 nas pequenas "o que nas !ran"es eplora#Ges$ Apesar "esta e>ono1ia "e apetre>Bos3 realia"a e1 >ulturas i"@nti>as3 po"e "ar/se o >aso "e3 na !ran"e eplora#o3 a so1a "e instru1entos ser superior3 no apenas e1 valor asoluto3 1as ain"a e1 valor relativo3 quan"o D "iverso o tipo "e lavoura$ :á >o1 e=eito3 to"a u1a sDrie "e =erra1entas3 e prin>ipal1ente "e 1áquinas3 que sH po"e1 ser e1pre!a"as >o1 vanta!e1 na !ran"e eplora#o$ O >a1pon@s no po"e tirar "elas to"o o proveito possFvel$ Se!un"o a teoria "a eplora#o a!rF>ola "e Kra==t3 a super=F>ie 1Fni1a "e terra >ultiva"a ne>essária para propor>ionar to"o o proveito "e que u1 instru1ento D sus>etFvel3 ve1 a ser a se!uinteM &ara u1 ara"o >o1 u1a parelBa "e ani1ais &ara u1 se1ea"or3 u1a >ei=a"eira3 u1 "eulBa"or "e roseta &ara u1 "eulBa"or a vapor &ara u1 ara"o a vapor
-9 Bá$ 9 Bá$ 29 Bá$ -$999 Bá$
69
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ,o 1es1o 1o"o3 sH ?s !ran"es eplora#Ges interessa o e1pre!o "a =or#a elDtri>a$ I&are>e i1possFvel3 por enquanto3 >o1 a trans1isso "a =or#a elDtri>a3 u1 au1ento "o ren"i1ento lFqui"o "e to"as as eplora#Ges a!rF>olas3 so3retudo das pe$uenas. (es1o nas proprie"a"es "e -3999 !eiras =ran>esas o 1elBora1ento D prole1áti>o$ 'nicamente as e;plora>?es relati2amente amplas o5erecem para tanto as condi>?es 5a2orá2eis9 PKTT'E)3 %st "ie Elektrote>Bnik3 et>3 in TBiels3 Lan"3 [aBru>B3 XX%3 pá! 62Q$ &ara per>eer1os o al>an>e "os n1eros a>i1a3 "eve1os notar que e1 -75 sH Bavia no i1pDrio ale1o3 e1 $7$8- eplora>Ges a!rF>olas3 896$727 eplora#Ges a>i1a "e 29 e apenas 26$96- a>i1a "e -99 Be>tares$ A sua enor1e 1aioria era "e ta1anBo to eF!uo que no po"ia propor>ionar as vanta!ens i1plF>itas nu1 ara"o >o1 u1a parelBa "e ani1ais3 quanto 1ais no e1pre!o "as 1áquinas$ E1 -77N3 o !overno "os Esta"os Uni"os pe"iu a seus representantes relatHrios sore as oportuni"a"es para a ven"a3 no estran!eiro3 "e 1áquinas a!rF>olas a1eri>anas$ Os seus >nsules e1 to"os os paFses on"e "o1ina a pequena proprie"a"e territorial respon"era1 e1 unFssono3 que as eplora#Ges Baitual1ente era1 1uito re"ui"as3 e assi1 no per1itia1 o uso "e 1áquinas3 ou 1es1o "e instru1entos aper=ei#oa"os$ Tais =ora1 as respostas oriun"as "o Zurte1er!3 "e :esse3 "a +Dl!i>a3 "a 0ran#a3 et>$ O >nsul Kil=er3 "e Stettins3 a=ir1a ser ri"F>ulo para u1 a1eri>ano ver ain"a !ente ra>Ban"o lenBa >o1 1a>Ba"os i"@nti>os aos toma/a"s, "os Fn"ios$ O >nsul (osBer3 "e Sonneer!3 "e>lara no seu relatHrioM As =erra1entas "os a!ri>ultores "a TurFn!ia so 1uito !rosseiras$ Eu ea1inei re>ente1ente al!u1as velBas !ravuras representan"o >enas rsti>as "esta re!io no sD>ulo X$ 0iquei i1pressiona"o >o1 a se1elBan#a eistente entre as =erra1entas "e tais !ravuras e as usa"as BoeI$ SH se en>ontra1 instru1entos 1o"ernos nas eplora#Ges/1o"elo "o "uque$ ,o 1es1o 1o"o3 o >nsul Zilson3 "e )i>e3 in=or1a sore o sul "a 0ran#aM I)o interior3 D se1pre o velBo ara"o "o te1po "os ro1anos o universal1ente utilia"o3 ou ao 1enos utilia"o >o1 1ais =reqW@n>ia$ Ele apenas arranBa o solo3 se1 realiar sul>os pro=un"osI Jeports 5rom t/e consuls o= t/e 'nited States on agricultured mac/iner#. &á!inas -93 2N3 62-$Q E1 >e1 eplora#Ges "e "i=erentes ta1anBos3 utiliava1/se e1 -753 no i1pDr;o ale1oM "eulBa"ores (áquinas Ara"os Eplora#Ges Se1ea"ores Cei=eiras e1 !eral a vapor A vapor Outros A>i1a "e 2 Be>tares 2398 9399 93N6 939-397 93N5 ,e 2 a Be>tares -8379399 -325 9396 329 636 ,e a -9 Be>tares N379 939N377 9367 -935 8-375 ,e 29 a -99 Be>tares 735 93-9 -365 6358 -6369 6N395 ,e -99 para >i1a 5N3-6 325 382 8-3 6-322 6938 &or to"a parte D a !ran"e eplora#o que 1ais e1pre!a 1áquinas$ Se e>etuar1os o "eulBa"or3 sH se en>ontra1 raros tra#os 1e>Jni>os na pequena eplora#o$ O que D váli"o para as =erra1entas3 instru1entos e 1áquinas o D ta1D1 para as =or#as Bu1anas3 ani1ais e outras3 que os 1ovi1enta1 e "iri!e1$ A pequena eplora#o !asta/os propor>ional1ente 1uito 1ais para oter o 1es1o e=eito til$ ,e resto3 no po"e tirar "eles to"o o proveito "a !ran"e eplora#o3 elevan"o a sua pro"utivi"a"e$ )o ee1plo >ita"o 1ais a>i1a3 os 9 ara"os e as 9 >arro#as "os pequenos >a1poneses pre>isa1 "e 9 parelBas "e ani1ais e "e 9 >on"utores3 ao passo que os ara"os e as >arro#as "a !ran"e eplora#o sH pre>isa1 "e parelBas e "e >on"utores$ Se1 "vi"a3 os 9 pequenos >a1poneses po"e1 atrelar apenas u1a va>a a >a"a u1 "os seus ara"os3 ao passo que o ara"o "a !ran"e eplora#o D pua"o por quatro >avalosM 1as isto no lBes 1elBora a situa#o$ U1 ara"o "uplo =a >o1 u1 traalBa"or e tr@s >avalos o servi#o "e "ois ara"os si1ples >o1 "ois >avalos >a"a u1$ U1 ara"o "e tr@s rolBas =a3 >o1 u1 operário e quatro >avalos3 o servi#o "e tr@s ara"os si1ples >o1 tr@s operários e seis >avalos$ Se!un"o Reunin! P>ita"o por Ros>Ber3 Economia da Agri. cultura PROSC:ER3 )ationaldkono1ik "es A>kerausQ3 Bavia pelas alturas "e -7693 no reino "e Sae3 e1 -99 a>res "e proprie"a"e >a1ponesa3 838 >avalos3 e e1 -99 a>res "e "o1Fnios nores3 -3 apenas$ O re>ensea1ento "e -75 a>usa3 na Ale1anBa3 e1 -$999 Be>tares "e super=F>ie >ultiva"aM eplora#Ges >avalos 'a"o !rosso ,e 2 a Be>tares 65 78 ,e a 29 Be>tares --7 6N9
6-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ,e 29 a -99 Be>tares A>i1a "e -99 Be>tares
-2 78
729
O >a1pon@s3 >o1o se sae3 no >ria va>as uni>a1ente para o leite e a repro"u#o3 1as ta1D1 para o servi#o "e tiro$ O !ran"e n1ero "e va>as que se en>ontra na pequena eplora#o "e>orre i!ual1ente3 e1 lar!a 1e"i"a3 "o =ato "e o >a1pon@s $o>upar/se 1ais "a >ria#o "e !a"o e 1enos "a >ultura "e >ereais3 que a !ran"e eplora#o$ (as no se po"e epli>ar "essa 1aneira a "i=eren#a eistente no n1ero "e >avalos$ )a 'r/+retanBa3 a estatFsti>a "as eplora#Ges "e -779 a>usa3 por -$999 a>res "e terrenoM Eplora#Ges - a a 29 29 a 9 9 a -99 -99 a 899 899 a 99 99 a -$999 A>i1a "e -$999 Cavalos 2 7 N N5 N8 8 82 2N 'a"o 85 886 2N7 2N2 -56 -8 --8 7 A !ran"e eplora#o realia quanto ? =or#a Bu1ana a 1es1a e>ono1ia que quanto ? =or#a ani1al$ Os ee1plos a>i1a o prova1 su=i>iente1ente$ (ostra1 que3 1es1o sen"o i!uais to"as as >oisas3 a !ran"e eplora#o pre>isa "e 1enos ara"o3 "e 1enos =erra1enta3 que e1pre!a 1ais 1áquinas e>ono1ia"oras "e traalBo3 que po"e i1pri1ir ?s áreas >ultiva"as a =or1a e a etenso 1ais ra>ionais3 et>$ (as se o n1ero "e ani1ais e "e =erra1entas e1pre!a"as e a so1a "e =or>as "e traalBo utilia"as so3 em propor>ão, 1enores nu1a !ran"e "o que nu1a pequena eplora#o relativa1ente ? super=F>ie3 sen"o i"@nti>a a naturea "a lavoura3 no D 1enos evi"ente3 "e outro la"o3 que so se1pre 1aiores e1 2alor a3soluto na !ran"e "o que na pequena eplora#oM isto prova si1ples1ente que a pri1eira está 1ais Bailita"a a tirar proveito "a "iviso "o traalBo "o que a se!un"a$ Uni>a1ente a !ran"e eplora#o per1ite a espe>ialia#o e a a"apta#o "e =erra1entas e instru1entos aos "i=erentes traalBos que =ae1 a pro"u#o 1o"erna to superior ? pro"u#o prD/>apitalista$ O 1es1o o>orre >o1 rela#o ?s ra#as ootD>ni>as$ O pequeno >a1pon@s utilia a sua va>a >o1o ani1a leiteiro3 >o1o ani1al "e tiro e >o1o ani1al repro"utor$ Ele no pensa e1 sele#o3 "e a"apta#o "a ra#a e "o ali1ento a oetos "eter1ina"os3 assi1 >o1o no po"e "istriuir os "iversos traalBos "e sua eplora#o entre "i=erentes pessoas Ao >ontrário3 D o que =a a !ran"e eplora#o3 >o1 1ltipla vanta!ens$ O !ran"e proprietário >lassi=i>a os traalBos3 e1 "uas >ate!orias 4 os que re>la1a1 Baili"a"e e >ui"a"o parti>ulares3 e os que sH ei!e1 u1 si1ples e1pre!o "e =or#a3 Con=ia os pri1eiros ? parte "e seu pessoal que evi"en>ia "estrea ou "ili!@n>ia espe>iais3 e >ua apti"o e eperi@n>ia "e>orre1 "o ato "e >onsa!rar/se e>lusiva ou prin>ipal1ente3 a esse servi#o "eter1ina"o$ (as por e=eito "a "iviso "o traalBo e 1aior epanso "a >ultura3 os "iversos operários per1ane>e1 nos respe>tivos servi#os3 1uitas vees no altera1 as suas o>upa#Ges3 e assi1 "i1inue1 a per"a "e te1po e "e =or#a inerente a to"a 1u"an#a "e traalBo e "e lu!ar$ En=i13 a !ran"e eplora#o po"e ene=i>iar/se >o1 as vanta!ens "a >oopera#o 1etH"i>a e >oor"ena"a "e nu1erosas pessoas ten"o e1 vista u1 resulta"o pre>iso$ Esta superiori"a"e "a !ran"e eplora#o á era posta e1 relevo3 e1 -83 por u1 a!ri>ultor in!l@s$ Este 1ostrava que u1 lavra"or3 e1pre!an"o e1 899 a>res o 1es1o total "e traalBa"ores que "e lavra"ores e1pre!aria13 >a"a u1 e1 89 a>res Iteria e1 propor#o ao n1ero "e operários u1a vanta!e1 que apenas u1 práti>o =a>il1ente >o1preen"e^ porque D natural que -MN assi1 >o1o 8M-2 1as na reali"a"e isto no D eato^ nu1a >olBeita3 e e1 1uitas outras opera#Ges que ei!e1 i!ual >eleri"a"e3 pelo e1pre!o si1ultJneo "e 1uitos ra#os3 o traalBo se =a 1elBor e 1ais "epressa$ Assi13 por ee1plo3 "urante a >olBeita3 "ois >arro>eiros3 "ois >arre!a"ores "ois a1ontoa"ores "ois 1anea"ores "e an>inBo$ e o resto unto ? 1H ou na !rana3 =aro "uas vees 1ais servi#o "o que o 1es1o n1ero "e operários se "isse1ina"os e1 1uitas eplora#GesI PCita"o por (ARX3 Kapital3 t$ %3 2. e"i#o3 pá!$ 88NQ$ i!ual1ente possFvel3 nu1a eplora#o i1portante3 =aer/se >o1 que Bo1ens "o o=F>io realie13 "epressa e e13 >ertos traalBos que o >a1pon@s ee>uta laoriosa1ente e 1al3 ou que3 apHs Baver espera"o 1uito te1po e so o i1pDrio "e u1a ne>essi"a"e ur!ente o =a#a ee>utar por u1 pro=issional "e lu!ar "istante$ Certas eplora#Ges "e vulto t@1 a sua prHpria =ora a sua prHpria$ selaria3 a sua prHpria o=i>ina "e >arro#as3 "estina"as a reparos e ? =ari>a#o "e =erra1entas e instru1entos si1ples$ (as a vanta!e1 1ais >onsi"erável que resulta3 para a !ran"e eplora#o3 "o n1ero 1aior "e 1o/"e/ora que e1pre!a3 >onsiste na "iviso "o traalBo entre os operários 1anuais e os operários intele>tuais$ i1os a i1portJn>ia que u1a "ire#o tD>ni>a a"quire para u1a eplora#o a!rF>ola^ que so1ente ela per1ite u1a atua#o 1etH"i>a3 >apa "e eli1inar qualquer "esper"F>io3 qualquer re"u#o "a riquea "o solo^ que uni>a1ente u1 a!rno1o saerá3 >o1 au"a "e u1a >ontaili"a"e ra>ional e eata
62
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ qual o a=olBa1ento3 a a"ua!e13 a 1áquina3 a ra#a ani1al3 a espD>ie "e =orra!e1 e1 a"equa"os e1 >a"a 1o1ento3 ?s ei!@n>ias perpetua1ente vari3áveis "a >i@n>ia e "o 1er>a"o$ (as3 na so>ie"a"e atual3 o apren"ia"o 1anual e a >ultura >ienti=i>a esto inteira1ente separa"os$ &ara que u1a eplora#o possa e1pre!ar os servi#os "e u1 a!rno1o3 D pre>iso que sea astante etensa3 a =i1 "e que as =un#Ges "e "ire#o e "e vi!ilJn>ia "@e1 o>upa#o a u1 Bo1e1$ Esta etenso3 e1 >ertas >on"i#Ges D "eter1ina"a$ aria >o1 o !@nero "e eplora#o$ Co1 u1a eplora#o 1uito intensiva3 na viti>ultura por ee1plo3 sH po"erá ser "e 8 Be>tares^ >o1 u1a eplora#o etensiva3 no >aso "e pasta!ens3 por ee1plo3 po"erá ser "e 99 Be>tares$ E1 1D"ia a"1ite/se que3 na Europa Central3 u1a proprie"a"e "e 79/-99 Be>tares3 >on"ui"a se!un"o o 1Dto"o "e >ultura intensiva e3 na BipHtese "a >ultura etensiva3 u1a proprie"a"e "e -99/-2 Be>tares3 pressupGe1 u1 servi#o "e "ire#o su=i>iente para o>upar u1a pessoa espe>ialia"a$ Apenas3 pois3 so a >on"i#o "e ter essa i1portJn>ia D que u1a eplora#o europDia po"e ser or!ania"a e "iri!i"a se!un"o os prin>Fpios >ientF=i>os$ (as na Ale1anBa3 e1 -753 e1 $7$8eplora#Ges a!rF>olas sH Bavia 26$96- >o1 -99 Be>tares e 1aisf )o D3 pois3 u1 pro"F!io que atD a!ora tenBa Bavi"o to pou>os tra#os "e u1a a!ri>ultura ra>ionalf 'olt "e>lara que o pro"uto 1D"io "as >olBeitas D 1uito aio3 Ise >o1para"o aos pro"utos que po"e1 ser oti"os3 e "e =ato so oti"os3 1es1o nos terrenos 1enos =Drteis pelo e1pre!o "os 1elBores pro>essos "e >ultura$ Entre os a!ri>ultores >o1 lar!a eperi@n>ia3 >reio no Baver nin!uD1 que 1e >ontra"i!a se eu "isser que se po"e3 >o1 plantio 1elBor3 elevar o resulta"o "as >olBeitas "e N a 7 quintais por Be>tare$ ,e =ato3 se!un"o o 1eu >ritDrio3 po"e1os au1entar in=inita1ente 1ais a quanti"a"e "os pro"utos >ei=a"os3 1as to1o inten>ional1ente u1 n1ero que nenBu1 enten"i"o po"erá >ontestarI P,ie ln"li>Be Areiterklasse un" "er preussi>Be Staat3 pá! -6Q$ Se!un"o o que =i>a eposto3 a Ale1anBa estaria e1 >on"i#Ges3 >o1 plantio 1elBor3 "e pro"uir 1ais -99 1ilBGes "e quintais "e >ereais3 se1 au1ento "e super=F>ie >onsa!ra"a a essa lavoura$ uo traalBo "e orienta#o no os o>upa inteira1ente e "eve1 realiar "i=erentes tare=as3 pro>ura/se3 por inter1D"io "e es>olas a!ron1i>as in=eriores "ar/lBes >onBe>i1entos 1ais >o1pletos que os "a es>ola pri1ária$ Sere1os os lti1os a >ontestar a utili"a"e "essa instru#o3 1as D evi"ente que no po"e >o1parar/se >o1 a 1inistra"a nos institutos a!ron1i>os$ Ela nos pare>e a"equa"a ? =or1a#o3 para a !ran"e e1presa3 "e =un>ionários sualternos se1 ei!@n>ias3 representan"o "e>rDs>i1o nos !astos "e a"1inistra#o3 e no "e` a!ri>ultores 1o"ernos in"epen"entes$ (as tais es>olas "e a!rono1ia "eve1 ser en>ara"as so u1 outro aspe>to$ U1 espe>ialista queia/se "e que nelas3 =reqWente1ente Ise a"quire1 Báitos "e vi"a que no >onv@1 ao a!ri>ultor 1D"io3 e 1enos ain"a ao pequeno a!ri>ultor$ E1 !eral a>onte>e que3 "epois3 o aluno no se sente e1 nu1a situa#o 1o"esta ou a ela no se >on=or1a$ Terá assi13 >o1 a =reqW@n>ia "a es>ola3 "urante to"a a sua eist@n>ia3 no lu>ro3 1as preuFoI PK%RC:)ER3 'olts>Bes :an"u>B3 %$3 pá!$ N2-Q$ Kir>Bner te1e essas >onseqW@n>ias on"e os >ostu1es estu"antinos venBa1 a estaele>er/se$ (as a a"o#o "esses >ostu1es sH D e=eito eterior "a trans=or1a#o interior pro"ui"a pelas es>olas "e a!rono1ia$ U1a >ultura es>olar superior no se >on>ilia >o1 o ra1erro "o 1eio rural$ A 1assa "os Bo1ens instruF"os se re>ruta na >lasse "o1inante3 e >res>e >o1 os "eseos "e vi"a ur!uesa3 "eseos que se >o1uni>a13 "e 1aneira i1per>eptFvel3 e1 virtu"e "a in=lu@n>ia ne>essária "o a1iente aos que saFra1 "o povo e se eleva1 pelos seus prHprios es=or#os$ Co1 u1 !anBo que per1ita ao >a1pon@s3 ao arteso$ ao operário in"ustrial u1a eist@n>ia =ol!a"a3 u1 Bo1e1 >ulto se "e!enera =Fsi>a ou 1oral1ente3 no raro so esse "uplo aspe>to$ Os >onserva"ores no "eia1 "e ter rao quan"o "e>lara1 que u1a instru#o superior torna o lavra"or i1prHprio para o seu servi#o$ (as D u1 ea!ero ri"F>ulo3 e 1ais ain"a3 repu!nante3 "e>larar/se que os par>os >onBe>i1entos 1inistra"os nas nossas es>olas pri1árias so in>o1patFveis >o1 a eist@n>ia "o >a1pon@s$ %sto3 "e u1 la"o3 i1porta e1 reaiá/%o ao nFvel "a esta3 e3 "e outro3 e1 arran>ar/lBe a possiili"a"e "e i1pri1ir ? sua eplora#o u1 >aráter ra>ional3 por insi!ni=i>ante que sea$ (as esta instru#o superior ei!i"a por u1a eplora#o asoluta1ente ra>ional D "e >erto "i=i>il1ente >o1patFvel >o1 as atuais >on"i#Ges "a eist@n>ia >a1ponesa$ eri=i>á/%o3 natural1ente no i1pli>a e1 >on"ena#o "o ensino superior3 1as "as >on"i#Ges e1 que o lavra"or se arrasta$ Si!ni=i>a3 apenas3 que a eplora#o >a1ponesa resiste ? !ran"e eplora#o no por u1a pro"utivi"a"e 1ais alta3 1as por ei!@n>ias 1enores$ A e1presa "e vulto3 "eve a priori pro"uir 1ais "o que a pequena para >onse!uir o 1es1o ren"i1ento lFqui"o "esta3 porque a >onta "e suas "espesas no >o1preen"e so1ente os !astos "e susist@n>ia Pe1 espD>ie ou e1 !@nerosQ "os traalBa"ores rurais3 1as ta1D1 "os traalBa"ores uranos e "os ur!ueses$ ,este ponto "e vista3 so as proprie"a"es 1D"ias que se en>ontra1 nas piores >on"i#Ges3 pois so as que t@1 "espesas "e a"1inistra#o relativa1ente 1ais eleva"as$ Seus !astos "i1inue1 rapi"a1ente3 ? 1e"i"a que a eplora#o >res>e$ A a"1inistra#o "e u1a proprie"a"e "e -99 Be>tares ei!e u1 a!rno1o
68
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ P"ono ou >aseiroQ$ &ara u1a proprie"a"e "e N99 Be>tares astará u1 =un>ionário sualterno a 1ais$ O pro"uto3 to"as as >oisas per1ane>en"o i!uais3 D neste >aso quatro vees 1ais eleva"o$ Os !astos "e a"1inistra#o so apenas u1a ve e 1eia 1ais altos$ U1a eplora#o 1aior D3 no interior "o >a1pesinato3 to"as as >oisas per1ane>en"o i!uais3 superior a u1a eplora#o "i1inuta$ O 1es1o o>orre 4 e1 >ertos li1ites que "eter1inare1os 4 no interior "a >lasse "os terratenentes$ Ao >ontrário3 nas =ronteiras entre a e1presa >a1ponesa e a !ran"e e1presa se veri=i>a u1a 1u"an#a "a quanti"a"e e1 quali"a"e3 para =alar1os >o1o :e!el$ Essa 1u"an#a po"e =aer >o1 que3 e1 tal ponto3 a eplora#o >a1ponesa sea superior3 seno "o ponto "e vista tD>ni>o3 ao 1enos "o ponto "e vista e>on1i>o3 ? eplora#o 1ais a1pla3 a"1inistra"a por u1 a!rno1o$ Os !astos i1plF>itos na "ire#o "e u1 a!rno1o >onstitue1 =reqWente1ente para u1a pequena terra nore3 u1a responsaili"a"e que os servi#os presta"os no >o1pensa1$ (as essa responsaili"a"e se torna natural1ente 1ais pesa"a quan"o o "iri!ente3 e1 lu!ar "e u1a e"u>a#o >ientF=i>a3 possui u1a e"u>a#o "e 1or!a"o$ ontrário3 a !ran"e proprie"a"e >a1ponesa D superior ? pequena3 a !ran"e terra nore D superior ? pequena / se1pre a"1iti"a a BipHtese "e que to"as as "e1ais >ir>unstJn>ias so i"@nti>as$ Entre as vanta!ens3 tD>ni>as que a !ran"e eplora#o apresenta e1 rela#o ? pequena3 >itare1os ain"a as que lBe resulta1 "os traalBos$ "e >onstru#o sH leva"os a e=eito >o1 @ito quan"o e1preen"i"os e1 lar!as propor#Ges3 e1 parti>ular os traalBos "e irriga>ão e drenagem. ,renar u1a pequena super=F>ie D ?s vees inteira1ente i1possFvel3 "an"o e1 >ertos >asos proveitos insi!ni=i>antes$ E1 re!ra sH se "rena1 as !ran"es super=F>ies$ Se!un"o (eiten3 e1 -773 na &rssia3 nas proprie"a"es i1portantes3 -7$-92 !eiras era1 "rena"as^ nas pequenas3 29$7 apenas$ As estradas de 5erro agr1colas, i!ual1ente apenas3 se re>o1en"a1 nas super=F>ies >onsi"eráveis3 >ontFnuas$ $ A to"as essas vanta!ens "a !ran"e e1presa na es=era "a produ>ão "eve1os a"i>ionar as "iversas vanta!ens relativas ao crdito e ao comrcio. E1 J1ito al!u1 a superiori"a"e "a !ran"e sore a pequena eplora#o D 1ais a>entua"a "o que no >o1Dr>io$ IO >ál>ulo que se =a >o1 os al!aris1os eleva"os no ei!e 1ais te1po que o >ál>ulo >o1 os pequenos al!aris1os$ &re>isa1os te1po "e vees 1aior para -9 >o1pras "e -99 liras esterlinas "o que para u1a >o1pra 6nica "e -$999 liras esterlinas$ )o >o1Dr>io3 1ais ain"a "o que na in"stria3 o 1es1o traalBo3 e=etua"o e1 ponto !ran"e ou ponto pequeno3 to1a o 1es1o te1po P(ARX3 ,as Kapital3 %%%3 -3 pá! 25Q$ As "espesas "e transporte3 e1 parti>ular por estra"a "e =erro3 "i1inue1 ta1D1 para as !ran"es 1assas "e 1er>a"orias$ O que >o1pra por ata>a"o >o1pra 1ais arato e 1elBor "o que o que >o1pra a vareo$ O que >o1pra por ata>a"o po"e3 >o1 o 1es1o proveito3 ou 1es1o >o1 proveito 1aior3 ven"er 1ais arato3 triun=ar na >on>orr@n>ia$ (as o ne!o>iante aasta"o no te1 apenas3 propor>ional1ente ? etenso "e sua loa3 !astos 1enores que o pequeno >o1er>iante$ %!ual1ente "o1ina e aar>a o 1er>a"o >o1 o seu olBar3 ao >ontrário "este lti1o$ %sto D váli"o3 antes "e 1ais na"a3 para o >o1er>iante propria1ente "ito3 1as o D ta1D1 para o in"ustrial e o a!ri>ultor na 1e"i"a e1 que eles3 >o1o >o1pra"ores ou ven"e"ores3 realia1 atos 1er>antis$ A lti1a oserva#o3 a =a>ul"a"e 1enor "e "o1Fnio e "e >onBe>i1ento "o 1er>a"o3 "i respeito3 e1 1ais ain"a que ao pequeno >o1er>iante3 ao pequeno arteso$ Este no po"e ter pessoal en>arre!a"o "a ven"a3 e sH =un>iona >o1o >o1er>iante "e 1aneira a>essHria$ (as ela "i respeito3 soretu"o ao >a1pon@s isola"o no interior$ Entre to"os os >o1pra"ores e ven"e"ores "o 1er>a"o3 D o que se en>ontra e1 piores >on"i#Ges$ )in!uD1 te1 >onBe>i1ento >o1er>iais 1enores "o que ele3 nin!uD1 sae3 1enos "o que ele3 aproveitar3 ou 1es1o prever3 rapi"a1ente as >ir>unstJn>ias3 =avoráveis3 ou prevenir as >ir>unstJn>ias "es=avoráveis$ A sua eplora#o3 >ontu"o3 D 1uito 1ais >o1plea que a "o arteso urano3 aar>a ra1os "e traalBo 1uito 1ais nu1erosos3 e ne>essita3 por >onse!uinte3 "e >o1pras e ven"as "e 1atDrias pri1as 1ais varia"as$ O sapateiro sH pre>isa >o1prar3 alD1 "e sua =erra1enta3 o >ouro3 o =io e os pre!os$ Apenas ven"e >alea"os$ O >a1pon@s a"quire3 alD1 "e =erra1entas os ani1ais3 as se1entes3 as =orra!ens3 os a"uos arti=i>iais$ Ele ven"e !a"o3 >ereais3 leite3 1antei!a3 ovos3 et>$ )in!uD1 "e$ pen"e tanto "o >o1Dr>io >o1o ele$ O 1ái1o "esta "epen"@n>ia e "as >onseqW@n>ias =unestas que >o1porta D al>an#an"o nos lu!ares e1 que o >o1er>iante apare>e ao 1es1o te1po >o1o usurário, nos lu!ares e1 que u1a ne>essi"a"e pre1ente "e "inBeiro3 para o pa!a$ 1ento "os seus i1postos e "e suas "ivi"as3 =or#a o >a1pon@s a "es=aer/se "e seus pro"utos por qualquer pre#o ou 1es1o a ven"@/los antes "e ene=i>ia"os para o 1er>a"o$ Ain"a aqui ternos u1a 1ani=esta#o e1 que se evi"en>ia a superiori"a"e "a !ran"e sore a pequena eplora#oM o crdito.
6N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ i1os no >apitulo pre>e"ente que a a!ri>ultura 1o"erna no po"e "ispensar o >apital$ i1os ta1D1 que on"e no pre"o1ina o siste1a "e arren"a1ento3 a Bipote>a D o 1eio prin>ipal que o>orre ao a!ri>ultor ? pro>ura "e "inBeiro$ Ele ain"a po"e =aer uso "e seu >rD"ito pessoal ou ven"er u1a parte "e sua proprie"a"e3 a =i1 "e reservar o "inBeiro ne>essário ? eplora#o "o resto$ (as este lti1o re>urso ne1 se1pre D possFvel3 e 1uitas vees no D a>onselBável$ &orque3 pela "i1inui#o "a proprie"a"e o seu "ono per"e as vanta!ens "e u1a e1presa 1aior$ AlD1 "isso3 renun>ia ?s oportuni"a"es "e valoria#o "a parte sa>ri=i>a"a3 valoria#o que po"e resultar tanto "a alta "a ren"a territorial quanto "a aia "a taa "e uro$ O >rD"ito pessoal e a Bipote>a so3 por >onse!uinte3 para ele3 os 1eios p rin>ipais "e >onse!uir >apital$ O >rD"ito Bipote>ário D e1pre!a"o prin>ipal1ente quan"o se trata "e oter u1 >apital =io P1elBora1entos3 >onstru#Ges 4 =ae1os astra#o aqui "as 1u"an#as "e "onos >o1o >ausa "e en"ivi"a1ento Bipote>árioQ$ O >rD"ito pessoal D e1pre!a"o quan"o se trata "e oter >apital 1Hvel 4 a"uos3 se1entes3 salários3 et>$ Outrora o en"ivi"a1ento "o proprietário territorial "e>orria "e u1 esta"o "e >rise$ Era u1 esta"o anor1al$ )o siste1a >apitalista3 se1pre que o proprietário territorial e o a!ri>ultor uri"i>a1ente se >on=un"e1 nu1a ni>a pessoa3 ele resulta "o pro>esso 1es1o "a pro"u#o$ O en"ivi"a1ento "a proprie"a"e =un"iária D aqui u1 =en1eno inevitável$ (as ao 1es1o te1po3 a espD>ie que >on>retie se torna u1 =ator essen>ial "a pro"u#o a!rF>ola$ %sto D váli"o tanto para a pequena >o1o para a !ran"e eplora#o$ (as na aquisi#o "e >rD"ito3 a !ran"e eplora#o >onta >o1 "iversas vanta!ens$ O >onsenti1ento e o re!istro "e u1a Bipote>a "e 299$999 =ran>os$ no re>la1a1 1ais traalBo e "espesas que os "e u1a Bipote>a "e 2$999 =ran>os o 299$999 =ran>os e1presta"os e1 >e1 lo>ali"a"es "i=erentes3 i1porta1 nu1 !asto "e traalBos >e1 vees 1aior que a 1es1a so1a >olo>a"a nu1 ni>o lu!ar$ La=ar!ue "á u1 ee1plo epressivo "esse =ato no seu notável arti!o sore A pe$uena propriedade territorial na ran>a, puli>a"o na %eue eit P%3 pá!$ 8N7QM IOs !astos so tanto 1ais >onsi"eráveis quanto 1enos i1portante D u1 e1prDsti1o Bipote>ário e 1ais >urto o lapso "e te1po para o qual D =eito$ Eis3 por ee1plo3 os uros e "espesas or"inárias "e u1 e1prDsti1o Bipote>ário "e 899 =ran>osM
:onorários "o taelio CHpia "a es>ritura e1 "uas vias Rol "e ins>ri#o e "e re"a#o Selos 'astos "e ins>ri#o "e -3-9 =r por -99 =ran>os %ns>ri#o no re!istro "e Bipote>as [uro 1Fni1o "e g ,espesas "e ree1olso TOTAL
=ran>os 8 8 235 8389 8 - -N N532
A pessoa que lan#a 1o "o >rD"ito sH re>ee pois3 "e =ato3 por u1 e1prDsti1o Bipote>ário "o valor no1inal "e 899 =ran>os 29 =ran>os e I$ )a$ Ale1anBa no D "i=erente o que o>orre$ )o relatHrio "a So>ie"a"e Central "e A#Ges "e CrD"ito Territorial "a &rssia3 relativo ao ano "e -75N 4 puli>a"o e1 aril "e -75 4 le1osM I)estes lti1os anos pro>ura1os =a>ilitar parti>ular1ente os a"ianta1entos "e =un"os aos pequenos e 1D"ios proprietários$ Se estes ain"a Boe esto !rava"os "e Bipote>as a uros altos3 Bipote>as "e parti>ulares3 "e =un"a#Ges e "e >aias e>on1i>as3 D porque as re=eri"as institui#Ges3 na 1or parte3 1es1o no >aso "os >o1pro1issos que in>i"e1 sore u1 pequeno pe"a#o "e terra3 no po"e1 evitar as "espesas "e taa3 e porque estas3 "even"o ser pa!as pela pessoa que lan#a 1o "o >rD"ito3 na BipHtese "e u1 pequeno e1prDsti1o no !uar"a >o1 ele a "evi"a propor#o$ &ara re1e"iar o 1al3 Bá "ois anos estaele>e1os taas =ias$ Se!un"o esse Siste1a3 to"os os que =ae1 e1prDsti1o "eve1 pa!ar/nos quaisquer que sea1 e1 reali"a"e as "espesas "aF "e>orrentes3 os "ois 1ilDsi1os "a quantia e1presta"a / so3 a reser2a de um m1nimo de Y 5rancos e de um má;imo de Y 5rancos. &or >onse!uinte3 "es"e -$99 =ran>os3 so1a 1Fni1a que po"e1os e1prestar3 atD -$999 =ran>os3 os !astos "e taa e Bonorários "e avalia#o no Iultrapassa1 a1ais a =ra>a so1a "e 89 =ran>osI$ A tanto se re"u essa Ire=or1a so>ialIM nu1 e1prDsti1o "e -$99 =ran>os3 as "espesas "e taa so to eleva"as quanto as "e u1 e1prDsti1o "e -$999 =ran>osf Aaio "e -$99 =ran>os no se =ae1 e1prDsti1os$ Os lavra"ores 1enores no >onse!ue1 >rD"ito Bipote>ário$ T@1 assi1 a =eli>i"a"e "e se isentare1 "e "ivi"asf I
6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ )a &rssia3 se!un"o o inquDrito =eito por (eissen e1 -77N a !ran"e proprie"a"e está 1uito 1ais !rava"a "e Bipote>as "o que a pequena$ As "ivi"as =un"iárias si1ples se elevava1 4 to1an"o/se por ase "e per>enta!e1 o pro"uto lFqui"o "o i1posto territorial 4 para os proprietários "eM 99 tBalers e 1ais -99/99 tBalers 89/-99 tBalers
837g 235g 2N3-g
)o se "eve "e"uir "estas >i=ras que a >rise "a !ran"e proprie"a"e territorial sea 1aior M elas se epli>a1 1uito e1 pelas "i=i>ul"a"es relativa1ente 1aiores "a >on>esso "e >rD"ito Bipote>ário para os >a1poneses$ Estes >a"a ve 1ais so >o1peli"os ao >rD"ito pessoal$ (as o crdito pessoal D pior que o >rD"ito Bipote>ário$ O a!ri>ultor aasta"o ven"e os seus pro"utos3 "ireta1ente3 no !ran"e 1er>a"o >o1 o qual se pGe e1 >onta>to per1anente$ Te13 por >onse!uinte3 nos >entros e>on1i>os e1 que o !ran"e >apital3 ? pro>ura "e >olo>a#o3 se a>u1ula3 tanto >rD"ito quanto u1 >o1er>iante ou u1 in"ustrial3 a"1itin"o que sea o1 a"1inistra"or$ O >a1pon@s3 isola"o3 ten"o a ven"er apenas u1a pequena quanti"a"e "e pro"utos3 no se aproi1a "o !ran"e 1er>a"o$ 0a seus ne!H>ios >o1 o >o1er>iante "a vila viinBa3 a que1 pro>ura ou que o vai visitar$ As suas transa#Ges per1ane>e1 inteira1ente i!nora"as "o !ran"e >apital urano$ )a >i"a"e no Bá u1 an>o e1 que =a#a os seus "epHsitos e que i!ual1ente lBe ara >rD"ito$ a1pon@s pre>isa "e "inBeiro D ori!a"o a pro>urar u1 "os >apitalistas rurais "e sua viinBan#a$ E no po"e =aer 1uita es>olBa3 pois so pou>o nu1erosos no interior$ 0reqWente1ente3 trata/se "o prHprio >o1er>iante3 "e u1 proprietário "e al"eia ou "e u1 >a1pon@s aasta"o3 pessoas que lBe >onBe>e1 a situa#o3 que no "esprea1 os pequenos e1prDsti1os3 1as quere1 e sae1 tirar "esses pequenos e1prDsti1os o 1aior proveito possFvel3 pois a pro>ura "e >apital3 no >a1po3 D e1 1aior que a o=erta$ Oserve/se3 ain"a3 que as ne>essi"a"es "e "inBeiro "o >a1pon@s so ?s vees pre1entes e que a superiori"a"e e>on1i>a "o >apitalista e1 rela#o a ele D enor1e$ &ara o !ran"e proprietário territorial3 ao >ontrário3 a"1iti"o que sea u1 a!ri>ultor inteli!ente e >apa3 no >urso "a evolu#o >apitalista3 o e1prDsti1o usurário to1a a =or1a "o >rD"ito 1o"erno "e pro"u#o3 >ua taa se a"apta ? taa "e lu>ro$ a1pon@s3 D ori!a"o a re>orrer a essa soreviv@n>ia "a %"a"e (D"ia3 o presta1ista va1piro3 que su!a o que po"e su!ar3 >ora uros e1 "espropor#o >o1 a taa "e lu>ro3 e assi13 e1 lu!ar "e au"ar a pro"u#o3 solapa inteira1ente a eist@n>ia "o "eve"or$ A evolu#o >apitalista te1 >o1o >onseqW@n>ia ne>essária3 tanto para o >a1pon@s >o1o para o !ran"e proprietário territorial3 o en"ivi"a1ento$ (as e1 virtu"e "as pequenas propor#Ges "a eplora#o >a1ponesa3 ela no supri1e para si3 >o1o o>orre >o1 a !ran"e eplora#o3 as =or1as "e "Fvi"as 1e"ievais3 que so in>on>iliáveis >o1 as ne>essi"a"es "a pro"u#o >apitalista$ Se >onsi"erar1os to"as essas vanta!ens "a !ran"e e1presa na a!ri>ultura / a i1portJn>ia 1enor "a super=F>ie no >ultiva"a3 as e>ono1ias "e Bo1ens3 "e ani1ais e "e instru1entos3 a utilia#o inte!ral "e to"os os oetos3 a possiili"a"e "o e1pre!o "e 1áquinas3 >o1 a qual no >onta a pequena eplora#o3 a "iviso "o traalBo3 a "ire#o >on=ia"a a a!rno1os3 a superiori"a"e >o1er>ial3 1aior =a>ili"a"e para a oten#o "e "inBeiro / ento se >on>eerá "i=i>il1ente que o pro=essor Serin! possa a=ir1ar >o1 se!uran#aM IZ e2idente $ue todo g@nero de cultura do solo po"e ser prati>a"o3 na 1D"ia e na pequena proprie"a"e3 tão racionalmente quanto na !ran"e^ ao >ontrário "o que a>onte>e na in"stria3 D evi"ente que a intensi"a"e >res>ente "a >ultura "o solo >on=ere ? pequena proprie"a"e u1a superioridade considerá2el so3re a grande9 P,ie innere Kolonisation in dstli>Ben ,euts>Blan"3 pá!$ 5-Q$ E1 virtu"e "essa Isuperiori"a"e >onsi"erávelI3 "ever/se/ia esperar que o pro=essor Serin! re>la1asse o =ra>iona1ento "as !ran"es proprie"a"es$ (as D o que no reivin"i>a$ %1e"iata1ente "epois "a "e>lara#o a>i1a3 a>res>entaM Iisto que os terratenentes so os >Be=es na es=era "o pro!resso e>on1i>o3 soreviria u1 "esastre para o nosso "esenvolvi1ento se a !ran"e proprie"a"e "o Este =osse ori!a"a a "esapare>er se1 "eiar rastos$ E1 parte al!u1a o nivela1ento asoluto "eu 3ons resultados a "i=eren>ia#o D a >on"i#o "e to"o pro!resso^ no so apenas os servi#os que lBe "eve o Esta"o3 so ta1D1 os ser2i>os de ordem econmica que e1presta a aristo>ra>ia territorial "o Este que =ae1 "a sua >onserva#o u1a necessidade nacional9. Assi13 a pequena proprie"a"e te1 sore a !ran"e3 no que "i respeito ? eplora#o ra>ional3 sem distin>ão "e "o1Fnios3 u1a superiori"a"e considerá2el, tanto 1ais >onsi"erável quanto 1ais intensiva D a sua >ultura$ Contu"o3 os ser2i>os de ordem econmica presta"os pelas !ran"es proprie"a"es "as provFn>ias orientais =ae1 "a sua >onserva#o u1a necessidade nacional. ere1os 1ais tar"e >o1o se epli>a esta ealta#o si1ultJnea "a pequena e "a !ran"e
66
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ proprie"a"e$ Re!istre1os apenas que u1 Bo1e13 to respeitoso e entusiasta "a pequena >ultura >o1o Serin!3 no ousa tirar as >onseqW@n>ias "e seus pontos "e vista e pe"ir a supresso "a !ran"e e1presa3 "e 1e"o "e assi1 paralisar os pro!ressos "a a!ri>ultura$ (as entre os espFritos no preveni"os se en>ontra 1uito pou>o respeito e entusias1o pela pequena proprie"a"e$ Krae1er3 que no D e1 asoluto u1 a"versário "os >a1poneses3 resu1e 1uito e1 nestes ter1os as vanta!ens "a !ran"e$ eplora#o P'olts>Bes :an"u>B3 %3 pá! -56QM I\ u1 =ato >onBe>i"o e =a>il1ente >o1preensFvel que a pequena proprie"a"e sea es1a!a"a por "espesas enor1es >o1 >onstru#Ges3 >o1pra "e ani1ais "e tiro e instru1entos^ que 1es1o al!u1as "e suas ne>essi"a"es >orrentes3 >o1o por ee1plo as "e aque>i1ento e "e ilu1ina#o3 sea1 1aiores "o que na !ran"e proprie"a"e$ \ =a>ul"a"e =un"a1ental "e >ertas =un#Ges e>on1i>as a "e sH pro"uire1 lu>ro quan"o ee>uta"as nu1a ase etensa$ Esto nesse >aso a >ria#o "e ani1ais3 a realia#o "e al!uns traalBos tD>ni>os3 o e1pre!o "e 1áquinas3 as oras "e 1elBora1ento3 et>$ Em es5eras semel/antes, a grande e;plora>ão D sempre superior. Ela po"e !oar "e tais vanta!ens no preparo "os pro"utos e na utilia#o "o >rD"ito$ (as o !ran"e proprietário te13 soretu"o3 o privilD!io "e po"er3 e1 virtu"e "e sua situa#o e "e seus =ins3 asear a sua e1presa nu1 plano "eter1ina"o3 plano que lBe per1ite u1a viso "e >onunto e a siste1atia#o "os "iversos servi#os$` (e"iante a apli>a#o "o i1portante prin>Fpio "a >on>entra#o e "a "iviso "o traalBo$ po"e orientar as tare=as e1 "ire#Ges espe>iais3 tornan"o 1ais pro"utiva3 a ativi"a"e "os Bo1ens que e1pre!a3 EM in"uitável que a evolu#o 1o"erna "a a!ri>ultura propor>iona ? !ran"e proprie"a"e re>ursos >ientF=i>os e tD>ni>os etraor"inários3 que a Bailita13 pela =or1a#o "e pessoal espe>ialia"o3 a a=ir1ar a sua superiori"a"e nesse3s "i=erentes setoresI$ PQ E;cesso de tra3al/o e insu5ici@ncia de consumo na pe$uena e;plora>ão ui"a"os 1ais assF"uos "o traalBa"or que pro"u para si 1es1o / ao >ontrário "o assalaria"o / e a sorie"a"e "o pequeno a!ri>ultor proprietário3 que supera a =ru!ali"a"e "o operário a!rF>ola$ [oBn Stuart (ill u1 "os 1ais ar"entes "e=ensores "a pequena >ultura3 apresenta >o1o sua >ara>terFsti>a 1ais i1portante o in=ati!ável laor "e seus traalBa"ores3 Cita entre outros nos seus prin>Fpios "e e>ono1ia polFti>a3 u1 autor in!l@s que =ala o se!uinte "os >a1poneses no &alatina"oM ITraalBa1 >o1 ar"or "e 1anB a tar"e3 porque te1 a >ons>i@n>ia "e que lauta1 para si 1es1os$ Eles se etenua1 Pl "ia to"o3 "o >o1e#o ao =i1 "o ano$ So as 1ais resistentes3 as 1ais in=ati!áveis3 as 1ais perseverantes estas "e >ar!a$ Os in!leses se to1aria1 "e espanto se visse1 >o1$ que >ui"a"o os ale1es re>olBe1 a sua lenBaI$ E =ala "epois "a Iativi"a"e quase sore/Bu1anaI "os pequenos >a1poneses3 a qual i1pressiona 5ortemente a que1 "ela to1e >onBe>i1ento$ A oserva#o "e que tais traalBa"ores so as 1ais resistentes e in=ati!áveis estas "e >ar!a será "e 1ol"e a "i!ni=i>ar a espD>ie Bu1anab (as o >a1pon@s no se >on"ena in"ivi"ual1ente apenas a este traalBo =or#a"o$ Con"ena ta1D1 a sua =a1Flia$ )a a!ri>ultura3 lar e lavoura esto inti1a1ente =un"i"os$ &or >onse!uinte3 as =or#as "e traalBo 1enos resistentes3 as >rian#as esto se1pre sueitas ? eplora#oMI Assi1 >o1o na in"stria "o1Dsti>a3 na pequena eplora#o a!rF>ola a ativi"a"e "as >rian#as3 no seio "as respe>tivas =a1Flias3 D ain"a 1ais perni>iosa "o que a =orne>i"a por elas3 1e"iante salário3 para os estranBos$ IO traalBo "as 1ulBeres e "os 1enores3 "i u1 relatHrio est=aliano3 D rara1ente =eito para estranBos e no a>arreta3 pois3 in>onvenientes "e espD>ie al!u1a$ O "as >rian#as D 1es1o 1uito proveitoso$ (as na 1aioria "as vees elas so eauri"as por seus prHprios pais3 "e 1aneira que po"e1os entrever nisso u1 peri!o para o re>ruta1ento 1ilitarI$ E u1 outro inspetor a=ir1a no seu relatHrio3 para tranqWiliar M IA ativi"a"e "os 1enores torna/se inquietante ao 1ái1o quan"o so e1pre!a"os e1 >asa "e seus pais ou "os ornaleiros arren"atários3 que os =ae1 traalBar e1 tro>a "e quarto3 >a1a e 1esaI PSitua#o "os operários a!rF>olas no )or"este "a Ale1anBa$ ErBeun!en "es ereins =Wr Soialpolitik$ %3 S$ 783 -22$Q$ (uito tranqWilia"or3 real1entef SH 1es1o u1 parti"ário =anáti>o "a pequena proprie"a"e territorial po"erá ver al!u1a vanta!e1 nesta "epen"@n>ia que ela >on"ena os traalBa"ores3 trans=or1an"o/os e1 estas "e >ar!a3 traalBa"ores >ua vi"a3 e>eto nos 1o1entos reserva"os para o sono e para a >o1i"a3 se re"u a u1 servi#o >ontFnuo$ A lou>ura "o traalBo no D3 >ontu"o3 u1 1al Bere"itário "os >a1poneses$ O n1ero "os "ias "e =esta que3 a partir "a %"a"e (D"ia se te1 1anti"o atD Boe e1 1uitos paFs >atHli>os3 asta para prová/%o$ Ros>Ber >ita o ee1plo "e u1a re!io "a +aia +aviera on"e se >ontava1 anual1ente 29N =eria"os Pentre outros3 N9 =estas "e pa"roeiros e sua repeti#o nos arre"ores3 -2 =estas "e tiro3 et>$Q$ Ali os "iverti1entos >o1e#ava1 na vDspera3 ?s quatro Boras "a tar"ef
6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ :oe se reivin"i>a u1a orna"a "e oito Boras "urante treentos "ias "o anof Os operários sH >o1e#a1 real1ente a se eaurire1 quan"o pro"uto "e seu traalBo3 e1 lu!ar "e servir ao seu uso pessoal3 D >on"ui"o ao 1er>a"o$ o a!uilBo "a >on>orr@n>ia que re"un"a nesse e=eito$ So a a#o "a >on>orr@n>iaM au1enta/se a "ura#o "o traalBo na 1es1a propor#o "e atraso "os pro>essos tD>ni>os "e eplora#o$ U1a >oisa en!en"ra a outra3 e inversa1ente$ U1a eplora#o que no se a>Ba e1 >on"i#Ges "e en=rentar a >on>orr@n>ia3 1e"iante os aper=ei#oa1entos tD>ni>os3 D ori!a"a a ei!ir 1aiores es=or#os aos seus operários$ &or outro la"o3 u1a eplora#o e1 que os operários se es=al=a1 ao lti1o !rau3 no >are>e "e aparelBa1ento tD>ni>o 1ais per=eito3 >o1 D o >aso nu1a proprie"a"e e1 que eles li1ita1 a "ura#o "e suas a!onias$ O au1ento "as orna"as "e traalBo >onstitui !rave ostá>ulo aos pro!ressos "a tD>ni>a$ A eplora#o "as >rian#as te1 o 1es1o e=eito$ [á vi1os3 a i1prati>aili"a"e "e u1a >ultura ra>ional se1 >onBe>i1entos >ientF=i>os 1uito sDrios$ As es>olas "e a!ri>ultura3 ele1entares e superiores3 no esto evi"ente1ente aparelBa"as para sustituir o ensino superior "as >i@n>ias naturais e "a e>ono1ia polFti>a$ E1 to"o >aso3 o >a1pon@s3 que por elas se =or1ou3 está Bailita"o a traalBar e1 sua eplora#o3 se no "o 1o"o ra>ional3 ao 1enos "e 1o"o 1ais ra>ional que o se!ui"o pelos lavra"ores i!norantes$ (as ? >onveni@n>ia "e u1a instru#o 1ais >o1pleta se >ontrapGe vitoriosa1ente a ne>essi"a"e que te1 "e eplorar o 1ais >e"o possFvel3 e "a 1aneira 1ais intensa3 os 1e1ros "a prHpria =a1Flia$ :á re!iGes soretu"o na +aviera e na custria3 e1 que o ensino ori!atHrio atD os -N anos pare>e 1uito etenso aos >a1poneses$ 0ae13 pois3 tu"o para que se prolon!ue apenas atD os -23 ou quan"o 1uito os -8 anos$ 1e"i"a que a a!ri>ultura se ra>ionalia3 que a >on>orr@n>ia au1enta entre a eplora#o >ientF=i>a "o solo e a pequena >ultura rotineira3 os >a1poneses so =or#a"os a lan#ar 1o "o traalBo "as >rian#as e a restrin!ir a instru#o que lBes D 1inistra"a$ Ã 1e"i"a que a a!ri>ultura se ra>ionalia3 que a >on>orr@n>ia au1enta entre a eplora#o >ientF=i>a "o solo e a pequena >ultura rotineira3 os >a1poneses so =or#a"os a lan#ar 1o "o traalBo "as >rian#as e a restrin!ir a instru#o que lBes D 1inistra"a$ A intensi=i>a#o "a ativi"a"e "o pequeno proprietário e "e sua =a1Flia in"epen"ente1ente "e qualquer >onsi"era#o 1oral ou outra pare>i"a3 1es1o "o ponto "e vista e>on1i>o3 no po"e ser apresenta"a >o1o vanta!e1 "a pequena eplora#o$ A =ru!ali"a"e "o pequeno >a1pon@s 1ar>Ba paralela1ente ? sua tena >i"a"e no traalBo$ [á vi1os que a pequena eplora#o te1 e>ono1i>a1ente3 sore a !ran"e3 a vanta!e1 "e no pre>isar >ontratar ao la"o "e traalBa"ores 1anuais3 traalBa"ores intele>tuais3 >uas pretensGes so e1 1aiores$ (as a !ran"e e1presa D ori!a"a a >on>e"er ao operário 1anual u1a eist@n>ia 1ais >on=ortável que a "o pequeno >a1pon@s$ A proprie"a"e3 que esti1ula o >a1pon@s a u1 es=or#o 1ais intenso que o "o assalaria"o no proprietário3 leva/o ta1D1 a re"uir suas pretensGes ao 1Fni1o$ (as o se!un"o e=eito no D3 tanto quanto o pri1eiro3 e1 to"as as >ir>unstJn>ias3 u1a >onseqW@n>ia "a eplora#o >a1ponesa$ (es1o "urante a %"a"e (D"ia3 e1 que Bavia tantos =eria"os3 os >a1poneses vivia1 ale!res3 >o1ia1 e eia1 >o1 lar!uea$ On"e as tra"i#Ges "a %"a"e (D"ia se perpetuara13 o >a1pon@s no D sovina3 1es1o Boe$ A sovini>e lBe ve1 quan"o a >on>orr@n>ia se apo"era "e sua in"stria$ Al!uns ee1plos 1ostraro que o pequeno >a1pon@s po"e resvalar a nFvel in=erior ao "os operários assalaria"os$ U1 in!l@s3 e1 -7793 "e>larava que no se po"eria i1a!inar na"a 1ais lasti1ável "o que a eist@n>ia "e >ertos >a1poneses "a 0ran#a $ Suas >asas 1ere>ia1 o no1e "e >Biqueiros "e por>os$ A resi"@n>ia "e u1 "eles nos D "es>rita "a se!uinte 1aneiraM IAus@n>ia "e anelas3 "uas vi"ra#as que no se are1 por >i1a "a porta$ 0e>Ba"a esta3 ne1 ar3 ne1 lu$ )e1 apara"or3 ne1 1esa3 ne1 ar1ário^ no >Bo3 >eolas3 roupas i1un"as3 po3 relBas "e ara"o3 u1 1onte "e sueiras in"es>ritFveis$$$ rian#as e ani1ais "or1e1 e1 plena pro1is>ui"a"e$ E essa =alta "e >on=orto ne1 se1pre ve1 "a porea$ Essa !ente per"eu o senso "as >onveni@n>iasM apenas pensa e1 e>ono1iar o >o1ustFvelI$ A avarea "o >a1pon@s se torna repelente3 "i o autor nu1a outra passa!e1$ &are>e que per"eu a =a>ul"a"e "e "ivertir/se3 >o1a preo>upa#o "e poupar u1 nFquel$ To"a "o#ura3 to"o praer "a vi"a lBe so in"i=erentes3 I)e1 u1 livro3 u1 ornal3 ne1 u1 qua"ro ou u1a !ravura sore 1a"eira3 ne1 u1a pe#a "e por>elana3 u1 orna1ento3 u1 1Hvel onito3 u1 relH!io "e pare"e3 o or!ulBo "a !rana in!lesa$ %1possFvel i1a!inar/se a1iente 1ais atrasa"o3 to "esprovi"o "e qualquer en>anto$ Res1un!a/se por qualquer vintD1 que se !aste >o1 as >oisas 1ais in"ispensáveis$ Resulta "isso tu"o u1a eist@n>ia aia3 lre!a3 ao1inável3 >uo ni>o i"eal D en>Ber >a"a ve 1ais o pD "e 1eiaI$ (as a situa#o no D 1elBor nas pequenas proprie"a"es a!rF>olas "a %n!laterra3 O que so3 nesse
67
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ paFs3 a vi"a E traalBo "os "onos e arren"atários "as pequenas eplora#Ges o relatHrio 1ais re>ente P-75Q "a >o1isso parla1entar a!rária n/los "á a >onBe>er$ L@/se nesse "o>u1entoM IE1 to"a a re!io PCu1erlan"Q3 os =ilBos e =ilBas "os arren"atários e1pre!a1 e1 tro>o "e na"a$ )o >onBe#o >aso e1 que - pai "@ salário a seu =ilBo ou a sua =ilBa$ Con>e"e1 a seu =il "e - a 2 sBillin!s para o =u1o$ U1 pequeno >a1pon@s3- pequeno I=reeBol"erI "e Lin>oln "e>laraM ICriei u1a =a1Flia e a tenBo sore>arre!a"o "e traalBo$ (eus =ilBos 1e "issera1M &ai3 no quere1os =i>ar aqui3 1atan"o/nos no servi#o$ Eles se =ora1 para as =ári>as3 "eian"o/nos3 a 1i1 e a 1inBa 1ulBer3 entre!ues a nosso "estinoI$ U1 outro in=or1aM I Eu e 1eus =ilBos traalBáva1os ?s vees -7 Boras por "ia3 e1 1D"ia "e -9 a -2$ :á vinte anos vivo aqui3 e >o1 1uito >1 1e livro "e "i=i>ul"a"es^ o ano passa"o tive1os preuFo$ Co1e1os >arne ver"e e1 quanti"a"e 1Fni1aI$ E u1 ter>eiroM ITraalBa1os no "uro3 1ais que os ornaleiros3 >o1o es>ravos$ A nossa ni>a vanta!e1 D ser1os livres$ ive1os >o1 1uitas e>ono1iasI3 e assi1 por "ianteI$ O senBor Ree" epli>ou/se perante a >o1isso sore vi"a "o pequeno arren"atário nos paFses a!rF>olas$ IO ni>o 1eio que ele te1 para a!Wentar/se D traalBar >o1o "ois assalaria"os e !astar apenas >o1o u1$ Os seus =ilBos an"a1 na 1isDria e e"u>a"os e1 >on"i#Ges piores que as "os =ilBos "os ornaleirosI Po#al Commission on Agriculture inal eport 3 pá!s3 8N3 8$Q$ As rela#Ges so 1enos a=litivas$ apenas nos paFses e1 que "o1ina1 a =ruti>ultura e a Borti>ultura e on"e Baa !anBos paralelos$ O 1es1o o>orre e1 1uitas re!iGes "a Ale1anBa$ Al!uD1 es>reveu "e :esse na %eue eit PX%%%3 %3 pá!$ N-QM IO pequeno >a1pon@s leva a eist@n>ia 1ais triste que se possa i1a!inar$ Os ornaleiros a!rF>olas so 1uito 1ais =elies3 porque esto3 >o1o eles 1es1o "ie13 I>o1 a sua o>aI na >asa "o e1pre!a"or3 isto D3 t@1 aF a sua >o1i"a$ )o se epGe1 >o1 os seus !anBos3 aos >apri>Bos "o te1po^ apenas nos ano ruins o ali1ento no D to o1I$ Ali1enta/se 1elBor o ornaleiro3 se!un"o se "i3 porque D o Ini>o 1eio "e oter Boe ons operáriosI$ As 1a#s3 no >aso3 >onstitue1 a >o1i"a essen>ial$ IAs >asas "os pequenos >a1poneses so etre1a1ente pores3 or"inaria1ente "e 1a"eira ou "e terra3 >onstruF"as se1 arte e 1uito ne!li!en>ia"as nos seus lti1os anos$ ,e resto o aloa1ento D 1oilia"o "o 1o"o 1ais su1ário$ U1a 1esa3 u1 an>o3 al!uns ta1oretes3 u1a >a1a >o1 u1 >ortina"o 4 leito "e "ossel 4 u1 ar1ário3 eis 1uitas vees to"a a sua riqueaI$ Co1o essa arte "e euar po"e >onstituir u1a superiori"a"e e>on1i>a "a pequena eplora#o3 D o que A$ +u>Bener!er "e1onstra3 >o1 u1 ee1plo oserva"o no 'r/"u>a"o "e +a"e$ Ele >o1para3 na >o1una "e +is>Be==in!e13 u1a proprie"a"e 1D"ia "e -- Be>tares3 >o1 u1a outra "e Be>tares e 1eio$ E1 virtu"e "e >ir>unstJn>ias etraor"inárias3 a pri1eira sH po"ia ser lavra"a por ornaleiros / situa#o parti>ular1ente "es=avorável3 pois a terra era pequena para >o1pensar os !astos "o traalBo assalaria"o >o1 as vanta!ens "a !ran"e e1presa$ A se!un"a3$ a 1enor3 era e>lusiva1ente >ultiva"a pelo proprietário e sua =a1Flia P1ulBer e seis =ilBos a"ultosQ$ A eplora#o 1aior apresentava u1 de5icit "e 588 1ar>os^ a 1enor3 u1 ren"i1ento "e -51ar>os$ A >ausa prin>ipal "a "i=eren#a resi"ia nistoM na e1presa que en!aara assalaria"os3 a >o1i"a era e>elente3 sain"o 1ais ou 1enos a - 1ar>o por >ae#a e por "ia$ )a eplora#o >uos proprietários3 1e1ros "a 1es1a =a1Flia3 traalBava1 para si 1es1os3 o pre#o "a ali1enta#o se elevava apenas a N7 p=ennin!s por >ae#a e por "ia3 1enos "a 1eta"e "o que >onsu1ia1 os ornaleirosI PSitua#o "os >a1poneses na Ale1anBa$ RelatHrios puli>a"os pela Asso>ia#o "e &olFti>a So>ial Perein =ur Soialpolitik3 %%l3 pá!$ 26Q$Q$ Se a =a1Flia "o "ono "a pequena eplora#o =osse to e1 nutri"a quanto os traalBa"ores assalaria"os "a !ran"e e1presa3 e1 lu!ar "e u1 ren"i1ento "e -5- 1ar>os3 teria u1 de5icit "e -$26 1ar>os$ As suas vanta!ens "e>orria1 no "o =ato "e estare1 >Beios os >eleiros3 1as "o =ato "e estare1 vaios os est1a!os$ Este qua"ro po"e ain"a ser >o1pleta"o >o1 u1 relatHrio "o "istrito "e Zei1ar$ )ele se l@M ISe3 apesar "essa =alta "e e>ono1ia as ven"as u"i>iais no so 1ais =reqWentes3 "eve/se ao =ato "e o pequeno >a1pon@s entre nHs3 para 1anter a sua in"epen"@n>ia3 suportar uma soma incr12el de pri2a>?es. :á >ate!orias inteiras "essa !ente que sH v@e1 >arne =res>a e1 suas 1esas nos "ias "e !ran"e =esta3 quan"o u1 e1pre!a"o "e !rana a te1 ao 1enos "uas vees por se1ana3 e para as quais a 1antei!a =res>a ve1 a ser u1a !ulosei1a$ Enquanto os >a1poneses no a"quire1 untas "e ani1ais3 enquanto traalBa1 >o1o ornaleiros3 passa1 relativa1ente e1$ (as quan"o$ se pGe1 a >o1prar ani1ais "e tiro3 >o1e#a para ele u1a vi"a "e priva#GesI POp$ >it$3 %3 pá!$ 52$Q$ Aqui3 ain"a3 veri=i>a1os que o operário assalaria"o "as !ran"es eplota#Ges vive 1ais =eli que o pequeno proprietário in"epen"ente$ En=i13 in"ique1os ain"a al!uns por1enores >onstantes "e u1 1e1orial "e :uert AuBa!en sore A grande e a pe$uena e;plora>ão agr1cola P:U+ERT AU:A'E)3 'rossetrie un" Kleinetrie3 %n TBlels Lan"irtBs>Ba=tli>Be [aBrW>Ber3 -756Q3 AuBa!en >o1para "uas e1presas3 u1a "e N Be>tares e 63 a outra "e 26 Be>tares e 3 se!un"o o seu ren"i1ento liqui"oM no se!un"o a pro"utivi"a"e "o traalBo que lBes D >onsa!ra"o$ En>ontra3 assi13 1aior ren"i1ento pequena eplora#o$
65
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Co1o se epli>a o =atob As >rian#as au"a1 na pequena eplora#o^ na !ran"e apenas !asta1$ IO pequeno >a1pon@s re>ee "e seus =ilBos3 u1a ve >res>i"os3 u1 auFlio >onsi"erável$ Co1e#a1 a au"á/ %o3 ?s vees3 "es"e que >o1e#a1 an"arI$ )o >aso e1 apre#o3 o pequeno >a1pon@s e1pre!a no traalBo os seus =ilBos 1es1o o 1ais novo3 "e anos$ 'asta >o1 es>ola N 1ar>os por ano$ O >a1pon@s aasta"o envia seus pequenos ? es>ola3 u13 "e -N anos >ursa o !inásio e isto lBe >usta 99 1ar>os por ano3 1ais "o que !asta to"a =a1Flia "o pequeno >a1pon@s3 e1 "inBeiro >onta"o3 >o1 o or#a1ento "o1Dsti>o$ ontra"o =reqWente1ente Bo1ens "e 1ais "e 9 anos o>upan"o o lu!ar "e operários assi1 !arantin"o3 natural1ente3 e1 !ran"e parte o @ito "a ativi"a"e a!rF>olaI$ >laro que so os in"ivF"uos na plenitu"e "e sua =or#a que 1ais se =ati!a13 IO assalaria"o >o1u1 soretu"o nas !ran"es eplora#Ges3 "i >onsi!oM Ia1os interro1per o servi#obI$ O pequeno >a1pon@s3 pelo 1enos quan"o o traalBo ur!e3 1ur1uraM ISe o "ia ao 1enos "urasse 1ais "uas Boras $$$ I Se Bá te1po li1ita"o para ee>u#o "e u1a tare=a3 soretu"o "e u1a tare=a vantaosa3 >o1o D o >aso para a 1aioria "elas3 o pequeno >a1pon@s "es>ore 1eios "e levantar/se 1ais >e"o e "e "eitar/se 1ais tar"e3 e3 nessa BipHtese ta1D1 "e pro"uir 1ais "epressa$ e"o que o Baitual3 ne1 se "ispGe1 a traalBar 1ais ou 1elBor "o que nos outros "iasI$ (as esta >anseira e>essiva te1 natural1ente os resulta"os que 1ere>e$ O >a1pon@s se a"apta ? situa#o 1ais penosa$ AuBa!en nos =ala >o1 espanto "e u1 lavra"or "o "istrito " ,euts>B/Kro13 na &rssiaM I:aita "i ele3 u1a >Boupana "e terra "e 5 1etros "e >o1pri1ento por 1etros e 1eio "e altura$ )o 1eio "a >asa3 u1a porta leva ? pe#a prin>ipal3 que D ao 1es1o te1po o quarto "e "or1ir on"e repousa1 o Bo1e13 a 1ulBer e quatro =ilBos$ ,ai se vai a u1a pequena >oinBa3 e3 "esta3 ao >1o"o "a >ria"a a ni>a pessoa estranBa "a eplora#o$ Esse >1o"o D o 1elBor "a >asa$ %sto porque a >ria"a quer3 >o1 rao3 ter o >on=orto que teria eu qualquer outra parte$ A >onstru#o "a >asa >ustou 769 1ar>os / e para tanto =ora1 pa!os apenas o >arpinteiro3 o 1ar>eneiro e o assenta"or "e =o!Ges sen"o to"o o resto =eito pela =a1Flia e seus parentes$ A 1ulBer3 >asa"a Bá "eessete anos3 sH tinBa u1 par "e sapatos$ %nverno ou vero3 ela os passava >o1 o pD no >Bo ou 1eti"os e1 ta1an>os$ Costurava as prHprias roupas e as "o 1ari"o$ +atatas3 leite3 1ais rara1ente u1 arenque3 >o1punBa1 o seu ali1ento$ O Bo1e1 apenas aos "o1in!os quei1ava u1a >a>Bi1a"a "e =u1o$ Esses lavra"ores3 no saia1 que a sua vi"a era etraor"inaria1ente 1o"esta e no se 1ostrava1 "es>ontentes >o1 a sorte$ 'ra#as ? si1pli>i"a"e "esse re!i1e3 apurava1 to"os os anos u1 pequeno pe>lio >o1 a sua eplora#o$ &er!untei/%Bes e1 quanto i1portava3 e 1e respon"era1 que no ven"ia1 a sua >olBeita por 1enos "e 7$999 1ar>osI$ on=ortante !lori=i>a#o "os ene=F>ios "a pequena eplora#of 'ra#as a esta simplicidade, isto D3 esta in"i!@n>ia sHr"i"a e "e!ra"ante3 ain"a se apura1 pe>liosf O traalBa"or assalaria"o á se sente u1 Bo1e13 1es1o no >a1po$ )o D u1a si1ples esta "e >ar!a$ Te1 ne>essi"a"e 1ais altas que u1 pequeno >a1pon@s$ A"quire atD instru#o 1ais eleva"af Eli1ine1os3 pois3 os assalaria"os e as !ran"es e1presasf iva a pequena eplora#o3 que lBes D in=inita1ente superiorf (as3 para nHs3 a ali1enta#o su/Bu1ana "o pequeno >a1pon@s no >onstitui u1a vanta!e1 "a pequena eplora#o3 "a 1es1a =or1a que o lavor sore/Bu1ano que ela re>la1a$ Os "ois =atos nos 1ostra1 que a pequena eplora#o D u1 =en1eno e>on1i>o "o passa"o$ A1os "i=i>ulta1 o pro!resso e>on1i>o$ 'ra#as a eles3 a pequena proprie"a"e territorial >onstitui a ase para a =or1a#o3 quase ? 1ar!e1 "a so>ie"a"e3 "e u1a >lasse "e áraros3 que une to"a a ru"ea "as =or1as so>iais pri1itivas a to"as as 1isDrias e in=ortnios "os paFses >ivilia"os P(ARX3 Kapital3 l%%3 23 pá!$ 8N3 Cr$ Die !lassen"ãmp5e in ran"reic/ -7N7 is -793 pá!s$ 93 -$Q$ Epli>a/se =a>il1ente que os polFti>os >onserva"ores pro>ure13 por to"os os 1eios possFveis3 1anter essa arárie3 lti1o re"uto "a >ivilia#o >apitalistaf Esta1os ? vonta"e para =alar "o enor1e es=or#o "o >a1pon@s3 1ais ain"a que "a sua ativi"a"e e "a 1o"Dstia "e3 suas ne>essi"a"es$ O es=or#o eer>e3 e1 su1a3 na pro"u#o3 a!rF>ola3 u1 papel 1ais i1portante "o que na pro"u#o in"ustrial$ %sto se veri=i>a3 quanto ao traalBa"or autno1o3 1ais =reqWente1ente "o que quanto ao assalaria"o$ Trata/se "e u1a vanta!e1 "a pequena eplora#o3 se no e1 >oteo >o1 a !ran"e e1presa "e qualquer tipo3 ao 1enos e1 >oteo >o1 a eplora#o >apitalista$ (as no "eve1os atriuir a esta >ir>unstJn>ia u1a i1portJn>ia e>essiva$ Co1 e=eito3 as outras vanta!ens "a pequena sore a !ran"e eplora#o Pe essas vanta!ens so o traalBo intenso3 a ali1enta#o insu=i>iente3 a i!norJn>iaQ torna1 o es=or#o 1ais penoso$ iente D a sua ali1enta#o3 tanto 1enos po"e "e"i>ar te1po e "inBeiro ? sua prHpria instru#o e apli>ar/se ao traalBo$ E "e que lBe servirá esta apli>a#o ininterrupta3 se no lBe sora te1po para a li1pea "os ani1ais e "o estáulo3 se "eve sore>arre!ar as suas untas "e tiro Pe ?s vees sH te1 u1a
9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ va>a leiteiraQ3 se ali1enta o seu !a"o to 1al quanto a si 1es1ob A respeito "os >a1poneses3 no "istrito "e (eri! P re"on"eas "e TrevesQ3 o "iretor "a es>ola "e a!ri>ultura Saarur!3 [$ [$ +artels3 nos "á os por1enores se!uintesM pequenos proprietários se ali1enta1 quase que e>lusiva1ente "e atatas e "e po "e aveia^ a >arne a anBa lBes so qu "es>onBe>i"as$ &o"e1os a=ir1ar que a sua ali1enta#o insu=i>iente e que a sua ener!ia "isso se ressente$ A ra#a torna pesa"a3 in"i=erente3 in>apa "e >o1preen"er >o1 eati"o as >ausas e os e=eitos "e seus prHprios ne!H>iosI P+uerli>Be *ustn"e3 %3 pá!$ 2-2Q$ (as a pequena eplora#o D 1ais lasti1ável quan"o no >Be!a ne1 1es1o a nutrir o seu "ono3 que se v@ ori!a"o a apelar para u1 traalBo a>essHrio a =i1 "e susistir$ O pro=essor :eit3 "e :oBenBei13 por ee1plo3 es>reve sore pequenos >a1poneses "os !ran"es ailia"os suavos "e Stutt!art3 +Glin!en e :errener!M ISH se otD1 lu>ros >onsi"eráveis nas !ran"es proprie"a"es >o1 o e1pre!o "e sul>os 1ais pro=un"os3 lavran"o/se >ui"a"osa1ente os >a1pos3 1o"i=i>an"o vantaosa1ente o aspe>to eterior "os pro"utos "o solo3 nutrin"o/se 1ais =arta1ente e >onservan"o/se e1 >on"i#Ges 1elBores o !a"o$ Ora3 tu"o isto penetra lenta e penosa1ente nas es=eras "o >a1pon@s3 que no te1 >ora!e1 ne1 "inBeiro para u1a a#o au"a>iosa$ ,o 1es1o 1o"o3 ele "es>onBe>e 1áquinas intro"ui"as alBures Bá 1uito te1po$ E a tu"o isso a>res>e u1a >ir>unstJn>ia que te1 raFes pro=un"as na situa#o eistente$ ,esearFa1os atriuir essa aus@n>ia3 to =reqWente1ente >riti>a"a3 "e apli>a#o ver"a"eira e "e perseveran#a3 ? pequena proprie"a"e e no ? ra#a$ Sae/se que >o1ina#o "e traalBos asoluta1ente "iversos eer>e u1a a#o paralisante$ Se o pequeno ven"eiro e o 1as>ate per"e o !osto pelo traalBo a!rF>ola ininterrupto3 e >o1 ele a =o#a para ee>utá/%o3 por outro la"o o lavra"or se apresenta 1uitas vees >o1o pDssi1o arteso e o arteso u1 pDssi1o lavra"orI P+uerli>Be *ustn"e3 %%%^ C=$$ %3 783 -29Q$ Os n1eros se!uintes 1ostra1 a i1portJn>ia "e tais =atos para a a!ri>ultura ale1M ISe!un"o o re>ensea1ento "e -753 na so1a total "e a!ri>ultores in"epen"entes3 92$9993 isto D3 29g3 t@1 u1 servi#o a>essHrio^ -$999 eplora#Ges rurais perten>e1 a assalaria"os a!rF>olas^ 5-$999 a assalaria"os in"ustriais^ 9N$999 in"ustriais autno1os$ E1 $699$999 proprietários "e eplora#Ges rurais3 2 1ilBGes apenas3 isto D3 YI], so a!ri>ultores in"epen"entes ser servi#o a>essHrio^ e1 8$286$999 proprietários "e eplora#Ges "e 1enos "e 2 Be>tares3 apenas N-$999 o so3 isto D3 -8g$ ,essas pequenas eplora#Ges -N$999 perten>e1 a a!ri>ultores in"epen"entes que t@1 servi#o a>essHrio3 659$999 perten>e1 assalaria"os a!rF>olas3 N8$999 a assalaria"os in"ustriais3 e 8N$999 a artesos in"epen"entes$ enor1e3 pois3 o n1ero "essas 1iseráveis eplora#Ges BFri"as$ Se a 1aioria "e tais >a1poneses se a>Ba1 e1 situa#o que no esti1ula o es=or#o3 a !ran"e e1presa3 ao >ontrário3 se en>ontra e1 >on"i#Ges "e realiar u1 traalBo atento3 1es1o >o1 assalaria"os$ U1 o1 salário3 u1a oa ali1enta#o3 u1 o1 trata1ento po"e1 1uito$ E1 virtu"e "e ne!li!@n>ia ou "e =altas voluntárias "e operários "es>ontentes3 1al pa!os e 1al nutri"os a eplora#o po"e so=rer3 e so=re "e =ato3 1uitos "anos3 que ultrapassa1 astante a e>ono1ia realia"a nos salários$ %nversa1ente 4 a eperi@n>ia o prova 4 e1presas e1 que os operários so su=i>iente1ente pa!os prospera1 e "o lu>rosI PKlRC:)ER3 'olts>Bes3 :an"u>B3 %3 pá!$ N8$Q$ Operários e1 nutri"os e e1 re1unera"os3 alD1 "e inteli!entes3 eis a >on"i#o in"ispensável para u1a !ran"e eplora#o ra>ional$ )o Bá "vi"a "e que esta >on"i#o prDvia =alta ain"a Boe na 1aioria "os >asos$ E seria insensato esperar1os 1elBora1entos "a parte "o I"espotis1o es>lare>i"oI "os !ran"es a!ri>ultores$ pre>iso que esses 1elBora1entos sea13 na a!ri>ultura >o1o na in"stria3 i1postos aos e1presários pelo proletaria"o or!ania"o3 quer "ireta1ente3 quer in"ireta1ente3 por 1eio "o po"er polFti>o$ O 1ovi1ento operário3 elevan"o o nFvel 1oral e e>on1i>o "o proletaria"o a!rF>ola3 >o1aten"o a arárie >a1ponesa3 >riará 4 e D esta a sua tare=a 4 a >on"i#o ási>a para a !ran"e e1presa a!rF>ola ra>ional$ Ao 1es1o te1po3 =ará "esapare>er u1 "os lti1os pilares "a pequena eplora#o$ (as alD1 "o o1 pa!a1ento e "a oa ali1enta#o a !ran"e e1presa te1 outros 1eios ain"a para pren"er ao traalBo a aten#o "o operário$ TBiinen3 por ee1plo3 intro"uiu u1 siste1a "e parti>ipa#o nos lu>ros3 !ra#as ao qual to"os os e1pre!a"os "a e1presa a!rF>ola re>ee1 u1a parte "o ren"i1ento a>i1a "e u1 1Fni1o previa1ente "eter1ina"o$ (as o 1Dto"o 1ais >o1u1 para se otere1 1aior >ui"a"o e 1ais es>rpulo "a parte "os operários D a "iviso "o traalBo$ A !ran"e eplora#o te13 >on=or1e á se oservou a>i1a3 !ra#as ao n1ero >onsi"erável "e Bo1ens que e1pre!a3 a possiili"a"e "e es>olBer os parti>ular1ente Báeis3 >ons>ien>iosos e inteli!entes3 >on=ian"o/%Bes servi#os e1 que a quali"a"e eer>e o papel 1ais i1portante3 quer os realie1 sHs3 quer sea1 en>arre!a"os "e preparar ou "e =is>aliar a tare=a "e outre1$ En=i13 D pre>iso oservar que pre>isa1ente nas partes >apitais "a a!ri>ultura3 e soretu"o na lavoura propria1ente "ita3 a 1áquina traalBa no apenas 1ais "epressa3 1as ain"a >o1 per=ei#o 1aior
-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ que a "o operário 1anual >o1 as suas si1ples =erra1entas$ Assi13 otD1 resulta"os aos quais este no po"eria >Be!ar3 1es1o "esenvolven"o a 1ais viva aten#o$ i1os3 >o1 e=eito3 que a 1áquina lavra3 se1eia3 >ei=a Psalvo quan"o o tri!o se apresenta "eita"oQ3 "eulBa3 1Hi3 peneira 1elBor que o >a1pon@s >o1 os seus instru1entos$ [a1ais en>ontra1os u1 espe>ialista3 apesar "o que "i o pro=essor Senn!3 "e=en"en"o a opinio "e que na >ultura "os >a1pos a pequena eplora#o possa pro"uir to ra>ional1ente quanto a !ran"e$ )os ra1os "e pro"u#o 1ais 1o"estos D que eles ul!a1 a pequena in"stria ain"a >apa "e >on>orrer >o1 !ran"e$ &ara >ertas pro"u#Ges3 o pro=essor Krae1er a=ir1a que !ran"e eplora#o D pre=erFvel3 para outros ? pequena$ o que a>onte>e nas lavouras >o1pli>a"as e >ustosas3 para as quais >a"a servi#o "e1an"a u1 >ui"a"o espe>ial$$$ ln>lui/se pre>isa1ente neste ee1plo a >ultura "e >ertas plantas que "o 1ar!e1 ? utilia#o 1ais proveitosa "as Boras "e repouso3 >o1 o e1pre!o "as =or#as 1enores Pas "as >rian#asbf K$ K$Q "a =a1Flia "o e1presário3 e por >onse!uinte >o1 o traalBo 1ais arato possFvel3 >o1o o "e1onstra e1 parti>ular o @ito oti"o pela pequena eplora#o no trato "os ar"ins "a vinBa "e >ertas espD>ies in"ustriaisI P'olts>Bes :an"u>B3 -3 -5Q$ Os al!aris1os se!uintes 1ostra1 a pou>a i1portJn>ia que te1 essas plantas3 tao a"equa"as ? pequena lavoura3 e1 >o1para#o >o1 a >ultura "os >a1pos e a >ria#o "o !a"oM e1 -7753 no i1pDrio ale1o3 Bavia -6-$N97 Be>tares >ultiva"os >o1 plantas in"ustriais3 -29$58 Be>tares >o1 vinBe"os Enquanto isso3 7$757$97 estava1 planta"os >o1 >ereais E >er>a "e 8 1ilBGes3 >o1 atatas$ ,e resto3 a !ran"e e1presa "ava i!ual1ente ons resulta$ "os no "o1Fnio "a Borti>ultura e "a viti>ultura$ AlD1 "isso3 1uitas plantas in"ustriais per"era1 terreno$ A >ultura "o =u1o3 "e -77- a -7583 >aiu "e 2$2N7 Be>tares a -$-573 no territHrio a"uaneiro "a Ale1anBa$ Reer!ueu/se u1 pou>o "epois Pe1 -7563 22$96 Be>taresQ3 1as ain"a está lon!e "a etenso que al>an#ara e1 -77-$ A >ultura "o linBo e a "o >anBa1o %!ual1ente "i1inuFra1$ E1 -77 >oria1 -$-99 Be>tares^ e1 -7783 -28$699M e1 -7583 65$599$ A situa#o "o lpulo no e 1ais satis=atHria$ ,e -77 a -7783 a sua área "e >ultura passou "e N9$ 799 Be>tares para N$5993 1as "epois reto1ou a N2$ -99 Be>tares P-758Q$ A pre=er@n>ia que os >a1poneses "o ? >ultura "as plantas in"ustriais ?s vees se lBes torna =atal$ I)o que "i respeito ? +o@1ia3 es>reve o "outor Ro$ ,rill3 sae/se que nas re!iGes "o lpulo os >a1poneses se "e"i>a1 quase que e>lusiva1ente a esta lavoura e que por >onse!uinte a sua sorte "ela "epen"e$ Trata/$se3 >o1 e=eito3 "e u1 o!o "e aar$ O lpulo an"a sueito a enor1es varia#Ges "e pre#os$ [á a>onte>eu que al"eias inteiras "a +o@1ia tenBa1 =i>a"o re"ui"as ? 1en"i>Jn>ia apHs u1a ou "uas 1ás >olBeitas "e lpuloI P,ie A!rar=ra!e in Oesterrei>B3 pJ!$ 2NQ$$ Se!un"o Kra=tt3 P+etriesleBre3 pá!$ 72Q3 o pre#o "o lpulo varia "e 1ais "e -$ 999g$ Se se alu"e ? a!ri>ultura e1 !eral as lavouras e1 que a pequena eplora#o D superior ? !ran"e "i=i>il1ente 1ere>e1 1en#o$ &o"e1os "ier3 pois3 que a !ran"e e1presa D se1 "vi"a superior ? pequena$ pre>isa1ente o que re>onBe>e1 os Bo1ens "a espe>iali"a"e$ Eles pre=ere13 e1 !eral3 o traalBo nu1a !ran"e proprie"a"e Bipote>a"a a esse 1es1o traalBo nu1a pequena proprie"a"e livre "e Bipote>a$ U1a !ran"e parte "a "Fvi"a Bipote>ária provD1 "essa pre=er@n>ia "os espe>ialistas pela !ran"e eplora#o$ os na aquisi#o "e u1a proprie"a"e3 pre=ere >o1prar u1a terra "o valor "e -99$999 =ran>os e onerá/%a >o1 u1a Bipote>a "e 9$999 =ran>os a >o1prar u1a proprie"a"e "e 9$999 =ran>os$ ,e resto os espe>ialistas re>onBe>e1 "e outra 1aneira ain"a a superiori"a"e "a !ran"e e1presa3 ao =un"are1 asso>ia#Ges >ooperativas$ A eplora#o >ooperativa D a !ran"e eplora#o$ cN As sociedades cooperati2as )o se po"e >on>eer que al!uD1 possa ne!ar a i1portJn>ia "as >ooperativas$ A questo resi"e uni>a1ente e1 saer1os se as vanta!ens "a !ran"e eplora#o >ooperativa so a>essFveis ao >a1pon@s3 e1 to"os Os >asos e1 que a !ran"e e1presa sea superior ? pequena3 e atD on"e vai essa superiori"a"e$ U1a oserva#o se i1pGe "es"e lo!oM atD aqui3 as >ooperativas a!rF>olas quase inteira1ente se li1itara1 ao "o1Fnio "o >rD"ito e "o >o1Dr>io$ )o tratare1os por enquanto "a ativi"a"e in"ustrial "e al!u1as >ooperativas3 tais >o1o as leiterias3 as re=inarias3 et>$ ,is>utire1os a i1portJn>ia que apresenta1 para a a!ri>ultura 1ais a"iante3 quan"o ea1inar1os a in"stria rural$ Aqui apenas ea1inare1os a a!ri>ultura propria1ente "ita$ Aliás3 uni>a1ente as so>ie"a"es para 1elBoria "o solo atua1 "ireta1ente sore a pro"u#o$ To"as as outras so>ie"a"es a!rF>olas t@1 por oetivo3 >o1o "isse1os3 soretu"o o
2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >rD"ito ou o >o1Dr>io$ (as nesta es=era3 a >oopera#o apresenta vanta!ens no apenas para a pequena3 >o1o ta1D1 para a !ran"e eplora#o$ E1 parte al!u1a as >on"i#Ges prDvias "a or!ania#o >ooperativa se a>Ba1 1enos "esenvolvi"as "o que entre os >a1poneses$ %sola"os tanto pelo seu !@nero "e traalBo >o1o pelo seu !@nero "e vi"a3 =e>Ba"os nu1 Borionte estreito3 v@e1/se eles priva"os "os laeres que a a"1inistra#o "e u1a >ooperativa ei!e$ E1 parte al!u1a a situa#o D 1enos >on=orta"ora "o que nos Esta"os poli>ias3 on"e3 "urante sD>ulos a tutela e a opresso uro>ráti>as eli1inara1 inteira1ente os Báitos "e u1a "e1o>ra>ia >apa "e asso>ia#o$ AlD1 "a i!norJn>ia3 a aus@n>ia "e lier"a"e polFti>a se 1ani=esta >o1o ostá>ulo sDrio ao e1/estar "o >a1pon@s$ E1 parte al!u1a Os >a1poneses so 1ais reel"es a u1 enten"i1ento "o que nos lu!ares$ on"e as tra"i#Ges "o re!i1e patriar>al ain"a no =ora1 aoli"as e >onstitue1 apoio sHli"o "o trono e do altar A =or1a#o "as >ooperativas D 1uito 1ais =á>il para !ran"es proprietários "o que para os >a1poneses3 pois so 1ulto 1enos nu1erosos e "ispGe1 "e te1po3 "e rela#Ges etensas "e >onBe>i1entos >o1er>iais 4 prHprios ou "e e1prDsti1o$ E aqui ain"a veri=i>a1os3 >o1o para os outros pro!resso a!rF>olas3 que a !ran"e eplora#o >a1inBa na =rente$ Os >a1poneses pre>isa1 "a >oopera#o3 1as na 1aioria "os >aso no >o1o 1eio "e reunir as =or#as "os pequenos lavra"ores nu1 es=or#o >o1u13 equivalente ao "o !ran"e proprietário territorial$ A ini>iativa se lBes o>orre antes >o1o re>urso para a=astar "os !ran"es proprietários as vanta!ens que a >oopera#o "a a >a"a u1 "os seus parti>ipantes$ $ )o to>ante ?s Bipote>as3 D a !ran"e eplora#o que se apropria3 e1 pri1eiro lu!ar3 "essas vanta!ens$ As Landsc/a5ten3 so>ie"a"es rurais prussianas3 re1onta1 ao lti1o sD>ulo$ )o >o1e#o3 era1 si1ples asso>ia#Ges "e "o1Fnios nores3 or!ania"as e1 >a"a provFn>ia para a !arantia "o >rD"ito Bipote>ário$ ,e -769 a -793 u1as apHs outras3 esten"era1 as sus opera#Ges a proprie"a"es "e outras >ate!orias$ (as3 a ee1plo "as institui#Ges Bipote>árias espe>ialia"as nesse ne!H>io3 elas no se sente1 in>lina"as ? >on>esso "e e1prDsti1os aos pequenos proprietários3 =onte "e "is>Hr"ias e "espesas$ )as terras e1 que o pro"uto lFqui"o "o i1posto territorial D in=erior a u1a >esta so1a P-9 1ar>os no Sae3 e1 S>Blesi!/:olstein3 na Zest=á%ia e no +ran"eur!^ 2N9 1ar>os na &o1erJniaQ ou >o1 valor aaio "e u1a quantia "eter1ina"a P6$999 1ar>os no "u>a"o "e &osenQ elas no e1presta1 "inBeiro$ A or!ania#o e1 so>ie"a"e D nesse >aso u1 1eio apenas "e se o=ere>er aos !ran"es proprietários territoriais as vanta!ens ina>essFveis aos pequenos$ 0$ :e>Bt$ "e>lara3 na intro"u#o "e seu livro á >ita"o sore as institui#Ges "esse tipo no Esta"o e provFn>ias "a Ale1anBa3 que3 de uma maneira geral, a organiza>ão cooperati2a do crdito territorial 5oi so3retudo 6til grande propriedade$ &ara os pequenos lavra"ores3 tais institui#Ges vale1 soretu"o na BipHtese "o crdito pessoal. Elas ot@1 o que no ot@1 o >a1pon@s _%sola"o3 isto e3 o >rD"ito "o !ran"e >apital urano nas >on"i#Ges "o >apitalis1o 1o"erno$ Se os e1prDsti1os "o >a1pon@s isola"o so pou>o vultosos para interessar o !ran"e >apital3 os "e to"a u1a so>ie"a"e eer>e1 papel inteira1ente "iverso$ E se o >rD"ito a u1 >ultiva"or que lBe D inteira1ente "es>onBe>i"o no o=ere>e !arantias a u1 anqueiro "a >i"a"e3 o ris>o se lBe re"u ao 1ini1o no >aso "a soli"arie"a"e "e 1uitos asso>ia"os$ Assi13 !ra#as ?s or!ania#Ges "e >rD"ito3 o >a1pon@s levanta "inBeiro a u1a taa 1H"i>a3 pa!an"o/o se1 arruinar/se3 e1 virtu"e "os 1elBora1entos "e sua eplora#o que esse e1prDsti1o torna prati>áveis$ )o Bá "vi"a3 as so>ie"a"es "e >rD"ito so3 para os >a1poneses3 su1a1ente i1portantes >o1o veF>ulo "e pro!resso e>on1i>o$ E no "i!o pro!resso no senti"o "o so>ialis1o3 >o1o se ale!a e1 "i=erentes la"os3 1as pro!resso no senti"o "o >apitalis1o$ So pro!ressos "e alto valor e>on1i>o$ (as suenten"e/se que tal >oisa3 sH se veri=i>a on"e essas or!ania#Ges "eita1 rai e prospera13 o que no a>onte>e >o1 =reqW@n>ia$ E po"e1os per!untar se a !ran"e 1assa "a popula#o a!rF>ola estará e1 >on"i#Ges "e !eneraliá/%as se1 u1a sDria e penosa apren"ia!e1$ ,is>ute/se viva1ente3 ain"a Boe3 sore qual a =or1a "e or!ania#o que 1ais >onvD1 ao >aráter parti>ular "a a!ri>ultura$ Os parti"ários "este siste1a a=ir1a1 que aquele na"a po"e =aer "e til ao >a1pon@s$ Os an>os Rai==eisen esto so o patro>Fnio "o >lero$ )os an>os S>Bule/,elits>B3 prepon"era1 os pequenos ur!ueses$ (as 1es1o os an>os "e >rD"ito a!rF>ola "e or!ania#o 1ais per=eita sH po"e1 =avore>er u1a parte "os >a1poneses$ )e1 to"os po"e13 quan"o o "esee13 >ontratar u1 e1prDsti1o$ A so>ie"a"e "e >rD"ito "eve a!ir >o1 a 1aior >ir>unspe>#o para evitar !ran"es per"as$ Os que no o=ere>e1 !arantias3 pre>isa1ente os 1ais ne>essita"os3 >ae1 >o1o antes3 nas !arras "o usurário$ Apesar "isso3 esse tipo "e or!ania#Ges D o que 1ais interessa ao >a1pon@s3 astra#o =eita "as asso>ia#Ges "e in"stria a!rF>ola$ Assi13 "esenvolve1/se rapi"a1ente$ Se!un"o Serin! P,as 'enossens>Ba=tsesen un" "ie Entieklun! "er preussis>Ben *entral!endssens>Ba=tskasse3 erBan"lun!en "es preussFs>Ben Lan"es/
8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Oekono1ie/Kolle!Fu1s3 0eruar -75$Q >ontava/se no i1pDrio ale1o3 e1 -7-3 >er>a "e -99 an>os "e >rD"ito a!rF>ola^ e1 -75-3 2$-8N^ e1 -7563 6$85-$ )a &rssia3 >onta/se3 se!un"o u1a estatFsti>a elaora"a pelo an>o >entral "as asso>ia#Ges "e >rD"ito3 a - "e outuro "e -753 quan"o esse estaele>i1ento =oi >ria"o3 >er>a "e $999 so>ie"a"es$ A 89 "e outuro "e -753 á se Bavia1 realia"o $686 e1prDsti1os$ O !ran"e proprietário no pre>isa "esses estaele>i1entos$ rD"ito3 otD1 o "inBeiro ne>essário "e 1o"o 1uito 1ais si1ples$ ,a 1es1a 1aneira que as so>ie"a"es "e >rD"ito Bipote>ário3 as so>ie"a"es "e 1elBora1entos no so >ara>terFsti>as "a pequena eplora#o$ &o"e1os "ier outro tanto "as >ooperativas "e ven"a e >o1pra$ A asso>ia#o no D >apa "e =aer ne!H>io3 supri1ir >on>orrentes3 =or1ar =re!uesia3 aproveitar to"as as >ir>unstJn>ias "e que po"eria tirar parti"o$ O e1presário parti>ular3 in"epen"ente3 interessa"o no 1aFs alto !rau3 "isso se o>upa >o1 1ais e=i>i@n>ia$ %sto D váli"o$ prin>ipal1ente para a ven"a "e arti!os espe>iais3 e na 1e"i"a e1 que so 1ais variáveis a o=erta e pro>ura e a quali"a"e "os pro"utos$ AtriuF1os a esta variaili"a"e3 soretu"o3 a "i=i>ul"a"e "a ren"a "o !a"o por pari "as asso>ia#Ges$ a"orias se 1ani=esta 1ais intensa1ente nu1a so>ie"a"e "e ven"a =or1a"a "e u1 !ran"e n1ero "e pequenos >a1poneses3 os quais pro"ue1 "e 1aneiras "i=erentes e nas >ir>unstJn>ias 1ais "iversas3 "o que nu1a so>ie"a"e >o1posta apenas "e al!u1a !ran"es eplora#Ges3 to"as a!in"o ra>ional1ente$ E3 por ee1plo3 o que (en"el/Stein=els "e>laraM O consumo de manteiga por meio de cooperati2as 2enceu em toda parte onde se 2ender $uantidades muito grandes, e sempre iguais o $ue ocorre, $uando se trata de artigos pro2enientes das cooperati2as de latic1nios ou de grandes propriedades. :as $uando as sociedades, se ocupam em 2ender a manteiga de um grande n6mero de pe$uenos produtores, t@m sempre malogrado P:an"drteru>B "er Staatsissens>Ba=ten3 %3 pá!$ 59Q$ ia "as >ooperativas "e la>ti>Fnios para o pequeno >a1pon@sb o que pore1os e1 evi"@n>ia 1ais a"iante3 >o1o á "isse1os$ Li1itar/nos/e1os por ora a 1ostrar que as so>ie"a"es "e ven"a prHsperas so e1 !eral "e !ran"es e no "e pequenos proprietários$ %sto D >erto no apenas para a ven"a "e 1antei!a3 1as ta1D1 para a ven"a "e !a"o "e >ereais e "e ál>ool$ As asso>ia#Ges "e ven"a "e ál>ool que `nos lti1os anos3 prosperara1 1uito no )orte "a Ale1anBa` no so3 ea1ina"as "e perto3 1ais "o que >artDis in"ustriais para 1anuten#o "e alta nos pre#os "o pro"uto$ A so>ie"a"e "e ven"a sH po"erá tornar/se ver"a"eira1ente til ? pequena eplora#o quan"o >onse!uir que os seus "i=erentes 1e1ros pro"ua1 "e 1aneira uni=or1e se!un"o u1 plano uni=or1e e >o1 1eios uni=or1es$ Esta1os lon!e "isso$ &are>e/1e3 antes3 que os >a1poneses ale1es no se a>Ba1 asoluta1ente "ispostos a novos !astos "e apren"ia!e1 nesse senti"o$ >erto que no po"e1os >ontar >o1 u1a rápi"a epanso "as so>ie"a"es a!rF>olas e1 tal "o1Fnio$ )este 1o1ento3 ain"a se en>ontra1 no perFo"o "as apalpa"elas e "as Besita#Ges$ Ao >ontrário3 vo in"o 1uito Be1 as so>ie"a"es "e >o1pra para aquisi#o e1 >o1u1 "e a"uos quF1i>os3 "e =orra!e13 "e se1entes3 "e !a"o3 "e 1áquinas3 et>$ Elas pro!ri"e1 "epressa$ O n1ero "as asso>ia#Ges a!rF>olas "e 1atDrias pri1as era3 e1 -73 "e 6^ e1 -7793 "e 6S^ e1 -7773 "e 78N^ e1 -75N3 "e -$ 9-^ e1 -7563 "e -$ 97$ AlD1 "isso3 Bavia ain"a3 e1 -75N3 2-N so>ie"a"es >ooperativas "e instru1entos e 1áquinas a!rF>olas$ )o to>ante ? >o1pra "e 1atDrias/pri1as e "e 1áquinas3 as asso>ia#Ges a!rF>olas po"e1 "esenvolver u1a ativi"a"e 1uito til$ Trata/se aqui "e u1a situa#o si1ples$ O 1er>a"o D >onBe>i"o$ So os prHprios asso>ia"os que "o as suas >o1issGes$ Os =orne>e"ores "a so>ie"a"e no so pequenas eplora#Ges "isse1ina"as3 1as _ e1presas "e !ran"e$ in"stria ou "e !ran"es eplora#Ges a!rF>olas P"e >ria"ores3 por ee1ploQ$ $ )o po"e1os ne!ar a in=lu@n>ia enD=i>a "essas or!ania#Ges sore a a!ri>ultura$ Elas supri1e1 as "espesas "o ne!H>io$ )a ver"a"e3 o que o lavra"or !anBa o inter1e"iário per"e$ a"1irável veri=i>ar/se que nin!uD1 >o1ate 1ais os !ran"es ar1aDns e as >ooperativas "e >onsu1o que =orne>e1 1ais e1 >onta !@neros aos operários "o que os a!rários3 esses 1es1os in"ivF"uos que se en>arni#a1 e1 arruinar o >o1Dr>io se1pre que se en>are>e1 as 1er>a"orias para os =un>ionários3 os o=i>iais e os !ran"es proprietários$ AlD1 "e supri1ire1 as "espesas "e >o1isso3 as so>ie"a"es a!rF>olas "e >o1pra t@1 ain"a a vanta!e1 "e preservar o >a1pon@s "o peri!o "as =alsi=i>a#Ges$ (as aqui3 ain"a3 po"e1os in"a!ar se a !ran"e eplora#o !anBa ou no 1ais "o que a pequena$ ie"a"e !eral "e +erli1 =orne>e aos !ran"es proprietários territoriais >arvo arato para as suas 1áquinas a vapor3 no D esse u1 >o1porta1ento a"equa"o a =avore>er "e 1o"o espe>ial os pequenos >a1poneses$ E as
N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ asso>ia#Ges =orne>e"oras "e 1áquinas3 as quais so ven"i"as ou alu!a"as aos seus 1e1ros3 ser/lBes/o natural1ente tanto 1ais teis quanto 1ais possa1 e1pre!á/las e3 por _>onse!uinte3 quanto 1ais >onsi"erável =or a eplora#o$ )o so evi"ente1ente os pequenos >a1poneses3 1as os !ran"es >ultiva"ores e os !ran"es proprietários territoriais que tira1 o lu>ro 1ais sustan>ioso "as so>ie"a"es >ooperativas "e ara"os 1e>Jni>os$ )as !ran"es eplora#Ges "a provFn>ia "e Sae3 o traalBo se =a quase inteira1ente a vapor$ (as pou>os >a1poneses possue1 u1 ara"o 1e>Jni>o$ Essas 1áquinas e1 sua 1aior parte3 perten>e1 ?s so>ie"a"es$ $ )o >on!resso "os na>ionalistas so>iais realia"o e1 Er=urt Psete1ro "e -75Q3 o pastor 'GBre epri1iu no seu relatHrio a respeito3 o te1or "e que a !ran"e proprie"a"e se apo"era/se "as >ooperativas a!rF>olas para p/%as ao servi#o "e seus interesses$ )o >on!resso "as >ooperativas a!rF>olas realia"o e1 Stettin e1 -7563 o se>retaria"o respe>tivo era inteira1ente >o1posto "e !ran"es proprietários$ Entre Nora"ores3 quatro pequenos lavra"ores apenas to1ara1 a palavra para reves oserva#Ges$ O >on!resso "e >ooperativas realia"o e1 ,res"e3 e1 -75 esteve to"o na 1o "os 1or!a"os$ O "itira1o entoa"o por Serin!3 no seu relatHrio re=eri"o3 "iante "a >o1isso "e e>ono1ia polFti>a3 e1 Bonra "as >ooperativas3 a preteto "e que >onstitui uma no2a comunidade de interesses de tra3al/o, epressa e1 esse esp1rito emos nelas, unidos e em cola3ora>ão, camponeses e grandes proprietários, eclesiásticos e educadores, patr?es e operários. Essas in"i>a#Ges astaria1 para 1ostrar que a >oopera#o D "e !ran"e i1portJn>ia para a a!ri>ultura 1o"erna3 1as no >o1o re>urso sus>etFvel "e eli1inar a "ianteira que a !ran"e eplora#o leva sore a pequena$ Ao >ontrário3 e1 1uitos >asos ela au1enta essa "ianteira$ Co1o re!ra !eral3 pare>e/nos 1uito til ?s eplora#Ges 1D"ias e 1uito pou>o ?s pequenas eplora#Ges$ Os traalBos a!rF>olas "e 1ais vulto no po"e1 ser ee>uta"os por asso>ia#Ges >o1postas "e pequenas e1presas in"epen"entes$ [á vi1os que o ara"o a vapor e outras 1áquinas3 ain"a3 >o1o por ee1plo os se1ea"ores "e linBa3 no po"e1 ser e1pre!a"os pelo pequeno >a1pon@s$ (as Bá a priori 1aquinis1os "e uso >oletivo i1possFvel por parte "e a!ri>ultores in"epen"entes$ So aqueles >ua apli>a#o D in"ispensável e1 >ertos perFo"os "e "ura#o li1ita"a$ ei=eira por parte "e u1a so>ie"a"e quan"o to"os os seus 1e1ros "eve1 >ei=ar ao 1es1o te1pob ,o 1es1o 1o"o3 o e1pre!o >oletivo "os "eulBa"ores en>ontra "i=i>ul"a"es e in>onvenientes =atais$ O !ran"e a!ri>ultor3 que possui o seu "eulBa"or 1e>Jni>o3 te1 a vanta!e1 "e po"er3 i1e"iata1ente apos a >olBeita3 ater o tri!o nos >a1pos$ Ele e>ono1ia as "espesas "e transporte3 no pre>isa en>eleirar antes o pro"uto3 po"e ven"@/lo lo!o "epois "a >ei=a3 aproveitan"o assi1 as >ir>unstJn>ias =avoráveis$ Estas vanta!ens "esapare>e1 para o asso>ia"o3 que "eve en>eleirar o seu tri!o antes "e at@/lo3 e esperar a sua ve$ A superiori"a"e "e u1a !ran"e proprie"a"e3 >o1posta "e terras >ontF!uas3 superiori"a"e oriun"a "a "iviso "o traalBo e "a "ire#o "e u1 a!rno1o3 o que vale "ier3 pre>isa1ente3 a superiori"a"e "a !ran"e eplora#o3 isto a >oopera#o a1ais propor>iona ao pequeno >a1pon@s$ Constitui3 pois3 u1a esperan#a v preten"er/se que as >ooperativas aste1 para a >ria#o "e 1Dto"os "e >ultura tao ra>ionais quanto os "a !ran"e e1presa$ Se os pequenos >a1poneses "esea1 real1ente ter por inter1D"io "a asso>ia#o3 as vanta!ens "a lavoura prati>a"a e1 !ran"e es>ala3 no "eve1 per"er/se e1 "esvios 1as >a1inBar "ireito a esse oetivo$ )o "eve1 en>urralar/se no "o1Fnio "o >o1Dr>io e "a usura3 1as transportar_se ? es=era 1ais i1portante para o lavra"or3 qual sea a "a a!ri>ultura$ $ evi"ente que u1a proprie"a"e "e vulto >ultiva"a pela >oopera#o3 po"e apropriar/se "e to"as as vanta!ens "a !ran"e e1presa3 vanta!ens i1possFveis3 ou possFveis >o1 1uito >usto3 atravDs "as so>ie"a"es "e 1atDrias/pri1as3 "e 1áquinas3 "e >rD"ito ou "e ven"a$ (as3 ao 1es1o te1po3 u1a proprie"a"e assi1 eplora"a "evena aproveitar a superiori"a"e que o traalBo =eito pelo prHprio lavra"or te1 sore o traalBo assalaria"o$ U1a so>ie"a"e "esse !@nero "everia3 pois3 ser no apenas i!ual3 1as ain"a superior ? !ran"e eplora#o >apitalista$ (as3 >oisa espantosa3 no Bá >a1pon@s que leve a sDrio essa espD>ie "e asso>ia#o$ Talve pu"Dsse1os >onsi"erar ensaios tF1i"os nesse senti"o >ertas so>ie"a"es "e >ria#o3 >o1o por ee1plo as "e >ria#o "e pol"ros$ O >a1pon@s te13 e1 !eral3 1uito pou>o espa#o "isponFvel e ara esses ani1ais3 e D tenta"o a atrelá/%os 1uito >e"o3 o que estra!a o seu te1pera1ento$ (uitas vees3 ta1D13 no lBes po"e "ar >o>Beiras apropria"as3 ne1 os >ui"a"os ne>essários3 ne1 a =orra!e1 >onveniente$ Tais in>onvenientes so ovia"os pelas so>ie"a"es "e >ria#o "e pol"ros3 a que =oi =un"a"a e1 -75 e1 %BlienortB3 por ee1plo$ Os asso>ia"os nelas interna1 os seus ani1ais3 que passa1 a >ontar >o1 >o>Beiras sa"ias3 u1a pista espa#osa e >ui"a"os "e espe>ialistas$ (as essas asso>ia#Ges3 e1ora rurais3 sH se o>upa1 "e a>essHrios "a a!ri>ultura3 e no so 1ais "o que u1 paliativo "as >onseqW@n>ias
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ in>1o"as "o isola1ento e "a ei!Wi"a"e "e eplora#o >a1ponesa$ Os "e=eitos "esta3 elas no os >orri!e1$ a1poneses ao no a"otare1 a asso>ia#o na sua eplora#o prin>ipalb &or que se li1ita1 a paliativos insu=i>ientesb [á se te1 pro>ura"o epli>a#o para tal =ato$ Ale!a/se que o traalBo a!rF>ola no po"e ser =eito e1 >o1u1 e3 por >onse!uinte3 no D =avorável a u1a e1presa por asso>ia#o$ (as >o1o prova "a a=ir1ativa sH se apresenta o =en1eno que pre>isa1ente se pro>ura epli>ar$ )o se >o1preen"e porque a a!ri>ultura 1o"erna prestan"o/se ? eplora#o >apitalista3 no se prestaria ? eplora#o >ooperativa$ Seria pela si1ples rao "e no ter si"o tenta"ab Tal rao seria a"1issFvel se á no tivesse1 Bavi"o ensaios "essa espD>ie3 e 1es1o ensaios =elies$ )os pri1eiros anos "este sD>ulo3 !ran"es pensa"ores á Bavia1 re>onBe>i"o que a eplora#o >apitalista seria supera"a no pela pequena >ultura 1as pela !ran"e >ultura so>ialista$ Contu"o3 ain"a no se >o1preen"era que esta lti1a Baveria "e ei!ir3 para "esenvolver/se e >onsoli"ar/se3 u1a sDrie "e >on"i#Ges preli1inares "e or"e1 e>on1i>a3 polFti>a e intele>tual$ )essa Dpo>a3 1uitos entusiastas3 entre os quais Oen / o pri1eiro e o 1aior entre to"os eles / pro>urara13 >o1 a =un"a#o "e >olnias e >ooperativas3 realiar i1e"iata1ente o i"eal "e u1a so>ie"a"e so>ialista$ To"as essas tentativas 1alo!rara1$ As que otivera1 @ito re"uira1/se3 no 1ái1o3 ao eso#o "e u1a so>ie"a"e so>ialista$ (as u1a >oisa "e1onstrara13 "e 1aneira irretorqWFvel a possiili"a"e "e pro"uir/se por asso>ia#o3 a possiili"a"e "e se sustituFre1 os >apitalistas in"ivi"uais por %nstitui#Ges >o1unistas$ A 1aioria "esses ensaios =ora1 natural1ente realia"os no "o1Fnio in"ustrial$ (as Bouve ta1D1 u1a tentativa a!rF>ola$ 0oi a >ooperativa "e RalaBine3 que triun=ou a"1iravel1ente e sH "eveu a sua ruFna a u1 a>i"ente in=eli$ Esta eperi@n>ia "e asso>ia#o D to interessante e to pou>o >onBe>i"a que va1os repro"uir in e;tense a narrativa "e nosso in=or1ante$ )Hs a trans>reve1os "o suple1ento "e CBarles +ray3 P/ilosop/# o5 %ecessit#, %%3 pá!$ 7- e se!uintes$ +rentano repro"u este relatHrio no seu >o1entário "o livro "a sra$ Ze3 O mo2imento cooperati2ista na +rã4Bretan/a, pá!$ 225 P,ie ritis>Be enossens>Ba=tsee!un!$Q$ %a &rlanda W diz4nos Bra# W Sir andaleur 5ez na sua propriedade de ala/ine, no condado de Clare, uma e;peri@ncia de associa>ão $ue 5oi coroada de @;ito. Os seus arrendatários pertenciam classe irlandesa mais miserá2el 2i2iam descontentes, eram po3res, corrompidos e maus. andaleur dese0a2a ardentemente ele2ar o seu caráter e a sua situa>ão, e teria 2isto com prazer, mesmo no seu pr7prio interesse, $ue os se operários se torna2am /á3eis e está2eis. esol2eu, pois, em FGY, 5azer uma e;peri@ncia segundo os princ1pios de Oen introduzindo4l/es algumas modi5ica>?es ade$uadas s circunstRncias. \ operários agr1colas, mais ou menos, se dispusera a participar de seus planos, e assim ele 5ormou uma sociedade da $ual se reser2ou a dire>ão e a 5iscaliza>ão superior. Arrendou4l/es a sua terra de ala/ine, $ue compreendia ^FG acres ingleses Jacre ingl@s igual a \,\H aresN, com cerca de M^I acres de pastagens, MGY de terras de la2oura, ^Y e meio de alagadi>os e M e meio de pomares. O solo em geral era 3om, em certos pontos pedregoso. Ta2ia, alm do enumerado, ^ ca3anas e um 2el/o castelo, trans5ormados então em alo0amentos para os /omens casados, e outras depend@ncias, como está3ulos, celeiros. etc., parcialmente utilizados na constru>ão de um re5eit7rio, de uma sala de reunião, de uma escola e de um dormit7rio para as crian>as e os celi3atários. Ele l/es alugou tudo isso por I li3ras esterlinas anuais, inclu1do neste pre>o uma serraria, uma de3ul/adora acionada por água e os edi51cios de uma 5á3rica e de uma tecelagem, mas , sem ma$uinismo. (in/am a pagar, alm disso, M li3ras esterlinas pelo matria pelos animais e pelos adiantamentos 5eitos para se alimentarem e 2estirem at a primeira col/eita. De2iam 2i2er 0untos no prdios indicados para este 5im e tra3al/ar em comum, com um capital comum, no interesse comum. O e;cedente do lucro ap7s o pagamento do arrendamento, de2ia ser propriedade dos mem3ros da sociedade maiores de FI anos, e repartido igualment e pelos /omens casados e celi3atários. De2iam todos conser2ar em 3om estado os instrumentos, as 5erramentas e as má$uinas, reno2ando4os $uando 5ora do uso. O gado não poderia diminuir nem de n6mero, nem de 2alor. O arrendamento seria pago em g@neros. Os produtos, de2eriam ser a2aliados no primeiro ano, segundo os cursos de Limeric". %os anos seguintes de2eriam ser 5ornecidos as mesmas $uantidades de trigo, de carne de 2aca e de porco, de manteiga, etc., $ue no ano anterior. Quais$uer $ue 5ossem os mel/oramentos introduzidos pela sociedade, o arrendamento não poderia ser aumentado. oi estipulado a esses tra3al/adores, igualmente, um aluguel de longo curso assim $ue reuniram capitais su5icientes para a compra de material. andeleur continua2a sempre como proprietário. O produto do arrendamento ultrapassou as e;pectati2as. Em FGYF, 5oram pagas H £ de arrendamento em FGYM, o 2alor do rendimento atingia cerca de F.Ii=. A sociedade rece3era de adiantamento, no ano, K £ para a alimenta>ão, o 2estuário e as
6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ sementes. Adiantamentos e;traordinários para a constru>ão de ca3anas a a$uisi>ão de m72eis, etc., a3sor2eram o lucro, mas o 3em4estar aumentou e a prosperidade e a 5elicidade se instalaram no dom1nio de ala/ine. Os mem3ros da sociedade de2iam tra3al/ar durante o mesmo espa>o de tempo, despender a mesma energia e rece3er o mesmo salário, na cai;a comum, como se 5ossem culti2adores ordinários, e assim at $ue possu1ssem um capital pr7prio. Para esse 5im, o secretário tin/a uma conta e;ata das /oras e da natureza do ser2i>o diário de cada $ual. %o 5im da semana todos rece3iam pelo seu tra3al/o um salário igual ao $ue andeleur paga2a antes. A perspecti2a de uma participa>ão no lucro 5oi recon/ecida como sendo um poderoso est1mulo. Esses /omens 5orneciam um tra3al/o diário duas 2ezes superior ao dos assalariados 2izin/os. O salário descontado da cai;a comum era pago em 2ales de ser2i>o, $ue s7 eram aceitos na cooperati2a de consumo interno. &sto permitia ao proprietário manter os associados ,sem adiantamentos de din/eiro de contado, constituindo por outro lado um o3stáculo em3riaguez, pois as 3e3idas alco7licas não eram 2endidas na sociedade e os 2ales de ser2i>o não tin/am curso nos 3ote$uins. A cooperati2a s7 2endia mercadorias de primeira $ualidade, e, ao pre>o de atacado. Segundo o costume irland@s, as 3atatas e o leite constitu1am a 3ase da alimenta>ão. O seu pre>o, pago pela cai;a comum, era relati2amente 3ai;o. :as as 2antagens decorrentes da associa>ão esta2am em $ue os seus mem3ros le2a2am um g@nero de 2ida in5initamente superior aos dos /omens de sua classe. Os tra3al/adores rece3iam \ s/illings por semana. As suas despesas eram com os legumes, principalmente 3atatas, de F s/illing, com o leite JF $uartosN de F pence, a la2agem de roupa, etc., M pence, a cai;a de assist@ncia, M pence, o 2estuário, F s/illing e F pence. As mu< l/eres rece3iam M s/illings e F pence, da2am ^ pence pelos legumes, G pelo leite, M pela la2agem de roupa, etc. F penn# e FF\ iam para a cai;a de assist@ncia e F s/illing e Y`\ penca para o 2estuário. Os s7cios casados, com alo0amentos, paga2am comunidade ^ pence de aluguel por semana e cerca de M pence de a$uecimento. (odas as crian>as, a partir de F\ meses, eram mantidas s e;pensas da comunidade, sem gastos para os seus pais. At G ou H anos eram nutridas num 0ardim de in5Rncia, em seguida comiam no re5eit7rio comum com os celi3atários. Os adultos nada da2am de seu salário para aluguel, pelo a$uecimento, pelos pátios, para a escola e para os prazeres. Em mdia, compra2am todos os artigos K] mais 3aratos do $ue em $ual$uer outra parte, e tin/am na sua cooperati2a mercadorias mel/ores do $ue al/ures. Cada s7cio podia regularmente contar com um tra3al/o sem desemprego e com o mesmo salário. O pre>o dos alimentos era constante cooperati2a. Os doentes e os in2álidos rece3iam salários integral da cai;a de assist@ncia. Quando morria um c/e5e de 5am1lia, a sorte desta era assegurada. Pouco a pouco o n6mero de s7cios do3rou. Os alo0amentos e o mo3iliário eram limpos e 3em arrumados, os alimentos 3ons e preparados sem desperd1cio. O emprego de má$uinas era 5eito tanto $uanto poss12el em todos os 5a3ricos. Os 0o2ens dos dois se;os, acima de dezessete anos, se encarrega2am rotati2amente de a5azeres domsticos. O tra3al/o ia, no 2erão, das ^ da man/ã s ^ da tarde, com uma /ora de repouso ao meio dia. (oda noite o comit@ de administra>ão se reunia para determinar o ser2i>o do dia seguinte e se respeita2am o mais poss12el as pre5er@ncias e capacidades de cada $ual. Os 0o2ens eram o3rigados a aprender um o51cio 6til, independentemente do tra3al/o da terra. Cada $ual, $ual$uer $ue 5osse a sua 5un>ão na comunidade, de2ia participar da ati2idade do campo, so3retudo nas pocas de col/eita. O guarda de armazm distri3u1a os g@neros, o 2estuário, etc., o /ortelão, os produtos do pomar. andaleur 2endia o e;cedente dos produtos e ocupa2a das compras para a e;plora>ão e para a cooperati2a (odas as $uest?es eram resol2idas por um consel/o de ar3itramento. Durante os Y anos $ue durou a comunidade não se te2e necessidade da inter2en>ão de um ad2ogado ou de um 0uiz de paz. Craig, o zeloso e inteligente ad0unto de andaleur, conta4nos a admira>ão com $ue os 2isitantes 5ala2am de ala/ine, de um sistema $ue doma2a os sel2agens irlandeses e su3stitu1a a sua po3reza, os seus 5arrapos, a sua misria, pela limpeza, pela sa6de, pelo 3em4 estar. Z penoso lem3rarmos $ue esta sociedade, no momento 0usto em $ue realiza2a os seus progressos mais rápidos, 5oi inesperadamente destru1da, e por moti2os lastimá2eis. andaleur pertencia aristocracia. Apesar de todas as suas $ualidade tin/a um dos seus 21cios. O 0ogo o arruinou, a ele, a sua 5am1lia e sua propriedade. Assim, 5ugiu de seu pa1s natal. O credores con5iscaram todas as suas terras. Sem indagar $uais os direitos $ue poderiam ter os operários de ala/ine, s7 ti2eram a preocupa>ão de recuperar o $ue l/es 5osse de2ido. A sociedade não 5ora regularmente constitu1da andaleur não assinara contrato com ela, e assim a lei não pde proteg@4&a. As or!ania#Ges >o1unistas "a A1Dri>a "o )orte 1ostrara1 tanto quanto RalaBine os resulta"os soeros que a ativi"a"e a!rF>ola por asso>ia#o po"e "ar >o1 os pro>essos 1o"ernos$ )or"Bo==3 no seu livro sore essas so>ie"a"es P)OR,:O003 TBe >o11unisti> So>ieties o= tBe Unite" StatesQ$ >Ba1a/nos a aten#o3 repeti"as vees3 para o =ato $"e sua eplora#o superar ? "e seus viinBos3 tanto pela %ntensi"a"e quanto pela utilia#o ra>ional "as =or#as "isponFveis$ A sua prosperi"a"e "eriva soretu"o "a
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ superiori"a"e "e sua lavoura$ São e;celentes agricultores / "i re=erin"o/se a >o1uni"a"e "e A1ana / t@m um 3elo gado, $ue criam com toda a solicitude dos alemães no in2erno praticam a esta3ula>ão permanente Ppá!$ N9Q$ Os SBakers t@m ordinariamente 3elos celeiros, e as coisas necessárias ao tra3al/o são arran0adas da 5orma mel/or e nas condi>?es mais práticas ... %a agricultura, não recuam diante de nen/um cansa>o dedicam4se, lentamente, durante anos ao arroteamento do solo, desempen/am4no, 5azem dele uma 3oa terra de plantio. +ostam das ati2idades $ue e;igem muito cuidado de min6cias, a /orticultura, por e;emplo. Possuem um gado 3onito, e os seus edi51cios de e;plora>?es são em geral admira2elmente dispostos para economizar ser2i>o Ppá!$ -N5Q$ A gran0a P"os &er=e>>ionistas "a A1Dri>aQ muito 3em administrada Ppá!$ 27Q$ %ão de2o dei;ar de dizer $ue Pna >o1uni"a"e "e `Aurora[N os pomares, as 2in/as e os 0ardins de recreio são o30eto de um tra3al/o racional estupendo ... %ão ten/o d62ida de $ue a Aurora, com os seus pomares e outras culturas de pre>o, /a0a c/egado ao $ue com a metade dos gastos necessários a uma empresa pri2ada Ppá!$ 8-5^ 828Q$ A >olnia "e +isBop :il% possui, em FGKH, F. acres de terra, e toda a propriedade se ac/a em e;celentes condi>?es. Ela tem o gado mais 3onito do Estado Ppá!$ 8N6Q$ E no >onstitue1 e>e#Ges$ )or"Bo== "e>lara epressa1ente3 no seu resu1o3 que as >olnias >o1unistas se "istin!ue1 real1ente pela superiori"a"e "e sua eplora#o Ppá!$ N-Q$ %sto astaria a "e1onstrar que o traalBo a!rF>ola no repele asoluta1ente a =or1a asso>iativa$ Se3 apesar "isso3 os >a1poneses no =ae1 sDrias eperi@n>ias para apli>á/%a$ ao "o1Fnio prHprio "e sua ativi"a"e3 ve1os =a>il1ente porque$ )in!uD1 a=ir1ará que o traalBo in"ustrial no possa ser =eito por asso>ia#o nas 1elBores >on"i#Ges$ (as ve1os que3 apesar "isso3 os artesos3 >o1o os >a1poneses3 no se ani1a1 a passar "a pro"u#o isola"a ? pro"u#o por asso>ia#o$ Co1o os >a1poneses eles pro>ura1 si1ples1ente oter no "o1Fnio "o >o1Dr>io ou "o >rD"ito as vanta!ens "a !ran"e eplora#o3 !ra#as ? or!ania#o >ooperativa$ )os "ois >asos3 a !ran"e eplora#o >ooperativa sH serve para prolon!ar a eist@n>ia "a pequena pro"u#o irra>ional3 ao invDs "e >on"uir ? !ran"e pro"u#o$ E isto D >o1preensFvel$ Os artesos no po"e1 passar a pro"u#o >ooperativa se1 aan"onar a proprie"a"e "e seus 1eios "e pro"u#o$ apaes "e =un"ar u1a !ran"e eplora#o ? prova "e >on>orr@n>ia3 ri>a "e >apitais3 tanto 1enos estaro "ispostos a >olo>ar sua =ortuna pessoal$ nu1a >aia >o1u1$ ,e resto3 na so>ie"a"e 1o"erna3 to"a =un"a#o "esse !@nero representa u1 salto no "es>onBe>i"o3 u1a eperi@n>ia e1 que o in"ivF"uo interessa"o no po"e >ontar >o1 as suas quali"a"es parti>ulares 4 >o1o o >o1er>iante que se arris>a nas espe>ula#Ges 4 1as >uo @ito "epen"e inteira1ente "as quali"a"es3 "o senso so>ial3 "a "is>iplina "e outre13 atriutos estes que so pre>isa1ente os 1enos "esenvolvi"os no arteso que traalBa isola"a1ente$ (ais ain"a que para o arteso3 tu"o isso D váli"o para Bo1e1 rural$ [á se >onsi"erou u1a inria para o >a1pon@s a epresso 5anatismo da propriedade. ,e=ine3 >ontu"o3 u1 =ato e1 >onBe>i"o$ O >a1pon@s ain"a está 1ais preso ? sua par>ela "o que o arteso ? sua ten"a$ a3 ele o aan"ona3 ou 1elBor3 aan"onava3 no Bá 1uito te1po3 "e 1uito o1 !ra"o3 quan"o no lBe ren"ia astante3 para en>a1inBar/se para o Oeste3 on"e Bavia ain"a re!iGes livres$ )a Ale1anBa e na 0ran#a3 nenBu1 priva#o lBe pare>e e>essiva a =i1 "e >onservar a sua pequena !lea3 e no Bá pre#o que o assuste quan"o se trata "e au1entá/la$ &o"e1os i1a!inar as "i=i>ul"a"es >ontrapostas a u1a opera#o to ne>essária e enD=i>a >o1o a reunio3 nu1 >onunto >ontinuo3 "e terrenos >on=usa1ente en>rava"os nas proprie"a"es "e outre1$ Trata/se3 aqui3 apenas "e urna tro>a "e par>elas3 vantaosaM para os "iversos interesses e1 o!o$ Esta opera#o ?s vees se i1pGe1 ? 1inoria re=ratária "e u1a >o1una$ [á no lti1o sD>ulo3 o "espotis1o es>lare>i"o a!ia e1 tal senti"o3 no raro >o1 !ran"e rutali"a"e$ (as ain"a Boe esta1os lon!e3 na Ale1anBa3 "e ter1os =eito3 "e 1aneira !eral3 a =uso "os nu1erosos lotes "e terra$ &o"e1os i1a!inar3 portanto3 >o1o seria v a tentativa "e =un"ar/se u1a so>ie"a"e "e pro"u#o a!rF>ola e1 que os parti>ipantes no apenas tro>asse1 as respe>tivas par>elas3 1as as >e"esse1 ? >o1uni"a"e3 >oisa3 aliás3 que no po"eria ser i1posta aos re>al>itrantes$ E o >a1pon@s3 e1 !eral se1pre "es>on=ia"o3 o seria e1 parti>ular "iante "a or!ania#o3 porque as >on"i#Ges atuais "e seu traalBo e "e sua vi"a o isola1 ain"a 1ais "o que ao arteso3 "esenvolven"o 1enos que neste as virtu"es so>iais$ Uni>a1ente aqueles que sH t@1 a per"er os seus !rilBGes3 uni>a1ente os ele1entos que a eplora#o >apitalista =or1ou no traalBo e1 >o1u13 po"e1 estaele>er a pro"u#o >ooperativa$ )eles3 a luta or!ania"a >ontra a eplora#o >apitalista "esenvolveu as virtu"es so>iais3 a >on=ian#a na >oletivi"a"e "os >a1ara"as3 o "evota1ento ? >o1uni"a"e3 a suor"ina#o voluntária ? sua lei$
7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ &re>isa1os pon"erar to"as as =ases "a evolu#o$ A !ran"e 1assa "os Bo1ens >o1uns no po"e passar "ireta1ente3 e1 >on"i#Ges nor1ais3 "a eplora#o artesanal ou >a1ponesa ? !ran"e eplora#o >ooperativa$ A proprie"a"e in"ivi"ual "os 1eios "e pro"u#o a tanto se opGe$ Antes3 o re!i1e >apitalista estaele>e as >on"i#Ges preli1inares "a !ran"e eplora#o >ooperativa$ )o apenas >ria u1 eDr>ito "e operários priva"os "e 1eios "e pro"u#o$ ,á =or1a3 ta1D13 ? pro"u#o so>ial3 sus>itan"o e easperan"o a luta "e >lasse entre >apitalistas e assalaria"os$ Os traalBa"ores3 assi13 so >o1peli"os ? sustitui#o "a proprie"a"e >apitalista pela proprie"a"e so>ial "os 1eios "e pro"u#o$ )o D por inter1D"io "os que possue13 1as "os que no possue13 que se =ará a passa!e1 ? pro"u#o >ooperativa$ %sto no quer "ier3 >ontu"o3 que os >a1poneses sH possa1 =a@/lo por u1 ni>o 1eio3 qual sea o"a transi#o pela =ase te1porária "o proletaria"o3 que "eva1 ser ne>essaria1ente epropria"os pelo >apital3 que a pro"u#o so>ialista sea i1possFvel enquanto eistire1$ )a"a 1enos eato$ Si!ni=i>a3 isto si13 que sH o proletaria"o vitorioso po"erá to1ar u1a ini>iativa "e tal enver!a"ura e estaele>er as >on"i#Ges que per1ita1 a passa!e1 "os artesos e >a1poneses 4 no apenas i"eal1ente3 >o1o Boe3 1as "e =ato 4 ? !ran"e pro"u#o >ooperativa$ ,epois que as >ooperativas so>ialistas Pporque ento no se po"erá =alar "e >ooperativas proletáriasQ tenBa1 "e1onstra"o a sua vitali"a"e3 que Baa1 "esapare>i"o os ris>os ain"a Boe inerentes a qualquer e1presa e>on1i>a3 o >a1pon@s po"erá per"er o 1e"o "e proletariar/se pelo aan"ono "e seus ens3 re>onBe>en"o que a proprie"a"e in"ivi"ual "os 1eios "e pro"u#o sH representa u1 ostá>ulo a nos arrar o >a1inBo a u1a =or1a superior "e eplora#o3 ostá>ulo "e que se "ese1ara#ará >o1 praer$ %nversa1ente3 D qui1Dri>o esperar1os que o >a1pon@s3 na so>ie"a"e atual3 passe ? pro"u#o >ooperativa$ (as isto si!ni=i>a si1ples1ente que a >oopera#o no possa ser u1 1eio3 para o >a1pon@s3 no re!i1e >apitalista3 "e aproveitar as vanta!ens "a !ran"e eplora#o3 a =i1 "e >onsoli"ar e =orti=i>ar a sua proprie"a"e3 esta >oluna va>ilante "a so>ie"a"e >onte1porJnea$ Co1preen"en"o que sH po"erá salvar/se por inter1D"io "a pro"u#o a!rF>ola >ooperativa3 o >a1pon@s >o1preen"erá ta1D1 que u1a pro"u#o "esse !@nero sH se realiará on"e e quan"o o proletaria"o tenBa a =or#a "e 1o"i=i>ar a =or1a "a so>ie"a"e3 no senti"o "os seus interesses$ (as ento ele será socialista.
%% OS L%(%TES ,A EX&LORAÇÃO CA&%TAL%STA aN Os dados da estat1stica O resulta"o "as pesquisas epostas no >apFtulo pre>e"ente D o se!uinteM a !ran"e eplora#o D superior ? pequena3 "o ponto "e vista tD>ni>o3 e1 to"as as se#Ges i1portantes "a a!ri>ultura3 e1ora o sea 1enos que nas se#Ges 1ais i1portantes "a in"stria$ )o se trata "e u1a ver"a"e nova$ E1 1ea"os "o lti1o sD>ulo3 quan"o a 1áquina penetrava no >a1po3 os prin>Fpios >ientF=i>os "a a!ri>ultura ain"a no estava1 estaele>i"os$ O =un"a"or "a es>ola "os =isio>ratas3 ontu"o3 o "eseo "e que Ias terras e1pre!a"as no plantio "os >ereais =osse1 reuni"as3 tanto quanto possFvel3 e1 !ran"es !ranas eplora"as por lavra"ores ri>os3 porque nelas so 1enores as "espesas >o1 a >onserva3 o reparo "os e"i=F>ios3 e Bá u1a propor#o in=erior "e !astos e 1uito 1aior "e pro"uto lFqui"o3 nas !ran"es e1presas "e a!ri>ultura3 quan"o >o1para"as >o1 as pequenasI$ )a %n!laterra3 ? 1es1a Dpo>a3 os e>ono1istas tais >o1o ArtBur Youn!3 era1 soretu"o parti"ários "a !ran"e eplora#o$ ?es, "e>lara que3 u1 !ran"e proprietário territorial rara1ente intro"u aper=ei#oa1entos >onsi"eráveis na a!ri>ultura3 no D ? lar!a eplora#o >apitalista que se re=ere3 1as aos proprietários "os lar!os "o1Fnios =eu"ais3 que >onta1 >o1 nu1erosos pequenos arren"atários3 ori!a"os a servi#os e =oros "iversos3 e portanto inteira1ente "epen"entes "o arFtrio "o senBor$ E e1 oposi#o a esse !@nero "e proprie"a"e que ele pGe e1 evi"@n>ia as vanta!ens "a proprie"a"e >a1ponesa autno1aM (as / a>res>enta / "epois "os pequenos proprietários3 so3 e1 to"os os paFses3 os ri>os e po"erosos arren"atários que i1pri1e1 1aior pro!resso ? a!ri>ulturaV$
5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ A"1iti1os lo!o3 !eneri>a1ente3 que era a !ran"e eplora#o >apitalista Pno =eu"alQ que "ava os 1aiores lu>ros$ (as se a a!ri>ultura ritJni>a se tornou o 1o"elo "a a!ri>ultura europDia3 o esta"o "e >oisas eistente na %n!laterra ne1 se1pre =oi ul!a"o ee1plar$ A epropria#o "os >a1poneses e1 =avor "a !ran"e e1presa3 por ee1plo3 pare>eu 1uito !rave$ &are>eu parti>ular1ente !rave aos 1onar>as e polFti>os3 que >onsi"era1 os Bo1ens rurais o n>leo "as =or#as ar1a"as$ Os in!leses no tinBa1 !ran"es eDr>itos "e terra3 e po"ia1 "ispensar o >a1pon@s$ (as u1a na#o >ontinental se1 a!ri>ultores "i=i>il1ente se 1anteria e1 =a>e "e u1a na#o viinBa que os possuFsse e1 !ran"e n1ero$ Outra oserva#oM na %n!laterra os >a1poneses =ora1 sustituF"os por u1 proletaria"o vultoso3 to 1iserável quanto turulento3 se1 >ontrapeso nu1a >lasse "e lavra"ores proprietários$ Os =ilantropos ur!ueses3 que no tinBa13 >o1o os utopistas3 a >ora!e1 "e se orientare1 para o so>ialis1o3 e os "e=ensores3 "o re!i1e >apitalista3 que "eseava1 >aptar o apoio "o povo para a proprie"a"e in"ivi"ual "os 1eios "e pro"u#o3 se =iera1 os pane!iristas "a pequena eplora#o a!rF>ola$ )o seu n1ero se in>luFa1 Sis1on"i e [$ St$ (ill3 os livre/>a1istas puros e seus a"versários3 os a!rários$ )o "e1onstrava13 e1 !eral3 a superiori"a"e tD>ni>a "a pequena eplora#o$ (as ao 1es1o te1po que atriuFa1 ? !ran"e eplora#o o lu>ro lFqui"o 1ais eleva"o3 in"i>ava1 os peri!os3 tanto polFti>os >o1o so>iais3 nela i1plF>itos$ IOs novos e>ono1istas "e u1 la"o3 "i Sis1on"i nos seus tudes d[Economie politi$ue P&á!$ -75Q3 os 1ais >o1petentes a!rno1os "e outro3 no "eia1 "e >elerar os ri>os e inteli!entes !raneiros3 "iri!entes "e !ran"es eplora#Ges$ A"1ira1 o ta1anBo "e seus e"i=F>ios3 a per=ei#o "os seus instru1entos a!rF>olas3 a elea "e seu !a"o$ (as e1 1eio a essa a"1ira#o pelas >oisas3 esque>e1 os Bo1ens3 esque>e1/se 1es1o "e enu1erá/los$ A 1ilBa in!lesa >ontD1 6N9 a>res qua"ra"os$ E 1ais ou 1enos a 1e"i"a "e u1a ri>a e ela !rana in!lesa$ As !ranas anti!as3 as que u1a oa =a1Flia "e lavra"ores po"ia >ultivar >o1 as prHprias 1os se1 au"a estranBa3 se1 ornaleiros3 1as ta1D1 se1 "ese1pre!o3 ten"o os seus ele1entos >o1petentes para o traalBo >erto e1 to"os os "ias "o ano3 no passava1 "e 6N a>res$ Seria1 in"ispensáveis -9 para >onstituir u1a !rana 1o"erna$ ,e =a1Flias "e >a1poneses =ora13 pois3 "espe"i"as para "are1 lu!ar ao !raneiro "o novo siste1aI$ Sis1on"i >o1ate a !ran"e eplora#o porque ela >ria proletários3 e no porque a pequena eplora#o possa pro"uir 1ais e 1elBor$ ,epois3 a a!ri>ultura 1o"erna pro!re"iu etraor"inaria1ente3 1as entra1 e1 >ena e>ono1istas que a=ir1a13 pre>isa1ente3 a equival@n>ia "a pequena e "a !ran"e e1presa$ Outros3 "e -79 a -7793 anun>ia1 ain"a que a pequena eplora#o no persistiria$ :á os que3 a!ora3 pro=etia1 o =i1 "a !ran"e proprie"a"e3 tal >o1o o "r$ Ru"ol= (eyer3 Ou in"a!a1 qual será a =or1a 1ais ra>ional entre as "uas$ )o >o1e#o "este livro >ita1os a respeito al!u1as palavras "e So1art3 pensa"or >ua i1par>iali"a"e nesta questo nin!uD1 >ontestará3 o qual no teria =eito a sua ale!a#o3 se no pu"esse apoiá/la e1 =atos se!uros$ urá/los na es=era "a a!rono1ia$ ,eve1os >olB@/los na estatFsti>a$ Esta 1ostra que no se veri=i>ou o "esapare>i1ento rápi"o "a pequena proprie"a"e a!rF>ola "iante "a !ran"e / "esapare>i1ento que3 a ee1plo "a %n!laterra3 era espera"o ou te1i"o no >ontinente3 "epois que a eplora#o >apitalista e1 lar!a es>ala to1ou3 pelas alturas "e -79/-7693 propor#Ges >onsi"eráveis$ E1 >ertos lu!ares veri=i>ou/se 1es1o u1a ten"@n>ia ? 1ultipli>a#o "as eplora#Ges eF!uas pela super=F>ie$ Assi13 tinBa/se por ee1plo3 no re>ensea1ento "as eplora#Ges "a Ale1anBaM Eplora#Ges a!rF>olas (enos "e 2 Ba ,e 2 a Ba ,e a 29 Ba ,e 29 a -99 Ba (ais "e -99 Ba
)1ero "e eplora#Ges -772 8$96-$7857-$N9 526$69 27-$-9 2N$55-
-75 8$286$86 -$9-6$8-7 557$79N 27-$6 2$96-
,i1inui#o ou au1ento m-N$86 m8N$52m2$-N5 m2 m9
Super=F>ie a!rF>ola eplora"a3 e1 Be>tares -772 -75 -$72$587 -$797$NNN 8$-59$298 8$27$57N 5$-7$857 5$2-$7 5$2-$7 5$765$78 $76$268 $78-$79-
,i1inui#o ou au1ento / -$N5N m 5$7m 68$N / 87$888 m N$87
O "esenvolvi1ento no D i"@nti>o na 0ran#a$ )este paFs >ontava1/seM
79
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Eplora#Ges a!rF>olas (enos "e - Ba ,e 2 a Ba ,e a -9 Ba ,e -9 a N9 Ba (ais "e N9 Ba
)1ero "e eplora#Ges -772 2$-6$66 -$76$727 65$-2 2$222 -N2$977
,i1inui#o ou au1ento
-752 2$28$N9 -$725$25 77$255 --$--7 -N7$6-
m6$587 /86$6-5 m-5$-N /-6$-9N /8$N-
,o1Fnio "as eplora#Ges e1 Be>tares -772 -752 -$978$788 -$82$28 $5$6N8 $N75$299 $67$6N9 $$99 -N$7N$69 -N$8-8$N- 22$256$-9 22$256$8N8
,i1inui#o ou au1ento m2N8$N29 /-97$N8N /-8$-N9 /82$2N8 m-5$277
Ao passo que na Ale1anBa era1 as eplora#Ges "e ta1anBo 1D"io que 1ais se "esenvolvia13 na 0ran#a so as 1aiores e as 1enores que !anBa1 terreno$ As eplora#Ges 1D"ias "i1inue1 e1 n1ero e per"e1 terreno$ (as esta "i1inui#o D insi!ni=i>ante3 salvo no que se re=ere ?s eplora#Ges propria1ente >a1ponesas P -9 / N9 Be>taresQ$ E1 to"o >aso3 o "esenvolvi1ento no D rápi"o$ )a 'r/+retanBa en>ontra1osM ) "e eplora#Ges Eplora#Ges a!rF>olas - a a>res P93N a 2 BaQ a 29 a>res P2 a 7 BaQ 29 a 9 a>res P7 a 29 BaQ 9 a -99 a>res P29 a N9 BaQ -99 a 899 a>res PN9 a -29 BaQ 899 a 99 a>res P-29 a 299 BaQ (ais "e 99 a>res P1ais "e 299 BaQ
Au1ento ou "i1inui#o
-77
-75
-8$86 -N7$796 7N$-N5 6N$-
--$567 -N5$7-7 7$668 66$62
/-$67 m-$922 m-$-N m-$5-6
5$8
7-$2N
m-$62
-8$7
-8$67
/89
$N75
$2-5
/29
Super=F>ie "as eplora#Ges e1 a>res -77 875$6 -$66$72 2$72N$2 N$N6$29 -8$67$N5
-75
Au1ento ou "i1inui#o
862$52 -$66$6N 2$76N$56 N$77$298
/22$7 m-9$779 mN9$NN5 /-87$678
-8$7$5-N
m2-$N25
$2N-$-67
$--8$5N
/-2$228
N$925$7N8
8$798$986
/226$79
Assi1 >o1o na Ale1anBa3 veri=i>a1os na %n!laterra u1 au1ento "as eplora#Ges "e super=F>ie 1D"ia$ ,e resto3 no i1pDrio !er1Jni>o3 so as eplora#Ges "e a 29 Be>tares que 1ais pro!re"ira13 na %n!laterra as "e N9 a -29 Be>tares3 que nin!uD1 porá no n1ero "as pequenas$ Estas3 ao >ontrário "o que a>onte>eu na Ale1anBa3 per"era1 terreno3 "o 1es1o 1o"o que as !ran"es "e 1ais -29 Be>tares$ ,os "a"os que possuF1os sore a a!ri>ultura a1eri>ana3 "iversos e>ono1istas3 SBae==le3 o "r$ R$ (eyer e outros3 preten"era1 "e"uir que nos Esta"os Uni"os as pequenas eplora#Ges suplanta1 as !ran"es$ (as ea1ine1os 1ais "e perto os al!aris1os =orne>i"os pelo re>ensea1ento a1eri>ano$ >erto que a área 1D"ia "as =aen"as "i1inuiu3 a partir "e -79$ Ela se elevava e1M -79 -769 -79 -779 (as e1 -759 suia nova1ente a -8 a>res$
a 298 a>res a -55 a>res a -8 a>res a -8N a>res
,eve1os atriuir o re>uo provisHrio "a área 1D"ia "as eplora#Ges ao =ra>iona1ento "as !ran"es planta#Ges "o sul3 que =oi u1a "as >onseqW@n>ias "a lierta#o "os ne!ros$ Assi13 "e -769 a -7593 a super=F>ie 1D"ia "as =aen"as "i1inuiu3 na 0lHri"a3 "e NN a>res para -9^ na Carolina "o Sul3 "e N77 para
7-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ --^ no Alaa1a3 "e 8N para -26^ no (ississipi3 "e 89 para -22^ na LuisiJnia3 "e 8 para -87^ no Teas3 "e 5- para 22$ E1 !eral3 a área 1D"ia "as =aen"as "i1inuiu nos Esta"os sul/atlJnti>os3 "urante a Dpo>a in"i>a"a3 "e 88 para -8N a>res3 e na ona >entro/sul3 "e 82- para -NN$ )o po"e1os ver nesses al!aris1os u1a vitHria "a pequena sore a !ran"e eplora#o 1o"erna$ &or outro la"o3 veri=i>a1os3 >erta1ente3 u1a "i1inui#o >onsi"erável "a área "as =aen"as nas re!iGes "e >ultura relativa1ente anti!a "os Esta"os norte/atlJnti>os$ AF3 a área 1D"ia "i1inuiu3 "urante estes lti1os "e anos3 "e 1aneira >ontFnua$ (as esta "i1inui#o "eve ser atriuF"a prin>ipal1ente ? re"u#o "as terras no >ultiva"as3 no ? "i1inui#o "as eplora#Ges$ Ela se elevava3 nas re!iGes "os Esta"os norte/atlJnti>osM
Anos
crea 1D"ia "as =aen"as Pe1 a>resQ
Terras no >ultiva"as "as =aen"as
-79 -769 -79 --77 -759
--8 -97 -9N 57 5
N8 a>res 87$NNg 85 a>res 86$-7g 86 a>res 8N$Ng 8- a>res 8-$g 8- a>res 82$2g
O au1ento relativo "a super=F>ie "as terras no >ultiva"as >oin>i"e >o1 u1a >rise a!rF>ola que se 1ani=esta nu1a "i1inui#o !eral "as terras "e lavoura$ Elas "i1inuFra13 nessa re!io3 "e 6$57$6N9 a>res P-779Q$ para 62$N8$2 P-759Q3 "e 1ais "e 1ilBGes3 portanto$ A área >ultiva"a "as =aen"as "i1inuiu "e N6$87$682 a>res para N2$887392N a>res3 Fsto D3 "e 1ais "e N 1ilBGes$ Ao >ontrário3 nos Esta"os "o >entro/norte3 as ver"a"eiras re!iGes "o tri!o3 a super=F>ie 1D"ia "as =aen"as au1entou3 "e -779 a -7593 "e -22 para -88 a>res$ O 1es1o "esenvolvi1ento3 in"i>a"o pelas varia#Ges "a super=F>ie 1D"ia "as =aen"as3 D ta1D1 in"i>a"o pelo n1ero invariavel1ente >res>ente "as !ran"es eplora#Ges$ Elas3 relativa1ente3 re>ua1 u1 pou>o no >onunto "a Unio$ %n=eli1ente3 os n1eros "e -79 no so >o1paráveis aos n1eros posteriores3 porque se >lassi=i>ava1 ento as =aen"as se!un"o a super=F>ie >ultiva"a3 e "e -779 a -7593 se!un"o a área total3 >ultiva"a ou no >ultiva"a3 "as "iversas proprie"a"es$ Contava1/seM
Anos
0aen"as
0aen"as "e 99 a -$999 a>res
,e 1ais "e -$999 a>res
-779 -759 au1ento
N$997$59 N$6N$6N-837g
$52 7N$85 --39g
27$7 8-$N6 -932g
O au1ento "as !ran"es eplora#Ges per1ane>ia3 >o1o se v@3 na raeira "e to"as as outras3 1as esse =en1eno "e>orre $apenas "a evolu#o veri=i>a"a nos anti!os Esta"os es>ravistas3 nos quais a anti!a >ultura "as planta#Ges se tornou i1possFvel3 e "a >rise a!rF>ola no nor"este3 >o1 o seu solo á es!ota"o$ Contava1/se nos Esta"os norte/atlJnti>osM Ano -779 -759 ,i1inui#o
) total "e =aen"as 656$-85 67$65 3Ng
0aen"as "e 99 a -$999 a>res N$-6 8$27 2935g
,e 1ais "e -999 a>res 56N 88 2835g
Aqui as !ran"es eplora#Ges "i1inuFra1 e1 1ais rapi"a1ente que as pequenas$ Estas lti1as resiste1 >o1 1aior tena>i"a"e nu1a situa#o "esvantaosa$ (as no D lF>ito a=ir1ar/se que Baa no >aso u1a superiori"a"e "a pequena eplora#o$
72
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ )os Esta"os sul/atlJnti>os o n1eros "e =aen"as eraM anos
) total "e =aen"as
0aen"as "e 99 a -$999 a>res
,e 1ais "e -$999 a>res
-779
5NN$N25
2$98
5$-7
-759
N5$699
2-$ 86
7$989
Au1ento PmQ3 "i1inui#oP/Q
m -638g
/ -32g
/ -3Ng
)os Esta"os "o >entro/sulM anos
) total "e =aen"as
0aen"as "e 99 a -$999 a>res
,e 1ais "e -$999 a>res
-779 -759 Au1ento
776$6N7 -$976$2 223g
2$72 26$666 839g
--$65 -2$25 N36g
)os Anos -779 -759 Au1ento
Esta"os "o
oesteM
) total "e =aen"as 0aen"as "e 99 a -$999 a>res 78$28 -N$77 N32g
$255 5$265 N35g
,e 1ais "e -$999 a>res 8$2N 6$929 738g
En=i13 nos Esta"os "o >entro/norte3 os ver"a"eiros Esta"os "o tri!oM )1ero total "e Anos 0aen"as "e 99 a -$999 a>res ,e 1ais "e -$999 a>res =aen"as -779 -$65$567 -$697 2$559 -759 -$528$722 28$N8 N$667 Au1ento -838g 932g N53Ng Estes lti1os n1eros no in"i>a1 pre>isa1ente u1 re>uo "a !ran"e e1presa$ )a A1Dri>a3 on"e a a!ri>ultura 1o"erna pro!ri"e$ as super=F>ies au1enta13 =or1an"o !ran"es eplora#Ges3 A pequena$ eplora#o sH triun=a on"e a a!ri>ultura "eia "e ser lu>rativa3 on"e a !ran"e e1presa prD/>apitalista entra e1 >on>orr@n>ia >o1 a lavoura >a1ponesa$ (as3 e1ora na A1Dri>a3 atD aqui3 a evolu#o a!rF>ola se Baa pro>essa"o >o1 1aior rapi"e "o que na Europa3 e1ora se 1ostre 1ais =avorável ? !ran"e eplora#o "o que !eral1ente se ul!a3 no po"e1os =alar "e aniquila1ento "a pequena proprie"a"e e1 =a>e "aquela$ Seria3 >ontu"o3 1uito pre1aturo >on>luir1os "iante "esses al!aris1os ou "e outros se1elBantes3 que o "esenvolvi1ento e>on1i>o se $pro>essa3 na a!ri>ultura3 nu1a "ire#o oposta a que se veri=i>a na in"stria$ Os n1eros o prova1 f / ver"a"e3 1as pre>isa1os ea1inar o que prova1$ Antes "e tu"o3 prova1 o que "ie1 "ireta1ente$$ E1 !eral3 D pou>o o que "ie1 os n1eros "e u1a estatFsti>a$ To1e1os3 por ee1plo3 os que "everia1 "e1onstrar o au1ento "o e1/estar "a 1assa na pro"u#o >apitalista$ Entre outras >oisas3 apela/se para prová/lo3 para o volu1e >res>ente "os =un"os "eposita"os nas >aias e>on1i>as$ )o po"e1os "is>utir al!aris1os3 1as que prova1 irre=utavel1enteb res>e1$ (as sore as >ausas "e tal au1ento eles nos "eia1 na "vi"a 1ais >o1pleta$ &o"e1os3 1as no "eve1os atriuF/%os a u1 au1ento "o e1/estar$ Causas inteira1ente "iversas po"e1 >on"uir ao
78
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 1es1o resulta"o$ As oportuni"a"es 1ais =reqWentes para >olo>a#o "e reservas nas >aias e>on1i>as so >apaes "e pro"uir u1 au1ento "os "epHsitos "e =un"os nesses estaele>i1entos$ O Bin"u enterrava outrora as suas e>ono1ias$ A!ora3 que á eiste1 >aias e>on1i>as nas ;n"ias Orientais3 ele pre=ere "epositar o =ruto "e sua poupan#a$ %sto provaria que realia atual1ente 1aiores e>ono1ias3 que o seu e1/estar sea superior b A 1lsDria >rni>a3 que lá3 an"a3 "e1onstraria antes o >ontrário$ As >aias e>on1i>as so 1ais anti!as na Europa$ (as3 neste >ontinente3 1ultipli>a1/se as oportuni"a"es "e "epHsitos se1 a per"a "e 1uito te1po$ Si1ultanea1ente3 as >aias e>on1i>as se "esenvolve1 no interior3 a popula#o au1enta nas >i"a"es3 on"e te1os to"as as =a>ili"a"es para estaele>er rela#Ges >o1 os re=eri"os estaele>i1entos$ Outrossi13 o au1ento "o n1ero "e assalaria"os3 "e =un>ionários e "e outros e1pre!a"os po"e pro"uir u1 au1ento "e =un"os nas >aias e>on1i>as$ U1 pequeno >a1pon@s >onsa!ra as suas reservas ? >o1pra "e terras3 u1 arteso3 ao 1elBora1ento "e sua o=i>ina$ (as a pessoa que traalBa por u1 salário ou u1 or"ena"o no >onBe>e 1elBor e1pre!o3 para as suas e>ono1ias "o que a sua >olo>a#o nu1a >aia e>on1i>a$ A sustitui#o "as pequenas eplora#Ges autno1as por e1presas >apitalistas será3 pois3 a>o1panBa"a por u1 au1ento "os "epHsitos e1 tais institui#Ges$ Resultará esse au1ento3 portanto3 "e u1a >res>ente proletaria#o3 po"en"o >oin>i"ir >o1 u1a "i1inui#o !eral "o e1/estar "a 1assa$ En=i13 u1 =en1eno "essa espD>ie po"e provir apenas "e u1a 1o"i=i>a#o nos Báitos e>on1i>os$ )a pro"u#o "e 1er>a"orias3 >a"a e1presa3 >a"a >asa3 te13 e1 >ertos 1o1entos3 pa!a1entos 1aiores a realiar$ E1 virtu"e "e tais >ir>unstJn>ias3 separa1/se "os lu>ros re!ulares al!u1as so1as "e "inBeiro$ Antes "o "esenvolvi1ento "os an>os e "as >aias e>on1i>as3 os >apitais per1ane>ia1 i1pro"utivos$ :oe3 po"e1 ser "eposita"os atD o 1o1ento e1 que "eles se ne>essite$ asas e e1presas parti>ulares reserva1 para pa!a1entos periH"i>os / entre os operários3 por ee1plo3 trata/se "o "inBeiro ne>essário ao alu!uel e ? vi"a "urante o "ese1pre!o / tanto 1ais se "ivul!a o Báito "e se pore1 a uros 1es1o as i1portJn>ias 1ais insi!ni=i>antes3 no re>la1a"as pela "espesa "iária$ Assi13 os "epHsitos3 "as >aias e>on1i>as au1enta1 1as se1 nenBu1 au1ento "o e1/estar "os que os =ae1$ As estatFsti>as "e tais estaele>i1entos no "o nenBu1a resposta a essa questo "o au1ento "o >on=orto$ Ao invDs "e resolvere1 u1 prole1a3 apresenta1 outro$ O 1es1o o>orre >o1 os al!aris1os "o i1posto sore a ren"a$ Eles "eve13 ao que se "i3 >onstituir prova irre=utável "o au1ento "o e1/estar$ (as sH prova1 o que "ie13 isto D3 que3 e1 "eter1ina"as >on"i#Ges3 o n1ero "os pequenos ren"i1entos triuta"os e "os que no pa!a1 i1posto >res>e 1ais "eva!ar que os ren"i1entos u1 pou>o 1ais altos$ %sso po"eria in"i>ar3 "e >erto3 u1 au1ento "o >on=orto$ )o o in"i>a3 porD13 ne>essaria1ente$ $3 soe1 1ais "epressa que os salários3 tal =ato po"e >oin>i"ir >o1 u1a "i1inui#o "o e1/estar$ Outras >ir>unstJn>ias "eter1ina1 o 1es1o resulta"o$ To1e1os por ee1plo3 u1 pequeno >a1pon@s que te1 u1 ren"i1ento "e 99 =ran>os3 1as que no pa!a alu!uel e pro"u a 1aior parte "os seus prHprios !@neros ali1entF>ios$ U1a in=eli>i"a"e o atira ao proletaria"o$ ,eve ento ir ? >i"a"e$ Lá en>ontra u1 e1pre!o "e -$999 =ran>os anuais$ Seu !anBo "orou e >ontu"o a sua situa#o piorou$ &re>isa pa!ar u1 alu!uel3 talve a passa!e1 "a estra"a "e =erro para ir ? =ári>a$ O leite3 os ovos3 os le!u1es3 a >arne "e por>o3 que na"a lBe >ustava13 ele a!ora os >o1pra >aros$ Os seus =ilBos á no po"e1 >orrer "e pDs no >Bo$ As >on"i#Ges Bi!i@ni>as3 piores3 ei!e1 "espesas 1aiores >o1 o 1D"i>o e a =ar1á>ia$ (as para o estatFsti>o "o i1posto sore a ren"a ele está nu1a situa#o "uas vees 1elBor$ &rova/se assi13 irre=utavel1ente3 que o >on=orto !eral au1entou$ Esse >aso D tFpi>o$ A passa!e1 "a eist@n>ia natural ? eist@n>ia on"e o "inBeiro "o1ina e o au1ento "a popula#o "as >i"a"es3 e1 "etri1ento "a popula#o a!rF>ola3 so "ois =en1enos e1 pro!resso$ >ontFnua$ A1os asta1 para epli>ar o au1ento "os ren"i1entos "a popula#o3 se1 que Baa por isso o 1enor au1ento no seu >on=orto$ [á 1ostra1os 1ais a>i1a >o1o "eve1os interpretar o au1ento "e >onsu1o "a >arne$ Os al!aris1os "a estatFsti>a nos 1ostra13 "e 1o"o irre=utável3 que a so>ie"a"e 1o"erna se a>Ba nu1 esta"o "e trans=or1a#o >onstante e rápi"a3 e nos =a1iliaria1 >o1 al!uns i1portantes =en1enos "e super=F>ie3 >o1 sinto1as e e=eitos >apaes "e nos "are1 1uitas in"i>a#Ges pre>iosas na pesquisa "as ten"@n>ias que atua1 no =un"o "a so>ie"a"e 1as ain"a no n/%as "esven"a1$ ,a 1es1a =or1a3 os n1eros que a>usa13 no u1a "i1inui#o3 1as antes u1 au1ento3 "as pequenas eplora#Ges a!rF>olas3 no nos per1ite1 u1 pronun>ia1ento sore as ten"@n>ias "e "esenvolvi1ento >apitalista na a!ri>ultura3 e
7N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ nos >onvi"a1 apenas a novas in"a!a#Ges$ Eles nos revela13 antes "e 1ais na"a3 que esse "esenvolvi1ento no se e=etua >o1 si1pli>i"a"e3 >o1o se ul!ou tantas vees3 e que o pro>esso D talve 1ais >o1pli>a"o no >a1po "o que na in"stria$ 3N Desaparecimento da pe$uena propriedade industrial A 1ar>Ba que se!ue a evolu#o "a in"stria 1o"erna3 >o1plea no 1ais alto !rau3 D >ontu"o 1ais si1ples " que a "a a!ri>ultura$ As ten"@n>ias 1ais "iversas3 nesta lti1a3 rea!e1 nas "ire#Ges 1ais "iversas3 u1as sore a outras$ )o >aso3 1uitas vees3 1al po"e1os re>onBe>er o =atores "o1inantes$ A !ran"e e1presa no se i1plantou ao 1es1o te1po e1 to"os os ra1os "a in"stria$ Ela os vai >onquistan"o !ra"ativa1ente$ On"e se torna pre"o1inante3 ela eli1ina as pequenas eplora#Ges$ (as isto no quer "ier que os pequenos e1presários se torne1 to"os operários "e =ári>as$ &ro>ura1 outras pro=issGes3 e1 que a !ran"e eplora#o ain"a no "o1ine3 e as >on!estiona1$ Assi13 a >on>orr@n>ia >apitalista arruFna ta1D1 esses ra1os "a in"stria no atin!i"os ain"a pela !ran"e e1presa$ (as esse pro>esso no se 1ani=esta so a =or1a "e u1a "i1inui#o !eral "a pequena eplora#o$ &elo >ontrário3 veri=i>a/se aqui e a>olá u1 au1ento "a pequena proprie"a"e3 "e tal 1o"o que3 se nos ativer1os apenas aos "a"os estatFsti>os3 sere1os leva"os a a>re"itar que ela está eperi1entan"o u1 surto to"o espe>ial$ Os ra1os "e ativi"a"e e1 que aun"a1 as pequenas eplora#Ges e1pore>i"as so aqueles 1es1os e1 que a in"stria a "o1i>Flio3 eplora"a pelo >apitalis1o 1o"erno3 en>ontra as 1elBores >on"i#Ges "e avan#o e "e "esenvolvi1ento rápi"o$ A invaso "o >apital po"e3 nessas >ir>unstJn>ias3 a>re"itar no u1a "i1inui#o3 1as u1 =orte au1ento "o n1ero total "as pequenas e1presas$ (as que1 >onBe>e o esta"o so>ial o>ulto so os al!aris1os "a estatFsti>a no verá neles u1a luta vitoriosa >ontra o !ran"e >apital$ (es1o nas es=eras e1 que a 1áquina "o1ina3 o pro!resso "a !ran"e in"stria no "eter1ina ne>essaria1ente o "esapare>i1ento "as pequenas eplora#Ges$ Ela as arru1a3 torna/as supDr=luas "o ponto "e vista e>on1i>o3 1as "i=i>il1ente se >on>ee a resist@n>ia que 1uitas vees o=ere>e1 essas eist@n>ias inteis$ A =o1e e o es!ota1ento prolon!a1 a sua a!onia a u1 ponto ina>re"itável$ A 1isDria "os te>elGes silesianos e sani>os se tornou proverial Bá u1 sD>ulo3 e >ontu"o eles no "esapare>era1$ Ele1entos "esta >ate!oria3 quan"o no po"e1 viver por 1eio "a pro"u#o3 en>a1inBa1/se para traalBos que a !ran"e eplora#o "esprea por insi!ni=i>antes3 para as soras3 pro>ura1 !anBar o po >o1o a!entes ou >orretores "as !ran"es e1presas$ As =or1as "e1o>ráti>as "os Esta"os 1o"ernos po"e13 ta1D13 tornar/se u1 "os =atores "e >onserva#o "essas pequenas eplora#Ges atrasa"as$ )o D raro ver1os a autori"a"e pli>a3 por 1otivos polFti>os3 "ar prestF!io a >a1a"as so>iais que per"era1 a sua =or#a e>on1i>a$ &or 1ais intil que se tenBa torna"o o proletaria"o an"raoso "a anti!a Ro1a "e>a"ente3 >onsi"era#Ges polFti>as levara1 o Esta"o a 1ant@/%o$ )os te1pos 1o"ernos3 a >lasse "os aristo>ratas nos "á u1 ee1plo análo!o$ A partir "o sD>ulo X%%3 =iera/se >a"a ve 1ais supDr=lua e insolvável3 1as3 pela su1isso ao po"er asoluto "os prFn>ipes3 a>o1o"ara/se nu1a eist@n>ia parasitária3 su!an"o a so>ie"a"e atD a 1e"ula$ Uni>a1ente u1a revolu#o p"e supri1i/la$ As tra"i#Ges "essa eist@n>ia parasitária3 so3 apesar "isso3 1uito vivaes ain"a na Europa Oriental3 e os nossos =i"al!os enten"e1 que "eve1 !ritar to =orte quanto a >analBa ro1ana "e 2$999 anos atrás$ So apenas 1enos 1o"era"os nas ei!@n>ias$ )o se >ontenta1 >o1 po se>o$ Seus "iverti1entos >usta1 1ais >aro que os >on>e"i"os pelo Esta"o ? >analBa ro1ana$ So eles 1es1os que aaste>e1 os !la"ia"ores3 !ra#as aos senti1entos "e Bonra parti>ulares ? sua >lasse$ ,e resto3 apren"era1 a arte "e reivin"i>ar o >on>urso "o Esta"o para alunos "H>eisM u1a parte "a pequena ur!uesia l@ pela sua >artilBa$ ver"a"e que >ertos >Fr>ulos pequenos ur!ueses3 á se sentin"o proletários3 se aliara1 aos assalaria"os3 ten"o e1 vista a oten#o3 se no para eles3 ao 1enos para seus =ilBos3 "e >on"i#Ges "e vi"a 1elBores$ Outros3 porD13 a>Ba1 1ais práti>o ven"er os seus servi#os ao !overno e1 tro>a "as suven#Ges "o Esta"o$ As >lasses "o1inantes t@1 ne>essi"a"e "esses ele1entos3 t@1 ne>essi"a"e3 >o1 o su=rá!io universal3 "e u1a nu1erosa >lasse popular que possa1 opor ?s =ileiras >erra"as "o proletaria"o$ Assi13 pronti=i>a1/se a >o1prar essa parte "a pequena ur!uesia que se ven"e$ )o so3 D >erto3 os seus 1elBores ele1entos$ So in"ivF"uos que se "e>lara1 1onarquistas atD o lti1o =io "e >aelo3 1as !rita1 aos reis que se no lBes "ere1 privilD!ios ? >usta "a >oletivi"a"e3 =ar/se/o so>iais/"e1o>ratas$ Tais a1ea#as "enota1 u1 esta"o "e espFrito 1iserável$ (as quan"o os po"erosos pre>isa1 $"e pretorianos3 no "eve1 ser 1uito ei!entes$ Se e1 -7N7 =ora1 a#ula"os os va!aun"os >ontra os operários3 por que no atirar Boe3 >ontra estes3 a =ra#o "a pequena ur!uesia que se o=ere>e para essa
7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ tare=a i1un"ab Assi13 pois3 D e1 preuFo "os operários e no "os !ran"es in"ustriais3 que se prolon!a a vi"a "as pequenas eplora#Ges3 ao se >on>e"ere1 privilD!ios ao pequeno >o1er>iante e1 "etri1ento "as >ooperativas "e >onsu1o3 aos patrGes e1 "etri1ento "os >o1panBeiros e apren"ies3 ao se >on>e"ere1 >rD"itos3 se!uros3 et>$3 e1 "etri1ento "os >ontriuintes$ lasses3 quanto 1ais a So>ial/,e1o>ra>ia se torna a1ea#a"ora3 tanto 1ais os !overnos se "ispGe1 a o=ere>er ?s pequenas e1presas trans=or1a"as nu1a inutili"a"e e>on1i>a3 u1a eist@n>ia 1ais ou 1enos parasitária ?s >ustas "a so>ie"a"e$ O seu "esapare>i1ento será talve ain"a retar"a"o$ )esse senti"o ten"e1 as esperan#as3 espevita"as por pro1essas e 1e"i"as "os !overnos3 1e"i"as e pro1essas que leva1 al!uns interessa"os a u1 >o1ate se1 perspe>tivas3 que "e outra =or1a á teria1 aan"ona"o Bá 1uito te1po$ (as nin!uD1 "e o1 senso ener!ará nisso u1a re=uta#o "o dogma 1arista3 que no se apli>aria ?s ten"@n>ias econmicas. 'ra#as ao concurso do Estado !aranti"o pelas >lasses "iri!entes3 essas eist@n>ias3 >on"ena"as "o ponto "e vista e>on1i>o3 se a!Wenta1 ain"a "urante al!u1 te1po e se "issi1ula a "e>a"@n>ia "a pequena eplora#o$ O "esper"F>io "essas 1es1as >lasses >on"u a resulta"o i"@nti>o$ O "esenvolvi1ento "a pro"u#o >apitalista sus>ita o au1ento "a 1assa "a 1ais/valia$ Esse au1ento re=ere/se no apenas ao >apital a>u1ula"o3 1as ain"a aos lu>ros "os >apitalistas$ Cres>e3 ao 1es1o te1po3 o esana1ento "estes lti1os$ ,e>orre "aF3 entre outros e=eitos3 u1a ressurrei#o "as =or1as =eu"ais3 que3 "e ponto "e vista e>on1i>o3 á tinBa si"o ven>i"as Bá 1uito te1po$ Assi13 por ee1plo3 os reis "a =inan#a e os proprietários "e lati=n"ios pro>ura1 >riar >a1pos "e >a#a"as "a etenso "as =lorestas "a %"a"e (D"ia$ &elas "es>ri#Ges "e O Capital, "e (ar3 sae1os >o1 que rutali"a"e u1a >lasse3 que no pre>isava poupar "inBeiro3 a>Bava ri"F>ulo poupar Bo1ens3 epropriou3 na Es>H>ia3 lavra"ores "e vastos "o1Fnios para sustituF/%os por >arneiros3 e1 se!ui"a por vea"os$ o que se passa Boe e1 >ertas re!iGes "a 0ran#a3 "a Ale1anBa e "a custria$ )a custria3 a ona =lorestal3 se!un"o os "a"os "e En"res3 no Dicionário das Ci@ncia Pol1ticas, au1entou3 "es"e o 1ea"o "o sD>ulo atD Boe3 "e >er>a "e 99$999 Be>tares3 quase 23g "a $super=F>ie total soretu"o nas re!iGes alpinas e >osteiras$ AF o au1ento >Be!ou a 699$999 Be>tares$ ,e -77- a -77 "esravara1/se 8$6- Be>tares "e =lorestas3 1as e1 >o1pensa#o re=lorestara1/se 5$98-$ )a 0ran#a3 os osques parti>ulares o>upava13 n1eros re"on"os3 6 1ilBGes "e Be>tares e1 -7-$ Esta super=F>ie =oi >ain"o atD re"uir/se aos N3 1ilBGes "e -7NN$ ,epois3 atD Boe3 reer!ueu/se a 632 1ilBGes "e Be>tares$ E isto apesar "a per"a "a Alsá>ia/Lorena$ )a Ale1anBa3 no se po"e in=eli1ente >o1parar os al!aris1os "e -75 e "e -772$ )este lti1o ano sH se re>enseava1 os "o1Fnios =lorestais na 1e"i"a e1 que =aia1 parte "e eplora#Ges a!rF>olas$ E1 -753 ao >ontrário3 =ora1 to"os arrola"os$ O livro "e Tei=en sore a 1isDria so>ial e as >lasses possui"oras na custria revela3 >o1 ee1plos nu1erosos3 que nesse paFs no so apenas Mre=loresta"os os "esertos3 1as ta1D1 as pasta!ens e as terras "e lavoura$ Si!ni=i>ativo3 i!ual1ente3 o =ato "e no pais "e Salur!3 o n1ero "e >ae#as "e !a"o !rosso ter "i1inuF"o "e -936g3 entre -765 e -7793 e ain"a "e N3- g3 "e -779 a -7593 soretu"o por >ausa "a ven"a se1pre >res>ente "e pastos a proprietários "e >a1pos "e >a#a"a P,R%LL3 ,ie A!rar=ra!e in sterrei>BQ$ U1a outra =or1a =eu"al que se revitaliou >o1 o au1ento "os lu>ros >apitalistas =oi a "a >ria"a!e1 nu1erosa para o servi#o "e parti>ulares3 >ria"a!e1 >ua lirD3 le1ran"o$ o sD>ulo passa"o3 1ostra per=eita1ente que se trata "e u1 Báito in>on>iliável >o1 o sD>ulo X%X$ A superiori"a"e que o 1un"o ele!ante atriui ao traalBo 1anual relativa1ente ao traalBo 1e>Jni>o no >apFtulo "os arti!os para uso pessoal3 respon"e a essas ten"@n>ias =eu"ais$ A pro"u#o por 1eio "e 1áquinas3 "estina"a ao >onsu1o "a 1assa3 uni=or1e para to"o 1un"o3 no a"aptável aos >apri>Bos e ne>essi"a"es in"ivi"uais3 D 1uito "e1o>ráti>a para a aristo>ra>ia "o "inBeiro$ O traalBo a 1o >onstitui3 se >o1para"o ao traalBo 1e>Jni>o3 u1 "esper"F>io "e =or#as3 e assi1 pare>e ao 1es1o te1po 1ais >ustoso3 1ais a"equa"o a elevar a>i1a "a 1assa pleDia os que >o1pra1 seus pro"utos$3 Eis >o1o essa ativi"a"e3 o o51cio, >Be!a a realiar3 ao la"o "a in"stria a "o1i>Flio / que D a 1o"ali"a"e "e pro"u#o 1ais pore e pre>ária /M$$$ a pro"u#o 1ais "istinta3 =ari>an"o os arti!os superiores$ (as "o 1es1o 1o"o que a in"stria a "o1i>Flio3 o o51cio quali=i>a"o D eposto ? eplora#o >apitalista$ A elaora#o "os arti!os superiores3 quer se trate "e roupas3 quer se trate "e >al#a"os3 "e papel3 "e 1atDrias $t@teis3 "e le!u1es3 "e =rutas3 ei!e >onBe>i1entos espe>iais3 u1a !ran"e "espesa "e traalBo3 1eios "e pro"u#o sele>iona"os3 >oisas que >usta1 "inBeiro3 1uito "inBeiro$ As o=i>inas "e on"e sae1 esses pro"utos sele>iona"os pare>e1 pequenas aos olBos "o estatFsti>o 1as os e>ono1istas as >lassi=i>a13 >ontu"o3 entre as que ei!e1 !ran"es re>ursos$ )elas3 operários "e >ate!oria so eplora"os pelo >apital$ E1 1uitos >asos3 >onstitue1 antes u1 1eio "e reaiar/se a arte "o nFvel "e u1a si1ples
76
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ in"stria >apitalista e no "e i1pri1ir/se aos o=F>ios u1a nova prosperi"a"e$ (as 1es1o quan"o no sea este o >aso3 seria asur"o esperar1os "o au1ento "o "esper"F>io >apitalista u1a ressurrei#o "a pequena in"stria$ Esse "esper"F>io pressupGe u1 >res>i1ento >ontinuo e rápi"o "a !ran"e e1presa3 "a pro"u#o e1 1assa3 o es1a!a1ento3 por >onse!uinte3 "as eplora#Ges 1ins>ulas3 o au1ento >onstante "o proletaria"o$ E1 al!u1as re!iGes3 e1 al!u1as in"strias parti>ulares3 as "issipa#Ges "os >apitalistas po"ero "ar al!u1a prosperi"a"e ? pequena in"stria3 1as no o "aro no >onunto "a e>ono1ia na>ional$ %sto porque o esana1ento >a1inBa paralelo ? proletaria#o pro!ressiva "a 1assa3 nos planos interno e eterno$ ,ier/se que o o=F>io po"erá salvar/se >aso se "e"ique ? pro"u#o "e arti!os superiores3 será a"1itir/se que a e>ono1ia >apitalista ten"e a retro!ra"ar ao esta"o "os povos >a#a"ores os paFses e1 que se instala$ A estatFsti>a o "e1onstraria se1 "i=i>ul"a"es$ (as tu"o isso está lon!e "e aprovar a =alsi"a"e "o dogma mar;ista. &rova to/so1ente que a pequena eplora#o3 na sua "e>a"@n>ia3 se!ue u1 pro>esso 1uito >o1pli>a"o3 e1 que ten"@n>ias >ontrárias se entre>rua1$ Estas ten"@n>ias apenas o tu1ultua1 e retar"a13 pare>en"o3 aqui e a>olá3 1o"i=i>á/lo e1 senti"o oposto$ (as3 na reali"a"e3 no po"e1 "et@/%o$ cN A limita>ão do solo As >orrentes e ten"@n>ias opostas que >ontraria1 o pro>esso "a >on>entra#o "o >apital na in"stria 1ani=esta1/se i!ual1ente na a!ri>ultura$ A analo!ia D to evi"ente que a respeito no =alare1os 1ais3 Contu"o3 na a!ri>ultura se revela1 ain"a outras in=lu@n>ias3 no >onBe>i"as na in"stria A questo3 por >onse!uinte3 D nela ain"a 1ais >o1plea$ Será este o nosso te1a se!uinte$ E1 pri1eiro lu!ar3 re!istre/se esta !ran"e "i=eren#a entre u1a e outra es=eraM os 1eios "e pro"u#o "a in"stria po"e1 ser 1ultipli>a"os ? vonta"e3 ao passo que na a!ri>ultura o 1eio "e pro"u#o essen>ial3 o solo3 te13 e1 >on"i#Ges "eter1ina"as3 u1a >erta super=F>ie3 insus>etFvel "e au1ento ao arFtrio "o Bo1e1$ )o to>ante ao >apital3 po"e1os "istin!uir "ois !ran"es 1ovi1entosM a a>u1ula#o e a >entralia#o$ A a>u1ula#o resulta "a =or1a#o "a 1ais/valia3 O >apitalista sH >onso1e u1a parte "o lu>ro que lBe >ae$ U1a parte "ela3 ele a pGe "e reserva3 e1 >ir>unstJn>ias nor1ais$ E1pre!a/a no au1ento "o seu >apital$ Esse 1ovi1ento >o1ina/se >o1 outro3 a reunio "e pequenos >apitais "iversos nu1 !ran"e >apital / a >entralia#o "e >apitais$ \ "i=erente o que o>orre >o1 o solo$ To"a terra >onquistável para a >ultura3 nos anti!os paFses a!rários3 >onstitui u1a !ran"ea 1Fni1a3 quase in"i!na "e >oteo >o1$ as so1as a>u1ula"as pela >lasse
>apitalista3 "o >o1e#o ao =i1 "o ano$ O terratenente no po"e3 e1 !eral3 au1entar os seus ens "e rai por via "a >entralia#o3 >o1 a =uso "e 1uitas nu1a eplora#o ni>a$ )a in"stria3 a a>u1ula#o D possFvel in"epen"ente1ente "a >entralia#oM E 1ais3 ela a pre>e"e3 "e or"inário$ U1 !ran"e >apital po"e ser >onstituF"o3 u1a !ran"e e1presa in"ustrial po"e ser =un"a"a se1 que atina os >apitais 1enores3 se1 que sea supri1i"a a autono1ia "e eplora#Ges 1enos %1portantes$ E1 !eral3 esta supresso D >onseqW@n>ia, e no condi>ão prDvia "a =or1a#o "e u1a !ran"e e1presa in"ustrial$ &ara =un"a#o "e u1a =ári>a "e >al#a"os e1 "eter1ina"o lu!ar no Bá ne>essi"a"e "e se epropriare1 os sapateiros que aF á se en>ontra1$ a prospera D que a>arreta a ruFna "os pequenos artesos3 >o1 a sua epropria#o e1 proveito "a e1presa superior$ E a a>u1ula#o3 a =or1a#o "e u1 novo >apital 1ais >onsi"erável !ra#as aos lu>ros no "espen"i"os3 que >ria o !ran"e >apital ne>essário ? =un"a#o "a =ári>a "e >al#a"o$ Ao >ontrário3 por to"a parte e1 que inteira1ente se =ra>iona e1 par>elas parti>ulares3 e on"e "o1ina a pequena proprie"a"e3 o solo3 1eio "e pro"u#o 1ais i1portante na a!ri>ultura sH se in>orpora ? !ran"e e1presa 1e"iante a >entralia#o "e nu1erosos pequenos lotes$ O "esapare>i1ento "e 1uitas eplora#Ges 1ins>ulas D assi1 a >on"i#o prDvia in"ispensável para a eist@n>ia "e u1a !ran"e eplora#o$ (as isto no asta$ E pre>iso que as pequenas eplora#Ges epropria"as =or1e1 u1a super=F>ie >ontFnua3 para que "e sua =uso resulte u1a !ran"e e1presa$ U1 an>o Bipote>ário po"erá a"quirir nu1 ano al!u1as >entenas "e pequenas proprie"a"es >a1ponesas postas e1 Basta pli>a$ )o po"erá3 >ontu"o =aer "elas u1a !ran"e eplora#o3 porque no so >ontF!uas3 e si1 se "isse1ina1 pelas lo>ali"a"es 1ais "iversas3 O an>o terá que ven"@/%as separa"a1ente3 tais >o1o lBe =ora1 a"u"i>a"as$ s vees3 1es1o3 terá que su"ivi"i/%as3 no >aso "e en>ontrar =a>il1ente >o1pra"ores para par>elas 1enores$ 0or1ará assi13 eplora#Ges 1enos i1portantes$ Enquanto o arFtrio "os proprietários =oi soerano3 tivera1 eles =a>ili"a"es para oten#o "e terra
7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ "estina"a a !ran"es e1presas3 Epulsava13 pura e si1ples1ente3 >o1 viol@n>ia 1ais ou 1enos "issi1ula"a3 to"os os >a1poneses que os in>o1o"ava1$ (as a pro"u#o >apitalista >are>e "a se!uran#a$ "a proprie"a"e$ ,es"e que saiu "a era revolu>ionária e soli"a1ente assentou a sua soerania3 apenas a"1ite u1 1otivo para eproria#oM a i1possiili"a"e "o "eve"or "e pa!ar suas "Fvi"as$ )a 1e"i"a e1 que o >a1pon@s as pa!a3 aos >apitalistas e ao Esta"o3 a sua proprie"a"e se torna sa>rossanta$ A proprie"a"e priva"a "a terra D sHli"a$ (as vere1os que asse!ura ao >a1pon@s u1a prote#o insu=i>iente$ Ela >onstitui u1 ostá>ulo 1uito sDrio ? =or1a#o "e lar!as proprie"a"es territoriais3 >on"i#o prDvia para a !ran"e eplora#o a!rF>ola$ &or to"a parte on"e "o1ine a pequena eplora#o3 "e 1o"o e>lusivo3 u1a !ran"e e1presa lutará >o1 e1ara#os >onsi"eráveis para >onstituir/se$ E isto3 por 1ais "e>a"ente que sea a pequena proprie"a"e territorial3 por superior que se 1ostre a !ran"e eplora#o$ (as 1es1o on"e a !ran"e e a pequena proprie"a"e se ustaponBa13 a pri1eira ne1 se1pre po"erá3 >o1 =a>ili"a"e a1pliar/se e1 "etri1ento "a se!un"a$ Si13 as =ra#Ges "a pequena proprie"a"e postas ? ven"a3 por ne>essi"a"e ou outros 1otivos3 ne1 se1pre so pre>isa1ente aquelas "e que a proprie"a"e viinBa pre>isa para arredondar4se ou >res>er$ O a!ri>ultor que a>Ba a sua terra eF!ua3 que a"quiriu os 1eios "e eplorar u1a 1aior3 pre=ere3 e1 !eral3 ven"er a pri1itiva e >o1prar u1a 1ais a1pla3 "o que esperar in"e=ini"a1ente u1 a>aso >apa "e per1itirlBe a anea#o "as !leas "o viinBo$ assi1 que se realia3 soretu"o3 o "esenvolvi1ento "as eplora#Ges parti>ulares na a!ri>ultura$ ta1D1 u1a "as raGes "eter1inantes "a enor1e 1oili"a"e "a proprie"a"e territorial3 "as nu1erosas transa#Ges opera"as >o1 os ens "e rai na Dpo>a >apitalista$ Se os >o1pra"ores en>ontra1 ven"e"ores3 eles o "eve1 aos "ireitos "e su>esso e aos en"ivi"a1entos3 "e que =alare1os "epois$ entuar que esse aspe>to parti>ular "o solo so o re!i1e "a proprie"a"e priva"a e1 to"os os paFses "e pequena eplora#o >onstitui u1 ostá>ulo tre1en"o ao "esenvolvi1ento "a !ran"e e1presa a!rF>ola3 por superior que esta sea3 e ostá>ulo que a in"stria no >onBe>e$ dN A grande e;plora>ão não necessariamente a mel/or A isto a>res>e outra "i=eren#a entre a in"stria e a a!ri>ultura$ )a pri1eira3 a !ran"e eplora#o3 e1 >on"i#Ges nor1ais3 D se1pre superior ? pequena$ )atural1ente3 na in"stria >a"a e1presa te13 e1 >ir>unstJn>ias "a"as3 li1ites que no po"e ultrapassar3 so pena "e tornar/se i1pro"utiva$ A i1portJn>ia "o 1er>a"o3 "o >apital "isponFvel3 "o n1ero "e operários utiliáveis3 o transporte "o 1aterial ruto3 os pro!ressos "a tD>ni>a tra#a1 para >a"a eplora#o as suas =ronteiras$ (as "entro "estas a !ran"e e1presa D se1pre superior ? pequena$ )a a!ri>ultura isto D ver"a"eiro apenas atD >erto ponto$ Esta "i=eren#a provD1 "o =ato "e3 ao 1es1o te1po3 representar o au1ento "e to"a eplora#o in"ustrial u1a >on>entra#o >res>ente "as =or#as pro"utivas3 >o1 to"as as vanta!ens que lBe so inerentesM e>ono1ia "e te1po3 "e !astos3 "e 1aterial3 =is>alia#o 1ais =á>il3 et>$ )a a!ri>ultura3 ao >ontrário3 >a"a au1ento "e e1presa / i"@nti>as as >ir>unstJn>ias3 no 1u"an"o3 parti>ular1ente3 o 1Dto"o "e >ultura / i1pli>a nu1 au1ento ain"a 1aior "a super=F>ie "e terreno eplora"o$ &or >onse!uinte a 1u"an#a provo>a u1a per"a 1aior "e utili"a"es3 u1a 1aior "espesa "e =or#a3 "e 1eios e "e te1po3 para transporte "e 1aterial e "e operários$ %sto D 1ais pon"erável na a!ri>ultura quan"o se trata "o transporte "e ele1entos "e pou>o valor^ relativa1ente ao seu peso e seu volu1e / ester>o3 =eno3 palBa3 tri!o3 atatas / e quan"o os 1Dto"os "e >arreto so 1uito pri1itivos3 >o1parativa1ente aos "a in"stria$ il a =is>alia#o "os operários "ispersos3 o que D 1uito i1portante quan"o se >ontrata1 assalaria"os$ TBWnen or!aniou u1 qua"ro que 1ostra a"1iravel1ente e1 >o1o essas per"as au1enta1 ? 1e"i"a que se a1plia a proprie"a"e$ )Hs o repro"ui1os aqui3 no siste1a 1Dtri>o e e1 n1eros re"on"os$ TBWnen >al>ulou qual era3 se!un"o a sua "istJn>ia "a !rana3 o ren"i1ento "as "i=erentes =ra#Ges "e terra que pro"uisse13 por Be>tare3 quanti"a"es "i=erentes "e >enteio$
77
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ,istJn>ia "a par>ela "a terra ? !rana3 e1 1etros
Rela#oM 2 Be>tolitros$ Ren"i1entoM P1ar>osQ
Rela#oM 28 Be>tolitros$ Ren"i1entoM P1ar>osQ
Rela#oM 29 Be>tolitros$ Ren"i1entoM P1ar>osQ
Rela#o -7 Be>tolitros$ Ren"i1entoM P1ar>osQ
Rela#oM - Be>tolitros$ Ren"i1entoM P1ar>osQ
9 -$999 2$999 8$999 N$999 N$99 $999
28 - -N -9 93 9
-5 - - 2 9
- - 8 9
- N 9
N 9
Se!un"o esses al!aris1os3 po"erFa1os supor que a a!ri>ultura "á tanto 1ais lu>ro quanto 1enor =or a proprie"a"e$ )atural1ente3 no D este o >aso$ As vanta!ens "a !ran"e eplora#o so to i1portantes que >o1pensa1 "e sora os in>onvenientes "a "istJn>ia$ (as isto sH D ver"a"eiro para u1a >erta super=F>ie "e terreno$ Ao ultrapassar esses li1ites3 as vanta!ens "a !ran"e e1presa >res>e1 nu1a propor#o 1enor que os in>onvenientes "a "istJn>ia$ Assi13 a partir "esse ponto3 to"a etenso nova "a super=F>ie "a proprie"a"e lBe "i1inui o ren"i1ento$ )o po"e1os e1 !eral3 =aer a "eter1ina#o eata "e tais li1ites$ Eles "i=ere1 se!un"o a naturea "o solo e as espD>ies "e eplora#o$ Certos pro!ressos ten"e1 a alar!ar essa =ronteira3 e no seu n1ero se in>lui a intro"u#o "o vapor ou "a eletri>i"a"e >o1o =or#as 1otries3 ou "as estra"as "e =erro a!rF>olas$ Outras3 ao >ontrário3 ten"e1 a estreitá/%a$ upa"os e1 "eter1ina"a super=F>ie3 quanto 1ais tivere1 "e transportar >arre!a1entos3 a"uos3 >olBeitas3 1áquinas e instru1entos pesa"os3 tanto 1ais o e=eito "as !ran"es "istJn>ias se =ará sentir$ &o"e/se "ier que e1 !eral a etenso 1ái1a "e u1a terra3 alD1 "a qual a rela#o "i1inui3 D tanto 1enor quanto 1ais intensiva D a >ultura3 quanto 1ais >apital Bouver e1pre!a"o e1 i!ual super=F>ie$ (as esta lei D >ontraria"a3 "e ve e1 quan"o3 pelo "esenvolvi1ento "a tD>ni>a$ )a 1es1a or"e1 "e i"Dias3 en>ontra1os outra lei3 qual sea a "e que u1a proprie"a"e "eve ser tanto 1enor quanto 1ais intensiva1ente eplora"a >o1 >erto >apital$ U1a pequena terra >ultiva"a "e 1aneira intensiva po"e >onstituir u1a eplora#o 1aior "o que u1a área 1ais a1pla >ultiva"a "e 1aneira etensiva$ A estatFsti>a que nos propor>iona es>lare>i1entos sore a super=F>ie "e u1a eplora#o3 no resolve "e =or1a al!u1a a questo "e se saer se u1a "i1inui#o eventual "a área provD1 "e u1a "i1inui#o real ou "e u1a >ultura 1ais intensiva$ A eplora#o "as =lorestas e "as pasta!ens po"e =aer/se nas super=F>ies 1ais lar!as$ A silvi>ultura no pre>isa "e u1 >entro3 "e u1a !rana e1 torno "a qual se "esenvolva$ )a sua =or1a 1ais etensiva3 o >orte e o transporte "e 1a"eira so os ni>os traalBos que ela >o1porta$ A 1a"eira resiste ? in=lu@n>ia "a te1peratura e no >are>e "e >eleiro$ "eia"a no lo>al e1 que =oi >orta"a atD o 1o1ento =avorável para a sua >on"u#o ao 1er>a"o$ )os rios3 transporta/se por si 1es1a$ ,o 1es1o 1o"o que a 1a"eira nas =lorestas3 o !a"o nos pastos no ei!e3 ao 1enos nos >li1as =avoráveis3 o transporte "e =orra!e1 ou ari!os >oertos$ on"u#o 1ais =á>il que a 1a"eira$ On"e se Baa "esenvolvi"o o 1er>a"o ne>essário3 a eplora#o "as =lorestas e "as pasta!ens apare>e ta1D1 >o1o a pri1eira =or1a "e e1presa >apitalista apli>a"a ao solo$ Ela no ei!e 1áquinas3 a!rno1os e !ran"es >apitais$ +asta que al!uns proprietários sea1 astante po"erosos para se tornare1 senBores e>lusivos "e =lorestas e pasta!ens3 >o1 a prDvia epropria#o "os >a1poneses$ 0oi o que se veri=i>ou por to"a parte e1 que as >ir>unstJn>ias a tanto se prestara1$ (es1o nas >olnias3 on"e os traalBa"ores so raros e o solo D aun"ante3 a eplora#o "as =lorestas3 e prin>ipal1ente "as pasta!ens3 >onstitui a pri1eira =or1a "a !ran"e eplora#o a!rF>ola$ o >aso "os Esta"os Uni"os3 "a Ar!entina3 "o Uru!uai e "a Austrália$ )esses paFses3 >ertas pasta!ens atin!e1 a área "e prin>ipa"os ale1es$ )a Austrália3 nu1a ni>a pasta!e13 299$999 >arneiros >Be!ara1 a ser tosquia"os nu1 ano$ A eplora#o "as terras "e lavoura D 1uito 1ais li1ita"a "o que a eplora#o "as =lorestas e "as pasta!ens$ (as aF3 ta1D13 as super=F>ies 1ái1a e 1D"ia "as e1presas etensivas ultrapassa1 as "as e1presas intensivas$
75
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ As =aen"as "e >ereais "a A1Dri>a "o )orte atin!ira1 a área 1ais a1pla entre as terras "e lavoura$ )elas se >onu!ara1 / e D o que lBes e1presta u1 >aráter parti>ular / u1a super=F>ie >onsi"erável "e eplora#o e o e1pre!o "e u1a tD>ni>a 1uito aper=ei#oa"a$ A a!ri>ultura a1eri>ana te1 si"o3 atD os "ias presentes soretu"o3 u1a a!ri>ultura "e e1er!@n>ia$ Enquanto Bouve terras vir!ens "isponFveis3 terras que no tinBa1 si"o ain"a proprie"a"e "e nin!uD13 o lavra"or p"e es>olBer u1 solo =e>un"o arran>ar/lBe >olBeitas sore >olBeitas e aan"oná/lo assi1 que o "eseasse3 para ir 1ais a"iante$ Esta a!ri>ultura "e n1a"es "ispunBa "e =erra1entas aper=ei#oa"as "e 1áquinas in"ustriais a"1iráveis$ E >o1o o >ultiva"or no pre>isava >o1prar terra3 po"ia e1pre!ar quase to"o o >apital na aquisi#o "esses instru1entos$ )o Bavia nenBu1a ne>essi"a"e "e a"uo para essa espD>ie "e lavoura$ )o Bavia ne>essi"a"e "e 1uito !a"o$ Ao 1enos on"e o >li1a o per1itia3 "ispensava/se a estaula#o per1anente$ ,ispensava/se3 ta1D13 o a=olBa1ento$ ,urante o ano to"o >ultiva/se o 1es1o pro"uto3 o tri!o3 e1 !eral$ Os Bo1ens era1 5azendeiros de trigo. To"as as =erra1entas3 to"as as 1áquinas3 to"os os ra#os sH se e1pre!ava1 nesse servi#o$ A eplora#o era si1ples3 su1ária$ E1 tais >on"i#Ges3 al!u1as proprie"a"es po"ia1 atin!ir u1 "esenvolvi1ento in>rFvel$ So >onBe>i"as as "os srs$ ,alry1ple3 'le13 et>$3 que >ore1 u1a super=F>ie "e -9$999 Be>tares e 1ais$ )a %n!laterra3 ao >ontrário3 on"e a >ultura D intensiva e re>la1a a 1anuten#o "e !a"o !rosso3 o a=olBa1ento3 u1 !ran"e !asto "e a"uo3 as !ranas "e 1ais "e 99 Be>tares so u1a rari"a"e^ -$999 Be>tares3 e1 to"o >aso3 >onstitue1 o 1ái1o$ As !ran"es e1presas >apitalistas t@1 u1a etenso 1aior na A1Dri>a "o que na Europa$ O 1es1o a>onte>e >o1 as pequenas eplora#Ges >a1ponesas$ )a Ale1anBa3 u1 >a1pon@s que possui u1a terra "e 9 a -99 Be>tares e1 !eral á D >onsi"era"o !ran"e lavra"or$ )o i1pDrio ale1o3 e1 -753 >ontava1/se nu1 total "e 1ilBGes e 1eio "e eplora#Ges a!rF>olasM
Classi=i>a#o se!un"o a super=F>ie Super=F>ie Eplora#Ges
2 a Be>tares -$9-6$8-7
a 29 Be>tares 55$79N
29 a -99 Be>tares 27-$6
)os Esta"os Uni"os3 ao >ontrário3 e1 -7593 nu1 total "e N 1ilBGes e 1eioM
Super=F>ie Eplora#Ges
Classi=i>a#o se!un"o a super=F>ie 29 a 9 a>res 9 a-99 a>res 7 a 29 Be>tares 29 a N9 Be>tares 592$ -$-2-$N7
-99 a 99a>res N9 a 299 Be>tares 2$997$65N
Assi1 o 1aior n1ero "e proprie"a"es >a1ponesas3 na A1Dri>a3 te1 a etenso "as terras nores ale1s$ As ases "essa a!ri>ultura etensiva "esapare>e1 "es"e que o solo se torna proprie"a"e priva"a e a>aa1 as terras se1 "onos$ Ao invDs "e alternar o >ultivo e o pousio3 o lavra"or "eve alternar as espD>ies "e plantas^ ao invDs "e prati>ar u1a I>ultura "e e1er!@n>iaI3 ele pre>isa a"uar a terra e ter3 por >onse!uinte3 !a"o nu1eroso e os estáulos >orrespon"entes$ Ele pre>isa e1pre!ar operários e "inBeiro na 1es1a área "e terreno$ Se no en>ontra u1a quanti"a"e su=i>iente "e traalBa"ores e "e >apitais3 te1 "e li1itar a sua eplora#o$ A !ran"ea 1ái1a "as lar!as e1presas "i1inui3 as =aen"as "e +onana á no pre"o1ina1$ Eis o qua"ro que nos o=ere>e a evolu#o "a a!ri>ultura na A1Dri>a$ E no se po"e ne!ar que Baa u1 1ovi1ento nesse senti"o3 e1ora no sea to rápi"o >o1o se te1 "ito tantas vees nestes lti1os anos$ )o se po"e =alar no 5im pr7;imo "a !ran"e eplora#o a!rF>ola na A1Dri>a$ Os al!aris1os >ita"os a>i1a o 1ostra1 >on>lu"ente1ente$ Contu"o3 no ul!a1os i1possFvel que a a!ri>ultura a1eri>ana3 se a"otar inteira1ente o 1Dto"o "e eplora#o "a a!ri>ultura europDia3 a"ote i!ual1ente as suas áreas "e plantio$ As =aen"as "e +onana "esapare>ero3 portanto3 as !ran"es e1presas no ultrapassaro u1a super=F>ie "e -$999 Be>tares3 as e1presas$ >a1ponesas >airo ao nFvel 1D"io "a Ale1anBa3 se o "esenvolvi1ento "a
59
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ tD>ni>a / a intro"u#o "a eletri>i"a"e na lavoura3 por ee1plo / no >riar >on"i#Ges novas que a1plie1 os li1ites 1ái1os "a !ran"e proprie"a"e3 1es1o no >aso "e u1a eplora#o intensiva$ E1 to"o >aso3 no seria lF>ito >onsi"erar1os esta re"u#o "a super=F>ie >ultiva"a u1a vitHria "a pequena sore a !ran"e e1presa3 1as uni>a1ente u1a >on"ensa#o 1aior "o traalBo a!rF>ola e1 áreas 1enores$ Ora3 isto po"e e "eve 1ar>Bar paralelo a u1a au1ento "o >apital e1pre!a"o na a!ri>ultura3 =reqWente1ente ta1D1 a u1 au1ento "o pessoal utilia"o nos 1es1os =ins3 e por >onse!uinte a u1 au1ento e=etivo "a eplora#o$ ,o 1es1o 1o"o que a passa!e1 "e u1a 1era a!ri>ultura "e pilBa!e1 a u1a a!ri>ultura re!ular3 que vise a$ 1anuten#o "ura"oura "a =ertili"a"e "o solo3 a sustitui#o "a pasta!e1 etensiva pela lavoura "eter1ina u1a ten"@n>ia a re"u#o "a área 1D"ia "as proprie"a"es3 >o1 per1an@n>ia "o ta1anBo "as eplora#Ges3 ou 1es1o >o1 o seu >res>i1ento$ E >Be!a/se ao 1es1o resulta"o >o1 a sustitui#o "a >ultura "e >ereais pela >ria#o intensivaM que Boe3 pre>isa1ente3 =a !ran"es pro!ressos nos velBos paFses a!rários$ )a %n!laterra3 o ta1anBo 1D"io "as proprie"a"es "e >ria#o era3 e1 -7793 "e 238 a>res3 e o "as eplora#Ges "e >ereais3 "e N32 a>res$ Elas se "istriuFa1 "a 1aneira se!uinte$ Super51cie proporcional das di5erentes categorias de área de e;plora>?es J em ] N ,esi!na#o
AtD 9 a>res
9 a -99 a>res
-99 a 899 a>res
899 a 99 a>res
99 a 1il a>res
A>i1a "e -$999 a>res
Cria#o
-32
-735
N83
-837
32
232
Cultura "e >ereais
535
-932
837
2-3N
-39
83
Se na %n!laterra3 >o1o a>onte>e presente1ente3 a >ultura "e >ereais per"e terreno3 >a"a ve 1ais3 e se a >ria#o intensiva a sustitui3 D >laro que as !ranas "eve1 ten"er a "i1inuir "e ta1anBo$ (as seria u1 ul!a1ento super=i>ial a"1itir1os no >aso u1 re>uo "a !ran"e e1presa$ $ ,e resto apesar "esta >ir>unstJn>ia3 os novos al!aris1os no nos 1ostra1 u1a "i1inui#o 1D"ia "a área "as !ranas$ A área 1D"ia "as eplora#Ges a!rF>olas "e 1ais "e u1 a>re "e super=F>ie$ Papenas "as que =ora1 1e"i"as e1 -75Q3 atin!ia na 'r/+retanBa3 e1 -773 6- a>res^ e1 -753 62 a>res$ evi"ente que au1entou u1 pou>o$ )as provFn>ias ale1s situa"as no leste "o Ela3 a passa!e1 a u1a >ultura 1ais intensiva a>arretou3 %!ual1ente3 u1a re"u#o "a área "as !ran"es proprie"a"es$ IE1 sua 1aioria as nossas !ran"es e1presas / "i Serin! no seu livro3 á >ita"o3 sore a >olonia#o interior na Ale1anBa Oriental / so atual1ente 1uito etensas para u1 traalBo su=i>iente1ente intensivo e1 to"a a área "e >ultivo$ Elas se =or1ara1 e "esenvolvera1 nu1 te1po e1 que as >on"i#Ges !erais "a a!ri>ultura "ispensava1 essa >on>entra#o "e >apitais e "e =or#as nu1a ni>a super=F>ie "e terra3 >oisa que D Boe u1a ne>essi"a"e asoluta "a eplora#o priva"a e na>ional$ Eis >o1o se epli>a que as =olBas eteriores3 representan"o ?s vees u1 quinto ou u1 quarto "a área$ total3 sea1 >ultiva"as Boe3 quase se1 e>e#o3 "e 1o"o inteira1ente etensivo^ que3 por ee1plo3 sea1 e1pre!a"as no plantio "e tre1o#os ou "e =orra!ens "ura"ouras$ )as super=F>ies "e solo "i=F>il na )ova &o1erJnia Citerior3 eplora"as intensiva1ente a=ir1a/se que as terras "e lavoura a=asta"as "e 1ais "e 2 quil1etros "a !rana prin>ipal no 1ere>e1 1ais >ultivo $$$ A =alta !eral "e >apital para a eplora#o D "evi"a ao !ran"e ta1anBo "as proprie"a"es$ A "i1inui#o "a área "as proprie"a"es pela ven"a ou arren"a1ento "e partes "istantes a pequenos >a1poneses au1enta "e "ois 1o"os a pro"u#o "o solo$ A >olonia#o >orin"o as par>elas anti!as "e !ran"e n1ero "e >entros a!rF>olas3 as terras que3 por >ausa "e sua situa#o "es=avorável e1 rela#o ? !rana3 tinBa1 si"o eplora"as "e =or1a in>o1pleta3 entra1 e1 plena ativi"a"e$ &ara as terras que =i>ara1 "e la"o reserva/se u1 >apital 1aior3 1aior n1ero "e traalBa"ores3 e seus proprietários pa!an"o uros 1enores re>ee1 lo!o u1 lu>ro lFqui"o i!ual ou superior ao que tinBa1 antes "a partilBaI Ppá!s$ 523 58Q$ Assi13 "i1inue1 os !ran"es "o1Fnios "as provFn>ias situa"as a leste "o Ela$ &equenas proprie"a"es >a1ponesas =or1a1/se ao la"o "elas3 no porque a pequena eplora#o sea superior ? !ran"e3 1as porque as super=F>ies a!rF>olas era1 atD ento a"apta"as ?s ei!@n>ias "a >ultura
5-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ etensiva$ eN O lati56ndio ,e tu"o o que pre>e"e resulta1 "uas >onseqW@n>ias$ E1 pri1eiro lu!ar3 que os al!aris1os estatFsti>os relativos ? área "as eplora#Ges no si!ni=i>a1 !ran"e >oisa^ e1 se!un"o lu!ar3 que o pro>esso "e >entralia#o "o solo pelo alar!a1ento "e u1a proprie"a"e territorial3 á 1uito 1ais "i=F>il "o que o pro>esso "e a>u1ula#o e "a >entralia#o "o >apital te1 e1 >ir>unstJn>ias "eter1ina"as3 >ertos li1ites para >a"a eplora#o$ Apenas on"e "o1ina o arren"a1ento D que os !ran"es terratenentes eperi1enta1 o "eseo "e esten"er ao in=inito esses seus "o1Fnios parti>ulares$ Ento3 no >oin>i"in"o eplora#o e proprie"a"e3 o terratenente sH alu!a a u1 ni>o e1presário o seu solo quanto este D astante a1plo$ Ele o partilBa nu1 >erto n1ero "e arren"a1entos >ua etenso "eter1ina3 "e 1o"o a oter os 1aiores lu>ros$ )o estaele>e essa "iviso ten"o e1 vista apenas a eplora#o 1ais ra>ional "a terra3 1as ta1D1 os re>ursos >apitalistas "os arren"atários que se apresente1$ On"e "o1ina o siste1a "e eplora#o a!rária por parte "o proprietário ou seus e1pre!a"os3 on"e a eplora#o e a proprie"a"e se >on=un"a13 "es"e que u1a terra se arre"on"e e possua área su=i>iente3 a ten"@n>ia ? >entralia#o se revela no 1ais pelo "eseo "o respe>tivo "ono "e au1entá/ %a 1as pelo "eseo "e a"quirir u1a nova !lea$ E essa ten"@n>ia3 e1 >ertos >asos3 te1 1ani=esta#Ges 1uito =ortes$ O "r$ Ru"ol= (eyer nos "á a respeito u1 teste1unBo eloqWente no seu livro to >urioso sore a aia "a ren"a =un"iária$ Esse autor a>o1panBou "e perto o "esenvolvi1ento "a !ran"e proprie"a"e territorial na &o1erJnia$ eri=i>ou que e1 -73 nesse paFs3 62 proprietários 1uito ri>os "e terras nores possuFa1 225 "o1Fnios$ E1 -75-3 ao >ontrário3 possuFa1 N73 >o1 u1a super=F>ie "e 26-$5 Be>tares$ As =a1Flias ?s quais perten>ia1 esses 62 proprietários e que >ontava1 -2 1e1ros e1 -75-3 possuFa13 e1 -73 885 proprie"a"es e3 e1 -75-3 6953 >o1 u1a super=F>ie "e 88N$- Be>tares$ AlD1 "isso3 62 proprietários nores3 1uito ri>os3 possuFa13 e1 -73 --7 "o1Fnios^ e1 -75-3 2983 >o1 u1a super=F>ie "e -N$-85 Be>tares3 e3 en=i13 8 aasta"os proprietários3 ur!ueses possuFa13 e1 -75-3 5N "o1Fnios so1an"o N$999 Be>tares$ ,estes lti1os e1 -73 -8 possuFa1 2 "o1Fnios^ e1 -75- possuFa13 N-$ Os outros 22 no possuFa13 e1 -73 sequer u1a proprie"a"e^ e1 -75-3 possuFa1 N-$ O "r$ Ru"ol= (eyer >ita ain"a 6 proprietários nores possui"ores "e -72 "o1Fnios3 so1an"o o total "e -95$59 Be>tares3 e --5 proprietários ur!ueses3 possuin"o 5 "o1Fnios P-8-$-57 Be>taresQ$ )o era >onBe>i"o o esta"o "e suas posses anteriores$ Esses al!aris1os "enun>ia1 u1a ten"@n>ia >entralia"ora astante a>entua"a3 que D ain"a 1uito 1ais saliente entre >ertos proprietários parti>ulares$ En>ontra1os entre elesM E1 -75)o1e "os proprietários
+elo Saleske Con"e ,ou!las Kneel/,Gerit/,ieters"or= Con"e Ar1in S>Bla!entB &rin>ipe "e +is1ar>k &lGt/Su>Bo :ey"en [Wr!en Cartlo &r$ "`:oBenollern Si!1arin!en 0a1ilia real Con"e +eBr/)e!en"ank
)1ero "e proprie"a"es -7 / 8 / N 6 / 6
-75 6 7 7 5 -9 ---2 -2
Be>tares
N$9N -$52 $625 8$652 5$9N 6$2-N N$68 -9$557 2N$-8 $656
&ro"uto lFqui"o "o i1posto territorial P1ar>osQ 87$9N6 22$7- 2N$86 2$-98-$67 -$58 -97$565 NN$89 -27$855 -9N$8-7
52
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Lanken +ol"eit Con"e +eBr +an"elin Con"e Krasso ,ivis Lanken &lu!!entin Con"e &laten/Osten Con"e 0le11ln! +en &rin>ipe &utus
8 8 6 7
-8 -8 - -6 -6
N$-78 6$6 N$6-8 2$6N7 -9$29
5$872 -8-$29 --2$62 67$8 5$7N
-8
2N
-N$27
-9$5N
8
7
-$--8
892$752
O pro=essor [$ Conra" puli>a nos seus Anuários de Economia Pol1tica e Estat1stica u1a sDrie "e estu"os notáveis intitula"os &esquisas "e estatFsti>as a!rF>olasI3 os quais 1ostra1 soretu"o3 o "esenvolvi1ento re>ente "os lati=n"ios na &rssia$ En>ontrou no n1ero "as proprie"a"es >o1 $999 Be>tares e 1aisM
&rovln>las
)1ero "e proprie"a"es
&rssia Oriental &rssia O>i"ental &osen &o1erJnia SilDsia
--8 88 2N N6
Super=F>ie total "as proprle"a"es :e>tares 6$6-5 -9$556 899$-6 -72$8 6-$6N5
Terras "e lavoura e pra"os :e>tares 8N$999 N7$999 -N$8-9 -92$2N -52$NN8
Os N6 !ran"es proprietários territoriais "a SilDsia3 que =i!urava1 nesta lista e1 -773 so1a"os no possuFa1 1enos "e 7N8 "o1Fnios$ Entre elesM
)o1e "os proprietários O prFn>ipe real 0re"eri>o 'uilBer1e3 1ais tar"e i1pera"or 0re"eri>o %%% R$$0rie"entBal3 e/1inistro "e Esta"o Alerto3 rei "e Sae ,uque "e Uest &rFn>ipe &less
Super=F>ie total &roprie"a"es :e>tares
%1posto territorial (ar>os
-5
7$75
--7$55
2N 9 2
5$959 8-$92 85$N2 -$--2
-96$N9 8-$82 288$982N$9N2
Esses "a"os no "enun>ia13 pre>isa1ente3 o =i1 prHi1o "a !ran"e proprie"a"e territorial$ Sore a super=F>ie "as !ran"es proprie"a"es austrFa>as >o1postas "e 1uitos "o1Fnios3 '$ Kra==t =orne>e os al!aris1os se!uintes no seu 1anual "e eplora#oM )o1e "os proprietários &roprie"a"es3 na (orávia3 "o ar>eispo "e Ol1ut
Super=F>ie e1 Be>tares
)aturea
6N$99
b
58
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ &roprie"a"es na +o@1ia3 na (orávia$ na +aia custria3 "o i1pera"or 0ran>is>o $[osD &roprie"a"es3 na :un!ria$ "o >on"e SBGnorn/ +u>BBei1 &roprie"a"es na +o@1ia "o prln>ipe "e S>Barener! &roprie"a"es na (orávia$ na +o@1ia3 na SilDsia3 "o prln>ipe Li>Btenstein
5$899
b
-8N$9-8
,ois "o1Fnios >o1 NN !ranas a 1eia$ e -9 >anotGes =lorestais
-$589
29 "o1Fnios
-79$599
b
&roprie"a"es3 na :un!ria e na SilDsia3 "o arqui"uque Alre>Bt
-52$-7-
2 "istritos econCmicos" 79!ranas a 1eia3 7 >antGes =lorestais
&roprie"a"es3 na :un!ria3 "o prFn>ipe EsterBay
N8-$99
8 "o1Fnios
Esta espD>ie "e >entralia#o "o solo3 a reunio "e "i=erentes proprie"a"es nu1a ni>a 1o3 no 1o"i=i>a a super=F>ie "as eplora#Ges parti>ulares 1ais "o que a >entralia#o por 1eios "os an>os Bipote>ários$ (as ela se "istin!ue "esta lti1a no que passa1os a epor$ A >entralia#o "a proprie"a"e "eter1ina ta1D1 u1a >entralia#o "a a"1inistra#o e ori!ina assi1 u1a nova =or1a "e eplora#o3 o lati=n"io$ so esta =or1a3 e no pelo alar!a1ento ao in=inito "e eplora#Ges parti>ulares3 que se "esenvolve na a!ri>ultura a eplora#o/1onstro 1o"erna$ Esta 1o"ali"a"e no >onBe>e 1aiores li1ites que a >entralia#o "e >apital$ Are/se >a1inBo3 assi13 ao !@nero "e pro"u#o 1ais per=eito "e que D >apa a a!ri>ultura >onte1porJnea$ A reunio "e 1uitas e1presas nu1a ni>a 1o a>arreta3 >e"o ou tar"e3 a sua =uso nu1 sH or!anis1o3 u1a "iviso 1etH"i>a "o traalBo e a >oopera#o "as eplora#Ges parti>ulares$ o que ilustra1 al!u1as passa!ens "o 1anual "e eplora#o "e '$ Kra==t Ppá!$ -6 e se!uintesQ o qual >onBe>e3 por Bav@/%os estu"a"o pessoal1ente3 os lati=n"ios austrFa>os$ IA !ran"e proprie"a"e territorial PD o no1e que Kra==t "á ao lati=n"ioQ se >onstitui pela =uso "e u1 >erto n1ero "e lar!as áreas ou "o1Fnios3 >Ba1a"os ta1D13 1as >o1 i1proprie"a"e3 I:errs>Ba=tenI PsenBoriosQ$ onstitui 1ais ou 1enos "a 1aneira se!uinteM ? =rente o proprietário a que1 >ae e1 pessoa a "ire#o3 ou / >o1o !eral1ente a>onte>e / a entre!a a u1 es>ritHrio >entral$ IA =is>alia#o "e u1 !rupo "e "o1Fnios ou "e u1 "istrito D >on=ia"a a u1 >onselBo "e eplora#o Pou u1 inspetor e>on1i>oQI$ ,a"o o "esenvolvi1ento etraor"inário "os lati=n"ios na custria3 Kra==t se serve "a ter1inolo!ia e1 uso no paFs$ IAo >onselBo "e eplora#o >ae =is>aliar a ee>u#o "os planos "e or!ania#o relativos a >a"a "o1Fnio3 planos aprova"os se!un"o os ter1os "e relatHrio "o es>ritHrio >entral$$$ Esse >onselBo presi"e ?s >on=er@n>ias anuais "e to"os os >o1it@s "e a"1inistra#o "os "o1Fnios3 e "eter1ina as rela#Ges que "eve1 eistir entre as "i=erentes proprie"a"es$ Ele e1ite pare>er sore as >ontas "os >o1it@s "e a"1inistra#o "os "o1Fnios3 no que "i respeito aos resulta"os al>an#a"os "urante o ano trans>orri"o3 assi1 >o1o sore as propostas "esses 1es1os or!anis1os relativas aos 1elBora1entos3 1o"i=i>a#Ges a se =aere13 no ano i1e"iato nas eplora#Ges3 e as re1ete ao es>ritHrio >entral para aprova#o por parte "o proprietário$ )u1 !rupo "e "o1Fnios3 Bá ?s vees3 vanta!ens e1 reunire1 nu1a ni>a 1o >ertos servi#os or!aniatHrios$ A>onte>e =requente1ente3 ta1D1 que o >ui"a"o "e =iar os prin>Fpios "a pe>uária e a "ire#o "e >onunto "a >ria#o "e ani1ais3 "ivi"i"a se!un"o as espD>ies3 so >on=ia"os a espe>ialista Pinspetor "e reanBos3 et>$Q$ 'ra#as a u1a or!ania#o "esse >aráter3 ot@1/se in>ontestavel1ente resulta"os e1 1elBores que os "e u1a "ire#o "o servi#o "istriuF"a por "i=erentes pessoas$ ,a 1es1a =or1a3 no que to>a ?s partes "a eplora#o que se reveste1 "e i1portJn>ia 1aior3 institui/se u1 Hr!o >entral para u1 !rupo "e "o1Fnios3 ou para o >onunto "a proprie"a"e$ &or ee1plo3 nas e1presas e1 que se er!ue1 nu1erosos e"i=F>ios "estina"os ao =ari>o "o a#>ar3 "a >ervea3 et>$3 estaele>e1/se nu1erosas se#Ges tD>ni>as "e enor1es propor#Ges3 u1a "ire#o "e traalBos arquitetni>os para a totali"a"e "os "o1Fnios$ Essa "ire#o =a as plantas e os or#a1entos "os !ran"es prD"ios3 e1ite pare>er sore os proetos envia"os pelos arquitetos ali e1pre!a"os e =is>alia a ee>u#o "as oras$ 0or1a/se =requente1ente3 ta1D13 u1a inspe#o =lorestal para a eplora#o "e $1uitas proprie"a"es3 ? =rente "a qual se >olo>a u1 >Be=e espe>ialia"o$ :á3 para as
5N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 1inas3 u1a inspe#o "e 1inas3 et>$ O que o>orre "e 1ais i1portante na or!ania#o "os "o1Fnios D o siste1a >o1ina"o "os "iversos servi#os3 para se otere1$ "e =or1a "ura"oura3 os 1aiores lu>ros possFveis >o1 a eplora#o$$$ AlD1 "isso3 trata/se "e aproveitar no interesse "a pro"u#o a "iversi"a"e "os terrenos3 "e tirar parti"o "as >on"i#Ges so>iais3 >li1áti>as3 !eolH!i>as e1 que se en>ontra1 as "i=erentes áreas3 inte!ran"o/as nu1 to"o or!Jni>o e preparan"o/se a or!ania#o !eral "a !ran"e proprie"a"e$ O essen>ial para ela D pro"uir o 1ais arato possFvel3 etrair o 1ái1o "e lu>ro "os !@neros oti"os3 >Be!ar ? uni=i>a#o "o traalBo a"1inistrativo e3 por >onse!uinte3 a u1a 1elBor utilia#o "as =or#as "isponFveis$ Conse!ue/se u1a pro"u#o vantaosa >o1 a oten#o "e 1eios "e pro"u#o aratos3 "e >apital soretu"o3 !ra#as ao >rD"ito3 que se o=ere>e 1ais =a>il1ente ao !ran"e proprietário^ pela utilia#o "e 1áquinas3 que e>ono1ia1 traalBo3 e >uo e1pre!o sH D prati>ável e1 terras "e lar!a super=F>ie / na a!ri>ultura3 por ee1plo3 os ara"os a vapor3 na silvi>ultura3 os transportes 1o"ernos P=uni>ulares3 estra"as "e =erro3 vias =lorestaisQ^ pelo re>urso aos novos 1e>anis1os a"apta"os ?s várias in"strias^ pela "iviso "o traalBo3 "e 1aneira que as quali"a"es "i=erentes "o solo "os "i=erentes "o1Fnios sirva1 aos interesses "a >ultura$ Ot@1/se tais resulta"os quan"o "iversas proprie"a"es =orne>e1 1atDrias/pri1as para "eter1ina"a in"stria3 >ua pro"u#o D tanto 1ais vantaosa quanto 1ais etensa3 quanto 1ais >onsi"erável D a =or#a 1e>Jni>a e1pre!a"a^ estaele>en"o/se viveiros3 e1 parti>ular para os !ros "e trevo e "o >api13 nos "o1Fnios e nas !ranas a 1eia3 que os pro"ue1 "e quali"a"e superior e >uo papel se torna3 por >onse!uinte3 o "e >ultivar >o1 o 1aior >ui"a"o as se1entes a sere1 utilia"as pelas e1presas e1 que se oetiva u1 plantio 1elBor$ A riquea parti>ular3 "e =orra!e1 e palBa3 "e u1 >onunto "e "o1Fnios3 po"e3 e1 >aso "e ne>essi"a"e / !ra#as ao e1pre!o "e prensas que torna1 o =eno3 a palBa e 1es1o o ester>o transportáveis / >onstituir u1a au"a aos !rupos "e eplora#Ges pores "esses 1ateriais$ As vees D "e interesse para a pro"u#o a aio pre#o3 u1 siste1a "e >ria#o "e ani1ais se!un"o u1 plano uni=or1e3 a >ria#o "os >avalos $ne>essários ? eplora#o po"e >on>entrar/se nu1 "o1Fnio "istante3 apropria"o a tal =i1$ )o que >on>erne ao !a"o !rosso3 al!u1as proprie"a"es ou !ranas a 1eia po"e1 ser "e"i>a"as espe>ial1ente a tratar "as >ae#as ne>essárias ?s "e1ais$ :á >onveni@n>ia "e se reunire1 os ani1ais "e en!or"a e1 estaele>i1entos situa"os unto a u1a estra"a "e =erro3 perto "e u1a =ári>a$ Os "o1Fnios 1ais "istantes enviaro para aF os ani1ais 1a!ros3 ou 1eio/1a!ros3 a =i1 "e aproveitare1 1elBor a =orra!e1 "isponFvel3 insu=i>iente >ontu"o para a en!or"a >o1pleta$ isan"o/se lu>ro >o1 o leite3 po"erá ser vantaosa a >onstru#o3 para aten"er a nu1erosas !ranas a 1eia3 e1 lu!ares apropria"os3 "e u1 pequeno n1ero "e leiterias$ Co1 isto3 Baveria "i1inui#o "os !astos a"1inistrativos ne>essários nu1a eplora#o 1ais i1portante3 que e1pre!asse ate"eiras >entrF=u!as$ Seria pre>iso3 ao 1es1o te1po3 "isso>iar/se a >ria#o "e va>as leiteiras "e sua utilia#o propria1ente "ita3 ain"a para se poupare1 aqueles !astos$ &ara a >ria#o "e >arneiros po"eria estaele>er/se3 i!ual1ente3 u1a "iviso se!un"o as "iversas ativi"a"es Os repro"utores viria13 ento3 "e reanBos espe>ial1ente "estina"os a tal =i1$ O aproveita1ento >o1u1 "e pro"utos oti"os nu1 n1ero "e proprie"a"e po"e ser re!ula"o "e várias 1aneiras ou pela sua apli>a#o i1e"iata3 ou pela ven"a para =ora$ Eles po"e1 ser ene=i>ia"os e1 1oinBos ou =ári>as "e aeite3 re=inarias3 =ári>as "e >ervea3 serraria3 et>$3 ou sere1 ven"i"os nos prHprios 1er>a"os "o "o1Fnio$ &ara o aproveita1ento "os pro"utos "a 1aneira 1ais vantaosa3 "eve1 ser >ria"os os 1ais varia"os 1eios "e transporte3 tais >o1o3 linBas se>un"árias "e estra"as "e =erro3 tranvias a"apta"os as vias prin>ipais3 =uni>ulares3 ou >a1inBos3 pasta!ens3 >anais3 et>$3 ?s epensas "a eplora#o ou >o1 a au"a "e e1presários estranBos$ Si1pli=i>a/se a a"1inistra#o3 utilian"o/se a área "a proprie"a"e e a viinBan#a "os "i=erentes "o1Fnios para estaele>er/se u1a "iviso "o traalBo$ $ U1 ponto essen>ial3 na or!ania#o "e u1a !ran"e proprie"a"e3 >onsiste e1 au1entar/se a quanti"a"e "e traalBo =orne>i"o por >a"a e1pre!a"o3 >o1 o seu aproveita1ento na ativi"a"e que lBe =or 1ais a"equa"a$ ular1ente apto a tal ou qual servi#o3 >onvD1 ser e1pre!a"o on"e possa 1elBor "esenvolver as suas quali"a"es$ ,e resto3 1u"an"o/se perio"i>a1ente as o>upa#Ges "o pessoal "a a"1inistra#o D que se >onse!ue evitar a rotina$ )as pequenas or!ania#Ges ne1 se1pre so apli>áveis esses prin>Fpios$ (uito "i=F>il se apresenta o estaele>i1ento "essas ases or!aniatHrias "a !ran"e proprie"a"e territorial no >aso que os "i=erentes "o1Fnios sea1 "istantes uns "os outros$ Os @itos "e u1 tal siste1a so tanto 1ais rilBantes quanto 1ais prHi1os os "i=erentes "o1Fnios entre si$
5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ E1 qualquer BipHtese3 a or!ania#o "a !ran"e proprie"a"e territorial Paspe>to "a !ran"e eplora#o a!rF>ola atD aqui "esprea"oQ 1ere>e os 1aiores >ui"a"os$ 'ra#as aos seus pro!ressos3 que repousa1 sore os pro!ressos "a a!ri>ultura >onsi"era"a >o1o >i@n>ia D que ela pare>e ser a =or1a so qual a !ran"e e1presa pro"uirá os 1aiores resulta"osI$ )essas eplora#Ges/1onstros3 e no na eplora#o nani>a "os >a1poneses3 D que esse Bo1e1 "e autori"a"e in>ontestável3 esse Bo1e1 que >olBe as suas provas na práti>a3 e possui ao 1es1o te1po a pro=un"ea e a >i@n>ia "e u1 teHri>o3 ener!a o$ =uturo "a a!ri>ultura ra>ional 1o"erna$ (as essa e1presa !i!ante esarra nu1 ostá>ulo que apenas e>ep>ional1ente "i=i>ulta a !ran"e in"stria uranaM a =alta "e ra#os$ 5N A 5alta de 3ra>os
A etenso "o 1er>a"o3 a posse "e 1eios =inan>eiros3 a presen#a "e >on"i#Ges tD>ni>as in"ispensáveis3 tu"o isto no asta para a =un"a#o "e u1a !ran"e eplora#o >apitalista$ O essen>ial D a eist@n>ia "e operários$ E1ora realia"as to"as as outras >on"i#Ges3 se no Bouver traalBa"ores se1 proprie"a"e3 =or#a"os a se ven"ere1 aos patrGes3 u1a e1presa >apitalista se torna i1possFvel$ (as a in"stria urana3 nos velBos paFses >ivilia"os3 no pre>isa te1er a =alta "e ra#os$ O proletaria"o se 1ultipli>a e o=ere>e ao >apital 1o/"e/ora aun"ante3 >uo au1ento D ininterrupto$ AlD1 "isso3 nas >i"a"es3 o n1ero "os assalaria"os se en!rossa >o1 os "es>en"entes "os pequenos ur!ueses e "os pequenos >a1poneses3 in>apaes "e se 1antere1 in"epen"entes$ )isso se!ue1 o ee1plo "aquela 1assa "e in"ivF"uos3 outrora pequenos ur!ueses e pequenos >a1poneses3 asorvi"os pelo proletaria"o$ E a !ran"e in"stria po"e e1pre!á/%os a to"os3 quer venBa1 "a >i"a"e3 quer venBa1 "os >a1pos$ O>orre >oisa "iversa na a!ri>ultura$ O traalBo3 nas 1etrHpoles3 D Boe =eito e1 >on"i#Ges que inailita1 os operários para a lavoura$ Os que se >riara1 no 1eio urano3 ou nele passara1 a uventu"e3 so ele1entos per"i"os para a a!ri>ultura$ Esta no po"e >o1pletar os seus qua"ros3 nas >on"i#Ges atuais3 >o1 ele1entos "o proletaria"o in"ustrial "as >i"a"es$ &or outro la"o3 a !ran"e e1presa a!rF>ola no po"e3 nos "ias "e Boe3 pro"uir por si 1es1a3 nas >ir>unstJn>ias vi!entes3 os assalaria"os ne>essários3 e e1 se!ui"a ret@/%os$ A >ausa "esse =en1eno resi"e na pro=un"a "i=eren#a que separa a a!ri>ultu ra "a in"stria 1o"erna$ Contraria1ente ao que se passava na %"a"e (D"ia3 a e1presa in"ustrial se "isso>ia Boe inteira1ente "a or!ania#o "o1Dsti>a$ )a pequena in"stria 1e"ieval e na que se >onservou atD os nossos "ias3 eplora#o e lar se i"enti=i>a1$ ,urante a Dpo>a "as >orpora#Ges3 os traalBa"ores "e u1 o=F>io perten>ia1 ? >asa3 ? =a1Flia "o patro$ U1 operário no po"ia instituir u1 lar prHprio3 >ontrair 1atri1nio3 ter =a1Flia3 se1 =un"ar u1a eplora#o in"epen"ente3 se1 tornar/se patro$ )a in"stria 1o"erna3 ao >ontrário3 lar e eplora#o se separara1$ O operário po"e instituir o seu lar se1 que se torne patro$ Sae1os que ele usa lar!a1ente "esse "ireito3 au1enta"o o proletaria"o assalaria"o3 que se =or1a >o1o >lasse ? parte$ O "ivHr>io entre lar e e1presa =a assi1 "o operário3 =ora "e seu traalBo3 u1 Bo1e1 livre3 e lBe "á a possiili"a"e "e a"quirir as quali"a"es ne>essárias para a >onquista e a >onserva#o "e sua soerania no Esta"o3 Outrora á Bavia assalaria"os3 1as eles no po"ia1 >riar a sua prole pela =alta "e u1 lar3 pela aus@n>ia "e u1a =a1Flia$ Era1 =ilBos "e 1estres "e o=F>io ou "e pequenos >a1poneses$ SH "epois "e as>en"ere1 a 1estres3 por sua ve3 D que po"ia1 >onstituir =a1Flia$ )o 1es1o plano "os estu"antes3 pre>isa1ente porque no tinBa1 responsaili"a"es "e 1ulBer e =ilBos3 os >o1panBeiros =or1ava1 u1a espD>ie te1i"a por autori"a"es e 1estres$ (as3 >o1o os estu"antes3 no po"ia1 sonBar e1 as>en"er ao po"er polFti>o "o Esta"o e e1 reor!aniar a so>ie"a"e "e >on=or1i"a"e >o1 os seus interesses "e >lasse$ Esta i"Dia sH po"eria o>orrer aos proletários 1o"ernos3 que3 >o1 o seu lar3 e os seus =ilBos3 esto >on"ena"os a per1ane>er proletários$ (as o que "esapare>eu para a in"stria >ontinua a eistir para a a!ri>ultura$ Esta quase no se "isso>ia "a or!ania#o "o1Dsti>a$ )o Bá eplora#o a!rF>ola se1 lar$ )o Bá re!ular e "ura"ouro3 no >a1po3 se1 qualquer eplora#o a!rF>ola$ %sto po"e provir3 e1 parte3 "a "isse1ina#o "a popula#o >a1ponesa3 e1 >ontraste >o1 a >on>entra#o "a popula#o urana$ A >onstru#o "e >i"a"es operárias na ona a!rária no D possFvel P)ota "o tra"utor / )o +rasil3 e1 So &aulo soretu"o3 as >olnias "as !ran"es =aen"as "e >a=D le1ra1
56
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 1ulto u1a >i"a"e operária3 pela sua >on>entra#o$Q$ E a pequena eplora#o3 na es=era "a lo>a#o "e aloa1entos3 sH D lu>rativa >o1o =onte "e !anBos a>essHrios$ (as a >ausa prin>ipal "a i"enti=i>a#o "a e1presa a!rF>ola >o1 o lar resi"e nas rela#Ges estreitas eistentes entre a1os3 "o ponto "e vista e>on1i>o3 soretu"o na pequena eplora#oM esta pro"u e1 !ran"e parte para o >onsu1o "ireto >asa$ &or outro la"o3 a >asa =orne>e ester>o e =orra!e1 no lio que D posto =ora$ Os >ui"a"os >o1 o !a"o ei!e1 a presen#a >ontinua3 na !rana3 "as pessoas en>arre!a"as "o servi#o$ &or >onse!uinte3 >onvD1 que perten#a1 ao lar3 et>$ A situa#o "o assalaria"o3 nessas >on"i#Ges "i=ere no >a1po "o assalaria"o urano$ O que na"a possui3 e vive no seu lar3 >onstitui aF u1a e>e#o$ U1a parte "os assalaria"os "e u1a !ran"e e1presa a!rF>ola perten>e ? or!ania#o "o1Dsti>a 4 e1pre!a"os e e1pre!a"as "e !rana$ Os ornaleiros3 >o1 lar prHprio3 so !eral1ente3 ta1D13 a!ri>ultores in"epen"entes3 possui"ores ou arren"atários "o solo$ U1a parte "e seu te1po eles o e1pre!a1 no traalBo pa!o3 e a outra no trato "e sua lavoura$ Os >Ba1a"os Depurantes JDeputantenN o>upa1 u1a situa#o inter1e"iária3 to"a parti>ular$ Re>ee1 u1 salário =io anual3 alD1 "e >ertos pro"utos e1 espD>ie3 u1 pe"a#o "e terra3 e 1ora1 na !rana$ Os &nstleute t@1 U1a situa#o análo!aM eer>e13 nas !ran"es proprie"a"es "as provFn>ias / situa"as ao leste "o Ela3 u1 papel 1uito i1portante >o1o operários$ (ora1 na !rana3 1as t@1 u1a >asa prHpria3 e re>ee1 e1 pa!a1ento e1 parte3 >o1o os ,epurantes u1a >erta quanti"a"e "e !@neros3 alD1 "o solo3 que eles 1es1os >ultiva1^ e1 parte u1 salário3 no anual >o1o aqueles3 1as u1 salário "iário ou u1 !anBo por e1preita"a$ IU1 operário que na"a possua no po"e $tornar/se &nstmann$ Co1e#a que a >asa3 posta a sua "isposi#o3 !eral1ente no te1 1Hveis$ ,epois3 o &nstmann "eve =orne>er os instru1entos ne>essários3 e1 parti>ular a =oi>e e o 1an!oal$ O seu >ontrato >o1o &nstmann3 soretu"o3 supGe e1 !eral / >o1o o "e u1 >ria"o "e !rana >o1 =a1Flia / a posse "e u1a va>a3 ou "e u1a ou "e 1uitas >aras3 a 1enos que os patrGes lBe =a#a1 os a"ianta1entos para >o1prá/%as$ En=i13 o &nstmann "eve estar e1 >on"i#Ges "e =orne>er para o >ultivo "a terra que lBe D >on=ia"a alD1 "os a"uos pro"ui"os por ele e seu !a"o3 as se1entes ne>essárias P,R$ (AX ZE+ER$ na Enquete Wer "ie erBWitnisse "er Lan"erareiter in ,euts>Blan"3 %%%3 p$ -8$Q$ O &nstmann o>upa o 1eio/ter1o entre o e1pre!a"o e o arren"atárioM Ele D a 1ais "as vees3 >lassi=i>a"o entre os "o1Dsti>os$ Trata/se "e u1a soreviv@n>ia "o =eu"alis1o3 "o te1po e1 que o proprietário no >onBe>ia 1elBor siste1a "e aproveita1ento "as terras "o que "á/%as e1 tro>a "e >ertos servi#os$ A sua situa#o no se >o1pa"e>e >o1 a eplora#o >apitalista 1o"erna e a taa eleva"a "a ren"a =un"iária$ )o Sae3 por ee1plo3 a >ultura "e ráanos "eter1ina o "esapare>i1ento "os &nstleute. A situa#o "os ornaleiros lo>atários Teuerlinger, no noroeste "a Ale1anBa3 se aproi1a 1uito "a "os &nstleute "o nor"este$ IEsses ornaleiros >onstitue1 =a1Flias "e operários a!rF>olas a que o e1presário alu!a u1a >asa e u1 pe"a#o "e terra por u1 pre#o 1H"i>o3 !eral1ente a 1eta"e "o pre#o nor1al >orrente$ E1 tro>a3 >o1pro1ete1/se a "ar/lBe u1 n1ero "eter1ina"o "e "ias "e traalBo3 e1 servi#os "e naturea "iversa3 e 1es1o e1 proprie"a"es "i=erentes3 1e"iante u1 salário 1o"era"o3 Baitual1ente a 1eta"e "o salário >o1u1I P,r$ R$ KAER'ER3 e1 ,ie erBltnisse "er +an"areiter$ et>$3 %3 p$ 8Q$ Esta outra soreviv@n>ia "a Dpo>a =eu"al está i!ual1ente e1 vias "e "esapare>er$ AlD1 "e tais >ate!orias3 Bá ain"a traalBa"ores li2res se1 vintD13 que se alu!a1 aos lavra"ores$ Eles so aloa"os3 eles ven"e1 o seu traalBo a que1 o queira >o1prar$ So os 1enos "istantes "os proletários uranos$ Contu"o3 "istin!ue1/se "estes por tra#os essen>iais$ 0ae1 parte inte!rante "e u1 lar que no D seu$ E se1pre3 I1es1o na vi"a >a1ponesa3 1orar so u1 teto estranBo D o prin>Fpio "a "epen"@n>ia e>on1i>aI PZeer3 OP. cit., pá!$ 87Q$ Esta situa#o no =avore>e3 no >a1po3 a 1ultipli>a#o "os operários no proprietários$ Os "o1Dsti>os3 e1 pri1eiro lu!ar3 so as 1ais "as vees e>luF"os "o >asa1ento3 por in>apaes "e =un"ar u1 lar in"epen"ente P>o1o talQ3 e assi1 per"e1 o "eseo e os 1eios para >onstituir =a1Flia$ %sto no supri1e "e resto3 entre eles3 as ei!@n>ias "a naturea$ Satis=ae1/na 1uitas vees arti=i>ial1ente3 para i1pe"ir o nas>i1ento "e =ilBos$ Se a naturea D 1ais =orte que to"as essas pre>au#Ges en!enBosas3 a 1e in=eli >Be!a no raro ao etre1o "o >ri1e para "esven>ilBar/se "e sua >rian#a$ Ela e1 o sae porque$ )o será u1 =uturo venturoso o que espera 1e e =ilBo$ Os =ilBos naturais se en>ontra1 nas >ir>unstJn>ias 1ais "es=avoráveis$ U1 !ran"e n1ero "eles 1orre pre1atura1ente3 u1 n1ero no in=erior vai povoar 1ais tar"e as >asas "e >orre#o$ On"e ain"a persiste1 os >ostu1es patriar>ais3 >o1o e1 1uitas !ranas "as re!iGes alpestres3 o =ilBo "a e1pre!a"a D >onsi"era"o 1e1ro "a =a1Flia3 tanto quanto sua 1e$ >ria"o >o1 os =ilBos "o lavra"or3 >o1e >o1 eles ? 1esa3 e sH per>ee a "i=eren#a so>ial que os separa quan"o >o1e#a a traalBar$ %n!ressa ento3 >o1o sua 1e3 no n1ero "os "o1Dsti>os$ (as nas re!iGes e1 que pre"o1ina a pro"u#o "e 1er>a"orias e o salariato puro3 o =ilBa "a
5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ e1pre!a"a >onstitui u1a >ar!a in>1o"a3 "e que se pro>ura livrar no i1porta >o1o$ L$ 0i>k3 no seu livro sore a su>esso >a1ponesa na +aviera Renana Oriental P,ie uerli>Be Er=ol!e in re>BtarBeinis>Ben +ayernQ3 1ostra que a >entralia#o "a !ran"e proprie"a"e in=lui sore a =reqW@n>ia "os nas>i1entos ile!Fti1os$
'r u p o
E1 -99 nas>i1entos so ile!Fti1os
E1 -99 Baitantes possue1 u1a proprie"a"e
%
83N a
2732
%%
3- a -9
29$2
%%%
-93- a -
-39
%
-3- a 29
-3
293- a 2
-838
%
23- a 89
-N35
Os traalBa"ores livres3 se1 >asa3 no se en>ontra1 e1 situa#o 1elBor para sustentar a sua prole3 So os proprietários Pou os arren"atáriosQ "as pequenas eplora#Ges3 >on>ilian"o o lar e a a!ri>ultura3 que se a>Ba1 nas >on"i#Ges 1elBores para >riar =ilBos aptos ao traalBo$ Eles =orne>e1 ra#os no apenas para o seu prHprio uso3 1ais ain"a u1 resto "e 1o/"e/ora "isponFvel$ Ou porque no en>ontre1 1uito o que =aer no >ultivo "o prHprio >Bo3 e se alu!ue1 >o1o traalBa"ores3 ou3 >o1o =ae1 os pequenos proprietários e >a1poneses3 porque >ria13 na pessoa "e seus =ilBos3 u1a reserva "e operários se1 o>upa#o na =a1Flia3 o >erto D que se o=ere>e1 to"os ? !ran"e e1presa >o1o "o1Dsti>a ou ornaleiros$ Esta pro"u#o "e ra#os "i1inui sensivel1ente on"e a !ran"e eplora#o se "esenvolve ? >usta "a pequena$ Eproprian"o os >a1poneses3 a !ran"e e1presa a1plia o seu "o1Fnio3 1as re"u o n1ero "os Bo1ens que o >ultiva1$ ,isso á resulta que3 apesar "a sua superiori"a"e tD>ni>a3 ela a1ais >onse!ue reinar >o1 e>lusivi"a"e nu1a "eter1ina"a re!io$ A !ran"e proprie"a"e3 por 1ais que repila to"os os >a1poneses livres3 se1pre terá u1a parte "eles ? sua ilBar!a3 u1a parte que ressus>ita >o1o pequenos arren"atários$ Assi13 1es1o on"e prepon"ere3 a !ran"e eplora#o no >onse!ue u1 i1pDrio in>ontrastável$ (es1o na %n!laterra3 nu1 total "e 29$-96 !ranas3 Bavia3 e1 -753 --$567 "e 1enos "e a>res3 -N5$5-7 "e a 29 a>res3 e -7$668 "e 29 a 9 a>res$ Assi13 a !ran"e 1aioria se >o1punBa "e pequenas eplora#Ges$ On"e a pequena e1presa per"e 1uito terreno3 a !ran"e >o1e#a a "ar ren"i1entos >a"a ve 1enores3 e re>ua$ O =en1eno se veri=i>a Boe e1 1uitas re!iGes$ U1 !rupo "e e1inentes teHri>os a!rF>olas á anun>ia 1es1o Io prHi1o =i1 "a !ran"e eplora#o a!rF>olaI$ o que se >Ba1a >a1inBar 1uito "epressa$ E1 1uitos >asos3 a =alta "e ra#os atua >erta1ente >o1o >ausa "o re>uo "a !ran"e eplora#o e1 proveito "a pequena$ O =en1eno se reveste "e "uas =or1asM ou o !ran"e proprietário =ra>iona u1a parte "e sua terra para ven"@/la ou alu!á/%a e1 lotes a pequenos >a1poneses3 ou aliena/a to"a3 a1i!avel1ente ou e1 Basta pli>a3 "o que resulta a sua =ra!1enta#o e1 pequenas !leas$ (as "o 1es1o 1o"o que a eli1ina#o "a pequena pela !ran"e proprie"a"e3 o =en1eno inverso te1 ta1D1 os seus li1ites$ 1e"i"a que au1enta o n1ero "os pequenos a!ri>ultores3 >olo>a"os ao la"o "os !ran"es3 1ultipli>a/se o n1ero "e ra#os postos ? "isposi#o "estes lti1os$ Au1enta1 ento3 por >onseqW@n>ia3 a vitali"a"e "a !ran"e e1presa e sua superiori"a"e e1 rela#o ? pequena$ )os lu!ares e1 que se =or1a1 pequenas eplora#Ges3 nu1erosas ? ilBar!a "e u1a !ran"e3 pro"u/se "e novo a ten"@n>ia "esta a pro!re"ir / natural1ente enquanto in=lu@n>ias anta!ni>as3 a transplanta#o ao >a1po por ee1plo3 "e u1a in"stria i1portante3 no a >ontrarie1$ O 1o"o "e pro"u#o >apitalista arruFna "a 1es1a =or1a tanto a !ran"e >o1o a pequena eplora#o a!rF>ola$ Eis al!uns al!aris1os si!ni=i>ativos3 que >olBe1os nu1a estatFsti>a ale1$ E1 -99 Be>tares "e solo >ultiva"o3 as proprie"a"es "e 1ais "e -99 Be>tares o>upava1M
57
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ,esi!na#o )a &rssia Oriental )a &rssia O>i"ental )o +ran"eur! )a &o1erJnia )a &osnJvia )a SilDsla )o (e>kle1ur!/S>Berin )o (e>kle1ur!/Strelit
E1 -772 87$69 N$-86$82 $N2 $8 8N$N5$75 69$75
E1 -75 85$N N8$66 8$2N $-8 2$-5 88$76 5$5 69$67
m 9$7 / 8$N /-$97 / 2$25 / 8$-7 / e$ m 9$96 / 9$2-
@/se que3 >o1 e>e#o "a &rssia Oriental e "o (ekle1ur!/S>Berin3 en>ontra1os por to"a parte3 nas re!iGes !ran"e proprie"a"e3 u1a "i1inui#o "esta / na 1e"i"a e1 que po"e1os tirar tal >on>luso "as 1u"an#as "e super=F>ie Ao >ontrário3 ve1osM
)o :annovre
E1 -772 6352
E1 -75 3-N
m 9322
)a Zest=ália
N3
389
m 938
)o :esse/)assau
6365
38N
m 936
)a re!io "o Reno
236
83-
m 937N
)a +aviera
2326
23
m 938-
)o Zurte1er!
2399
23-N
m 93-N
)o 'ro ,u>a"o "e +a"e
-379
8399
m -326
)a Alsá>ia/ Lorena
38-
387
m939
,esi!na#o
As outras re!iGes no apresenta1 nenBu1a 1u"an#a PSae3 :esseQ3 ou so 1uito pequenas para "are1 resulta"os utiliáveis$ En>ontra1os3 pois3 por to"a parte on"e i1pera a eplora#o >a1ponesa u1a ten"@n>ia3 por leve que sea ao "esenvolvi1ento "a !ran"e proprie"a"e3 Esta3 e1 tais re!iGes no pare>e querer "esapare>er$ A veri=i>a#o "esse 1ovi1ento alterna"o "a proprie"a"e territorial no D "e =or1a al!u1a in>on>iliável >o1 os prin>Fpios 1aristas$ +e1 pelo >ontrário3 (ar o re>onBe>eu 1uito >e"o$ )o N$ =as>F>ulo "a revista$ %eue e/einisc/e eitung P-79Q3 ele >riti>a u1a ora "e E1ile "e 'irar"in3 Le Socialisme et lb&mp?t, Esse autor propunBa u1 i1posto sore o >apital$ Entre outros e=eitos a re=eri"a triuta#o "everia Ia=astar os >apitais "a eplora#o pou>o lu>rativa "a terra e >on"uF/%os ? in"stria 1ais pro"utiva3 aaiar o pre#o "o solo3 >on>entrar a !ran"e proprie"a"e territorial3 e transplantar para a 0ran#a a !ran"e >ultura e a in"stria in!lesas3 to "esenvolvi"asI$ (ar se ops a essa teoria3 a"vertin"o que no =ora a=astan"o o >apital "o solo3 1as3 ao >ontrário3 levan"o/lBe o >apital in"ustrial3 que a >on>entra#o e a a!ri>ultura in!lesas se tornara1 o que soI$ E >ontinuaM IA >on>entra#o "a proprie"a"e territorial na %n!laterra3 "e resto3 arran>ou ao solo !era#Ges inteiras$ Esta >on>entra#o3 para a qual o i1posto sore o >apital teria >ontriuF"o >erta1ente ao pre>ipitar a ruFna "os >a1poneses3 Baveria "e "eslo>ar3 na 0ran#a3 u1a !ran"e 1assa "e lavra"ores para as >i"a"es3 tornan"o assi1 a revolu#o tanto 1ais inevitável$ En=i13 e1ora na 0ran#a á tenBa >o1e#a"o o re!resso "o par>ela1ento ? >on>entra#o3 na %n!laterra a !ran"e proprie"a"e territorial >a1inBa3 a passos "e !i!ante$ para a sua =ra!1enta#o anterior$ %sto 1ostra3 pois3 "e 1o"o in"is>utFvel3 que a a!ri>ultura "eve passar in"e=ini"a1ente "a >on>entra#o ? su"iviso e inversa1ente3 enquanto susistir a or!ania#o "a so>ie"a"e ur!uesaI$ Esse 1ovi1ento no se 1ani=esta3 aliás3 to rápi"a e violenta1ente >o1o o "iia (ar3 e1 -793 nu1 1o1ento e1 que >ontava >o1 a ener!ia "e u1 surto revolu>ionário a>elera"o$ Os pro!ressos "a tD>ni>a e "a >i@n>ia per1itira1 que a ten"@n>ia ao >res>i1ento "as eplora#Ges3 na %n!laterra3 "urasse
55
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 1ais "o que o previsto por (ar$ Essa ten"@n>ia se interro1peu apenas nos lti1os te1pos$ ,e outro la"o na 0ran#a3 sur!ira1 evolu#Ges >ontrárias ? >on>entra#o$ )Hs as estu"are1os$ (as a ten"@n>ia que (ar assinalava susiste3 e este =ato se =a sentir e1 to"a parte on"e a >on>entra#o ou o par>ela1ento ultrapassa1 u1a >erta 1e"i"a$ A 1aioria "os e>ono1istas ur!ueses3 "e resto3 >onsi"era a >o1ina#o "e !ran"es e "e pequenas eplora#Ges a!rF>olas >o1o a situa#o 1ais "eseável$ Apenas al!uns "e1o>ratas pequeno/ur!ueses e al!uns so>ialistas se in=la1a1 e1 =avor "a sustitui#o "a !ran"e pela pequena proprie"a"e$ I[á 0rie"ri>B List3 e "epois "ele von S>BWt3 von Ru1oBr3 +ernBar"i3 :anssen3 Ros>Ber e 1uitos outros "e>lara1 que o i"eal "a su"iviso "a proprie"a"e territorial3 nas >on"i#Ges eistentes atual1ente / pre"o1Fnio "a proprie"a"e priva"a e siste1a "a livre >on>orr@n>ia / seria u1a 1istura equitativa "e !ran"es3 "e 1D"ias e "e pequenas proprie"a"es3 as pri1eiras =or1an"o >o1o que o ápi>e "a pirJ1i"e3 "e que as lti1as >onstituiria1 a aseI PA$ $ (%ASKOZSK%$ o "ireito "e su>esso e a su"iviso "a proprie"a"e territorial no %1pDrio ale1oV P,as Erre>Bt un" "ie 'ran"el!entBu1sertBeilun! in ,euts>Ben Rei>BQ3 p$ -97$Q$ +u>Bener!er epressou re>ente1ente i"Dias análo!as no seu lti1o livro3 I0un"a1entos "a polFti>a a!ráriaI P+UC:E)+ER'ER3 'run"W!e "er A!rarpolitik$Q$ A !ran"e proprie"a"e territorial3 "ie1 to"os esses e>ono1istas3 D o apoio in"ispensável "o pro!resso tD>ni>o e "a a!ri>ultura ra>ional$ A 1anuten#o "o >a1pon@s aasta"o D soretu"o "eseável por 1otivos polFti>osM D ele3 e no o pequeno >a1pon@s3 que >onstitui o aluarte supre1o "a proprie"a"e priva"a$ )isto3 a sua eplora#o supera astante a "o pequeno >ultiva"or$ (as este lti1o D o 1elBor =orne>e"or "e ra#os$ &or to"a parte on"e a !ran"e eplora#o eli1ina a pequena3 os >onserva"ores e os terratenentes >autelosos pro>ura1 au1entar o n1ero "os pequenos proprietários3 1e"iante 1e"i"as "e or"e1 polFti>a e "e or"e1 priva"a$ IE1 to"os os paFses europeus3 es>reve Serin! no Dicionário das Ci@ncias Pol1ticas JTand?rter3uc/ der Staaissensc/a5tenN P-$ volu1e "o suple1entoQ3 !ra#as ao po"eroso "esenvolvi1ento "a !ran"e proprie"a"e territorial3 so a in=lu@n>ia re>ente "as revolu#Ges in"ustriais3 "a e1i!ra#o e>essiva "e traalBa"ores "a lavoura para os "istritos =aris3 "a >rise a!rária e "o en"ivi"a1ento "o solo3 se veri=i>a u1 lar!o 1ovi1ento ten"ente a au1entar a >lasse 1D"ia rural3 1e"iante a or!ania#o 1etH"i>a "e novas eplora#Ges >a1ponesas e a a1plia#o "as anti!as3 re"ui"as a propor#Ges 1uito eF!uas$ ,este 1o"o3 pro>ura/se >o1 a >on>esso "e terras "ar estaili"a"e aos operários a!rF>olas$ oisas se1elBantes na %tália e :un!riaI $ onsi"erar aqui as leis "e -7763 "e =o1ento a >olonia#o ale1 no "u>a"o "e &osen e na &rssia O>i"ental3 e as "e -759 e -75-3 sore a =un"a#o "e proprie"a"es "e ren"i1ento >o1 a au"a "e >rD"ito "o Esta"o e "a autori"a"e pli>a$ I&o"e1os supor3 "i Serin! a propHsito "os resulta"os "essa le!isla#o3 que3 !ra#as ás proprie"a"es "e ren"i1ento3 os >a1poneses re>uperara1 to"o o terreno per"i"o no "e>urso "este sD>ulo3 terreno "e que a !ran"e e1presa3 e1 virtu"e "a livre tro>a3 se apo"erara Pnas provFn>ias orientais3 >er>a "e -99$999 Be>taresQI$ Esta >ria#o nova "e pequenas eplora#Ges no =oi i1posta a !ran"e proprie"a"e territorial$ )o3 ela D ora "e u1 !overno e "e u1 parla1ento que apenas visa1 ao e1 "a norea$ IO !ran"e proprietário territorial otD1 os 1aiores lu>ros rutos3 >o1o os 1aiores lu>ros lFqui"os3 "i von 'olt3 quan"o >onta ao seu re"or >o1 u1 !ran"e n1ero "e pequenos e 1D"ios proprietários3 os quais lBe =orne>e1 ra#os e re>ee1 se1pre os seus pro"utos3 quan"o ele os te1 e1 "e1asiaI P:an"u>B "er Lan"irtBs>Ba=t3 -3 p$ 6N5Q ,e tu"o isso resulta que no "eve1os pensar estea a pequena proprie"a"e territorial e1 vias "e "esapare>er3 na so>ie"a"e 1o"erna3 ou que possa ser inteira1ente sustituF"a pela !ran"e proprie"a"e$ i1os que on"e a >on>entra#o "esta lti1a avan#ou astante3 a ten"@n>ia ? su"iviso entra e1 o!o e que 1es1o o Esta"o e os terratenentes interv@1 quan"o esta evolu#o esarra e1 =ortes ostá>ulos$ (as pre>isa1ente essas ten"@n>ias nos revela1 que na"a D to asur"o quanto a i"Dia "e que3 se a pequena proprie"a"e susiste3 ela o "eve ao =ato "e ser 1ais pro"utiva "o que a !ran"e$ Ela se >onserva quan"o "eia "e >o1petir >o1 a lar!a eplora#o >apitalista3 e1 1ar>Ba ao seu la"o$ Ao invDs "e ven"er os pro"utos que a !ran"e e1presa 5ornece em e;cesso, "ela a pequena e1presa os >o1pra3 1uitas vees$ A 1er>a"oria que te1 e1 aun"Jn>ia3 ao >ontrário3 D esse 1eio "e pro"u#o "e que a !ran"e eplora#o tanto pre>isaM 9os 3ra>os operários. oisas >Be!a1 a tal ponto3 a !ran"e e a pequena e1presa no se e>lue1 na a!ri>ulturaM elas se apHia1 1utua1ente3 >o1o 3o >apitalista e os proletários$ O pequeno >a1pon@s3 apenas3 to1a ento3 >a"a ve 1ais3 o >aráter "e proletário$
-99
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _
%%% A &ROLETAR%*AÇAO ,OS CA(&O)ESES aN A tend@ncia B 5ragmenta>ão do solo [á 1ostra1os no >apFtulo %% que a ruFna "a in"Astria >a1ponesa que pro"uia para as ne>essi"a"es pessoais "os lavra"ores3 =or#ou estes pequenos proprietários / que >olBia1 pelo 1enos os !@neros ne>essários para o seu !asto e "e suas =a1Flias / a u1 traalBo a>essHrio$ O pequeno >a1pon@s arranKa o te1po ne>essário para realiá/%o3 pois a eplora#o "e sua terra sH lBe re>la1a os >ui"a"os e1 "eter1ina"as Dpo>as$ Ele en=renta as suas ne>essi"a"es "e "inBeiro ven"en"o no o e>esso "os seus pro"utos3 1as o seu e>esso "e te1po$ Representa no 1er>a"o o 1es1o papel "o proletário3 que na"a possui$ Co1o proprietário territorial3 >o1o pro"utor "e >ereais no seu prHprio solo3 ele no traalBa para a ven"a3 1 as para a sua >asa que3 >o1o vi1os3 se =un"e estreita1ente >o1 a eplora#o$ $
As leis "a >on>orr@n>ia no se apli>a1 ? or!ania#o "o1Dsti>a$ U1 !ran"e lar po"e ser superior a u1 pequeno3 on"e as =or#as e1 !eral se esper"i#a1$ )o ve1os3 >ontu"o3 on"e quer que sea3 o 1enor tra#o "e ten"@n>ia ? >entralia#o por parte "os lares$ E1 parte al!u1a3 a 1aioria "as pequenas =a1Flias ten"e a >e"er o seu lu!ar a u1 n1ero restrito "e !ran"es =a1Flias$ Certa1ente3 a or!ania#o "o1Dsti>a D envolvi"a pela evolu#o e>on1i>a$ Esta3 >ontu"o3 sH se 1ani=esta quan"o retira "o lar3 u1a a u1a3 to"as as =un#Ges que lBe era1 prHprias3 para trans=or1á/las e1 ra1os "e pro"u#o in"epen"entes$ ,esta 1aneira o n1ero "e tare=as D sensivel1ente re"ui"o na =a1Flia3 o 1es1o a>onte>en"o >o1 o n1ero "e traalBa"ores$ Ao oservar1os u1a evolu#o na i1portJn>ia "o lar3 nota1os que a sua ten"@n>ia D oposta ? "a in"stria3 porque passa "a !ran"e ? pequena eplora#o$ En>ontra1os !ran"es asso>ia#Ges >a1ponesas "e =a1Flias na %"a"e (D"ia e3 ain"a Boe3 entre povos >ua a!ri>ultura per1ane>e a 1es1a que era nessa =ase3 por ee1plo3 entre os 1eri"ionais e orientais$ Se a eplora#o a!rF>ola "o pequeno >a1pon@s está =ora "o J1ito "a pro"u#o >o1er>ial3 e se =or1a >o1o que u1a parte "o lar3 ari!a/se ta1D1 "as ten"@n>ias >entralia"oras "a pro"u#o 1o"erna$ &or 1ais irra>ional3 por 1ais "esper"i#a"ora "e =or#as que sea esta eplora#o "e par>elas "e terra3 o >a1pon@s a ela per1ane>e =iel3 >o1o sua 1ulBer per1ane>e =iel ? sua >asa 1iserável3 ? qual3 >o1 to"os os es=or#os i1a!ináveis3 sH lBe "a os resulta"os 1ais insi!ni=i>antes3 1as que e o ni>o lu!ar "o 1un"o e1 que ela no "epen"e "e u1a vonta"e estranBa e on"e no se sente eplora"a$ (as ? 1e"i"a que pro!ri"e a evolu#o e>on1i>a e polFti>a3 as ne>essi"a"es pe>uniárias "o pequeno >a1pon@s au1enta1$ O Esta"o e a >o1una >a"a ve 1ais avan#a1 sore a sua olsa$ o1peli"o a !anBar "inBeiro3 tanto 1ais "eve "e"i>ar/se a u1 traalBo a>essHrio3 e1 "etri1ento "e sua a!ri>ultura$ O salariato leva a 1ulBer e1pre!a"a na in"stria a ne!li!en>iar3 1as no a aan"onar inteira1ente os >ui"a"os "o1Dsti>os$ O 1es1o a>onte>e >o1 o pequeno >a1pon@s assalaria"o ou que traalBa e1 sua >asa para u1 >apitalista$ A sua eplora#o a!rF>ola se torna >a"a ve 1ais irra>ional$ Ela se torna3 pou>o a pou>o3 e>essiva para ele3 que se v@ =or#a"o a restrin!i/%a$ )o lBe =altaro >o1pra"ores para os terrenos que lBe sora1$ On"e quer que pre"o1ine u1a vi!orosa >lasse >a1ponesa3 ela re!ularia a popula#o$ Eis u1a "as raGes 1ais =ortes3 ao la"o "e seu espFrito >onserva"or e 1ilitarista3 para a esti1a e1 que a te1 os e>ono1istas e polFti>os ur!ueses$ Ela se1pre se 1ostrou "isposta a por no 1un"o e a >riar u1a "es>en"@n>ia nu1erosa$ %sto D inapre>iável quan"o o>orre1 ne>essi"a"es "e ra#os e sol"a"os$ (as a >lasse >a1ponesa sae3 ta1D13 =rear o au1ento "a popula#o3 "e 1aneira a intu1es>er "e ale!ria o >ora#o "os 1altusianos$ ro a>essHrio3 os li1ites "e sua proprie"a"e o =or#a1 a restrin!ir a sua prole$ esso D a 1es1a para lo"os os =ilBos3 estes so re"ui"os a "ois$ a1pon@s po"e au1entar a prole3 >uos >o1ponentes3 >ontu"o3 no po"e1 tornar/se in"epen"entes e por sua ve3 >onstituir =a1Flia e >riar =ilBos le!Fti1os$ Coisa "iversa o>orre on"e >a"a >a1pon@s te1 possiili"a"e "e en>ontrar traalBo =ora "e sua
-9-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ eplora#oM to1a ento u1 >aráter 1ais proletário ain"a$ As oportuni"a"es "e in"epen"@n>ia so 1aiores$ Ca"a =ilBo3 nessas >ir>unstJn>ias3 tra ao 1un"o o patri1nio 1ais pre>ioso3 o seu ra#o$ A popula#o >res>e rapi"a1ente$ Ao 1es1o te1po a terra se torna 1ais pro>ura"a3 no >o1o "e pro"u#o para a ven"a 1as >o1o >on"i#o "o lar$ Se o in>re1ento "os traalBos a>essHrios possiilita3 ou 1elBor3 se ei!e a re"u#o "as e1presas a!rF>olas e "eter1ina assi1 o nas>i1ento "e 1uitas outras3 pequenas3 veri=i>a/se ta1D1 u1 >res>i1ento rápi"o "a popula#o3 o qual re>la1a3 por sua ve3 o au1ento "o n1ero "as eplora#Ges$ )o a >entralia#o3 1as o par>ela1ento se torna aqui ne>essário$ E1 tais >on"i#Ges3 po"e >Be!ar/ se 1es1o ? su"iviso "as !ran"es e1presas$ i1os no >apFtulo que o pre#o "e u1a !lea "estina"a ? pro"u#o >apitalista "e 1er>a"orias D "eter1ina"o pelo 1ontante "e sua ren"a territorial$ O pre#o "e ven"a3 e1 su1a3 D i!ual ? ren"a territorial >apitalia"a$ O e1presário >apitalista no po"erá pa!ar 1ais3 se o seu lu>ro per1ane>er aaio "o pre#o >orrente$ A >on>orr@n>ia !eral no =ará >o1 que sua1 os pre#os$ ,esprea1os aqui as >onsi"era#Ges "e naturea etra/e>on1i>a e que3 e1 >ertas >on"i#Ges3 in=lue1 para que os pre#os "os "o1Fnios territoriais ultrapasse1 a ren"a =un"iária >apitalia"a$ (as o >a1pon@s que ven"e os arti!os a!rF>olas3 1as no e1pre!a assalaria"os3 ou os e1pre!a 1uito pou>o3 que no D >apitalista3 e si1 u1 si1ples >ria"or "e 1er>a"orias3 no se apresenta assi1$ Ele D u1 traalBa"or3 pois no vive "o pro"uto "e sua e1presa3 1as "o pro"uto "e sua prHpria ativi"a"e$ O seu !@nero "e vi"a D o "e u1 assalaria"o$ Te1 ne>essi"a"e "a terra >o1o "e u1 1eio para !anBar o po >o1o operário e no para "ela tirar qualquer lu>ro ou ren"a =un"iária$ an"o/lBe a "ispensa3 lBe re1unera o traalBo3 ele ain"a >onse!ue viver$ &o"e renun>iar ao lu>ro e ? ren"a territorial$ &o"e3 1ais pa!ar por u1 pe"a#o "e terra "eter1ina"o3 >aso se en>ontre no !rau "a si1ples pro"u#o "e 1er>a"orias3 u1 pre#o 1ais eleva"o que o que pa!aria >aso se en>ontrasse no !rau "a pro"u#o >apitalista$ (as este >o1porta1ento3 ?s vees3 lan#a o >a1pon@s e1 !ran"es e1ara#os3 se a>aso >onserva Báitos "aquele pri1eiro perFo"o3 ao pa!ar pela terra u1 pre#o e>essivo3 nu1 1o1ento e1 que á ultrapassou3 se no =or1al1ente3 "e =ato3 ao 1enos3 o !rau "a si1ples pro"u#o "e 1er>a"orias$ Ele >Be!a ? pro"u#o >apitalista3 no >o1o e1presário3 1as >o1o operário eplora"o pelo patro$ On"e quer que o >a1pon@s >o1pre o solo se1 pa!á/lo3 ou se1 pa!á/lo e1 sua totali"a"e3 a>eitan"o u1a Bipote>a sore a terra3 pre>isa etrair "e sua eplora#o no apenas o seu salário3 1as u1a ren"a =un"iária$ Ora o pre#o e>essivo "o solo po"e ser/lBe to =unesto quanto ao e1presário >apitalista$ O a!ri>ultor sH en>ontra >onveni@n>ia e1 pre#os eleva"os "a terra quan"o >essa "e ser a!ri>ultor3 isto D quan"o ven"e a sua proprie"a"e$ Tais pre#os o e1ara#a1 no inF>io "e sua eplora#o3 e "urante o "e>urso "esta3 ao au1entare1 os seus >o1pro1issos$ (as os nossos a!rários no >onBe>e1 outro 1eio para a salva#o "a lavoura e1 apuros a no ser o au1ento "o pre#o "o solo$ Esses senBores3 "e al1a pretensa1ente to patriar>al3 =ala1 no >o1o a!ri>ultores3 1as >o1o Bo1ens que espe>ula1 >o1 a terra$ oltare1os a este ponto a respeito "e outra questo$ Coisa "iversa o>orre entre esses pequenos >a1poneses para os quais a a!ri>ultura D3 se no e>lusiva1ente3 ao 1enos "e 1o"o prepon"erante3 u1a parte "o lar3 e que satis=ae1 as suas ne>essi"a"es "e "inBeiro se no inteira1ente3 prin>ipal1ente ao 1enos3 apelan"o para os estranBos$ AF as rela#Ges entre o pre#o "o solo e a pro"u#o "e 1er>a"orias3 e por >onse!uinte as leis "o valor3 no entra1 e1 linBa "e >onta3 pelo 1enos para o >o1pra"or$ &ara o ven"e"or3 a ren"a territorial >apitalia"a >onstitui o pre#o 1Fni1o "o solo$ O >o1pra"or sH se preo>upa >o1 os seus re>ursos3 e antes "e tu"o >o1 as suas ne>essi"a"es$ res>e a popula#o3 quanto 1ais "i=F>il se torna o seu >onsu1o3 quanto 1ais o Bo1e1 "o >a1po pre>isa "e u1a nes!a "e terra para a prHpria susist@n>ia ou para !arantir a sua in"epen"@n>ia so>ial3 tanto 1aior D o pre#o Pou a ren"aQ que se ei!e por u1a pequena proprie"a"e$ Assi1 >o1o o traalBo "o1Dsti>o3 o traalBo a!rF>ola para o prHprio !asto no se >onta >o1o "espesa3 e te1/se a i1presso "e que no >usta na"a$ Tu"o o que o arrotea1ento "o solo propor>iona ao lar D >onsi"era"o >o1o lu>ro lFqui"o$ "i=F>il a sua avalia#o e1 1oe"a e a sua "istriui#o entre o salário3 o uro "o >apital e a ren"a territorial$ E1 to"o >aso3 isso nun>a se =a porque o "inBeiro no eer>e papel al!u1 e1 tal !@nero "e eplora#o$ u1 =ato e1 >onBe>i"o que as pequenas proprie"a"es so 1ais >aras "o que as !ran"es$ )o seu trata"o3 á >ita"o Ppá!$ -98Q sore a "Fvi"a Bipote>ária na &rssia PAnuário A!rF>ola "e TBiel3 -77Q3 (eiten oserva que o pre#o "a !ran"e proprie"a"e vale 2 vees a arre>a"a#o lFqui"a "o respe>tivo i1posto territorial3 o "a proprie"a"e >a1ponesa3 6 vees3 e o "as eplora#Ges "os pequenos lavra"ores3 7 vees$ Al!uns entusiastas "a pequena proprie"a"e territo rial quisera1 provar >o1 este au1ento "o pre#o "o solo que a pequena e1presa a!rF>ola D superior ? !ran"e$ (as 1es1o entre os 1aiores a"1ira"ores "a pequena eplora#o no Bá u1 sH que sustente a superiori"a"e "a proprie"a"e 1ins>ula sore a proprie"a"e 1D"ia$ Contu"o3 esta superiori"a"e "everia evi"en>iar/se se o pre#o 1ais eleva"o "o solo
-92
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ =osse u1a >onseqW@n>ia "o seu ren"i1ento i!ual1ente 1ais eleva"o$ :á nas >i"a"es u1 =en1eno análo!o$ Sae/se que as Baita#Ges so3 por 1etro >i>o3 tanto 1ais >aras quanto 1enores$ +asean"o/se e1 %si"oro Sin!er e outros3 que "enun>iara1 esse =ato3 K$ +W>Ber or!aniou u1a estatFsti>a re=erente a +asilDia$ As Baita#Ges >usta1 nessa >i"a"e3 por 1etro >i>oM ) "e pe#as
Custo por 1 Pe1 =ran>osQ
2 8 6 5 -9
N39N 835 836 8386 83-6 8322358
,eve1os atriuir os "ois =en1enos ? 1es1a >ausaM as >ontin!@n>ias "os que pre>isa1 "e pequenas par>elas "e terra e "e pequenos >1o"os3 e portan"o opGe1 u1a =ra>a resist@n>ia aos 1onopolia"ores "o solo$ Os que atriue1 o pre#o eleva"o "as pequenas proprie"a"es a!rF>olas ao seu alto ren"i1ento "everia1 ta1D1 atriuir o pre#o eleva"o "os pequenos >1o"os aos ren"i1entos i!ual1ente altos "e seus 1ora"ores$ O pre#o eleva"o "as pequenas super=F>ies D3 natural1ente3 u1 =orte 1otivo para su"iviso "as !ran"es proprie"a"es3 on"e quer que as >ir>unstJn>ias sea1 =avoráveis ao au1ento "a popula#o e ? eplora#o "e pequenas in"strias a>essHrias3 =ora "a lavoura$ A =ra!1enta#o "as proprie"a"es e o par>ela1ento "o solo po"e1 to1ar3 ento3 propor#Ges >onsi"eráveis$ ura u1 traalBo a>essHrio$ essi"a"es "o1Dsti>as$ ,e resto3 nessas super=F>ies 1ins>ulas3 a eplora#o D >a"a ve 1enos ra>ional$ A insu=i>i@n>ia "e ani1ais "e tiro e "e =erra1entas no per1ite u1a >ultura per=eita3 soretu"o3 u1 arrotea1ento 1uito pro=un"o$ So as ne>essi"a"es "o lar3 e no o >ui"a"o pela >onserva#o "a =ertili"a"e "o solo3 que "eter1ina1 a es>olBa "as plantas a se >ultivare1$ A =alta "e ani1ais e "e "inBeiro te1 por >onseqW@n>ia a =alta "e ester>o e "e a"uo arti=i>ial$ A isto se a>res>e ain"a a =alta "e ra#os$ o se torna a>essHrio3 tanto 1ais o pri1eiro asorve o te1po "a =a1Flia$ s vees isso a>onte>e no 1o1ento eato e1 que seria pre>iso que ela e1pre!asse to"a a sua ener!ia na eplora#o "e sua proprie"a"e3 por ee1plo nas =ases "e >olBeita3 Essa ativi"a"e vai passan"o3 pois3 ? 1ulBer3 aos 1enores3 e ?s vees 1es1o aos avHs inváli"os$ Ur!e que o pai e os =ilBos 1aiores I!anBe1I$ A >ultura "essas proprie"a"es 1ins>ulas3 que no so 1ais "o que a>essHrios "a >asa3 se asse1elBa ao lar "o proletário3 no qual os resulta"os 1ais pores so oti"os ? >usta "o 1aior !asto "e traalBo e "o es!ota1ento 1ais >o1pleto "a 1ulBer$ A super=F>ie >a"a ve 1enor "essas eplora#Ges3 a sua porea >a"a ve 1aior3 i1pe"e1/nas "e aten"er a to"as as ne>essi"a"es "o1Dsti>as$ O !anBo "o o=F>io3 pri1itiva1ente a>essHrio3 passa a pa!ar no apenas as >ontriui#Ges "o Esta"o e "a >o1una3 >o1o os arti!os in"ustriais e a!rF>olas "o eterior P>a=D3 =u1o3 et>$Q3 e os !@neros "a prHpria a!ri>ultura na>ional3 parti>ular1ente >ereais$ A proprie"a"e pro"u ain"a atatas3 >ouves3 o leite "e al!u1as >aras ou3 quan"o a situa#o D =avorável3 "e u1a va>a3 a >arne "e u1 por>o3 os ovos "o !alinBeiro3 1as =orne>e os >ereais "e 1aneira insu=i>iente$ O n1ero "essas eplora#Ges D >onsi"erável$ Se!un"o estatFsti>a "e -753 Bavia no i1pDrio ale1o $7$8- proprie"a"es a!rF>olas3 "as quaisM 8$286$85 "e 1enos "e 2 Be>tares -$9-6$8-7 "e 2 a Be>tares N$22$- PtotalQ
7322g -7325g 63-g
-98
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Se oservar1os que e1 !eral as proprie"a"es "e 2 a Be>tares pro"ue1 !@neros ali1entF>ios e1 quanti"a"e su=i>iente para o >onsu1o3 ao passo que as 1enores os "eve1 >o1prar3 po"e1os a=ir1ar que sH Bá no i1pDrio ale1o u1 quarto "as eplora#Ges a!rF>olas interessa"o nos "ireitos sore os >ereais$ (ais "a 1eta"e "as eplora#Ges a!rF>olas3 1ais tr@s quartos "as pequenas eplora#Ges pre>isa1 a"quirir >ereais e3 por >onse!uinte3 so=re1 "ireta1ente >o1 o au1ento "os alu"i"os "ireitos$ Eis u1 ar!u1ento "e !ran"e peso >ontra tais triutos3 1ostran"o "e i!ual passo3 ta1D13 que !ran"e 1aioria "a popula#o rural no apare>e 1ais no 1er>a"o >o1o ven"e"ora "e !@neros ali1entF>ios3 1as >o1o ven"e"ora "e ra#os e >o1pra"ora "esses !@neros ali1entF>ios$ As pequenas eplora#Ges "eia1 "e =aer >on>orr@n>ia ?s !ran"es$ Elas as =avore>e1 e re=or#a13 >o1o á =oi assinala"o 1ais a>i1a3 =orne>en"o/lBes assalaria"os e >o1pran"o/lBes os pro"utos$ i1os que3 e1 -753 7g "as eplora#Ges a!rF>olas "a Ale1anBa tinBa1 1enos "e 2 Be>tares$ Era13 e1 outras palavras3 e1 !eral 1uito pequenas3 e assi1 no "ava1 susist@n>ia aos respe>tivos proprietários$ %sso >oin>i"e >o1 o se!uinte =atoM se!un"o o re>ensea1ento "e -753 na a!ri>ultura propria1ente "ita Pse1 se >ontare1 a Borti>ultura3 a >ria#o3 a silvi>ultura e a pes>a3 esta rela>iona"a ? lavoura "e 1o"o asoluta1ente estapa=r"ioQ o n1ero "os lavra"ores in"epen"entes3 se1 outra o>upa#o3 se elevava a 2$926$8N3 e o "os lavra"ores in"epen"entes3 >o1 servi#o a>essHrio3 a 9N$-6N$ (as Bavia ain"a3 alD1 "isso3 2$-69$N-2 pessoas que prati>ava1 a a!ri>ultura "e 1aneira in"epen"ente3 isto D3 na prHpria terra3 e no e1 terras "e outre1 >o1o assalaria"os entre!ues ? lavoura >o1o ativi"a"e a>essHria$ O n1ero total "as pessoas >ua o>upa#o3 prin>ipal ou se>un"ária3 era a eplora#o "e suas prHprias terras3 se elevava a N$65-$99- Po "as eplora#Ges a!rF>olas3 e1 -753 >Be!ava a $6$599Q3 o n1ero "os lavra"ores ain"a >o1 outro servi#o Pservi#o a>essHrio ou prin>ipalQ suia a 2$66N$6263 isto D3 6g3 1ais "a 1eta"e "o total$ PCo1pare1/se estes "a"os >o1 os al!aris1os "a pá!ina -89Q$ &re>isa1os ta1D1 oservar o au1ento rápi"o "os que t@1 na a!ri>ultura a sua o>upa#o prin>ipal e possue1 u1 servi#o a>essHrio$ )ote/se que3 nas outras pro=issGes3 "i1inuiu o n1ero "os que t@1 u1a o>upa#o a>essHria ao la"o "o seu o=F>io$
T@1 o>upa#Ges a>essHrias A!ri>ultura %n"stria Co1Dr>io Servi#os "o1Dsti>os EDr>ito3 "eparta1ento "e Esta"o3 >arreiras lierais Se1 pro=isso Total
-772 &ropor>ional/ ,e 1o"o asoluto 1ente ao n total 6-$N9N 73-g -$658$82263Ng 85$52 23NNg $569 -N397g
-75 ,e 1o"o &ropor>ional/1ente asoluto ao n total -$9N5$N2 -2366g -$N5-$76 -7392g 87N$-9N -63N8g 8-$888 32Ng
-N2$2-7
-835g
--$2
8397g
-5$65 8$-N9$895
-832g -63Ng
-9-$888 8$27$N6
53-9g -N328g
On"e =or >a"a ve 1ais =á>il o eer>F>io "e u1a o>upa#o a>essHria3 =ora "a eplora#o "a proprie"a"e parti>ular3 o =ra>iona1ento "a terra to1a u1 "esenvolvi1ento in>rFvel e as ten"@n>ias >entralia"oras que atua1 e1 senti"o >ontrário so3 1o1entanea1ente ao 1enos3 inteira1ente aniquila"as$ A +Dl!i>a nos "á o ee1plo "e u1a evolu#o "essa naturea$ ea1osM -7N6 -766 -779 Eplora#Ges Párea e1 Be>taresQ ,e 1o"o asoluto g ,e 1o"o asoluto g ,e 1o"o asoluto g AtD 2 Be>tares N99$- 6635 2$5- -395$6 739 ,e 2 a
78$87N -N36
---$88
-3-
-95$7-
-23-
,e a 29
65$82- -23-
72$6N6
--3-
N$88
732
,e 29 a 9
-N$557 236
-$96
239
-2$-76
-38
,e 9 e 1ais
N$888 937
$2
93
8$N98
93N
2$N -99
N8$ 997
-99
595$855
-99
Total
-9N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ,e -7N6 a -7663 to"as as eplora#Ges pro!re"ira13 as pequenas >ontu"o 1ais "epressa que as !ran"es$ ,e -766 a -779 to"as "i1inuFra13 e>eto as 1enores3 a respeito "as quais no se po"eria =alar "e a!ri>ultura in"epen"ente$ pre>isa1ente nesta >lasse "e eplora#Ges que a re"u#o "a super=F>ie 1D"ia no "eve ser atriuF"a ao pro!resso "a >ultura intensiva3 1as ? =ra!1enta#o >res>ente "a proprie"a"e territorial e ao "esenvolvi1ento "as in"strias a>essHrias$ &erto "e quatro quintos "as eplora#Ges a!rF>olas "a +Dl!i>a so "e eplora#Ges 1ins>ulas3 >uos proprietários se vee1 =or#a"os a traalBar >o1o assalaria"os ou a e1pre!ar/se nu1 o=F>io paralelo$ Assi13 á no entra1 na >ate!oria "e pro"utores "e !@neros para o 1er>a"o$ O seu n1ero asoluto quase "orou a partir "e -7N63 ao passo que o "as !ran"es eplora#Ges P"e 1ais "e 29 Be>taresQ >onsi"eravel1ente "i1inuiu$ :averá nisso >oisa sus>etFvel "e entusias1ar os a"eptos =ervorosos "a proprie"a"e >a1ponesab O 1es1o no o>orre e1 to"a parte$ A =ra!1enta#o e>essiva "as pequenas áreas po"e servir para >onsoli"ar a !ran"e proprie"a"e3 >o1o á vi1os$ &o"e a>onte>er que a pequena e a !ran"e eplora#o pro!ri"a1 si1ultanea1ente3 no apenas e1 virtu"e "a epanso "os terrenos "e >ultivo3 1as 1es1o on"e isso no sea possFvel$ )essas re!iGes3 o par>ela1ento se opera e1 "etri1ento "a eplora#o 1D"ia$ o que e1 !eral se passa na 0ran>a$ )esse paFs BaviaM
Cate!orias "e Eplora"ores
)1ero "e eplora"ores -772
Reparti#o propor>ional
-752
-772
-752
&or >ento
&or >ento
,e 1enos "e - Be>tare
2$-67$999
2$28$999
87322
,e - a Be>tares
-$766$999
-$769$999
82359
,e a -9 Be>tares
65$999
77$999
-836
,e -9 a 29 Be>tares
N8-$999
N25$999
369
,e 29 a 89 Be>tares
-57$999
-59$999
83N5
,e 89 a N9 Be>tares
57$999
52$999
-38
3,e N9 a 9 Be>tares
6$999
N$999
9359
,e 9 a -99 Be>tares
$999
2$999
-399
,e -99 a 299 Be>tares
2-$999
28$999
9387
,e 299 a 899 Be>tares
6$999
6$999
93--
,e 1ais "e 899 Be>tares
2$999
N$999
9392
8532N63N6
82397 -8372
N359
38 -237-
8388 -23N -36-
-359
9358 935-
-37
93N9 932
93-- 937 939
,e1os3 ?s pa!inas -N5/-9 os al!aris1os >on>ernentes ? super=F>ie "e >a"a >ate!oria "e e1presas$ O n1ero "e eplora#o "e 1enos "e - Be>tare au1entou "e 6$9993 o "as eplora#Ges "e 1ais "e -99 Be>tares "e N$999$ O n1ero "as eplora#Ges "e - a -99 Be>tares "i1inuiu "e N9$999$ )a Ale1anBa3 veri=i>ou/se esta ten"@n>ia 1ais >e"o3 e >o1 1uito 1ais niti"e$ E1 -7723 von (iaskoski >Be!ou Iao resulta"o "e que o au1ento >onsi"erável "o >apital 1Hvel3 unta1ente >o1 outras >ir>unstJn>ias3 $a>arretou e1 nossos "ias3 "e u1 la"o3 a epanso e o arre"on"a1ento "a proprie"a"e territorial3 e3 "e outro3 a sua =ra!1enta#o e "i1inui#oI$ Essas "uas ten"@n>ias pare>e13 D ver"a"e3 e>luFre1/se 1utua1ente3 ? pri1eira vista3 1as ea1ina"as 1ais "e perto3 a >ontra"i#o aparente se resolve 1uito e1$ Trata/se "e ten"@n>ias opostas que a!e1 e1 Dpo>as "i=erentes ou e1 re!iGes "esse1elBantes "a Ale1anBa$ aso se >onu!ue1
-9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ na 1es1a Dpo>a e no 1es1o paFs$ IAo passo que as proprie"a"es apresenta1 pre=erente1ente3 se no e>lusiva1ente3 u1a ten"@n>ia a se a!lo1erare1 no norte e no nor"este "a Ale1anBa3 no sul e no su"oeste elas ten"e1 a =ra!1entar/se3 se e1 que essa su"iviso se pro"ua ta1D1 "e 1aneira esporá"i>a nas outras re!iGes$ Esses 1ovi1entos >ontrários3 "istriuF"os por onas "i=erentes3 t@1 "e >o1u1 que nos "ois >asos o au1ento e a "i1inui#o "a proprie"a"e territorial se veri=i>a13 soretu"o e1 preuFo "a proprie"a"e 1D"ia$ )os "ois >asos a vFti1a D elaI P,as Erre>Bt3 u$ s$ $Q$ Os n1eros 3se!uintes3 estaele>i"os para a &rssia e apresenta"os por Serin! JA coloniza>ão interiorN P,ie innere >olonisationQ3 prova1 e1 que D e1 preuFo "a 1D"ia que a !ran"e e a pequena proprie"a"e$ se "esenvolve1 si1ultanea1ente$ Eles se re=ere1 ?s provFn>ias orientais P&rssia3 &o1erJnia3 +ran"enur!3 &osen3 SilDsiaQ e as provFn>ias "e Zest=ália e "e Sae$ Entre -7-6 e -753 as proprie"a"es >a1ponesas 1D"ias assi1 se apresentava1M
,i1inuira1
Super=F>ies per"i"as pela proprie"a"e 1D"ia e !anBas pela
)1ero g asoluto
pequena proprie"a"e [eiras g
Conunto
!ran"e proprie"a"e [eiras
g
[eiras
g
&rovFn>ias orientais
6$779 239 -$--9$288
N32
N-$-28
-36
-$2$86
37
Zest=ália Sae Total
7-9 232 5$2N 2$-78 389 7$NN 5$78 2379 -$252$57-
2$6 238 83
2-$-2N 89$N-8 N67$669
936 937 -3N
--6$85 --$77 -$6-$687
832 838 3-
,e -769 a -76N =alta1 in"i>a#Ges sore o 1ovi1ento "a proprie"a"e territorial$ ,e -768 a -763 apresentava/se "a 1aneira se!uinteM 'anBo PmQ ou per"a P/Q Terras nores &rovFn>ias orientais Zest=ália Sae
)A1ero mN 9 /-
[eiras m 7m 6$-9 m 7$296
&roprie"a"es 1D"ias
&equenas proprie"a"es
)A1ero / -92 / N9N / 25
)A1ero m -6$829 m -$59N m 2$972
[eiras / -7$N6 / 29$275 / -$775
[eiras m -6$-89 m 29$755 m -8$N
,e resto3 al!uns 1ilBares "e eiras se tornara1 proprie"a"e >o1unal ou na>ional$ E isto ain"a se veri=i>ou e1 "etri1ento "a proprie"a"e 1D"ia3 )estes lti1os te1pos3 "e u1 1o"o !eral a proprie"a"e 1D"ia no 1ais >ontriuiu para este "uplo uso$ ,e -772 a -753 so pre>isa1ente as proprie"a"es >a1ponesas 1D"ias "e a 29 Be>tares que 1ais !anBara1 P69$999 Be>taresQ3 >o1o "e1onstra o qua"ro "as pá!inas N5/9$ Seria u1 erro >ontu"o >on>luir/se que o pro>esso >ontrário >o1e#a e que a eplora#o >a1ponesa 1D"ia supera a eplora#o 1ins>ula e a !ran"e eplora#o$ CBe!a1os a resulta"os 1uito parti>ulares quan"o separa1os as eplora#Ges >ua super=F>ie varia "e 1o"o sensFvel "as que no revela1 nenBu1a 1u"an#a apre>iável$ Contava1/seM Au1ento ou "i1inui#o Eplora#Ges (enos "e - Be>tare ,e - a Be>tares ,e a 29 Be>tares ,e 29a -$999 Be>tares
-772 2$828$8-6 -$-5$522 526$69 89$576
-75 2$25$-82 -$28$8 557$79N 896$26
)1ero asoluto m 29$7-6 m 8$68m 2$-55 m 29
g m 73N m 932 m $7 9$9
-96
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ A>i1a "e -$999 Be>tares Total
9 $26$88N
2 $7$8-
m m 27-$5l-
m --3 m 38
e1os3 pois3 que as eplora#Ges "e a 29 Be>tares >res>era1 >onsi"eravel1ente3 1as as 1aiores e as 1enores3 propor>ional1ente3 ain"a 1ais$ As eplora#Ges inter1e"iárias pou>o au1entara1$ ,i1inuFra13 1es1o relativa1ente ao n1ero total3 que >res>eu$ Levantara1/se oe#Ges >ontra estes al!aris1os$ (as >Be!a/se ao 1es1o resulta"o pelo 1Dto"o proposto pelos 1eus >rFti>os3 TinBa/seM
Cate!orias "e eplora#Ges "e - Be>tare ,e - a Be>tares "e a 29 Be>tares "e 29 a -$999 Be>tares A>i1a "e -$999 Be>tares
&er>enta!e1 "as eplora#Ges -772 NN398 82369 -36 379 939-
-75 N39 8-39-35 3939-
m -3 / -39 m 93N/ 9329 O
Super=F>ie "e >a"a >ate!oria por -99 Be>tares "e solo >ultiva"o -772 23NN -8389 273N 8389 2322
-75 23N5 -83-7 25359 -35 23N6
m 939 / 93-2 m -3-6 /-388 m 9$26
Esses al!aris1os nos revela1 o 1es1o =ato que os anteriores$ As 1enores3 as 1D"ias e as 1aiores eplora#Ges3 relativa1ente3 !anBara1 terreno$ As eplora#Ges inter1e"iárias per"era1/no$ Epli>are1os no >apFtulo se!uinte porque =oi pre>isa1ente a eplora#o >a1ponesa 1D"ia que levou 1aiores vanta!ens$ O que nos interessa aqui D a>entuar o =ato "e que a proletaria#o "a popula#o rural realia na Ale1anBa os 1es1os pro!ressos veri=i>a"os alBures3 e1ora a ten"@n>ia ao par>ela1ento "as proprie"a"es 1D"ias tenBa >essa"o "e 1ani=estar/se$ ,e -772 a -753 o n1ero total "as eplora#Ges a!rF>olas au1entou "e 27-$999$ )essa so1a esto in>luF"as as eplora#Ges proletárias "e 1enos "e u1 Be>tare3 que =ora1 as que 1ais au1entara1$ Estas as>en"era1 a 296$999 uni"a"es$ O 1ovi1ento "a a!ri>ultura D3 >o1o se v@3 inteira1ente "iverso "o 1ovi1ento "o >apital in"ustrial ou >o1er>ial$ (ostra1os no >apFtulo pre>e"ente que na a!ri>ultura a ten"@n>ia ? >on>entra#o "as eplora#Ges no a>arreta o "esapare>i1ento total "a pequena proprie"a"e$ On"e ela se torna "o1inante3 pro"u/se a ten"@n>ia >ontrária$ Assi13 pois3 a ten"@n>ia ? >entralia#o e a ten"@n>ia ao par>ela1ento se alterna1$ eri=i>a1os a!ora que os "ois 1ovi1entos po"e1 ta1D1 atuar ao 1es1o te1po$ Oserve/se o au1ento nu1Dri>o "as pequenas eplora#Ges3 >uos proprietários apare>e1 no 1er>a"o >o1o proletários3 >o1o ven"e"ores "a =or#a "o traalBo$ A sua proprie"a"e =un"iária á no te1 i1portJn>ia para o 1er>a"o$ Eles apenas pro"ue1 para o lar$ Esses pequenos >ultiva"ores t@1 no 1er>a"o3 >o1o ven"e"ores "a =or#a "e traalBo3 os 1es1os interesses essen>iais3 "o proletaria"o in"ustrial3 "o qual no "iver!e por >ausa "e sua proprie"a"e$ Esta os torna 1ais ou 1enos in"epen"entes "os >o1er>iantes "e !@neros ali1entF>ios3 1as no os prote!e >ontra a eplora#o "os e1presários >apitalistas3 in"ustriais ou a!rF>olas$ Be!a1os3 o au1ento nu1Dri>o "as pequenas eplora#Ges rurais sH se apresenta >o1o u1a =or1a parti>ular "o au1ento nu1Dri>o "os lares proletários3 >uo "esenvolvi1ento a>o1panBa a !ran"e eplora#o >apitalista na in"stria e al!u1as vees 1es1o na a!ri>ultura$ 3N As di2ersas ocupa>?es acess7rias do campon@s O traalBo a>essHrio 1ais a al>an>e "o pequeno >a1pon@s D o traalBo a!rF>ola assalaria"o$ [á o en>ontra1os na Dpo>a =eu"al3 lo!o que a "i=eren>ia#o na al"eia se apro=un"ou tal 1o"o que u1as eplora#Ges se tornara1 1uito pequenas para o sustento "os respe>tivos "onos3 e as outras 1uito !ran"es3 "e 1aneira a ei!ir ra#os >o1 que no >ontava1 o proprietário e sua =a1Flia$ A ativi"a"e 1o"erna "os pequenos >a1poneses nas !ran"es proprie"a"es D int eira1ente análo!a ?s >orvDias =eu"ais que =or#ava1 o lavra"or a traalBar u1 >erto n1ero "e "ias "o ano no "o1Fnio "o senBor$
-9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ O 1ais "eseável para o >a1pon@s3 natural1ente3 D >onse!uir esse traalBo a>essHrio no 1o1ento e1 que a =aina a!rF>ola se interro1pe3 no inverno$ %sto se veri=i>a 1ais =a>il1ente nas proi1i"a"es "as !ran"es =lorestas3 que re>la1a13 no inverno3 nu1erosos operários para o >orte e o transporte "e lenBa$ (as no D e1 to"a parte que se en>ontra1 !ran"es =lorestas3 e o traalBo que propor>iona1 ne1 se1pre asta para as ne>essi"a"es "os pequenos >a1poneses$ Estes "eve1 ento3 voltar/se para os servi#os 1ais parti>ular1ente a!rF>olas$ As tare=as "as eplora#Ges rurais so 1uito variáveis$ E1 >ertos 1o1entos3 espe>ial1ente "urante a >olBeita3 os assalaria"os "as !ran"es eplora#Ges no asta1$ Sente/se a =alta "e ra#os suple1entares$ Tais 1o1entos3 e1 que o pequeno >a1pon@s >onse!ue u1a o>upa#o a>essHria3 so pre>isa1ente as o>asiGes e1 que3 na sua prHpria terra3 o seu traalBo apare>e >o1o "e ne>essi"a"e asoluta$ Sen"o =or#a"o a !anBar "inBeiro3 ele ne!li!en>ia a sua proprie"a"e3 >ua eplora#o3 "e resto3 para no alu"ir1os ? sua eF!ua super=F>ie e ? =alta "e 1eios3 D irra>ional ao etre1o$ Ele D ori!a"o a >on=iar ? 1ulBer e aos =ilBos3 quan"o estes á t@1 u1a >erta i"a"e3 o a1anBo "e sua !lea3 na qual sH po"e traalBar nos "ias "e =esta e aos "o1in!os$ )o se "eve3 >ontu"o3 i1a!inar que sea1 se1pre "onos "e eplora#Ges 1ins>ulas os >a1poneses assi1 >o1peli"os ao traalBo a>essHrio$ Kaer!er3 por ee1plo3 narra que na Zest=ália P"istrito "e Coes=el"3 +orken3 Re>klin!sBausen3 et>Q3 Ias proprie"a"es territoriais3 proprie"a"es pessoais ou arren"a"as3 "e ornaleiros livres3 varia1 entre - e Be>tares3 1ais =reqWente1ente entre - e 8 Be>tares$ Os que possue1 1ais "e Be>tares P1ais "e 8 Be>tares se!un"o u1 relatHrio isola"o3 >ita"o i!ual1enteQ e1 !eral no se e1pre!a1 >o1o assalaria"os3 1as vive1 uni>a1ente "e sua lavoura$ Contu"o3 e1 >erto relatHrio3 a super=F>ie "as proprie"a"es "e ornaleiros "este !@nero D apresenta"a3 nu1 >aso3 >o1o "e 6 Be>tares3 e1 outro "e 7 Be>taresI PerBltnisse "er Lan"areiter3 %3 p$ -26$Q$ %sso "epen"e "e natural1ente "o ren"i1ento "o solo$ U1a >asa "e 1ora"a e e"i=F>io "e eplora#o3 >o1 estáulos para 8 va>as^ 1uitos por>os e >arneiros^ u1 ar"i1 "e -9 a - ares^ u1a terra "e plantio "e >er>a "e 2 Be>tares^ pra"os "e j a - Be>tare e 1eio^ u1a parte "e - Be>tare e 1eio a 2 Be>tares POp$ >it$3 p$ 6N$Q$ U1a eplora#o a!rF>ola >o1 tr@s va>as3 1uitos >arneiros e por>os3 po"e ser 1uito i1portante$ Contu"o3 o respe>tivo proprietário se v@ >o1peli"o a e1pre!ar/se >o1o assalaria"o f (as ne1 se1pre Bá na viinBan#a !ran"es proprie"a"es que o=ere#a1 oportuni"a"es "e u1 traalBo a>essHrio$ Assi13 1uitas vees3 no so ti"as >o1o >on>orrentes$ Antes3 so ar"ente1ente "esea"as$ ConBe>e1os o se!uinte sore a Alta Re!io "e Eisena>BM A =or1a#o "e u1a !ran"e e1presa3 !ra#as ? >o1pra re>ente "os terrenos ne>essários3 e a proeta"a instala#o "e u1a usina "e a#>ar na viinBan#a "e ZiessentBal3 no "eiará "e eer>er u1a in=lu@n>ia enD=i>a sore a situa#o "os camponeses lo>ais3 I U1 >erto n1ero "e assalaria"os e pequenos proprietários tero servi#o re1unera"orI P+uerli>Be *ustn"e3 %3 p$ N93 Q$ ,a +aia Re!io "e Eisena>B re>ee1os a in=or1a#o "e que a 1aioria "os pequenos proprietários territoriais possui 1enos "e Be>tares$ A sua situa#o D pou>o =ol!a"a$ IA !ran"e proprie"a"e3 >o1posta "e terras senBoriais3 "o1iniais3 alo"iais e "a >oroa3 no te1 u1a i1portJn>ia astante P-23g "a super=F>ie totalQ para !arantir ? >lasse "os pequenos proprietários3 >o1 a utilia#o "e seus ra#os e o seu e1pre!o >o1o assalaria"os3 u1a o>upa#o e u1 !anBo que os satis=a#a1I POp$ >it$3 p$ 66$Q ,o 1es1o 1o"o3 no 'ro/"u>a"o "e :esse3 assinala/se a =alta "e !ran"es proprie"a"es >o1o u1a "as >ausas "a 1isDria "os pequenos >a1poneses$ I)os lu!ares e1 que reina o "ireito "e su>esso in natura, "i o ,r$ Kune 0rankenstein3 e1 que as par>elas "e terra so su"ivi"i"as por tantas =ra#Ges quantos so os =ilBos / na 1e"i"a e1 que isto D possFvel3 "a"a a ei!Wi"a"e "as áreas / no Bá =alta "e traalBa"ores3 porque a 1aioria "esses proprietários3 que !eral1ente possue1 "e a -9 eiras3 e 1es1o 1enos3 e1 al!uns >asos3 sai ? >ata "e servi#o$ (as a ne>essi"a"e "e ra#os no D >onsi"erável nessa re!io "e pequenos >a1poneses3 soretu"o na aus@n>ia "e u1a !ran"e proprie"a"e$ Assi13 os "onos "esses 1ins>ulos quinBGes "e assalaria"os no t@1 a oportuni"a"e "e utiliar os seus ra#os na prHpria eplora#o3 ne1 na "e outre13 >o1o e1pre!a"os$ A situa#o "os proprietários "e tais terras D3 por >onse!uinte3 quase se1pre 1uito tristeI Pertltnisse "er Lan"areiter3 %%3 p$ 282Q$ Se no >apFtulo pre>e"ente 1ostra1os a pequena proprie"a"e >o1o sustentá>ulo "a !ran"e3 ve1os aqui a !ran"e >o1o sustentá>ulo "a pequena$ E1 virtu"e "e u1a lon!a "e=i>i@n>ia "e ali1enta#o3 esses pequenos >a1poneses "e :esse "e tal 1aneira se en=raque>era1 que á no sae1 aproveitar as o>asiGes para o !anBo "e al!u1 "inBeiro$ IEsse pessoal no se en>ontra e1 >on"i#Ges3 e1 virtu"e "a 1á ali1enta#o3 "e realiar traalBos pesa"os3 "e 1aneira ininterrupta$ Assi13 e1 al!uns lu!ares3 os proprietários "as !ran"es e1presas tivera1 "e >ontratar operário "e =ora3 e1ora na re!io 1es1a os nativos estivesse1 se1 e1pre!oI$
-97
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ (as u1a popula#o "es1ere>i"a ao ponto "e 1ostrar =raquea nu1 servi#o a!rF>ola >ontFnuo D ain"a aproveitável nu1a o>upa#o a>essHria$ Sore ela se atira1 os pequenos >a1poneses quan"o o traalBo a!rF>ola assalaria"o se lBes torna i1prati>ável$ Re=iro/1e ? in"stria a "o1i>Flio$ Os >o1e#os "a in"stria a "o1i>Flio re1onta13 i!ual1ente3 ? Dpo>a =eu"al$ [á 1ostra1os no inF>io "este livro que pri1itiva1ente o >a1pon@s era ao 1es1o te1po lavra"or e in"ustrial$ ,epois3 o pro!resso "a in"stria urana o =or#ou a >onsa!rar/se quase que e>lusiva1ente ? a!ri>ultura$ (as "urante 1uito te1po3 ain"a3 na =a1Flia "o >a1pon@s3 nu1erosas tare=as in"ustriais >ontinuara1 a ser =eitas no lar$ On"e a a!ri>ultura >o1e>e a no 1ais >onstituir u1a =onte "e lu>ros3 esses traalBos rea"quire1 o seu prestF!io$ (as o >a1pon@s no pro"u para o =re!u@s$ %sola"o no po"e >on>orrer >o1 as o=i>inas "a >i"a"e3 que "ispGe1 "e 1er>a"o 1ais a1plo e "e to"os os re>ursos uranos$ A in"stria rural3 >o1o pro"u#o "e 1er>a"orias3 sH po"e "esenvolver/se traalBan"o para u1 >apitalista3 u1 >o1er>iante ou u1 "epositário >apa "e estaele>er >o1uni>a#Ges >o1 u1 1er>a"o "istante3 ao qual o >a1pon@s isola"o no >onse!ue >Be!ar "ireta1ente$ E sH po"e "esenvolver/se e1 es=eras que re>la1a1 apenas u1a Baili"a"e >o1u1 e =erra1entas si1ples$ Essas in"strias a "o1i>Flio pro!ri"e1 soretu"o on"e a 1atDria/pri1a está prHi1a$ Assi13 a es>ultura e1 1a"eira3 na viinBan#a "as =lorestas3 as =ári>as "e ar"Hsia e "e lápis unto ?s ar"osieiras3 a =ari>a#o "e >estos nas re!iGes e1 re!a"as e =avoráveis ? >ultura "o vi1e3 a serralBeria nas proi1i"a"es "as 1inas "e =erro3 et>$ (as a eist@n>ia "e !ran"e n1ero "e ra#os "ese1pre!a"os3 e por aio pre#o3 asta 1uitas vees para que os >apitalistas en!enBosos os eplore13 no prHprio "o1i>ilio$ )o D raro que lBes =orne#a1 as 1atDrias/pri1as3 por ee1plo o =io "e al!o"o ou "a se"a3 que "eve1 te>er$ A in"stria >a1ponesa a "o1i>Flio se "esenvolve soretu"o nas re!iGes e1 que o solo D 1uito pore e on"e3 ao 1es1o te1po3 as >on"i#Ges tD>ni>as in"ispensáveis a u1a !ran"e eplora#o a!rF>ola so pou>o propF>ias3 1as prin>ipal1ente on"e os ostá>ulos polFti>os se opGe1 ou se opusera1 ao pro!resso "a !ran"e proprie"a"e$ En>ontra1os a in"stria rural a "o1i>ilio nas onas 1ontanBosas que separa1 a +o@1ia "a SilDsia e "o Sae$ na TurFn!ia3 no Taunus3 na 0loresta )e!ra3 1as soretu"o na SuF#a Pa relooaria no oeste3 a pro"u#o "e se"as no >entro e a "e ornatos no esteQ$ )o seu >o1e#o3 essas in"strias a "o1i>Flio =ora1 !eral1ente a>olBi"as >o1 entusias1o$ Os seus =un"a"ores se apresentava1 >o1o en=eitores "os pores >a1poneses3 aos quais propor>ionava1 o>asiGes "e e1pre!ar >o1 vanta!e13 prin>ipal1ente no inverno3 as suas Boras "e laer$ 'anBan"o 1ais3 po"eria1 tratar 1ais ra>ional1ente "e suas lavouras3 e >o1 isso au1entar os seus ren"i1entos$ O revea1ento "o traalBo in"ustrial e "o traalBo a!rF>ola ali1entaria nessa popula#o a sa"e e o vi!or "e que >are>e1 os operários "as >i"a"es$ Ele lBes "aria o "ese1ara#o e a inteli!@n>ia que no possue1 os >a1poneses3 os quais 3se li1ita1 a >ultivar as suas terras e per"e1 na o>iosi"a"e tantas Boras pre>iosas$ S>BGner!3 no seu :anual de Economia Pol1tica P:an"u>B "er politis>Ben kono1ie3 8.e"i#o3 %%3 p$ N27Q3 "es>reve so as >ores 1ais rilBantes as vanta!ens "a in"stria a "o1i>ilio e1 to"a parte3 e1 que no sora a >on>orr@n>ia "a 1áquina$ To"a a =a1Flia traalBa e1 >o1u1 Io pai po"e o>upar/se "a e"u>a#o "os =ilBos e =is>aliar a sua instru#o3 as 1ulBeres po"e1 >ui"ar "a >asa e "os pequenos3 as 1o>inBas per1ane>e1 so a vi!ilJn>ia e a !uar"a "o1Dsti>aI$ A "ura#o "o traalBo sH "epen"e "a vonta"e "o operário3 que D livre$ IA sua vi"a se torna 1ais a!ra"ável3 1ais ale!re3 1ais >Beia$ )a in"stria rural a "o1i>Flio a ativi"a"e "o o=i>io se alterna >o1 a ativi"a"e a!rF>ola 1ais sa"ia3 e assi1 sei evita a !ran"e >on>entra#o "e assalaria"os nu1 ni>o lu!ar3 to preu"i>ial aos operários e ? >o1uni"a"e$ En=i13 possiilita/se o e1pre!o te1porário "e to"as as =or#as pro"utivas "a >asa3 e se torna realiável3 se1 peri!o para as pessoas e para a vi"a "a =a1Flia3 u1 au1ento "o ren"i1ento "esta lti1aI$ Ao la"o "essas vanta!ens indiscut12eis, Bá "e resto in>onvenientes que S>Bdner! no po"e i!norar$ (as >Be!a ? >on>luso "e que Ito"as as "esvanta!ens3 por !raves que sea13 no so "e naturea a i1pe"ir que a in"stria a "o1i>Flio sea3 "o ponto "e vista "a situa#o so>ial "os operários3 a 1elBor =or1a "e eplora#oI$ A ela o traalBa"or teria "e renun>iar uni>a1ente on"e =osse ori!a"o a resistir ao pre"o1Fnio "as =ári>as$ A reali"a"e nos o=ere>e outro qua"ro3 1es1o se >onsi"erar1os as in"strias a "o1i>Flio ain"a no e1penBa"as e1 luta >o1 as 1áquinas "a in"stria3 tais >o1o a =ari>a#o "e >estos3 a =ari>a#o "e >i!arros e "e rinque"os3 et>$ E1 pri1eiro lu!ar no Bá no >a1po traalBo a>essHrio que =avore#a tanto3 >o1o este3 a =ra!1enta#o "o solo3 pois nenBu1 D sus>etFvel "e "esenvolvi1ento to rápi"o$ O n1ero "e !ran"es e1presas a!rF>olas D li1ita"o3 o "as 1inas ta1D13 as prHprias =ári>as no po"e1 pro!re"ir ? vonta"e no >a1po3 A possiili"a"e "o traalBo assalaria"o se apresenta3 pois3 restrita$ Coisa "iversa o>orre >o1 a in"stria a "o1i>Flio$ Ela sH D li1ita"a pelo n1ero "os ra#os "isponFveis e po"e realiar/se na eplora#o
-95
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 1ais insi!ni=i>ante3 >o1 os 1eios 1ais pri1itivos3 se1 >apital ou >o1 >apitais 1ins>ulos$ O >apitalista no >orre ris>o al!u1 ao "esenvolv@/%a o 1ais rapi"a1ente possFvel3 quan"o D =avorável a situa#o "o 1er>a"o$ )o Bá >apital =io3 e"i=F>io3 1áquinas a se =orne>ere13 >oisas que per"e1 o seu valor quan"o no apli>a"as "e 1aneira pro"utiva3 Ele no te1 a pa!ar ren"a territorial ou outras >ontriui#Ges3 ori!atHrias se1pre3 quer 1ar>Be e13 quer 1ar>Be 1al o ne!H>io$ To"os esses en>ar!os3 a parte 1ais >onsi"erável "os ris>os "o >apitalista3 "eve1 ser suporta"as pelos in"ustriais a "o1i>Flio3 eplora"os por aquele$ Assi13 to"a >rise D 1ais =unesta para eles "o que para os operários "a !ran"e in"stria3 pois o >apitalista se "ispGe 1ais =a>il1ente a re"uir as suas e1presas quan"o se "e=ronta >o1 traalBa"ores que pro"ue1 e1 sua prHpria >asa$ ios vo e13 >o1 a 1es1a =a>ili"a"e ele lBes au1enta o n1ero$ (as os te1pos "e prosperi"a"e se torna1 para esses traalBa"ores quase se1pre ain"a 1ais =unestos que os perFo"os "e "epresso e>on1i>a$ O n1ero "e >asa1entos3 e portanto "e =a1Flias3 au1enta$ Ao 1es1o te1po3 au1enta a pro>ura "e pequenas proprie"a"es3 pois se1 elas no D possFvel3 no >a1po3 a >onstitui#o "e u1 lar in"epen"ente$ O pre#o "o solo se eleva3 o par>ela1ento ta1D13 as proprie"a"es parti>ulares re"ue1 o seu ta1anBo ao 1es1o te1po que a >ultura se torna 1ais "e=eituosa3 á por >ontar >o1 u1a super=F>ie se1pre "e>res>ente3 á porque a in"stria a "o1i>Flio prospera e propor>iona "inBeiro ? >asa3 a ela se >onsa!ran"o to"as as =or#as pro"utivas "a =a1Flia3 e1 "etri1ento "a a!ri>ultura$ Se isto "ura u1 >erto te1po3 e1 virtu"e "esta vi"a se"entária3 os pequenos in"ustriais per"e1 a resist@n>ia para u1 traalBo a!rF>ola ininterrupto$ [á no po"e1 >ultivar >onveniente1ente os seus >a1pos$ A ei!Wi"a"e "as eplora#Ges a!rF>olas3 portanto3 se lBes i1pGe >o1o u1a ne>essi"a"e =Fsi>a$ As proprie"a"es se re"ue1 tanto que á no asta1 para a 1anuten#o "e u1a va>a$ O leite "esapare>e "a 1esa3 sen"o sustituF"o por u1a in=uso "e >Bi>Hrea$ Co1 a va>a "esapare>e o ester>o3 ,esapare>e ta1D1 o ani1al que puava o ara"o$ Cai a pro"utivi"a"e "os >a1pos >a"a ve 1ais i1prHprios ? >ultura "e >ereais$ ,e resto3 o tri!o pre>isa ser 1oF"o e >oi"o para servir "e ali1ento$ ,á/se3 ento3 pre=er@n>ia as plantas 1enos ei!entes e que3 na 1es1a propor#o3 =orne>e1 pro"utos na ver"a"e "e 1enor teor nutritivo3 1as "e peso 1ais >onsi"erável$ Tais so as >ouves3 os ráanos e soretu"o as atatas3 le!u1es que po"e1 ser e1pre!a"os na >oinBa se1 1aiores preparos$ Assi1 a ali1enta#o "o operário a "o1i>Flio a>aa por li1itar/se ? >Bi>Hrea e ?s atatas / ali1enta#o 1ais prHpria a en!anar o est1a!o "o que a =orne>er/lBe sustJn>ias ne>essárias ao or!anis1o$ A in=lu@n>ia "anosa "o traalBo in"ustrial se a!rava por insu=i>i@n>ia "e nutri#o$ As =or#as "o operário >ae1 ao 1Fni1o estrita1ente ne>essário para "ar/lBe 1ovi1ento aos "e"os$ A "e>a"@n>ia "e suaM a!ri>ultura no D 1enor$ As pequenas par>elas "e terra3 1al traalBa"as3 1al ester>a"as3 "eve1 "ar to"os os anos o 1es1o pro"uto$ A lavoura >Be!a a !rau in=erior ? "os !er1Jni>os3 ao =i1 "as !ran"es invasGes$ S>Bnapper/Arn"t3 nu1a 1ono!ra=ia ISore >in>o >o1unas rurais "o Alto TaunusI3 assi1 se epressaM IE1 Seelener!3 uni>a1ente restos apre>iáveis "a >ultura "e tr@s a=olBa1entos pare>e se tere1 >onserva"o$ )as outras al"eias3 a ne>essi"a"e no >onBe>e lei3 e nos seus nu1erosos >a1pos3 "o >o1e#o ao =i1 "o ano sH se planta1 atatas3 porque u1 revea1ento inteli!ente D i1possFvel$ Os >a1poneses so to pores "e terras >o1o "e outros re>ursosI$ )essas >in>o al"eias3 >ontava1/se ao to"o N68 va>as para 7 lares3 N76 lares no as possuFa1 asoluta1ente3 e -- sH possuFa1 u1a$ O retro>esso e>on1i>o a>o1panBa a ruFna =Fsi>a "a terra e "os Bo1ens$ O pro!resso tD>ni>o D 1uito "i=F>il na in"stria a "o1i>Flio$ Os in"ustriais a "o1i>Flio3 entre si3 >o1o os >apitalistas que os eplora13 sH po"e1 resistir ? >on>orr@n>ia >o1 u1 au1ento "e traalBo e u1a "i1inui#o "e salários$ Essa >on>orr@n>ia D ain"a =a>ilita"a pelo isola1ento "a =a1Flia3 pela sua "isperso e1 vastas etensGes "e territHrio3 o que =a a sua or!ania#o quase i1possFvel pela aus@n>ia "e outros 1eios "e !anBar "inBeiro na re!io3 pelos la#os que os a1arra1 ao solo$ Assi13 no po"e1 aan"onar u1a eplora#o intensa e pro>urar alBures outra 1ais suportável$ Os operários a "o1i>Flio so inteira1ente "e"i>a"os ao eplora"or$ Os "ese1pre!os 1ais lon!os no os a=asta1$ En>ontra1os na in"stria a "o1i>Flio su1eti"a ao >apitalista o traalBo 1ais "e1ora"o e etenuante3 salários 1iseráveis3 o 1aior n1ero "e 1ulBeres e >rian#as e1pre!a"as e1 ativi"a"es in"ustriais3 o esta"o "e 1aior penria "as o=i>inas e "as Baita#Ges / nu1a palavra3 a situa#o 1ais revoltante$ o siste1a 1ais in=a1e "e eplora#o >apitalista e a =or1a 1ais "e!ra"ante "a proletaria#o "os >a1poneses$ To"as as tentativas =eitas no senti"o "o reer!ui1ento "e u1a popula#o "e pequenos >a1poneses3 in>apaes "e !arantir a prHpria susist@n>ia 1e"iante u1 traalBo pura1ente a!rF>ola3 >o1 a i1planta#o entre eles "a in"stria a "o1i>Flio3 "eve1 re"un"ar3 apHs u1 surto reve e 1uito prole1áti>o3 na "erro>a"a 1ais pro=un"a e na 1isDria 1ais "esespera"a$ Ur!e3 pois3 >o1at@/%as resoluta1ente3
--9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 0eli1ente3 a in"stria a "o1i>Flio sH >onstitui u1a =ase preli1inar "a !ran"e in"stria$ Ce"o ou tar"e soa3 para ela3 a Bora e1 que a 1áquina a =a supDr=lua$ Essa Bora soa tanto 1ais "epressa quanto 1ais "epressa a in"stria a "o1i>Flio se "esenvolve e espe>ialia3 quanto 1ais lon!e leva a "iviso "o traalBo$ Essa Bora no D3 >ontu"o3 a "a lierta#o "os in"ustriais a "o1i>Flio3 1as antes o >o1e#o "a =ase 1ais "olorosa "e seu >alvário$ &orque eles pre>isa13 ento3 ain"a "espen"er 1ais traalBo3 re"uir ain"a 1ais as suas ne>essi"a"es3 etenuar ain"a 1ais a =a1Flia3 para no se "eiare1 superar3 na luta >ontra a 1áquina$ E >o1o "ura3 ?s vees3 esta >orri"a "esastrosa3 atD que en=i13 ultrapassa"o "e 1uito3 o Bo1e1 to1a se1 =le!of Se po"e a!uentar a >arreira "esespera"a "urante 1uito te1po3 "eve/o ? sua eplora#o a!rF>ola$ On"e quer que a a!ri>ultura sirva no ? pro"u#o "e 1er>a"orias 1as ?s ne>essi"a"es "o lar3 ela no su>u1e so o es=or#o "a >on>orr@n>ia3 1as >onstitui u1 ele1ento >onserva"or3 que e1presta u1a apar@n>ia "e vi"a a to"as as soreviv@n>ias "o passa"o$ Ela D que prolon!a ao in=inito a a!onia "a in"stria a "o1i>Flio3 que i1pe"e a 1orte "o te>elo 1anual3 esse 1es1o te>elo que3 Bá 1eio sD>ulo3 á no po"ia 1ais viver$ ISe3 apesar "as in>essantes >onvulsGes "este ra1o "a in"stria Pas te>ela!ens 1anuais na +o@1ia setentrionalQ3 o seu n1ero se >onservou3 D soretu"o porque a 1aioria "os operários "ispunBa "e u1a nes!a "e terra que lBe "ava a possiili"a"e3 nos 1o1entos propF>ios "e >o1pletar o salário "e seu traalBo in"ustrial3 e3 nas =ases "es=avoráveis3 "e atravessar pre>aria1ente / 1as "e atravessar / o perFo"o "e >riseI PA$+RA03 Stu"ien Wer nor"d1is>B AreitervorBltnisse3 p$ -28Q$ JA. +ra=3 Estudos so3re a situa>ão dos operários na Bo@mia setentrionalN. Apesar "e tu"o3 a in"stria >a1ponesa a "o1i>Flio3 nestes lti1os anos3 re!re"iu rapi"a1ente no >a1po3 por to"a parte e1 que a !ran"e in"stria se estaele>eu3 no para >o1petir >o1 ela3 1as para "ar novos !anBos aos que nela traalBa1$ A !ran"e in"stria pre>isa3 para "esenvolver/se3 "e !ran"e 1assa "e traalBa"ores que na"a possua13 Báeis e "is>iplina"os3 e "a viinBan#a "e u1 a1plo 1er>a"o$ %sto se en>ontra soretu"o nos !ran"es >entros >o1er>iais$ &rosperan"o3 ela atrai novas >a1a"as "e operários e =avore>e as rela#Ges entre o lu!ar e1 que se instalou e os "e1ais$ O pro!resso "a !ran"e in"stria >apitalista "epen"e3 assi13 "a >on>entra#o se1pre >res>ente "e 1assas Bu1anas nas 1etrHpoles e "a vi"a e>on1i>a "os !ran"es >entros$ (as Bá u1a sDrie "e =atores que =ae1 >o1 que a !ran"e in"stria e1 epanso no se alastre to"a nas >i"a"es3 verten"o al!uns =iletes que vo =ertiliar os >a1pos$ Esses =atores so "e or"e1 natura3 uns3 e outros "e or"e1 so>ial$ Entre os pri1eiros >onta/se a pro>ura >res>ente "e 1atDrias/pri1as e "e se!un"a ne>essi"a"e3 que a>o1panBa o "esenvolvi1ento "a !ran"e in"stria$ Esses ele1entos no po"e1 ser pro"ui"os na >i"a"e e si1 no 1eio rural e o "eve1 ser pelas !ran"es eplora#Ges3 para aten"er ao lar!a >onsu1o por parte "as 1assas$ Assi1 as 1inas$ O "esenvolvi1ento 1ineiro revolu>iona po"erosa1ente a situa#o a!rF>ola$ :á3 por outro la"o3 u1 evi"ente interesse e1 se elaorare13 na viinBan#a "os lo>ais "e pro"u#o3 as 1atDrias/pri1as3 soretu"o as que t@1 u1 peso >onsi"erável e1 rela#o ao seu valor3 no se a"aptan"o ao transporte a lon!as "istJn>ias$ Assi1 sur!e13 no >a1po3 as =oras3 as olarias3 as re=inarias "e a#>ar3 et>$ En=i13 a á!ua >apa "e propor>ionar =a>il1ente u1a !ran"e =or#a 1otri atrai 1uitas vees !ran"es in"strias para vales a=asta"os$ A isso se unta13 ta1D13 1otivos "e or"e1 so>ial$ )as >i"a"es3 a vi"a D 1ais >ara "o que no interior$ &ara u1 teor "e vi"a se1elBante3 as "espesas "e 1anuten#o "a =or#a "e traalBo so 1ais eleva"as3 e1 virtu"e "o pre#o 1ais alto "os aloa1entos3 "os !astos "e transporte "os !@neros ali1entF>ios3 "a aus@n>ia "e proprie"a"es >ultiva"as pelo operário$ %sto á asta para epli>ar porque os salários so 1ais eleva"os na >i"a"e "o que no >a1po$ (as a tanto ain"a se a>res>enta a >on>entra#o "as 1assas "e traalBa"ores nu1 espa#o eF!uo / o que =a>ilita o seu enten"i1ento e a sua or!ania#o e "i=i>ulta a sua =is>alia#o e as 1e"i"as repressivas$ )u1 1eio i"@nti>o3 >Beio "e re>ursos3 O Bo1e1 que =oi alvo "e qualquer penali"a"e en>ontra e1pre!o$ Coisa inteira1ente "iversa o>orre no >a1po$ Os traalBa"ores aF so 1enos >apaes "e resistir ao >apital3 so 1ais su1issos e 1enos ei!entes$ E esta u1a =orte rao para os !ran"es in"ustriais que estaele>e1 as suas eplora#Ges no interior$ E quan"o en>ontra1 no 1eio rural os operários "e que pre>isa1 / o que3 para seu !ran"e "es!osto3 sH se veri=i>a e>ep>ional1ente / e quan"o t@1 ? 1o to"os os ele1entos in"ispensáveis a u1a e1presa prHspera3 eles o =ae1 tanto 1ais !ostosa1ente quanto 1aior
---
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ =or o 1ovi1ento operário nas >i"a"es$ Esta =un"a#o "e !ran"es in"strias no >a1po realia/se 1elBor quan"o pro!ri"e1 os 1eios "e >o1uni>a#o P>anais3 estra"as "e =eno3 telD!ra=osQ$ Assi1 se to1a 1ais =á>il o >ontato >o1 o !ran"e 1er>a"o$ ,e outro la"o3 o prHprio nas>i1ento "essas !ran"es e1presas no >a1po >onstitui u1 =orte =ator "e "esenvolvi1ento "os 1eios "e >o1uni>a#o 1o"ernos$ O seu estaele>i1ento3 a sua 1anuten#o3 a sua eplora#o 1es1o o=ere>e1 ? popula#o >a1ponesa to"a a espD>ie "e re>ursos para a aquisi#o "e "inBeiro$ %ni>ial1ente3 os resulta"os so u1 pou>o 1ais rilBantes para$ Os pequenos >a1poneses e suas terras "o que so o re!i1e "a in"stria a "o1i>Flio$ As 1aiores eplora#Ges a!rF>olas3 pro"utoras "e !@neros ali1entF>ios para a ven"a3 !anBa1 >o1 isso3 >erta1ente3 ao 1enos se o 1er>a"o "e >onsu1o au1enta pro"i!iosa1ente e se lo>alia nas proi1i"a"es$ (as esta vanta!e1 "esapare>e inteira1ente3 para os proprietários que e1pre!a1 assalaria"os3 pela =alta "e traalBa"ores a!rF>olas3 poisM os ra#os so atraF"os pela in"stria$ ,eie1os esta questo3 que perten>e a u1 outro >apFtulo$ (as to"os os a!ri>ultores3 !ran"es ou pequenos3 so=re1 >o1 o au1ento "o pre#o "o solo$ A !ran"e in"stria sus>ita u1 >res>i1ento rápi"o "a popula#o no apenas3 >o1o no >aso "a in"stria a "o1i>Flio3 e1 virtu"e "a 1aior =a>ili"a"e "os >asa1entos e "a >ria#o "e novos lares3 1as ta1D1 pelo en!aa1ento "e operários "e =ora3 pois u1a !ran"e e1presa >apitalista no >a1po sH rara1ente po"eria >ontentar/se >o1 os ra#os eistentes na re!io$ As 1ora"ias e as par>elas "e terra so >a"a ve 1ais "isputa"as$ O seu pre#o3 por >onse!uinte3 se eleva$ (as quanto 1ais o solo en>are>e3 quanto 1enos os >o1pra"ores3 "a"a a per1an@n>ia "os 1es1os =atores3 po"e1 eplorá/lo >onveniente1ente3 tanto 1ais pore D a instala#o oltare1os ao assunto no prHi1o >apFtulo$ A isto se aunta o =ato "e a !ran"e in"stria asorver o operário "e 1aneira "iversa ? "a in"stria a "o1i>Flio$ )esta3 a =a1Flia to"a po"e 1uitas vees interro1per por 1o1entos o seu servi#o in"ustrial para entre!ar/se á a!ri>ultura3 na Dpo>a "a >olBeita3 por ee1plo$ E >erto que isto ne1 se1pre a>onte>e$$ E1 1uitas in"strias a "o1i>Flio a =ase "as ativi"a"es 1ais ur!entes >oin>i"e >o1 as ativi"a"es a!rF>olas3 i!ual1ente i1preterFveis$ I pre>isa1ente na Dpo>a =eril "a >olBeita3 e1 que a orna"a "o >a1pon@s se esten"e >o1 =reqW@n>ia a 29 Boras "e traalBo para N Boras "e repouso3 que os operários e1pre!a"os na =ari>a#o "e rinque"os 1ais t@1 o que =aer3 no >onse!uin"o u1 1inuto "e lier"a"e para as =ainas 1ais in"ispensáveis "o >a1poI PE$ SAX3 ,ie :ausin"ustr-e in TBWrin!en3%$ p$ N7$Q$ aso3 a in"stria a "o1i>Flio e a a!ri>ultura se separa1$ A sua >on=lu@n>ia nas 1es1as 1os se torna i1possFvel$ (as no D a re!ra$ Coisa "iversa o>orre nas !ran"es eplora#Ges in"ustriais$ [á a !ran"e 1assa "e >apitais =ios que nela so apli>a"os3 e que se torna1 i1pro"utivos quan"o no so 1ovi1enta"os3 leva o e1presário a evitar tanto quanto possFvel qualquer interrup#o 1ais ou 1enos lon!a "e sua ativi"a"e$ So raras as !ran"es e1presas in"ustriais que sH traalBe1 u1a parte "o ano3 pre>isa1ente "urante as =ases e1 que a =aina a!rF>ola se paralisa ou ei!e es=or#os 1enores$ Tais so3 por ee1plo3 as re=inarias "e a#>ar3 >ua campan/a sH >o1e#a no outono3 "epois "a >olBeita "as eterraas3 e "ura to"o o inverno3 >er>a "e N 1eses$ O servi#o D ativa"o o 1ais possFvel3 pois as eterraas se estra!a1 =a>il1ente "urante a pri1avera$ O traalBo nas re=inarias "e a#>ar no roua3 pois3 aos operários a!rF>olas e aos pequenos proprietários3 o te1po ne>essário ? a!ri>ultura$ ,a 1es1a 1aneira3 o servi#o nas 1inas D >o1patFvel3 "entro "e >ertos li1ites3 >o1 a ativi"a"e a!rF>ola$ A ne>essi"a"e "e >arvo D 1ais >onsi"erável3 a sua pro>ura D 1ais etensa no inverno$ &or outro la"o3 o siste1a "as equipes noturnas "eia u1a parte "os 1ineiros li2re "urante o "ia$ Eles "everia1 "e"i>ar esse te1po ao repouso3 1as o 1ais "as vees o e1pre!a1 e1 traalBos a!rF>olas$ 0ae1/no se1 "vi"a3 or!ulBosos "e seu espl@n"i"o salário3 para no per"er u1 e>e"ente "e =or#as que no pu"era1 "espen"er na sua orna"a 1uito >urta na 1ina$ Kaer!er >onta que Ino "istrito "e Re>klin!Baus o traalBo a!rF>ola e o traalBo no a!rF>ola se alterna1$ Os ornaleiros3 Bo1ens livres e proprietários3 lauta1 na terra "o >o1e#o "a >olBeita atD o =i1 "e nove1ro3 e o resto "o te1po na 1inaI PerBltnisse "er Lan"areiter3 %3 p$ -2N$Q$ ` )as re!iGes 1ineiras "e 'elsenkir>Ben3 +o>Bu13 ,ort1un"3 os operários a!rF>olas "esapare>era1 quase$ ISo vistos por ali ain"a3 ?s vees3 ornaleiros no proprietários3 e1 !eral 1ineiros que3 dada a curta dura>ão do tra3al/o na mina, >onsa!ra1 "iaria1ente al!u1as Boras ? lavoura3 soretu"o se =ae1 parte "as equipes noturnas^ ou so "os que se Bospe"a1 entre os >a1poneses3 >o1pro1eten"o/se a au"á/%os "urante a >olBeita3 ou que3 e1 tro>a "o 1es1o servi#o3 >onse!ue1 o arren"a1ento "e u1 >a1po3 "e atatas$ :á ta1D1 os que lavra1 a terra porque á no t@1 =or#as astantes3 para o traalBo na 1ina$ I Cita1/se3 i!ual1ente3 >o1o e>e#o3 os >asos "e ornaleiros que !anBa1 al!u1 "inBeiro >ultivan"o a terra por sua prHpria >onta$ (as no passa1 "e 1ineiros que3 ao 1es1o te1po3 se "e"i>a1 a ativi"a"es
--2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ a!rF>olas$ Alu!a1 ?s vees u1a >asinBa >o1 u1 pequeno ar"i13 >ria1 u1a ou "uas >aras3 e ot@1 "e ve e1 quan"o autoria#o para plantar nas terras "o proprietário as atatas que po"e1 ester>arVJop. cit. pá!$ -82Q$ En=i13 ain"a u1 ee1plo atriuF"o ao "istrito BulBeiro oriental "a SilDsiaM I)os "istritos BulBeiros e in"ustriais se v@ =reqWente1ente que operários a!rF>olas pro>ura1 o traalBo3 nas 1inas "e >arvo e nas =ári>as3 "e 1aneira te1porária3 soretu"o naquelas3 1as ta1D1 nestas lti1as3 voltan"o aos >a1pos para a >olBeita$ Esse >aso se veri=i>a soretu"o entre os proprietários 1enoresI$ Jop, cit., l&&, pá!$ 92Q$ E1 >ertas >ir>unstJn>ias3 o traalBo 1ineiro po"e tornar/se u1 po"eroso auiliar "a eplora#o >a1ponesa$ IA 1istura "e "iversas par>elas "e solo / l@/se nu1 relatHrio est=aliano / eer>e a#o 1uito preu"i>ial sore a proprie"a"e >a1ponesa on"e quer que o seu "ono "eva viver "a sua terra$ )os lu!ares e1 que os >a1poneses ain"a !anBe1 su=i>iente1ente na 1ina e nas =ári>as P>aso que se veri=i>a na propor#o "e 79g no "istrito "e Sie!enQ o 1al no se =a sentirI P+uerli>Be *ustn"e3 %%3 p$7Q$ (as se >ertas in"strias re>la1a13 ou per1ite1 u1 traalBo te1porário3 a !ran"e in"stria o>upa e1 !eral o operário "urante to"o o ano3 se1 interrup#o$ (as ela no e1pre!a3 >o1o a in"stria a "o1i>Flio3 to"a a =a1Flia "o traalBa"or$ A lei á ve"a o servi#o "os 1enores "e -N anos$ O traalBo "a 1e "e =a1Flia apresenta 1aiores "i=i>ul"a"es na !ran"e in"stria "o que na in"stria a "o1i>Flio3 on"e >o1 e=eito3 ela no te1 "e aan"onar o seu =o!o$ )a 1e"i"a e1 que lBe D "a"o parti>ipar "o traalBo na in"stria a "o1i>ilio3 ela reluta e1 aan"onar os =ilBos e o a1iente "o1Dsti>o$ (ais "i=i>il1ente o =a no >a1po "o que na >i"a"e$ )o pri1eiro >aso3 o lar eer>e u1 papel 1ais i1portante3 pois as suas =un#Ges ain"a no =ora1 re"ui"as pelas >oinBas populares3 as >re>Bes3 os ar"ins "e in=Jn>ia3 et>$ A essas =or#as "e traalBo que3 no re!i1e "a !ran"e in"stria3 se >onsa!ra1 ain"a ao lar e ? eplora#o a!rF>ola >orrespon"ente3 "eve1os untar os inváli"os$ A in"stria a "o1i>Flio po"e utiliar os ra#os 1ais =ra>os$ A !ran"e in"stria porD13 re>la1a tanto es=or#o "os seus operários que e1 !eral sH e1pre!a os 1ais ovens3 es!otan"o/os rapi"a1ente$ )o >a1po3 a ativi"a"e na pequena eplora#o a!rF>ola "a =a1Flia D a o>upa#o in"i>a"a para a >lasse nu1erosa "os inváli"os3 >ria"a pela !ran"e in"stria$ A ee1plo "a in"stria a "o1i>Flio3 e1ora "e outra 1aneira3 a !ran"e in"st ria "es1antela as =or#as operárias postas ? "isposi#o "a pequena eplora#o a!rF>ola$ Ao 1es1o te1po3 "i1inui a etenso "as proprie"a"es3 tornan"o3 por >onse!uinte "e=eituoso o seu >ultivo$ &or outro la"o3 ve1os que o >apital "a !ran"e in"stria3 >o1o o "a in"stria a "o1i>Flio3 no en>ontra3 "e 1o"o !eral3 e pelas 1es1as raGes3 quase nenBu1a resist@n>ia "a parte "os operários$ Leva assi1 ao etre1o a eplora#o e a "e!ra"a#o3 "estes lti1os$ :erkner3 no seu e>elente livro sore a in"stria "e al!o"o na Alta Alsá>ia e seus operários3 nos "á u1 qua"ro tFpi>o "esta !ran"e ativi"a"e rural$ &or 1iserável que sea a situa#o "os traalBa"ores nas =ári>as "e te>i"os "e (ulBouse3 que nos "es>reve3 no po"erá ser >o1para"a ? "as =ári>as instala"as no >a1po3 que D 1uito pior$ IA "ura#o "o traalBo D aF e1 !eral 1ais lon!a$ O prHprio K$ 'ra" >al>ula/a e1 -8 ou -N BorasI$ Co1 =reqW@n>ia a ativi"a"e se "isten"e pela noite3 para os ovens operários >o1o para os "e1ais$ Os ovens operários3 "o ponto "e vista 1oral3 esto epostos aos 1es1os peri!os que e1 (ulBouse$ O siste1a "as 1ultas e "os "es>ontos prevale>e >o1o re!ra$ Essas penali"a"es3 1uitas vees3 so a!rava"as pela "epen"@n>ia etre1a "o traalBa"or$ )a 1aioria "as lo>ali"a"es so in=lu@n>ia in"ustrial3 a =ári>a D o ni>o lu!ar e1 que se en>ontra e1pre!o$ I ,e resto3 o operário no >a1po D a1arra"o ? terra pela proprie"a"e "e u1a "essas pequenas !leas "esi!na"as na re!io pela palavra !rter, as quais so >ultiva"as pela esposa ou pelos pais "o traalBa"or$ Este no te1 possiili"a"e "e 1o"i=i>ar as >on"i#Ges e1 que vive$ IOs salários so e1 1D"ia in=eriores "e u1 ter#o aos "e (ulBouse3 "i=eren#a que ultrapassa a "o pre#o "os !@neros "e pri1eira ne>essi"a"e3 "e 1aneira que a vi"a ali rola ain"a 1ais aio$$$ )a ali1enta#o "o1ina a atata$ Os privile!ia"os >onta1 >o1 >arne aos "o1in!os$ +ee/se 1uito 1ais a!uar"ente "o que e1 (ulBouse$ :á3 se!un"o se "i3 u1a al"eia in"ustrial "os os!es3 >uos 79 Baitantes >onso1e1 anual1ente 899 Be>tolitros "essa ei"a al>oHli>aI$ A situa#o D ain"a a!rava"a pelo pa!a1ento "os operários e1 1er>a"o rias$ IEsse teor "e vi"a to "es=avorável te1 por >onseqW@n>ia u1a "e!eneres>@n>ia =Fsi>a 1ais a>entua"a ain"a$$$ O 1D"i>o no1ea"o para o servi#o sanitário "o >Fr>ulo "e TBann es>reveM )as al"eias in"ustriais3 e1 que to"o 1un"o traalBa na =ári>a "es"e a pri1eira uventu"e3 quase to"os os >ons>ritos so in>apaes para o servi#o 1ilitar$ A>re"ita1os que se este esta"o "e >oisas persiste3 po"er/se/á "ispensar a re1essa3 para esses lu!ares3 "e u1a >o1isso "e re>ruta1ento$
--8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Apesar "e suas quali"a"e =Fsi>as insu=i>ientes3 a popula#o D etraor"inaria1ente laoriosa$$$ Os velBos que no traalBa1 nas =ári>as >ui"a1 ain"a "e u1a pequena lavoura3 ativi"a"e ain"a 1ais "i=F>il pela posi#o alta e es>arpa"a "os !rter Ppá!$ 8N5/82Q$ &or so1rio que sea o qua"ro3 D ain"a 1uito 1ais ani1a"or que o "a in"stria a "o1i>Flio$ As >rian#as no parti>ipa1 "o traalBo "essas =ári>as3 on"e a pro"u#o se opera3 seno ao ar livre3 >o1o na a!ri>ultura3 ao 1enos =ora "o lar3 e1 vastos e"i=F>ios >uas >on"i#Ges Bi!i@ni>as3 por i1per=eitas que sea13 ultrapassa1 in=inita1ente as "os >aseres "os operários$ E pre>isa1ente porque o proletário =aril no D li2re, porque no po"e >o1e#ar e a>aar a sua tare=a ? vonta"e3 por estar o seu traalBo re!ula1enta"o3 >o1o para to"os3 "e 1aneira uni=or1e3 ele se 1ovi1enta e1 li1ites 1ais restritos que os "a in"stria a "o1i>Flio e D su1eti"o 1ais =a>il1ente a >ontroles e vi!ilJn>ias le!ais$ ,e resto3 a =ári>a rene os operários "ispersos3 =a>ilita u1 enten"i1ento entre eles3 li!a 1ais estreita1ente a al"eia e1 que 1ora1 ao 1un"o eterior3 porque "esenvolve os 1eios "e >o1uni>a#o e atrai os traalBa"ores inteli!entes "a >i"a"e$ Estaele>e3 "este 1o"o3 u1 tra#o "e aproi1a#o entre u1a parte "a popula#o a!rF>ola e o proletaria"o urano3 =aen"o/a >o1preen"er pou>o a pou>o a ne>essi"a"e "a luta pela sua e1an>ipa#o e "ela parti>ipar ativa1ente3 quan"o as >ir>unstJn>ias para tanto se apresenta1$ As =ári>as rurais au1enta13 pois3 as =ileiras "o proletaria"o se1 epropriar os pequenos >a1poneses3 se1 arreatar/lBes as terras$ Ao >ontrário3 au"a/os3 quan"o a1ea#a"os "e an>arrota3 a >onservare1 a sua proprie"a"e o=ere>en"o ? >lasse nu1erosa "os que na"a possue1 as >on"i#Ges para >o1pra ou >onsoli"a#o "e u1a pequena eplora#o a!rF>ola$ As tr@s espD>ies "e traalBos a>essHrios ao al>an>e "os pequenos >a1poneses3 aqui ea1ina"as3 no se e>lue1 "e 1o"o al!u1$ &o"e1 eistir si1ultanea1ente3 e =reqWente1ente >oeiste1$ &or ee1plo3 le1osM I&ara os Baitantes "a Alta Re!io "e Eisena>B3 e1 parti>ular para os pequenos >a1poneses "as lo>ali"a"es pores3 que possue1 u1 pequeno >Bo3 as in"strias a "o1i>Flio3 >o1o re>urso a>essHrio3 so "e enor1e i1portJn>ia$$$ Entre essas in"strias arrola1/se a =ari>a#o "e rolBas3 "e >intos3 "e pel>ias3 "e rinque"os3 a sapataria3 a =ari>a#o "e es>ovas3 a es>ultura e1 1a"eira P>ae#as "e >a>Bi1oQ$ Elas !arante1 ? =a1Flia "o operário u1 salário suple1entar "e -3 2 a 8 1ar>os$ a1poneses possue1 "e 7 a H Be>tares3 "eles ta1D1 se o>upa1$$$ ,e resto3 o traalBo "os osques e =lorestas3 o transporte "a 1a"eira e a eplora#o "e asalto3 "e que Bá ai"as aun"antes3 propor>iona1 salários su=i>ientes nos 1o1entos e1 que no Bá ativi"a"e a!rF>olaI P+uerli>B *ustn"e3 %3 p$ 93 -Q$ A$ :eit nos "á u1 ee1plo3 quanto ao sul3 "a situa#o "os >a1poneses "os ailia"os "e Stutt!art3 +dlin!en e :erre1er!3 ISeria errneo supor/se3 "i ele3 que o traalBo a!rF>ola o=ere>e ? popula#o rural nu1erosa os ren"i1entos ne>essários$ Ela "eve >ontar3 prin>ipal1ente nos "ois "istritos o>i"entais3 >o1 as =reqWentes o>asiGes3 que se lBe apresenta13 "e u1 !anBo paralelo$ Cite/se antes "e tu"o a =loresta3 e1 que se e1pre!a "urante to"o o ano u1 =orte >ontin!ente "e operários3 e 1uita !ente "e 1o"o te1porário$$$ Seria parti>ular1ente instrutivo "eter1inar/se o esta"o "a in"stria a "o1i>Flio3 "e te>ela!e1 e "e en=eites$I Ao la"o se eleva u1a !ran"e in"stria3 I)o "e>urso "estes lti1os anos =un"ara1/se al!uns i1portantes estaele>i1entos3 os anti!os >res>era13 e os pequenos e1presários se 1ultipli>a13 ? pro>ura "os traalBos 1ais 1iseravel1ente pa!os$$$ O >o1Dr>io retalBista "e leite3 "e ovos3 "e aves e "e al!uns pro"utos 1anu=atura"os >onstitue1 outro =ator$$$ Entre as al"eias que =orne>e1 1aior n1ero "e ornaleiros3 =ora "os arraal"es "e Stutt!art3 po"e1 ser >ita"os (dBrin!en3 +onlan"en3 &lattenBar"t3 aiBin!en3 RoBr (user!3 +irka>B3 ao passo que "e RuitB3 "e Reu1a"en3 Ke1natB3 S>arnBausen3 e 1es1o "e &lienin!en 1uitos operários se "iri!e1 "iaria1ente ?s =ia#Ges "e Eslin!en$I (as ne1 se1pre o>orre13 e1 to"os os lu!ares3 o>asiGes to =reqWentes "e traalBo a>essHrio3 e esse traalBo ne1 se1pre asta para as ne>essi"a"es "e "inBeiro "os pequenos proprietários$ Se o !anBo suple1entar no se apresenta espontanea1ente3 o >a1pon@s no te1 outro re>urso seno o "e pro>urá/lo3 1es1o que para tanto tenBa "e "eiar3 "e quan"o e1 quan"o3 a terra natal$ o1uni>a#Ges por estra"as "e =erro se !eneralia13 quanto 1ais os >orreios e os ornais in=or1a1 sore a situa#o eterior3 tanto 1ais =a>il1ente o Bo1e1 rural se "e>i"e a "eiar a sua al"eia3 ao 1enos por u1 >erto te1po3 e 1es1o a ir 1ais lon!e$ Al!uns inte!rantes "a =a1Flia "os pequenos >a1poneses / e1 enten"i"o3 os 1ais aptos ao traalBo / a=asta1/se perio"i>a1ente para !anBar o seu po e a1ealBar al!uns nFqueis para os "e1ais$ apenas esta =or1a "e e1i!ra#o3 e no a e1i!ra#o "e=initiva3 que nos interessa aqui$ )o 1o1ento no estu"a1os as =or1as "e proletaria#o =á>eis "e se re>onBe>ere13 Estu"a1os aquelas3 1uito 1ais i1portantes3 e1 que o >a1pon@s >onserva o seu aspe>to eterior3 1as eer>en"o inteira1ente as =un#Ges "o proletário$ O >a1pon@s que se epatria D leva"o natural1ente a o>upar/se "e traalBos a!rF>olas$ E no lBe =alta1 lu!ares e1 que a popula#o se 1ostra insu=i>iente para essas ativi"a"es$ [á oserva1os no >apFtulo pre>e"ente >o1o =alta1 operários nas re!iGes "a !ran"e lavoura$ A>res>entare1os que o 1es1o o>orre
--N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ nas re!iGes "e eplora#o >a1ponesa "e tipo 1D"io3 Operários a!rF>olas e1 trJnsito so pro>ura"os nas re!iGes 1ais varia"as "a Ale1anBa3 quer sea para o vero3 quer sea si1ples1ente para o te1po "a >olBeita$ Eles se e1pre!a1 no apenas nas provFn>ias orientais3 >o1o ta1D1 nos territHrios renanos3 na +aviera3 no ZWrte1er!3 no S>Blesi!/:olstein$ Cite1os >o1o ee1plo os "eslo>a1entos que se veri=i>a1 na +aviera$ I0reqWente1ente Bá tro>a "e operários entre as re!iGes "e tri!o e as re!iGes "o lpulo$ Estas envia1 seus traalBa"ores para a >olBeita naquelas3 e inversa1ente$ AlD1 "isso3 se!un"o as in=or1a#Ges3 po"e1 ser estaele>i"os os se!uintes 1ovi1entosM a Alta +aviera re>ee operários "urante o vero3 prin>ipal1ente na 0loresta ávara3 1as por sua ve re1ete operários para a Suáia3 "as re!iGes e1 que a >olBeita se =a lo!o >e"o$ )a SuáFa Bá inter>J1io entre a re!io alta e aia$ O Tirol para ali envia3 ta1D13 u1 !ran"e n1ero "e pequenos pastores$ A +aia +avieraM se aprovisiona "e operários "e te1po e1 te1po3 na 0loresta ávara e na +o@1ia3 e envia traalBa"ores3 pelo prao "e u1as seis se1anas3 "o "istrito "e ZilsBo=en para a re!io "e OstenBo=er3 na Dpo>a "a >ei=a3 e "o "istrito "e Strauin! ?s re!iGes "o lpulo nas =ases "e >olBeitas$ Os Bo1ens parte1 "o "istrito "e Zei"en3 no Alto &alatina"o3 para =aer a >ei=a na Alta e na +aia +aviera3 e as 1ulBeres para >olBer o lpulo$ &ara o 1es1o =i13 nas re!iGes "esta >ultura3 o "istrito "e )eusta"t sore o Ais>B envia operários$ Os "istritos "e )eu1arkt e "e Sta"ta1Bo= >onvo>a1 uns pou>os Bo1ens3 u1 !ran"e n1ero "e 1ulBeres e ?s vees 1es1o >rian#as "a parte oriental "o Alto &alatina"o3 "a 0loresta ávara e "a +o@1ia para a >olBeita "o lpulo e "as atatas$ A Alta 0ran>nia3 prin>ipal1ente "o "istrito "e +ayreutB3 re1ete operários para a TurFn!ia e o Sae3 e >Ba1a isola"a1ente3 "as re!iGes 1ontanBosas on"e o tri!o a1a"ure>e 1ais tar"e3 1ulBeres e >rian#as para a >ei=a$ )a (D"ia 0ran>nia Bá u1a !ran"e tro>a "e ra#os entre as onas "o tri!o e as onas "o lpulo$ O "istrito "e :ersru>k atrai u1 !ran"e n1ero "e Bo1ens e 1ulBeres "o Alto &alatina"o e "a +o@1ia3 para >olBeita "o lpulo$ )a +aia 0ran>nia3 a re!io "e O>Bsen=urt e "e S>Bein=urt >onvo>a Bo1ens e 1ulBeres "e RBdn3 "e Spessart e "e O"enal"3 para to"o o perFo"o "a >ei=a "o tri!o e a >olBeita "a atata$ )as !ran"es eplora#Ges >onsa!ra"as ? >ultura "e eterraas3 >ontrata1/se3 na pri1avera3 operários poloneses3 que so e1pre!a"os atD o outono$ O &alatina"o renano3 nas alturas "e Si>kin!en3 para a esta#o "a >olBeita "e atatas3 en!aa prin>ipal1ente 1ulBeres "a parte norte "o "istrito "e :o1ur!3 das aldeias de m6sicos, 1as por sua ve =orne>e operários3 "urante a >ei=a3 ?s re!iGes "e Zor1s e "e OstBo=en3 e "urante o outono3 por >er>a "e seis se1anas3 ate"ores "e !rana ?s >o1unas "o "istrito "e SaarrW>k$ 'ran"es proprietários >ontrata1 ta1D13 a partir "e >erto te1po3 "o 1@s "e aril a nove1ro3 operários "a &rssia OrientalI PerBltnisse "er Lan"areiter3 %%3 pá!s$ --3 -2Q$ &o"erFa1os levar ao in=inito a "es>ri#o "e qua"ros se1elBantes3 e1 to"as as partes "a Ale1anBa$ 0a/se e1 !ran"es propor#Ges a e1i!ra#o "esses operários italianos que traalBa1 "urante o vero na Europa3 e no inverno vo ? Ar!entina3 para a ativi"a"e nos >a1pos Po inverno europeu >orrespon"e ao vero no Be1is=Drio sulQ$ A e1i!ra#o "e >Bineses D ain"a 1ais vasta$ Eles vo3 no por u1a te1pora"a3 ta1D1 no por to"a a vi"a3 1as por al!uns anos3 aos Esta"os Uni"os3 ao Cana"á3 ao (Di>o3 ?s ;n"ias O>i"entais3 ? Austrália3 ?s ilBas "e Son"a$ [á >Be!ara1 ? c=ri>a (eri"ional e realia1 plena1ente o i"eal "os nossos a!rários quanto ao operário n1a"e ale1o$ (as esse traalBo "e an"eos no se li1ita ? a!ri>ultura$ A !ran"e in"stria3 as >i"a"es3 o >o1Dr>io lBes o=ere>e1 re1unera#o 1elBor$ Co1o na a!ri>ultura3 po"e1 en>ontrar aF e1pre!o te1porário e 1es1o / in=eli1ente para os proprietários que "epen"e1 "e assalaria"os / "urante to"o o vero3 >o1o por ee1plo nas >onstru#Ges "e estra"as "e =erro3 "e >anais3 nas pe"reiras3 nas e"i=i>a#Ges "e to"a sorte =eitas nas 1etrHpoles$ Estas propor>iona1 ta1D1 o>upa#Ges para u1 perFo"o 1ais lon!o3 >o1o as "e "o1Dsti>a3 ornaleiros3 >arro>eiros3 et>$ :á 1ais re!iGes e1 que se "esenvolvera1 1o"ali"a"es 1uito parti>ulares "e traalBo n1a"e$ Kuno 0rankenstein =e a >o1uni>a#o se!uinte sore o "eparta1ento "e Ziesa"enM IO "istrito o>i"ental "e ,ill e o resto "o se!un"o "istrito "e Zesteral"3 e a parte "o "istrito "e OerlaBn >on=inante >o1 este lti1o ao noroeste3 t@1 u1 !ran"e e>e"ente "e operários$ Assi13 "eia1 esses lu!ares u1 !ran"e n1ero "e traalBa"ores que se "estina1 aos "istritos in"ustriais "as 1ar!ens "o Reno$ Eles ali =i>a1 "es"e a pri1avera atD o inverno$ Outros para ali se "iri!e1 >o1o 1as>ates$ Sore esta e1i!ra#o3 que pou>o a pou>o to1ou to !ran"e latitu"e3 u1 relatHrio "o "istrito "e Unterestal" nos "á as in=or1a#Ges se!uintes3 1uito si!ni=i>ativasM I)a pri1avera3 as al"eias so per>orri"as pelos Landganger P1as>atesQ3 que re>ruta1 entre os a"ultos "os "ois seos os auiliares "e que t@1 ne>essi"a"e$ Co1 eles3 vo/se3 e1 =evereiro3 para "i=erentes paFses3 para $a :olan"a3 a SuF#a3 a &olnia3 a Sae3 et>$ Os in"ivF"uos en!aa"os re>ee1 nos !ran"es >entros >o1o Leipi!3 as 1er>a"orias que "eve1 ven"er3 a pre#os "eter1ina"os3 para entre!ar e1 se!ui"a o pro"uto "e seus ne!H>ios aos respe>tivos patrGes$ Re>ee1 u1 salário anual3 se!un"o a sua Baili"a"e na ven"a3 "e 899 a N99 1ar>os3 >o1 "espesas pa!as$ E1 !eral retorna1 ao seu paFs pelo )atal >o1 u1 o1 "inBeiro "e >onta"o$
--
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ [á se =e Bá 1uito te1po a oserva#o "e que nas lo>ali"a"es e1 que se re>ruta u1 >erto n1ero "e ven"e"ores a1ulantes "esta espD>ie a situa#o a!rF>ola 1elBora !ra"ativa1ente3 porque os salários "os 1enores so entre!ues aos pais e apli>a"os no interesse >o1u1$ Esse "inBeiro >on>orre para i1pri1ir/se ? eplora#o u1a "ire#o 1elBor3 para a >o1pra "e !a"o3 e1 parti>ular "e va>a3 "e ester>os arti=i>iais que propor>ione1 u1a >olBeita 1elBor3 para alar!a1ento "a proprie"a"e$ O que sora D >olo>a"o nas >aias e>on1i>as$ E1 1uitos lu!ares3 o n1ero "e in"ivF"uos assi1 en!aa"os3 D to vultoso que =i>a1 na re!io natal apenas os ra#os in"ispensáveis$ ,o ponto "e vista =inan>eiro3 esta e1i!ra#o o=ere>e vanta!ens3 1as "o ponto "e vista 1oral3 soretu"o para as 1ulBeres3 apresenta ta1D1 o seu la"o 1auI Jop cit.&&, pá!$ 2Q$ IAs pores al"eias 1ontanBosas "o &alatina"o envia1 "e o1 !ra"o para o estran!eiro3 >o1o m6sicos, os operários proprie"a"e$ O que sora D >olo>a"o nas >aias e>on1i>as$ D pou>o =Drtil$ Os >a1poneses >o1 proprie"a"es "e 8 a N Be>tares se en>ontra1 nu1a situa#o 1iserável3 e re>orre1 =reqWente1ente3 para !anBar a vi"a3 aos traalBos a>essHrios$ )as >o1unas "esse !@nero3 o patro PbQ pro>ura o seu !anBa po e1 paFses estran!eiros$ iaa para lon!e >o1o 1si>o3 >o1o au"ante "e pe"reiro3 1ais rara1ente >o1o "o1Dsti>o$ Os 1si>os !eral1ente so e>on1i>os3 e envia1 no raro 1uito "inBeiro para >asa3 a =i1 "e que a =a1Flia possa viver se1 >ui"a"o3 e1 >on"i#Ges "e a"quirir3 pou>o a pou>o3 u1a pequena proprie"a"e$ A situa#o "os pe"reiros no D "e or"inário to oa$ Os "o1Dsti>os D que aunta1 1enos "inBeiro =ora "e seu paFsI Jop. cit., l&, pá!3 -58Q3 Os operários "e te1pora"a retorna1 re!ular1ente ? re!io natal3 on"e >onsa!ra1 o pro"uto "e seu traalBo ? ativi"a"e a!rF>ola$ pois3 ain"a aqui3 a !ran"e eplora#o3 na >i"a"e >o1o no >a1po3 na a!ri>ultura >o1o na in"stria3 que "á novas =or#as ? pequena$ Outras lBe a"v@1 "os !anBos >onse!ui"os pelo pessoal que e1i!rou "urante u1 >erto te1po$ ,esses itinerantes3 >eliatários e1 sua 1aioria3 ne1 to"os volta1$ (uitos se estaele>e1 "e=initiva1ente no seu novo >entro "e a#o$ (as apesar "isso3 u1 !ran"e n1ero "entre eles re1ete suas e>ono1ias3 >o1o auFlio3 ?s respe>tivas =a1Flias3 que no po"e1 viver "a eplora#o "e suas terras$ ,i/se que na %rlan"a os arren"a1entos "os pequenos >a1poneses so pa!os >o1 os pDs/"e/1eia "os parentes que vive1 na A1Dri>a$ O 1es1o o>orre >o1 os i1postos pa!os por 1uitos "os nossos >a1poneses ale1es$ E3 to"avia3 apesar "a 1isDria "o >a1po3 1uitos torna1 ? ona e1 que nas>era1M a ela volta1 para >asar ou Bailitar/se a u1a Beran#a3 para re>eer a pequena proprie"a"e paterna$ Consi!o trae1 as suas e>ono1ias3$que ali1enta1 "urante al!u1 te1po u1a eplora#o a1ea#a"a "e ruFna3 per1itin"o/lBes a >o1pra "e novas terras3 a aquisi#o "e u1a va>a3 a re=or1a "o >asere "es1antela"o$ &ara os paFses "e i1i!ra#o3 esses operários >onstitue1 u1 ostá>ulo ao pro!resso$ Oriun"os "e u1a re!io 1enos ri>a e atrasa"a "o ponto "e vista e>on1i>o3 t@1 ne>essi"a"es 1enores$ 'eral1ente3 so 1ais i!norantes e su1issos "o que os nativos3 1enos >apaes "e resist@n>ia por se a>Bare1 e1 paFs estran!eiro3 se1 prote#o "a parte "a popula#o3 quase se1pre Bostil aos intrusos e >ua lFn!ua =requente1ente no enten"e1$ )o raro3 >on>orre1 voluntaria1ente para a aia "os salários e a ruptura "as !reves^ "i=i>il1ente parti>ipa1 "e sin"i>atos$ (as esses ele1entos3 entraves ao pro!resso nos paFses a que se "iri!e13 so e>elentes pioneiros "as >onquistas so>iais nos paFses "e on"e sae1 ou para os quais retorna1$ &or 1ais re=ratários que sea1 ? nova at1os=era3 no po"e1 sutrair/se inteira1ente ? sua in=lu@n>iaM a"quire1 novas ne>essi"a"es3 novas i"Dias3 que3 e1ora atrasa"as para a sua pátria a"otiva3 so suversivas e revolu>ionárias para a anti!a$ Os 1es1os ele1entos que era1 aqui os la>aios 1ais =leFveis "a eplora#o e "a opresso torna1/se a>olá insu1issos3 a!entes "a insatis=a#o e "o H"io "e >lasse$ IO alar!a1ento "o Borionte intele>tual / "i >o1 tristea Kaer!er / a 1aior 1oili"a"e "e espFrito3 >ara>terFsti>a "os operários que vo lon!e ? pro>ura "e traalBo3 "eter1ina =requente1ente u1a "i1inui#o sensFvel "o respeito ?s autori"a"es >onstituF"as$ Os Bo1ens se torna1 "esausa"os3 insolentes3 arro!antes3 or!ulBosos3 e >ontriue1 >o1 o seu ee1plo para o relaa1ento "os la#os patriar>ais que3 na 1aioria "as proprie"a"es "o Este3 ain"a eiste1 entre senBores e servi"ores3 e se Bar1onia1 >o1 o esta"o e>on1i>o e so>ialI P,ie Sa>Bsen!n!erei3 pá!$ -79Q$ Assi13 o traalBo no estran!eiro eer>e a 1es1a in=lu@n>ia que o estaele>i1ento "e !ran"es in"strias no 1eio rural$ Ele >onsoli"a a pequena eplora#o3 esse ele1ento pretensa1ente to >onserva"or3 1as ao 1es1o te1po revolu>iona inteira1ente as >on"i#Ges "e eist@n>ia "os pequenos proprietários territoriais "an"o/lBes ne>essi"a"es3 i"Dias na"a rotineiras$ Se se i1a!ina que os si1ples al!aris1os "a estatFsti>a es!ota1 o >onte"o in=inita1ente varia"o "a vi"a so>ial3 Baverá tranqWili"a"e >o1 a leitura "os "a"os re=erentes ?s eplora#Ges3 se!un"o os quais3 e1ora sea !ran"e a evolu#o "as >i"a"es3 no >a1po a situa#o e1 na"a se 1o"i=i>a3 tu"o per1ane>en"o >o1o no passa"o$ (as se pers>ruta1os 1elBor esses al!aris1os3 se1 nos Bipnotiar1os
--6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ pelas rela#Ges eistentes entre a pequena e a !ran"e eplora#o3 sere1os leva"os a outro ul!a1ento3 er/ se/á >erta1ente que as !ran"es e1presas no varia1 "e n1ero3 que no asorve1 as pequenas3 1as que a1as3 !ra#as ao "esenvolvi1ento in"ustrial so=re1 u1a >o1pleta trans=or1a#o$ Essa trans=or1a#o estaele>e >ontato >a"a ve 1ais estreito entre a pequena proprie"a"e territorial e o proletaria"o se1 posses3 aproi1an"o >a"a ve 1ais os interesses "e u1a e "e outra$ (as os resulta"os "a evolu#o e>on1i>a no se restrin!e1 a este =ato$ Ela >ria u1a sDrie "e outros =atores que 1o"i=i>a1 sustan>ial1ente a ess@n>ia "o a!ri>ultura pro"utora "e 1er>a"orias3 isto D3 pro"utora "e u1 e>e"ente para a so>ie"a"e3 %X AS ,%0%CUL,A,ES CRESCE)TES ,A A'R%CULTURA apitalista i1pri1iu ? a!ri>ultura / que3 no =i1 "a Dpo>a =eu"al3 eperi1entara pro=un"a "e>a"@n>ia / u1 pro!resso tD>ni>o i1portante3 !ra#as ? !ran"e eplora#o 1o"erna$ (as vi1os ta1D1 que "esse siste1a "e pro"u#o resulta1 ten"@n>ias >ontrárias ao surto e ao alar!a1ento "a !ran"e eplora#o3 ten"@n>ias que se opGe1 >o1 vi!or3 na or"e1 so>ial vi!ente3 ? sua supre1a>ia no 1eio rural$ %sto i1pe"e3 por >onse!uinte3 que o >ultivo "o solo atina o !rau eleva"o a que po"e >Be!ar3 "a"as as >on"i#Ges atuais$ Essas ten"@n>ias entrava"oras po"e1 1es1o3 ao =avore>ere1 a =ra!1enta#o "a terra3 a>arretar u1 retro>esso "a a!ri>ultura / "o ponto "e vista tD>ni>o$ (as no D apenas li1itan"o a !ran"e eplora#o que o 1o"o "e pro"u#o >apitalista preu"i>a a a!ri>ultura$ A ren"a territorial i!ual1ente a 1aniata$ [á assinala1os3 1ais "e u1a ve3 que o pre#o "e >o1pra "o solo D3 e1 ess@n>ia3 a ren"a territorial3 >apitalia"a$ 0ala1os aqui apenas "o pre#o "o solo3 no "o pre#o "e u1a en=eitoria rural$ O pre#o "os e"i=F>ios3 "os 1Hveis3 "os instru1entos e ani1ais D "eter1ina"o e1 lti1a instJn>ia3 >o1o "e to"as as outras 1er>a"orias3 pelo te1po "e traalBo so>ial1ente ne>essário ? sua pro"u#o$ U1 >apitalista in"ustrial "eve3 ta1D13 pa!ar ren"a territorial ou >o1prar o solo$ (as o pre#o "este apenas >onstitui u1a parte restrita "a so1a "e "inBeiro a"ianta"a para a pro"u#o$ O>orre >oisa "iversa na a!ri>ultura$ O que se >Ba1a >apital =un"iário3 isto D3 a ren"a territorial >apitalia"a3 >onstitui a parte 1ais >onsi"erável "a so1a "e "inBeiro que o a!ri>ultor "eve =orne>er quan"o >ultiva as suas terras para =ins lu>rativos$ )as eplora#Ges "e super=F>ie 1D"ia e nas !ran"es eplora#Ges "a Europa Central3 on"e "o1ina a a!ri>ultura >o1 estaula#o per1anente3 o >apital que se e1pre!a no representa e1 !eral3 seno 2 a 88g "o pre#o "o solo3 1as po"e "es>er atD -g3, e suir atD N9g, se!un"o a intensi"a"e "a >ultura$ O 1ontante "o >apital "a eplora#o se eleva e1 1D"ia a N-9 1ar>os por Be>tare no reino "e Sae3 sen"o o pre#o "e >o1pra 1D"io "as proprie"a"es "e -$589 1ar>os PKRAE(ER$ no 'olts>Bes :an"u>B3 %$ pJ!s$ 2/25$ e KRA0T3 +etrisleBre3 pá!s$ 7/69$Q$ +u>Bener!er >ita o ee1plo "e u1 aasta"o >a1pon@s a"ense3 >ua proprie"a"e te1 o valor "e N6$288 1ar>os3 valen"o os seus 1Hveis 6$729 1ar>os P-N32gQ3 os e"i=F>ios $N79 1ar>os P--35 g Q3 e o solo3 ao >ontrário3 88$528 1ar>os P83N g QP+eurli>B *ustn"e3 %%%3$ pJ!$ 2N5Q$ ,o >apital total e1pre!a"o3 u1 quarto apenas D ativo na pro"u#o$ $ O >a1pon@s sH po"e3 pois3 apli>ar3 >o1o ele1ento ativo na eplora#o3 u1a =ra#o 1Fni1a "o seu >apital$ A 1aior parte "este3 "ois ter#os ou tr@s quartos ele pa!a ao proprietário anterior para ter o "ireito "e e1preen"er a sua >ultura$ Esta pois3 será se1pre 1enor ou 1enos intensiva "o que o po"eria ser3 "a"o o >apital posto a sua "isposi#o$ $ (as >o1o os Bo1ens práti>os3 >ontraria1ente aos teHri>os3 pre=ere13 nos li1ites in"i>a"os a>i1a3 para u1a %"@nti>a apli>a#o "e =un"os3 u1a proprie"a"e 1aior3 1es1o Bipote>a"a3 a u1a 1enor "e Bipote>as3 1uito rara1ente o a!ri>ultor pa!a a sua terra ? vista$ Ele >onsi"era quase to"o o >apital ao seu "ispor >o1o u1 >apital "e eplora#o3 e "eter1ina3 se!un"o o seu vulto3 a etenso "a proprie"a"e que "esea a"quirir$ )o pa!a a terra3 ou sH lBe pa!a u1a pequena parte$ 0i>a "even"o o pre#o "o solo3 >ua posse per1ane>e Bipote>a"a$ %sto si!ni=i>a que o >o1pra"or se ori!a a pa!ar a ren"a territorial ao >re"or Bipote>ário3 o ver"a"eiro possui"or "o solo$ $ ,esta 1aneira3 >a"a 1u"an#a "e proprietário "a terra D =ator "e en"ivi"a1ento$ (as se Bá ea!ero e1 supor1os que a 1u"an#a "e "ono sea a ni>a =onte "e en"ivi"a1ento "a proprie"a"e territorial3 e que a ne>essi"a"e "e aper=ei#oa1ento no 1ere#a re!istro a este respeito3 no D 1enos
--
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ver"a"e que D ela a >ausa 1ais po"erosa "o au1ento "o nus Bipote>ário$ )os lu!ares e1 que reina o siste1a "e arren"a1ento3 o e1presário a!rF>ola po"e >onsa!rar o seu >apital e>lusiva1ente ? eplora#o$ )esse siste1a3 a a!ri>ultura po"e revestir/se inteira1ente "o >aráter >apitalista$ A eplora#o pelo arren"a1ento D a =or1a >lássi>a "a a!ri>ultura >apitalista$ Ao 1es1o te1po que per1ite o e1pre!o inte!ral$ "o >apital "a e1presa o siste1a "e arren"a1ento o=ere>e ain"a a vanta!e1 "e propor>ionar ao proprietário =un"iário a possiili"a"e "e es>olBer >o1o ren"eiros3 os >on>orrentes 1ais Báeis e >o1 re>ursos 1ais >onsi"eráveis$ Ao >ontrário3 no siste1a "e eplora#o pelo prHprio "ono3 o a>aso "as su>essGes D que "eter1ina3 1uitas vees3 a pessoa "o a!ri>ultor$ %sto no o=ere>e !ran"es in>onvenientes no >aso "a pequena eplora#o$ A eplora#o >a1ponesa D se1pre rotineira e si1plista$ Os =ilBos "os lavra"ores "eve1 traalBar "es"e ove1 na a!ri>ultura e a"quire1 e1 "epressa a eperi@n>ia ne>essária$ :á3 evi"ente1ente3 "i=eren#as entre as apti"Ges "os >a1poneses3 1as so 1Fni1as3 e pou>o in=lue1 na "iretri "a lavoura$ Coisa "iversa o>orre na !ran"e eplora#o$ Trata/se "e u1 or!anis1o >o1pli>a"o3 >ua "ire#o ei!e >onBe>i1entos práti>os e >ientF=i>os3 tanto quanto u1a sDria instru#o >o1er>ial$ (as a >lasse "os !ran"es proprietários territoriais a"quire !ra"ativa1ente3 no "e>urso "a evolu#o >apitalista as ne>essi"a"es e !ostos "a !ente "a >i"a"e$ Esta os atrai >a"a ve 1ais$ na >i"a"e que os seus =ilBos so e"u>a"os$ E no se e"u>a1 nos >onBe>i1entos a!rF>olas3 >o1o os =ilBos "os >a1poneses3 1uito natural1ente3 >res>en"o$ )a >i"a"e no re>ee1 u1a sHli"a instru#o e>on1i>a e >o1er>ial$ AlD1 "isso3 apesar "e sua esta"a nas >apitais3 o !ran"e proprietário territorial per1ane>e pro=un"a1ente li!a"o ?s tra"i#Ges "e =eu"alis1o$ na Corte e no EDr>ito que se =or1a1 os Ber"eiros "os !ran"es senBores "o >a1po$ 0reqWente1ente o a>aso "o nas>i1ento =a u1 a!ri>ultor "e u1 1o#o >uos estudos, realia"os prin>ipal1ente nos pra"os "e >orri"as ou nos restaurantes3 "everia1 "iplo1ar antes u1 o1 !ar=o ou u1 sportman. Ele no será o Bo1e1 natural1ente in"i>a"o para "e1onstrar na práti>a a superiori"a"e "a !ran"e sore a pequena proprie"a"e$ (as o seu "o1Fnio po"e 1uito e13 soretu"o quan"o a ren"a territorial soe3 1ant@/%o "urante 1uito te1po ? tona "á!ua e se1 peri!o "e nau=rá!io$ Coisa "iversa o>orre >o1 o arren"atário$ A ren"a territorial no o au"a a sal"ar o d5icit "a e1presa$ )o po"e3 1uito 1enos3 salvar/se 1e"iante o en"ivi"a1ento "a proprie"a"e$ To"os os anos te1 "e pa!ar pontual1ente o seu arren"a1ento$ &o"ere1os in"a!ar qual sea o arren"atário 1ais >apa$ apa3 se epGe lo!o ? an>arrota$ A >on>orr@n>ia D 1ais áspera entre eles "o que entre os a!ri>ultores que so "onos "o prHprio solo$ E >o1o3 alD1 "isso3 no a"quire1 a terra3 e ?s vees ne1 1es1o os e"i=F>ios3 po"e1 >onsa!rar to"o o seuM >apital ? eplora#o$ Assi13 >o1 u1 >apital "a"o3 >ultiva1 a 1aior super=F>ie possFvel "a 1aneira 1ais intensiva$ O siste1a "e arren"a1ento se revela3 pois3 entre os 1o"os "e pro"u#o >apitalista3 o que propor>iona pro"uto lFqui"o 1ais eleva"o$ (as tal siste1a te1 ta1D1 os seus la"os 1aus$ "o 1aior interesse para o arren"atário retirar "o solo o 1aior lu>ro possFvel$ Suas >on"i#Ges so as 1elBores para >onse!ui/lo$ )o te13 >ontu"o3 interesse e1 que esse lu>ro sea >onstante3 e 1uito 1enos quan"o o seu >ontrato D "e >urto ven>i1ento$ ontrato respe>tivo po"e ser estipula"a a proii#o "e u1a >ultura que preu"ique e etenue a terra$ ,e =ato3 os >ontratos "e arren"a1entos >ont@13 a este respeito3 >láusulas 1uito 1inu>iosas3 1as o 1ais que >onse!ue oter D a restitui#o "a e1presa no !rau "e aper=ei#oa1ento e1 que se en>ontrava antes$ O pro!resso3 alD1 "esse !rau3 no D possFvel pelo siste1a "e arren"a1ento3 o arren"atário no te1 interesse e1 1elBorar os 1Dto"os "e >ultura3 ne1 e1 eperi1entar novos3 pois >usta1 1uito "inBeiro no inF>io e os seus ons resulta"os sH se =ae1 sentir3 ao 1enos e1 parte3 apHs o tDr1ino "o >ontrato$ Tais ini>iativas3 quan"o e1preen"i"as3 "eter1ina1 u1a 1aora#o "o pre#o "o arren"a1ento$ Elas no au1enta1 o lu>ro "o arren"atário3 1as a ren"a =un"iária$ O a!ri>ultor que alu!a a terra3 pois3 no =ará esses 1elBora1entos se no estiver >erto "e po"er re>uperar3 "urante o perFo"o "e seu >ontrato3 o >apital que e1pre!ou3 e 1ais os uros respe>tivos$ ontrato3 tanto 1ais propF>io será o siste1a "e arren"a1ento aos pro!ressos "a a!ri>ultura$ (as quan"o a ren"a =un"iária soe3 os proprietários territoriais te1 os 1elBores raGes "o 1un"o para estipular os 1ais >urtos arren"a1entos possFveis$ &ara eles3 D este o 1elBor 1eio "e e1olsar o pro"uto inte!ral "a ren"a =un"iária e1 as>enso$ Assi13 no siste1a "e arren"a1ento3 >o1o no siste1a "e eplora#o pelo prHprio "ono3 a ren"a =un"iária >onstitui u1 sDrio ostá>ulo ? a!ri>ultura ra>ional$ O "ireito "e su>esso no representa ostá>ulo 1enor$
--7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _
3N O direito de sucessão Os la#os =eu"ais3 que entravava1 tanto a a!ri>ultura >o1o a in"stria3 tinBa1 ne>essaria1ente que ser ro1pi"os$ O "esenvolvi1ento ulterior "a a!ri>ultura sH po"eria ser =a>ilita"o pela intro"u#o "a proprie"a"e priva"a asoluta "a terra3 pela supresso no apenas "os privilD!ios "e Esta"o3 >o1o "os privilD!ios "e nas>i1ento$ A so>ie"a"e ur!uesa re>la1a no apenas a i!ual"a"e "e to"os os >i"a"os perante a lei3 1as ta1D1 a i!ual"a"e "e to"os os =ilBos "a =a1Flia$ Ela "esea que a =ortuna paterna sea "istriuF"a se1 pre=er@n>ia entre eles$ (as essas leis3 que tivera1 por e=eito ini>ial u1 surto rápi"o "a a!ri>ultura3 no tar"ara1 a o=ere>er3 por sua ve3 novos entraves$ $ A partilBa "a =ortuna paterna >onstitui u1 ostá>ulo sDrio ? reunio "e u1 >erto n1ero "e >apitais nu1a ni>a 1o$ (as a >on>entra#o "o >apital no D apenas resultante "a >entralia#o "e anti!os3 1as ta1D1 "a a>u1ula#o "e novos >apitais$ Este lti1o pro>esso D to =orte que a >on>entra#o "o >apital realia pro!ressos rápi"os3 apesar "as >ontFnuas su"ivisGes "e Beran#as$ )a proprie"a"e territorial no o>orre =en1eno >orrespon"ente ? a>u1ula#o "e novos >apitais$ %sto3 ao 1enos3 nos velBos paFses a!rF>olas3 on"e no Bá u1a par>ela "e >Bo que no tenBa o seu "ono$ (as sae1os que a >entralia#o "a proprie"a"e territorial en>ontra "i=i>ul"a"es 1uito 1ais sDrias que a >entralia#o "e >apitais$ A "iviso "e Beran#as "eve "eter1inar no 1ais alto !rau a =ra!1enta#o >res>ente "essa proprie"a"e$ (as3 por 1ais que a situa#o urF"i>a possa atuar sore a vi"a e>on1i>a3 e1 lti1a instJn>ia D se1pre esta lti1a que eer>e o papel "e>isivo$ O par>ela1ento "a proprie"a"e territorial sH se realia on"e a situa#o e>on1i>a o per1ite3 situa#o essa que á in"i>a1os no >apFtulo pre>e"ente$ (as on"e quer que sea o >aso3 a su"iviso "as Beran#as se 1ani=esta >o1o =ator ativo no senti"o "essa evolu#o$ Ao >ontrário3 on"e a terra sirva ? pro"u#o para o 1er>a"o3 e no para o lar3 on"e3 por >onse!uinte3 a >on>orr@n>ia atue3 on"e a !ran"e proprie"a"e se 1ostre superior ? pequena e o par>ela1ento "o solo a>arrete in>onvenientes i1e"iatos e visFveis a olBo nu / por ee1plo3 on"e "o1ine o plantio "e tri!o e o a!ri>ultor no possa apelar para o traalBo a>essHrio / aF a su"iviso "os ens in natura sH se realia >o1 "i=i>ul"a"e nas su>essGes3 e rara1ente "e 1o"o "urável$ Ela se =a >o1 1aior =reqW@n>ia "e 1aneira a "ar a u1 "os Ber"eiros a proprie"a"e in"ivisa3 >o1 o >o1pro1isso "e pa!ar as partes respe>tivas aos >o/%e!atários$ (as >o1o e1 !eral no possui o >apital ne>essário para tanto3 Baitual1ente Bipote>a a terra$ O pa!a1ento "os >o/%e!atários se torna3 assi13 u1a =ortuna parti>ular "e >o1pra "os ens "e que á =ala1os3 e=etua"o por u1 >apital insu=i>iente$ (as esta transa#o D i1posta nas Beran#as3 e "e tal 1o"o que3 "e !era#o a !era#o3 se pro>essa >o1o ne>essi"a"e natural$ O "ireito "e su>esso =a >o1 que o Ber"eiro re>ea a sua eplora#o en"ivi"a"a a priori =or#an"o/o a >onsa!rar os seus lu>ros no ? a>u1ula#o "e >apitais ou ao 1elBora1ento "e suas terras3 1as ao pa!a1ento "e suas "Fvi"as Bipote>árias$ E "epois "e livrar/se "os >o1pro1issos3 o seu su>essor se en>ontrará na 1es1a situa#o3 e3 o que D pior3 >o1 "ivi"as ain"a 1ais vultosasI se nesse intervalo "e te1po a ren"a territorial Bouver sui"o e Bouver au1enta"o o valor "a terra$ O au1ento "o pre#o "a terra >onstitui u1a vanta!e1 para os que "eia1 a a!ri>ultura e ven"e1 as suas proprie"a"es$ )o >onstitui vanta!e1 para os que se torna1 lavra"ores3 aos que >o1pra1 ou Ber"a1 u1 "o1Fnio$ )a"a 1ais =also "o que ul!ar1os "e interesse "a a!ri>ultura o au1ento "o pre#o "o solo ou a sustenta#o "e u1a alta "esse pre#o por 1Dto"os arti=i>iais$ S@/%o/o para os proprietários transitHrios3 para os an>os Bipote>ários3 os espe>ula"ores "e terras3 1as no para a a!ri>ultura3 e 1uito 1enos para o seu =uturo3 para a i1e"iata !era#o "e lavra"ores$ A =ra!1enta#o3 ou as responsaili"a"es >res>entes "as proprie"a"es rurais / tal se apresenta a alternativa e1 que se en>ontra1 os >a1poneses e1 virtu"e "o "ireito "e su>esso ur!u@s$ E1 1uitos paFses3 parti>ular1ente na 0ran#a3 a popula#o rural pro>ura eva"ir/se a esta alternativa pelo sistema dos dois 5il/os. \ se1 "vi"a u1 1eio "e se evitare1 os in>onvenientes á assinala"os "o atual "ireito "e su>esso3 1as u1 1eio que3 >o1o to"os os "e1ais "estina"os a auiliare1 a a!ri>ultura3 provo>a reper>ussGes "anosas sore o >onunto "a so>ie"a"e$ A so>ie"a"e >apitalista te1 ne>essi"a"e3 para "esenvolver/se3 "e u1 >res>i1ento >onsi"erável "a popula#o$ O Esta"o e1 que o au1ento "e ra#os operários se veri=i>a 1uito lenta1ente =i>a na raeira na luta "e >on>orr@n>ia entre as na#Ges >apitalistas$ Corre3 "e resto3 o ris>o "e per"er a sua =or#a polFti>a e1 =a>e "os paFses rivais$ [á no po"erá 1eter na alan#a o po"erio 1ilitar ne>essário po"erio que "epen"e3 antes "e tu"o3 >o1o se sae3 "o n1ero "as uni"a"es "e >o1ate$
--5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ )a 0ran#a on"e o sistema dos dois 5il/os, !eral1ente pre"o1ina3 este no teve apenas3 >o1o >onseqW@n>ia3 u1a "i1inui#o relativa "o po"erio 1ilitar "o paFs Pa popula#o sH au1entou3 "e -72 a -7523 "e 2 1ilBGes3 passan"o "e 86 a 87 1ilBGes3 e "epois "e -7763 "e quase na"a^ na Ale1anBa3 ao >ontrário "urante o 1es1o perFo"o3 au1entou "e 5 1ilBGes3 passan"o "e N- a 9 1ilBGesQ$ Os >apitalistas entrara1 a >ontratar no estran!eiro / +Dl!i>a3 %tália3 Ale1anBa3 SuF#a / os operários que a 1assa a!rF>ola á no =orne>ia$ E1 -7-3 sH se >ontava1 na 0ran#a 879$999 estran!eiros3 - >entDsi1o "a popula#o^ e1 -75-3 -$-89$9993 8 >entDsi1os$ )o i1pDrio ale1o ao >ontrário3 sH Bavia e1 -759 -7$-9 estran!eiros3 - >entDsi1o "a popula#o$ O que po"e resultar "e 1elBor "o sistema dos dois 5il/os D3 pois3 u1 "esa=o!o "a proprie"a"e territoria% e1 "etri1ento "o po"erio 1ilitar e "a ativi"a"e in"ustrial "a na#o$ Os esta"istas e os e>ono1istas =ran>eses no >r@e1 asoluta1ente na e=i>á>ia "esse 1Dto"o para salvar a a!ri>ultura$ cN ideicomisso e XAner3enrec/t A 0ran#a D o paFs e1 que a Revolu#o varreu pela ase a so>ie"a"e e o "ireito "e Beran#a =eu"ais$ )a %n!laterra e na Ale1anBa3 a !ran"e proprie"a"e territorial3 ao >ontrário3 >onservou para si u1 lu!ar i1portante na prHpria so>ie"a"e ur!uesa$ %sto se 1ani=esta 1uito parti>ular1ente nessa =or1a "e su>esso que os !ran"es proprietários se reservara13 ao 1enos para os 1ais =avore>i"os "entre eles / o =i"ei>o1isso$ 'ra#as ao =i"ei>o1isso3 u1a terra3 e1 lu!ar "e ser a proprie"a"e "e u1 sH3 torna/se a proprie"a"e >oletiva "e u1a =a1Flia$ Apenas u1 "e seus 1e1ros3 "e or"inário o =ilBo 1ais velBo "o testa"or3 a "es=ruta3 1as no po"e aliená/%a3 ne1 re"uF/%a$ Seus ir1os e ir1s sH t@1 "ireitos i!uais aos seus e1 rela#o ? =ortuna 1Hvel "o testa"or3 sen"o e>luF"os "a proprie"a"e =un"iária su1eti"a ao re!i1e "o =i"ei>o1isso$ ,es"e o >o1e#o "a >rise a!rária3 o n1ero "os =i"ei>o1issos au1entou >onsi"eravel1ente na &rssia$ Se!un"o Conra"3 nas sete provFn>ias orientais "o pais3 o seu n1ero assi1 se elevou perFo"o AtD o sD>ulo X%X -799/-79 -7-/-769 -76-/-79 -7-/-779 -77-/-776
) "e =i"ei>o1issos -8 2 N6 86 79 -8
)o espa#o "e -6 anos3 a partir "e -7-3 instituiu/se u1 n1ero "e =i"ei>o1issos 1aior que o "os 9 anos anteriores$ E esse 1ovi1ento >ontinua$ )o 1o1ento e1 que se i1pri1e1 estas linBas3 a i1prensa nos in=or1a que na &rssia3 e1 -7563 =ora1 instituF"os -8 novos =i"ei>o1issos3 e 5 e1 -75$ >laro que tais ee1plos no prova13 "e =or1a al!u1a3 solicitude pela agricultura, 1as soli>itu"e por al!u1as =a1Flias aristo>ráti>as$ U1a varie"a"e >a1ponesa "o =i"ei>o1isso D o Aner3enrec/t, que no estaele>e to =orte1ente a proprie"a"e >o1u1 e "eia ao possui"or3 que "ela "ispGe3 1aior lier"a"e "e 1ovi1ento$ Esta no >Be!a3 >ontu"o3 a autoriar a partilBa "a su>esso$ E1 1uitas re!iGes "a Ale1anBa e "a custria e1 que pre"o1ina a !ran"e proprie"a"e >a1ponesa3 esse "ireito se >onservou3 se no na lei3 ao 1enos nos >ostu1es$ )estes lti1os te1pos 1uitas "isposi#Ges le!ais >onsoli"ara1 essa tra"i#o3 e "eve1 "ar/lBe =un"a1ento urF"i>o3 pois os polFti>os e os e>ono1istas >onserva"ores v@e1 nela u1a "as 1ais =ortes "e=esas "a >lasse >a1ponesa3 esse lti1o aluarte "a proprie"a"e in"ivi"ual$ $ )o Bá "vi"a para nHs "e que o Aner3enrec/t no >onse!ue a=astar "a proprie"a"e territorial os peri!os >o1 que a "iviso "as Beran#as a a1ea#a3 ao 1enos on"e se intro"uiu3 no "e 1aneira tF1i"a3 1as "e 1o"o nFti"o$ Ele preu"i>a3 porD13 os que tinBa1 parte no le!a"o3 salvan"o a terra >a1ponesa e1 "etri1ento "a 1aioria "a popula#o rural^ res!uar"a a proprie"a"e priva"a3 1as >on=is>a os "ireitos "os que "evia1 Ber"ar^ levanta u1 "ique >ontra o proletaria"o3 au1entan"o o n1ero "os proletários$ )o >aso "a !ran"e proprie"a"e =un"iária atin!i"a pelo =i"ei>o1isso3 a "eser"a#o dos =ilBos 1ais
-29
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ novos3 >o1o D prati>a"a na %n!laterra3 no te1 !ran"e i1portJn>ia$ A %!rea3 o EDr>ito3 a A"1inistra#o3 o=ere>e1 aos ovens nores preu"i>a"os3 u1 n1ero astante "e sine>uras e1 pa!as$ )a"a "e pare>i"o o>orre >o1 o >a1pon@s$ Este no te1 in=lu@n>ia su=i>iente sore o Esta"o e sore a %!rea para >olo>a#o "e seus =ilBos$ O Aner3enrec/t "eter1ina ain"a3 "e outra 1aneira3 a proletaria#o "a popula#o rural3 e isto na 1e"i"a e1 que se aproi1e "o =i"ei>o1isso "e =a1Flia3 isto D3 na 1e"i"a e1 que se oponBa ? =ra!1enta#o e en"ivi"a1ento "a terra3 e1 virtu"e "a "iviso "a Beran#a$ Ele =ortale>e as ten"@n>ias ? >entralia#o "o solo 1uito 1ais "o que as ten"@n>ias ao par>ela1ento$ &or >onse!uinte3 se per1ite o alar!a1ento "a eplora#o3 se per1ite que se ra>ionalie3 i!ual1ente a=asta "a !lea u1 !ran"e n1ero "e pequenos proprietários3 outrora presos ao >Bo e1 que nas>era1$ O Aner3enrec/t no =oi =eito para os pequenos >a1ponesesM a tra"i#o e a lei o "e1onstra1$ SH será u1 entrave para eles$ A sua prosperi"a"e passa a "epen"er >a"a ve 1enos "a sua proprie"a"e territorial3 e >a"a ve 1ais "o "inBeiro !anBo por vias paralelas$ O Aner3enrec/t prote!e o !ran"e >a1pon@s$ )a custria sH se apli>a ?s terras "e super=F>ie 1D"ia^ no (e>kle1ur!3 ?s terras triuta"as no 1Fni1o e1 8 alqueires e 1eio^ e1 +re1en3 ?s terras no 1Fni1o "e 9 Be>tares^ na Zest=ália e no +ran"eur!3 ?s terras >uo i1posto tenBa u1 ren"i1ento lFqui"o no 1Fni1o "e 1ar>os3 et>$ O Aner3enrec/t "o !ran"e >a1pon@s no proletaria apenas os seus ir1os e ir1s 1ais novos e seus =ilBos 1ais ovens^ ten"e ta1D1 a proletariar os seus Bu1il"es viinBos$ (as >o1 isto3 =o1enta ta1D1 a e1i!ra#o para a >i"a"e3 o "espovoa1ento "o >a1po3 >ontrapon"o/se3 portanto3 ao "esenvolvi1ento "e u1a a!ri>ultura ra>ional$ Eis o que nos D >o1uni>a"o a respeito "e >ertas lo>ali"a"es "e :esse on"e está e1 vi!@n>ia esse "ireito$ :á anos ali se sente3 quase que "e =or1a !eral3 a =alta "e traalBa"ores$ A e1i!ra#o3 "essas re!iGes para os paFses in"ustriais3 "e 1o#os e "e Bo1ens váli"os se1 posses3 D 1uito a1pla$ As 1ulBeres e as >rian#as =i>a1 sHs3 assi1 >o1o os velBos3 e D entre eles que os a!ri>ultores / >a1poneses e !ran"es >ultiva"ores "eve1 re>rutar o seu pessoal PerBltnisse "er Lan"areiter3 %%3 pá!$ 288Q$ %sto D 1uito 1ais ver"a"eiro ain"a quanto ao =i"ei>o1isso3 >o1o >ausa3 e "as 1ais =ortes3 "e >ria#o e epanso "os lati=n"ios$ ,e resto3 D asoluta1ente =also a=ir1ar que3 na !ran"e proprie"a"e3 a ten"@n>ia ? "es>entralia#o prevale>e3 e que apenas ostá>ulos arti=i>iais po"e1 ser/lBe >ontrapostos$ )os lu!ares e1 que a pro"u#o a!rF>ola para o 1er>a"o pre"o1ina apare>e13 su>essiva e si1ultanea1ente3 a ten"@n>ia >entralia"ora e a ten"@n>ia "es>entralia"ora$ )as provFn>ias orientais "a &rssia3 BavFa3 se!un"o Conra"3 no =i1 "o lti1o sD>ulo3 2$N57 parti>ulares possuin"o 1ais "e -$999 Be>tares3 ao to"o N$67N$2N Be>tares$ ,estes 2$N57$897 era1 =i"ei>o1issos3 >o1 u1a área total "e -$2536-8 Be>tares3 1ais ou 1enos u1 quarto "a super=F>ie a>i1a "e -$999 Be>tares3 )a 0ran#a no Bá =i"ei>o1isso3 e apesar "isso a !ran"e proprie"a"e se "esenvolve e1 propor#Ges 1aiores que na Ale1anBa$ )este paFs3 os proprietários "e 1ais "e 9 Be>tares o>upava13 e1 -753 8236g "e super=F>ie total eplora"a pela a!ri>ultura$ )a 0ran#a3 e1 -7523 as eplora#Ges "e 1ais "e N9 Be>tares o>upava1 N839g$ %n=eli1ente na estatFsti>a =ran>esa as eplora#Ges "e 1ais "e N9 Be>tares sH so >lassi=i>a"as se!un"o o seu n1ero e no se!un"o a sua super=F>ie$ >ara>terFsti>o que sea1 pre>isa1ente as eplora#Ges 1aiores as que apresente1 au1ento nu1Dri>o 1ais pronun>ia"o$ Contava1/seM Eplora#Ges ,e 1ais "e N9 Be>tares ,e N9 a -99 Be>tares ,e 1ais "e -99 Be>tares ,e 1ais "e 899 Be>tares
-772 -N2$999 --8$999 25$999 2$999
-752 -85$999 -96$999 88$999 N$999
Au1ento PmQ ou ,i1inui#oP/Q / 8$999 / $999 m N$999 m 2$999
A ri!or3 D esta u1a estatFsti>a "a eplora#o no "a proprie"a"e$ (as a ten"@n>ia !eral ne1 por isso "eia "e 1ani=estar/se$ A estatFsti>a "as proprie"a"es sH po"e revelar >entralia#o 1ais >onsi"erável no u1a >entralia#o 1enor que a "as eplora#Ges$ (as se no D eato que apenas a !arantia "o =i"ei>o1isso aste para pro"uir a !ran"e proprie"a"e territorial3 D >ontu"o >erto3 ao 1enos3 que ela =avore>e no 1ais alto !rau a =or1a#o e "esenvolvi1ento "esta lti1a$ Assi13 >ria as >on"i#Ges preli1inares "a passa!e1 ? =or1a 1ais eleva"a "e que D sus>etFvel a a!ri>ultura no siste1a "a pro"u#o >apitalista$
-2-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ A !ran"e etenso "os lati=n"ios propor>iona a >a"a u1a "e suas eplora#Ges a super=F>ie e a =or1a 1ais a"equa"as ao seu "estino parti>ular$ &or i!ual 1otivo po"e1 =un"ir/se "i=erentes eplora#Ges nu1 or!anis1o e>on1i>o ni>o3 a"1inistra"o "e 1aneira 1etH"i>a$ &or outro la"o3 o =i"ei>o1isso =a>ilita a a>u1ula#o "e >apital e estaele>e as >on"i#Ges para u1a >ultura 1ais intensiva3 alivian"o a eplora#o "os >o1pro1issos que a "iviso "as Beran#as a>arreta$ Se!un"o o levanta1ento "e -7783 e1 N2 ailia"os prussianos a "Fvi"a Bipote>ária era a se!uinte para u1 pro"uto lFqui"o "o i1posto territorial "e u1 táler Pse1 "e"u#o "o valor "os e"i=F>ios Bipote>a"osQ M
&roprie"a"es "e =i"ei>o1issos e "e =un"a#Ges 29389 1ar>os
&roprie"a"es >o1 pro"uto lFqui"o "o i1posto territorial ,e 1ais "e 99 táleres
,e -99 a 99 táleres
,e 89 a -99 táleres
7N3N9
N3-9
6329
A se!uran#a "a proprie"a"e parti>ular =i"ei>o1issHria propor>iona to"a sorte "e pro!ressos =o1entan"o i!ual1ente o surto "o arren"a1ento$ Este prospera soretu"o nos lu!ares on"e o arren"atário se >onven>e "e que no será lesa"o nos seus "ireitos por u1a 1uta#o "e proprie"a"e ou pela insolvaili"a"e "e u1 terratenente$ )o D3 pois3 por a>aso que o lati=n"io !aranti"o pelo =i"ei>o1isso pro"uiu as "uas =or1as 1ais altas "a a!ri>ultura >apitalista3 o arren"a1ento na %n!laterra e a eplora#o/1onstro3 1e"iante a =uso3 "e 1uitos "o1Fnios nu1 ni>o3 na custria$ (as3 e1ora esta =or1a asse!ure3 1ais "o que qualquer outra3 a possiili"a"e "a 1ais per=eita eplora#o >apitalista3 D pre>isa1ente o lati=n"io !aranti"o pelo =i"ei>o1isso3 >ontu"o3 que 1ais se eva"e ? ne>essi"a"e "a >ultura 1ais ra>ional possFvel$ E se eva"e3 antes "e 1ais na"a3 porque o seu proprietário no D =or#a"o a "e=en"er a sua terra >ontra a >on>orr@n>ia$ )o so1os "os que i"enti=i>a1 a >on>orr@n>ia no 1er>a"o >o1 a luta pela vi"a3 e v@e1 nela u1a ne>essi"a"e natural$ U1a >erta rivali"a"e entre os 1e1ros "a so>ie"a"e e a sele#o "os 1ais >apaes so >erta1ente >on"i#o in"ispensável "e qualquer pro!resso so>ial$ CBe!a1os a a=ir1ar que D in"ispensável3 a =i1 "e que se >onserve1 as posi#Ges >onquista"as$ (as será errneo a=ir1ar1os que a eist@n>ia "e u1a so>ie"a"e so>ialista no se >on>ilie >o1 esta rivali"a"e e esta sele#o$ Supri1ir as "i=eren#as entre as várias >lasses3 i!ualar as suas >on"i#Ges "e vi"a3 no si!ni=i>a1 a supresso "e to"as as outras "i=eren#as so>iais que po"e1 atuar sore os in"ivF"uos e esti1ulá/los$ assi1 que ve1os Boe3 por ee1plo3 no interior "e u1 sin"i>ato operário >uos 1e1ros no se "istin!ue1 por u1a "iversi"a"e "e >lasse3 >uo standard o5 li5e D o 1es1o3 "i=eren#as na autori"a"e3 no po"erio3 no !@nero "e ativi"a"e "e >a"a qual3 e por >onse!uinte u1a e1ula#o e u1a sele#o na es>olBa "os que so >Ba1a"os a representar ou a a"1inistrar a enti"a"e$ Essas "i=eren#as sH po"eria1 alar!ar/se no or!anis1o 1ais >o1pleo que seria a 1o"erna so>ie"a"e so>ialista$ +e1 lon!e "e3 nas >on"i#Ges "a vi"a3 a i!ual"a"e supri1ir a e1ula#o e i1possiilitar a es>olBa "os 1ais >apaes para os postos 1ais altos e "i=F>eis3 po"e1os "ier que >on"i>iona tanto u1a >o1o outra$ U1a >orri"a "e >avalos que partisse1 "e lu!ares "i=erentes seria u1 asur"o$ O 1es1o o>orre nu1 >on>urso entre in"ivF"uos que no se a>Be1 >olo>a"os nas 1es1as >on"i#Ges$ A es>olBa "os 1ais aptos3 por >onse!uinte3 sH po"e ser =eita entre pessoas que se en>ontre1 na 1es1a situa#o$ Esta e1ula#o e esta sele#o no so a >on>orr@n>ia3 >o1o a enten"e1 os e>ono1istas ur!ueses$ Elas se veri=i>a1 Boe nas e1presas >apitalistas on"e "o1ina no a >on>orr@n>ia no senti"o "e tais e>ono1istas3 1as u1a >oopera#o 1etH"i>a$ O re!i1e "e >o1peti#o3 >onsi"era"o >o1o re!ula"or "a vi"a e>on1i>a3 >o1e#a on"e a>aa essa >oopera#o 1etH"i>a$ As rela#Ges eistentes entre as eplora#Ges parti>ulares "e pro"u#o "e 1er>a"orias so "eter1ina"as pela >on>orr@n>ia$ )u1a e1presa parti>ular3 a eplora#o se =a siste1ati>a1ente >o1 a 1aior e>ono1ia possFvel3 1as na so>ie"a"e ela se =a se1 plano pre>on>ei"o$ Se no se torna inteira1ente >aHti>a D si1ples1ente porque os pro"utos superaun"antes per"e1 o seu valor e porque os arti!os elaora"os pela so>ie"a"e >o1 pou>o traalBo3 no astan"o para as ne>essi"a"es >oletivas3 so pa!os a>i1a "e seu valor / o que >onstitui o pro>esso 1enos e>on1i>o e 1ais >anBestro que se possa i1a!inar$ anarquia "a pro"u#o 1er>antil >orrespon"e o !@nero "e es>olBa "os proprietários e "os a"1inistra"ores "as e1presas parti>ulares$ )o re!i1e "a proprie"a"e in"ivi"ual "os 1eios "e pro"u#o3 e1 pri1eiro lu!ar3 D o a>aso "o nas>i1ento que "e>i"e essa es>olBa$ So1ente "epois a sele#o entra e1 >ena >o1 a >on>orr@n>ia$ (as ela a!e 1enos >o1 a vitHria "os 1ais "ota"os "o que
-22
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >o1 a supresso "os 1enos quali=i>a"os3 e isto3 no >o1 o a=asta1ento "o a"1inistra"or in>apa3 1as >o1 a ruFna "e to"a a eplora#o3 1Dto"o que3 e1 >ruel"a"e e "esper"F>io "e =or#as3 po"e >erta1ente ser >o1para"o >o1 a luta pela eist@n>ia "os or!anis1os in"ivi"uais3 qualquer que sea a "esse1elBan#a que "e resto tenBa >o1 esta$ ontu"o3 a arárie e o asur"o "esse 1Dto"o D ele o ni>o sus>etFvel3 no re!i1e "a pro"u#o "e 1er>a"orias e "a proprie"a"e in"ivi"ual "os 1eios "e pro"u#o3 "e "eter1inar a 1aior e>ono1ia possFvel e a =or1a 1ais ra>ional "e ativi"a"e e1 >a"a eplora#o parti>ular$ %1posi#o se1elBante D supri1i"a pelo =i"ei>o1isso / se1 que se supri1a a proprie"a"e priva"a "os 1eios "e pro"u#o3 que a torna ne>essária$ O "ono "e u1a terra !aranti"a pelo =i"ei>o1isso po"erá a"1inistrá/%a 1uito 1al / ele assi1 "i1inuirá as suas re>eitas se1 a1ais pr e1 peri!o a sua proprie"a"e$ Seria u1a oa!e1 a pretenso "e !arantir/se pelo =i"ei>o1isso u1 >apital in"ustrial ou >o1er>ial$ Este >apital D 1uito in>onstante e variável para su1eter/se a tal entrave$ Ele se 1eta1or=oseia se1 interrup#o / Boe D o ouro3 a1anB sero os 1eios "e pro"u#o3 "epois "e a1anB será a 1er>a"oria$ Está sueito ?s >on"ensa#Ges e ?s "ilata#Ges 1ais "iversas3 ?s alternativas "e >rise e "e prosperi"a"e3 et>$ O solo ao >ontrário3 re!ula/se por outras leis$ Seria u1 erro "e nossa parte >o1pará/lo ao >apital$ )o se trata "e u1 valor >ria"o pelo traalBo e posto e1 >ir>ula#o$ E 1es1o "o ponto "e vista 1aterial ele "i=ere total1ente "os 1eios "e pro"u#o que representa1 o >apital$ Estes per"e1 o seu valor$ O solo D in"estrutFve%$ )ovas "es>oertas3 a >a"a 1o1ento3 "epre>ia1 os 1eios "e pro"u#o$ O solo persiste3 "e 1aneira per1anente3 >o1o a ase natural "e to"a pro"u#o$ A >on>orr@n>ia entre os >apitais >res>e ? 1e"i"a que >res>e a sua a>u1ula#o3 e por >onse!uinte >o1 o au1ento "a in"stria e "a popula#o$ O solo3 ao >ontrário3 assu1e >a"a ve 1ais o >aráter "e u1 1onopHlio$ Seria3 pois3 estpi"o que u1a =a1Flia preten"esse asse!urar a posse "e u1 >apital3 su1eten"o ao re!i1e "o =i"ei>o1isso u1a =ári>a ou u1 an>o$ Esse re!i1e >onviria aos seus interesses se se tratasse "e u1a proprie"a"e territorial3 e1ora esta ne>essite 1uito 1enos que qualquer outra =or1a "e "o1Fnio a!rário "e u1a >ultura na>ional3 O "ono "o 1o1ento3 se eplora 1al3 sH preu"i>a a si 1es1o ao re"uir a ren"a =un"iária$ Ele no po"e "estruir o que >onstitui a ase "o ren"i1ento "a =a1Flia3 ase que sorevive ?s !era#Ges$ Co1preen"e/se a priori a rao por que u1a proprie"a"e rural !aranti"a pelo =i"ei>o1isso po"e ser 1al eplora"a$ O =i"ei>o1isso 1o"erno pressupGe3 "a parte "o Esta"o3 u1 vivo interesse pelo prestF!io "e >ertas =a1Flias possui"oras "e terras$ Co1 e=eito3 D o Esta"o que >on>e"e e !arante o =i"ei>o1isso e so as =a1Flias nores que se =ae1 ene=i>iárias "esses privilD!ios3 =a1Flias >uas o>upa#Ges as a=asta1 "a a!ri>ultura3 na qual no se a"apta1$ Se3 apesar "e tu"o3 os lati=n"ios !aranti"os pelo =i"ei>o1isso no se in>lue1 !eral1ente entre as eplora#Ges e1 piores >on"i#Ges "e >ultivo / Bá entre eles3 1es1o3 =aen"as/1o"elo / isto se "eve ou ao siste1a >apitalista "e arren"a1ento3 que en>ontra nessas proprie"a"es os ele1entos 1ais =avoráveis para o seu pro!resso3 ou ?s 1o"ernas es>olas "e a!rono1ia3 que lBes =orne>e1 u1 n1ero 1ais "o que su=i>iente "e a"1inistra"ores e1 eperi1enta"os3 Estes o=ere>e1 os seus servi#os e1 oas >on"i#Ges aos "onos "e lati=n"ios$ AF "es>ore1 os 1eios propF>ios para o e1pre!o "o seu saer e "e suas apti"Ges$ (as u1 proprietário ne!li!ente ou in>apa >o1ete >o1 =a>ili"a"e erros !raves3 1es1o na es>olBa "e seus arren"atários e "e seus superinten"entes$ E1 to"o >aso3 se nu1erosos lati=n"ios so e1 eplora"os3 isto no prova a superiori"a"e "o =i"ei>o1isso3 1as "a !ran"e eplora#o3 e esta superiori"a"e se 1ani=esta 1es1o quan"o as >ir>unstJn>ias lBe so "es=avoráveis$ (as no D apenas asse!uran"o ao "ono a sua proprie"a"e que o =i"ei>o1isso "i=i>ulta u1a >ultura ra>ional$ Ele á D u1 lati=n"io3 ou3 >o1o vi1os3 >a1inBa nesse senti"o3 aniquilan"o as ten"@n>ias "es>entralia"oras "a !ran"e proprie"a"e e =avore>en"o apenas as ten"@n>ias >entralia"oras $ (as quanto 1aior a proprie"a"e e 1ais >onsi"erável a sua ren"a tanto 1aior será o luo "o respe>tivo "ono$ Ora3 o pri1eiro luo "esse "ono D a prHpria terra3 soretu"o as super=F>ies !aranti"as pelo =i"ei>o1isso3 on"e as tra"i#Ges =eu"ais per1ane>e1 vivaes$ ultiva"a u1a "e suas partes3 quanto 1ais >onsi"erável a sua ren"a territorial3 tanto 1ais a!u"a será a tenta#o "e reservar/se o resto aos "iverti1entos3 aos >astelos "e re>reio3 aos ar"ins3 aos parques3 ?s >a#a"as$ A parte apli>a"a ? pro"u#o "e susist@n>ia "i1inuirá3 portanto$ O "esenvolvi1ento "a eplora#o >apitalista nas >i"a"es a!e no 1es1o senti"o$ ontrai Báitos "e luo3 que se 1ani=esta1 soretu"o na aquisi#o ou na >onstru#o "e Baita#Ges "e >a1po3 "es"e o >astelo suntuoso "o rei "as =inan#as atD a >asinBa "o pequeno loista ou "o pequeno =ari>ante3 Baita#Ges "e
-28
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >a1po essas "estina"as antes "e tu"o ao re>reio e on"e a a!ri>ultura sH >onstitui u1 a>essHrio$ o1uni>a#Ges e se =a>ilita1 as rela#Ges entre a >i"a"e e o 1eio rural3 tanto 1ais essas viven"as se a=asta1 "o >entro urano e epulsa1 os >a1poneses "os seus re>antos$ O au1ento "a 1ais/valia se "enun>ia ain"a no "esenvolvi1ento "as >a#a"as3 que "eia1 "e ser u1 privilD!io =eu"al e se torna1 u1 praer ur!u@s$ ,isso resulta3 "e u1 la"o3 o alar!a1ento "as =lorestas e1 preuFo "a proprie"a"e >a1ponesa3 e3 "e outro3 o respeito e>essivo ? >a#a3 que au1enta3 se1 a etenso territorial "os osques$ Estes no so os ni>os a propor>ionar ali1ento ? >a#a3 que en!or"a ta1D1 nos >a1pos e pra"os$ O alar!a1ento "as =lorestas D to =unesto ? >ultura >a1ponesa quanto o au1ento nu1Dri>o "os i>Bos "estina"os ?s ativi"a"es venatHrias$ Contu"o3 o "esenvolvi1ento "as >a#a"as po"e3 e1 >ertos >asos3 ene=i>iar os lavra"ores$ Esse esporte se !eneralia "e tal 1o"o que3 e1 "eter1ina"as >o1unas que alu!a1 ani1ais para tal =i13 a pro>ura ultrapassa a o=erta$ Assi13 os arren"a1entos "a >a#a se eleva1$ U1a lere ento3 se torna 1uito >ara$ O >a1pon@s passa a oter vanta!ens >o1 os seus >oelBos e per"ies3 quan"o outrora eplorava va>as e Bo1ens$ :á al"eias que al>an#a1 lu>ros >onsi"eráveis >o1 o alu!uel "e i>Bos para as >a#a"as$ (as a eplora#o ra>ional "a a!ri>ultura D se1pre >ontraria"a pela vo!a "esse esporte$ O au1ento "a 1ais/valia nas >i"a"es >ria ten"@n>ias preu"i>iais ? a!ri>ultura3 >o1o o au1ento "a ren"a territorial e o "ireito "e su>esso$ )o que to>a a este lti1o3 os e>ono1istas real1ente interessa"os pela vi"a rural re>onBe>e1 >o1 =a>ili"a"e os seus e=eitos perni>iosos$ (as >o1o representantes "a so>ie"a"e 3urguesa, no se "e>i"e1 e1 !eral a a>onselBar a supresso "esse "ireito no que >on>erne ? terra e a re>la1ar para ela a proprie"a"e >oletiva$ Teori>a1ente3 esta proprie"a"e >oletiva "a terra no D asoluta1ente in>on>iliável >o1 a so>ie"a"e ur!uesa$ A ur!uesia3 >ontu"o3 sente instintiva1ente 1uito e1 que os "i=erentes "o1Fnios "a sua vi"a esto estreita1ente entrosa"os e se in=luen>ia1 1utua1ente$ Eis porque ela se "e=en"e resoluta1ente >ontra a proprie"a"e >oletiva "o solo3 e1ora esta sea >o1patFvel >o1 a pro"u#o >apitalista e pu"esse "ese1ara#ar a a!ri>ultura "e al!uns "e seus en>ar!os 1ais pesa"os3 en>ar!os que se alar!a13 "e !era#o a !era#o$ Os e>ono1istas ur!ueses pre=ere1 tratar uni>a1ente "os sinto1as "a 1olDstia / i1a!inar3 por ee1plo3 =or1as "e >rD"ito parti>ulares para alFvio "o en"ivi"a1ento resultante "as Beran#as$ 0requente1ente >onsi"era1 os "ois siste1as "e su>esso / a partilBa i!ual e a asor#o "e to"o o espFrito por u1 1e1ro "a =a1Flia >o1o 1ales i"@nti>os3 e >on>lue1$$$que a1os so ne>essáriosM u1 viria a ser o antF"oto "o outro$ Se na %n!laterra D a lti1a =or1a "e =i"ei>o1isso que prevale>e e na 0ran#a "o1ina a partilBa i!ual3 a Ale1anBa se apresenta >o1o a terra pro1eti"a e1 que os "ois siste1as se "esenvolve1 si1ultanea1ente$ %sto no quer "ier que a a!ri>ultura !er1Jni>a estea e1 1elBor posi#o que a "os "ois outros paFses$ (as ain"a no está es!ota"a a sDrie "os =atores preu"i>iais ? a!ri>ultura3 "e>orrentes3 "o 1o"o "e pro"u#o >apitalista3 ou que "ele re>ee1 u1 i1pulso parti>ular$ dN A e;plora>ão do campo pela cidade i1os >o1o se "esenvolve1 a ren"a territorial e o en"ivi"a1ento "os a!ri>ultores$ U1a parte3 apenas3 "a ren"a territorial e "os uros "a "Fvi"a per1ane>e no >a1po3 para nele ser >onsu1i"a ou a>u1ula"a$ A parte 1aior se es>oa para a >i"a"e$ Esta =ra#o au1enta "ia a "ia$ Enquanto a situa#o D "e atraso3 o >a1pon@s pro>ura3 na sua viinBan#a i1e"iata3 !ente que possa e1prestar/lBe "inBeiro$ Os seus >re"ores no so apenas os u"eus "a al"eia3 ne!o>iantes "e tri!o ou "e !a"o3 loistas ou estalaa"eiros3 1as ta1D1 >a1poneses aasta"os3 e>elentes >ristos3 aptos a es>or>Bá/%os tanto quanto os "e1ais$ (as no >urso "a evolu#o3 ? 1e"i"a que o en"ivi"a1ento >essa "e ser u1 =ato =ortuito3 sus>ita"o por u1a eplora#o "e=eituosa ou por a>i"entes i1previstos3 u1 =ato que se "issi1ula o 1ais possFvel3 porque "enota se1pre u1a situa#o "e porea / ? 1e"i"a que se trans=or1a nu1 =en1eno ne>essário "a pro"u#o3 que o >o1Dr>io se ativa entre a >i"a"e e o >a1po3 a usura pri1itiva e se>reta "esapare>e "iante "e institui#Ges espe>iais3 e1 que as opera#Ges "e >rD"ito se =ae1 puli>a1ente3 >onstitue1 u1 ato nor1al e no u1 ato "e "esespero3 e por >onse!uinte >o1porta1 uros re!ulares e no uros "e a!iota$ (as ou essas institui#Ges se lo>alia1 na >i"a"e Pan>os3 so>ie"a"es "e >rD"ito 1tuo3 et>$Q ou pe"e1 e1presta"os os >apitais "e que t@1 ne>essi"a"e a >apitalistas "o >entro urano$ Esta trans=or1a#o "e >rD"ito D u1a evolu#o =atal$ (as por til que sea para o >a1pon@s isola"o3 e1 su1a3 no passa "e 1ais u1 a>rDs>i1o "e suei#o "o >a1po ? >i"a"e$ U1a parte >a"a
-2N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ve 1ais vultosa "e valores e1pre!a"os no >a1po a=lui ? >i"a"e3 se1 a >o1pensa#o "e valores equivalentes$ O 1es1o o>orre >o1 a ren"a territorial$ apitalista3 quanto 1ais se a>entua1 as "i=eren#as "e >ultura entre a >i"a"e e o >a1po3 quanto 1ais este =i>a na raeira3 tanto 1aiores sero os !oos e "istra#Ges que aquela o=ere>e3 e1 >ontraposi#o ao 1eio rural$ Ao 1es1o te1po3 as rela#Ges entre a1os se torna1 1ais =á>eis$ )o Bá na"a "e espantoso3 pois que to"os aqueles >uas proprie"a"es so lar!as e >o1porta1 arren"a1entos3 po"en"o ser a"1inistra"as por assalaria"os3 os que possue1 ren"as territoriais3 su=i>ientes3 pre=ira1 passar u1 te1po 1ais ou 1enos lon!o3 e1 >a"a ano3 nu1a !ran"e >i"a"e3 e nela "evorar os seus lu>ros$ Este Báito3 e1 >ertos >asos etre1os3 >on"u ao asenteFs1o3 ? vi"a "o proprietário lon!e "e suas terras3 >o1o a>onte>e na %rlan"a ou na Si>Flia3 on"e u1a 1á eplora#o se>ular "e i1ensos lati=n"ios en!en"rou u1a tal arárie que a esta"a3 1es1o passa!eira3 "o proprietário nos seus "o1Fnios no >onstitui 1ais u1 praer para ele / e esta espD>ie "e proprietário no >onBe>e outro =i1 para a eist@n>ia seno o praer$ A >ultura na %rlan"a e na Si>Flia 1ostra as >onseqW@n>ias =unestas "os lati=n"ios !aranti"os pelo =i"ei>o1isso nos lu!ares e1 que a !ran"e eplora#o >apitalista 1o"erna ain"a no se "esenvolveu ou on"e ela no se en>ontra e1 >on"i#Ges "e >o1ater aqueles e=eitos$ )os lu!ares3 1es1o3 e1 que o asenteFs1o no "o1ina inteira1ente3 as aus@n>ias te1porárias "o !ran"e proprietário se torna1 a re!ra$ &or outro la"o3 u1a parte "e sua ren"a se es>oa "o >a1po para a >i"a"e$ E ao passo que o seu luo no 1eio rural3 >o1 as suas >a#a"as3 os seus >astelos "e re>reio3 "i1inui a etenso "as terras >ultiva"as3 >on"u ? epulso "e >erto n1ero "e >a1poneses ou "e operários a!rF>olas3 e preu"i>a assi1 a a!ri>ultura3 o seu luo nas >apitais =o1enta a in"stria e o >o1Dr>io3 i1pulsiona os ne!H>ios3 atrai traalBa"ores e a>elera a a>u1ula#o "e >apitais$ Os au1entos e1 "inBeiro3 que au1enta1 >a"a ve 1ais e pesa1 ru"e1ente sore os >a1poneses3 leva1 ao 1es1o resulta"o$ A pro"u#o "as >i"a"es D antes "e tu"o u1a pro"u#o 1er>antil3 e o seu "esenvolvi1ento a>arreta a 1aora#o "os i1postos e1 "inBeiro$ )o >a1po a pro"u#o3 soretu"o a "as pequenas eplora#Ges3 1es1o Boe3 "estina/se ain"a e1 !ran"e parte ao >onsu1o pessoal "a =a1Flia "o lavra"or$ O pro!resso "as >i"a"es i1pGe ao >a1po os i1postos e1 "inBeiro que no "e>orre1 "o !@nero "e sua ativi"a"e3 que entra1 pri1itiva1ente e1 >ontra"i#o >o1 ela$ Esses triutos se torna1 assi1 u1 "os 1ais sDrios =atores "e trans=or1a#o "o 1o"o "e pro"u#o >a1ponesa$ Os i1postos e1 "inBeiro so3 no >a1po3 u1 "os a!entes 1ais ativos "a trans=or1a#o "a pro"u#o para >onsu1o pessoal e1 pro"u#o 1er>antil$ (as esses triutos3 e outros >o1pro1issos =inan>eiros "o >a1pon@s3 >res>e1 !eral1ente e1 1ais "epressa "o que a pro"u#o "e 1er>a"orias a!rF>olas e os estaele>i1entos "e >o1Dr>io e "e >rD"ito "e que ela pre>isa$ %sso ain"a Boe >ausa 1uitas "i=i>ul"a"es "e "inBeiro ao Bo1e1 rural e o 1antD1 na "epen"@n>ia "o inter1e"iário e "o a!iota$ (as esses 1es1os i1postos e1 "inBeiro3 que es1a!a1 "e tal 1aneira o >a1pon@s3 no =avore>e1 o "esenvolvi1ento a!rário3 1as o "as >i"a"es3 e parti>ular1ente "as !ran"es >i"a"es$ SH Bá u1a parte 1Fni1a "e >ontriui#Ges >onsa!ra"as ao 1eio rural$ nas >i"a"es que se lo>alia1 as >asernas3 as 1anu=aturas "e ar1as3 os 1inistDrios3 os triunais3 e por >onse!uinte3 os a"vo!a"os que o >a1pon@s "eve pa!ar quan"o Bá u1 pro>esso$ nas >i"a"es que se a>Ba1 as es>olas se>un"árias e superiores 1anti"as pelo Esta"o3 os 1useus3 os teatros suven>iona"os3 et>$3 et>$ O Bo1e1 rural "eve3 >o1o o Baitante "as >i"a"es3 "ar a sua >ontriui#o para as "espesas "a >ivilia#o$ (as ele D quase inteira1ente e>luF"o "os seus ene=F>ios3 )o Bá na"a "e espantoso3 pois3 que ele no >o1preen"a essa >ivilia#o3 "a qual sH re>ee "espesas3 que se lBe 1ostre asoluta1ente Bostil3 entusias1an"o assi1 a "e1a!o!ia rea>ionária Esta re>la1a u1a li1ita#o "e to"os os !astos "esse !@nero3 a preteto "e "e=en"er a olsa "o pore povo3 e1 lu!ar "e aspirar ? "i=uso "a >ivilia#o no >a1po3 ? supresso "o ais1o que eiste a este respeito entre o 1eio rural e a >i"a"e$ Será esta u1a "as tare=as 1ais i1portantes "a so>ie"a"e "o =uturo$ )o D o H"io ? a!ri>ultura3 so =or#as e>on1i>as3 1ais po"erosas que a vonta"e "os !overnos3 que a>arreta1 a >on>entra#o "e to"a a vi"a "o Esta"o nas >i"a"es$ Os !overnos se ani1a1 "as 1elBores "isposi#Ges e1 rela#o ? a!ri>ultura$ Sae1os que pro>ura1 auiliá/la "e to"as as 1aneiras possFveis3 1e"iante "ireitos sore os !@neros ali1entF>ios3 susF"ios3 pr@1ios "e to"a sorte$ (as por >onsi"eráveis que sea1 os "eslo>a1entos "eter1ina"os3 assi13 na situa#o "as =ortunas3 a =u!a "os valores 1er>antis "o >a1po para a >i"a"e3 se1 >o1pensa#o al!u1a3 se pro>essa se1 paralisia ou retar"a1ento$ Essas 1e"i"as "e prote#o sH =avore>e13 e1 lti1a análise3
-2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ? propriedade territorial. Elas eleva1 a ren"a =un"iária$ (as esta >onstitui3 >o1o sae1os3 u1 entrave para a a!ri>ultura$ O siste1a "e arren"a1ento o "e1onstra 1uito e1$ )o siste1a "e Bipote>as3 o ostá>ulo se "issi1ula3 e1ora no sea 1enos po"eroso$ )o pri1eiro >aso3 os re>ursos "e assist@n>ia >olo>a1 o arren"atário na ori!a#o "e pa!ar uros 1ais eleva"os$ ultiva"or se >o1ina1 no 1es1o in"ivF"uo3 o seu lu>ro pare>e >erto$ (as a alta "a ren"a territorial a>arreta u1a alta "o pre#o "a proprie"a"e$ %sto á po"e >on"uir o proprietário "e 1o1ento a au1entar as "Fvi"as "e sua eplora#o3 e tal =ato a!rava "e >erto os >o1pro1issos "o seu su>essor / >o1pra"or ou Ber"eiro$ Ao =i1 "e pou>o te1po os auFlios >on>e"i"os ? a!ri>ultura se torna13 1es1o nesse >aso3 auFlios >on>e"i"os ao proprietário real / o >re"or Bipote>ário$ (as este 1ora !eral1ente nas 1etrHpoles3 on"e os !ran"es proprietários territoriais ta1D1 "espen"e1 a 1aior parte "e sua riquea$ A alta "a ren"a =un"iária3 !ra#as ao "ireito3 ?s suven#Ges3 no si!ni=i>a3 pois3 u1a i1posi#o "a >i"a"e e1 =avor "o >a1po3 ou u1 retorno "e valores "aquela a este$ Si!ni=i>a3 isto si13 que 5ora da agricultura a 1assa "os >onsu1i"ores uranos D espolia"a e1 proveito "e al!uns proprietários territoriais3 que per1ane>e1 a 1aior parte "e seu te1po nas >apitais3 e "e seus >re"ores3 que nestas ta1D1 resi"e1$ A este es>oa1ento3 se1pre 1ais a1plo "e valores para as >i"a"es3 es>oa1ento que na"a >o1pensa3M >orrespon"e u1a evaso paralela "e !@neros ali1entF>ios so a =or1a "e tri!o3 "e >arne3 "e leite3 et>$3 que o >a1pon@s D =or#a"o a ven"er para pa!ar os i1postos3 os uros "a "Fvi"a e "o arren"a1ento$ Ao 1es1o te1po que3 >o1o >onseqW@n>ia "a ruFna pro!ressiva "a in"stria a "o1i>Flio na ona rural3 e1 virtu"e "o uso pessoal e "a ne>essi"a"e >res>ente "e pro"utos in"ustriais oriun"os "a >i"a"e3 au1enta o es>oa1ento "e valores "o >a1po para o >entro urano3 no se veri=i>a u1 1ovi1ento equivalente e1 senti"o >ontrário$ E e1ora essa evaso no sea u1 es!ota1ento "a a!ri>ultura3 "o ponto "e vista "as leis "o valor3 ela te1 por e=eito3 porD13 >o1o os outros =atores >ita"os a>i1a3 u1 a=asta1ento "e sua sustJn>ia3 u1 e1pore>i1ento "as 1atDrias nutrientes "o solo$ O pro!resso "a tD>ni>a a!rF>ola3 e1 lon!e "e >o1pensar esta per"a3 >onsiste antes nu1 aper=ei#oa1ento >ontFnuo "os 1Dto"os que "es=al>a1 a terra e au1enta1 a 1assa "os ele1entos que lBe so sutraF"os e >arrea"os3 to"os os anos3 para a >i"a"e$ A isto se >ontrapGe o =ato "e a a!rono1ia 1o"erna atriuir 1aior i1portJn>ia ? estatFsti>a a!rária e re>la1ar que as 1atDrias nutrientes3 pe"i"as "e e1prDsti1o ao solo3 lBe sea1 restituF"as por 1eio "e u1 ester>a1ento apropria"o$ (as este =ato no "estrHi asoluta1ente o que "isse1os 1ais a>i1a$ O es!ota1ento pro!ressivo "a terra >ontinua sen"o u1a reali"a"e in"is>utFvel$ ,a"as as rela#Ges Boe eistentes entre a >i"a"e e o >a1po e os pro>essos 1o"ernos "a lavoura3 >Be!ar/se/ia e1 "epressa ? ruFna >o1pleta "a a!ri>ultura3 no =ora os a"uos quF1i>os$ Estes evita1 a re"u#o "a =ertili"a"e$ (as a ne>essi"a"e "o seu e1pre!o e1 quanti"a"es se1pre 1aiores >onstitui u1 en>ar!o a 1ais que se unta aos outros >o1 os quais luta a a!ri>ultura3 e >o1o estes pro>e"e1 "o esta"o so>ial vi!ente3 no "e u1a lei "a naturea$ (e"iante a supresso "o anta!onis1o eistente entre a >i"a"e e o >a1po3 ao 1enos entre as !ran"es >apitais3 >ua popula#o D 1uito "ensa3 e o 1eio rural quase "eserto3 as 1atDrias arran>a"as ao solo lBe po"eria1 ser quase to"as restituF"as$ Os a"uos quF1i>os se "estinaria1 quan"o 1uito a enrique>er a terra >o1 >ertas sustJn>ias3 e no a re1e"iar o seu e1pore>i1ento$ To"o o pro!resso "a tD>ni>a a!rF>ola teria ento por resulta"o 1es1o se1 a >ontriui#o "aqueles =ertiliantes3 u1 au1ento "o teor "o solo e1 prin>Fpios nutritivos solveis$ )ote/se que3 apesar "e to"os os pro!ressos realia"os pela a!rono1ia "a %n!laterra3 o ren"i1ento "o tri!o "i1inuiu entre os anos "e -769 a -7793 sen"o que au1entara atD ento$ A >ei=a anual3 por a>re3 se elevava e1 1D"iaM ,e -7 a -762 273N alqueires ,e -768 a -767 8937 alqueires ,e -765 a -7N 232 alqueires ,e -7 a -779 2236 alqueires Esta aia >essou "epois "e -7793 no porque o solo se tenBa torna"o 1ais pro"utivo3 1as porque as terras 1enos prHprias ao plantio "o tri!o =ora1 trans=or1a"as e1 pasta!ens3 e1 virtu"e "a >on>orr@n>ia "os paFses ultra1arinos$ Assi13 apenas as 1ais =Drteis so ain"a >ultiva"as$ A super=F>ie "a lavoura "o tri!o3 "e -79 atD os nossos "ias3 passou "e 8$799$999 a>res a -$599$999$ ,i1inuiu3 pois3 eata1ente "a 1eta"e$ pre>iso ain"a >itar3 nesta 1es1a or"e1 "e i"Dias3 as epiootias e as "oen#as "as plantas que3 "urante o "esenvolvi1ento "a eplora#o >apitalista3 atin!e1 >a"a ve 1ais o >a1po3 1altratan"o/o to >ruel1ente$
-26
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ (uitas "essas 1olDstias pro!re"ira1 "e tal 1aneira nestes lti1os anos que a1ea#ara1 "e interrup#o to"a a ativi"a"e a!rária na>ional$ or"e1 os estra!os "a =iloera e "a "orF=ora3 "a =ere a=tosa e "a >lopDia3 "a erisipela por>ina e "a "oen#a "os suFnos PS>Bei1seu>BeQ$ IOs estra!os "a =iloera Pna 0ran#aQ3 e1 virtu"e "os quais se votou u1a "i1inui#o "e i1postos3 =ora1 avalia"os3 e1 -77N3 e1 -2 1ilBGes e 599$999 =ran>os3 e1 -75 e1 -6363 e1 -776 e1 -383 e1 -77 e1 -73--3 e1 -777 e1 63$ Se!un"o as lti1as in=or1a#Ges3 os estra!os "a =iloera >ontinua1$ ,es"e o seu apare>i1ento3 o terrFvel inseto se epan"iu por 68 "eparta1entos P-759Q e -99$999 Be>tares "e vinBe"os =ora1 "evasta"osV P[URASC:EK3 Ueersi>Bten "er ZelirtBs>Ba=t3 pá!$ 827Q$ )a Ale1anBa3 =ora1 atin!i"os pela =ere a=tosa e pela >lopDiaM )os anos -77 -777 -775 -759 -75-752
'ranas -$2N2 8$-7 28$2-5 85$658 NN$-5 -9$525
)1ero "e >ae#as "e !a"o atin!i"as 8-$76 72$78N $-7 7-6$5-72-$-89 N$-8$-5
A partir "e -7523 a epi"e1ia "i1inuiu3 1as e1 -756 atin!ia "e novo 67$7N !ranas3 >o1 u1 reanBo "e -$N73N25 >ae#as$ So al!aris1os assusta"ores$ ,es>ori1os a >ausa prin>ipal "este au1ento rápi"o "o peri!o "a epi"e1ia na sustitui#o "os ani1ais "o1Dsti>os pri1itivos e "as plantas "e utili"a"e por >ertas ra#as aper5ei>oadas, isto D3 pro"utos "e >ria#o arti=i>ial$ A sele#o natural "eter1ina a es>olBa e a repro"u#o "os in"ivF"uos 1ais aptos a >onservar a espD>ie$ A sele#o arti=i>ial3 na so>ie"a"e >apitalista3 ne!li!en>ia inteira1ente esse oetivo$ Ela se preo>upa si1ples1ente "e es>olBer e repro"uir os in"ivF"uos >apaes "e a"quirir o 1aior valor3 que eia1 as 1enores "espesas3 que sea1 os 1ais pre>o>es3 >uas partes utiliáveis sea1 1ais "esenvolvi"as e1 preuFo "e Hr!os "e que no se po"e tirar nenBu1 proveito$ As ra#as assi1 aper5ei>oadas "o lu>ros e1 1aiores que os pro"utos naturais 1as a sua persist@n>ia e a sua =or#a "e resist@n>ia so in=inita1ente 1enores3 (as ao passo que a =or#a "e resist@n>ia "as ra#as assi1 aper=ei#oa"as "i1inui3 o seu n1ero >res>e >a"a ve 1ais$ Os ani1ais e plantas aper5ei>oadas, que sH po"e1 prosperar >o1 os >ui"a"os 1ais assF"uos e inteli!entes3 se intro"ue1 Boe 1es1o entre os pequenos >a1poneses3 !ra#as aos es=or#os3 que "esenvolve13 para salvar e 1elBorar as suas eplora#Ges$ (as ao 1es1o te1po o >aráter "estas se 1o"i=i>a3 o que se evi"en>ia "a 1aneira 1ais =la!rante na pe>uária3 A pasta!e1 "e vero3 que re=ri!erava e =orti=i>ava o !a"o3 D aan"ona"a$ Os estáulos "o >a1pon@s no so aper=ei#oa"os ou a1plia"os3 por =alta "e "inBeiro$ )essas >onstru#Ges3 estreitas e suas3 on"e o !a"o vi!oroso "a %"a"e (D"ia po"ia per=eita1ente passar o inverno3 o !a"o "eli>a"o "e Boe D en>erra"o "urante to"o o ano$ (es1o na %n!laterra3 on"e a pe>uária se prati>a "a 1aneira 1ais aper=ei#oa"a3 os estáulos so 1uitas vees insu=i>ientes$ ISir Zilson 0o re!istra no seu relatHrio sore o Lan>asBire que os estáulos anti/Bi!i@ni>os e 1al >onstruF"os3 >o1 espa#o insu=i>iente e 1al area"o3 1uito >ontriue1 para a "i=uso "a tuer>ulose no !a"o !rosso$ Ao invDs "e 699 pDs >i>os3 u1a va>a sH "ispGe =reqWente1ente "e 299 pDs >i>os "e ar3 e no se to1a nenBu1a "isposi#o para o isola1ento "os ani1ais >onta1ina"os$ Se!un"o u1 teste1unBo seria pre>iso3 se a lei sore estáulos =osse real1ente apli>a"a no "istrito "e CBorley$ "e1olir h-9 "as >onstru#GesI P,er +eri>Bt "eer en!lis>Ben A!rarenquete on -753 pá!$ 868Q$ U1a "as >ausas que =avore>e1 a a#o "as pra!as "aninBas ? a!ri>ultura resi"e no "esapare>i1ento "os pássaros insetFvoros3 o que no se "eve apenas ? >a#a"a que lBes D =eita 1as prin>ipal1ente ao =ato "e os pro!ressos "a >ivilia#o supri1ire1 os lu!ares e1 que eles po"e1 >onstruir os seus ninBos3 os o>os "e pau3 as sees vivas3 sustituF"as por >er>as "e =io "e ara1e3 et>$ )a silvi>ultura3 D a !ran"e eplora#o 1o"erna3 a sustitui#o "os 1Dto"os "e "esaste "os osques pelo "as "errua"as3 a sustitui#o "as árvores "e 1atas vir!ens3 "e >res>i1ento "e1ora"o3 pelas
-2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ árvores se1pre ver"es3 que se "esenvolve1 rapi"a1ente e a"quire1 lo!o valor 1er>antil3 D tu"o isso que =avore>e a "evasta#o "as =lorestas por parte "os ani1ais no>ivos3 Se os pro>essos 1o"ernos "e pe>uária e "e eplora#o "i1inue1 a =or#a "e resist@n>ia "as plantas e "o !a"o e1 =a>e "os pequenos or!anis1os que os a1ea#a13 o "esenvolvi1ento "as >o1uni>a#Ges per1ite a esses insetos "aninBos u1a epanso rápi"a3 se!ui"a "a "evasta#o "e provFn>ias inteiras$ Os ani1ais se "eilita13 ao 1es1o te1po e1 que o solo se e1pore>e$ s "espesas "e ester>a1ento se aunta1 as "e pro=ilaia$ ua "iante "esses !astos3 D porque no po"e1 ser aten"i"os$ As 1ás >olBeitas3 as epi"e1ias3 alastran"o/se pelas planta#Ges e pelos reanBos3 >o1pleta1 a ruFna "o a!ri>ultor$ eN Despo2oamento do campo O pro!resso "as !ran"es >i"a"es3 a prosperi"a"e "a in"stria3 que3 >o1o vi1os3 es!ota1 >a"a ve 1ais o solo e i1pGe1 ? a!ri>ultura en>ar!os >a"a ve 1ais pesa"os3 quais sea1 as "espesas "e a"ua#o3 >uo oetivo D re1e"iar aquele es=al=a1ento3 te1 outros e=eitos ain"a$ O >entro urano asorve os operários rurais$ i1os no >apFtulo %% que o "esenvolvi1ento "a !ran"e e1presa epulsa "o >a1po os pequenos >a1poneses3 que >onstitue1 u1a ver"a"eira reserva "e traalBa"ores a!rF>olas$ Este pro>esso te13 >ontu"o3 os seus li1ites$ ,e outro la"o3 á estu"a1os no >apFtulo pre>e"ente as e1i!ra#Ges e i1i!ra#Ges periH"i>as que resulta1 na ne>essi"a"e para o pequeno >a1pon@s3 "e !anBos a>essHrios$ Esses "eslo>a1entos "esvia1 "a a!ri>ultura3 i!ual1ente3 os operários in"ispensáveis a u1a eplora#o ra>ional$ &or outro la"o3 =orne>e1/lBe novos >apitais a=asta"os "a in"stria3 o que =avore>e a ra>ionalia#o "esea"a$ (as o aan"ono "o >a1po3 sus>ita"o pela =or#a "e atra#o "as !ran"es 1etrHpoles e "os >entros in"ustriais3 "esen>a"eia ain"a outros e=eitos$ )as >i"a"es3 os assalaria"os en>ontra1 e1pre!o >o1 1aior =a>ili"a"e "o que na ona rural^ apresenta1/se/%Bes oportuni"a"es 1ais =reqWentes "e u1 lar prHprioM t@1 1ais lier"a"e e 1ais >ivilia#o$ apital3 quanto 1ais a>entua"as essas vanta!ens3 tanto 1ais =orte D a atra#o3 )o >a1po3 sH po"e1 >onstituirM u1 lar in"epen"ente3 u1a =a1Flia3 a"quirin"o3 sea por >o1pra3 sea por arren"a1ento3 u1a eplora#o a!rF>ola autno1a3 %sto se torna parti>ular1ente "i=F>il nas re!iGes e1 que a !ran"e e1presa pro!ri"e$ Eis porque os Baitantes "e >ertas provFn>ias t@1 1otivos parti>ular1ente sDrios "e =u!a para a >i"a"e$ (as ta1D1 nas re!iGes e1 que o solo D 1uito su"ivi"i"o3 a >onstitui#o "e u1 lar esarra e1 nu1erosos ostá>ulos$ O au1ento "a popula#o "eter1ina a alta "e pre#o "a terra3 e "i=i>ulta3 1es1o para os =ilBos "e >a1poneses3 a aquisi#o "e u1a >asa nova3 %sso D ain"a 1ais >o1pli>a"o para os "o1Dsti>os3 >ria"os e e1pre!a"as "e !rana3 Estes so3 e1 !eral3 >on"ena"os a per1ane>er a vi"a to"a e>luF"os no apenas "a proprie"a"e3 1as ta1D1 "a =a1Flia e "o >asa1ento a1arra"os >o1o a>essHrios a u1 lar estranBo$ &ara eles Bá apenas u1 1eio "e >Be!ar ? in"epen"@n>ia e ? lier"a"e3 ao >asa1ento e ? =a1Flia$ Trata/se3 >ontu"o3 pre>isa1ente "o 1eio que o protetor "a prole3 o "e=ensor "o 1atri1nio3 o >a1pon@s aasta"o >Beio "e pie"a"e3 o 1or!a"o "evoto3 lBes inter"ita1M a e1i!ra#o para a >i"a"e3 on"e vive1 os so>iais/ "e1o>ratas esses in"ivF"uos se1 1orali"a"e3 que "es1antela1 o >asa1ento e a =a1Flia$ os a!rF>olas se revela por al!u1as passa!ens "e =olBeto "e u1 >a1pon@s que parti>ipa "a sua vi"a e "os seus senti1entos$ )ele le1os o se!uinteM I(as ain"a Boe3 e1 nenBu1a outra situa#o3 a lier"a"e e "i!ni"a"e Bu1anas so=re1 to ru"es !olpes >o1o na questo relativa ao >asa1ento "os "o1Dsti>os e "os traalBa"ores a!rF>olas que na"a possue1$ ConBe>e1/se3 aliás3 as "i=i>ul"a"es opostas ? >on>luso "e u1 >asa1ento3 e no será pre>iso "ier 1ais na"a a este respeito$ &assare1os3 pois i1e"iata1ente ?s >onseqW@n>ias resultantes "esse esta"o "e >oisas$ isto que a 1aioria "os Bo1ens nor1al1ente >onstituF"os no po"e repri1ir inteira1ente o instinto seual3 1as "a"o ain"a que a estrutura "a so>ie"a"e no D tal que per1ita a satis=a#o "esse instinto nos li1ites le!ais3 no o>orre outro re1D"io seno esperar/se o arrasa1ento "as arreiras er!ui"as e1 "e=esa "a or"e1 vi!ente$ As rela#Ges ile!Fti1as entre os seos resulta1 ne>essaria1ente "essa situa#o =or#a"a$ Elas "e ta =or1a se a>li1ara1 entre os 1ora"ores "o >a1po que as li#Ges "os 1oralistas e "os pa"res sero vs e ine=i>aes para a etirpa#o "esses Báitos "o re!i1e atual$ Essa !ente no po"e >Be!ar ao >asa1ento tal >o1o eiste Boe$ Eis porque "es>a1a para =or1as in=eriores "e rela#Ges entre os seos $$$ >laro que nessas >on"i#Ges a vi"a "e
-27
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ u1 "o1Dsti>o ou "e u1 operário se a>Ba e1 !eral eposta a !ran"es Bu1ilBa#Ges3 e pre>isa "e se!re"inBos3 "e 1entiras3 "e 1isti=i>a#Ges3 "e reservas$ "e li1ita#Ges e in"i!ni"a"es "e to"a sorte e "e to"os os !@neros$ AlD1 "isso3 a opinio pli>a no >a1po >ensura se1pre >o1 a>ri1nia os >ostu1es "e >a"a qual$ Assi13 1uitos pre=ere1 es>on"er/se3 no tu1ulto "as !ran"es >i"a"es3 nos olBares e>essiva1ente perspi>aes "a al"eia$ A parte 1ais >onsi"erável "as pessoas que "eia1 o 1eio rural pela >i"a"e D >on"ui"a3 pela =alta "e a1or e pelas >oa#Ges i1postas ao seu "eseo3 para esse teatro "e vi>io3 on"e 1er!ulBa3 "e !era#o e1 !era#o3 e>etua"os apenas al!uns =eliar"os3 nu1 esta"o "e 1isDria e "e!eneres>@n>ia >a"a ve 1aiores$ (as3 po"e1os relatar ta1D13 e1 pou>as palavras3 a vi"a "e "elF>ias que os =ilBos "os proletários a!rF>olas po"e1 esperar na >asa paterna$ E1ora =alte essa 1er>a"oria Bu1ana3 a sua eist@n>ia >onstitui apenas u1a >ar!a para os !enitores3 que 1uito rara1ente po"e1 o>upar/se "e sua e"u>a#o3 e por >onse!uinte no t@1 nenBu1a i"Dia "as ver"a"eiras ale!rias que "o os =ilBos3 (uito =reqWente1ente3 esses "es!ra#a"os so "istin!ui"os >o1 a triste Bora "e aquear3 e1 Bolo>austo ? >o1uni"a"e$ A sua entra"a na vi"a a>arreta 1isDria e ver!onBa para seus pais$ ,epois "esse triste >o1e#o3 sorev@1 u1a e"u>a#o "e=eituosa$ A es>ravi"o 1ais "ura >oroa essa eist@n>ia se1ea"a "e espinBos3 que !eral1ente ter1ina no "esa1paroI P[O:A)) ($ 0%L*ER3 Ans>Bauun!er Wer "ie Enti>klun! "er 1ens>Bli>Ben 'reells>Ba=t$$$ 1it esen"erer RelW>ksi>Bti!un! "es +auernstan"es3 pá!s$ -6-3 -62$Q$ )a >i"a"e3 o operário po"e3 1ais =a>il1ente "o que no >a1po3 no apenas >onstituir u1 lar para si3 >asar e =or1ar a u1a =a1Flia3 1as ain"a a!ir >o1o >i"a"o quan"o ter1ina o servi#o3 enten"er/se >o1 os que parti>ipa1 "e suas i"Dias$ &o"e3 outrossi13 >onquistar 1elBores >on"i#Ges "e traalBo e "e eist@n>ia !ra#as ? =or#a "e sua or!ania#o e pela sua %nterven#o na vi"a "a >o1una e "o Esta"o$ %sto ta1D1 leva ? >i"a"e o operário rural$ O>orre1 ain"a outros 1otivos$ ola3 tanto 1ais irre!ular será a o>upa#o que o=ere>e aos traalBa"ores$ Enquanto que al!u1as 1áquinas re"ue1 sensivel1ente o n1ero "os ra#os o>upa"os / >o1o a "eulBa"ora3 que a=asta >o1o intil u1a parte "os operários outrora e1pre!a"os no inverno / outras ei!e1 pre>isa1ente u1 !asto "e traalBo 1aior3 >o1o o se1ea"or a "ril$ A eplora#o por a=olBa1ento ei!e o >ultivo "e plantas >o1o a atata3 o ráano3 a >ouve que "urante o seu >res>i1ento pre>isa13 repeti"as vees3 "e >ui"a"os espe>iaisM a 1on"a3 a es>ava#o3 o a1ontoa1ento3 et>$ A >ultura intensiva3 pois3 ten"e e1 !eral a "i1inuir o n1ero "os operários e1pre!a"os no inverno e3 e1 >o1pensa#o3 ? pro>ura "e 1ais operários no vero3 a"1iti"a a per1an@n>ia "as 1es1as áreas planta"as$ o que leva3 "e u1 la"o3 a re"uir/se tanto quanto possFvel o n1ero "os "o1Dsti>os e "os assalaria"os3 que pre>isa1 ser nutri"os "urante o ano to"o e3 "e outro la"o3 a "ar/se e1pre!o >a"a ve 1ais irre!ular1ente aos ornaleiros livres$ Esta inse!uran#a >res>ente "e vi"a nas re!iGes e1 que a a!ri>ultura D a ni>a =onte "e !anBo "eve i1pelir os operários a!rF>olas ? >i"a"e3 on"e no en>ontra1 lu!ares 1ais se!uros3 1as on"e ao 1enos t@1 1aiores oportuni"a"es "e >onse!uir3 aqui ou a>olá3 qualquer o>upa#o$ A e1i!ra#o para os >entros in"ustriais e para as >i"a"es se torna u1 =en1eno >a"a ve 1ais !eneralia"o ? 1e"i"a que o >o1Dr>io pro!ri"e3 que as rela#Ges entre o 1eio urano e o 1eio rural se intensi=i>a13 que o traalBa"or "o >a1po se es>lare>e 1elBor sore a situa#o "as >apitais e a elas se "iri!e >o1 1ais =reqW@n>ia$ A >on"i#o essen>ial para a prosperi"a"e "a a!ri>ultura intensiva resi"e na 1aior =a>ili"a"e "e rela#Ges entre a >i"a"e e o interior3 entre o >entro "e pro"u#o e o 1er>a"o$ To"os os >a1poneses se es=or#a13 >o1 ar"or3 por oter3 nas estra"as "e =erro e nos >orreios3 a a1plia#o e aper=ei#oa1ento "os respe>tivos servi#os$ (as esse 1es1o >orreio3 que lBe entre!a3 >o1 in=or1a#Ges sore a evolu#o "os 1er>a"os3 >artas >o1er>iais3 leva ta1D1 ao traalBa"or a!rF>ola as notF>ias "e u1 parente "a >i"a"e3 satis=eito por Baver es>apa"o "a es>ravi"o "o 1eio rural$ O =un>ionário postal lBe entre!a ornais3 a ri!or apenas os ornais e1/pensantes$ (as quanto 1ais 3em4pensantes, 1ais ressalta1 a vi"a "e "elF>ias "os operários uranos3 na tare=a "e >riti>ar as suas ei!@n>ias3 e assi1 pGe1 á!ua na o>a "os in=elies operários a!rF>olas$ E essa 1es1a estra"a "e =erro que leva ao >a1pon@s as 1áquinas e o a"uo quF1i>o e transporta para o >onsu1i"or "a >i"a"e o tri!o3 o !a"o3 a 1antei!a3 arreata ao a!ri>ultor3 ta1D13 to"os os que o au"a1 a =orne>er esses pro"utos$ O 1ilitaris1o3 que atrai os ovens "o >a1po e os =a1iliaria >o1 a vi"a urana3 atua >o1 os 1es1os e=eitos$ O que in!ressa na >aserna no D "esvia"o "a a!ri>ultura por "ois anos apenas3 1as 1uitas vees para se1pre$ Assi13 D 1uito raro >ontar1os entre os 1ais enDr!i>os "e=ensores "o 1ilitaris1o os !ran"es proprietários territoriais e os >a1poneses aasta"os3 pre>isa1ente os que 1ais
-25
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ so=re1 >o1 ele$ Os operários que na"a possue1 / e entre eles3 e1 pri1eiro lu!ar3 os >eliatários // so os que 1ais =a>il1ente aan"ona1 o >a1po$ (as quanto 1ais es1a!a"ores se torna1 para a a!ri>ultura os en>ar!os que pesa1 sore ela so a =or1a "e i1postos3 "e "Fvi"as3 "e es!ota1ento "o solo^ quanto 1ais a >on>orr@n>ia entre a eplora#o >a1ponesa e a !ran"e eplora#o Pou ? eplora#o ultra1arina3 "e que ain"a tratare1osQ se a!u#a^ quanto 1ais a ne>essi"a"e "e en=rentar/se a >o1peti#o a>arreta os e>essos "e traalBo3 o "espreo "e to"as as ei!@n>ias "a >ivilia#o3 ?s vees 1es1o as si1ples ei!@n>ias "a vi"a3 a "e!ra"a#o voluntária atD a araria^ quanto 1ais a !lea per"e a possiili"a"e "e en>a"ear ao solo o prHprio lavra"or3 tanto 1ais a e1i!ra#o para a >i"a"e se trans=or1a e1 lei3 ta1D13 entre os pequenos >a1poneses$ Esta e1i!ra#o á ultrapassa o au1ento natural "a popula#o e sus>ita u1a "i1inui#o asoluta "a 1assa a!rF>ola$ ,e -772 a -753 o n1ero "e eplora#o no i1pDrio ale1o se elevou "e $26$8NN a $7$8-$ As áreas "e terras >ultiva"as passara1 "e 8-$767$52 Be>tares a 82$-$5NN Be>tares$ (as a popula#o "epen"ente "a a!ri>ultura "i1inuiu no 1es1o espa#o "e te1po "e -5$22$N3 para -7$9-$89 pessoas3 isto D3 "e 2N$-N7 >ae#as$ E esta "i1inui#o atin!e tanto as re!iGes "e pequena proprie"a"e >o1o as re!iGes "e !ran"e proprie"a"e >a1ponesa e as re!iGes "e lati=n"ios$ Ela se veri=i>a e1 to"as as provFn>ias "o Esta"o prussiano e e1 to"os os Esta"os i1portantes "o i1pDrio3 salvo no +runsik3 on"e se re!istra u1 au1ento "e -29$962 para -2$N-pessoas$ O n1ero "e operários assalaria"os se elevava na Ale1anBaM ,i1inui#o P/Q ,esi!na#o -772 -75 Au1ento PmQ A!ri>ultura $77-$7-5 $62$5N / 2N$92 %n"stria N$965$2N8 $5$6-8 m -$75$89 Co1Dr>io 2$262 -$288$9N m 9$78
O 1es1o =en1eno se veri=i>a na 0ran#a$ A rela#o entre a popula>o a!rF>ola e a popula#o total se "eslo>ou "a 1aneira se!uinteM Ano
:aitantes a!ri>olas :aitantes no/a!rF>olas
-76 -77-776 -75-
-7$567$69 -7$25$295 -$657$N82 -$N8$777
-$58$-78 -5$N22$785 29$29$N29$59$89
E1 rela#o ? popula#o total a popula#o a!rF>ola se elevava a -$Ng N7$Ng N6$6g N$g
&o"e1os tra"uir so outra =or1a esta "i1inui#o "a popula#o a!rF>ola3 >al>ulan"o a sua "ensi"a"e quilo1Dtri>a "e -76 a -75-$ Eis os resulta"os oti"osM
Anos
-76 -77-776 -75-
Super=F>ie total
,ensi"a"e quilo1Dtri>a "a popula#o a!rF>ola
K12 Baitantes 27$6-$55 8$75 8N362 883N7 82357
no/ a!rF>ola Baitantes 88358 863 87378 85366
total Baitantes 65372 -32 238236N
eri=i>a/se u1a "i1inui#o3 para a popula#o a!rF>ola3 "e 25- Baitantes por quil1etro
-89
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ qua"ra"o e1 - anos3 ao passo que a popula#o no/a!rF>ola au1entou3 "urante o 1es1o perFo"o3 "e 68 Baitantes$ $ En>ontra1os3 ain"a aqui3 u1a "i1inui#o asoluta "a popula#o a!rF>ola$ Ela D "evi"a ? re"u#o "o n1ero "e operários$ A a!ri>ultura =ran>esa e1pre!avaM Au1ento PmQ ,esi!na#o -778 -758 ,i1inui#o P/Q CBe=es "e servi#o 8$N69$699 8$69N$75 m -NN$-75 Assalaria"os 8$N2$59N 8$97$8N6 / 85N$7 A "i1inui#o "o n1ero "os assalaria"os era nesse paFs ain"a 1aior que na Ale1anBa$ )a %n!laterra3 territHrio "e !ran"e eplora#o a!rF>ola 1uito "esenvolvi"a e "e !ran"es >i"a"es3 D on"e a "i1inui#o 1ais se a>entuou$ )esse paFs3 o n1ero "os assalaria"os a!rF>olas so1ava3 e1 -76-3 -$-68$22^ e1 -7-3 556$6N2^ e1 -77-3 759$-N^ e1 -75-3 57$5-2$ ,i1inuFra e1 trinta anos3 "e 86N$8-3 isto D "e 8-38g quase "e u1 ter#o$ (as a per"a eperi1enta"a pela a!ri>ultura no se 1ani=esta ain"a inteira1ente nesses al!aris1os$ [á oserva1os que so soretu"o os 1o#os in"epen"entes que se retira13 =i>an"o as >rian#as e os velBos$ %sto D váli"o tanto para a e1i!ra#o periH"i>a quanto para a e1i!ra#o "e=initiva$ &o"e1os "ier3 pois3 que3 alD1 "e "e>res>er nu1eri>a1ente3 a popula#o a!rF>ola "i1inui "e >apa>i"a"e$ A 1ais re>ente estatFsti>a "e pro=issGes nos "á u1 ee1plo "e tal =atoM Contava1/se no i1pDrio ale1o3 e1 -753 7$252$652 in"ivF"uos e1pre!a"os na a!ri>ultura3 >ontra$$$ 7$27-$229 e1pre!a"os na in"stria$ As "uas pro=issGes so representa"as por n1eros quase i!uais$ (as >o1o a "istriui#o "i=ere se!un"o as >ate!orias "e i"a"e f /esignação
A!ri>ultura %n"stria A!ri>ultura Pm ou/Q /esignação
$ais de :=
/e := a ?>
/e ?> a D>
/e D> a =>
anos
anos
anos
anos
-8$-2
-$-2$5--
-$6-$-9N
-$8N$296
87$26
-$9$-6
2$82-$-85
-$9$588
m 56$77
/ $N9
/ 69$99
/ N98$2
/e => a B> anos
/e B> a <> anos
/e <> a A> anos
/e A> anos e mais
A!ri>ultura
-$282$575
-$-N5$-5N
92$267
2-$67
%n"stria
-$296$62N
5$N98
886$26
57$272
A!ri>ultura Pm ou/Q m 26$86 m 859$99m 866$9-2 m -8$N98 pois3 pre>isa1ente nas >ate!orias "e i"a"e 1ais resistentes ao traalBo3 "e -N a N9 anos3 que a a!ri>ultura3 >o1para"a ? in"stria apresenta u1 de5icit "e - 1ilBo "e ra#os$ esse de5icit >orrespon"e u1 e>e"ente i!ual1ente >onsi"erável nas >ate!orias 1enos prHprias ao traalBo$ O qua"ro que pe"i1os e1presta"o ao livro "e C$ +a%lo" sore a vitali"a"e "a popula#o urana e rural PC$ +ALLO,3 ,ie Leens=Bi!keit "er st"tis>Ben un" ln"li>Ben +evdlkerun!3 pá!$ 66Q D ain"a 1ais epressivo$ )a &rssia3 Bavia para >a"a !rupo "e -$999 pessoas3 a - "e "ee1ro "e -759M &essoa >o1 Co1unas rurais e Ci"a"es "e 1ais "e )a popula#o a!rF>ola se veri=i>a u1 i"a"e "e "o1Fnios nores -$999 Baitantes a>rDs>i1o ou u1a "i1inui#o "e 9 a - anos 85 8-8 m 66 - a 29 anos 5N -99 /6 29 a 89 anos -N8 2-9 / 89 a N9 anos -22 -N5 / 2 N9 a 9 anos -99 -9 / 9 a 69 anos 5 66 m-8 69 a 9 anos N 87 m-6
-8-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 9 a 79 anos Total
25 -$999
-5 -$999
m-7
a1os >itar ain"a al!uns al!aris1os que en>ontra1os no livro "e [$ 'ol"stein sore a estatFsti>a "as pro=issGes e "a riquea Ppá!s$ 27 e 5Q$ 'ol"stein pro>urou estaele>er a per>enta!e1 "a popula#o "e - a 8 anos nos "i=erentes >on"a"os "o %n!laterra$ &ara no nos alon!ar1os3 sH "are1os os n1eros etre1os re=erentes aos oito >on"a"os 1ais a!rF>olas e aos oito >on"a"os 1enos a!rF>olas )u1 total "e -$999 )u1 total "e -$999 pessoas e1$ -75essoas e1 -75Co1 Co1 Con"a"os Con"a"os &erten>entes i"a"e "e &erten>entes i"a"e "e ? a!ri>ultura l a N ? a!ri>ultura l a N anos anos :untin!"on 282 N99 Lon"on N5N Ca1ri"!e -55 N-5 Lan>aster 29 N5 :ere=or" -76 N9 ,urBa1 2N Rutlan" -78 N- York 4 Z$R$ 8N Lin>oln -7N2- Sta==or" 8N NN6 Su==olk - N96 (i""lesse / E 85 N6N )or=olk -6 N-9 Zari>k N9 N6 Zilts -N5 N-6 (on1outB N5 -H5 (ái1o N2-
(ái1o N
As "i=eren#as entre os >on"a"os in"ustriais3 e os >on"a"os a!rF>olas so 1uito visFveis$ Elas no se epli>a1 si1ples1ente pela e1i!ra#o$ A 1aior vitali"a"e "a popula#o a!rF>ola >ontriui i!ual1ente para essa >lassi=i>a#o por i"a"es$ E1 to"o >aso3 esse qua"ro 1ostra >o1 niti"e que para u1 n1ero i!ual "e operários3 a in"stria "ispGe "e n1ero 1aior "e ele1entos vi!orosos$ (as no so apenas as >rian#as e os velBos que =i>a1 no >a1po$ So ta1D1 as 1ulBeres$ :á n1ero 1aior "e 1ulBeres traalBan"o na a!ri>ultura "o que na in"stria$ i1os que3 no i1pDrio ale1o o total "e in"ivF"uos e1pre!a"os D quase o 1es1o na a!ri>ultura e na in"stria$ (as o n1ero "e 1ulBeres e1pre!a"as D 1aior$ ea1osM )1ero "e e1pre!a"os "os "ois seos
)a a!ri>ultura )a in"stria
)1ero "e 1ulBeres e1pre!a"as
-772 -75 -772 -75 7$286$N56 7$252$652 2$8N$595 8937g 2$8$-N 88329g 6$856$N6 7$27-$229 -$-26$56 -362g -$2-$--7 -738g
(as no so apenas os ele1entos =isi>a1ente 1ais =ortes3 1as ain"a os 1ais enDr!i>os3 os 1ais inteli!entes3 que >o1 1ais =reqW@n>ia aan"ona1 o >a1po3 porque para tanto possue1 a vitali"a"e e a >ora!e1 ne>essárias3 sentin"o 1ais intensa1ente o >ontraste entre a >ivilia#o >res>ente "a >i"a"e e a arárie >res>ente "o 1eio rural$ e1 vo que os !ran"es proprietários territoriais e os >a1poneses aasta"os pro>ura13 >o1 o >er>ea1ento "a instru#o "a 1assa a!rF>ola3 i1pe"ir que ela a"quira >ons>i@n>ia "esse >ontraste$ As rela#Ges e>on1i>as entre a >i"a"e e o >a1po so 1uito estreitas para que se possa preservar a
-82
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ popula#o rural "as sedu>?es "as 1etrHpoles$ &or 1aiores que sea1 os es=or#os "os terratenentes para %solar seus suor"ina"os >o1 u1a 1uralBa "a CBina3 o 1ilitaris1o3 que lBes inspira 1uito respeito3 "estrHi a separa#o e >on"u os ovens >a1poneses para o >entro urano$ Re"uir a instru#o3 "i=i>ultar to"as as o>asiGes propF>ias ? leitura "e livros e ornais3 so re>ursos "estina"os a i1pe"ir que os al"eGes tenBa1 "a >i"a"e u1a i"Dia3 1ais usta3 1as ne1 por isso evita1 que as pessoas 1ais inteli!entes "o 1eio rural >o1preen"a1 "a 1aneira 1ais viva3 o pri1itivis1o "e sua eist@n>ia$ Estas so assi1 i1peli"as ain"a 1ais "epressa para o >entro urano$ )o se po"e "e1onstrar pela estatFsti>a esta =or1a "e aan"ono "o >a1po$ (as sae1os que os a!ri>ultores se queia1 1enos "a "i1inui#o "o n1ero "e operários e1 !eral3 "o que "a "i1inui#o "o n1ero "e operários inteli!entes$ O ais1o intele>tual interposto entre a >i"a"e e o >a1po3 ais1o que sus>itou a i1ensa superiori"a"e "a pri1eira3 "o ponto "e vista "as =a>ili"a"es "e instru#o e "o "esenvolvi1ento 1ental3 ain"a 1ais se apro=un"a$ "i1inui#o "a popula#o3 ao atraso intele>tual "o >a1po3 so1a/se ain"a3 1uito =reqWente1ente3 a "e!eneres>@n>ia =Fsi>a$ Esta no se li1ita aos "istritos in"ustriais$ Ali1enta#o insu=i>iente3 >1o"os se1 nenBu1a Bi!iene3 es!ota1ento or!Jni>o3 sueira3 i!norJn>ia3 o>upa#Ges a>essHrias3 insalures3 %n"stria a "o1i>ilio3 >ontriue1 "e várias 1aneiras para a "e!eneres>@n>ia =Fsi>a "a popula#o rural$ 0oi elaora"a nestes lti1os te1pos u1a estatFsti>a 1ostran"o que a popula#o in"ustrial se en>ontra3 to1a"a e1 >onunto e1 >on"i#Ges 1ais a"equa"as ao servi#o 1ilitar "o que a popula#o "o >a1po / o que vale "ier3 >o1 >on"i#Ges =isi>a1ente 1ais "esenvolvi"as que as "esta lti1a$ Contu"o3 a =or#a proante "essa estatFsti>a D 1uito >ontesta"a$ Assi1 no tirare1os "ela nenBu1 parti"o$ (as se ain"a no po"e1os =alar3 e1 !eral3 "e u1a in=eriori"a"e =Fsi>a "a popula#o "o >a1po3 ve1os3 to"avia3 que a sua superiori"a"e "esapare>e$ (es1o nu1 paFs a!rF>ola >o1o a SuF#a ela no se "istin!ue 1ais "o ponto "e vista =Fsi>o$ E1 2N-$96 >ons>ritos3 nos anos "e -77N/-75-3 Bavia -9$69 traalBa"ores rurais$ Contava1/seM %1prHprios +ons para A"ia"os para o o servi#o servi#o Entre os >a1poneses -7$5g 6-$g 8738g )o >onunto "os >ons>ritos passa"os e1 -5$7g 68$9g 839g revista A propor#o "os Bo1ens aptos ao servi#o era3 pois3 entre os >a1poneses3 u1 pou>o in=erior ? 1D"ia$ )o D apenas "o ponto "e vista e>on1i>o3 nu1Dri>o e intele>tual3 1as ta1D1 "o ponto "e vista =Fsi>o que a popula#o a!rF>ola aia3 >a"a ve 1ais3 propor>ional1ente ?s outras >lasses "a so>ie"a"e$ Assi13 o "esenvolvi1ento >apitalista no te1 >o1o resulta"o apenas u1 a!rava1ento se1pre 1aior "os en>ar!os in>i"entes sore a a!ri>ultura3 1as ta1D1 o estan>a1ento "as =ontes =un"a1entais "e to"a riqueaI3 a terra e os traalBa"ores$ P>=$ O Capital, "e (ar3 - volu1e3 -8 >apFtulo3 pará!$ -93 +rande ind6stria e agricultura on"e a or"e1 "e i"Dias que a>aa1os "e epor re>eeu a sua epresso >lássi>a3Q Essas 1o"i=i>a#Ges atua1 natural1ente na eplora#o a!rF>ola$ soretu"o a questo operária3 enten"i"a3 D ver"a"e3 "e outro 1o"o que na >i"a"e3 a responsável pelas "i=i>ul"a"es no >a1po$ )o se trata "e in"a!ar o que =aer "os traalBa"ores3 1as "e saer on"e en>ontrá/%os3 [á assinala1os no >apFtulo %% que a !ran"e proprie"a"e territorial3 nos lu!ares e1 que eli1ina u1 n1ero >onsi"erável "e pequenas eplora#Ges3 pro>ura "epois restaurá/%as arti=i>ial1ente$ i"a"e tanto 1ais ela se es=or#a por =iar ? !lea os operários "e que pre>isa$ (as nos lu!ares e1 que a in"stria atua >o1 1aior =or#a "e atra#o3 a >ria#o pura e si1ples "e pequenas !ranas no asta$ Ur!e a"i>ionar/lBes u1a coa>ão 0ur1dica que a1arre os operários3 que os retenBa >o1o assalaria"os no "o1Fnio "o !ran"e proprietário territorial$ )esse >aso3 =or1a1/se
-88
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ novas pequenas eplora#Ges3 que o proprietário arren"a 1e"iante a o3riga>ão de l/e serem 5ornecidos certos tra3al/os, %nstitui/se u1 novo =eu"alis1o$ (as no por 1uito te1po$ A 1ar>Ba pro!ressiva "a in"stria lBe estatui u1 =i1$ Esses >ontratos "e arren"a1ento3 >o1 a ori!a#o "e traalBos "eter1ina"os3 sH se 1ant@1 on"e nenBu1a in"stria apare#a na viinBan#a$ )os lu!ares e1 que a in"stria se estaele>e3 o=ertas 1ais se"utoras i1pe"e1 que os operários se i1oilie13 Eles pre=ere1 >onservar a livre "isposi#o "e seu traalBo3 para po"er aproveitar to"as as o>asiGes "e ven"@/%o 1ais vantaosa1ente$ Kaer!er aponta >o1o resulta"o incontestá2el "o inquDrito sore a situa#o "os traalBa"ores rurais no noroeste "a Ale1anBa o =ato "e3 Ipara operários e patrGes3 as >on"i#Ges "e traalBo se tornare1 1ais vantaosas on"e !ran"e parte "a ativi"a"e a!rF>ola D realia"a ao 1es1o te1po pelos "o1Dsti>os e e1pre!a"os arren"atáriosI PI:euerlin!eIQ$ )esse >aso / prosse!ue / os patrGes "ispGe1 "e ra#os su=i>ientes para a ee>u#o re!ular "e to"os os servi#os3 e os operários !oa1 "e u1a situa#o 1aterial to oa que lBes per1ite3 1uitas vees3 a realia#o "e e>ono1ias3 sen"o i!ual1ente satis=atHrias as suas "isposi#Ges 1orais$ Apesar "esse a>1ulo "e =eli>i"a"e3 Bá lu!ares e1 que os traalBa"ores possue1 u1a al1a to "e=or1a"a que ne1 1ani=esta1 >ontenta1ento$ ,uas >ausas se opGe1 ? !eneralia#o "o e1pre!o "e operários arren"atários$ IE1 pri1eiro lu!ar3 o >aráter altivo3 in"epen"ente "a popula#o3 que "etesta qualquer >o1pro1isso que a pren"a por u1 >erto te1po3 >o1o se =osse u1a es>ravi"o$ Esse o 1otivo por que o siste1a "os operários arren"atários te1 si"o 1uitas vees i1prati>ável nos >Fr>ulos est=alianos "e &a"erorn3 ,Wren3 Zerur! e :Gter$ E1 se!un"o lu!ar3 o>orre o =ato "e eistir prHi1a u1a in"stria 1uito ativa3 que eli1ina o anti!o siste1a "os operários arren"atários e i1pe"e o seu reapare>i1ento nos "istritos BulBeiros "e +er!et "a (ark e ta1D1 na re!io "e :a1ur! :arur!$ Esses =atos se epli>a1 soretu"o pelos salários eleva"os que as e1presas 1ineiras e in"ustriais >ostu1a1 pa!ar3 rao que leva os traalBa"ores a!rF>olas a no se >o1pro1etere13 "urante 1uito te1po3 >o1 u1 >ontrato "e arren"a1ento que os un!e ao proprietário3 e assi1 po"ere1 aproveitar3 >o1 a o=erta "e seus ra#os3 as vanta!ens "a pro>ura >res>ente "e operários =arisI$ 'ra#as ? in"stria3 pois3 D que o =uturo "eia "e aten"er no sonBo =eu"al "e Kaer!er$ O e1pre!o "e operários >ontrata"os =ora3 sea "e 1o"o "e=initivo3 sea por u1a te1pora"a apenas3 D 1ais !eral$ Se a proletaria#o >res>ente "os >a1poneses au1enta a o=erta "esses traalBa"ores3 o es>oa1ento in>essante "e operários a!rF>olas para as re!iGes in"ustriais lBes alar!a a pro>ura$ E1 nu1erosos "istritos a lavoura seria i1possFvel se1 a presen#a "e 1o/"e/ora "e =ora$ (as por 1aior que sea a i1portJn>ia al>an#a"a por esse !@nero "e traalBo3 quan"o 1uito po"erá servir ? "istriui#o3 por to"o o territHrio na>ional3 "os en>ar!os que a =alta "e ra#os >ria para a a!ri>ultura3 / ou para nu1erosos paFses quan"o se re>orre a operários estran!eiros / 1as no po"e3 "e 1o"o !eral3 =orne>er ao >a1po novas =or#as pro"utivas$ O que o traalBo estran!eiro realia aqui D "estruF"o a>olá$ Se o oeste !anBa traalBa"ores3 o este os per"e3 e a =alta "e ra#os se =a sentir 1es1o on"e a in=lu@n>ia "a in"stria no se eer>era ain"a "e 1o"o "ireto3 e prepara3 pelo aan"ono 1o1entJneo "o solo3 o seu aan"ono "e=initivo$ Os operários estran!eiros a1ais sustituiro inteira1ente os nativos atraF"os pela >i"a"e$ Co1o á tive1os o>asio "e oservar3 so pre>isa1ente os 1ais enDr!i>os3 os 1ais inteli!entes os pri1eiros a aan"onar o >a1po$ %nversa1ente3 os seus sustitutos v@1 "e re!iGes atrasa"as "o ponto "e vista e>on1i>o3 on"e a instru#o pri1ária D insu=i>iente e on"e3 1uitas vees3 a prHpria lavoura ne!li!en>ia"a$ ,isso resulta no apenas u1a "i1inui#o "a >apa>i"a"e "e traalBo "a >ate!oria "os operários a!rF>olas3 1as ta1D13 >o1 =reqW@n>ia3 u1 re>uo "o ponto "e vista dos 1Dto"os "e >ultura$ IO que >ara>teria3 "e 1o"o !eral3 a situa#o "os operários / es>reve Kaer!er a respeito "os "istritos 1ineiros "a Zest=ália / D o e1pre!o quase !eneralia"o "e 1enores no servi#o3 i1e"iata1ente "epois "o >ris1a$ os na &russia Oriental e O>i"ental3 no :esse3 no :anover3 no Zal"e>k e na :olan"a$ (as essa provi"@n>ia se renova se1pre3 pois e1 re!ra s7 se en!aa1 por u1 ou "ois anos$ Ao veri=i>are1 que >o1 1uito 1enos es=or#os >onse!ue1 u1 salário e1 1ais eleva"o3 retira1/se para a 1ina$ &or o>asio "a >ei=a3 operários n1a"es se apresenta1 espontanea1ente3 e1 parti>ular "o "istrito "e (in"en$ ate!oria "e traalBa"ores3 pa!os 1uito >aro$ Os patrGes se arrana1 >o1 os "o1Dsti>os$ Aqueles v@1 1enos =reqWente1ente "o la"o "e S>Bel1 e "e :a!en3 on"e as proprie"a"es e1 !eral so 1enores$ Apare>e1 pou>o no "istrito "e S>Bel13 on"e "o1ina a pequena proprie"a"e$ Se!un"o >ertas in=or1a#Ges3 os operários a!rF>olas no =alta1 a ri!or nessas re!iGes3 soretu"o
-8N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ quan"o a in"stria re"u a sua ativi"a"e3 1as o que se pro>ura so ra#os estáveis3 soretu"o 3ons traalBa"ores rurais$ (as3 "e a>or"o >o1 a 1aior parte "os relatHrios a respeito3 e1 !eral D "i=F>il o en!aa1ento "e operários3 quaisquer que sea1 eles$ U1 inspetor !eral a=ir1a que a =alta "e 1o/"e/ ora3 soretu"o "e oa 1o/"e/ora3 D tal que a 1aioria "os >a1poneses se sente "esen>oraa"a3 na eplora#o "e suas terrasI JSitua>ão dos operários agr1colas, KAER'ER3 erBltnisse "er Lan"areiter3 %3 pá!$ -88 Q$ U1 inspetor "o !ro/"u>a"o "e :esse P:esse SuperiorQ es>reveM IOutrora3 Bavia aut@nti>os ornaleiros que3 "e u1 a outro etre1o "o ano3 eer>ia1 o seu 1ister e provava13 >o1 a ee>u#o "os seus traalBos3 que o Bavia1 apren"i"o3 que tinBa1 eperi@n>ia e que se po"ia >ontar >o1 eles$ (as "esapare>era1$ As "eulBa"oras e1pol!ara1 o servi#o "as !ranas3 no inverno$ Os "istritos in"ustriais "ava1 e1pre!o "urante to"o o ano3 e assi13 >o1e#ou pelas alturas "e -73 a e1i!ra#o para a Zest=ália3 para a +Dl!i>a3 para &aris3 e e1 se!ui"a soretu"o para a A1Dri>a3 para a Austrália3 para a Repli>a Ar!entina$ Os operários partia13 ia1 tentar a sorte. E3 >o1 e=eito3 1uitos ven>era1$ E esses instava1 >o1 os ons ele1entos3 seus >onBe>i"os no paFs3 a que lBes i1itasse1 o ee1plo$ Os "o1Dsti>os casados os sustitue13 u1a sala"a "e to"as as na>ionali"a"es3 suF#os3 prussianos orientais e o>i"entais3 poloneses3 !ente "a Alta SilDsia e 1es1o sue>os3 et>$3 uns vin"o previa1ente >ontrata"os3 outros espontanea1ente$ 0or1a1 u1a 1ulti"o "e "e!enera"os3 que vive1 e1 >on>uinato >o1 a es>Hria "as operárias n1a"es3 entre!a1/se ? ei"a e serve1 se1 >o1pet@n>ia pro=issional3 se1 inteli!@n>ia3 se1 =i"eli"a"e3 >o1o e1pre!a"os "e estrearia nas !ranas3 ou >o1o su1>os... en>arre!a"os "a !uar"a "o !a"o !rosso e "a pro"u#o "e leite3 e tu"o isso 1e"iante altos salários$$$ (es1o assi13 esses operários no asta1 nas eplora#Ges e1 que se >ultiva 1uito ráano$ ,es"e o >o1e#o "a pri1avera >o1e#a a >Be!ar "e RBGn3 "e Ei>Bs=el"3 "a +aviera3 "a 0loresta )e!ra3 "a Alta SilDsia3 "o ,u>a"o "e &osen e "a &rssia O>i"ental u1 !ran"e n1ero "e traalBa"ores n1a"es "os "ois seos3 que per1ane>e1 !ra#as a salários eleva"os atD o outono3 pre>isa1ente porque os naturais "o :esse Superior no !osta1 "e servi#o 1uito lon!o nas !ranasI P*ustn"e "er Lan"areiter3 %%3 pá!$ 2893 28-Q$ En=i13 va1os "ar u1 ter>eiro ee1plo3 sus>etFvel "e provar que a a!ri>ultura so=re >o13 os pro!ressos "a in"stria$ O "outor Ru"$ (ayer >ita nu1 arti!o J%eue *eit3 X%3 pá!$ 27N N, =atos relata"os pelo a"1inistra"or "e u1 "o1Fnio na +o@1ia3 "o1Fnio que o>upa al!uns 1ilBares "e Be>tares planta"os "e eterraas e >ereais$ Esse in=or1ante "i3 entre outras >oisasM IAntes tFnBa1os o Báito "e leirar o tri!o se1ea"o e1 linBa3 repeti"as vees3 >o1 o ara"o pua"o por u1 >avalo$ 1as isto no D possFvel$ on"u#o "e ani1ais "e tiro3 e os pou>os "o1Dsti>os >o1 al!u1a práti>a no per1ane>e1 1uito te1po no posto$ aserna o >onBe>i1ento "o 1un"o3 á no quere1 saer "e traalBo lon!o e penoso3 =eito entre nHs por u1 salário insi!ni=i>ante3 e orna"eia1 por aF3 no i1porta por on"e$ Assi13 "a popula#o nativa apenas =i>a1 os velBos3 as >rian#as e as 1ulBeres$ En!aa1os ento "o1Dsti>os "a re!io t>Be>a "e Taor$ Estes so 1uito i!norantes3 !rosseiros3 e no sae1 servir/se "e 1áquinas$ Eis porque "eia1os os ara"os pua"os a >avalo en=erruare1/se nos "epHsitosI3 Tais por1enores 1ostra1 >o1o D "i=F>il3 na a!ri>ultura atual3 re1e"iar/se a =alta "e 1o/"e/ora >o1 o e1pre!o "a 1áquina3 esse re>urso aparente1ente to a>onselBável neste sD>ulo "o vapor e "a eletri>i"a"e$ O lavra"or no en>ontra operários que saia1 servir/se "os 1eios 1e>Jni>os$ Os que estaria1 nessas >on"i#Ges3 aan"ona1 aos pou>os a a!ri>ultura$ Apesar "isso3 as 1áquinas realia1 Boe3 no >a1po3 pro!ressos in"is>utFveis3 os quais esto lon!e3 >ontu"o3 "e ser o que "everia1 ser para sanar a >arestia "e ra#os$ Apenas en>ontra1os >asos isola"os e1 que resolvera1 esse prole1a$ &onBa1os "e la"o o =ato "e e>ono1iare1 traalBo na propor#o "a quanti"a"e "os pro"utos =orne>i"os3 1as ne1 se1pre "a super=F>ie >ultiva"a$ U1a sDrie "e 1áquinas a!rF>olas ei!e3 para área i!ual3 u1 n1ero 1aior "e operários que o ei!i"o >o1 os instru1entos or"inários IE1 1uitos >asos a =alta "e ra#os3 ao invDs "e ser atenua"a3 a!rava/se >o1 o e1pre!o "e 1áquinas 1ais nu1erosas ou 1elBores$ A se1ea"eira a "rill ei!e3 e1 super=F>ies i!uais 1aior traalBo que a se1ea"eira a linBa ou a se1ea"eira 1anual3 et>$I PT:$ v$ "e 'OLT*3 ,ie ln"li>Be Areiterklasse3 pá!3 -67Q$ En=F13 á se a>onselBou ain"a u1 quarto re>urso >o1o re1D"io ? =alta "e operáriosM salários 1ais altos3 1elBor trata1ento3 Baita#Ges e >o1i"as 1elBores para eles$ Trata/se3 "e>erto "a solu#o 1ais e=i>a$ E >ontu"o pare>e insu=i>iente para "ar ? a!ri>ultura os ra#os "e que >are>e$ )o so so1ente os salários eleva"os que atrae1 ? >i"a"e o operário a!rF>ola$ Ele te1 ali a perspe>tiva "e arranar servi#o no inverno3 "e in"epen"@n>ia 1ais a1pla3 "e >onstituir =a1Flia3 e superiori"a"e "o ponto "e vista "a >ivilia#o$ Tais re!alias no po"eria1 ser >o1pensa"as >o1 u1a si1ples eleva#o
-8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ "e salários3 por 1ais >onsi"erável que =osse$ 0$ 'ross1ann es>reve PSitua>ão dos tra3al/adores agr1colas, 4 *ustn"e "er Lan"areiter3 %%3 pá!$ N-53Q que Inas re!iGes aias "o Ela Bá queias soretu"o quanto ? parti"a "e 1ulBeres "o1Dsti>as para as >i"a"es$ O in=or1ante a>Ba esse =en1eno tanto 1ais surpreen"ente quanto D >erto que as e1pre!a"as e1 "iversos servi#os3 nos pequenos ur!os viinBos3 !anBa1 apenas a 1eta"e "o que per>ee1 no >a1po$ E1 :a1ur!o 1es1o a 1D"ia "os salários no D 1ais eleva"a$ Ao >ontrário3 as "espesas o soI$ Ain"a os 1elBores trata1entos no ret@1 1uito te1po os operários no 1eio rural$ ISo nu1erosos os >asos / in=or1a o inspetor in=or1ante / "e senBores que no >Be!a1 a >onsi"erar Bo1ens aos seus "o1Dsti>os$ Estes3 no raro3 "eve1 >ontentar/se >o1 u1a ali1enta#o 1e"Fo>re3 quan"o no 1al prepara"a$ (uitas vees no "ispGe1 "e u1 >1o"o a"equa"o3 su=i>iente1ente aque>i"o3 e1 que possa1 passar os seus 1o1entos "e =ol!a$ E Bá >asos e1 que so ori!a"os a "or1ir nu1 "epHsito "e trastes velBos3 a u1 >anto a=asta"o "a >asa3 se1 soalBo3 se1 >a"eiras e3 >o1 1aiores 1otivos3 se1 1esa$ Ao >ontrário3 se os patrGes trata1 o "o1Dsti>o >o1o 1e1ro inte!rante "o lar3 se >onversa1 >o1 ele a respeito "e ne!H>ios3 se >o1e1 ? 1esa3 >o1o D >o1u1 nessas re!iGes3 se lBe per1ite1 que passe as Boras "e laer >o1 a =a1Flia3 ou se o instala1 e1 qualquer pe#a Bi!i@ni>a3 e1 aque>i"a3 e lBe >onsente1 a leitura "e ornais3 esse traalBa"or viverá >ontente$ (as 1es1o assi1 ele sonBa3 e1 !eral3 e1 ser >arteiro ou e1pre!a"o "e estra"a "e =erro$ ostureiras3 "e a1as/se>as3 et>$ E1 a1os os seos Bá se1pre a esperan#a "e u1 e1pre!o nas !ran"es >i"a"es$ porque o a1iente aF D 1ais a!ra"ável que o "e u1a pequena al"eia lon!Fnqua3 se1 vi"a3 no raro se1 u1a Bospe"aria$ ,o1Dsti>os poupa"os3 >o1 os !anBos altos >onse!ui"os Boe / a"1itin"o >ontu"o3 que no se >ase1 1uito >e"o3 >o1o !eral1ente a>onte>e / realia1 e>ono1ias e a"quire1 assi1 "epois "os trinta anos3 u1a !ranainBa on"e >ria1 u1as quatro va>as e al!uns >arneiros3 soretu"o a!ora que os pre#os "essas proprie"a"es "i1inuFra1I$ JOp. cit., pá!$ N28Q$ )e1 a taa eleva"a "os salários3 ne1 os ons trata1entos3 ne1 a perspe>tiva "e u1a pequena proprie"a"e >onse!ue1 =iar ao solo a 1assa "os traalBa"ores a!rF>olas$ ,e resto3 >o1o po"e1 os operários rurais oter salários 1ais eleva"os e 1elBor trata1entob )o Bá >ate!orias "e patrGes que se "e>i"a1 voluntaria1ente a essa >on>esso$ SH o =ae1 quan"o >oa!i"os3 1as os assalaria"os a!rF>olas ain"a so 1uito =ra>os para =or#á/los a tanto pelo vi!or "e sua or!ania#o$ U1a alta "e salários no >a1po D se1pre >onseqW@n>ia "a =alta >res>ente "e ra#os$ Salário eleva"o e o=erta aun"ante "e 1o/"e/ora so "ois =atores que3 atD o presente ao 1enos3 se e>lue1 na a!ri>ultura$ &or 1elBor que =osse o >onselBo3 no se po"eria esperar que u1a eleva#o "e salários "eter1inasse u1 estan>a1ento "a e1i!ra#o para a >i"a"e$ Esse =luo au1enta se1pre3 se1 ostá>ulos que o i1pe#a$ An"erson 'raBa1 "i3 a este respeito3 na sua ora O @;odo rural PRural Eo"usQ3 P>ita"a por 'ol"stein na Estat1stica das pro5iss?es pá!$ 85Q P+eru=s!lie"erun!QM Io1o no ZiltsBire3 e1i!ra1$ o1o no )ortBu1erlan"3 e1i!ra1 i!ual1ente$ o1o no "istrito "e Slea=or" PLin>olnQ3 e1i!ra1 ain"a3 e e1i!ra1 se1pre quan"o as !ranas so !ran"es3 >o1o a>onte>e e1 )or=olk$ O >a1pnio pare>e >o1o que penetra"o "essa i"Dia "esesperante "e que no 1eio rural no Bá =eli>i"a"e possFvel para ele3 e 1uito tranqWila1ente "epGe a sua ena"a e a sua pá3 e parteI$ Co1o a ini>iativa priva"a D i1potente >ontra esse esta"o "e >oisas3 reivin"i>a/se a interven#o "o Esta"o$ &ro>ura/se reter os "o1Dsti>os ao traalBo a!rF>ola >o1 re!ula1entos 1ais ri!orosos a seu respeito3 punin"o/se/lBes os "elitos3 e1ar!an"o/se/lBes os >asa1entos$ Tenta/se i1oiliar as popula#Ges nos seus lares >o1 a supresso ou li1ita#o "a lier"a"e "e estaele>i1ento3 >o1 a proii#o "e 1u"an#as3 in=luin"o/se para que as >apitais ne!ue1 "ireitos "e >i"a"ania aos re>D1/ >Be!a"os3 elevan"o/se as passa!ens "as estra"as "e =erro3 et>$ (as as 1e"i"as "a pri1eira >ate!oria apenas >ontriue1 para tornar ain"a 1ais insuportável a vi"a "os "o1Dsti>os e operários rurais3 a!ravan"o a sua "eser#o "o >a1po$ i1ento3 1es1o que popula#o in"ustrial a isso se a"aptasse3 1es1o na BFpHtese "e po"er realiar/se3 tiraria "e aperturas al!uns lavra"ores 1as no seria "e nenBu1a e=i>i@n>ia para a a!ri>ultura e1 se >onunto$ Arran>ar/se/ia3 isto si13 a u1 !ran"e n1ero "e pequenos >a1poneses3 a ni>a possiili"a"e que lBes resta "e al!uns lu>ros a>essHrios3 atiran"o/os ? 1isDria 1ais pro=un"a$ )as re!iGes in"ustriais3 to"a lavoura realia"a por 1eio "e assalaria"os seria i1prati>ável3 porque e1 tais >ir>unstJn>ias3 >o1o vi1os3 o traalBo rural s7 D possFvel >o1 u1 >o1ple1ento "e ra#os estran!eiros$ A 1e"i"a e1 apre#o retar"aria a an>arrota "a a!ri>ultura nas re!iGes atrasa"as "o ponto "e vista e>on1i>o3 1as a apressaria nas re!iGes a"ianta"as$
-86
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Contra a =alta "e ra#os na lavoura no Bá re1D"io "entro "a so>ie"a"e >apitalista$ Co1o a a!ri>ultura =eu"al ao =i1 "o sD>ulo X%%%3 a a!ri>ultura >apitalista "o =i1 "o sD>ulo XlX está nu1 e>o se1 saF"a3 "o qual no po"e sair entre!ue aos seus prHprios re>ursos3 "a"o o esta"o so>ial vi!ente$ Te1os a i1presso "e estar "iante "e u1a "es>ri#o =eita no lti1o sD>ulo quan"o le1osM 0alta1 operários3 e esta =alta se =a sentir prin>ipal1ente nas e1presas "os !ran"es proprietários territoriais e "os >a1poneses ri>os$ Resulta "aF o arren"a1ento "e 1uitos "o1Fnios i1portantes e 1es1o "e proprie"a"es >a1ponesas$ Resulta13 i!ual1ente3 a aus@n>ia "e novos 1elBora1entos e a !eneralia#o "e u1a >o1o que in"stria "e is>ates$ O !a"o se torna es>asso3 =aen"o ori!atHrio o e1pre!o3 >o1o =ertiliantes3 "os "eetos Bu1anos e "os a"uos quF1i>os$ Tal uso natural1ente preu"i>a a >onserva#o "o solo$ A>onte>e3 ta1D13 que os terrenos arenosos3 antes >ultiva"os >o1 proveito3 so a!ora aan"ona"os "urante lon!os anos3 1es1o quan"o perten#a1 a operários$ Estes !anBa1 1ais >o1 o seu traalBo assalaria"o / quan"o o e1pre!o D >o1pensa"or / "o que >o1 o plantio "e sua terraI PerBltnisse "er Lan"areiter3 %%3 pá!$ 296Q$ E o que nos "i u1 relatHrio oriun"o "e :esse$ U1 outro3 "a +aviera3 "e>laraM ICo1o os relatHrios !erais atesta13 a =alta "e operários e1 1uitas re!iGes no pertura apenas a re!ulari"a"e "a eplora#o3 1as "i1inui !eral1ente a sua intensi"a"eI JOp. cit., pá!$ -59Q$ o1pare1 >o1 estas as >ita#Ges3 "a"as a>i1a3 sore os resulta"os "o e1pre!o "e traalBa"ores "e =ora$ Apesar "e to"os os pro!ressos tD>ni>os3 no po"e1os "uvi"ar "e que Bá lu!ares e1 que a a!ri>ultura D retrH!a"a$ Se a =alta "e 1o/"e/ora persiste3 a "e>a"@n>ia a>aará por tornar/ se !eral$ IU1a "i1inui#o "as =or#as pro"utivas "eve ne>ess?ria1ente ter por >onseqW@n>ia u1a "i1inui#o "a super=F>ie >ultiva"a anual1ente e u1 au1ento "as pasta!ensI P'OLT*3 ,ie ln"li>Be Areiterklasse3 pá!$ -6Q$ To"as as eplora#Ges que e1pre!a1 assalaria"os so atin!i"as pelos e=eitos "epri1entes "a =alta "e operários$ As pequenas 1ais "o que as !ran"es3 pois ne1 ao 1enos "ispGe1 "e 1eios que possa1 re1e"iar u1 pou>o3 aqui e a>olá3 a >ar@n>ia "e ra#os3 quan"o o 1al no se apresenta "e to"o inevitável$ )o possue1 terras que ponBa1 ao al>an>e "os traalBa"ores3 1e"iante =ir1es >ontratos "e arren"a1ento$ &re>isa1 elas "e u1 n1ero to restrito "e operários que no Baveria vanta!e1 e1 >Ba1á/los epressa1ente "e lon!e$ ,eve1 >ontentar/se >o1 os que en>ontra1 na viinBan#a$ )o raro se v@e1 i1pe"i"os "o uso "e 1áquinas$ Sua situa#o =inan>eira lBes proFe3 "e resto3 u1 !asto 1aior >o1 salários$ Essas eplora#Ges que assalaria13 e1ora eF!uas3 so pre>isa1ente as que e1pre!a13 "e pre=er@n>ia3 os operários que 1ais =a>il1ente e1i!ra1 / os >eliatários3 >ria"os e >ria"as "e !rana$ Entre as e1presas que3 "e"i>a"as ? pro"u#o "e 1er>a"orias3 no pro"ue1 alD1 "o pre>iso3 se >ontenta1 >o1 os ra#os =orne>i"os pela prHpria =a1Flia3 1as3 ain"a assi13 possue1 ta1anBo astante para reter os respe>tivos proprietários$ So e1 !eral as eplora#Ges "e a 29 Be>tares$ A ten"@n>ia ? =ra!1enta#o "o solo3 que a1ea#a 1ais parti>ular1ente essas eplora#Ges3 "i1inui ? 1e"i"a que au1enta o aan"ono "o >a1po por parte "a popula#o a!rF>ola3 e assi1 as =avore>e$ A luta pela terra "e>res>e^ >ae1 os pre#os e>essivos "as pequenas proprie"a"es$ O par>ela1ento "eia "e ser proveitoso3 en>ontra u1 =i1$ )o se estranBe3 pois3 que sea1 essas eplora#Ges as ni>as a real1ente >onquistare1 terreno na Ale1anBa$ A super=F>ie o>upa"a pela a!ri>ultura a1pliou/se "e -772 a -753 "e 6N7$565 Be>tares$ As eplora#Ges "e a 29 Be>tares3 soinBas3 au1entara1 "e 68$N Be>tares^ a área "as eplora#Ges "e - a 2 Be>tares re"uiu/se "e 9$- Be>tares^ a "as eplora#Ges "e 29 a 9 Be>tares3 "e 62$757 Be>tares$ E1 -$999 Be>tares utilia"os pela a!ri>ultura3 tive1os a se!uinte evolu#oM
A>i1 A>i1a a 29 a -99 a a "e - a 2 2 a "e 29 -99 -$999 - Be>ta Be>ta -$999 Be>ta Be>ta Be>tare Be>ta res res Be>tare res res s re s -772
2N
88
-99 277 8--
222
22
-75
2
82
-9- 255 898
2-6
2
-8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Au1ento PmQ ,i1inui#o P/Q
m-
/-
m-
m-
/7
/6
m7
As eplora#Ges >a1ponesas 1D"ias "e a 29 Be>tares =ora1 as ni>as que sensivel1ente !anBara1 terreno$ As "os !ran"es >a1poneses3 "e 29 a -99 Be>tares3 =ora1 as que 1ais "i1inuFra1$ $ Esses n1eros en>Be1 "e ale!ria to"os os ons >i"a"os que vee1 na >lasse >a1ponesa o 1ais sHli"o aluarte "a or"e1 estaele>i"a$ / Ela no se aala3 ela no se 1ove3 ela D prHpria a!ri>ultura / e>la1a1 >o1 entusias1o3 / A "outrina "o !alileu "o so>ialis1o D =alsa f ,e =ato3 as ten"@n>ias >entralia"oras e "es>entralia"oras3 >ua a#o veri=i>a1os por to"a parte3 no "e>urso "o sD>ulo3 atD -7793 no se 1ani=esta1 nesses al!aris1os$ &are>e que os >a1poneses v@e1 nas>er u1a nova era "e prosperi"a"e >apa "e "estruir to"as as ten"@n>ias so>ialistas "a in"stria3 Contu"o3 essa prosperi"a"e no repousa sore na"a real3 no resulta "o e1/estar "os >a1poneses^ 1as "o esta"o "e 1isDria e1 que se en>ontra a a!ri>ultura e1 seu >onunto$ Ela pro>e"e "as 1es1as >ausas que =ae1 >o1 que 1áquinas á intro"ui"as na lavoura3 e nela á eperi1enta"as3 sea1 aan"ona"as3 que renas#a1 =or1as =eu"ais "e >ontrato "e traalBo3 que terras "e >ultura se trans=or1e1 e1 pasta!ens e que os >a1pos "eie1 "e ser planta"os$ O "ia e1 que a a!ri>ultura >Be!asse a resolver3 "e 1aneira satis=atHria3 a sua $uestão operária, e e1 que eperi1entasse3 por >onse!uinte3 u1 novo surto3 as ten"@n>ias atD ento =avoráveis ? eplora#o "eiá/lo/ia1 "e ser$ )o se "eve i!ual1ente esperar que a "e>a"@n>ia "a a!ri>ultura =a#a "esapare>er3 >o1 o seu prolon!a1ento3 a !ran"e e1presa e a eplora#o 1ins>ula3 "an"o a supre1a>ia no 1eio rural ? >lasse "os >a1poneses 1D"ios que Sis1on"i "es>revia >o1 tanto entusias1o no >o1e#o "este sD>ulo^ no se "eve esperar que estes se torne1 >apaes "e opor a qualquer evolu#o so>ial u1 não passarás alm. Se entre to"as as >lasses "a popula#o a!rF>ola3 pro"utores "e 1er>a"orias3 os >a1poneses 1D"ios so os 1enos atin!i"os pela =alta "e traalBa"ores assalaria"os3 so=re13 >ontu"o e1 es>ala 1aior3 os "e1ais en>ar!os que es1a!a1 a a!ri>ultura$ So eles os 1ais eplora"os pelo usurário e pelo inter1e"iário^ sore eles re>ae1 os i1postos 1ais pesa"os^ para eles D que o servi#o 1ilitar se torna 1ais "uro^ e seu solo D o que se e1pore>e e se es!ota 1ais rapi"a1ente3 E >o1o as suas lavouras se en>ontra1 no n1ero "as 1ais irra>ionais "entre as que pro"ue1 1er>a"orias3 so eles os que 1ais =reqWente1ente pro>ura1 en=rentar a >on>orr@n>ia >o1 u1 traalBo e>essivo e u1a ali1enta#o insu=i>iente$ Re>or"a1os u1a epresso revela"ora "a =eli>i"a"e "os pequenos >a1poneses por >ontinuare1 pequenos >a1ponesesM IilI $ A proprie"a"e relativa1ente i1portante3 ain"a retD1 os >a1poneses 1D"ios presos ? !lea$ A eles3 1as no a seus =ilBos$ Estes lti1os3 >o1o os assalaria"os e os pequenos >a1poneses3 >o1e#a1 a ser al>an#a"os pela e1i!ra#o e isto na 1e"i"a e1 que se =a1iliaria1 >o1 a in"stria3 "e u1a "as provFn>ias on"e os >a1poneses se 1antivera1 >o1 1aiores possiili"a"es3 "e S>Blesi!/ :olstein3 que nos ve1 a se!uinte in=or1a#oM IOs >ria"os$ 1es1o os =ilBos "os lavra"ores que atD a sua entra"a no EDr>ito traalBava1 na !rana paterna3 quan"o ter1ina1 o servi#o 1ilitar3 no ten"o $apren"i"o al!u1 o=F>io3 no =i>a1 1uito te1po no interior$ Retorna1 ? >i"a"e3 porque a vi"a no >a1po á no lBes a!ra"aI PerBltnisse "er Lan"areiter3 %%3 pá!$ N26Q$ CBe!a o 1o1ento e1 que os =ilBos "os >a1poneses 1D"ios se >ansa1 "e ser in>luF"os no n1ero "os seus traalBa"ores 1ais 1al trata"os e pa!os$ Assi13 quanto 1ais pro>ura1 sutrair/se ? arárie "a vi"a rural3 tanto 1ais "e>res>e1 as =a1Flias "esses lavra"ores e 1enos asta1 elas ?s ei!@n>ias 1ais estritas "o servi#o^ quanto 1aior se torna o papel que os assalaria"os so >Ba1a"os a "ese1penBar3 nas proprie"a"es "esse tipo3 tanto 1ais a questo operária3 ao la"o "e outras "i=i>ul"a"es >ara>terFsti>as "essa >ate!oria "e e1presa3 se lBes apresenta no pri1eiro plano$ :oe3 os >Fr>ulos >a1poneses á esto "eian"o "e ser >onserva"ores3 isto D3 "e se satis=aere1 >o1 o atual esta"o "e >oisas$ Ao >ontrário3 "esea13 tanto quanto os so>ialistas 1ais intransi!entes3 u1a 1u"an#a "e situa#o$ >laro que a 1u"aria1 nu1 senti"o inteira1ente "iverso$ )o e1preen"eria1 nenBu1 1ovi1ento revolu>ionário3 no "estruiria1 o Esta"o3 qualquer que =osse3 ?s vees3 a selva!eria "e sua >on"uta$ (as á "eia13 >ontu"o3 "e ser os "e=ensores "a or"e1 >onstituF"a$ A >rise a!rária se esten"e a to"as as >lasses pro"utoras "a a!ri>ultura3 Ela no poupa as
-87
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ es=eras >a1ponesas$
X A CO)CORR\)C%A ,OS &RO,UTOS ,E AL(/(AR E A %),USTR%AL%*AÇAO ,A A'R%CULTURA aN A ind6stria de e;porta>ão Os >apFtulos pre>e"entes nos 1ostrara1 que o 1o"o "e pro"u#o >apitalista3 ro1pi"os os lia1es "o =eu"alis1o3 "eu u1 i1pulso etraor"inário ? a!ri>ultura3 i1pulso que lBe propor>ionou e1 al!u1as "D>a"as 1aiores pro!ressos que os eperi1enta"os por ela "urante 1ilBares "e anos$ (as esse 1es1o 1o"o "e pro"u#o >apitalista3 >ontu"o3 "esenvolve ten"@n>ias >a"a ve 1ais >ontrárias ao traalBo "o >a1po$ Resulta "aF que as =or1as "e proprie"a"e >orrespon"entes ao 1o"o "e pro"u#o 1o"erna >a"a ve 1ais se >ontrapGe1 ?s ne>essi"a"es "e u1a >ultura ra>ional$ As ten"@n>ias "e "epresso á se =aia1 sentir Bá 1uito te1po$ Elas3 porD13 preu"i>ara1 1uito pou>o o lavra"or e o proprietário territorial3 enquanto pu"era1 lan#ar sore outre13 sore os >onsu1i"ores3 os en>ar!os3 "aF resultantes$ Enquanto "urou tal esta"o "e >oisas3 a partir "a "erro>a"a "o Esta"o =eu"al3 "es"orou/se u1a i"a"e "e ouro para a a!ri>ultura3 a qual veio atD o lti1o quartel "o sD>ulo X%X$ O 1e1orial elaora"o pelo (inistDrio "a A!ri>ultura3 e1 nove1ro "e -753 sore as 1e"i"as polFti>as a sere1 to1a"as para =o1ento "a lavoura na &rssia3 "iia >o1 rao3 >o1o o oserva (eiten P(E%T*E)$ ,er +o"en un" "ie lan"irtBs>Ba=tli>Ben erBltnisse "es preussis>Ben Staats3 %$ NN9$QM IOs e=eitos que se esperava1 "as leis a!rárias no tar"ara1 a veri=i>ar/se$ Ao invDs "e =roui"o3 u1a ativi"a"e =eli apo"erou/se "a popula#o rural$$$ U1 >on>urso "e >ir>unstJn>ias =avoráveis "isse1inou entre os proprietários >a1poneses3 tanto quanto entre os proprietários "e terras nores3 u1 e1$ estar !eral$ O pre#o "e to"as as proprie"a"es suiu "es1ar>a"a1ente e1 virtu"e "a >o1pleta lier"a"e "e >ultura e "a >on>orr@n>ia ili1ita"a "os >o1pra"oresI$ A lin!ua!e1 "os 1inistros "e A!ri>ultura prussianos D Boe inteira1ente outra$ AtD o ulti1o quartel "o sD>ulo X%X3 o pre#o "os !@neros ali1entF>ios >erta1ente suiu3 ao >ontrário "o que a>onte>eu >o1 o pre#o "os pro"utos in"ustriais$ E1 1uitos >asos3 1es1o3 as>en"eu 1ais "epressa que os salários3 "e tal 1o"o que os operários vira1 a sua situa#o piorar3 no apenas >o1o pro"utores Pa quota/parte "a 1ais/valia au1entava3 o que vale "ler que "i1inuFa o seu quinBo no valor pro"ui"o por elesQ3 1as ta1D1 >o1o >onsu1i"ores$ A prosperi"a"e "a a!ri>ultura nas>eu "a 1isDria >res>ente "o proletaria"o$ -$999 quilos "e =ru1ento >ustava13 se!un"o [$ Conra"3 e1M %n!laterra 0ran#a &rssia Ppre#o e1 Ppre#o e1 Ppre#o e1 1ar>osQ 1ar>osQ 1ar>osQ -72-/89 266399 -523N9 -2-3N9 -78-/N9 2N399 -55329 -873N9 -7N-/9 2N9399 296369 -6379 -7-/69 29399 28-3N9 2--3N9 -76-/9 2N7399 22N369 29N369 -7-/ 2N63N9 2N7379 28329 O quilo "e >arne "e va>a >ustavaM +erli1 Lon"res -72-/89
6- p=
p=
+erli1 Lon"res -7-/69
7 p=
-9- p=
-85
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ -78-/N9
68 p=
p=
-76-/9
-99 p=
--8 p=
-7N9/9
- p=
7 p=
-7-/79
-2 p=
-8- p=
PQ p= si!ni=i>a p=ennin!
Esta alta >onstante >essou ali por -779$ -99 quilos "e tri!o >ustava1M %n!laterra -76/79 -77-/7 -775
0ran#a
&rssia
296379 2253N9 -793N9 29369 -8399 -57389 Os$ &re#os e1 1ar>os
2--329 -75399 -52399
Se!un"o o lti1o relatHrio "a >o1isso a!rária parla1entar "a %n!laterra3 os pre#os =ia"os o=i>ial1ente nesse paFs para o tri!o era13 por quartaM -775/582 sBillin! -- pen>e -759/52 88 sBillin! - penny -75-/58 8- sBillin! 2 pen>e -752/5N 26 sBillin! 6 pen>e -75N/5 2N sBillin! - penny O quilo "e >arne "e va>a >ustava e1 +erli1 "e -77- a -773 --5p=!$^ "e -776 a -7593 -- p=!$^ e1 Lon"res3 "e -77- a -773 -2N pf!$^ "e -776 a -759$ -9- p=!$ O $>urso "os !@neros "e pri1eira ne>essi"a"e se!ue pois3 a partir "e -793 u1a evolu#o >ontraria ? que eperi1entara1 anterior1ente$ A rao "essa 1u"an#a "eve ser pro>ura"a >o1o a "e qualquer outra !ran"e 1o"i=i>a#o na a!ri>ultura 1o"erna3 no "esenvolvi1ento "a in"stria3 que pGe o >a1po so a sua "epen"@n>ia$ O 1o"o "e pro"u#o >apitalista pre>isa "e u1a suverso >ontFnua "a e>ono1ia3 por inter1D"io "a a>u1ula#o3 "o a1ontoa1ento in>essante "e >apitais3 "e inova#Ges tD>ni>as resultantes "o pro!resso ininterrupto "as >i@n>ias postas a servi#o "a ur!uesia$ A 1assa "os pro"utos >res>e3 pois nas na#Ges >apitalistas3 "e ano e1 ano$ E >res>e 1uito 1ais "epressa que a popula#o$ Coisa sin!ular / esta a>u1ula#o >onstante "e riquea se torna =onte "e e1ara#os >res>entes para os pro"utores >apitalistas %sto porque o seu 1o"o "e pro"u#o D o "e pro"u#o "e 1ais/valia que no =i>a >o1 o proletaria"o3 1as >o1 a >lasse "o1inante$ &or outro la"o3 D u1a pro"u#o e1 !ran"e es>ala3 u1a pro"u#o para o >onsu1o "as 1assas$ Eis u1a "i=eren#a essen>ial entre a pro"u#o >apitalista e a pro"u#o =eu"al ou anti!a$ O senBor =eu"al ou o senBor "e es>ravos arran>ava1 ta1D1 "e seus traalBa"ores u1a superpro"u#o3 1as esta era >onsu1i"a por esses privile!ia"os ou seus parasitas$ A 1ais/valia e1olsa"a pelo >apital to1a3 pelo >ontrário3 a =or1a "e u1a pro"u#o que a 1assa popular "eve a"quirir3 antes "e to1ar3 a =or1a "e arti!os "estina"os ao >onsu1o "a >lasse "o1inante$ O >apitalista "eve3 assi1 >o1o o senBor =eu"al ou o senBor "e es>ravos3 pro>urar "i1inuir o >onsu1o3 "as 1assas para au1entar o >onsu1o prHprio$ (as te13 alD1 "isso u1a preo>upa#o que outros "es>onBe>ia1 / a "o >onsu1o >res>ente por parte 1assas$ Esta >ontra"i#o >onstitui u1 "os prole1as 1ais >ara>terFsti>os3 e ao 1es1o te1po 1ais "i=F>eis3 entre os que se apresenta1 ao >apitalis1o 1o"erno$ &olFti>os in!@nuos e ta1D1 so>ialistas elosos tenta1 "e1onstrar3 Bá 1uito te1po3 que o >onsu1o pelas 1assas D tanto 1aior quanto 1aior =or o >onsu1o "as >lasses traalBa"oras3 e que por >onse!uinte a 1elBor solu#o para i1pri1ir ? pro"u#o o seu >urso3 nor1al3 e 1es1o a1pliá/%a >onstante1ente3 será o au1ento "os salários$ (as o 1elBor e=eito "essa a"vert@n>ia será >o1 >ertea preparar o espFrito "o >apitalista para ver >o1 ons olBos a eleva#o "e salários e1 to"as as outras in"strias3 1enos na sua$ U1 >erveeiro po"erá ter interesse no au1ento "o >onsu1o "as 1assas
-N9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ !ra#as ? eleva#o "os salários "e outros operários3 1as nun>a "os "e seus traalBa"ores$ eato que quanto 1ais altos os salários3 tanto 1ais o >apitalista po"erá ven"er$ (as ele no pro"u para ven"er3 1as para e1olsar u1 lu>ro3 Ora3 o lu>ro D3 ceteris pari3us, tanto 1ais eleva"o quanto 1aior =or a 1ais/valia$ Esta será tanto 1aior quanto 1enor =or o salário para a 1es1a so1a "a"a ao traalBo$ ,o resto3 os >apitalistas >onBe>e13 e se1pre >onBe>era13 outros 1Dto"os para alar!a1ento3 por parte "as 1assas3 "o >onsu1o "e arti!os pro"ui"os e1 suas =ári>as3 alD1 "o >onsu1o "os prHprios operários$ )o D no proletaria"o que realia13 "e pre=er@n>ia3 as suas ven"as 1ais i1portantes3 1as nas >a1a"as no/proletárias "a popula#o3 antes "e 1ais na"a nas >a1a"as "o >a1po$ i1os que arruFna13 no 1eio rural3 a in"stria a "o1i>Flio3 =or1an"o assi1 u1 !ran"e 1er>a"o para a >olo>a#o "os seus pro"utos$ (as esse 1er>a"o no asta$ O 1o"o "e pro"u#o >apitalista apela para 1eios 1ais po"erosos3 na 1e"i"a e1 que a >lasse assalaria"a / >ria"ora "as !ran"es 1assas "e pro"utos3 "os quais sH >onso1e >ontu"o u1a parte / se torna pre"o1inante no >onunto "a popula#o$ A epanso "o 1er>a"o =ora "e =ronteiras3 a pro"u#o para o 1er>a"o 1un"ial e o >onstante "esenvolvi1ento "este so >on"i#Ges vitais "a in"stria >apitalista$ ,aF os seus es=or#os para alar!a1ento "o >onsu1o no eterior3 para =aer a =eli>i"a"e "os ne!ros >o1 o =orne>i1ento "e otas e >BapDus3 e "os >Bineses >o1 o =orne>i1ento "e >oura#a"os3 >anBGes e estra"as "e =erro$ O prHprio 1er>a"o interior "epen"e quase inteira1ente "o 1er>a"o 1un"ial$ Este D que "e>i"e "a prosperi"a"e "os ne!H>ios3 "o >onsu1o 1aior ou 1enor "a parte "e proletários e >apitalistas3 e ta1D1 "e >o1er>iantes3 artesos e >a1poneses$ a"o estran!eiro3 o 1er>a"o interna>ional3 =or insus>etFvel "e epanso rápi"a3 o 1o"o "e pro"u#o >apitalista terá >Be!a"o ao seu =i1$ 3N As estradas de 5erro Os es=or#os >onstantes "a in"stria para a1pliar as suas ven"as no se realia1 se1 u1a suverso "os siste1as "e transporte$ i1os que o 1o"o "e pro"u#o >apitalista repousa a priori na pro"u#o e1 1assa$ Co1o tal3 pressupGe3 i!ual1ente3 1eios "e transporte para !ran"es volu1es$ E no os pressupGe apenas para a eporta#o "os pro"utos$ U1a !ran"e in"stria >apitalista e1pre!a 1aior quanti"a"e "e 1atDrias/ pri1as que as 1atDrias/pri1as eistentes na sua viinBan#a i1e"iata$ Ela >on>entra 1ulti"Ges que a re!io a"a>ente no po"e nutrir$ As 1atDrias/pri1as e os !@neros ali1entF>ios t@13 e1 !eral3 u1 =ra>o valor espe>i=i>o / en>erra1 pou>o traalBo so !rosso e pesa"o volu1e$ Ur!e3 pois3 que os =retes se torne1 parti>ular1ente aios para que o transporte "e !ran"es 1assas3 a !ran"es "istJn>ias3 no al>an>e pre#os eoritantes U1 transporte "essa espD>ie sH era possFvel3 no inF>io "a pro"u#o >apitalista3 por via =luvial ou 1arFti1a$ Essa =or1a "e pro"u#o sH po"ia "esenvolver/se unto ao o>eano ou "os rios parti>ular1ente e1 situa"os$ (as ela no re>la1a apenas u1 o1 1er>a"o3 1as ta1D1 rapi"e e se!uran#a "e >on"u#o para !ran"es volu1es$ apital se renova3 e 1enos se ei!e1 a"ianta1entos nu1 ne!H>io para "ar/lBe >erto vulto3 tanto 1aior será a sua i1portJn>ia >o1 esse >apital "eter1ina"o$ Se envio as 1inBas 1er>a"orias "e (an>Bester a :on!/Kon!3 ser/1e/á e1 "i=erente o seu pa!a1ento e1 tr@s 1eses ou nu1 ano$ Se o 1eu >apital se renova quatro vees por ano3 o 1eu lu>ro / estáveis to"as as outras >on"i#Ges / será quatro vees 1aior "o que no >aso "e u1a ni>a renova#o$ &or outro la"o3 quanto 1ais rápi"as se =ae1 as rela#Ges e 1ais se "istan>ia1 os 1eus =re!ueses3 tanto 1ais os 1er>a"os se a=asta1 se1 "i1inuir o rit1o "e >ir>ula#o "o >apital e1pre!a"o na e1presa e se1 au1ento "esse 1es1o >apital$ i1entos "e 1atDrias/pri1as ei!i"as pela ativi"a"e "a e1presa$ A este respeito3 ta1D13 >a"a aper=ei#oa1ento "os 1eios "e transporte "eter1ina 1aior ren"i1ento >o1 u1 >apital "a"o3 a elaora#o "o 1es1o arti!o >o1 u1 >apital 1enor e3 en=i13 a a1plia#o "o >ir>ulo "os 1er>a"os "e aaste>i1ento$ (aior se!uran#a "o >o1Dr>io atua no 1es1o senti"o$ Ela "i1inui as reservas e1 "inBeiro e e1 1atDrias/pri1as que o e1presário "eve ter prontas para aten"er ?s eventuali"a"es rela>iona"as >o1 o >onsu1o e >o1 as es>alas "e navios$ (as3 "o ponto "e vista "a rapi"e e "a !arantia3 o transporte por via =luvial ou 1arFti1a3 por 1eio "e navios a vela3 "e ar>os a re1os ou pelo pro>esso "e reoque3 "eia 1uito "esear$ Os >anais e os
-N-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ rios >on!ela1 no inverno3 as te1pesta"es >o1pro1ete1 a se!uran#a "o 1ar$ As >al1arias e os ventos >ontrários so ain"a 1ais te1Fveis para a ne!o>iante que espera$ 0oi pre>iso antes "o1ar/se o vapor para se >riare1 as =or1as "e transporte prHprias para os !ran"es volu1es3 =or1as que torna1 a pro"u#o >apitalista in"epen"ente "as vias nave!áveis e per1ite1 a sua lo>o1o#o para o interior "os >ontinentes3 trans=or1an"o o 1un"o inteiro nu1 i1enso 1er>a"o para a in"stria3 que avan#a a passos "e !i!ante$ [á no >o1e#o "este sD>ulo se inventara1 as lo>o1otivas a vapor e as estra"as "e =erro3 1as o seu e1pre!o esteve li1ita"o quase que e>lusiva1ente aos paFses "e !ran"e in"stria$ As !uerras "e vulto3 que virara1 o !olpe "e 1iseri>Hr"ia na velBa Europa3 =ranqueara1 na ove1 A1Dri>a o >a1inBo a u1 "esenvolvi1ento rápi"o "as estra"as "e =erro =ora "a Hrita "a !ran"e in"stria$ A partir uni>a1ente "esse 1o1ento3 as =errovias3 "epois "e tere1 si"o si1ples1ente u1 pro"uto "o pro!resso >apitalista3 se trans=or1ara1 nos seus 1ais po"erosos auiliares$ Se a Rssia3 apHs a !uerra "a Cri1Dia3 a custria/:un!ria3 "epois "e -793 e ain"a 1ais "epois "e -7663 en>oraara1 "e to"os os 1o"os a >onstru#o "essas vias "e transporte3 isso se veri=i>ou soretu"o por 1otivos "e or"e1 estratD!i>a$ O 1es1o a>onte>eu >o1 as estra"as "e =erro ro1enas3 tur>a e in"ianas$ (as as >onsi"era#Ges "e or"e1 >o1er>ial ta1D1 in=luFra1$ Os !overnos "e tais paFses tinBa1 ne>essi"a"e "e "inBeiro para ali1entar a >on>orr@n>ia >o1 os "e1ais Esta"os >apitalistas$ (as a ni>a >oisa que os seus povos po"ia1 >olo>ar no 1er>a"o era1 as 1atDrias/pri1as e os !@neros ali1entF>ios3 para os quais se re>la1ava1 1eios "e transporte "e lar!a >apa>i"a"e$ &ara esse =i1 D que "evia1 servir3 ini>ial1ente3 as estra"as "e =erro >ria"as pelos norte/ a1eri>anos3 "epois "a !uerra "e se>esso3 que "era3 nos Esta"os Uni"os3 supre1a>ia ao >apital$ O @ito "as =errovias esti1ulou o espFrito "e i1ita#o$ :oe u1 "os prin>ipais e1pre!os "as =inan#as europDias resi"e na >onstru#o "e linBas =erroviárias e1 re!iGes asoluta1ente atrasa"as "o ponto "e vista e>on1i>o3 lon!e "o elBo (un"o3 a ?s vees inteira1ente "espovoa"as$ Tais ini>iativas no o=ere>e1 apenas aos >apitais superaun"antes / que per1anente1ente a1ea#a1 "e as=iia ? >lasse "os >apitalistas / u1 1er>a"o 1a!nF=i>o3 1as >ria1 novos =re!ueses para a in"stria europDia3 que se "esenvolve "epressa3 e >ria1 novos >entros "e` on"e se eporta1 1atDrias/pri1as e !@neros ali1entF>ios$ 'i==en puli>ou re>ente1ente o qua"ro se!uinte sore a etenso "as estra"as "e =erro e1 1ilBas in!lesas P-$695 1etrosQ3 ao =i1 "e >a"a u1 "os anos 1en>iona"osM -79
-769
-79
-779
-759
-75
Europa
-N$- 88$8N 6N$66 -9$N25 -N-$2 -$27N
A1Dri>a
5$69N 88$N 7$7N7 -95$2- 2-2$2N 225$22
csia
7NN
$--7
5$5N7
22$928 26$759
Austrália
89
-$9N2
N$775
-8$882 -8$777
c=ri>a
27
56
2$59N
6$22
Total
7$-65
2N$- 67$88 -89$68- 282$65- 856$-8 N88$58
E1 -769 a re"e "as estra"as "e =erro europDias era a 1eta"e "a "o 1un"o to"o$ E1 -753 re"uia/se u1 ter#o$ ,urante esse te1po3 a sua etenso 1al >Be!ou a quintupli>ar/se$ A "a re"e a1eri>ana3 ao >ontrário3 au1entou sete vees3 e a "as tr@s "e1ais partes "o 1un"o trinta vees 1ais$ ,e i!ual 1aneira3 e1ora e1 !rau 1enor3 o vapor revolu>ionou a nave!a#o$ Se!un"o [annas>B3 a tonela!e1 "os navios que =aia1 >arreira entre os paFses 1arFti1os 1ais i1portantes "o !loo se elevavaM
Anos
-72 -76
)1ero "e tonela"as )1ero )1ero total >orrespon"entes "e paFses "e tonela"as aos ar>os a vapor 87 N
-8$226$699 -N5$7$899
2$597$599 -99$N$99
-N2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ -775 -752
NN-
869$59$799 872$N79$699
27$56$-99 8-8$858$-99
As "espesas "e transporte por estra"a "e =erro e por navios "i1inuFra1 astante3 Se!un"o Sevin!3 o =rete 1D"io "o transporte "o tri!o "e CBi>a!o a )ova %orque era3 por alqueire Anos
&or á!ua
&or via =Drrea
-767
2N3N >ents
N236 >ents
-77N
6369 >ents
-839 >ents
O transporte "e tri!o "e )ova %orque a Liverpool3 por vapor3 >ustava e1 1D"ia3 por alqueire3 e1 -7673 -N386 >ents3 e e1 -77N3 6376 >ents apenas$ ,epois3 o =rete ain"a "i1inuiu$ Se!un"o o Anuário "os Esta"os Uni"os3 Departamento da Agricultura, -7563 pa!ava/se por alqueire "e tri!o3 "e )ova %orque a Liverpool3 e1M Anos
[aneiro
[unBo
-77
5389 >ents
399 >ents
-759
--3-8 >ents 83 >ents
-756
63-2 >ents
N399 >ents
O transporte "e -99 liras "e tri!o >ustava3 por via =Drrea3 "e CBi>a!o a )ova %orque3 2 >ents3 e1 -7583 29 >ents e1 -75$ Esse pro!resso "os 1eios "e transporte 1o"i=i>ou pro=un"a1ente a situa#o "a a!ri>ultura europDia$ Os pro"utos rurais se "istin!ue13 >o1o á se oservou3 pelo seu =ra>o valor espe>F=i>o3 e isto si!ni=i>a que >ont@13 relativa1ente3 nu1 !ran"e volu1e e nu1 peso eleva"o3 pou>o traalBo Bu1ano3 >o1o por ee1plo no >aso "as atatas3 "o =eno3 "o leite3 "as =rutas3 "o tri!o e "a prHpria >arne$ (uitos "esses arti!os 1al suporta1 a >on"u#o a lon!as "istJn>ias3 e entre eles a >arne3 o leite3 u1a !ran"e varie"a"e "e =rutas e "e le!u1es$ Co1 os 1eios "e transportes pri1itivos3 a lo>o1o#o "e tais pro"utos =i>ava 1uito >ara3 e a via!e1 por !ran"es etensGes quase i1possFvel$ O aaste>i1ento "o 1er>a"o urano >onstituFa u1 ne!H>io essen>ial1ente lo>al3 sH interessan"o ? viinBan#a i1e"iata$ Esta tinBa o 1onopHlio "a eplora#o "os >onsu1i"ores "a >i"a"e3 e "ele usava >o1 lar!uea$ As$ altas "espesas "o >arreto >o1 pro"utos oriun"os "e proprie"a"es 1ais a=asta"as3 "estina"as a aten"er ?s ne>essi"a"es uranas3 =aia1 suir a ren"a territorial "i=eren>ial "as proprie"a"es 1ais prHi1as$ As "i=i>ul"a"es >res>entes que li1itava13 alD1 "e >erto ponto3 a ona "e aaste>i1ento$ per1itia1 ain"a a eleva#o ao e>esso "a ren"a territorial asoluta$ A >onstru#o "as estra"as "e =erro no 1u"ou quase na"a enquanto se restrin!iu aos paFses "e !ran"e in"stria$ Ariu3 D ver"a"e3 aos 1er>a"os uranos3 novas =ontes "e aaste>i1ento3 1as as proprie"a"es >Ba1a"as a =orne>er !@neros ali1entF>ios o =aia1 nas 1es1as >on"i#Ges que as proprie"a"es viinBas ? >i"a"e$ Essas =errovias tivera1 por e=eito3 isto si13 o "esenvolvi1ento etraor"inário "os 1er>a"os uranos$ Elas D que per1itira1 o >res>i1ento =ul1inante3 essa epanso >olossal "as !ran"es >i"a"es3 >ara>terFsti>os "e nossa Dpo>a$ (as no =iera1 aiar a ren"a =un"iária$ +e1 pelo >ontrário3 "es"e o >o1e#o "a >onstru#o "as linBas =Drreas atD as alturas "e -7793 a ren"a =un"iária suiu >elere1ente e1 to"os os paFses "a Europa O>i"ental$ As =errovias sus>itava1 u1 au1ento rápi"o "o n1ero "os proprietários "e terras3 que se ene=i>iava1 >o1 a alta "a ren"a$ A 1assa "esta lti1a3 que to>ava aos "onos "e eplora#Ges "istantes "as >i"a"es3 >res>ia pro"i!iosa1ente$ (as as estra"as "e =erro >onstruF"as e1 paFses atrasa"os "o ponto "e vista e>on1i>o eer>e1 a#o "iversa$ Elas ta1D1 "eter1ina1 u1a >erta superpro"u#o "e !@neros ali1entF>ios$ )a 1e"i"a e1 que a1plia1 o aaste>i1ento "essas utili"a"es3 alar!a1 ta1D1 o 1er>a"o urano e >ontriue1
-N8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ para o >res>i1ento "a popula#o in"ustrial3 que no po"eria "esenvolver/se to "epressa se1 a i1porta#o "e !@neros ali1entF>ios "e alD1/1ar$ )o so as quanti"a"es "e >ereais i1porta"os que po"e1 a1ea#ar a a!ri>ultura europDia3 1as as >on"i#Ges "e sua pro"u#o$ Estas no i1pGe1 ? lavoura os 1es1os en>ar!os "eter1ina"os pelo 1o"o "e pro"u#o >apitalista$ Co1pare>en"o ao 1er>a"o3 os >ereais ultra1arinos i1pe"e1 que a a!ri>ultura europDia "es>arre!ue sore a 1assa "os >onsu1i"ores o peso se1pre >res>ente >o1 que ar>a3 >o1o >onseqW@n>ia =atal "a proprie"a"e priva"a "o solo e "a pro"u#o 1er>antil "e or"e1 >apitalista$ Ela 1es1a o "eve suportar$ )isto >onsiste Boe a >rise a!rária$ > N Os dom1nios da concorr@ncia dos g@neros aliment1cios &o"e1 ser "ivi"i"os e1 "uas !ran"es >ate!orias os paFses >ua a!ri>ultura pro"u >o1 !astos 1enores que os paFses europeusM os territHrios "o "espotis1o oriental3 e as >olnias livres ou anti!as$ )o n1ero "os pri1eiros po"e1os in>luir a Rssia$ Ain"a "o ponto "e vista "a popula#o rural a "iviso D3 no seu >onunto3 inteira1ente le!Fti1a$ )o pri1eiro !rupo3 a popula#o a!rF>ola se a>Ba asoluta1ente entre!ue ao arFtrio "o Esta"o e "as >lasses "iri!entes$ )as re!iGes que o >o1pGe13 o >apitalis1o ain"a no >riou vi"a polFti>a na>ional e o povo =or1a3 pelo 1enos no >a1po3 u1 si1ples a!re!a"o "e >o1uni"a"es rurais$ Estas vive1 >a"a qual para si3 e o seu isola1ento D tal que no resiste1 ao po"erio "o Esta"o >entralia"o$ (as enquanto esse po"erio no penetra na es=era "a si1ples pro"u#o 1er>antil3 a situa#o "o >a1pon@s no D e1 re!ra 1uito rui1$ &essoal1ente3 ele te1 pou>os >onta>tos >o1 a autori"a"e pli>a$ A >o1una3 or!ania"a "e1o>rati>a1ente3 o prote!e e representa perante o Esta"o$ A autori"a"e te1 pou>os 1eios "e presso e>essiva sore a >o1una3 e no !osta "e apli>á/los3 pois no po"e e1pre!ar to"os os re>ursos naturais que o i1posto lBe propor>iona$ As >ruel"a"es e as ea#Ges "o "espotis1o oriental se 1ani=esta1 "e pre=er@n>ia nas >i"a"es3 e1 rela#o aos >ortesos3 aos !ran"es =un>ionários3 aos >o1er>iantes ri>os3 e no nos >a1pos$ (as isto 1u"a inteira1ente quan"o a autori"a"e pli>a entre e1 rela#o3 "e qualquer 1aneira3 >o1 o >apitalis1o europeu$ A >ivilia#o in!ressa e1 "eter1ina"o paFs so a =or1a "o 1ilitaris1o3 "o uro>ratis1o e "a "Fvi"a "e Esta"o$ Suita1ente3 au1enta 4 ao 1es1o te1po que au1enta1 as ne>essi"a"es =inan>eiras "esse Esta"o / a sua opresso relativa1ente ?s >o1uni"a"es rurais$ Os i1postos se torna1 i1postos e1 "inBeiro3 ou antes as pequenas >ontriui#Ges 1onetárias3 a>aso eistentes3 as>en"e1 a alturas eoritantes$ )esses Esta"os3 D a a!ri>ultura o ra1o "e pro"u#o 1ai i1portante$ Sore ela in>i"e3 pois3 quase to"o o peso "os triutos3 tanto 1ais que a popula#o a!rF>ola D a 1enos >apa "e resist@n>ia$ Ter1ina o seu e1/estar3 Ela "eve >ontar >o1 as prHprias =or#as e >o1 os re>ursos "o solo3 arran>an"o/lBe tu"o o que sea possFvel$ ,esapare>e1 as Boras "e laer3 o te1po >onsa!ra"o a traalBos "e >aráter artFsti>o$ As elas es>ulturas e1 1a"eira e os elos or"a"os "os >a1poneses "a Rssia (eri"ional se torna1 apenas u1a le1ran#a "o passa"o$ Le1ran#a3 i!ual1ente3 "a aun"Jn>ia "e outrora$ ColBe/se 1uito 1ais "o que anti!a1ente$ )o se "eia o solo "es>ansar$ Contu"o o que no D asoluta1ente in"ispensável ?s ne>essi"a"es 1ais estritas "a vi"a D re1eti"o ao 1er>a"o$ (as on"e en>ontrar >o1pra"ores3 nu1 paFs e1 que quase to"os os Baitantes so >a1poneses3 os quais "esea1 ven"er os seus >ereais e no >o1prá/lasb A eporta#o "e !@neros ali1entF>ios se torna u1a questo vital$ A >onstru#o "e estra"as "e =erro li!an"o o interior aos portos e ?s =ronteiras se apresenta ao !overno >o1o u1 i1perativo3 >aso "esee re>eer e1 "inBeiro o i1posto lan#a"o sore os seus >a1poneses$ )o se po"e =alar "a =ia#o "o pre#o "esses >ereais se!un"o as "espesas "e pro"u#o$ Eles no =ora1 pro"ui"os "e 1aneira >apitalista3 e so ven"i"os so a presso "o Esta"o e "o a!iota3 que esti1ula1 a entra"a "os i1postos e1 "inBeiro$ a1pon@s en"ivi"a"o3 tanto 1ais pre>isará ele "es=aer/se3 "e qualquer 1o"o3 "os seus pro"utos^ quanto 1aior =or a so1a "e traalBo que "eve =orne>er !ratuita1ente ao presta1ista3 lavra"or ri>o3 estalaa"eiro ou proprietário para sal"ar a sua "ivi"a3 quanto 1aior =or a quanti"a"e "e >ereais que leva ao 1er>a"o3 tanto 1enor será o pre#o que aF >onse!uirá e 1ais >ota"os sero os !@neros =orne>i"os pelas terras "e seus >re"ores$ O peso >res>ente "os i1postos e "a usura sore os >a1poneses no en>are>e os seus pro"utos$ Ao >ontrário3 reaia o seu pre#o$ Re"u i!ual1ente3 atD o lti1o li1ite3 a ren"a territorial e os salários "os pequenos >ultiva"ores3 se D que se po"e =alar "e tais >oisas e1 rela#o a esses traalBa"ores$ E1 =a>e "essa >on>orr@n>ia3 no Bá prosperi"a"e possFvel para u1a a!ri>ultura que pro"ua >apitalisti>a1ente3 que "eve >ontar >o1 u1 >erto standard o5 li5e "a popula#o a!rF>ola3 >o1 >ertos
-NN
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ salários3 >o1 ren"a territorial "eter1ina"a pelo pre#o "o solo e as "Fvi"as Bipote>árias3 que no pratique u1a eplora#o "e rapina3 que 1antenBa a =ertili"a"e "o solo e sH "isponBa "e u1 n1ero insu=i>iente "e ra#os$ A >on>orr@n>ia "as >olnias3 "a A1Dri>a e "a Austrália3 D "iversa "a "os paFses "o "espotis1o oriental3 tais >o1o a Rssia3 a Turquia e a ;n"ia3 que se pusera1 e1 >onta>to >o1 o >apitalis1o europeu$ )o outro etre1o "o o>eano3 en>ontra1os u1a po"erosa "e1o>ra>ia "e lavra"ores livres3 que se 1ant@1 a=asta"os "as querelas interna>ionais3 que i!nora1 o 1ilitaris1o e no so es1a!a"os por i1postos$ creas i1ensas "e re!iGes =Drteis lá se en>ontra1 se1 "onos3 porque os seus pri1eiros proprietários3 os in"F!enas3 =ora1 eter1ina"os3 ou repeli"os para qualquer re>anto$ Lá no Bá3 alD1 "isso3 parti>ulares que 1onopolie1 o solo3 no Bá ren"a territorial3 o >Bo no te1 pre#o$ O a!ri>ultor no pre>isa3 >o1o na Europa3 "e >onsa!rar a 1aior parte "e seu >apital ? >o1pra "e terra$ &o"e e1pre!á/lo to"o na eplora#o a!rF>ola$ Co1 o 1es1o >apital3 ele >onse!ue3 pois3 e1 super=F>ie i"@nti>a3 realiar u1a >ultura 1uito 1ais per=eita nas >olnias "o que na Europa$ &o"e =a@/lo tanto 1ais =a>il1ente quanto D >erto que o >olono3 ao >Be!ar "o elBo (un"o3 en>ontra u1a situa#o inteira1ente nova3 ? qual "eve a"aptar$se3 e e1 que as tra"i#Ges3 os pre>on>eitos "o passa"o3 que to pesa"a1ente in>i"e1 sore o >a1pon@s europeu3 no tar"a1 a "esapare>er$ U1a outra >ir>unstJn>ia ain"a ali =avore>e o pro!resso "a a!ri>ulturaM o solo ain"a no =oi es!ota"o3 ain"a está inteira1ente vir!e13 no re>la1a ne1 a"ua#o3 ne1 a=olBa1ento3 e "urante 1uitos anos "ará >o1 aun"Jn>ia o 1es1o pro"uto$ O lavra"or3 por >onse!uinte3 no pre>isa >o1prar ester>o3 ou =ari>á/lo$ &o"e >onsa!rar/se ? >ultura "e u1 pro"uto ni>o3 o tri!o3 por ee1plo e >o1 tanta 1aior oa vonta"e o =a quanto 1ais "esenvolvi"o D o >o1Dr>io$ Si13 porque ele pro"u para o >o1Dr>io3 no para o prHprio !asto$ Esta =or1a espe>ialia"a "e pro"u#o lBe propor>iona u1a e>ono1ia etraor"inária "e ra#os e instru1entos "e traalBo3 e ao 1es1o te1po o e1pre!o "e to"os os 1eios para u1 oetivo ni>o$ O pro"utor "e tri!o no pre>isa "e estáulos para o !a"o3 salvo para os ani1ais "e tiro^ no pre>isa "e tulBas para as provisGes "e =orra!e13 ne1 "e "o1Dsti>os que se o>upe1 "os reanBos^ no pre>isa >ultivar a atata3 o ráano e a >ouve$ 0a assi1 e>ono1ia "e ra#os e instru1entos$ Resulta "esta =or1a "e pro"u#o3 e1 >o1o "a aus@n>ia "e ren"a territorial3 que o a!ri>ultor3 nas >olnias3 >o1 o 1es1o traalBo3 o 1es1o >apital e a 1es1a super=F>ie3 au=ere 1aior proveito$ )u1a outra BipHtese3 resulta ta1D1 que ele3 >o1 o 1es1o traalBo e o 1es1o >apital3 po"e >ultivar área 1aior3 >o1 o 1es1o ren"i1ento por Be>tare oti"o na Europa$ Epli>a/se3 e1 !eral3 o "esenvolvi1ento tD>ni>o etraor"inário "a a!ri>ultura a1eri>ana pela =alta "e ra#os e a taa eleva"a "e salários que "eter1inaria1 o e1pre!o "e 1áquinas$ (as esta >ausa3 se1 as "uas outras que a>aa1os 1en>ionar3 no teria os !ran"es e=eitos que real1ente teve$ A questo operária3 tal >o1o eiste na a!ri>ultura europDia3 no se =a sentir nas >olnias$ Estas3 >erta1ente3 t@1 u1a popula#o 1uito 1ais rare=eita que a "os paFses "o elBo (un"o e u1 n1ero "e traalBa"ores 1uito 1enor relativa1ente ?s super=F>ies eplora"as$ (as no D a prosperi"a"e "a a!ri>ultura que "epen"e "o n1ero "os operários que e1pre!a3 1as apenas o !@nero "e eplora#o$ Se a 1o/"e/ora eiste e1 pequena quanti"a"e3 re>orre/se ? >ultura etensiva3 sustituin"o/se os ra#os tanto quanto possFvel3 por 1áquinas3 et>$ ,a"o u1 1o"o "e eplora#o no D "e >erto in"i=erente ? prosperi"a"e "a a!ri>ultura que o n1ero "e ra#os ao seu "ispor au1ente ou "i1inua3 e que ta1D1 au1ente ou "i1inua a >apa>i"a"e "os operários$ (as no D "e n1ero e "a Baili"a"e "os traalBa"ores e1pre!a"os pela a!ri>ultura3 e1 >erto 1o1ento3 que "epen"e a sua 1aior ou 1enor prosperi"a"e3 1as "o senso "as 1o"i=i>a#Ges que esses =atores eperi1enta1$ (as nisto as >olnias supera1 a Europa$ O prHprio aan"ono "o >a1po3 que "espovoa as >o1unas rurais "a Europa3 no >on"u apenas para as >i"a"es3 1as ta1D1 para as >olnias3 >ontin!entes su>essivos "e lavra"ores vi!orosos3 os 1ais inteli!entes e enDr!i>os "e seu 1eio$ Estes3 nessa nova situa#o3 so =or#a"os a se tornare1 1ais inteli!entes e enDr!i>os ain"a$ Os que no se a>o1o"a1 ao a1iente ultra1arino su>u1e1$ IAo =i1 "e al!uns anos o e1i!rante se1 >ultura se trans=or1a nu1 Bo1e1 1uito 1ais >apa3 pois D etraor"inaria1ente e1 nutri"o e >onserva"o$ Asse1elBa/se a u1a árvore transplanta"a "e u1 solo pore para u1 solo =Drtil$ o que se veri=i>a Boe e1 "ia e se veri=i>ará ain"a "urante 1uito te1po3 enquanto o traalBo =r 1ais re1unera"o aqui "o que na EuropaI PR$ (EYER$ Ursa>Ben "er a1erikanis>Ben Konkurren3 &á!$ -6$Q$ )o Bá nas >olnias servi#o 1ilitar que arranque ra#os ? a!ri>ultura$ Serin! "i3 i!ual1ente3 "e 1o"o epressoM I)os "istritos rurais ouve1/se queias =reqWentes sore a taa eleva"a "os salários3 1as 1uito rara1ente sore a =alta "e operáriosI PSER%)'$ ,ie lan"irtBs>Ba=tli>Be Konkurren )or"a1erlkas3 pá!$ -5$Q$ (as os salários eleva"os no per1ane>e1 no 1es1o nFvel$
-N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Enquanto que na Europa a =alta >res>ente "e traalBa"ores a!rF>olas "eter1ina u1 au1ento !eral "e salários3 nas >olnias3 !ra#as ao =luo >onstante "e =or#as novas3 estes eperi1enta1 u1a ten"@n>ia a "i1inuir$ Se!un"o Serin! Jop. cit., pág. N65Q os salários 1ensais "os operários a!rF>olas3 >ontrata"os por ano3 se elevava13 e1 "HlaresM
Esta"os Cali=Hrnia Esta"os "o Leste Esta"os "o Centro Esta"os "o Oeste Esta"os "o Sul
-766 83 88389 8939 -735-6399
-765 N6387 82397 27392 239-32-
-7 NN39 27356 26392 28369 -6322
-75 N-399 2932-5365 29387 -838-
-77- -7/ (aio 8732 873 263623 2232N 2839 28368 2232 -389 -N32
Oserva/se u1 1ovi1ento "e aia !eral$ E1 presen#a "e to"os esses =atos3 ve1os >o1o D ri"F>ulo o ee1plo aponta"o3 >o1 a 1elBor oa vonta"e3 pelos e>ono1istas lierais aos >a1poneses europeusM se =osse1 4 "ie1 4 to inteli!entes >o1o os a1eri>anos a >on>orr@n>ia "e ultra1ar seria ven>i"a$ (as no se i!nora que3 no >urso "a evolu#o3 os prHprios a1eri>anos3 e1 lu!ar "e se tornare1 1ais inteli!entes tornara1/se 1enos inteli!entes3 isto D3 >o1e#ara1 a >ultivar se!un"o o 1Dto"o europeu$ A lavoura >olonial que a>aa1os "e "es>rever sH se prati>a atual1ente nos Esta"os Uni"os "e 1aneira restrita$ Ela repousa nu1a eplora#o "e rapina$ Ela es!ota o solo 1ais >e"o ou 1ais tar"e$ O a!ri>ultor pre>isa3 por >onse!uinte3 "e te1po e1 te1po3 tro>ar a sua terra e1pore>i"a por outra nova3 &o"e =a@/lo3 ou porque a sua proprie"a"e possua u1a tal etenso que3 ao la"o "e terrenos >ultiva"os se esten"e1 outros ain"a vir!ens3 ou porque3 quan"o o solo se es!ote3 ele "iria a onas inta>tas3 on"e "esrava novas áreas$ &elo seu >aráter n1a"e3 a a!ri>ultura >olonial se asse1elBa ? "os anti!os !er1Jni>os$ Apresenta1 entre si3 >ontu"o3 esta "i=eren#aM a a!ri>ultura >olonial possui to"os os re>ursos "a tD>ni>a 1o"erna3 e se "estina ? ven"a3 no ao >onsu1o in loco. (as D pre>isa1ente por isso que essa eplora#o n1a"e 1o"erna "eve es!otar o solo ain"a 1ais "epressa "o que a "os !er1Jni>os$ A terra aan"ona"a per1ane>e in>ulta atD que estea re=eita3 ou se torne proprie"a"e "e u1 lavra"or que a trate se!un"o os pro>essos europeus3 >o1 o a=olBa1ento e a a"ua#o$ )esse >aso3 essa terra anti!a3 >e"o ou tar"e3 se inutilia para a >ultura etensiva$ creas e1 que3 "urante N9 anos ininterruptos3 se planta tri!o se1 a"uo PSerin!$ op. cito pá!$ -77Q á so rari"a"es$ A naturea instável "a a!ri>ultura a1eri>ana 1ani=esta/se nos al!aris1os se!uintes$ O n1ero "os a>res se1ea"os >o1 tri!o eraM Anos -779 -759 Au1ento PmQ "i1inui#o P/Q
Esta"os "o Oeste 6$-99$999 --$N99$999
Esta"os "o Centro 28$99$999 -$699$999
Esta"os "o Este $99$999 N$699$999
m $899$999
/ 6$-99$999
/ -$-99$999
)os Esta"os "o )or"este3 a super=F>ie total eplora"a pela a!ri>ultura "i1inuiu ain"a 1ais$ )o 1es1o intervalo "e te1po ela passou "e N6$87$682 a>res para N2$887$92N3 isto D3 per"eu 1ais "e N 1ilBGes "e a>res$ O apetite que leva os >olonos a1eri>anos para as terras novas3 "a"o o es!ota1ento rápi"o "o solo "eve ser ain"a 1aior que o "os anti!os !er1Jni>os$ E se a Ale1anBa =oi a 2agina gentium, a 1e se1pre =e>un"a "e u1 n1ero in>al>ulável "e povos que3 "urante os sD>ulos "e invasGes3 se "iri!ira1
-N6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ para a c=ri>a3 o Este "a A1Dri>a ta1D1 se trans=or1ou nu1a 2agina gentium, ponto "e parti"a "os >olonos que3 no "e>urso "e al!u1as "D>a"as3 "evassara1 o >ontinente atD a orla "o o>eano &a>F=i>o$ Essa 1ar>Ba pro!ressiva =oi =avore>i"a por =orte i1i!ra#o europDia$ &orque a perspe>tiva "e >ultura nu1 solo =Drtil3 se1 nenBu1 "os entraves "a >ivilia#o >apitalista / ren"a =un"iária3 1ilitaris1o3 i1postos / era 1uito se"utora3 Levou3 assi13 >ontin!entes i1ensos "e >a1poneses a tro>are1 a !lea paterna / ? qual os nossos poetas e polFti>os os ul!a1 in"issoluvel1ente un!i"os / por u1a nova eist@n>ia no outro la"o "o o>eano$ :oe3 to"o o solo =Drtil "os Esta"os Uni"os se tornou proprie"a"e priva"a$ O au1ento nu1Dri>o "as =aen"as se =a >a"a ve 1ais lento$ ,e -79 a -7793 elas se elevava1 "e -$8N7$5223 isto D3 "e -g^ "e -779 a -7593 apenas "e 8$8N3 isto D3 -Ng$ O solo á no D 1ais livre3 pro"u ren"a territorial3 te1 u1 pre#o$ Ao 1es1o te1po3 >o1e#a1 os entraves "a a!ri>ultura3 e1 parti>ular os inerentes ? proprie"a"e priva"a so o re!i1e >apitalista$ O >a1pon@s a1eri>ano "eve3 Boe3 >o1prar terra3 "i1inuir o seu >apital "e e1presa >o1 essa aquisi#o3 lavrar u1a área 1enor "o que as "e outros te1pos3 en"ivi"ar/se ou arren"ar u1a =aen"a$ Si1ultanea1ente3 novas ei!@n>ias se apresenta1 ao a!ri>ultor$ O solo está es!ota"o3 e á no se en>ontra outro "e !ra#a$ A a"ua#o3 o a=olBa1ento3 a pe>uária se =ae1 in"ispensáveis3 1as ei!e1 1aior n1ero "e operários e 1ais "inBeiro$ A partir "e -7793 o >enso =e o levanta1ento "os pre#os "o ester>o arti=i>ial e1pre!a"o nos anos anteriores$ Elevara1/se e1 -769 a 27$999$999 "e "Hlares e e1 -759 a 87$99$999 "Hlares$ Eis u1a nova >ausa "e en"ivi"a1ento e "e re"u#o "o ta1anBo "as proprie"a"es$ O siste1a "e arren"a1ento e o en"ivi"a1ento >o1e#a1 a arrai!ar/se e a esten"er/se$ E1 -7793 236g3 e1 -7593 2738g "as proprie"a"es norte/a1eri>anas estava1 arren"a"os PC=$ pá!$ -99Q$ 0e/ se e1 -7593 pela pri1eira ve3 a avalia#o "a "Fvi"a =un"iária no >onunto "a Unio$ Entre as =aen"as no arren"a"as3 !eri"as pelos proprietários e1 -759 27322g estava1 en"ivi"a"os3 a 1aioria estaele>i"a e1 Esta"os e1 que o >apitalis1o se "esenvolvera$ )u1 total "e 776$5 =aen"as en"ivi"a"as3 -$97 se situava1 nos Esta"os )orte/atlJnti>os P8N322g "as proprie"a"es se a>Bava1 nessa re!ioQ3 6-7$N25 PN232gQ nas Esta"os "o Centro )orte$ Ao >ontrário3 apenas 8-$- P28395gQ se situava1 nos Esta"os "o Oeste^ 8-$979 P3N8gQ3 nos Esta"os Sul/atlJnti>os^ 27$-75 PN35gQ nos Esta"os "o Centro/Sul$ O en"ivi"a1ento =oi >al>ula"o e1 -$976 1ilBGes "e "Hlares3 83g "o valor "as proprie"a"es$ E1 77g "as =aen"as e1 tal situa#o3 os nus tinBa1 si"o sus>ita"os por >o1pras3 1elBora1entos3 aquisi#o "e 1áquinas e "e !a"o3 et>$ Esse esta"o "e >oisas >on>orre ta1D1 para interro1per a >orrente e1i!ratHria ao 1es1o te1po que3 e1 virtu"e "a passa!e1 "a >ultura etensiva ? >ultura intensiva3 se =a ne>essário 1aior n1ero "e traalBa"ores$ E1 -772 a i1i!ra#o atin!ia nos Esta"os Uni"os a sua >i=ra 1ái1a3 >o1 a entra"a "e 77$552 pessoas$ ,epois o seu total aiou >onstante1ente$ E1 -75 >Be!ava apenas a 25$5N7$ A i1i!ra#o ale13 que >ontava ain"a3 e1 -77-3 229$592 in"ivF"uos3 >aiu e1 -75 para 2N$68-$ Entre1entes3 a in"stria e o >o1Dr>io pro!re"ia13 asorven"o u1a parte >a"a ve 1aior "a popula#o$ O n1ero "e pessoas e1pre!a"as na in"stria au1entou3 "e -779 a -7593 "e N53- g o "as pessoas e1pre!a"as no >o1Dr>io "e 732g3 quan"o na a!ri>ultura P1ais as 1inasQ au1entou apenas "e -236g$ Aproi1a/se3 pois3 o te1po e1 que a lavoura a1eri>ana Baverá "e sentir =alta "e ra#os$ O pro!resso "a in"stria no lBe roua apenas3 "e 1o"o "ireto3 os seus operários3 1as en>oraa ain"a o 1ilitaris1o$ Trata/se ali "e u1a in"stria "e eporta#o3 que preten"e >onquistar o 1un"o e se aparelBa para a luta >ontra as na#Ges rivais$ A or!ania#o 1ilitar a>arreta >o1pro1issos >res>entes3 a "Fvi"a "o Esta"o au1enta3 os i1postos se a!rava13 o surto =aril "eter1ina >rises que aala1 to"o o paFs^ o "ese1pre!o to1a propor#Ges a1ea#a"oras3 as lutas "e >lasses se a!u#a13 as >a1a"as "o1inantes apela1 >a"a ve 1ais para os re>ursos violentos >o1 o =i1 "e repri1ir ou prevenir a!ita#Ges peri!osas$ %sto ta1D1 =avore>e o 1ilitaris1o$ A>res>ente1os que o Esta"o3 a esse te1po3 vai passan"o para as !arras "a alta =inan#a3 que por inter1D"io "e seus 1onopHlios3 saqueia a popula#o$ Resulta "isso tu"o u1 au1ento "os en>ar!os "a a!ri>ultura norte/a1eri>ana3 au1ento que a =a 1enos apta ? luta no 1er>a"o 1un"ial$ A >on>orr@n>ia "a Rssia EuropDia e "as ;n"ias per"erá a sua a>ui"a"e$ Co1 o te1po3 nesses paFses3 1ais "epressa ain"a "o que nos Esta"os Uni"os3 a eplora#o "e rapina a>arretará a an>arrota "o 1Dto"o a!rF>ola "o1inante3 pois neles so 1enores as reservas "e solo e a terra >ultiva"a á ve1 sen"o es!ota"a Bá 1uitos anos$ ,e resto3 a trans=or1a#o "esta se torna >a"a ve
-N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 1ais "e=eituosa3 ? 1e"i"a que o >a1pon@s e1pore>e e que o a!iota e o >oletor "e i1postos lBe "es=al>a1 os reanBos$ ,e>orre "aF3 =inal1ente3 a 1isDria >rni>a3 >o1 a!rava#Ges periH"i>as$ A eporta#o po"erá au1entar ain"a3 >ontu"o3 "urante u1 >erto te1po3 soretu"o e1 virtu"e "a >onstru#o in>essante "e linBas =Drreas3 que are1 ao >o1Dr>io novas re!iGes3 ain"a ri>as$ (as por =i1 a >ultura tra"i>ional terá >o1o resulta"o u1a >o1pleta esterili"a"e "o solo ou a transi#o para a e1presa >apitalista "e !ran"es proprie"a"es territoriais e "e >a1poneses aasta"os3 e1presa a que a Rssia á pare>e3 e1 1uitos lu!ares3 inteira1ente pre"isposta$ A proletaria#o "a popula#o a!rF>ola3 lan#an"o no 1er>a"o 1assas "e operários que se o=ere>e1 a pre#os aios3 e a ven"a "e !ran"es tratos "e terras3 a>o1panBan"o o nas>i1ento "e u1a >lasse nu1erosa "e usurários >a1poneses3 que e1pilBa1 uros sore uros3 >ria1 to"as as pre1issas in"ispensáveis ? pro"u#o >apitalista$ Co1 isto3 as >on"i#Ges "a pro"u#o na Rssia ten"e1 a nivelar/ se >o1 as eistentes na Europa$ A sua >on>orr@n>ia sus>ita3 pois3 >a"a ve 1enos u1a aia "e pre#os$ O que pre>e"e3 >ontu"o3 no autoria a >on>luso "e que se u!ulará e1 >e"o a >rise a!rária$ As suas >ausas susiste1$ Tanto nas >olnias3 >o1o nos paFses "o "espotis1o oriental3 elas entre!a1 novas onas ao 1o"o "e pro"u#o >apitalista$ )o Cana"á3 na Austrália3 na A1Dri>a "o Sul3 ain"a se en>ontra1 terras no "esrava"as$ O "r$ Ru"ol= (eyer es>revia e1 -75NM I)o Economist, "e Lon"res3 "e 5 "e sete1ro "e -7583 le1os u1 resu1o "o relatHrio "o >nsul in!l@s "a Repli>a Ar!entina3 o qual "i3 entre outras >oisas que "urante o ano >orrente apenas -2 1ilBGes e 1eio "e a>res P 1ilBGes "e Be>taresQ =ora1 >ultiva"os3 1as que Bá 2N9 1ilBGes "e a>res3 isto D3 56 1ilBGes "e Be>tares aproveitáveis$ &o"e1os a>res>entar que enor1es super=F>ies3 nos outros Esta"os "o &rata3 na eneuela e nas "i=erentes partes "o +rasil3 apresenta1 as 1es1as >on"i#Ges3 "e 1o"o que se >al>ula1 na A1Dri>a "o Sul3 e1 299 1ilBGes "e Be>tares as super=F>ies >ultiváveis3 e1 que o tri!o po"e >res>erI$ ITere1os i"Dia "a i1portJn>ia "esse =ato se oservar1os que nos Esta"os Uni"os >er>a "e 6 1ilBGes "e Be>tares3 na custria/:un!ria -8 1ilBGes3 na 'r/+retanBa e na %rlan"a3 N3 na Ale1anBa3 -N3 na 0ran#a3 -3 ou sea u1 total "e -92 1ilBGes "e Be>tares3 =ora1 >onsa!ra"os nestes lti1os anos ? >ultura "o tri!o3 "o >enteio3 "e >eva"a e "a aveiaI PP,er Kapitalis1us =in "e si>leV3 pá!$ N65Q$ O relatHrio =inal "a >o1isso parla1entar a!rária "a %n!laterra P-75Q se epri1e "e 1o"o se1elBante$ A SiDria >o1 seus -99 1ilBGes "e Be>tares "e solo para >ereais será aerta no 1er>a"o 1un"ial !ra#as a u1a estra"a "e =erro$ ,o norte3 "o sul3 "e leste3 e "e oeste as =errovias se "iri!e1 rapi"a1ente para a c=ri>a Central3 e 1uito reve1ente3 se1 "vi"a3 por inter1D"io "essas e1presas "e transporte3 a CBina será =ranquea"a ao >o1Dr>io interna>ional$ )este lti1o paFs espera/se3 >ontu"o3 antes u1 au1ento "a i1porta#o "o que "a eporta#o "e !@neros ali1entF>ios$ (as a vi"a e>on1i>a "a CBina te1 1uitas a=ini"a"es >o1 a "a Fn"ia$ Assi13 po"e1os esperar "a >onstru#o "e estra"as "e =erro os 1es1os resulta"os nos "ois paFsesM a ruFna "a in"stria a "o1i>Flio3 o rápi"o en"ivi"a1ento "os >a1poneses3 u1a lenta e>loso "e in"strias >apitalistas3 e3 >o1 a!rava1ento "a =o1e e "a porea3 o au1ento "a eporta#o "os pro"utos a!rF>olas$ A ;n"ia3 on"e a 1isDria !rassa >onstante1ente3 e1 !eral eporta tri!o e arro / >er>a "e 29 1ilBGes "e quintais "e tri!o e "e 29 a 89 1ilBGes "e quintais "e arro$ O 1es1o o>orre >o1 a Rssia$ Se!un"o os >ál>ulos 1ais re>entes3 os >a1poneses ali pro"ue1 anual1ente >er>a "e -$87 1ilBGes "e puds "e >ereais Pe>luF"as as se1ea"urasQ$ &ara a sua ali1enta#o eles pre>isaria1 "e -$276 1ilBGes "e puds "e >enteio alD1 "e N 1ilBGes para o !a"o$ :averia3 pois3 u1 de5icit "e 86 1ilBGes "e puds que os >a1poneses "everia1 >o1prar3 se quisesse1 ali1entar >onveniente1ente a si e a seus reanBos$ Sae/se3 >ontu"o3 que ain"a ven"e1 >ereais$ T@1 >o1 e=eito3 i1postos e "Fvi"as a pa!ar3 e nenBu1 outro pro"uto a ven"er$ So provavel1ente as 1es1as >ausas que ori!a1 os >a1poneses >Bineses a entre!ar ao 1er>a"o o seu tri!o e o seu arro3 quaisquer que sea1 as ne>essi"a"es "o seu aaste>i1ento$ ,e >erto3 ne1 to"os os paFses so prHprios para a pro"u#o "e tri!o$ (as a nossa ali1enta#o no D =eita ori!atoria1ente >o1 esse >ereal$ [á se =iera1 tentativas para sustituF/lo3 assi1 >o1o ao >enteio3 por outras espD>ies3 >o1o o 1ilBo3 o arro3 o pain#o$ Tais eperi@n>ias no tero @ito enquanto a i1porta#o "e tri!o estiver e1 au1ento e a ne>essi"a"e "essa sustitui#o "e =ato no se =ier sentir$ (as se >Be!asse o "ia e1 que to"o o solo prHprio para o tri!o e o >enteio =osse >ultiva"o3 >o1 a alta ininterrupta "os seus pre#os3 o espFrito "os inventores as apli>aria i1e"iata1ente na "es>oerta "e su>e"Jneos oriun"os "e re!iGes tropi>ais$ A A1Dri>a Central3 o )orte "o +rasil3 as !ran"es re!iGes "a c=ri>a e "as ;n"ias3 as ilBas "e Son"a3 que no so a"equa"as ao plantio "o tri!o3 entraria1 por sua ve3 >o1 as suas >ulturas >ara>terFsti>as3 e1 >on>orr@n>ia >o1 os pro"utores
-N7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ europeus "e >ereais$ )atural1ente esta >on>orr@n>ia "everia ter1inar u1 "ia3 per"en"o o seu >aráter ruinoso$ A super=F>ie "a terra D li1ita"a e o 1o"o "e pro"u#o >apitalista se esten"e >o1 rapi"e verti!inosa$ &or >onse!uinte3 a >rise a!rária teria =i13 na 1e"i"a e1 que resulta "a >on>orr@n>ia "os paFses a!rF>olas atrasa"os para >o1 os paFses "e in"stria avan#a"a$ (as assi1 que essa >on>orr@n>ia se etin!uisse3 o 1o"o "e pro"u#o >apitalista per"eria to"a a sua =or#a epansiva$ O "esenvolvi1ento >ontFnuo D o seu prin>Fpio vital3 porque o pro!resso "a tD>ni>a e a a>u1ula#o "o >apital >a1inBa1 se1pre3 e a pro"u#o >a"a ve 1ais se torna pro"u#o e1 !ran"e es>ala$ Enquanto isso3 a parte "os !@neros ali1entF>ios que as 1assas re>ee1 vai "e>res>en"o se1 parar$ A >rise a!rária3 pois3 sH po"erá "es=e>Bar nu1a >rise "e to"a a so>ie"a"e >apitalista$ erto D que a >rise a!rária no po"e 1ais resolver/se nos qua"ros "a so>ie"a"e >apitalista$ Se os entraves "o re!i1e "o1inante3 atD a!ora3 apenas preu"i>iais ? a!ri>ultura "o o>i"ente europeu3 á >o1e#a1 a trans=erir/se para os seus >on>orrentes "os Esta"os Uni"os3 "a Rssia3 et>$3 isto no prova e1 asoluto que a >rise a!rária se aproi1e "o seu =i1$ Ao >ontrário3 prova que alar!a o seu >Fr>ulo "e in=lu@n>ia$ :á vinte anos3 os e>ono1istas oti1istas3 soretu"o os lierais3 nos pro=etia1 o prHi1o =i1 "a >rise a!rária$ :á vinte anos3 >ontu"o3 ela se a!rava e a1pli=i>a$ )o "eve1os ver no =ato u1 =en1eno passa!eiro3 1as u1 =en1eno >onstante3 que revolu>iona to"a a vi"a e>on1i>a e polFti>a$ ,eve1os renun>iar aqui ? pesquisa sore o 1o"o por que a >rise a!rária atua sore a in"stria$ Oserve1os apenas que ela =avore>eu essen>ial1ente ao pro!resso "esta lti1a$ [á se =ora1 os te1pos e1 que era apli>ável o se!uinte provDrioM Ia1pon@s te1 "inBeiro3 to"o o 1un"o o te1I$ )ossa tare=a D si1ples1ente ea1inar as trans=or1a#Ges "a a!ri>ultura3 trans=or1a#Ges que a >on>orr@n>ia "os !@neros ali1entF>ios "e outros >ontinentes e1 parte sus>itou3 e1 parte =avore>eu$ dN A regressão da produ>ão de cereais O pri1eiro 1eio3 e o 1ais si1ples3 "e que lan#ava1 1o os terratenentes e os a!ri>ultores >onsistia e1 pe"i"os "e so>orro ao Esta"o3 "e protesto >ontra o triste manc/esterianismo. %sto quer "ier que3 visto a proprie"a"e =un"iária ter per"i"o na Europa o poder econmico, que lBe per1itia lan#ar sore a 1assa "a popula#o o peso "os en>ar!os oriun"os "as >on"i#Ges "a pro"u#o >apitalista3 a in=lu@n>ia polFti>a "everia supri/%a3 "eter1inan"o "ireitos sore os >ereais3 a re"u#o "o valor "o nu1erário Pi1etalis1oQ3 susi"ios e1 "inBeiro3 e outras 1e"i"as "a 1es1a espD>ie$ Seria supDr=luo "is>uti1os ain"a u1a ve a usti=i>a#o teHri>a "e tais provi"@n>ias3 á "eati"as tantas vees que po"e1os >onsi"erar universal1ente >onBe>i"os os "iversos pontos "e vista sus>ita"os pela questo3 a respeito "a qual quase na"a se po"eria "ier "e novo$ Essa "is>usso D tanto 1ais intil quanto D >erto que os prHprios a!rários >o1e#a1 a >o1preen"er que os pe$uenos recursos no os >on"ue1 1uito lon!e$ Os seus es=or#os no senti"o "e u1a alta arti=i>ial "os !@neros ali1entF>ios esarra13 e1 to"os os paFses >ivilia"os3 na resist@n>ia enDr!i>a "a >lasse operária3 que seria a sua pri1eira vFti1a$ AtD aqui os "ireitos al=an"e!ários "e na"a t@1 servi"o ? a!ri>ultura$ (as se al!u1 "ia "evesse1 apresentar/se as >ir>unstJn>ias que lBes "esse1 u1a a#o real e =iesse1 suir o pre#o "os >ereais3 levaria1 a !ran"e 1aioria "a popula#o a u1 "esespero to !ran"e que se re>uaria "iante "e sua >Hlera$ A 1á >olBeita "e -75- "eter1inou na 0ran#a u1a re"u#o i1e"iata dos "ireitos sore os >ereais P"e ulBo "e -75- a ulBo "e -752Q$ ,eter1inou3 "e i!ual 1aneira3 na Ale1anBa / no i1e"iata1ente3 D ver"a"e / u1a re"u#o "esses 1es1os "ireitos3 e "e 1o"o per1anente$ )a %n!laterra no Bá polFti>o sDrio que ouse pe"ir u1a alta arti=i>ial "as susist@n>ias$ A >lasse operária ali D 1uito =orte$ A >on>orr@n>ia >o1 a %n!laterra livre/>a1ista no per1ite que os outros Esta"os in"ustriais eleve1 "es1e"i"a1ente as suas taas$ A polFti>a ritJni>a "e lierar a i1porta#o "e !@neros ali1entF>ios ori!a os >apitalistas "o >ontinente a se untare1 aos operários na resist@n>ia >o1u1 a qualquer tentativa "e eleva#o "as taas3 "e 1aneira a paralisare1 a in=lu@n>ia "a >o1peti#o "os >ereais estran!eiros$ Se os "ireitos protetores "os pro"utos a!rF>olas3 na Europa3 no atin!e1 u1a altura enor1e3 "eve/se3 antes "e 1ais na"a3 ao po"erio "os operários in!leses$ ,e resto3 se =osse possFvel u1a polFti>a "e prote#o a!rária enDr!i>a3 os seus resulta"os no ene=i>iaria1 a a!ri>ultura3 1as uni>a1ente ? proprie"a"e territorial$ %sto porque3 1anten"o alta a ren"a =un"iária3 >onservaria1 i!ual1ente alto o pre#o "o solo3 prolon!an"o a "ura#o "os en>ar!os
-N5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ que pesa1 sore a a!ri>ultura$ o que3 "e resto3 se!un"o o eposto no >apFtulo pre>e"ente3 á no pre>isa "e prova parti>ular$ As tentativas =eitas para prote#o "a a!ri>ultura europDia >ontra a >on>orr@n>ia estran!eira3 1e"iante "ireitos a"uaneiros e outros pe$uenos recursos, no apresenta1 nenBu1a possiili"a"e "e @ito$ O seu resulta"o D apenas "i=i>ultar a a"apta#o "a a!ri>ultura ?s novas >on"i#Ges$ Contu"o3 ao que se v@3 essa a"apta#o se realia$ U1a "as prin>ipais vanta!ens "os >on>orrentes "e alD1 1ar resi"e na superau"Jn>ia "e terras3 que lBes propor>iona a es>olBa "as 1elBores3 "as 1ais a"equa"as ? lavoura3 aos =ins "e >ultivo$ Coisa "iversa o>orre na Europa$ a"a eplora#o rural se astava3 ela "evia pro"uir tu"o o que pre>isava3 =osse o solo prHprio ou no para esta ou aquela >ultura$ (es1o e1 terrenos estDreis3 pe"re!osos3 =orte1ente in>lina"os3 se plantava1 >ereais$ A sustitui#o "a pro"u#o para o !asto pessoal pela pro"u#o "e 1er>a"orias quase na"a alterou a este respeito$ Ao >ontrário3 o au1ento "a pro>ura "e >ereais3 e1 virtu"e "o >res>i1ento rápi"o "a popula#o3 tornou in"ispensável a >ultura "e !leas se1pre 1ais i1pro"utivas$ %sto 1u"a quan"o se ini>ia a >on>orr@n>ia "e ultra1ar$ A ne>essi"a"e "e esten"er/se a lavoura "e >ereais a terrenos para tanto ina"equa"os "esapare>e lo!o$ On"e as >ir>unstJn>ias so =avoráveis ? 1u"an#a3 esse >ultivo D aan"ona"o e sustituF"o por outras =or1as "e pro"u#o a!rF>ola$ Esta ten"@n>ia D re=or#a"a3 ain"a3 pelas >ir>unstJn>ias se!uintes$ A >on>orr@n>ia "e alD1/1ar se 1ani=esta pri1eiro3 e "e 1o"o 1ais a!ressivo3 no 1er>a"o "e >ereais$ A >ultura "estes pro"utos D 1uito 1ais si1ples e ei!e 1enos traalBos preparatHrios e 1enos ra#os "o que3 por ee1plo3 a >ria#o intensiva3 o plantio "e atatas3 ráanos3 >ouves3 outros le!u1es e a po1i>ultura$ Os >ereais so ta1D13 entre os !@neros ali1entF>ios3 u1a "as 1er>a"orias possui"oras "e 1aior valor espe>F=i>o relativa1ente ao peso e ao volu1e$ o que se evi"en>ia nu1 qua"ro "e Sette!ast3 1en>iona"o 1ais a>i1a$ Se!un"o esse qua"ro3 para u1 peso "e u1 quintal e u1a 1ilBa3 as "espesas "e transporte3 >al>ula"as propor>ional1ente ao valor "a 1er>a"oria3 so as se!uintesM
,esi!na#o "e (er>a"orias
:erva!e1
,espesas "e ,espesas "e transporte por &re#o no transporte por estra"a "e 1er>a"o estra"a "e =erro3 a 23 por quintal ro"a!e13 a - p=ennin!s por Pp=ennin!sQ p=ennin!s por quintal e por 1ilBa 1ilBa 9 89399g 399g
+eterraa
-99
-399g
239g
&alBa
-99
-399g
239g
+atata
-9
-9399g
-366g
0eno
299
39g
-32g
Leite3 =rutos =res>os
N99
83g
9362g
Tri!o
-$999
-39g
932g
Ani1ais vivos
2$999
932g
932g
O tri!o3 pois3 en>ontra/se na pri1eira =ila$ As "espesas "e transporte "e ani1ais vivos no "i1inuFra1 >o1 o e1pre!o "a estra"a "e =erro$ Au1entou astante a rapi"e "esse transporte3 >uos =retes so i!uais aos "o tri!o$ (as este pro"uto suporta se1 "anos a lo>o1o#o 1ais va!arosa3 e ar1aena1ento3 as >ar!as e "es>ar!as3 a via!e1 1arFti1a$ o1 u1a via!e1 1uito lenta3 e soretu"o >o1 u1a travessia o>eJni>a$ Ar1aená/%os D >oisa natural1ente i1possFvel$ (as e1 virtu"e "e sua resist@n>ia ao te1po e aos in>onvenientes "o transporte3 os >ereais so ta1D1 1uito superiores ? 1aioria "os outros arti!os "a pro"u#o a!rF>ola e1 lar!a es>ala / >arne3 leite3 =rutos3 le!u1es3 aves$ &or >onse!uinte3 a"1ite/se =a>il1ente que a >on>orr@n>ia estran!eira se 1ani=este pri1eira1ente na pro"u#o "e >ereais$ Assi13 pois3 os lavra"ores europeus3 no soli>ita"os3 pela
-9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ naturea 1es1a "o solo3 a essa espD>ie "e >ultivo3 pro>ura1 a sua salva#o na pro"u#o "e outras 1er>a"orias / "as que a>aa1 "e ser re=eri"as$ (as esta 1u"an#a no "epen"e "o seu arFtrio$ Eles sH a po"e1 realiar on"e >onte1 >o1 1er>a"o para tais pro"utos$ Contu"o3 a evolu#o e>on1i>a lBes D aqui 1uito =avorável$ i1os que3 e1 virtu"e "e >erto n1ero "e =atores BistHri>os e =isiolH!i>os3 o >onsu1o "a >arne se tornou nas >i"a"es e1 1ais vultoso que nos >a1pos$ Co1o a popula#o urana >res>e 1uito 1ais "epressa "o que a popula#o total3 a pro>ura "e >arne "eve ta1D1 >res>er e1 1ais "epressa$ &or outro la"o3 atD anos re>entes "este sD>ulo3 a pro"u#o "e leite3 le!u1es3 =rutos e ovos3 et>$3 para o 1er>a"o3 per1ane>eu li1ita"a a al!uns "o1Fnios nos surios "as >i"a"es$ )as al"eias e nas pequenas >i"a"es "e provFn>ia to"o lar3 lar "e >a1pon@s ou no "e"i>a/se ? a!ri>ultura3 e pro"u assi1 tais arti!os para o seu prHprio !asto$ )as !ran"es >i"a"es3 ao >ontrário3 isto D i1possFvel$ &or >onse!uinte3 lo!o que os >entros uranos i1portantes >o1e#a1 a aar>ar u1a parte >onsi"erável "a popula#o3 a pro>ura "esses pro"utos se intensi=i>a$ A o=erta >orrespon"ente se "isten"e3 no J1ito "o 1er>a"o$ e1 proveito "a 3olsa do campon@s, ne1 se1pre e1 proveito "e sua sa6de. Antes a =a1Flia "o lavra"or >onsu1ia o leite e os ovos =orne>i"os pela sua eplora#o$ A!ora estes se "estina1 ? ven"a e so sustituF"os pela "e>o>#o "o >a=D3 a a!uar"ente e as atatas$ (es1o o au1ento "o >onsu1o "a >arne po"e ter u1a a#o preu"i>ial se se >o1ina >o1 u1 au1ento "o >onsu1o "e atatas e u1a "i1inui#o "o >onsu1o "o leite e "e >ereais P>=$ Zeer3 8volu1e "e erBaltnisse "er Lan"areiter3 pá!$ Q$ %sto no i1pe"e que os estatFsti>os nos prove13 1e"iante o 1aior >onsu1o "esses artigos de lu;o, o e1/estar >res>ente "a popula#o$ O prHprio "esenvolvi1ento "os 1eios "e transporte3 que =a >o1 que a >ultura "os >ereais "eie "e ser lu>rativa3 "eter1ina ta1D13 e1 propor#Ges >onsi"eráveis3 e1 1uitas re!iGes3 a pro"u#o "a >arne3 "o leite et>$3 para o 1er>a"o3 visto que este3 "e que tinBa1 si"o atD ento e>luF"os3 %Bes D a!ora =ranquea"o$ On"e tais =atores atua13 as ten"@n>ias =avoráveis ? pequena eplora#o se re=or#a13 en=raque>en"o/se as =avoráveis ? !ran"e eplora#o$ E >o1o D no J1ito "a pro"u#o "e >ereais que a !ran"e e1presa 1ais ultrapassa a pequena3 D ela que 1ais se sente atin!i"a pela >on>orr@n>ia "e alD1/1ar$ Os setores e1 que o a!ri>ultor3 eli1ina"o "o 1er>a"o "e >ereais3 pro>ura re=u!iar/se3 so pre>isa1ente aqueles e1 que a pequena eplora#o 1ais =a>il1ente po"e "e=en"er/se "a !ran"e eplora#o$ (as no "eve1os ea!erar a in=lu@n>ia "esses =atores$ Eles no po"e1 atuar por to"a parte$ )e1 to"os os lu!ares possue1 u1 1er>a"o para o leite3 para os le!u1es3 a >arne3 et>$ &ara que au1ente o n1ero "as >ae#as "e !a"o3 por ee1plo3 so in"ispensáveis >apitais e traalBa"ores suple1entares$ Ora3 ne1 to"o a!ri>ultor se en>ontra e1 >on"i#Ges "e os >onse!uir$ A %n!laterra D o paFs e1 que os =atores alu"i"os a!ira1 1ais >e"o3 e >o1 1ais =or#a$ O >li1a ali D 1uito =avorável ? eplora#o "as pasta!ens e a sua popula#o urana lo!o se =e >onsi"erável$ [á e1 -7-3 na 'r/+retanBa3 Bavia o 1es1o n1ero "e pessoas na >i"a"e e no >a1po$ )a &rssia3 ao >ontrário3 e1 -7N5 apenas u1 pou>o 1ais "e u1 quarto P27gQ "os Baitantes resi"ia1 na ona urana$ :oe3 uni>a1ente a popula#o >ita"ina "o i1pDrio ale1o D to =orte quanto a sua popula#o rural$ AlD1 "isso reina na %n!laterra o siste1a >apitalista "e arren"a1ento3 que =or#a o a!ri>ultor a sal"ar pontual1ente3 to"os os anos3 os seus >o1pro1issos3 e lBe ve"a3 pelo en"ivi"a1ento "o solo3 "urante u1 te1po relativa1ente lon!o3 o e1pre!o "e u1a =or1a "e eplora#o que á "eiou "e ser lu>rativa3 ori!an"o/o i1e"iata1ente3 portanto3 a a"aptar/se ?s novas >on"i#Ges$ Lo!o que se "esenvolveu a >on>orr@n>ia3 "os !@neros ali1entF>ios "e alD1/1ar3 a %n!laterra =oi3 por >onse!uinte3 e1 virtu"e "e sua situa#o !eo!rá=i>a e "a ativi"a"e "e seu >o1Dr>io3 a 1ais eposta e a pri1eira a so=rer tais e=eitos$ O e>e"ente Psore a eporta#oQ "a i1porta#o "e tri!o na %n!laterra se elevou e1 1D"iaM e1 -78/ a 2-$-5-$99 quartas 939g e1 -778/7 a -$5NN$999 I 6N329g e1 -758/5 a 22$756$999 I 6352g "a quanti"a"e total "o pro"uto ? "isposi#o "aquele paFs$ Assi13 apenas u1 quarto "o tri!o >onsu1i"o na %n!laterra provD1 "o solo na>ional$ (as os a!ri>ultores ritJni>os tivera1 lo!o "e >onven>er/se "e que passara o te1po "os "ireitos sore os >ereais$ A %n!laterra á D 1uito "e1o>ráti>a3 a sua popula#o rural 1uito =ra>a3 a sua popula#o in"ustrial 1uito =orte para a"1itir/se ali o en>are>i1ento arti=i>ial "o po$ A a!ri>ultura se viu "iante "a se!uinte alternativaM ou u1a prHi1a an>arrota3 ou u1a rápi"a
--
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 1u"an#a "as >on"i#Ges "e eplora#o$ )a 1aioria "os >asos =oi essa 1u"an#a que se veri=i>ou$ Os lan"lor"s tivera1 "e re"uir as suas ren"as territoriais / na %rlan"a so a presso le!islativa3 na %n!laterra so a presso "e u1a po"erosa >a1a"a "e arren"atários3 Os arren"a1entos aiara13 nestes lti1os anos nas 1elBores re!iGes "e 29 a 89g, e nas piores "e 9g e 1ais$ Ao 1es1o te1po se elevara1 as "espesas a que o proprietário no po"e =u!ir3 os traalBos "e >onstru#o e as en=eitorias$ O relatHrio3 á >ita"o várias vees3 "a >o1isso a!rária "a %n!laterra3 1en>iona 1uitos ee1plos "esse =ato$ To1e1os u1 que se re=ere a u1a proprie"a"e "e )or=olk$ O 1ontante "as várias "espesas era ali3 e1 liras esterlinas$ -7
-77
-75N
Arren"a1entos N$-85 ,espesas >o1 a -$-22 proprie"a"e &arte "os arren"a1entos asorvi"a >o1 as 2$"espesas3 e1 per>enta!e1
2$2
-$ 56
-$-66
-$2-6
N237
63
-$5
79
Ren"i1ento lFqui"o
8$9-
O ren"i1ento lFqui"o "o proprietário territorial se re"u3 portanto3 "e $999 a -N$99 =ran>os$ (as esta "i1inui#o "os en>ar!os que a ren"a territorial "es>arre!a sore a a!ri>ultura no asta$ Ao 1es1o te1po3 veri=i>ou/se a transi#o "a >ultura "e !ros ? >ria#o "e ani1ais$ ColBera1/se no Reino/Uni"o P postas "e la"o as se1entes Q3 e1 1D"ia anualM (D"ia anual "e quartas &erFo"o "e tri!o ,e -72 a -75 -8$-65$999 ,e -769 a -76 -2$2N$999 ,e -767 a -7 --$682$999 ,e -775 a -759 7$9$999 ,epois3 a pro"u#o >aiu a u1a 1D"ia "e sete 1ilBGes quartas$ A super=F>ie o>upa"a >o1 a >ultura "e tri!o se elevouM &erFo"o Super=F>ie e1 a>res ,e -769 a -79 8$79-$999 E1 -775 2$N$999 E1 -75N -$ 57$999 E1 -75 -$N-$N98 E1 -756 -$658$5 Ao >ontrário3 a super=F>ie "as pasta!ens se elevou$ E%a as>en"eu na 'r/+retanBa3 e1 -7 a -8$8-2$999^ e1 -773 -$8N2$999^ e1 -753 a -6$6--$999 a>res$ A evolu#o to1a =or1a "i=erente na Ale1anBa$ A situa#o >ontinental "este paFs3 os seus "ireitos sore as >ereais3 o >aráter >onserva"or "os >a1poneses a retar"a1$ &or outro la"o o>orre1 ain"a a passa!e1 "a eplora#o atrasa"a ? eplora#o intensiva3 a renn>ia ao pousFo e a passa!e1 "a >ultura "e tr@s a=olBa1entos ? >ultura alternante$ Estes =atores =avore>e1 natural1ente a epanso "o plantio "e >ereais$ A re!resso "essa lavoura3 a sua sustitui#o pela pe>uária e pela pro"u#o "e le!u1es e =rutas3 li1ita1/se3 por >onse!uinte3 a al!u1as re!iGes "a Ale1anBa e no se 1ani=esta1 "e 1aneira !eral$ )o i1pDrio ale1o3 a super=F>ie >onsa!ra"a ? >ultura "e >ereais era a se!uinteM
-2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _
-77 &ara o tri!o e a espelta &ara o >enteio &ara a >eva"a &ara a aveia
-778
2$222$99 2$896$-99 $59$299 $7-$-99 -$628$899 -$N$899 8$8$-99 8$8$799
-758
-75N
Au1ento PmQ ,i1inui#o P/Q "e -778 a -756
2$857$299 2$2N5$599 6$9-6$599 $572$-99 -$62$-99 -$66$899 8$55$699 8$55$699
/ 6$299 m -6$999 / 7$999 m 29$799
As super=F>ies >ultiva"as >o1 as prin>ipais espD>ies "e >ereais 1u"ara13 pois3 "e 1aneira insi!ni=i>ante$ -$2N$999 Be>tares =ora1 >onsa!ra"os e1 -778 aos "iversos >ereais e le!u1es se>os reuni"os3 >ontra -$552$999 e1 -7583 o que >onstitui u1 au1ento "e 267$999 Be>tares$ )o 1es1o espa#o "e te1po3 a super=F>ie "as terras entre!ues ? pasta!ens e ao pousFo se re"uiu "e 8$886$789 Be>tares para 2$69$8N Be>tares3 isto D3 "i1inuiu "e 6$N78 Be>tares$ (as ao passo que a área >onsa!ra"a ? >ultura "e >ereais per1ane>ia a 1es1a3 "e u1 1o"o !eral3 o n1ero "os ani1ais se elevava >onsi"eravel1ente$ Arrolava1/seM Anos -78 -778 -752 -75
EspD>ie ovina -$6$95 -$76$799 -$$99 -7$N59$799
&or>os $-2N$-99 5$296$299 -2$-7N$899 -N$2N$699
Assi13 enquanto que "e -78 a -778 a quanti"a"e "e reses sH au1entava "e 1aneira insi!ni=i>ante3 "e -9$999 >ae#as3 na "D>a"a se!uinte ela au1entou "e >er>a "e "ois 1ilBGes3 e nos >in>o lti1os anos "e >er>a "e u1 1ilBo$ )a 0ran#a3 o esta"o "a pro"u#o "e >ereais D pior3 apesar "os "ireitos eleva"os$ A área "e >ultura era3 nesse paFs3 re>ensea"a e1 Be>taresM
-N$2$999 -$62-$999 -$956$999 -N$72$999
Au1ento PmQ ,i1inui#o P/Q -762/-752 / 5N$999
-$$999 2$8$999 8$87$999 8$82$999
m 5$999
N$-57$999 $92-$999 $68$999 $529$999
m 755$999
-7N9 Cereais &ra"os arti=i>iais &ra"os naturais e pasta!ens Terras e1 pousFo
6$68$999
-762
-772
-752
$-N7$999 8$6NN$999 8$86N$999
/ -$79$999
A área "e >ultura "os >ereais3 portanto3 a partir "e -7623 "i1inuiu >onsi"eravel1ente$ A per"a "e territHrio e1 -7- P-$N-$999 Be>taresQ >erta1ente >ontriuiu para isso$ (as tal >ir>unstJn>ia =oi 1ais "o que >o1pensa"a pela re"u#o "as terras e1 pousFo$ A re!resso "a lavoura "e >ereais >ontinuou "e -772 a -7523 ao passo que3 apesar "a per"a "e territHrio3 os pra"os e as pasta!ens !anBara1 e1 etenso$ O n1ero "as >ae#as "e !a"o ovino >res>e3 ta1D13 ao passo que o "e >avalos "e>res>e$ Contava1/seM
-8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ -772 -772 75 "eparta1entos 76 "eparta1entos 2$5-N$N-2 2$78$52 -2$9--$95 -2$55$9N
Cavalos +ois
-752 76 "eparta1entos 2$5N$25 -8$97$55
(as se e>ono1istas oti1istas >Be!ara1 a a>re"itar que a passa!e1 "a pro"u#o "e !ros ? pro"u#o "e >arne3 "e leite3 "e =rutos3 et>$3 po"eria prote!er a a!ri>ultura >ontra a >on>orr@n>ia "e alD1/1ar3 >o1etera1 u1 erro$ A revolu#o tD>ni>a e a a>u1ula#o "e >apital >ontinuara1 a veri=i>ar/ se se1 interrup#o$ Co1o >onseqW@n>ia3 assiste/se ao aper=ei#oa1ento e ?s re"u#Ges "e tari=as "os 1eios "e transporte3 ao a>elera1ento "as >o1uni>a#Ges3 ? 1elBora "os 1Dto"os "e >onserva#o$ (as isto si!ni=i>a3 si1ples1ente3 que a >on>orr@n>ia "e alD1/1ar penetra i!ual1ente3 passo a passo3 nesses "o1Fnios3 nos quais a a!ri>ultura europDia3 na sua "es!ra#a pro>ura re=!io$ :á vinte anos ain"a quase to"os os ani1ais vivos3 i1porta"os pela %n!laterra3 pro>e"ia1 "o >ontinente europeu$ :oe a sua ori!e1 á D outra3 pois a 1aioria D re>ei"a "a A1Dri>a "o )orte$ E á Bá possiili"a"es "e i1portá/%os "a A1Dri>a "o Sul3 por via 1arFti1a$ $ Entre os ani1ais "e ra#a ovina3 vivos3 "ese1ar>a"os na %n!laterra3 provinBa1M
Anos E1 -76 E1 -776 E1 -75E1 -75
"os "a "a "o Esta"os Repli>a Europa Cana"á$ Uni"os Ar!entina 55g / -g / N8g 86g 2-g / -6g 62g 2-g -g / 6g 28g 5g
O n1ero "e reses i1porta"as se elevavaM &aFs "e ori!e1 Rep$ Anos Cana"á Esta"os Uni"os Ar!entina -75 5$558 26$88 58$N5N -756 -9-$5- 88$--5 6$655 -75 -26$N5 N-6$255 8$76
Outros Total$ aFses 8$N6 N-$6 2$-N8 62$2 -$6 6-7$886
Entre os >arneiros i1porta"os vivos pela %n!laterra3 provinBa1M ,os ,os ,a ,a ,a ,a ,a Esta" ,o ,os &aFse Rep$ Anos +Dl!i> ,ina1 Ale1a %slJn"i os Cana" outros s Ar!ent a ar>a nBa a Uni"o á paFses +aios ina s -76
2Ng
g 89g
/g N9g
/g
/g
/
/
-776
/
5g 82g
8g Ng
/g
5g
/
-g
-75-
/
-2g
/
g 6-g
8g
5g
6g
2g
-75
/
/
/
6g
N2g 2- g 25g
2g
/
-N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ )o que "i respeito ao =orne>i1ento "e >arneiros vivos3 a Europa =oi eli1ina"a 1ais tar"e "o 1er>a"o in!l@s pelos paFses ultra1arinos3 1as "es"e ento >o1 velo>i"a"e >res>ente A >arne3 Bá 29 anos3 sH po"ia =aer a travessia 1arFti1a so a$ =or1a "e >onserva3 sal!a"a ou "e=u1a"a$ &osterior1ente os 1Dto"os "e sua >onserva#o pelo >on!ela1ento se aper=ei#oara1 a tal ponto que a i1porta#o ritJni>a "e >arne =res>a "e alD1/1ar au1entou se1 interrup#o$ E1 -76 =ora1 i1porta"os 8N$699 quintais in!leses "e >arne ver"e3 e1 -753 2$-5-$98^ e1 -753 8$9-9$87$ A 1aior parte "esse pro"uto provinBa "os Esta"os Uni"os$ A >arne =res>a "e >arneiro sH D in"i>a"a isola"a1ente na estatFsti>a "o >o1Dr>io in!l@s a partir "e -772$ A sua i1porta#o se elevava ento a -59$999 quintais^ e1 -753 elevou/se a 2$6--$999 quintais^ e1 -753 a 8$-58$26$ ,essa >i=ra3 -$6N$999 quintais provinBa1 "a Austrália3 -$999 "a Repli>a Ar!entina$ Assi1 >o1o na pro"u#o "e >ereais3 os Esta"os Uni"os á atin!ira13 na pro"u#o "e >arne3 o ponto >ul1inante "e sua eporta#o$ A eplora#o etensiva "as pasta!ens3 ni>a a =aer lu>rativa a >ria#o "e ani1ais3 para a eporta#o nos paFses "e ultra1ar3 ei!e i1ensas áreas "e terras3 áreas que o au1ento "e1o!rá=i>o re"u >a"a ve 1ais$ Arrolava1/se nos Esta"os Uni"os$ +ois e outros &opula#o a>as >arneiros &or>os ani1ais "e ra#a ovina -79 87$7$999 -9$956$999 -$875$999 N9$78$99926$-$999 -779 9$-6$999 -2$92$999 2-$28-$999 N9$66$9992N$98N$999 -759 62$622$999 -$5N$999 86$7N5$999 NN$886$999-$698$999 -75 65$8$999 -6$9$999 8N$86N$999 N2$25N$999NN$-66$999 SH os ani1ais leiteiros au1enta1 nu1eri>a1ente$ ria1 para o aate3 "i1inui$ (as no D a Europa que "isso se ene=i>ia3 e si1 a Repli>a Ar!entina e a Austrália3 on"e proprie"a"es i1ensas per1ite1 o alar!a1ento "as pasta!ens$ Esses "ois paFses so os que á >ontriue1 e1 pri1eiro lu!ar para o aaste>i1ento "a %n!laterra quanto a >arneiros e >arne "e >arneiros$ A sua eporta#o "e ois e "e >arne "e va>a3 i!ual1ente3 está e1 vias "e au1entar >o1 rapi"e$ E1 -7593 -9$999 reses =ora1 eporta"as "a Repli>a Ar!entina^ e1 -75N3 229$99$ %n"epen"ente1ente "a pro"u#o "e >arne3 veri=i>a/se ain"a a pro"u#o "e leite3 "e =rutas3 "e le!u1es e a >ria#o "e aves3 que so>orre1 a a!ri>ultura nos seus "esastres$ (as "entro "e pou>o te1po a >on>orr@n>ia "os !@neros ali1entF>ios "e alD1/1ar se 1ani=estará ta1D1 nesses "o1Fnios$ Ela á se =a sentir e1 al!uns lu!ares3 por ee1plo3 na es=era "a pro"u#o "e =rutas3 to a1ea#a"a pela A1Dri>a que á se ul!ou ne>essário3 na Ale1anBa3 "ar/lBe por patrono a >o>BonilBa "e So [osD3 invo>a"o a aiar o seu 1anto protetor sore a 1a# ale1$ (as D possFvel que a =ase "a >on>orr@n>ia ta1D1 >Be!ue para os le!u1es =res>os "e alD1/ 1ar$ A quanti"a"e "e >eolas i1porta"as pela %n!laterra se elevava3 "e -76 a -773 a u1a 1D"ia "e -$758$999 alqueires in!leses PO alqueire in!l@s >ontD1 8638N litrosQ por ano$ Ela as>en"e "e -758 a -753 a $282$999$ SH a EspanBa re>eeu no pri1eiro perFo"o N-$999 alqueires3 e no se!un"o -$899$999$ O essen>ial "a i1porta#o $provinBa no apenas "a :olan"a3 1as ta1D1 "a 0ran#a e "o E!ito$ Outros le!u1es =res>os =ora1 i1porta"os pela %n!laterra3 e1 -76/73 no valor "e 22$999 liras esterlinas^ e1 -758/53 no valor "e 1ais "e -$-99$999 liras esterlinas$ A %n!laterra re>ee ovos "e paFses >o1preen"i"os nu1a >ir>un=er@n>ia que envolve a %tália3 a :un!ria e a Rssia$ E nestes lti1os anos se te1 =eito tentativas >oroa"as "e @ito para a i1porta#o "e leite 5resco "a :olan"a e "a SuD>ia$ As >on"i#Ges tD>ni>as "a interven#o "a >on>orr@n>ia "e alD1/1ar na es=era "e pro"u#o "e ovos3 "e le!u1es3 "e leite3 et>$3 á se veri=i>ara1 "es"e á$ Os anti!os paFses a!rF>olas e1preen"ero ativa1ente essa ora "e >on>orr@n>ia3 pois entre eles3 >o1o na Europa3 a pro"u#o "e >ereais "i1inui >o1 o apare>i1ento "e novos 1er>a"os "e eporta#o$ AtD aqui o 1elBora1ento "os 1eios "e transporte para esses arti!os "e ra1os se>un"ários "a lavoura sH a>arretou preuFos aos >ultiva"ores "a %n!laterra$ Os a!ri>ultores "os paFses no in"ustriais "o resto "a Europa !anBara1 >o1 isso3 >o1o
-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ =orne>e"ores "o povo ritJni>o$ (as por =i13 nessa es=era ta1D13 a lavoura "a Europa "eiará "e eportar e a >on>orr@n>ia ultra1arina se esten"erá3 salvo e1 ra1os "e pro"u#o que3 por sere1 insi!ni=i>antes3 no tentaro "e >erto os a!ri>ultores "e alD1/1ar$ Se essa >on>orr@n>ia atD aqui a=etou prin>ipal1ente os "o1Fnios "a !ran"e e1presa3 ela i!ual1ente se esten"erá ento ao terreno e1 que pre"o1ina a pequena eplora#o a!rF>ola$ Co1preen"e/se3 se1 1aiores epli>a#Ges3 atD que ponto a >rise a!rária será >o1 isso a!rava"a$ Contu"o3 a a!ri>ultura europDia possuFa ain"a outros re>ursos para "e=en"er/se >ontra o ini1i!o "e ultra1ar$ eN 'nião da ind6stria e da agricultura AtD aqui3 >onsi"era1os prin>ipal1ente a %n!laterra$ &ara %lustrar os 1eios "e luta >ontra a >on>orr@n>ia "e ultra1ar "e que ire1os =alar a!ora3 >olBere1os nossos ee1plos no "o outro la"o "o >anal / porque esse 1eio3 atD Boe3 se te1 "esenvolvi"o pou>o na %n!laterra / 1as no >ontinente3 on"e en>ontrou as suas 1elBores >on"i#Ges "e eist@n>ia e prin>ipal1ente na prHpria Ale1anBa$ O siste1a "e arren"a1ento per1ite que se lan>e1 os en>ar!os oriun"os "a >on>orr@n>ia "e alD1/1ar3 antes "e tu"o sore a proprie"a"e =un"iária$ )os lu!ares e1 que o proprietário territorial e o a!ri>ultor >onstitue1 no1inal1ente u1a ni>a pessoa3 a =ia#o "o pre#o "o solo por inter1D"io "as "Fvi"as Bipote>árias i1pe"e esse pro>esso$ )essas >ir>unstJn>ias os a!ri>ultores so =or#a"os3 1ais "epressa "o que no siste1a "e arren"a1ento3 a pro>urar u1 outro 1eio "e re"uir as "espesas "e pro"u#o$ E "es>ore1 u1 que D 1ais =avore>i"o pelo siste1a "a eplora#o pessoal "o proprietário =un"iário "o que pelo "o arren"a1ento$ %sto porque3 no pri1eiro >aso3 o n1ero "os a!ri>ultores "e u1a re!io "eter1ina"a D 1ais estável3 sen"o3 por >onse!uinte3 1enos eposta a interrup#Ges ruinosas a sua a#o >o1u1$ Co1o á sae1os3 os pro"utos "a a!ri>ultura so na 1aioria "os >asos3 "e =ra>o valor espe>F=i>o3 "e sorte que a possiili"a"e "e seu e1pre!o vantaoso >o1o 1er>a"orias D 1uitas vees li1ita"o a u1 pequeno >Fr>ulo$ Esse >Fr>ulo será pro"i!iosa1ente a1plia"o3 per1ane>en"o inaltera"os os 1eios "e transporte3 se o pro"uto e1 questo =or transporta"o no e1 ruto3 1as traalBa"o$ Al!uns al!aris1os "e u1 qua"ro "e Sette!ast >ita"o 1uitas vees á3 evi"en>ia1 esse =ato "e 1aneira satis=atHria$ As "espesas "e transporte3 >o1puta"as e1 rela#o ao valor "a 1er>a"oria3 so as se!uintesM
%n"i>a#o "as 1er>a"orias
+eterraas
Co1 transporte por &re#o no por estra"a "e 1er>a"o por estra"a "e =erro3 a 23 quintal ro"a!e13 a Pe1 1ar>osQ - p=ennin!s p=ennin!s por quintal e por por 1ilBa 1ilBa -399 -399g 239g
A#>ar
7399
93N8g
939g
+atatas
-39
-9399g
-366g
A!uar"ente
29399
93g
93-2g
Ani1ais vivos Etratos "e >arne
29399
932g
932g
699399
9398g
93999Ng
$ Ao 1ais alto valor3 espe>F=i>o se a>res>enta3 para 1uitos arti!os "a in"stria "e ali1enta#o3 u1a outra vanta!e1M eles so 1ais >onsistentes "o que o pro"uto ruto3 tais >o1o3 por ee1plo3 a 1antei!a3 e o queio3 as >onservas "e >arne3 os le!u1es3 e as =rutas3 et>$ (as 1uitas in"strias a!rF>olas apresenta1 ain"a outra vanta!e1 "a 1ais alta i1portJn>iaM o pro"uto =ari>a"o no >ontD13 ou >ontD1 pou>os ele1entos 1inerais ne>essários ? 1anuten#o "a =e>un"i"a"e "o solo$ A sua eporta#o no tira ? terra na"a "e i1portante$ Ao >ontrário3 os re=u!os "a =ari>a#o >ont@1 1atDrias3 que =orne>e13 sea "ireta1ente3 sea >o1o =orra!ens3 e>elentes ester>os3 teis ao solo$ Este D parti>ular1ente o >aso "a "estila#o "a a!uar"ente "e atata e "a =ari>a#o "e
-6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ a#>ar "e eterraa3 que3 pelos seus resF"uos3 e1pre!a"os >o1o =orra!ens e >o1o a"uo3 au"a1 po"erosa1ente o "esenvolvi1ento "a pro"u#o "e >ereais e a >ria#o "e ani1ais tornan"o/se3 on"e quer que se tenBa1 instala"o3 a ase in"ispensável "e u1a eplora#o intensiva e ra>ional$ A>res>ente1os que a in"stria a!rF>ola o=ere>e para os operários e ani1ais "e >ar!a u1a o>upa#o "urante o inverno e1 lu!ares on"e3 a outra =or1a3 teria1 pou>o que =aer e on"e3 !ra#as ? 1áquina a vapor "a =ári>a3 so 1ais nu1erosas as =or#as 1otries ne>essárias ? lavoura P=or#as 1otries para os "eulBa"ores3 as li1pa"oras3 os 1oinBos3 as o1as3 as serrarias3 et>$Q$ %sto se tornará parti>ular1ente i1portante quan"o a trans1isso "a ener!ia elDtri>a tiver u1a lar!a apli>a#o na a!ri>ultura e a 1áquina a vapor "a =ári>a a>ionar ta1D1 o ara"o3 o "eulBa"or3 o va!o "e a"uo "a estra"a "e =erro rural3 as >ei=eiras$ Tu"o isso sus>itou 1uito >e"o3 entre os a!ri>ultores "e 1uitas re!iGes on"e as >on"i#Ges era1 =avoráveis3 o "eseo "e =un"ar e1 suas terras estaele>i1entos in"ustriais "estina"os ao ene=F>io "e seus pro"utos rutos$ Esse "eseo D a!u#a"o "e 1aneira to"a parti>ular pela >on>orr@n>ia nos !@neros etra/europeus3 >on>orr@n>ia que =or#a a aia "os arti!os pri1ários e "a ren"a territorial$ O >a1pon@s pre>isa !anBar "upla1ente3 a!ora3 >o1o in"ustrial3 a =i1 "e >o1pensar o que per"e >o1o a!ri>ultor ou >o1o proprietário territorial$ O seu oetivo D equilirar a aia "a ren"a territorial >o1 o lu>ro in"ustrial >res>ente e etrair "e u1 pro"uto ruto3 "e pre#o re"ui"o3 u1 pro"uto 1anu=atura"o3 et>$ Co1o e1 to"o pro!resso e>on1i>o3 "e nosso te1po3 =ora1 as !ran"es eplora#Ges que "era1 o ee1plo a este respeito3 tiran"o "a inova#o as 1aiores vanta!ens$ U1a pequena eplora#o "e or"inário no possui >apital su=i>iente e no =orne>e arti!os pri1ários e1 quanti"a"e que aste a >riar para si u1 estaele>i1ento in"ustrial "estina"o ao ene=F>io "os seus pro"utos$ E os pequenos lavra"ores so 1ais lentos na "e>iso3 1ais >onserva"ores3 1enos in=or1a"os a respeito "o pro!resso "a tD>ni>a e "as ne>essi"a"es "o 1er>a"o interna>ional "o que os !ran"es a!ri>ultores e os >apitalistas$ 0ora1 os !ran"es proprietários territoriais e1 parti>ular os proprietários "e lati=n"ios3 que intro"uira1 e1 pri1eiro lu!ar a lar!a eplora#o in"ustrial nos seus "o1Fnios$ E3 ao la"o "eles3 =ora1 os >apitalistas que =un"ara1 estaele>i1entos "e in"stria a!rF>ola e >o1prara1 terras ne>essárias ? pro"u#o "e 1atDrias/pri1as$ Ao la"o "as "estilarias e "as =ári>as "e a#>ar sur!ia13 nas !ran"es proprie"a"es rurais3 as =ári>as "e a1i"o3 as =ári>as "e >ervea / estas lti1as D >erto que e1 propor#Ges restritas3 por sere1 quase se1pre 1ais vantaosas >o1o in"strias uranas$ A 1atDria pri1a "a =ari>a#o "e >ervea D e1 parte "o 1es1o valor espe>F=i>o Pa >eva"aQ e e1 parte "e 1ais alto valor espe>F=i>o Po lpuloQ que o pro"uto "eles resultante3 >uo transporte D 1ais "i=F>il$ A >eva"a para esse =i1 e o lpulo sH =lores>e1 e1 re!iGes "eter1ina"as$ AlD1 "as in"strias a!rF>olas re=eri"as3 instala1/se =ári>as "e lati>Fnios3 "e >onservas para le!u1es3 =rutas3 leite3 et>$ U1a "as 1aiores vanta!ens "os lati=n"ios sore as pequenas eplora#Ges >onsiste na possiili"a"e "e u1a unio >o1pleta e =e>un"a "a in"stria e "a a!ri>ultura$ Essa vanta!e1 D 1ais a1pla on"e o lati=n"io =orne>e ? in"stria no apenas as 1atDrias/pri1as3 1as ain"a a =or#a 1otri / =or#a Bi"ráuli>a3 lenBa >olBi"a nas =lorestas viinBas3 >arvo$ ono1ia no se =a assi1 nas "espesas "e transporte3 nas "espesas ne>essárias a qualquer >o1Dr>iof en"o o @ito oti"o >o1 essas in"strias a!rF>olas3 as pequenas eplora#Ges se sentira1 in>lina"as ?s 1es1as vanta!ens$ O 1elBor 1eio "e >onse!ui/%as lBes pare>eu a >oopera#o$ O >a1inBo nesse senti"o =ora aerto por al!u1as e1presas >apitalistas astante etensas3 >uo solo3 porD1 no po"eria astar ao =orne>i1ento "e to"as as 1atDrias/pri1as$ Estas3 "a"a a situa#o3 lBes era1 ven"i"as por nu1erosos a!ri>ultores "os arre"ores 1e"iante >ontratos espe>ial1ente =ir1a"os$ As e1presas era1 na ase "e u1a so>ie"a"e por a#Ges$ +astava que os =orne>e"ores "e 1atDrias/ pri1as =iesse1 aquisi#o "e a#Ges para ter1os "iante "os olBos u1a >ooperativa >o1pleta$ Essas >ooperativas a!rF>olas se "esenvolvera1 rapi"a1ente3 soretu"o na Ale1anBa$ O n1ero "elas Pe>luF"as as >aias "e e1prDsti1os3 "e >o1pra e ven"aQ eraM -75Leiterias >ooperativas Outras >ooperativas
-752
-75N
25
765 -$89
-8-
-9
28
-75 -$N N7N
As lti1as so3 soretu"o3 "estilarias3 =ári>as "e is>oitos3 pa"arias3 a"e!as3 et>$
-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ )o "uvi"a1os asoluta1ente "e que esse 1ovi1ento >ooperativo3 que se en>ontra apenas no >o1e#o3 no al>an>e resultados >onsi"eráveis3 provo>an"o u1a trans=or1a#o ra"i>al na situa#o "a a!ri>ultura$ (as se al!uns v@e1 no =en1eno u1a etapa no >a1inBo "o so>ialis1o3 a instaurar/se na a!ri>ultura / ener!a/se "e o1 !ra"o a outra etapa nos restos "os allrnends e pasta!ens >o1uns "a %"a"e (D"ia / e se outros vislu1ra1 no 1ovi1ento >ooperativista o veF>ulo para 1anuten#o "e u1a >lasse ele >a1poneses in"epen"entes3 vi!orosos^ no po"ere1os >on>or"ar ne1 >o1 os pri1eiros3 ne1 >o1 os lti1os$ A >ara>terFsti>a "o so>ialis1o 1o"erno resi"e na posse "os 1eios "e pro"u#o por parte "a >lasse operária3 nu1a >o1uni"a"e so>ialista3 =eita pela >oletivi"a"e3 portanto$ U1a so>ie"a"e >ooperativa "e pro"u#o3 para po"er ser >onsi"era"a u1a etapa no >a1inBo >on"u>ente a esse Esta"o3 "eve ser u1a so>ie"a"e "e pro"utores revesti"os ao 1es1o te1po "a quali"a"e "e proprietários "os 1eios "e pro"u#o$ U1a "as oe#Ges 1ais !raves possFveis >ontra a opinio se!un"o a qual as >ooperativas operárias "e pro"u#o3 Boe $eistentes3 seria1 "e!raus para o so>ialis1o3 resu1e/se "o se!uinte 1o"o$ )a so>ie"a"e >apitalista3 "entro "e u1a >ooperativa "e pro"u#o =lores>ente >Be!a >e"o ou tar"e3 u1 1o1ento e1 que os >oopera"ores >o1e#a1 a e1pre!ar operários assalaria"os$ Esses proletários no parti>ipa1 "a proprie"a"e "os 1eios "e pro"u#o e so eplora"os pelos >oopera"ores$ &or >onse!uinte^ to"a >ooperativa "e pro"u#o3 na so>ie"a"e 1o"erna3 "esenvolve a ten"@n>ia3 quan"o prHspera / isto D3 quan"o se epan"e / "e tornar/ se u1a e1presa >apitalista$ O que3 nas >ooperativas "e pro"u#o =un"a"as pelos operários assalaria"os sH >onstitui no >o1e#o u1a pura ten"@n>ia3 nas >ooperativas "e pro"u#o "os a!ri>ultores re=eri"os >on>retia u1a ase ini>ial$ Os operários "e u1a =ári>a "e a#>ar "e u1a "estilaria3 "e u1a leiteria3 "e u1a =ári>a "e >onservas3 "e u1a >ooperativa "e is>oitos3 no so os >oopera"ores 1as operários assalaria"os3 e1pre!a"os e eplora"os por eles$ A vanta!e1 que os a!ri>ultores ot@1 >o1 as >ooperativas resi"e3 in"epen"ente1ente "as e>ono1ias =eitas nas "espesas "e transporte e "e >o1Dr>io3 na entra"a "o lucro do capital. A >ooperativa "e pro"u#o a!rF>ola "essa espD>ie e no te1 Bavi"o outras atD a!ora / >onstitui u1 "e!rau para o capitalismo e no para o socialismo. o1o 1eio "e salva#o "os pequenos >a1ponesesb ,eve1os oservar que D3 a priori, ina>essFvel ao proprietário "e u1 pequeno pe"a#o "e terra3 ao >a1pon@s proletário3 ?quele que 1ais pre>isa "e au"a$ &orque u1a e1presa in"ustrial re>la1a "inBeiro3 e D pre>isa1ente o que lBe =alta$ :aitual1ente esse >a1pon@s proletário no se en>ontra e1 >on"i#Ges "e pro"uir para a eplora#o a quali"a"e ne>essária "e 1atDrias/pri1as$ &ara a >lasse 1D"ia D que a >ooperativa "e pro"u#o po"erá ser pre>iosa$ (as aqui3 ain"a3 a !ran"e e1presa terá sore a pequena al!u1as vanta!ens >onsi"eráveis$ O !ran"e proprietário territorial3 quan"o "ispGe "e "inBeiro3 no en>ontra ostá>ulos para o estaele>i1ento "e u1a eplora#o in"ustrial lu>rativa$ ul"a"es no se apresenta13 ao >ontrário3 para =or1a#o "e u1a >ooperativaf &ara o !ran"e proprietário territorial3 a"apta#o "a eplora#o a!rF>ola ?s ei!@n>ias "a eplora#o in"ustrial D >oisa >orriqueira$ Ao >ontrário3 D "i=F>il >onse!uir/se que os pequenos a!ri>ultores entre!ue1 >o1 re!ulari"a"e pro"utos rutos uni=or1es$ A !ran"e e1presa no >a1po D a que 1elBor >onvD1 ?s ne>essi"a"es "a !ran"e in"stria a!rF>ola$ (uitas vees esta estaele>e eplora#o "essa espD>ie quan"o no "ispGe "e u1a$ A =ari>a#o "o a#>ar3 este ee1plo >lássi>o "e !ran"e in"stria a!rF>ola3 >ontriuiu lar!a1ente para o "esenvolvi1ento "a !ran"e e1presa no >a1po$ &or outro la"o &ass>Be a=ir1a que u1a "as raGes que i1pe"e1 o pro!resso "a in"stria "o a#>ar na Ale1anBa "o Sul e 1uitas re!iGes "a 0ran#a e "a %tália "o )orte3 resi"e na =ra!1enta#o "a proprie"a"e territorial "esses paFses$ )u1 arti!o "a u"un5t, 3 pá!$ 8723 So3re as 5á3ricas de a>6car alemãs da Amrica, "e autoria "o "outor %Bne =ala/se "o Ipreparo "o a#>ar ra>ional e arato e1 al!u1as partes "a &rssia O>i"ental$ AF Ios "onos "os !ran"es "o1Fnios >onstruFra1 estaele>i1entos prHprios e3 se1 levar e1 >onta as "isposi#Ges instáveis e ?s vees asur"as "os >a1poneses e pequenos proprietários3 pro"utores "e eterraas3 lBes =orne>e1 essa 1es1a eterraa >ultiva"a pelos seus prHprios operários3 nas suas prHprias terras3 >o1o o =ae1 os =aen"eiros "as planta#Ges "a Luisiana3 >o1 os seus en!enBos "e a#>ar >olonialI$ (uitas in"strias a!rF>olas ain"a propor>iona1 vanta!ens parti>ulares ? !ran"e eplora#o$ Se u1a "estilaria =a parte "e u1a proprie"a"e i1portante3 os re=u!os "a =ari>a#o lBe volta1 inta>tos3 e a eplora#o D 1elBora"a "e 1aneira >onstante$ O>orre >oisa "iversa quan"o as eterraas so leva"as ? "estilaria "e "i=erentes la"os$ IE1 virtu"e "a =ra>a transportaili"a"e "os a!a#os3 e1
-7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ virtu"e "o !rau "e seu >onte"o "e á!ua3 "eles resulta u1 ester>o vantaoso apenas para a prHpria proprie"a"e e1 que se en>ontra a "estilaria$ Se outras proprie"a"es =orne>e1 eterraas para a =ári>a3 veri=i>a/se u1 enrique>i1ento "o solo "a pri1eira3 em pre0u1zo das demais. %sto porque os ele1entos nutritivos "a terra >onti"os nas atatas transporta"as3 e1 !eral no retorna1 1ais ao seu ponto "e parti"aI PKRA0T3 +etriesleBre3 pá!$ -9-Q$ Se!un"o o qua"ro "e Sette!ast3 que á >onBe>e1os to e13 a >on"u#o "os a!a#os "a "estila#o >usta3 inalteráveis to"as as >oisas3 por quintal e por 1ilBa3 nu1a estra"a "e ro"a!e13 89g "e seu valor^ a "as eterraas3 apenas -9g. )o >aso "e "estilarias >ooperativas3 as proprie"a"es viinBas "a =ári>a enrique>ero o seu solo3 as "e1ais o es!otaro$ O 1es1o a>onte>e >o1 as usinas "e a#>ar$ Ao la"o "o !ran"e a!ri>ultor3 o !ran"e >apitalista D o que se en>ontra e1 1elBores >on"i#Ges para3 e1 1uitos ra1os3 tirar parti"o "as vanta!ens propor>iona"as pela alian#a estreita entre a a!ri>ultura e a in"stria3 sen"o assi1 o 1ais =avore>i"o$ )o lti1o >on!resso "as >ooperativas a!rF>olas "a Ale1anBa3 reuni"o e1 ,res"e3 =oi ar"ente1ente re>o1en"a"a a =un"a#o "e pa"arias e is>oitarias >ooperativas3 As pequenas eplora#Ges3 ?s vees 1uito atrasa"as3 eistentes atD ento3 "everia1 ser sustituF"as por !ran"es e1presas$ (as isto no atrapalBa os a!ri>ultores3 >o1o eles 1es1os ou apenas aos seus asso>ia"os3 1as ta1D1 ao pli>o$ A i"Dia "e elevar/se a >on"i#o "a pequena eplora#o na a!ri>ultura3 "an"o/lBe os re>ursos "a !ran"e e1presa na =ari>a#o "e po e "e is>oito3 D >erta1ente 1uito onita3 ao 1enos para os a!ri>ultores "e posse re"ui"as$ Ela o D 1enos para os pequenos is>oiteiros e os pequenos pa"eiros$ A pequena e1presa D salva pela epropria#o "as pequenas e1presas$ (as isto no atrapalBa os a!ri>ultores3 >o1o eles 1es1os o a=ir1a1$ Se3 >ontu"o3 a unio "a is>oitaria3 "a pa"aria e "a a!ri>ultura nu1a ni>a 1o propor>iona real1ente to vastos re>ursos >o1o se "i / e no o po1os e1 "vi"a3 asoluta1ente / no sero as >ooperativas3 "e =un>iona1ento 1oroso3 pores "e >apitais3 "os pequenos >a1poneses3 1as os 1oinBos a vapor3 "e >apitais i1portantes3 que e1 pri1eiro lu!ar se apropriaro "essas vanta!ens$ Ao invDs "os pequenos pa"eiros e a!ri>ultores se apo"erare1 "os !ran"es 1oinBos3 estes D que passa1 a "o1inar os pequenos a!ri>ultores e pa"eiros$ As rela#Ges eistentes entre o >a1pon@s e os !ran"es 1oinBos a vapor se es>lare>e1 1e"iante a leitura "a se!uinte >arta es>rita na re!io "e >ereais "a Alta +aviera3 e que3 "urante o vero "e -753 =oi "ivul!a"a pela i1prensa ale1M I,ois 1oinBos a vapor / "i ela / "o1ina1 to"a a re!io3 atD u1a "istJn>ia "e sete Boras "e via!e1$ Os >a1poneses a eles se suor"ina1 inteira1ente$ O sáa"o D o "ia "e 1er>a"o "e !ros na pequena >i"a"e$ (as a esse 1er>a"o sH se leva a aveia$ Os >a1poneses no se ani1a1 a =a@/lo quanto ao =ru1ento e ao tri!o3 pois que os "ois 1oinBos so os ni>os >o1pra"ores$ a1inBo "o 1er>a"o3 ao invDs "e pro>urar esses =re!ueses po"erosos3 D puni"o >o1 -9 p=enni!s a 1enos na o=erta por quintal$ Cessou inteira1ente a ven"a livre "e >ereais$ O >a1pon@s "eve apresentar a sua 1er>a"oria3 no arir a o>a e esperar silen>iosa1ente que se lBe "i!a o quanto se lBe "eve$ Re>usa por a>aso o pre#o "e o=ertab ,i/se/lBe entoM Iolta para tua >asa3 pois a>aa1os "e re>eer neste 1o1ento 1il quintais "e tri!o Bn!aroI$ (as se no "o1Fnio "a in"ustrialia#o "a a!ri>ultura3 >o1o nos "e1ais3 a !ran"e eplora#o apresenta u1a sDrie "e vanta!ens sore a pequena isto no prova3 natural1ente3 que esta no otenBa al!u1as3 ?s vees >onsi"eráveis3 ao apelar para a ni>a =or1a "e !ran"e =ari>a#o ao seu al>an>e3 isto D3 a >ooperativa "e pro"u#o rural$ On"e se >onse!ue "ar/lBe vi"a3 ela =a "o >a1pon@s u1 >apitalista$ Este otD1 assi1 os 1eios "e enrique>er a sua e1presa a!rF>ola >o1 os =rutos "e sua e1presa >apitalista3 "e "ar/lBe u1a =or1a 1ais ra>ional3 "e elevá/%a$ A questo to"a está e1 se saer quanto te1po "urará esse es=or#o 1á!i>o3 que nu1 arir e =e>Bar "e olBos trans=or1a nu1 >apitalista o >a1pon@s a1ea#a"o "e proletaria#o$ A pri1eira >onseqW@n>ia "a >ooperativa ve1 a ser a 1es1a quan"o o >a1pon@s se torna =orne>e"or "e u1a =ári>a estranBaM ele "eve a"aptar a sua eplora#o ?s ne>essi"a"es "esta ulti1a$ A usina "e a#>ar pres>reve qual a se1ente que o a!ri>ultor "eve e1pre!ar e a 1aneira pela qual "eve =aer a a"ua#o^ a e1presa "e lati>Fnios lBe pres>reve qual a =orra!e1 que "eve utiliar3 a Bora e1 que "eve or"enBar3 ?s vees 1es1o a espD>ie "e va>as que "eve 1anter$ IOutrora se te1ia to"o ester>o 1uito =orte e1 aoto3 ti"o >o1o preu"i>ial ? sustJn>ia sa>arina "a eterraa$ Assi1 as =ári>as e1 !eral "eter1inava1 u1a rela#o entre o aoto e o á>i"o =os=Hri>o "o a"uo tal >o1o -M2$ e"ava1 inteira1ente3 outrossi13 a =ertilia#o "as plantas >o1 salitre "o CBile3 e1 >o1o o trata1ento "a eterraa >o1 ester>o =res>o$ ,essas pres>ri#Ges apenas se 1anteve a
-5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ proii#o "o a"uo unto ao pD "e >a"a planta e "a >ultura >o1 ester>o leva"o ao >a1po "epois "o )atal$ Ao >ontrário3 1o"i=i>ou/se a rela#o entre o aoto e o á>i"o =os=Hri>o "e 1aneira >ontFnua3 e se1pre e1 =avor "o pri1eiro3 a tal ponto que Boe al!u1as =ári>as re>la1a1 u1a propor#o "e 2 para 8 ou para N$ A 1aioria >ontu"o3 á re>la1a u1a rela#o "e - para -I PKAER'ER3 ,ie Sa>Bsen!n!e!erei3 pá!$ -NQ$ Essas pres>ri#Ges se tornara1 in"ispensáveis on"e a a!ri>ultura á se a"aptara inteira1ente ? in"ustria "o a#>ar$ Stoe>kel3 no seu estu"o sore A 5unda>ão, a organiza>ão e a e;plora>ão das leiterias cooperati2as PErri>Btun!3 Or!anisation un" +etrie "er (o%kerei!enossens>B=tenQ apresenta u1 1o"elo "e re!ula1ento "as ven"as >ooperativas "e leite$ AF se l@3 no pará!ra=o NM I)este pará!ra=o "eve1 estar >o1preen"i"as to"as as pres>ri#Ges >on>ernentes ?s =orra!ens "a"as ?s va>as$ Trata/se "a ven"a "o leite =res>o3 ou e1 parti>ular "a entre!a "o leite "estina"o ?s >rian#as$ 0ae1/se in"ispensáveis "eter1ina#Ges severas quanto ? naturea "as =orra!ens$ &o"e ser pre>iso ta1D13 nas >ooperativas "e =ari>a#o3 o estaele>i1ento "e >ertas instru#Ges relativas ?s =orra!ens3 e1 parti>ular ? li1ita#o "as que in=lue1 sore o !osto e a >onsist@n>ia "a 1antei!a$ &ará!ra=o $ As Boras "e or"enBa "eve1 ser "eter1ina"as "e tal 1o"o que o leite sea i1e"iata1ente epe"i"o "o estáulo ? >ooperativa3 et>$ &ará!ra=o 63 ,urante a or"enBa3 pre>isa1 ser oserva"as as re!ras "a 1aior li1pea3 et>$ &ará!ra=o $ Os 1e1ros "o >onselBo "e vi!ilJn>ia Pe os "a Co1issoQ t@1 o "ireito "e =is>alia#o3 em $ual$uer tempo, sem a2iso pr2io de sua 2isita, sore a resi"@n>ia "e seus "i=erentes asso>ia"os3 sore estáulos "as va>as e os lo>ais "estina"os ? >onserva "o pro"uto$ T@13 outrossi13 o "ireito "e assistir ? or"enBa e "e provar o leite$ :o1ens "e >on=ian#a so autoria"os a ei!ir "os asso>ia"os ou "os seus sustitutos os "a"os 1ais eatos sore as =orra!ens =orne>i"as aos ani1ais pro"utores3 sore a 1aneira por que estes so trata"os3 e outras >oisas pare>i"asI P&á!s$ -92/-9N$ C=$ ta1D1 pá!$ N9$Q$ I)a ,ina1ar>a3 as >ooperativas "e lati>Fnios estaele>e1 pre>eitos relativos ao =orra!ea1ento e a ali1enta#o "as va>as3 a =i1 "e se ter uni=or1i"a"e na quali"a"e "o leite3 e aus@n>ia "e qualquer ressaio "esa!ra"ável no seu !osto3 !arantin"o/$se ao 1es1o te1po a sua pro"u#o re!ular "urante o invernoI P+eri>B "er parla1entaris>Ben A!rarko11ission in En!lan"3 -75$ pá!$ -26$Q$ O >a1pon@s "eia "e ser3 pois3 senBor na sua eplora#o a!rF>ola$ Esta se torna u1 ap@n"i>e "a eplora#o in"ustrial3 por >uas >onveni@n>ias "eve orientar/se$ Ele se torna u1 operário par>ial "a =ári>a$ 0reqWente1ente3 ta1D13 >ai so a "epen"@n>ia tD>ni>a "a eplora#o in"ustrial3 na 1e"i"a e1 que esta3 >o1o á oserva1os3 lBe =orne>e =orra!e1 e ester>o$ &aralela1ente a esta suor"ina#o tD>ni>a se veri=i>a ain"a u1a suor"ina#o pura1ente e>on1i>a "o >a1pon@s e1 rela#o ? >ooperativa$ Esta no =orne>e apenas os re>ursos para aper=ei#oa1ento "a eplora#o a!rF>ola e para >oertura "os seus "Ditos possFveis$ Ela se torna ta1D13 na 1e"i"a e1 que a eplora#o se a"apta ?s suas ei!@n>ias3 o >o1pra"or ni>o "as 1er>a"orias pro"ui"as pelo >a1pon@s$ A e1presa a!rF>ola no po"e 1ais eistir se1 a e1presa in"ustrial3 sore a qual se apHia$ A "erro>a"a "este apoio in"ustrial provo>a a ruFna "a e1presa a!rF>ola$ Ora3 u1a tal >ala1i"a"e se veri=i>a 1uito =a>il1ente$ ros propor>iona"os por u1a in"stria a!rF>ola3 tanto 1aior D a quanti"a"e "os >apitais que se volta1 para ela$ 'ran"es lu>ros sH so realia"os Boe3 e1 re!ra3 por eplora#o que "a"o o vulto "os seus >apitais3 ultrapasse "e 1uito a 1D"ia3 "e 1aneira que possa13 "o ponto "e vista tD>ni>o e "o ponto "e vista >o1er>ial3 ven>er qualquer >on>orr@n>ia$ SH so realia"os3 "e resto3 e1 "o1Fnios que >o1porte13 sea por sua naturea3 sea e1 virtu"e "e >ir>unstJn>ias espe>iais3 u1a 1onopolia#o3 ou en=i1 e1 "o1Fnios que3 >o1o >onseqW@n>ia "e trans=or1a#Ges tD>ni>as ou e>on1i>as3 =ora1 re>ente1ente >ria"os3 ou re>ente1ente aertos ? eplora#o >apitalista3 >o1o3 por ee1plo3 a es=era atual "a eletrotD>ni>a$ (as os !ran"es lu>ros "esta lti1a espD>ie no "ura1 1uito te1po$ Lo!o a área re>ente1ente aerta D ta1D1 atravan>a"a e a superpro"u#o se torna >onstante$ Os pri1eiros >Be!a"os apanBa1 a nata$ &ara os "e1ais sora apenas o leite 1a!ro3 e ?s vees ne1 1es1o isso$ Aqui ain"a se assinala3 no que "i respeito ? in"stria a!rF>ola3 u1a >ir>unstJn>ia =avorável ao !ran"e proprietário3 soretu"o se D >apitalista3 e1 rela#o ao pequeno proprietário e suas >ooperativas$
-69
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Ele D 1enos se"entário 1ais e1preen"e"or3 1ais perspi>a3 1enos ler"o ao to1ar qualquer resolu#o "o que este lti1o$ &o"e3 pois3 1uito 1ais rapi"a1ente3 =un"ar u1a in"stria a!rF>ola on"e as >on"i#Ges ne>essárias se apresente13 no 1o1ento pre>iso e1 que sea1 1ais vantaosas$ &ara to"a e1presa a!rF>ola3 >o1o para qualquer outra3 >e"o ou tar"e >Be!a o 1o1ento e1 que se sore>arre!a "e nus3 e1 que os seus pre#os se re"ue13 e1 que a >on>orr@n>ia lBe >ausa "evasta#Ges3 e1 que os 1ais =ra>os e os 1enos Báeis so eli1ina"os3 e1 que3 en=i13 >rises te1porárias / u1as !erais3 >oin>i"in"o >o1 o 1ovi1ento total "e surto ou "epresso e>on1i>a3 outras3 parti>ulares3 sus>ita"as pelas trans=or1a#Ges espe>iais "e or"e1 tD>ni>a3 pro"utiva ou le!islativa / sa>o"e1 o ra1o e1 questo3 olo>a ao la"o "esses in"ustriais3 quanto 1ais lBes propor>iona vanta!ens visan"o ao interesse "a a!ri>ultura3 e1 preuFo "o >onunto "a popula#o3 tanto 1ais "epressa sorevD1 esse 1o1ento$ A =ari>a#o europDia "e a!uar"ente e a "e a#>ar o 1ostra1 >o1 eloqW@n>ia$ Tanto u1a >o1o a outra t@1 si"o esti1ula"as "a 1aneira 1ais enDr!i>a3 na Ale1anBa >o1o na custria3 na Rssia3 na 0ran#a3 pelos =avores "e to"a sorte3 e1 parti>ular pelos pr@1ios "e eporta#o que se apresenta1 so a =or1a "e ree1olso "e i1postos pa!os$ ,e -72 a -77- no "o1Fnio "os i1postos "o i1pDrio ale1o3 as "estilarias que eplorava1 as sustJn>ias =ariná>eas ou o 1ela#o sH se elevava1 "e $9-- a $2793 1as o n1ero "as "estilarias que pa!ava1 1ais "e -$999 1ar>os "e triuta#o sore a a!uar"ente suiu "e 75 a -$N523 "oran"o quase$ ,e -779/7- a -77/763 a quanti"a"e "e eterraas eplora"as no =ari>o "e a!uar"ente se elevou "e -$572$999 a 8$97$999 tonela"as$ ConseqW@n>ia "esse surto rilBante =oi u1a >rise3 que >o1e#ou e1 -77N$ Esta3 >erta1ente3 "eter1inou que o re!i1e is1ar>kiano i1e"iata1ente auiliasse a in"stria ne>essita"a$ Conse!uiu/se3 =inal1ente3 a vota#o "a lei =is>al "e -773 que asse!urou ?s "estilarias a dádi2a caridosa "e N9 1ilBGes "e 1ar>os por ano e se ops "a 1aneira 1ais >ate!Hri>a ? superpro"u#o$ E1 -753 esta lei =oi >o1pleta"a >o1 u1a nova3 que levantou u1 "ique 1ais =orte ain"a ? superpro"u#o "e ál>ool3 e elevou ain"a 1ais3 no interior3 o pre#o "a a!uar"ente3 a =i1 "e que o pro"uto "o i1posto per1itisse o pa!a1ento "e u1 pr@1io "e 6 1ar>os por Be>tolitro "o arti!o eporta"o$ Apesar "isso tu"o3 o espe>tro "a >rise "o ál>ool no quer "esapare>erf )o 1enos que o ál>ool3 o a#>ar te1 1otivos "e reuilar/se >o1 a soli>itu"e "os !overnantes$ Ta1D13 so altas personali"a"es que o =ari>a1f Resulta "ai u1 au1ento enor1e "a pro"u#o "o a#>ar$ :avia no i1pDrio ale1oM
0ári>as que trans=or1a1 eterraas
-7-/2 -77-/72 -75-/52 -756/5
8-8N8 N98 855
2$2-$999 6$22$999 5$N77$999 -8$22$999
ar ruto eplora#Ges oti"o a!rF>olas "e que =ae1 parte Pe1 tonela"asQ as =ári>as Pe1 tonela"asQ -$9N$999 -76$999 8$N82$999 699$999 N$6NN$--N -$-NN$999 $72$9-$ 85$999
Ao >ontrário3 Bavia no i1pDrio ale1oM Consu1o "e Eporta#o "e a#>ar a#>ar PTonela"asQ PTonela"asQ
-6-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ -7-/2 -77-/72 -75-/52 -756/5
22-$55 25-$9N N6$26 9$97
-N$26 8-N$N-9 69$6--$-N-$95
&or >onsi"erável que tenBa si"o o au1ento "o >onsu1o3 e e1 parti>ular "a eporta#o "e a#>ar3 ain"a =i>ara1 nestes lti1os anos e1 aaio "a pro"u#o$ E1 -756/5 o >onsu1o e a eporta#o reuni"os se elevava13 >i=ras re"on"as3 a -$6N9$999 tonela"as$ A superpro"u#o3 portanto3 =oi "e -99$999 tonela"as$ E "eve1os oservar que a situa#o "a in"stria a#u>areira3 nestes lti1os te1pos3 e1 virtu"e "a !uerra "e Cua3 que i1pe"iu inteira1ente a eporta#o "o pro"uto "esse paFs3 se apresentou parti>ular1ente =avorável$ E1 -75N/53 o e>e"ente "a pro"u#o "a in"stria ale1 "e a#>ar sore o >onsu1o na>ional e a eporta#o respe>tivos ultrapassava "e 899$999 tonela"as$ )o se po"e esperar u1a 1elBora3 1as antes u1 a!rava1ento "a situa#o "a in"stria a#u>areira$ A presso "a >on>orr@n>ia "e alD1/1ar3 que "eter1ina o "esenvolvi1ento "as in"strias a!rF>olas3 e o a>elera1ento arti=i>ial "esse pro!resso pelo siste1a "e pr@1ios3 que au1enta1 "ia a "ia3 se 1ani=esta1 ta1D1 e1 outros paFses$ E1 >i=ras re"on"as3 a pro"u#o "e eterraas3 epressa e1 tonela"as "e a#>ar ruto PSe!un"o (AX SC:%&&EL$ *u>kerkrisis3 Aus=uBrprae1ien un" *u>kerrin!3 na )eue *eit3 X3 %3 pJ!$ 622$Q3 eraM Outros :olan"a e Ale1anBa Austria 0ran#a Rssia paFses Total +Dl!i>a europeus -75-/52 -$299$999 79$999 6N9$999 9$999 289$999 59$999 8$N59$999 -758/5N -$89$999 7N9$999 9$999 69$999 8-9$999 --9$999 8$79$999 -75N/5 -$789$999 -$969$999 79$999 629$999 89$999 -9$999 N$7-9$999 U1 au1ento "a o=erta3 no prao "e u1 ano3 "e quase um mil/ão de toneladas, ao passo que o au1ento anual "a pro>ura "e a#>ar no 1er>a"o 1un"ial se re"u a um $uarto, nos >asos 1ais =avoráveis a um ter>o "essa so1af AlD1 "a %n!laterra3 o nosso 1elBor >o1pra"or "e a#>ar D a Unio "a A1Dri>a "o )orte$ O a#>ar ruto3 os pes "e a#>ar3 et>$ eporta"os pelo i1pDrio ale1o3 assi1 se epressava1 e1 tonela"asM
-75-
7N$999
NN$999
&ara os Esta"os Uni"os -N9$999
-756
5N$999
-8$999
8-6$999
-75
-$-29$999
6N$999
86$999
&ara a )o >onunto 'r/+retanBa
Os a1eri>anos3 porD13 "esenvolve1 atual1ente es=or#os >onsi"eráveis para a >ria#o "e u1a in"stria "e a#>ar "e eterraa prHpria$ [$ Z$ %Bne3 presi"ente "a So>ie"a"e &olitD>ni>a "e CBi>a!o3 que á 1en>iona1os3 su!ere no arti!o que es>reveu para u"un5t, "e +erli13 pá!$ 8793 que as =ári>as ale1s "e 1áquinas aproveite1 a o>asio para a =un"a#o "e usinas "e a#>ar "e eterraa na A1Dri>a$ Co1o isso D patriHti>of Os es=or#os "os a1eri>anos se tornaro tanto 1ais intensos quanto 1enos lu>rativa =or a pro"u#o "e >ereais$ (as a in"stria "e a#>ar D sus>etFvel "e surto 1ais rápi"o3 >o1o o prova1 as >i=ras a>i1a3 e os a1eri>anos so os Bo1ens in"i>a"os para as elevare1 1ais alto$ (as nos paFses europeus pro"utores "e a#>ar au1enta1/se os pr@1ios "e eporta#o3 ao invDs "e se re"uire1$ )a Ale1anBa3 e1 -756 o pr@1io =oi "ora"o P"e - 1ar>o a -hN suiu para 2 1ar>os e -h2Q$ Eles se pare>e1 >o1 os "ireitos prote>ionistas e o 1ilitaris1oM quan"o >o1e#a13 no po"e1 ser aoli"os ? vonta"e$ Sae/se que o siste1a "e pr@1ios leva ? superpro"u#o3 a u1a >rise
-62
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ terrFvel$ (as to"a !ente te1e que a >rise ain"a sea 1ais terrFvel para o seu paFs >o1 a interrup#o "o pa!a1ento "e tais auFlios3 e to"a !ente pensa que esse en>ar!o sea 1ais suportável "o que os outros$ Assi13 a popula#o se v@ >a"a ve 1ais "essan!ra"a3 ao 1es1o te1po que a >ultura "e eterraa se esten"e avassala"ora1ente$ Ca"a "ia que passa novos setores "a a!ri>ultura se en>a"eia1 ? sorte "a in"stria "e a#>ar$ O n1ero "e Be>tares >onsa!ra"os ao >ultivo "a eterraa eraM crea >ultiva"a e1 Be>tares Ale1anBa custria 0ran#a Rssia -75886$999 827$999 228$999 8-9$999 -752 NN-$N99 865$999 28$999 88-$999
:olan"a e +Dl!i>a $999 -98$999
(as a an>arrota "a in"stria "o a#>ar se torna >a"a ve 1ais inevitável3 e >atastrH=i>as sero as ruFnas que essa an>arrota a>arretará =atal1ente3 por =i1$ O pro!resso "a in"stria leiteira =oi 1enos a>entua"o na Ale1anBa "o que o "a =ari>a#o "o a#>ar "e eterraa$ To"avia3 prin>ipal1ente so a presso "a >on>orr@n>ia estran!eira3 que =aia a pro"u#o "e >ereais se1pre 1enos lu>rativa3 esse "esenvolvi1ento se a>elerou3 >o1o prova1 os al!aris1os >ita"os 1ais a>i1a sore as leiterias >ooperativas$ %n=eli1ente3 no te1os ain"a estatFsti>a por1enoria"a "o pro!resso "a in"stria "e la>ti>Fnios na Ale1anBa$ (as o >erto D que o seu surto rápi"o sH par>ial1ente >oin>i"e >o1 u1 au1ento "a pro"u#o "o leite$ O n1ero "e va>as >res>e e1 1ais lenta1ente "o que o n1ero relativo ? pro"u#o "e 1antei!a e "e queio$ A ela epanso "a in"stria "e la>ti>Fnios se tornou possFvel por outra >ausa$ O leite3 tira"o "e lon!e "a >i"a"e3 no po"ia outrora3 e1 virtu"e "as "i=i>ul"a"es "e transporte3 >Be!ar ao 1er>a"o e en>ontrar >olo>a#o$ Era >onsu1i"o no lar "o prHprio pro"utor3 por sua =a1Flia e seus operários assalaria"os3 se os tivesse$ :oe3 D aproveita"o na =ari>a#o "e queios e 1antei!a3 que a!uenta1 via!ens lon!as e po"e1 apare>er3 >o1o pro"utos3 no 1er>a"o / no apenas no 1er>a"o interno 1as ta1D1 no 1er>a"o interna>ional$ (as "isso resultou que o a!ri>ultor3 "aF por "iante3 ne!a a si 1es1o e ne!a aos seus3 o leite que >onsu1ia atD ento >o1 sua =a1Flia$ )a 1es1a 1e"i"a e1 que a in"stria "e la>ti>Fnios se "esenvolve no >a1po3 o >onsu1o "o leite aF "i1inui$ Se a popula#o rural3 apesar "e sua sore>ar!a "e servi#o e "e suas 1iseráveis >on"i#Ges "e aloa1ento3 apesar "a =alta "e >arne3 ain"a >ontinuava superior3 e1 =or#a e >apa>i"a"e "e resist@n>ia3 relativa1ente ? popula#o urana3 ela o "evia soretu"o no sH ao traalBo ao ar livre3 >o1o ao seu =orte >onsu1o "e leite$ O traalBo ao ar livre se interro1pe >o1 a in"stria "o1Dsti>a^ o >onsu1o "o leite3 on"e a pro"u#o para o 1er>a"o "esvie esse ali1ento "a o>a "os >a1poneses$ Tais re>ursos3 "estina"os a salvar e>ono1i>a1ente o pequeno a!ri>ultor3 so os mais ade$uados a arruiná4lo 5isicamente. %sto D ver"a"eiro soretu"o on"e as leiterias =ari>a1 queio$ (as pare>e/nos que Bá oti1is1o e1 "ier/se o que "isse [$ Lan"auer3 "e 'eraronn3 na N2` asse1lDia$ !eral "os a!ri>ultores urte1er!ueses3 reuni"a e1 :oBenBein P-75Q$ )a sua opinio3 no >aso e1 que as leiterias3 >o1o a>onte>e =requente1ente >o1 as "e Zurte1er!3 se li1itasse1 ? =ari>a#o "e 1antei!a e entre!asse1 o leite "esnata"o aos a!ri>ultores3 os in>onvenientes "a =alta "esse ali1ento para a popula#o rural seria1 supri1i"os$ IEsta 1aneira "e aproveitar o leite talve pu"esse pre"ispor os senBores 1D"i>os a 1aior si1patia para >o1 as or!ania#Ges que eplora1 o pro"uto3 ao >ontrário "o que a>onte>ia outrora3 nu1 te1po e1 que era to"o entre!ue ?s =ári>as "e queio$ Ento3 os a!ri>ultores no otinBa1 leite 1a!ro e por isso os senBores 1D"i>os eperi1entava1 pre>isa1ente "o ponto "e vista "a Bi!iene3 vivas inquieta#Ges$ U1 1D"i>o/>Be=e "eu puli>i"a"e3 nessa Dpo>a3 ?s eperi@n>ias "esa!ra"áveis que =iera e1 al!u1as re!iGes3 "urante a sua =is>alia#o "e re>rutasI O leite "esnata"o no po"e sustituir o leite no "esnata"o3 porque per"eu o seu teor "e !or"ura$ Este lti1o a >ontD1 na propor#o "e 237 a N3g, ao passo que o pri1eiro na "e 932 e 9$g. O autor "o re=eri"o es>rito le1ra/se 1uito e1 "e Baver li"o relatHrios "e 1D"i>os que no po"ia13 i!ual1ente3 es>on"er a sua antipatia ao re!i1e "o leite 1a!ro3 a>Ban"o 1uito perni>ioso o seu e1pre!o3 nas re!iGes pro"utoras3 >o1o ali1ento "as >rian#as$ )atural1ente3 a restitui#o "o leite "esnata"o3 nos lu!ares e1 que os a!ri>ultores no o >onso1e13 e si1 o "estina1 a lucro / "an"o/o3 por ee1plo3 aos por>os3 que assi1 en!or"a1 astante e al>an#a1 u1 o1 pre#o / po"e3 1enos que e1 qualquer outra parte3 1elBorar o esta"o Bi!i@ni>o "a popula#o rural$ olas se torna1 1er>a"orias quanto 1ais se trans=or1a1 e1 "inBeiro3 tanto 1ais piora a
-68
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ali1enta#o "o pequeno >a1pon@s$ (as se D in"uitável o preuFo >orporal >ausa"o aos pro"utores "e leite pela eplora#o a que se "e"i>a13 a sua ascensão econmica, por esse 1eio3 D 1ais ou 1enos "uvi"osa3 se no levar1os e1 >onta apenas as vanta!ens 1o1entJneas$ Ao passo que a =ari>a#o "e 1antei!a3 na Ale1anBa3 au1enta rapi"a1ente3 a eporta#o respe>tiva "e>res>e3 na rao "e sua i1porta#o >res>ente$ O n1ero "os quilos "e 1antei!a era o se!uinteM &ara a eporta#o &ara a i1porta#o -776
-2$895$999
$--5$999
-75-
$6N5$999
$59$999
-75
6$6$999
6$759$999
-756
$-9-$999
$7$999
-75
8$-6$999
-9$826$999
)o que "i respeito aos queios3 en>ontra1os os al!aris1os se!uintesM
-777
Eporta#o P e1 quilosQ 8$N95$999
%1porta#o P e1 quilosQ $2-6$999
-75-
-$788$999
7$752$999
-75
2$22-$999
5$8N7$999
-756
-$7N9$999
-9$-56$999
-75
-$88$999
--$58$999
Assinala/se ain"a aqui u1a eporta#o "e>res>ente3 ao passo que a i1porta#o niti"a1ente se "esenvolve$ A >on>orr@n>ia "os lati>Fnios no 1er>a"o interna>ional está e1 vias "e pro!re"ir rapi"a1ente$ E1 quase to"os os Esta"os "a Europa a >rise "a pro"u#o "e >ereais eer>e u1a in=lu@n>ia esti1ula"ora3 sore a pro"u#o leiteira / na 0ran#a >o1o nos &aFses +aios3 na custria >o1o na Rssia3 na SuD>ia >o1o na )orue!a$ (as D parti>ular1ente na ,ina1ar>a que au1enta astante a pro"u#o "e 1antei!a$ O e>e"ente "a eporta#o sore a i1porta#o se elevou nesse paFs "e 1ilBGes "e quilos3 e1 -77-3 para --5 1ilBGes "e quilos3 e1 -756$ O n1ero "e va>as3 propor>ional1ente ao n1ero "e Baitantes3 no au1entou$ Ele eraM
&or -$999 )1ero Baitantes asoluto -7NN7 79$999 -77-
N2
755$999
-758
NN5
-$9--$999
(as os lati>Fnios ta1D1 se "esenvolve1 rapi"a1ente =ora "a Europa$ Os paFses que3 a este respeito3 po"e1 enu1erar/se3 so o Cana"á quanto ao queio e a Austrália quanto ? 1antei!a$ A quanti"a"e "e queio eporta"a pelo Cana"á eraM
-6N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ E1 -75E1 -75
-96$299$999 liras Pin!lesasQ -N6$999$999 liras Pin!lesasQ
)a Austrália os lati>Fnios =ora1 =avore>i"os no apenas pela aia "o pre#o "os >ereais 1as ain"a pelos pr@1ios "e eporta#o P!eral1ente 2 pen>e por lira "e 1antei!a e - penny por lira "e queioQM no territHrio "e itHria PatD -758Q3 na Austrália (eri"ional PatD -75Q3 e1 o1isso a!rária "o &arla1ento in!l@s relata o se!uinte3 sore a pro"u#o australiana "e 1antei!aM I)o territHrio "e itHria o pro!resso "os lati>Fnios =oi >ara>teria"o pelo in>re1ento "o siste1a "a in"ustrialia#o3 Se!un"o os "a"os o=i>iais 1ais re>entes Bavia e1 -753 naquele paFs3 - =ári>as "e 1antei!a e "e queio3 ao passo que e1 -752 Bavia N$ ,a pro"u#o total "e 8$79$999 liras "e 1antei!a3 e1 -753 2$999$999 provinBa1 "e =ári>as Jdair# 5actoriesN. O au1ento "a eporta#o "e 1antei!a "o territHrio "e itHria =oi o se!uinteM PperFo"oQ e1 -775/59 e1 -759/5e1 -75-/52 e1 -752/58 e1 -758/5N e1 -75N/5 e1 -75/56
P e1 lirasQ 725$999 -$ 99$999 N$5N$999 7$95N$999 -$-N-$999 2$5N7$999 2-$92N$999
RelatHrios se1elBantes3 a respeito "o au1ento rápi"o "a %n"stria "e la>ti>Fnios3 >Be!a1 "e olnia a pro"u#o "e 1antei!a se elevou "e -$99$999 liras e1 -775 a 2$85$999 =iras e1 -75$ )ote1os esta passa!e1 notável "o relatHrio sore a )ova 'alles "o SulM I&are>e que a in"stria "e lati>Fnios no se li1ita 1ais3 >o1o antes3 aos >a1poneses J5armersN, visto que 1uitos !ran"es >ria"ores Jgraziers in a large a# o5 3usinessN parti>ular1ente na viinBan#a "as >ostas3 "esviara1 a sua aten#o3 nestes lti1os te1pos3 para esta ativi"a"eI$ I)o >o1e#o "o siste1a "as =ári>as3 estas e1 sua 1aioria era1 >ooperativas$ As opera#Ges "e "esnata1ento "o leite e "a elaora#o "e 1antei!a realiava1//se na 1es1a e1presa$ Este >ostu1e vai >essan"o aos pou>os$ As anti!as =ári>as "e 1antei!a so sustituF"as por =ári>as >entrais "esse pro"uto3 que re>ee1 a sua 1atDria/pri1a "e lu!ares nu1erosos3 e1 que se =a o "esnata1ento$ As vanta!ens "a 1u"an#a so ao que se "i3 >onsi"eráveis$ E1 >a"a >entro se prepara 1antei!a "e u1a ni>a quali"a"e3 e as "espesas "e pro"u#o so astante re"ui"as pelo au1ento "e sua es>ala e pelo e1pre!o "e 1áquinas e aparelBos aper=ei#oa"os3 que as !ran"es e1presas po"e1 a"otar >o1 proveitoI P&á!$56Q$ Assi1 >o1o o a#>ar3 a 1antei!a ale1 eporta"a D3 e1 sua 1aior parte3 >onsu1i"a na %n!laterra$ ,os $-9-$999 quilos "a eporta#o ale1 "e 1antei!a P-756Q3 $9$999 =ora1 re1eti"os para aquele paFs^ "os 8$-6$999 quilos "e -753 2$66$999 tivera1 o 1es1o "estino$ (as esses al!aris1os á 1ostra1 que a 1antei!a ale1 so=re no 1er>a"o ritJni>o u1a re!resso rápi"a$ A i1porta#o in!lesa "e 1antei!a provinBa "e "iversos paFses nas propor#Ges se!uintesM ,ina1ar>a -77 -759 -758 -75N
8238g N93g N932g N237g
)orue!a e SuD>ia --38g --38g -23Ng --39g
0ran#a 23g 235g 293-g -63g
:olan"a Ale1anBa Austrália -93g 3g 63-g 63Ng
-937g 3-g 3-g 3Ng
93Ng 239g 38g --38g
Outros paFses 36g 38g 637g 636g
-6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ -756
N-3-g
--3g
-63-g
637g
N39g
--3-g
53Ng
O surto rápi"o "a Austrália se 1ani=esta aqui "e 1aneira parti>ular1ente nFti"a$ Os lati>Fnios "ina1arqueses ta1D1 á se apresenta1 =orte1ente atin!i"os pela >on>orr@n>ia "aquele paFs3 que eer>e presso sore os pre#os e "i=i>ulta as ven"as$ (as as >ooperativas ale1s t@1 =eito !ran"es es=or#os para au1entar o 1ais "epressa possFvel as =ári>as "e la>ti>Fnios3 Co1 or!ulBo3 elas >Ba1a1 a nossa aten#o para o seu pro!resso rápi"o nos lti1os anos3 A!e1 >o1o se u1 ne!H>io =osse tanto 1ais lu>rativo quanto 1aior o n1ero "os seus >on>orrentes$ (as a ver"a"e D que >o1o salva"ores "os >a1poneses3 se v@e1 ori!a"os a esta atitu"e$ &or 1aior que se apresente o n1ero "as >ooperativas "e lati>Fnios3 propor>ional1ente ao n1ero "os >a1poneses a sere1 salvos por esse re1D"io soerano3 ain"a D se1pre 1uito pequeno3 (as e1 antes que u1a =ra#o i1portante "a >lasse >a1ponesa >Be!ue3 !ra#as ?s >ooperativas "e lati>Fnios a u1 >erto !rau "e prosperi"a"e3 o "o1Fnio "a pro"u#o "e 1antei!a e "e queio será =atal1ente atin!i"o pela superpro"u#o e pela >rise$ )a ,ina1ar>a3 esse paFs aen#oa"o "as >ooperativas "e lati>Fnios3 1uitas "elas á esto Boe nu1a situa#o "i=F>il$ )a Ale1anBa3 quan"o "a "is>usso "a lei sore a 1ar!arina3 a situa#o "os pro"utores "e 1antei!a =oi "es>rita >o1 as >ores 1ais so1rias$ %sto no i1pe"ia3 porD13 que3 >o1o =oi anun>ia"o triun=al1ente no lti1o >on!resso "a asso>ia#o "as >ooperativas a!rF>olas3 reuni"o e1 ,res"e3 - novas =ári>as "e lati>Fnios3 e1 -753 e - e1 -7563 =osse1 =un"a"as$ E1 -753 essa =ere "e =un"a#o pare>ia !rassar 1ais =uriosa1ente ain"a$ Coopera"ores inteli!entes á =ae1 a"vert@n>ias$ o >aso3 por ee1plo3 "e Lan"auer3 "e 'eraronn3 á 1en>iona"o3 o qual "e>larava na N2. asse1lDia !eral "os a!ri>ultores "e Zurte1er!3 no seu relatHrio sore a in"stria "e lati>FniosM I evi"ente que u1 1ovi1ento etraor"inaria1ente =orte3 ten"en"o ? =un"a#o "e novas =ári>as "e lati>Fnios3 se veri=i>a atual1ente no >a1po3 soretu"o "e u1 ano a esta parte$ Se persistir3 po"e a"1itir/se que o n1ero atual "e tais estaele>i1entos3 no espa#o "e "ois a tr@s anos3 "orará se no tripli>ar$ Assi13 no "istrito "e 'eraronn3 por ee1plo3 a partir "a =un"a#o "a pri1eira =ári>a3 no intervalo "e te1po "e "eesseis anos3 no se instituFra u1a nova3 ao passo que nos seis lti1os 1eses á apare>era1 na"a 1enos "e "e$ A>res>ente1os que outras esto sen"o espera"as para reve$ Esse 1ovi1ento D to a>entua"o que 1es1o os parti"ários entusiastas "a ativi"a"e >ooperativista o ea1ina1 sa>u"in"o a >ae#a3 1ani=estan"o o te1or "e que o estaele>i1ento "e tantas =ári>as "e lati>Fnios possa en!en"rar para a a!ri>ultura3 "e 1aneira in"ireta3 os peri!os 1ais %nquietantesI $ Si1etri>a1ente ? >rise "o ál>ool e "o a#>ar3 pare>e inevitável u1a >rise "a in"stria "e lati>Fnios$ Serin! se la1entava ta1D13 no "is>urso sore a >oopera#o3 que pronun>iou e1 =evereiro "e -753 "iante "o >olD!io real "e e>ono1ia a!rF>ola "a &rssia3 "a ru"e >on>orr@n>ia que entre si se =ae1 as >ooperativas "e la>ti>Fnios3 IEntretanto3 "i a tFtulo "e >onsola#o3 espera1os ven>er essas "i=i>ul"a"es 1e"iante u1 novo "esenvolvi1ento "a i"Dia >ooperativista3 ou antes3 pelo 1es1o 1eio que trans=or1a presente1ente3 "e 1aneira to >onsi"erável3 a nossa !ran"e in"stria / por 1eio "os cartis. Reivin"i>a/se a anea#o "as "iversas =ári>as "e lati>Fnios3 1ais nu1erosas "o que nun>a3 ?s !ran"es >ooperativas "e ven"a "e 1antei!a3 ori!an"o/se aquelas a >olo>ar u1a parte "eter1ina"a "e sua pro"u#o por inter1D"io "estas lti1as$ As =e"era#Ges "e >ooperativas para tal =i13 en!ran"e>i"as e =ortale>i"as3 quere1 ento partilBar os seus 1er>a"os e supri1ir "essa 1aneira a >on>orr@n>ia3 que atD aqui te1 preu"i>a"o os pre#os$ Os e>e"entes "eve1 ser epe"i"os3 1es1o >o1 per"as3 para o estran!eiroI3 para a %n!laterra$ (as o pro=essor Serin! re>o1en"ava esse =a1oso re>urso no 1es1o "is>urso e1 que3 u1 pou>o antes3 "e>larara >o1 in"i!na#oM IA!ora3 >o1o nun>a3 nos so in"ispensáveis as >ooperativas "e >o1pra3 nu1 te1po "e >artelia#o pro!ressiva "a in"stria3 porque3 >ontra o a3uso do poderio econmico3 que per1ite a asso>ia#o "os =ari>antes3 no Bá outro re>urso a no ser a >oli!a#o "os >onsu1i"oresI PT:%ELS3 lan" [aBru>B3 -75$ Suple1ento3 pá!s 2283 22Q$ O >artel a!rário D pois3 u1 I"esenvolvi1ento "a i"Dia >ooperativistaI3 O >artel in"ustrial D Iu1 auso "o po"erio e>on1i>o3 auso que uni>a1ente o pro!resso "a i"Dia >ooperativista po"erá neutraliar$ ,e u1 la"o3 a >oopera#o D pre>iosa3 porque o=ere>e o 1eio "e ven>er1os o >artel^ "e outro o >artel D pre>ioso3 >o1o 1eio "e i1pe"ir a an>arrota se1 ele inevitável3 "a >ooperativa$ A lH!i>a "e senBor pro=essor está ? altura "e sua in"i!na#o 1oral$ (as no D isso o 1ais interessante nas i"Dias que "esenvolve$ Estas se sin!ularia1 pelo =ato "e
-66
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ alu"ire1 ao esta"o "e in"i!@n>ia "as =ári>as "e la>ti>Fnios e pre>oniare1 o >artel >o1o o ni>o 1eio "e solver/se a >rise3 esse 1es1o >artel que se torna irrealiável pela 1ultipli>a#o >onstante "aqueles estaele>i1entos$ Eis o que D =or#a"o a re>onBe>er3 nu1 Bino "e louvores ?s 1aravilBas "a >oopera#o u1 "os lu1inares "a >i@n>ia a!rária$ O que o>orre nas in"strias 1en>iona"as atD aqui i!ual1ente se veri=i>a nas outras !ran"es e1presas a!rF>olas3 que se t@1 revesti"o3 porD13 "e i1portJn>ia 1enor para o 1ovi1ento >ooperativista$ A >rise que se 1ani=esta no leva3 "e >erto3 ne>essaria1ente3 ? ruFna "a in"stria a=eta"a$ %sto sH se veri=i>a e1 >asos 1uito raros$ Or"inaria1ente3 ela apenas revolu>iona no senti"o "o >apitalis1o3 as rela#Ges "e proprie"a"e eistentes e3 portanto sus>ita pre>isa1ente aquilo que a a#o "a >ooperativa3 no espFrito "os seus a"vo!a"os3 "everia i1pe"ir$ )o "e>urso "e u1a >rise3 as pequenas eplora#Ges3 as que se ar1ara1 insu=i>iente1ente3 as que >onta1 >o1 pou>os >apitais3 su>u1e1$ (as a ruFna "e u1a in"stria a!rF>ola3 a>arreta >onseqW@n>ias que reper>ute1 1ais lon!eM "ela resulta a "estrui#o3 ou pelo 1enos o solapa1ento "a eist@n>ia "e nu1erosos a!ri>ultores3 que "ela "epen"ia1$ on>urso asse!ura"o pelas e1presas in"ustriais aos lavra"ores3 quanto 1ais as eplora#Ges "estes lti1os nelas se apHia13 tanto 1ais a an>arrota leva alD1 as suas "evasta#Ges$ As e1presas 1aiores3 1ais or!ania"as3 po"ero 1anter/se "urante u1a >rise "essa or"e13 1as elas 1es1as tero "e atravessar te1pos "i=F>eis3 "urante os quais os lu>ros se estan>aro e apenas inversGes suple1entares po"ero per1itir o >urso "a pro"u#o$ Os que no po"e1 realiar essas inversGes suple1entares per"e1 os seus "ireitos$ O 1alo!ro "os >oopera"ores D !eral$ )o lBes restará outro re>urso seno o "e ven"er a e1presa a u1a >apitalista qualquer$ rise no D !eral3 u1 !rupo "e al!uns raros >oopera"ores ri>os trans=or1a1 o estaele>i1ento e1 sua proprie"a"e priva"a que passa1 a a"1inistrar "e 1aneira pura1ente >apitalistaM Este pro>esso no "es=e>Ba ne>essaria1ente na proletaria#o "os anti!os >oopera"ores$ Se t@1 sorte3 ain"a po"e1 >onservar a sua proprie"a"e >a1ponesa$ (as on"e se veri=i>a esta BipHtese =avorável3 a sua "epen"@n>ia e>on1i>a e1 rela#o ? anti!a eplora#o a!rF>ola susiste$ ,e "epen"@n>ia e1 rela#o a u1a so>ie"a"e "e que =a parte o a!ri>ultor3 >o1o =ilia"o >o1 os 1es1os "ireitos e os 1es1os interesses que os "e1ais3 ela se torna "epen"ente e1 rela#o a u13 ou a 1uitos >apitalistas3 in=inita1ente superiores pelo seu po"erio e "e oetivos opostos aos seus$ O cola3orador "a 5á3rica cooperati2a se trans=or1a3 a!ora3 e1 operário assalariado da 5á3rica capitalista. A >oisa no 1elBora pelo =ato "o traalBo assalaria"o "issi1ular/se aqui3 >o1o na in"stria "o1Dsti>a$ Este D o =i1 inevitável "as >ooperativas a!rF>olas "e pro"u#o$ Co1o nos "e1ais setores "a so>ie"a"e >apitalista3 a in"stria a>aa por ven>er a a!ri>ultura e o >apital "a >ooperativa "e pro"u#o isola"a$ As >ooperativas rurais "e pro"u#o3 e1 virtu"e "as vanta!ens 1o1entJneas que "eia1 entrever aos lavra"ores3 serve1 "e instru1ento po"eroso para avan#o "a in"ustrialia#o "a a!ri>ultura$ Ao 1es1o te1po3 serve1 para arir3 "e 1o"o enDr!i>o3 o >a1inBo ? "o1ina#o "o >apital3 que se1 isso en>ontraria "i=i>ul"a"es e1 1aiores$ )o "i1inuF1os3 >erta1ente3 a i1portJn>ia "essas >ooperativas$ Elas so >onsi"eráveis na 1e"i"a e1 que revolu>iona1 a a!ri>ultura$ )o so porD13 u1 re>urso "e salva#o para o >a1pon@s$ ,e resto3 as >ooperativas ta1D1 t@1 os seus li1ites$ As in"strias a!rF>olas suor"ina1/se ?s 1es1as leis que re!e1 as outras in"strias$ A >on>entra#o e a >entralia#o "as e1presas3 que en>ontra1 na a!ri>ultura >ontraten"@n>ias to =ortes3 realia1 aqui pro!ressos rápi"os$ )as in"strias a!rF>olas3 >o1o e1 to"as as "e1ais3 reina a ten"@n>ia ? !ran"e eplora#o$ o que 1ostra3 "a 1aneira 1ais nFti"a3 a =ari>a#o "e a#>ar3 arti=i>ial1ente esti1ula"a3 D ver"a"e3 pelas 1e"i"as i1postas pelo Esta"o$ Contava1/se no i1pDrio ale1oM
a "e eterraas eterraas a#>ar traalBa"as traalBa"as e1 1D"ia e1 >a"a in"stria
-6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ -7-/2
8--
2$29$5-7
$28
-77-/72
8N8
6$2-$5N7
-7$276
-75-/52
N98
5$N77$992
28$6N8
-756/5
855
-8$2-$69-
8N$875
Assi13 a 1D"ia "a quanti"a"e "e eterraas traalBa"as nu1a =ári>a D quase quintupli>a"a e1 2 anos f )a =ari>a#o "e a!uar"ente "e atatas po"e1os se!uir a 1es1a ten"@n>ia3 e1ora "e u1a =or1a 1enos a>entua"a3 atD o te1po "as novas leis =is>ais que pro>ura1 li1itar o "esenvolvi1ento "a pro"u#o$ )os anais "e estatFsti>as "o i1pDrio ale1o le1os que o n1ero "as "estilarias que traalBa1 >o1 atatas3 !ros ou 1ela#o se eleva "e -72 a -77-/-7723 "e $9-- a $279$ (as o n1ero "as "estilarias que pa!a1 1enos "e -$999 1ar>os "e i1posto sore a!uar"ente >ai "e 6$222 a $773 ao passo que o n1ero "as que pa!a1 1ais "e -$999 1ar>os se eleva "e 75 a -$N52$ &or outro la"o3 arrolava1/seM Co1o Co1o quanti"a"e quanti"a"e "e Co1o "estilarias "e atatas atatas que e1pre!a1 traalBa"as traalBa"as e1 a atata >a"a "estilaria Pe1 tonela"asQ Pe1 tonela"asQ -772/78 N$-79 2$852$999 2 -776/7 N$965 2$-5$999 667
A parfir "e -77/773 no "o1Fnio "os i1postos "o i1pDrio3 a pro"u#o "e a!uar"ente "e atatas per1ane>e e1 1D"ia3 para >a"a eplora#o3 ao 1es1o nFvel3 1as D pre>iso oservar que as 1enores "estilarias so=rera1 u1a re!resso e1 >ara>teria"a$ ea1osM
E1 -759/5,e 9 litros ,e 9 a 99
E1 -75N/5
E1 -$799 ,ist$ 8w
,i1inui#o P/Q Au1ento PmQ
E1 -8
/7
29
/ -l
,e 99 a $999 682 w 6 m 2 ,e $999 a -$58w -$578 m 2 9$999 A>i1a "e 9$999 -$58 w -$7 / 8 As =ári>as "e lati>Fnios so3 natural1ente su1eti"as "o 1es1o 1o"o3 ? lei "e evolu#o "a !ran"e in"stria 1o"erna$ AtravDs "elas i!ual1ente3 o pro!resso tD>ni>o avan#a$ )o seu "o1Fnio3 i!ual1ente3 a =ari>a#o 1anual >e"e lu!ar x=ari>a#o 1e>Jni>a$ As 1áquinas au1enta13 a quanti"a"e "os arti!os que >a"a u1a "elas elaora se eleva$ Alar!a1/se os lo>ais e1pre!a"os na pro"u#o e os lo>ais "e "epHsito^ a1plia1/se os 1er>a"os e ao 1es1o te1po >res>e para essas in"strias a ne>essi"a"e "e ven"e"ores prHprios3 ven"e"ores ar1a"os "e u1a sDria >ultura >o1er>ial3 tais >o1o os que apenas u1a !ran"e e1presa3 >apa "e realiar 1uitos ne!H>ios3 po"e e1pre!ar$ i1os 1ais a>i1a que3 na )ova/'alles "o Sul3 as =ári>as "e lati>Fnios se a1plia1 $se1pre$ O 1es1o =ato D assinala"o na +Dl!i>a$ Colar" +evy3 nu1 "is>urso pronun>ia"o perante o Con!resso
-67
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ %nterna>ional "e A!ri>ultura3 e1 -753 relata o se!uinteM as pequenas >ooperativas3 insu=i>ientes e 1al >on"ui"as3 "esapare>e1 >a"a ve 1ais "iante "as 1aiores3 Ique po"e1 traalBar >o1 !ran"es quanti"a"es "e leite e =orne>er pro"utos "e uni=or1i"a"e >onstante3 a pre#os 1ais aios e nas 1elBores >on"i#Ges$ Se u1 a!ente >apa "iri!e a eplora#o3 essas vanta!ens atin!e1 o seu ponto >ul1inanteI PCita"o por A),EREL,E3 no seu arti!o sore O so>ialis1o a!rário na +Dl!i>a3 )eue *eit3 X3 -$ pá!$ $Q$ O "esenvolvi1ento "a in"stria "e !@neros ali1entF>ios no i1pDrio ale1o D visFvel no qua"ro se!uinte3 que se aseia e1 al!aris1os "a estatFsti>a "as pro=issGes "e -772 a -75$ &ara >a"a >e1 "iri!entes "e e1presa Pproprietários e e1pre!a"osQ3 >ontava1/se3 entre operários3 assalaria"os e =un>ionáriosM
-722 -75 au1ento
0ari>a# o "e 0ari>a 0ari> arti!os #o "e a#o ali1entF>i (oinB outros "e os os "e arti!os a#>ar ani1ais >ereai ali1entF "e P>o1 s >ios eterr e>e#o ve!etai aa "a s P-7Q salsi>Bari aQ P-5Q -6- 2$78677 -N28 $6N -$288- 6 2$588 N8 -N
(alta! e1 e =ari>a #o "e >erve a
,estil a#o3 =ari>a #o "e li>ores e "e =er1e nto se>o
0ari>a #o "e vinBo espu1a nte e "e >i"ra3 =ari>a# o "e vinBo
0ari> a#o "e vina!r e
86N 65 85
255 N-8 --N
26 8- 5
-62 28
P-7Q Conservas$ le!u1es >o1pri1i"os$ >Bi>Hrea3$ >a>au3 =D>ula3 1assas "e =or1a$ P-5Q &eies sal!a"os$ preparo "e leite >on"ensa"o$ =ari>a#o "e 1antei!a e "e queios$ e1os3 por to"a parte3 u1 au1ento >ontFnuo "as eplora#Ges$ E1 to"as as in"strias a!rF>olas o n1ero "os operários assalaria"os >res>e 1uito 1ais "epressa "o que o "os patrGes e "os "iretores "e e1presa$ )a =ari>a#o "e a#>ar "e eterraa3 nos lati>Fnios3 et>$3 e na =ari>a#o "e >ervea o au1ento relativo se eleva a 1ais "e >e1 por >ento^ na "e >onservas ve!etais a quase >e1 por >ento$ ertas eplora#Ges "a in"stria a!rF>olab \ o que nos 1ostra13 por ee1plo3 as e1presas "a >asa )estlD$ Ela possuFa na SuF#a "uas !ran"es =ári>as para o preparo "e leite >on"ensa"o e u1a =ári>a para o preparo "e =arinBa lá>tea$ Esta lti1a3 estaele>i"a e1 evey traalBa "iaria1ente -99$999 litros "e leite3 pro"uto "e -2$999 va>as3 oriun"os "e -79 al"eias$ -79 al"eias per"era1 a sua autono1ia e>on1i>a e se tornara1 >au"atárias "a >asa )estlD$ Os seus Baitantes ain"a so3 eterior1ente3 proprietários "e suas terras3 1as á no so >a1poneses livres$ 1e"i"a que esta evolu#o avan#a e que >res>e a so1a "e >apital ne>essário para a =un"a#o "e u1a e1presa >apa "e >on>orr@n>ia3 =e>Ba/se o >Fr>ulo "os a!ri>ultores e1 >on"i#Ges "e instituir >ooperativas "e pro"u#o$ Os novos estaele>i1entos nesse "o1Fnio se torna1 "oravante3 >a"a ve 1ais3 eplora#Ges >apitalistas3 >o1o Boe se revela e1 na =ari>a#o "e a#>ar "e eterraa e "e a!uar"ente "e atata$ )os lu!ares e1 que ain"a se po"e =alar "e =ári>as >ooperativas "esses ra1os in"ustriais3 sH se en>ontra13 por assi1 "ier3 e1presa "e >a1poneses aasta"os e "e proprietários "e terras nores$ ,aF por "iante to"a >ooperativa rural "e pro"u#o D a1ea#a"a3 a >a"a >rise3 "e >air e1 1os >apitalistas$ Ce"o ou tar"e sorevD1 o 1o1ento3 para >a"a espD>ie "e in"stria a!rF>ola3 e1 que "eia "e ser a>essFvel aos pequenos lavra"ores e se torna u1 1onopHlio "os >apitalistas e "os !ran"es proprietários territoriais$ Esta evolu#o3 or"inaria1ente3 leva ta1D1 ? sustitui#o "a pequena pela !ran"e a!ri>ultura$ En>ontra1os ain"a as 1elBores provas "esse =ato na in"stria "o a#>ar$ As vanta!ens "a eplora#o 1e>Jni>a na a!ri>ultura atin!e1 sua 1aior i1portJn>ia nos lu!ares e1 que a =or#a 1otri ne>essária no D pro"ui"a espe>ial1ente para esse =i13 1as =orne>i"a por u1a eplora#o in"ustrial estaele>i"a na proprie"a"e$ )os lu!ares e1 que no leva ? re!resso "a pequena e1presa3 a in"ustrialia#o "a a!ri>ultura
-65
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ aperta$ os la#os que ata1 o pequeno lavra"or ? =ári>a3 >o1pra"ora ni>a "os seus pro"utos$ Ele se torna ento3 "e 1o"o >o1pleto3 u1 servo "o >apital in"ustrial3 >uas ei!@n>ias >on"i>iona1 a sua ativi"a"e$ Eis a salva#o que a in"stria a!rF>ola propor>iona ao >a1pon@s$ 5N Su3stitui>ão da agricultura pela ind6stria Se o "esenvolvi1ento "a in"stria a!rF>ola propor>iona3 ao 1enos "e 1o"o passa!eiro3 u1 novo apoio ao lavra"or3 o pro!resso "a tD>ni>a sus>ita ta1D13 por outro$ la"o3 e=eitos3 que o >on=un"e1$ So e=eitos que arruFna1 os "iversos ra1os "a a!ri>ultura$ %sto provD13 e1 parte3 "e 1elBor utilia#o "as 1atDrias pri1as3 otan"o/se >o1 a 1es1a quanti"a"e "elas u1a quanti"a"e 1aior "e pro"utos$ Tal >ir>unstJn>ia resulta natural1ente3 "a"o que sea >onstante o >onsu1o "o arti!o e1 >ausa3 nu1a que"a "a pro>ura "a 1atDria/pri1a$ )o >aso "e au1entar o >onsu1o3 a pro>ura "a 1atDria/pri1a no au1enta to "epressa quanto aquele$ AlD1 "isso3 o pro!resso in"ustrial i1pli>a na sustitui#o "e 1atDrias/pri1as "o !ran"e valor por 1atDrias/pri1as "e 1enor valor3 >o1o por ee1plo no e1pre!o "e re=u!os e na pro"u#o "e su>e"Jneos$ &or lti1o3 a in"stria >onse!ue3 1es1o3 =ari>ar por >onta prHpria arti!os outrora =orne>i"os pela a!ri>ultura3 ou sustituF/los "e 1o"o a se tornare1 supDr=luos$ Eplique1os a >oisa >o1 al!uns ee1plos$ Sae/se a !ran"e quanti"a"e "e ele1entos nutritivos que se per"e pelo =ato "e ser o tri!o 1oF"o "e 1o"o i1per=eito$ Os pro!ressos "a 1oa!e1 re"ue1 >a"a ve 1ais essas per"as$ I)o sD>ulo X%%% auan avaliava o >onsu1o anual "e u1 Bo1e1 e1 >er>a "e -2 liras "e =ru1ento3 quanti"a"e que quase asta atual1ente para "ois Bo1ens$ :oe3 !ra#as aos aper=ei#oa1entos intro"ui"os nos 1oinBos3 o Bo1e1 !anBa !ran"es por#Ges "e sustJn>ias nutritivas3 que representa1 1uitas >entenas "e 1ilBGes anuais$ Antes3 apenas servia1 aos ani1ais3 e1 rela#o aos quais po"e1 ser sustituF"as3 >o1 in=inita =a>ili"a"e por outros ele1entos que no >onv@1 "e 1o"o nenBu1 no >onsu1o "o Bo1e1 $$$ O =ru1ento no >ontD1 1ais "e 2g "e sustJn>ia no "i!erFvel3 e u1 1oinBo perfeito3 no senso 1ais lato3 no "everia "ar u1a 1aior quanti"a"e "e =arelo$ (as os nossos 1elBores 1oinBos "o se1pre "e -2 a 29g "e =arelo3 e os >o1uns atD 2g3 propor#o que en>erra "e 69 a 9g "os ele1entos 1ais nutritivos "a =arinBa P[$ $ CBe1is>Be +rie=3 pá!$ 88N$Q$ E1 -73 o 1oleiro tD>ni>o $ Till a=ir1ava ter "es>oerto u1 pro>esso que pro"uia 5236g "e =arinBa e apenas 3Ng "e =arelo e "e re=u!o P$ T%LL$ ,ie Ldsun! "er +rot=ra!eQ$ AtD Boe no vi1os 1en>iona"a nenBu1a 1aior re"u#o "a quanti"a"e "e =arelo$ &elo >ontrário3 =ae1/se atual1ente ensaios para3 por via quF1i>a3 tornar "i!erFveis as sustJn>ias nutritivas "o =arelo3 e1 parti>ular a 1atDria alu1inHi"e$ $ >laro que3 >onstante o >onsu1o "a =arinBa3 to"o o pro!resso "a 1oa!e1 na utilia#o "o !ro a>arretará u1a "i1inui#o "a pro>ura "e tri!o$ (as o 1es1o resulta"o se veri=i>ará ta1D1 1es1o que au1ente o >onsu1o "a =arinBa$ +asta que a quanti"a"e "e >ereais posta ? ven"a >res#a to "epressa3 ou 1es1o 1ais "epressa ain"a "o que aquele >onsu1o$ A sustitui#o "e 1oinBos pri1itivos por 1oinBos 1o"ernos "eve3 pois3 a>entuar os e=eitos "a >rise "o 1er>a"o$ As eperi@n>ias que a>aa1os "e >itar3 ten"entes a tornar "i!erFveis pelo est1a!o Bu1ano as sustJn>ias nutritivas "o =arelo3 á entra1 no "o1Fnio "o aproveita1ento "os re=u!os e "a pro"u#o "e su>e"Jneos$ O aproveita1ento >a"a ve 1ais etenso "e re=u!os D u1a "as parti>ulari"a"es essen>iais "e 1o"o "e pro"u#o 1o"erno$ Trata/se "e u1 resulta"o natural "a !ran"e pro"u#o3 que a>u1ula os "etritos e1 quanti"a"es >onsi"eráveis e1 >ertos pontos$ Ela >ria assi1 a ne>essi"a"e "a eli1ina#o "esses 1ateriais3 >o1 as tentativas >orrespon"entes para o seu e1pre!o e1 =inali"a"es "e or"e1 in"ustrial e para trans=or1a#o "e u1a =onte "e e1ara#os e "espesas i1pro"utivas nu1a =onte "e lu>ro$ &ara a a!ri>ultura esses re=u!os a"quirira1 a 1ais alta i1portJn>ia$ ,e u1 la"o3 os resF"uos "a !ran"e in"stria =orne>e1 ao >a1po =orra!e1 e ester>o / tais >o1o os a!a#os "as "estilarias3 "as =ári>as "e a#>ar3 "e >ervea "e Hleos3 a es>Hria TBo1as3 a >ina "e 1a"eira3 et>$ / e se torna1 assi1 u1 1eio po"eroso para suor"ina#o "a a!ri>ultura ? in"ustria$ (as3 por outro la"o3 a ativi"a"e =aril se apo"era "os restos "os pro"utos rurais3 para =aer3 >o1 o seu e1pre!o >on>orr@n>ia ? prHpria a!ri>ultura$ Te1os u1 ee1plo "e se1elBante aproveita1ento "e re=u!os na =ari>a#o "o Hleo "e >aro#o "e al!o"o3 outrora "esprea"o >o1o intil3 ou quan"o 1uito apli>a"o >o1o ester>o nas planta#Ges "essa =ira$ :oe3 =ari>a/se >o1 esse >aro#o u1 Hleo que =a >on>orr@n>ia 1uito sensFvel e >res>ente
-9
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ao arti!o proveniente "as plantas olea!inosas "a Europa$ Arrolava1/se no i1pDrio ale1o3 i1porta"osM Hleo "e >aro#o Hleo "e LinBa#a "e al!o"o Ano P e1 tonela"asQ P e1 tonela"asQ -776 7$96 85$N8 -75-
2-$866
8$87
-75
8N$N65
-5$768
-756
2$9N
-5$658
-75 89$27 -$N7 O Hleo "e >aro#o "e al!o"o D e1pre!a"o soretu"o na a"ultera#o "o Hleo "e oliva e na =ari>a#o "e manteiga arti5icial, a 1ar!arina$ Esta D =eita >o1 se3o de 3oi, >o1 leite e Hleos aratos3 parti>ular1ente o "e >aro#o "e al!o"o e 1al se "istin!ue3 "o ponto "e vista "o !osto e "a a#o =isiolH!i>a3 "e 1antei!a natural$ E1 -723 =oi =un"a"a na Ale1anBa a pri1eira =ári>a "e 1antei!a arti=i>ial$ :oe3 Bá >er>a "e sessenta$ on>orr@n>ia no 1elBora a situa#o á >rFti>a "o 1er>a"o "a 1antei!a3 D >oisa evi"ente$ As queias to reitera"as "os a!rários3 que pe"ira1 e otivera13 e1 -7563 novos entraves ? in"stria "a 1ar!arina3 so >erta1ente ea!era"as$ (as no Bá 1enos ea!ero na a=ir1a#o oposta3 se!un"o a qual a 1antei!a arti=i>ial no preu"i>a "e =or1a al!u1a os a!ri>ultores$ 1a!ro >onsolo para estes lti1os saere1 que a pro"u#o "e 1antei!a arti=i>ial se a>Ba ta1D1 nu1a situa#o "i=F>il$ Tal pre>arie"a"e se revela 1enos nos de5icits "e al!u1as =ári>as / veri=i>a1/se de5icits, 1es1o e1 ra1os "e in"strias =lores>entes3 no >aso "e eplora#Ges "e "ire#o >anBestra3 >ua >olo>a#o sea "es=avorável ou que tenBa1 aparelBa1ento insu=i>iente / "o que na estatFsti>a "o paFs on"e a 1ar!arina e a 1antei!a po"e1 >o1petir "a 1aneira 1ais livre$ )a %n!laterra3 a i1porta#o "e 1antei!a e "e 1ar!arina =oi a se!uinteM (antei!a &rovenientes (ar!arina Pe1 quintaisQ "a custria Pe1 quintaisQ -776 -$N2$999 /g 79$999
Anos
-752
2$-9$999
Ng
-$258$999
-75
2$9$999
-- g
522$999
A >on>orr@n>ia "e 1antei!a australiana arata atin!iu no apenas os pro"utores "e 1antei!a natural3 1as ta1D1 os pro"utores "e 1antei!a arti=i>ial$ (as isto no >on"uirá natural1ente ? ruFna "esta lti1a3 1as no 1elBora1ento "os 1Dto"os "e sua =ari>a#o$ ontesta1os3 porD13 que a =ari>a#o "e 1ar!arina sea preu"i>ial ? in"stria "e lati>Fnios3 no quere1os asoluta1ente usti=i>ar >o1 isto os es=or#os no senti"o "e u1a >oa#o sore a pri1eira3 e1 proveito "a se!un"a$ Sae1os3 no se1 lásti1a3 que a =al@n>ia "e u1a >ooperativa "e lati>Fnios proletaria u1 !ran"e n1ero "e >a1poneses laoriosos3 1as no D 1enos
triste ver u1a 1áquina nova arran>ar o po a operários i!ual1ente "ili!entes$ ,esta 1aneira D que se realia o pro!resso tD>ni>o na atual so>ie"a"e$ ial vi!ente$ %nversa1ente3 no passa "e u1 asur"o preten"er1os a >onserva#o "esta or"e1 so>ial3 por to"as os 1eios possFveis3 e ao 1es1o te1po eli1inar1os as suas >onsequ@n>ias$ Este asur"o se torna revoltante quan"o se oetiva =a@/lo prati>a1ente realiável 1e"iante a >on>esso "e pri vilD!ios prote>ionistas a al!u1as >ate!orias "e pro"utores3 se!un"o interesses transitHrios e "e >asta e e1 "etri1ento "a >oletivi"a"e3 >o1 a resist@n>ia a qualquer pro!resso tD>ni>o que "i1inua o lu>ro "e tais parti>ulares$ A 1assa "a popula#o3 nu1 Esta"o 1o"erno no po"e a"1itir "urante 1uito te1po re!alias
--
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ "essa or"e1$ Trata/se3 pois3 "e u1a utopia a pretenso "e se prote!er "esse 1o"o a a!ri>ultura >ontra as >onquistas "a in"stria >res>ente$ Os es=or#os >onvulsivos =eitos nesse senti"o pelos nossos a!rários prova1 apenas >o1o se a>Ba1 a1ea#a"os pela !ran"e in"stria >apitalista "e !@neros ali1entF>ios e a i1portJn>ia que esta lti1a assu1iiu e1 =a>e "a pro"u#o rural$ A 1antei!a arti=i>ial e3 ao seu la"o3 o =ru1ento arti=i>ial3 t@1 si"o atD aqui3 "entre os su>e"Jneos elaora"os pela !ran"e in"stria3 os que3 >o1 o seu apare>i1ento3 1aior in=lu@n>ia eer>e1 sore a a!ri>ultura3 (as no so os ni>os a a!ir nesse senti"o$ A in"stria "e >ervea to1ou3 nestes lti1os te1pos3 e1 quase to"os os Esta"os "a Europa3 u1 surto >onsi"erável$ A sua pro"u#o =orne>euM %1pDrio ale1o
%n!laterra
custria
Anos
:e>tolitros
Anos
:e>tolitros
Anos
:e>tolitros
-72
82$5N$999
-78
8$99$999
-79
5$898$N99
-772/78 85$29$969
-77-
NN$N$999
-779
-9$89$999
-759/5- 2$89$999
-75-
2$68$999
-759
-8$9$996
-75/56 69$68$999 +Dl!i>a Anos
:e>tolitros
0ran#a Anos
:e>tolitros
Rssia Anos
:e>tolitros
-79
$5N$999
-72
$-8-$999
-766
2$299$999
-779
5$287$999
-77
7$9-9$999
-77N
N$2-2$999
-759 -9$9$999 -759 7$N59$999 -759 7$N59$999 )a ,ina1ar>a3 a pro"u#o "e >ervea se elevou "e -$299$999 Be>tolitros P-76Q a 2$-7$999 P-75-Q$ )a SuD>ia3 "e N-5$7- P-779Q a -$2N9$7-- P-759Q^ na SuF#a3 "e 279$999 P-76Q a 69$999 P-76Q3 -$99N$999 P-776Q e -$2N5$999 P-75-Q ,ever/se/ia supor que a produ>ão de l6pulo se Baa "esenvolvi"o na 1es1a 1e"i"a$ )o D3 porD13 o que a>onte>e$ Apenas au1entou u1 pou>o$ [á e1 -76 >al>ulava/se o pro"uto "e u1a >olBeita >o1pleta "e lpulo3 na Europa3 e1 9$999 tonela"as$ A >olBeita teve a 1es1a i1portJn>ia e1 -759 P2N$9 tonela"as na Ale1anBa3 -$999 na %n!laterraQ^ e1 -752 apurava1/se $999 tonela"as P"as quais 2N$-9 na Ale1anBa3 -5$999 na %n!laterraQ$ )a %n!laterra3 a quanti"a"e "e >ervea pro"ui"a anual1ente se elevou "e 8 1ilBGes "e Be>tolitros P-78Q a 2 1ilBGes P-75-Q3 >o1 u1 au1ento "e - 1ilBGes3 isto D3 "e 9g, e1 !rosso$ Ao >ontrário3 e1 -7-3 2N$999 Be>tares =ora1 >onsa!ra"os ? >ultura "o lpulo3 e e1 -75-3 28$999 tivera1 o 1es1o =i1$ (as a i1porta#o "esse pro"uto3 "i o relatHrio "a >o1isso parla1entar a!rária "e -75 Ppá!ina 78Q3 >ontinuou esta>ionária "urante os lti1os vinte anos$ ,urante o perFo"o "e -76/73 a i1porta#o anual "o lpulo "e qualquer proveni@n>ia =oi3 e1 1D"ia3 "e -5$999 quintais3 e e1 -758/53 "e 298$999 quintaisI$ O qua"ro se!uinte 1ostra a 1ar>Ba "o "esenvolvi1ento no i1pDrio ale1oM ,esi!na#o
-77N
ColBeita "e lpulo
27$76 2$82 tonela"as tonela"as
%1porta#o "e lpulo Total (enos Pe1 virtu"e "a eporta#o "e lpuloQ
-756
-$8N9 tonela"as 8$6N- tonela"as 89$2-9 27$266 tonela"as tonela"as --$-N 5$767 tonela"as tonela"as
-2
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Sora3 >o1o "isponiili"a"e "e lpulo
-7$656 -7$N57 tonela"as tonela"as
,esi!na#o
-77N/7
&ro"u#o "e >ervea$ e1 Be>tolitros "e >ervea >orrespon"ente a u1a tonela"a "e lpulo
N8$27$999 2$269
-756/5 6-$N76$999 8$82N
O au1ento "o >onsu1o "e >ervea no ene=i>ia3 pois3 "e =or1a nenBu1a3 aos >ultiva"ores "e lpulo$ Apenas =avore>e ? elaora#o "os sucedRneos deste produto. (as3 os pro!ressos "a quF1i>a so 1ais =unestos ain"a aos 2in/ateiros "o que aos culti2adores de l6pulo, Os laoratHrios ensina1/nos a =ari>ar3 >o1 o =D>ula "as atatas3 >o1 os trapos e as =iras lenBosas3 a glucose, esse =a1oso ele1ento "estina"o3 a 1elBorar os vinBos "e pou>o valor$ (as ensina1/nos ta1D13 a preparar vinBos >o1 a!a#os "e uvas3 >o1ina"o >o1 a#>ar e outros pro"utos "a in"ustria a!rF>ola$ Ca"a ve 1ais os pro"utos "itos naturais passa1 a so=rer u1a sDrie "e preparos que re>la1a1 >onBe>i1entos >ientF=i>os e a interven#o "e aparelBos >ustosos3 Ca"a ve 1ais o prHprio vinBo natural se torna oeto "e u1a !ran"e in"stria >apitalista$ A esta o lavra"or apenas =orne>e a 1atDria/pri1a$ A a"e!a "e vinBos se trans=or1a nu1a vinF>ola$ )a sua >on=er@n>ia sore o IEsta"o "a le!isla#o relativa ao preparo "o vinBo e sua tD>ni>aI P,ie La!e "er 'eset!eun! etre==en" "ie Zeinereitun! un" "ie Te>Bnik "er Zeinereitun!Q3 =eita perante o ColD!io real "e e>ono1ia a!rF>ola "a &rssia3 e1 =evereiro "e -753 o pro=essor (aer>ker eps entre outras as i"Dias se!uintesM IO vinBo no D inteira1ente u1 pro"uto natural3 )as >epas "a vi"eira ele no se =or1a pronto para ser en!arra=a"o$ &elo >ontrario3 "eve antes =aer u1 lon!o per>urso3 por 1eio "e traalBos "e a"e!a3 atD que o 1osto "o>e se trans=or1e no nore vinBo3 " Este preparo esti1ulou nos lti1os anos to"a u1a sDrie "e pesquisas >ientF=i>as3 !ra#as ?s quais pro!re"i1os 1uito no "o1Fnio "o trata1ento "e vinBos$ Assi13 apren"e1os pou>o a pou>o a =aer "e u1a uva "e valor 1e"Fo>re u1 pro"uto natural "e oa quali"a"e$ A cultura "o =er1ento soretu"o3 se apossou "esse terrenoV$ Aos a!a#os "e uvas se ustapGe1 "iversos >o!u1elos "e l@ve"o3 que "eter1ina1 a =er1enta#o e a pro"u#o "o 1osto$ ISae/se que Bá "i=erentes espD>ies "e =er1entos$ O que se otD1 sore o [oBanniser!3 e1 'eisenBei13 pro"u u1 vinBo "e >aráter e1 "eter1ina"o$ &ro>urou/se3 >o1 a >ultura ? parte "e >ertas quali"a"es "e l@ve"o3 a oten#o "e vinBos "e tipos parti>ulares$ :o1ens "e i1a!ina#o viva >Be!ara1 a pensar3 quan"o eperi@n>ias =elies se ulti1ava1 nesse >a1po3 que po"erFa1os "ispensar inteira1ente a vini>ultura$ SH terFa1os "e untar arti=i>ial1ente u1 =er1ento a u1a solu#o a#u>ara"a para "aF resultar u1 vinBo to =ino quanto o [oBanniser! ou o Steiner!I$ &are>e que esta perspe>tiva era "e 1ol"e a entusias1ar 1eio 1un"o / e no apenas os pala"ares ei!entes >o1o preten"ia :eine$ inBo [oBanniser! para to"os / isto no sena3 por a>aso3 o >o1e#o "o >Du na terrab Assi1 pensa u1 so>ialista3 1as no u1 a!rário$ O que representa u1a =eli>i"a"e para to"os / u1a superaun"Jn>ia "e !@neros "e pri1eira ne>essi"a"e e "e arti!os "e luo / representa para a ren"a territorial u1a "es!ra#a$ Se qualquer pessoa pu"esse preparar o [oBanniser! >o1 á!ua a#u>ara"a3 a"eus ren"a territorial "os vinBateiros "e [oBanniser!f O pro=essor (aer>ker prosse!ue >o1 satis=a#oM I%sto3 gra>as a Deus, no se >on=ir1ou$ (as >onse!uiu/se >o1 a >ultura "os l@ve"os u1 vinBo e1 1elBor que o anterior3 e os nossos pro"utos pu"era1 ser ven"i"os por pre#o in=inita1ente 1ais alto3 Esta >ultura "os l@ve"os ve1 sen"o apli>a"a Bá pou>os anosI$ Os >o!u1elos "e =er1ento atD aqui esta>ara1 respeitosa1ente "iante "a ren"a territorial$ (as no D "e te1er/se que esses "iainBos 1i>ros>Hpi>os u1 "ia renun>ia1 ? sua atitu"e leal e se torne1 revolu>ionáriosb [á se >o1e#a a =ari>ar [oBanniser! >o1 o >arras>o3 &or que 1otivo no o Bavere1os "e =aer ain"a >o1 á!ua a#u>ara"ab (as i1pe"ir o 1elBora1ento "o vinBo3 eis o que no D possFvel se!un"o "e>lara#Ges "o prHprio pro=essor (aer>ker na parte i1e"iata "e sua >on=er@n>ia3 A estatFsti>a "i que nu1a "D>a"a 4 le1ra ele / o>orre apenas u1 ano "e sa=ra vinF>ola e>elente3 o>orreu tr@s anos "e sa=ras oas3 tr@s anos "e sa=ras re!ulares e tr@s anos "e sa=ras ruins$ Esses vinBos ruins se no =ore1 1elBora"os3 o=en"ero o pala"ar >ivilia"o$ &roiir o seu 1elBora1ento seria3 pois3 preu"i>ar aos prHprios vinBateiros3
-8
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ Ao la"o "os vinBos 1elBora"os e "os >arras>Ges3 apare>e o 2in/o de u2as secas. I&o"e1os3 >o1 uvas se>as3 1er!ulBan"o/as na á!ua3 re"uin"o/as a =ra!1entos e =aen"o/as =er1entar preparar u1 2in/o e;celente.,. Trata/se "e pro"uto 1uito a>eitável3 Ele te1 to"os os >ara>terFsti>os "o vinBo natural3 e 1ove ao arti!o !er1Jni>o u1a "ura >on>orr@n>ia$ ,o ponto "e vista tD>ni>o na"a se po"e repro>Bar/lBe$ ,o ponto "e vista e>on1i>o D passFvel "e >ensura3 pois >o1pete tena1ente >o1 o nosso vinBo ale1o3 inata>ável quanto ? análise e pro"i!iosa1ente arato3 Co1 -2 1ar>os po"e1 ser =ari>a"os -99 litros "esse su>e"Jneo$ Trata/se3 pois3 "e u1 >on>orrente terrFvel3 que "eve ser resoluta1ente >o1ati"o por 1eios le!islativosI$ Co1 e=eito3 pensa/se 1uito na in=eli>i"a"e que aateria sore o povo ale1o se o vinBo "e uvas se>as >Be!asse a suplantar a pDssi1a a!uar"ente "e atatasf &or 1eio "o l@ve"o "e >ultura3 po"e1os ta1D1 =aer >o1 o 1alte al!u1as ei"as se1elBantes "o vinBo$ E1 :a1ur!o u1a !ran"e =ári>a prepara3 assi13 vinBos "e 1alte$ ,a "is>usso sus>ita"a por esta >on=er@n>ia3 "estaque1os u1a oserva#o "o superior >onselBeiro priva"o "o TBiel$ A=ir1a entre outras >oisas que os pe$uenos la2radores no esto e1 >on"i#Ges "e intro"uir3 por sua prHpria ini>iativa3 os 1elBora1entos ne>essários aos vinBos$ Apenas os !ran"es vinBateiros e os ne!o>iantes "e vinBos o po"e1 =aer$ ,e i!ual 1aneira3 (eiten P,er +o"en3 et>$3 %%3 p$23 sqqQ es>revia Bá trinta e >in>o anosM Iuni>a1ente os !ran"es proprietários e os vinBateiros aasta"os3 que 1oe1 por >onta prHpria as suas uvas t@1 re>ursos para >onservar o vinBo no entreposto e esperar3 para ven"@/lo3 o 1o1ento =avorável$ O n1ero "e vinBateiros pores que no o po"e1 =aer D "e >er>a "e -2 a -8 999 Pna velBa &rssia3 antes "e -766Q$ &ara re>eere1 "epressa o "inBeiro "e $>onta"o3 eles se "es=ae1 "as uvas i1e"iata1ente "epois "a vin"i1a$ As vees á ven"era1 a >olBeita 1e"iante a"ianta1ento "e =un"os$ O =is>o >al>ula e1 65$N9 quintais a quanti"a"e "e uvas entre!ue no outono "e -76N por essa >a1a"a "e vinBateiros aos ne!o>iantes e =ari>antes "e vinBosI$ A "epen"@n>ia "os pequenos vinBateiros e1 rela#o aos ne!o>iantes "e vinBos D ain"a a!rava"a pela inse!uran#a "e ren"i1ento "as >ulturas$ Le1ra1os 1ais a>i1a a oserva#o "e (aer>ker3 ao in=or1ar que e1 "e anos "e sa=ras vinF>olas3 Bá tr@s ruins e apenas u1a e>elente$ (eiten in"i>a3 na sua ora á >ita"a3 a pro"u#o "as vin"i1as "as re!iGes renanas "e -7-2 a -76N Pe1 einersN. Servir/nos/e1os "e al!uns "os seus al!aris1osM
ano -72-722 -727 -725 -789 -78N -7N -7 -76 -7 -77 -76N
&ro"u#o e1 einers 2N$767 N65$2-7-6$227 2-$977 N-$59 79$N6 5-$255 2-2$89 -$668 N6$N 6$29 829$N-
E1 tais >on"i#Ges3 a viti>ultura no >onstitui 1ais "o que u1 o!o "e aar$ )ele "eve1 ne>essaria1ente !anBar3 por =i13 os que3 ten"o a olsa e1 re>Bea"a3 po"e1 per"er "urante anos$ +astará u1 ano rui1 para provo>ar a =al@n>ia "o pequeno vinBateiro se1 >apital ou para re"ui/lo ao en"ivi"a 1ento se1 saF"a$ Aqui ta1D1 se apresenta a >oopera#o >o1o o instru1ento salva"or$ As a"e!as >ooperativas "eve1 "ar ao pequeno vinBateiro a possiili"a"e "e re>olBer e1 pessoa o lu>ro a1ealBa"o pelos inter1e"iários$ (as tu"o o que á =oi "ito quanto ?s >ooperativas a!rF>olas "e pro"u#o3 e1 !eral3 D
-N
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ váli"o para essas a"e!as >ooperativasM "e u1 la"o3 no so a>essFveis a to"os os pequenos vinBateiros se1 >apital^ "e outro3 "eve13 >o1o as "e1ais e1presas se1elBantes3 "e!enerar3 >e"o ou tar"e e1 so>ie"a"es >apitalistas ou trans=or1ar/se e1 proprie"a"es >apitalistas$ )esse senti"o3 no =ae1 1ais "o que apressar a evolu#o que ten"e a >olo>ar o vinBateiro e1 "epen"@n>ia se1pre 1aior e1 rela#o ? =ári>a3 ? a"e!a "e vinBo3 e a torná/lo u1 traalBa"or par>elário "a in"stria >orrespon"ente$ (as a prHpria evolu#o tD>ni>a que a!rava a "epen"@n>ia "o vinBateiro e1 rela#o ao =ari>ante "e vinBo sus>ita3 "e 1o"o >res>ente a in"epen"@n>ia "este e1 rela#o ?quele$ Essa evolu#o propor>iona3 e1 quanti"a"es >a"a ve 1ais lar!as3 arti!os estran!eiros aratos3 >o1 os quais o ne!o>iante 1elBora a quali"a"e "o pro"uto na>ional$ Ela lBe =orne>e ta1D1 1atDrias/pri1as se1pre 1ais e1 >onta para o preparo "o vinBo$ A revolu#o que se veri=i>ou na pro"u#o vinBateira se assinala >o1 1aior niti"e na 0ran#a$ E1$ virtu"e "as "evasta#Ges =eitas pela =iloera e outras 1olDstias3 o ren"i1ento "as vin"i1as >aiu rapi"a1ente no paFs$ Ela se apresentou3 anual1ente3 "a se!uinte 1aneiraM
E>e"ente Super=F>ie Ren"i1ento Ren"i1ento Consu1o PmQ ou Eporta#o "e (D"ia "e "a >ultura por Be>tare !eral "e vinBo "D=i>it P/Q "a vinBo "e anos "a vinBa PBe>tolitrosQ PBe>tolitrosQ Pesti1ativaQ pro"u#o PBe>tolitrosQ PBe>taresQ PBe>tolitrosQ
-79/5 2$86N$- -779/75 2$96$75 Ano -77 -$5-5$77
P2NQ m-N$799$99 22$N 2$58$56 87$-99$999 9
8$878$N-5
-6$8 88$N55$72 86$N99$999 / 8$999$999 2$87$-57 P2NQ -8$6 2$86$NN- 8N$999$999 / 5$999$999
2$N92$2-6
Ano -75- -$68$8N -$9 89$-85$999 b b 2$9NN$999 Os$M P2NQ -779/-77N E1ora3 a partir "e -7793 o >onsu1o "o vinBo sea 1uito 1aior "o que a pro"u#o >orrespon"ente3 a sua eporta#o "i1inui 1uito pou>o$ %sto e1 parte se epli>a pelos e>e"entes !uar"a"os e1 a"e!a3 oriun"os "e anos anteriores3 e e1 parte pela i1porta#o "e vinBos aratos3 que so 1elBora"os e e1 se!ui"a >onsu1i"os na prHpria 0ran#a ou eporta"os >o1o pro"utos =inos "o paFs$ A i1porta#o "e vinBo >o1puta"a e1 1ilBares "e Be>tolitros3 =oi a se!uinteM -77 -775 &roveniente "a &roveniente "a -$8N $92 custria EspanBa &roveniente "a &roveniente "a -$7Turquia Ar!Dlia &roveniente "e &roveniente "a -6 7 'rD>ia &ortu!al
-75
-775
5
N22
7
-5N
9
-N6
(as ao 1es1o te1po a =ari>a#o "e vinBos arti=i>iais ta1D1 se elevou$ Se!un"o a prHpria estatFsti>a o=i>ial3 as quanti"a"es "e vinBos =ari>a"os =ora1 as se!uintesM Co1 uvas se>as P:e>tolitrosQ
Co1 a!a#o "e uvas P:e>tolitroQ Total P:e>tolitroQ
-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ -779 -759
N$N9$999 6$2N9$999
2$-89$999 -$5N$999
2$829$999 N$258$999
A =ari>a#o "e vinBo arti=i>ial "eve ser in=inita1ente 1ais vasta$ (as apenas u1a parte "essa in"stria D realia"a aerta1ente$ )o i1pDrio ale1o3 a i1porta#o "e uvas se>as se elevou "e -2$55N$999 quilos e1 -776 a 82$7N6$999 e1 -75$ A parte leonina "esse au1ento "eve ser atriuF"a ? =ari>a#o "e vinBo$ Ao 1es1o te1po3 a i1porta#o "e uvas =res>as se elevou "e 8$-7-$999 quilos e1 -75 a -5$8-$999 e1 -75$ AlD1 "isso3 ensaia/se3 ta1D1 nesse "o1Fnio a >on>orr@n>ia "e alD1/1ar3 tanto "a c=ri>a PAr!Dlia3 TunFsia3 CaoQ >orno "os Esta"os Uni"os3 parti>ular1ente "a Cali=Hrnia3 "o CBile3 "o Uru!uai3 "a Repli>a Ar!entina3 "a Austrália$ )a Ar!Dlia3 e1 -773 -$699 Be>tares =ora1 planta"os >o1 vinBe"os^ e1 -7753 =ora1/no 56$62N Be>tares^ e1 -7583 --6$999 Be>tares$ )este lti1o ano o ren"i1ento "as vin"i1as =ora "e 8$799$999 Be>tolitros$ )os Esta"os Uni"os3 a pro"u#o "e vinBo as>en"eu e1 -775 a -$99$999 Be>tolitros^ na Repli>a Ar!entina teve a 1es1a i1portJn>ia^ no CBile =oi "e -$999$999 "e Be>tolitros$ AtD aqui tratan"o "e su>e"Jneos e "e pro"utos "e re=u!os3 se1pre nos li1ita1os3 se1 "vi"a3 ao aproveita1ento "e 1atDrias/pri1as "e 1e"Fo>re valor3 1as to"as oriun"as "a agricultura. (as a evolu#o in"ustrial >onse!ue 1es1o3 e1 1uitos "o1Fnios3 elaorar pro"utos 1anipula"os atD ento pela a!ri>ultura3 se1 nenBu1a >olaora#o "a parte "esta$ Os resulta"os 1ais >onBe>i"os3 a este respeito3 so os que a quF1i>a oteve >o1 a eplora#o "o al>atro$ Co1 este3 no apenas se =a u1a quanti"a"e e1 alta3 e >a"a "ia 1ais >onsi"erável3 "e sustJn>ias inteira1ente novas3 que eer>e13 parti>ular1ente na 1e"i>ina3 u1 papel "e pri1eira or"e13 >o1o ta1D1 se >onse!ue13 por pre#os 1ais aios3 1ateriais que a a!ri>ultura atD ento =orne>era$ A garan>a, por ee1plo3 =oi atD as alturas "e -79/ u1a planta "e !ran"e i1portJn>ia >o1er>ial para 1uitas re!iGes "a Europa3 tais >o1o a :olan"a3 e a 0ran#a3 e a Ale1anBa 1eri"ionais$ A "es>oerta "a alisarina3 =ari>a"a >o1 al>atro "o >arvo 1ineral3 =a#anBa realia"a por 'raee e Lieer1ann e1 -776 e eplora"a3 "e 1o"o >res>ente3 a partir "e -793 nas =ári>as "e anilinas3 1atou a >ultura "a !aran#a$ ,e u1 outro pro"uto "o al>atro "e BulBa3 a sacarina, "es>oerta e1 -75 e =ari>a"a e1 1assa a partir "e -7763 esperava/se no inF>io u1a a#o se1elBante quanto ? >ultura "e eterraas$ (as essa a#o no se veri=i>ou$ A sa>arina D >er>a "e 99 vees 1ais "o>e "o que o a#>ar >olonial$ SH po"e sustituir esse pro"uto3 porD13 >o1o ele1ento "e "ul>i=i>a#o3 no >o1o !@nero ali1entF>io$ Ain"a assi13 serve >o1o su>e"Jneo "o a#>ar nu1a sDrie "e apli>a#Ges3 e se opGe3 portanto3 ao "esenvolvi1ento "o seu >onsu1o$ &o"e ser =ari>a"o álcool >o1 o al>atro$ (as atD aqui o seu preparo3 a tFtulo "e eplora#o in"ustrial3 no te1 pare>i"o práti>o$ ,e i1portJn>ia 1aior / e 1ais "esa!ra"ável / para u1a parte "a a!ri>ultura so os pro!ressos "a eletrotcnica. Ela pare>e realiar o que a =or#a "o vapor no >onse!uira / isto D3 eli1inar quase que inteira1ente o ca2alo "a vi"a e>on1i>a$ A =or#a "o vapor sH po"e ser e1pre!a"a3 "e 1aneira vantaosa no a>iona1ento "e !ran"es 1assas e na realia#o "e traalBos que sH >o1porte1 >urtas interrup#Ges$ Ela sustituiu o >avalo nos transportes "e >ar!as a lon!as "istJn>ias$ (as ao passo que as estra"as "e =erro esti1ulava1 o au1ento "as !ran"es >i"a"es3 e >ontriuFa1 a1pla1ente para torná/lo possFvel3 >riava1 "iaria1ente para o servi#o lo>al u1a sDrie se1pre 1ais i1periosa "e ei!@n>ias que re>la1ava13 Bá pou>o te1po ain"a3 o e1pre!o "o >avalo$ )a a!ri>ultura a 1áquina a vapor era i!ual1ente in>apa "e sustituir esse qua"rpe"e3 por 1ais pre>iosa que =osse para outros "iversos traalBos$ A eletri>i"a"e3 >ua =or#a po"e ser =a>il1ente "istriuF"a e >on"ui"a a !ran"es "istJn>ias^ >ua a#o po"e3 a qualquer 1o1ento3 ser interro1pi"a e reestaele>i"a^ >uos 1otores o>upa1 espa#os eF!uos e so "e 1aneo =á>il / a eletri>i"a"e está e1 >on"i#Ges "e =aer as vees "e >avalo3 >o1o a>iona"or3 tanto "o "o1Fnio "os transportes quanto ao "a a!ri>ultura3 e á o te1 =eito e1 1uitos >asos$ Ao la"o "os tra1ays3 "as viaturas e nius elDtri>os3 ve1os o apare>i1ento3 ain"a3 "e auto1Hveis "e várias espD>ies$ A "i=uso "o velo>Fpe"e a>iona"o pelo Bo1e1 e=etua pro!ressos >ua rapi"e >onstitui u1a =onte ines!otável no apenas "e "iverti1ento para os esportistas e "e in"i!na#o 1oral para o =ilisteu3 >o1o ta1D1 "e !ran"es lu>ros para os =ari>antes e ne!o>iantes "e tais veF>ulos$
-6
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ O resulta"o "e tu"o isso D >laroM a pro>ura "e >avalos "eve =atal1ente aiar$ A >ria#o "esses ani1ais se tornará =atal1ente u1 1au ne!H>io$ )os Esta"os Uni"os3 on"e os tra1ays elDtri>os á sustituFra13 1uito 1ais "o que na Europa3 os tra1ays pua"os a >avalo3 esse =ato á se veri=i>ou$ U1 a!ri>ultor in!l@s3 que >onBe>e a A1Dri>a por eperi@n>ia prHpria3 es>reve a respeitoM I,e te1pos a esta parte se ouve1 1uitas queias relativas ao >o1er>io "e >avalos$ A pro"u#o "esses qua"rpe"es 1e pare>eu na A1Dri>a parti>ular1ente pou>o lu>rativa$ Os seus >ria"ores 1e "iia1 que no po"ia1 1uitas vees ven"er as suas tropas por =alta "e >o1pra"oresM a o=erta ultrapassava a pro>ura$ Tal =ato no 1e surpreen"e porque as pequenas >i"a"es3 na A1Dri>a3 e1pre!a13 no lu!ar "os tra1ays "e tra#o ani1al3 tra1ays elDtri>os ou o =uni>ular$ O Bo1e1 práti>o "os Esta"os Uni"os á Bá 1uito te1po veri=i>ou que a eletri>i"a"e >usta 1enos que o trato "os >avalos$ Surpreen"i/1e3 1es1o3 ao ver a eletri>i"a"e e1pre!a"a atD nas 1enores al"eiasI PKOE)%'3 ,ie La!e "er en!lis>Ben Lan"irts>Ba=t3 pá!$ N97Q$ Assi13 pois3 o n1ero "e >avalos "e>res>e na A1Dri>a "o )orte / apesar "o pro!resso "e sua a!ri>ultura3 "o au1ento "e sua popula#o3 "o "esenvolvi1ento "e suas >i"a"es$ E o pre#o "esses ani1ais aiou ain"a 1ais "o que o seu n1ero3 >o1o o in"i>a1 os al!aris1os se!uintesM
ano
>avalos
-752
-$N57$-N9
&re#os "os >avalos e1 US -$99$58$686
-758
-6$296$792
552$22$-7
-75N
-6$97-$-85
65$22N$55
-75
-6$758$8-7
6$89$79
-756
-$-2N$9
99$-N9$-76
-75
-N$86N$66
N2$6N5$856
O n1ero total "e >avalos "os Esta"os Uni"os epressa Boe3 pois3 u1 valor 1enor que a 1eta"e "o valor que epressa e1 -752$ Ao 1es1o te1po que "e>res>e a pro>ura "e >avalos nos Esta"os Uni"os3 a sua eporta#o au1enta$ Ela eraM
So1a !loal
E1 -756 P>avalos3 e1 >ae#asQ 8$226
&ara a %n!laterra
N6
-2$928
&ara a Ale1anBa
27
8$676
E1 -772 P>avalos3 e1 >ae#asQ 2$-26
Esses al!aris1os se en>ontra1 na estatFsti>a a1eri>ana o=i>ial J)ear3oo" o5 t/e 'nited States, Department o5 Agriculture, pá!s$ N3 79Q$ Os anais "e estatFsti>a "o i1pDrio !er1Jni>o "ie1 que e1 -7593 -5 >avalos3 e1 -7563 N$273 e1 -753 $5-7 =ora1 i1porta"os "os Esta"os Uni"os pela Ale1anBa$ A i1porta#o "a A1Dri>a ultrapassou "e 1uito3 nos lti1os "e anos3 a "a %n!laterra3 elevan"o/se "e -$99 >ae#as e1 -759 a 2$-5 e1 -75$ (as ao 1es1o te1po os pro!ressos tD>ni>os no "o1Fnio "os transportes "eve ter por e=eito3 na prHpria Europa3 antes "e 1ais na"a3 a li1ita#o "o au1ento "e n1eros "e >avalos3 e e1 se!ui"a a li1ita#o "esse 1es1o n1ero$ Esse =ato sH a=etará aos >ria"ores "e >avalos3 !ran"es a!ri>ultores e1 sua 1aioria$ (as a >ria#o "e >avalo D ta1D13 e1 1uitas re!iGes3 u1a =onte i1portante "e lu>ros para os >a1poneses 1D"ios ou aasta"os$ Ao >ontrário3 os pe$uenos agricultores no so "ireta1ente a1ea#a"os pela superpro"u#o "esses ani1ais$ Aqui3 ain"a3 os Bu1il"es leva1 vanta!ens sore os po"erosos / aqui3
-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ por 1otivos estranBos ? sua superiori"a"e tD>ni>a$ (as in"ireta1ente ta1D1 so atin!i"os pela li1ita#o "o n1ero "e >avalos3 porque esta te13 por >onseqW >onseqW@n>i @n>ia a ne> ne>essá essária3 ria3 u1a restri# restri#o o "a pro pro"u# "u#o o "e =orra!e =orra!ens$ ns$ elo>F elo>Fpe" pe"es3 es3 tra1ay tra1ayss elDtri>os3 auto1Hveis3 ara"os elDtri>os no >o1e1 aveia ou =eno$ (as a aveia3 atD Boe3 era3 entre to"os os >ereais i1portantes3 o que 1enos so=rera a >on>orr@n>ia "e alD1/1ar$ )a %n!laterra3 o n1ero "e a>res "e super=F>ie >ultiva"a eraM
-77/-772
-76/-72
-75
Co1 o tri!o
8$68$999
2$56$999
-$N-$999
Co1 a >eva"a
8$275$999
2$N69$999
2$-66$999
Co1 a aveia
2$N6$999
2$$999
8$256$999
E1 -756 veri=i>ou/se u1a pequena "i1inui#o na super=F>ie >onsa!ra"a ? >ultura "a aveia$ Esta sH =oi "e 8$95$999$ Trata/se "e u1a re!resso passa!eira3 ou será antes o >o1e#o "e u1a retra#o pro!ressiva na pro"u#o "esse >erealb o que ain"a no se po"e "ier$ E1 to"o >aso >e"o ou tar"e "evere1os presen>iar u1a tal re"u#o$ O que a >on>orr@n>ia ultra1arina poupa3 D a1ea#a"o pelo "esenvolvi1ento "a in"stria na>ional$ A trans=or1a#o trans=or1a#o "a pro"u#o pro"u#o a!rF>ola a!rF>ola e1 e1 pro"u#o pro"u#o in"ustrial in"ustrial sH está no no inF>io$ &ro=etas &ro=etas ousa"os3 ousa"os3 e1 parti>ular quF1i>os "e i1a!ina#o po"erosa3 á sonBa1 >o1 u1 te1po e1 que se =ará po >o1 pe"ras3 ou e1 que a totali"a"e "os !@neros ali1entF>ios se elaorará nas =ári>as espe>ialia"as$ )o po"e1os3 aqui3 levar e1 >onsi"era#o esta 1si>a "o =uturo$ (as u1a >oisa D >ertaM )u1 !ran"e n1ero "e "o1Fnios3 a pro"u#o a!rF>ola se trans=or1ou e1 pro"u#o in"ustrial$ E1 1uitas outras es=eras3 essa trans=or1a#o se aviinBa$ )enBu1a =or1a "e ativi"a"e a!rF>ola está inteira1ente isenta "essa 1eta1or=ose$ E >a"a pro!resso e1 tal senti"o "eve ne>essaria1ente ter por >onseqW@n>ia o a!rava1ento "o esta"o >rFti>o e1 que se en>ontra1 os a!ri>ultores3 o au1ento "e sua "epen"@n>ia e1 rela#o ? in"stria3 a "i1inui#o "a estaili"a"e "e sua eist@n>ia$ )o resulta "aF que3 "urante 1uito te1po ain"a3 possa1os =alar e1 ruFna "a a!ri>ultura$ (as o seu >aráter >onserva"or "esapare>eu para se1pre on"e quer que o 1o"o "e pro"u#o 1o"erna Baa to1a"o pD$ O ape!o ostina"o aos anti!os 1Dto"os >on"uirá =atal1ente o a!ri>ultor ? ruFna$ Ele pre>isa se!uir a evolu#o "a tD>ni>a3 pre>isa a"aptar >onstante1ente a sua eplora#o ?s novas >on"i#Ges$ A este respeito D lBe i1possFvel esta>ionar no terreno >onquista"o$ O a!ri>ultor ul!a ter ven>i"o u1 ini1i!o3 1as outro lBe apare>e )o >a1po3 "e resto3 to"a a vi"a e>on1i>a3 que se 1overa atD ento "a 1aneira to uni=or1e e ri!orosa3 se1pre na 1es1a rotina3 >aiu no 1es1o esta"o "e suverso perpDtua que >ara>teria o 1o"o "e pro"u#o >apitalista$ Esse >onstante re1oinBo arruFna to"os os que no possue1 u1a sorte etraor"inária3 u1 etraor"inário "eseo "e ven>er por to"os os 1eios3 u1 senso etraor"inário "os ne!H>ios ou re>ursos =inan>eiros etraor"inários$ E assi1 a suverso "a a!ri>ultura >onstitui3 para to"os3 o sinal "e u1a >a#a"a3 e1 que so i1pla>a i1pla>avel vel1en 1ente te per perse! se!ui" ui"os3 os3 atD que >ae >ae1 1 ea eausto ustoss / >o1 e>e#o e>e#o "e al!uns al!uns =eliar" =eliar"os3 os3 que >onse!ue1 er!uer/se sore a 1assa "os >orpos aati"os para in!ressar nas =ileiras "os que "o >a#a aos "e1ais / nas =ileiras "os !ran"es >apitalistas$ X% U( OL:AR &ARA O 0UTURO aQ As aQ As molas molas da e2olu>ão e2olu>ão A e>ono1ia e>ono1ia ur!ue ur!uesa3 sa3 nas suas pesquisas pesquisas sore a 1ar>Ba "a evolu#o evolu#o a!rF>ola3 a!rF>ola3 o>upa/se o>upa/se essen>ial1ente "a rela#o entre as !ran"es e as pequenas eplora#Ges / !ran"es e pequenas "o ponto "e vista "a super=F>ie$ E >o1o essa rela#o "e super=F>ie pou>o se 1o"i=i>a3 ela atriui ?
-7
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ a!ri>ultura3 por oposi#o ? in"stria3 u1 >aráter >onserva"or$ A >on>ep#o >on>ep#o so>ialista so>ialista popular popular v@3 ao >ontrário3 >ontrário3 o ele1ento ele1ento revolu>ionário revolu>ionário "a a!ri>ultura a!ri>ultura na a!iota!e13 no en"ivi"a1ento3 que to1a1 a proprie"a"e "o >a1pon@s e o epulsa1 "e sua terra$ Cre1os ter 1ostra"o >o1o D ineata a pri1eira >on>ep#o$ (as no quere1os "ar ? se!un"a u1a aquies>@n>ia irrestrita$ O en"ivi"a1ento "o >a1pon@s no D3 >o1o se sae3 u1 =en1eno parti>ular "o 1o"o "e pro"u#o >apitalista$ Ele D to velBo quanto a pro"u#o "e 1er>a"orias e á eer>e u1 !ran"e papel nos te1pos e1 que a BistHria "a 'rD>ia e "e Ro1a passa "a =ase len"ária para a "os =atos estaele>i"os "o>u1ental1ente$ O >apital usurário apenas po"e "es>ontentar e revoltar o >a1pon@s$ Ele no >onstitui a 1ola "e u1a evolu#o que "ese1oque nu1 1o"o "e pro"u#o 1ais eleva"o$ e a e>ono1ia >apitalista3 quan"o a luta entre a !ran"e e a pequena eplora#o se $a1pli=i>a e a posse "e 1ais "inBeiro possiilita as vanta!ens "a pro"u#o e1 es>ala 1ais vasta3 D que a usura se trans=or1a no >rD"ito$ Ento3 Ento3 ela au1enta >onsi"eravel1 >onsi"eravel1ente ente a =or#a "e a#o "o >apital e apressa o pro!resso e>on1i>o$ (as isto D 1ais ver"a"eiro para a in"stria "o que para a a!ri>ultura$ )esta3 o >rD"ito >onserva e1 !ran"e parte o >aráter "o perFo"o prD/>apitalista$ O en"ivi"a1ento "a proprie"a"e proprie"a"e territorial D3 ain"a3 Boe3 apenas e1 parte 1uito restrita "eter1ina"o pela >onveni@n>ia >onveni@n>ia "e epanso e "e 1elBora1ento "a e1presa$ )a parte 1ais >onsi"erável3 resulta "as ne>essi"a"es e 1u"an#as "e proprie"a"e / ven"a e trans1isso Bere"itária$ Co1o tal3 no so1ente "eia "e =avore>er a vita vitalili"a "a"e "e e>on e>on1 1i> i>a a "a a! a!ri ri>u >ult ltur ura3 a3 >o1o >o1o ta1 ta1D1 D1 a en entr trav ava3 a3 priv privan an"o "o/a /a "o "oss 1eio 1eioss "e "esenvolvi1ento$ )isto o en"ivi"a1ento "o >a1pon@s na"a apresenta "e revolu>ionário3 1as si1 "e >onserva"or$ Trata/se no "e u1a ponte entre a pro"u#o >a1ponesa e u1 1o"o "e pro"u#o 1ais eleva"o3 e si1 "e u1 re>urso para ossi=i>á/la na sua i1per=ei#o atual$ Se o en en"iv "ivi" i"a1 a1en ento to D no >a1p >a1po3 o3 rela relativ tiva1 a1en ente te ao modo odo de prod produ> u>ão ão,, u1 ele1ento 1ais >onserva"or "o que revolu>ionário3 o 1es1o se veri=i>a >o1 ele3 1uitas vees3 quanto ?s rela>?es rela>?es de propriedade. propriedade. Certa1e Certa1ente3 nte3 qua quan"o n"o apa apare> re>e e e1 "eter1i "eter1ina" na"os os lu!are lu!aress u1 1o"o 1o"o "e pro pro"u# "u#o o que >ontraria a proprie"a"e >a1ponesa o en"ivi"a1ento po"e servir para apressar a epropria#o "esta lti1a$ \ >erta1ente o que o>orre na anti!a Ro1a3 "es"e que a superaun"Jn>ia "e es>ravos3 prision prisioneiro eiross "e !ue !uerra rra33 entra entra a esti1ula esti1ularr o "es "esenv envolvi olvi1en 1ento to "as planta#Ges planta#Ges^^ D o que o>orre na %n!laterra3 ao te1po "a Re=or1a3 quan"o o surto "o >o1Dr>io "e lá sus>ita a epanso "as pasta!ens "e >arneiros$ (as o en"ivi"a1ento apenas =oi3 nesses >asos3 u1a "as ala2ancas "a epropria#o3 no a sua =or#a propulsora$ o que ta1D1 se "e1onstra3 por ee1plo3 >o1 o =ato "e ter Bavi"o na Ale1anBa Ale1anBa "o Sul3 na Dpo>a "a Re=or1a3 queias >ontra esse esta"o esta"o "e >oisas 1uito 1ais intensas "o que as veri=i>a"as na %n!laterra$ %sto3 porD13 no "eter1inou sH por si u1a epropria#o per>eptFvel "a >lasse "os pequenos a!ri>ultores$ Al!u1as terras >a1ponesas 1u"ara1 "e "ono3 1as elas 1es1as susistira1$ A usura "eter1inou aqui o es!ota1ento3 no u1a re"u#o "a >lasse "os pequenos proprietários$ A trans=or1a#o trans=or1a#o pro=un"a pro=un"a "as >on"i#Ges >on"i#Ges "a eplora#o eplora#o a!rF>ola3 a!rF>ola3 suseqWente suseqWente ? Revolu#o Revolu#o 0ran>esa e suas reper>ussGes3 >ontriuiu !ran"e1ente3 ta1D13 para =orne>er ao >apital usuário a oportuni"a"e "e alterar as >on"i#Ges "e proprie"a"e$ Esse >apital =avore>eu in"istinta1ente ? sua =ra!1en =ra!1enta# ta#o$ o$ O en" en"ivi ivi"a1 "a1ento ento "os >a1pon >a1ponese esess au"ou au"ou os !ra !ran"e n"ess pro proprie prietári tários os territor territoriai iaiss a arre"on"ar as suas áreas e >ontriuiu para o "esenvolvi1ento "as super=F>ies =lorestais$ &or outro la"o3 a ne>essi"a"e "e 1ora"as e "e par>elas "e >ultivo3 eperi1enta"a por parte "a popula#o rural >res>ente3 >on"uiu ao leilo "e terras3 ao retalBa1ento "as proprie"a"es en"ivi"a"as3 retalBa1ento que 1uitos usurários siste1?ti>a1ente levara1 a e=eito$ Os "ois pro>essos persiste1 ain"a3 1as "epois que3 e1 virtu"e "a >on>orr@n>ia ultra1arina3 a a!ri>ultura "eiou "e ser re1unera"ora3 "epois que a popula#o rural esta>ionou3 ou 1es1o se re"uiu3 a1os se a1orte>era1$ As ren"as =un"iárias e os pre#os "as terras á no soe1 1ais$ Se "eiar1os "e la"o as proprie"a"es "e situa#o parti>ular1ente vantaosa3 que se en>ontra13 por ee1plo3 no surio "as >i"a"es ou na viinBan#a "e =ári>as3 veri=i>are1os que o pre#o "as "e1ais >o1e#ou a aiar3 e a1ea#a aaiar ain"a 1ais$ orre3 tanto 1enos os >apitalistas usurários t@1 interesse e1 epropriar os >a1poneses en"ivi"a"os$ Co1 as ven"as e1 Basta pli>a eles te1e1 no apenas a per"a "e seus uros3 1as atD "e u1a parte "o seu >apital$ E1 lu!ar "e a>elerá/las3 pois pro>ura1 retar"á/las3 >on>e"en"o praos para as quita#Ges3 =aen"o 1es1o3 ?s vees3 novos a"ianta1entos "e =un"os / "o 1es1o 1o"o que na %n!laterra os lan"lor"s 1ais >pi"os e "uros se vira1 =or#a"os a >on>e"er "ila#Ges para o pa!a1ento "os arren"a1entos a eles "evi"os3 a aiar esses arren"a1entos para o =uturo3 a se en>arre!are1 "os 1elBora1entos ne>essários3 et>$ )o inquDri inquDrito to =eito =eito pela pela so>ie"a so>ie"a"e "e "e polFti>a polFti>a so>ial sore a situa# situa#o o "os >a1pon >a1ponese eses3 s3 por
-5
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ ee1plo3 o proprietário Zinkel1ann3 "a Zest=ália3 "e>laraM I,a"a a tena>i"a"e >o1 que o lavra"or "essa re!io se ape!a ao seu patri1nio3 1uilos usurários a>Ba1 1ais vantaoso =a@/lo traalBar para si e arran>ar/lBe3 >o1 e>e#o "o estrita1ente ne>essário ? sua eist@n>ia3 to"o o pro"uto "o seu laor3 "e pre=er@n>ia a se arris>are1 na via "as ven"as "uvi"osas e1 Basta pli>a$ E1 1uitas "as nossas pores onas 1ontanBosas3 "e resto3 á Bá =alta "e >o1pra"oresI P2 volu1e3 pá!$ --Q$ O en en"iv "ivi"a i"a1e 1ento nto "o "oss >a1p >a1pon ones eses es qu que e se ap apres resen enta ta e1 ess@n ess@n>ia >ia >o1o >o1o u1 o ostá stá>u >ulo lo ? trans=or1a#o pro=un"a "as >on"i#Ges "e pro"u#o "o 1eio rural3 ne1 se1pre si!ni=i>a u1a revolu#o nas >on"i#Ges "a proprie"a"e a!rF>ola$ So este Jn!ulo a >rise a!rária3 por enquanto3 ain"a "eslo>a para se!un"o plano os seus la"os revolu>ionários$ (as to"a 1u"an#a nova e i1portante nas >on"i#Ges "e pro"u#o en>ontrará3 para que as >on"i#Ges "e proprie"a"e a elas se a"apte13 u1a alavan>a no en"ivi"a1ento "o solo$ On"e pro>urar o =ator que "eter1inará esta trans=or1a#o no 1o"o "e pro"u#ob A resposta3 resposta3 "epois "epois "as >onsi"era#Ge >onsi"era#Gess pre>e"entes3 pre>e"entes3 no po"e ser "i=F>il$ A ind6stria >onstitui a 1ola no apenas "a sua prHpria evolu#o3 1as ain"a "a evolu#o a!rF>ola$ i1os que =oi a 1anu=atura urana que "isso>iou3 no >a1po3 a in"stria e a a!ri>ultura3 que =e "o rural u1 lavra"or puro3 u1 pro"utor "epen"ente "os >apri>Bos "o 1er>a"o3 que >riou a possiili"a"e "e sua proletaria#o$ eri=i>a1os ain"a que a a!ri>ultura "a era =eu"al >Be!ou a u1 e>o se1 saF"a3 "e que no po"eria sa=ar/se >o1 as prHprias =or#as$ 0oi a 1anu=atura urana que >riou as =or#as revolu>ionárias "estina"as a "erro>ar o =eu"alis1o e arir vias novas no apenas para a in"stria3 1as ta1D1 para a lavoura$ 0ora1 >ria"as3 assi13 as >on"i#Ges tD>ni>as e >ientF=i>as "a a!ri>ultura ra>ional e 1o"erna3 a qual sur!iu >o1 o e1pre!o "e 1áquinas e "eu/lBe3 pois3 a superiori"a"e "a !ran"e eplora#o >apitalista sore a pequena eplora#o >a1ponesa$ (as3 ao 1es1o te1po que se estaele>ia u1a "i=eren#a qualitativa entre a !ran"e e a pequena e1presa e1presa33 "essa "essa evo evolu# lu#o o resulta resultava va ain"a ain"a outra outra trans=or trans=or1a# 1a#o$ o$ Re=iro/1 Re=iro/1e e ?s par parti>u ti>ular lari"a i"a"es "es "as eplora#Ges que serve1 uni>a1ente ?s ne>essi"a"es "o lar e "as que pro"ue1 soretu"o3 ou ao 1enos na sua parte essen>ial3 essen>ial3 para o 1er>a"o$ 1er>a"o$ Estas >o1o aquelas se su1ete1 ? in"stria3 1as "e 1o"o "iverso$ As pri1eiras so >o1peli"as pela ne>essi"a"e "e arranar "inBeiro 1e"iante a ven"a "a =or#a "e traalBo3 so a =or1a "a ativi"a"e assalaria"a ou "a in"stria "o1Dsti>a$ %sto >olo>a os pequenos a!ri>ultores >a"a ve 1ais so a "epen"@n>ia "a in"stria e os aproi1a "a situa#o "e proletários uranos$ (as as eplora#Ges pro"utoras "e 1er>a"orias se v@e1 i!ual1ente >a"a ve 1ais =or#a"as a pro>urar3 na in"stria3 outras =ontes "e lu>ro$ >erto que ao pro!resso tD>ni>o D inerente a ten"@n>ia ? re"u#o "as "espesas "e pro"u#o3 1as essa ten"@n>ia3 na a!ri>ultura >apitalista3 se paralisa 1e"iante o o!o "e =or#as >ontrárias3 que lBe i1pGe1 en>ar!os >a"a ve 1ais pesa"osM au1ento "a ren"a territorial e3 por >onse!uinte3 aqui arren"a1entos3 a>olá o en"ivi"a1ento Bipote>ário^ "esenvolvi1ento "este ulti1o3 ou =ra!1enta#o "o solo3 e1 virtu"e "o "ireito "e Beran#a^ su>#o >res>e >res>ente nte "o >a1p >a1po o po porr pa parte rte "a >i"a" >i"a"e3 e3 e1 >ons >onseq eqW@ W@n>i n>ia a "o 1ilit 1ilitar aris1 is1o3 o3 "o "oss i1po i1posto stos3 s3 "o a3sente1sm a3sente1smo o et>$^ "espoa1ento "a terra3 sensiili"a"e 1aior "as plantas >ultiva"as e "os ani1ais "o1Dsti>os^ en=i13 asor#o !ra"ual "a >lasse operaria rural por parte "a in"stria / tais so os =atores que3 >onu!a"os3 apesar "os pro!ressos "a tD>ni>a3 eleva1$ >a"a ve 1ais as "espesas "e pro"u#o na a!ri>ultura$ Essa situa#o leva lo!o a u1 au1ento !eral e >onstante "o pre#o "os !@neros "e pri1eira ne>essi"a"e3 1as ta1D1 a u1 a!rava1ento "o anta!onis1o entre a >i"a"e e o >a1po3 entre a !ran"e proprie"a"e territorial e a 1assa "os >onsu1i"ores$ (as a prHpria evolu#o in"ustrial que >riou tais >on"i#Ges "a a!ri>ultura >ontinua a trans=or1á/la pelo "esenvolvi1ento "esenvolvi1ento "as rela#Ges rela#Ges interna>ionais3 interna>ionais3 e sus>ita a >on>orr@n>ia >on>orr@n>ia "os pro"u pro"utos tos ultra1arinos$ ultra1arinos$ )os lu!ares e1 que a proprie"a"e territorial se apresente astante =orte3 os >o1peti"ores se aate1 sore os seus o1ros >o1 to"o o peso3 >o1o a>onte>eu na %n!laterra$ &re>isa1ente >o1 isto3 porD13 se atenua o anta!onis1o entre ela e a 1assa "os >onsu1i"ores$ On"e a proprie"a"e territorial >onta >o1 o po"erio "o Esta"o3 ela tenta3 atravDs "e u1 en>are>i1ento arti=i>ial "os !@neros ali1entF>ios3 re>on"uir os pre#os ao anti!o nFvel "as "espesas "e pro"u#o$ Esta tentativa3 no atual esta"o "as rela#Ges e "a >on>orr@n>ia interna>ionais3 a1ais te1 @ito e a1ais po"erá ven>er seno "e 1o"o in>o1pleto$ ,ela resulta apenas u1 a!rava1ento ain"a 1aior "o anta!onis1o3 á to a>entua"o3 entre a !ran"e proprie"a"e territorial e a 1assa "os >onsu1i"ores3 e1 parti>ular "o proletaria"o$ (as3 unta1ente >o1 a proprie"a"e territorial3 a a!ri>ultura so=re "e i!ual 1o"o3 natural1ente on"e o lavra"or sea ta1D1 "ono "o solo$ Ela eperi1enta os 1Dto"os "e pro"u#o 1ais "iversos para a"aptar$se ?s novas >on"i#Ges3 retorna aqui ? anti!a eplora#o etensiva "as pasta!ens3 a>olá envere"a pela eplora#o 1ais intensiva "as Bortas e po1ares3 1as por to"a parte en>ontra3 por 3=i13
-79
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ >o1o re>urso ra>ional3 a alian#a "a in"stria e "a a!ri>ultura$ Assi13 pois3 o 1o"o "e pro"u#o 1o"erno >Be!a$ / so "uas =or1as "e >erto3 a "o traalBo in"ustrial assalaria"o "o pequeno >a1pon@s e a "a in"stria a!rF>ola "o !ran"e lavra"or / ao =i1 "o pro>esso "ialDti>o3 ao seu ponto "e parti"aM a supressão do di27rcio entre a ind6stria e a agricultura. (as se na eplora#o >a1ponesa pri1itiva a a!ri>ultura era3 "o ponto "e vista e>on1i>o3 o ele1ento "e>isivo e "iri!ente3 esta rela#o a!ora se suverte$ A !ran"e in"stria >apitalista passa a!ora a "o1inar$ A a!ri>ultura "eve oe"e>er ?s suas or"ens3 a"aptar/se ?s suas ei!@n>ias$ A "ire#o "a evolu#o in"ustrial serve "e re!ra ? evolu#o a!rF>ola$ A pri1eira se orienta para o so>ialis1ob A se!un"a "eve i!ual1ente orientar/se para ele$ (as nas re!iGes que per1ane>e1 pura1ente a!rF>olas3 re!iGes que3 e1 virtu"e "e sua >on=i!ura#o !eo!rá=i>a ou "o >aráter "e seus Baitantes3 so ina>essFveis e se i1per1eailia1 ? a#o "a in"stria3 a popula#o 1Fn!ua "o ponto "e vista "o n1ero3 "a =or#a3 "a inteli!@n>ia3 "o e1$estar3 ao 1es1o te1po que o solo se e1pore>e e a lavoura "e>lina$ A a!ri>ultura pura "eia3 na so>ie"a"e >apitalista3 "e >onstituir u1 ele1ento "e >on=orto$ Ao 1es1o te1po "esapare>e para a >lasse "os >a1poneses a possiili"a"e "e re=aer a sua anti!a prosperi"a"e$ ,o 1es1o 1o"o que a popula#o a!rF>ola3 "a era =eu"al3 esses ele1entos >Be!ara1 a u1 e>o se1 sal"a$ ,ele no po"e1 sa=ar/se >o1 as suas prHprias =or#as3 e nele será pre>iso que3 "esta ve ain"a3 a popula#o revolu>ionária "as >i"a"es os lierte e lBes =ranqueie a estra"a "o seu "esenvolvi1ento ulterior$ $ Ao passo que o 1o"o "e pro"u#o >apitalista visivel1ente a!rava as "i=i>ul"a"es "e =or1a#o "e u1a >lasse revolu>ionária no >a1po3 =avore>e/a3 >ontu"o3 nas >i"a"es$ Con>entran"o nestas as 1assas operárias3 >ria as >on"i#Ges propF>ias ? sua or!ania#o3 ? sua evolu#o 1ental3 ? sua luta "e >lasse$ ,espovoa3 porD13 a ona rural3 "ispersa os seus operários e1 vastas super=F>ies3 isola/os3 sutrai/lBes os 1eios "e "esenvolvi1ento e "e resist@n>ia ? eplora#o$ Con>entran"o os >apitais na >i"a"e3 e1 1os se1pre 1enos nu1erosas3 leva/nos3 assi13 literal1ente ? epropria#o "os epropria"ores$ )a a!ri>ultura3 apenas par>ial1ente pro1ove a >on>entra#o "as e1presas$ &or outro la"o3 a>arreta o seu par>ela1ento$ )o seu pro!resso3 o 1o"o "e pro"u#o >apitalista3 e1 >a"a paFs3 >e"o ou tar"e realia a trans=or1a#o "a in"stria nu1a in"stria "e eporta#o3 que no se satis=a >o1 o 1er>a"o interno3 que traalBa para o >onunto "o 1er>a"o interna>ional$ )a 1es1a 1e"i"a3 a a!ri>ultura pura torna u1a =or1a "e pro"u#o que á no po"e >ontinuar senBora "o 1er>a"o na>ional e >ua i1portJn>ia3 >o1para"a ? pro"u#o interna>ional3 e1pali"e>e >a"a ve 1ais$ Assi13 pois3 quanto 1ais as =or1as >apitalistas "e proprie"a"e e "e apropria#o e os interesses >apitalistas se >ontrapGe1 ?s ne>essi"a"es "a lavoura3 quanto 1ais esta D onera"a "e en>ar!os e reaia"a 1es1o3 quanto 1ais a "estrui#o "aquelas =or1as3 o es1a!a1ento "aqueles interesses se lBe apresenta1 >o1o ei!@n>ia i1periosa3 tanto 1enos a a!ri>ultura se >olo>a e1 >on"i#Ges "e revelar e1 si 1es1a as =or#as e os !er1es "e or!ania#o in"ispensáveis para este =i1 e tanto 1ais se v@ na "epen"@n>ia "e u1 i1pulso que lBe venBa "a parte "os ele1entos revolu>ionários "a in"stria$ E esse i1pulso no =altará$ O proletaria"o in"ustrial no po"e liertar/se se1 liertar ao 1es1o te1po a popula#o a!rF>ola$ A so>ie"a"e Bu1ana D u1 or!anis1o3 or!anis1o "i=erente "o ani1al ou "a planta3 1as e1 to"o >aso u1 or!anis1o3 e no u1 si1ples a!re!a"o "e in"ivF"uos$ Co1o or!anis1o "eve =un>ionar "e 1aneira unitária$ )o passa "e u1 asur"o a >ren#a "e que3 nu1a so>ie"a"e3 u1a parte possa "esenvolver/se nu1a "ire#o e a outra parte3 i!ual1ente i1portante3 e1 "ire#o oposta$ &elo >ontrário3 ela sH po"e pro!re"ir nu1 6nico senti"o$ (as no D ne>essário que >a"a parte "o or!anis1o tire "e si 1es1a a =or#a 1otri in"ispensável para a sua evolu#o$ +asta que u1a por#o "esse or!anis1o elaore os ele1entos re>la1a"os pela >oletivi"a"e$ Se a evolu#o "a !ran"e in"stria vai no senti"o "o so>ialis1o3 e se ela3 na so>ie"a"e atual >onstitui a in=lu@n>ia "o1inante3 ela arrastará para essa trans=or1a#o3 a"aptan"o/as ?s suas =inali"a"es3 i!ual1ente as es=eras in>apaes "e propor>ionar a si 1es1as as >on"i#Ges preli1inares "o a"vento revolu>ionário$ Z preciso que ela o =a#a3 no seu prHprio interesse3 >o1o no interesse "a uni"a"e3 "a Bar1onia "a so>ie"a"e$ )in!uD1 po"eria =aer para a so>ie"a"e 1o"erna u1 pro!nHsti>o 1ais in=eli "o que esses e>ono1istas ur!ueses que pro>la1a13 nu1 to1 vitoriosoM o traeto "a in"stria po"e levar ao so>ialis1o3 1as o traeto "a a!ri>ultura leva ao indi2idualismo. Se isso =osse ver"a"e3 se a a!ri>ultura se 1ostrasse to =orte na sua averso ao so>ialis1o / se1 ener!ia3 >ontu"o3 para i1por o
-7-
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ indi2idualismo ? in"stria tal esta"o "e >oisas no traria a salva#o3 1as a ruFna "a so>ie"a"e3 a guerra ci2il permanente. 0eli1ente para a Bu1ani"a"e3 esta lti1a Jn>ora "a eplora#o no en>ontra =un"o e1 que possa =iar/se$ Q Os ele1entos "a a!ri>ultura so>ialista &arti1os "o prin>Fpio "e que a evolu#o "a in"stria 1o"erna >on"u ne>essaria1ente ao so>ialis1o$ &ara prová/lo3 seria pre>iso u1 livro inteiro$ Esta prova aliás á =oi =eita nas oras =un"a1entais "o so>ialis1o >ientF=i>o3 soretu"o e1 O Capital. Aqui apenas pro>urare1os assinalar3 "o 1o"o 1ais >on>reto possFvel3 que a >onquista "o po"er polFti>o pelo proletaria"o e a so>ialia#o "a in"stria3 "aF "e>orrente3 "evero ori!atoria1ente atuar sore a a!ri>ultura$ ,ie1os inten>ional1ente so>ialia#o3 e no estatia#o "a in"stria$ ,eie1os "e la"o a questo "e saer se u1a so>ie"a"e so>ialista po"erá ser u1 Esta"o$ )o ini>io3 ela o será >o1 >ertea$ O po"erio "o Esta"o "everá ser pre>isa1ente a alavan>a 1ais po"erosa "a revolu#o so>ial$ (as esta revolu#o a ri!or3 no si!ni=i>a asoluta1ente a estatiza>ão, 1as apenas a socializa>ão "o >onunto "a pro"u#o e "os 1eios "e pro"u#o$ Estes passaro "e proprie"a"e priva"a a proprie"a"e so>ial$ Trata/ se3 porD13 "e u1a >oisa "epen"ente "e sua i1portJn>ia so>ial o saer1os a que so>ie"a"e sero atriuF"os$ Os 1eios "e pro"u#o que aten"e1 a ne>essi"a"es lo>ais3 >o1o por ee1plo as pa"arias3 as e1presas "e ilu1ina#o3 os tra1ays3 entraro antes na es=era "a proprie"a"e >o1unal "o que na "a proprie"a"e estatal$ &or outro la"o3 u1a sDrie "e 1eios "e pro"u#o P"e que =ae1 natural1ente parte as vias "e >o1uni>a#GesQ3 possuin"o u1a i1portJn>ia interna>ional3 po"ero natural1ente tornar/se proprie"a"e "e to"os os povos3 >o1o o Canal "e Sue ou o Canal "o &ana1á$ Os 1eios "e pro"u#o essen>iais entra1 >erta1ente no "o1Fnio "a proprie"a"e "o Esta"o$ O Esta"o 1o"erno po"erá3 "e resto =orne>er os qua"ros "a so>ie"a"e =utura3 assi1 >o1o as >on"i#Ges 1e"iante as quais as eplora#Ges >o1unais ou as >ooperativas se trans=or1aro e1 Hr!os "a pro"u#o so>ialista3 E1ora a so>ialia#o sH se esten"a lo!o ? !ran"e in"stria >apitalista3 D >laro que3 >o1 isso3 e1ora no toque asoluta1ente na sua proprie"a"e territorial3 trans=or1a e1 operários so>iais os lavra"ores que3 in>apaes "e viver "a a!ri>ultura apenas3 se v@e1 >o1peli"os a outros !anBos$ (e"iante a so>ialia#o "as 1inas e "as olarias3 por ee1plo3 >entenas "e 1ilBares "e pequenos proprietários3 que aF traalBa1 para >orir o de5icit "e sua eplora#o a!rF>ola3 trans=or1a1/se3 "e operários assalaria"os "e e1presas >apitalistas3 e1 operários "a so>ie"a"e$ &or outro la"o3 se1 nenBu1a epropria#o3 e1 virtu"e "a si1ples so>ialia#o "as =ári>as "e a#>ar3 os >a1poneses >ultiva"ores "e eterraas passa1 "e traalBa"ores par>elários J(/eilar3eiterN "e u1a e1presa >apitalista a traalBa"ores par>elários "e u1a e1presa so>ial$ O 1es1o se veri=i>ará >o1 os pro"utores "e leite3 e1 virtu"e "a nova situa#o "as =ári>as "e 1antei!a e "e queio3 as quais ten"e1 a a"quirir3 >a"a ve 1ais3 u1 >aráter niti"a1ente >apitalista3 et>$ (as a so>ialia#o "as !ran"es eplora#Ges in"ustriais "everá3 >erta1ente3 unin"o/se nu1a ni>a 1o3 trans=or1ar ta1D1 e1 traalBa"ores par>elários "a pro"u#o so>ial esses a!ri>ultores que Boe3 so o re!i1e "a livre >on>orr@n>ia3 se apresenta1 no 1er>a"o >o1o pro"utores in"epen"entes$ Se to"as as =ári>as "e >ervea se unire1 nu1a ni>a 1o3 os pro"utores "e lpulo e "e >eva"a se en>ontraro3 >o1 isso apenas3 e1 rela#o a eles$ na 1es1a situa#o "os >ultiva"ores "e eterraas e1 rela#o ?s =ári>as "e a#>ar$ As rela#Ges "os pro"utores "e >ereais e "os 1oinBos so>iais3 "as vini>ulturas e "as a"e!as so>iais3 et>$3 "evero revestir/se "o 1es1o >aráter$ [á Boe D !ran"e a "epen"@n>ia "a pro"u#o rural e1 rela#o ?s !ran"es eplora#Ges "essa espD>ie$ A sua trans=or1a#o "e proprie"a"e >apitalista e1 proprie"a"e so>ial "everá3 pois3 >onstituir para o a!ri>ultor3 prin>ipal1ente para o pequeno3 u1a lierta#o3 assi1 >o1o a so>ialia#o "as 1inas3 et>$3 >onstitui u1a lierta#o para o >ultiva"or que se assalaria nessas e1presas$ Ao 1es1o te1po que a a!ri>ultura se in"ustrialia >a"a ve 1ais3 a ren"a territorial a"quire u1a eist@n>ia in"epen"ente e1 rela#o ao lu>ro "o >apital$ ia in"epen"ente e1 rela#o3 ? a!ri>ultura3 "e u1 la"o so a =or1a "o arren"a1ento3 "e outro la"o so a =or1a "o en"ivi"a1ento Bipote>ário$ U1 re!i1e proletário "everá ne>essaria1ente i1pli>ar na so>ialia#o "a proprie"a"e territorial so as suas "uas =or1as3 na so>ialia#o "o solo arren"a"o e "as Bipote>as$ árias se en>ontra1 e1 pou>as 1os3 tanto 1ais esse pro>esso será3 >o1o a so>ialia#o "as in"strias a!rF>olas3 >onsi"era"o pelos lavra"ores u1a lierta#o$
-72
A questão Agrária
Karl Kautsky ___________________________________________ _ 0inal1ente3 o re!i1e proletário "everá i1pli>ar3 ta1D13 na so>ialia#o "as !ran"es e1presas a!rF>olas que repousa1 sore a eplora#o "e operários assalaria"os$ eato que a !ran"e e1presa no pro!ri"e na a!ri>ultura "e i!ual 1aneira que na in"stria$ (as seria ra"i>al1ente =also esperar1os u1a sustitui#o "a !ran"e eplora#o pela eplora#o >a1ponesa$ 'ran"e eplora#o e pequena eplora#o se >on"i>iona1 re>ipro>a1ente na a!ri>ultura >apitalista$ Se1 "vi"a3 a !ran"e e1presa3 no >a1po3 so=re3 1ais "o que a pequena3 e1 virtu"e "a e1i!ra#o "e operários para a >i"a"e$ (as a =a1Flia >a1ponesa >o1e#a3 ela ta1D13 a "issolver/se pela 1es1a >ausa e no "ispGe "os 1eios para re1e"iar3 "e =or1a atenua"a ao 1enos3 >o1 1aior e1pre!o "e 1áquinas3 a >ar@n>ia "e ra#os$ E e1ora a >rise a!rária eproprie 1ais os !ran"es proprietários territoriais =artos "e "inBeiro "o que os >a1poneses3 a a>u1ula#o se1pre 1ais rápi"a "o >apital pro"u 1uitos e1presários que sae1 tirar parti"o "a unio "as eplora#Ges a!rF>ola e in"ustrial3 %sto3 natural1ente3 sH lBes D possFvel "entro "os qua"ros "a !ran"e e1presa3 no "a e1presa >a1ponesa$ &or >onse!uinte3 por pou>o que "eva1os >ontar >o1 u1a asor#o rápi"a "as pequenas proprie"a"es por parte "as !ran"es3 na a!ri>ultura3 tere1os ain"a raGes 1enores para esperar o pro>esso oposto$ A estatFsti>a sH nos 1ostra3 >o1 e=eito3 1o"i=i>a#Ges Fn=i1as na rela#o "as "iversas >ate!orias "e !ran"eas3 1o"i=i>a#Ges que se epli>a1 =reqWente1ente por 1u"an#as nos 1o"os "e eplora#o / e no por u1a re!resso e>on1i>a$ Se na Ale1anBa a parte "a super=F>ie >ultiva"a perten>ente ?s e1presas >o1preen"en"o 1ais "e 9 Be>tares >aiu3 no perFo"o "e -772 a -753 "e 88399g a 8236g3 isto D3 "e pou>o 1enos "e 1eio por >ento3 na 0ran#a a parte "a super=F>ie >ultiva"a perten>ente ?s e1presas que o>upa1 1ais "e N9 Be>tares au1entou3 no perFo"o "e -772 e -7523 "e NN356g a N36g3 isto D3 "e 1eio por >ento$ So "i=eren#as insi!ni=i>antes$ (as aqui >o1o lá a !ran"e proprie"a"e o>upa u1a parte >onsi"erável "o solo3 Aqui quase u1 ter#o3 lá quase a 1eta"e$ Essas eplora#Ges "iia1 respeito3 na 0ran#a3 e1 -7723 apenas a -N2$999 proprietários Pnu1 total "e $62$999 a!ri>ultores3 por >onse!uinte3 23- gQ^ e1 -7523 apenas a -85$999 proprietários Pnu1 total "e $98$9993 por >onse!uinte3 23N2 gQ^ na Ale1anBa3 e1 -7723 apenas a 66$6-N proprietários Pnu1 total "e $26$8NN a!ri>ultores3 por >onse!uinte3 -329gQ3 e e1 -7583 apenas a 6$-7 Pnu1 total "e $7$8-3 por >onse!uinte3 -32-gQ$ ial quan"o a per1an@n>ia "o siste1a "o salariato tornar/se i1possFvel3 D o que no po"e "eiar lu!ar a "vi"as$ (as ento3 isso astará para que a so>ie"a"e venBa a "ispor "e 1ais "e u1 ter#o3 "e u1a =ra#o que irá quase ? 1eta"e "o solo >ultiva"o$ A !ran"e super=F>ie inerente ? !ran"e eplora#o a!rF>ola3 >uo >aráter >apitalista se "esenvolve >a"a ve 1ais3 a i1portJn>ia >res>ente dos arren"a1entos e "as Bipote>as3 a in"ustrialia#o "a a!ri>ultura / tais so os ele1entos que prepara1 o terreno para a so>ialia#o "a pro"u#o rural3 a qual "everá resultar "a "o1ina#o "o proletaria"o tanto quanto a in"ustrialia#o "a a!ri>ultura / tais so os ele1entos que prepara1 >a"a ve 1ais3 para =or1ar u1a uni"a"e 1ais alta3 Si1ultanea1ente a esses ele1entos so>iais e u1a a!ri>ultura so>ialista3 "esenvolve1/se ta1D1 os seus ele1entos tD>ni>os$ [á vi1os que a >i@n>ia e a tD>ni>a >onte1porJnea se apossa1 "a a!ri>ultura e a trans=or1a13 que a !ran"e eplora#o a!rF>ola 1o"erna atin!e o seu ponto >ul1inante no lati=n"io >apitalista3 "o qual =ie1os u1a eposi#o 1inu>iosa Pno >apitulo %%Q$ (as "a 1es1a 1aneira que no lti1o sD>ulo3 a tD>ni>a per=eita "a a!ri>ultura in!lesa sH po"ia ven>er e1 al!uns "o1Fnios e>luF"os "a presso "estrutiva "a proprie"a"e =eu"al3 assi1 ta1D1 a tD>ni>a 1o"erna sH po"e pro!re"ir e1 terras "eter1ina"as$ 0alta ain"a u1a revolu#o que a !eneralie3 e "estrua3 no >a1inBo evolutivo3 os ostá>ulos que as=iia1 a a!ri>ultura3 "epois "e >urtos perFo"os "e epanso$ A vitHria "o proletaria"o si!ni=i>aria a supresso "o 1ilitaris1o e "a >entralia#o "os !ran"es =o>os uranos$ A so>ialia#o "os !ran"es "o1Fnios liertá/%os/á "os en>ar!os "o "ireito "e Beran#a e "o asenteFs1o$ (as a sustitui#o "a es>ravi"o "o salário pelo traalBo "e >oopera"ores livres "ará ta1D13 ?s !ran"es e1presas rurais3 esse ele1ento "e prosperi"a"e que l/es D o 1ais i1portante e >ua aus@n>ia lBes e1ara#a o "esenvolvi1entoM tra3al/adores 3astante numerosos, inteligentes, 3em dispostos e ati2os. A e1i!ra#o para as >i"a"es se interro1pe assi1 que o traalBa"or en>ontra no >a1po u1 servi#o satis=atHrio e quan"o aF otD1 o 1es1o e1/estar3 as 1es1as >on"i#Ges "e >ivilia#o que o e1pre!o urano lBe propor>iona$ %nterro1pe/se ? 1e"i"a que a in"stria >a"a ve 1ais se une ? a!ri>ultura3 e ? 1e"i"a que a pro"u#o "e 1er>a"orias e o >o1Dr>io3 ten"en"o ? >entralia#o "os !ran"es >entros uranos3 so sustituF"os pela pro"u#o "a so>ie"a"e e para a so>ie"a"e$ %sto possiilita u1a "istriui#o uni=or1e "os estaele>i1entos in"ustriais pelo >onunto "o territHrio3 pon"o/ se u1 para"eiro ? a!lo1era#o 1ortF=era "a popula#o nas !ran"es 1etrHpoles$ A alian#a "a in"stria
-78