Português 11º ano Os Maias, de Eça de Queirós Nome ________________ ___________________________ ____________________ _________ Nº ___ Turma Turma ___ Data _____ _____
Os Maias, de Eça de Queirós Categorias da Narrativa I. Acção
1. Níveis de Acção Os Maias E$isódios da vida ro&'ntica -
Pedro e Maria Monforte (intriga secundria!
"ar#os e Maria Eduarda (intriga $rinci$a#!
"rónica de costu&es
%ois níveis de acção
. Estrutura de nove#a) de ro&ance
Capítulo I ao início do capítulo IV:
Nove Nove#a #a A acção acção desen desenvo vo#v #vee-se se nor&a#&ente, e& rit&o r$ido e a narrativa tende $ara u& desen#ace =nico. O te&$o #inear e o recurso a e#i$ses $er&ite o avanço na acção. O es$aço $ouco va#ori3ado.
Capítu Capí tulo lo IV ao iníc início io do capí capítu tulo lo XVIII:
4o&ance O rit&o #ento e e>iste& acç2es secundrias. O te&$o $ode avançar #enta&ente e não seguir a crono# crono#ogi ogiaa dos aconte aconteci& ci&ent entos. os. O es$aço es$aço va#ori va#ori3ad 3ado, o, a$rese a$resenta ntando ndo descriç2es $or&enori3adas.
*. Estrutura trgica +e&a +e&a O nces ncesto to (te& (te&aa da +rag +ragd dia ia e& Rei Édipo, Édipo, de /ófoc#es! atinge, co& o seu i&$acto destruidor, seres dotados de condição su$erior e acariciados $e#a fe#icidade, i&$edindo u&a so#ução $acífica do conf#ito. At&osfera trgica %estino 0 força &otora ue co&anda os eventos. Pressgios 0 aconteci&entos ou afir&aç2es ue fa3e& $rever u&a fata#idade. Acção trgica %esafio, Peri$cia, 4econ5eci&ento e "atstofre. II. Personagens
1. de intr intrig igaa - caracteri3ação, re#evo e re$resentatividade de Pedro, Maria Monforte, Maria Eduarda, Afonso e "ar#os, na o6ra.
Carlos: ($rota ($rotagon gonist ista! a! Percur Percurso so de u& vencid vencido7 o7 traços traços de carct carcter7 er7 as$ecto as$ecto físico7 físico7
re#a re#aç2 ç2es es afec afecti tiva vass (av8 (av8,, a&ig a&igos os,, &u#5 &u#5er eres es!7 !7 $ro9 $ro9ec ecto toss $rofi $rofissi ssion onai ais7 s7 inser inserçã ção o na sociedade7 fracasso $rofissiona# e con9uga#.
:; o#5os dos Maias;< 0 indício, $ressgio de destino, de fata#idade.
"ar#os teve tudo $ara vencer e foi vencido. "ar#os não fraue9ou $or causa da educação, &as apesar da educação rece6ida. Aca6a $or tornar-se u& di#etante, u& dand?, e dei>ar-se guiar $or i&$u#sos. . de a&6iente @oão da Ega, %'&aso /a#cede, +o&s de A#encar, Eus6io /i#veira,; A&igo ínti&o de "ar#os, os seus traços caracteri3adores &ant&-se, desde a 9uventude at B idade adu#ta. III. Espaço
. Espaço social 0 universo 5u&ano, figuração de u& conte>to 5istórico e cu#tura#
deter&inado - @antar no Cote# "entra#, "orridas no Ci$ódro&o, @antar nos Douvarin5o, @orna# :A +arde<, /arau na +rindade.
A crónica de costu!es
Ao su6titu#ar o ro&ance de E$isódios da ida 4o&'ntica, Eça a$ontou, desde #ogo, u& o69ectivo de a#cance estrutura# e socia# a inter#igação da acção $rinci$a# co& u&a sucessão de aconteci&entos de '&6ito socia# ue $ro$orciona& a radiografia da sociedade #is6oeta e, $or e>tensão, de Portuga# da segunda &etade do scu#o FF. Passe&os, então, revista aos e$isódios $rinci$ais. @antar no Cote# "entra# ("a$ítu#o ! O69ectivos - 5o&enagear o 6anueiro @aco6 "o5en7 - $ro$orcionar a "ar#os u& $ri&eiro contacto co& o &eio socia# #is6oeta7 - a$resentar a visão crítica de a#guns $ro6#e&as7 - $ro$orcionar a "ar#os a visão de Maria Eduarda. ntervenientes - @oão da Ega, $ro&otor da 5o&enage& e re$resentante do 4ea#is&o)Natura#is&o7 - "o5en, o 5o&enageado, re$resentante das Ginanças7 - +o&s de A#encar, o $oeta u#tra-ro&'ntico7 - %'&aso /a#cede, o novo-rico, re$resentante dos vícios do novo-riuis&o 6urgus7 - "ar#os da Maia, o &dico e o o6servador crítico7 - "raft, o 6rit'nico, re$resentante da cu#tura artística e 6rit'nica. +e&as discutidos A #iteratura e a crítica #iterria, as finanças, a 5istória e a $o#ítica. "onc#us2es a retirar das discuss2es - A fa#ta de $ersona#idade - A#encar &uda de o$inião uando "o5en o $retende7 - Ega de o$inião uando "o5en uer7 - %'&aso, cu9a divisa :/ou forte<, a$onta o ca&in5o fci# de fuga. A incoerncia - A#encar e Ega c5ega& a vias de facto e, &o&entos de$ois, a6raça&-se co&o se nada tivesse acontecido. A fa#ta de cu#tura e de civis&o do&ina as c#asse &ais destacadas, sa#vo "ar#os e "raft.
As corridas de cava#os ("a$ítu#o F! O69ectivos - novo contacto de "ar#os co& a a#ta sociedade #is6oeta, inc#uindo o $ró$rio 4ei7 - visão $anor'&ica dessa sociedade, so6 o o#5ar crítico de "ar#os7 - tentativa frustrada de igua#ar His6oa Bs ca$itais euro$eias, so6retudo Paris7 - cos&o$o#itis&o ($ostiço! da sociedade7 - $ossi6i#idade de "ar#os encontrar aue#a figura fe&inina ue viu no Cote# "entra# (Maria Eduarda!. isão caricatura# - o 5i$ódro&o $arecia u& $a#anue u& arraia#7 - as $essoas não sa6ia& ocu$ar os seus #ugares7 - as sen5oras tra3ia& :vestia& vestidos srios de &issa<7 - o 6ufete tin5a u& as$ecto no9ento7 - a 1I corrida ter&inou nu&a cena de $ancadaria7 - as *I e JI corridas ter&inara& grotesca&ente. "onc#us2es - Gracasso tota# dos o69ectivos das corridas7 - radiografia $erfeita do atraso da sociedade #is6oeta7 - o verni3 da civi#i3ação esta#ou co&$#eta&ente7 - a sorte de "ar#os, gan5ando todas as a$ostas, indício de futura desgraça. . Espaço "ísico
E>terior His6oa 0 es$aço físico $referencia# /anta O#via 0 educação de "ar#os "oi&6ra 0 9uventude de "ar#os /intra 0 es$aço $oeti3ado Paris e Hondres
nterior "asas 4a&a#5ete 0 sí&6o#o da ueda e g#ória dos Maias, es$e#5o do estado de es$írito da fa&í#ia.
#. Espaço psicológico
- $ro6#e&tica do te&$o su69ectivo e $onto de vista do narrador7 - vivncia ínti&a de deter&inadas $ersonagens7 - reve#a-se, so6retudo, co& Carlos, $ois o narrador $enetra no ínti&o do $rotagonista seus son5os, i&aginação, &e&órias e e&oção. E>. Quando "ar#os v Maria Eduarda $e#a $ri&eira ve3, todo o a&6iente entra e& 5ar&onia co& os seus senti&entos7 tudo se torna 5ar&onioso, doce e #eve. Quando "ar#os não encontra Maria Eduarda e& /intra :/intra, de re$ente, $areceu-#5e into#erave#&ente deserta e triste.< ("a$ítu#o ! IV. $e!po
Eça fa3-nos sentir ue as $ersonagens vão natura#&ente enve#5ecendo, inde$endente&ente da acção. O te&$o - desgasta A#encar7 engorda "ar#os7 enca#vece @oão da Ega7 torna o +aveira grisa#5o7 fa3 o "raft :ave#5ado< e doente do fígado7 &anifesta-se no Konifcio, o gato dos Maias, ue aca6a co&o Reverendo Bonifácio. 1. +e&$o da Cistória e +e&$o do %iscurso O +e&$o da Cistória ne& se&$re corres$onde ao +e&$o do %iscurso ana#e$ses, e#i$ses e &udanças de rit&o te&$ora#. . +e&$o $sico#ógico - +e&$o sentido interior&ente $e#as $ersonagens &odo de sentir o $assado.
E>. ("ar#os! :L curioso /ó vivi dois anos nesta casa, e ne#a ue &e $arece estar &etida a &in5a vida inteira< ("a$ítu#o F! *. +e&$o Cistórico - #arga fai>a do scu#o FF (11 a 1! V. Narrador
- Ceterodiegtico - Goca#i3ação O&nisciente nterna 0 ado$ta o $onto ($redo&inante&ente "ar#os!
de
vista
de
u&a
$ersonage&
VI. Ele!entos si!%ólicos
- Esttua de nus "itereia - "ascata (c5ora ou ri confor&e a fe#icidade)infe#icidade - nterior da casa 0 sí&6o#os de &orte 1. 4a&a#5ete
. A +oca
No&e Quarto de Maria de Eduarda
*. "ores - a&are#o 0 #ugares de consu&ação de a&or 0 "ar#os e Maria Eduarda - ver&e#5o 0 &u#5eres ad=#teras, $ortadoras de $ai>ão e destruição - so&6rin5a escar#ate - $ressgio de &orte - negro 0 vu de Maria Eduarda na sua $ri&eira e =#ti&a a$arição J. As f#ores 0 desfo#5a& ou &urc5a& nas 9arras 0 es$aço $sico#ógico . O cofre . O $asseio de "ar#os e Ega no ca$ítu#o F - esttua de "a&2es - "5iado - A avenida ue ve& su6stituir o Passeio P=6#ico VII. &inguage! e estilo
O Ad9ectivo
ue ani&i3a :casarão de $aredes severas< ad9ectivação du$#a :os seus dois o#5os redondos e agoirentos< ad9ectivação tri$#a)R - :#ongos, es$essos, ro&'nticos 6igodes grisa#5os< co& va#or adver6ia# - :deu u&a vo#ta curiosa e #enta $e#a sa#a.<
Adver6iação du$#a Adver6iação tri$#a O Advr6io
Adver6iação co& efeito de su$er#ativação -
:"ruges res$irava #arga&ente, vo#u$tuosa&ente;< :a&6os insensive#&ente, irresistive#&ente, fata#&ente, &arc5ando u& $ara o outro.< :/er verdadeira&ente ditoso.<
O di&inutivo
O ver6o
0 usado nor&a#&ente co& intenç2es de ironia e caricatura. :;$ernin5as f#cidas7 e a &a&ã (;! versin5os (;! &ão3in5as;<
derivado de cor uso &etafórico ani&i3ação do ver6o uti#i3ação do ger=ndio criação de neo#ogis&os -
:; esttua de &r&ore (;! enegrecendo;< :; os dois o#5os do ve#5o (;! caíra& so6re e#e;< :; o a#to re$u>o cantava.< :Ega andava-se for&ando e& direito.< :$o#iticando<7 :gouvarin5ar<7 :cerve9ar<
Giguras de esti#o ronia Metfora A#iteração Ci$#age /inestesia
:O Eus6io3in5o foi então $reciosa&ente co#ocado ao #ado da titi;< :Kar6a de neve aguda e #onga;< :Passos #entos, $esados, $isava& surda&ente o ta$ete.< :Passou os dedos #entos $e#a testa< :; e trans$arentes novos de u& escar#ate;<
Outros recursos - estrangeiris&os, caricatura, contraste, neo#ogis&o %iscurso indirecto #ivre VIII ' (igni"icado oculto de )s *aias
Os Maias 0 e>$ressão do tdio da decadncia naciona# - ca$ítu#o F 0 revista B ca$ita# e aos seus 5a6itantes %i#ogo fina# - visita de "ar#os e Ega a His6oa, de3 anos a$ós a &orte de Afonso e a se$aração de "ar#os e Maria Eduarda. - E$í#ogo ideo#ógico desi#udidas, Bs duas $ersonagens resta a$enas a o$ção do fata#is&o, ue a descrença das suas $ró$rias $ossi6i#idades :fa#5&os a vida<7 :não va#e a $ena<. Ga&í#ia e "asa 0 4esu&o de a#gu&as dcadas da 5istória e todas as virtudes e defeitos de u&a sociedade re$resentativa. nte&$ora#idade e Sniversa#idade da o6ra Os Maias 0 Mostra, co& rea#is&o &orda3, u&a co&unidade ue $erdeu a conscincia da sua $ró$ria dignidade, restando-#5e a$enas &orrer ou continuar a rir-se de si &es&a. Ko& tra6a#5o,