ASSAF NETO, Alexandre. MERCADO MERCADO FINANCEIRO. 7ª ed. São Paulo: Atlas, !!".
Ativos Financeiros O objetivo deste capítulo é o desenvolvimento de avaliações dos principais produtos financeiros (ativos e passivos) disponíveis no mercado financeiro. 8.l Certificado/Recibo Certificado/Re cibo de Depósito Dep ósito Bancári Bancário o (CDB (CDB/RD /RDB) B)
Os CDBs DBs e RDBs DBs consti nstitu tuem ems see em títu título loss de rend rendaa fi!a fi!a emit emitid idoos pelos los Banc Bancoos Comerciais"#$ltiplos e Bancos de %nvestimentos destinados a lastrear operações de financiamento de capital capital de &iro. ' principal principal direrença entre o CDB e o RDB é a possibilidade do certificado de depsito depsito bancr bancrio io ser transferi transferido do a outros outros investidores investidores por endo endosso sso nominativo. nominativo. O RDB é um título intransferível. *sses títulos pa&am atualmente juros prefi!ados+ prefi !ados+ sendo os os rendimentos rendimentos brutos brutos ta!ados ta!ados pelo %R em ,- por ocasi/o do res&ate. 8.1.1 8.1 .1 Ee!p Ee!plo lo
0m banco anuncia pa&ar ,,+1 ao ano para aplicaç/o em CDB de sua emiss/o. 2 projetada uma inflaç/o inflaç/o de 3+, ao ano e o mercado mercado vem trabal4an trabal4ando+ do+ como referencial da ta!a pura de juros (ta!a de juro livre livre de risco) risco)++ os os 1 1 ao ao ano ano pa& pa&os os pela pela cade caderne rneta ta de pou poupa pança nça.. Defi Definir nir++ para para o perí período odo de um ano ano55 a. ta!a efetiva bruta e lí6uida do %R7 b. ta!a real de juros7 juros7 c. ta!a de risco embutida na remuneraç/o do CDB. CDB. 8oluç/o5 a. Remuneraç/o bruta (i b) i b 9 ,,+1 a.a. Remuneraç/o lí6uida (i ) ;ara uma alí6uota de %R de ,-+ a remuneraç/o e6uivale a <- da ta!a anual+ ou seja5 i: 9 i b (l %R) i: 9 ,,+1 (l -+,-) i : 9 =<+-< :
b. >a!a >a!a real de de juros juros (r) r 9 ( = ? i: " l ? %@A) = r 9 =-+= a. a. c. >a!a de risco l ? r Risco 9 = l ? R A onde R f é a ta!a livre de risco (ta!a pura de juro). Risco 9 +E, a.a. ' estrutura das ta!as de juros embutidas na remuneraç/o anual de um CDB"RDB pode ser ilustrada da forma se&uinte5
8." Certificado de Depósito #nterfinanceiro (CD#)
Os CD%s s/o títulos 6ue lastreiam as operações do mercado interfinanceiro. *st/o isentos de impostos (%R e %OA) e os juros s/o definidos pela denominada ta!a over + &eralmente e!pressa como linear mensal e capitaliFada pelos dias $teis previstos na operaç/o. 8.".$ Ee!plo % taa efetiva e taa over 0ma ta!a over est definida em ,+1= a.m. 'dmitindo a e!istGncia de ,, dias $teis no período+
calcular a ta!a efetiva da operaç/o. 8oluç/o5 *A* 9 Hl ? (OVER"--Idu l Over 9 ,+1="- 9 -+-<3 ao dia *A* 9 Hl ? -+---<3I ,, l 9 =+E a.m. 8."." Ee!plo % opera&'o interbancária
0ma operaç/o interbancria é efetuada por trGs dias. 8endo as ta!as over mensais definidas em cada dia de5 ,+=3+ ,+, e ,+-+ determinar a ta!a efetiva no período e a ta!a over média da operaç/o. 8oluc/o5 Over1 9 ,+=3"- 9 -+-3, ao dia Over1 9 ,+,"- 9 -+-3J ao dia Over1 9 ,+-"- 9 -+-313 ao dia aa Efetiva (*A*) 9 H(l ? -+---3,) ! (l ? -+---3J) ! (l ? -+---313)I l
(*A*) 9 -+,, no período aa *dia 9 ((l? -+--,,))=" = aa *dia 9 -+-3JJ ao dia 8.".$ Ee!plo % CDB co! taa over
0m CDB est pa&ando no mercado a ta!a bruta de ,-+1 ao ano. ' alí6uota de %R é de ,-+ incidente sobre os rendimentos totais por ocasi/o do res&ate. ;edese transformar a ta!a de remuneraç/o lí6uida do CDB em ta!a over mensal+ admitindo a e!istGncia de , dias $teis no período. 8oluç/o5 aa Br+ta (i b) 9 ,-+1 a.a. aa ,-+ida (i:) 9 ,-+1 ! (l -+,-) 9 =1+J< a.a.
i: 9 (= ? -+=1J<)="=, = 9 =+,< a.m. Over 9 H(( l ? *A*)="du =) =I ! -
Over 9 H(=+-=,<) =", =)I ! - 9 l+ 11 a.m. 8.". aa over efetiva
's ta!as apuradas no 8*:%C s/o definidas como over anual efetiva. O Banco Central fi!a ,, dias $teis no ano. Ee!plo % aa Over An+ali0ada
' ta!a 8*:%C apurada no mGs de outubro"- anualiFada atin&iu =E+,. ;edese calcular5 a. >a!a por dia $til b. >a!a efetiva mensal+ admitindo a e!istGncia de ,- dias $teis no mGs. 8oluç/o5 a. >a!a por dia $til i 9 (=+=E,)=",, l 9 -+-1EE a.du (ao dia $til) b. >a!a efetiva mensal i 9 (=+=E,),-",, l 9 =+J-3 a.m.o (ao mGs over ) Ee!plo % aa Over An+ali0ada
' ta!a 8*:%C efetiva mensal referente a dois meses+ e seus respectivos dias $teis+ s/o apresentados a se&uir5 #Gs l #Gs ,
>a!a *fetiva =+J3 =+<-
Dias Kteis ,= ,-
;edese determinar a ta!a efetiva anual (base de ,, dias $teis) da 8*:%C para cada mGs 8oluç/o5 (=+-=J3),,",= l 9 =E+,= a.a.o (ao ano over ) (=+-=<-),,",- l 9 =<+< a.a.o 8.$ Hot Money
8/o caracteristicamente operações de curtíssimo praFo (um dia)+ visando atender Ls necessidades imediatas de cai!a das empresas. O hot money tem como referencial a ta!a CD%+ acrescida de um spread cobrado pela instituiç/o intermediadora. ' operaç/o incorre também em %OA calculado sobre a repactuaç/o diria da ta!a de juro. 8.$.1 Ee!plo
'dmita uma operaç/o hot money contratada por trGs dias $teis no valor de M ,.--.---+--. 's ta!as over nominais mensais estabelecidas para cada dia s/o+ respectivamente+ de =+E-+ ,+,- e ,+=1. 8/o computados , dias $teis no período da operaç/o. O banco intermedirio cobra um spread de -+-E ao dia+ incidindo também %OA de -+--J= ao dia+ descontado antecipadamente. O %OA é pa&o diariamente e os juros e o spread s/o acumulados ao montante da dívida e li6uidados ao final da operaç/o (N dia). Determinar os valores envolvidos na operaç/o e o custo efetivo. 8oluç/o5 =N dia5 *mpréstimo %OA5 ,.--.---+-- ! -+--J=
M ,.--.---+-=-,+-
E!pr*sti!o liberado
2 ".33.834567
uros ? 8pread5 ,.--.---+ -- ! H (-+-=E"-) ? -+---EI aldo devedor
.<+-
2 ".67$.4$7587
,N dia5 8aldo devedor anterior %OA5 ,.-.3-+<- ! -+--J=
,.-.3-+<=-,+3-
Renova&'o do e!pr*sti!o
2 ".67$.9"8517
uros ? 8pread5 ,.-.3-+<-! H (-+-,,"-) ? -+---EI
J.-
aldo devedor
2 ".674.414567
N dia5 8aldo devedor anterior %OA5 ,.-3.3=3+- ! -+--J=
M ,.-3.3=3+=-,+<-
Renova&'o do e!pr*sti!o
2 ".674.91547
uros ? 8pread5 ,.-3.3=3+- ! H(-+-,=1"-) ? -+---EI aldo devedor
J.-1,+-
2".611.9445"7
O flu!o de cai!a+ sob o ponto de vista do tomador do empréstimo+ apresentase da forma se&uinte5
' ta!a efetiva (custo da operaç/o) por dia $til é a ta!a interna de retorno do flu!o de cai!a do empréstimo+ ou seja5 M ,.JEE.
's operações bancrias de desconto costumam usar o conceito de desconto simples por fora+ no 6ual o juro incide sobre o montante da dívida+ e n/o sobre o principal solicitado de empréstimo. Dessa forma+ é apurada uma ta!a implícita na operaç/o superior L ta!a de desconto considerada. 's operações de desconto costumam cobrar+ além do juro antecipado+ imposto sobre operações financeiras (%OA) e uma ta!a de abertura de crédito (>'C) com o intuito de cobrir despesas operacionais dos bancos. 8..1 Ee!plo
0m título de M 3-.---+-- é descontado junt5 í um banco J1 dias antes de seu vencimento. ' ta!a de desconto cobrada é de ,+3 a.m.+ sendo de -+--J= ao dia o %OA incidente sobre a operaç/o. O banco cobra ainda uma ta!a de abertura de crédito (>'C) de =+ sobre o valor nominal do título no ato da liberaç/o dos recursos. Calcular os diversos valores do desconto e o custo efetivo mensal do empréstimo.
8oluç/o5 Qalor nominal da duplicata M 3-.---+-Desconto5 3-.---+-- ! (-+-,3"-) ! J1 dias ,.'C5 3-.---+-- ! -+-= =.--+-:alor l-+ido liberado
2 96.3"7577
Custo efetivo mensal da operaç/o5 3-.---+-- 9 1.E,-+-- (= ? i) J1"(= ? i)=+ 9 =+-1=
de serviços Ls pe6uenas e médias empresas+ como &est/o de cai!a e esto6ues+ controle de contas a pa&ar e a receber+ ne&ociações com fornecedores etc. Como conse6uGncia desses serviços prestados+ a empresa de factoring ad6uire os direitos creditrios resultantes das vendas mercantis a praFo realiFadas por empresas clientes. O factoring e6uivale+ dessa forma+ a uma operaç/o de prestaç/o de serviços e de compra de direitos mercantis. ' empresa de factoring n/o é classificada como uma instituiç/o financeira+ sendo vedada a realiFaç/o de operações de concess/o de crédito. O factoring consiste em ad6uirir (e n/o descontar) os títulos de crédito provenientes da atividade empresarial de forma definitiva+ assumindo todo o risco inerente ao crédito concedido pela empresa vendedora. 0ma empresa de factoring n/o capta recursos junto aos poupadores de mercado+ respondendo os empresrios inte&ralmente pelos resultados (lucros ou preiuíFos) de seus ne&cios. O lucro de uma empresa de factoring é formado pela diferença entre o valor nominal dos créditos mercantis ad6uiridos e o preço pa&o pela compra desses títulos. *!istem diversas modalidades de factoring praticadas no Brasil. O factoring tradicional envolve a a6uisiç/o a vista de direitos creditrios provenientes de vendas a praFo realiFadas por uma empresa cliente. ' empresa vendedora de bens e serviços faF a cess/o pro soluto a uma empresa de factoring de seus ativos realiFveis (títulos a receber) sacados contra empresas compradoras+ repassando todo o risco do crédito e recebendo um determinado valor pela operaç/o. casos+ ainda+ em 6ue a empresa de factoring passa a controlar os flu!os de cai!a da empresa cliente+ e!ercendo efetivamente a &est/o financeira de curto praFo. Com isso+ permite maior disponibilidade de tempo dos scios para a &est/o das atividades essenciais de produç/o+ distribuiç/o e comercialiFaç/o. ' operaç/o de factoring também é praticada pela intermediaç/o na compra de mteriasprimas para empresasclientes. ;or meio da ne&ociaç/o direta com os fornecedores+ o factoring pode conse&uir mel4ores condições de compra+ colaborando com os resultados operacionais da empresa cliente. 0ma outra modalidade de factoring envolve um adiantamento de recursos por conta de vendas ainda n/o realiFadas+ obri&ando a empresacliente a res&atar a operaç/o junto L casa de factoring em data futura+ ou seja+ 6uando da efetiva comercialiFaç/o de seus produtos (ou serviços) e conse6uente emiss/o dos títulos de créditos. @a operaç/o de factoring + s/o identificados trGs a&entes 6ue operam de forma disciplinada por um contrato5 a. empresa de factoring ou factor 7 b. empresacliente ou cedente dos direitos creditrios7 c. empresa compradora dos bens e serviços+ também con4ecida como sacada ou devedora+ cuja participaç/o na operaç/o de factoring se d de maneira involuntria.
O valor de a6uisiç/o dos títulos de crédito é apurado mediante a aplicaç/o de um fator+ o 6ual inclui todos os custos incorridos pela empresa de factoring 5 despesas operacionais+ impostos+ custo de oportunidade do capital investido e mar&em de lucro esperada. 8.6.1 Ee!plo
'dmita 6ue uma empresa de factoring esteja operando da forma se&uinte5 S S S S S S S
Custo de oportunidade do capital (ta!a efetiva)5 ,+= a.m. %mpostos (;%8+ C;#A etc.)5 =+= Despesas fi!as5 -.1 Despesas bancrias5 -+ #ar&em de lucro5 =+J Qalor nominal (valor de face) dos títulos5 M =,-.---+-;raFo de vencimento5 - dias
' partir dessas informações+ s/o efetuados os se&uintes clculos para se obter o valor do fator a ser aplicado sobre o valor dos títulos em ne&ociaç/o5 > C+sto de oport+nidade
>ambém denominado de ta!a de fundeamento. *6uivale L remuneraç/o mínima e!i&ida na aplicaç/o do capital. *fetiva (i) 9 ,+= >ransformaç/o em ta!a de desconto (d)5 d 9 i " (= ? i) 9 -+-,= " =+-,= 9 ,+-1 > Fator
Custo de oportunidade Despesas fi!as Despesas bancrias #ar&em de lucro desejada
,+-1 -+1 -+ =+J
Fator (antes dos i!postos)
5$9<
>
#!postos
Os impostos s/o incorporados na ta!a do fator da forma Tpor dentroT+ sendo seu clculo processado pelo critério Tpor foraT+ ou seja5 Aator ? impostos 9 J+1 " (= P -+-==) 9 J+1 " -+E
?re&o de co!pra dos t-t+los
8e o fator for aplicado pelo critério Tpor foraT+ o preço de compra dos direitos creditrios atin&e5 Qalor nominal ( ) Aator (J+J=) Qalor de compra
M =,-.---+-.,E,+-M ==J.3-<+--
' ta!a efetiva da operaç/o atin&e5
*A*(i) 9 (M =,-.---+-- " M ==J.3-<+--) P = 9 J+1 a. m. 8e aplicado o critério de juros Tpor dentroT+ a ta!a efetiva para um mGs s/o os prprios J+J=. ;orém+ o preço de compra elevase para M ==J.E=+,+ ou seja5 ;reço de compra 9 M =,-.---+-- " =+-JJ= 9 M ==J.E=+, 8.9 Commercial papers Commercial papers s/o títulos de crédito emitidos visando L captaç/o p$blica de recursos para o
capital de &iro das empresas. O título é ne&ociado no mercado+ constituindose em importante mecanismo de financiamento para as compan4ias de capital aberto alternativamente ao sistema bancrio. Costuma ter como vanta&ens+ em relaç/o Ls operações convencionais de empréstimos+ o bai!o custo financeiro e a maior a&ilidade em tomar recursos no mercado+ e!plicados pela eliminaç/o da intermediaç/o bancria. 0ma empresa+ ao necessitar de recursos de curto praFo+ pode colocar títulos de sua emiss/o junto a investidores no mercado. *mpresas 6ue estejam ne&ociando empréstimos maiores e de mais lon&o praFo podem usar a captaç/o mais &il do commercial paper como um créditoponte. 'lém dos juros pa&os+ a empresa emitente dos títulos incorre também em despesas de emiss/o+ tais como re&istro na CQ#+ publicações etc. *stes títulos s/o ne&ociados sem &arantia real+ podendo oferecer &arantia de fiança bancria. Commercial papers s/o ne&ociados no mercado por um valor descontado (des&io)+ sendo recomprados pela empresa emitente pelo seu valor de face (valor nominal). @a ne&ociaç/o do título com des&io sobre seu valor nominal+ fica implícita uma ta!a efetiva de juros 6ue o título pa&a aos investidores. ' colocaç/o de commercial papers junto a investidores de mercado pode ser efetuada também por meio de dealers. *sses a&entes ad6uirem os títulos das sociedades emitentes e os revendem ao p$blico em &eral+ auferindo uma mar&em de lucro (comiss/o). 'pesar de n/o apresentarem um mercado secundrio forte+ os commercial papers costumam apresentar boa li6uideF+ devido principalmente L possibilidade de recompra pela prpria empresa emitente ou pelos dealers. 8.9.1 Ee!plos
=. 'dmita uma empresa 6ue ten4a decidido captar M E mil4ões por meio da emiss/o e colocaç/o de commercial papers por E- dias. ' empresa oferece aos investidores uma ta!a de desconto de ,+J no trimestre+ além de incorrer em despesas de emiss/o+ lançamento+ re&istro etc.+ em percentual e6uivalente a -+ do valor de captaç/o. 'purar o valor de ne&ociaç/o do título (valor descontado)+ valor lí6uido recebido pela empresa e o custo efetivo da operaç/o. 8oluç/o5 S Qalor de emiss/o5 Desconto5 ,+J ! M E.---.---+--
M E.---.---+--
:alor descontado
M 8.48.777577
S Despesas de lançamento5 -+ ! M E.---.---+--
,=1.---+-J.---+--
:alor l-+ido recebido pela e!presa M 8.4$3.777577 C+sto efetivo da opera&'o
O custo efetivo mensal é calculado5 M E.--- 9 M <.3E (l ? i)
(l ? i) 9 =+-,E<3 H(l ? i)I =" 9 i 9 -+E<1 ao mGs+ 6ue e6uivale a =,+JE ao ano de ta!a efetiva ,. 0ma empresa ne&ocia um commecial paper para =,- dias por M E.J--+--. O valor nominal desse título é de M =-.---. Determinar a ta!a de rentabilidade do aplicador. 8oluç/o5 M =-.---+-- M E.J--+-Rentabilidade (i) ; UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
M E.J--+-9 1+< ao 6uadrimestre Rentabilidade (i) 9 (l ? -+-1<) ="J
9 =+1 ao mGs 8.4 Recol@i!entos co!p+lsórios
O recol4imento compulsrio é determinado pelo Banco Central do Brasil e incide+ atualmente+ sobre os depsitos a vista+ depsitos a praFo (poupança)+ fundos de investimento e recursos em trVnsito. *ssa prtica monetria repercute diretamente sobre o custo do crédito na economia+ inibindo sua e!pans/o. O recol4imento compulsrio sobre os depsitos a praFo e6uivale a uma porcenta&em das captações efetuadas pelas instituições financeiras por meio de CDB"RDB e letras de cVmbio. 0ma parte desse recol4imento é processada por meio de títulos p$blicos+ e outra parte em espécie+ sem 6ual6uer remuneraç/o. ;eriodicamente+ é efetuada uma avaliaç/o do montante das e!i&ibilidades das instituições financeiras+ 6ue servir de base de clculo do recol4imento compulsrio+ ocorrendo depsitos complementares ou sa6ues em funç/o das variações verificadas de um período para outro. O recol4imento compulsrio sobre o Aundo de %nvestimento Ainanceiro (A%A) é calculado pela aplicaç/o de um percentual sobre o valor total captado (patrimWnio do fundo). 8e o depsito no Banco Central for sem remuneraç/o+ 4 uma reduç/o na rentabilidade auferida pelo fundo e6uivalente ao percentual do recol4imento. ;ara um compulsrio+ por e!emplo+ de sobre o patrimWnio de um fundo de investimento 6ue rende uma ta!a e6uivalente ao CD%+ o desempen4o m!imo 6ue poderia obter seria de E da ta!a do mercado interfinanceiro. Os depsitos a vista nos bancos comerciais e m$ltiplos tGm aplicações compulsrias bastante rí&idas+ restando poucos recursos para aplicações livres. 'tualmente+ as aplicações obedecem L se&uinte composiç/o5 S =3 s/o obri&atoriamente aplicados em crédito rural+ de acordo com as resoluções e!pedidas pelo Banco Central7 S < s/o encai!es obri&atrios a serem mantidos em reservas bancrias (cai!a dos bancos) ou depositados no Banco Central. *sses percentuais s/o calculados sobre o total dos depsitos deduFido de certo montante definido pelo Bacen. ;elos procedimentos atuais+ a deduç/o para se c4e&ar ao valor base de clculo do compulsrio é de RM , mil4ões. Recursos em trVnsito s/o todos os valores recebidos pelos bancos e n/o repassados imediatamente aos respectivos credores+ como cobrança de duplicatas+ recol4imentos de tarifas p$blicas e impostos. 8obre esses transitrios devem também as instituições financeiras repassar um percentual ao Banco Central+ &eralmente em espécie e sem auferir 6ual6uer remuneraç/o. 'l&umas operações s/o atualmente isentas do recol4imento compulsrio+ como o mercado interfinanceiro+ cessões de créditos de e!portaç/o+ entre outras.
8.4." C+sto de capta&'o do banco co! co!p+lsório
;ara ilustrar o clculo do custo dos depsitos a praFo de uma instituiç/o bancria+ admita 6ue o Banco Central e!ija um recol4imento compulsrio e6uivalente a ,- do valor captado. 0ma parcela desse depsito (=3) é efetuada em títulos p$blicos+ e os restantes em espécie+ sem 6ual6uer remuneraç/o. 'lém desses custos+ deve a instituiç/o financeira+ ainda+ recol4er o e6uivalente a -+-, mensalmente para o Aundo de Xarantia de Crédito (AXC) criado por resoluç/o do Banco Central+ e 6ue tem por finalidade &arantir o investidor nas aplicações em títulos de renda fi!a (CDB+ RDB e :C)+ em caso de insolvGncia da instituiç/o financeira emitente. 8e a instituiç/o levantou depsito a praFo no mercado pa&ando a ta!a de =+< ao mGs+ e estando a 8elic em =+1 ao mGs+ o custo total da captaç/o para cada M =--+-- é estruturado da se&uinte forma5 a. Custo da Captaç/o (remuneraç/odo investidor) b. Rendimento do Compulsrio5 =+1 ! (=3 ! M =--+--) c. Custo do Aundo de Xarantia de Crédito (AXC)
(M =+<-) M -+,<- (M -+-,)
C+sto de Capta&'o
2 1566
6ue e6uivale a um custo mensal de5 M l+JJ " M =--+-- M ,-+-- 9 =+E. O AXC est definido no clculo em -+-, a.m. sobre o saldo da captaç/o. 8abendo 6ue a instituiç/o mantém somente <- da captaç/o em seu cai!a (,- s/o recol4idos ao Banco Central)+ o custo efetivo da operaç/o atin&e5 Resolvendose pela formulaç/o da matemtica financeira5 (M =-=+<- ? M -+-,) M ,-+,<- 9 (M =--+-- M ,-+--) ! (l ? i) M <=+JJ 9 M <-+-- ! (l ? i) i ; 153$< a.!. 8.8 C+sto da capta&'o bancária
'o avaliar uma captaç/o+ o banco deve considerar as alternativas de aplicações dos recursos e as ta!as de juros de mercado. 'dmita 6ue um banco ten4a uma oportunidade de colocaç/o de M --.---+-de CDB no mercado pelo praFo de J= dias. ' ta!a efetiva dessa captaç/o est estimada em ,=+J a.a. S Determinar o custo de captaç/o do banco e o valor de res&ate do CDB :alor de resate
AQ 9 M --.---+-- ! (l+,=J) J="19 M ==.=1+ C+sto !ensal
i 9 H( M ==.=1+ M--.---+--) " M --.---+--I P = 9 ,+, para J= dias e6uivalente a5 (=+-,,) -"J= l 9 =+1 a.m. S 'dmita 6ue o Banco Central e!ija um encai!e compulsrio correspondente a = do valor captado. *sse encai!e n/o tem remuneraç/o+ e deve ser recol4ido no momento da captaç/o dos recursos. Calcular o custo efetivo mensal do banco incluindo os encar&os provenientes deste recol4imento. 8endo irc o custo de captaç/o do banco com recol4imento compulsrio+ temse5
8e o banco emprestar < da captaç/o L ta!a de ,+1 a.a.+ ele cobre inte&ralmente o custo do din4eiro acrescido do compulsrio. ' esse percentual deve a instituiç/o acrescentar um spread (mar&em de lucro) para emprestar o din4eiro. S ' instituiç/o tomadora de recursos pode encontrar dificuldades para repassar os fundos da colocaç/o dos CDBs. @essa situaç/o+ tem a alternativa de utiliFar o mercado interfinanceiro para obter um retorno aos recursos tomados no mercado. Determinar a ta!a de juro 6ue o banco deve emprestar aos recursos captados no interfinanceiro+ e!pressa por uma ta!a over mensal+ de maneira 6ue as receitas financeiras apuradas cubram as despesas de captaç/o. 'dmita 6ue no período da operaç/o (J= dias) s/o previstos ,< dias $teis. >a!a over e6uivalente mensal do custo de captaç/o5 Over 9 H(=?-+-,,) =",< =I ! - 9 ,+1 a.m. >a!a over e6uivalente mensal do custo de captaç/o com compulsrio5 Over 9 H(=?-+-,1,) =",< lI ! - 9 ,+33 a.m. S 'dmitindo 6ue a instituiç/o bancria deseje &an4ar spread de ,J a.a. (ta!a efetiva) na operaç/o+ apurar a 6ue ta!a efetiva mensal deve emprestar os recursos captados >a!a efetiva (i) 9 H(= ? -+-=E,) ! (l ? -+,J) ="=,I l 9 +31 a.m. 8.3 Warrants O warrant constituise numa opç/o de compra+ dentro de um praFo preestabelecido+ de certa
6uantia de ações a determinado preço+ definida por preço de e!ercício. O praFo da opç/o de compra é firmado nolançamento do título+ e os investidores de warrants n/o recebem dividendos ou assumem direito de voto em assembléia de acionistas en6uanto n/o definirem sua opç/o de compra das ações. O valor terico de um warrant é calculado pela diferença entre o preço de mercado das ações e o preço da opç/o definido no título e multiplicada+ ainda+ pela 6uantidade estabelecida para a troca+ ou
seja5 : ; ?s ?E
Onde5 QY 9 valor terico de um warrant; @ 9 6uantidade de ações 6ue podem ser ad6uiridas com um warrant 7 ;s 9 preço de mercado da aç/o objeto da opç/o de compra7 ;* 9 preço da aç/o definido para o e!ercício da opç/o de compra. @a 4iptese do preço de opç/o se apresentar inferior ao preço de mercado da aç/o+ o warrant demonstra atratividade+ sendo ne&ociado no mercado por um preço mínimo e6uivalente a seu valor terico. 8endo o preço de mercado da aç/o menor 6ue o preço de e!ercício da opç/o+ o valor do warrant é entendido como nulo+ n/o demonstrando nen4um interesse em seu investimento. ;or e!emplo+ se o preço da opç/o for de M 3+-- por aç/o e o preço de mercado atin&ir a M=,+-- no momento do e!ercício da opç/o de compra+ o investidor pode e!ercer seu warrant e ad6uirir as ações por M 3+--+ auferindo um &an4o de M +-- por aç/o na base de troca de uma aç/o por um warrant . *videntemente+ no caso do preço de e!ercício ser superior ao preço de mercado+ os investidores n/o demonstrar/o interesse em trocar seus warrants por ações+ pois poder/o ad6uirir as ações no mercado por um preço menor. 8.3.1 Ee!plo
a.. 8e uma empresa definir uma opç/o de compra por trGs ações por warrant e um preço de e!ercício de M =3+-- por aç/o+ determinar o valor terico do warrant 6uando o preço da aç/o no mercado atin&ir a M =E+--. 8oluç/o5. QY 9 HM =E+-- M =3+--I QY 9 M 1+-O valor terico é o preço mínimo 6ue se espera 6ue o título seja ne&ociado no mercado. O warrant pode ser ne&ociado no mercado a um preço superior a seu valor terico+ em raF/o de e!pectativas otimistas dos investidores com relaç/o ao desempen4o do preço da aç/o. b. 'dmita a&ora 6ue um investidor ten4a ad6uirido o Yarrant por M 1+-- e as ações respectivas por M =E+--+ totaliFando M ,+--. 8e o preço de mercado da aç/o aps a compra elevase para M ,-+--+ calcular o valor terico do warrant nessas novas condições. 8oluç/o5 QY 9 HM,-+--M=3+--I QY 9 M E+-' valoriFac/o da aç/o de M =E+-- para M ,-+-- (ou +,1) determina um acréscimo de - no preço de mercado do warrant . 8.17 -t+los convers-veis
0m título conversível constituise também numa forma de opç/o do investidor em ad6uirir ações da empresa emitente+ a um preço e 6uantidade previamente definidos. O preço a 6ue o título pode ser convertido em ações é denominado de preço de convers/o+ definindose um prGmio ao investidor medido pela diferença entre o preço de mercado da aç/o e o preço de convers/o do título. ' empresa assume o compromisso de res&atar o título ao final do praFo de emiss/o pelo seu valor de face+ desde 6ue n/o ten4a sido convertido em ações.
;or e!emplo+ se um título apresenta um preço de convers/o de M +-- e seu valor de face encontrase definido em M =.---+--+ a 6uantidade de ações 6ue podem ser ad6uiridas com a convers/o de cada título atin&e ,-- ações+ ou seja5 2 1.777577 A&Ges convertidas ; HHHHHH ; "77 a&Ges 2 6577
O valor de convers/o de um título é obtido pelo produto das ações convertidas pelo seu preço de convers/o. 'ssim+ se o preço de mercado de cada aç/o atin&ir M +-+ o valor de convers/o totaliFa M 3--+-(,-- ações ! M +-). ' diferença entre o valor de face do título (M =.---+--) e seu valor de convers/o (M3--+--) representa o prGmio 6ue o investidor pa&a ao e!ercer a opç/o de trocar o título por ações da empresa. *m verdade+ o investidor recebe M --+-- a menos do 6ue pa&ou pelo título conversível (M =.---+--). 8e o preço da aç/o+ ao contrrio+ subir para M J+--+ o título valoriFase para M <--+-- (,-ações ! M J+--)+ recebendo ainda menos 6ue o valor pa&o pelo título. ;ara o investidor é interessante converter o título somente 6uando as ações atin&irem o preço de mercado de M +--+ ou mais. >anto os warrants como os títulos conversíveis em ações s/o fontes adicionais de financiamento das empresas+ e podem ser interpretados como opções de compras de valores de emiss/o das empresas (ações+ por e!emplo) ne&ociados com os investidores. ' administraç/o da empresa+ ao se utiliFar desses instrumentos para captaç/o de fundos+ deve avaliar+ efetivamente+ os riscos envolvidos nas operações+ motivada principalmente pela obri&aç/o de entre&a de um ativo objeto do contrato a um preço previamente estabelecido. ' diferença entre o valor do título no mercado e o valor acordado entre as partes na operaç/o é 6ue vai determinar o &an4o do comprador (fornecedor de capital) e a perda para a empresa vendedora (captadora de recursos). ;ara Qalle (Q'::*+ #aurício Ribeiro do. *urobonds5 aspectos do mercado e do investimento. =EE. Dissertaç/o (#estrado) *'*8R AXQ 8/o ;aulo.)+ como n/o 4 limite+ pelo menos terico+ para a valoriFaç/o de um título+ também n/o 4averia para esta perda. Os warrants e os títulos conversíveis apresentam diferentes influGncias sobre os flu!os de cai!a das empresas. O e!ercício de um warrant + conforme foi demonstrado anteriormente+ envolve uma efetiva entrada de recursos em cai!a7 o e!ercício de um título conversível reflete unicamente uma troca de ativos+ ou seja+ um título por outro+ sem refle!os sobre o cai!a. 8.17.1 Ee!plo
'dmita ilustrativamente 6ue uma empresa ten4a lançado um título conversível em ações (debGnture+ por e!emplo). O praFo de emiss/o é de cinco anos. O valor de face do título é de M =.---+-- e pa&a juros semestrais de 1+ sendo o principal reembolsado ao final do praFo estabelecido. O valor do título sem a clusula de conversibilidade é definido+ &eralmente+ da forma se&uinte5
onde5 Z representa a ta!a de retorno re6uerida pelo mercado para títulos de dívida n/o conversíveis da empresa7 C+ os rendimentos peridicos (semestrais+ na ilustraç/o) prometidos pelo título7 ; @+ o valor do principal a ser reembolsado ao final do praFo de emiss/o do título. ;ara uma ta!a de retorno semestral e!i&ida pelo mercado de <+ o valor do título para os investidores pode ser apurado se&undo a se&uinte e!press/o de clculo5 ? 7 ; (1-+-- "=+-<) ? (1-+-- "=+-< , ) ? (1-+-- "=+-< ) ? (1-+-- "=+-< J ) ? ... ? (=.-1-+-- "=+-< =- ) ? 7 ; 2896587
*ste é o valor de um título n/o conversível da empresa+ 6ue representa o valor mínimo 6ue seus
títulos conversíveis em ações podem alcançar no mercado. 8e o título estiver sendo cotado a um preço superior no mercado+ temse a cobrança de um &io na r.e&ociaç/o. 'o se admitir+ ainda+ 6ue o título ten4a sido lançado com convers/o em ,
sendo lastreado em ne&ociações de vendas a importadores estran&eiros. 2 ne&ociado por meio de um desconto+ incorrendo o investidor em %R na fonte. *mpresas com passivo em moeda estran&eira podem faFer 4edd&e cambial ad6uirindo export notes. Com isso+ é possível prote&eremse contra as variações nas ta!as de paridade cambial. 8. 11.1 Ee!plo
8upon4a 6ue uma empresa e!portadora ten4a emtitido export note no valor nominal (valor de res&ate de 08M --.---+--. ' cotaç/o da moeda nacional em relaç/o L moeda estran&eira (dlar) no momento da operaç/o atin&ia a RM =+-<"08M+ e no dia do res&ate a. paridade passou para RM=+==E"08M. ' export note foi emitida pelo praFo de E- dias+ sendo a ta!a de desconto definida em =+, ao ano. Determinar os valores da operaç/o e do custo efetivo da empresa tomadora de recursos. Calcular também a rentabilidade do investidor 6ue ten4a ad6uirido este título+ sabendose 6ue 4 incidGncia de %R na fonte pela alí6uota de ,-. 8oluç/o5 Em U!
Em R!
Qalor nominal da emiss/o Qalor lí6uido captado 08M --.---+-= ? (-+=,"=,) !
--.---+--
,J.---+--
,E-.J=1+,1
=.1JE+1
Desconto
E.<+3J --.---+--
=-.-+JJ .3--+--
:alor de resate
C+sto efetivo (i) 9 (.3--+-- " =.1JE+1) P = 9 3+-
*sse clculo embute a variaç/o cambial de +1= H(RM =+==E"RM =+-<) =I e a ta!a real de +. ;ara um investidor+ o clculo da rentabilidade efetiva deve considerar o %R retido na fonte previsto para esta operaç/o. Considerando a alí6uota de ,- incidente sobre os rendimentos brutos+ temse5 %R 9 ,- ! (RM .3--+-- RM =.1JE+1) 9 RM J.J=-+-E O valor lí6uido de res&ate do investidor reduFse para5 Resate (F:) 9 R8 .3--+-- R8 J.J=-+-E 9 RM =.,
:o&o+ a rentabilidade efetiva lí6uida é calculada em5 Rentabilidade l-+ida (i) ; (RM =.,
DebGntures s/o títulos de lon&o praFo emitidos por compan4ias de capital aberto e destinados+ &eralmente+ ao financiamento de projetos de investimentos (fi!o e &iro) ou para alon&amento do perfil de endividamento das empresas. Constituise+ em essGncia+ num instrumento no 6ual o tomador de recursos (emitente do título) promete pa&ar ao aplicador (debenturista) o capital investido acrescido de juros em determinada data previamente acertada. 's debGntures possuem &eralmente praFo de vencimento determinado. *ntretanto+ estes títulos podem também ser emitidos com duraç/o indeterminada. 'l&umas emissões de debGntures s/o feitas com clusula de repactuaç/o+ em 6ue é permitida+ ao final de cada período combinado+ uma livre ne&ociaç/o entre os debenturistas e a 8ociedade emitente dos títulos com relaç/o aos rendimentos oferecidos. Diante de modificações nas ta!as de juros de mercado+ essa clusula de repactuaç/o permite 6ue as partes ajustem novas condições de remuneraç/o do capital investido. *m caso de um ou mais debenturistas n/o aceitarem os novos termos oferecidos+ a emissora é obri&ada a promover o res&ate obri&atrio (ou recompra para posterior colocaç/o no mercado) antecipado dos títulos ad6uiridos+ pa&ando nesse ato aos investidores todos os rendimentos previstos antes da repactuaç/o. 's debGntures tGm diferentes formas de &arantias conforme previstas na escritura de emiss/o. 's espécies mais comuns s/o comentadas a se&uir5 a. Iarantia Real todos os ativos da sociedade emissora s/o dados como &arantia aos debenturistas
pelo pa&amento de seus direitos creditrios. @essa espécie+ a sociedade n/o pode ne&ociar seus ativos em &arantia até o vencimento das obri&ações com os debenturistas. *m &eral+ a emiss/o de títulos com &arantia real é limitada a <- dos bens ativos da sociedade. b. Iarantia Fl+t+ante nesse caso+ os titulares das debGntures assumem uma prioridade &eral sobre os ativos da sociedade emissora+ sem 6ue 4aja 6ual6uer impedimento na ne&ociaç/o dos bens. c. Iarantia J+irorafária os debenturistas n/o tGm preferGncia sobre os ativos da sociedade emissora (&arantia real)+ concorrendo em idGnticas condições com os demais credores 6uiro&rafrios. d. Iarantia +bordinada em caso de li6uidaç/o da sociedade emissora+ os investidores ter/o privilé&ios para reembolso do capital aplicado somente em relaç/o aos acionistas. Os juros podem ser pa&os periodicamente+ durante todo o praFo de emiss/o da debGnture+ ou ao final+ no momento do res&ate. [uando o praFo de emiss/o do título for superior a um ano+ os juros s/o pa&os+ em &eral+ periodicamente. Remunera"#o
>a!as prefi!adas >a!as Alutuantes
Condi"$es
's ta!as flutuantes utiliFadas em debGntures devem ser re&ularmente calculadas e de con4ecimento p$blico+ devendo ser baseadas em operações contratadas a ta!as prefi!adas+ com praFo n/o inferior ao período de reajuste estipulado contratualmente.
%ra&o m'nimo para vencimento ou per'odo de repactua"#o da de()nture
@/o 4. =<- dias (apenas praFo mínimo de vencimento). 's ta!as dever/o ser reajustadas em períodos fi!os.
\ndice de ;reços ? >a!a O índice de preços deve ter série 0m ano. de juros Ai!a re&ularmente calculada e ser de con4ecimento p$blico. ' periodicidade de aplicaç/o da clusula de atualiFac/o n/o pode ser inferior a um ano e o pa&amento de seu valor somente pode ocorrer por ocasi/o do vencimento ou da repactuaç/o das debGntures. 'lém disso+ o pa&amento de juros e a amortiFaç/o realiFados em períodos inferiores a um ano devem ter como base de clculo o valor nominal das debGntures+ sem considerar atualiFac/o monetria de período inferior a um ano. ;articipaç/o nos :ucros 's debGntures podem remunerar os @/o 4 (6uando a debGnture investidores por meio de possuir e!clusivamente esta participaç/o nos lucros+ a&re&ando forma de remuneraç/o). características de renda varivel ao papel. Fonte Decis/o Conjunta B'C*@"CQ# n a -3"EE. 2 vedada a emiss/o de debGntures com clusula de variaç/o cambial ou com previs/o de mais de uma base de remuneraç/o ou mais de um índice de preços+ e!ceto na 4iptese de e!tinç/o da6ueles estabelecidos. 's debGntures podem também ser ne&ociadas na subscriç/o com des&io em relaç/o ao seu valor nominal+ o 6ue eleva a rentabilidade do investidor. *ste des&io deve ser e!plicitado na escritura e no an$ncio de distribuiç/o p$blica do título. ' estrutura de emiss/o de debGntures se&ue o se&uinte influ!o+ bastante semel4ante ao lançamento de ações5
' assembleia de acionistas 5 mais especificamente a 'X* 'ssembleia Xeral *!traordinria + decide sobre todas as condições de emiss/o dos títulos+ elaborando um documento denominado de *scritura de *miss/o. *ssa escritura define o montante a ser lançado+ remuneraç/o+ &arantias+ praFo de emiss/o etc.+ devendo ser re&istrada em cartrio. ' emiss/o das debGntures poder também ser feita por séries+ com características prprias referentes ao praFo e remuneraç/o dos investidores.
>oda emiss/o deve ainda ser re&istrada na Comiss/o de Qalores #obilirios (CQ#)+ e6uivalendo a uma autoriFaç/o de lançamento p$blico dos títulos. ;or serem normalmente emitidas sob a forma escritural (n/o 4 emiss/o física dos títulos)+ as debGntures devem também ser re&istradas na Cetip"8@D (8istema @acional de DebGntures)+ em 6ue s/o realiFados os controles de transferGncias de titularidade por ne&ociações e efetuadas as vrias li6uidações financeiras das operações. ' emiss/o das debGntures pode ser privada+ 6uando j e!istem compradores para os títulos (investidores institucionais e &randes investidores+ &eralmente)+ e mediante oferta p$blica+ 6uando as debGntures ser/o oferecidas ao p$blico em &eral do denominado mercado primrio. @o caso de oferta p$blica de debGntures+ é necessria a coordenaç/o de uma instituiç/o financeira+ ou um pool de instituições+ como Bancos de %nvestimento+ 8ociedades Corretoras etc. Os direitos dos debenturistas s/o defendidos junto L empresa emitente por um a&ente fiducirio. 8uas atividades bsicas s/o as de Felar pelo cumprimento da escritura de emiss/o+ elaborar relatrios sobre o desempen4o da empresa emitente e informações &erais sobre os títulos+ relatar 6ual6uer ato 6ue possa prejudicar os debenturistas etc. 's debGntures podem ser emitidas no tipo simples ou conversíveis em ações. 's debGntures simples prometem ao aplicador somente uma remuneraç/o sobre o valor do investimento. 's debGntures conversíveis d/o a opç/o de converter+ a critério do investidor+ o valor do res&ate em ações da empresa emitente+ se&undo uma frmula de convers/o previamente definida. 's emissões s/o+ &eralmente+ emitidas com al&uma forma de &arantia+ como 4ipoteca de bens reais ou pen4or de bens imveis. 0ma emiss/o pode também basearse+ unicamente+ no bom conceito da empresa emitente+ sem oferecer 6ual6uer &arantia real. De forma a ade6uar a colocaç/o das debGntures Ls ta!as de juros vi&entes no mercado no momento do lançamento+ os títulos podem ser ne&ociados com &io ou des&io. ' debGnture pode prever+ conforme deve constar da escritura de emiss/o+ diversas formas de remuneraç/o. ;or e!emplo+ se a debGnture foi emitida pa&ando uma ta!a de =J a.a. e posteriormente ocorre uma reduç/o dos juros para == a.a.+ o debenturista poder n/o aceitar essas novas condições+ sendo a empresa emitente obri&ada a res&atar os títulos emitidos L ta!a ori&inal de =J a.a. 8.1".1 Bovespa Fi
O Bovespa Ai! é um sistema eletrWnico+ apoiado na plataforma de ne&ociaç/o 8%8B*]+ lançado pela Bolsa de Qalores de 8/o ;aulo+ 6ue tem por objetivo ne&ociar+ li6uidar e custodiar títulos de dívida corporativa em Bolsa. O Bovespa Ai! foi constituído com o intuito de dar maior li6uideF e transparGncia+ com a divul&aç/o de preços em tempo real+ no mercado secundrio de renda fi!a+ reduFir os custos de transaç/o e dar maior eficiGncia aos ne&cios. O Bovespa Ai! iniciouse com a implantaç/o do mercado de debGntures+ e atualmente permite ne&ociações de todos os títulos privados de renda fi!a+ como commercial papers e CDBs. 's ne&ociações neste novo mercado apresentam vencimento em D?l+ sendo &arantidas pela Compan4ia Brasileira de :i6uidaç/o e Custdia (CB:C). 8.1"." Deb=nt+res co! participa&'o nos l+cros
0ma sociedade também pode emitir debGntures vinculando sua remuneraç/o como uma percenta&em de seu lucro do e!ercício+ em veF de adotar uma ta!a prefi!ada para pa&ar aos investidores. 's condições de emiss/o do título devem prever o percentual da remuneraç/o e indicar sobre 6ual lucro deve incidir (lucro operacional ou lucro lí6uido+ por e!emplo). *ssa forma de remuneraç/o da debGnture n/o deve ser considerada como se fosse um dividendo7 ao contrrio+ deve ser interpretada como uma despesa financeira da sociedade emissora do título. O investidor dever recol4er %mposto de Renda Retido na Aonte sobre a remuneraç/o financeira pa&a pela debGnture. 8.1".$ Ee!plos
=. 'dmita uma debGnture emitida por trGs anos a uma ta!a nominal de juros de =- a.a.+ com capitaliFaç/o semestral. O título é vendido com des&io de +3 sobre seu valor de face (valor ao
par) de M =.---+-- cada um. Determinar o rendimento efetivo do título. 8oluç/o5 'pesar de ser ne&ociada com des&io de +3+ o cupom (rendimento) de =- a.a. incide sobre o valor ao par de M =.---+--. :o&o+ temse o se&uinte flu!o de cai!a semestral para o investidor5
*!pressando o flu!o de cai!a na formaç/o de clculo da ta!a interna de retorno (%RR)+ temse a se&uinte rentabilidade efetiva anual5
#RR (i) 9 +31 a.s.+ 6ue e6uivale a5
(=+-31), l 9 ==+
O des&io de +3 sobre o valor do par elevou o retorno da debGnture para ==+
?: ; 2 375"3
6ue e6uivale a um des&io de +E3 sobre o valor ao par da debGnture. 8.1$ ec+riti0a&'o de receb-veis
' securitiFaç/o de recebíveis é uma forma de captaç/o de recursos envolvendo a emiss/o de títulos de crédito pelo tomador+ os 6uais s/o &arantidos mediante cauç/o de recebíveis. ;or meio dessa operaç/o financeira+ é possível uma empresa levantar fundos no mercado sem comprometer seus níveis atuais de endividamento de balanço. O flu!o bsico de uma securitiFaç/o de recebíveis é apresentado a se&uir5 S uma empresa+ com base em sua carteira de recebíveis+ decide levantar recursos no mercado emitindo títulos de crédito para colocaç/o junto a investidores7 S é constituída+ para tanto+ uma sociedade de objeto social específico+ denominada de pecial %urpose Company 8;C (8ociedade de ;ropsitos *specíficos 8;*). O objetivo bsico dessa sociedade é ad6uirir os recebíveis mediante a respectiva emiss/o de títulos7 S a 8;C constituída procede L colocaç/o dos títulos emitidos no mercado+ ocorrendo continuamente a renovaç/o dos recebíveis repassados L sociedade especial e a conse6uente entre&a dos recursos efetivos L empresa comercial (tomadora final dos recursos)7 S os clientes da empresa comercial realiFam seus pa&amentos normalmente nos locais determinados+ res&atando os recebíveis7 S é nomeado um a&ente fiducirio da operaç/o ( trustee)+ &eralmente um banco+ com a responsabilidade de supervisionar a &est/o da special purpose company 7 S é efetuada auditoria e!terna nas operações relacionadas com a empresa comercial e a 8;*+ cujas avaliações s/o encamin4adas ao a&ente fiducirio. O objetivo da auditoria é preservar os interesses dos investidores nos títulos de crédito emitidos7 S os investidores recebem relatrios peridicos do a&ente fiducirio+ contendo anlises das demonstrações financeiras e pareceres. 8.1$.1 K+tras for!as de sec+riti0a&'o
' securitiFaç/o de e!portaç/o é uma operaç/o de captaç/o de recursos e!ternos lastreada por recebíveis provenientes de contratos comerciais de e!portaç/o. #esmo 6ue n/o 4aja a emiss/o correspondente de títulos ( securities)+ essa operaç/o é con4ecida no mercado como securitiFaç/o. 's receitas de e!portaç/o nessa operaç/o s/o depositadas em contas remuneradas+ permanecendo blo6ueadas como &arantia da li6uidaç/o do empréstimo. [uando do pa&amento+ os recursos caucionados s/o liberados ao e!portador+ acrescidos dos juros remuneratrios desses depsitos. ' securitiFaç/o de recebíveis imobilirios é uma operaç/o em 6ue s/o emitidos e ne&ociados títulos no mercado 6ue tGm como lastro os contratos de créditos imobilirios realiFados no Vmbito do sistema financeiro imobilirio. *ssa securitiFaç/o é efetuada pelas compan4ias securitiFadoras de créditos imobilirios+ empresas constituídas principalmente para essa finalidade. 's compan4ias securitiFadoras podem emitir 6uais6uer títulos ne&ociados no mercado financeiro nacional+ além de terem e!clusividade em operarem com títulos criados especialmente para essa operaç/o+ os denominados Certificados de Recebíveis %mobilirios P CR%s. 8.1 -t+los pLblicos prefiados
' Bolsa de Qalores do Rio de aneiro (BQR) ne&ocia títulos p$blicos federais+ estaduais e municipais+ de todos os tipos e vencimentos+ de forma eletrWnica. ' cotaç/o dos títulos é estabelecida com base em suas ta!as de rentabilidade. Desta forma+ 6uanto maior for a ta!a de remuneraç/o do título+ menor o seu valor+ e viceversa. ' frmula adotada de precificaç/o desses títulos adotada pela BQR+ e recomendada pelo Banco Central (Disponível em5 ^YYY.bvrj.com.br"siste!"mtitpub=.4tm_)+ é a se&uinte5 ;0 9 =.---"H= ? (>!"=--)I n",,
onde5 ;0 9 preço unitrio do título &eralmente e!presso em 1 casas decimais7 >! 9 ta!a de juro anual na base de ,, dias $teis7 n 9 n$mero de dias $teis verificado entre a li6uidaç/o da operaç/o e o seu vencimento.
Ee!plos
a) Determinar o ;0 de uma :>@+ com vencimento em E dias+ estando cotado L ta!a de =J+< a.a.o (ao ano over ). 8oluç/o5 ;0 9 =.---"H= ? (=J+<"=--)I E",, ;0 9 M E1+E=31= b) 0ma instituiç/o financeira ad6uiriu um lote de títulos p$blicos (:>@) pa&ando ;0 de MEJ1+3<---. O praFo dos títulos é de =-= dias. Determinar5 S >a!a efetiva do título. S >a!a over ano ( a.a.o). 8oluç/o5 i (efetiva) 9 (=.---+-- " EJ1+3<---) = i (efetiva) 9 +1, ao período (=-= dias) over 9 (l ? >!),,"n over 9 (=.-1,),,"=-= l over 9 =J+1, a.a.o.